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EXU

O Orixá da Dinâmica

Exu Orixá e Exu de Umbanda


Exú orixá é um dos Deuses africanos que representa a dinâmica e o inicio de
tudo, este Orixá tem varios nomes só diversificando de região o pais ao qual
ele foi ou é cultuado. Veja os mais comuns ao qual este ser é chamado:
Eleguá, Elebara, Bara (aquele que habita o corpo), Akesan (exú de ifá), Iangi
(exú do inicio da criação), Onan (Exú senhor dos caminhos), este são apenas
alguns de muitos nomes aos quais este Orixá é conhecido dentro da religião
africana e também no Candomblé.

Conta uma das lendas que Exú Yangi fez parte da criação do mundo, tendo
como papel de mensageiro de Deus (Olodumare), assim foi ordenado que
viesse a terra para saber se ela já poderia ser habitada pelos seres humanos e
os Orixás. Chegando aqui não quis mais voltar a Orun (ceú), então percebe-se
que logo este orixá novamente foi o primeiro orixá e ser a chegar na terra, por
isso ele é o primeiro a ser reverenciado no Culto como: Agrados, Matanças,
Primeiro do Xirê (canticos), etc. As Cidades africanas que ele é mais cultuado
são: Ekiti, Ketu (onde se tornou rei), Ondo, Inebu, etc.

Exú de Umbanda não é Exú Orixá. Por que? Exú na Umbanda são entidades
ou espíritos de luz que tem por missão ajudar seus protegidos dando lhes
orientação em forma de consultas de adivinhação, pois estes incorporados em
seus mediuns respondem com a verdade aquilo que o consulente quer saber
com a finalidade de lhe avisar de algum mal ou bem que esteja preste a
acontecer, com o intuito de impedir algum mal ou lhe mostrar algum bem em
seus caminhos (sua vida).
Esses exús tem nomes e histórias bem diferentes uma das outras. Na
Umbanda eles são conhecidos como: Exú tranca rua, Maria Mulambo, Exú
Caveira, Exú tiriri, Marabô, Padilha, Zé pelintra, Calunga, Exú mirin, Lodo, Reis
das Sete Encruzilhadas, Exú veludo, Toquinho, Pinga fogo, Meia noite, Maria
Navalha, etc...

O que é Exu de Umbanda?

Exú de Umbanda não é Exú Orixá. Por que? Exú na Umbanda são entidades
ou espíritos de luz que tem por missão ajudar seus protegidos dando lhes
orientação em forma de consultas de adivinhação, pois estes incorporados em
seus mediuns respondem com a verdade aquilo que o consulente quer saber
com a finalidade de lhe avisar de algum mal ou bem que esteja preste a
acontecer, com o intuito de impedir algum mal ou lhe mostrar algum bem em
seus caminhos (sua vida).

No Candomblé esses Exús que não são Orixás são conhecidos como Ecuru ou
Ekuru (próprios Eguns ancestrais) que no Candomblé já pertencem a outro
típico de culto, na Africa existe um culto típico somente para este tipo de
espírito (O culto aos Eguns ou Elesé Egum). Então como podem ver Exú Orixá
não se manifesta em Giras de Exú na Umbanda, porém, algumas casas de
candomblé cultuam Exús Ekurus (entidades), pois alguns devotos já vieram
antes de se iniciar dentro do culto ao Orixá (candomblé) da religião da
Umbanda, então já traziam estas entidades que as vezes não querem deixar
de dar suas consultas e orientações aos seus devotos. Casas de Santo como
na nação de Angola tem por natureza cultuar essas entidades, mas hoje em dia
é muito comum dentro do candomblé assentar estes Exús mo no Ketu, Jeje,
Engenho velho, etc.

Esses exús tem nomes e histórias bem diferentes uma das outras. Na
Umbanda eles são conhecidos como: Exú tranca rua, Maria Mulambo, Exú
Caveira, Exú tiriri, Marabô, Padilha, Zé pelintra, Calunga, Exú mirin, Lodo, Reis
das Sete Encruzilhadas, Exú veludo, Toquinho, Pinga fogo, Meia noite, Maria
Navalha, etc...

Classificação Moral (Bem Ou Mal): Exú Pagão Ou Exú Batizado?

Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar


trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está
agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o
pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o
verdadeiro Exú, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los
para suas falanges que trabalham visando a própria evolução.

O chamado "Exú Pagão" é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem


luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora
possa ser despertado para evoluir de condição.

Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e,


trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que
ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra
nos reinos da marginalidade.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exú com um espíritos


zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a
denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os
presentes, usando nomes de "Guias".

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados "Exus Pagões" a
denominação de "Exú", classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos
para os ditos "Exus Batizados" a denominação de "Exu".

Classificação Pelos Pontos de Vibração dos Exus:

Exus Do Cemitério:

São Exus que, em sua maioria, servem à Obaluaiê. Durante as consultas são
sérios, reservados e discretos, podem eventualmente trabalhar dando passes
de limpeza (descarregando) o consulente. Alguns não dão consulta, se
apresentando somente em obrigações, trabalhos e descarregos.

Exus Da Encruzilhada:

São Exus que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus da
estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de
dar consulta e também participam em obrigações, trabalhos e descarregos.
Alguns deles se aproximam muito (em suas características) dos Exus do
cemitério, enquanto outros se aproximam mais dos Exus da estrada.

Exus Da Estrada:

São os mais "brincalhões". Suas consultas são sempre recheadas de boas


gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um
guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas
"brincadeiras" devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os
guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e
também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao
mesmo tempo.

 EXU

O Sagrado Orixá Exu, é um mistério do divino criador, ele possui uma faixa
vibratória e um grau magnético somente seu, assim como os demais Orixás.

