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Lipo Corporal sem Cortes – Lipoenzimática

DESCRIÇÃO DE TÉCNICAS, SUBSTÂNCIAS E


MECANISMOS DE AÇÃO.

MESOTERAPIA

A mesoterapia, do grego mesos (“meio” e “Therapeia” “para tratar


medicamente”) é um tratamento cosmético minimamente invasivo e não cirúrgico
pertencente à medicina homeopática (ATIYEH et al., 2008). Caracteriza-se por
injeções intradérmicas ou subcutâneas aplicadas na área a ser tratada, variando de
uma distância aproximada de 1cm a 4cm entre si, e uma penetração da agulha a uma
profundidade máxima de 4mm em ângulo de 30 ou 60.
Seu método é baseado na injeção de um ou mais fármacos, qual se denomina
mélange. A técnica é realizada através da inserção de pequenas quantidades dos
produtos em puncturas subcutâneas (Tabela 1) (HERREROS et al., 2011). Extratos
de plantas naturais, agentes homeopáticos, produtos farmacêuticos, vitaminas e
outras substâncias bioativas podem ser utilizados e administrados nas punções
dérmicas dos procedimentos (ATIYEH et al., 2008). As aplicações podem ser
semanais ou mensais, atingindo quatro a dez sessões ao mês (HERREROS et al.,
2010).

Tabela 1: Diferenciações conceituais entre mesoterapia e injeções lipolíticas.


Técnica Conceito
Mesoterapia Aplicação de substâncias farmacológicas muito diluídas na região
corporal a ser tratada, através de puncturas subcutâneas, onde ocorre
estimulação tecidual, com inserção de pequenas quantidades dos
produtos.
Injeções de Injeções lipolíticas utilizando detergentes para redução de gordura
fosfatidilcolina
Herreros et al., 2010; Atiyeh et al., 2008; Rites, 2001
As substâncias mais comuns utilizadas na mesoterapia para lipólise são
citadas na Tabela 2. Segundo Rotunda e Kolodney (2006), existem diversas
condições em que as substâncias utilizadas na mesoterapia podem ser empregadas.
Um exemplo é a ‘lipodistrofia ginóide’, popularmente conhecida por “celulite”, onde há
uma alteração do relevo cutâneo com modificações na morfologia, histoquímica,
bioquímica e microcirculação das células dos adipócitos (Santos et al., 2011). Dentre
as alternativas para o tratamento desta anomalia está o uso de injeções de ativos
lipolíticos, como cafeína, teofilina, teobromina e retinol atuando no aumento do AMPc
para promoção do estimulo à enzima proteinaquinase em sua forma ativa: a lipase.
Ativos com silícios, iodos orgânicos e L- carnitina também são usados, pois melhoram
a circulação e a metabolização de gorduras e estimulam a produção de colágeno
(SANTOS et al., 2011).
Já para o tratamento de “foto envelhecimento”, segundo Herreros (et al., 2007)
o silício orgânico é utilizado promovendo aumento do número de fibras elásticas e
colágenas e ajudam na textura do colágeno e das fibras elásticas da derme. Além do
silício, os ativos usados são o ácido lipóico, a lidocaína, dimetilaminoetanol (DMAE),
multivitaminícos, ácido hialurônico e tretinoína (ROTUNDA e KOLODNEY, 2006).

Tabela 2: Principais princípios ativos utilizados para redução de gordura localizada,


segundo técnica aplicada.
Técnica Utilizada Princípios ativos

Aminofilina, teofilina e cafeína da classe das metilxantinas;


Isoproterenol são os B – agonistas;
Epinefrina são as aminas simpaticomiméticas;
Mesoterapia
Piruvato de cálcio em metabólito ciclo de Krebs;
Carnitina em derivado de amino ácido;
T3, T4, tiratricol em hormônios, metabólitos hormonais;
Lisofosfatidilcolina isolada (5% ou 50mg/ml)
Injeções lipolíticas Lisofosfatidilcolina (5% ou 50mg/ml) associada a desoxicolato (4,2 –
4,65%) Desoxicolato de sódio isolado 1 – 5%

No contexto da redução de gordura localizada, a L-carnitina é um importante


princípio ativo. Consiste em um aminoácido que transporta a gordura acumulada para
dentro das células, que posteriormente serão utilizadas como forma de energia.
Apresenta ainda, efeito antioxidante e faz com que o metabolismo da glicose seja
melhorado, auxiliando na construção da massa muscular magra. A classe das
metilxantinas, cujo mais importante representante é a cafeína age estimulando a
lipase, que se caracteriza como uma enzima que atua na hidrolise das reservas de
gordura corporal, além de ter seu efeito lipotrófico associado à liberação de
adrenalina, um hormônio catabólico. Assim, determina uma ação termogênica
especifica, o que mantêm o metabolismo acelerado, gerando maior queima calórica.
Outra substância que nos cabe relatar é o Isoproterenol, que é um agonista
Beta-adrenérgico capaz de reduzir a gordura subcutânea, cuja hipótese de ação está
fundamentada na lipólise de gordura no local da aplicação. A lipólise Beta-adrenérgica
regula de forma negativa o receptor beta-2, gerando uma taquifilaxia através de
fosforilação do receptor Beta-adrenérgico específico, dependente do agonista Beta-2-
quinase. Além disso, age através de um “sequestro” dos receptores da superfície
celular; este efeito ocorre em, aproximadamente, 30 minutos após a estimulação.
De modo semelhante, Dodt et al. (2003) relata a Epinefrina, uma amina
simpaticomimética que atua na indução da lipólise do tecido adiposo. De forma geral,
é utilizada em cirurgias de lipoaspiração, lifting facial (para redução de sangramento),
homeostase e/ou prolongamento de analgesia (BROWN et al., 2004; SWANSON,
2015).
Outra substância utilizada é o ‘Piruvato de Cálcio em metabólito ciclo de Kreb’.
O Piruvato de cálcio é um composto tri-carbônico que age como um transportador
entre a glicose e o ciclo de Krebs (KOH-BANERJEE et al., 2005). Segundo Koh-
Banerjee et al. (2005), o piruvato de cálcio e/ou de sódio tem sido relacionado à perda
de gordura e à sua ação ergogênica. Relata-se na literatura seu uso em
intradermoterapia (SIVAGNANAM; RHODES 2010), porém não são encontrados
ensaios clínicos demonstrando sua eficácia.
Há de se destacar também, a função dos hormônios da tireoide (T3 e T4) que
possuem uma atuação a nível celular, agirando diretamente nas mitocôndrias,
desacoplando a produção de energia mitocondrial e gerando uma dissipação de
energia como calor. Este provavelmente é o principal mecanismo para síntese
energética e perda de peso corporal, como descrevem os autores Silva e Bianco.
INJEÇÕES LIPOLÍTICAS

A aplicação de injeções para redução de gordura corporal, técnica semelhante


à mesoterapia e difundida por Rittes (2001), consiste em injeções lipolíticas utilizando
desoxicolato de sódio ou fostatidilcolina ou ambos no tecido subcutâneo para redução
de camada de gorduras na região do abdômen, pálpebra inferior, pescoço, glúteo e
coxas. Esta técnica pode ser mais precisamente descrita como “métodos injetáveis
que empregam detergentes para redução de gordura” (Tabela 1) (ROTUNDA, 2009).
Além da presença de detergentes, o número de puncturas e o volume injetado
subcutânamente através de injeções lipolíticas, não correspondem ao
tradicionalmente utilizado na técnica criada por Pistor (ROTUNDA e KOLODNEY,
2006). A técnica é feita a profundidade de 12mm e 1.5 cm de distância
aproximadamente (MATARASSO et al., 2009). Os princípios ativos utilizados estão
descritos na Tabela 2.

