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Falange dos Caveiras

Ela é uma das falanges de exus mais emblemáticas e cheia de mistérios em


volta. A falange dos caveiras veio a surgir na macumba carioca e
posteriormente se acoplou na umbanda.
Essa falange trabalha principalmente na linha das almas, ou seja está ligada
intensamente com os cemitérios/kalungas pequenas tendo seu domínio
principalmente nesses locais, estão muito ligados na vida e na morte.
São exus que um humor, muito variado enquanto que temos um exu bem
humorado, que conversam, também temos aqueles que são mais sérios, mas o
mais mal humorado pode se tornar mais humorado e o mais humorado pode
se tornar mais sério, dependendo da situação.
Seus conselhos são frios, por assim dizer, ele apenas fala o que as coisas
realmente são, sem exagero, com quantos detalhes forem necessários, sem
mais nem menos.
As vestimentas dos exus dessa falange, varia de entidade para entidade, mas
é bastante comum eles estarem usando capas com capuz com cores mais
escuras, como preto, branco ou roxo, dificilmente se encontra um exu dessa
falange utilizando vermelho, também pode se vê eles utilizando chapéus,
cartolas ou somente uma capa sem capuz, também que pode se ver esses
exus utilizando bengalas.
Podemos ver esses exus utilizando adereços como terra comum, terra de
cemitério, sal grosso, réplicas de caveiras, réplicas de ossos, caldeirões e
pedras características de exu.
Suas bebidas, normalmente são bebidas mais fortes como aguardente,
cachaça, conhaque, whisky. Seus fumos, eles dão preferência para charutos.

Exu Caveira - Regências


A regência dessa falange se dá principalmente, para 4 orixás diferentes, e
esses orixás estão ligados aos mistérios da vida e da morte, vejamos abaixo:

● Omulú: porque ele é o orixá que guarda o mistério do fim da vida a morte,
a morte não de uma forma negativa, mas sim como um fim de um ciclo
que contém começo, meio e fim, e Omulú rege o fim desse ciclo.

● Obaluaê: porque ele rege a evolução do ser encarnado, a evolução


espiritual, essa evolução só se dá com a vivência na terra, e isso significa
passar pela infância, adolescência e a velhice. Para se chegar ao fim do
ciclo é necessário passar pelo início, e Obaluaê rege o início.

● Iemanjá: já Iemanjá significa o oposto de Omulú, enquanto Omulú


representa a morte, Iemanjá representa a vida através do nascimento,
então liga essa existe essa ligação.
● Nanã Buruquê: na mitologia Iorubá, Nanã através de seu Ibiri, tirou todo
o barro dos lagos, dos pântanos e assim se deu origem da matéria
humana, e ela também tem o controle de todos os eguns(espíritos), e
toda essa contextualização iremos vê que é dela, que vem esse domínio
sobre as almas que a falange dos caveiras tem.

E vejam que esses quatro orixás dominam o processo da existência em


Iemanjá, a vivência e evolução com Obaluaê e a sabedoria de Nanã Buruquê,
para finalmente chegar ao fim do ciclo em Omulú. E desta forma nós podemos
recomeçar numa jornada reencarnatória, por isso a falange dos caveiras é
concentrada nesses quatro orixás.
Depois vem a refatoração nos orixás, entre outros aspectos que determinam
nossa espiritualidade.

Exu Caveira - O Nome


Caveira ao contrário do que muitos pensam não significa morte, quer dizer
não só isso. Significa o começo e o fim, dos ossos que vimos desde do ventre,
onde marca o início da vida, e essa vida passa por toda uma evolução, e no
fim de tudo dos ossos vamos embora, voltando ao nosso estado original com
todo processo de decomposição. Se remete até o adágio bíblico aonde fala
que do pó viemos, e do pó retornaremos.

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