Ele é um agente da Lei Maior, é responsável pelo mistério vitalizador e


desvitalizador e atua transformando a vida de todos os seres.

 EXU MIRIM
O Sagrado Orixá Exumirim, é mais um mistério do divino criador e possui uma
faixa vibratória e um grau magnético somente seu.

Ele é responsável pelo mistério Ocultador e Desocultador e atua transformando


as situações em que os seres se deparam em suas jornadas.

 POMBAGIRA

A Sagrada Orixá Pombagira é mais um mistério do divino criador. Ela possui


uma faixa vibratória e um grau magnético somente seus, assim como os
demais Orixás.

Ela é responsável pelo mistério Estimulador e Desestimulador, ela atua


complementando o mistério do Sagrado Orixá Exu, transformando assim a vida
dos seres.

 POMBAGIRA MIRIM

A Sagrada Orixá Pombagiramirim é um mistério do divino criador ainda não


revelado.

Já sabemos da sua existência, mas não sabemos onde ela atua.

 TRIDENTE DE EXU

Quando falamos no tridente alguns pensam ser uma forma do mal, mas isso
não é verdade desde o primórdio da natureza Deuses e Tridentes já se
misturavam, videm Poseidon o Deus dos Mares. O Tridente é o Simbolo do
Poder e assim é com Exu. O Significado do Tridente de Exu na Umbanda é
explicado no seguinte texto:

"O tridente é uma simbologia magística do ternário em conjunção com a mãe


terra, ou seja representa as três pontas voltadas para cima, buscando alcançar
o limiar das alturas e com isso, a evolução espiritual que se faz necessário a
todos os seres, quer sejam encarnados, quanto desencarnados, e sendo que a
sua base vai a terra, é indicativo que essas entidades (Exus e Pombagiras)
estão atreladas à vida mundana da terra e com ela buscam a sabedoria e o
equilíbrio necessário para que assim possam crescer materialmente. O tridente
em si mesmo, possui os quatro elementos primordiais: o ar água e fogo devido
as suas três pontas voltadas para cima, e ao elemento terra (que é associado
simbolicamente pelo numero 4) devido a haste central que tem como base a
terra, formando em si mesmo uma ferramenta magisticamente perfeita".
Isso prova mais uma vez que Exu é o Rei da Encruzilha da encruzilhada dos
elementos o senhor que domina todos elementos.

Diz-se que o Tridente em curva (Vermelho) é de Pomba-Gira e o Reto (Preto) é


o de Exu, mas na verdade os Tridentes Curvos são de entidades do Fogo e do
Ar e os Retos de Exus da Água e da Terra.

A energia de Exu é tripolar: positivo (movimento), negativo (inércia) e neutro


(equilíbrio). Isso não quer dizer que Exu faça o bem e faça o mal, isso significa
que tudo na vida tem polaridades energéticas que geram equilíbrio. Exemplo
disso, é a corrente elétrica de uma casa. Os polos desta tripolaridade também
são simbolizados por: Exu, Pomba Gira e Exu Mirim; Masculino, feminino e
criança; Dentro, fora e vazio (o nada).

Pólos Positivos, Negativos e Neutros

Em toda Criação iremos encontrar os pólos magnéticos que tanto absorvem


quanto irradiam determinadas energias. Sendo assim nós temos a energia
positiva, a negativa e a neutra.

Nenhuma delas refere-se ao "bem" ou "mal" propriamente, até porque o


conceito de bondade e maldade não é algo que possa ser mensurado e
normalmente consideramos o que culturalmente nos é posto, por isso pólos
negativos, positivos e neutros estarão presentes em toda Criação.

Entretanto, tanto nas dimensões paralelas à nossa quanto em nosso corpo


esses pólos determinam a natureza energética a qual emanamos. Entende-se
que o nosso corpo comporta um tipo de energia do lado direito que
corresponde ao nosso consciente e racionalidade e outra do lado esquerdo,
este por sua vez está ligado ao inconsciente e as emoções.
Alguns estudos, inspirados na filosofia chinesa de Yang e Yin sobre leitura
corporal, argumentam que nossos impulsos são influenciados pela relação
direita-esquerda entre o cérebro e o corpo.

Nessa concepção esses dois lados estão interligados, sendo o lado direito do
corpo correspondente ao lado esquerdo do cérebro e ainda responsável pela
expressão de racionalidade e produção do ser e o lado esquerdo do corpo
ligado ao hemisfério cerebral direito, correspondente às emoções e vontades
do ser.

Esse mesmo efeito, de formas de energia que se diferem entre direita-


esquerda, acontece entre as dimensões ou realidades paralelas, onde os seres
serão atraídos magneticamente para o que também pulsa em si.

QUEM SÃO OS EXUS?

Ao contrário do que se pensa, os exus não são os diabos e espíritos malignos


ou imundos que algumas religiões pregam, tampouco são espíritos
endurecidos ou obsessores que um grande numero de espíritas crêem. Os
"diabos" ou demônios são seres mitológicos, já "desvendados" pela doutrina
espirita, portanto, não existem.

Espíritos trevosos ou obsessores são espíritos que se encontram desajustados


perante à Lei.

Provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde


pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões.

São espíritos que se comprazem na pratica do mal, apenas por sentirem prazer
ou por vinganças, calcadas no ódio doentio.

Aguardam, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível


(voluntária ou involuntariamente). São conhecidos, pelos umbandistas,
kimbandistas, etc., como kiumbas ou quiumbas.

Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas.

Este baixo astral é uma enorme "egrégora" formada pelos maus pensamentos
e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados.

Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças,


sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa
vibracional e os kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais
fortalecidos.

