Você está na página 1de 16

ORIXÁS

Orixás são elementos da natureza, e cada Orixá representa uma força distinta.

Quando cultuamos os Orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da


terra, do ar, do fogo.

Essas forças em equilíbrio produzem uma energia, denominada axé, que nos auxilia no nosso
dia a dia, ajudando para que o nosso destino se torne cada vez mais favorável.

Assim sendo, quando dizemos que adoramos Deuses, nos referimos a adorar as forças da
natureza, forças essas pertencentes a criação do Deus Supremo. Olorum.

A grande maioria das nações africanas, anteriores à era cristã, conheciam a existência de
Olorum como o grande criador, o Ser Fundamental.

Os Orixás são a junção das energias de todo os elementos da natureza, e cada elemento da


natureza é representado por um Orixá.

Aprendemos a sentir e a manipular essas energias individualmente através de cada Orixá.

Os filhos nascidos sobre a influência do Orixá detêm mais energia do seu Orixá influente que
os filhos de outros Orixás.

Os Orixás foram os primeiros seres que habitaram a Terra, e dividem-se em duas qualidades:
os Orixás Funfuns e os Orixás de Predominância. Em total existem 401 Orixás.

Os Orixás Funfuns são os seres que criaram o nosso Universo.

Orixás de Predominância, são aqueles que descenderam dos Orixás Funfuns, e a sua função
era povoar o planeta, espalhando dublês por todo o mundo.

Durante a sua estadia na Terra, os Orixás tiveram muitas aventuras fantásticas, devido à sua
força sobre os elementos da natureza.

Muitas das suas façanhas e ensinamentos são citadas em lendas.

Após a sua passagem pela Terra, os Orixás de predominância recolheram-se no Orun, de onde
têm como função auxiliar os seus semelhantes na Terra em busca da evolução e da comunhão
universal.

Os nossos Orixás, Imalés, cultuados na religião do axé.

1
No Rio Grande do Sul predominou o grupo sudanês, que se identificam pelos negros da costa
do Guiné ou Nigéria, região de Benim, cidade com mais de 6.000 anos.

Descendem deles as os Geges, Igexá e Oyó.

Os Bantus representam os Congos, Angola, Cabulas e Cambinas.

A miscigenação se fez nos navios negreiros e na necessidade de cultivar a religião ancestral.

A dispersão fez com que houvesse a mistura e dela surgiram não apenas dialetos diferentes
como também fizera com que Sudaneses e Bantos, praticassem a mesma religião, porem com
adaptação nas liturgias, nos fundamentos, feituras dos orixás, hierarquia e axés.

No Brasil um outro ponto foi agravante para que se perdesse um pouco mais a origem.

O sincretismo, misturando a crença em uma energia e seguindo as pregações sobre


determinada alma imortalizada pelo próprio homem.

Como é o caso dos santos católicos.

Situações grosseiras, pois Oxalá existe a mais de seis mil anos, sua crença, sua manifestação,
seu culto, assim poderíamos colocar, enquanto que Jesus tem menos de 2000.

Quando Jesus veio, veio na vibração de Oxalá, sim, nisso concordamos, mas não podemos
aceitar que esse Oxalá santificado pela Igreja como Jesus, receba um crédito absurdo.

Além do mais, nossos Oxalá não têm nada a ver com o que escreveram de Jesus, o Cristo,
como líder político, sim, mas não como Avatar.

Mas isso realmente não importa, o fundamental é manter o máximo possível a cultura
sudanesa, o nosso batuque, que embora tenha muito do sotaque africano, tem em supremacia a
nossa crença nos orixás, nas energias, nos Odús, ressurgidos na senzala.

Para assistir aos desencarnados, os Orixás contam com o auxílio dos seus servidores, espíritos
de luz em diferentes estágios de evolução, entre os quais estão Exús, Pombas-gira, Erês e
Caboclos.

Assim relaciono algumas entidades, orixás, inkices mais cultuados do batuque no Rio Grande
do Sul e outras que são cultuados em outras regiões ou nações diferentes:

Airá normalmente confundido com Xangô, é uma divindade à parte, que não pertence à
família de Xangô, tido por alguns como irmão gêmeo de Xangô.

