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Enredo
Este é um conto realista escrito por Eça de Queiroz cujo tema central
vai tratar de uma traição. Um dia o personagem Godofredo Alves chega em
casa e flagra a sua esposa Ludovina namorando com o seu sócio Machado no
sofá. A primeira reação de Alves foi colocá-la para fora de casa, mandando-a
morar com o pai. O pai de Ludovina o procurou falando da falta de condição
financeira que teria ao ter a filha de volta em casa, Alves então promete uma
quantia em dinheiro para ajudar nas despesas da então ex-mulher, além disso,
fornece um dinheiro para que a família passe um tempo fora a fim de não
causar um escândalo na sociedade se caso tivessem conhecimento de tal
traição. Observa-se nesse conto que a questão moral e social era posta em
evidência. Havia uma grande preocupação em como a sociedade iria reagir ao
saber que uma mulher pudesse trair o seu cônjuge, e por essa razão eram
feitos pequenos sacrifícios a fim de esconder tal fato.
Um exemplo claro neste enredo trata-se do modo como Alves agiu
após a traição, pois não despediu a empregada Margarida, que sabia de tudo
que ocorria entre Machado e Ludovina, somente para que ela não contasse o
corrido na cidade. No caso de Machado, o sócio traidor, Alves propôs um duelo
entre os dois para que o que perdesse tirasse a própria vida. Este é um dos
pontos altos da trama, pois deixa aquele suspense no ar, fazendo com que o
leitor tenha curiosidade de saber o desfecho da história.
Surge então na narrativa, amigos de ambos (Alves e Machado) que
negociam essa proposta de interesse dos dois e que conseguem conciliar tudo
ao ponto de fazerem o Alves refletir que a traição não passara de um namoro
bobo e que, portanto não necessitaria envolver morte. Alves se reconcilia com
Ludovina e faz as pazes com o sócio. O tempo passa, ambos ganham muito
dinheiro, Machado se casa e todos seguem vivendo uma vida tranquila com a
amizade permanecendo a mesma e, ao fim já com mais idade eles se
recordam do que ocorreu no passado e chegam a conclusão de que tal fato
não passou de uma tolice.
Narrador
Percebe-se neste livro que o narrador é heterodiegético, ele
desenvolve todo o enredo, mas não participa da história como personagem. O
seu papel é passar para o leitor os acontecimentos, pensamentos do
personagem, os seus sentimentos etc. Exemplos claros encontra-se no
seguinte trecho do livro Alves & Cia (2000, p.08).
Personagens
Tempo
Espaço