O baixo astral, mesmo num imenso caos, tem diversas organizações,


fortemente esquematizadas e hierarquizadas. Planos bem elaborados, mentes
prodigiosas, táticas de guerrilhas, precisões cirúrgicas, exércitos bem
aparelhados e treinados, compõe o quadro destas organizações.
Muito delas, agem na plena certeza de cumprirem os desígnios da Lei Divina,
onde confundem a Lei da Ação e Reação com o "olho por olho, dente por
dente".

Vingam-se pensando que fazem a coisa certa.

Algumas agem no mal, mesmo sabendo que estão contra a Lei, mas enquanto
a vingança não se consumar, não haverá trégua para os seus "inimigos".
Acham que não plantam o mal, nem que a Reação se voltará mais cedo ou
mais tarde.

Cada mal praticado por um espirito, o leva a cada vez mais para "baixo". As
quedas são freqüentes e provocam mais e mais revoltas.

Alguns espíritos caem tanto que perdem a consciência humana,


transformando-se (ou plasmando) os seus corpos astrais (perispíritos) em
verdadeiras feras, animais, bestas e assim são usados por outros espíritos
como tais.

Alguns transformam-se em lobos, cães, cobras, lagartos, aves, etc.

Outros espíritos chegam ao cúmulo da queda que perdem as características


humanas, transformando os seus perispíritos em ovóides.

Esta queda, provoca além da perda de energias, a perda da consciência.


Ficam também subjugados por outros espíritos.

Apesar de todo este quadro, pouco esperançoso, das trevas. Mesmo sabendo
que no nosso orbe o mal prevalece sobre o bem, há também o lado da Luz, da
Lei, do Bem.

E este lado é tão e mais organizado que as organizações das trevas.

Existem, também, diversas organizações, com variados trabalhos e ações, mas


com um único objetivo de resgatar das trevas e do mal, os espíritos "caídos".
Vemos colônias espirituais, hospitais no astral, postos avançados da Luz nos
Umbrais, caravanas de tarefeiros, correntes de cura, socorristas, etc., afeitos e
afinizados aos trabalhos dos centros espiritas.

Vemos também, outros trabalhadores espirituais, ligados aos cultos afros. Seja
na Umbanda, Candomblé, Kimbanda, etc. Especificamente, na Umbanda,
vemos através das Sete Linhas, vários Orixás hierarquizados. Existem vários
níveis na hierarquia dos Orixás.

Começando pelos mais altos espíritos, que estão próximos do Criador, até os
Orixás Menores ou Planetários, aqueles que são ligados e responsáveis por
cada orbe, pela sua evolução.
Temos como exemplo de Orixá Menor, o próprio Mestre Jesus, que está na
linha de Oxalá e é considerado Oxalá, mas como Orixá Menor. Mesmo sendo
Orixás Menores, este espíritos são de alta escol.

Abaixo destes Orixás, estão os chefes de legiões e suas hierarquias, Estes


espíritos "chefes" usam as três roupagens básicas : Caboclos, Pretos-Velhos e
Crianças. Apenas na linha de Yorimá ou Obaluaie manifestam os pretos-
velhos. Na linha de Yori ou Ibeji as crianças. Nas demais linhas (Oxalá, Oxossi,
Ogum, Xangô e Yemanjá) manifestam-se os Caboclos.

Outras entidades tais como : baianos, boiadeiros, marinheiros, ondinas,


sereias, iaras, etc., são espíritos que compõe as sub-linhas afeitas e
subordinadas à sete linhas e aos chefes de legiões. Alguns caboclos, crianças
ou pretos-velhos, às vezes, usam algumas destas roupagens para
determinados trabalhos ou missões.

Como em nosso Universo (Astral) as manifestações se dividem em duas e


manifestam-se como pares : positivo-negativo, ativo- passivo, masculino-
feminino, etc.

A Umbanda que é paralela ativa, tem como par passivo a Kimbanda (não
confundir com a kiumbanda, que é a manifestação das trevas). A Kimbanda,
que é a força paralela passiva da Umbanda, força equilibradora da Umbanda. A
Kimbanda - São os Sete Planos Opostos da Lei, é o conjunto oposto da Lei.

Quando falo em "oposto" à Lei, não quero dizer aquilo que está em desacordo
à Lei, mas a maneira oposta de como a Lei é aplicada. Na Kimbanda que os
Exus se manifestam, a Kimbanda, portanto é o "reino" dos Exus.

Os Exus são os "mensageiros" dos Orixás aqui na Terra. Através deles, os


Orixás podem manifestarem-se nas trevas. Então, para cada chefe de falange,
sub-chefe, etc., na Umbanda, temos uma entidade correspondente (ou par) na
Kimbanda.

Os exus, são considerados como "policiais", que agem pela Lei, no sub-mundo
do "crime" organizado. As "equipes" de Exus sempre estão nestas zonas
infernais, mas, não vivem nela.

Passam, a maior parte do tempo nela, mas, não fazem parte dela.

Devido a esta característica, os Exus, são confundidos com os kiumbas.


Videntes os vêem nestes lugares e erroneamente dizem que eles são de lá. Os
Exus, estão também, divididos em hierarquias.

Onde temos Exus muito ligados aos Orixás Menores até aqueles Exus ligados
aos trabalhos mais próximos às trevas.

Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em sete


graus. A divisão está formada "de cima para baixo" :
TERCEIRO CICLO

Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus Neste Ciclo, encontramos os Exus


Coroados : são aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções de
mando. São os chefes das falanges.

Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda.

Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns


médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu
Coroado como o seu guardião pessoal. São os guardiães chefes de terreiro.

