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1 INTRODUÇÃO

A perda de uma chance é um tema originário da França, teve seu primeiro


julgado do final do século XlX, expandindo-se por toda Europa chegando
suscintamente no Brasil em 1990 (PAIVA, 2011).

O site Jus Brasil ( 2016), reuniu dados sobres o crescimento considerável


do números de ações julgadas, abrangendo a teoria da perda de uma chance
pelos tribunais de todo Brasil, especialmente na regiões Sul e Sudeste do nosso
país, empiricamente, diante disso notou-se que nenhum juiz seguiu posição
contrária à sua aceitação; porém compreende-se efetivamente, que
determinados tribunais do Brasil não tiveram contato com a teoria da perda de
uma chance de modo que não se pode proferir que seja uma teoria de aplicação
geral, aberta ou absoluta.

OLIVEIRA- Marcello Faria de Oliveira 2016.


https://marcellofaria.jusbrasil.com.br/artigos/308093914/teoria-da-perda-da-
chance

Além disso, sobre a responsabilidade civil do advogado pela perda de uma


chance para com seu cliente, foram encontradas inúmeras jurisprudências
dentre elas, no STF entre os anos de 2010 à 2018, no STJ entre os anos de
2001 à 2018, no TSE entre os anos de 2009 à 2018, no TST jurisprudências
entre os anos de 2006 à 2018 no TRFs entre os anos de 2002 à 2018, no TREs
entre os anos de 2005 à 2018, no TRTs jurisprudências entre os anos de 1969
à 2018, sintetizando milhares de julgados em 49 anos, nesta perspectiva diante
do enorme contingente de jurisprudências percebe-se a necessidade de
reavaliar a responsabilidade civil do advogado na perda da chance no intuito de
atenuar o número de processos dessa seara (BRASIL, 2018) COLETÂNEA DE
JURISPRUDÊNCIAS DISPONIVEL EM:
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=RESPONSABILIDADE+CI
VIL+DO+ADVOGADO+POR+PERDA+DE+UMA+CHANCE

Portanto indaga-se: quando a culpa comprovada for séria real e objetiva


os advogados devem ser responsabilizados pela perda de chance de seus
clientes?
Consequentemente, o produto desse trabalho é analisar a partir dos
julgados mencionados, o que leva o advogado praticar detrimentos ao seu cliente
e entender como a teoria da perda da chance é aplicada nos nossos tribunais,
na tentativa de sanar tal deficiência.

Para tanto foram apresentados como objetivos específicos; o resgate,


origens e o conceito da teoria da perda de uma chance, e evolução histórica; o
apontamento das causas principais que conduzem os advogados a cometer
danos; a avaliação da importância do advogado dentro dos conceitos de ética
tentando indicar a importância do bom advogado como elemento primordial para
a administração da justiça e ferramenta básica para a garantia da proteção dos
interesses dos indivíduos tomando como base estatuto da advocacia e código
de ética da OAB.

Parte-se da hipótese que ao se gerar um dano o advogado deve pagar


pelos prejuízos causados aos seus clientes.

Assim para viabilizar a teste da hipótese, realiza-se uma pesquisa de


finalidade básica estratégica através de um estudo descritivo, onde vários
preceitos foram estudados sobre a responsabilidade civil do advogado pela
perda de uma chance.

No primeiro capítulo

CONCEITO DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE

A perda de uma chance acontece quando, em virtude da conduta de


outrem, desaparece a probabilidade de um evento que possibilitaria um benefício
futuro para a vítima, como progredir na carreira artística ou militar, arrumar um
melhor emprego, deixar de recorrer de uma sentença desfavorável pela falha do
advogado, e assim por diante, Deve-se, pois, entender por chance a
probabilidade de se obter um lucro ou de se evitar uma perda”. Sergio Cavalieri
Filho 2012

A perda de uma chance acontece quando um indivíduo vê sua expectativa


fracassada de obter uma chance futura, que, dentro de uma lógica razoável,
aconteceria se os acontecimentos continuassem na sua trajetória normal, e
partindo desse pressuposto, essa chance deve ser séria e real, e para empregar
da teoria, a perda da chance a probabilidade da oportunidade necessita ser de
50% (cinquenta por cento ). TARTUCE flavio tartuce

Entende-se por perda de uma chance um processo que dá oportunidade


para uma pessoa em obter no futuro alguma coisa que lhe seja de proveito,
referindo-se na interrupção do processo em curso, por consequência de um fato
antijurídico, eliminando assim uma oportunidade, e em frustação da chance em
se evitar o dano em situações por se impedir de ter a oportunidade de evitar o
dano aconteceu (NORONHA, 2005). RESPONSABILIDADE por perdas de
chances, revista de direito privado Noronha, Fernando 2005 São Paulo

