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METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 1


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Onde estamos?
Estimado amigo (a), profissional da área da saúde, antes de
detalhar sobre a inovação trazida pela abordagem
metabolômica, compartilho alguns dados alarmantes:

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Infelizmente, a população está cada vez mais doente e muitas


pessoas estão morrendo. Acredito piamente que com essa
metodologia inovadora que irei apresentar, teremos
conhecimento inovador e disruptivo para aplicar na nossa
prática clínica e reduzir essas estatísticas.

Para isso, conto com a sua ajuda, profissional dedicado e


diferenciado que trabalha com seriedade em prol da SAÚDE.

Recentemente ministrei uma aula sobre Metabolômica em um


curso de Medicina funcional integrativa, e em conversa com
alguns colegas, que compartilham do mesmo propósito de
conduzir os pacientes à sua melhor performance em saúde, ouvi
a seguinte frase: “Não queira ser luz, porque não é você que
precisa brilhar. Seja holofote para iluminar a vida das pessoas
que cruzarem o seu caminho”.

Espero que, assim como eu, você se surpreenda com essa


poderosa ferramenta de precisão.

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Metabolômica:
o que é?
A metabolômica é uma análise molecular inovadora na área da
saúde, capaz de avaliar o mapa do metabolismo, o qual auxilia
na detecção da CAUSA de condições clínicas e doenças.

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por quê?
A análise metabolômica revela as bases nutricionais e
metabólicas de cada organismo, fornecendo uma visão
detalhada sobre os processos metabólicos celulares individuais
de cada paciente.

Deixa-me explicar melhor: TODA DOENÇA começa com


desequilíbrios metabólicos - os quais, muitas vezes, não são
detectados por exames bioquímicos convencionais. Dessa
forma, a abordagem molecular de precisão (por meio da
metabolômica) permite o tratamento da CAUSA de doenças que
já estão em andamento - ao invés de tratar APENAS SINTOMAS,
como nas metodologias convencionais - permite, também,
prevenir uma série de doenças.

Esse processo de tratamento e prevenção aumenta a


performance em saúde, cognição, estética, esportiva e conduz o

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paciente à longevidade saudável e ao envelhecimento ativo.

O QUE O PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE CONSEGUE AVALIAR


UTILIZANDO A METABOLÔMICA NO SEU CONSULTÓRIO?

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Através da análise metabólica molecular, é possível identificar os

desequilíbrios metabólicos do paciente, o que significa a

possibilidade de intervenções individuais mais precisas, que

aumentam as respostas do organismo, levando ao equilíbrio do

metabolismo.

Na área da saúde, os biomarcadores avaliados pela análise

metabolômica são intermediários metabólicos produzidos

durante a formação de energia, durante o processo de

desintoxicação, durante a metabolização de neurotransmissores

ou, ainda, pela atividade da microbiota intestinal. O acúmulo

desses metabólitos em biofluídos sinaliza uma inibição ou

bloqueio metabólico, que pode ocorrer por causa de: (1)

deficiências de nutrientes e/ou de cofatores, (2) e/ou por

polimorfismos genéticos que levam à ineficiência de enzimas do

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organismo, (3) e/ou por acúmulo de toxinas e poluentes

ambientais no organismo, e/ou (4) devido ao efeito de

drogas/medicações.

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O QUE É POSSÍVEL DETECTAR A NÍVEL CELULAR UTILIZANDO A


METABOLÔMICA?

• Metabolização de macronutrientes
(carboidratos, lipídeos e proteínas);
• Sinais de erros inatos do metabolismo;
• Função mitocondrial;
• Produção de energia;
• Deficiências nutricionais a nível celular;
• Níveis de marcadores funcionais dos neurotransmissores;
• Capacidade de desintoxicação;
• Disbiose;
• Capacidade antioxidante;
• Insuficiência de coenzima QlO (CoQlO) e ácido lipóico;
• Metabolismo do colágeno;
• Adequação ou inadequação no consumo de carne vermelha;
• Adequação ou inadequação no consumo de açúcar;
• Marcadores de impacto renal;
• Intoxicação por toxinas e poluentes ambientais, e
• Hormônios.

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QUEM PODE FAZER?

A análise metabolômica é indicada para crianças de todas as


idades até idosos. O exame é totalmente seguro e também
indicado para gestantes, lactantes e atletas de alta performance.

