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O que é Eufemismo:

Eufemismo é uma figura de linguagem na língua portuguesa, um mecanismo


que tem o objetivo de suavizar uma palavra ou expressão que possa ser rude ou
desagradável.
O eufemismo consiste na troca de termos ou expressões que possam ofender
alguém por outras mais suaves, seja por serem indelicadas ou grosseiras.
Por exemplo, normalmente o eufemismo é usado em frases que se referem a morte
de alguém, com a intenção de não tornar o discurso sobre uma situação
naturalmente dramática ainda mais desagradável.
“Ir para a terra dos pés juntos”, “comer capim pela raiz”, e “vestir paletó de
madeira” são alguns exemplos de eufemismos utilizados para se referir a morte de
alguém. No entanto, nestes exemplos, o eufemismo, mesmo na tentativa de
suavizar a mensagem, pode apresentar um caráter grosseiro.
O eufemismo também pode ter um sentido cômico, geralmente presente em
expressões populares. Porém, como diz a própria definição, não é adequado utilizar
eufemismos de caráter cômico em situações de polêmica ou dramáticas, pois pode
perder totalmente a sua função original: amenizar o sentido da mensagem a ser
transmitida.
Exemplos de Eufemismo
"Você é desprovido de beleza." (Quando se pretende dizer que determinada pessoa
é feia)
"Você faltou com a verdade." (Quando se pretende dizer que determinada pessoa
mentiu)
"Ele virou uma estrelinha." (Quando se pretende dizer que alguém morreu)
"Ele subtraiu o celular do idoso no ônibus." (Quando se pretende dizer que
determinada pessoa roubou o celular)
"Ele vivia de caridade pública." (Quando se pretende dizer que determina pessoa
vivia de esmolas)
"Ele foi morar junto com Deus." (Quando se pretender dizer que alguém morreu).

Significado bíblico de Sheol/Hades, Tártarus e Geena

Um problema crônico que os tradutores bíblicos enfrentam é a tradução para a


palavra inferno a partir de palavras gregas. Isso porque a palavra inferno não vem
nem do hebraico do AT nem do grego do NT, mas vem do latim infernus, de
séculos posteriores. Essa palavra não existe originalmente na Bíblia, cabendo aos
tradutores “identificarem” o inferno em palavras gregas tendo por base as suas
próprias convicções teológicas. Algumas palavras que foram traduzidas por
“inferno” são Sheol,Hades, Tártarus e Geena, sem que o sentido real de algumas
dessas palavras fosse realmente o infernus que ficou popularmente conhecido
como um local de tormento e castigo[1].

O leitor humilde não tem como descobrir, então, o que é e o que não é inferno, por
traduzirem todas essas como “inferno” em diferentes ocasiões, conquanto que
tenham significados bem distintos entre si. O significado de Sheol ou Hades difere
do Tártaro, que por sua vez difere do Geena. É necessário voltamos aos originais
se queremos descobrir qual delas é que está no original, em cada citação distinta.
Tendo em vista que, como vimos, os ímpios não se encontram atualmente no
inferno, então este é um lugar que está para ser inaugurado. Mas de todas as
palavras que vimos acima e que são traduzidas por “inferno” em nossas Bíblias,
qual delas seria realmente um local de punição futura aos condenados? É isso o
que veremos agora.

Sheol/Hades – Sheol (no hebraico) e Hades (transliterado grego) não era um lugar
de tormento, mas era puramente sepultura na concepção hebraica bíblica. Abraão
foi enterrar o seu filho do Sheol (cf. Gn.37:35). Os ossos vão para o Sheol (e não
“espíritos” – ver Salmo 141:7). O Salmo 49:14 nos indica que até as ovelhas
descem para o Sheol na morte. O Sheol é um local de escuridão, e não de fogo que
remete à luminosidade (cf. Sl.88:10-12; Jó 10:20,21; Lm.3:6). O Sheol é um lugar
de silêncio, e não de gritaria do inferno (cf. Sl.94:17; Sl.115:17). Não são “espíritos
incorpóreos” que descem ao Sheol na morte, mas sim a própria pessoa com
sangue (cf. 1Rs.2:9).

É lugar de descanso e de repouso, e não de dor ou de tormento (cf. Jó 3:11,13,17).


No Sheol, não existe atividade e nem conhecimento ou sabedoria nenhuma (cf.
Ec.9:10). Os que lá estão não louvam a Deus (cf. Sl.6:5) e nem sequer tem
lembrança dEle (cf. Sl.6:5)! No Sheol não se escutam gritos (cf. Jó 3:18). O Sheol
é um local de almas mortas (cf. Nm.31:19; 35:15,30; Js.20:3, 9; Gn.37:21;
Dt.19:6,11; Jr.40:14,15; Jz.16:30; Nm.23:10), em estado de total silêncio (cf.
Sl.115:17; 94:17), e em plena inconsciência (cf. Sl.146:4; Sl.6:5; Ec.9:5,6;
Ec.9:10).

Nunca Sheol é identificado como um local de tormento e jamais é mencionado o


elemento “fogo” nele, senão em contexto parabólico como metaforização. Por tudo
isso, o Sheol nada mais é do que a figura da sepultura. É por isso que Jó iguala o
Sheol com o pó da terra: “Descerá ela às portas do Sheol? Desceremos juntos
aopó?” (cf. Jó 17:16). O único lar para o qual Jó esperava ir era a sepultura (ver
Jó 17:13).

Tártarus – Este lugar é mencionado apenas uma única vez em toda a Bíblia, e não
é para seres humanos, mas para anjos caídos. A Bíblia afirma que o diabo não está
preso em algum lugar ou sofrendo atualmente, mas está solto, “nos ares” (cf.
Jo.1:7; Jo.2:2; Ef.6:12), e por essa razão está “andando em derredor, bramando
como leão, buscando a quem possa tragar” (cf. 1Pe.5:8). Se o diabo estivesse no
inferno, se divertindo a custa das outras pessoas que lá estão, isso seria um prêmio
para ele. Contudo, a Bíblia afirma que Satanás e seus anjos só serão lançados no
lago de fogo após o milênio (cf. Ap.20:10).

A referência ao tártarus se encontra unicamente em 2ª Pedro 2:4, que diz: “Porque


se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno [tártarus],
e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo” (cf. 2Pe.2:4).
Sendo que a Bíblia afirma categoricamente que o diabo não está preso, mas solto,
então a referência de 2ª Pedro diz respeito a outros anjos caídos, possivelmente os
mesmos “filhos de Deus” que pecaram em Gênesis 6:1-4[2]. Embora isso seja
razão de debate, o fato é que o tártarus não é um lugar onde almas humanas são
lançadas após a morte, mas onde parte dos anjos caídos estão atualmente, em
prisão, e não soltos como os demais estão.

Geena – A vista de tudo isso, o que seria então o “inferno” bíblico? O geena. E
esse lugar de tormento ainda está para ser inaugurado. Quando Cristo fala do
“inferno”, no original é “geena” e se refere não a um inferno existente, mas ao
local de castigo que existirá após a ressurreição. Jesus perguntou aos
fariseus: “Como vocês escaparão da condenação ao inferno [geena]?” (cf.
Mt.23:33). Também disse aos fariseus que eles faziam discípulos para depois os
tornarem “duas vezes mais filho do inferno [geena] do que vós” (cf. Mt.23:15), e
que “é melhor entrar na vida aleijado do que, tendo os dois pés, ser lançado no
inferno [geena]” (cf. Mc.9:45). Qualquer um que disser “louco” ao ser
irmão, “corre risco de ir para o fogo do inferno [geena]” (cf. Mt.5:22).

A passagem mais clara de que o verdadeiro inferno à luz da Bíblia (que é o geena)
não é um local para espíritos incorpóreos, mas para onde vão os corpos físicos dos
ímpios, é Mateus 5:29, onde Cristo diz que, “se o teu olho direito te escandalizar,
arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus
membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno [geena]”. Mas o que era
esse geena, de que Cristo tanto falava? Geena era o nome dado ao Vale de Hinon,
que se localizava ao sul de Jerusalém. Era um verdadeiro “lixão público”, local
onde se deixavam os resíduos, bem como toda a sorte de cadáveres de animais e
malfeitores, e imundícies de todas as espécies, recolhidas da cidade.

Neste local, era aceso um “fogo que nunca se apagava”, pelo fato de que estava
constantemente aceso, tendo em vista que suportava todos os tipos de lixo e carniça
que eram ali despejados. Os dejetos que não eram rapidamente consumidos pela
ação do fogo eram consumidos pela devastação dos vermes que ali se achavam –
um cenário muito típico de um verdadeiro lixão público – que devoravam as
entranhas dos cadáveres dos impenitentes que lá eram lançados, em um espetáculo
realmente aterrador.

Por isso mesmo, o fogo não podia ser apagado, para a preservação da saúde do
povo que viva naquelas redondezas. Este quadro histórico do “Vale de Hinon” ou
“Geena” também é o quadro espiritual do fim dos pecadores que, de acordo com a
Bíblia, serão ali lançados. Este é exatamente o mesmo quadro também relatado por
Isaías, no último capítulo de seu livro:

“E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque
o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda
a carne” (cf. Isaías 66:24)

Exatamente o mesmo cenário histórico é retratado por Isaías como o cenário do


juízo final. Isaías não contemplava “almas” ou “espíritos” vivos entre as chamas,
mas simcadáveres, ou seja, pessoas mortas. Não existe vida eterna no geena. O
geena era um local de impurezas, e no Reino de Deus “não entrará nela coisa
alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão
inscritos no livro da vida do Cordeiro” (cf. Ap.21:27). Aquilo que era considerado
impureza era lançado no geena para ser completamente consumido e devorado
pelo fogo e pelos vermes, o mesmo cenário do destino final dos pecadores!