Ao ser aplicada pelo STJ a teoria da perda de uma chance, é exigível que
o dano seja REAL ATUAL e CERTO, dentro de uma cautela de probabilidade, e
não somente de uma possibilidade, já que o dano potencial ou incerto, na visão
da responsabilidade civil, geralmente não é indenizável (REsp 1.104.665-RS,
Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 9/6/2009), e em outros julgados, escreve-
se que a chance perdida deve ser REAL e SÉRIA, proporcionando ao lesado
reais condições pessoais de competir à situação futura aguardada (AgRg no
REsp 1220911/RS, Segunda Turma, julgado em 17/03/2011) (BRASIL, 2018).
JURISPRIDENCIAS
https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:1jAIm8GfdiMJ:https:/
/stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/18659637/agravo-regimental-no-recurso-
especial-agrg-no-resp-1220911-rs-2010-0208503-0+&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br

Ao adotar-se a responsabilidade civil baseada na perda de uma chance


aqui no Brasil, por ser relativamente nova, sua análise e aplicação ficam a critério
da doutrina e da jurisprudência, já que o Código Civil de 2002 não à mencionou,
e ainda há deficiência de juízo crítico argumentativos que apresentem igualdade
aos casos, não é um tema pacífico tanto na doutrina como na jurisprudência,
pois na doutrina clássica não adota a teoria da perda de uma chance, por não
existir a possibilidade de se definir qual seria o resultado final, não se pensa em
dano pela perda da chance, pois esta chance incide no campo do dano hipotético
eventual, e um dos principais problemas que se apresentam é que os julgadores
quando tem de se aplicar esta teoria, é o dimensionar o dano resultante da
chance perdida, e para a mais perfeita doutrina, deve-se efetuar um cálculo das
probabilidades do fato da vantagem caso a chance de obtê-la não tivesse sido
abortada, perda de uma chance enquadra-se na modalidade de
responsabilidade civil subjetiva, por causa da presença de todos os hipóteses
encontradas no CC ou sejam: ato ilícito, dano, culpa, nexo causal Katiane da
OLIVEIRA, SILVA Silva Oliveira 2018 A teoria da perda de uma chance: Nova
vertente na responsabilidade civil

http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8762&revist
a_caderno=7

CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

Consiste na aplicação de medidas que obriguem alguém em reparar um


dano moral ou patrimonial ocasionado a terceiros por motivo de ato do próprio
imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob
sua guarda ou de simples imposição legal, onde em sua estrutura, a ideia da
culpa acontece ao se cogitar a existência de ilícito ou seja responsabilidade
subjetiva, e a do risco, que é a responsabilidade sem culpa, responsabilidade
objetiva (DINIZ,2010). DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro:
responsabilidade civil. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 34.

A PERDA DE UMA CHANCE COMO DANO AUTÔNOMO

Durante muitos anos o dano constituído pela perda da oportunidade de


adquirir uma vantagem futura, ou de evitar um prejuízo, foi oculto pelo Direito,
considerando-se a circunstância como não digna de tutela jurídica, pois a
rejeição da indenizabilidade da chance perdida justificava-se com base no
princípio tradicional da responsabilidade civil que prescreve que os danos, para
serem suscetíveis de reparação, devem ser certos, e não somente hipotéticos
ou eventuais (RODRIGUES, 2002). silvio rodrigues direito civil parte geral das
obrigações sp saraiva 2002 p256

Cabe dizer, igualmente, que, muito habitualmente, o que se torna


transitável a procedência da ação reparatória era o pedido da vítima, que
estabelecia de forma inadequada sua pretensão, ao invés de estabelecer um
pedido buscando a indenização da chance perdida, pedia a indenização
vantagem final e seus pedidos seriam sem sombra de dúvidas improcedentes e
o pedido deve ser feito nesses casos, com relação à chance perdida, e o
percentual imprevisto sobre o valor total da vantagem confiada, dependendo do
grau de probabilidade de se concretizar a chance que se perdeu, e ainda quando
a pretensão incida, não sobre o lucro final aguardado, mas certamente sobre a
chance perdida, o pedido encostava-se na errada percepção de que tratava de
dano hipotético, impassível de reparação, mais por consequência do avanço nos
estudos das estatísticas e probabilidades, notou-se a cada dia mais seria
possível, definir um valor a um dano que, antigamente, era considerado somente
hipotético, visto que hoje em dia esse dano já pode apreciado como dano
autônomo com relação ao prejuízo final e ser adequadamente quantificado
(SAVI, 2006). responsabilidade civil pela perda de uma chance, são Paulo: atlas,
2006. p.3

Com o progresso da ciência da probabilidade e estatística, torna-se um


terreno fértil para o surgimento de um instrumento categórico, apto para criar
novos moldes de danos indenizáveis, ou seja, as chances perdidas, que
conforme essa nova compreensão, a chance passa a ser visualizada, por si só,
como uma propriedade integrante do patrimônio legal da vítima, e sua perda não
se deve confundir com uma perda de uma vantagem aguardada, mais sim
fortalecer um dano indenizável em si mesmo, separado do dano final (PETEFFI,
2009). PETEFFI DA SILVA, Rafael. Responsabilidade civil pela de uma chance:
uma análise do direito comparado e brasileiro. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CRITÉRIOS PARA CALCULAR OS DANOS PELA PERDA DA CHANCE