Este orixá veste-se de branco e tem profundas ligações com Oxalá.

2
Airá não usa coroa, mas um eketé branco.

Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, nem com sal e sim com banha de ori,
que em muito se assemelha com Oxalá. 

Airá em uma de suas lendas, tentou instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a isso
Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô, seu assentamento deve ficar na casa de
Oxalá.    

Almas

Religiosamente definida como um ser independente da matéria e que sobrevive à morte do


corpo, que se julga continuar viva após a transição servindo de intermediário entre os espíritos
mais evoluídos e os encarnados.

Podemos exemplificar como as legiões de Pretos Velhos, Cablocos, Malandragens, Pomba


Gira, Exus, etc...  

Baba Okê

É uma das qualidades de Oxalá, orixá dos montes.

Baba Okê é a divindade tutelar das montanhas, montes e colinas, onde faz sua morada e
recebe suas oferendas.

Aqueles que obtém o axé deste orixá obtém também força, poder, paz e segurança.

Considerado como a pilar de Obàtálá e Baba Olofin, interagindo juntamente com qualquer
outro orixá para solucionar do mais simples ao mais complexo problema.

Orixá de fundamento, não se consagra diretamente em nenhum iniciado, quando um indivíduo


à Ele pertencer, fundamenta-se com um dos caminhos de Obatalá, já que normalmente recebe
as mesmas oferendas e fala através dele.

Bará

Orixá Bará é uma divindade criada e manifesta desde os tempos primordiais, ligado a forças
energéticas, e como todos os demais Orixás, tem atribuições específicas.

3
Orixá Bará é quem estabelece a extensa rede de comunicação entre os seres humanos e a
natureza divina que nos circunda.

Egun

A morte não é o ponto final da vida para o candomblé, pois acreditamos na reencarnação, ou
seja, a pessoa renasce no mesmo seio familiar ao qual pertencia, ela revive em um dos seus
descendentes.

Claro que essa é uma teoria a ser discutida, pois não vejo pessoalmente a necessidade e até
entendo como impossível a pessoa renascer sempre no seio familiar.

A reencarnação acontece para ambos os sexos e sempre considerando que espírito não tem
sexo.

O que determina a opção sexual de uma pessoa é justamente a verdadeira identidade dela, ou
seja, a necessidade energética do espírito, pois recebe e interage com a memória da alma.

Erê

Assim como todo ser tem seu Exú particular, também tem seu Erê ou Ibejí, que deve estar
sempre de acordo com o seu orixá.

O Erê, não confundir com criança que em iorubá é omodé, aparece instantaneamente logo
após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.  

Euá

Euá é considerada no culto como filha ou irmã gêmea de Nanã, enquanto Nanã é a chuva
transformada com terra em lama, Euá é a chuva clara que cai do céu, o lado branco do arco-
íris.

Ligada aos rios e marés, águas calmas e claras.

Rege as transformações e a alegria, semelhantes à leveza das nuvens e da chuva.

Euá, como a lua, tem um reino cheio de imprevistos e miragens.

Senhora dos disfarces, das artes, da música e da poesia.

4
A mãe protetora dos artistas.

Iansã-Oiá

É a divindade dos ventos, guerreira, forte e destemida.

Orixá veloz, que nos golpeia com a rapidez de um piscar de olhos.

Está presente no tempo e no espaço, é a mãe das nove partes do céu, o grande vendaval que
faz a limpeza do ar que respiramos.

O ar em movimento caracteriza a sua essência, é como o fogo que nos queima, sem que
tenhamos posto a mão nele.

É O orixá que faz as coisas simultaneamente, graças a sua agilidade de espalhar o seu axé no
mundo dos vivos e dos mortos.

É dona do ylê, a casa.

Ifá

“Consulte Ifá antes do problema começar “

Ifá é o a orixá da adivinhação o que prediz o futuro, o que antecipa os acontecimentos.

É, pois, o porta-voz de Orunmilá e dos outros orixás.

Descodifica o desejo dos demais orixás, servindo de porta-voz e intérprete do desejo de cada
um deles.

É a expressão eterna da sabedoria que chega a nós em forma de parábolas e metáforas,


buscando nos antepassados, no cotidiano ancestral meios para a comunicação sem perder o
vínculo familiar, tribal.

