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Este mito é comumente alimentado pela sociedade me que vivemos, inclusive por
pessoas bem intencionadas, com a ideia de que a norma clássica da língua deve ser a única
variante considerada em todos os contextos sociais, desconsiderando a existência de várias
outras. Esta perspectiva faz com que os indivíduos que não dominam a variante padrão sejam
considerados “sem-lingua” ou não falantes da língua portuguesa.
Portanto, a questão tratada possui uma perspectiva muito mais social, ligada a
profundas desigualdades e injustiças. O ensino de variação linguística visa garantir a todos os
brasileiros o conhecimento de que o mero domínio de uma variante da língua não irá
solucionar os problemas de um individuo socialmente carente. Não se trata de uma
transformação individual, mas sim da transformação da sociedade como um todo, já que falar
de língua é, necessariamente, falar de politica.