Uma vez preenchidos todos os requisitos do dever de indenizar, resta


saber como se dará a apuração da quantificação do dano resultante da chance
perdida, melhor dizendo, verificado o an debeatur, deve-se descobrir o quantum
debeatur, devendo-se usar certos critérios essenciais, os quais convirão como
limites para se achar o valor da chance perdida, que retribuirá ao montante
indenizatório, e o valor da reparação dessa chance perdida deve ser o menor
valor atribuído na vantagem final que se espera, regra atribuída pela
jurisprudência da França de modo sistematizado SAVI, Sérgio.
Responsabilidade civil pela perda de uma chance. São Paulo: Atlas, 2006. p. 67;

O entendimento decorre da lógica do próprio conceito de chance, que se


entende como uma possibilidade e uma probabilidade de se ter um benefício
futuro, não se confundindo, com a certeza do benefício, no que pese a
singularidade da regra, nossos tribunais misturam os distintos conceitos da
perda de chance e do lucro cessante, obrigando ao pagamento do valor integral
da vantagem que se esperada, da "perda de uma chance". PETEFFI DA SILVA,
Rafael. Responsabilidade civil pela de uma chance: uma análise do direito
comparado e brasileiro. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 143.

É notório que se poderia pensar em lucro cessante ainda em casos de


assunto sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, ou até em temas do qual a
jurisprudência é pacífica, mesmo que não tenha sido sumulada, seria o suficiente
para se encaixar no tipo de dano de lucro cessante, ou melhor dizendo "aquilo
que razoavelmente se deixou de lucrar", recorde-se que, conforme o tipo da
vantagem final esperada, a perda da chance de tê-la pode materializar-se tanto
um dano material como em um dano extrapatrimonial NORONHA, Fernando.
Direito das obrigações. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 696
Nos casos de dano moral, a regra deve ser seguida, e a fixação do
argumento básico do valor da chance será sempre menos ao que o valor total
da vantagem esperada, e mesmo assim não resolve o problema da quantia a ser
paga, e sempre o valor será menor que o 100% (cem por cento) mais não poderá
ser muito pouco sob pena de desrespeito da seriedade da chance, e em cada
caso encontrar um valor médio, calculando a probabilidade de sucesso, o juiz
deve iniciar o cálculo conforme o dano final e tirar um percentual que
corresponda as chances desse resultado acontecer. SAVI, Sérgio.
Responsabilidade civil pela perda de uma chance. São Paulo: Atlas, 2006. p. 68.

O efeito de tal intervenção incidirá na soma


indenizatória conforme a teoria da perda de uma chance, distinguindo-se que
essa operação não será realizada facilmente sempre, pois, nesse cenário serve
de empecilho para indenizar pela perda da chance, e nos casos de lucro
cessante, provavelmente dependerá de cálculo complexo, até mesmo em casos
de dano moral puro, representar o dano em dinheiro, mesmo assim, nesses
casos, pensa-se em não reparar o dano, e na chance perdida , para se calcular
o grau de probabilidade, o juiz pode aproveitar-se da ajuda de peritos técnicos,
e nos casos, onde se determina a perda de uma chance de se ter vitória em
processo judicial, o próprio julgador pode servir de perito da própria causa, dado
que ele mesmo já é o expert no assunto. ALVIM, Agostinho. Da inexecução das
obrigações e suas consequências. 4. ed. São Paulo:

Saraiva, 1972. p. 192.

1 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO

A responsabilidade civil do Advogado está prevista em várias normas


legais, nos artigos 32 e 33 da Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia da OAB),
artigo 14 § 4º da Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor) e nos artigos
186 e 927 do Código Civil, e o Estatuto da Advocacia e da OAB determina que
o advogado é responsável por seus atos praticados com dolo ou culpa no na
prática da sua profissão, coloca que o advogado é obrigado a cumprir os deveres
determinados no Código de Ética e Disciplina, conforme prevê os artigos 32 e 33
do Estatuto referido (BRASIL, 2018). PLANALTO, Lei 8.906, 04/07/1994,
Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8906.htm>

Conforme o artigo 133 da Constituição federal “o advogado é


indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”(BRASIL, 2018).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Todavia, a responsabilidade civil dos advogados não é somente


determinada pelo código de ética e Estatuto, pois se analisarmos o código civil,
perceberemos que podemos atribuir os artigos 927 c/c art. 186 no fato de ação
ou omissão voluntária do advogado, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano alguém, mesmo sendo dano moral, concorreu para o ato ilícito, e
conforme o artigo 927 do CC, quem praticar um ato ilícito e causa prejuízo a
alguém tem a obrigação de reparar esse dano, pois a responsabilidade civil é
um tipo de embocadura onde passam todos os campos do Direito, tanto Público
como Privado, contratual e extracontratual, material e processual; O dano moral
é o maior vilão hoje em dia da responsabilidade civil, está singelamente apontado
no art. 186 do Código civil (CAVALIERI FILHO, 2012).

