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Suas funções são cortar demandas, desfazer trabalhos, feitiços e magia negra,
feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos retirando os encostos e
espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir
suas penas em outros lugares do astral inferior.
Índice
1História
2Ordens
3Hierarquia
4Falange
5Exu de Umbanda
6Exus populares
7Referências
8Veja também
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História
A ideia do exu de Umbanda deriva do orixá de mesmo nome, no Candomblé,
que era considerado o mensageiro dos demais orixás. Sua identificação
histórica com o diabo cristão se estabeleceu não por conta de suas
características funcionais, mas devido a aspectos de sua aparência. Uma vez
que o Exu da religião iorubá é uma divindade do fogo, à qual eram atribuídos
chifres, membro viril e sexualidade sem freios, acabou-se por relacionar sua
figura a de um demônio. Uma vez que a Umbanda foi citada a partir dos cultos
africanos desenvolvidos no Brasil como o Omolokô, e mais tarde com o
advento de 1908, passa a receber influências do Kardecismo, conforme Zélio
Fernandino de Morais, os Exus passaram a ser vistos na teologia umbandista
como agentes da lei do karma, conceito presente em outras religiões
predecessoras. Os Exus seriam assim, para esta visão umbandista, seres
elementares, isto é, espíritos em evolução espiritual dentro de determinadas
funções cármicas. A partir daí surgiu-se a nomenclatura "exu batizado", para se
referir aos exus-de-lei, e "exu pagão", para se referir, na verdade, a quiumbas.
Para algumas tradições umbandistas, um Exu estaria em patamar inferior, mas
para outras, seriam entidades espirituais com a mesma evolução das demais
entidades, como caboclos e pretos-velhos, apenas posicionado em uma linha
de trabalho diferente. Atuariam os exus, bem como pombajiras e exus-mirins,
em um plano espiritual muito denso, tendo mais liberdade de trânsito que as
demais entidades, e podendo assim conhecer e resolver melhor as
necessidades humanas mais imediatas
Ordens
Exu, antes de mais nada, e acima de tudo, é guardião do lado negativo dos
pontos de forças da Natureza regidos pêlos Orixás Sagrados, seu campo de
ação e atuação é tão abrangente, que encontramos Exus de Ogum, de Xangô,
de Oxalá, de lemanjá, etc...Exu e Pomba-Gira são mistérios complementares e
formam um par natural, assim como outros orixás se polarizam porque são
complementares em vários campos, sentidos e aspectos. Apenas em função
dessa sua atribuição principal é que Exu interfere na "vida". O contrário já não
é verdade, pois tanto as hierarquias da Luz quanto as das Trevas só podem
"velar" a vida, nunca interferindo no livre arbítrio dos seres humanos ou
contrariando as deliberações assentadas nas sociedades materiais.Se assim
fosse, então bastaria a um mediador de Umbanda se indispor com o seu,
digamos, "inimigo", para enviar um Exu para executá-lo, derrubando-o. Isso
não acontece, e só uns tolos acham ou acreditam que isso é possível.Exu tem
um limite que deve respeitar, e caso ultrapasse seus limites imediatamente é
punido pêlos Guardiões da Lei que atuam em um nível superior dentro das
hierarquias.Exu é um termo ou palavra que designa os responsáveis à
es¬querda pêlos desvios de conduta dos seres humanos.
Exu tem natureza dual, que ora o instiga a satisfazer suas necessidades, ora o
induz a satisfazer as necessidades alheias, Exu não tem livre iniciativa, pois só
reflete os desejos alheios, seja de seus médiuns, seja dos que o evocam ou
oferendam. Exu é o mais humano dos mistérios de Umbanda, porque assimila
tudo o que seu médium vibra em seu íntimo. E se assim é, é porque Exu é
"especular" (semelhante a um espelho) e reflete em si a natureza emotiva do
seu médium, por meio da qual ele se manifesta quando incorpora.
