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2 - ETAPAS DA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA ...................................... 7

3 – FERRAMENTAS DA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA ....................... 8

Ferramentas do Macro Ambiente Corporativo ............................................. 8

Ferramentas do Micro Ambiente Corporativo .............................................. 8

4 - ELABORAÇÃO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS .................................. 10

5 - INDICADORES DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


FINANCEIRAS .............................................................................................................. 12

LIQUIDEZ .................................................................................................. 12

Índice de Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante ...... 13

Índice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante


............................................................................................................................. 13

Índice de Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo


Circulante ........................................................................................................... 13

Índice de Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo


Prazo) / Passivo Exigível.................................................................................... 13

Índice de Solvência Geral (endividamento) ................................................ 14

Índice de Solvência Geral = Ativo Total / Passivo Exigível ................. 14

Medidas de Endividamento ......................................................................... 14

Índice de Part. De Terceiros = (Passivo Total – Patrimônio Líquido)


/ Ativo Total ........................................................................................................ 14

Medidas de Capacidade de Honrar Dívidas ................................................ 15

Índice de Cobertura de Juros = LAJIR(EBIT) / Despesas Anuais


com Juros ............................................................................................................ 15

ICP = LAJIR (EBIT) / Juros + (Amortizações + Dividendos) X (1 /


(1 – aliq. IR) ........................................................................................................ 15

Medidas de Rentabilidade ou Lucratividade ............................................... 15

Margem Bruta = Custo das Mercadorias Vendidas / Receita


Operacional ........................................................................................................ 16
Margem Ebitda = Ebitda / Receita Operacional .............................. 16

Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita Operacional ............... 16

Retorno sobre o Patrimônio Líquido = Lucro após IR / Patrimônio


Líquido ................................................................................................................ 16

6 - ANÁLISE DOS MÚLTIPLOS ................................................................... 17

Critérios de Análise ..................................................................................... 17

Lucro por Ação ........................................................................................... 17

Valor Patrimonial por Ação ........................................................................ 18

Preço / Lucro (P/L) ..................................................................................... 18

Preço Justo .................................................................................................. 19

Preço pelo Valor Patrimonial Ajustado ...................................................... 19

Pay Out ........................................................................................................ 19

Dividend Yield ............................................................................................ 19


1 – OBJETIVOS DA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

Neste curso você ira adquirir o conhecimento necessário para compreender a


técnica de análise e avaliação de ações. Estas análises possuem como premissa básica a
criação de valor para o acionista.
Este valor é medido através da capacidade da empresa gerar fluxos de caixa
futuros ao seu investidor, na forma de dividendos distribuídos.
O objetivo principal da análise fundamentalista é avaliar alternativas de
investimento, ou seja, verificar entre as opções analisadas, quais são as melhores opções
de investimento no longo prazo.
Para isso, devem ser avaliadas as conjunturas macro e microeconômicas e o
panorama setorial da empresa, a fim de verificar todos os aspectos externos e internos
que possam influenciar a capacidade futura de geração de lucros da companhia, bem
como, devem ser analisadas e reestruturadas as demonstrações financeiras e balanços, a
fim de demonstrar a evolução histórica da empresa e criar projeções futuras de
crescimento.
Cabe à análise fundamentalista estabelecer o valor justo para uma ação,
respaldando decisões de compra ou venda.
A premissa básica da análise fundamentalista é de que o valor justo para uma
empresa se dá pela definição da sua capacidade de gerar lucros no futuro.
Mas por que devemos valorizar a perspectiva futura de criação de valor de uma
empresa?
Fácil. Além do fato de obtermos maiores retornos nos valores recebidos na
forma de dividendos pagos aos acionistas, estudos mostram que incentivando a criação
de valor nos retornos futuros das empresas, o investidor contribui para que as empresas
aumentem seus retornos gerados para a economia geral de um país, ou seja, economias
que prezam pela criação de valor em seus negócios acabam por demonstrar maiores
crescimentos no seu PIB.
Os analistas fundamentalistas necessitam criar modelos de crescimento de
empresas. Para a criação destes modelos, eles devem assumir premissas quanto a
capacidade de crescimento das vendas, do crescimento previsto do retorno sobre o
capital investido na empresa, do comportamento previsto do custo médio ponderado do
capital da empresa, entre outros vetores de crescimento.
Para poder criar as premissas vetoriais de crescimento de uma empresa, os
analistas usam muito mais do que a sua intuição. Eles fazem uso de ferramentas tais
como:
 Análises históricas dos demonstrativos financeiros;
 Elaboração de cenários econômicos;
 Análise das perspectivas do setor de atuação da empresa e possíveis
mutações no negócio principal da companhia;
 Análise de indicadores de mercado;
 Projeções de resultados futuros da companhia, entre outras.

