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“... Não Há Òrìñà que possa levar a gente ao infinito
há não ser o nosso Orí...”
- Ditado Yorùbá
- Ditado Hindu
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ORIGEM DO JOGO DE BÚZIOS
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Os instrumentos usados no oráculo de Ifá, de onde se originou o jogo de búzios são:
Ifá era em sua prática, somente permitido aos homens, sendo o jogo de búzios em sua
origem, destinado as mulheres, filhas de Ûñun e nascidas no odù Ogbè Méjì, tornando-
se assim, Apîtîbí de Ifá “esposa de Ifá”. Este fato se deve , por ser Ûñun, mãe de
Àñëtúwá , personagem místico, o qual os Odùs Ûñï & Òtúrá fizeram nascer; sendo
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extremamente ligado a Èñù (por ser Ûñïòtúrá, o único Odù capaz de levar as oferendas
até Olódùmarè, por intermédio de Èñù (para maiores detalhes, leia a apostila: “Orixás
Africanos” da Leqashy Escola de Magia.
Esta é uma parte resumida, da origem histórica do jogo de búzios. Uma forma de
oráculo, destinado somente as mulheres dentro da tradição do Ifá. No Brasil por terem
sido mulheres as grandes fundadoras do culto aos Òrìñà, o jogo de búzios se difundiu
indiscriminadamente, sendo tanto homens, como mulheres dos mais variados Òrìñà,
jogarem búzios.
Isto não é errado, somente uma distorção do culto de origem, causada pela forma como
o culto aos Òrìñà chegou ao Brasil.
ATRAVÉS DA ESCRAVIDÃO!
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LUZ E TREVAS NOS BÚZIOS
A maioria das pessoas que já possuem algum conhecimento sobre o jogo de búzios,
costumam contar as “caídas” dos Odù pela quantidade de búzios que caem “abertos”
e “fechados”; esta forma é uma variação do sistema original do Ifá em luz e trevas.
Por isso o método mais coerente de se analisar os Odù quando “aparecem” no jogo é
seguinte:
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Búzio “Aberto – Luz”, Abertura Natural.
Portanto, através deste sistema conta-se a quantidade de “luzes” que existem em uma
determinada caída; ou seja , a quantidade de búzios que caíram com a abertura natural
para cima.
Para podermos entender melhor estas ideias, vamos mesmo que superficialmente,
conhecer um pouco da mitologia Iorubá em sentido, relacionado ao processo de criação
do cosmos.
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Obs.: Òrìñà ou Òòñà, são as divindades Yorùbá, tais como Èñù, Ògún, Ûñýsì. Ûñun,
Ìyàmì Òñòròngá, Ñàngó, Ògìyán e Òñùmàrè entre outros.
O que devemos perceber, é o fato de que tanto o Àbá, quanto o Àñë, tem que estarem
sempre juntos, para que a existência individualizada, possa fluir , separar-se , mesmo
que momentaneamente do Ìwá (matriz existencial genérica).
dia 1 (Öjý Ûrúnmìlà e Èñù), dia 2 (Öjý Ògún), dia 3 (Öjý D’Jakutá) e dia 4 (Öjý
Öbàtálá - título de Òrìñà’nlá), surgindo os conceitos de Ofú (luz) e Osa (trevas),
respectivamente, símbolos das manifestações de Ìwá , Àñë e Àbá.
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Ofú: Símbolo masculino utilizado no Öpön Ifá, representante do poder de expansão
universal.
Tenho certeza de estar revelando ao grande público pela primeira vez, estas
informações. Como iniciado e como estudioso do assunto, sei que ninguém nunca
comentou em público os odù desta forma, sendo está a chave que faz “a diferença” na
hora de fazer qualquer ritualidade.
Exemplo:
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Portanto ao quinto dia, repetição do primeiro, é que terminava a semana.
Este detalhe é importante para a localização dos elementos nas Önifá (Caminho de Ifá).
Como o amigo leitor deve ter percebido, para uma pessoa acostumada ao lidar com as
Önifá ( signos visuais de Ifá ), não se torna necessário a escrita do quinto dia, já que
ela própria é uma repetição do primeiro dia. Na verdade, a escrita de “quatro andares”
das Önifá, sempre ajudou a preservar o Awo (segredo) da leitura correta. Veremos
quando analisarmos outros detalhes, que todo o desenvolvimento de Ifá, se baseia entre
outras coisas, nas classificações dos elementos característicos de cada Odù.
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Portanto sob este raciocínio, podemos afirmar que a Önifá do Odù Ûbàrà representa os
seguintes elementos em sua constituição:
Um detalhe é que a terra do terceiro dia da criação em Ûbàrà, possui uma Natureza
diferente da terra do segundo dia! pois estes elementos estão relacionados as “Quatro
Almas Yorùbá”:
Îmí: (Ar) Hálito vital, da primeira respiração ao último suspiro, rege a inteligência e
a vitalidade.
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PORQUE SÃO 21 BÚZIOS
Existe uma quantidade imensa de Odù , podendo chegar até 65.536 Odùs. No jogo de
búzios utilizam-se apenas os 16 Bàbá Odùs (Odùs “pais” ) ou como são chamados
mais tradicionalmente : Odù Méjì (duplos).
A ordem em que eles se apresentam pode variar bastante em cada região do continente
africano e principalmente de país para país, no entanto em sua forma mais tradicional
(de acordo com a tradição da cidade de Ilé Ifî, local de origem de toda a cultura
Yorùbá), possui a seguinte forma:
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Ordem de Ifá de Ilé Ifî:
1. Ogbè Méjì
3. Ìwòrì Méjì
4. Ìdin Méjì
5. Ûbàrà Méjì
8. Ûwýnrín Méjì
9. Ògúndá Méjì
11.Ìrëtî Méjì
13.Òtúrúpûn Méjì
14.Ìká Méjì
15.Ûñï Méjì
16.Òfún Méjì
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• Na verdade, isto depende muito mais da técnica e do conhecimento de quem
joga, podendo-se chegar até 256 Odùs no mínimo.
“ ... Toda sacerdotisa, no momento de ser iniciada, receberá dois tipos de vasilhas_
“assentos” consagrados:
A que representa seu Elédá, isto é , seu Òrìñà, “Dono de sua cabeça”;
e facilmente, ela receberá seu Èñù Individual ao mesmo tempo, e até mesmo antes da
entrega do “assento” individual de seu Òrìñà....
Nos “terreiros nagô tradicionais, este Èñù Individual é representado por uma pequena
vasilha de barro, de boca larga, munida de uma tampa, chamada Kólobó contendo
vinte e um cauris (búzios). Esses vintes e um cauris simbolizam os elementos
constitutivos do destino pessoal, destino escolhido por cada orí no ûrun antes de
corporizar-se Wayé...”
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ÈÑÙ, O DONO DO JOGO DE BÚZIOS
Öbàtálá, Òrìñà Nlá ou Òòñàálá como é mais conhecido no Brasil, é o Senhor do Ìwá (
Princípio de criação universal ), Ûrúnmìlà é o senhor do Àbá ( Princípio de
direcionamento da criação ) e Èñù é o senhor do Àñë (Princípio de dinamismo, energia
vital de tudo o que existe ).
Em vários dos poemas divinatórios (Îsï Ìtûn Odù s), da tradição do Ifá, Èñù aparece
como um “criador de casos”, como um elemento de ação para a maldade, o que levou
a algumas pessoas, associá-lo com o Diabo cristão ou o Satã Muçulmano. Para
podermos realmente compreender a natureza de Èñù e de seu atributo principal (Àñë),
desfazendo ideias preconceituosas e ás vezes, até mesmo ingênuas, basta lembrarmo-
nos de alguns detalhes.
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Nas religiões naturais ( de comunhão ), cabe ao homem harmonizar-se com a
natureza, assim compreendendo-a, aceÎsï Ìtûn Odù do-a como ela é, de modo
intelectual, emocional e intuitivo, sem culpas nem pecados. ( Não é à toa que Carl
Jung observou:) “... Antes do Cristianismo, o mal não era assim tão mau...”.
Èñù é uma divindade que possui vários títulos como forma de “elogios”. Levando a
muitas pessoas pensarem que existem vários “Exús”, no entanto, seu único nome pela
tradição do Ifá é :
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OLAALU OBA ALAKETU ÖMÖ OLOJÁ EKITI EFON
Que significa aproximadamente : “Joia da cidade, Rei que encobre a cidade de Ketu,
filho do dono do mercado de Ekiti Efon”. (Um dos títulos de OLAALU, por exemplo
seria ÌGBÁ-KETÁ, que significa: “Terceira cabaça” ou ÈNÙGBARIJÓ - “Boca
coletiva” e assim muitos outros, mas sempre referindo-se a uma só Divindade:
OLAALU
O Símbolo que é conhecido como “Ordem de Ifá”, representa a ordem de chegada dos
Odùs, quando vieram do céu para a terra, ou seja, é na verdade uma representação
numérica da forma como foi criado o universo e os graus de importância entre os vários
Odùs sobre si mesmos. Antes de nos aprofundarmos no significado real desta
organização, vamos conhecer algumas das mais comentadas “Ordens de Ifá” utilizadas
em todo o mundo:
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11.Ìká Méjì
12.Òtúrúpûn Méjì
13.Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì)
14.Ìrëtî Méjì
15.Ûñï Méjì
16.Òfún Méjì
Existem ainda muitas outras formas, no meu caso particular utilizo a ordem de Ilé Ifî,
por ser esta cidade, o marco de fundação do estado Iorubá e também por ser neste local,
que existe a forma de culto ao Ifá em sua expressão mais complexa e profunda, através
dos Divinadores do Rei – os Babaláwo Awöni.