Negativamente, temos:
Mas temos os Exus que refletem de forma especular o íntimo positivo dos seus
médiuns:
Sabias palavras, pois o Exu não age sozinho. A maldade do ser humano é
quem pode dar a direção errada a estes espíritos, e então são confundidos
com entidades do mal. Um médium despreparado ou mal intencionado pode
conduzir as forças não só dessas entidades como de muitos outros espíritos
que nos cercam para realizar coisas ruins. O Exu é espírito em busca de
evolução, compromissado com a espiritualidade superior. Os médiuns bem
preparados são um ótimo caminho para que as entidades de esquerda
trabalhem, aprendam e pratiquem a caridade de forma correta, alinhada, com a
única vontade de fazer o bem ao próximo.
Hierarquia
Os exus mais evoluídos são chamados de "exus cabeças de legião", que são
sete, e comandam uma legião espiritual. São eles:
Falange
Uma Falange nada mais é que um agrupamento de espíritos, que se
compreendem em harmonia, através de um arquétipo semelhante a ser
seguido, ou seja, não existe somente um Exu 7 Facadas, existem centenas de
espíritos que usam esse nome, pois todos se compreendem estarem
harmonicamente em uma mesma egrégora. Um Exu se compreende como um
espírito que por procedência e similaridade, passa a utilizar o nome de um
Orixá, sendo esse Exu, para realizar trabalhos semelhantes ao dessa
Divindade, assim podemos muito encontrar Exus de Encruzilhadas ( sendo
essa, a morada de Exú enquanto Orixá ), como os conhecidos Tranca-Ruas e 7
Encruzilhadas, Exus ligados ao movimento, tais como Exu Gira-Mundo, e Exu
Gererê, Exus de Prosperidade, tais como, Exu Chama-Dinheiro e Exu Pedra-
Negra, dentre outros que são patronatos originalmente de Exu. A denominação
Exu pode ser aplicada a todo e qualquer espírito, seja ele Negro, Indígena,
masculino ou feminino. Exus Negros, recebem o nome de Preto Velho
Quimbandeiro, nomenclatura essa mais comum na Umbanda, pois na
Quimbanda, todo e qualquer espírito que ali manifeste, é um Exu, Exus
Indígenas, recebem o nome de Caboclo Quimbandeiro, mesmo caso com os
Pretos Velhos, nomes esses que a Umbanda utiliza para não discerni-lo, pois
em sua matriz, ainda existe um tabu muito forte sobre a figura de Exu, dando
para o mesmo nomes como Coroado, Batizado, Exu de Lei, Cruzado ou
Espadado, coisas que estão longe de serem realmente verdades dentre o que
realmente seria Exu, no entanto, também temos as donzelas chamadas
especificamente de Pombajiras, que são entidades que quando encarnadas,
pertenceram ao gênero feminino, e que por inúmeras razões foram agregadas
a egrégora de Exu, passando a trabalhar na Quimbanda e mais tarde na
Umbanda e em outras religiões desta forma. Quando incorporam, os Exus
masculinos costumam se caracterizar com capas, cartolas e bengalas, mas
não é obrigatório que os médiuns se utilizem dessas vestimentas para a
incorporação, a partir do momento que os espíritos utilizam essas roupas
devido a sua própria individualidade, muito até se remetendo sua vida
enquanto encarnado. Cada terreiro trabalha de forma autônoma. Alguns
centros uniformizam a roupa dos médiuns; todos, por exemplo, vestem branco.
Também existe um outro tipo de entidade relacionada aos exus, o Exu-Mirim.
Exu de Umbanda
Exu dentre as religiões de Matriz Africana, é uma egrégora de espíritos, que
podem estar em diversos níveis de discernimento, que auxiliam os trabalhos
espirituais, incorporando ou não nos médiuns, enquanto trabalham nas
Religiões que os cultuam. Também estão presentes nas religiões
denominadasJurema, Omolocô, Candomblé de Caboclo, entre outras
manifestações religiosas afro-brasileiras, assim como em terreiros "traçados"
de Umbanda ou Quimbanda e Candomblé. Não estão presentes em terreiros
de Candomblés puro, tais como o Jeje, Queto, Angola, Ijexá e Nagô, sendo
estes, apenas é cultuado Legba ( Jeje e Jeje-Nagô ), Exú ( Ketu, Nagô, Jeje-
Nagô ), com o qual os Exus não devem ser confundidos, e Pambunjila, com o
qual não se deve confundir com a Pombagira. Pela influência Católica na
colonização e formação político-social do Brasil, o Exu foi logo associado ao
Diabo mesmo nos primórdios da Umbanda. Essa associação também ocorria
em traduções para o inglês, Èṣù no "Vocabulary of the Yoruba" de Samuel
Ajayi Crowther (1842) é traduzido como diabo ou satã. O Mesmo nos dias de
hoje, há pontos de Umbanda que remetem a esse sincretismo. Uma vez, no
entanto, que a Umbanda não é uma religião essencialmente maniqueísta, o
exu, ainda que atue no polo "negativo", é considerado um ser benigno.