Não mais reencarnam, já esgotaram há tempos os seus karmas. Sétimo Grau -


Estão os Exus Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda, temos Um Exu
no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião Sexto Grau -
Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de Falange
subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exus Chefes de
Falange. Quinto Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Falange. São Sete Exus
Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu Chefe de Falange, portanto,
são 343 Exus chefes de Sub-falanges.

SEGUNDO CICLO

Contém o Quarto Grau Exus Cruzados ou Batizados : são subordinados dos


Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os exus mais comuns
que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem
parte da segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas
sombras (entre a Luz e as Trevas). Estão ainda nos ciclos de reencarnações.
Quarto Grau - Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus Chefes
de agrupamento e estão subordinado a cada Exu Chefe de Sub-Falange,
portanto, são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.

PRIMEIRO CICLO

Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro GrausTemos dois tipos de Exus neste


ciclo : Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo
de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas. Exus Pagãos - São
subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção
exata entre o bem e o mal. São conhecidos, também como "rabos-de-
encruza".

Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem. Não são
confiáveis, por isso. São comandados de maneira intensiva pelos Exus de
hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus
chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada. São
ex-kiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus. O campo
de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente
nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos níveis acima,
devido esta facilidade de penetração nas trevas.
Terceiro Grau - Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes de
Coluna e estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento, portanto,
são 16807 Exus Chefes de Coluna.

Segundo Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exus Chefes
de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de Coluna, portanto,
são 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna.

Primeiro Grau - Estão os Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de


espíritos nesta função.

Os Exus, em geral, sob a nossa ótica, não são bons nem ruins, são apenas
executores da Lei. Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as
execuções aos Exus.

A maneira dos Exus atuarem, às vezes nos chocam, pois achamos que eles
devem ser caridosos, benevolentes, etc. Mas, como podemos tratar mentes
transviadas no mal ? Os exus usam as ferramentas que sabem usar : a força, o
medo, as magias, as capturas, etc. Os métodos podem parecer, para nós, um
pouco sem "amor", mas eles, sabem como agir quando necessitam que a Lei
chegue nas trevas.

Eles ajudam aqueles que querem retornar à Luz, mas não auxiliam aqueles
que querem "cair" nas trevas. Quando a Lei deve ser executada, Eles a
executam da melhor maneira possível doa a quem doer.

Há um ditado muito providencial que diz : "Cuidado com o que se pede a um


Exu, pois poderá ser atendido."

Ou seja, se um Exu se manifestar e pedirmos que ele faça o mal, ele poderá
faze-lo, mas ou porque ele sabe que esse mal retornará a quem o pediu ou
porque não tem noção do que está fazendo (um exu pagão).

Os exus, como executores da Lei e do Karma, esgotam os vícios humanos, de


maneira intensiva. Às vezes, um veneno é combatido com o próprio veneno, da
mesma maneira que a picada de uma cobra venenosa. Assim, muitos vícios e
desvios, são combatidos com eles mesmos. Um exemplo, para ilustrar :

Uma pessoa quando está desequilibrada no campo da fé, precisa de um


tratamento de choque. Normalmente ela, após muitas quedas, recorre a uma
religião e torna-se fanática, ou seja, ela esgota o seu desequilíbrio, com outro
desequilíbrio : a falta de fé com o fanatismo. Parece um paradoxo ? Sim,
parece, mas é extremamente necessário.

Outro exemplo é o vicio às drogas, onde é preciso de algo maior para esgotar
este vicio : ou a prisão, a morte, uma doença, etc. A Lei é sempre justa, às
vezes somente um tratamento de choque remove um espirito do mal caminho.
E são os exus que aplicam o antídoto para os diversos venenos.
Os Exus, estão, ligados de maneira intensiva, com os assuntos terra-a-terra
(dinheiro, disputas, sexo, etc.). Quando a Lei permite, Eles executam aos
diversos pedidos materiais dos encarnados.

Os Exus tem sob o domínio todas as energias livres, contidas em : sangue,


cadáveres, esperma, etc.

Por isso, seus campos de atuação são : cemitérios, matadouros, prostíbulos,


boates, necrotérios, etc. Eles lá estão, porque frenam (bloqueiam) as investidas
dos kiumbas e espíritos endurecidos que se comprazem nos vícios e na
matéria.

Os kiumbas, seres astutos, conseguem se manifestar como um exu, num


terreiro muito preso às magias negras e assuntos que nada trazem elevação
espiritual. Ao se manifestarem, pedem inúmeras oferendas, trabalhos,
despachos, em troca destes favores fúteis. Normalmente eles pedem muito
sangue, bebidas alcóolicas e fumo. Chegam a enganar tanto (ou fascinar) que
fazem as mulheres que procuram estes "terreiros", pagarem as suas "contas"
fazendo sexo com o médium "deles". Ou seja, eles vampirizam o casal, quando
o ato sexual se efetua.

Mas, e os verdadeiros exus deixam ? É uma pergunta que comumente


fazemos, quando estes disparates ocorrem.

Os exus, permitem isso, para darem lição nestes falsos chefes de terreiros ou
médiuns. Como disse, os métodos dos exus, para fazer com que a Lei se
cumpra, são variados.

Muitas vezes, também, a obsessão é tão grande e profunda que os exus, não
podem separar de uma só vez obsedado e obsessor, pois isso causaria a
ambos um prejuízo enorme.

Outras vezes, os exus, deixam que isso aconteça, para criar "armadilhas"
contra os kiumbas, que uma vez instalados nos terreiros, são facilmente
capturados e assim, após um interrogatório, podem revelar segredos de suas
organizações, que logo em seguida, são desmanteladas. Alguns terreiros,
depois disso, são também desmantelados pelas ações dos exus, causando
doenças que afastam os médiuns, as pessoas, etc.