A origem dos Divinadores de Ifá, se liga ao mito da fundação do estado Iorubá, quando
da chegada de Ûrúnmìlà juntamente com ODÙDUWÁ. Esta fundação foi baseada na
cidade de Ilé Ifî, sendo os “descendentes” de Ûrúnmìlà os 16 Babaláwo do Rei (Öni)
de Ifî.
Estes sacerdotes eram chamados de Awöni ( Awo + Öni = Segredos do Rei), este tipo
de instituição parece restrita a cidade de Ilé Ifî é e ao Öni (Rei) desta região.
Certamente outros Öni, também possuem seus Babaláwo, mas em nenhuma outra
localidade foi detectada complexidade de organização e conhecimentos no mesmo
nível. Os Awöni estão situados acima de todos os outros sacerdotes de Ifá, sendo todos
os demais, não importando a região do continente e muito menos a nacionalidade,
sacerdotes que nas palavras de um Awöni “NÃO CONTAM EM NADA”, pouco
importando o quanto de Ifá possam conhecer ou quão peritos sejam em divinação.
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Para se tornar um Awöni, algumas condições eram imprescindíveis:
1- Era estritamente necessário que o candidato a Awöni fosse nativo de Ilé Ifî.
2- Também era fundamental que o candidato fosse um Babaláwo Olódù, ou seja,
possuísse um Igbó’dù (Igbó Odù) Ifá.
3- Estes candidatos tinham que haver nascido em uma das 16 famílias tradicionais,
consideradas como fundadoras de Ilé Ifî.
Por isso independente da habilidade do Sacerdote de Ifá, se ele não cumprisse estas
exigências, ele seria considerado um Àjèjì Ifî, o que significa: “Estrangeiro em Ifî”.
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8- ADIFOLU: “O que divina todos os gêneros de Ifá”, misturando-os todos, conquanto
na prática ele procede à divinação tal qual os outros.
9- OBAKIN: “Rei Okin”, se referindo a um pássaro branco ( Okin ), a garça- real, a
qual no Egito era associada ao mito da ave-fênix, pássaro BENU. As penas deste
pássaro, sempre foram altamente valorizadas por serem usadas nas coroas dos Reis
Iorubás.
10- OLORI IHAREFA: “O cabeça dos Iharefa”, chefe dos funcionários
encarregados de Ifá no palácio real. Embora eles próprios não pratiquem divinação,
conhecem muito a respeito, frequentemente bastante mais que muitos Awoni.
11- LODAGBA: “Camareiro”, aquele que serve comida e bebida para os outros
Awoni, tomando conta de tudo o que não foi consumido.
12- JOLOFINPE: “O que deixa o Rei permanecer no poder”, a função deste Awoni
é cuidar do Rei quando está doente.
13- MEGBON: “Não sou sábio”, este título se refere ao fato de o primeiro ocupante
do cargo, haver sido respeitado mais por sua posição social, do que propriamente
por sua sabedoria.
14- TEDIMOLE: “O que comprime o peito contra o chão”, este título lhe era dado,
pois nos tempos mais antigos, o sacerdote que ocupava este cargo, jamais poderia
deixar sozinho o sacrário de Ifá, ou seja, este Awoni passava toda a sua vida a partir
do momento em que ocupasse a função de Awoni ao lado do “assentamento” de
Ûrúnmìlà.
15- ERINMI: “Elefante-d ’água”, hipopótamo, se refere a uma divindade Funfun,
responsável pela abundância de água doce, geradora de vida durante os tempos de
seca.
16- ELEÑI: “Aquele que possui o Eñi”, pedra esculpida ou estatueta de madeira,
preparada pelos sacerdotes para manter afastado o mal que mata as pessoas dos
centros urbanos.
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Cada um destes cargos são ocupados por uma determinada linhagem familiar, como
por exemplo no caso do Araba, este título somente seria conferido a alguém da
linhagem familiar da casa de oketase, ou aos homens, que mesmo de outra família
fossem ligados a esta casa pela descendência de suas mães. Este tipo de sacerdotes de
Ifá respondem a perguntas do seguinte gênero:
_ “o que precisa ser feito a fim de que o Öni possa viver por muito tempo, que a cidade
possa permanecer em paz, que não haja aborrecimentos entre nós Awoni , que as
mulheres de ìfé não fiquem estéreis, que não possa haver doença nem fome na cidade,
e que não haja mortes entre os jovens?”.
Esta seria a “alta cúpula” da tradição secular do Ifá sendo os outros sacerdotes –
Babaláwo, originários de outras regiões e também países, sacerdotes de outro nível
sacerdotal , independentemente de seus conhecimentos.
A origem da organização sacerdotal dos Babaláwo se refere a cidade de Ifé,
Por nesta cidade haver existido por mais de setecentos anos o principal templo da
“OSHOGBONI”, uma sociedade secreta religiosa que regia o culto dos Òrìñà em todo
o império Iorubá.
Tal sociedade secreta religiosa, a Oshogboni, tinha um sumo – Sacerdote, a quem
denominavam de Ekéni – Òrìñà (primeiro dos Deuses) e que era superior hierárquico
dos EK’EJI – Òrìñà (segundo dos Deuses), tendo sob sua direção os templos de suas
cidades e o comando dos demais sacerdotes.
Estes sacerdotes agrupavam-se em três ordens sacerdotais, com múltiplas subdivisões,
decrescentes em sua importância, sendo que a primeira e mais importante delas era a
ordem dos BÀBÁLAWÒS, por deterem o conhecimento dos sinais sagrados e o
processo divinatório de Ifá.
Mas, mesmo os Babaláwo pertenciam a quatro categorias principais, cada uma delas
com seus requisitos especiais, sendo elas , em ordem inversa de sua importância:
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1 ELEGAN: o primeiro grau iniciatório a que todos os Babaláwo podiam ascender e
que , além da divinação podiam praticar a cura e o sortilégio pelas “EWE” ou folhas
sagradas.
2 ADOSU: O segundo grau iniciático que exigia que o Babaláwo pertencesse a um
conjunto habitacional ( vila ou cidade que dispusesse de um “ORIGI”, o montículo
consagrado a Ifá, alguns antiquíssimos, em sua área comunitária.
3 OLÓDÙ : O terceiro grau iniciático exigia que o Babaláwo possuísse o “Igbá Odù ”
ou “ Sacrário dos Odù”, mantido no cômodo principal do “Ilê Ifá” ou casa de Ifá,
recinto considerado tão consagrado que só podia ser adentrado por Homens iniciados.
Qualquer Babaláwo destes três principais graus poderia vir a ser denominado por
“OLUWO”, que significa “chefe dos segredos”, mas esta não era uma categoria, era
antes uma espécie de elogio, uma dignificação ou forma de reconhecimento por suas
habilidades ritualísticas.
O quarto e maior grau entre os Babaláwo era privativo da cidade de Ilé Ìfî, e eram
chamados Awöni. (Título este que já comentamos).
Ao analisarmos a ordem de Ifá, nós podemos perceber que existe um ritmo, uma
espécie de padrão , que nos ensina a chave do poder de Ifá, como um sistema de magia.
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CLASSIFICAÇÃO ELEMENTAL GERAL DOS 16 BABA ODÙS DE IFÁ:
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AS CINCO SORTES:
É o verso oracular que sempre é recitado em uma consulta ao Ifá; Nestes versos
tradicionais resumem-se praticamente toda a liturgia Iorubá em relação aos Òrìñà e
outras divindades. Toda pessoa que deseja conhecer profundamente o Ifá, deve
aprender a maior quantidade possível de Îsï Ìtûn Odù s, e este tipo de estudo dura
certamente toda a vida ( pela imensa quantidade de Îsï Ìtûn Odù s existentes ).
- Uma casca de Ìgbín (Caracol) que foi oferecido a Òrìñà’nlá, ou uma pedra de Ëfun.
- Dois Cauri (Búzios) grandes, unidos por um pedaço de colar de contas de Ûrúnmìlà
. ( verde e marrom )
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- Uma pedra que foi encontrada no mato ou de preferência um Ëdun Ara ( pedra
de meteorito, do culto de Xangô ).
