Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aminoacidos Versão-Online PDF
Aminoacidos Versão-Online PDF
Força-Tarefa de
Alimentos Fortificados
e Suplementos
© 2016 ILSI Brasil International Life Sciences Institute do Brasil
ILSI BRASIL
INTERNATIONAL LIFE SCIENCES INSTITUTE DO BRASIL
Rua Hungria, 664 — conj.113
01455-904 — São Paulo — SP — Brasil
Tel./Fax: 55 (11) 3035-5585 e-mail: ilsibr@ilsi.org.br
© 2016 ILSI Brasil International Life Sciences Institute do Brasil
16-05682 CDD-613.2
3
Índice
Autores 9
Prefácio 13
1. Aminoácidos: definição 15
1.1. Caracterização bioquímica dos aminoácidos 15
1.2. Aspectos gerais relacionados ao metabolismo de aminoácidos 16
1.3. Panorama geral sobre a segurança de uso dos aminoácidos 22
1.4. Métodos alternativos para avaliação da segurança de uso dos aminoácidos 23
1.4.1. Histórico das recomendações internacionais para o consumo de 28
aminoácidos
1. Genômica nutricional 39
2. Metabolômica 39
1. Introdução e definição 57
2. Aminoácidos: dados gerais 64
3. Aminoácidos ramificados e metabolismo da amônia 66
4. Histidina 67
5. Arginina 67
6. Fenilalanina 68
7. Glutamina 68
8. Metionina 68
9. Taurina 69
1. População idosa 93
IX. Fenilcetonúria 99
XI. Fórmulas de aminoácidos para terapia nutricional parenteral disponíveis no Brasil 111
Coordenação Geral
Autores:
Amanda Marcela Bono Nishida
Nutricionista. Aprimoranda. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Disciplina de Nutrologia.
7
Aminoácidos / ILSI Brasil
Eduardo Ferriolli
Médico. Professor Associado. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Disciplina de Clínica Médica Geral e Geriatria.
Eline Hillesheim
Nutricionista. Mestranda. Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Helio Vannucchi
Médico. Professor Titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Disciplina de Nutrologia.
Jowanka Amorim
Nutricionista. Mestranda. Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
8
Aminoácidos / ILSI Brasil
Karina Pfrimer
Nutricionista. Pós-Doutoranda. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Disciplina de Clínica
Médica Geral e Geriatria.
9
Aminoácidos / ILSI Brasil
Prefácio
A principal função dos aminoácidos é atuar como subunidades de estruturação de
moléculas proteicas. Todas as proteínas de todos os organismos vivos são forma-
das por uma combinação variada de apenas 20 tipos diferentes de aminoácidos:
essenciais, não essenciais ou, ainda, condicionalmente essenciais.
A discussão sobre o papel dos aminoácidos na nutrição, com ênfase em geriatria, tam-
bém é apresentada. A Resolução RDC nº 63 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
do Ministério da Saúde, de 6/7/2000, refere-se a dietas enterais e aminoácidos.
11
Aminoácidos / ILSI Brasil
I
AMINOÁCIDOS: FUNÇÕES E SEGURANÇA
Helena Fernandes Martins Tavares
Helio Vannucchi
1. AMINOÁCIDOS: DEFINIÇÃO
Por definição, tem-se que os aminoácidos são compostos orgânicos formados por um
grupo amino (—NH3) associado a um grupo carboxila (—COOH). A principal função dos
aminoácidos é atuar como subunidades de estruturação de moléculas proteicas.1
Todas as proteínas de todos os organismos vivos são formadas por uma combinação
variada de apenas 20 tipos diferentes de aminoácidos, dos quais nove são aminoácidos
essenciais e 11 não essenciais ou, ainda, condicionalmente essenciais, ou seja, ami-
noácidos que, em determinadas condições metabólicas, deixam de ser sintetizados
pelo organismo em quantidade suficiente para atender as necessidades fisiológicas.
Os aminoácidos essenciais são isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina,
treonina, triptofano, valina e, para crianças, histidina.2
Conforme mencionado, todos esses aminoácidos podem ser definidos como sendo uni-
dades monoméricas de estruturação de moléculas de proteína, caracteristicamente
compostos por um grupo amino (—NH3) associado a um grupo carboxila (—COOH).1 De
acordo com a Figura 1, pode-se notar que, com exceção da prolina, todos os aminoá-
cidos têm o grupo carboxila ligado ao grupo amino por um carbono, além de apresen-
tar ainda uma cadeia R— variável.2
13
Aminoácidos / ILSI Brasil
Por sua vez, além de atuar como subunidades estruturadoras das proteínas, os
próprios aminoácidos também atuam como precursores de coenzimas, hormônios,
ácidos nucleicos e outras moléculas essenciais para o funcionamento do organismo.3
14
Aminoácidos / ILSI Brasil
De maneira geral, os aminoácidos absorvidos pelo organismo são utilizados para reconstituição
das suas próprias proteínas, sendo, portanto, imprescindível o fornecimento de quan-
tidade suficiente e balanceada dos diferentes tipos de aminoácidos essenciais.3
Portanto, para que tais riscos de desequilíbrio sejam evitados e a contínua síntese de
proteínas do organismo seja garantida, é importante manter uma dieta que forneça
quantidade e balanço adequados de aminoácidos.
15
Aminoácidos / ILSI Brasil
Justus Freiherr Von Liebig foi um dos cientistas mais respeitados e influentes do sé-
culo XIX. As maiores contribuições de Liebig foram a química de fulminatos, química
orgânica, química agrícola e fisiologia. Em meados de 1840, Liebig voltou sua atenção
para o estudo da química de solos, plantas e animais que poderiam ajudar a aumentar
a rentabilidade da agricultura.
16
Aminoácidos / ILSI Brasil
Portanto, tem-se que, quando a dieta é deficiente em, pelo menos, um aminoácido, o
corpo não consegue utilizar com eficiência todos os aminoácidos disponíveis no pool. No
exemplo ilustrado pela Figura 4, apenas com a adição de lisina foi possível garantir um
aproveitamento mais eficiente dos aminoácidos.
17
Aminoácidos / ILSI Brasil
Portanto, considerando que os aminoácidos essenciais não são sintetizados pelo or-
ganismo, muitas vezes são eles que limitam, de alguma forma, a síntese de proteínas,
músculos e tecidos. Sendo assim, para garantir um padrão saudável e adequado de
síntese proteica, faz-se necessário um consumo dietético satisfatório ou, em alguns
momentos, até aumentado de aminoácidos essenciais.
De acordo com o IOM3,a dieta humana padrão apresenta uma vasta gama de diferen-
tes tipos de proteínas dietéticas (Tabela 1). Como consequência de um maior consumo
dietético de proteínas, é de se esperar um aumento natural das concentrações de
aminoácidos livres e de ureia, no sangue pós-prandial, e de compostos nitrogenados,
tais como ureia, na urina.
Tais mudanças fazem parte da regulação normal dos altos níveis circulantes de ami-
noácidos e nitrogênio e que, quando sob níveis normais de ingestão por sujeitos
saudáveis, não representam risco ou perigo à saúde.
CATEGORIAS DE ALIMENTOS
SEMENTES DE GERGELIM
QUEIJO, OVO, LEITE E
NOZES, ÓLEO DE
SEMENTES, SOJA
E GIRASSOL
AMENDOIM
VERDURAS
LEVEDURA
GELATINA
LEGUMES
GERME)
CEREAL
CARNE
AMINOÁCIDOS
MILHO
18
Aminoácidos / ILSI Brasil
Um sujeito adulto saudável que consome 70-100 g/dia de proteínas excreta cerca de
11-15 g/dia de nitrogênio pela urina, principalmente na forma de ureia e com algu-
mas pequenas contribuições de amônia, ácido úrico, creatinina, ou ainda de alguns
aminoácidos livres. Esses compostos nitrogenados correspondem aos produtos finais
mais comuns obtidos a partir do metabolismo proteico. Enquanto o ácido úrico e a
creatinina são derivados indiretos dos aminoácidos, a ureia e a amônia são obtidas a
partir da sua oxidação parcial.3
A remoção do nitrogênio de cada aminoácido, bem como sua conversão a uma forma
que possa ser excretada pelos rins, pode ser considerada um processo dividido em
duas etapas principais. A primeira etapa normalmente ocorre através de reações
enzimáticas de dois tipos, por transaminação ou desaminação.3
O nitrogênio também pode ser removido dos aminoácidos por reações de desamina-
ção, que resulta na formação de amônia. Certos aminoácidos podem ser desamina-
dos, quer diretamente (histidina), por desidratação (serina e treonina), por meio do
ciclo de purinas (aspartato) ou, ainda, por desaminação oxidativa (glutamato). Com
isso, a síntese de ureia ocorre no fígado pelo ciclo de Krebs-Henseleit. Após a síntese,
a ureia é transportada por meio da circulação do fígado para os rins, onde é, final-
mente, excretada pela urina.3
Contudo, é possível notar que o organismo humano não mantém uma grande reserva
de aminoácidos livres, sendo qualquer excesso rapidamente metabolizado e/ou ex-
cretado. Portanto, o pool metabólico de aminoácidos encontra-se em um estado de
equilíbrio dinâmico, nas próprias proteínas celulares e que pode ser requisitado a
qualquer momento a fim de suprir qualquer nova necessidade fisiológica, tais como:
incorporação em proteínas tissulares, neoglicogênese e síntese de novos compostos
nitrogenados (ex.: creatina e epinefrina).1,2
19
Aminoácidos / ILSI Brasil
A contínua dinâmica da proteína nas pessoas é necessária tanto para garantia do pool
de aminoácidos livres como para atender as necessidades das mais diversas células
e tecidos corporais. Com isso, os tecidos mais acionados para esse turnover são as
proteínas do plasma, mucosa intestinal, pâncreas, fígado e rins, enquanto músculos,
pele e cérebro apresentam uma participação muito menor.1
O Amino Acid Scoring Pattern, estabelecido pela joint FAO FAO/WHO/UNU, estabelece
a quantidade mínima e o equilíbrio dos aminoácidos a serem consumidos a partir da
dieta, recomendações essas estabelecidas para as mais diversas faixas etárias (estágios
de vida) da população.