É evidente que tal quadro será completamente transformado por Deus para dar
lugar aos “novos céus e nova terra”, prometidos por Deus tanto em Isaías como no
Apocalipse (cf. Is.66:22; Ap.21:1). Nesta nova ordem não existe geena e nem algo
que seja repugnante, mas “Deus é tudo em todos” (cf. 1Co.15:28), e Ele
fará novastodas as coisas (cf. Ap.21:5), não havendo mais “morte, nem tristeza,
nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (cf. Ap.21:4).

Significado do Teocentrismo
O que é o Teocentrismo:
Teocentrismo é a doutrina que considera Deus o centro de todo o Universo e
responsável pela criação de tudo o que há nele. Esta filosofia era amplamente
defendida na Idade Média e baseada nos preceitos da Bíblia.
Para os teocentristas, o chamado "desejo divino" era considerado superior a
qualquer vontade ou racionalidade humana. Desta forma, todo tipo de pensamento
que não fosse considerado sagrado era pecaminoso, como o prazer humano, por
exemplo.
O teocentrismo medieval considerava a Bíblia cristã e Deus como as únicas
verdades de todo o universo. Qualquer tipo de ideia empirista ou científica era
fortemente reprimida pela igreja na época, fazendo com que a mentalidade
teocêntrica permanecesse forte na população por séculos.
Etimologicamente, teocentrismo é formado a partir do grego theos, que significa
"Deus", e kentron, que quer dizer "centro".
Em oposição ao teocentrismo surgiu a doutrina antropocentrista, conceito que
ressalta a importância e valor do ser humano no mundo, como um ser dotado de
inteligência e capacidade de mudar o meio ao seu redor.
Características do teocentrismo
 A religião exercia um poder absoluto;
 Deus era considerado o centro do Universo e de tudo o que existe nele;
 Pensamentos empíricos e científicos eram reprimidos e tidos como heresias;
 Modelo geocêntrico - Terra como centro do sistema solar;
 Própria de religiões monoteístas - cristianismo, por exemplo.
Teocentrismo e Antropocentrismo
Como dito, durante a Idade Média o teocentrismo era a doutrina que dominava o
mundo. A religião e a ideia de que Deus era o centro do Universo exercia uma
grande influência na vida da população da época.
Mas, com o surgimento do humanismo renascentista e de outras transformações
sociais, filosóficas e históricas que a Europa presenciou a partir do século XVI,
nascia a ideia do antropocentrismo (anthropos"humano" e kentron "centro").
Saiba mais sobre o Humanismo.
Um dos principais marcos para o desenvolvimento do antropocentrismo foi
o Heliocentrismo de Copérnico, que considerava a teoria de que a Terra girava
ao redor do Sol, sendo este último o centro do sistema solar.
A teoria de Copérnico (1473 - 1543) se opunha totalmente ao modelo
geocêntrico defendido pela Igreja naquele período, que considerava a Terra como
o centro do sistema solar.
O heliocentrismo, aliado a crise da Idade Média, da Igreja e o início das grandes
navegações marítimas foi muito importante para a mudança da mentalidade da
população europeia. Aos poucos, como consequência disso, as pessoas começaram
a se questionar mais sobre assuntos relacionados ao ser humano, desenvolvendo e
fortalecendo aspectos filosóficos, culturais e artísticos.

Significado de Apostasia
O que é Apostasia:
Apostasia significa a ação de renegar algo, normalmente relacionado com a
renúncia de uma religião ou da fé religiosa.
Consiste na condição de afastamento total e definitivo de alguma coisa, como uma
doutrina, ideologia e etc, sem a permissão ou autorização de terceiros.
O apóstata, indivíduo que pratica a apostasia, em alguns casos pode sofrer
consequências negativas por seu ato de renúncia. Muitas doutrinas e partidos não
aceitam a livre decisão de abandono de seus membros, que são perseguidos,
discriminados ou difamados publicamente.
Etimologicamente, “apostasia” se originou a partir do latim apostasía, que
significa “defecção” ou “abandono de um partido”.
Apostasia na igreja
Este termo é mais empregado para se referir ao ato de renúncia da fé religiosa.
Um dos apóstatas mais conhecidos foi Ário, que renegou o princípio católico da
Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo como um só ser) e criou o
Arianismo.
Saiba mais sobre o Arianismo.
No âmbito religioso, existem dois tipos principais de apostasia: a apostasia de
doutrinas ou ideias específicas, como aconteceu com Ário; e a apostasia total,
quando o indivíduo perde totalmente a sua fé cristã e deixa de acreditar em Deus,
por exemplo.
Apostasia na bíblia
Em uma passagem no livro de Tessalonicenses, na bíblia cristã, existe uma menção
ao ato da apostasia, que seria a renúncia do "falso cristão" à fé, ou seja, aqueles
que realmente tiverem Deus no coração e alma nunca cometeram a apostasia.
"Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a
apostasia e, então, será revelado o homem do pecado o filho da perdição." (2
Tessalonicenses, 2:3)
Apostasia e heresia
Na religião, apostasia e heresia possuem significados semelhantes.
Heresia significa “opção” ou “escolha”, e consiste no afrontamento de dogmas ou
princípios da igreja.
O herege, normalmente, executa ações que contradizem com os valores de
determinada doutrina, sendo considerado, por consequência, um indivíduo impuro
e merecedor dos castigos previstos na Palavra de Deus, de acordo com a bíblia.
A Santa Inquisição, por exemplo, foi uma campanha de perseguição aos hereges,
no século XIII.
Significado de Heresia
O que é Heresia:
Heresia significa escolha, opção, e é um termo com origem no termo
grego haíresis. Heresia é quando alguém tem um pensamento diferente de um
sistema ou de uma religião, sendo assim quem pratica heresia, é considerado
um herege.
Uma heresia é uma doutrina que se opõe frontalmente aos dogmas da Igreja. Fora
do contexto da religião, uma heresia também pode ser um absurdo ou contrassenso.
A heresia acontece quando qualquer indivíduo ou um grupo resolve ir contra uma
religião, em especial aquelas que são muito rígidas. A heresia surgiu com a Igreja
Católica, no século XVIII, em especial no período da Idade Média, quando ela
começou a sentir-se ameaçada por pessoas que criticavam seus dogmas e seus
ensinamentos. A definição tanto da Igreja Católica como das Igrejas Protestantes,
é que heresia é quando alguém é contrário as mensagens ensinadas por Jesus, e a
heresia é dita na própria Bíblia.
Uma heresia consiste na negação ou dúvida pertinaz, por parte de um cristão, de
alguma verdade que se deve crer com fé divina. As heresias apareceram ao longo
da história da Igreja pela negação ou recusa voluntária de uma ou mais afirmações
de fé. Por sua transcendência teológica e política, são destacadas as heresias
relativas à natureza e missão de Cristo (arianismo, nestorianismo e monofisismo,
entre outras); em relação à liberdade do homem e à ação de graça (pelagianismo,
protestantismo), em relação à luta entre o bem e o mal (maniqueísmo, catarismo,
etc.); em relação à função, à vida e constituição da Igreja (valdenses, hussitas,
protestantismo, etc.).
A partir do século IV os concílios ecumênicos passaram a ser o principal
instrumento eclesiástico para a definição da ortodoxia e condenação das heresias
e desde o século XVI a vigilância doutrinal passou a ser exercida pela Sagrada
Congregação da Inquisição, chamada Santo Ofício desde 1908 e da Doutrina da
Fé a partir de 1965.
Nos estados em que o catolicismo era a religião estatal, os hereges contumazes
eram entregues com frequência ao braço secular para aplicação das penas civis,
que podiam incluir pena de morte. Na sua própria esfera, a Igreja impõe penas
canônicas, sendo que a mais importante é a excomunhão.
Heresias Cristológicas
Heresias cristológicas são ideias e doutrinas a respeito de Jesus Cristo que vão
contra os ensinamentos da Igreja Católica. Algumas dessas doutrinas heréticas são:
docetismo, adocionismo, arianismo, apolinarismo, nestorianismo, monofisismo e
monotelismo.
Santa Inquisição
A Igreja Católica ficou tão preocupada com as criticas aos seus ensinamentos que
criou, no século XIII o Tribunal da Igreja Católica, mais conhecido como A Santa
Inquisição. A Inquisição tinha o objetivo de perseguir, julgar e punir as pessoas
acusadas de heresia, e esses eram considerados como inimigos de estado, quando
cometiam os atos por mais de um ano.
As punições por heresia eram muito severas, os hereges eram queimados vivos,
torturados ou então estrangulados, e durou mais de cinco séculos.