COMO FAZER?

A análise deste ‘mapa do metabolismo’ é feita através de uma


coleta de biofluído corporal, como urina, por exemplo. É um teste
não invasivo, coletado pelo próprio paciente em sua residência. A
amostra é enviada ao laboratório para avaliação dos
metabólitos por equipamentos de alta tecnologia (ressonância
magnética nuclear, espectrometria de massas acoplado à
cromatografia ou espectroscopia por infravermelho), e dentro de
alguns dias (em média 30 dias), o profissional solicitante recebe o
resultado metabólico do seu paciente e segue com a
interpretação dos achados.

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A partir da interpretação do resultado, o profissional elabora um


protocolo de tratamento personalizado, que deverá ser seguido
pelo paciente por um período de médio prazo para que os
desequilíbrios metabólicos sejam normalizados. Após a
finalização do período de tratamento, é recomendada uma nova
análise (em geral, 1 vez por ano), a fim de compreender quais
desequilíbrios foram corrigidos e as condições bioquímica e
clínica do paciente.

COMO OS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE PODEM GERAR


MELHORES RESULTADOS PARA OS SEUS PACIENTES?

Após a identificação dos desequilíbrios presentes no


metabolismo do paciente, o tratamento é pensado a partir de
uma base nutricional que possa interagir em favor da saúde
global. Ele inclui medidas que vão desde a escolha do melhor
protocolo dietético até a escolha dos nutrientes e suplementos
adequados à correção dos desequilíbrios (de acordo com a
individualidade bioquímica de cada um). Tudo isso levando em
conta também as preferências alimentares, a rotina e as

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possibilidades práticas da vida do paciente. No que se refere à


terapia medicamentosa, os resultados do teste metabólico
trazem informações de grande relevância para o melhor
direcionamento da conduta médica.

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COMO FUNCIONA O TRATAMENTO COM BASE NOS RESULTADOS DA


AVALIAÇÃO METABOLÔMICA?

EXEMPLO 1: Onde podem estar a(s) causa(s) de sintomas como


depressão, ansiedade, burnout, falta de foco, perda de
motivação, falta de energia e perda de libido?

Na análise metabolômica, avaliamos o metabólito ácido

homovanílico ou homovanilato (HVA), que quando encontra-se

abaixo dos valores de referência, por exemplo, é um indicador de

insuficiência na síntese de dopamina, neurotransmissor que,

quando baixo, está associado a sintomas de ansiedade, fadiga,

depressão, baixa libido e distúrbios do sono. Tratar o sintoma, ou

seja, a ansiedade, a depressão, etc - seria simplesmente fazer uso

de antidepressivos. Por outro lado, o profissional que busca o

porquê pode encontrar a resposta na avaliação metabolômica, e

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dessa forma poderá propor ao paciente um tratamento muito

mais assertivo.

No caso do HVA, quando detectamos níveis abaixo dos valores de

normalidade em biofluído urinário, o tratamento envolve

otimizar a ingestão e/ou suplementação com o aminoácido

tirosina, o qual é precursor para a síntese de dopamina. Além

dessa suplementação, que pode variar de 300mg a 2g de

tirosina/dia (de acordo com idade, peso e necessidade do

paciente), incluímos a suplementação com os co-fatores (como

a vitamina B6 por exemplo), necessários para que ocorra a

síntese adequada de dopamina. Ajustes na alimentação também

são recomendados, tanto no que se refere a um melhor consumo

dos nutrientes envolvidos nessa rota metabólica, quanto de

recomendações que visam otimizar a funcionalidade da

microbiota intestinal do paciente, pois sabe-se que a

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alimentação desbalanceada em qualidade e quantidade pode

contribuir para o quadro de disbiose, o que impacta

negativamente na digestão e absorção dos nutrientes que

ingerimos, e na síntese de vitaminas, neurotransmissores e

hormônios.

Quando encontramos níveis de HVA abaixo do valor de

normalidade no biofluído urinário na análise metabolômica, a

suplementação com o aminoácido tirosina e com a vitamina B6

na forma ativa (piridoxal 5 fosfato) é uma sugestão assertiva de

tratamento, a qual poderá impactar na correção do desequilíbrio.