A análise fundamentalista pode ser percebida como um método de análise


econômica para empresas e de viabilidade de projetos. Usualmente as análises são
focadas em aspectos que possam ser mensuráveis, como as fontes de recursos
existentes, os preços praticados pelos fornecedores, o capital humano da organização,
conhecimentos tecnológicos, etc; porém, elas também devem considerar aspectos
subjetivos, ou seja, alternativas de investimento, valores éticos, projeções de
desempenho e outros.
A análise fundamentalista pode ser utilizada para analisar empresas que se
encontram em fase de implantação ou completamente operacionais, visto que ela é
utilizada em situações nas quais se deseja avaliar empresas e projetos.
Podemos dizer, portanto, que ela é o método mais importante para a análise de
investimentos no mercado de capitais.
Isto não é um desmerecimento a análise técnica, mas sim uma constatação
devida principalmente às diferenças entre as duas escolas de análise.
A análise técnica baseia-se em modelos estatísticos do comportamento e da
relação entre preço e volume de um papel, o que a torna principalmente útil para
investimentos em curto prazo, ao passo que, a análise fundamentalista objetiva criação
de modelos de manutenção e crescimento do negócio e dos resultados da empresa,
sendo assim, aconselhada para investimentos em longo prazo.
Desta forma, ela é utilizada principalmente para a precificação futura de ações,
ou seja, ela pretende determinar os preços justos dos ativos negociados nos mercados
primários ou secundários da bolsa de valores.
Alternativamente, ela também é utilizada para determinar os valores de
negociação de compra e venda em operações de fusões e aquisições, determinando a
viabilidade econômica para os projetos.
2 - ETAPAS DA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

A análise fundamentalista pode ser dividida em três grandes etapas:


 Análise da economia
 Análise setorial
 Análise da empresa

A execução da análise dos fundamentos da economia mundial e do país no qual


a empresa está sediada, é importante, pois é a partir dela que se pode verificar a
probabilidade de crescimento ou queda na demanda pelo produto da empresa. Ou seja,
ela serve principalmente para apontar os fatores externos que possam impactar nos
negócios da empresa.
3 – FERRAMENTAS DA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

Tendo em vista que a premissa básica da análise fundamentalista é de que o


valor justo para uma empresa se dá pela definição da sua capacidade de gerar lucros no
futuro, ela utiliza algumas ferramentas necessárias para a criação de vetores de
crescimento.
Algumas ferramentas utilizadas são: a elaboração de cenários econômicos, as
análises de demonstrativos financeiros, projeções de resultados das empresas, análise de
indicadores econômicos e financeiros, bem como modelos de fluxo de caixa
descontados.
Podemos dividir as ferramentas de análise em dois grandes grupos:
Ferramentas de análise do macro ambiente e ferramentas de análise do micro ambiente
corporativo.
As ferramentas do macro ambiente corporativo são as que buscam identificar
tendências macroeconômicas no país-sede da empresa, bem como nas economias dos
países para os quais ela vende seus produtos e dos quais ela compra suas matérias-
primas.
As ferramentas de análise do micro ambiente corporativo são aquelas utilizadas
para analisar a empresa especificamente. Elas demonstram com exatidão qual a real
situação da empresa administrativamente falando.
Ou seja, ela demonstra se as decisões de alocação de recursos captados pela
empresa estão de fato gerando o melhor resultado possível para os sócios, acionistas,
colaboradores e para a sociedade em geral na forma de renda.