A combinação de fosfatidilcolina, e seu solvente (desoxicolato) de sais biliares


aparecem na literatura médica como protagonista pela lipólise química. Conforme
demonstrado e apontado em estudos, o desoxicolato, quando administrado de forma
isolada por via subcutânea, tem o mesmo efeito que quando associado com
fosfatidilcolina, de acordo com trabalho de pesquisa, onde foi verificado a lise dos
adipócitos e a perda, que pôde ser considerada de leve a moderada, do tecido adipos
SEGURANÇA CLÍNICA: MESOTERAPIA E INJEÇÕES LIPOLÍTICAS

Existem até o momento poucas publicações relevantes quanto à segurança, o


mecanismo de ação e a eficácia da mesoterapia e da técnica denominada lipólise por
injeções. Ainda não se encontra informações suficientes na literatura científica sobre
as formulações, técnicas, dosagem e a toxicologia de seus produtos. Destaca-se
ainda o fato de as técnicas serem confundidas e descritas muitas vezes como
similares. Assim, este tópico abordará os principais resultados encontrados a respeito
dos efeitos colaterais, que em sua maioria são referentes à técnica de mesoterapia,
porém, com algumas das substâncias também utilizadas em nas injeções
intradérmicas.
Existem controvérsias em torno de sua eficácia e seus efeitos adversos
potenciais tem sido motivo de preocupação, a Food and Drug Administration (FDA)
não concorda com aprovação para uso off-labbel dessas drogas independente da
técnica de aplicação (MATARASSO et al., 2009).

As complicações mais severas registradas até o momento são as infecções por


‘micobatérias’, provocando cicatrizes inestéticas. Além delas, ocorrem ainda, as
infecções secundárias decorrentes da técnica da mesoterapia, devido à assepsia
inadequada antes ou durante os procedimentos e até mesmo a contaminação dos
ativos utilizados.
Segundo Hexsel et al. (2005 apud GEREMINA et al.,2017) após a aplicação
de desoxicolato de sódio utilizando a técnica de mesoterapia não há relatos de
alterações nas enzimas hepáticas ou danos sistêmicos, porém alguns efeitos
colaterais são recorrentes após uso desta substâncias. Como exemplo aumento da
atividade da colinesterase, da alanina aminotransferase e da aspartato
aminotransferase (SCHULLER-PETROVIC et al., 2008 apud GEREMINA et al.,2017).
Segundo Bessis et al. (2004) a presença de erupção urticária pigmentosa na pele
ocorreu devido a aplicação de misturas de drogas com procaína e plantas medicinais,
visando o tratamento de celulite através da técnica de mesoterapia. Os resultados de
exames cutâneos foram máculas marrom-avermelhadas com presença de mastócitos
e elevação de histamina no local, um indicativo de urticária pigmentosa induzida por
injeções de mesoterapia.
O relato de paniculite citado por Tan e Rao (2006) foi que pode ter sido
ocasionada por pressão da injeção, trauma no local ou por substâncias contaminadas
durante a aplicação da técnica. As substâncias relacionadas à paniculite na literatura
são extratos de plantas, hialuronidase, naftidrofuril, sorbitol, cloridrato de procaína e
heparina (TAN E RAO, 2006)
Ainda, segundo Tennstedt e Lachapelle (1997 apud HERREROS, 2011)
álcoois e óleos não devem ser utilizados em mesoterapia, devido ao alto riscos de
necrose cutânea.
O uso indiscriminado da fosfatidilcolina relatado nos anos 2000 a 2002, suas
consequências infecciosas e paniculites, bem como sua ampla divulgação em revistas
e jornais leigos, levaram a ANVISA a proibir o fármaco em todo território nacional, o
que dificultou o emprego de pesquisas mais detalhadas sobre o assunto.
O ácido desoxicólico sintético purificado (ATX-101) da marca Kybella é a
primeira escolha farmacológica, aprovada pela FDA para a redução de gordura
submentoniana. Anterior da aprovação do ATX-101 eram utilizadas injeções
lipolíticas, embora não aprovadas pelos órgãos reguladores, com fosfatidilcolina e
desoxicolato de sódio para redução da gordura localizada tanto no espaço submental
como outras áreas do corpo. Neste ano, seu uso foi liberadopela ANVISA pela marca
Belkyra®, assim como a FDA, apenas na região submentoniana.
O uso ácido desoxicólico sintético purificado (Kybella®) pode ser injectado
mensalmente durante 4 a 6 sessões de tratamento. A dose é ajustada com base na
área de tratamento, com 2mg/cm2 administrada até um máximo de 50 injeções de 0,2
ml (até um total de 10 ml) com espaçamento de 1 cm entre cada punctura. Este
tratamento pode ser repetido até 6 vezes com intervalo de pelo menos 1 mês entre as
sessões de tratamento. Antes da injeção, o clínico deve palpar a área submentoniana
para garantir que o paciente tem gordura suficiente para injeção e para identificar
distribuição de gordura do paciente (Dunican. C, K et al ,2016).

