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ÒKÚTA – A Pedra e suas Aplicações

dentro do Sagrado
“Tenho o dever e a obrigação
de deixar nesse mundo,
uma religião melhor esclarecida,
de quando um certo dia,
tive o privilégio e a honra
de ser iniciado nos mistérios
dos Deuses Iorubanos”
O tema escolhido é palpitante haja vista sua
indispensável aplicabilidade na ritualística,
de vez que podemos verificar desde as mais
antigas civilizações já se faziam menções
sobre as pedras, que ao longo do tempo
foram utilizadas das mais diversas formas
para expor o pensamento humano, seja ele
religioso como filosófico. A história da
humanidade desde seu inicio tem um
vínculo forte com as pedras. A pedra tem
sido a milênios um sinal, um marco. Em
diversas culturas, as pedras foram usadas
em rituais e celebrações, onde sobre a pedra
eram oferecidos os sacrifícios propiciatórios
aos deuses, tornando-se objetos de
reverência e culto como representação
divina, que por sua solidez e durabilidade
servia para sugerir o poder e a estabilidade
de uma divindade. O culto utilizando pedras
tem sido rastreado em quase todas as
regiões do mundo e entre quase todos os
povos.
O objetivo principal desse NEW TOPIC é
apresentar a simbologia das pedras dentro
da Cultura e Tradição dos Iorubas, mas
farei uma breve e importante citação sobre
aCultura Islâmica, onde no mundo árabe
mais precisamente em Meca, a conhecida
cidade de peregrinação islâmica, encontra-
se a pedra mais notável do mundo.
A PEDRA PRETA, que está preservada
na KAABA ou casa cúbica que fica no átrio
da mesquita sagrada. Acredita-se que seja
um aerólito ou pedra meteórica. Esta pedra
preta tem sete polegadas de comprimento
aproximadamente, e formato oval. Segundo
a tradição local, ela foi quebrada durante o
assédio de Meca em 683 D.C. Restaurada e
encerrada numa cinta de prata, encontra-se
embutida na parede do ângulo nordeste
da KAABA a uma altura que permite que os
devotos a beijem em um verdadeiro ato de
adoração. Este é apenas um exemplo da
correlação homem e pedra, presente na
cultura religiosa que é a mais antiga
manifestação circundada na vida humana.

ÒKÚTA vocábulo de origem ioruba,


designa de forma genérica qualquer tipo de
pedra, mais especificamente,pedra
símbolo. ÒKÚTA, por elisão denominado
de ÒTA, objeto inanimado, porém
totalmente vivo, possui um baixo nível de
consciência. Consagrada e sacramentada
ritualisticamente, transformará a pedra num
importante objeto de culto. Estado de
completude espiritual ou de mística união
com a divindade e o habitat de uma energia
sobrenatural, denominada de ÀSE,
caracterizando dessa forma o núcleo
central dos assentamentos de
diversasDivindades do Panteão
Iorubá cultuadas no Novo Mundo.
Os descendentes da Tradição Iorubá,
atribuem ao ÒKÚTAum valor imensurável.
A pedra representa longa vida por que não
morre, mas também representam as lutas
travadas durante a vida. A pedra sempre
representam coisas boas, assim como não
dispõem de símbolos para os cinco tipos de
infortúnio. A representação simbólica dessa
pedra mítica estão intimamente ligada com
a vida de um iniciado, que desde os ritos da
iniciação, o neófito tem seu primeiro
contato com a mesma, onde o próprio, não
percebe a riqueza existente nesse ato
ritualístico. Uma pedra silenciosa que tudo
expressa e emana, na vida do iniciado.
O ÒKÚTA é oponto de partida para a
grande transformação a ser feita na vida
espiritual do recém iniciado, que a
principio, em seu atual estado de
desenvolvimento espiritual, deve converter-
se em forma de perfeição interior.

Contudo o pormenor a que se deve dar


atenção é o que define a Pedra como não
sendo pedra, mas sim um processo
espiritual de iniciação. A Pedra que
participa de todos os regimes, encontra-se
em todo o lado, sendo e não sendo pedra; é
comum e preciosa; escondida e contudo
conhecida de todos; com um só nome e
com muitos nomes; esta pedra, por isso, não
é uma simples pedra, porque é muito mais
preciosa, sem ela a natureza não faz
nenhuma obra. A Pedra, nas suas várias
descrições e processos é a vida espiritual do
iniciado, com o nascimento, o crescimento,
a degradação e morte que lhe são próprias.