20
Aminoácidos / ILSI Brasil
Existe também o International Council on Amino Acid Science (ICAAS), que já organi-
zou em torno de oito workshops internacionais com conteúdo científicos publicados
no periódico Journal of Nutrition. Por sua vez, o ICAAS apoia diversos projetos de pes-
quisa clínica, possuindo, atualmente, a posição de que os aminoácidos presentes nos
alimentos e em suplementos são substâncias seguras e que sua toxicidade está fre-
quentemente limitada por barreiras tecnológicas, tais como: estabilidade limitada;
sabor e odor adversos, quando em altas doses, evitando o uso excessivo de aminoáci-
dos em alimentos e suplementos; e ainda a maioria dos aminoácidos frequentemente
aplicada para a nutrição humana (ex.: BCAA) não ser facilmente solúvel em água.
Atualmente, o ICAAS permanece como uma das únicas organizações globais que trabalham
ativamente em estudos de avaliação de níveis máximos tolerados de ingestão (UL) para
os principais aminoácidos. No entanto, a ausência de um padrão sistemático de efeitos
adversos em humanos em resposta à administração oral de aminoácidos não permite a
definição de valores de UL para humanos com base nos dados de No Observed Adverse
Effect Level (NOAEL) ou Lowest Observed Adverse Effect Levels (LOAEL) estabelecidos
em roedores. Por isso, o principal objetivo do ICAAS é a revisão de dados obtidos a
partir de estudos clínicos de investigação realizados com humanos.
Caso esse mesmo método fosse aplicado para estimativa de valores de IDA para os ami-
noácidos, os limites estariam incoerentemente abaixo das quantidades consumidas a
partir da dieta habitual. Um exemplo pode ser feito para a glicina, pois, multiplicando
o valor de NOAEL encontrado em estudos toxicológicos realizados com ratos, de 1.800
mg/kg p.c., pelo fator de segurança (1/100), tem-se uma IDA de 18 mg/kg p.c.
21
Aminoácidos / ILSI Brasil
De acordo com Pencharz, Elango e Ball11, genética e outros fatores podem influenciar
as respostas do organismo ao consumo excessivo de aminoácidos, em diferentes es-
pécies. A grande variabilidade na resposta a várias doses de aminoácidos, em seres
humanos, torna ainda mais desafiador a identificação de um valor oficial de UL para
aminoácidos.
22
Aminoácidos / ILSI Brasil
Pencharz, Elango e Ball11 mencionam ainda vários estudos na literatura que comparam
os efeitos do consumo de doses elevadas de aminoácidos ligados à proteína versus
aminoácidos livres. Tais estudos demonstram que os aminoácidos, quando ofertados
em meio a uma matriz proteica, proporcionam um efeito muito menor nos níveis
plasmáticos do aminoácido testado, provavelmente devido ao fato de a ingestão de
proteínas estimular a síntese proteica, sendo uma maneira fisiológica de direcionar e,
assim, dissipar o aumento da ingestão de dado aminoácido.
Com isso, quando a ingestão de dado aminoácido estiver baixa, a síntese de pro-
teínas, oxidação e excreção do próprio aminoácido, bem como de seus respectivos
metabólitos, será igualmente baixa (Figura 5).
23
Aminoácidos / ILSI Brasil
24
Aminoácidos / ILSI Brasil
Embora essa abordagem descrita por Pencharz, Elango e Ball,11 não seja única e tam-
pouco definitiva, o método de avaliação do carbono marcado com isótopo estável
seria aplicável a todos os aminoácidos metabolizados em dióxido de carbono (CO2),
quais sejam: fenilalanina, BCAAs (leucina, valina e isoleucina) e lisina.
Por outro lado, para aminoácidos como metionina e cisteína, que são aminoácidos
sulfurados, o catabolismo predominantemente leva à produção de sulfato e taurina,
que são, em sua maioria, excretados pela urina. A avaliação de sulfato urinário tem
sido validada como um método simples e não invasivo de mensurar o catabolismo
dos aminoácidos sulfurados. Da mesma maneira, a excreção de sulfato alcançará um
limite quando o excedente de aminoácidos sulfurados saturar a taxa metabólica.11
Segundo Pencharz, Elango e Ball,11 para alguns outros aminoácidos essenciais, incluindo
treonina, histidina e triptofano, as vias catabólicas são mais complexas e o carbono não
é liberado tão facilmente no pool de bicarbonato a fim de ser excretado como CO2. Para
esses aminoácidos, a identificação do nível máximo tolerado de ingestão (UL) pode ser
mais complexa.
25
Aminoácidos / ILSI Brasil
Métodos alternativos também foram abordados por Kimura, Bier e Taylor.14 Em seu artigo, os
autores reportaram sobre a discussão para estabelecimento de UL para aminoácidos no 8th
Workshop on the Assessment of Adequate and Safe Intake of Dietary Amino Acids.
Em 2007, a World Health Organization (WHO), juntamente com a Food and Agricul-
ture Organization of the United Nations (FAO) e a United Nations University (UNU),
publicou o “Technical Report 935 — Protein and amino acid requirements in human
nutrition”. As recomendações publicadas nesse documento resultaram do encontro
do joint FAO/WHO/UNU Expert Consultation, ocorrido entre 9 e 16 de abril de 2002,
em Genebra. No encontro, seus especialistas revisaram o documento “Technical Re-
port 724 — Energy and protein requirements”, publicado em 1985.6,17
De acordo com o “Technical Report” 9356, estima-se que sujeitos adultos e saudáveis apre-
sentam uma necessidade média de proteínas totais de 0,66 g/kg p.c./dia. Com isso, a
necessidade média de aminoácidos essenciais seria de 0,48 g/kg p.c./dia e de aminoácidos
não essenciais, 0,18 g/kg p.c./dia. O documento ressalta ainda que uma ingestão adequa-
da, juntamente com um equilíbrio nos níveis de aminoácidos essenciais e não essenciais,
contribui para o atendimento das necessidades diárias e homeostase de nitrogênio.
26
Aminoácidos / ILSI Brasil
a
Necessidade média de nitrogênio de 105 mg/kg p.c./dia de nitrogênio (0,66 g/kg
p.c./dia de proteínas)
b
SAA: Aminoácidos sulfurados
c
AAA: Aminoácidos aromáticos
27
Aminoácidos / ILSI Brasil
Em 2013, foi publicada a “FAO Expert Consultation (FAO Food and Nutrition Paper
92) — Dietary Protein Quality Evaluation in Human Nutrition”, na qual foi reunido um
conjunto de conclusões obtidas a partir de discussões de especialistas realizadas no
período de 31 de março a 2 de abril, de 2011, em Auckland, na Nova Zelândia.
28
Aminoácidos / ILSI Brasil
AMINOÁCIDOS
AROMÁTICOS
AMINOÁCIDOS
TRIPTOFANO
ISOLEUCINA
SULFURADOS
TREONINA
HISTIDINA
LEUCINA
VALINA
LISINA
PADRÃO DE AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES PROTEICAS
FAIXA ETÁRIA
(mg/g)
Lactentes (0 a 6 meses) a 21 55 96 69 33 94 44 17 55
a
Os valores para lactentes são baseados no padrão da composição de aminoácidos do
leite materno.
b
Os valores para crianças de 6 meses a 3 anos são baseados no padrão de aminoácidos
estabelecidos para 6 meses.
c
Os valores para crianças (> 3 anos), adolescentes e adultos são baseados no padrão
de aminoácidos estabelecidos para crianças de 3-10 anos.
29
Aminoácidos / ILSI Brasil
TRIPTOFANO
AMINOÁCIDOS
ISOLEUCINA
AMINOÁCIDOS
SULFURADOS
AROMÁTICOS
TREONINA
HISTIDINA
LEUCINA
VALINA
LISINA
PADRÃO DE AMINOÁCIDOS DO TECIDO
27 35 75 73 35 73 42 12 49
(mg/g proteína) a
0,5 20 32 66 57 27 52 31 8,5 43
1-2 18 31 63 52 25 46 27 7 41
3-10 16 30 61 48 23 41 25 6,6 40
11-14 16 30 61 48 23 41 25 6,6 40
15-18 16 30 60 47 23 40 24 6,3 40
> 18 15 30 59 45 22 38 23 6 39
a
Composição de aminoácidos da proteína corpórea íntegra.
b
Padrão de manutenção para adultos.
c
Calculado como valores médios para a faixa etária: crescimento ajustado para uti-
lização proteica de 58%.
d
Soma dos aminoácidos correspondentes às necessidades dietéticas para manutenção
(manutenção proteica × scoring pattern adultos) e crescimento (deposição de tecidos
ajustados para 58% da eficiência de aproveitamento da dieta × scoring pattern adultos).
e
Necessidades de aminoácidos/necessidades proteicas para determinadas faixas etárias.
Note-se que os valores, alguns são ligeiramente alterados do relatório 2007, são os valores
calculados corretamente. No relatório publicado, o valor para a necessidade de aminoácidos
sulfurados para crianças de 3-10 está incorreto (18 mg/kg/d), bem como os padrões para
crianças em idades pré-escolar e escolar maiores de 10 anos (28, 26 e 24 mg/g de proteína).
30
Aminoácidos / ILSI Brasil
Para proteínas e aminoácidos, assim como para os outros nutrientes, a relação com
efeitos sobre a saúde limita-se principalmente a alguns estudos de caso com poucos
exemplos ou evidências, ainda insuficientes para garantir uma meta-análise ou uma
revisão sistemática que estabeleça qualquer tipo de relação significativa. Teorica-
mente, nenhum desses pequenos estudos inclui dados de dose-resposta suficientes
para a identificação de uma dose de ingestão adequada ou até mesmo de níveis máxi-
mos tolerados de ingestão (UL).7
Por fim, a FAO7 reconhece as limitações inerentes aos valores atualmente aceitos e
publicados por seus especialistas, inclusive nas recomendações de proteínas e ami-
noácidos identificados no documento como Amino Acid Scoring Patterns, ressaltando
que mais estudos precisam ser conduzidos. Contudo, apesar de todas essas limita-
ções, as recomendações da FAO7 ainda são as mais recentes publicadas e aceitas pela
literatura.