Significado de Dogma
O que é Dogma:
Dogma é um termo de origem grega que significa literalmente “o que se pensa é
verdade”. Na antiguidade, o termo estava ligado ao que parecia ser uma crença ou
convicção, um pensamento firme ou doutrina.
Posteriormente passou a ter um fundamento religioso em que caracteriza cada um
dos pontos fundamentais e indiscutíveis de uma crença religiosa. Pontos
inquestionáveis, uma verdade absoluta que deve ser ensinada com autoridade.
Além do cristianismo, os dogmas estão presentes em outras religiões como o
judaísmo ou islamismo. Os princípios dogmáticos são crenças básicas pregadas
pelas religiões, que devem ser seguidas e respeitados pelos seus membros sem
nenhuma dúvida.
Quem os rejeita pode incorrer em crimes variáveis de acordo com a religião. Na
Igreja Católica o crime de heresia aconteceu no período da Idade Média, em que
as pessoas acusadas eram excomungadas ou perseguidas através da Inquisição.
Os dogmas proclamados pela Igreja Católica devem ser aceitos como verdades
reveladas por Deus através da Bíblia. São irrevogáveis e nenhum membro da
Igreja, nem mesmo o Papa, tem autoridade para os alterar. São exemplos de
dogmas a Existência de Deus e da Santíssima Trindade, Jesus Cristo é Filho
Natural de Deus, a Virgindade e Assunção de Maria, entre outros.
Significado de Blasfêmia
O que é Blasfêmia:
Blasfêmia é uma ofensa a uma divindade. É um insulto a uma religião ou a tudo
que é considerado sagrado. É a difamação do nome de um Deus. Blasfêmia é
também uma palavra ou ato injurioso contra qualquer pessoa ou coisa respeitável.
Em alguns países existem leis, no código penas, cotra a blasfêmia, onde as penas
podem variar dependendo de sua gravidade. Entre esses países estão a Alemanha,
Austria, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Paises Baixos, Suíça e outros.
Alguns países têm tentado reformar essas leis ou mesmo revogá-las.
No Antigo Testamento da Bíblia, segundo o livro de Levítico, quem blafemava era
condenado à morte. Segundo o evangelho de São Marcos, quem blasfema contra
o Espírito Santo jamais obterá o perdão, levará seu pecado para sempre.
Nos países de maioria mulçumana, as leis antiblasfêmia são mais rígidas e as penas
são bastantes severas, com prisão perpétua ou mesmo a pena de morte.

Quais São os Atributos de Deus?


Os atributos de Deus são qualidades atribuídas ao caráter divino de acordo
com sua auto-revelação e que nos ajudam a entender quem é Deus. Saber quais
são os atributos de Deus é muito importante para qualquer cristão verdadeiro.
Além da designação “atributos de Deus”, às vezes a Teologia Sistemática também
denomina tal estudo de “qualidades de Deus” ou “perfeições de Deus”, de modo
que devemos entender todas essas expressões como sendo sinônimas.
Os atributos de Deus descrevem plenamente quem Ele é?
É importante entender que Deus não pode ser explicado ou definido de forma
plena e compreensível aos homens. Sob esse aspecto, não se pode expressar o ser
de Deus de forma adequada com algum atributo, palavra ou frase, ou seja, mesmo
o estudo sobre os atributos de Deus o descreve de forma limitada, pois Deus, em
sua plenitude, é completamente incompreensível para nós.
Algo que precisa ser considerado é que conhecemos Deus apenas com base no que
Ele resolveu nos revelar. Assim, há muito mais sobre Deus que não conhecemos,
ou porque nosso intelecto não consegue compreender, ou porque Ele simplesmente
não nos revelou.
No entanto, devemos nos confortar na verdade de que Ele certamente nos revelou
tudo o que de fato precisaríamos saber. A revelação de Deus aos homens é tão
clara, tanto na criação quanto nas Escrituras, que torna qualquer um que
negligencie tal revelação indesculpável (Rm 2).
Qual a importância de se estudar os atributos de Deus?
Quando estudamos os atributos de Deus, mesmo de forma limitada, podemos
vislumbrar o seu caráter, entender um pouco mais sobre quem Ele é e como Ele é,
e consequentemente adorá-lo e atribuir-lhe glória de uma forma mais apropriada e
consciente.
Os atributos de Deus também nos auxiliam na compreensão da natureza
infinita de Deus em relação ao universo.Ele é auto-existente, um ser
independente e infinitamente exaltado sobre a natureza, e que não sofre nenhum
tipo de limitação por ela. Esse aspecto é chamado na teologia de transcendência.
Por outro lado, sua presença e seu poder agem ativamente dentro de sua criação,
de modo que Ele não é um simples espectador da História, mas é quem controla e
conduz todas as obras de suas mãos de acordo com seu propósito. Esse aspecto é
chamado na teologia de imanência.
Também entendemos que os atributos de Deus fazem parte da própria essência
do seu ser, ou seja, as qualidades de Deus e seu ser são uma coisa só, de modo que
cada um de seus atributos é infinito e não conhece nenhum tipo de limitação.
Erros na interpretação dos atributos de Deus
Algumas pessoas, por não compreenderem adequadamente os atributos de Deus,
acabam cometendo erros gravíssimos na interpretação das Escrituras, e fazem
descrições do caráter de Deus que, no mínimo, afrontam o seu ser perfeito.
Por exemplo, algumas pessoas priorizam um dos atributos de Deus em
detrimento de outro. O caso mais clássico sobre esse erro ocorre na interpretação
da relação entre a justiça e o amor de Deus, onde as pessoas enfatizam de tal
maneira o atributo do amor, que entendem que o atributo da justiça está sujeito ao
próprio amor, como se Deus fosse mais amor do que justiça. Essa compreensão
equivocada geralmente resulta na heresia do universalismo, ou, no mínimo, numa
noção muito equivocada da doutrina da salvação, onde o Deus soberano parece
não ter qualquer autonomia.
Sobre isso, a verdadeira doutrina bíblica é a de que Deus é todo amor e todo
justiça. O fato de Deus providenciar o plano de redenção não o faz ser mais amor
do que justiça, e o fato de Ele punir eternamente o pecador que não foi justificado
pela obra de Cristo, não o faz injusto ou menos amoroso. Os atributos de Deus se
complementam ao invés de se excluírem mutuamente.
O homem continua sendo homem mesmo que não tenha alguns de seus atributos
humanos. Deus, diferente disso, não poderia ser Deus se lhe faltasse um de seus
atributos, pois Ele é perfeitamente expresso em cada um deles.
Quais são os atributos de Deus?
Antes de falarmos quais são os atributos de Deus, precisamos entender que a
teologia, para facilitar a compreensão desse assunto, divide os atributos de Deus
em duas categorias: atributos incomunicáveis e atributos comunicáveis.
Os atributos incomunicáveis, também chamados de atributos não-relacionados,
são aqueles que Deus não compartilha com nenhuma criatura, ou seja, são atributos
exclusivos dele e Ele não os comunicou a mais ninguém.
Os atributos comunicáveis são aqueles que Deus compartilha, pelo menos em certa
medida, com o homem. Os atributos comunicáveis foram impressos na criação da
humanidade, e basicamente por isso o homem foi feito à imagem e semelhança de
Deus, isto é, porque Deus comunicou a ele alguns de seus atributos, e por portar
tais atributos, o homem se parece com Deus em alguns aspectos.
A seguir, conheceremos quais são os atributos de Deus, e entenderemos, mesmo
de forma bastante resumida e limitada, uma noção básica de cada um deles.
Os atributos incomunicáveis de Deus
1- Asseidade: significa que Deus é auto-existente, e não necessita de nada nem
ninguém para continuar a existir, ou seja, Ele não depende de ninguém fora de si
mesmo para ser o que é. Obviamente a asseidade de Deus está diretamente ligada
a sua eternidade (Sl 90:1,2).
2- Eternidade: significa que Deus sempre existiu, Ele não foi criado por ninguém
e está acima de qualquer limitação de tempo (Gn 21:33; Sl 90:1,2). Ele não tem
começo nem fim, e existe sem sucessão de momentos, ou seja, para Ele não existe
passado, presente e futuro, pois seu presente é sempre a própria eternidade.
3- Unidade: significa que Deus é um e que todos os atributos dele estão inclusos
em seu ser o tempo todo. A doutrina da Trindade não contradiz esse principio, pois
as três Pessoas distintas formam um único Deus, ou seja, sua essência é indivisível
(Dt 6:4; Ef 4:6; 1Co 8:6; 1Tm 2:5).
4- Imutabilidade: significa que Deus não muda jamais, ou seja, tanto Seu ser
como Suas perfeições não sofrem qualquer alteração, e Ele não muda, de forma
alguma, os Seus propósitos e promessas (Tg 1:17). Aqui é importante entender que
qualquer tipo de alteração que as Escrituras pareçam sugerir é apenas figuras de
linguagem para que nós, humanos, possamos compreender de forma mais didática
o relacionamento dele conosco.
5- Infinitude: significa que Deus é infinito em seu ser e não sofre qualquer tipo
de limitação. O tempo e o espaço não podem limitá-lo (1Rs 8:27; At 17:24-28).
Talvez a qualidade da infinitude seja um dos atributos de Deus que apresenta mais
dificuldade de compreensão por parte dos homens. Geralmente os estudiosos
entendem que a infinitude de Deus também aparece revelada através de outros
atributos, como a onipresença, onisciência, onipotência e a eternidade.
6- Onipresença: significa que Deus não é limitado de nenhuma forma pelo
espaço. Sua presença é infinita, de modo que Ele está presente em toda parte com
toda plenitude do Seu ser (Sl 139). Saiba mais o que é a onipresença de Deus.
7- Onipotência: significa que Deus possui todo poder, isto é, seu poder é infinito
e ilimitado. Deus é soberano e capaz de cumprir todos os Seus propósitos (2Co
6:18; Ap 1:8). Saiba mais o que é a onipotência de Deus.
8- Onisciência: significa que Deus conhece todas as coisas de modo completo e
absoluto. Seu conhecimento é infinito e não está sujeito a qualquer limitação. Ele
não precisa pedir nenhuma informação, bem como nunca possui dúvidas (Sl 139;
147:4). Saiba mais sobre a onisciência de Deus.
9- Soberania: significa que Deus controla todas as coisas, pois Ele próprio é
soberano e supremo sobre tudo e todos. Ele é quem governa o universo e conduz
a História segundo os seus propósitos eternos. Também é importante saber que a
soberania de Deus não anula a responsabilidade humana, e nem a responsabilidade
humana descaracteriza as ações soberanas de Deus (Fp 2:12,13).
Os atributos comunicáveis de Deus
10- Amor: a Bíblia declara explicitamente que “Deus é amor” (1Jo 4:8). O amor,
como um dos atributos de Deus, deve ser entendido, sobretudo, pelo aspecto do
que os escritores do Novo Testamento chamaram de “amor ágape“, isto é, um amor
profundo e incondicional, que ao mesmo tempo em que revela grande afeição,
também revela cuidado, zelo, correção e abnegação.
O apóstolo Paulo escreveu que o amor de Deus é derramado no coração dos
cristãos genuínos (Rm 5:5). Certamente a maior manifestação do amor de Deus foi
enviar Jesus, seu Filho, para morrer por pecadores. Esse ato imerecido é designado
como graça (Ef 2:4-8). Aqui mais uma vez vale ressaltar que o atributo do amor
não anula os atributos da santidade, justiça e retidão.
A própria obra de Cristo no Calvário deixa isso muito bem claro, pois se por um
lado vemos seu infinito amor ao enviar seu próprio Filho, por outro vemos que
esse ato serviu para satisfazer a sua justiça e santidade. Se Ele fosse mais amor do
que justiça, santidade e retidão, Ele poderia ter perdoado os pecadores sem precisar
sacrificar seu próprio Filho.
Logo, não existe qualquer base bíblica ou fundamentação lógica para dizer que os
demais atributos de Deus estão sujeitos e subordinados ao seu atributo do amor,
resultando, como já foi dito, na heresia do universalismo, ou, em alguns casos, no
próprio aniquilacionismo.
11- Bondade: esse atributo está diretamente ligado ao atributo do amor,
enfatizando a benevolência de Deus para com suas criaturas. A bondade de Deus
também implica na realidade de que tudo o que Ele faz é essencialmente bom e
legítimo, mesmo que o homem não compreenda (2Cr 30:18; Sl 86:5; 100:5;
119:68; At 14:17).
12- Misericórdia: a misericórdia é outro atributo que também está ligado ao
atributo do amor, e revela a compaixão e piedade Deus para com os miseráveis e
angustiados (Ef 2:4,5). Na verdade, além da misericórdia e bondade (citada acima),
existem várias outras características de Deus que estão relacionadas ao atributo do
amor, como por exemplo, a benevolência, a benignidade e a longanimidade.
Através do capítulo 5 da Epístola aos Gálatas, percebemos que muitos dos
atributos comunicáveis de Deus são compartilhados com os cristãos através
do fruto gerado pelo Espírito Santo.
13- Sabedoria: significa que Deus é infinitamente sábio, de modo que Ele próprio
é a fonte da sabedoria. O profeta Daniel entendeu isso ao dizer que “dele são a
sabedoria e a força” (Dn 2:20; cf. Jó 12:13; Jó 36:5; Sl 147:5; Is 40:28; Rm 11:33).
Além disso, devemos entender que a sabedoria de Deus é completamente superior
à sabedoria dos homens (Is 55:8; cf. Jó 28:12-28; Jr 51:15-17).
14- Justiça: significa que Deus é plenamente justo e perfeito em sua retidão. Não
há injustiça em Deus, e dele não provém nenhum tipo de desigualdade. Ele sempre
é correto, e seus juízos são perfeitos (Sl 11:7; Dn 9:7; At 17:31). Muitos estudiosos
também detalham o atributo da justiça em outras características específicas, como
a retidão e a equidade.
15- Santidade: significa que Deus é completamente separado do pecado, e
totalmente comprometido com sua honra. Ele nunca está relacionado a qualquer
coisa impura ou qualquer comportamento indigno (Is 40:25; Hc 1:12; Jo 17:11; Ap
4:8). O atributo da santidade em Deus exige que os pecadores estejam separados
dele, a menos que estes sejam justificados pelos méritos de Cristo, sendo feitos
nele santo.
16- Veracidade: significa que Deus, e tudo o que provém dele, é necessariamente
verdadeiro, infalível e absolutamente confiável (Hb 10:23), de modo que Ele é o
próprio Deus verdadeiro (Jo 17:3). O atributo da veracidade também expressa a
fidelidade de Deus, ou seja, tudo o que Ele revelou de si mesmo é genuíno, e por
ser fiel, Ele nunca fará nada que afronte a sua própria natureza ou contradiga sua
palavra.
17- Liberdade: significa que Deus não precisa de nada nem ninguém para fazer o
que quer, ou seja, Ele é completamente livre para executar sua vontade (Mt 11:26;
cf. Is 40:13,14) de acordo com a perfeição de sua natureza, ou seja, apesar de ser
completamente independente e livre, isso não significa que Ele seja livre para
pecar, mentir, deixar de ser Deus ou mesmo morrer, pois trais coisas contrariam
seu próprio ser.
18- Paz: esse atributo de Deus nos revela que nele próprio, ou em qualquer uma
de suas ações, não há nenhum tipo confusão ou desordem. Gideão entendeu essa
qualidade de Deus quando declarou “O Senhor é paz” (Jz 6:24).
Conclusão sobre os atributos de Deus
Essa lista de atributos de Deus não deve ser entendida como uma lista exaustiva,
já que se trata de um estudo limitado pela nossa compreensão do ser de Deus, bem
como não deve ser considerada uma lista padrão, pois há muitas listas sobre os
atributos de Deus, algumas mais completas e detalhadas e outras mais diretas e
objetivas.
Infelizmente muita gente que se intitula cristão e não conhece os atributos de Deus
acaba criando para si a visão de um tipo de deus que nada tem a ver com o
verdadeiro Deus. Que possamos nos atentar para o conselho do nosso Senhor
através do profeta Jeremias, e entender que o nosso maior motivo de orgulho deve
ser o de conhecê-lo e compreender os seus atributos (Jr 9:23,24).
Sem dúvida, mesmo diante de nossas limitações, estudar sobre quais são os
atributos de Deus é algo maravilhoso que nos leva a admirar sua majestade,
magnificência e grandiosidade.

