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A r t e s Ne g r a s

Definição: Termo medieval referente a práticas que incluíam a


convocação e o controle de demônios, necromancia, possivelmente
feitiçaria, praticamente qualquer forma de adivinhação e também a
prática geral de magia.
Normalmente, todo conhecimento ou prática, ocultista ou arcanos,
vistos com suspeita ou proibidos pela igreja.

M a g i a Ne g r a

Certamente, o pensamento de conjurar algo remotamente negro vai


contra tudo que nos foi dito ser seguro, são e santificado.
O escuro, o negro são sempre associados ao mal e ao nefasto.
Muito disso é resultado de uma má compreensão da natureza do
cosmos, o qual é percebido como dual, uma luta eterna entre o bem
e o mal irreconciliáveis. Em verdade, o cosmos deveria ser
percebido como o yi n yang, opostos com pl em ent ares.
De acordo com a física moderna, o universo é composto, na sua
maior parte de matéria e/ou energia negra, um campo que não
somente permeia toda a criação, como também é responsável, em
parte, por nossa própria existência. Essa energia negra nasceu por
ocasião do Big Bang e pode ser, fundamentada em argumentos,
denominada a força que mantém o universo em expansão.
Essa matéria negra que se vê no céu a noite não é bloqueada pela
atmosfera superior (esse é o motivo pelo qual a noite aqui embaixo
parece quase excessivamente sentimental!!!).
E, em parte, visto que a matéria negra permeia toda a criação, ela
leva consigo as energias da mágicka – uma ligação oculta com os
poderes divinos da criação.
Alguns entre nós, no sentido mais amplo que essas palavras possam
ter, temos uma ligação natural com o lado negro, sombrio da
magia.
Luz e trevas nada tem haver com bem e mal, com mocinhos e
bandidos; um exemplo disso é observar o “real papel” de Hades na
mitologia.
Ele não aparece como vilão, porém, como promotor e provedor da
ordem; outro exemplo ainda é fazer um feitiço de amor desejando
uma pessoa em particular.
Com exemplos como esses é correto afirmar que uma pessoa
fazendo um ritual de necromancia para adivinhação ou usar o poder
de destruição da morte para romper os obstáculos no amor, não
estaria fazendo mal a si nem a outrem.
Como é de praxe, a magia das trevas usa elementos “típicos” e/ou
associados ao mal.
Caveiras, velas negras, pedras negras, sigilos, e afins, são
elementos muito usados para acessar essas forças e uma das forças
mais poderosas existentes, a força da mente ou da mente
inconsciente.
Durante séculos e milênios, houve e ainda há um jeito diferente,
porém não oposto, de cultuar e usar os poderes das trevas.
Vemos na Índia o culto milenar à Shiva, deus da destruição,
associado a cemitérios e crematórios; à Emma-Daí-Ô, um deus
japonês budista que governa o mundo dos mortos e julga as almas
segundo a lei de Buda; a Anúbis, deus egípcio dos mortos e
embalsamento.
Isso pra listar e provar que algumas das civilizações mais antigas
do mundo já compreendiam o valor igualitário dessa força.
Na mitologia grega, a mais conhecida no nosso meio, vemos o Caos
como agente primeiro de toda criação.
A vida vem da escuridão, é iniciada na escuridão e à escuridão
deve retornar, ao ventre negro da terra.
É sobre esses conceitos que muitos se firmam e contribuem até os
dias atuais, para um modo de magia chamado magia das trevas.

(Há também os tolos e ignorantes que acham que sair por aí


vestidos de preto, com pentagramas e cruzes enormes e outros
símbolos bizarros que só eles sabem o que significa, podem ser
chamados de magos das trevas!)

GENTE LOUCA ESSA!!!

Entre outras, podemos citar algumas atividades negras isoladas de


um mago das trevas:

*Esconder a mente e a aura;


*Criar formas-pensamento para ataque e defesa;
*Comunicação com espíritos e entidades;
*E porque não, adentrar as fronteiras do submundo.