31
Aminoácidos / ILSI Brasil
− Tolerable Upper Intake Level (UL): é a média do nível máximo tolerado de ingestão
estimado que não oferece risco de efeitos adversos a, aproximadamente, todos os
sujeitos de uma população em geral. Sendo assim, a ingestão de qualquer dose acima
da UL poder aumentar os riscos potenciais de efeitos adversos.
− Adequate Intake (AI): corresponde ao nível de ingestão diária média estimada com
base em estudos de observação ou, ainda, em aproximações determinadas experi-
mentalmente de nutrientes que atende a um ou mais grupos de pessoas, aparente-
mente saudáveis, assumido como adequado. O valor de AI é usado quando não se pode
estabelecer uma RDA.
Portanto, tais necessidades são variáveis de acordo com o estágio de vida e faixa
etária da população.
32
Aminoácidos / ILSI Brasil
Especificamente em relação aos níveis máximos tolerados de ingestão (UL) dos ami-
noácidos, o documento do IOM3 reconhece que o modelo de UL baseia-se principal-
mente em dados de consumo crônico. Ou seja, para permitir o estabelecimento de
uma UL, fazem-se necessários mais dados de estudos crônicos, em longo prazo, de
aminoácidos.
33
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. MAHAN LK, ESCOTT-STUMP S. Proteínas. In: Krause: Alimentos, nutrição e dietote-
rapia. 9. ed. São Paulo: Roca, 1998; pp. 63-76.
3. [IOM] INSTITUTE OF MEDICINE (2005). Dietary References Intakes for Energy, Car-
bohydrates, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein and Amino Acids. Food and
Nutrition Board. Institute of Medicine of the National Academies, 2005; pp. 589–738.
35
Aminoácidos / ILSI Brasil
11. PENCHARZ PB, ELANGO R, BALL RO. An Approach to Defining the Upper Safe
Limits of Amino Acid Intake. 7th Amino Acid Assessment Workshop. The Journal of
Nutrition 2008;138:1996S-2002S.
12. PENCHARZ PB, ELANGO R, BALL RO. Determination of the Tolerable Upper In-
take Level of Leucine in Adult Men. Supplement: 8th Workshop on the Assessment
of Adequate and Safe Intake of Dietary Amino Acids. The Journal of Nutrition
2012;142:2220S-2224S.
13. ELANGO R, CHAPMAN K, RAFII M, BALL RO, PENCHARZ PB. Determination of the
tolerable upper intake level of leucine in acute dietary studies in young men. The
American Journal of Clinical Nutrition 2012;96:759-767.
14. KIMURA T, BIER DM, TAYLOR CL. Summary of Workshop Discussions on Establishing
Upper Limits for Amino Acids with Specific Attention to Available Data for the Essen-
tial Amino Acids Leucine and Tryptophan. Supplement: 8th Workshop on the Assess-
ment of Adequate and Safe Intake of Dietary Amino Acids. The Journal of Nutrition
2012;142:2245S-2248S.
16. PENCHARZ PB, RUSSELL RM. Application of Key Events Dose Response Framework
to Defining the Upper Intake Level of Leucine in Young Men. Supplement: 8th Work-
shop on the Assessment of Adequate and Safe Intake of Dietary Amino Acids. The
Journal of Nutrition 2012;142:2225S-2226S.
36
Aminoácidos / ILSI Brasil
II
APLICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
NA METABOLÔMICA
Carolina Ferreira Nicoletti
Bruno Affonso Parenti de Oliveira
Julio Sergio Marchini
Carla Barbosa Nonino
1. GENÔMICA NUTRICIONAL
Os estudos em nutrição nos últimos anos estão passando por uma profunda modifi-
cação, uma vez que sua área de pesquisa era focada em epidemiologia e fisiologia
molecular, mas agora englobam biologia e genética.1
2. METABOLÔMICA
37
Aminoácidos / ILSI Brasil
Pesquisa realizada em seres humanos encontrou níveis urinários mais elevados de car-
nitina, acetilcarnitina, taurina e glutamina associados ao consumo de dieta rica em
carne quando comparados com dieta com alto teor de proteínas de origem vegetal.6
38
Aminoácidos / ILSI Brasil
39
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Muller M, Kersten S. Nutrigenomics: goals and strategies. Nature reviews Genetics
2003;4:315-322.
3. Kaput J, Rodriguez RL. Nutritional genomics: the next frontier in the postgenomic
era. Physiological genomics 2004;16:166-177.
4. Subbiah MT. Understanding the nutrigenomic definitions and concepts at the food-
genome junction. Omics: a journal of integrative biology 2008;12:229-235.
7. Bakar MHA, Sarmidi MR, Cheng K, Khan AA, Suan CL, Huri HZ, H Y. Metabolomics –
the complementary field in systems biology: a review on obesity and type 2 diabetes.
Mol BioSyst 2015;11:1742-1774.
9. Noguchi Y, Zhang QW, Sugimoto T, Furuhata Y, Sakai R, Mori M et al. Network anal-
ysis of plasma and tissue amino acids and the generation of an amino index for po-
tential diagnostic use. The American journal of clinical nutrition 2006;83:513S-519S.
10. He Q, Yin Y, Zhao F, Kong X, Wu G and Ren P. Metabonomics and its role in amino
acid nutrition research. Frontiers in bioscience 2011;16:2451-2460.
11. Son HS, Kim KM, van den Berg F, Hwang GS, Park WM, Lee CH, Hong YS. 1H nuclear
magnetic resonance-based metabolomic characterization of wines by grape varieties
and production areas. Journal of agricultural and food chemistry 2008;56:8007-8016.
41
Aminoácidos / ILSI Brasil
13. German JB, Roberts MA, Watkins SM. Personal metabolomics as a next generation
nutritional assessment. The Journal of nutrition 2003;133:4260-4266.
14. Whitfield PD, German AJ, Noble PJ. Metabolomics: an emerging post-genomic tool
for nutrition. The British journal of nutrition 2004;92:549-555.
16. Gookin JL, Foster DM, Coccaro MR, Stauffer SH. Oral delivery of L-arginine stimu-
lates prostaglandin-dependent secretory diarrhea in Cryptosporidium parvum-infected
neonatal piglets. Journal of pediatric gastroenterology and nutrition 2008;46:139-146.
17. Potier M, Darcel N and Tome D. Protein, amino acids and the control of food intake.
Current opinion in clinical nutrition and metabolic care 2009;12:54-58.
18. Petritis K, Chaimbault P, Elfakir C, Dreux M. Parameter optimization for the analy-
sis of underivatized protein amino acids by liquid chromatography and ionspray tan-
dem mass spectrometry. Journal of chromatography A 2000;896:253-263.
19. Forslund AH, Hambraeus L, van Beurden H, Holmback U, El-Khoury AE, Hjorth G
et al. (Inverse relationship between protein intake and plasma free amino acids in
healthy men at physical exercise. American journal of physiology Endocrinology and
metabolism 2000;278:E857-867.
21. Armstrong MD, Stave U. A study of plasma free amino acid levels. V. Correlations
among the amino acids and between amino acids and some other blood constituents.
Metabolism: clinical and experimental 1973;22:827-833.
23. Park S, Sadanala KC, Kim EK. A Metabolomic Approach to Understanding the Meta-
bolic Link between Obesity and Diabetes. Molecules and cells 2015;38:587-596.
24. Nicoletti CF, Morandi Junqueira-Franco MV, dos Santos JE, Marchini JS, Salgado
W, Jr., Nonino CB. Protein and amino acid status before and after bariatric surgery: a
12-month follow-up study. Surgery for obesity and related diseases: official journal of
the American Society for Bariatric Surgery 2013;9:1008-1012.
42
Aminoácidos / ILSI Brasil
III
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE AMINOÁCIDOS NO
AUXÍLIO DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
DE DISTÚRBIOS METABÓLICOS
Márcia Varella Morandi Junqueira-Franco
Gilberto João Padovan
Júlio Sérgio Marchini
Os métodos mais utilizados para determinação dos aminoácidos são por cromato-
grafia: Cromatografia Liquida de Alta Eficiencia (CLAE) com modificações, como
a Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência (UPLC), utilizada com o intuito de
diminuir o tempo de análise; Cromatografia Gasosa (GC/FID); Cromatografia
Líquida acoplada a Espectrometria de Massa (HPLC-MS).4,5
43
Aminoácidos / ILSI Brasil
44
Aminoácidos / ILSI Brasil
Por outro lado, não necessitamos de outra bomba para bombear o reagente e
também não utilizaremos um sistema de aquecimeto para que a reação possa
ocorrer. Portanto, a reação pré-coluna pode ser considerada apropriada quando se
pretende analisar uma variedade de amostras sem prejudicar a sensibilidade de
detecção. Os reagentes de derivatização pré-coluna mais comumente usados para
a análise de aminoácidos, entre outros, são:
— orto-ftalaldialdeído (OPA);
— fenilisotiocianato (PITC);
— fluorescamina;
— cloreto de Dansilo (Dansyl chloride);
— FMOC-chloride;
— reagente de Marfey (FDAA).
45
Aminoácidos / ILSI Brasil
— Uma vez que os componentes da amostra são separados antes da reação, a eficiên-
cia desta é menos propensa aos efeitos da matriz biológica, o que lhe permite ser
usada para uma vasta gama de amostras.
46
Aminoácidos / ILSI Brasil
47
Aminoácidos / ILSI Brasil
48
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Tannus AFS, Junqueira-Franco MVM, Suen VMM, Portari GV, Marchini JS. Short time
L-glutamine supplementation of malnourished rats. Rev Nutr 2005;18:719-726.
2. Kimura T, Noguchi Y, Shikata N, Takahashi M. Plasma amino acid analysis for diagnosis and
amino acid-based metabolic networks. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2009;12(1):49-53.
