Você está na página 1de 8

Amarração de Ibo (Tradicional Iorubá)

O objetivo principal foi trazer uma explicação sobre o uso do Ìbò em Ifá.
O Ìbò é conhecido como iránsé e são referencia usadas em Ifá para se fazer uma pergunta
diretamente ao oráculo. Qualquer tipo de pergunta que seja feita a Ifá, vai ter respostas SIM
e NÃO, e serão feitas usando o Ìbò. Ifá responde coisas complexas através de um Odù ou
diretamente através desse processo binário de pergunta.
Um Babalawó deve usar sempre seu Ifá para saber o que fazer. Deve perguntar antes de
fazer e não depois de ter feito. Essas perguntas são feitas usando o Ìbò.
Em Ìròsun-ògúndá (Ìrsoùn-wááwaá) Ifá diz:
gbooro làá gbé lè aláso o
Com respeito as pessoas preparam o lugar de descansar de uma pessoa próspera
Kìrìmù-kìrìmù làá sunkú emèrè
Com leviandade as pessoa preparam o enterro de uma criança destinada a morrer (àbíkú)
A dià fún àbébè-bí igbòdú
Ifá foi consultado para abébé-bi igbodu
kínní ò jé ń ráyè bà´ku lo o
Que o preveniu de cair vítima da morte
Ìbò òpè ní mò n dì
Ibo foi usado para perguntar a Ifá
Ni ò jè ń ráyè bá kú lo o
E eu não fui vítima da morte
O objetivo mais comum do Ìbò é para se obter uma resposta SIM ou NÃO para uma
pergunta que pode ser feita pelo olhador ou pelo consulente. A resposta é obtida através da
designação de Sim e Não para 2 objetos que são escondidos dentro da mão do consulente.
Sem que se saiba o seu interior de cada mão, através de 2 caídas de ou 2 jogadas de
búzios, usa-se o Odù mais antigo para determinar a abertura de uma das mãos. O seu
conteúdo vai determinar se a resposta é SIM ou NÃO, ou seja, será feita a escolha de 1
entre 2 alternativas.
O Ìbò é a ferramenta de oráculo que traz para ele a característica de interatividade, de
transparência e confiabilidade ao oráculo de Ifá.
Em Ifá o olhador não joga sozinho, ele o faz através do orí e do rìṣà da pessoa. Assim o
processo de ìbò existe para permitir esta participação conjunta do olhador e do orí do
consulente.
Isso é muito diferente de você se sentar à frente de um olhador e ele falar um monte de
coisas que diz estar “vendo” no jogo dele, ou você fazer uma pergunta, ele jogar os búzios e
dar a resposta ou ainda, ele joga os búzios e fica falando um monte de coisas relativas a
vida, outras pessoas, parentes, etc… Isso, não é Ifá, é apenas vidência e o olhador poderia
estar jogando palito de fósforo ao invés de búzios.
Mas, antes de prosseguirmos, cabe uma nota. O ìbò tem, como se verá, 2 usos. O primeiro.
Mais básico e convencional, que é este processo de escolha de 1 entre 2 opções através de
uma interação entre o olhador e o consulente. Isto é chamado jogo do ìbò.
O outro uso, exclusivo de Ifá, é quando existe um conjunto de objetos, chamados de ìbò, e
que cada um tem um significado (destino, dinheiro, relacionamento, etc.). Através da jogada
de um Odù para cada objeto se escolhe um dos objetos (ìbò) ou uma sequência deles e o
seu significado, do objeto, não do Odù complementa a interpretação do ọmọ Odù criado
inicialmente irá influenciar mais a vida do consulente.
Assim a expressão ìbò passa a traduzir este tipo de influência e não somente um simples
processo de jogo de escolha.
No primeiro método, SIM ou NÃO, o ìbò é usado em um processo bem simples e aplicado
toda vez que se necessita de uma resposta sim ou não. O ìbò não tem respostas
intermediárias e este estado binário é o único possível.
As perguntas a serem feitas devem ser sempre muito claras no sentido de direcionar sua
resposta para um simples sim ou não. Deve-se tomar o cuidado para evitar perguntas
formuladas em construções complexas onde se pede o não para uma afirmativa falsa, ou
seja, o não é sim. O formato correto é uma pergunta que tenha como resposta SIM ou NÃO
e cujo SIM seja a resposta que você espera.
O procedimento é bem objetivo. Para uma dada questão colocada pelo olhador ou pelo
consulente, é escolhido um ìbò (a serem detalhados a seguir)
para designar a resposta sim e um outro para designar a resposta não. Estes ìbò são dados
para o consulente que irá mistura-los, afastado dos olhos do olhador e guardar cada um
deles dentro de sua mão fechada.
O olhador irá então jogar os búzios ou o para cada uma das mãos. Através de uma regra,
umas das mãos será aberta. Se nela estiver o ìbò que foi associado a resposta sim, então
esta é a escolhida. Se estiver o associado a resposta não será esta a resposta à questão.
Observem que o babalawó não tem como controlar o processo. Sem saber em qual mão
está o Ìbò do sim e do não ele não tem como direcionar a resposta.
O segundo processo, de uso do Ìbò, é parte do processo de consulta à Ifá e visa, através do
ìbò, se interpretar a área de influencia do Odù na pessoa. Em Ifá este processo é um
recurso para melhorar a interpretação do olhador.
Com o merindilogun o jogo de búzios, o uso do Ìbò, pode não ser necessário visto que a
análise das caídas, antes mesmo da interpretação do ọmọ Odù pode já trazer esta
informação, aliás já traz. A análise dos búzios no merindilogun já antecipa a mensagem do
Odù.
Mas em Ifá, para esta análise mais complexa usando o Ìbò, são feitos lançamentos de para
cada ìbò que é colocado na frente do babalawó,da direita para a esquerda. Após todos os
lançamentos, aquele que tiver o Odù de maior senioridade é o escolhido e seu significado
associado à consulta. Em tese este processo não pode ou não deve ser feito com os
búzios.