Os ensinamentos, que dele podemos adquirir, dependem da forma como cada qual analisa e
aplica os conselhos recebidos através da interpretação, feita pelo sacerdote, do oráculo.

Iemanjá

Iemanjá é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão ioruba Yèyé Omo ejá, Mãe cujos
filhos são peixes.

5
Iemanjá, a grande mãe, o oceano que origina tudo.

Iemanjá, também a deusa do encontro das águas do rio e do mar, dona, mas quero frisar que
tem entidade como Obá, que está diretamente ligada principalmente a pororoca.  No Brasil,
Iemanjá é um orixá muito popular e é reverenciada   no Candomblé, no Batuque, e na
umbanda.

Irôko

Iroco, Iroko ou Roko, do iorubá Íròkò é um orixá cultuado no candomblé do Brasil pela nação
Ketu e, como Loko, pela nação Jeje.

Corresponde ao inquice Tempo na nação Angola ou Congo.

É um Orixá jeje, que após a dominação dos Iorubanos foi assimilado pelas outras nações.

Irôko está ligado a Árvore da Criação.

Irôko é um Orixá muito antigo.

Irôko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra.

Irôko é a própria representação da dimensão Tempo. Irôko é o comandante de todas as


árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa Iggi devem-lhe obediência porque só ele é
Iggi Olórun, a árvore do Senhor do Céu.

Ìyàmis

Ìyàmì é o termo que designa as terríveis ajés, feiticeiras.

Pelo seu grande valor no equilíbrio, na manifestação da justiça.

No desempenho que a elas são atribuídas pela hierarquia, conhecimento e manifestação que
influência de certa forma as demais entidades.

As Ìyàmìs representam o aspecto sombrio do próprio ser humano: a inveja, o ciúme, o poder a
qualquer preço, desmedido, a ambição, a fome, o caos, o descontrole.

Mas como tudo tem sua polaridade não poderia ser diferente com as Ìyàmìs, pois elas são
capazes de realizar grandes feitos quando devidamente agradadas. 

6
Dizer seu nome em voz alta é perigoso, pois elas ouvem e se aproximam pra ver quem fala
delas, trazendo sua influência.

Logunedé

Sem sombra de dúvida Logunedé é depois do orixá Bará o orixá que carrega consigo mais
preconceitos e falta de conhecimento por parte dos adeptos e iniciados no culto.

Logunedé é tido como andrógeno, patrono dos homossexuais, orixá iorubano, tendo como
elemento terra e água dominando rios, cachoeiras e matas.

É considerado orixá "métametá", em ioruba, méta significa "três" e métametá traduz-se a


melhor guiza como: três ao mesmo tempo.

Logunedé congregando a natureza do pai: Odé Erinlè e da mãe Oxum Opandá e congregando
a natureza sua, própria.

Um encantador, realizador de prodígios, protetor dos navegantes de água doce, caçadores e


protetor dos amores duradouros.

Grande feiticeiro.

Nanã

Nanã é sem dúvida muito antiga, suas características são muito diversas, Orixá dos mistérios é
uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Oduduá separou a
água parada, que já existia, e liberou o saco de criação a terra, no ponto de contato desses dois
elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos
de Nanã.

Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza em si a morte, fecundidade e riqueza.

É a mãe antiga, Ìyá Agbà por excelência.

Obà

Obá tem um caráter apaixonado, irascível e corajoso, não teme nada nem ninguém.

Gosta de brigar.

7
Nada mais natural que ela aprecie a cor vermelha.

Obá se veste como os demais orixás de energia negativa ativa, ou seja, feminina velha,
apreciando tecido simples encorpado, sem brilho.

As ferramentas de Obá são sempre feitas de cobre.

Obá senhora da guerra, amazona destemida, uma sábia e justa feiticeira.

Xangô desdenha Obá porque ela é idosa e sem atrativos, mas morre de medo dela, do poder
enorme que ela tem.

Obá desconhece o medo e não existe empecilhos que a desviem de suas finalidades.

Obaluaiê ou Xapanã

É o Orixá da transformação. 

Padroeiro dos pobres, humildes e doentes, assim é conhecido o orixá Obaluaiê ou Xapanã, um
dos mais temidos e respeitados.