3. Noguchi Y, Zhang QW, Sugimoto T et al. Network analysis of plasma and tissue amino
acids and the generation of an amino index for potential diagnostic use. Am J Clin Nutr
2006; 83:513S-519S.
4. Ortega LFM, Alméciga-Díaz CJ, Monsalve SM, Peña OYE. Plasma amino acid quantifi-
cation using High Performance Liquid Chromatography. Acta Bioquim Clic Latinoamer
2009;43:647-651.
7. Padovan GJ, Leme IA, Fassini PG, Junior NI, Marchini JS. A New O-phthaldialdeyde
(OPA) Solution for Fluorescence HPLC Amine Group Detection without Boric Acid Prepa-
ration. J Chromatograph Separat Teching 2014;5:1-5.
8. Nicoletti CF, Morandi Junqueira-Franco MV, Marchini JS et al. Protein and amino acid
status before and after bariatric surgery: a 12-month follow-up study. Surg Obes Relat
Dis 2013;9:1008-12.
9. Rabito EI, Leme IA, Demenice R, Portari GV, Jordão AA Jr, dos Santos JS, Marchini JS.
Lower carnitine plasma values from malnutrition cancer patients. J Gastrointest Cancer
2013;44:362-5.
10. Rosa FT, Freitas EC, Deminice R, Jordão AA, Marchini JS. Oxidative stress and inflam-
mation in obesity after taurine supplementation: a double-blind, placebo-controlled
study. J Gastrointest Cancer 2013 Sep;44(3):362-5.
11. Corsetti R, Barassi A, Perego S, Sansoni V et al. Changes in urinary amino acids excre-
tion in relationship with muscle activity markers over a professional cycling stage race:
in search of fatigue markers. Amino Acids 2015;26:1-10.
49
Aminoácidos / ILSI Brasil
IV
CONSUMO DE AMINOÁCIDOS NO BRASIL
Elaine Hillesheim
Jowanka Amorim
Julio Sergio Marchini
Esse resultado corrobora trabalhos anteriores, nos quais foi demonstrado que o
consumo de proteínas pela população brasileira excede a recomendação de in-
gestão do Institute of Medicine (IOM). Tais trabalhos limitam-se, porém, à inves-
tigação quantitativa do consumo proteico total, não sendo abordada a qualidade
das proteínas ingeridas.
Por exemplo, o estudo conduzido por Souza et al,4 que também utilizou os dados
da POF 2008/2009, objetivou caracterizar os alimentos mais frequentemente con-
sumidos pela população brasileira. Foi identificado um padrão básico de consumo
alimentar para todas as regiões, que inclui o arroz, o feijão e a carne bovina en-
tre os cinco alimentos mais frequentemente consumidos. Além disso, identificou
que, no consumo individual, a soma desses alimentos contribuiu para 26% do total
calórico disponível nos domicílios.
51
Aminoácidos / ILSI Brasil
Tabela 1. Consumo médio per capita de aminoácidos, por Grandes Regiões, esti-
mado a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares no Brasil, período 2008/2009.
Necessidade
Centro estimada
Aminoácido (g) Norte Nordeste Sudeste Sul Brasil
-Oeste para adulto
de 70 kg5
Triptofano 1,12 0,92 0,91 0,91 0,84 0,94 0,350
Treonina 4,24 3,47 3,57 3,42 3,13 3,55 1,400
Isoleucina 4,77 3,94 4,09 3,9 3,6 4,04 1,330
Leucina 8,28 6,87 7,1 6,81 6,28 7,04 2,940
Lisina 7,87 6,07 6,28 5,9 5,38 6,26 2,660
Valina 5,39 4,47 4,64 4,47 4,1 4,59 0,280
Histidina 3,01 2,46 2,58 2,44 2,27 2,53 0,980
Metionina 2,55 2,01 2,02 1,91 1,78 2,05 1,330
Cisteína 1,38 1,14 1,19 1,14 1,07 1,18 -
Fenilalanina 4,54 3,85 4,04 3,93 3,59 3,97 2,310
Tirosina 3,36 2,77 2,85 2,74 2,54 2,84
Arginina 6,36 5,13 5,44 5,11 4,6 5,29 -
Alanina 5,67 4,56 4,63 4,34 3,99 4,62 -
Aspartato 10,01 8,11 8,49 8,23 7,25 8,38 -
Glutamato 17,37 15,05 15,46 15,13 14,51 15,42 -
Glicina 5,15 4,17 4,37 4,05 3,74 4,27 -
Prolina 5,63 4,98 5,41 5,35 5,16 5,24 -
Serina 4,56 3,89 4,04 3,94 3,6 3,99 -
Total 101,27 83,86 87,11 83,74 77,42 86,19 -
52
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. IBGE — Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos fa-
miliares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro:
IBGE, 2011.
2. Petribú MMV, Cabral PC, Arruda IKG. Estado nutricional, consumo alimentar e risco
cardiovascular: um estudo em universitários. Rev Nutr 2009;22:837-846.
4. Souza, AM, Pereira RA, Yokoo EM, Levy RB, Sichieri R. Alimentos mais consumi-
dos no Brasil: Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. Rev Saúde Pública
2013;47(Suppl 1):190s-199s.
53
Aminoácidos / ILSI Brasil
V
AMINOÁCIDOS, CARACTERÍSTICAS
GERAIS E TEOR NO LEITE MATERNO
Vivian Marques Miguel Suen
Julio Sergio Marchini
José Henrique Silvah
Carla Barbosa Nonino
Selma Freire de Carvalho da Cunha
1. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO
O objetivo desta revisão é discutir os aspectos gerais dos aminoácidos (Tabela 1),
em especial o metabolismo orgânico de pessoas eutróficas e o teor de aminoácidos
do leite materno. Esse volume não tem o propósito de fazer um levantamento so-
bre proteína, que foi assunto de publicação organizada pelo ILSI1 ou discutir sobre
as necessidades de proteína.2
Assim, esta revisão aborda particularidades dos aminoácidos contidos nos alimen-
tos, suas funções, aspectos gerais e distribuição nos alimentos mais consumidos
pela população brasileira, comparados com a composição do leite materno; por
exemplo, a Figura 1 mostra a relação entre os aminoácidos plasmáticos e do líqui-
do ascítico em pessoas alcoólatras.4 Nota-se que, em geral, os pacientes desnutri-
dos apresentam mecanismos adaptativos que evitam o agravamento de carências
de aminoácidos preexistentes5 (Figura 2).
55
Aminoácidos / ILSI Brasil
Solubilidade
Nome Abreviatura Fórmula Mol Estrutura %C %H %N
g/100 g H2O
Alifáticos
Aromáticos
Hidroxilados
Sulfurados
Muito
Cisteína Cys C3 H7 NO 2 S 1121,16 30 6 12
solúvel
56
Aminoácidos / ILSI Brasil
Imino ácidos
Ácidos + amidas
Ácido
Glu C5 H9 NO 4 147,13 41 6 10 0,843
glutâmico
Básicos
Muito
Lisina Lys C6 N 14 N 2 O2 146,19 49 10 10
solúvel
57
Aminoácidos / ILSI Brasil
58
Aminoácidos / ILSI Brasil
AA* N†
Aminoácido
mg/kg/dia
L-His 12 2,41
L-Ileu 23 2,46
L-Leu 40 4,27
L-Val 20 2,29
L-Lys 30 4,6
L-Cys 13 1,52
L-Met 13 1,22
L-Phe 26 2,2
L-Tyr 13 1
L-Thr 15 1,76
L-Try 6 0,82
L-Ala 136 21,37
L-Arg 107 28,46
L-Asp 141 14,84
Gly 47 8,84
L-Glu 179 17,04
L-Pro 59,8 7,27
L-Ser 120 15,93
Total 1001 138,4
* Na forma de aminoácido.
† Equivalente em nitrogênio para o determinado aminoácido.
59
Aminoácidos / ILSI Brasil
Tabela 5. Exemplo de aminoácidos que são precursores de produto final não proteico.
Fonte: USDA.18,19
60
Aminoácidos / ILSI Brasil
Aminoácido
µmol/L Criança Adulto
Fenilalanina 55 a 60 56 a 65
Histidina 84 a 86 83 a 89
Isoleucina 64 a 69 64 a 84
Leucina 119 a 134 122 a 160
Lisina 164 a 175 183 a 198
Metionina 26 a 27 27 a 32
Treonina 138 a 149 146 a 154
Triptofano 53 a 57 50 a 60
Valina 214 a 232 209 a 252
Ácido aspártico 16 6 7
Ácido glutâmico 35 a 37 46 a 60
Ácido α-amino
22 a 24 22 a 26
butírico
Alanina 355 a 369 373 a 419
Arginina 84 a 92 75 a 89
Asparagina 46 a 48 47 a 49
Cisteína (cistina /2) 91 a 96 109 a 118
Citrulina 33 a 36 35 a 37
Glicina 230 a 234 236 a 300
Glutamina 591 a 600 578 a 645
Hidroxiprolina 20 a 24 16 a 20
Ornitina 47 a 51 54 a 65
Prolina 172 a 198 168 a 232
Serina 121 a 127 114 a 127
Taurina 104 a 116 141 a 162
Tirosina 65 a 68 61 a 72
61
Aminoácidos / ILSI Brasil
Dados sinalizados em amarelo mostram quando a inadequação varia entre 80% e 90%
em relação ao leite humano. Os valores sinalizados em vermelho apontam para uma
inadequação inferior a 80% em relação ao leite humano.