"Ai daquele que provoca um escândalo, mas o escândalo é necessário"

A roupagem fluídica dos Exus, variam de acordo com o seu grau evolutivo,
função, missão e localização. Normalmente, em campos de batalhas, eles
usam o uniforme adequado. Seu aspecto tem sempre a função de amedrontar
e intimidar.

Suas emanações vibratórias são pesadas, perturbadoras. Suas irradiações


magnéticas causam sensações mórbidas e de pavor.
É claro que em determinados lugares, eles se apresentarão de maneira
diversa.

Em centros espiritas, podem aparecer com "guardas". Em caravanas


espirituais, como lanceiros. Já foi verificado que alguns se apresentam de
maneira fina : com ternos, chapéus, etc.

Eles tem grande capacidade de mudar a aparência, podem surgir como seres
horrendos, animais grotescos, etc.

Devemos oferendar aos exus? Os exus, como já foi dito, atuam intensamente
no sub-mundo astral. Grandes batalhas são travadas entre o bem e o mal.
Muita energia é despendida nestas investidas e os exus, por atuarem assim,
acabam gastando enormemente as suas reservas energéticas.

Depois de vários "dias" trabalhando, eles se recolhem em seus "quartéis" e


repõem parte destas energias e aproveitam e estudam, discutem novas táticas,
etc.

Quando fazemos alguma oferenda para os Exus, eles "capturam" as energias


dos elementos oferendados, ou a parte etérica e "recarregam as suas
baterias".

Mas (podemos perguntar), se o exu é um espirito, porque ele precisa de


oferendas materiais ?

Como eles estão ligados ao terra-a-terra e ao sub-mundo astral que é muito


denso, os exus precisam retirar dos elementos materiais a energia que
gastaram em seus trabalhos.

Quais elementos podemos oferendar ?

Devemos tomar muito cuidado com o que oferendamos, pois, os elementos


mais densos (sangue, carne, cadáveres, ossos), são atratores de espíritos
endurecidos, que sentem necessidade de elementos materiais.

Portanto, é melhor manipular elementos suits nas oferendas (frutas, incensos,


ervas, etc.).

Posso então um animal sacrificado para um exu ?

Sim, em teoria pode. Mas pensemos bem, um animal inocente, tem que pagar,
com a vida para que possamos reabilitar a nossa ligação com um exu ?

Creio que não devemos destruir uma vida por isso. Para harmonizar algo
devemos desarmonizar outro ?

Não há muita lógica nisso. Mas, o sangue, por ter um alto teor energético, com
certeza restauraria rapidamente as "baterias" de um exu. Mas, além deste
aspecto pouco prático que é o sacrifício de um pobre animal, devemos
considerar mais duas coisas:

- Os inimigos da Umbanda, sempre se apegam a este tipo de oferenda para


dizer que é uma religião demoníaca. Quando uma pessoa passa em frente a
um despacho numa encruzilhada, aquela cena causa-lhe desagradáveis
sensações e os seus pensamentos negativos vão se juntar à egrégora negativa
já criada com um despacho.

- Oferendas com sangue ou carne, atraem muitos kiumbas, às vezes,


impedindo que o próprio exu se aproxime, portanto, estaremos alimentando os
vícios destes espíritos.

Resumindo, é melhor não utilizar e manipular este tipo de elemento em


oferendas, ebós, sacudimentos, etc., pois os resultados podem ser negativos e
prejudiciais.

Alem disso, a verdadeira oferenda tem a principal função de reenergizar ou


sublimar o próprio médium. Então, o melhor é oferendar elementos não
densos, tais como frutas, ervas, velas, incensos, etc.

Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis


vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam.

Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo. Os níveis
estão mais relacionados com o mundo da consciência do que com o mundo
físico, ou seja, são mais estados de consciência do que um lugar fisicamente
localizado.

Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a
evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta. Portanto,
quando vemos descrições de camadas umbralinas localizadas em abismo sob
a crosta terrestre, devemos entender que embora elas estejam localizadas com
estes espaços físicos, elas estão no lado espiritual deste plano físico.

Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete Camadas


Concêntricas Inferiores. A divisão está sempre formada "de cima para baixo" :

CAMADAS CONCÊNTRICAS SUPERIORES

Sétima, Sexta e Quinta Camadas - Zonas Luminosas Seres iluminados, isentos


das reencarnações. Cumprem missões no planeta. Estão se libertando deste
planeta, muitos já estagiam em outros mundos superiores.

Quarta Camada - Zona de Transição - Espíritos elevados, que colaboram com


a evolução dos irmãos menores.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zonas Fracamente Iluminadas.


A maioria dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas. Estão em
reparações e aprendizados para novas reencarnações. SUPERFICIE -
Espíritos encarnados.

CAMADAS CONCÊNTRICAS INFERIORES

Sétima Camada - Zona Sub-Crostal Superior.

Sexta, Quinta e Quarta Camadas - Zona das Sombras - Zona Purgatoriais ou


de Regeneração.

Quarta Camada - Zona de Transição Entre as sombras e as trevas. Zona de


seres revoltados e dementados.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zona das Trevas - Zona Sub-Crostal


Inferior.

Os seres estão em estágio de insubmissos, renitentes e ostensivos às Leis


Divinas. Não reconhecem Deus como o Ser mais superior.

A atuação dos Exus, está praticamente em todas as camadas inferiores, com


exceção das Terceira, Segunda e Primeira Camadas, que eventualmente eles
"descem" para missões especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois estão
mais "ambientados" com as baixas e perniciosas vibrações. Não que os Exus
não podem "descer" até lá, mas porque é desnecessário criar uma guerra com
os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.