ÚLTIMOS ESTUDOS INVESTIGANDO O EFEITO DAS TÉCNICAS

Alguns estudos atuais demonstram os efeitos das técnicas e substâncias descritas


em estudos realizados em humanos.
Acher et al. . (2014) descrevem que mesmo com poucas evidências científicas
seguras e eficazes os injetáveis lipolíticos como o ácido desoxicólico vem sendo
aprovados para uso. A aceitabilidade deste ácido vem sendo observada em estudos
de tolerabilidade de fase I e II para redução de gordura submentoniana. Em tecidos
relativamente ricos em proteínas, como músculo e pele, a ação deste lipolítico é
atenuada pelo aumento da ligação as proteínas ( ACHER at al, 2014).
Neste sentido, McDiarmind et al. (2014) relatam que o tratamentos da gordura
submental utilizando o fármaco injetável ácido desoxicólico sintético purificado na
dosagem de 1 a 2 mg/cm2 apresentaram bons resultados com redução de gordura
localizada nesta região. Ainda segundo estes autores, indivíduos saudáveis
demonstraram que a adipocitólise induzida pelo ácido desoxicólico não se associou a
aumento significativo dos lipídicos séricos ao longo do tempo de tratamento. Ademais,
a substância não apresenta acúmulo no local da injeção devido à rápida depuração
na circulação entero-hepática.
.
Mais recentemente, Acher et al. (2014) em estudo clínico randomizado, duplo-
cego, controlado de fase III, com 360 pacientes, observaram que comparado ao
placebo o ácido desoxicólicoresultou em redução da gordura localizada na região
submental. Os pacientes em uso do desoxicolato relataram satisfação de 68,3% com
o aspecto da face e queixo em comparação a 29,3% daqueles em uso de placebo. Os
autores caracterizaram o ácido desoxicólico como eficaz e bem tolerado, visto que os
efeitos adversos foram em sua maioria transitórios, de intensidade leve a moderada
e, específicos à área de tratamento (ACHER et al., 2014). Estes estudos direcionaram
a liberação do uso deste medicamento pela FDA e ANVISA.
Já com relação à fosfatidilcolina os dados são menos contundentes. Sua
utilização, em 2004, para redução de hérnias de gordura infraorbitais determinou
melhora da aparência indesejada. Neste estudo foram selecionados indivíduos
saudáveis, dos quais 10 dos 13 participantes apresentaram redução de gordura
infraorbital. Sessenta por cento desses pacientes avaliaram a melhoria igual ou
superior a 5 pontos em uma escala de 10 pontos. Os efeitos colaterais observados
foram queimação, eritema e inchaço no local da injeção (ABLON E ROTUNDA, 2004).
Do mesmo modo, Tawfik et al. (2011) analisaram imagens pré e pós-injeção de
lipostabil® em gordura localizada na pálpebra inferior em 23 pacientes. Os resultados
foram comparados ao uso de solução salina e não foi possível diferenciar os efeitos
do Lipostabil® aos da solução salina.
No caso da redução de gordura submentoniana o uso concomitante de silício
orgânico e fosfatidilcolina mostrou benefícios, porém não houve diferenças ao se
comparando o uso isolado de fosfatidilcolina e o uso concomitante ao silício orgânico.
Algumas reações adversas leves e transitórias foram observadas em ambos os
grupos, como calor localizado, nodulações e ligeiras contusões. Os autores
consideraram seguros os dois procedimentos, porém o espaço amostral do estudo foi
de apenas 11 pacientes (COA et al., 2007)
Os resultados ainda são restritos, variam com relação a área estudada e grau
de controle. Apesar da liberação do uso de desoxicolato, apenas para a região
submental, cujas evidências são mais efetivas, mais estudos randomizados, duplo-
cego e controlados precisam ser realizados a respeito destas substâncias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A crescente procura por beleza e adequação aos padrões corporais atuais


ocasionou o desenvolvimento de diversas tecnologias para perda de gordura corporal.
Neste sentido, a presente revisão descreveu as técnicas de injeções subcutâneas
para redução de gordura localizada. A primeira delas proposta por Pistor (1952),
nomeada “mesoterapia” e sua derivação as “injeções lipolíticas” difundidas por Rittes
(2001).

As técnicas diferem quanto às substâncias utilizadas, com destaque para


cafeína da classe das “Metilxantinas” e carnitina na mesoterapia; lisofosfatidilcolina e
desoxicolato nas injeções lipolíticas. Diferenciam-se ainda pela distância entre as
puncturas e pela profundidade de penetração da agulha. Na literatura como descrito
por Rotunda (2009), observa-se que as técnicas são na maioria das vezes vistas como
similares. Em geral, os estudos nomeiam erroneamente a injeção lipolítica como
sinônimo de mesoterapia. Deste modo, torna-se difícil comparar as técnicas e
identificar qual seria a mais segura.

As substâncias utilizadas são o maior foco de estudos. Poucas são as


substâncias detalhadamente examinadas em ensaios clínicos. As complicações mais
severas observadas nestes procedimentos têm sido as infecções por micobactérias,
urticárias e paniculite. Já como efeitos colaterais, observam-se queimação, eritema,
inchaço, nodulações e contusões.

O uso off-labbel é uma realidade no Brasil e no mundo e tendo em vista os


riscos e a falta de dados de segurança torna-se importante descrever os resultados já
observados e demonstrar para os clínicos a necessidade de cautela na utilização. Por
exemplo, a fosfatidilcolina foi usada na última década empiricamente, em redução de
bolsas de gordura infra - palpebrais e de gordura localizada no abdome, região lombar
e quadris, com alguns resultados de redução de gordura localizada. Esses resultados,
embora benéficos, levaram ao uso indiscriminado da fosfatidilcolina em clínicas de
estética sem respaldo científico. Investigações científicas ainda são restritas, fato
que culminou com a proibição do lipostabil®, nome comercial da fosfatidilcolina, no
Brasil.

Já a segurança do desoxicolato está mais esclarecida, tendo sido analisado


emestudos randomizados, controlados e duplo-cego de fase I, II e III. Sua utilização
foi eficaz, reduzindo a gordura localizada na região submental, sem efeitos adversos
significativos. Deste modo, é a única substância liberada pela FDA e ANVISA para
uso específico na região submental.

Outras substâncias usadas off-labble não foram estudadas, assim não está
comprovada sua eficiência ou sua segurança para uso na redução de gordura
localizada.

Tais evidências enfatizam a importância da divulgação destes achados entre


farmacêuticos, biomédicos, médicos e população em geral para que as substâncias
não aprovadas não sejam utilizadas sem respaldo científico. Há necessidade de
mais estudos randomizados, controlados e duplo-cego para identificar o efeito
específico das outras substâncias e mesmo do desoxicolato em outras regiões do
corpo. Com tão poucos estudos indexados sobre o papel da mesoterapia e injeções
lipolíticas, o respaldo para sua utilização é bastante restrito. Apenas o desoxicolato
deve ser utilizado na região submental. Mais estudo são necessários para que
qualquer substância ou outra área corporal seja submetida a estes procedimentos.
INTRODUÇÃO

A preocupação com o corpo perfeito e a necessidade que as pessoas sentem


em estar dentro de um padrão de beleza tornou-se constante diante da sociedade.
Padrões culturais, sociais e individuais acabam acarretando baixa autoestima,
ansiedade e distorção da imagem corporal, deixando as pessoas mais cuidadosas
com seu corpo e com a sua aparência estética (BRESCIA et al., 2009).
Atualmente tem se percebido uma supervalorização do corpo e uma correlação
direta com a automotivação, isso faz com que seja crescente o número de pessoas
que buscam na estética, resultados que elevem a sua autoestima e bem estar
(ABIHPEC, 2010).
As dermatoses inestéticas têm se tornado queixas frequentes nas clinicas de
estéticas, sendo necessário um embasamento científico para lidar com tais pacientes,
muitas vezes em busca das novidades mostradas através da mídia (ABIHPEC, 2010).
A procura pelo corpo perfeito e a supervalorização do mesmo não vem somente
do público feminino, mas sim do público masculino que vem se igualando na
proporção de procura destes procedimentos estéticos, os quais irão atuar nos seus
aspectos perceptivo, cognitivo, emocional e comportamental (CASTILHO, 2001).
O trabalho tem como objetivo descrever a eficácia da intradermoterapia no
tratamento de gordura localizada.

METODOLOGIA

No presente artigo utilizou-se o método de revisão bibliográfica que tem a


finalidade de reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre determinado tema ou
questão, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado,
visto que possibilita sumarizar as pesquisas já concluídas e obter conclusões a partir
de um tema de interesse.
O levantamento bibliográfico desta revisão foi realizado por meio de busca por
artigos científicos encontrados em bancos de dados de ciências biológicas em geral,
como o MEDLINE/Pubmed, SciELO – Scientific Electronic Library Online e
LILACS/Bireme.
Os critérios de inclusão utilizados para a seleção da amostragem foram: textos
disponibilizados na integra, através de acesso as bases de dados. As publicações
mais condizentes foram selecionadas, 28 artigos incluídos por titulo e resumo, logo,
feita uma leitura integra para posteriormente sendo selecionados 22 artigos, ao total
foram selecionados 50 artigos.
Foram selecionados artigos que apresentaram os seguintes descritores e/ou
palavras chaves: Intradermoterapia, Gordura Localizada e Substâncias Lipolíticas.