Os tipos de Ìbòs:
Para o uso no ìbò existem em torno de 8 objetos com significados distintos. Podem ser
usados mais objetos especializados mais ainda os significados.
Existem dois ìbò que se prestam ao uso geral e são Efún (sim) e o apaadi (não).
Na tabela a seguir a última coluna pode ter 2 tipos de informação. Sim ou não quando o
significado do ìbò é constante, ou sim-[ibó] ou não-[ìbò] quando o ìbò toma o significa
quando na presença do [ibó]. Por exemplo, o owó-ẹyọ vai significa sim fazendo par com o
apaadi e não fazendo par com o ẹfun .

Ibó Significado
okúta – Pedra
É usada para representar a imortalidade e estabilidade da alma e espírito.
Deve ser usado para representar:
IRE
Saúde
Disputas, brigas, desentendimentos. Quando se briga as pessoas jogam pedras nas outras.
Teimosia ou recusa de ouvir as advertências e conselhos.

ẹfun
Usado em perguntas genéricas significando SIM

okoto – caracol
Usa-se uma concha alongada e em espiral, pode ser de qualquer espécie desde que de
água salgada
Deve ser empregada em questões que envolvem casamento, relacionamento, feitiçaria,
doenças e também relativas a òrìṣà femininos relacionado com a Água

owó-ẹyọ – Búzios
Eram empregadas como dinheiro antigamente. Como moeda, o proprietário tem quase
poder ilimitado para negociar e controlar uma grande quantidade de produtos e serviços.
Em Ifá é usado para perguntar 6 coisas:
IRE – dinheiro traz bênçãos.
Riqueza – dinheiro em abundância garante saúde
Confirmar um ẹbọ ou sacrifício para um odù
SIM – confimar a pergunta.
Disputa por dinheiro ou outros assuntos que farão o consulente gastar dinheiro.
IRE de esposa. Esposa significa gastar dinheiro.

apaadì – Caco
Quando um prato é quebrado ele se torna sem utilidade para o seu proprietário. Não será
usado para servir mais ninguém.
Em Ifá é usado para significar 4 coisas:
Perda
IBI
Falta de esperança – uma situação muito ruim
Falta de utilidade.