Fonte: USDA.18
62
Aminoácidos / ILSI Brasil
Leite de
Leite vaca Arroz
Carne crua
Aminoácido mg/100 g materno integral branco cru Feijão cru Ovo cru
(bife)
maduro (3,25% regular
gordura)
Energia (kcal) 100 100 100 100 100 100
Proteína (mg/100 kcal) 1471 5164 1953 7081 8790 5435
Fenilalanina 66 236 104 383 476 233
Isoleucina 80 264 84 313 469 212
Leucina 136 426 161 565 759 434
Lisina 97 426 71 486 638 421
Metionina 30 120 46 107 266 154
Tirosina 76 243 65 199 349 138
Treonina 66 230 70 298 389 172
Triptofano 24 120 23 84 117 61
Valina 90 308 119 370 600 332
Fonte: USDA.18
Fonte: USDA.19
63
Aminoácidos / ILSI Brasil
Leite de
Leite vaca Arroz
Aminoácido % Carne crua
materno integral branco cru Feijão cru Ovo cru
de adequação (bife)
maduro (%) (3,25% regular
gordura)
Energia kcal 100 28 75 21 17 27
Proteína 100 100 100 100 100 100
Fenilalanina 100 102 120 121 121 96
Isoleucina 100 94 79 81 98 72
Leucina 100 89 90 87 94 87
Lisina 100 125 55 104 110 117
Metionina 100 114 116 74 148 139
Tirosina 100 91 65 55 77 49
Treonina 100 100 80 94 99 71
Triptofano 100 140 71 72 80 68
Valina 100 98 100 85 112 100
Fonte: USDA.19
64
Aminoácidos / ILSI Brasil
4. HISTIDINA
Mais recentemente, tem sido demonstrada uma associação entre feridas e defi-
ciência de histidina, além da maior eficiência na recuperação de feridas crônicas
quando há oferta de histidina.32 Os valores plasmáticos de histidina em mulheres
obesas33 com marcadores inflamatórios elevados é de 172±42 contra 202±54 mmol/L
em mulheres eutróficas.
5. ARGININA
65
Aminoácidos / ILSI Brasil
6. FENILALANINA
7. GLUTAMINA
8. METIONINA
66
Aminoácidos / ILSI Brasil
Especula-se que a restrição de metionina pode ser útil na regressão de cânceres es-
pecíficos. A cisteína é importante por estar diretamente relacionada com a síntese
de glutationa, fundamental no controle e modulação das reações de oxidação do
organismo. No entanto, há controvérsias sobre a dose a ser ingerida, pois altas doses
podem ser tóxicas.
9. TAURINA
67
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Silva ACC, Frota KMG, Arêas JAG. Proteína. São Paulo? ILSI Brasil-International
Life Sciences Institute do Brasil, 2012; pp. 1-16.
2. Marchini JS, Fausto MA, Rodrigues MMP, Oliveira JED, Vannucchi H. Necessidades
e recomendações de proteínas: revisão, atualização e sugestões. Cadernos Nutr —
PUC—Campinas 1993;6:1-21.
3. Vannucchi H, Marchini JS, Padovan GJ, Santos JE, Oliveira JED. Amino acid patterns in
the plasma and ascitic fluid of cirrhotic patients. Braz J Med Biol Res 1985;18:465-470.
4. Vannucchi H, Moreno FS, Amarante AR, Oliveira JED, Marchini JS. Plasma amino
acid patterns in alcoholic pellagra patients. Alcohol Alcoholism 1991;26:431-436.
5. Maduro IPNN, Elias NM, Borges CBN, Padovan GJ, Costa JAC, Marchini JS. Total
nitrogen and free amino acid losses and protein calorie malnutrition of hemodialysis
patients: do they relly matter? Nephron Clin Pract 2007;105:c9-c17.
7. Castillo L, Yu YM, Marchini JS, Chapman TE, Sanchez M, Young VR, Burke JF. Phe-
nylalanine and tyrosine kinetics in critically ill children with sepsis. Pediatr Res
1994;35:580-588.
8. Marchini JS, Vannucchi H, Gomes ME, Santos JE, Oliveira JED. Uso de nutrição en-
teral quimicamente definida em pacientes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
Rev Paul Med 1981;97:148-152.
9. Marchini JS, Rodrigues MMP, Cunha SFC, Fausto MA, Vannucchi H, Oliveira JE.
Cálculo das recomendações de ingestão proteica: aplicação a pré-escolar, escolar e
adulto utilizando alimentos brasileiros. Rev Saude Publ 1994;28:146-152.
10. Marchini JS, Rodrigues MMP, Cunha SFC, Fausto MA, Vannucchi H, Oliveira JE.
Cálculo das recomendações de ingestão proteica: aplicação a pré-escolar, escolar e
adulto utilizando alimentos brasileiros. Rev Saude Publ 1994;28:146-152.
11. Hiramatsu T, Cortiella J, Marchini JS, Chapman TE, Young VR. Source and amount
of dietary nonspecific nitrogen in relation to whole-body leucine, phenylalanine, and
tyrosine kinetics in Young men. Am J Clin Nutr 1995;59:1347-1355.
69
Aminoácidos / ILSI Brasil
12. Hiramatsu T, Cortiella J, Marchini JS, Chapman TE, Young Vr. Plasma proline and
leucine kinetics: response to 4 wk with proline-free diets in young adults. Am J Clin
Nutr 1994;60:207-215.
13. Leme IA, Portari GV, Padovan GJ, Rosa FT, Mello-Filho FV, Marchini JS. Amino
acids in squamous cell carcinomas and adjacent normal tissues from patients with
larynx and oral cavity lesions. Clinics 2012;67: 1225-1227.
15. Marchini JS, Cortiella J, Hiramatsu T, Chapman TE, Young VR. Requirements for
indispensable amino acids in adult humans: longer-term amino acid kinetic study
with support for the adequacy of the Massachusetts Institute of Technology amino
acid requirement pattern. Am J Clin Nutr 1993;58:670-683.
16. Lenter C. Geigy Scientific Tables. Vol. 4, 8th edition. Ciba-Geigy: Basel, Switzer-
land, 1986.
17. Armstrong MD, Stave U. A study of plasma free amino acid levels. II. Normal val-
ues for children and adults. Metabolism 1973;22:561-569.
18. USDA. National Nutrient Database for Standard Reference Release 27, 2014. Dis-
ponível em: <http://ndb.nal.usda.gov/ndb/foods>.
20. Hagenfeldt L, Arvidsson A. The distribution of amino acids between plasma and
erythrocytes. Clin Chim Acta 1980;100:133-141.
21. Millward DJ. Knowledge gained from studies of leucine consumption in animals
and humans. J Nutr 2012;142:2212S-2219S.
22. Marchini JS, Vannucchi H, Oliveira JED. Protein requirements of a group of chron-
ic alcoholics: efficiency of duodenal amino acid infusion. Nutr Res 1988;8:239-248.
23. Fukagawa N. Protein and amino acid supplementation in older humans. Amino
Acids 2013;44:1493-1509.
24. Winter M, Walmond PS. Neural cell adhesion molecules belonging to the family
of leucine-rich proteins. Adv Neurobiol 2014;8:315-395.
25. Ni GX, Li Z, Zhou YZ. The role of small leucine-rich proteoglycans in osteoarthri-
tis pathogenesis. Osteoart Cartil 2014;22:896-903.
70
Aminoácidos / ILSI Brasil
26. Van Loon LJ. Leucine as a pharmaconutrient in health and disease. Curr Opin Clin
Nutr Metab Care 2012;15:71-7.
27. Cynober L, de Bandt JP, Moinard C. Leucine and citrulline: two major regulators
of protein turnover. World Rev Nutr Diet 2013;105:97-105.
28. Petzke KJ, Freudenberg A, Klaus S. Beyond the role of dietary protein and amino
acids in the prevention of diet-induced obesity. Int J Mol Sci 2014;15:1374-1391.
29. Dodd KM, Tee AR. Leucine and TORC1: a complex relationship. Am J Physiol Endo-
crinol Metab 2012;302:E1329-E1342.
30. Rose WC, Haines WJ, Warner DT, Johnson JE. The amino acid requirements of
man. II. The role of threonine and histidine. J Biol Chem 1951;188:49-58.
31. Vannucchi H, Moreno FS, Amarante AR, Oliveira JED, Marchini JS. Plasma amino
acid patterns in alcoholic pellagra patients. Alcohol 1991;26:431-436.
32. Dawson BD, Favaloro EJ. High rate of deficiency in the amino acids tryptophan
and histidine in people with wounds: implication for nutrient targeting in wound
management — a pilot study. Adv Skin Wound Care 2009;22:79-82.
33. Niu YC, Feng RN, Hou Y, Li K, Kang Z, Wang J et al. Histidine and arginine are
associated with inflammation and oxidative stress in obese women. Brit J Nutr
2012;108:57-61.
34. Moriguti JC, Ferriolli E, Donadi EA, Marchini JS. Effects of arginine supplemen-
tation on the humoral and innate immune response o older people. Eur J Clin Nutr
2005;59:1362-1366.
35. Marchini JS, Nguyen P, Deschamps JY, Maugere P, Kremfp M, Darmaun D. Effect
of intravenous glutamine on duodenal mucosa protein synthesis in helathyhealthy
growing dogs. Am J Physiol 1999;276 (Endocrinol Metab 39):E747-E753.
36. Marchini JS, Vannucchi H, Souza DA, Oliveira JED. Uso clínico da glutamina. Rev
Metab Nutr (Porto Alegre) 1997;4:10-17.
37. Tannus AFS, Junqueira-Franco MM, Suen VMM, Portari GV, Marchini JS. Short time L-
glutamine supplementation of malnourished rats. Rev Nutr (Campinas) 2005;18:719-725.
38. Tannus AFS, Dominique D, Ribas DF, Oliveira JE, Marchini JS. Glutamine supple-
mentation does not improve protein synthesis rate by the jejunal mucosa of mal-
nourished rat. Nutr Res 2009;29:596-601.
71
Aminoácidos / ILSI Brasil
39. Hiramatsu T, Fukagawa NK, Marchini JS, Cortiella J, Yu YM, Chapman TE, Young
VR. Methionine and cysteine kinetics ant different intakes of cystine in healthy adult
men. Am J Clin Nutr 1994;60:525-533.
40. Deminice R, Portari GV, Marchini JS, Vannucchi H, Jordao AA. Effects of a low-
protein diet on plasma amino acid and homocysteine levels and oxidative status in
rats. Ann Nutr Metab 2009;54:2002-207.
