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Projeto parcial

Tema: Conciliação

Introdução

Desde o início da história da humanidade procurou-se meios de soluções dos


conflitos, com o objetivo de amoldar à sociedade de acordo com as mudanças sofridas
por esta, ao longo da história. No decorrer desta busca existiram vários métodos desde
os mais simples até o atual processo judicial, entretanto, brotou um empenho da
sociedade ir ao encontro de soluções mais rápidas e eficazes, ressurgindo assim a
composição pelas vias alternativas.

[CITAÇÃO DIRETA] O judiciário brasileiro trabalha como no tempo passado em


situações processuais, buscando todos os esforços legais para voltar ao “status quo
ante”, (NALINI, 2008, p.211).

[CITAÇÃO DIRETA] Diante do grande congestionamento de processos judiciais,


conforme publicação do CNJ de junho de 2015 (BRASIL, 2015, p.1), devido a sua
morosidade na busca de soluções de litígios, que culmina em muitos casos com a morte
das partes antes mesmo destas receberem a solução de suas demanda, evidencia uma
crise na efetividade do poder judiciário.

Dentre os meios alternativos de autocomposição que são: a mediação,


conciliação e a negociação. Esses meios possibilitam as partes chegarem a um acordo
espontaneamente. São amparadas pela Resolução 125/10, do CNJ. [que instituiu a
política nacional de solução de conflitos. Com a criação dos Juizados de Pequenas
Causas e da Ação Coletiva, o movimento pela maior instrumentalidade substancial do
Direito Processual e a criação de uma semana nacional anual de conciliação em todo o
país. A conciliação começou a ser vista não como uma prática de exceção, mas como
um mecanismo que deve fazer parte da rotina dos tribunais brasileiros, por meio da
implantação de Centros Judiciários de Solução de Conflitos e de Cidadania (Cejusc),
determinada pelo ato normativo. Com o Cejusc, qualquer cidadão que queira conciliar
pode, em qualquer tempo, fazer o acordo.] e O Novo Código de Processo Civil (NCPC
– Lei 13.105/2015), em vigor, traz em sua seção V, Dos Conciliadores e Mediadores
Judiciais, e define as regras para a criação de centros judiciais de solução consensual de
conflitos, nos artigos 165 a 175.
Para Amauri Mascaro Nascimento a autocomposição: “é a técnica segundo a
qual o conflito é solucionado por ato das próprias partes, sem emprego de violência,
mediante ajuste de vontades. Na autocomposição, um dos litigantes ou ambos
consentem no sacrifício do próprio interesse...”

Essa técnica, a conciliação, o conciliador tenta fazer com que as partes evitem
um possível ingresso na justiça, ou ainda desistam da jurisdição, buscando um acordo
para ambos, sem a necessidade de dar continuidade à demanda judicial que é
apresentada (TAVARES, 2002, p.42-43). A conciliação ocorre a partir de um terceiro
interventor atuando como elo de ligação entre as partes, com a finalidade de levar a um
entendimento, identificando a causa e uma possível solução. Apaziguando as questões,
interferindo se necessários nos conceitos e interpretações dos fatos, para a redação de
um acordo possível e exequível (TAVARES, 2002, p.43).

É aplicada por um profissional imparcial e neutro ao conflito, através da escuta


ativa, intervém com o objetivo de auxiliar a busca por um acordo, expondo as vantagens
e desvantagens de conciliar e ainda propõe soluções alternativas (TARTUCE, 2008,
p.67- 68). O que corrobora o conceito de conciliação na citação de Watanabe, Kazuo
apud Tartuce (2008, p. 58): “na conciliação um terceiro interfere um pouco mais ao
tentar apaziguar as partes, podendo sugerir algumas soluções para o conflito”. O
conciliador auxilia na formação do acordo, com sugestões para a resolução (MARTINS,
2002, p.73-76). A conciliação se ajusta para resolver questões circunstanciais. Sendo a
voluntariedade das partes e a questão de interesse em resolver o conflito, característica
alternativa de solução autocompositiva (BACELLAR, 2003, p.231).

Delimitação temática: A conciliação na Justiça do Trabalho

A conciliação por entendimento e obrigação tanto constitucional quanto


infraconstitucional, impõe o dever de ser a primeira tentativa de solução dos litígios,
sendo infrutífera a composição, e só após a realização dessa tentativa, passa-se para a
fase de instrução e julgamento.

De acordo com o artigo 846 da CLT:

Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.


Ou seja, primeiro momento ocorre logo na abertura da audiência, e o segundo
momento quando já foram aduzidas as razões final sendo este ato indispensável, sob
pena de gerar nulidade do julgado (MARTINS, 2002, p.74) e de acordo com o artigo
850 da CLT:

Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em


prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz
ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta,
será proferida a decisão.

Nesta fase, o Juiz que preside a audiência, esclarece às partes as vantagens de


uma conciliação e as consequências caso não haja acordo. O Juiz usa de meios de
persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência, de
acordo com a Lei 9757/2000, artigo 852-E, acrescentado na CLT:

Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as


vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a
solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. (Incluído pela
Lei nº 9.957, de 2000)

A não tentativa do magistrado, desse dever indeclinável incumbido a ele, ocorre


em pena de nulidade, conforme as hipóteses elencadas pela Consolidação das leis
trabalhistas, relativos aos litígios e direitos trabalhistas.
Justifcativa
Justificativa
Justificativa Social
Justificativa acadêmica
Problema
Referencias

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