Primeiramente temos que definir quais serão “as nossas jogadas”, ou seja, quantos
búzios em luz ( abertura natural ), serão contados, em relação a cada Odù na ordem
original.
Primeiramente vamos ver quais são as informações que estes 5 símbolos, representam
no Ifá:
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Como Divindade, este símbolo representa EGUNGUN ( ou qualquer outro tipo de
antepassado, neste símbolo também podemos ver se é uma entidade de Umbanda que
está falando)
Como oferenda significa o oferecimento de uma CABAÇA COM ÁGUA.
Como Divindade, este símbolo representa os Orixás Funfun , orixás “Brancos” ligados
a origem do universo, como por exemplo : Öbàtálá, Agballa, Öramfé, Àjalá e outros.
Como Oferenda este símbolo se refere a : DOIS PEIXES SECOS e/ou o próprio
ÌGBÍN.
Dois Cauri:
Como Divindade ,este símbolo nos diz que é o próprio Ûrúnmìlà que está falando;
Como Oferenda representa a oferta de : PÃES DE INHAME E CERVEJA DE MILHO
ou de forma mais geral : COMIDA.
Pedra (Ûkutá):
Como Divindade este símbolo afirma que é Orí (em sua parte occipital) ou um irúnmölî
que está falando, como por exemplo Ñàngó, Ògún, Ûñýsì, Ûñun, Öya etc.
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Exemplo:
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Casca de Ìgbín ou pedra de Ëfun
Nome: Ifï
Dois Cauri
Nome: Ajé
Pedra
Nome: Ûkutá
Este símbolo representa em seu aspecto positivo vida longa para aquele que consulta o
Ifá e em seu aspecto negativo, representa luta na vida da pessoa.
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1- O primeiro arremesso é feito para determinar-se qual é o Odù para quem os versos
(Îsï Ìtûn Odù) são recitados.
1) Dois lançamentos são feitos para determinar se os prognósticos são positivos (Ûnà
Rere) ou negativos (Ûnà Burúkú).
Coloca-se nas mãos daquele que consulta o Ifá dois símbolos diferentes, por exemplo:
uma pedra preta pequena e uma pedra branca também pequena. O consulente
aleatoriamente troca as pedras de mão em mão até que defina em qual mão vão ficar
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as pedras. Como parte deste exemplo, vamos imaginar que o consulente ficou com a
pedra branca na mão esquerda e com a pedra preta na mão direita. Joga-se os Búzios
duas vezes, uma com a mão direita e outra com a mão esquerda.
Vamos imaginar que no lançamento da mão direita caíram 13 búzios abertos, o que
representa o Odù Ûyîkú Méjì e no lançamento da mão esquerda caíram 6 búzios
abertos, o que representa o Odù Ûbàrà Méjì.
Pela Ordem de Ifá em Ilé Ifî, o Odù Ûyîkú Méjì é o segundo em importância e o Odù
Ûbàrà Méjì é o quinto Odù a nascer. O que nos diz que o lançamento da mão direita
“ganhou”, por ser Ûyîkú Méjì , superior a Ûbàrà Méjì. (Ou melhor, Ûyîkú Méjì é
“mais velho” por ter sido o segundo Odù a chegar no mundo)
Desta forma então pedimos ao consulente que abra a sua mão direita , aonde estará a
pedra preta, significando que o Odù Ogbè Méjì está em um “Mal caminho”(Ûnà
Burúkú), ou seja, NEGATIVO.
Cinco lançamentos são realizados para se descobrir que espécie de bem ou mal está
sendo indicado. Como em nosso exemplo, já sabemos que se trata de um mal aspecto,
teríamos as seguintes opções:
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1) PEDRA: Luta e dificuldade.
2) CAURI: Completa impossibilidade de ganho financeiro.
3) ÌGBÍN: Doenças e problemas nos relacionamentos.
4) OSSO: Morte e consequências desagradáveis nos planos pessoais.
5) CACO: Perda e derrota.
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Por ser Ogbè Méjì, o primeiro Odù na Ordem de Ifá ( portanto o “mais velho”),
prevalece o símbolo CACO, ao que podemos deduzir que o problema se refere a
PERDA E DERROTA .
Exemplo: através de alternativas escolhidas pela própria pessoa que está jogando.
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Vejamos um exemplo:
Este Àdìmú seria uma espécie de “reforço”, pois Èñù ao dinamizar o aspecto positivo
de Ogbè Méjì na alternativa Caco, trazendo Ìñégun (Vitória), a pessoa também estaria
se “abrigando” sob a força de Öbàtálá, também no Odù Ogbè Méjì, com a mesma
finalidade.
A forma como se saberia a quem o Àdìmú deve ser oferecido, também está ligada aos
5 símbolos Abira.
EXEMPLO:
Na medida em que surge o Odù Ogbè Méjì, torna-se desnecessário outros lançamentos,
pois este Odù é “o mais velho” e inevitavelmente, vai “ganhar” sempre.
Sabemos que o Ìgbín (Caracol) representa os Òrìñà Funfun, então selecionamos 3 Òrìñà
Funfun e jogamos para cada um.
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• Segundo lançamento: alternativa Òrìñà Ògìyán (ou como é mais conhecido no
Brasil : Oxaguian) – “respondeu” Ûwýnrín Méjì.
• Terceiro lançamento: alternativa Òrìñà Ûrúnmìlà (ou como é mais conhecido no
Brasil: Bàbá Ifá) – “respondeu” Ògúndá Méjì.
Pela Ordem de Ifá, Òrìñà Öbàtálá “ganharia a alternativa”, pois foi nesta alternativa
que “caiu” o Odù mais velho (Ûyîkú Méjì, Bàbá Yëkú-Yëkú.- o segundo “mais velho”
entre os Odù de Ifá).
Cinco arremessos são realizados para se avaliar aquilo que é requerido como Àdìmú
Egungun: Osso - Sorte de “Filhos & Frutos”, Realizações no destino: Olósùn Odídërï
(Olósùn Méjì)
Como pela ordem de Ifá, o Odù mais velho seria Olósùn Odídërï (Olósùn Méjì), na
sétima posição, assim podemos perceber que o Àdìmú indicado é Cabaça com água.
Cauri: Ajé: Divindade: Ûrúnmìlà. Oferenda: Pão de Inhame e Cerveja de Milho. (Sorte
de prosperidade no destino)
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Ìgbín: Caracol: Ifï: Divindade: Òrìñà Funfun. Oferenda: Ìgbín. (Sorte de
Relacionamentos afetivos e perfil emocional no destino), também representa Ìlera:
Ìgbín: A Sorte de Saúde no destino.
Se a pessoa não aceitar o sacrifício animal, pelo menos não podem faltar os dois peixes
secos do Àdìmú Ìgbín.
Sempre que a divindade indicada for Ori , é obrigatório a inclusão de pelo menos dois
Obi.
Sempre que a alternativa escolhida para o Àdìmú, for Pedra, deve-se perguntar, se deve
ou não incluir carne-seca, pois ela representa caça selvagem abatida por um caçador (é
um convite ao Òrìñà ir caçar aquilo que desejamos)
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Portanto como um resumo desta consulta, podemos dizer que:
A pessoa que consultou Ifá, está tendo grandes perdas causadas pelo vício de
jogar.
Para a solução de seu problema, Ifá indica uma cabaça com água para Èñù e outra
para Òrìñà’nlá, sendo que na de Òrìñà’nlá, acrescenta-se dois Ìgbín (caracóis)
e/ou dois peixes, como partes integrantes da oferenda.
Para o término da consulta, o adivinho deve recitar o Îsï Ìtûn Odù Ifá, o texto
da crônica, correspondente ao Odù principal ( neste exemplo: Ogbè Méjì), após
haver escolhido entre os vários Îsï Ìtûn Odù, o mais indicado para a situação.
Toda ritualidade é sempre indicada pelo jogo, sem necessidade de decorar “Ebós
ou oferendas”.
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COMENTÁRIOS SOBRE OS ODÙ MÉJÌ
Ogbè Méjì
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opostos se esclarecem mutuamente, e são incompreensíveis quando estudados em
separado. )
ÛYÎKÚ Méjì é a “grande mãe da forma”, ela é o útero por meio do qual a vida vem a
manifestação. Devemos lembrar, contudo, que incorporar-se em uma forma é, por
conseguinte, o início da morte na vida.
ÛYÎKÚ Méjì gera a partir de Ogbè Méjì, mas, no entanto, também contraia força dinâmica
de vida de Ogbè, para que a forma possa passar a existir, e é nesta relação que reside o
mistério da vida e da morte, da criação e destruição de tudo que existe.
Para algumas religiões, a mulher é considerada a raiz de todo mal, porque ela é a influência
que sujeita o homem, por seus desejos e através da geração, a uma vida de forma. O que é
material simboliza para estas religiões, o contrário de fé e espiritualidade, em uma espécie
de “luta” jamais resolvida.