Ferramentas do Macro Ambiente Corporativo


 Analise dos principais indicadores da economia;
 Elaboração de cenários econômicos (provável, otimista e pessimista);
 Panorama setorial.

Ferramentas do Micro Ambiente Corporativo


Históricas
 Demonstrativos financeiros
 Indicadores de análise das demonstrações financeiras
 Administração do Capital de Giro
 Composição e custo médio ponderado de capital
 Análise dos Múltiplos

Projeção
 Fluxo de caixa descontado – FCD
 Analise da sensibilidade do risco
4 - ELABORAÇÃO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS

Na maioria das vezes, não é possível chegar a um consenso sobre um cenário


específico único, base para que se possa construir uma análise fundamentalista
definitiva. A causa dessa dificuldade está na diversidade de opiniões a respeito dos
temas enfocados, uma decorrência da percepção seletiva dos economistas. Por isso, é
comum a utilização do conceito de “cenários alternativos”, que forçam a análise de
situações específicas.
Na construção de cenários alternativos, os administradores se obrigam a definir
e analisar um “cenário otimista” e um “cenário pessimista” em relação a um “cenário
provável”. Dessa forma, podem estabelecer o limite inferior e o superior para os
resultados que pretendem alcançar. Se o limite inferior for considerado inadmissível, a
empresa está diante de um forte alerta. Nesse caso, precisa assegurar-se de que aquele
cenário pessimista não ocorrerá. Se não for possível evitá-lo, que ao menos tenha
clareza sobre as providências que deverá tomar.
Essa técnica, chamada de “Análise de Sensibilidade”, consiste em verificar,
entres situações extremas que são consideradas plausíveis, qual é a sensibilidade que
uma decisão estratégica apresenta às variações nas premissas básicas. Normalmente,
nesse tipo de análise, é praxe dar nomes aos diferentes tipos de cenários, explicitando
por esse artifício seus méritos e sua consistência.
O roteiro mais comum e usado para se estabelecer uma abordagem articulada
sobre o futuro e seus cenários prevê os seguintes passos:

1. Identificar as premissas do modelo vigente em relação às variáveis


influenciadoras;
2. Identificar as variáveis do modelo vigente, mantendo-se as premissas já
levantadas. Este é o “cenário otimista”;
3. Identificar as variáveis do modelo vigente, derrubando-se as premissas já
levantadas;
4. Projetar o novo modelo que surgiria se fossem eliminadas as premissas do
modelo vigente. Este é o “cenário pessimista”;
5. Projetar as variáveis do novo modelo. Este é o “cenário provável”;
6. Rever o grau de possibilidade das variáveis projetadas para o novo modelo,
confirmando ou rejeitando o cenário construído;
7. Fazer um “Plano A” para o “cenário provável”; um “Plano B” para o
“cenário pessimista”; um “Plano C” para o “cenário otimista”;
8. Criar uma rotina sistemática de releitura dos cenários elaborados de
adequação das variáveis à realidade, flexibilizando os planos de ação a cada análise, se
necessário.

Outras providências fundamentais:


a) cultivar um senso de urgência para o aproveitamento das oportunidades e
identificar, com antecedência, os sinais da chegada de novas mudanças (o que só será
possível se houver pesquisa sistemática);
b) prover mecanismos de implementação de novas idéias e abandonar (sem
culpa) as obsoletas;
c) evitar a negação das novas idéias que surgem para que seus produtos e
serviços não virem commodities que ameacem sua autosustentabilidade;
d) conscientizar-se de que os profissionais de hoje precisam ter capacidade de
análise crítica, ainda que isso signifique questionamentos e posicionamentos que os
líderes mais conservadores não querem nem sabem enfrentar;
e) valorizar ao máximo a capacitação continuada;
f) cuidar das questões éticas e ecológicas; g) cultivar relacionamentos para
formação de redes de colaboração.

