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As falhas do mercado
Rigidez de fatores
A mobilidade dos fatores de produção, que é uma presunção básica para a
funcionalidade dos mercados, tem uma importante capacidade de autocorreção do
mercado, chamado de automatismo.
Altos preços do café , por exemplo, normalmente levam à plantação de extensos
cafezais, todavia, a plantação demora até 5 anos para entrar em fase de produção, o
que causa uma superprodução e provoca uma baixa nos preços.
A substituição do café por outras culturas tem sido - em grande número de casos
- estimulada ou facilitada pelos governos, como ocorreu em São Paulo no fim da
década de 1930, quando o algodão substituiu o café em algumas terras de produção,
até então cafeeiras. Esse processo ocorreu, não só com o café, mas também com o
cacau, arroz, madeira e também o petróleo, até que este passasse a ser monopólio da
União.
A grande crise econômica de 1929, iniciada nos Estados Unidos, alastrou-se por
quase todo o mundo, a qual gerou desemprego em massa, achatamento salarial e
diversas outras consequências. O economista inglês Lord Keynes mostrou ser possível
haver o equilíbrio em subemprego e que , ao contrário do que se acreditava, não
haveria forças automáticas de mercado aptas a levar a economia de volta ao plano
emprego.
A concentração econômica
É muito específico o conceito de grande ou pequena unidade em economia. O
que determina se uma empresa é grande ou pequena é sobre a capacidade da mesma
influir nas condições do mercado.
É fácil imaginar que se um vendedor de uma feira ausentar por um dia do
trabalho, não levará a qualquer alta dos preços dos produtos oferecidos pelo tal
vendedor, pois os concorrentes suprirão os artigos demandados. Porém, não se pode
dizer o mesmo de uma empresa automobilística que venha a abandonar a produção, tal
impacto será notado no simples ato da decisão.
Externalidades
Esse fenômeno e o da concentração formam um dos pontos fracos do sistema
de mercado. Ele decorre do fato de que quando , em uma atividade econômica, todos
custos e os respectivos benefícios recairem sobre a unidade responsável pela sua
condução. Tal fato é sério empecilho ao funcionamento do sistema, pois grande parte
de todo o cálculo econômico dos centros decisórios passa a ser viciado por não poder
incorporar todas as informações relevantes.
As externalidades correspodem a custos e benefícios circulando externamente
ao mercado, ao efeitos ocorridos fora do mercado, externos ou paralelos a ele,
podendo ser vistos como efeitos parasitas.
Bens coletivos
Os bens coletivos podem atender concomitantemente à necessidade de um
grupo mais ou menos amplo de pessoas e, até mesmo dos cidadãos de um país, como
um todo. Um exemplo, embora não seja econômico, é o ar. O ar atende a todos, e
mais ar para um não significa menos ar para outro. Outro exemplo é a defesa nacional,
a segurança que ela oferece é igual para todos.
A falha do mercado no caso dos bens coletivos é pela falta de sinal decorrente
da ausência de incentivos desse tipo de necessidade, a qual deve ocorrer pelos canais
de representação política.
Bibliografia
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