O Ifá nos ensina um modo de pensar mais sábio. Sob a ótica de Ûrúnmìlà, todos os aspectos
da criação, ou seja, todos os Odùs são sagrados, todos eles são “filhos” ( na verdade
aspectos ) da potência OLOOFIN, a qual Ûrúnmìlà “coordena”.
Por ser um Odù todo composto por AGUA, ou seja, “Trevas” ( o que na verdade simboliza
contração ), ÛYÎKÚ MÉJÌ é a raiz da contração da luz que forma a matéria de tudo o que
existe em estado sólido. ( Por isso representado por terra, o elemento mais sólido entre os
quatro ).
As pessoas que nasceram sob o destino de ÛYÎKÚ Méjì, possuem intenso psiquismo e
desenvolvidas aptidões mediúnicas, proporcionando imaginação fértil e capacidade
criadora, mas com tendências a indecisão e comodismo.
Estas pessoas apesar de serem imaginativas e sonhadoras, estão sempre ás voltas com a
dificuldade de realizarem seus planos. Geralmente quase nunca chegam a realizar seus
sonhos, por faltar-lhes coragem para as lutas arriscadas e preferem deixar que sua vida
deslize mansa e sem grandes atribulações por um oceano de modesta prosperidade. Gostam
de antiguidades e das lembranças do passado. Se sua situação financeira permite, tornam-
se colecionadores fanáticos de antiguidades.
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Possuem o instinto gregário da terra, muito evidenciado, amando o lar, o cônjuge e os
filhos, costumando centralizar toda sua vida neste amor.
Dotados de grande capacidade mediúnica, se não “trabalharem” corretamente seu Odù,
podem ser conduzidos a obsessão, possessão, alucinação e mania de perseguição pelos
seres elementares do plano astral. Possuidores de grande imaginação, os filhos de ÛYÎKÚ
Méjì poderão se interessar pelas artes, talvez a escultura, mas a principal tendência de seu
destino, estará sempre mais ligada ao campo, especialmente a agricultura ou a criação de
animais.
Ìwòrì Méjì
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Sob sua jurisdição encontramos a ordem, o protocolo, o ritualismo e o critério.
Fisiologicamente, domina o fígado, as glândulas supra renais, a circulação arterial e as
matérias graxas do organismo.
Os filhos deste Odù não costumam inventar nem criar, mas sabem utilizar com admirável
precisão todas as coisas criadas pelos outros. Possuem excepcional capacidade para
organizar e são dirigentes perfeitos, sabendo despertar a admiração dos superiores e o
respeito dos seus subordinados. Costumam ser justos e pessoas de palavra, conscientes e
ponderados em suas atitudes. Amam a cultura e a ciência; desconhecem o misticismo como
fé. São apegados ao protocolo, conservadores e dogmáticos por natureza e sempre
(ou quase sempre), compreendem e respeitam as leis e regulamentos. São determinados e
tenazes em suas resoluções, e com seu dinamismo e energia incutem ânimo nas pessoas
que os rodeiam. As pessoas inferiores de Ìwòrì Méjì, são licenciosos, hedonistas, gozadores
e cínicos. A gula é um dos seus grandes vícios, a libertinagem também.
Normalmente as posições das pessoas de ÌWÒRÌ Méjì são sempre de mando e organização.
Sob a influência de ÌWÒRÌ Méjì, estão os líderes religiosos, os políticos e os
administradores de casas comerciais.
Ìdin Méjì
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Ìdin Méjì é o quarto Odù na ordem de Ifá e é representado no jogo de búzios através de 7
búzios abertos. Possuindo a “fama” de maléfico e terrível entre os Odùs de Ifá, na verdade
a palavra chave para a compreensão de Ìdin Méjì é CONCENTRAÇÃO.
Ìdin Méjì por ser o quarto Odù na criação universal simbolizada pelo Ifá, é em sua essência
um Odù de harmonia. Sua ação é o momento em que a unidade exerce “pressão” sobre o
ternário da forma, representado por ÌWÒRÌ Méjì. É em Ìdin Méjì que as relações
estabelecidas por ÌWÒRÌ Méjì “ganham corpo”, tomam forma na criação do mundo. Este
Odù representa os quatro elementos em seus aspectos materiais e é através de Ìdin Méjì
que todas as coisas podem existir e interagir sobre si mesmas de modo sólido. Ìdin Méjì
concentra as relações de todas as coisas e é devido a Ìdin Méjì, que pode existir a atmosfera,
as galáxias e a gravidade. Todas as forças que unem e concentram os átomos e as células
estão sob sua atuação e influência. Ìdin Méjì possui uma natureza quente e aérea, governa
a intuição, a percepção e o sentido cósmico. Domina sobre as invenções ( por ser seu
atributo a concentração mental ), experiências e inovações. Seus filhos quando estão com
o seu Odù atuando de forma positiva são naturalmente inteligentes e com fortes tendências
as “artes mágicas”, astrológicas e científicas. No corpo humano sua principal influência
reside no corpo pituitário e os éteres. Através da grande intuição e poderosa mente analítica
que Ìdin Méjì fornece aos seus filhos, estas pessoas possuem forte capacidade de
penetrarem nos segredos cósmicos mais profundos, por reunirem em si a frieza, a
concentração e a capacidade analítica associados a elementos de audácia, coragem, mente
aguda, capacidade assimilativa e potência mental. Sua fama de maléfico, certamente
decorre do fato, de ao ser Ìdin Méjì, o Odù que concentra as formas de relações , este pode
tanto concentrar aspectos positivos, como também aspectos negativos. (Mas esta
ambivalência existe em todos os Odùs, e não somente em Ìdin Méjì). Os filhos de Ìdin
Méjì, quando conseguem manter positivamente as forças de seu Odù, são quase sempre
reformistas, amantes dos movimentos reformadores, cosmopolitas e universalistas
Desprezam as convenções e o protocolo, têm como orientação seu férreo e consciente
arbítrio e sua meta é perfeição. Dificilmente serão um dia acusados de plagio, pois a
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originalidade é seu traço principal. As profissões em que encontramos os filhos de Ìdin
Méjì, são geralmente aquelas onde entram o rádio, o ar, a eletricidade, a mecânica em geral,
as questões celestes, quer astronômicas quer astrológicas, cientificas ou filosóficas; ás
vezes são extrovertidos e confiantes e outras vezes suspicazes e reservados, ora se mostram
alegres e cheios de senso de humor, ora são acometidos por súbitas e inexplicáveis crises
de melancolia e depressão. Os filhos de Ìdin Méjì , normalmente custam a se afeiçoar, mas
depois que se apegam a uma pessoa são de uma dedicação e fidelidade a toda prova; nestes
casos ninguém consegue alterar seus sentimentos, sendo a teimosia, uma característica
bem marcante dos filhos de Ìdin Méjì. Os filhos inferiores de Ìdin Méjì, ao contrário não
se afeiçoam a ninguém. São frios, indiferentes, boêmios e cínicos. Desprezam a família e
não admitem laços de ternura; São indecisos , fracos e quase sempre desonestos, não tendo
capacidade para amarem, julgam que o amor das outras pessoas é falso e interesseiro. Ìdin
Méjì proporciona força de vontade, perseverança e determinação nas atitudes e
pensamentos, tanto para o bem como para o mal. Quando um dos filhos de Ìdin Méjì, possui
um desvio de caráter em sua formação, torna-se perigosamente prejudicial a humanidade,
pois seu poder de concentração em torno de um só objetivo, gera rebeldia e orientação num
sentido negativo, tornando sua principal meta destruir e desprezar, atacando todas as bases
nas quais se apoia a estrutura moral e social das comunidades as quais pertencem.
Ûbàrà Méjì
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Ûbàrà Méjì é o quinto Odù pela ordem de Ifá é representado no jogo por 6 búzios abertos.
Este Odù simboliza o princípio de vida e espírito criados, por ser o quinto Odù, Ûbàrà Méjì
se relaciona aos 5 sentidos do ser humano, foi neste Odù que foram criados os seres
humanos e as árvores. Nos conta uma muito antiga estória, que para cada ser humano
criado por Öbàtálá, era também criada uma árvore correspondente, sendo então as arvores
os ancestrais mais antigos e nelas residindo os espíritos primordiais Ìwín.
Ûbàrà Méjì está intimamente ligado a divindade Èñù...
pois através do comportamento de Ûbàrà Méjì, que Èñù adquire uma relação com B’áraa.