Tem o poder de cura, mas também pode provocar doenças, principalmente como a varíola, e
as enfermidades de pele de todos os gêneros infecciosos.

É o médico dos pobres, é um orixá ambivalente e a ele são atribuídas as doenças contagiosas.

A febre, doença de pele, cegueira surdez, catapora e sarampo são considerados manifestação
de Obaluaiê-Xapanã, que leva seres humanos a regeneração de algum mau costume. Dono do
interior da terra, está ligado ao mistério, ao oculto.

É reverenciado no silêncio da morte.

Obàtálá

Oba (rei) alá (branco)

É o Orixá mais velho. Foi o primeiro Orixá criado por Olodumarê e é considerado o de maior
valor na hierarquia, principalmente no Brasil com o sincretismo atuante.

Na verdade, a importância de todos é equilibrada e mesmo para os brasileiros que tem na


figura do orixá Bará situações controvérsias, pode-se observar ao longo dessa missiva que tem
o seu poder também colocado em forma de carma para o próprio Obatalá.

8
O Grande Orixá ou "O Rei do Pano Branco" para os iorubás, criador do mundo, dos homens,
animais e plantas.

É o pai de Oxalufan, que por sua vez é o pai de Oxaguian.  

Representa a massa de ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação
de novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos, presidindo o nascimento, a iniciação e a
transição.

Odé

Filho de Iemanjá e Oxalá, de uma maneira geral é o deus da caça e vive nas florestas, onde
moram os espíritos dos antepassados.

Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.

Na África era a principal divindade de Ilobu, onde era conhecido pelo nome de Irinlé ou Inlé,
um valente caçador de elefantes.

Sendo ele um rei, carrega o Iruquerê, o espanta moscas, que é usado pelos reis africanos,
pendurado no saiote.

Odé, em uma das suas formas é conhecido caçador de uma flecha só, após ter livrado a cidade
de Ifé de uma grande maldição. Tornou-se rico e foi posteriormente rei de Keto.

Deus da caça, protetor dos caçadores.

Oduduá

Oduduá, na tradição é complicada, polêmica. Alguns sugerem ser a referida divindade um


orixá feminino a esposa de Oxalá, rainha da Terra.

Outros a classificam como sendo uma qualidade do próprio Oxalá.

Eu parto pela vertente que considera Oduduá, divindade feminina da criação de toda matéria,
origem da vida. Senhora do universo, útero da terra.

Ela é considerada, ao lado de Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada
um foi incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiê, o universo incluindo o
mundo em que vivemos.

9
Ogun

Ogum, em yoruba Ògún é o orixá ferreiro, senhor dos metais.

É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún.

Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode.

É considerado o orixá ferreiro, senhor dos metais, responsável por forjar suas próprias
ferramentas, tanto para caçar como para a agricultura e para a guerra.

Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun para o Aiye após a criação,
visando uma futura vida humana. 

Era o filho mais velho de Oduduá, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun
pelos odu etaogunda, odi e obeogunda.

Ogun Xoroquê

Ogum Xoroquê no Brasil é cultuado com diferenças em relação a África, onde é  conhecido
como Xoroquê ou, mais precisamente Exú Xoroquê.

Sendo ele o guardião das porteiras no Gêge. 

Cultuamos Xoroquê como uma dualidade.

Metade Exú metade Ogum.

Sempre que fazemos algo para ele, temos que ter em mente que essas duas entidades distintas
se fundem em um só quando realizados os seus atos.

Ao lidarmos com essa energia toda precaução é pouca, uma vez que ele sempre está pronto
para ajudar, mas, não conhece a palavra perdão.

OKÔ

Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e da fertilidade da terra. Orixá Nagô,
filho de Iemanjá e Obatalá.

Quando o mundo foi criado, ainda não existia nada plantado. Aqui morava um homem que
nada fazia. Este homem se chamava Okô, nome que ele tinha recebido do grande criador.

É confundido com Oxalá, pois veste-se de branco.

10
Seu Opaxoró, no Brasil, é de madeira.

Seu nome, em iorubá, significa orixá da Palavra.

