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Entendendo o Orí
Quando nascemos, o Orí (cabeça), é o primeiro òrìsà que recebemos, é quando tomamos nosso
primeiro banho de sangue, nele trazemos as impressões que estão gravadas no inconsciente, a nossa
origem no universo.
Este Orí está ligado ao Orí òrun pelo nosso Iponri, ele é fonte da inteligência para a sobrevivência no
ayé (Terra) e dele (Orí), geramos toda a força propulsora que nos conduz em nossa jornada não
somente para a vida em si, mas também na saúde, prosperidade e equilíbrio. Nosso Orí está
diretamente ligado ao Orí òrun, portanto ele conhece nosso destino e desta forma nos conduzirá na
passagem do mundo físico para o mundo espiritual e vice e versa.
Assim, Orí = Origem do ser, está ligado ao òrun e ao mesmo tempo ligado a Terra (ayé), sobrevivendo
após a morte para transmutar a morte física para a vida do espírito e desta forma guardando em sua
memória as marcas de sua origem.
“O pensamento provoca a ação e a ação provoca a reação” e todos os frutos colhidos serão a resposta
de nossa conduta, de nosso equilíbrio tanto mental como emocional. Isto quer dizer que podemos ter
um bom Orí, que saudaremos Olorí rẹ e para aqueles com um mau Orí diremos Olorí Burúkú, aquele
que tem cabeça ruim.
Olódùmarè, nosso Deus maior nos deu a vida e a liberdade de buscar a perfeição espiritual, deixando
conosco a sabedoria arbitral, a qual somente poderá ser compreendida com um bom Orí, assim diz o
Oríkì:
Um bom Orí é aquele que está sempre alerta, sempre sacrificando, sempre buscando evolução,
sempre melhorando seu caráter e suas maneiras.
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29/05/2022 11:53 Entendendo o Orí | Candomblé
as forças que se formam contra o bem da humanidade. São estas forças que conduziram a sustentação
do planeta vivo.
Neste processo tão poderoso, aquele que for iniciado em seu Culto estará agregando a si uma
permissão para obtenção de um poder muito maior perante Olódùnmarè, assim existindo a
necessidade por parte dos Sacerdotes, conhecedores plenos da extensão deste mesmo poder, avaliar o
candidato com muita clareza e assim permitindo ou não esta iniciação.
Nem todos estão habilitados a carregarem em seu Orí, esta força que liga o ser com o sagrado. Seus
Sacerdotes, apoiados nos conhecimentos milenares, carregados por uma cultura de tradições em
botânica, mineralogia e zoologia conseguem unir os elementos da natureza à energia vital de cada
indivíduo procurando o equilíbrio entre as forças espirituais e materiais de cada um, esta união da
ciência com o mundo espiritual precisa de mentes sãs.
No momento da iniciação o destino vivido por esta pessoa até então, estará sendo limpo e enterrado,
dela serão retiradas todas as forças contrárias e haverá uma mudança no trajeto até então vivenciado,
fazendo com que seu Orí encontre o destino do momento de sua concepção, apagando as
imperfeições consequentes de sua vida refletida pela sociedade onde nasceu, cresceu e vive para
reencontrar a sua origem perfeita.
Mas para que esta força de fato venha adentrar em seu Orí e passe a fazer parte de sua existência
estes novos filhos deverão procurar além de cumprir leis, entender e estudar o sentido desta filosofia
para que a magia desta iniciação prevaleça neste Orí, sendo ela independente de seu òrìsà guardião.
Ifá é um Culto Tradicional considerado a fonte de todas as outras formas de adoração. É um livro de
orientação, um roteiro, que trata você como indivíduo único e através do qual receberá suas regras de
conduta pessoais Eéwò (tabus) de acordo com sua origem ancestral, leis estas que irão levá-lo a
obtenção da realização de sua felicidade de acordo com sua própria história e missão.
Aqui não pode haver a alimentação de sonhos que não fazem parte de seu destino, mas a leitura
daquilo que você sempre foi, desde os primórdios e a busca de seu aprimoramento através das
soluções apresentadas nos jogos divinatórios de Ifá.
Assim em nada se parece a qualquer religião, associações ou fraternidades que existem, onde todos
são tratados como massa independendo da inteligência e onde seu Eu Interior não é respeitado.
Ire Bàbá.
59 Respostas
Bom dia!
Belo texto! Li certa vez, que Ajalá confecciona as cabeça (ori), no orun, mas as vezes se
descuida e faz cabeças ruins e as pessoas pegam essas cabeças, então algumas pessoas escolhem
um mal destino pra si. Então, o erro já vem do mundo transcendental? Ou essa assertiva carece de
uma interpretação?
Um abraço.
uma vez ouvi rumores que existe pessoas com orí meji “dois em um “por exemplo
e no caso do orí ruin olorí búrukú
a pessoa não tem cupa né ou consequentemente ela paga por atos que ela nem sabe por quais
motivos cometem?
motumbá
neto de logun
Ire
Irfe
Ire
Ire
Então é por isso, no caso de ori buruku, que existem pessoas que nada dá certo pra elas,
nem no universo sentimental, profissional e tudo mais?!
São pessoas que costumamos dizer: Enguiçadas, atrapalham até os outros!
Um abraço.
Ire
Ire
Ire
Este é um blog sobre Candomblé com uma riqueza de informações. Não estou necessariamente
endossando tudo escrito aqui, mas representa muitas perspectivas que vão, no mínimo, expandir
o seu pensamento.