A maioria dos livros espíritas, que tratam do assunto dos níveis vibracionais,
não chega sequer a mencionar algo além das camadas intermediárias ou
médio e alto umbral. Descrevem na maioria das vezes as camadas que ficam
as sombras e não as trevas, pois os espíritos que fazem tais incursões não
podem ou não devem "baixar" mais, pois somente cabe aos exus, espíritos
especializados "descer" tanto.

É sabido que Exu teve sucessivas encarnações, ou seja, já teve a oportunidade


de cursar a "escola da vida" nesse plano por diversas vezes, e depois de sofrer
a queda vibratória consciencial e se estabelecer nas trevas, se "especializa"
em alguma atividade nesse ambiente que chamará a atenção da Lei Maior.

Nesse momento, esse espírito é convidado a retomar ao caminho evolutivo e


depois de tomar o posto de Guardião desenvolvendo trabalhos a comando da
Lei Divina e já na condição de Exu, atinge um ponto de consciência que vai lhe
permitir mudar a "banda".

Lembrando que esse processo não é algo tão simples como o descrito e pode
ser que nesse meio tempo Exu reencarne, sim, é possível que isso aconteça e
o que ele fizer a partir dessa vida terrena, irá decidir como ele também
retornará ao plano espiritual.
Retomando o processo: Exu pode reencarnar e também pode sair das faixas
vibratórias da Treva e evoluir em consciência. Há muitos relatos de boiadeiros
que eram Exus e hoje cursam o caminho evolutivo neste grau, considerado
uma linha transitória entre direita e esquerda na Umbanda.

É importante ressaltar também, que mesmo que Exu seja um Guardião e perto
de nós um Mestre, um Mentor ou um Guia espiritual, chega um momento em
que as trevas já não são o ambiente em que eles devam estar.

A treva é uma realidade configurada pela estrutura humana que em decadência


tornou existente um ambiente hostil e que abriga os seres negativados em suas
emoções. Nessa atmosfera, não é possível que um espírito tenha o aparato
necessário para se tornar um ser ascencionado em toda a sua potência, por
isso é tão necessária a mudança de grau, para que a ampliação de consciência
daquele espírito tenha vias de acontecer.

Se deslocar de uma realidade para a outra ou de um grau para outro é algo


extremamente complexo e impossível de ser contato a partir do nosso tempo
ou mesmo entendido em toda sua verdade por nossa compreensão humana
terrena.

Aqui deixo alguns pontos do que existe nessas realidades e que fazem parte
da existência dos nossos Guardiões. Não com a intenção de findar, mas sim de
ter uma compreensão mais particular desse universo.

AMORALIDADE DE EXU

"Exu joga a pedra hoje pra acertar amanhã..."

O ditado acima é bem conhecido de quem vivencia o mundo espiritualista onde


a presença de Exu é corriqueira. Faz alusão ao personagem mitológico, Orixá
Exu e não especificamente sobre a linha de exus da Umbanda, mas dá para ter
uma ideia sobre como é a forma de atuação desses trabalhadores. Afinal, eles
usam o nome Exu por algum motivo não é?

O que não creio que possamos fazer é tentar avaliar o Exu pela ótica ocidental
pura ou cristã. Ele tem uma concepção mitológica muito assemelhada aos
tricksters das mais diversas mitologias.

Figuras controversas que transitam entre o lado certo e errado, bom e ruim, luz
e sombras, mas que são extremamente importantes e necessários para o
balanço e manutenção do universo.

Dessa forma vejo a força Exu como um ser AMORAL (leia bem para não
confundir com imoral), que pela definição do Dicionário Michaelis significa:

a.mo.raladj m+f (a4+moral) 1 Que está fora da noção de moral ou de seus


valores: O mundo físico é amoral. 2 V amoralista.
Vemos que é algo que está fora da nossa noção de moral maniqueísta. Usando
de analogia podemos considerar um pai preocupado tendo que punir ou proibir
seu filho de algo para que o mesmo não se prejudique ou seja educado. Na
visão do filho, esse pai está sendo mau, porém na visão do pai ele está sendo
correto. É mais ou menos assim a atuação de exu.

Por ser o agente da execução da lei de causa e efeito, muitas vezes tem que
desempenhar papéis que na nossa visão limitada é errado, ruim ou mau.
Entender o processo que a natureza e o universo tomam é importante para
entender as forças que os regem. Exu é uma dessas forças naturais, que tira
até o que você não tem se for necessário, mas dá até o que você nem poderia
ter se for merecedor.

Como essa força natural, alguns desempenham papéis de agentes de "forças


negativas", como doenças, transtornos e perturbações. Alguns chamam de exu
pagão ou quiumba, eu vejo como forças naturais mesmo. Eu separo - conforme
aprendi - exus em duas categorias:

 Trabalhadores: aqueles que incorporam e dão consultas.


 de Serviço: que desempenham um papel diferente e não incorporam.

Por exemplo, um Exu Caminaloa (Kaminaloa) é um exu que rege as doenças


mentais, sendo o responsável por tratá-las e provocá-las. Lembrando sempre
que o que define a diferença entre veneno e remédio é a dosagem. Podemos
fazer um exercício mental aqui e ver que se você incorporar um exu desses,
com frequência, as coisas podem se complicar. Não porque o Exu quer causar
a doença em você, mas porque ele é a própria energia da doença mental e do
desequilíbrio. Conviver com essa energia "dentro" de você por muito tempo é o
mesmo que ficar próximo a fontes de radiação.

Quando você olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você. -
Nietzsche

Por isso precisamos entender sobre os exus que trabalham nos terreiros e
suas funções, e parar com essa coisa de ficar evocando um Exu que não faz
parte da sua coroa mediúnica, pois ele traz status ou é o que está na moda.