DISCUSSÃO

TECIDO ADIPOSO

O tecido adiposo é um tecido conjuntivo frouxo, tendo como principal


componente celular o adipócito, uma célula derivada de fibroblastos, que é
especializada em armazenar o excedente de calorias na forma de triacilglicerol. Além
da importante função de ser o principal reservatório de energia do organismo, o tecido
adiposo também sustenta e protege diversos órgãos, atua como isolante térmico e
secreta muitas citocinas que modulam diversas funções (FONSECA-ALANIZ et al.,
2006).
A arquitetura do tecido adiposo mostra que as células adiposas estão dentro de
septos de tecido conjuntivo, que possuem a função de ligar a derme reticular à fáscia
muscular. Esta arquitetura tecidual também apresenta diferenças sexuais. Nos
homens estes septos têm conformação diagonal rígida e alojam adipócitos pequenos,
enquanto nas mulheres estes são dispostos na vertical, são mais frouxos e alojam
adipócitos maiores (TERRANOVA; BERARDESCA; MAIBACH, 2006; RIBEIRO,
2010).
Seu metabolismo é controlado por hormônios e pelo sistema nervoso (CURI et
al., 2003). O metabolismo do tecido adiposo envolve algumas fases distintas,
lipogênese que é a fase da formação dos lipídeos, e a lipólise que é a eliminação dos
lipídeos. A lipogênese origina-se principalmente a partir do metabolismo da glicose e
ácidos graxos, presentes na corrente sanguínea (FÁBRIS et al., 2009).
Os mecanismos da lipólise são vários e envolvem uma série de enzimas,
hormônios e receptores da membrana, que mobilizam os lipídeos estocados, estes
são transformados em ácidos graxos livres, que podem ser encaminhados às
mitocôndrias das células ou participarem do processo metabólico (BORGES, 2010).
Para que ocorra a lipólise dos triglicerídeos é necessário que haja um estimulo
de receptores celulares especifico. Estes, em condições fisiológicas, são estimulados
por hormônios lipolíticos que ativam a enzima adenilciclase no interior da mitocôndria
da célula e transforma em adenosina trifosfato (ATP) (FÁBRIS et al., 2009).

GORDURA LOCALIZADA

A gordura localizada é um grande problema para quem está preocupado com


a sua forma física, pois a mesma afeta grande parte da população, pelo
desenvolvimento irregular do tecido conjuntivo adiposo, podendo ser de origem
genética, postural ou circulatório (GUYTON, 1998).
A gordura localizada ou lipodistrofia localizada consiste em uma alteração das
células adiposas caracterizada como um distúrbio no metabolismo de gordura ou
crescimento anormal de gordura na hipoderme, acometendo principalmente quadris,
oblíquo, abdômen e coxas (GOMES; DAMAZIO, 2009).
Segundo o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (1991) a proporção do
sobrepeso e obesidade aumenta com a idade, principalmente entre os 45 a 55 anos,
sendo 37% nos homens e 55% nas mulheres.

FATORES QUE PREDISPÕEM O ACÚMULO DA GORDURA LOCALIZADA

As deformidades estéticas e funcionais do abdômen derivam de causas


genéticas e adquiridas, como obesidade, aumento de peso, gestação, dentre outras
(DE ALMEIDA, 2008). Estão presentes flacidez cutânea, acúmulo localizado de
gordura e diástase dos músculos reto abdominais, causando efeitos negativos
psicológicos, fisiológicos e estéticos nos pacientes (SALDANHA, 2011).
As causas mais frequentes da gordura localizada é o sedentarismo, o estresse,
os antecedentes familiares, o tabagismo, alterações hormonais como a elevação do
estrogênio, da aldosterona, da prolactina e da insulina, síndrome pré-menstrual, uso
de anticoncepcionais, dismenorreias, algumas alterações ortopédicas sépticas e a
patologia venosa ou linfática (RIBEIRO, 2006).

PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS

Para o tratamento dessas disfunções existe uma série de produtos no mercado


de cosméticos que afirmam possuírem princípios ativos lipolíticos eficientes. Estes
são indutores da lipólise e são eficazes na redução de medidas, e, em conjunto com
hábitos de vida saudáveis, ajudam a delinear as formas do corpo, melhorando também
a aparência da pele (TERRA; MININ; CHORILLI, 2009).
Além da grande procura dos cosméticos é perceptível ainda a procura por
procedimentos estéticos de alta tecnologia, minimamente invasivos, personalizados e
com diversos ativos agregados que proporcionem ao mesmo tempo prazer e bem
estar aos consumidores (CASTILHO, 2001).
O procedimento minimamente invasivo o qual envolve resultados rápidos e
satisfatórios, de baixos riscos e possibilita a volta imediata para as atividades do dia a
dia do paciente, não é uma atividade privativa do médico e nem considerada como
invasiva. Para sua realização o profissional deve ter formação e estar habilitado para
realizar o procedimento (CASOTTI; SUAREZ; CAMPOS, 2008).

INTRADERMOTERAPIA

A intradermoterapia é um procedimento médico introduzido na França por


Pistor, em 1958, consiste na aplicação de injeções intradérmicas de substâncias
farmacológicas muito diluídas, diretamente na região a ser tratada (TENNSTEDT;
LACHAPELLE, 1997).
Este método seria capaz de estimular o tecido que recebe os medicamentos
tanto pela ação da punctura quanto pela ação dos fármacos, e apregoa-se que sua
vantagem seria evitar o uso de medicação sistêmica (NAGORE et al., 2001).
Após a injeção intradérmica de fármacos altamente diluídos, próprios para
essa via de utilização, a derme tornar-se-ia, então, um reservatório a partir do qual os
produtos ativariam receptores dérmicos e se difundiriam lentamente, utilizando a
unidade microcirculatória (PISTOR, 1976).
Foi a partir de Pistor, em 1976, que a intradermoterapia recebeu mais atenção,
sendo fundada a Sociedade Francesa de Mesoterapia, em 1964. Assim, a técnica
difundiu-se pelo mundo. Pistor resumiu a técnica com as seguintes palavras: “Pouco,
poucas vezes, e no local adequado”.
Intradermoterapia foi sempre descrita nos artigos como a injeção intradérmica
de fármacos altamente diluídos, próprios para essa via de utilização. A técnica
consiste em injeções intradérmicas ou subcutâneas de um fármaco ou de uma mistura
de vários produtos, chamada mélange (VEDAMURTHY, 2007).

FÁRMACOS

Apesar de existirem no mercado mesclas prontas para cada distrofia estética,


recomenda-se que, para cada paciente, uma formulação seja manipulada para
atender às particularidades de suas disfunções estéticas, levando em consideração o
mecanismo de ação de cada fármaco (SBBME, 2010).
Eles podem ser classificados em lipolíticos, termogênicos e vasodilatadores, os
quais atuam e auxiliam no tratamento de disfunções estéticas, como a gordura
localizada, celulite, estrias, flacidez e também no tratamento capilar (NAGORE et al.,
2001).