Olodumarê

Olodumarê o ser superior dos iorubás, que vive num universo paralelo ao nosso, conhecido
como Orun, por isso Ele é também conhecido como Àjàlórún e Olórun Senhor ou Rei do
Òrún, que através dos Orixás por Ele criado, resolve incumbir um dos Orixás, Orixalá, de
criar e governar o futuro Aiê: a Terra, nosso universo conhecido. Ele lhe entrega o Àpò-Iwá, a
sacola da existência o qual contém todas as coisas necessárias para a criação, e é aclamado
como Aláàbáláàse, Senhor que tem o poder de sugerir e realizar.

Não existe nenhum altar, nenhum assentamento dedicado a ele e nenhum filho ou filha lhe é
consagrado. Olodumarê o ser supremo, é o Obá Orum, rei do céu.

Olodumarê é o Deus Supremo.

OLOKÚN

É o Orixá dos oceanos, donde toda vida se originou, e o zelador das suas riquezas e mistérios.

Babá Olokún é um Orixá   que governa as profundezas dos oceanos, designado por Olorun
para manter o equilíbrio com a terra.

Uma das maiores forças da natureza, essa energia é desconhecida pelo Homem.

Não há consenso quanto ao sexo de Olokún.

Omolú

É o responsável pela translação da morte para o orum. Orixá da terra, é através dele que a
terra recebe os corpos mortos.

Omolú é considerado como anterior à época em que Oduduá chegou a Terra, ele existia antes
da criação do fogo na Terra.

Orixá cercado de mistérios, Omolú é um deus de origem incerta, pois em muitas regiões da
África eram cultuados deuses com características e domínios muito próximos aos seus.

11
Oranian

Oranian era o filho mais novo de Odùduà e foi o mais poderoso de todos, e mais famoso em
toda nação Yorubá. Famoso como caçador e pelas grandes e numerosas conquistas.

Foi o fundador do reino de Oyó.

Oranian foi concebido em condições muito singulares.

Uma lenda relata como Ogum, durante uma de suas expedições guerreiras, conquistou a
cidade de Ogotún, saqueou-a e trouxe um espólio importante.

Uma prisioneira de rara beleza chamada Lakanjê agradou-lhe tanto que ele não respeitou sua
virtude.

Orunmilá

O transmissor dos desígnios absolutos do deus maior do candomblé, Olórum.

Aquele que conhece e transmite o destino de cada um.

Ser supremo que determina o que os demais Orixás podem ou não fazer quando fora de seus
domínios para interferir no destino dos seres humanos.

É um dos Orixás mais respeitado pela função que executa, aliás, é bom que se reafirme o fato
que a importância de Oxalá, nada tem a ver com o sincretismo com Jesus Cristo, entidade
cultuada pelos católicos.

Oxalá e demais Orixás já estavam atuando a muito tempo na Terra quando Jesus esteve e
alcançou notoriedade entre os homens, muito mais como político que como mensageiro de
Deus.

Ossaim

Ossaim é orixá masculino de origem nagô, Iorubá que, como Odé Oxóssi habita a floresta.

12
É bastante cultuado no Brasil, recebendo diversos nomes como Ossânin, Ossonhe, Ossãe e
Ossanha, uma das formas mais populares. Por causa do som feminino é frequentemente
confundido como figura feminina.  

Orixá das ervas, no candomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e
conhece os segredos das folhas.

É um orixá cujos filhos são raros, bem menos numerosos do que Ogum, Xangô ou Oxum.

É orixá da cor verde, do contato mais íntimo com a natureza. As áreas consagradas a
Ossaim não são os jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os
sacerdotes podem entrar, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem, quase sem
controle.

Otim

Orixá da caça filha de Enrilé.

Sempre representada com o jarro de água na cabeça, pois além de ser guerreira também cuida
das plantações.

Orixá da caça, companheira de Odé.

Alguns dizem ser esposa de Odé Oxóssi ou irmã, e que o acompanha pelas matas, caçando.

Defende tanto o caçador, quanto a caça.

Oxaguiã

Oxaguiã, também conhecido como Ajagunã, é o conflito que antecede a paz, a própria a
revolução que dá início as mudanças, as transformações visando o futuro de maneira
abrangente e não superficial, necessária ao dinamismo da vida e da sociedade e a busca do
conhecimento.