ABÉÒKÚTA capital do Estado de Ogun, na


Nigéria. Localizado no sudoeste do país.
Fundada em 1830 como baluarte contra a
invasão dos antigos daomeanos vindos do
território da actual Republica do Benim,
que durante algum tempo foi a maior cidade
da Africa Ocidental, tem a etimologia de
seu nome na palavra ÒKÚTA, onde
literalemente significa: REFUGIO ENTRE
ROCHAS ouCIDADE SOB PEDRAS.
Um mito relacionado ao ODÙ ÒYÉKÚ
MÉJÌ revela que osÒKÚTA imigraram
da Divinoesfera para a Terra, durante as
primeiras chuvas, que duraram um longo
período de tempo, ainda na criação de nosso
mundo. Em forma de energia mítica, ao
tocarem o solo se solidificaram,
transformando-se em pedras e rochas.
Antigos sacerdotes e grandes estudiosos,
afirmar que essa energia mítica era
emanada pelas próprias divindades, por essa
a razão os diversos formatos e cores
dosÒKÚTA. Assim como o ODÙ ÒSÉ
ÒDI nos revela queOLÓDÚMARÈ enviou
três chuvas sobre a Terra, sendo que a
primeira, estava repleta de pedras preciosas.

Os ritos de consagração ÒKÚTA,


impulsiona o espírito embrionário da
pedra, denominado de EWA INLE
KOLEPO, conforme nos revela o ODÙ
ÌRETÈ ÒGÚNDÁ, e finalmente, o espirito
da pedra absorve e armazena a energia
mítica da divindade. Dessa forma o sagrado
emanado para a pedra traz uma ideia de
centralização e equilíbrio dando
estabilidade e permanência ao ÀSE – A
Energia Mítica do ÒRÌSÀ. A descrição de
tais ritos, não cabem nesse trabalho, pois
estaríamos violando o sagrado. Posso
apenas afirmar que antes e depois dos ritos
de sacrifícios, os ÒKÚTA recebem
tratamentos especiais.
As pedras dentro da religiosidade têm um
valor sem par, elas são erigidas para
representar os ÒRÌSÀ, e assim sendo,
cadaÒKÚTA possui suas características
próprias e sua ligação direta com as
divindades, de acordo com a cor, o formato,
a composição e a origem das pedras, que
remetem uma forma de expressão.

Os ÒKÚTA de coloração amarelo são


destinados ao ÒRÌSÀÒSUN, os
avermelhadas aos ÒRÌSÀ OYA e SÀNGÓ,
azuladas ao ÒRÌSÀ YEMOJA, as brancos e
leitosas aosÒRÌSÀ FUNFUN, entre outros,
as pretas ao ÒRÌSÀ ODÙDÚWÀ entre
outros e as de tonalidades escuras que são
representação especifica de diversas outras
divindades.