Utilizando esse tipo de abordagem de precisão, o tratamento

pode ser conduzido de forma individualizada. O especialista

identifica o desequilíbrio e entende qual conduta deve seguir, de

forma simples e direcionada (o que eu chamo de entender qual é

o alvo de tratamento e mirar!). É simples porque quando olhamos

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para a rota bioquímica, para o metabólito em desequilíbrio,

somos capazes de entender quais nutrientes podem estar em

excesso ou insuficientes no organismo do paciente. Veja abaixo a

rota bioquímica relacionada à síntese de Dopamina:

EXEMPLO 2: Por meio da análise metabolômica podemos


entender melhor as causas por trás da dificuldade na perda de
peso?

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A literatura científica mostra que pacientes com disfunção na


mitocôndria (organela responsável pela produção de energia)
podem apresentar diversos sintomas, dentre eles: dificuldade na
perda peso! Uma das causas dessa disfunção mitocondrial pode
estar na metabolização inadequada de ácidos graxos de cadeia
curta.

O metabólito ácido etilmalônico (ou etilmalonato), um ácido


orgânico avaliado no exame de metabolômica, pode estar acima
dos limites de normalidade na urina devido à deficiência de acil-
CoA desidrogenase de cadeia curta (SCAD). A deficiência de
SCAD muitas vezes é assintomática, exceto em momentos de
estresse. Estudos mostram que mulheres com diabetes
gestacional apresentaram níveis mais altos dos metabólitos:
ácido pirúvico e ácido etilmalônico. Níveis elevados de
etilmalonato em biofluido urinário podem estar associados à
insuficiência de carnitina (um elemento sintetizado
naturalmente no organismo pelo fígado e rins a partir de

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aminoácidos essenciais, como lisina e metionina) e/ou à


insuficiência de riboflavina (vitamina B2). E esse desequilíbrio
pode ser uma das CAUSAS da dificuldade na perda de peso.

Insuficiência de carnitina e coenzima


Q10 impactam negativamente na
eficiência mitocondrial. A ineficiência
mitocondrial, pode impactar em acúmulo
de gordura intramuscular e redução na
sensibilidade à insulina, aumentando o
risco de obesidade e diabetes.

Outros marcadores metabólicos como adipato e suberato,


quando fora dos níveis de normalidade, também indicam falha
na metabolização ácidos graxos. O tratamento para esses casos,
visa equilibrar o consumo desse tipo de macronutriente e, em
paralelo, precisamos entender o que está faltando ou em excesso
no organismo, para que possamos ofertar ao paciente uma
suplementação assertiva e fazer com que a metabolização de

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gorduras seja adequada. Exemplos de marcadores do


metabolismo de ácidos graxos incluem:

• Ácido adípico ou adipato

• Ácido Subérico ou suberato

• Ácido Etilmalônico
ou etilmalonato

• Ácido Sebácico

• Ácido Pimélico

• Ácido 2
Metilsuccínico

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Quando detectamos desequilíbrios nesses metabólitos, o


tratamento assertivo pode incluir a suplementação com L-
carnitina, vitamina B2 (riboflavina) e aminoácido lisina
(precursor da carnitina).

Um estudo publicado por An JH et al (2016) mostrou que a


suplementação com L-carnitina melhorou os sintomas de fadiga
em pacientes com hipotireoidismo, os quais faziam uso de
levotiroxina para reposição hormonal. É importante ressaltar que
desequilíbrios nesses metabólitos estão relacionados ao maior
risco para ganho de peso, no entanto, a disfunção mitocondrial
está relacionada a outras condições clínicas importantes como
doenças neurológicas (autismo, Alzheimer, Parkinson, transtorno
do déficit de atenção e hiperatividade - TDAH), desordens
psiquiátricas como ansiedade, depressão, borderline, na
insuficiência cardíaca, síndrome metabólica, câncer, doença
hepática, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA),
maior risco de gravidade em caso de infecção por Covid 19,
doença renal, fibromialgia, entre outras.

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Mostramos aqui algumas sugestões de conduta nutricional de


acordo com desequilíbrios que podem ser detectados
exclusivamente pela análise metabolômica, mas ressaltamos
que as escolhas de tratamento devem ser definidas pelo
profissional, de acordo com os achados metabólicos globais do
paciente, considerando a clínica do paciente, avaliação corporal,
exames bioquímicos convencionais e outras avaliações.