Quem foram essas pessoas chamadas de “Os Puritanos”?


por
John Winthrop

Primeiro foram os “Peregrinos”, nos anos 1620. Eles foram seguidos por milhares
de Puritanos nos anos 1630 e estes deixaram suas fortes marcas em sua nova terra,
tornando-se a mais dinâmica força nas colônias Americanas. Reportando-nos à
Inglaterra, os Puritanos foram influentes pessoas na vida política do país, até que
o Rei Charles não tolerou mais suas tentativas de reformar a Igreja da Inglaterra.
Estava montada a perseguição. Veio então a idéia de que a única esperança seria
deixar o país. Quem sabe na América eles poderiam estabelecer uma colônia cujo
governo, sociedade e igreja fosse totalmente baseadas na Bíblia. A “Nova
Inglaterra” poderia vir a ser a velha Inglaterra sem todos os defeitos de
incredulidade e corrupção. “Puritanos” foi um termo ridiculamente usado durante
o reinado da Rainha Elizabeth.
Eles eram os cristãos que desejavam uma Igreja da Inglaterra isenta de qualquer
liturgia, cerimônia ou práticas que não estivessem absolutamente com base bíblica.
A Bíblia era sua única autoridade, e eles defendiam que deveria ser usada em todos
os níveis e áreas da vida.

UMA BRECHA ALTERNATIVA, UMA OMISSÃO PROVIDENCIAL


Quando o Rei Charles permitiu (ou concedeu) uma carta de privilégios
à Massachusetts Bay Company, o documento falhou em não especificar que a sede
e a direção da Companhia tinha de permanecer na Inglaterra. Os acionistas
Puritanos tiraram proveito dessa omissão e combinaram em transferir a Empresa e
toda a sua direção para a América. Fizeram todo o esforço então para estabelecer
uma comunidade bíblica, uma república santa e cristã, como um verdadeiro
exemplo para a Inglaterra e para o mundo.

“NOVA INGLATERRA” - UM NOVO JEITO DE SER


No país de origem, todo cidadão britânico fazia parte da Igreja Nacional da
Inglaterra. Na nova Inglaterra apenas os verdadeiros convertidos eram membros
da igreja. Somente aqueles indivíduos cujas vidas haviam sido transformadas pela
crença no Evangelho de Cristo, tinham acesso ao Rol de Membros da Igreja.
Somente estes tinham direito de voto na Colônia. Eles tentavam estabelecer
normas para uma ordem social piedosa, uma sociedade que verdadeiramente
glorificasse a Deus. Como a Lei Mosaica regulamentou a sociedade de Israel nos
Dias do Velho Testamento, do mesmo modo a Igreja sob a autoridade das
Escrituras poderia ser regulamentada na sociedade da Nova Inglaterra. Não havia
lugar para concessões na América Puritana. Todos aqueles que não estivessem de
acordo com os sublimes propósitos da colônia, estavam livres para se mudar para
qualquer lugar. Em que pese serem os puritanos pessoas de uma convicção e fé
muito fortes, eles não eram individualistas. Eles vieram para a América em grupos,
não como povoadores individuais. Muitas vezes, congregações inteiras, lideradas
pelos seus Ministros, deixaram a Inglaterra e se estabeleceram juntas na Nova
Inglaterra. Organizadamente se estabeleceram nas vilas, construindo seus templos
ou pequenas casas de reunião bem no centro da cidade. A Igreja era o centro de
sua comunidade, provendo propósito e direção para suas vidas.
HONRA AO DIA DO SENHOR
Os Puritanos defendiam tenazmente que o Senhor e o Seu culto eram importantes
o suficientemente para que fosse reservado um dia inteiro na semana para total
dedicação ao Senhor. E os Puritanos dedicavam seriamente o domingo ao Senhor.
Os sermões tinham importância vital para a vida intelectual dos Puritanos e eles
raramente gastavam menos do que uma hora nas exposições. Os instantes de
oração podiam ser igualmente longos. A princípio não havia cânticos de hinos nos
cultos dos Puritanos. Apenas os Salmos ou textos parafraseados da Bíblia eram
cantados. O primeiro livro impresso na América foi o “Livro Geral dos Salmos”,
uma versão métrica dos Salmos de Davi, impresso em 1640. A família era a
instituição básica mais importante da sociedade Puritana, e funcionava como uma
igreja em miniatura. Estabelecida por Deus antes de qualquer outra instituição e
antes da queda do homem, a família era considerada o fundamento de toda vida
civil, social e eclesiástica. Todos os dias, pela manha e a noite, a família se reunia
para cultuar, a aos domingos se alegravam em poder cultuar junto com outras
famílias.