Ûbàrà Méjì é essencialmente o Odù da magia masculina, por ser grandemente ligado a
Ûyîkú Méjì (A grande mãe da forma) Ûbàrà Méjì consegue captar através de si, o poder
da formação de todas as forças naturais e espirituais, mas em sentido dinâmico e agressivo
pois Ûbàrà Méjì é o “filho” que realiza em individualidade o que Ûyîkú Méjì apenas tenta,
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ao conter e equilibrar Ogbè Méjì. Todo e qualquer símbolo que representa alguma coisa é
uma atividade de Ûbàrà Méjì, pois um símbolo é um “corpo” de algo que não
necessariamente precisa “estar ali” para ser tocado. É através de Ûbàrà Méjì que podemos
compreender o mistério dos assentamentos dos Òrìñà, Ûbàrà Méjì nos ensina que o método
seria a formulação através da imaginação de um retrato mental que tivesse por fim
representar o Òrìñà que governa o fenômeno natural com que se deseja entrar em acordo;
a pessoa invoca este Òrìñà muitas e muitas vezes
( Por isto o valor dos assentamentos mais que centenários Iorubás ),
a pessoa o adora, o reverencia. Se a invocação é suficientemente correta, está se torna uma
força que fará com que a divindade irá interessar-se pelo o que a pessoa está fazendo; se
sua adoração e os sacrifícios lhe são agradáveis, a divindade passará a colaborar com a
pessoa. Aos poucos, a força da natureza a qual o Òrìñà comanda, poderá ser domada e
domesticada; e por fim, poderá ser persuadida a animar “dar vida” aquele assentamento,
tornando-se assim o seu “corpo”, ativado pelo Èñù Abra e impregnado da essência do Òrìñà
correspondente. Sendo este processo feito corretamente, conseguimos então, a
domesticação de uma parte da vida da natureza, encarnando-a na forma pela qual os seus
adoradores a conhecem. Enquanto a forma astral se mantém viva pelo tipo de adoração
apropriada empreendida pelos adoradores com a necessária capacidade para entrar em
comunhão com a divindade, passamos, portanto, a dispor de um Deus encarnado, que
desceu ao nível da percepção humana.
Este é o método que a tradição nos transmitiu desde tempos imemoriais e pode ser usado
em praticamente tudo, em toda e qualquer representação ou símbolo , este método mostra
sua validade, sempre fazendo com que os velhos cânticos ancestrais acordem e tragam a
nossa presença , novamente os velhos Deuses.
Por isto Ûbàrà Méjì ser o Odù da magia, principalmente a masculina, pois através do
“corpo” da divindade da tempestade, podemos por exemplo, controlar a tempestade.
Explicando assim os fenômenos “inexplicáveis” dos antigos magos de todas as culturas
milenares.
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Ûbàrà Méjì representa em sua essência: um fluxo de energias no Sentido de realização, é
este o seu principal atributo: Realização!
Ûbàrà Méjì é um Odù masculino que incute aos seus filhos bondade, compreensão e
imparcialidade, proporcionando sentimentos humanitários e fraternos. Seus filhos estão
sujeitos a crises de desânimo e incerteza, tornando-se, nestes períodos, silenciosos e
introvertidos. Estas crises, porém, são passageiras e logo voltam ao seu natural.
Embora sejam de índole afável e agradável, seu humor é muito variável. Porém, com a
mesma rapidez com que se deixam levar pela cólera, retornam ao seu normal estado de
calma. Embora se irritem com facilidade, são geralmente bondosos e compreensivos.
Sempre intelectualmente desenvolvidos, os filhos de Ûbàrà Méjì, mesmo quando não
possuem grande inteligência, são sempre dotados de grande capacidade de assimilação,
percepção e análise.
Os filhos de Ûbàrà Méjì , apesar da magnética e contagiante atividade que desenvolvem
constantemente, gostam dos momentos de ócio e tranquilidade. Não apreciam o esforço
físico, preferindo sempre o trabalho intelectual. Estas pessoas muitas vezes causam
estranheza até mesmo aos seus próprios familiares; em virtude de sua dualidade psíquica e
mental muito pronunciada, são sentimentais e, ao mesmo tempo, descrentes; idealistas e
céticos; comunicativos e reservados; têm súbitos acessos de expansão e outras vezes se
introvertem completamente.
Para vencer em seus esforços devem os filhos de Ûbàrà Méjì, aprender a concentrar suas
energias, dominar sua natureza versátil, buliçosa e inquieta, explorando ao máximo as
brilhantes qualidades conferidas por seu Odù.
Os tipos inferiores de Ûbàrà Méjì costumam utilizar sua poderosa inteligência em assuntos
pouco recomendáveis. Entre estas pessoas encontramos os trapaceiros, falsificadores e
espertalhões, capazes de convencer qualquer coisa a qualquer um, devido a sua brilhante
comunicação. Em sentido negativo, os agitadores de massas, os “escrevedores” de cartas
anônimas, os demagogos, enfim, todos aqueles que usam a palavra escrita ou falada em
prejuízo do indivíduo ou da comunidade também estão sob a influência de Ûbàrà Méjì.
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Os filhos de Ûbàrà Méjì, geralmente são inclinados a filosofia e literatura. Possuindo
excepcional capacidade de linguística e oratória. Possuem um sistema nervoso muito
delicado, devendo evitar os choques e motivos, assim como as grandes preocupações.
Ûkànràn Méjì é o sexto Odù na ordem de Ifá e é representado no Jogo de Búzios através
de 1 Búzio aberto. Ûkànràn Méjì é a imagem das relações existentes entre o que está acima
e abaixo, entre o céu e a terra. Enquanto Ìwòrì Méjì intermedia os aspectos de expansão e
contração da criação universal, Ûkànràn Méjì) é esta própria intermediação em outros
níveis, afetando as questões de equilíbrio e antagonismo, de bem e de mal. Sua palavra
chave é: Transformação.
Por isso sua principal característica é Instabilidade. Em seus aspectos positivos, Ûkànràn
Méjì está associado a afabilidade, ornamentação e sentido artístico. Em seus aspectos
negativos, Ûkànràn Méjì está associado a lascívia, vida desordenada e espírito
contraditório. Dentro de um sentido filosófico na criação do universo, Ûkànràn Méjì
representa a contradição da alma quando está sobre a domínio da matéria, se o ser humano
foi criado em Ûbàrà Méjì, é em Ûkànràn Méjì que surge a dualidade Homem e Mulher,
por isto este Odù é extremamente ligado a Ûbàrà Méjì (O poder da magia masculina) e a
Ûsá Ëlïyë - Ûsá Méjì (O poder da magia feminina). A este Odù se liga toda e qualquer
situação em que estão envolvidos jogos de opostos, nos quais é imprevisível o resultado.
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Por isto um de seus símbolos é a encruzilhada, caminho que sugere muitas opções, mas
não se define por nenhuma.
Os filhos de Ûkànràn Méjì possuem portanto, grandes extremos em sua personalidade,
quando alguém possui como seu Odù, ou prevalece em algum aspecto de seu destino o
Odù Ûkànràn Méjì, se esta pessoa tiver alguma tendência a maldade, será realmente
MUITO MAL !, no entanto, nos momentos de sensibilidade e compaixão, estes
sentimentos terão a mesma força radical e avassaladora.
As pessoas que nascem sob a força do Odù Ûkànràn Méjì, escondem violentas tempestades
sob uma aparência calma e controlada. Nunca se pode saber com certeza o que vai pela
cabeça ou o coração de alguém de Ûkànràn Méjì. O caráter dos filhos de Ûkànràn Méjì é
estranho, reservado e um pouco indiferente, individualista e independente. Ás vezes são
extremamente melancólicos achando felicidade no recolhimento, e prazer em suas
ocupações. Ambiciosos, os tipos mais elevados que nascem sob Ûkànràn Méjì são
batalhadores e lutam com toda força, contra a instabilidade natural de seu destino. São
pessoas extremamente propensas ao estudo da magia e geralmente possuem grande
influência dos seus ancestrais familiares.
As pessoas de tipo inferior que nascem sob Ûkànràn Méjì, são materialistas, fanáticos
religiosos, pervertidos tanto sexualmente como moralmente, também podendo serem
avarentos, trapaceiros e do tipo de pessoas que vivem “chorando de barriga cheia”, devido
a carência emocional gerada pela instabilidade afetiva.
Ûkànràn Méjì rege a pele, os joelhos, as articulações e os cabelos; Seus filhos estão sujeitos
a paralisias, reumatismo deformante ou articular, deslocações e fraturas, eczemas,
erisipelas e varizes.
Este Odù pode indicar longa vida e casamento feliz, mas traz pronunciada tendência para
a melancolia, tristeza, depressão, hipocondria e descontrole do sistema nervoso. Ûkànràn
Méjì anuncia sorte no jogo com possibilidade de enriquecimento súbito, estas pessoas terão
facilidade em especular e comercializar com todas as coisas. Os filhos de Ûkànràn Méjì,
devem sempre Ter muito cuidado com seus inferiores, subalternos e empregados
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domésticos. Pois poderão ser vítimas de intrigas e traições, existindo fortes probabilidades
de serem vítimas de perseguições cruéis, quase sempre através de fofocas e difamações.
Ûwýnrín Méjì
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Sendo pessoas bastante inteligentes, mas também, bastante orgulhosas. Melhor
caberiam aos filhos de Ûwýnrín Méjì, conhecerem um pouco melhor os seus próprios
limites. A fim de, assim, de uma forma coerente e verdadeiramente útil, auxiliarem na
construção de uma vida melhor e mais harmoniosa para si próprios, como também para
as outras pessoas.