1.1 DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO NA RELAÇÃO


CONTRATUAL
Em relação à responsabilidade civil do advogado, é uma relação
contratual resultante de mandato judicial que decorre da obrigação de meio com
exceções quando o advogado presta assistência judiciária, mesmo sendo um
múnus público (obrigação imposta por lei em atender as pessoas) Maria Helena
Diniz (2003, p.51), DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro –
Responsabilidade Civil. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

O advogado está obrigado a fazer diligencias e usar da sua capacitação


profissional na defesa de um processo, porém mesmo não se obrigando ao
resultado, se for negligente ou imperito poderá ser apontado na sua ineficiência
de desempenho profissional e deverá ser verificada em cada caso concreto, pois
o que vai ser repreendido será o erro grosseiro inaceitável do advogado, sendo
que a conduta do advogado circula em torno do mandato, porém exibe distinções
próprias em prestação de serviços, tarefas e contratos; entretanto, há tarefas da
advocacia que são classificadas como atividade fim, e esses erros não podem
suceder, pois o advogado se compromete com o resultado, ao preparar uma
escritura ou contrato, o advogado se compromete com o resultado, até mesmo
na perda de prazo para uma contestação ou reconvenção onde o advogado não
se atentou aos prazos mínimos e máximos para executar tais condutas, ficando
fora de dúvidas que tais inabilidades profissionais do advogado gere prejuízos
ao cliente dando margam á indenizações, visto que, o advogado tem o dever de
encontrar soluções que se adequem nas demandas que lhes foram
apresentaram (VENOSA, 2012).

O advogado possui ainda a responsabilidade pré-contratual, além da


contratual e extracontratual, sendo que sua responsabilização poderá suceder
pela omissão de providências antecedentes passíveis de proteger o direito do
seu representado, assim como é responsável pelos conselhos oferecidos ao
cliente na proporção do dano que vier dar causa, ao dar conselhos sob forma de
pareceres, contrários do que está estipulado em lei, jurisprudência ou na
doutrina, não somente por ser fato absurdo mais também do conselho ser por
ter sido imprudentemente, pois o advogado tem de pesar as consequências ou
os danos causados pela falta de exatidão dos seus conselhos aos
clientes(DINIZ, 2008). DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro:
responsabilidade civil. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p.284.

1.2 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO E A APLICAÇÃO DO


CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA REPARAÇÃO DOS DANOS

Incide sobre os atos do advogado poderes concedidos pelo cliente para


cuidar e defender seus direitos em relação pelos quais o advogado não possui
livre disposição, é imprescindível instituir ao mesmo a obrigação de reparação
do dano proveniente de sua conduta culposa, melhor dizendo, ainda que a
advocacia não é uma atividade econômica, mais sim um serviço público, e o
advogado no exercício da advocacia se sujeita ao dever de reparação resultante
das suas ações nas relações de consumo, harmonizado a advertência do art. 14,
§ 4º, do CDC, sendo que existem dois tipos de responsabilidade civil ajustadas
CDC: “a responsabilidade pelo fato do produto e do serviço e a responsabilidade
por vícios do produto ou do serviço” ambas são de caráter objetivo, uma deriva
de danos do produto ou serviço, também chamados de acidentes de consumo
(extrínseca). a outra é relacionada ao defeito do produto ou serviço (intrínseca),
é parecida ao dos vícios redibitórios, que quando o defeito faz com que a coisa
seja imprópria ou inadequada para ser usada ao que se confere, existirá o dever
de indenizar sendo cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral
procedentes do mesmo fato, o consumidor que obtém algum serviço, muitas
vezes não pode toca-lo, vê-lo ou até experimenta-lo, previamente, sendo que na
ação da contratação do serviço que está sendo adquirido mais que futuramente
será realizado, esse serviço é imaterial tornando material, seu resultado só no
final, e sendo assim, o cliente, e o advogado se adequam na descrição de
consumidor e fornecedor de um serviço (GONÇALVES, 2012).Carlos roberto
Gonçalves direito civil brasileiro saraiva 2012.

Conforme julgado do Superior Tribunal de Justiça, enunciado no final do


ano de 2003 de relatado pelo ministro César Asfor Rocha, que eliminou a
atividade dos advogados do campo de incidência do CDC, e que depois foi
reafirmado em 2005 pelo Min. Aldir Passarinho Júnior, que na ocasião firmou-se
que:

Não há relação de consumo nos serviços prestados por advogados,


seja por incidência de norma específica, no caso a Lei n° 8.906/94,
seja por não ser atividade fornecida no mercado de consumo. As
prerrogativas e obrigações impostas aos advogados - como, v. g., a
necessidade de manter sua independência em qualquer
circunstância e a vedação à captação de causas ou à utilização de
agenciador (arts. 31/ § 1° e 34/III e IV, da Lei n° 8.906/94) –
evidenciam natureza incompatível com a atividade de consumo
(Resp. 532.377, rel. Min. Cesar Asfor Rocha, 4ªT., j. 21/08/2003,
DJ13/10/03).