41. Oliveira JED, Souza N, Jordão AA, Marchini JS. Methionine supplementation
of soya products: effects on nitrogen balance parameters. Archiv Latinoam Nutr
1998;48:35-
42. Pansani MC, Azevedo OS, Rafacho BPM, Minicucci MF, Chiuso-Minicucci F, Zorzella-
Pezavento SG et al. Atrophic cardiac remodeling induced by taurine deficiency in
wistar rats. PLOSone 2012;7:e41439.
43. Ardisson LP, Rafacho BPM, Santos PP, Assalin H, Gonçalves AF, Azevedo OS et
al. Taurine attenuates cardiac remodeling after myocardial infarction. Int J Cardiol
2013;168:4925-6.
72
Aminoácidos / ILSI Brasil
VI
AMINOÁCIDOS E EXERCÍCIO FÍSICO:
APLICAÇÃO PARA SAÚDE E
DESEMPENHO FÍSICO
Camila Fernanda Brandão
Carlos Alexandre Fett
73
Aminoácidos / ILSI Brasil
3. RESPOSTA IMUNOLÓGICA
74
Aminoácidos / ILSI Brasil
75
Aminoácidos / ILSI Brasil
creatina quinase (CK) significativamente, porém não houve relação com a per-
formance ou a fadiga muscular durante a prova. 24
A taurina tem relação com o alerta mental e a atenção, que, em atividades de precisão
como no tiro, são fundamentais. Ainda, a taurina favorece a recuperação muscular e
reduz a dor tardia do exercício intenso, o que permite treinos mais contínuos.25
Por outro lado, o triptofano tem relação com o processo de relaxamento do atleta,
por estimular a glândula pineal a produzir a 5-hidroxitriptamina (serotonina) e, conse-
quentemente, relaciona-se à recuperação do indivíduo em estado de repouso.26
O sono comprometido por redução de seu tempo ou pela má qualidade pode influen-
ciar o aprendizado, memória, cognição, percepção da dor, imunidade e inflamação.27
Doses de suplementação de 1 g de triptofano podem melhorar a latência e a percep-
ção subjetiva da qualidade do sono.26
Estudos em populações não clínicas ainda precisam ser desenvolvidos para investi-
gação de dose-resposta do uso do triptofano como suplemento para melhora dessas
condições.28
5. DESEMPENHO FÍSICO
Uma das funções que se busca dos aminoácidos é melhorar o desempenho físico. A
suplementação com beta-alanina tem sido utilizada com o intuito de aumento da
carnosina muscular. Um estudo investigou a suplementação de 4-5,6 g/dia por oito
semanas em indivíduos submetidos a duas sessões semanais de exercícios pirométri-
cos e concluiu que o grupo suplementado tinha discreta melhora na potência mus-
cular, mas que a recomendação dessa suplementação ainda é controversa.29
76
Aminoácidos / ILSI Brasil
77
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Wilkinson DJ, Smeeton NJ, Watt PW. Ammonia metabolism, the brain and fatigue;
revisiting the link. Prog Neurobiol 2010;91:200–219.
3. Almeida RD, Prado ES, Losa CD et al. Acute supplementation with keto analogues
and amino acids in rats during resistance exercise. British J Nutr 2010;104:1438–1442.
4. Chen CK, Chang Chien KM, Chang JH, Huang MH, Liang YC, Liu TH. Branched-
chain amino acids and arginine improve performance in two consecutive days of
simulated handball games in male and female athletes: A randomized trial. PlosOne
2015;10:e0121866.
5. Bazzarre TL, Murdoch SD, Wu SM, Herr DG, Snider IP. Plasma amino acid responses
of trained athletes to two successive exhaustion trials with and without interim car-
bohydrate feeding. J Am Coll Nutr 2013;11:501-511.
6. Greer BK, Woodard JL, White JP, Arguello EM, Haymes EM. Branched chain amino
acid supplementation and indicators of muscle damage after endurance exercise. Int
J Sport Nutr Exerc Metab 2007;17:595-607.
8. Layman DK, Anthony TG, Rasmussen BB et al. Defining meal requirements for protein
to optimize metabolic roles of amino acids. Am J Clin Nutr 2015;101(Suppl):1330S–8S.
10. Verreijen AM, Verlaan S, Engberink MF, Swinkels S, Bosch JV, Weijs PJ. A high
whey protein–, leucine-, and vitamin D–enriched supplement preserves muscle mass
during intentional weight loss in obese olderadults: a double-blind randomized con-
trolled trial. Am J Clin Nutr 2015;101:279-286.
79
Aminoácidos / ILSI Brasil
11. Bukhari SS, Phillips BE, Wilkinson DJ, Limb MC, Rankin D, Mitchell WK et al.
Intake of low-dose leucine-rich essential amino acids stimulates muscle anabolismo
equivalently to bolus whey protein in older women at rest and after exercise. Am J
Physiol Endocrinol Metab 2015;308:E1056–E1065.
12. Coble J, Schilder RJ, Berg A, Drummond MJ, Rasmussen BB, Kimball SR. Influence
of ageing and essential amino acids on quantitative patterns of troponin T alterna-
tive splicing in human skeletal muscle. Appl Physiol Nutr Metab 2015;40:788-796.
13. Marquezi ML, Lancha Junior AH. Possível efeito da suplementação de aminoácidos
de cadeia ramificada, aspartato e asparagina sobre o limiar anaeróbio. Rev Paul Educ
Fís 1997;11:90101.
14. Alves, LA. Recursos Ergogênicos Nutricionais. In: Biesek S, Alves LA, Guerra I.
(Orgs.). Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. São Paulo: Manole,
2005; pp.281-318.
17. Lagranha CJ, Levada-Pires AC, Sellitti DF, Procopio J, Curi R, Pithon-Curi TC. The
effect of glutamine supplementation and physical exercise on neutrophil function.
Amino Acids 2008;34:337–346.
20. Gonçalves LC, Bessa A, Dias RF, Luzes R, Werneck-de-Castro JP, Bassini A, Cam-
eron LC. A sportomics strategy to analyze the ability of arginine to modulate both
ammonia and lymphocyte levels in blood after high-intensity exercise. J Int Soc
Sports Nutr 2012;9:30-39.
21. Newsholme EA, Blomstrand E. Branched chain amino acids and central fatigue. J
Nutr 2006;136:274S–276S.
22. Uchida MC, Bacurau AVN, Aoki MS, Bacurau RFP. Consumo de aminoácidos de cadeia
ramificada não afeta o desempenho de endurance. Rev Bras Med Esporte 2008;14:42-45.
80
Aminoácidos / ILSI Brasil
23. Davis JM, Alderson NL, Welsh RS. Serotonin and central nervous system fatigue:
Nutritional considerations. Am J Clin Nutri 2000;72(2 Suppl):573S-578S.
25. Silva DV, Conte-Junior CA, Paschoalin VM, Alvares TS. Hormonal response
to L-arginine supplementation in physically active individuals. Food Nutr Res
2014;58:doi:10.3402/fnr.v58.22569.
26. Halson SL. Sleep in Elite Athletes and Nutritional Interventions to Enhance Sleep.
Sports Med 2014;44 (Suppl 1):S13–S23.
27. Fett CA, Fett WCR, Marchini JS, Ribeiro RPP. Estilo de vida e fatores de risco
associados ao aumento da gordura corporal de mulheres. Ciência e Saúde Coletiva
(Impresso) 2010;15:131-140.
28. Silber BY, Schmitt JA. Effects of tryptophan loading on human cognition, mood,
and sleep. Neurosci Biobehav Rev 2010;34:387-407.
30. Hoffman JR, Stout JR, Harris RC, Moran DS. β‑Alanine supplementation and mili-
tary performance. Amino Acids;2015.
31. Glenn JM, Gray M, Stewart R, Moyen NE, Kavouras SA, DiBrezzo R et al. Incre-
mental effects of 28 days of beta‑alanine supplementation on high‑intensity cycling
performance and blood lactate in masters female cyclists. Amino Acids; 2015 Aug 9
[Epub ahead of print].
32. Lomonosova YN, Shenkman BS, Kalamkarov GR, Kostrominova TY, Nemirovskaya
TL. L-arginine supplementation protects exercise performance and structural in-
tegrity of muscle fibers after a single bout of eccentric exercise in rats. PlosOne
2014;9(4):e94448.
81
Aminoácidos / ILSI Brasil
VII
AMINOÁCIDOS E OBESIDADE
Carolina Ferreira Nicoletti
Bruno Affonso Parenti de Oliveira
Julio Sergio Marchini
Carla Barbosa Nonino
Três meses após cirurgia bariátrica, foi observado aumento das concentrações da
maioria dos aminoácidos no plasma, associado à rápida perda de peso e redução da
massa livre de gordura.11
Alguns dos estudos citados por O’Connell14 sugerem que níveis de BCAAs podem ser
marcadores biológicos de presságio (em até uma década ou mais) para o desen-
volvimento de diabetes tipo 2 e, assim, podem estar entre os primeiros distúrbios
metabólicos detectáveis de uma rota de desenvolvimento para o diabetes.
Dados da literatura mostram que pacientes com obesidade apresentam níveis eleva-
dos dos aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA).15-16
83
Aminoácidos / ILSI Brasil
Outro estudo sugere que a oferta de BCAA em programas para perda de peso pode
proporcionar resultados favoráveis em relação às modificações da composição cor-
poral e homeostase da glicose.21
Assim, esses resultados, ao lado do relatado21 de que há uma relação positiva entre
níveis desses aminoácidos e comorbidades relacionadas à obesidade, como diabetes
e câncer, devem ser considerados com cautela, e futuros estudos são necessários
para o completo esclarecimento desses dilemas metabólicos.
3. O PAPEL DA TAURINA
84
Aminoácidos / ILSI Brasil
85
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. WHO. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global
epidemic. Report of a WHO consultation. Technical reports series: 894. World Health
Organization, Singapore, 2000.
4. Fiehn O, Garvey WT, Newman JW, Lok KH, Hoppel CL, Adams SH. Plasma metabo-
lomic profiles reflective of glucose homeostasis in non-diabetic and type 2 diabetic
obese African-American women. PloS one 2010;5:e15234.