Gungun – osso
Ossos somente são obtidos após a morte de um animal. Dessa maneira ossos representam
morte e desapontamento. O fim de uma iniciativa ou projeto. Recomenda-se usar o osso do
pescoço de um roedor grande(*1).
Em Ifá é usado para representar 3 coisas:
Morte
Ibó Significado
Ancestrais
Egúngún

Ewé Ayó – fava


Semente de uma arvore frutífera e farta.
ma variedade de favas ou sementes são usadas. São todas de arvores africanas, é claro. O
que deve se ter atenção é que essas arvores são frutíferas e estão associadas a usos
benéficos, assim deve-se buscar uma associação equivalente para o Brasil. semente tem
um uso especial sempre que se pergunta alguma coisa é usado para IRE, crianças, esposa,
felicidade

orí rere – cabeça


Usada a cabeça de um animal usado em um sacrifício a Ifá.
Assuntos relativos ao próprio orí da pessoa.

Dente
Se um dente é removido ele se torna sem utilidade para o proprietário. Em sua sabedoria,
Ifá usam os dentes para representar perda.
Em Ifá é usado para perguntar 4 coisas:
Perda
Divórcio
Separação
Diferenças inconciliáveis

Observe que a designação destes significados bem como a quantidade de ìbò pode variar
por pessoa ou tradição. Deve-se observar que o processo do ìbò pode ser usado em
qualquer situação de pergunta e resposta.

Análise do ire e ibi , através dos Ìbò de boa sorte e infortúnio.


Complementando as informações sobre a análise do Odù, até este momento já sabemos
qual signo se manifesta e desta forma quais as suas mensagens. Também já determinamos
sua orientação (ire/ibi), sua intensidade e origem. Em termos de Odù já temos todos os 3
que serão usados na interpretação da consulta e para concluir nosso entendimento só falta
determinarmos o ebó e assim partirmos para a explicação disso tudo para o consulente.
É importante lembrarmos que o ebó é definido antes de se explicar ao consulente sobre o
Odù que saiu. Interessante, não? Mas é isso mesmo, inclusive usamos a informação do ebó
escolhido para também fundamentar a nossa análise.
Na prática, jogamos, jogamos, jogamos e jogamos e depois falamos, falamos e falamos.
Isso pode parecer estranho para consulentes que estão acostumados com búzios onde se
fala o tempo todo enquanto se joga.
Vamos relembrar, também, que Odù não é um problema. Ele não traz um problema. Odù é
a solução para os problemas. O que fazemos é decifrar o que ele vem a resolver na vida da
pessoa. Deciframos a “doença” através do seu remédio.
Prosseguindo, antes de realizarmos a determinação do ebó, temos a opção de fazer um
passo adicional que é uma análise complementar do Odù, através do Ìbò, para
entendermos melhor a sua natureza, mensagens e energias que traz para a vida do
consulente.
A análise do Ìbò é um passo opcional, muitos não o fazem, não vêem necessidade, mas,
entendo que não podemos ignora-lo uma vez que faz parte do conjunto de ferramentas de
Ifá à disposição do babalawó.
Como já sabemos um Odù traz informação sobre energias que podem estar influenciando a
vida de uma pessoa de vários aspectos. Não é uma tarefa simples determinar qual das
mensagens do Odù diz respeito àquela pessoa ou qual é mais significativa para ela está
afetando o consulente e existem muitas opções em cada Odù de maneira que não podemos
querer enquadrar o consulente em todas elas ou mesmo fazer isso aleatoriamente.
É claro que quando iniciarmos a discussão do Odù com o consulente a interpretação que
esta vai dar para nossas palavras nos dará uma indicação importante ou definitiva do que
temos que tratar, mas, a interpretação da natureza da energia do Odù através do ìbò
fornece mais um pedaço do quebra cabeça e de forma alguma substituirá a interpretação do
consulente, mas, melhor nos prepara para esta etapa que ainda se seguirá.
A interpretação do Odù será feita então, como iniciei, com uma análise baseada no uso do
ìbò e que determina que tipo de infortúnio ou boa sorte este Odù esta mostrando. Esta é
uma abordagem muito comum em Ifá e também presente no owó eyo méríndílógún
africano, conforme Bascon documentou, mas as referências na diáspora são quase
nenhuma.
Primeiro temos que entender o seu princípio. Associa-se a cada objeto usado noìbò um
significado que traduz um tipo de boa sorte ou um tipo de infortúnio. Usa-se o processo de
escolha do ìbò para se escolher um deles ou então determinar a hierarquia entre estes
significados. Assim poderemos entender, naquele momento que mensagem Olódùmarè traz
através de Òrúnmìlà. Esta informação complementa a interpretação do Odù em condições
mais específicas já que Ifá fala através de metáforas.
Em se seguindo a ordem de procedimentos aqui sugeridos, ao se chegar a esta etapa de
avaliação do ìbò, já se realizou quase toda a interpretação possível. Diferente de Ifá, opón
do owó-eyó méríndílógún não é apenas uma placa para se registrar o Odù no ìyerosùn, é
um instrumento vivo e completo onde além da definição do Odù através dos búzios abertos
e fechados, é considerado a sua posição no opón e sua configurações gráficas.
Mas, adicionalmente, Ifá possui este processo de análise que utiliza o ìbò e que permite de
uma outra forma aprofundar nesta avaliação cabendo a cada um avaliar se isto será ou não
útil.
O Ìbò não retira do babalawó a responsabilidade de interpretar a situação, apenas adiciona
mais detalhes.
Seguindo adiante o ìbò permite ao olhador melhorar a sua precisão ao indicar as áreas que
mais se influenciam por este Odù. Além disso o uso do ìbò caracteriza novamente a
interação entre o oráculo e o orí do consulente permitindo que o próprio orí participe do
processo.
Quando estamos tratando das pessoas que jogam através ou apoiadas em mediunidade e
vidência este tipo de argumento fica sem sentido, mas se tratamos de um método que o não
dependa explicitamente disso então esta interação Oráculo, orí é importante. Mas vamos ao
processo.