Não me conformo com a profusão de nomenclaturas para designar Exu,


fugindo da tradição. A mais nova mania é a dos Guardiões. Pegaram a figura
controvertida - porém necessária - de exu e a transformaram num cavaleiro
andante de armadura, lutador de Cristo, etc. Não se enganem, isso é apenas
uma versão "arco-íris" desses seres, tentando fazer com que eles se mostrem
mais "digeríveis" ao preconceito ocidental. Exu é Exu e pronto, pode ainda ser
Elegbará, Bará, Ibará, Aluvaiá, etc. Nomes que pertencem a tradições, mas
Guardião não. A figura do Guardião é mais próxima dos falangeiros de Ogum.

Tem tanta gente tratando tudo de forma "pasteurizada" na Umbanda, que o


verdadeiro sentido e simbolismo por trás das figuras e arquétipos está se
perdendo. Não vamos mudar Exu, Exu é e pronto!
Portão de ferro cadeado de madeira - Ponto de Exu.

Respeito é o que devemos ter pelos falangeiros da linha dos exus, assim como
para todas as demais linhas. Você encarar exu pelo que ele é não irá
enfraquecer a figura, muito pelo contrário, irá te dar a firmeza de estar seguindo
o que a tradição deixou sacramentado. Ademais, ainda podemos conversar, rir
e entre uma baforada de charuto e outra ser corrigido em nossos atos pelos
Exus.

Aqui vão algumas expressões idiomáticas e gestuais presente nos cultos a Exu
na Umbanda e religiosidades afro-brasileiras. Nas minhas pesquisas levantei
os significados de cada saudação e como elas são manifestadas no culto ao
Orixá e entidade Exu.

Laroiê Exu!

A clássica saudação utilizada tanto para os Exus como para Pombagiras, é um


termo que tem sua origem no grupo africano étnico-linguístico nagô-iorubá, e
remete a algo como 'Salve o mensageiro', 'Olhe por mim Exu' e 'Me guarde'.

Mojubá

No artigo 'O Universo e sua existência segundo o yorubá', Roberto Lins e


Genilson Leite da Silva explicam que a etimologia dos nomes de Deus
presentes na cultura nagô-iorubá sempre irão definir uma intenção ou
característica invocada no momento da fala. Por isso, para essa língua quando
se diz o "nome de Deus" ele sempre vai trazer a entonação de saudação à
divindade e à sua particularidade.

Com os Orixás isso acontece mais claramente, por exemplo quando invocamos
o nome de Xangô dizemos Kaô Kabecilê Xangô, que exprime além da
saudação ao Orixá, sua característica enquanto rei.

No caso do Mojubá, ele é inserido na frase quando queremos dizer algo como
'à vós meus respeitos' , 'eu te saúdo' ou 'eu o reconheço como superior', por
isso é comum saudar Exu evocando esse termo.

Elegbara ou Bará

É uma das qualidades atribuídas a divindade Exu na cultura africana, algumas


casas também utilizam o vocábulo como saudação a entidade.

Elégbára réwà, a sé awo

O Senhor da Força é bonito, vamos cultua-lo

Bará Olóònòn àwa fún àgò

Exu do corpo, senhor dos Caminhos dê licença


E Elégbára Elégbára Èsú Aláyé

Senhor da Força, Senhor do Poder

Cumprimentamos o rei do mundo

No livro 'Esu' de Juana Elbein e Deoscoredes Maximiliano, os autores dedicam


um capítulo inteiro a pesquisa sobre essa qualidade de Exu nas tradições
africanas e afro-brasileiras, onde os autores pontuam que Bará é considerado
um Exu pessoal "se alguém não possuir seu Exu no corpo, este alguém não
poderia existir, ele nem saberia que está vivo - em outras palavras, ele não se
reconheceria como ser, com vida própria, ele continuaria à massa de matéria
indiferenciada".

Elegbara portanto, remete a característica de força e virilidade de Exu, na


cultura Jeje, onde o termo se originou ele é representado por um falo (ogó) e os
itans provenientes dessa cultura falam sobre "elegbara aquele que é possuidor
do poder".

Ina Ina

O termo de origem iorubá é pronunciado como 'inã' e sua etimologia evoca algo
sobre Exu do fogo ou algo que se relacione com essa característica. Como no
caso de Elegbara, essa é uma saudação a uma das características que fazem
parte do mistério Exu.

Odara

Termo usado para dizer sobre tudo que é bonito, que carrega beleza e faz
bem. No Candomblé estar Odara é algo muito importante, por isso as roupas e
ornamentos usados pelos Orixás no Xirê são impecavelmente produzidos pelos
filhos de santo num gesto de dedicação e reverência aos deuses africanos.

Ninguém quer ficar com a saia murcha, porque se não é Odara é sinal de
desleixo.

Em algumas manifestações, Odara também é um Exu e essa terminologia irá


simbolizar um exu de guia, um exu que abre os caminhos e que está a frente.

Ojixé

É a qualificação de Exu que remete a sua regência sobre os caminhos.

A pàdé olóònòn e mo juba Òjísè

Vamos encontrar o Senhor dos Caminhos


Meus respeitos àquele que é o mensageiro

Àwa sé awo, àwa sé awo, àwa sé awo


Vamos cultuar, vamos cultuar, vamos cultuar

Mo júbà Òjisè

Meus respeitos àquele que é o mensageiro

Patrono da comunicação das trocas de mensagens, o mensageiro, Ojixé é o


senhor dos caminhos, L'onã.