Vou explicar cada um dos itens citados para esclarecer e destruir


dúvidas aqui...

Alguns magos das trevas usam uma técnica chamada esconder a


mente, para evitar que outros possam detectar suas atividades
psíquicas assim como suas auras.
Essa técnica é muito usada quando um magista usa sua magia e não
pretende que os outros saibam, através de oráculos e outros meios,
que foi ele o responsável pelo ato.
Também fazem uma coisa magnífica que é a criação de formas-
pensamento.
Seres limitados no pensar, porém, com um poder de ação grandioso
que agem de acordo com a vontade de seus criadores. São usados
para defesa tanto quanto para o ataque, posto que em algum
momento, cansamos de ficar só na defensiva e algo precisa ser
feito para a situação ter um fim.
A comunicação com espíritos e entidades do pós-morte recebe o
nome de necromancia.
Os espíritos e entidades desse plano são as “ferramentas”
principais de um mago das trevas.
Através deles, o magista negro obtém, na maior parte das vezes, o
que sua vontade almeja.
Claro que o contato excessivo com a morte pode atrair para o
mago, parasitas indesejáveis como larvas, íncubos, súcubos e
outros vizinhos que ninguém gosta de ter por perto!
Bom, são nessas horas que os exorcismos são bem-vindos!
E por ultimo e não menos importante, um mago das trevas deve
saber por abaixo e adentrar os portões do submundo; claro que isso
não é uma coisa fácil de realizar, posto que não são todos que
entram e saem do mundo dos mortos ou isso viraria um inferno!
Sem trocadilhos!
Novamente, tudo isso são elementos psicodramáticos para acessar
essas forças que ainda que um poder divino nunca os tenha criado,
os humanos deram energia suficiente, através das eras, para criar
suas egrégoras e formas-pensamento.
Também vale salientar que as energias que um magista das trevas
usa são densas o suficiente para deixar de lado os curiosos e
acolher os realmente interessados.
Vale lembrar também que a curiosidade MATOU o gato!
Também é bom constar nos altos que, um desavisado que se atreve
a ir ao abismo (mundo dos mortos, submundo) despreparado, corre
o risco de quando voltar trazer consigo seres que serão um
tormento literal em sua vida, isso se tiverem a sorte de voltar...

D e mo n o l o g i a
Definição: Ramo da magia negra que emprega conjurações e o
controle de entidades e forças demoníacas para realizar a vontade
do mago. Conjunto de conhecimentos, encantos e sortilégios que,
segundo consta, são usados para chamar, controlar e expulsar
demônios.
Vemos semelhança entre demonologia e necromancia, porém,
diferente desta, a demonologia cuida na sua maior parte dos 72
demônios descritos na Clavícula de Salomão.
Seres dotados de inteligência e esperteza, esses demônios
demonstram grande poder.
Alguns deles como Lúcifer, Asmodeus, Belzebu, Behemot,
Astaroth, Lílith,... são os que são mais solicitados em pactos e
outras formas de alianças.
As conjurações para estes seres são mais complexas do que
quaisquer outros espíritos, posto que eles além de espíritos são reis
em suas áreas e comandam legiões de espíritos inferiores.
Embora se acredite que sejam mais fáceis de controlar do que os
anjos, os demônios, podem ser maliciosos e perigosos.
Os demonologistas cristãos dos séculos XVI e XVII catalogaram os
demônios em hierarquias infernais, atribuindo a cada um seu
símbolo individual, suas propriedades, associações e deveres. A
Goétia (uivo) traz os nomes, ordens e títulos de 72 reis e príncipes
demoníacos, que supostamente, comandam legiões em um total de
7.405.926 demônios menores. Os demonologistas evocariam um
demônio em particular para um propósito em particular.
Todos os 72 demônios se acham listados nos livros, A Clavícula de
Salomão, A Pequena Chave do Rei Salomão, A Chave de Salomão e
outros.