5. Moore SC, Matthews CE, Sampson JN, Stolzenberg-Solomon RZ, Zheng W, Cai Q et
al. Human metabolic correlates of body mass index. Metabolomics:Official journal of
the Metabolomic Society 2014;10:259-269.
7. Mihalik SJ, Michaliszyn SF, de las Heras J, Bacha F, Lee S, Chace DH et al. Me-
tabolomic profiling of fatty acid and amino acid metabolism in youth with obesity
and type 2 diabetes: evidence for enhanced mitochondrial oxidation. Diabetes care
2012;35:605-611.
87
Aminoácidos / ILSI Brasil
11. Nicoletti CF, Morandi Junqueira-Franco MV, dos Santos JE, Marchini JS, Salgado
W, Jr., Nonino CB. Protein and amino acid status before and after bariatric surgery:
a 12-month follow-up study. Surgery for obesity and related diseases: official journal
of the American Society for Bariatric Surgery 2013;9:1008-1012.
13. Ziemke F, Mantzoros CS. Adiponectin in insulin resistance: lessons from transla-
tional research. The American journal of clinical nutrition 2010;91:258S-261S.
14. O’Connell TM. The complex role of branched chain amino acids in diabetes and
cancer. Metabolites 2013;3:931-945.
15. Newgard CB, An J, Bain JR, Muehlbauer MJ, Stevens RD, Lien LF et al. A branched-
chain amino acid-related metabolic signature that differentiates obese and lean hu
mans and contributes to insulin resistance. Cell metabolism 2009;9:311-326.
17. Felig P, Marliss E, Cahill GF, Jr. Are plasma amino acid levels elevated in obesity?
The New England journal of medicine 1970;282:166.
18. Jensen MD, Haymond MW. Protein metabolism in obesity: effects of body fat dis-
tribution and hyperinsulinemia on leucine turnover. The American journal of clinical
nutrition 1991;53:172-176.
19. Pozefsky T, Felig P, Tobin JD, Soeldner JS, Cahill GF, Jr. Amino acid balance across
tissues of the forearm in postabsorptive man. Effects of insulin at two dose levels.
The Journal of clinical investigation 1969;48:2273-2282.
20. She P, Van Horn C, Reid T, Hutson SM, Cooney RN, Lynch CJ. Obesity-related
elevations in plasma leucine are associated with alterations in enzymes involved in
branched-chain amino acid metabolism. American journal of physiology Endocrinol-
ogy and metabolism 2007;293:E1552-1563.
21. Layman DK. The role of leucine in weight loss diets and glucose homeostasis. The
Journal of nutrition 2003;133:261S-267S.
88
Aminoácidos / ILSI Brasil
24. Merheb M, Daher RT, Nasrallah M, Sabra R, Ziyadeh FN, Barada K. Taurine intes-
tinal absorption and renal excretion test in diabetic patients: a pilot study. Diabetes
care 2007;30:2652-2654.
25. Rosa FT, Freitas EC, Deminice R, Jordao AA, Marchini JS. Oxidative stress and
inflammation in obesity after taurine supplementation: a double-blind, placebo-
controlled study. European journal of nutrition 2014;53:823-830.
29. Zhang A, Sun H and Wang X. Power of metabolomics in biomarker discovery and
mining mechanisms of obesity. Obesity reviews: an official journal of the Interna-
tional Association for the Study of Obesity 2013;14:344-349.
30. Nduhirabandi F, du Toit EF and Lochner A. Melatonin and the metabolic syndrome:
a tool for effective therapy in obesity-associated abnormalities? Acta physiologica
2012;205:209-223.
31. Caballero B, Finer N, Wurtman RJ. Plasma amino acids and insulin levels in obesi-
ty: response to carbohydrate intake and tryptophan supplements. Metabolism: clini-
cal and experimental 1988;37:672-676.
33. Goodwin GM, Cowen PJ, Fairburn CG, Parry-Billings M, Calder PC, Newsholme EA.
Plasma concentrations of tryptophan and dieting. Bmj 1990;300:1499-1500.
89
Aminoácidos / ILSI Brasil
35. Salter M and Pogson CI. The role of tryptophan 2,3-dioxygenase in the hormonal
control of tryptophan metabolism in isolated rat liver cells. Effects of glucocorti-
coids and experimental diabetes. The Biochemical journal 1985;229:499-504.
36. Mangge H, Summers KL, Meinitzer A, Zelzer S, Almer G, Prassl R et al. Obesity-
related dysregulation of the tryptophan-kynurenine metabolism: role of age and
parameters of the metabolic syndrome. Obesity 2014;22:195-201.
37. Jeffery RW, Drewnowski A, Epstein LH, Stunkard AJ, Wilson GT, Wing RR, Hill
DR. Long-term maintenance of weight loss: current status. Health psychology: offi-
cial journal of the Division of Health Psychology, American Psychological Association
2000;19:5-16.
38. Parker G, Brotchie H. Mood effects of the amino acids tryptophan and tyrosine:
‘Food for Thought’ III. Acta psychiatrica Scandinavica 2011;124:417-426.
39. Strasser B, Berger K, Fuchs D. Effects of a caloric restriction weight loss diet on
tryptophan metabolism and inflammatory biomarkers in overweight adults. Euro-
pean journal of nutrition 2015;54:101-107.
40. Chen Y and Guillemin GJ. Kynurenine pathway metabolites in humans: disease
and healthy States. International journal of tryptophan research:IJTR 2009;2:1-19.
90
Aminoácidos / ILSI Brasil
VIII
O PAPEL DOS AMINOÁCIDOS
NA NUTRIÇÃO, COM ÊNFASE
EM GERIATRIA
Karina Pfrimer
Eduardo Ferriolli
Por outro lado, o excesso de aminoácido e seus produtos, como amônia, homocisteí-
na e arginina, é fator patogênico para desordens neurológicas, estresse oxidativo e
doenças cardiovasculares.2
1. POPULAÇÃO IDOSA
Os dados da USDA mostram que aproximadamente 40% dos indivíduos com 70 anos
ou mais consomem menos que a recomendação para proteína e, consequentemente,
para aminoácidos. Aproximadamente 16% dos idosos consomem menos de 75% do re-
comendado. A baixa ingestão proteica e de aminoácidos está relacionada com risco
maior de perda de funcionalidade e capacidade cognitiva.5,6
91
Aminoácidos / ILSI Brasil
A linha verde é o grupo de jovens e a linha azul de idosos; a linha vermelha ilustra
a resposta da síntese proteica muscular com o aumento de dose proteica sem ativi-
dade física.
Vale ressaltar que o excesso de aminoácidos pode causar efeitos colaterais, como
redução do consumo alimentar, prejuízo do crescimento, comportamento anormal
e risco de morte.2 Estudos indicam que os aminoácidos ramificados em excesso têm
se relacionado ao desenvolvimento de diabetes do tipo 2 em adultos, crianças e
adolescentes.11
92
Aminoácidos / ILSI Brasil
93
Aminoácidos / ILSI Brasil
94
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Lin G, Liu C, Wang T, Wu G, Qiao S, Li D, Wang J. Biomarkers for optimal re-
quirements of amino acids by animals and humans. Front Biosci (Schol Ed) 2011 Jun
1;3:1298-307.
5. Van de Rest O, van der Zwaluw NL, de Groot LC. Literature review on the role of
dietary protein and amino acids in cognitive functioning and cognitive decline. Amino
Acids 2013 Nov;45(5):1035-45.
7. Deijen JB, Orlebeke JF. Effect of tyrosine on cognitive function and blood pressure
under stress. Brain Res Bull 1994;33(3):319-23.
9. Pfrimer K, Marchini JS, Moriguti JC, Ferriolli E. Fed state protein turnover in healthy
older persons under a usual protein-rich diet. J Food Sci 2009 May-Jul;74(4):H112-5.
10. Thalacker-Mercer AE, Drummond MJ. The importance of dietary protein for mus-
cle health in inactive, hospitalized older adults. Ann N Y Acad Sci 2014 Nov;1328:1-9.
11. Batch BC, Hyland K, Svetkey LP. Branch chain amino acids: biomarkers of health
and disease. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2014 Jan;17(1):86-9.
12. Li P, Yin YL, Li D, Kim SW, Wu G. Amino acids and immune function. Br J Nutr 2007
Aug;98(2):237-52.
95
Aminoácidos / ILSI Brasil
IX
FENILCETONÚRIA
Nancy Yukie Yamamoto Tanaka
Marlene de Fátima Turcato
Carolina Hunger Malek Zadeh
97
Aminoácidos / ILSI Brasil
1. TRATAMENTO DA FENILCETONÚRIA
O tratamento da FNC consiste basicamente na oferta de uma dieta com baixo teor
de fenilalanina, entretanto, com níveis suficientes do aminoácido para promover
crescimento e desenvolvimento adequados.
A dieta deve estar associada ao fornecimento diário de uma fórmula elementar es-
pecial, isenta de fenilalanina e suplementada com tirosina. Deve ser acrescida de
vitaminas, minerais e outros nutrientes.
98
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Williams RA, Mamotte CDS, Burnett JR. Phenylketonuria: An Inborn Error of Phe-
nylalanine Metabolism. Clin Biochem Rev 2008;29:31-41.
2. Monteiro LTB, Cândido LMB. Fenilcetonúria no Brasil: evolução e casos. Rev Nutr
2006;19:381-7.
3. Adkinson, LR, Brown, MD. Genética — Série Elsevier de Formação Básica Inte-
grada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
4. Scriver CR. The salience of Garrod’s “molecular groupings and Inborn Factors in
Disease. J Inherit Metab Dis 1989;12 (Suppl 1):S9-24.