Exus populares
A concepção e a classificação dos exus varia conforme a tenda ou terreiro,
mas existem alguns nomes bem populares e conhecidos nos meios da
Umbanda/Quimbanda:
Exu Caveira
Exu Tiriri
Exu Bara
Exu Tranca-Ruas
Exu Caveira: ajuda nos conflitos, ensinando as artimanhas da
guerra e o modo de vencer inimigos. É encarregado de vigiar os
cemitérios e os lugares onde houver pessoas enterradas. Sua
força é de modo a incutir medo aos que o invocam. Todo
trabalho ou despacho a ser feito num cemitério precisa da
participação do Exu Caveira. É lugar-tenente de Omolu e sem a
sua participação, nenhum trabalho ou despacho feito no
cemitério dará resultado. Para se entregar, seja o que for, a
Omolu, no cruzeiro de um cemitério, é indispensável saudar
primeiro Exu Caveira, acendendo uma vela em sua homenagem
na sepultura mais próxima do Cruzeiro, à esquerda e pedindo-
lhe licença para a entrega. Apresenta-se, em geral, com a forma
de uma caveira. Na maioria das vezes, apresenta-se depois da
"hora grande" (meia-noite).
Exu Tata Caveira: provoca o sono da morte e manipula drogas e
entorpecentes. Apresenta-se como uma caveira, vestido de
preto.
Exu Brasa: provoca de incêndios e domina o fogo. Concede o
dom de andar sobre o fogo.
Exu Pemba: propaga moléstias venéreas e favorece amores
clandestinos. Apresenta-se como um mago.
Exu Maré: facilita a invisibilidade das pessoas, dando-lhes
poderes de se transportar de um lugar para outro. Sua
apresentação é a de uma criatura normal. Provavelmente, uma
corruptela de Oxumaré
Exu Carangola: faz as pessoas ficarem perturbadas e darem
gargalhadas histéricas, dançando sem ter vontade; comanda o
ritmo cabalístico da dança.
Exu Arranca-Toco: Habita as matas. É especializado no
domínio de tesouros.
Exu Pagão: Separa casais. Tem poder de incutir ódio e ciúme
nos corações humanos.
Exu da Meia-Noite: é um dos mais invocados, porquanto é o
encarregado de escrever toda a sorte de caracteres e tratar,
especialmente, das forças ocultas. Segundo uma crença popular,
foi ele quem ensinou a São Cipriano todas as sortes e mágicas
que fazia. À meia-noite, o Exu da Meia-Noite faz a ronda do
mundo físico, sendo por isso que, na Umbanda, deixa-se passar,
pelo menos, uns cinco minutos da meia-noite para se sair à rua
ou para se deixar um Terreiro. Na Quimbanda é exatamente à
meia-noite que se fazem os despachos destinados ao Exu da
Meia-Noite.
Exu Mirim: influente sobre as mulheres e crianças, é preferido
pelas Mães-de-Santo para os trabalhos de amarração.
Apresenta-se com roupagem de criança.
Exu Pimenta: especializado na elaboração da química e dos
filtros de amor. Dá o verdadeiro segredo do pó que transforma
metais. É reconhecido quando incorpora por um forte cheiro de
pimenta que exala.
Exu Malé: tem o poder das artes mágicas e das bruxarias que se
realizam nos Candomblés. Apresenta-se com a forma de um
Preto Velho, mas é reconhecido pelo forte cheiro de enxofre que
exala.
