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(1) Depois do nascimento de Omolu, Nanan teve dois filhos gêmeos.

Um deles é Oxumaré; o
outro é Euá. De acordo com a maldição que caiu sobre Nanan, Oxumaré se tornou a serpente do
arco-íris, ficando com todas as cores; para Euá restou o branco e por isso ela ficou governando a
chuva que provoca as enchentes e a lua cheia que fz com que as chuvas sejam mais fortes. Mas
ela ficou livre da maldição e, por isso, é o Orixá da beleza e da alegria.

(2) Conta-se uma lenda, que Yewá era esposa de Omulu, e era esteril, não podendo conceder um
filho ao seu grande amado, sofrendo muito por isso.

Em uma bela tarde, a dona dos horizontes, estava-se a deleitar as margens de um rio,
juntamente com suas serviçais que lavavam vários Alás (panos brancos). Derepente, surge de
dentro da floresta a figura de uma pessoa, que corria muito e muito assustado.

- Como ousas enterromper o deleite da mulher de Omulu, quem es você ? - indagou Yewá, sobre
a irreverencia do rapaz.

- Ewa ! não era minha intenção interromper tão sagrado ato, oh esposa de Omulu ! Porém Ikú (a
morte), persegue-me a vários dias e preciso escapar dela, pois tenho ainda um grande destino a
seguir. Peço sua ajuda Yewá, peço que me escondas para que Ikú não me pegue ?!

- Gostei de você e vou ajuda-lo, esconda-se sobre os Alás que minhas serviçais estão a lavar, e eu
despistarei Ikú de seu caminho.

E assim foi feito, o jovem rapaz pos a se esconder sobre os panos brancos e a se esconder de Ikú.
Alguns minutos se passaram, e eis que aparece Ikú. A morte !
- Como ousas adentrar aos dominios de minha morada, quem es tú ? Pergunta Ewa com ar de
indignada.

- Sou Ikú, e entro onde as pessoas menos esperam, entro e carrego comigo, dezenas, centenas e
até milhares de pessoas ! Porém hoje estou a procurar um jovem rapaz, que esta a me escapar a
dias, você o viu passar por aqui ? Perguntou Ikú para Yewá.

- Eu o vi sim Ikú, ele foi naquela direção. - Ewa apontava para um direção totalmente oposta ao
das suas aldeãs, que estavam a esconder o jovem rapaz.

Ikú agradeceu e seguiu pelo caminho indicado. Sendo assim, o rapaz pode se desvazer de seu
escoderijo e agradeceu Yewá.

- Ewa, agradeço sua ajuda, terei tempo agora, de proceguir meu caminho. Sou um grande
adivinho, e em sinal de minha gratidão, apartir de hoje presenteio-lhe com o dom da
adivinhação.

- Ewa, agradeceu o presente dado pelo rapaz, que já havia se virado par ir embora, quando
retornou e falou a Yewá.

- Sim eu sei, você não pode ter filhos, pois lhe dou isso também, apartir de hoje poderá ter filhos
e alegrar ao seu marido. Então Yewá, agradeceu novamente muito contente e perguntou ao
jovem rapaz.

- Qual é seu nome ?

E o rapaz respondeu...

- Meu nome é Ifá !


(3) Ewá era uma linda mulher que morava num reino distante de ifé. Com seu jeito de princesa,
causava admiração por onde passava. Vivia as margens de um rio e podia invocar as forças dos
ventos e das chuvas para favorecer as colheitas. Um dia, quando se banhava no rio, um arco-íris
se formou diante dela. A imensidão da luz impressionou ewá, a qual sentiu que alguém a
protegia e envolvia. Correu para contar aos outros habitantes da região o que presenciara, mas,
assim que deixou a água, olhou para trás e viu que o arco-íris desaparecera, restando apenas
algumas moedas no local. No outro dia, a cena se repetiu. Ela seguiu então em direção ao rio
para ver onde terminava o arco-íris. Nadou por três dias o três noites, ate chegar à outra ponta.
Lá havia uma coroa de ouro, que ewá, cheia da curiosidade, tomou nas mãos. Então oxumaré, o
orixá da riqueza, apareceu diante dela, dizendo-se encantado com sua beleza. Ewá se apaixonou
pelo deus e pediu-lhe que a transformasse numa orixá. Assim transformou-se numa cobra,
vivendo para sempre com oxumaré.

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