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Projetar a Rede de Esgotos para uma cidade hipotética conforme cotas e arruamento
fornecido, de acordo com a ABNT, Norma NBR 9649, e segundo os dados apresentados.
2 DADOS DE PROJETOS
3 MEMORIAL DE CALCULO
A vazão máxima inicial de esgoto doméstico (Qdi) pode ser calculada pela expressão.
C x ai x di x q
Qdi K 2
86400
A vazão máxima final de esgoto doméstico (Qdf) pode ser calculada pela expressão.
C x af x df x q
Qdf K 1K 2
86400
C = coeficiente de retorno;
ai; af= área a ser esgotada inicial e final, ha;
di: df = densidade populacional inicia e final, hab/ha;
qi ; qf = consumo de água efetivo per capita inicial e final, l/hab. dia.
Qdi K 2
C x ai x di x q
Qdi 1,5
0,8 x 95,71 x 150 x 170 Qdi tantos L/s
86400 86400
Qdf
Txi
Qdi
T inf Txi f T inf
Li Lf
Qdi Qdf
Txi T inf Txi f T inf
Li Lf
É importante destacar que a vazão singular de projeto inicial e a final são equivalentes neste
caso.
Moradores x qe 180 x 200
Qp2 Qp2
86400 86400
Qp2i Qp2f 0,417 L/s
Pi x qe 200 x 70
Qp3 Qp3i
86400 86400
Pf x qe 320 x 70
Qp3f Qp3f
86400 86400
Pi x qe 1100 x 50
Qp4 Qp4i
86400 86400
Pf x qe 1400 x 50
Qp4f Qp4f
86400 86400
- transportar as vazões esperadas, máximas (caso das vazões de fim de plano Qf), e mínimas
(que são as de início de plano Qi);
- máxima altura da lâmina d’água para garantia do escoamento livre, fixada por norma em
75% do diâmetro, para as redes coletoras;
- mínima vazão a considerar nos cálculos hidráulicos, fixada em 1,5 L/s ou 0,0015 m3/s.
a) O cálculo do diâmetro
Os coletores são projetados para trabalhar, no máximo, com uma lâmina de água igual
a 0,75do, destinando-se a parte superior dos condutos à ventilação do sistema e às imprevisões
e flutuações excepcionais de nível.
A equação, de Manning com n=0,013 permite o cálculo do diâmetro para satisfazer a
máxima vazão esperada (Qf) que atende ao limite y = 0,75 do. A expressão para se determinar
esse diâmetro é a seguinte:
3/8
Qf
d o 0,3145 1 / 2
Io
Nessa expressão deve-se entrar com a vazão em (m3/s), resultando o diâmetro em (m),
ajustado para o diâmetro comercial (DN) mais próximo (em geral, adota-se o valor
imediatamente acima do calculado).
A NBR 9649 (NB 567) de 1986 da ABNT admite o diâmetro mínimo DN 100.
A Tabela 3.2. (a) relaciona os valores de n para diferentes tipos de tubos.
b) Profundidade
Recomenda-se como profundidade mínima 1,5 m (em relação à geratriz inferior dos
tubos), para possibilitar as ligações prediais e proteger os tubos contra cargas externas.
Todavia esse valor deve ser considerado apenas nos trechos de situação desfavorável.
A profundidade ótima, geralmente, está compreendida entre 1,8 e 2,5 m para facilitar o
esgotamento dos prédios e evitar interferências dos coletores prediais com outras
canalizações.
A NBR 09649 (NB 567)/ 1986 permite, para situações excepcionais, por exemplo ruas
periféricas com baixo trânsito de veículos, recobrimento mínimo (em relação à geratriz
superior dos tubos) de 0,90m, para assentamento no leito da via e de 0,65 m, quando no
passeio.