PRINCÍPIOS ATIVOS LIPOLÍTICOS

A junção desses lipolíticos baseia-se na ativação da lipólise em células de


gordura através da inibição da fosfodiesterase, além de induzirem e regularem a
proliferação fibroblastica e a drenagem dos tecidos (ZECHNER, 2009).

Silício Orgânico

Kede e Sabatovich (2009) citam os silícios orgânicos ou silanóis, sendo o silício


presente em diversas moléculas biológicas, como elastina, colágeno, proteoglicanas,
e assim atua induzindo e regulando a proliferação fibroblastica, favorecendo a
regeneração de fibras elásticas e colágenas, o qual também irá favorecer a drenagem
dos tecidos e ativar a adenilciclase (ação na lipólise).
Vedamurthy em um artigo de revisão publicado em 2007 citou o silício orgânico
como uma medicação intradérmica capaz de estimular a síntese de colágeno.
Em 1977, Austin relatou que o silício está presente em vários tecidos do corpo
humano, como na pele, unhas e cabelo, porém é particularmente abundante nas
estruturas do tecido. Em 1981, sugeriu-se que o silício interfira na síntese de colágeno
tipo I: in vitro, a atividade da prolil hidroxilase parece ser dependente da concentração
de silício no meio de cultura. Um estudo com animais em crescimento, privados da
ingestão de silício, demonstrou retardo no crescimento e defeito nos tecidos ósseo e
conjuntivo (CARLISLE, 1981).

L-carnitina

Geralmente é adicionada aos cosméticos lipolíticos por atuar como


coadjuvante, pois, com o aumento da lipólise, pode ocorrer o acúmulo de ácidos
graxos dentro dos adipócitos, o que tende a inibir a mesma.
A L-carnitina atua aumentando a transferência dos ácidos graxos para o interior
das mitocôndrias, assim eles podem ser oxidados pela adenosina trifosfato (ATP)
(KEDE; SABATOVICH, 2009; RIBEIRO, 2010).
Influencia indiretamente, o metabolismo glicídico e proteico: a oxidação dos
ácidos graxos reduz a utilização periférica da glicose, uma vez que permite a entrada
de acetilas no ciclo de Krebs, aumentando consequentemente a disponibilidade
energética da célula. Devido a sua ação estimulante sobre a oxidação dos ácidos
graxos, promove a utilização dos mesmos, evitando desvios metabólicos
(BATISTUZZO, 2002).

Extrato de Gelidium

Este extrato é obtido da alga vermelha Gelidium sp, com marca comercial
Rhodysterol®, e contém 1,5% de esterol ativo. A capacidade lipolítica foi comprovada
em meio de cultura de adipócitos onde, em concentração de 2,5 a 5%, apresentou
efeitos comparáveis ao da cafeína e teofilina; e por aplicação tópica de pomada
contendo 5% do extrato por quatro semanas na região das coxas, 10 dos 16
participantes apresentaram redução de 0,2mm a 1cm na espessura do tecido adiposo
(BRIAND, 2003).
O esterol do extrato de Gelidium atua como sinalizador para os receptores dos
adipócitos, estimulando a lipólise. E também parece estimular os fibroblastos,
promovendo reorganização do tecido conectivo devolvendo sua elasticidade e
tonicidade (BRIAND, 2003). Ribeiro (2010) afirma que, em concentração de 2-4 %, seu
mecanismo de ação se dá por estímulo aos receptores β.

PRINCÍPIOS ATIVOS TERMOGÊNICOS

A junção desses ativos termogênicos baseia-se na geração de energia


localmente, aumentando o metabolismo celular, facilitando a queima de gordura, a
drenagem mais rápida dos edemas e a retenções de líquido nos tecidos subcutâneos
(RAMALHO; CURVELO, 2006).

Metilxantinas

Induzem as enzimas ao processo de lipólise aumentando a adenilatociclase,


AMPc e inibindo a fosfodiesterase, no caso, facilita o processo de permeação
(RAMALHO; CURVELO, 2006). Estudos in vitro mostram que as metilxantinas em
associação com silanol têm sua ação aumentada em sete vezes na capacidade
lipolítica (MEDEIROS, 2004).
Estudos in vitro demonstram que agonistas b-adrenérgicos e as metilxantinas
estimulam a lipólise e a redução do tamanho dos adipócitos através de um aumento
do AMPcíclico intracelular e da inibição da fosfodiesterase (MOTULSKY & INSEL,
1982; ROSSI, 1996; CHORILLI et al., 2005).

Cafeína

É a principal entre as metilxantinas, causando a lipólise dos adipócitos, sua


ingestão pode contribuir para o aumento da perda de peso e para a manutenção do
mesmo através da oxidação da gordura e termogênese (HERREROS et al., 2011). O
mecanismo de atuação é verificado através do estimulo beta- adrenérgico e pode vir
a aumentar a lipólise (ALANIZ et al., 2006).
Sua ação lipolítica se deve à mobilização dos ácidos graxos livres dos tecidos ou
estoques intramusculares. Atua ainda como competidor dos receptores de adenosina
e como estes atuam inibindo a lipólise, tem-se um aumento nos níveis de AMPc, que
ativa as lipases hormônios sensíveis, promovendo a lipólise (MELLO; KUNZLER;
FARAH, 2007).
Foi demonstrado em animais transgênicos que expressavam proteínas
desacopladoras além do normal apresentaram redução do tecido adiposo. Portanto,
esta seria outra ação da cafeína na lipodistrofia localizada (MORI et al., 2009).
Segundo Ramalho a cafeína usada em formulações cosméticas tópicas em
concentrações de 1 a 2% pode estimular a lipólise e a redução do tamanho dos
adipócitos, através do aumento da AMPc, as características físico-químicas dificulta a
transposição da barreira cutânea, sendo assim é necessário formulações cosméticas
constituídas por substâncias que promovam a permeação, podendo se utilizar a
incorporação da cafeína em lipossomas, ou a utilização de sonoforese (JORGE et al.,
2011).
Estudos dizem que a cafeína teria um efeito sinérgico, pois grupos que
consumiram a substância sozinha não demonstraram alterações metabólicas
(AMORIM; FERREIRA; NAVARRO, 2007).

Sinefrina

Tem estrutura semelhante à adrenalina, sendo capaz de se ligar aos receptores


adrenérgicos localizados nos adipócitos e aumentar a quantidade de AMPc
intracelular, consequentemente, iniciando a quebra de moléculas de gordura em
ácidos graxos essenciais e glicerol. Considerando que a cafeína é a substância
lipolítica mais conhecida, que atua inibindo a fosfodiesterase, que é a enzima
responsável pela quebra de AMPc no adipócito, a junção desses dois princípios
aumenta a quantidade de AMPc e, consequentemente, a atividade lipolítica (TERRA;
MININ; CHORILLI, 2009).
Estudos clínicos mostram que é capaz de acelerar o metabolismo, promovendo
um maior gasto de calorias e, consequentemente, a queima da gordura armazenada.
Ligando-se a receptores encontrados no tecido gorduroso, ativa o metabolismo e a
queima de gordura sem interferir no sistema cardiovascular (LOIZZO et al., 2012).