Dependendo da gravidade, os sintomas da disfunção


mitocondrial podem incluir:
• Obesidade;
• Resistencia à insulina;
• Fraqueza leve periódica;
• Náusea;
• Fadiga;
• Hipoglicemia;
• Odor de “pés suados”;
• Infecções recorrentes;
• Anormalidades foram relatadas em crianças com transtornos de
déficit de atenção e autismo.

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Ainda sobre obesidade, outro metabólito que deve ser avaliado


nesse contexto, é o aminoácido Glicina. Estudos científicos
recentes mostram potenciais mecanismos que contribuem para
deficiência sistêmica de glicina durante doenças metabólicas
associadas à obesidade.

Glicina é um aminoácido que desempenha diversas funções


orgânicas: é necessário para síntese de porfirina, para a
formação de heme e nas funções celulares, é peça chave nas
reações de conjugação de fase II, a qual envolve o processo de
desintoxicação hepática, ou seja, esse aminoácido é
fundamental na “limpeza do fígado”. Além disso, glicina é
precursor do aminoácido serina, e grande fornecedora de
intermediários de ácido fólico no "reservatório do carbono-1", os
quais são fundamentais para reações reguladoras de genes no
nosso organismo.

Estudo publicado por Alves A et al (2019), mostra que pacientes


com obesidade, apresentam redução na captação de glicina, o
que impacta na biodisponibilidade desse aminoácido nesses

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indivíduos, prejudicando todos os processos mencionados acima,


os quais necessitam de glicina. A insuficiência desse aminoácido
pode prejudicar o processo de desintoxicação hepática,
favorecer a inflamação e prejudicar muito a perda de peso. A
obesidade é considerada uma inflamação crônica, de baixo grau
e sistêmica. Portanto, a avaliação desse metabólito por meio da
análise metabolômica torna-se um grande diferencial no
tratamento da obesidade e da síndrome metabólica.

Atualmente, testes de metabolômica na prática clínica incluem a


análise do metabólito Glicina em biofluído urinário, além de
outros metabólitos como succinato, piruvato, aminoácidos de
cadeia ramificada (leucina, valina e isoleucina), fenilacetato,
quinurenina, ácido alfa aminoadípico, metabólitos microbianos,
e adipato, suberato e etilmalonato (mencionados
anteriormente).

Por meio dessa avaliação, o profissional pode estimar se existe


desequilíbrio nesses biomarcadores, e realizar a correção

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assertiva por meio de ajustes na alimentação além de


suplementação adequada.

A figura a seguir publicada por Alves A et al na revista Nutrients

(2019), mostra que a interação entre os alimentos ingeridos por

nós (hospedeiros) e a nossa microbiota intestinal influenciam a

composição bacteriana e a capacidade metabólica das

bactérias, o que impacta na capacidade de utilização de glicina

e na produção de metabólitos derivados desse aminoácido.


Alterações na disponibilidade de glicina ou dos seus metabólitos

microbianos podem modular a expressão de genes nos

compartimentos intestinais e afetar a capacidade do epitélio

intestinal na absorção de glicina. O estudo aponta que devido a

esses mecanismos, indivíduos com obesidade podem ter uma

pior disponibilidade desse aminoácido no organismo, o que

prejudica a perda de peso, e favorece o contrário.

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EXEMPLO 3: Os sintomas do diabetes tipo 2 nós já conhecemos. Te


convido a entender um pouco mais sobre as possíveis CAUSAS
dessa condição clínica.

Os sintomas do diabetes incluem sede excessiva, urina em


grande quantidade, fome excessiva, perda de peso, fadiga e
visão turva. No que se refere aos exames bioquímicos
convencionais investigados, o diagnóstico do diabetes tipo 2
considera níveis de glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL e de
hemoglobina glicada ≥ 6,5%. Profissionais mais cuidadosos
também avaliam níveis de insulina e solicitam análise de curva
glicêmica. Entretanto, pouco se fala da CAUSA por trás dessa
condição clínica, que cresce exponencialmente no Brasil e no
mundo.