N e c r o ma n c i a
Definição: Do grego necro – morte / manteia – adivinhação:
adivinhação por meio de contato com os mortos; evocação dos
espíritos dos mortos, especialmente para adivinhação.
Antigamente, modo que possibilitava receber mensagens
diretamente dos deuses.
Muito popular na idade média, quando era praticada com a
feitiçaria e a alquimia e também com a conjuração e o controle de
demônios, era considerada uma das artes negras. Termo aplicado a
certas práticas de magia negra, cujo ritual tem como elemento
principal um cadáver.
O termo necromancia muitas vezes se refere ao uso dos mortos para
as finalidades do próprio magista, sem necessariamente pedir a
permissão dos desencarnados.
Os fantasmas são considerados diferentes dos outros espíritos,
porque são seres vivos que morreram, mas que ainda existem como
entidades no plano astral.
Há diversas categorias de fantasmas. Alguns são as almas das
pessoas que morreram repentinamente em um acidente ou
assassinato e estão presas entre os mundos. Alguns, chamados de
espectros ou aparições, podem ser de alguém que acaba de morrer e
está se despedindo antes de partir para ao lado de lá.
Também existem os poltergeists (“fantasmas barulhentos”), que
fazem sons estranhos e batidas a noite, atiram coisas ou até mesmo
causam ferimentos. Não são de fato “fantasmas”, no sentido de
serem os espíritos de pessoas mortas: o poltergeist é uma
manifestação psicocinética, normalmente causada por uma pessoa
viva que passou ou está passando por algum trauma severo.
Deve-se ter um cuidado muito sério quando se faz necromancia em
excesso. Como já foi dito em outro momento, o contato excessivo
com a morte pode atrair para o mago, seres indesejáveis e acarretar
dois processos chamados possessão e obsessão.
A possessão consiste em uma comunicação e exposição cada vez
maior a um espírito em particular.
Gerina Dunwich descreve em seu livro Guia das Bruxas sobre
Fantasmas e o Sobrenatural, a possessão sendo em três partes
distintas:
A primeira, chamada de Influência Parcial, que é quando a pessoa
se sente compelida a passar a maior parte de seu tempo livre se
comunicando com um espírito de algum modo. Eventualmente o
espírito influencia o médium no modo de agir, em com quem se
comunicar, e daí em diante. O comportamento da pessoa torna-se
cada vez mais peculiar e ela progressivamente se isola da família e
dos amigos de modo que devota mais tempo ao espírito.
O segundo estágio, conhecido como Possessão Parcial, que é o
controle parcial da mente e da fala de uma pessoa por um espírito.
Tipicamente, os sonhos e as emoções da pessoa nesse estado são
afetados e ela começa a ouvir a voz do espírito quando está
acordada e quando está dormindo e começa a temer que o controle
do espírito sobre ela não possa ser interrompido.
O terceiro estágio, o mais grave é a Possessão Total, que precisa
de um exorcismo. As pessoas desafortunadas o bastante para chegar
a este ponto não são mais capazes de funcionar normalmente e são
frequentemente diagnosticadas como vítimas de distúrbios mentais.
Obsessão; o termo obsessão refere-se à condição em que um
espírito, normalmente maligno (ou, em alguns casos, um demônio),
tem uma forte influência sobre a psique de uma pessoa.
É definida no dicionário como “o ato de um demônio ou espírito
maligno acossar uma pessoa ou a impelir a agir de fora”.
Diferentemente da possessão na qual o espirito ou demônio ganha
controle completo do corpo e da psique da vitima, a obsessão
envolve espíritos externos e não deixa a pessoa impotente para
exercitar seu livre-arbítrio.
Também pode ser acompanhado por atividades de poltergeists
quando o espírito faz aparecer certas coisas ao redor da pessoa que
está influenciando.
Nem todos os casos de obsessão levam à possessão propriamente
dita.
Na verdade, poucos o fazem.
Entretanto, é dito que o estado de possessão é sempre precedido
pelo de obsessão.