CUIDADOS PARALELOS DO INTELECTO E DA ALMA


A instrução e o treinamento das crianças eram levadas muito a sério e os pais
oravam para que os filhos se tornassem vigorosos para a glória do Senhor. Logo
nos seus primeiros cinco anos de estabelecimento, Massachusetts organizou
escolas para crianças. Toda criança deveria aprender a ler, pois somente assim teria
condições de ler a Bíblia. Como uma das Leis de Massachusetts mencionava -
“Sendo um antigo projeto do velho Enganador Satanás impedir que os homens
tomem conhecimento das verdades bíblicas, escolas têm de ser estabelecidas”. Em
1636 a colônia fundou o Harvard College, especialmente para preparar pastores.
As principais regras do Harvard testificam o compromisso cristão que os alunos
assumiam: “Todos os estudantes devem ser plenamente instruídos e seriamente
pressionados a considerar bem o principal propósito de suas vidas e estudos, isto
é, conhecer a Deus e a Jesus Cristo - que é a vida eterna (João 17:3), e, por
conseguinte, ter consciência que somente tendo Cristo por fundamento terá um
perfeito aprendizado e conhecimento”.

TUDO É DO SENHOR
Tendo por fundamento sua crença de que todas as áreas da vida deveriam ser
moldadas pelos princípios cristãos, os Puritanos defendiam que toda a profissão
honrosa deveria ser exercida para a glória de Deus. Tudo na vida pertence ao
Senhor, não havendo distinção entre trabalho secular e sagrado. Deus chama cada
pessoa para uma vocação específica, e os cristãos devem atuar como verdadeiros
despenseiros dos talentos e dons com os quais o Senhor os contempla. Atender ao
chamado do Senhor era uma forma de servi-lo, assim como aos homens. A
preguiça era considerada um grande pecado; dedicação ao chamado, uma grande
virtude.

FORMANDO A AMÉRICA
Os Puritanos que se estabeleceram na Nova Inglaterra deixaram um legado para a
formação de uma nação única na História. Eles tiveram também uma significativa
influência no desenvolvimento subseqüente da América. Uma grande parte dos
demais pioneiros que vieram a seguir e ocupantes do longínquo oeste, eram
descendentes daqueles primitivos Puritanos. Seus valores e princípios, embora
muitas vezes secularizados e distanciados dos fundamentos religiosos,
continuaram a moldar o pensamento Americano e suas práticas nos séculos a
seguir.
Christian History Institute's - Glimpses of people, events, life and faith from the
Church Across the Ages.

Fonte: Jornal OS PURITANOS, Ano I - Número 2 - Junho/1992

Quem foram os puritanos?

O Puritanismo foi um movimento que surgiu dentro do protestantismo britânico


no final do século 16. A Inglaterra estava separada da submissão papal, mas não
da doutrina, liturgia, e ética católica. O rei inglês Henrique VIII por motivos
pessoais, e não por convicção teológica liderou uma reforma política no Reino
Unido (Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales) que defendia o rompimento
com a Igreja Católica Romana, vindo a originar-se a Igreja Anglicana. O monarca
inglês faleceu e o seu filho, Eduardo VI, tornou-se rei em seu lugar. O jovem
regente inglês possuía conselheiros influenciados pela Reforma protestante.
Alguns teólogos e professores foram convidados para liderar a Reforma na
Inglaterra. Entretanto, este projeto não foi adiante, pois o novo rei veio a falecer
prematuramente. A sua irmã mais velha, Maria Tudor, a sangüinária, assumiu o
trono ordenando a morte de todos os protestantes, prendendo e expulsando muitos
outros do Reino Unido.
Em 1559, Elizabeth sucedeu à sua meia-irmã Maria Tudor. A nova rainha da
Inglaterra era simpatizante da Reforma. Ainda em 1559, solicitou a revisão do
Livro Comum de Oração, e editou em 1562, os 39 Artigos de Fé[1] como padrão
doutrinário da Igreja Anglicana.[2] Autorizou a volta dos reformadores ingleses
exilados. Todavia, os que retornaram estavam insatisfeitos com a lenta e parcial
Reforma eclesiástica que Elizabeth estava realizando. Justo L. González comenta
que os que foram expulsos “trouxeram consigo fortes convicções calvinistas, de
modo que o Calvinismo se estendeu por todo o país.”[3] Eles haviam contemplado
o que os princípios da Reforma poderiam fazer em outros países, agora estavam
comprometidos em aplicá-los em sua terra natal.

Os que defendiam que a Igreja Anglicana carecia duma completa Reforma foram
apelidados jocosamente de "puritanos". De fato, os puritanos acreditavam que a
igreja inglesa necessitava ser purificada dos resquícios do romanismo. Eles
clamavam por pureza teológica, litúrgica, e moral! Henrique VIII embora
discordasse da Igreja Católica acerca dos seus divórcios, ele morreu sustentando o
título de Defensor da fé Católica. Mas, os puritanos também ansiavam por
mudanças litúrgicas, pois, mesmo a Inglaterra se declarando protestante, a missa
ainda era rezada em latim, eram usadas as vestimentas clericais, velas nos altares,
e o calendário litúrgico e as imagens de santos eram preservadas. Era uma
incoerente ofensa aos reformadores ingleses.
A começar pela liderança da Igreja, a prática do evangelho não estava sendo
observada. Os puritanos exigiam não apenas mudanças externas, religiosas e
políticas, mas mudança de valores, manifesto numa ética que agradasse a Deus, de
conformidade com a Palavra de Deus. Foi por causa deste último ponto que o
apelido puritano tornou-se mais conhecido. Eles eram considerados puros demais,
porque queriam ter uma vida cristã coerente com a Escritura!
Infelizmente uma caricatura horrível é feita deste movimento. Não poucas vezes
os puritanos são criticados e mencionados com desdenho. Entretanto, isto apenas
evidencia a ignorância acerca da grandiosa obra e esforço destes homens e
mulheres. Muitos perderam a sua vida por serem zelosos com o estudo e ensino
das Escrituras Sagradas, e por desejarem viver consistentemente o puro evangelho
de Cristo![4]
O presbiterianismo é herdeiro direto deste movimento. Os Padrões de Fé de
Westminster são produto da melhor erudição e piedade puritana do século XVII.
Os presbiterianos que migraram para os EUA, eram todos puritanos. A oração
fervorosa, o culto sóbrio e equilibrado, o estudo da Escritura e a fiel pregação da
Palavra de Deus, tanto pelo ensino como pela prática de uma vida simples, eram
marcas que distinguiam estes homens, que influenciaram o Cristianismo europeu
e norte-americano, e que chegou até ao Brasil.
Notas:
[1] Este documento doutrinário é essencialmente calvinista. Os 39 Artigos de Fé
serviram para preparar a abertura de um processo de divulgação do Calvinismo na
Igreja Anglicana que culminaria na Assembléia de Westminster (1643-1648), que
produziu a Confissão de Fé e os Catecismos Breve e Maior. B.B. Warfield, Studies
inTheology in: The Works of. B.B. Warfield, pp. 483-511.

[2] A maioria dos clérigos anglicanos relutam, ainda hoje, em adotar uma posição
de consistência teologicamente calvinista. Em geral, os teólogos anglicanos
adotam a Via Media, ou seja, eles tentam conciliar a teologia romana com a
protestante, e formar um sistema doutrinário sincretista. Veja E.A.
Litton, Introduction to Dogmatic Theology (London, James Clark &CO, LTD,
3ªed., 1960), pág. xi-xv. A liturgia anglicana ainda segue o The Book of Common
Prayer (Livro Comum de Oração), embora dentro da Comunhão Anglicana cada
Província é livre para alterar e adaptá-lo.
[3] Justo González, Visão Panorâmica da História da Igreja (São Paulo, Ed. Vida
Nova, 1998), p. 70.
[4] Leitura indispensável sobre este movimento são as obras:
1. D.M. Lloyd-Jones, Os Puritanos - suas origens e seus sucessores(PES).
2. J.I. Packer, Entre os Gigantes de Deus - uma visão puritana da vida
cristã (Editora Fiel).
3. Leland Ryken, Santos no Mundo - os puritanos como realmente eram (Editora
Fiel).
4. Errol Hulse, Quem foram os puritanos? (PES).
5. Joel Beeke & Randall J. Pederson, Paixão pela pureza - conheça os
puritanos (PES).
Puritanismo. O Que Foi?
O Puritanismo foi um movimento não organizado que envolvia cristãos zelosos,
metódicos, idealistas, realistas, cultos, íntegros, com experiência espiritual
profunda, práticos, formadores da verdadeira família cristã, cheios de ideais de
renovação para a Igreja que envolvesse enriquecimento das verdades de Deus e
ardor na devoção pessoal. OS PURITANOS são um exemplo de equilíbrio na vida
cristã: PIEDADE E ORTODOXIA.
Grandes Testemunhos
Charles Spurgeon, o Príncipe dos Pregadores, se referindo ao valor dos Puritanos
– por isso foi um dos ministros que teve riquíssima biblioteca puritana – afirmou:
“Os homens modernos seriam mais ricos se pelo menos comessem das migalhas
que caem da mesa dos Puritanos”. Spurgeon tinha sempre à sua cabeceira os livros
em grande parte, foram instrumentos usados por Deus para a sua conversão.
George Whitefield afirmou que foram os livros de Baxter que o livraram de se
tornar um asceta, místico ou legalista. A respeito dos Puritanos falou: “Ministros
nunca escrevram ou pregaram tão bem quanto os que estão sob a cruz; O Espírito
de Cristo e da glória, então, repousa sobre eles. Foi isto, sem dúvida, que
transformou os puritanos em tão incandescentes luzes… de um modo especial
escreveram e pregaram como homens que tinham autoridade, eles ainda falam;
uma unção especial os abençoa”.
Relevância
Quando tomamos conhecimento do puritanismo e sua relevância; quando nos
deparamos com a literatura, riquíssima, penetrante, que fez o Dr. J.I.Packer se
expressar: “Devo mais a literatura Puritana do que a qualquer teologia que já lí”,
sentimos o coração se encher de vigor e ansiedade para difundir o que
consideramos necessário para o povo de Deus, hoje, no Brasil.