Deixe me contar: O diabetes pode ser causado por (1)


desequilíbrio no metabolismo de carboidratos e/ou por (2)
desequilíbrio no metabolismo de ácidos graxos e/ou por (3)

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desequilíbrio na via dosem ácidos biliares e/ou (4) desequilíbrio


na disponibilidade do mineral cromo e de vanádio no nosso
organismo e/ou (5) devido ao estresse oxidativo e/ou (6)
relacionado à disfunção mitocondrial causada pela insuficiência
na ingestão (ou digestão adequada) de aminoácidos e de
cofatores no ciclo do ácido cítrico e/ou por (7) disbiose
(desequilíbrio na composição e funcionalidade das bactérias que
habitam o nosso organismo), e/ou pela (8) junção de
polimorfismos genéticos associados a fatores ambientais (má
qualidade da dieta, sedentarismo, alto nível estresse, exposição a
poluentes ambientais e a disruptores endócrinos entre outros).
Para entender onde está a CAUSA, precisamos fazer uma busca
mais profunda, e a metabolômica é peça fundamental para se
alcançar esse melhor entendimento.

Não se trata de reduzir ou excluir carboidratos da dieta, isso é


muito simplório, generalista e, muitas das vezes, não irá tratar o
diabetes tipo 2 se a falha estiver em desequilíbrios na oxidação

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de gorduras ou na capacidade antioxidante reduzida


apresentada pelo paciente, ou na metabolização inadequada de
proteínas (aminoácidos) por exemplo. O tratamento para
qualquer doença vai depender da individualidade do paciente,
ou seja, de onde está o desequilíbrio no metabolismo.

Trata-se de um mapeamento completo para tratar com precisão


os desequilíbrios metabólicos do seu paciente!

Se você deseja entender um pouco mais sobre essa Nutrição e


Medicina de Precisão, vem comigo que eu vou explicar um pouco
mais.

Estudos mostram que metabólitos da classe dos ácidos biliares


podem influenciar no controle glicêmico via ativação ou inibição
de receptores (como TGR5 e FXR). Essa sinalização prejudicada
pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, pois o desequilíbrio na
composição dos ácidos biliares pode aumentar a glicemia, piorar
a sensibilidade a insulina e promover inflamação, além de

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diminuir o gasto de energia e alterar de forma negativa a


composição da microbiota intestinal.

Influência no metabolismo glicêmico via receptores TGR5 e FXR

Alguns ácidos biliares impactam na composição da microbiota


intestinal de forma direta e indireta, como mostra a figura a
seguir:

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Outro desequilíbrio que pode estar associado à causa do


diabetes tipo 2 refere-se à insuficiência do aminoácido carnitina
e/ou de uma substância lipossolúvel (Coenzima Q10), as quais
podem impactar de forma negativa na eficiência das
mitocôndrias no nosso organismo, prejudicando a produção de
energia celular. A ineficiência mitocondrial pode estar
relacionada à maior propensão ao acúmulo de gordura

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intramuscular e também à redução da sensibilidade à insulina, o


que aumenta o risco de diabetes tipo 2, além da dificuldade na
perda de peso que explicamos no exemplo 2. Na Nutrição e
Medicina de Precisão por meio da análise metabolômica de
ácidos graxos, podemos avaliar metabólitos que podem indicar
como está a saúde mitocondrial do paciente investigado. Os
marcadores etilmalonato, adipato e suberato são alguns
exemplos de metabólitos avaliados nesse tipo de análise
metabólica molecular sofisticada.

O desequilíbrio no metabolismo de carboidratos também pode


estar relacionado à CAUSA do diabetes. Nessa avaliação, os
metabólitos lactato e piruvato são fundamentais no catabolismo
da glicose. Quando em desequilíbrio, podem indicar insuficiência
na oxidação de glicose intracelular, o que pode corroborar com o
desenvolvimento do diabetes tipo 2. Veja a rota metabólica
abaixo. Nela conseguimos entender quais são os co-fatores que
precisam ser suplementados para que o metabolismo de

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carboidrato possa ser restaurado quando tal desequilíbrio for


detectado.

A operação da via de energia central da glicólise, o catabolismo


da glicose, gera grandes pools de lactato e piruvato.

Quando existem desequilíbrios nessas vias, a excreção de


metabólitos (intermediários nesse
processo) pode mudar em resposta à
acidose metabólica.

O lactato (ou ácido láctico) é o


principal produto da oxidação da
glicose no músculo esquelético.

O metabólito lactato pode acumular-


se em algumas condições como no
Diabetes tipo 2.