Este Odù é extremamente ligado as forças da terra, tendo assim características, tanto
de passividade, como de teimosia e violência.
Seus filhos mais difíceis, podem ser de um purismo excessivo ou de uma moral frouxa
e depravada, podem errar pelo detalhismo cansativo assim como pela preguiça. Podem
vir a causar sérias inimizades, pelo hábito de condenarem nas outras pessoas, o que
praticam em suas próprias vidas, assim como podem vir a ser alvos de críticas severas,
exatamente por sua língua impiedosa e ferina, por seu julgamento injusto e
principalmente, pela grande dificuldade de assumirem seus próprios erros.
Quase sempre vingativos, é muito importante, a estas pessoas, a descoberta de um
caminho espiritual ou moral de verdadeira comunhão, espiritualidade, fé e esperança.
Sendo ás vezes a única chance que estas pessoas têm de se desenvolverem
completamente.
ÒGÚNDÁ MÉJÌ
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, apenas ser este Òrìñà que “fala” através de Ògúndá Méjì. ( Como já foi explicado
anteriormente )
Ûsá Méjì
Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì) é o décimo Odù na ordem de Ifá e é representado no jogo de
Búzios através de 9 Búzios abertos. Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì) abençoa seus filhos com
características ligadas a grande sensibilidade psíquica e emocional. São pessoas
normalmente crédulas e de uma boa fé quase ingênua, costumam amar a amizade e as
relações de uma forma geral ( seja em família , casamento ou espiritualidade) . As
pessoas que nascem sob este Odù, são imaginativas, sonhadoras, mas , no entanto,
possuem pouca capacidade de realização ou melhor ,de concretização de seus planos
pessoais. O sentimento fundamental na vida destas pessoas e exatamente por isso muito
verdadeiro, merecendo assim, grande proteção espiritual.
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Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì) é o Odù da magia feminina, é o poder de geração das coisas
existentes. É representado pela lua e suas fases, portanto está intimamente ligado a
menstruação e a circulação sanguínea , assim como as marés e ao crescimento das
plantas. Este Odù representa nossas necessidades e nossos padrões mais profundos,
nossa sensibilidade e suscetibilidade, nosso enraizamento em nosso próprio ser e em
nosso passado; nele reside a sabedoria relacionada com a unidade da vida e morte, da
natureza e do espírito, com as leis do tempo, do destino e do crescimento. A sabedoria
de Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì) não tem caráter abstrato, impessoal , universal e absoluto; não
especula, está próxima da natureza e da vida, ligada a geração de uma realidade
palpável. Suas visões em ilusão da realidade estão relacionadas com uma ação
auxiliadora alimentadora e confortadora. Este Odù é extremamente ligado com o ato
de dar forma, isto e, com a criatividade. Por esta razão se afirmar que este Odù e ligado
as divindades femininas, não há maior milagre do aquele de gerar uma criança.
Suprema magia que a mulher transforma em realidade, por isso Ifá, através de Ûsá
Ëlïyë (Ûsá Méjì) nos ensina que toda mulher é uma Àjï (Feiticeira).As pessoas de Ûsá
Ëlïyë (Ûsá Méjì), principalmente as mulheres, possuem forte inclinação ao estudo do
esoterismo e da magia, podendo vir a se destacar nesta área. Devido à forte intuição
dos filhos de Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì), estas pessoas poderão na verdade vir a ser
excelentes profissionais, desde que desenvolvam uma força de vontade poderosa. Entre
os filhos de Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì) encontramos os marinheiros, os negociantes de
gênero e líquidos em geral, os armadores, os importadores e os que ganham a vida
viajando. Também entre eles estão os pescadores e pessoas ligadas a medicina
alternativa.
Ìrëtî Méjì
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Ìrëtî Méjì é o decimo primeiro da ordem de Ifá e é representado através de 15 búzios
abertos no jogo de búzios, sendo então chamado de “Ogbeogunda”.
Coragem, audácia, decisão e energia são principais características proporcionais por
Ìrëtî Méjì , Odù de temperamento ardente e violento. Seus filhos são pessoas
impulsivas e dificilmente se deixam guiar pela razão ou pelo bom senso; agem quase
sempre de acordo com seus instintos, ou então, impelidos pelas necessidades do
momento. Os filhos de Ìrëtî Méjì devem corrigir sua irreflexão, que é seu ponto fraco;
suas qualidades são inúmeras e tudo possuem para vencer a luta pela vida.
Quase nenhum tipo de Odù tem a mesma intensidade e força, tanto volitiva quanto
emocional, que possuem os filhos de Ìrëtî Méjì . Tanto no amor quanto no ódio se
destacam os filhos de Ìrëtî Méjì pela, impetuosidade e violência. Gostando de dominar
e conquistar; possuem estas pessoas uma desmedida consciência de sua própria
potência e subordinam e protegem aqueles que estão sob sua responsabilidade .
São inteligentes e combativos e possuem excepcional capacidade para organizar e
dirigir. Sua natureza é dinâmica, impetuosa e ardente e os tipos positivos são capazes
de grandes realizações. Os tipos inferiores são dispersivos e destituídos de firmeza,
geralmente abandonam empresas antes de terminá-las, saindo assim em busca de novas
aventuras. Nos tipos degenerados de Ìrëtî Méjì , a violência se transforma em
brutalidade e o domínio em tirania cruel.
Estas pessoas acabam escolhendo profissões desagradáveis, aonde possam demonstrar
sua forca física, como por exemplo : Guardas penitenciárias, enfermeiros de hospícios
etc.
Nas pessoas mais evoluídas de Ìrëtî Méjì podemos perceber o sentido de justiça
fortemente pronunciado.
Por ser este Odù altamente ligado as forças do elemento terra e ser muito violento, ele
é associado ao vulcão. Além de ser o fogo um dos seus elementos de maior quantidade.
A saber, a formação de Ìrëtî Méjì é : Fogo, fogo, água e fogo.
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Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì)
Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì) é o decimo segundo Odù na ordem de Ifá e é representado no
jogo de búzios através de 16 búzios abertos. O Odù Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì) dota seus
filhos de um caráter ardente e apaixonado, ao mesmo tempo ensina-os a temperar seus
arrebatamentos, proporcionando-lhes raciocínio e reflexão.
A sensibilidade artística é um dos traços marcantes dos filhos de Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá
Méjì); mesmo quando não exercem nenhuma atividade no campo da arte, sabem
apreciá-la. São classicistas em suas preferências, buscando sempre a perfeição da
forma, a harmonia das cores e do ritmo .
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Os que nascem sob este Odù, geralmente são muito delicados e afáveis e apreciam
imensamente a vida social. Corteses no trato e possuindo uma personalidade agradável
e ardente, fazem muitos amigos facilmente e sabem conservá-los.
Sensibilidade artística, emotividade, compreensão e justiça são as principais qualidades
dos filhos de Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì); vaidade, orgulho, indiferença egoísmo e
sensualidade podem se tornar alguns vícios característicos proporcionados por este
Odù Estas pessoas normalmente podem escolher ou combinar a ciência e a arte, pois
possuem a potência intelectual exigida pela primeira assim como a sensibilidade
requerida pela segunda.
Os negócios relacionados com líquidos e navegação, bem como as atividades ligadas
a fabricação de sedas, joias e objetos de adorno, trarão e fortuna aos filhos de Òtúrá
Ëlïjý (Òtúrá Méjì).
Torna-se aconselhável então, o empreendimento relativo a coisa de uso pessoal, isto é,
joias, perfumes, etc... Pois possuem inato bom gosto e facilmente alcançarão sucesso
neste meio profissional.
Os filhos de Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì), apesar de sua estabilidade intima em relação a
família e as afeições e amizades, são ardentes, mas inconstantes em suas ações e
reações no mundo exterior. Apaixonam-se por determinadas atividades, mas mudam
de ideia com uma facilidade espantosa. Em virtude desta falta de perseverança em suas
atividades, e do amor ao conforto e ao luxo, raramente desfrutam de equilíbrio
financeiro em sua vida; antes que um negócio comece a dar certo, quase sempre o
abandonam, saindo em busca de outras novidade; além de não possuírem instinto
aquisitivo, também não sabem economizar.
Este Odù governa os rins, glândulas suprarrenais, a região lombar e o sistema
vasomotor. Por esta razão, os filhos de Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì), estão sujeitos aos
cálculos renais, diabetes, suspensão da urina etc.
Também as nevralgias, congestões celebrais, vertigens e dores de dente estão entre os
problemas que os podem atingir. As mulheres de Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì) são ,
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normalmente, sensíveis, emotivas, bonitas e atraentes, principalmente se forem filhas
de Ûñun; gostam demasiadamente de joias, perfumes e adornos, mas apesar de sua
grande vaidade, são companheiras dedicadas, fiéis e amorosas.
Os tipos mais elevados de Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì) possuem grande força espiritual,
são compreensivos, justiceiros e equilibrados. Sua tendência mística é a orientação,
isto é, a elevação espiritual por meio da paz interior.