"A Verdade vos Libertará" (João 8:32)


O conceito da "verdade" vem desafiando a humanidade por milhares de anos.
Filósofos da antiga Grécia debatiam a natureza da verdade. Eles discutiam se ela
era real e absoluta, ou relativa e ilusória. Suas dúvidas podem ter sido refletidas
numa questão de Pilatos: "Que é a verdade?" (João 18:38).
Hoje, a mesma pergunta surge continuamente em várias situações. É de vital
importância que achamos a resposta para esta pergunta na área de religião. O que
é verdadeiro? Posso conhecer a verdade?
Para ajudar-nos a responder a estas questões, vamos focalizar nossa atenção em
um versículo do ensinamento de Jesus. Em João 8:32, ele disse: "E conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará ." Considere as implicações desta afirmação.
"A Verdade"
Os humanos podem andar em dúvida e incerteza, mas Jesus é inequívoco. Ele fala
sobre a verdade como algo exato e objetivo. Em outra parte ele nos fala que a
verdade é a palavra de Deus revelada. Quando ele falou com seu Pai (João 17:17),
ele disse: "tua palavra é a verdade". Quando Jesus falou sobre a verdade, ele não
estava falando sobre uma vaga abstração resultante de um intenso pensamento
humano, meditação, lógica ou de um debate. Ele não definiu a verdade em termos
subjetivos como uma coisa qualquer que as pessoas escolheriam acreditar. Jesus
definiu a verdade como um fato revelado e eterno! A palavra de Deus é verdadeira
independentemente do fato de eu concordar com isso, de eu aceitar e obedecer, ou
rejeitar e contestar.
Outros que escreveram o Novo Testamento fizeram similares afirmações sobre a
palavra de Deus, achada nas Escrituras. Em 2 Timóteo 3:16-17, Paulo
disse: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem
de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Paulo
também disse que seu ensinamento não tinha palavras de sabedoria humana, e sim
palavras reveladas pelo Espírito Santo (veja 1 Coríntios 2:9-13).
Deus revelou a verdade como certa e absoluta. Deus não nos deu meramente idéias
subjetivas para serem moldadas de modo a se ajustarem às nossas situações. Ele
não aprova distorções ou modificações das Escrituras para que se ajustem aos
nossos caprichos. Deus certamente não nos deixou num mar de dúvidas onde nada
podemos saber com certeza.
Devemos escolher como responder a esta revelação de Deus. Nós podemos
obedecê-la ou rejeitá-la. Temos a liberdade de aceitar tudo o que Deus disse, ou
somente as partes que nos interessam. Mas quando decidirmos como responder a
ela, devemos lembrar de que nada o que fizermos irá mudar a veracidade de suas
palavras. Aproximadamente três mil anos atrás o escritor de Salmos disse: "Para
sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu" (Salmo 119:89).
"Conhecereis . . ."
Jesus não mostra a "verdade" como um objetivo ilusório e inatingível. Ele
diz: "Conhecereis a verdade". Jesus plenamente ensinou que podemos e devemos
conhecer a verdade. Podemos conhecer a verdade hoje do mesmo jeito que o povo
de Beréia o fez no primeiro século: Eles procuraram por ela nas Escrituras (veja
Atos 17:11). Podemos distinguir o certo do errado. Paulo instruiu os
Tessalonicenses: "Julgai todas as cousas, retende o que é bom; abstende-vos de
toda forma de mal" (1 Tessalonicenses 5:21-22). Ainda hoje é verdade que
a "lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus
caminhos" (Salmo 119:105).
As pessoas que escreveram o Novo Testamento confidentemente declaram que é
possível saber a verdade. Em Hebreus 10:26, o escritor fala das pessoas que
tinham "recebido o pleno conhecimento da verdade". João falou com pessoas
que receberam este conhecimento da verdade (1 João 2:21). Paulo condenou
aqueles que estão "sempre aprendendo mas que jamais podem chegar ao
conhecimento da verdade" (2 Timóteo 3:7). Por que receberam tão severa crítica?
Porque eles fracassaram em aprender a verdade, resistindo assim a palavra de
Deus. Eles não compreenderam a verdade porque assim não a quiseram (veja 2
Timóteo 3:8). Nós podemos saber a verdade.
". . . Vos Libertará"
Isto pode nos fazer pensar, talvéz até um ponto de medo, sobre a responsabilidade
dada por Deus de conhecermos a verdade. Para prevenir que sejamos esmagados
por esta provocante passagem, não devemos perder esta grande promessa anexada
neste trecho. Jesus acrescentou: "A verdade vos libertará".
A liberdade é valorizada universalmente. Inúmeras pessoas têm sacrificado suas
vidas esforçando-se para assegurarem sua própria liberdade política ou de outrem
também. Verdadeiramente em todas as nações do mundo, o encarceramento é
considerado como uma severa punição para aqueles que violam a lei. Tão valiosa
quanto a liberdade pessoal e política, também é aquela que Jesus nos fala em João
8:32. Só que esta liberdade é até mais significativa. Nossos pecados nos levam a
conseqüências de vínculos espirituais e mortais -- eterna separação de Deus. Jesus
se ofereceu para nos libertar das conseqüências da nossa própria rebelião contra
Deus!
Paulo nos lembrou deste benefício do evangelho em Romanos 1:16 ". . .é o poder
de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do
grego". Deus escolheu o uso de sua palavra, que é a verdadeira mensagem da
Bíblia, para salvar-nos de nossos pecados.
Deus, contudo, não nos força a sermos libertos. Muitas pessoas são enganadas por
Satanás e seus falsos mestres para que não possam discernir a liberdade do
encarceramento (veja 2 Pedro 2:17-22). Infelizmente, muitas pessoas rejeitam a
liberdade que Deus oferece e permanecem presas em seus próprios pecados. Jesus
usou as palavras de um profeta do Velho Testamento, Isaías, para descrever a triste
condição daqueles que não aceitam a liberdade divina: "Porque o coração deste
povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os
olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos,
entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados"(Mateus
13:15).
Muitas pessoas consideram a verdade incerta, mas Deus claramente revelou a
verdade para que nós possamos conhecê-la. Muitas pessoas acreditam que os
sentimentos subjetivos, aqueles que julgamos serem corretos, são os mesmos que
os salvarão, mas Deus uniu a salvação com a sua objetiva verdade. Quando nós
aprendemos e obedecemos a verdade revelada na palavra de Deus, podemos estar
certos da nossa salvação. João nos falou do nosso relacionamento com Deus
quando ele disse: "Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos
os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus
mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade" (1 João 2:3-4).
Deus nos providenciou a confiança e a segurança para estarmos aptos a conhecer
a verdade. O mesmo Deus que nos criou e nos deu a habilidade de nos comunicar,
tem também a habilidade de transmitir sua vontade para conosco de modo que
possamos entendê-la. Devemos humildemente aceitar a responsabilidade de
estudar, entender e obedecer sua revelação.
Num mundo desordenado pela dúvida e pela confusão religiosa, nós podemos
achar esperança nas palavras de Jesus: "E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará."