Chá verde

Possui como ações o aumento da termogênese e da oxidação lipídica, ambas


reguladas pelo sistema nervoso simpático, fazendo com que os flavonoides sejam
capazes de atuar por meio da modulação de noradrenalina, regulando, assim, o peso
corporal, o tecido adiposo e consequentemente, a expressão da leptina (ALTERIO;
FAVA & NAVARRO, 2007).
Estudo in vitro realizado por Sohle et al. (2009) avaliou os efeitos do chá verde
na hipertrofia e diferenciação de pré-adipócitos e adipócitos, sendo observada uma
redução de mais de 70% na quantidade de triacilgliceróis quando comparando com
as células controle. Também verificaram que o extrato induz a lipólise por haver
aumento na taxa de glicerol livre.
Outras pesquisas demonstraram que tanto ratos quanto humanos podem ser
beneficiados com o consumo do chá. Nesses estudos foram observadas diminuições
no consumo alimentar, maior utilização de lipídeos como fonte de energia e redução
de peso corporal bem como circunferência do quadril e relação cintura-quadril em
humanos, avaliando-se, assim, o percentual de gordura e sua distribuição no corpo
(MANENTI, 2010).
Em rato Sprague-Dawley, estudos realizados com o extrato do chá verde
apresentaram termogênese em células do tecido adiposo marrom, reduzindo-o sem
alteração da massa corporal e de consumo alimentar, com inibição da adipogênese e
da apoptose em células adiposas maduras. Em seres humanos não foi diferente, foi
observada redução de peso corporal, IMC e gordura visceral e total bem como
aumento da termogênese e da oxidação lipídica (FREITAS & NAVARRO, 2007).

PRINCÍPIOS ATIVOS VASODILATADORES

A junção destes ativos vasodilatadores atua no interstício, acelerando e


regulando o metabolismo celular, melhorando a circulação, aumentando a resistência
capilar e melhorando a pressão parcial de oxigênio, levando a um retorno venolinfático
mais eficiente minimizando edemas em extremidades, assim além de melhorarem o
aspecto da pele facilitam a absorção de outros ativos (MURI; SPOSITO;
METSAVAHT, 2006).

Desoxicolato de Sódio

Em 2004, Rotunda et al. publicaram um estudo em que injetaram os dois


principais componentes do produto lipolítico (fosfatidilcolina e desoxicolato de sódio)
usado para injeções subcutâneas. Com o uso de tecido gorduroso suíno, concluíram
que a fração ativa do produto e o desoxicolato de sódio e que este age como um
detergente, causando lise não especifica da parede celular adiposa.
Estudos demonstraram que o desoxicolato é o ingrediente ativo que causa lise
celular com morte celular na mesoterapia ablativa. Outro estudo em lipomas
demonstrou que os eventos adversos foram limitados a reações locais (DUNCAN;
ROTUNDA, 2011).
Estudos utilizando adipócitos humanos tratados com concentrações crescentes
de desoxicolato deram um aumento não linear no glicerol, sugerindo que a liberação
de enzimas lipolíticas com triglicerídeos durante a lise celular estimula a lipólise
(DUNCAN, 2009).

Benzopirona

Age promovendo drenagem linfática, além de favorecer a ação dos macrófagos


apresentando propriedade proteolítica combatendo a fibrose. É um agente com
propriedades vasculares, melhorando a permeação dos demais componentes
(HERREROS et al., 2011).
Borges 2006 relata ainda que, a benzopirona quando usada para o tratamento
da gordura localizada pode atuar promovendo aumenta da circulação e ativando a
permeabilidade da pele.
Neves e Oliveira (2008) citam que a drenagem linfática serve para auxiliar nos
procedimentos estéticos como a intradermoterapia, pois tem benefícios como
aumento do metabolismo, auxilia na redução de edemas e medidas, e o aumento da
circulação sanguínea.
Segundo Guirro & Guirro (2002), a drenagem linfática é uma técnica que exerce
efeito mecânico local decorrente da ação direta da pressão exercida no segmento
massageado, e também ação reflexa, indireta, por liberação local de substâncias
vasoativas, a técnica também irá ajudar na eliminação dos fármacos, tendo como
principal via de excreção a via renal.

COMO POTENCIALIZAR OS RESULTADOS

A intradermoterapia também pode ser associada a outros procedimentos,


como, o ultrassom, drenagem linfática e a combinação de fármacos (AGNE, 2013). O
exercício físico aliado a uma alimentação saudável tem sido indicado como um
mecanismo para a redução da gordura corporal e do sobrepeso (FERNADEZ, 2004).
Na restrição moderada do consumo energético juntamente com a realização de
exercícios específicos para a perda de gordura (MONTEIRO; RIETHER; BURINI,
2004).

EFEITOS COLATERAIS/ADVERSOS

As principais contraindicações absolutas são: alergia a algum medicamento da


mescla, infecção no local a ser tratado, doença sistêmica sem controle, estados e
atopia respiratória (asma, bronquite), gestação. As contraindicações relativas são: uso
de medicamentos que alteram a coagulação, doença sistêmica que impeça o uso de
algum componente da fórmula (LASS et al., 1994).
Ainda há condições que impem a realização desta técnica temporariamente,
são os casos de infecções virais sistêmicas, estados febris e uso de antibióticos,
situações em que o bom senso pede para interrompermos o tratamento até a
resolução do quadro infeccioso (VEDAMURTHY, 2007).
Segundo Tennstedt & Lachapelle (1997) existem produtos injetáveis que são
proscritos para o uso mesoterápico, pelo risco de necrose cutânea. São as
substâncias alcoólicas ou as oleosas. Após o procedimento é importante realizar
massagem no local da aplicação, para evitar a formação de nódulos.

CONCLUSÃO

Apesar dos avanços na área da cosmetologia, não foram encontrados muitos


princípios ativos inovadores. No caso da gordura localizada os lipolíticos, ainda
prevalecem auxiliando na lipólise e os termogênicos que atuam na microcirculação
juntamente com os vasodilatadores. Muitos cosméticos ainda têm os mecanismos de
ação e efeitos fisiológicos pouco esclarecidos, apesar de serem comercializados
normalmente e sem restrições.
DESENVOLVIMENTO

TECIDO ADIPOSO

O tecido adiposo é distribuído uniformemente no corpo sendo formado por


tecido conjuntivo frouxo e constituído por células conhecidas como adipocitos. Essas
células são originárias dos fibroblastos e tem como função principal o estoque de
energia do organismo ATP, além de dar sustentação e proteção de diversos órgãos,
atua como isolante térmico e secretam citocinas com suas respectivas funções
(FERREIRA, 2014).
Sua síntese é através da hidrólise dos quilomicrons e das lipoproteínas pela
enzima lipase lipoproteica, resultando em triacilglicerois. O catabolismo da reserva
de gordura, conhecido como lipólise, é controlado por alguns hormônios, tais como
catecolaminas, glucacon, hormônio melanócito estimulante e adenocorticotropina,
além das citocinas e adipocinas. A partir da lipólise, uma parte dos ácidos graxos
liberados sofre metabolização e outra atravessa a membrana da célula e chegam a
corrente sanguínea.
O glicerol é uma molécula lipossolúvel e é reaproveitado pelo fígado após a síntese
(CURI, 2003).
O revestimento do corpo pelo tecido adiposo é conhecido como camada
hipodérmica (hipoderme), que varia de acordo com a fase da vida. A sua estrutura
esta localizada dentro de septos do tecido conjuntivo, tendo como função ligar a derme
reticular a fascia muscular, que varia de acordo com algumas diferenças sexuais
(TERRANOVA; BERARDESCA; MAIBACH, 2006; RIBEIRO, 2010).