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Estudos mostram que níveis de lactato em


biofluido urinário acima dos valores de
normalidade, podem indicar insuficiência de
CoQ10. Nesse contexto a suplementação com
este ativo, CoQ10 (ubiquinol), foi capaz de
normalizar os níveis do metabólito lactato, e
consequentemente o desequilíbrio nessa rota
bioquímica. Estudos também mostraram que a suplementação
com 600mg de ácido lipóico/dia (um dos co-fatores na via
metabólica de catabolismo de carboidratos) evitou a elevação
de piruvato e lactato, ou seja, desempenhando efeito positivo a
correção do desequilíbrio metabólico.

Níveis do marcador b-hidroxibutirato na urina acima dos valores


de referência também pode indicar desequilíbrio na
metabolização de carboidratos. Nesse cenário, estudos
mostraram que a suplementação com o mineral cromo e com o
elemento químico vanádio auxiliaram a metabolização de
carboidratos melhorando a ação da insulina. Níveis elevados de
b-hidroxibutirato na urina podem ser causados por um “defeito”,

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um polimorfismo na enzima citocromo oxidase do sistema de


transporte de elétrons.

Como vimos nas vias metabólicas, dependendo do desequilíbrio


detectado, podemos personalizar a dieta e também a
suplementação. Correções nas vias relacionadas ao diabetes
podem incluir suplementação com L-carnitina, CQ10, vitaminas
do complexo B, ácido lipóico, cromo e vanádio. Além dessas

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rotas bioquímicas, poderíamos mostrar aqui outros metabólitos


que indicam estresse oxidativo, e também desequilíbrios nos
níveis de metabólitos microbianos, os quais podem estar
envolvidos na CAUSA do diabetes tipo 2, quando encontrados em
níveis fora das faixas de referência em análises metabolômicas.
Esses metabólitos podem indicar prejuízo na homeostase
glicêmica. Desequilíbrio nos níveis do aminoácido glicina,
mencionado acima, pode prejudicar o processo de
desintoxicação hepática e favorecer o desenvolvimento de
esteatose hepática (gordura no fígado), muito comum em
pacientes que apresentam obesidade e/ou diabetes tipo 2.

EXEMPLO 4: A análise metabolômica poderia contribuir no


tratamento de doenças intestinais?

De acordo com a literatura científica, cerca de 90% das doenças


estão relacionadas à disbiose, condição na qual há desequilíbrio
na composição e/ou na diversidade das bactérias que habitam o
nosso organismo. Dentre as condições clínicas relacionadas à
disbiose, podemos listar: doenças inflamatórias intestinais,

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diversos tipos de câncer, doenças autoimunes, respiratórias,


dermatológicas, neurológicas, psiquiátricas, hepáticas,
reumatológicas, alérgicas, infecciosas, obesidade, diabetes,
transtornos alimentares, e tantas outras.

Disbiose

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E quer saber? A forma mais precisa para entender o que essas


bactérias e fungos que habitam o nosso organismo estão
produzindo é através da análise metabolômica. Isso mesmo! Por
meio desse tipo de abordagem, podemos avaliar os metabólitos
microbianos, ou seja, o produto final do metabolismo das
bactérias e fungos. Esses metabólitos refletem a interação entre a
alimentação, nós (hospedeiros) e a nossa microbiota intestinal,
como mostra a figura abaixo.

Composição da microbiota intestinal

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Metabólitos - efeito local e sistêmico

Os metabólitos microbianos estão em contato com o lúmen


intestinal e desempenham uma ação local e, sistêmica no nosso
organismo. Esses metabólitos produzidos por bactérias no nosso
intestino, podem ultrapassar a barreira intestinal, são
direcionados à corrente sanguínea e desempenham uma ação
sistêmica no nosso organismo, ativando e inibindo diversos
receptores. Inclusive esse metabolôma (conjunto de metabólitos

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presentes no nosso organismo) pode até definir o nosso estado


de saúde, como mostra a figura abaixo.

Quando a nossa microbiota produz metabólitos com efeito


benéfico e em quantidade equilibrada (dentro das faixas de
normalidade), isso repercutirá em efeito positivo no
funcionamento do nosso organismo. Por outro lado, quando a
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produção de metabólitos estiver desequilibrada e/ou se


estivermos produzindo metabólitos tóxicos, com efeito pró-
inflamatório, certamente haverá um grande prejuízo em múltiplos
órgãos. A figura abaixo mostra o impacto negativo de
metabólitos microbianos tóxicos em múltiplos órgãos:

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A composição da microbiota intestinal influencia no


metabolismo, na absorção de nutrientes, na homeostase e
função imunológica do hospedeiro, e tudo isso influencia nas
respostas metabólicas do paciente, as quais podem ser
avaliadas pela metabolômica.