P o s s e s s ã o Di a b ó li c a e De mo n í a c a
Possessões demoníacas ocorrem quando um demônio possue o corpo
e a mente de uma pessoa viva.
Em casos raros, pessoas mortas e até animais podem ser possuídos.
Embora o fenômeno da possessão demoníaca seja universal, ele não
é tão comum quanto à possessão por espíritos não demoníacos, na
qual um espírito humano ou uma divindade domina o corpo e a
mente de uma pessoa completa ou parcialmente.
Ainda mais incomun é a possessão diabólica, que é quando se está
possuído não por um mero demônio ou espírito maligno, mas pelo
diabo em pessoa segundo os exorcistas católicos romanos.
Acredita-se que quando um demônio possue uma pessoa, ele o faz
gradualmente e somente com seu consentimento.
Nas palavras de Louis Stewart, autor de Life Forces, “para o
exorcista este é o ponto crucial das possessões – é uma escolha
feita livremente”.
Após a possessão ter se estabelecido, a vitima apresentará um ou
mais (e eventualmente todos) sintomas que são similares, se não
idênticos, entre a possessão demoníaca e diabólica; isso inclui
comportamento bizarro e inexplicável, surtos de violência, força
sobre-humana, habilidade de mover objetos físicos por meio de
psicocinese, atividades de poltergeist, capacidade de ler mentes,
falar de trás para frente ou em línguas até então desconhecidas e
uma extrema repugnância em relação a textos, símbolos e ícones
religiosos sagrados da fé cristã.
Diz-se que a aparência facial de um indivíduo possuído
frequentemente torna-se grotescamente distorcida ou anormalmente
suave e o corpo exala um odor asqueroso e pungente que banho
nenhum pode eliminar.
Ele ou ela frequentemente entra e sai de um estado comatoso e
sofre uma tendência a ataques espontâneos de raiva e violência.
É interessante notar que as vitimas de possessão diabólica sempre
foram, historicamente falando, de fé cristã, ou outros cuja crença
no diabo (com a possessão diabólica) aparentemente os deixou
psicologicamente receptivos a esse tipo de sugestão.
Na verdade em momento nenhum durante minha pesquisa (da
autora) do assunto pude encontrar historias de casos documentados
ou outras evidências que possam provar suficientemente o
contrário.
Por que será, então, supondo que o diabo exista de fato e os
sintomas de possessão diabólica não possam ser atribuídos a
doenças mentais ou auto-sugestão por parte da vítima, que o diabo
parece nunca possuir ou aparecer para ateus e outros (bruxos e neo-
pagãos) que acreditam que ele não seja mais que uma criatura
mitológica e fruto de imaginações hiperativas? Será que
simplesmente a mente humana é, às vezes, capaz de tornar real o
objeto de seus medos – seja real ou imaginário, como no caso do
diabo? Eu acredito que sim. Que outra explicação pode haver para
o fato de que tantas, se não todas as visões de Jesus Cristo, da
Virgem Maria e outros arquétipos cristãos (incluindo Satã) são
experimentadas por aqueles que acreditavam anteriormente na sua
existência e poder? Aparentemente, não existem registros de
possessão diabólica antes do advento do cristianismo.
Entretanto, na idade média, quase todas as pessoas que sofriam
ataques epiléticos ou exibiam sintomas de doenças mentais eram
considerados possuídas pelo diabo ou um dos seus lacaios.
Essas pessoas eram frequentemente confinadas em masmorras,
torturadas, sujeitas a exorcismos e até mortas. Felizmente,
conforme a ciência médica progredia e médicos começaram a
reconhecer e aprender como tratar de certas condições físicas e
mentais anteriormente consideradas sinais do trabalho do diabo, os
casos de possessão demoníaca e diabólica tornaram-se cada vez
mais raros.

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