GORDURA LOCALIZADA

A gordura localizada é uma alteração das células adipocitas que tem como
característica um distúrbio no metabolismo da gordura ou crescimento anormal de
gordura na camada hipodérmica, arremetendo quadris, oblíquo, abdome e coxas
(GOMES; DAMAZIO, 2009).
Neste caso, as células responsáveis se apresentam aumentadas, dando
aquele aspecto de aparência ondulada. O processo de desenvolvimento da gordura
corporal ocorro devido ao aumento do volume e número das células adipositas, assim,
a combinação desses dois fatores ocasiona o aparecimento da gordura localizada
(GUIRRO & GUIRRO, 2002).

LIPOSDISTROFIA GINOIDE

Lipodistrofiaginoide, adiposidade edematosa e dermatopaniculoseeformante,


são os termos usados para definir celulite, embora a terminação “ite” se referir a uma
condição inflamatória, na área estética, este termo seria considerado inadequado,
porem está consagrado para definir o aspecto ondulado da pele de algumas áreas
corporais, tendo aspecto irregular como uma casca de laranja ou queijo cottage
(JUNQUEIRA, 2010).

Segundo João Paulo Junqueira et al.,a maior prevalência deste distúrbio, ocorre nas
mulheres, onde as principais áreas afetadas no corpo são nos quadris,
coxas e nádegas,das quais, geralmente nessas áreas apresenta-se também gordura
e esta recebe ação do estrógeno.
Bolla et al., relatam que a lipodistrofia ginóide se desenvolve a partir de um
acúmulo de lipídios no adipócito ou célula de gordura, causando sua hipertrofia, e
trata-se de uma desordem localizada que acomete o tecido dérmico e subcutâneo,
com modificações vasculares e com resposta esclerosante, resultando no seu aspecto
macroscópico.

MECANISMO DE AÇÃO DOS COMPOSTOS NA CELULITE


E GORDURA LOCALIZADA

L-carnitina

A L-carnitina é adicionada aos cosméticos pois atua no aumento da lipólise e


alem disso, também atua aumentando a transferência de ácidos graxos para ointerior
da mitocôndria, sendo assim oxidados pela adenosina trifosfato.
Transporta a gordura acumulada para dentro das células para ser gasta em
forma de energia, pelo processo de oxidação lipídica, que ocorre durante a prática
de exercícios físicos. Apresenta efeito anti-oxidante e faz com que o metabolismo da
glicose seja melhorado, auxiliando na construção da massa muscular magra
(BORGES, 2010)

Buflomedil

É um ativo vasodilatador que restaura a microcirculação abrindo passagem


através de esfíncteres capilares presentes no endotélio, onde possivelmente interfere
no transporte de íon cálcio, resultando na abertura do mesmo.
Em doses normais, não se tem alteração cardíacas demonstradas em estudos.
Silício orgânico

O silício é um metaloide que esta presente nas estruturas de compostos


orgânicos e minerais e é indispensável para a síntese de colágeno e elastina no tecido
conjuntivo, onde regula a proliferação fibroblastica e favorece a regeneração de fibras
elásticas e colágenas alem de ser coadjuvante de processos lipolíticos.
O monoestearato de metilsilanetriol também conhecido como Trissilinol, é um
Silício Orgânico que possui a capacidade de reestruturar o tecido conjuntivo e suas
estruturas de modo muito dinâmico. É um importante doador de silício que é
fundamental para a formação de colágeno dos ossos e tecidos conectivos, para
manter a organização da pele e dos anexos epidérmicos. Estudos mostram que tem
importante papel na prevenção de doenças cardiovasculares por melhorar
flexibilidade e elasticidade das artérias. É um estimulante do Sistema Imunológico e
inibidor do processo de envelhecimento dos tecidos.
O Trissilinol tem uma ação predominantemente eutrófica, mas também
funciona como lipolítico, com uma ação mais suave quando comparado com os
lipolíticos clássicos. Como lipolítico sua ação se dá através do aumento das
concentrações do AMP-clícico intra-adipocitário, ativando a lipólise (VARELA, 2018).

Benzopirona

Também conhecida como cumarina, é um princípio ativo de origem vegetal que


também pode ser obtido de forma sintética, com estrutura química similar às
isoflavonas, que também é uma classe química de origem vegetal que tem ações
importantes em nível vascular. A Benzopirona tem uma potente ação linfotrófica,
promovendo uma redução significativa dos edemas de origem vascular. Possui vários
mecanismos de ação que explicam essa ação:
• Aumento da atividade das bombas dos vasos linfáticos coletores;
• Redução da permeabilidade capilar quando alterada;
• Estabilização das membranas plasmáticas e lisossomais;
• Redução dos efeitos dos mediadores do processo inflamatório;
• E principalmente, o aumento da atividade de macrófagos, que diminuem
o conteúdo de proteínas de alto peso molecular do espaço extracelular, diminuindo
a pressão osmótica, trazendo novamente o acúmulo de líquido, para o espaço
intracelular. Está indicada no tratamento de insuficiências vasculares periféricas,
nos linfedemas, varizes, flebites e como coadjuvante nos tratamentos de celulite.
É utilizado para a prevenção da formação de hematomas quando em uso de
medicamentos que propiciam fragilidade capilar ou em pacientes com tendência à
formação de equimoses (VARELA, 2018).

Fosfatidilcolina

A fosfatidilcolina é um glicerofosfolipidio capaz de penetrar nos adipócitos


através da proteinoquinase ativaria a lipase hormônios sensível iniciando assim a
hidrolise dos triglicérides.

Centella asiática

É de origem vegetal, sendo composta por asiaticosideo, ácido madecassico e


ácido asiático, normaliza o tecido e seus derivados, acelera o metabolismo para a
formação de do colágeno e reduz edemas.

Cafeína

A cafeína é um agente lipolítico, pois incentiva a lipólise e diminui o tamanho


dos adipócitos. O efeito da lipólise quando aplicado a cafeína bloqueia a ação da
fosfodiesterase, deste modo, mobiliza triglicerídeos, assim transformando excesso
de lipídeos em ácidos graxos, onde são eliminados pelo sistema linfático (REIS;
OLIVEIRA, 2017.
Ioimbina

A ioimbina (17a-hidroxiioimban-16a- acido carboxílico metilester) é um antagonista


adrenérgico de receptores α-2, encontrada na casca da árvore Pausinystalia. Este fármaco
atua como antagonista competitivo, irreversível, apresentando dissociação lenta do
receptor α-2 (BRAGA, 2012).