99
Aminoácidos / ILSI Brasil
X
DIETAS ENTERAIS E AMINOÁCIDOS
Mayara Perna Assoni
Amanda Marcela Bono Nishida
Josiani Elisa Evangelista
Nattalia Araujo Alves
Vivian Marques Miguel Suen
Selma Freire de Carvalho da Cunha
Júlio Sergio Marchini
Entretanto, tais efeitos benéficos não podem ser estendidos a todos os pacien-
tes e existem consensos com indicações claras de quantidades definidas na prática
clínica.4 Porém, há dificuldade na decisão do emprego das formulações por parte
de profissionais especializados, visto que as informações contidas nos catálogos são
incompletas em relação à quantidade, por exemplo, de aminoácidos presentes nas
diferentes soluções.5,6
101
Aminoácidos / ILSI Brasil
Dessa forma, por meio da análise das fontes de proteínas, foram estimadas as quan-
tidades de aminoácidos essenciais e não essenciais em miligramas por litro de dieta
enteral dos seguintes fabricantes: Abbott®, Danone®, Nestlé®, Nutrimed® e Pro-
diet®, rotineiramente utilizadas em nosso meio. Para as dietas enterais em pó,
considerou-se a diluição padrão. Ressalta-se que esta não é uma informação do
fabricante disponível no rótulo ou especificações do produto.
Segundo os dados da Tabela 2, pode-se observar que as dietas de 1.0 kcal/ml que
possuem os maiores valores de aminoácidos são Nutrison®, Advance®, Cubitam®,
e Peptimax®; sendo que a primeira se destaca pelas quantidades maiores de Phe +
Try, Val, His, Arg, Glu, Pro e Ser; enquanto a segunda destaca-se com os aminoácidos
Ile, Leu, Lys, Met + Cys, Trp, Ala, Asp e Gly.
A Tabela 4 demonstra que a dieta em destaque com 1,2 kcal/ml, possuidora das
maiores quantidades de aminoácidos essenciais e não essenciais, é a Nutrison
Advance Protison®. Em contrapartida, a Nutri Diabetic® possui as menores quan-
tidades de aminoácidos. A Tabela 6 mostra fórmulas com densidade energética
de 1,5 kcal/ml e, mediante os valores contidos em cada dieta, constata-se que
a dieta Isosource® 1.5 e a Trophic Energy Fiber® possuem os maiores valores de
aminoácidos essenciais e não essenciais, respectivamente.
De acordo com a Tabela 8, observa-se que as dietas com 2,0 kcal/ml, indicadas
para paciente renal em tratamento conservador (menor recomendação proteica),
apresentam menores quantidades de aminoácidos e, dentre elas, destacam-se Nutri
Renal® (líquida) e Replena®. Por outro lado, a dieta Nutren® 2.0 apresenta as maio-
res quantidades de aminoácidos pois é considerada normoproteica.
102
Aminoácidos / ILSI Brasil
Densidade Proteína
Dieta Apresentação % proteína Fontes de proteína
energética (g)/1000 ml
Glucerna® pó 1 17 42,5 100% caseinato de cálcio e sódio
Jevity® líquida 1 15,5 38,75 100% caseinato de cálcio e sódio
52% proteína do soro do leite e 48%
Nutren 1.0® pó 1 15 40
caseinato de potássio
60% proteína do soro do leite e 40%
Nutri Diabetic® pó 1 15 37,5
caseinato de cálcio e sódio
50% proteína do soro do leite e 50%
Nutri enteral® pó 1 17 42,5
caseinato de cálcio
50% caseinato de cálcio e 50%
Nutri Fiber SF® pó 1 16 40
caseinato de sódio
Nutrison Advance 84,5% caseinato de cálcio e sódio e
líquida 1 20,4 55
Cubitan® 15,5% arginina (8,5 g/l)
Pepetamen 100% de proteína hidrolisada do soro
líquida 1 16 40
prebio® do leite
100% de proteína hidrolisada do soro
Peptamen pó® pó 1 16 41
do leite
100% proteína hidrolisada do soro do
Peptimax® pó 1 17 42,1
leite acrescido de L-glutamina
Dietas /
Met + Phe +
Aminoácidos Ile Leu Lys Thr Val Trp His Ala Arg Asp Glu Gly Pro Ser
Cys Tyr
(mg/g de ptn)
Glucerna® 1951 3778 3294 1360 4310 1721 2397 442 1080 1173 1424 3217 9282 735 3965 2355
Jevity® 1779 3445 3003 1240 3929 1569 2186 403 984 1070 1298 2933 8463 670 3615 2147
Nutren 1.0® 1971 3997 3427 1519 3261 2273 2158 572 870 1670 1246 3388 7746 740 2937 2214
Nutri Diabetic® 1868 3811 3260 1459 2943 2225 2009 559 795 1647 1155 3228 7119 701 2639 2075
Nutri enteral® 2089 4229 3627 1604 3498 2389 2297 601 931 1751 1328 3585 8271 784 3154 2352
Nutri Fiber SF® 1836 3556 3100 1280 4056 1620 2256 416 1016 1104 1340 3028 8736 692 3732 2216
Nutrison Advance
2134 4134 3604 1488 4715 1883 2623 484 1181 1283 1566 3520 10156 804 4338 2576
Cubitan®
Pepetamen
2096 4404 3728 1740 2528 2876 2068 716 736 2192 1160 3720 6832 784 2204 2212
prebio®
Peptamen pó® 2148 4514 3821 1784 2591 2948 2120 734 754 2247 1189 3813 7003 804 2259 2267
Peptimax® 2206 4635 3924 1831 2661 3027 2177 754 775 2307 1221 3915 7191 825 2320 2328
103
Aminoácidos / ILSI Brasil
104
Aminoácidos / ILSI Brasil
Dietas / Aminoácidos
Ile Leu Lys Met + Cys Phe + Tyr Thr Val Trp His Ala Arg Asp Glu Gly Pro Ser
(mg/g de ptn)
Nutren 2.0® 3947 7645 6665 2752 8720 3483 4850 894 2184 2374 2881 6510 18782 1488 8024 4764
Nutri Renal® (líquida) 803 1556 1356 560 1775 709 987 182 445 483 586 1325 3822 303 1633 970
Nutri Renal® (pó) 1743 3557 3042 1362 2747 2077 1875 522 742 1537 1078 3013 6644 654 2463 1937
Nutri Renal D® 1868 3811 3260 1459 2943 2225 2009 559 795 1647 1155 3228 7119 701 2639 2075
Replena® 689 1334 1163 480 1521 608 846 156 381 414 503 1136 3276 260 1400 831
mg/g de
Aminoácidos
proteina
Isoleucina 30
Leucina 59
Lisina 45
Treonina 23
Valina 39
Triptofano 6
Histidina 15
Metionina +cistina 22
Fenilalanina+tirosina 38
Fonte: FAO/WHO/UNU.7
105
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº
63, de 6 de julho de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para fixar os requisitos
mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Diário Oficial da União, 2000.
2. Couto JCF, Bento A, Couto CMF, Silva BCO, Oliveira, IAG. Nutrição enteral
em terapia intensiva: o paciente recebe o que prescrevemos? Rev Bras Nutr Clín
2002;17:43-46.
5. Unamuno MRDL, Carneiro J Consultation J, Chueire FB, Marchini JS, Suen VMM.
Uso de cateteres venosos totalmente implantados para nutrição parenteral: cui-
dados, tempo de permanência e ocorrência de complicações infecciosas. Rev Nutr
2005;18:261-269.
6. Cunha SFC, Ferreira CR, Braga CBM. Fórmulas enterais no mercado brasileiro: clas-
sificação e descrição da composição nutricional. Intern J Nutrol 2011;4:71-86.
107
Aminoácidos / ILSI Brasil
XI
FÓRMULAS DE AMINOÁCIDOS
PARA TERAPIA NUTRICIONAL
PARENTERAL DISPONÍVEIS NO BRASIL
Thays Vasconcelos Gomes Firmino
Camila Martinez Pereira
Fernando Badhur Chueire
Cristiane Maria Martires Lima
Julio Sergio Marchini
Vivian Marques Miguel Suen
Selma Freire de Carvalho da Cunha
Para uso em adultos, sete produtos estão disponíveis para comercialização, sendo
três contendo soluções-padrão de aminoácidos, dois contendo soluções de aminoá-
cidos específicas para pacientes nefropatas e dois contendo soluções de aminoáci-
dos específicas para hepatopatas. Há no mercado três soluções pediátricas, sendo
109
Aminoácidos / ILSI Brasil
De acordo com informações contidas nos rótulos dos diferentes produtos, as con-
centrações das soluções de proteínas variam de 6,7% a 10%. Por litro da solução, a
concentração de aminoácidos varia entre 72,3 e 100,4 gramas, que corresponde à
oferta de 11,9 a 16,6 gramas de nitrogênio.
110
Aminoácidos / ILSI Brasil
111
Aminoácidos / ILSI Brasil
112
Aminoácidos / ILSI Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Ministério da Saúde, ANVISA. Regulamento Técnico para Nutrição Parenteral. Por-
taria MS/SNVS nº 272, de 8 abril de 1998.
2. Marchini JS, Okano N, Cupo P, Passos NMRRS, Sakamoto LM, Basile-Filho A. Nu-
trição parenteral — princípios gerais, formulários de prescrição e monitorização. Me-
dicina (Ribeirão Preto) 1998;31:62-72.
3. Matsuba CST, Ciosak SI, Serpa LF, Poltronieri M, Oliseski MS. Terapia Nutricional:
Administração e Monitoramento. Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira
e Conselho Federal de Medicina, 2011.
4. Yarandi SS, Zhao VM, Hebbar G, Ziegler TR. Amino acid composition in parenteral
nutrition: what is the evidence? Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2011;14:75-82.
5. Kovacevich,DS, McClave SA, Schwartz DB The A.S.P.E.N. The adult nutrition sup-
port core curriculum. 2.ed. Silver Spring: Aspen, 2012.
113
Aminoácidos / ILSI Brasil
XII
Conselho Científico e de
Administração do ILSI BRASIL
115
Aminoácidos / ILSI Brasil
XIII
Empresas Mantenedoras da
Força-Tarefa de Alimentos
Fortificados e Suplementos 2016
Ajinomoto do Brasil
Amway do Brasil
BASF S/A
Danone Ltda.
DSM Produtos Nutricionais Brasil S.A.
Herbalife International do Brasil Ltda.
Kerry do Brasil
Pfizer Consumer Healthcare
117