Um dos marcadores microbianos que podemos avaliar na


prática clínica por meio da análise metabolômica, é o benzoato
(também chamado de ácido benzoico). Muitos pacientes com
supercrescimento bacteriano intestinal resultante de enterite,
doença celíaca ou síndrome do intestino curto apresentam níveis
elevados de benzoato (acima da faixa de normalidade) em
biofluidos como na urina, por exemplo. Para que haja a
eliminação adequada deste metabólito, nosso organismo requer
disponibilidade do aminoácido glicina e da vitamina B5 (ácido
pantotênico), pois esses 2 nutrientes são fatores limitantes nesse
processo. Quando detectamos altos níveis de benzoato urinário
na análise metabolômica, essa elevação é um indicativo que o
organismo necessita de um aporte suplementar de glicina para
que ocorram as reações de conjugação hepática. Níveis

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 43


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

elevados de benzoato podem indicar desintoxicação deficiente


por falha na conjugação do benzoato à glicina. Anormalidades
nos níveis urinários de benzoato e hipurato podem indicar
prejuízo clinicamente significativo no processo de desintoxicação
e/ou um quadro de disbiose. O tratamento nesses casos pode
envolver a suplementação com glicina (de 500 a 2000 mg) em
conjunto com, ácido pantotênico e modulação intestinal.

Outro marcador importante que pode ser avaliado na análise


metabolômica é o p-cresol. Esse metabólito é produzido por
bactérias como Clostridium difficile, a qual pode causar
inflamação e diarreia. Estudos mostram que algumas bactérias
produzem p-cresol a partir de secreções intestinais e de fontes
dietéticas (polifenóis ou aminoácido tirosina).

Estudo conduzido por Altieri L et al (2011) aponta que nível elevado


de p-cresol urinário é considerado um biomarcador de risco de
autismo em crianças pequenas. Outro estudo aponta que níveis
elevados de p-cresol foram positivamente correlacionados com
aumento significativo de ansiedade, e maior risco de eventos

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 44


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

cardiovasculares, além de ser um metabólito que favorece o


desenvolvimento de carcinomas (metabólito co-carcinogênico),
e ser considerado uma toxina urêmica.

Nesses casos, a literatura científica sugere como tratamento


para melhorar o desequilíbrio nesse marcador do metabolismo
microbiano a adequação na dieta, com consumo de alimentos
naturais (comida de verdade) em conjunto com a
suplementação de fibra prebiótica (inulina ou goma acácia por
exemplo) e o uso de probióticos, dentre eles, a literatura científica
sugere impacto positivo na redução dos níveis de p-cresol
urinário com a ingestão das cepas: Lactobacillus casei Shirota e
Bifidobacterium breve. Diversos estudos mostram que a
composição da microbiota intestinal pode influenciar no
metabolismo, na absorção dos nutrientes, e na nossa
homeostase e função imunológica, e tudo isso impacta nas
nossas respostas metabólicas.

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 45


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

Composição da microbiota intestinal

A metabolômica auxilia MUITO no entendimento sobre as CAUSAS


por trás dos sintomas presentes em diversas condições clínicas. A
utilização da análise metabolômica na prática clínica em
conjunto com outras investigações, como exames bioquímicos
convencionais, exames genéticos, de imagem, entre outros,
permite a execução da verdadeira Medicina e Nutrição de
Precisão. A possibilidade de compreender o que está
acontecendo no organismo do paciente a um nível molecular,
por meio de um método cientificamente comprovado, pode
melhorar substancialmente a vida e a saúde das pessoas.

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 46


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

conclusão
Você consegue perceber que: para uma única condição clínica
podemos ter múltiplas causas?

E que, se não soubermos onde está o desequilíbrio, torna-se


muito difícil a elaboração de um tratamento assertivo, que irá
corrigir ‘a raiz do problema do paciente’?