Òtúrúpûn Méjì
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Os instintos aquisitivos e cumulativos são bastante desenvolvidos nas pessoas de
Òtúrúpûn Méjì. Gostam das tarefas que tragam lucros certos e constantes. Desconfiam
das grandes aventuras e seus riscos financeiros, não acreditam Îsï Ìtûn Odù do no
enriquecimento súbito. Preferem a prosperidade lenta, mas segura, sendo os negócios
que iniciam, sempre aqueles em que o dinheiro entra devagar, mas constantemente.
Mesmo as pessoas mais ousadas deste Odù, são propensos a economia e gostam de
guardar o dinheiro que não possam aplicar em atividades seguras. Este Odù
proporciona admirável senso prático, seus filhos não sendo idealistas, raramente se
envolvem especulações literárias, artísticas ou científicas.
Aqueles nascidos sob Òtúrúpûn Méjì são de índole pacífica e tolerante. Raramente
discutem, dificilmente se exaltam e costumam fechar os olhos a muitas coisas erradas;
agem desta forma não porque gostam de serem incomodados e não porque sejam de
natureza compreensiva. Sua raiva, no entanto, pode ser devastadora.
Quando se consideram ofendidos podem explodir em terríveis acessos de cólera, e são
capazes de inesperados e perigosos atos de violência .Costumam aguardar o momento
da vingança com a mesma lentidão e paciência com que põem em todos seus atos e
muito raramente esquecem ou perdoam. Os tipos superiores de Òtúrúpûn Méjì grande
sensibilidade artística e espiritual, possuem forte tendência para a matemática e sua
vibração é harmoniosa e construtiva, além de serem dotados de calma reflexão e ações
inteligentes.
Nos tipos inferiores a sensibilidade se transmuda em sensualidade erótica; a calma em
preguiça; a faculdade acumulativa em avareza; a ação em inércia completa.
Òtúrúpûn Méjì rege a garganta, a laringe, as amígdalas as artérias carótidas e a glândula
tireoide. Estas pessoas estão sujeitas a sofrer de papeira, difteria, laringites,
amigdalites, inflamações nas glândulas e apoplexias. Este Odù promete longa vida ,
muita saúde e muita vitalidade.
O tempo de existência, porém, poderá ser diminuído por excesso de trabalho ou de
prazer.
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Apesar de discretos e bem humorados, os filhos de Òtúrúpûn Méjì gostarão de
diversões e terão forte inclinação aos jogos de azar, consequentemente se sujeitam do
a pequenos lucros e grandes perdas.
Cuidado !
Ìká Méjì
Ìká Méjì é o decimo quarto Odù na ordem de Ifá e é representado no jogo de búzios
através de 14 búzios abertos. Ìká Méjì é um Odù que determina a seus filhos um
temperamento ardente, impulsivo, ás vezes colérico, mas sempre muito audacioso. Fato
este que quando bem direcionado, acarretará uma tremenda energia concretizada a que
produzirá frutos abundantes e lucrativos.
Os filhos de Ìká Méjì espiritualmente são místicos, transcendentalistas, esoteristas ou
ascéticos; os tipos menos evolutivos são materialistas, negativistas, voluptuosos,
sensuais e egoístas. Os que nascem sob este Odù são violentos em suas atitudes e
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ardentes em seus desejos, possuem, porém, capacidade reflexiva, tenacidade
inquebrantável e muita força de vontade.
A união destas características torna-os bastante produtivos, entretanto, transforma-os
em elementos perigosos e prejudiciais, especialmente quando se encaminham num
sentido destrutivo e negativista.
Uma vez que começam uma tarefa, os filhos de Ìká Méjì não a abandonam jamais.
Dotados de uma persistência espantosa, são capazes dos mais extremados esforços e
da mais ardente atividade física.
Quando utilizam esta energia num sentido positivo, impressionam pela grandeza e
exatidão de suas realizações. Estas pessoas quando amam ou estimam alguém, não
hesitam em se arriscar em benefício de um amigo ou ente querido. No entanto como
inimigos, são perigosos e implacáveis. Se são lentos na cólera, também o são em
perdoar a ofensa recebida. Na maioria das vezes, para seu próprio mal, quase nunca
desistem da vingança. Sentem enorme curiosidade ligada aos mistérios místicos,
gostam das experiências psíquicas e alguns se inclinam para a magia e a ciência oculta.
Os filhos mais elevados de Ìká Méjì podem alcançar maravilhosos resultados e terão
sempre uma assistência espiritual muito grande em todos os seus empreendimentos: os
tipos inferiores, no entanto, facilmente se tornarão vítimas de seres do plano astral,
revelando assim o famoso ditado :
“O feitiço se virou contra o feiticeiro”.
Se os filhos de Ìká Méjì se inclinarem a filosofia, medicina, estudos sociais etc. Poderão
construir uma sólida carreira , o caminho militar lhes será grandemente favorável.
Podem se dedicar aos estudos religiosos. Os filhos de Ìká Méjì poderão sofrer sérias
decepções relacionadas aos assuntos artísticos, excesso de bebidas ou prazeres com o
sexo oposto.
É extremamente importante que estas pessoas procurem levar uma vida sadia, pois são
sujeitos a depressões íntimas que afetarão prejudicialmente a libido.
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Ìká Méjì rege a bexiga, uretra, próstata e os órgãos genitais; seus filhos estão sujeitos
a uremias, estreitamento da bexiga e da próstata e moléstias dos órgãos genitais.
Também poderão vir a sofrer de inflamações na garganta, nas amígdalas e disfunção
da glândula tireoide.
Ûñï Méjì
Ûñï Méjì é o decimo quinto na ordem de Ifá e é representado no jogo de búzios através
de 5 búzios abertos.
Ûñï Méjì , é na melhor das hipóteses, o grande Odù libertador, aquele que desperta, o
iluminador que resolve a vida interior e exterior de uma pessoa com tal intensidade que
as coisas nunca mais são as mesmas depois de sua atuação. Ûñï Méjì simboliza uma
força que se manifesta como mudança repentina no padrão de vida , alterações súbitas
de consciências, lampejos de insight, explosão ideias e concepções originais.
Sem sombra de dúvida trata-se de um canal em que fluem forças poderosas em direção
a consciência. As mudanças radicais realizadas por Ûñï Méjì desorganizam o velho e
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organizam o novo. Ûñï Méjì fornece grande sensibilidade psíquica e força intuitiva
além das barreiras de espaço e tempo e além da sabedoria convencional.
Em seu aspecto negativo, Ûñï Méjì confere a seus filhos uma intensa megalomania,
orgulho exaltado e total incapacidade de fazer alguém ou alguma coisa progredir, pois
neste aspecto Ûñï Méjì é o Odù da decomposição e degeneração, aspectos estes
imprescindíveis ao ciclo da vida . Ûñï Méjì é o grande transformador, aquele que faz
tudo retornar a sua verdadeira origem – Òfún Méjì. “dó pó vieste e ao pó retornarás” é
uma frase típica de Ûñï Méjì . Ûñï Méjì visto como um todo , revela que as formas
que servem ao espírito como ferramentas tendem a se tornar inferiores e a se solidificar
até que não permitam mais que a vida se revele em sua plenitude.
Esse é o grande perigo da magia, pois quando o orgulho e a presunção, características
típicas de um Ûñï Méjì negativo, atuam em “ocultistas e magos” que acreditam
dominar poderes astrais quando é na verdade, os poderes astrais que os dominam.
Expõem-se assim ao risco de perder a sanidade ou de serem levados à morte. Sob o
ponto de vista psicológico, Ûñï Méjì simboliza ação e reação: através da identificação
ilusória com os deuses da vaidade, o indivíduo pensa que é algo que não é nunca será;
é por isso que pode e deve ser destruído.
Ûñï Méjì separa o grosseiro do fino, para que este útil possa se tornar realmente útil
a natureza cósmica. Pode indicar uma certa reticência em levar a cabo grandes atitudes
e trabalhos, uma inteligência prática e saudável, além de um certo, mas importante bom
senso.
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Òfún Méjì
Òfún Méjì é o decimo sexto na ordem de Ifá e representado no jogo de búzios através
de 10 búzios abertos. Òfún Méjì é a origem de todas as coisas, é a grande mãe do
cosmos. A ela tudo retorna e recomeça.
Este Odù representa consciência cósmica, esclarecimento, alegria, capacidade de ver
significado eterno por trás da realidade dura e palpável.
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que absolutamente não é da mesma ordem e nível que se situa a consciência humana
normal. Certamente aquele que desenvolve sua percepção portanto a sua compreensão
do que é o universo e nossa posição nele, poderá estar livre da limitação imposta pela
manifestação contida e poderá falar e atuar sobre todas as formas, como realmente
merece e tem capacidade e autoridade para fazê-lo.