A norma brasileira citada acima estabelece que quando a velocidade final (vf),
verificada no alcance do plano, é superior a velocidade crítica (vc), a lâmina de água máxima
deve ser reduzida para 0,5do, sendo vc = 6(gRH)1/2, onde g = aceleração da gravidade e RH =
raio hidráulico de final do plano. Isso decorre da possibilidade de emulsão de ar no líquido,
aumentando a área molhada no conduto.
A norma estabelece também que a declividade máxima admissível é aquela que
corresponde à velocidade final (vf) de 5 m/s. A razão disso é evitar a erosão da tubulação, que
no entanto não tem sido observada em instalações em que ocorrem velocidades bem maiores.
d) Tensão trativa
A disposição normativa é que cada trecho de canalização deve ser verificado, para que
a tensão trativa média t seja igual ou superior a 1Pa, para coeficiente de Manning n = 0,013.
A declividade mínima que satisfaz essa condição é expressa por Io mín 0,0055Qi0, 47 , onde Qi
é vazão de jusante do trecho no início do plano, em L/s e Iomín em m/m.
e) Vazão mínima
A norma recomenda que, em qualquer trecho, o menor valor de vazão a ser utilizado
nos cálculos é 1,5 L/s.
f) Materiais
As manilhas cerâmicas podem ser consideradas o material usual para redes de esgoto
sanitário.
Outros materiais comumente empregados são: tubo de concreto, de cimento amianto,
de ferro fundido, de PVC, de fibra de vidro, etc.
Os materiais à base de cimento são menos resistentes aos despejos agressivos (resíduos
industriais e líquidos em estado séptico).
Os tubos de ferro fundido somente são aplicados em situações especiais (trechos de
pequeno recobrimento, trechos de velocidade excessiva, travessias, etc.)
Os tubos de PVC são os mais recomendáveis quando o nível de lençol freático é alto
(beira-mar).
F peso( . A.L)
= peso específico (N/m3)
T = componente tangencial
T F.sen
A = área molhada
t tensão trativa
T Fsen A.L.sen
t .RH .sen
P.L P.L P.L
Essa tensão é um valor médio das tensões trativas no perímetro molhado da seção
transversal considerada.
O estudo e a conceituação da tensão trativa vem se desenvolvendo desde o século XIX,
para a solução de problemas de hidráulica fluvial e de canais sem revestimento. Muitos
pesquisadores se aprofundaram na quantificação de valores levando em conta as muitas
variáveis envolvidas, apoiando-se em numerosos resultados experimentais, buscando definir
as fronteiras entre as regiões de repouso e de movimento das partículas. As pesquisas
realizadas indicam em sua maioria que, no caso de coletores de esgoto, os valores da tensão
trativa crítica para promover a auto-limpeza , se situam entre 1Pa e 2Pa.
Em São Paulo, a Sabesp, responsável estadual pelo saneamento básico, desenvolveu
estudos e experiências desde 1980 e, através de norma interna de 1983, passou a utilizar o
critério da tração trativa para a determinação da declividade mínima, adotando o valor de
t 1Pa . Estudos posteriores constataram que esse limite é desfavorável à formação de
sulfetos em canalizações com diâmetros maiores que DN 300, sulfetos esses responsáveis
pela formação de ácido sulfúrico junto à geratriz superior dos tubos, causando a deterioração
de materiais não imunes à ação desse ácido.
O eng. Miguel Zwi traçou em papel bi-logarítmico as curvas “lugar geométrico” de
t 1Pa no plano vazão X declividade, a partir de relações geométricas e trigonométricas
simples, associadas às fórmulas de Manning e da continuidade. O resultado foi um feixe de
curvas de fraca curvatura, relativas aos diâmetros usuais, que substituídas por uma única reta,
resultou na seguinte equação, para n = 0,013;
h) Velocidade crítica
B vc ( gRH ) 1 / 2 6
vc 6( gRH )1 / 2
vc = velocidade crítica em m/s
RH = raio hidráulico em m
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s2)