e a exceção conferida aos profissionais liberais pelo Código de defesa do


consumidor, sobre a atividade do advogado, informado da função social que tem,
se interpreta pela independência que distingue sua prática, pois a liberdade é o
que garante em favor ao do próprio representado, e por tais motivos , o legislativo
optou pela responsabilidade subjetiva dessa categoria de profissionais que foi
adequada e se dá diretamente em razão natureza intuitu personae dos serviços
advocatícios, que se baseiam, na confiança pessoal do representado no seu
advogado, pois o contrato entre o advogado e o seu representado não é de
caratér consumerista, tampouco contrato de adesão, mas sim um contrato
privado, negociado particularmente, no qual se calcula a igualdade entre as
partes contratantes, e ainda que não se trate de um contrato de adesão, mas de
um contrato privado, negociado particularmente diante de casos concretos, não
existem motivos para defendermos o banimento da legislação consumerista
diante da deficiência de incompatibilidade entre as regras do CDC e do Estatuto
da Advocacia (TREVIZAN, 2013). A responsabilidade civil do advogado sob a
perspectiva civil-constitucional /

Thaita Campos Trevizan. - Vitória : EDUFES, 2013.

1.3 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO EMPREGADO E DA


SOCIEDADE DE ADVOGADOS

Ao se falar sobre a responsabilidade civil do advogado empregado, este


responde diante seu cliente pelo danos que lhe ocasionar, e a regra será a
mesma exibida no artigo 32 do Estatuto da Advocacia e da OAB, no caso, é a
responsabilidade subjetiva, baseada na culpa, havendo a necessidade da
comprovação de que o dano de modo efetivo ocorra e que entre eles haja um
nexo de causalidade, diante de terceiros, quem responde é o empregador, e
conforme artigo 462, §1º, da CLT, no caso de dano se acordado previamente
terá um desconto do empregado em folha e esse desconto só será no caso de
dano, ou se comprovar o dolo do empregado, Já na sociedade de prestação de
serviço de advocacia e dos advogados façam parte está arriscada à investigação
de culpa no em cada caso, responde a sociedade pelas obrigações que assumiu
e pelas obrigações que resultam da prática das suas atividades direta e
ilimitadamente, sem prejudicar a responsabilidade subsidiária da pessoas dos
seus sócios, e que conforme o artigo 17 da lei 8.906/94, é subsidiária e ilimitada,
significando que apenas serão chamados a responder se pôr ventura a
sociedade não tenha condições de pagar uma indenização, mais se ocorrer um
erro imputável a qualquer um dos advogados que façam parte da sociedade, a
própria sociedade pagará a indenização, e poderá entrar com uma ação de
regresso contra o advogado causador do dano (FORTES, Wanessa Mota
Freitas Fortes, 2018). Responsabilidade civil do advogado http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7935

1.4 OUTRAS PRESUNÇÕES DE RESPONSABILIZAÇÃO

O advogado poderá ser responsabilizado civilmente quando há uma


defesa deficiente; pela prescrição da ação; por carência de postura séria e
respeitosa; pelo não conhecimento da lei e do direito; por dar um conselho
errado; por não seguir as instruções do cliente; por ajuizar ações inviáveis; por
erros ao escolher os procedimentos; por ausência de conhecimento da matéria
pela qual opera; pelas ofensas que enunciar contra o juiz, ou para a outra parte
ou para o advogado da outra parte fora dos perímetros da discussão da causa,
ou seja qualquer uma dessas falhas citadas encaixam-se nos considerações
gerais de negligência, imprudência ou imperícia, já relatados em tópicos
anteriores, e portanto torna-se necessário analisar a responsabilização do
advogado sob a visão de prevenir e se atentar aos danos, que tem tomado lugar
de ênfase unido à teoria da responsabilidade civil presente. NEVES, Daniel
Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil, 2ª
edição, 2010, Editora Método, p. 1149.
1.5 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO NAS PERSPECTIVAS
CONTEMPORÂNEAS

As modificações suportadas pela teoria geral da responsabilidade civil


podem ser confiscadas como meios de conservação da sua própria matéria, ou
seja, como apropriadas especies de sobrevivência, ainda que tenham origens
muito diferentes, o que explica que seus resultados ajustados, tenham marcado
intensamente essa parte do direito, pois a contemporânea teoria da
responsabilidade civil, portanto, oferece uma nova aparência, na medida exata
onde não mais se aponta no autor da ação, mas sim na vítima, visto que a
preocupação maior com a injustiça do dano do que com a conduta que gerou
esse dano, progredindo-se, partindo da ideia do débito da responsabilidade para
o raciocínio da quantia da indenização. HOFMEISTER, Maria Alice Costa. O
dano pessoal na sociedade de risco. Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p.100.

As orientações sobre a responsabilidade civil contemporânea, passaram


por procurar pelas tutelas concretas dos esforços das vítimas, e em muitos casos
foram abandonadas pela famosa prova diabólica da culpa, visto que o conceito
de responsabilidade se afasta da ciência do castigo, se referindo à reparação do
dano propriamente dito, onde o objetivo deixou de ser confirmar quem causou
um dano duramente, e passou à de indenizar quem duramente o sofreu, e nessa
fase, o dano passa a ocupar o centro e principal lugar a sua volta, esses fatores
imputáveis são subjetivos e objetivos, igualmente a conduta, a antijuridicidade e
a culpa, passaram a ter um papel subordinado, e por isso, o dano reparável não
é mais aquele originado ilicitamente pela violação de um direito subjetivo da
vítima, mais pela lesão sine iure de um direito, ou de um interesse digno de ser
protegido. SEGUÍ, Adela M. Aspectos Relevantes de la Responsabilidad Civil
Moderna. Separata da Revista de Direito do Consumidor, nº.52, ano 13, RT, São
Paulo.