Orixá do progresso e da cultura, o Orixá da vida e também da efervescência da vida, da


discussão, da guerra e do avanço, da estratégia, da inteligência, do branco, do claro, do
positivo e do masculino!

Oxaguiã é também guerreiro, e sente prazer em destruir para concretizar o novo se estabeleça.

É o filho de Oxalufan, considerado o Oxalá novo, aquele que carrega a espada e o escudo.

13
Por ser um Orixá guerreiro, é o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos
com as pedras azuis, e suas roupas brancas podem, às vezes, levar uma franja vermelha.

Oxalá

É o governante da vida, está associado a matriz cósmica, como princípio masculino e


feminino do poder cosmogenético.

Criador do mundo inorgânico.

Preside a passagem do sobrenatural a existência física do nascimento e também da transição, a


morte, quando a pessoa perde a individualidade e volta ao pó físico e a essência matriz
espiritual.

É o pai de todos os orixás por excelência, a metade superior da cabaça-mundo.

É o patrono da sabedoria, tal qual Olodumarê é o senhor absoluto, do poder da fala, do Orum.

Oxalufã

Denominado o Orixá Babá, divindade da fertilidade, o pai criador do homem, protetor por
excelência.

É o filho de Olorum, significando "Olo" - longe e "Orum" quer dizer Sol.

Oxalufã é o Rei do pano branco, sua ação se manifesta através da luz, da fé, da paz e da razão.

Oxalá Oxalufã velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimônia de
saudações é de dezesseis em dezesseis dias.

Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento, movendo-se com muita dificuldade.

Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice.

Oxum

Oxum genitora por excelência, ligada particularmente à procriação. Deusa das águas doces
reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos.  

Também é chamada de Iyálòóde, título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante
entre todas as mulheres da cidade.      

14
Oxum representa a mãe da criação que toma conta dos filhos dos outros em gestação até o
décimo sexto dia de nascimento.

Diz-se que ela é provedora, atende as necessidades dos outros e que, portanto, merece o
reconhecimento dado a uma mãe: Rora Yeyé Gbémi!  Mãe Grandiosa, Proteja-Me.

Oxumaré

Oxumaré, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Obaluaiê.

É uma entidade muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra,
reunindo a matéria e dando forma ao mesmo, o que mostra sua relação com a terra e seus
ancestrais.

Rastejando pelo mundo, desenhou seus vales e rios.

É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo


vital.

 Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.

A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumaré.

Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se, é o arco-íris, a grande
cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os
homens e por isso é associado ao cordão umbilical.

Tempo

É um inkice semelhante a Iroco.

Para alguns iniciados, representa o próprio tempo.

Que não para de passar e se modifica inesperadamente.

Faz sua morada na ficus religiosa e nas mangueiras, mas não é considerado um inkice-árvore
e sim uma divindade que é cultuada ao pé de uma árvore sagrada.

Na nação Congo-Angola, Tempo é o senhor responsável por obrigação de muito fundamento.

Tempo usa búzios, dança segurando na mão uma ferramenta parecida com uma grelha, na
outra, segura um objeto cortante, como um punhal.

15
Xangô

Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo.

Contrariamente ao Orixá Ogun que utiliza fogo artificial, Xangô manipula o fogo em estado
selvagem, o fogo que os homens não sabem utilizar.

É um orixá temido e respeitado, viril e violento, porém justiceiro.

Costuma se dizer que Xangô castiga os mentirosos, os ladrões e malfeitores.

Seu símbolo principal é o machado de dois gumes e a balança, símbolo da justiça em melhor
análise do equilíbrio.

Deus do fogo, que pune aos que lhe querem mal com febres e ervas que lhe são atribuídas.

 Pai Jorge (53)3230 0598 (53) 8134 7154 /8426 1526 / 9101 2827 / 9949 9946

E-mail:rakaama@vetorial.net = Site: www.vetorialnet.com.br/~rakaama

http://rakaama.blogspot.com/

http://rakaamapoesias.blogspot.com/

http://peregrinorakaama.blogspot.com/

http://www.facebook.com/rakaama.rakaama

Twitter @Pjrakaama.

linkedin- Peregrino Rakaama pjrakaama

16

Você também pode gostar