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ire
Ire
ire
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Ire
Ire
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29/05/2022 11:53 Entendendo o Orí | Candomblé
Ire
Posso acrescentar uma coisa? Achei curioso por que tenho vivido esse dilema no meu Ilê.
Exageros à parte (por que existem, sem dúvida!), fico tão,mas tão triste quando um Abian pensa
que:
ORIXÁ CASTIGA, NÃO ME DÁ NADA, como se fosse uma entidade extra, um santo católico, um
espírito implacável… Orixá é parte da porção divina que Olodumaré usa em nosso espírito, nós
somos o Orixá em si e parte do Orixá como um todo, tanto quanto uma labareda é Exu, é Oiá, é
Xangô, mas é muito mais que isso, ou como a terra é Obaluaiê, mas Obaluaiê é muito mais que
isso, as nuvens são Oxalá, mas Oxalá é muito mais que isso. Se “O Orixá está castigando”,as
atitudes do filho de santo é que vão contra a naturalidade da sua essência.
NÃO GOSTO DA PESSOA, VOU LARGAR MINHA ESPIRITUALIDADE, como se essa pessoa
fosse a dona da sua espiritualidade e sua fé dependesse da aprovação dos outros ou de uma
pessoa específica. Como se fosse possível fugir das pessoas que nossa energia não é exatamente
simpática. Para mim, o nome disso é medo.
Dentre outras…
Orixá representa uma mudança de paradigmas na vida, um renascimento, uma nova forma de ver
o mundo e as relações. Se precisa de provas para a sua fé, não faça sua iniciação, pois,como toda
religião, fé é indispensável.
Muito obrigado, Diego, pela oportunidade de me expressar, e muito obrigado Baba Da Ilha,pelo
ensinamento, tão perfeito nesse momento!
Motumbá
Hummmmmmmmmmmmmmmm.
Ire
Da Ilha disse:
“…A questão ainda assim é muito mais profunda e carece de estudos mais largos…”
Orí pertence ao conceito de Noção de Pessoa, tema quase desconhecido no Brasil. Explicar Orí
sem o ranço dos vícios acadêmicos é o grande desafio.
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Valeu a iniciativa.
Ire
Ire
Não é verdade, na minha casa tem alguns Ori meji e não há problema algum. (Invenções)
Axé.
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29/05/2022 11:53 Entendendo o Orí | Candomblé
Olá Silvia,
Além disso, o período do final do inverno e o começo da primavera no hemisfério norte tem um
simbolismo imenso aos povos europeus, lembrando que o cristianismo é uma religião de origem
Árabe, mas foi forjada na Europa, mais precisamente em Roma.
Esse simbolismo baseava-se na movimentação da natureza que despertava com as sutis variações
climáticas e no despertar da natureza para a primavera. Até mesmo para os mais céticos, a
quaresma e a páscoa em si teriam algum significado.
A própria data, segundo as normas judaicas que foram adotadas por Roma e, por consequência,
por todas as religiões Cristãs, é baseada no movimento lunar (a Páscoa é o primeiro domingo
depois a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera (lembre-se: do hemisfério norte).
O período da Quaresma é marcado pela escasses das reservas de alimentos armazenados para o
inverno, pelo surgimento de surtos de doenças pela variação climática e a debilidade de muitos
indivíduos, feras famintas despertando se suas hibernações, enfim, uma época de resguardo e
perigos.
Muitas entidades de Umbanda utilizam o período de Quaresma por conta desse fluxo energético
de renascimento que é considerado espiritual, mas é bastante físico e biológico para convencer
qualquer cético.
Ainda assim, a meu ver, nada que demande uma pausa nos trabalhos espirituais da Umbanda,
ainda mais do Candomblé e sobretudo do Culto Africano, até por que sua origem é no hemisfério
sul, aonde todas essas informações seriam inversas.
Curioso, não?
Motumbá!
O que nos leva a fazer qualquer coisa dentro da nossa religião, é a confiança no zelador, na
casa e nos seus filhos. Ter boas informações a respeito da Casa e o dia a dia do terreiro. Frequente
em primeiro lugar, observe, participe, saiba que o tempo do Orixá é bem diferente do nosso, Orixá
espera até você não ter mais dúvidas.
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29/05/2022 11:53 Entendendo o Orí | Candomblé
Axé.
Em fundamento não tem, mas, certamente no carrego de uma filha de Oyá Oníra
aparecerá um Omolú.
Mutunbaxé.
Axé.
Axé.
Resposta apagada pois por algum erro meu publiquei no seu post.
Não problema algum em trabalhar com madeira, se saiu no jogo que vc não deve carregar sobre
seu ori, então evite faze-lo, mas trabalhar com a madeira sem problema algum.
Axé.
No caso de um Ori Meji, o yawo iniciado deve ter dois mokãs, dois kelês?
Imagino que isso varie de barracão pra barracão, mas gostaria de saber como um Yawo meji é feito
no barracão de vocês.
Ire alaafia
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29/05/2022 11:53 Entendendo o Orí | Candomblé
Ori meji, é mesma energia que se divide em dois caminhos, e, na iniciação somente uma energia
preponderará,apenas isso, portanto por uma energia o iyawo somente usará um kelê.
Obs: Orixás distintos não dividem cabeça, o ori permite somente uma energia para iniciação.
Axé.
Você já fez o ebó para tirar a mão da falecida zeladora? Caso não tenha feito, providencia
imediatamente.
Axé.
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