As injustiças aparecem quando se percebem os interesses feridos e os


resgatam como dignos de tutela todos interesses da sociedade e os valores
comuns aceitos, apontam como dignos, e respeitados, mesmo que não tenham
como prever expressamente em normas, e por tais motivos o vasto
reconhecimento da eficácia dos valores constitucionais passou a exigir, por
todos os lados, que seja feita uma releitura crítica das normas jurídicas
tradicionais, na seara da responsabilidade civil particularmente, a valorização do
desempenho de interpretação das instancias e a admissão na discussão jurídica
os aspectos sociais, econômicos e éticos, preparando o campo das
transformações há muito desejadas SCHREIBER, Anderson. As novas
tendências da Responsabilidade Civil Brasileira. Separata da

Revista Trimestral de Direito Civil, nº 22, ano 13, Padma, Rio de Janeiro, p.46.

As tendências da responsabilidade civil contemporânea, a extensão dos


danos indenizáveis e a obrigação de selecionar os interesses dignos de tutela,
visto que, com a dispensa passo a passo da necessidade de se provar a culpa
e com a plasticidade da comprovação do nexo causal, os dois considerados
dados essenciais para a forma da indenização, reunidos à socialização das
ações de responsabilidade civil, notou-se uma expansão total das presunções
indenizatórias, e também pode-se encontrar uma expansão qualitativa, “na
medida em que novos interesses, sobretudo de natureza existencial, passam a
ser considerados pelas cortes como merecedores de tutela, consubstanciando e
a sua violação em um novo dano indenizável, a Constituição Federal, ao edificar
a dignidade da pessoa humana como valor fundamental, garantiu a proteção de
todos os interesses relativos a dignidade humana, onde já são inteiramente
reconhecidos no nossa país, os danos à privacidade, à imagem, estético, e à
integridade psicofísica, estas novos tipos de dano, de um lado, mostra o quão
grande e sensível são os tribunais à tutela de aparências existenciais do
indivíduo, por outro, surge, por toda parte, o medo antecipado, de que “a
multiplicação de novas tipos de dano tenham como únicas fronteiras a fabula do
intérprete e a maleabilidade da jurisprudência e o progressivo reconhecimento
por uma parcela dos doutrinadores e da jurisprudência de que os danos de
maneira injusta sofridos pelos indivíduos serão resolvidos não só pela presunção
indenizatória, explica a importância do crescimento dos seguros de
responsabilidade civil na ação de mitigação desses danos, no limite em que se
reparte entre os vários agentes virtualmente nocivos, por intermédio da cobrança
dos prêmios, os gastos totais vindos da compensação de todos os danos
oriundos daquele serviço e é por esse motivo que os seguros de
responsabilidade civil ganham grande estima até mesmo no campo do
profissional liberal, mesmo que isso aconteça de modo elementar no Brasil
CAMPOS -Trevizan, Thaita Campos, A responsabilidade civil do advogado sob
a perspectiva civil-constitucional Thaita Campos Trevizan. - Vitória : EDUFES,
2013.

2 DAS OBRIGAÇÕES DO ADVOGADO

O advogado deve preservar, em sua conduta, sua honra, nobreza e a


dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e
indispensabilidade, atuar com coragem, independência, honestidade, decoro,
veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; deve velar por sua reputação pessoal
e profissional e empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento
pessoal e profissional; tem de contribuir para o aprimoramento das instituições,
do Direito e das leis; tem de estimular a conciliação entre os litigantes,
prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios, tem que aconselhar
o cliente a não ingressar em aventura judicial, porém deve-se abster-se de
utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente, patrocinar
interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também
atue, vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente
duvidoso, emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a
honestidade e a dignidade da pessoa humana, entender-se diretamente com a
parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste, e
pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus
direitos individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade (BRASIL,
2018).

2.1 O DEVER DO ADVOGADO EM PRESTAR INFORMAÇÕES

Sobre o relacionamento com o seu representado, o princípio do artigo 8º


do Código de Ética e Disciplina da OAB, diz que o advogado a obrigação de
“informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da sua
pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda”, além disso, o
desempenho do advogado no panorama processual também lhe atribui desde a
obrigação de apresentar procuração, conservar os seus elementos, os do seu
representado sempre atualizados, até mesmo comunicar ao juiz qualquer
novidade de interesse ao caminhar do processo, o dever de informar o cliente
perdura durante todo desencadeamento do processo, compreendendo também
a etapa de cumprimento da sentença ( José Rogério Cruz e Tucci 2018)
https://www.conjur.com.br/2018-jan-23/paradoxo-corte-advogado-dever-
profissional-informacao