(A santidade de Deus não permite o pecado do homem, veja O pecado de Nadabe e


Abiú ! )

Em Lv 10:3 a Bíblia nos mostra a forma pela qual Nadabe a Abiú foram penalizados
como também a gravidade de seu pecado. Mas afinal qual foi o pecado que eles
cometeram? A Palavra de Deus em Lv 10:1 diz que eles ofereceram fogo estranho
perante a face do Senhor. Mas o que seria esse fogo estranho ? No mesmo cap.
(9:24) diz que eles acenderam seu incensário não com fogo do altar, que tinha sido
recentemente aceso pelo Senhor , e que daí por diante devia ser usado tanto para
oferecer o sacrifício como para queimar o incenso, mas com fogo tirado de outro
lugar, e por não ter tirado do altar, esse fogo é chamado fogo estranho. Nadabe e
Abiú devem ter pensado que o fogo do altar era igual a qualquer outro, afinal de
contas todo fogo queima, não importando de onde ele seja tirado. Mas eles se
enganaram , porque não era da competência deles decidir qual fogo deveria ser
usado. O que eles tinham que fazer era prestar culto exatamente da forma que o
Senhor tinha dito. Além disso , Deus já tinha estabelecido a forma pela qual o incenso
devia ser queimado (Ex 30:1-10). O incenso tinha que ser queimado todas as
manhãs, quando as lâmpadas fossem preparadas ( apagadas e enchidas para serem
usadas novamente ao anoitecer) e no final da tarde. Mas Nadabe e abiu não
seguiram essa ordem de Deus e puseram fogo em seus incensários quando o povo
estava prostrado diante da glória do Senhor (9:23-24). Contextualizando esta
mensagem da palavra de Deus, podemos afirmar que não se pode permitir que o
homem introduza suas idéias ou modifique o culto a Deus. Todos os esforços do
homem só pode ter como resultado a apresentação de fogo estranho ao Senhor, ou
seja um culto falso. As melhores tentativas não passam de invencionices humanas e
abominação aos olhos de Deus.O modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é
instituído por Ele mesmo, por isso que Ele não pode ser adorado segundo as
imaginações e invenções dos homens, ou sugestões do inimigo de Deus, nem
também sob qualquer representação visível ou outro modo qualquer que não seja
prescritas nas Sagradas Escrituras.Talvez , eu não sei, mas você caro leitor possa
indagar: Mas irmão a Bíblia diz em 2Co 3:17, “onde está o Espírito do Senhor, aí há
liberdade”, mas eu digo que esta liberdade está vinculada com o Espírito do Senhor
e Ele nos deu as Sagradas Escrituras os parâmetros que orientam a adoração cristã.
Somos livres, no Espírito, para fazer a vontade de Deus, a liberdade para contrariar
a vontade de Deus , nunca procede do Espírito.
E hoje em nossos dias percebemos com clareza que muitos cultos prestados são
apenas fogo estranho , e as pessoas que o prestam só não são consumidos
imediatamente pela ira de Deus como Nadabe e Abiú, porque Deus em sua
misericórdia, os tem suportado. Nesta reflexão relato os princípios não meus, mas de
Deus na Sua Palavra:
1-Primeiro princípio : O culto cristão tem que ser cristocêntrico, isso quer dizer que
Cristo tem que ser o centro do culto cristão.Mas hoje o que se vê é o culto
antropocêntrico , isso é, o culto tem o homem como centro das atenções, nestes
cultos a mensagem precisa agradar o homem, os cânticos dão ênfase à satisfação
humana, a doutrina anuncia a satisfação das necessidades materiais e por aí vai.
Neste culto Jesus é apenas um nome usado para rechear uma doutrina corrompida
baseada na imaginação humana, só isso.
2-Segundo princípio: A Adoração é uma resposta à Graça de Deus. O culto cristão é
uma resposta à Graça que primeiro veio ao homem, salvou-o e capacitou-o a
respondê-la, em 1 Jo 5:19 diz: nós o amamos porque Ele nos amou primeiro.A
iniciativa é de Deus (Jo 4:23).
3-Terceiro princípio: O adorador deve oferecer a Deus as suas primícias, ou seja
nenhum adorador podia comparecer diante de Deus com as mãos vazias, leia em
Êxodo e Levítico este princípio.
4-Quarto princípio: O culto cristão é realizado em todas as dimensões da vida do
adorador, muitos confundem até hoje este princípio. O culto cristão que é o nosso
culto racional (Rm 12:1-2) é confundido com a igreja ou com o culto público.Você já
não ouviu isto: o crente diz que vai ao culto , quando na verdade ele vai à igreja
prestar um culto público ou comunitário. Ninguém pode ir ao culto porque o culto não
fica em determinado local, ele não fica restrito as paredes do templo. Lembre-se da
mulher samaritana em (Jo 4:20-21-24). O ensino bíblico é que o culto cristão é uma
vida de constante serviço e obediência a Deus. Por isso, para encerrar , a adoração
cristã é regida por certos princípios, fora dos quais não é possível prestar a Deus um
culto verdadeiro. Estes princípios foram transmitidos pelo próprio Deus, na pessoa
do Espírito Santo, nas Sagradas Escrituras, e cabe a nós como adoradores salvos
pela Graça somente obedecer estes princípios para não cairmos no mesmo erro de
Nadabe e Abiú.