Pois é, apesar de querermos o melhor para o nosso paciente, sem


esse tipo de Inteligência Metabólica proporcionada pela
metabolômica, não éramos capazes de entender a
INDIVIDUALIDADE BIOQUÍMICA do nosso paciente, porque não
tínhamos ferramentas (exames metabolômicos) disponíveis para
utilização nas nossas clínicas, hospitais e consultórios. Agora
temos! E você precisa saber disso!

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 47


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

Você, profissional da saúde dedicado(a) e comprometido(a) com


a saúde do seu paciente pode aprender a utilizar esse tipo de
ferramenta e propor tratamentos realmente personalizados,
capazes de mudar de fato a vida daqueles que confiam o destino
de suas vidas a você.

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 48


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

mensagem final
As terapias medicamentosas podem ser necessárias em diversos
casos; porém, a Metabolômica mostra que é possível prevenir
doenças quando detectamos a origem do desequilíbrio
metabólico e que, muitas vezes, reequilibrar o metabolismo é tão
ou mais eficaz do que a utilização de fármacos.

Em muitos casos, a correção da base bioquímica do paciente


será capaz de otimizar o efeito dos medicamentos, quando o uso
da farmacoterapia for indispensável. Sabemos que se o
organismo ( o terreno) não estiver “preparado”, medicamentos e
modulações hormonais podem ser metabolizados de forma
inadequada, o que além de não gerar o efeito positivo esperado,
pode até causar prejuízo.

A abordagem de Biologia de Sistemas da Medicina e Nutrição de


Precisão por meio da análise metabolômica permite ajudar os

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 49


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

pacientes a recuperar a saúde e a vitalidade. Os testes


laboratoriais moleculares de ponta, como os de metabolômica,
têm sido inestimáveis para compreender a bioquímica e estado
nutricional de pacientes, o que não ocorre com a interpretação
de testes laboratoriais convencionais avaliados de forma isolada:
sozinhos eles simplesmente não mostram tudo o que está
acontecendo.

E SABE O QUE É MELHOR?


No Brasil, profissionais da área da saúde formados em medicina e
nutrição já podem solicitar este tipo de teste na sua prática
clínica para fornecer um tratamento assertivo e diferenciado aos
seus pacientes.

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 50


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

quer saber mais?


Dediquei muitos anos de estudo nessa área – metabolômica, a
qual foi tema do meu doutorado realizado na Faculdade de
Medicina da USP. Hoje dedico muito tempo elaborando aulas
nessa área para diversos cursos e congressos, além da minha
atuação na prática clínica utilizando esse tipo de abordagem,
onde consigo impactar exponencialmente a vida de pacientes
com diferentes condições clínicas. Carrego uma MISSÃO: dividir
esse conhecimento com vocês para que juntos possamos
impactar a saúde de muito mais pessoas.

Por isso, criei um grupo de estudos e, em breve, teremos algumas


aulas gratuitas sobre Metabolômica – O mapa do metabolismo
na medicina e na nutrição. Faça parte clicando no botão abaixo:

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 51


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

DRA. CAMILA CARDINELLI, PhD

Sou a Dra. Camila Cardinelli, nutricionista de precisão, funcional e clínica.

Carrego a missão de cuidar da Saúde do ser humano, e por isso, escolhi

caminhos os quais permitiram com que eu pratique a nutrição de forma

mais assertiva.

Cursei doutorado direto em Ciências pelo Departamento de Gastroenterologia

da Faculdade de Medicina da USP.

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 52


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

Fui pioneira na análise metabolômica em biofluído fecal no Brasil, e pioneira

mundial no estudo metabolômico fecal de pacientes portadores de obesidade

e diabetes tipo 2 candidatos à cirurgia bariátrica.

Sou autora de artigos científicos em revistas de alto impacto internacional

como Obesity Surgery, Clinical Nutrition, Scientific Reports, Clinical Nutrition

Experimental, JIMR On-Line, Clinics entre outros, e palestrante em Congressos

Nacionais e Internacionais como: Espen Congress, Summit Gut Microbiota for

Health, entre outros.

COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 53


METABOLÔMICA – O Mapa do Metabolismo na Medicina e na Nutrição

biografia
Cardinelli, Camila de Siqueira. Metabolômica fecal de pacientes obesos com diabetes tipo 2 submetidos a
derivação gástrica em Y-Roux (DGYR) com ênfase em ácidos biliares. Diss. Universidade de São Paulo, 2019.

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COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 54


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COM DRA. CAMILA CARDINELLI, PHD 57

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