Vamos recordar os principais tipos de ìbò:


1 Okúta
2 Owó
3 Irú
4 ehín
5 okoto
6 Egun
7 apaadì
1 Pedra
2 Búzios
3 sementes
4 Dente
5 concha
6 Osso
7 caco
E também os seus significados de uso, conforme já mostramos na tabela anterior.
Estes símbolos adquirem significados um pouco diferentes dependendo se estamos
tratando de boa sorte ou infortúnio bem como a seqüência que são usados também será
diferente. Antes de analisarmos o significado vamos tratar do método que é comum.
Se estivéssemos lidando com Ifá a escolha destes ìbò obedece a um processo clássico e
muito rico no qual usando o determina-se um Odù para cada ìbò e análise dos resultados
baseado na senioridade (hierarquia) vai determinar a escolha do ìbò e desta forma da
benção ou do infortúnio. Entretanto, de novo, posso fazer uma consideração adicional sobre
o que é ou não padrão nesse oráculo. Apesar de esse método de análise ser descrito por
algumas fontes, em um livro do Abimbola ele relaciona o uso do òpèlè da mesma forma que
o owó eyó mérìndílógún, fazendo a seleção através de respostas de SIM/NÃO. Dessa
maneira fica a critério de cada um, mas penso que o òpèlè deve ser usado através da
hierarquia, por ser esse um processo mais rico e os búzios através das perguntas de
SIM/NÃO.
Com os owó eyó mérìndílógún as fontes mais tradicionais dizem que não é possível fazer
este processo de hierarquia, pelos mesmo motivos já explicados do porque eles não fazem
hierarquia. Neste caso procede-se a uma processo de escolha baseado em sim/não para
cada ìbò respeitando a seqüência indicada. No processo de sim/não são determinados 2
Odù e a análise de senioridade simples determina se aquele é ou não o escolhido. Pega-se
cada ìbò tira-se 2 Odù perguntando sim ou não para aquele ìbò. É claro que o processo
termina quando se escolhe um ou seja, no primeiro sim interrompe-se o processo.
Já o processo não para quando se determina o ìbò com o òpèlè é diferentemente e tira-se
um Odù para cada ìbò. Assim o ìbò não é escondido pelo consulente. Coloca-se os 5 ìbò na
frente do olhador e se joga o òpèlè na frente de cada um deles, anotando o resultado. Ao
fim das 5 jogadas se analisa a hierarquia da direita para a esquerda lebrando-se de
considerar os Odù de valor determinante que se caírem no primeira lançamento, no primeiro
ìbò da direita eles serão o vencedor, independente da caída de um Odù como ogbè méjì ou
òfún méjì posteriormente. Ao se ordenar os Odù de acordo com a sua hierarquia
determina-se também a hierarquia dos ìbò e da correspondente energia do Odù na vida do
consulente.
Alternativamente eu poderia citar os mesmo argumentos já mencionados para justificar o
uso do ọwó eyó mérìndínlógún com a hierarquia, mas, lembrando que não se pode usar a
quantidade de búzios abertos e sim a hierarquia entre os signos de ifá ọmọ Odù para isso.
Fica a critério de cada um decidir isso e que use o seu próprio oráculo para definir.
No caso de se decidir usar a hierarquia para escolher o ìbò deve-se tirar um Odù para cada
um deles, e seqüência da direita para a esquerda. Analisa-se a senioridade conforme já foi
explicado e usa-se a hierarquia obtida para entender os fatores em ordem de influencia.
Desta maneira irá se saber qual o que está sendo mais influenciado e os demais.