Aquelas que possuem forma alongada são


utilizadas para as divindades masculinas,
com exceção da família deÒRÌSÀNLÁ, que
assim como as divindades
femininas,ostentam em seus assentamentos
as de formato arredondado e ovais. Em
formato de machadinhas vermelhas e/ou
marrons pertencem ao ÒRÌSÀ SÀNGÓ e as
de tonalidades claras para o ÒRÌSÀ AIRA.
Existem divindades em especial que
comportam pedras machos e fêmeas em
suas altares.
Sua composição implica diretamente em
seu emprego junto aos assentamentos
dos ÒRÌSÀ, seja como objeto principal ou
complementar, tais como: pedra de imã,
pedra de ferro, pedra de carvão mineral,
pedras de raio, pedras de laterita, pedra de
arrecife, pedra vulcânica, pedra bruta e
polida, pedra preciosa e semipreciosa,
assim como gemas ecristais.
A PEDRA ÒKÚTA, algo que contém e é
contido, simultaneamente, algo que tendo
muitos ou todos os nomes, não tem
nenhum, tornando-se matéria espiritual,
transcendente, por si mesmo. A saber
em ÒKÀNRÀN MÉJÌnasce as pedras
porosas... no ODÙ ÒTÚRÁ ÒFÚN nasce
as pedras de raio... no ODÙ OGBE
ÒTÚRÁ nasce as pedras vulcânicas, e
em ÒSÁ ÒBÀRÀ as pedras vulcânicas
imergem a superfície da terra... assim como
em ÒGÚNDÁ MÉJÌ as pedras de ferro...
A origem do ÒKÚTA esta fortemente
relacionado com ohabitat dominante de
cada uma das entidades sobrenaturais.
Podem ser originárias de mares, rios, lagos,
cachoeiras, matas, montanhas, estradas e
caminhos. Aqueles de procedência marinha,
podem ter vários tipos de formatos e
ressaltos, a água do mar provoca a erosão
que se encube de formar pedras especiais.
Embora sejam recortados, furados, não
perdem sua essência e mantém seu peso e
valor.
De todos os lugares citados, de acordo com
o ODÙ ÒYÉKÚ ÌKÁ os primordiais são
os seixos de rios, ditos por alguns religiosos
de “legítimos”, onde sua ritualística de
consagração, inicia-se, durante a Cerimônia
de Purificação das Águas conhecida entre o
povo de santo pelo termoBALÙWE de
onde o neófito traz o ÒKÚTA do rio.
Somente a nível de informação,
denominamos seixo todo fragmento de
mineral ou de rocha, menor do que bloco ou
calhau e maior do que grânulo, e que
na Escala de Wentworth, de amplo uso em
geologia, corresponde a diâmetro maior do
que 4 mm e menor do que 64 mm.
Não podemos com isso, tratar com menor
valor as demais pedras. Ademas, as pedras
brutas, a matéria-prima, em seu estado
natural, informe, cheia de saliências e
reentrâncias, tirada da natureza tal e qual ali
é encontrada, sem nenhum beneficiamento
por parte do homem, representam as
imperfeições; enquanto que as pedras
polidas precisam ser trabalhadas e lapidadas
para o seu embelezamento, representaria a
natureza melhorada e aperfeiçoada.

Todavia a Mãe Natureza nos apresentam


pedras, que mesmo em seu estado original
são de uma beleza sem precedentes.
Podemos citar, por exemplo, o caso
do Pirita, mineral metálico, de coloração
amarelo-ouro, de grande dureza, que
apresenta um hábito cúbico ou forma
externa cúbica, no seu estado primário. Esse
tipo de pedra, poderia perfeitamente
simbolizar, que mesmo no mundo profano,
existem pessoas polidas, lapidadas a tal
ponto que o embelezamento de seuEu
Interior é algo natural e espontâneo.
Numa analise filosófica, poderíamos
salientar que a pedra polida é o ponto de
partida para a grande transformação a ser
feita no espírito do iniciado; os defeitos, as
falhas, as arestas de nossos Neófitos
deverão ser polidos e extraídos com a
sabedoria e a humildade. A transformação
simbólica de pedra bruta em pedra polida só
encontra seu significado real, no momento
em que cada ser, sendo pedra bruta,
conheça sua natureza, descubra de que
matéria mitica é feito, sua composição e a
resistência que possui.

Outra analise que merece destaque são os


cristais utilizados nos assentamentos
dos ÒRÌSÀ, por exemplo, poderia ser
simbolizado em nossa cultura, a conduta
que deve ter o iniciado nos mistérios do
culto, perante seus semelhante, por
apresentar forma cristalina e transparente;
manter um comportamento íntegro repleto
de ações transparentes, claras e objetivas.

Outro fator relevante são a quantidade


de ÒKÚTA que integram os assentamentos
das diversas divindades, que podem ser em
números impares ou pares. Enquanto o
assentamento de ÒRÚNMÌLÀ possui
apenas um ÒKÚTA, conforme nos revela
o ODÙ ÌRETÈ MÉJÌ,
o OJUBORepresentação Coletiva de uma
divindade, comporta um numero ilimitado
de pedras consagradas. O ODÙ
ÌRETÈÒSÁ revela o porque dos
assentamentos de SÀNGÓostentam
6 ÒKÚTA no interior de sua gamela, e
outros do lado de fora; assim como o ODÙ
ÒFÚN OGBE determina
que OBATALÁ carregue em seu
assentamento, 8 ÒKÚTAFUNFUN. O
mesmo ocorre com inúmeras divindades,
onde os 256 ODÙ existentes, revelam os
tipos e quantidades deÒKÚTA.
Importante ressaltar que uma pedra
destinada como parte integrante do
assentamento de um ÒRÌSÀ não pode de
maneira alguma, de acordo com antigas
tradições, escolhida ou recolhida
aleatoriamente e na ausência de
determinados preceitos. Em uma
comparação lógica, seria o mesmo que
colher folhas sem nenhum tipo de ritual, ou
seja:

“vem a pedra, mas não a essência,


que se desprende do objeto,
no ato de retirá-lo de seu local de origem”.
Identificar um ÒKÚTA que tenha serventia
de outro que nada tenha, é ainda, um
privilégio de poucos religiosos.
Antigamente era de praxe que a
identificação de uma pedra a ser sacralizada
para o ÒRÌSÀ, não se baseava
simplesmente no “olho clinico” dos velhos
e sim a uma consulta minuciosa junto
ao OBÍ – noz de cola. Na árdua escolha de
um ÒKÚTA, não poderá haver enganos ou
duvidas que possam surgir, pois um vez,
que a pedra for sacramentada, a mesma
passará a ser a representação viva de
um ÒRÌSÀ e seu elo de ligação entre os
dois planos de existência.

Ainda acrescento, “Pedra é pedra” e trata-


se de um termo extremamente genérico do
reino mineral, entretanto, nem todas as
pedras podem ser consagradas e
sacramentadas, pois algumas perderam por
completo sua verdadeira essência, estão
desprovida do espirito vital da pedra ou em
outras palavras “estão mortas”.
Sabemos que na atualidade, muitos
adquirem seixos de rio em casas de artigos
religiosos e casas de jardinagens, enquanto
outros, quando oportunamente, os recolhem
e armazenam em recipientes cobertos com
água de rio. A causa deste comportamento
se dá ao fato de um drástico processo
chamado de poluição e contaminação dos
rios e sobretudo a conhecida e lucrativa
industria da Natural Stones, que recolhem
centenas e centenas de pedras dos
poucos rios vivos que ainda nos restam.

Numa colocação muito particular, devo


mencionar, que um seixo de rio, adquirido
comercialmente, tem por direito e dever,
seguir a seguinte trajetória:
“do comércio para o terreiro,
do terreiro para o rio,
do rio de volta para o terreiro”.
E finalmente: “do terreiro de volta para o
rio”, quando do falecimento do “titular do
assentamento” conforme determina o ODÙ
ÒFÚN ÒYÉKÚ.

Em minha opinião, não vejo problema


algum, recolher e armazenar pedras a serem
sacralizadas, nos espaços externos dos
Terreiros, desde que foi “pago” algum
tributo ao rio e ter o devido conhecimento
de como manter a pedra “viva”. Esse
recipiente, com água de rio, em hipótese
alguma poderá secar e de tempos em
tempos, se adiciona um preparado com
diversas substâncias trituradas.
O cuidado para com as pedras existentes
nos espaços externos dos Terreiros, são de
extrema importância. Aprendi com os meus
mais velhos, que uma vez que a pedra tenha
sido retirada de seu habitat natural, poderá
reclamar dos seus direitos ritualísticos, e
como dizem os antigos:
“a pedra pode vir a sentir fome e sede”.
Durante minha jornada religiosa, tive a
oportunidade de identificar através do ODÙ
ÒGÚNDÁ MÉJÌ, consulentes sensíveis a
natureza, que em passeios, trilhas e
expedições através de rios e florestas,
percebem que há algo diferente ao redor de
uma pedra, que lhe despertam a atenção,
onde simplesmente a carregam para suas
casas. Se tal pessoa tiver uma cultura
anímica ou se for simpática a tais
influências, transformará a pedra num
objeto de culto ou habitat de um espírito
amigável ou simplesmente a transformará
numa peça decorativa. Essa pedra pode
emanar uma energia negativa para o local e
pessoas que ali residem. No momento da
consulta será revelado se o consulente
deverá devolver a pedra ao seu local de
origem ou consagrá-la. O mesmo ocorre
com pedras de belos formatos que escoram
as portas de entrada das casas
(ÒKÀNRÀN ÒWÓNRÍN), assim como as
pedras de raio (OGBE ÒDI), um costume
típico do nordeste brasileiro.

As pedras existentes na natureza, não são


apenas de uso exclusivo dos assentamentos
de nossas divindades e sim ingredientes de
uma infinidade de EBO – oferenda para
vários fins, das quais sua presença é
indispensável para o efeito desejado daquilo
que se pretende almejar. Um dos fatores de
seu emprego em “trabalhos” se dá ao fato
de sua dureza, visto que as pedras
representam o símbolo dos poderes eternos
e divinos.

