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Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2013

Sistema GAU – Ramos – 6º ano Disciplina: Língua portuguesa


Professor: Daniel C. Balbi
Aluno:
TIPOS TEXTUAIS
Leia atentamente os textos abaixo.
TEXTO I
“Luís Garcia era funcionário público. Desde 1860 elegera, no lugar menos povoado de Santa
Teresa, uma habitação modesta, onde se meteu a si e a sua viuvez. Não era frade, mas queria,
como eles, a solidão e o sossego. A solidão não era absoluta, nem o sossego ininterrompido;
mas eram sempre maiores e mais certos que cá embaixo.”
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Iaiá Garcia, 1878.

TEXTO II
“Refogue a cebola no azeite até dourar. Junte o molho de tomate, os tomates picados, o caldo de
galinha e a água. Ferva em fogo baixo, com a panela tampada, por 20 minutos. Tempere com sal
e adicione a azeitona e o orégano. Em um refratário, alterne camadas de molho, talharim,
presunto e queijo coalho. Leve ao forno, preaquecido em temperatura média, por 20 minutos,
coberto com papel-alumínio. Retire o papel e deixe mais dez minutos. Sirva imediatamente”.
Receita de macarronada. In: http://mdemulher.abril.com.br/culinaria/receitas/macarrao-italiana-
653291.shtml. Acessado dia 24 de Janeiro de 2013.

TEXTO III
“D. Andresa era senhora ajuizada, muito séria, educada no convento de Vairão; tinha missa em
casa, e escrevia cartas a diversas freiras, pondo sempre no alto do papel: Jesus, Maria, José.
Andava nos trinta e cinco anos, muito linfática e um grande horror aos vícios da carne”.
BRANCO, Camilo Castelo. A brasileira de Prazins, 1882.

TEXTO IV
“Segundo um estudo feito pela União Internacional de Telecomunicações – órgão da ONU -, o
Brasil ocupa apenas a 71ª posição entre as 180 economias mais adaptadas às novas tecnologias
de comunicação. Nesse dado, devem-se mencionar também os contrastes nacionais existentes,
pois a região Sudeste apresenta os mesmos níveis de países ricos e parte da população do Norte
e Nordeste jamais teve acesso a um computador”.
O Brasil e o acesso às novas tecnologias. In:
http://www.abdf.org.br/principal/index.php/artigos-mainmenu-80/22-o-brasil-e-o-acesso-novas-
tecnologias. Acessado dia 24 de Janeiro de 2013.

TEXTO V
“ROMANA - Tu acordou cedo, hein?
TIÃO- É
ROMANA - O café já tá pronto.
TIÃO- A senhora também acordou mais cedo. . .
ROMANA - Serviço, filho, muito serviço!”
GUARNIERI, Gianfrancesco. Eles não usam Black-tie, 1958.

Como é possível perceber, os textos selecionados apresentam diferentes estruturas,


valendo-se se de diversas estratégias organizativas. São textos que pertencem a distintos modos
de organização do discurso, que definem os tipos textuais.
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2013
Sistema GAU – Ramos – 6º ano Disciplina: Língua portuguesa
Professor: Daniel C. Balbi
Aluno:
No texto I, predominam os tempos pretéritos, havendo a presença de um narrador,
que tratam do deslocamento no tempo e espaço de personagens, por relações de causa e
consequência, evidenciando-se uma sequência. Esse tipo de texto chama-se narração.
O texto II é construído por frases diretas, de estrutura regular. Servem executar
ordens, pedidos e outra formas de interlocuções diretas, cujo tempo verbal predominante é o
subjuntivo. Denomina-se injunção.
O texto III serve para caracterizar eventos, lugares ou personagens. Ele é constituído
por paralelismo sintático, que favorece a elipse verbal, abundante em adjetivos. O tipo textual
recortado é a descrição.
O texto IV apresenta estrutura complexa, com articulação de informações e ideias
concatenadas, constituído por, na maioria dos casos, tempo verbal presente. Esse tipo de texto
denomina-se dissertação.
O texto V caracteriza-se pela interlocução direta, em que se pretende passar à voz dos
personagens, a fim de instaurar as nuances de personalidade e situações dos agentes
discursivos. O tipo textual em questão é o diálogo.

EXERCÍCIOS
Identifique, no texto abaixo, o modo de organização discursiva dos trechos sublinhados,
de acordo com a numeração a seguir.
1– Narração; 2 – Injunção; 3 – Descrição; 4 – Dissertação e 5 – diálogo.
“[...] Quando entrou em casa, naquele dia, foi a irmã quem lhe abriu a porta, perguntando:
—Janta já?
—Ainda não. Espere um pouco o Ricardo que vem jantar hoje conosco.( )
—Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como
você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio — não é bonito!
O major descansou o chapéu-de-sol — um antigo chapéu-de-sol, a haste inteiramente de
madeira, um cabo de volta, incrustado de peque- nos losangos de madrepérola ( ) — e
respondeu:
—Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo homem que toca
violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o
violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos abandonado o gênero, mas ele já esteve
em honra, em Lisboa, no século passado, com o Padre Caldas, que teve um auditório de
fidalgas. Beckford, um inglês notável, muito o elogia.( ).
—Mas isso foi em outro tempo; agora...
—Que tem isso, Adelaide? Convém que nós não deixemos morrer as nossas tradições, os
usos genuinamente nacionais...
—Bem, Policarpo, eu não quero contrariar você; continue lá com as suas manias. ( )
O major entrou para um aposento próximo, enquanto sua irmã seguia em direitura ao interior da
casa. Quaresma despiu-se, lavou-se, enfiou a roupa de casa, veio para a biblioteca, sentou-se a
uma cadeira de balanço, descansando. ( )”
BARRETO, Afonso Henriques de Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma, 1911.
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2013
Sistema GAU – Ramos – 6º ano Disciplina: Língua portuguesa
Professor: Daniel C. Balbi
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