Boa Sorte
Se a orientação do Odù for ire a determinação da boa sorte, ou benção os ìbò devem ser
analisados, como sempre, da direita para esquerda do quadro a seguir e de acordo com os
seus significados:
Ìbò Significado
apaadì
Representa vitória e sucesso
Diz respeito a vitória na vida sobre os seus inimigos e podemos aqui incluir as relações de
trabalho e negócios

Egun
Representa a saúde
Indica que o Odù se refere a saúde do consulente ou de sua família, ou seja, mulher e
filhos.

Irú
Representa a fartura e felicidade
Filhos, felicidade e fartura

okoto
Representa a mulher
Representa os relacionamentos, a casa ou o casamento

owó-ẹyọ
Representa dinheiro
Indica que o Odù se refere a questões de negócios

okúta
Representa destino e a vida
Indica que o Odù se refere a questões da vida do consulente

A sequencia para colocar os Ìbò é de baixo para cima, assim o okúta será o primeiro a
direita e o apaadi o primeiro a esquerda.
Segundo a cultura local uma pessoa precisa ter vida longa para poder ter tempo para
prosperar e realizar os seus objetivos, se ele tiver uma vida longa poderá ganhar dinheiro
que o permitirá casar, ter uma casa e esposa e os filhos serão o reflexo de seu sucesso
bem como a continuidade de sua descendência sendo o seu bem mais valioso e por fim
tendo uma família ele terá sucesso vitória na vida sobre seus inimigos e problemas porque
sua família e casa vão dar lhe o apoio e sustento.

Infortúnios
Para os infortúnios os ìbò se apresentam da seguinte forma:
Ìbò Significado
apaadì
Representa a perda
Diz respeito a perda de bens e de posições no trabalho.

Egun
Representa morte
Indica que o Odù se refere a questões da vida do consulente, principalmente mulher e
filhos.

Ehín
Representa a Separações
Divórcios, separações, diferenças inconciliáveis
okoto
Representa doença
Indica que o Odù se refere a questões de saúde ou inveja e o malefício de outros.

owó-ẹyọ
Representa carencia
Representa problema financeiros.

okúta
Representa destino
Representa a luta e conflitos que podem afetar o relacionamento com vizinhos, amigos,
pessoas em geral e atualmente principalmente trabalho.

Os infortúnios mais temidos pelos yorùbà são a morte porque ela elimina todos os seus
esforços e irá comprometer a sua família, depois vem a doença porque ela vai prejudicar a
sua capacidade de reagir, trabalhar e ganhar dinheiro, entretanto pode ser remediada,
depois vem a luta que é em decorrência de desentendimento, mal-entendido, discussão e
pode terminar com morte ou grave prejuízo, depois vem a carência ou falta de dinheiro e
por fim a derrota que implica em perda material mas pode ser recuperada.

Você também pode gostar