2.2 OS LIMITES NA RELAÇÃO ENTRE CLIENTE E ADVOGADO

Ao se praticar a advocacia de configuração autônoma, a relação cliente


advogado é um dos mais importantes condições , seguida da organização e da
boa apresentação, e essa relação do advogado com o cliente é sucessivamente
passada pela confiança, porque o cliente deposita no advogado, os seus medos,
e ambições, antipatias, e suas vitórias, até mesmo o seu patrimônio, sendo que
frequentemente ficamos sabendo de acontecimentos que nem os próprios
parentes do representado sabem, por isso , o advogado deve ser discreto e o
sigilo são fatores vitais dessa relação, e outro fator é a prudência que deve estar
presente na relação, igualmente considerável é a transparência e a clareza, pois
quando você escuta seu cliente contar um fato, determinados detalhes não
coincidem na história ou até mesmo nos documentos que você averiguou,
nesse momento a transparência e a clareza entram na história, e de acordo com
o Código de Ética e Disciplina dos Advogados na relação entre o advogado e
seu cliente, é fator decisivo informar, de maneira clara e evidente, quanto a
ocasionais riscos de sua presunção ( KAGEYAMA, André Kageyama, 2017)
https://www.aurum.com.br/blog/relacao-do-advogado-com-o-cliente/#otua
2.3 O DEVER DO ADVOGADO EM GUARDAR SIGILO DOS SEUS CLIENTES

O advogado é o verdadeiro depositário dos segredos daquele que lhe


confiou o mandato, compreendendo-se no conceito de sigilo qualquer tipo de
informação que lhe é confidenciada pelo cliente relativamente à pessoa deste ou
à causa patrocinada, por qualquer meio e em qualquer formato, incluindo
documentos inéditos, fatos desconhecidos, arquivos eletrônicos, pastas e
relatórios, declarações e até mesmo confissões de foro íntimo. inicialmente, cabe
diferenciar o direito constitucional da intimidade, pelo qual surge a conservação
do segredo e a proteção perante a lei oferecida ao sigilo, pois segredo, em
sentido aberto, é a informação experimentada somente por seu titular ou por um
número limitado de indivíduos e que não se pode divulgar a outras pessoas , em
por motivo de lei ou por vontade juridicamente proeminente do interessado, que
surge do direito à intimidade, disposto no art. 5º, incisos X e XI, da Constituição
Federal, sendo que, o sigilo é uma maneira ou utensilio usado por um individuo
para manter o sigilo de algum fato; a vontade de conservar as informações em
sigilo decorre do Estado como também de particulares, porém o direito ao
segredo de justiça é garantia fundamental dos indivíduos considerado inviolável
até mesmo diante do legislador infraconstitucional. (SILVA, Vinícius Borges Meschick
da Silva 2016) http://conteudojuridico.com.br/artigo,da-etica-como-forma-de-
seguranca-juridica-quanto-ao-sigilo-profissional-do-advogado-no-ambito-de-
uma-tutela-co,55320.html

A informação verdadeira guardada em secreto chegue a ser revelada,


quebrando-se a característica sigilosa da informação, terá efeitos indenizatórios
e sanções de acordo com a lei, tiramos como exemplo crimes praticados contra
a dignidade sexual, presumidos no Título VI do Código Penal, que seguem em
segredo de justiça, conforme o art. 234-B do CP, e a proteção constitucional à
privacidade e a intimidade da pessoa amplia-se, ao sigilo profissional, pois a
direção ética sobre o sigilo profissional é finalizada com teor explicativo deixando
claro as confidências passadas serão usadas pelo advogado em conformidade
com os limites de defesa, surgindo daí que o advogado se faz valer das
informações captadas, no propósito de tutelar os direitos do cliente em juízo,
cabendo ao advogado ter também o indispensável bom senso e competencia
para, no momento, observar ou filtrar todas as confidencias o que lhe foi e usar
apenas aquilo que lhe seja útil na defesa de seu representado caso não o faça
infringirá a lei e sofrerá de infrações de ética e dependendo do informação
exteriorizada na defesa, o prejuízo poderá ser exagerado ao cliente podendo-lhe
atingir particularmente com tamanha seriedade, pois se o cliente acusado por
um crime realizado com dia hora e local, que segreda ao advogado que estava
em outro lugar no mesmo momento, inclusive tendo em mãos provas
documentais, mas o cliente não autoriza o advogado a usar em sua defesa pois
acabaria com seu o casamento ou com sua vida em família. FERREIRA Fabrizio
Rodrigues Ferreira Da importância do sigilo profissional na advocacia 2018.
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=
12223

Por causa das confissões feitas pelos indivíduos aos advogados, é


imposto o dever de respeito e discrição a respeito das informações dadas como
modo de cuidar da sua atividade profissional, tomando como base que o sigilo
profissional caminha de mãos dadas com a ética, e desta forma, o Código de
Processo Penal, em seu artigo 207, proíbe o depoimento de indivíduos que por
motivos de sua função, ministério, ofício ou profissão, necessitam guardar
segredo de justiça, exceto se isentadas pela parte interessada, quiserem dar o
seu depoimento, e o Código Penal, tipifica como crime a revelação praticada sem
justa causa, no art. 154, exatamente por causa das consequências que a
desobediência ao sigilo profissional pode produzir.