Sempre teremos surpresas pela frente, é claro. Mas se você agir proativamente
na construção de seus cenários, mesmo que incertos, vai se sentir mais seguro. Acredite:
muitas dessas surpresas podem ser previstas e, portanto, é possível lidar com elas. Não
há nada de tão apavorante quanto ao futuro
5 - INDICADORES DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A análise fundamentalista é uma atividade que se caracteriza pelo cálculo de


índices e pela utilização de tabelas de indicadores padrões. A teoria da decisão
estabelece que os indivíduos escolhem as melhores alternativas de investimento,
baseando-se nas informações e análises dos dados disponíveis, a fim de cumprir o mais
fielmente possível suas metas e objetivos.
A análise por meio de índices não pode ser considerada conclusiva, ao passo
que representa uma fotografia da empresa na data do encerramento do exercício.
Salientamos, que normalmente, quando as informações são divulgadas, transcorreram-
se alguns meses da data de apuração, e que elas provavelmente já não correspondem
com exatidão a situação da companhia. Por isso, chamamos a análise dos índices
econômico-financeiros de análise estática.
Apesar desta característica estática, estes índices são interessantes para todos
os segmentos da economia, cada um com enfoque e objetivos diferentes:
Acionista: preocupa-se principalmente com os níveis de liquidez e de
lucratividade, pois estes indicadores afetam o preço das ações.
Credores: analisam principalmente os níveis de liquidez, a fim de verificar a
capacidade futura da organização de cumprir com suas obrigações assumidas.
Empresa: Preocupa-se com todos os índices em geral, para atrair novos
acionistas e obter crédito de fornecedores.
Dessa forma, podemos dizer que os principais indicadores são:
LIQUIDEZ
No mercado financeiro o termo é usado para determinar a capacidade que um
título tem de ser convertido em moeda. A liquidez absoluta só é conferida ao papel-
moeda, de forma que todos os outros títulos tendo liquidez inferior, que varia conforme
o tipo de investimento, prazo e a conjuntura econômica.
Na análise das demonstrações financeiras de uma empresa este índice é usado
para definir a capacidade que esta empresa tem de gerar recursos que podem ser
rapidamente transformados em papel moeda. Assim, a liquidez de uma empresa é
função da sua disponibilidade de caixa, e dos títulos negociáveis e ativos circulantes que
possui.
LIQUIDEZ IMEDIATA – Este Índice mostra a capacidade imediata da
empresa honrar suas obrigações, ou seja, quanto ela consegue pagar de suas dívidas,
usando somente o caixa e as aplicações financeiras.
Índice de Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante

LIQUIDEZ CORRENTE - Indicador usado na análise financeira de uma


empresa, que determina o quanto esta empresa tem a receber no curto prazo em relação
a cada unidade monetária que deve pagar no mesmo período. A determinação exata de
um índice aceitável depende do setor onde a empresa atua. Quanto mais previsíveis
forem os fluxos de caixa de uma empresa, menor será o índice de liquidez corrente
exigido. O indicador é calculado como sendo o quociente entre o ativo circulante e o
passivo circulante da empresa.

Índice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

LIQUIDEZ SECA - Assim como o indicador de liquidez corrente, o indicador


de liquidez seca reflete a capacidade de uma empresa em cumprir com suas obrigações
de curto prazo. A única diferença na fórmula de cálculo é que os estoques são excluídos
dos ativos circulantes da empresa. A suposição básica é de que os estoques são ativos
menos líquidos e, portanto, devem ser ignorados.