O significado de oralidade em contextos pluriculturais, Marco Aurélio Luz

Koba Laroyê

É comum que se saúde Exu acrescentando o termo Kobá e em algumas casas


ele se une ao laroiê, formando a expressão Koba Laroyê Exu! À esse termo
entende-se a reverência ao Rei (Kobá) Exu e também pode ser percebida
quando a falange de Exu Rei está em terra.

Para algumas casas, normalmente as de culto de nação essa é prioritariamente


a primeira saudação feita ao Orixá Exu.

Expressões corporais

Além das expressões idiomáticas, existem também alguns gestos que


contemplam a saudação à Exu. A mais comum talvez seja a que a pessoa com
os dedos entrelaçados e as palmas das mãos apontadas para o chão realiza
movimentos circulares. Outra saudação comum é o movimento das mãos
parcialmente fechadas (encolhidas) apontada para o solo, com os dedos
retraídos, encostando as costas das mãos ou os punhos um no outro, três
vezes.

Observa-se também durante os ritos o gesto de - com os punhos cruzados -


bater as costas das mãos três vezes ao chão. Todas essas expressões
corporais, além de carregarem valores culturais também evocam os
fundamentos da força de Exu, onde ao se voltar para o chão estamos ativando
a energia telúrica que faz parte desse mistério.

Também veremos o bater três vezes de palmas e pés no chão, movimentos


que evocam a tripolaridade, que é qualidade dessa divindade "além do polo
positivo e negativo, há uma faixa neutra, que os divide e esta é chamada de
polo neutro. Essa qualidade de Exu está no macro, no espaço infinito de Oxalá
e no micro, num átomo" Rubens Saraceni em Livro de Exu - Mistério Revelado.

Doze Elementos mágicos nos trabalhos para esquerda

As magias e oferendas mágicas, são compostas de elementos propiciadores


de magnetismos potencializadores de intenções. Os elementos, portanto, são
símbolos, que reforçam o objetivo posto no trabalho mágico. Por isso, os
"magos" são aqueles que entendem de símbolos e a qual desencadeamento
cada um se fundamenta.
Tridente de Ferro

Símbolo tripolar. Quando quadrado simboliza Exu e redondo Pombagira. O


magnetismo do ferro é ideal para o desencadeamento vibratório.

Chave de Ferro

Meramente simbólico para objetivos de abrir caminhos.

Pimentas

Elemento vegetal de poderoso magnetismo ígneo, altamente corrosivo para


quebra e enfraquecimento de estruturas energéticas negativas.

Cravo Vermelho e Flores Vermelhas

Elemento vegetal masculino de energia harmonizadora.

Moeda

Nos trabalhos as moedas só valem quando advém de uso corrente,


recomenda-se a de maior valor, no nosso caso R$ 1,00. Preferencialmente
colhida no comércio ou feira, evite moedas novas e limpinhas.

O níquel é um congregador magnético natural e conforme a moeda vai


passando de mão em mão, registra-se nela um complexo de intenso
magnetismo de movimento e troca.

Exu faz uma cópia etérica deste elemento extraindo o magnetismo concentrado
e isso no plano espiritual (principalmente nas trevas) tem valor mágico
monetário, usado para colher informações e garantir passagens.

Búzios

Elemento aquático gerador e renovador magnético que pode ser usado por
portar esse características naturais ou também como moeda.

Padê

"Comida" tradicional do culto afro, mas que carrega muita versatilidade


vibratória. A farinha de mandioca, proveniente da raiz homônima concentra
intensa energia telúrica, típica de Exu.

Quando preparado com azeite de dendê assume as propriedades do mesmo


de forma mais intensificada, propiciando um prâna magnético fortíssimo para
desencadeamentos mágicos.

O mesmo ocorre quando preparado combinado com outros elementos, tais


como, cachaça, mel, champanhe (pombagira) e etc.
Azeite de Dendê

Extraído do dendê (produzido a partir do fruto da palmeira conhecida como


dendezeiro, originária do Oeste da África), este óleo se comporta como uma
espécie de lava energética no plano etérico.

Manipulado por Exu, garante a eles munição fortíssima para os embates de


defesa e contra demanda.

Marafô (cachaça)

Desde que de qualidade boa, é bebida de poder de Exu. Elemento etílico é um


poderoso esterilizador magnético e densificador vibratório, necessário para
fazer a "liga" de contato entre os dois planos, físico e espiritual.

Charuto (fumo)

O fumo que são as folhas das plantas do gênero Nicotiana, ou o popular tabaco
é uma erva de poder usada há milênios pelos povos indígenas. Considerado
sagrado por esses povos, tem larga utilização em seus trabalhos de cura,
Pajelança e Xamanismo.

Dentro do conceito elemental, o fumo é o vegetal que traz o elemento terra e


água, quando utilizado no fumo e defumação traz elemento ar e fogo.
Resumindo, o fumo é uma defumação direcionada, que traz além do vegetal,
os quatro elementos básicos (terra, água, ar e fogo) para trabalhos de magia
prática.

O sopro por si só traz efeitos terapêuticos e espirituais muito valorosos e


eficazes nos trabalhos de cura e limpeza. Ao somar-se ao poder das ervas, é
potencializado muitas vezes em resultados vistos durante os trabalhos de
Umbanda.

Mel

Considerado o fluído animal e vegetal, tem uma propriedade rara de conectar


vários elementos e vibrações diferentes e tornar uma única mistura
harmonizada e potencializada.

Olho de Cabra

Semente vermelha e preta, voltada para Exu principalmente. Altamente tóxica,


oferece uma energia protetiva poderosa.

Este conteúdo faz parte do estudo Tranca Ruas - Rituais e Oferendas da


plataforma Umbanda EAD. O uso desses elementos é algo comum ao manejo
de trabalho com a esquerda.

Laroyê Exu! Exu Omodjubá!


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