MACHADO- Alberto de Paula Machado 2012 , Sigilo profissional


https://www.oabpr.org.br/sigilo-profissional-e-tema-de-artigo-de-alberto-de-
paula-machado/
O sigilo envolve também os confiscos de documentos e de equipamentos
eletrônicos que encontram-se em domínio dos advogados, além das condições
verbais o direito e dever de sigilo sobressaem-se nas funções efetivas ao
andamento da Justiça, são eles os membros da magistratura, dos
representantes do Ministério Público, as autoridades policiais e o advogado, e
ao assegurar a inviolabilidade da advocacia até o limite expresso da legalidade
na prática da profissão, existe a garantia constitucional que de maneira nenhuma
deverá ser violada enquanto efetiva e legalmente desempenhada, visto que é
atividade fundamental para conservação do direito ao contraditório e a ampla
defesa art. 5º, incisos X, XII e XIII CF , e a pratica da advocacia está
profundamente ligado em resguardar o sigilo profissional, sendo que só poderá
ser concretizada por intermédio de uma afinidade de confiança com o seu
representado, este preceito constitui o dever moral impedindo os advogados de
depor contra seus clientes, e também o a obrigação ética e legal de conservar o
segredo profissional COSTA- ( Marcella Claudia Nantes Costa, 2015). O Sigilo
Profissional do Advogado
https://marcellanantes.jusbrasil.com.br/artigos/183619230/o-sigilo-profissional-
do-advogado

3 A ÉTICA DOS ADVOGADOS CONFORME AS REGRAS DEONTOLÓGICAS

A palavra deontologia usada primeiramente pelo filósofo e economista


inglês, Jeremy Bentham, em 1834, essa palavra surge de dois vocábulos gregos
“deontas”, é o que é obrigatório, aquilo que é necessário fazer e ”logos” é o
conhecimento passado diante de provas, é o discurso experimentado sobre uma
disciplina; a deontologia indica o grupo de regras e princípios que comandam o
comportamento de um profissional, e opera na seara da norma profissional,
enquanto a ética vincula-se ao valor e à identidade profissional, tem uma visão
mais aberta, já o objeto da deontologia são suas regras morais e jurídicas, é
entendida como a ciência que estuda as obrigações de uma carreira, conclui-se
que o profissional conhece suas obrigações antes de exercer seu trabalho.
TOCHETTO- LUCIMAR DE PAULA TOCHETTO 2017

Deontologia Jurídica segundo a Ética Profissional

https://luanmesan.jusbrasil.com.br/artigos/465611681/deontologia-juridica

O exercício da advocacia estabelece comportamento compatível com os


princípios do Código de ética, do Estatuto da advocacia, e do Regulamento
Geral, dos Provimentos juntamente com os outros princípios social moral e
profissional cabe observar que a prática da advocacia estabelecer como norte o
Código de Ética, e também , pelo Estatuto, regulamento geral, os provimentos e
principalmente princípios morais e sociais. ( SOARES NETO, Paulo Byron
Oliveira Soares Neto, 2017). Comentários acerca dos deveres do advogado
dispostos no Código de Ética e Disciplina da OAB art. 2º

https://paulobyron.jusbrasil.com.br/artigos/509593715/comentarios-acerca-dos-
deveres-do-advogado-dispostos-no-codigo-de-etica-e-disciplina-da-oab-art-2

4 PRINCÍPIOS DA ADVOCACIA

4.1 PESSOALIDADE

O princípio da pessoalidade se propõe a classificar a relação do advogado


com o cliente, visto que, é requisito cogente que o contato seja pessoal, e a
palavra pessoalidade expede a pessoal, a personal, ou seja, baseada na ideia
de pessoa, de ser humano

Princípios da advocacia

RECHE- Cauana Perim Franco Reche 2018

http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18963&revista_ca
derno=27

4.2 CONFIABILIDADE

Reciprocidade de confiança entre advogado e cliente, é componente que


deve conservar como base e fundamentação da relação, ou seja confiabilidade
é o entidade que determina o sigilo, é aquilo que deve ser poupado e preservado
por ambos, porém em casos de quebra de confiabilidade se atribui ao advogado
renunciar ao mandato como obrigação ética profissional, e neste aspecto cabe
demarcar que a renuncia é uma ação exclusiva do profissional, e que esse
profissional pode cumpri-lo a qualquer ocasião, sem dizer seus motivos, todavia
é obrigatorio fazer uma notificação do cliente, de preferência com aviso de
recebimento, assim como ao juízo onde está o processo no prazo de 10 dias
seguintes da notificação, ao menos que seja instituído um novo advogado.
Princípios da advocacia

Cauana Perim Franco Reche 2018

http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18963&revista_ca
derno=27
ANEXO – JURISPRUDÊNCIAS

ANEXO A - document da
ANEXO B -
ANEXO C -

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