Índice de Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

LIQUIDEZ GERAL - Indicador de análise financeira, utilizado para medir a


liquidez de uma empresa. Ao contrário do indicador de liquidez corrente, que indica
quanto uma empresa tem a receber em relação ao que deve no mesmo período, este
indicador engloba também os ativos e passivos de longo prazo, ou seja, aqueles que
serão realizados em um prazo superior a um ano. Este indicador é calculado como sendo
o quociente entre a soma do ativo circulante mais o ativo de longo prazo pelo passivo
circulante mais o passivo de longo prazo da empresa.
Índice de Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / Passivo
Exigível
Índice de Solvência Geral (endividamento)
Trata-se da divisão do ativo total pela soma do passivo circulante (isto é,
dívidas e obrigações de curto prazo, incluindo-se as duplicatas descontadas) com o
exigível a longo prazo. O resultado é mostrado em porcentagem, em relação ao ativo
total com as obrigações assumidas pela companhia. É um bom indicador de risco do
negócio, pois ele serve para podermos entender a situação de descontinuidade do
negócio da companhia, ou seja, caso vendêssemos todos os ativos, conseguiríamos ou
não pagar todo o passivo exigível?
Este indicador nos mostra o comportamento do patrimônio líquido. Caso o
indicador seja menor que um (1), o patrimônio líquido encontra-se negativo, sendo
chamado de passivo a descoberto.
Índice de Solvência Geral = Ativo Total / Passivo Exigível

Medidas de Endividamento
De modo geral, as medidas de endividamento indicam o nível de capital de
terceiros na empresa. Podem possuir enfoque de curto ou médio prazo, e servem
principalmente como indicador para a concessão de crédito, seja por parte dos
fornecedores, que analisam se as compras assumidas poderão ser honradas pela
organização em curto prazo, e por parte das instituições financeiras (bancos) que
utilizam as análises de endividamento a longo prazo para aprovar ou não linhas de
crédito aos clientes.
ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS – Este indicador também é
conhecido como dependência de recursos de terceiros, e serve para demonstrar o
volume dos recursos de terceiros utilizados na empresa. Quanto maior for o índice de
participação de terceiros, maior será a alavancagem financeira, ou seja, maior será a
dependência de empréstimos em suas fontes de recursos, gerando assim, maior risco.
Índice de Part. De Terceiros = (Passivo Total – Patrimônio Líquido) / Ativo Total

ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO PROPORCIONAL DE TERCEIROS –


Representa a relação de capitais próprios, comparativamente com os capitais de
terceiros. Por meio deste índice, é possível estabelecer a proporção dos capitais que
financiam a empresa. Conhecer tal índice é fundamental ao analista, visto que,
conforme os diferentes custos apresentados para os capitais de terceiros e próprios, a
proporção deve variar de modo a gerar os melhores resultados operacionais da
companhia.
Índice de Partic. Prop. De Terceiros = Patrimônio Líquido / Passivo Exigível

Medidas de Capacidade de Honrar Dívidas


Estes indicadores avaliam a capacidade da empresa em arcar com seus
compromissos fixos assumidos, tais como financiamentos, empréstimos, juros,
amortizações, dividendos, etc.
É na hora de verificar se o planejamento financeiro da empresa está condizente
com a sua realidade, que estes indicadores mostram sua finalidade, pois eles elucidarão
se a empresa apresenta capacidade futura de honrar os financiamentos programados,
suas amortizações e seus juros.

ÍNDICE DE COBERTURA DE JUROS – Avalia a capacidade da empresa em


pagar seus juros contratuais. Deve sempre ser analisado em séries históricas.
Índice de Cobertura de Juros = LAJIR(EBIT) / Despesas Anuais com Juros

ÍNDICE DE COBERTURA DE PAGAMENTOS FIXOS (ICP) - Este


indicador é utilizado para avaliar se a empresa possui capacidade para o pagamento de
suas obrigações fixas.
ICP = LAJIR (EBIT) / Juros + (Amortizações + Dividendos) X (1 / (1 – aliq. IR)

Medidas de Rentabilidade ou Lucratividade


Vários são os indicadores que relacionam o retorno com o patrimônio líquido,
o ativo e as vendas, os quais medem a lucratividade empresarial. Tais indicadores são
fundamentais ao passo que a lucratividade é essencial para a sobrevivência da
organização e é um índice que interessa aos acionistas, fornecedores e instituições
financeiras.