Taurina

A Tau ou ácido beta-aminossulfônico é um composto final do metabolismo dos


aminoácidos sulfurados (metionina e cisteína) que se encontra conjugada com ácidos
biliares de sódio e potássio, resultando na formação do ácido taurocólico, um dos ácidos
da bile alcalina, essencial para absorção das gorduras(2). Está presente em altas
concentrações em algas e no reino animal. A síntese de Tau ocorre a partir dos
aminoácidos metionina e cisteína, através de uma sequência de reações enzimáticas de
oxidação e transulfuração que requerem a participação da vitamina B6 como cofator
(DALL’AGNOL; SOUZA, 2009)

Inositol

Inositol é um composto derivado do metabolismo da glicose e, na literatura


científica, também é discutível ser uma vitamina. É encontrado e amplamente distribuído
na dieta humana, tanto em fontes vegetais como animais. Está presente nas frutas,
principalmente, as cítricas (exceto limão), lecitina de soja, grãos integrais, raízes, melão,
levedo de cerveja, germén de trigo, passas, repolho e nas vísceras como coração e fígado.
Pode ser produzido pela flora intestinal.

Em relação aos seus benefícios, tem como principal função neutralizar o colesterol, pois
tem papel de auxiliar na quebra de gorduras e colesterol, portanto, pode haver diminuição
nos níveis de colesterol com o uso de inositol em associação a coilina. Estas duas
substâncias juntas podem impedir a aterosclerose, ou seja, ondurecimento das artérias .
L- Ornitina

A L-ornitina é um aminoácido protéico não essencial para o funcionamento do


organismo. O organismo sintetiza quantidades suficientes da L-ornitina, a partir de
outros aminoácidos, de acordo com suas necessidades. No entanto, a L-ornitina
também pode ser ingerida através de alimentos e suplementos. A função da L- ornitina
no organismo é participar do ciclo da uréia, via pela qual a uréia é retirada dos
aminoácidos e eliminada através da urina pelo organismo. Além disso, é também
convertida no aminoácido L-arginina, assim como o inverso também ocorre. A L-
ornitina é utilizada como hepatoprotetor (evitando danos ao fígado) e suplemento
alimentar em formulações contendo outros aminoácidos, como a L- citrulina e a L-
arginina.
Utilizada também na intradermoterapia, pois atua no tecido de gordura.
A fosfatidilcolina é um glicerofosfolipidio capaz de penetrar nos adipócitos
através da proteinoquinase ativaria a lipase hormônios sensível iniciando assim a
hidrolise dos triglicérides.

CONCLUSÃO

O presente estudo, através de levantamento bibliográfico, demonstrou então


que diferentes ativos têm diferentes mecanismos de ação: enquanto alguns estimulam
a quebra das moléculas de gordura, outros auxiliam a captação e direcionamento
destas moléculas, para que sejam devidamente drenados emetabolizados.
Sendo assim, um melhor entendimento dos mecanismos de lipólise e de
metabolização desta gordura e dos mecanismos de ação dos ativos traz para o
profissional da estética mais segurança na execução dos procedimentos além de
possibilitar uma devida associação de fármacos trazendo melhores resultados.
A Intradermoterapia, foi introduzida por Pistor em 1958 para procedimentos médicos, com
utilização de fármacos altamente diluídos, através de injeções intradérmicas para o tratamento
de processos álgicos. Neste momento, pode ser observada a eficácia da técnica através da
estimulação do tecido que recebe a punctura com a administração dos medicamentos. Esta
terapia apresenta ação local dos fármacos e não sistêmica e por esse motivo, tornou-se
interessante e inovadora (TENNSTEDT; LACHAPELLE, 1997). Segundo a história, Pistor tratou
um paciente com problemas asmáticos e lhe ministrou procaína endovenosa, com objetivo te
obter a broncodilatação do paciente. Porém, este mesmo paciente apresentava deficiência
auditiva crônica e após receber a injeção o mesmo se curou deste quadro clínico. Sendo assim,
o médico iniciou uma série de ensaios clínicos em que ministrava injeções intradérmicas do
mesmo produto na área mastóide e o receptáculo apresentava uma recuperação temporária da
audição.
Prosseguindo com as injeções de procaina em diversos pacientes, em 1958 se publica o artigo
intitulado “Exposé sommaire des propriétés nouvelles de la procaine local en pathologie humain”
(Breve exposição de novas propriedades da procaína aplicada localmente em patologia humana).
No artigo se relatava a vivência no tratamento da surdez, vertigens, presbiopia e cefaleia através
de injeções subcutâneas no local com procaína, supunha-se que os efeitos aconteciam por
causa de um estímulo neurossensorial de curta duração, que foi denominada Mesoterapia, nome
dado devido a origem embriológica da derme, local de aplicação. Na mesoterapia o medicamento
é injetado na derme reticular, a aproximadamente 4 mm de profundidade, onde se localizam os
plexos capilares superficiais e profundos. Este consiste em um fator de suma importância para
maior absorção dos medicamentos em questão (PISTOR, 1976) (Figura 1).

Figura 1: Esquema representando a aplicação da Mesoterapia. Fonte:


http://www.metsavaht.com.br/ortopedia/mesoterapia/. Acesso em 20 de junho de 2018.

Nos dias atuais diversos profissionais da área de saúde utilizam a intradermoterapia para
tratamentos estéticos de lipodistrofia (Figura 2), fibroedemagelóide, afecções capilares, entre
outros, sendo chamada de Mesoterapia. São escassas pesquisas científicas, quanto a
utilização da intradermoterapia, sendo assim esta revisão teve como objetivo reunir
informações relevantes desta técnica, para os tratamentos médicos e inestéticos.
Assim esta revisão teve como objetivo reunir informações relevantes desta
técnica, para os tratamentos médicos e inestéticos.

Figura 2: Injeção intradérmica ou subcutânea de um ou mais fármacos, através da


introdução da agulha na pele.

FORNECEDORES DE ATIVOS PARA INTRADERMOTERAPIA:

*E-BOOK PRODUZIDO E CRIADO PELA AUTORA: DRA. SULAMITA DE OLIVEIRA


Marcação da área onde será feita a aplicação das enzimas.

Deve-se delimitar a região com a qual será trabalhada, para posterior


marcação dos pontos de inserção da agulha.
Em seguida faça as marcações dos pontos onde será feita as aplicações
dentro de cada região delimitada.

Quanto maior a quantidade de marcações, melhor funcionará a distribuição dos


ativos lipoliticos no tecido adiposo.
Importante também fazer as marcações laterais (flancos), para a redução de
gordura ser proporcional, para destacar ainda mais a linha de cintura.
Você pode estipular uma Sessão de Lipoenzimática como sendo a quantidade
de 1 ampola do produto (10ml).

Preencha a seringa com a quantidade fracionada para que seja possível


preencher todas as marcações dos pontos já determinados.

Faça as inserções de maneira perpendicular a pele, tomando cuidado para não


mover a agulha demasiadamente na epiderme.

A região onde foi aplicado o ativo pode apresentar um leve inchaço e ardor.
Este é o processo inicial inflamatório, onde os ativos darão início a quebra das
células adiposas.

*E-BOOK PRODUZIDO E CRIADO PELA AUTORA: DRA. SULAMITA DE OLIVEIRA

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