Considero o Reino Mineral o Corpo da


Natureza, e seria impossível falar de magia
natural sem mencionar o uso das pedras.
Simbolicamente, o reino mineral compõe-se
de ferramentas fundamentais para todos
aqueles que desejam trabalhar nas regiões
mais profundas da realidade.
Dentro do CORPO LITERÁRIO E
DOUTRINÁRIO DE IFÁ podemos
perfeitamente identificar o
termo ÒKÚTAinserido em vários ITAN que
fazem alusão ao personagem mítico do
mito, utilizada para vários fins seja como
arma ou ferramenta qualquer, que facilitara
a vida dos ancestrais iorubás.

Um ITAN inserido
no ODÙ ÒWÓNRÍN ÒKÀNRÀN inicia
seus versos com a onomatopeia POKON
POKON POKONque representa “o rolar
dos seixos, forçados pela forte correnteza
do rio” ...
Outro mito do ODÙ ÌRETÈ MÉJÌ, revela
que YEYE OLOMO MEFA, perdeu três de
seus seis filhos, entre elesÒKÚTA –
pedra, ALE – terra e ABIRISOKO –
folha, do qual, após consultar IFÁ, lhe é
revelado que os mesmos, estavam a merce
de IKÚ – A Morte. Após realizar as
oferendas prescrita por IFÁ, a mãe encontra
seus filhos, eIKÚ promete-lhe nunca
molestar seus três filhos, então
cantam: ÒKÚTA E E KU – ALE E E RUN
– ABIRISOKO E E RARE E SI, do qual
podemos interpretar: pedra não morre, solo
não fica doente e o ano não passa para
aquele que não vê a planta de Abirishoko...

Em OGBE MÉJÌ um mito faz citação


de ÒKÚTA LEGBAJE (1.460 pedras) que
estavam a frente da casa deÒRÌSÀNLÁ do
qual ÉJÌOGBE foi orientado, que ficasse
em pé sobre o ÒKÚTA FUNFUN – pedra
branca que estava no centro... quando este
estava próximo a se tornar o Rei de todos
os ODÙ...
O ODÙ ÒSÁ ÒGÚNDÁ, revela de como
os ÒKÚTA foram levados dos rios para os
oceanos...
Em ÒSÁ ÒTÙRÚPÒN o segredo
de OLÒKUN para
asOLOSA e OLONA que devem carregar
em seus atributos pedras do mar e
um ÒKÚTA que ficou imerso no fundo do
poço por três dias...
No ODÙ OGBE ÒYÉKÚ, um mito faz
menção que SÀNGÓutiliza-se
do ÒKÚTA como arma, lançando-as contra
seus inimigos... no mesmo encontramos o
mito entre a disputa deORO (Cactus)
e ÀPÁTA (Pedra) se enredo uma disputa
por território... enquanto no ODÙ ÌKÁ
ÒFÚN com as habilidades de este prepara
apenas um ÒKÚTA para vencer a guerra
travada contra OYA e IKÚ.

Em ÒTÚRÁ MÉJÌ um mito relata


que ÒTÚMÉJÌ possuía um seixo trazido
da Cidade de IFÉ... e assim que ele colocou
o seixo no chão, ele se multiplicou em 200
seixos... Quando os guardiões viram o
milagre, uma multidão se reuniram ao redor
de ÒTÚMÉJÌ ... Ele disse a cada um de
seus seguidores para escolher uma das 200
pedras em lançar em direção ao palácio do
Rei...
Em ÌRETÈ ÌWÒRI o IFÁ DE
ENIGMAS, um mito revela o enigma das
três cabaças, uma com pedra, uma com
água e uma com milho - IGBA ÒTA -
IGBA OMI - IGBA AGBADO, de onde
deciframos: imortal como a pedra,
necessário como a água e afortunado como
o milho. Nesse mesmo Signo esta inserido
um conhecido cântico:
O IGI IGI ÒTA OMI O
O IGI IGI ÒTA R'OMI
AGBADO IGI IGI OKUN MÃ
O IGI ÒTA R'OMI
Analiso as pedras no seu aspecto de
“dureza” como símbolos da fortaleza e da
fundação sólida. Como um Portal entre os
dois mundo, considerado também; como
símbolo da fé e da verdade. Um símbolo
autêntico portador de uma ideia mística e
oferecendo um campo muito vasto de
conexões de sentido. O portador de um
espírito divino escondido na matéria.

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