MARGEM BRUTA - Diferença entre o preço de venda e os custos envolvidos


na fabricação de um produto. Esse indicador é uma medida de eficiência na produção,
assim sendo, este Indicador é usado na análise financeira de empresas, e expressa a
relação entre o seu resultado bruto e sua receita líquida de vendas. A margem bruta
indica a percentagem de cada R$1 de venda que restou após o pagamento do custo das
mercadorias e pode ser calculada como sendo o quociente entre o resultado bruto e a
receita líquida de vendas da empresa.
Margem Bruta = Custo das Mercadorias Vendidas / Receita Operacional

MARGEM EBITDA - Indicador usado na análise financeira de empresas. Por


não incluir as despesas com depreciação e amortização, a margem ebitda pode ser vista
como uma aproximação do fluxo de caixa (e não do lucro) da empresa em cada $ de
vendas antes de descontar despesas financeiras ou imposto. A margem ebitda é
calculada como sendo o quociente entre o ebitda da empresa e sua receita líquida de
vendas.
Margem Ebitda = Ebitda / Receita Operacional

MARGEM LÍQUIDA - Indicador usado na análise financeira de empresas, que


expressa a relação entre o lucro líquido da empresa e a sua receita líquida de vendas. A
margem líquida determina a porcentagem de cada R$ 1 de venda que restou após a
dedução de todas as despesas, inclusive o imposto de renda, e é calculada como sendo o
quociente entre o lucro líquido e a receita líquida de vendas da empresa.
Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita Operacional

RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Demonstra o retorno sobre


o total do investimento, seja ele preferencial ou ordinário, assim sendo, ele demonstra o
retorno sobre o capital próprio.
Retorno sobre o Patrimônio Líquido = Lucro após IR / Patrimônio Líquido
6 - ANÁLISE DOS MÚLTIPLOS

A literatura financeira reconhece que o objetivo principal de uma empresa de


negócios é a criação de valor para seus acionistas e, para atingi-lo, o administrador
financeiro deve identificar boas oportunidades de investimento e buscar formas de
financiamento para implementá-las. Nesse processo, a empresa irá criar valor quando o
retorno sobre o capital dos acionistas aplicado na empresa for superior ao custo por eles
exigido.
A estimativa do custo de capital próprio de uma empresa deve partir do
conceito de custo de oportunidade, associado ao retorno que um investidor poderia obter
aplicando seus recursos em um investimento alternativo equivalente. A dificuldade, no
entanto, reside na definição do que é um investimento equivalente e, especialmente, em
como realizar o ajuste pelo nível de risco de cada negócio.

Critérios de Análise
Apesar do processo de avaliação de investimentos ser comumentemente
realizado de forma intuitiva, existem critérios que podem ser utilizados a fim de assumir
um posicionamento mais racional no mercado. Dessa forma, a utilização da análise
técnica e da análise fundamentalista é fundamental. Cabe ressaltar aqui, que não existe
uma forma correta de análise, mas sim, ambas as escolas devem ser utilizadas, visto que
a fundamentalista mostra quais as empresas comprar e a analise técnica mostra o tempo
correto para posicionamento.
Dessa forma, os indicadores de analise objetivam avaliar os reflexos do
desempenho da empresa sobre o valor de mercado de suas ações. São de grande
utilidade para os analistas de mercado, acionistas e investidores em geral, como
parâmetro de apoio a suas decisões financeiras. A evolução das cotações de mercado
das ações apresenta-se geralmente identificada nestes indicadores de analise, sendo
possível inclusive estabelecer algumas tendências futuras.