Exu das Sete Montanhas: domina as águas dos rios e das
cachoeiras que saem das montanhas. Sua roupagem é da cor do
lodo e deixa no ar, quando incorporado, um forte cheiro de
podre, emanado do seu corpo fluídico.
Exu Ganga: domina os despachos que se fazem nos cemitérios,
tanto nos casos em que o trabalho é feito para o mal quanto para
salvar alguém da morte. Apresenta-se vestido de preto e cinza,
deixando no ar forte cheiro de carne em decomposição.
Exu Marabô: fiscal do plano físico, distribui ordens a seus
comandados. Apresenta-se como um autêntico cavalheiro,
dominando o francês, apreciando bebidas finas e os melhores
charutos. De gênio muito difícil, raramente apresenta-se em
terreiros
Exu Mangueira: Semelhante ao Marabô, mas expele cheiro forte
de enxofre quando está sendo incorporado. De gênio muito
dificil, é necessário recorrer a entidades superiores para retirá-lo.
Exu Caminaloá: trabalha ao lado do Exu Mangueira e é um dos
seis mais poderosos. Apresenta-se comandando uma poderosa
equipe de espíritos com a forma de Pretos, ornados de penas na
cabeça e na cintura com argolas nos lábios, nas orelhas e nos
braços. São esses espíritos, os especializados em provocar
doenças mentais, até mesmo a loucura. O Exu Caminaloá é o
Chefe da Linha de Mossurubi da Quimbanda.
Exu Quirombô: atua como Exu Mirim, mas é especializado em
prejudicar mocinhas, desviando-as para o "mau caminho".
Apresenta-se, também, como criança.
Exu Veludo - apresenta-se como um fino cavalheiro muito bem
vestido, tomando bons conhaques e fumando bons charutos.
Possui "pés de cabra" e gosta de trabalhar com "as moças".
Exu Tiriri - despacha trabalhos nas encruzilhadas, matas e rios.
Apresenta-se como um homem preto com deformação facial.
Exu Tranca-Ruas das Almas - muito solicitado pelos terreiros
antes de começar as sessões. Guarda as porteiras dos terreiros
com sua falange, contra os quiumbas e também os recintos onde
se pratica a Alta Magia.
Exu Sete Encruzilhadas: Tem prazer em ensinar e doutrinar,
por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça
perguntas, desde as perguntas mais insólitas como "porque há
estrelas..." até as mais comuns como "quero saber se meu
marido me engana..." Prefere beber uísque de boa qualidade e
fumar charutos grossos. Sua voz é rouca, grave e forte. Quando
está manifestado em algum médium, gosta também de
azeitonas. Seu olhar é insustentável e quando se fixa em
alguém, parece que o atravessa e sabe seus segredos mais
íntimos. As pessoas que o conhecem sentem certa autoridade
nele e o respeitam. Apresenta-se como um homem de idade
avançada, de pele escura, barba e olhos vermelhos, cor de
brasa. Traz a metade do seu corpo (o lado esquerdo) queimado,
sendo que sua perna esquerda não funciona bem, por isto é
muito comum que se apoie em um bastão.
Referências
https://www.google.com/search?q=exus&tbm=isch&ved=2ahUKEwjPwdj-
6Ib6AhV5OLkGHWViCZ8Q2-
cCegQIABAA&oq=exus&gs_lcp=CgNpbWcQAzIICAAQgAQQsQMyBQgAEIAE
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AJfnw5OUP5cSl-Ak&bih=568&biw=1366#imgrc=lqYV-
fYBQzY3aM&imgdii=wwFOkcPgFJtb6M
https://www.terreirosdeumbanda.com.br/assets/entidades/exus.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exu_de_Umbanda
Alessandro Luis Lopes de Lima, "Exu: Uma divindade africana no
Brasil", (Monografia de conclusão de curso em Ciências Sociais -
Unesp - Araraquara.)[1]
Entidades das giras: Povo de rua [2]
Exu, o anjo incompreendido da Umbanda [3]
Ylê Iyá: Exus [4]
https://blog.vidatarot.com.br/exus-quem-sao-estas-entidades/