Está é grande lição de Òfún Méjì, seus filhos são dotados de extraordinária
sensibilidade; possuem um temperamento tranquilo e uma natureza meiga, devotada,
mística e idealista. Òfún Méjì determina um psiquismo sensível, o que muitas vezes
faz sofre seus filhos, que sentem demasiadamente as forças maléficas de ambientes ou
pessoas, que em outras pessoas não causariam impressão, mas que neles produzem
fortes reações psíquicas e físicas.
Entre os filhos inferiores de Òfún Méjì encontramos os alcoólatras, os viciados em
entorpecentes, os falsos profetas, os fanáticos religiosos, as vítimas da mediunidade e
os invertidos sexuais.
As ocupações dos filhos de Òfún Méjì, são quase sempre ligadas ao bem estar social;
entre eles encontramos os médicos, os missionários, os professores e educadores de
orfanatos, hospitais e abrigos de abandonados. Os gênios metafísicos e filósofos,
Os utopistas, os idealistas de um mundo melhor, os eremitas e ascetas estão certamente
sob a poderosa influência de Òfún Méjì.
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EXEMPLO 1:
Vamos supor que em uma determinada consulta, o jogo de Búzios nos “fale” as
seguintes informações:
Uma senhora veio se consultar, mas não disse nada referente ao motivo que a levou ao
jogo de Búzios. Como Odù principal da consulta surgiu o Odù Ogbè Ìdin (ou seja,
surgiu um ömö Odù ou seja...um “Odù filho” do Odù Ogbè Méjì com Ìdin Méjì ).
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Com a mão direita jogamos os 16 Búzios, dentre os quais caíram 8 Búzios abertos.
Após então, com a Mão esquerda jogamos novamente os dezesseis búzios, dentre os
quais caíram 7 búzios abertos.
Esta formação nos indica como Odù Öpölî (Odù da consulta) o ömö Odù : Ogbè odí,
portanto uma junção entre o Odù Ogbè e o Odù Ìdin.
Através da Igboigbo, devemos então analisar se o respectivo ömö Odù está atuando de
forma positiva ( Ûnà Rere “bom caminho” ou negativa, Ûnà Burúkú “mal caminho”).
Pegamos uma pedra branca pequena e uma preta também pequena e damos a pessoa
que veio se consultar. A pessoa troca várias vezes as pedras entre suas mãos, até que
ao acaso fique uma em cada mão. Jogamos então uma vez os 16 búzios para cada mão
da pessoa . Vamos supor que neste exemplo, para mão direita da pessoa caíram 9 búzios
abertos, indicando o Odù Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì) e que para mão esquerda da pessoa
caíram 10 búzios abertos, indicando o Odù Òfún . Supondo também que na mão
esquerda da pessoa está a pedra branca e que na mão direita da pessoa está a pedra
preta. Podemos ver então que , pela ordem tradicional de Ifá o Odù Ûsá Ëlïyë (Ûsá
Méjì) é o “mais velho” que Odù Òfún ( Ûsá Ëlïyë (Ûsá Méjì) – decimo na ordem e
Òfún é o decimo sexto na ordem) mas que devido ao Îsï Ìtûn Odù contado no capítulo
referente ao Odù Òfún , seria na verdade este Odù que ganharia a disputa. ( lembre –
se que o Odù Òfún ganha hierarquicamente de todos os Odù até Ûwýnrín Méjì, na
oitava posição.) Indicando que foi a mão esquerda, a escolhida pela IGBOIGBO , ao
que pedimos para a pessoa abrir a mão esquerda aonde está a pedra branca.
Simbolizando desta forma que o Odù Ogbèìdin está atuando positivamente, portanto
está em Önà Rere ( bom caminho ) trazendo uma boa sorte.
O próximo passo então, será analisarmos que tipo de boa sorte este Odù está falando
na consulta, ao que vamos jogar uma vez para cada ABIRA (símbolos utilizados no
oráculo ) a saber :
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CACO MADEIRA CARACOL BÚZIOS PEDRA
Caco: 11 Búzios abertos – Odù Ûwýnrín Méjì – Oitava posição na Ordem de Ifá.
Madeira: 13 Búzios abertos – Odù Ûyîkú Méjì, Bàbá Yëkú-Yëkú– Segunda posição.
Caracol: 1 Búzio aberto – Odù Ûkanna (Ûkànràn Méjì) – Sexta posição.
Búzios: 8 Búzios abertos – Odù Ogbè Méjì – Primeira posição
Pedra: 16 Búzios abertos – Odù Òtúrá Ëlïjý (Òtúrá Méjì) – Décima Segunda posição.
O Odù Ogbè Ìdin está “falando” de boa sorte referente a ganhos financeiros.
Significando que a pessoa está com boas chances de conseguir lucros, e o que está
acontecendo é uma grande impulsão ( Ogbè Méjì ) com aberturas de novos
empreendimentos, mas está havendo uma concentração de possibilidades
( Ìdin Méjì ). Desta forma então este Îsï Ìtûn Odù , fechando as oportunidades em uma
só possibilidade, talvez referente a dependência de resposta de outra pessoa, para que
os lucros comecem.
Devemos então agora ver qual a divindade responsável em cuidar deste caso,
beneficiando a pessoa com a abertura de possibilidades ao fim desejado. Para tanto
devemos novamente jogar para cada ABIRA:
Vejamos o exemplo:
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- CACO: 5 Búzios abertos – Odù Ûñï Méjì – Décima Quinta posição
- MADEIRA: 3 Búzios abertos – Odù Ògúndá Méjì – Nona posição
- CARACOL: 4 Búzios abertos – Odù Olósùn Odídërï (Olósùn Méjì) –Sétima
posição
- BÚZIOS: 14 Búzios abertos – Odù Ìká Méjì – décima Quarta posição
- PEDRA: 11 Búzios abertos – Odù Ûwýnrín Méjì – Oitava posição
Podemos ver então que ganhou a alternativa foi CARACOL, indicando que é um Òrìñà
Funfun ( Branco ) que resolve esta questão.
Para a maioria das pessoas no Brasil, só existem 2 Òrìñà Funfun, os quais seriam
basicamente :
Oxalufan (Òrìñà Olúfýn Ajígúnà Koari - “ Aquele que grita quando acorda” ) e O (
Òrìñà Ògìyán Ewúléèjìgbò– “ Senhor de Ejigbò ” )
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Òrìñà Olúfýn
Òrìñà Oko
Òrìñà Ògìyán
Òrìñà Agballa
Òrìñà Öramfé
Òrìñà Erìnmí
Òrìñà Ûrúnmìlà
Òrìñà Ölýbà
Òrìñà Àkirè
Òrìñà Èguin
Òrìñà Odùduwà
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A técnica consiste então jogarmos para cada Òrìñà, obviamente dentro do
limite de conhecimento de quem está jogando. - Exemplo baseado em 2
Òrìñà Funfun:
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Em nosso exemplo formaram-se as seguintes alternativas:
- Para que esta pessoa tenha uma abertura de caminhos com uma
EXPANSÃO RÁPIDA ( Ogbè Méjì ) e venha a CONCENTRAR ( Ìdin
Méjì ) lucros financeiros em suas mãos. Ela deve oferecer dois peixes e
Ìgbín a Oxaguian, não se esquecendo que o mesmo deve ser ofertado
primeiramente a Èñù, para que o mesmo dinamize a questão e leve a
mensagem até Olódùmarè.
-
Outro Detalhe extremamente importante é o fato de que toda e qualquer
oferenda, assim como toda ritualidade, deve ser feita com ervas
específicas, as quais são a base da magia a ser manipulada.
( Para maiores informações, leia nossa apostila: Poderes das Folhas )
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Exercício 1
Exercício 2:
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Exercício 3:
Exercício 4:
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As quais devem sempre ser indicadas através do jogo.
Exemplo:
- Pergunta:
- Èñù, nesta oferenda devo acrescentar mel?
- Sim ou Não?
Se joga então duas vezes, uma vez para cada alternativa- sim ou não ?
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Saudação a Ìyàmì Òñòròngá
Ìbá Akodá
To da tie lori ewé
Ìbá Añedá
Ti te tie nile pénpé
Ìbá Ìyàmì Òñòròngá
Tradução
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Mo júbà Ömödë
Mo júbà Agbà
Mo júbà awon Agbà Mïrìndínlógún
Moo júbà Ûrúnmìlà ogbaiye gborun
Ölýjý Òní ko òrò mi yèwò
Ìwá Àbá Àñë.
Tradução
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Evocação a Èñù:
TRADUÇÃO:
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ÈÑÙ, O PODEROSO FILHO DE DEUS, CUJA GRANDEZA
SE MANIFESTA EM TODO LUGAR
ÈÑÙ, APRESSADO, INESPERADO, QUE QUEBRA EM PEDAÇOS O QUE NÃO PODE
SER COLADO
ÈÑÙ NÃO ME MANIPULE
MANIPULE O FILHO DE OUTRA PESSOA.
Evocação a Ògún
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Tradução
ÀÑË OO!!
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