Lucro por Ação


Este índice representa quanto compete a cada ação do lucro líquido após o
imposto de renda. Desta forma, esse indicador não revela o quanto cada acionista irá
efetivamente receber em função do retorno de seu investimento, mas somente quanto
competiria a cada ação se todo o lucro fosse distribuído aos acionistas. A parcela que
será distribuída pela empresa é definida pela política de dividendos adotada pela
empresa.

Valor Patrimonial por Ação


Este índice representa qual o valor investido de capital próprio por ação
emitida, ou seja, representa quanto, em valores contábeis, foi investido por cada
acionista, nas emissões primárias, em cada ação da companhia.

Preço / Lucro (P/L)


O índice P/L constitui-se num dos quocientes mais amplamente divulgados e
utilizados pelo mercado. De maneira geral, ele reflete quantos anos são necessários para
que o investidor recupere o dispêndio realizado para a compra do ativo. Vale lembrar
que o lucro por ação normalmente não é completamente distribuído pela empresa para o
acionista, no entanto, como o índice é muito utilizado, ele acaba por tornar-se um
referencial para o mercado, mas não reflete de maneira exata o retorno do investimento,
até porque, não considera os riscos futuros inerentes ao mercado e a empresa. Diz-se
assim que este indicador é estático e reflete momento futuro caso os parâmetros não se
alterem ao longo do tempo.
Na verdade, este indicador reflete o ânimo do mercado, uma vez que, quando o
mercado enxerga uma grande oportunidade em uma determinada empresa, seu preço de
mercado tende a elevar-se, aumentando assim o indicador e também os anos necessários
para retorno do investimento. Da mesma forma, quando os investidores tornam-se
pessimistas em relação a determinada empresa, seu preço tende a baixar, diminuindo o
seu indicador e os anos necessários para obter o retorno do investimento.
Existem estudo que apontam que a compra de empresas com P/L menores que
os das componentes do mesmo setor de atuação tendem a propiciar melhor
oportunidades de retorno do que empresas com altos P/L.
Preço Justo
O preço justo não é uma estimativa do preço máximo, mas, o preço em volta
do qual o preço de mercado oscila ao longo dos anos. O preço cotado em Bolsa tanto
pode ficar acima do preço justo, apresentando um prêmio, quanto abaixo, configurando
um desconto. Os dois preços podem até coincidir, caracterizando um belo, mas efêmero,
encontro entre a teoria e a prática.
É natural não vender uma ação quando a mesma atinge seu preço justo, já que
o preço de mercado pode passar deste ponto. Tome o preço justo como uma referência:
ao exceder esse preço, a “gravidade” começa a operar em direção contrária. É hora de
ficar mais esperto.

Preço pelo Valor Patrimonial Ajustado


Este indicador apresenta uma comparação entre o preço de mercado da ação e
do valor investido pelos acionistas na empresa. Valores maiores de um (1) representam
que o valor de mercado é maior que o investido pelo acionista por ação. Da mesma
forma, valores menores que um (1) representam que o valor de mercado é menor que o
valor investido pelo acionista por ação.

Pay Out
O pay-out representa não só o percentual que a empresa distribui ao seu
acionista, mas também qual o percentual do lucro que é reinvestido nos negócios da
empresa, por exemplo, caso uma empresa apresente pay-out de 35%, significa que esta
empresa esta reinvestindo 65% de seu lucro em seus negócios. Geralmente empresas de
concessões públicas, como energia e saneamento, possuem faturamento praticamente
estático e não necessitam realizar grandes investimentos para os próximos períodos,
dessa forma distribuiem grande parcela de seus lucros a fim de atrair investidores.

Dividend Yield
Indica quanto o acionista está recebendo de retorno pelo seu investimento na
compra da ação. Representa um acréscimo conhecido como um percentual de
incremento no fluxo de caixa do acionista em relação ao investimento realizado.

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