Sobre a irá de Deus


BIOGRAFIA: Jonathan Edwards -O Grande Despertador

Há dois séculos que o mundo fala do famoso sermão: Pecadores nas mãos de um
Deus irado e dos ouvintes que se agarravam aos bancos pensando que iam cair no
fogo eterno. Esse fato foi, apenas, um dos muitos que aconteceram nas reuniões
em que o Espírito Santo desvendava os olhos dos presentes para eles contemplarem
as glórias do Céu e a realidade do castigo que está bem perto daqueles que estão
afastados de Deus.
Jônatas Edwards, entre os homens, era o vulto maior nesse avivamento, que se
intitulava O grande despertamento. Sua vida é um exemplo destacado de
consagração ao Senhor para o desenvolvimento maior do intelecto e, sem qualquer
interesse próprio, de deixar o Espírito Santo usar o mesmo intelecto como
instrumento nas suas mãos. Amava a Deus, não somente de coração e alma, mas
também de todo o entendimento. "Sua mente prodigiosa apoderava-se das
verdades mais profundas". Contudo, "sua alma era, de fato, um santuário do
Espírito Santo". Sob aparente calma exterior, ardia nele o fogo divino, como um
vulcão.
Os crentes atuais devem a esse herói, graças à sua perseverança em orar e estudar
sob a direção do Espírito, a volta às várias doutrinas e práticas da igreja primitiva.
Grande é o fruto da dedicação do lar em que Edwards nasceu e se criou. Seu pai
foi o amado pastor de uma só igreja durante um período de sessenta e quatro anos.
Sua piedosa mãe era filha de um pregador que pastoreou uma igreja durante mais
de cinqüenta anos.
Dez das irmãs de Jônatas, quatro eram mais velhas do que ele e seis mais novas.
"Muitas foram as orações que os pais ofereceram a Deus, para que o único e amado
filho fosse cheio do Espírito Santo, e que se tornasse grande perante o Senhor. Não
somente oravam assim, fervorosa e constantemente, mas mostravam-se
igualmente zelosos em criá-lo para Deus. As orações, à volta da lareira, os estimu-
laram a se esforçarem, e seus esforços redobrados os motivaram a orarem mais
fervorosamente... O ensino religioso e permanente resultou em Jônatas conhecer
intimamente a Deus, quando ainda criança".
Quando Jônatas tinha sete ou oito anos, houve um despertamento na igreja de seu
pai, e o menino acostumou-se a orar sozinho, cinco vezes, todos os dias, e a chamar
outros da sua idade para orarem com ele.
Citamos aqui as suas palavras sobre esse assunto: "A primeira experiência, de que
me lembro, de sentir no íntimo a delícia de Deus e das coisas divinas, foi ao ler as
palavras de 1 Timóteo 1.7: 'Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível; ao único
Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém'. Sentia a presença de Deus
até arder o coração e abrasar a alma de tal maneira, que não sei descrevê-la...
Gostava de passar o tempo olhando para a lua e, de dia, a contemplar as nuvens e
os céus. Passava muito tempo observando a glória de Deus, revelada na natureza
e cantando as minhas contemplações do Criador e Redentor... Antes me sentia
demasiado assombrado ao ver os relâmpagos e ouvir a troar do trovão. Porém mais
tarde eu me regozijava ao ouvir a majestosa e terrível voz de Deus na
trovoada". Antes de completar treze anos, iniciou seu curso em Yale College,
onde, no segundo ano, leu atentamente a famosa obra de Locke: Ensaio sobre o
entendimento humano. Vê-se, nas suas próprias palavras acerca dessa obra, o
grande desenvolvimento intelectual do moço: "Achei mais gozo nisso do que o
mais ávido avarento, em ajuntar grandes quantidades de ouro e prata de tesouros
recém-adquiridos".
Edwards, antes de completar dezessete anos, diplomou-se no Yale College com as
maiores honras. Sempre estudava com esmero, mas também conseguia tempo para
estudar a Bíblia, diariamente. Depois de. diplomar-se, continuou seus estudos em
Yale, durante dois. anos e foi então separado para o ministério.
Foi nessa altura que seu biógrafo escreveu acerca de seu costume de dedicar certos
dias para jejuar, orar e examinar-se a si mesmo.
Acerca da sua consagração, com idade de vinte anos, Edwards escreveu:
"Dediquei-me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e
tudo que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para
não me comportar como quem tivesse direitos de forma alguma... travando, assim,
uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida".
Alguém assim se referiu a Jônatas: "Sua constante e solene comunhão com Deus,
em secreto, fazia com que o rosto dele brilhasse perante o próximo, e sua aparência,
semblante, palavras e todo o seu comportamento eram acompanhados por
seriedade, gravidade e solenidade".
Aos vinte e quatro anos casou-se com Sara Pierrepont, filha de um pastor, e desse
enlace nasceram, como na família do pai de Edwards, onze filhos.
Ao lado de Jônatas Edwards, no Grande Despertamento, estava o nome de Sara
Edwards, sua fiel esposa e ajudadora em tudo. Como seu marido, ela nos serve
como exemplo de rara intelectualidade. Profundamente estudiosa, inteiramente
entregue ao serviço de Deus, ela era conhecida por sua santa dedicação ao lar, pelo
modo de criar seus filhos e pela economia que praticava, movida pelas palavras de
Cristo: "Para que nada se perca". Mas antes de tudo, tanto ela como seu marido
eram conhecidos por suas experiências em oração. Faz-se menção destacada es-
pecialmente dum período de três anos, durante o qual, apesar de gozar de perfeita
saúde, ficava repetidas vezes sem forças, por causa das revelações do Céu. A sua
vida inteira foi de intenso gozo no Senhor.
Jônatas Edwards costumava passar treze horas, todos os dias, estudando e orando.
Sua esposa, também, diariamente o acompanhava na oração. Depois da última
refeição, ele deixava toda a lida, a fim de passar uma hora com a família.
- Mas, quais as doutrinas de que a igreja havia esquecido e quais as que Edwards
começou a ensinar e a observar de novo, com manifestações tão sublimes?
Basta uma leitura superficial para descobrir que a doutrina, à qual deu mais ênfase,
foi a do novo nascimento, como sendo uma experiência certa e definida, em
contraste com a idéia da Igreja Romana e de várias denominações.
O evento que marcou o começo do Grande Despertamento foi uma série de
sermões feitos por Edwards sobre a doutrina da justificação pela fé, que fez os
ouvintes sentirem a verdade das Escrituras, de que toda a boca ficará fechada no
dia de juízo, e que "não há coisa alguma que, por um momento, evite que o pecador
caia no Inferno, senão o bel prazer de Deus".
É impossível avaliar o grau do poder de Deus, derramado para despertar milhares
de almas, para a salvação, sem primeiro nos lembrarmos das condições das igrejas
da Nova Inglaterra, e do mundo inteiro, nessa época. Quem, até hoje, não se admira
do heroísmo dos puritanos que colonizaram as florestas da Nova Inglaterra?
Passara, porém, essa glória e a igreja, indiferente e cheia de pecado, se encontrava
face com o maior desastre. Parecia que Deus não queria abençoar a obra dos
puritanos, obra que existiu unicamente para sua glória. Por isso, no mesmo grau
que havia coragem e ardor entre os pioneiros, houve entre seus filhos, perplexidade
e confusão. Se não pudessem alcançar, de novo, a espiritualidade, só lhes restava
esperar o juízo dos céus.O famoso sermão de Edwards, ''Pecadores nas mãos de
um Deus irado", merece menção especial.
O povo, ao entrar para o culto, mostrava um espírito leviano, e mesmo de
desrespeito, diante dos cinco pregadores que estavam presentes. Jônatas Edwards
foi escolhido para pregar. Era homem de dois metros de altura; seu rosto tinha
aspecto quase feminino, e o corpo magro de jejuar e orar. Sem quaisquer gestos,
encostado num braço sobre a tribuna, segurando o manuscrito na outra mão, falava
em voz monótona. Discursou sobre o texto de Deuteronômio 32.35: "Ao tempo
em que resvalar o seu pé".
Depois de explicar a passagem, acrescentou que nada evitava, por um momento,
que os pecadores caíssem no Inferno, a não ser a própria vontade de Deus; que
Deus estava mais encolerizado com alguns dos ouvintes do que com muitas
pessoas que já estavam no Inferno; que o pecado era como um fogo encerrado
dentro do pecador e pronto, com a permissão de Deus, a transformar-se em
fornalhas de fogo e enxofre, e que somente a vontade do Deus indignado os
guardava da morte instantânea.
Prosseguiu, então, aplicando o texto ao auditório: "Aí está o Inferno com a boca
aberta. Não existe coisa alguma sobre a qual vós vos possais firmar e segurar. Entre
vós e o Inferno existe apenas a atmosfera... há, atualmente, nuvens negras da ira
de Deus pairando sobre vossas cabeças, predizendo tempestades espantosas, com
grandes trovões. Se não existisse a vontade soberana de Deus, que é a única coisa
para evitar o ímpeto do vento até agora, serieis destruídos e vos tornaríeis como a
palha da eira... O Deus que vos segura na mão, sobre o abismo do Inferno, mais ou
menos como o homem segura uma aranha ou outro inseto nojento sobre o fogo,
durante um momento, para deixá-lo cair depois, está sendo provocado em
extremo... Não há que admirar, se alguns de vós com saúde e calmamente sentados
aí nos bancos, passarem para lá antes de amanhã..."
O resultado do sermão foi como se Deus arrancasse um véu dos olhos da multidão
para contemplar a realidade e o horror da posição em que estavam. Nessa altura o
sermão foi interrompido pelos gemidos dos homens e os gritos das mulheres; quase
todos ficaram de pé, ou caídos no chão. Foi como se um furacão soprasse e
destruísse uma floresta. Durante a noite inteira a cidade de Enfield ficou como uma
fortaleza sitiada. Ouvia-se, em quase todas as casas, o clamor das almas que, até
aquela hora, confiavam na sua própria justiça. Esperavam que, a qualquer
momento, o Cristo descesse dos céus com os anjos e apóstolos ao lado, e que os
túmulos entregassem os mortos que neles havia.
Tais vitórias, contra o reino das trevas, foram ganhas de joelhos. Edwards não
abandonara, nem deixara de gozar os privilégios das orações, costume que vinha
desde a meninice. Continuou a freqüentar, também, os lugares solitários na floresta
onde podia ter comunhão com Deus. Como um exemplo citamos a sua experiência
com a idade de trinta e quatro anos, quando entrou na floresta, a cavalo. Lá,
prostrado em terra, foi-lhe concedido ter uma visão tão preciosa da graça, amor e
humilhação de Cristo como Mediador, que passou uma hora vencido por uma
torrente de lágrimas e pranto.
Como era de esperar, o Maligno tentou anular a obra gloriosa do Espírito Santo no
"Grande Despertamento", atribuindo tudo ao fanatismo. Em sua defesa Edwards
escreveu : "Deus, conforme as Escrituras, faz coisas extraordinárias. Há motivos
para crer, pelas profecias da Bíblia, que sua obra mais maravilhosa seria feita nas
últimas épocas do mundo. Nada se pode opor às manifestações físicas, como as
lágrimas, gemidos, gritos, convulsões, falta de forças... De fato, é natural esperar,
ao lembrarmo-nos da relação entre o corpo e o espírito, que tais coisas aconteçam.
Assim falam as Escrituras: do carcereiro que caiu perante Paulo e Silas, angustiado
e tremendo; do Salmista que exclamou, sob a convicção do pecado: 'Envelheceram
os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo' (Salmo 32.3); dos discípulos,
que, na tempestade do lago, clamaram de medo; da Noiva, do Cântico dos
Cânticos, que ficou vencida, pelo amor de Cristo, até desfalecer..."
Certo é que na Nova Inglaterra começou, em 1740, um dos maiores avivamentos
dos tempos modernos. É igualmente certo que este movimento se iniciou, não com
os sermões célebres de Edwards, mas com a firme convicção deste, de que há uma
"obra direta que o Espírito divino faz na alma humana". Note-se bem: Não foram
seus sermões monótonos, nem a eloqüência extraordinária de alguns, como Jorge
Whitefield, mas, sim, a obra do Espírito Santo no coração dos mortos
espiritualmente, que, "começando em Northampton, espalhou-se por toda a Nova
Inglaterra e pelas colônias da América do Norte, chegando até a Escócia e a
Inglaterra". De uma época de maior decadência, a Igreja de Cristo, entre a
população escassa da Nova Inglaterra, despertou e foram arrebatadas de trinta a
cinqüenta mil almas do Inferno durante um período de dois a três anos.
No meio das suas lutas, sem ninguém esperar, a vida de Jônatas Edwards foi tirada
da Terra. Apareceu a varíola em Princeton e um hábil médico foi chamado de
Filadélfia para inocular os estudantes. O nosso pregador e duas de suas filhas foram
também vacinados. Na febre que resultou, as forças de nosso herói diminuíram
gradualmente até que, um mês depois, faleceu.
Assim diz um de seus biógrafos: "Em todo o mundo onde se falava o inglês, era
considerado o maior erudito desde os dias do apóstolo Paulo ou de Agostinho".
Para nós, a vida de Jônatas Edwards é uma das muitas provas de que Deus não
quer que desprezemos as faculdades intelectuais que Ele nos concede, mas que as
desenvolvamos, sob a direção do Espírito Santo, e que as entreguemos
desinteressadamente para o seu uso.

FONTE: Herois da Fé de Orlando Boyer. Editora CPAD.

Os Perigos da Secularização no Cristianismo

A palavra “secularização” vem do latim saeculus (século), e contrasta o agora com a era vindoura. A
secularização, portanto, é a filosofia de vida que prioriza o agora em detrimento do que é eterno. A secularização
é o movimento crescente de anulação do que é sagrado, destinado à glória de Deus, substituindo pelo secular o
que é mais interessante agora.

A secularização é um processo de mundanização, transformando aquilo que é urgente, a busca a Deus,


em coisa sem importância. Importante agora é curtir a vida e se divertir. A secularização nos faz contentar com
as alternativas da era presente, sem nos importar com as promessas de satisfação e gozo futuros. A
secularização tem atingido o cristianismo atual, conforme a descrição que se segue.

1. A Bíblia

A Bíblia, mediante a secularização, se torna um livro irrelevante, não lido, não praticado e alvo de
descrédito. A secularização faz com que a Bíblia receba a mesma classificação de um outro livro qualquer,
limitando a noção de sua inspiração divina, ou até mesmo suprimindo-a. Na secularização, a Bíblia recebe críticas
desconstrucionistas, as quais buscam minimizar a força dos relatos das obras de Deus, pondo os milagres em
descrédito. A era presente ganha força como referencial para interpretação dos relatos bíblicos. Por exemplo, se
hoje não vemos pessoas andando por sobre as águas, então a narrativa de Jesus andando por sobre as águas
é apenas uma estória mitológica, uma lenda imaginária. No processo de secularização, as pessoas preferem dar
crédito a pressuposições naturalistas (evolucionismo) a crer na veracidade dos relatos bíblicos sobre a criação
do mundo.

2. Ética

A ética secularista também não refletirá o padrão revelado na Escritura Sagrada. Se a Bíblia não é
referencial seguro dentro do sistema secularizado, também os mandamentos bíblicos ficam completamente sem
relevância. Mandamentos bíblicos que claramente tratam do mundanismo, da busca pela satisfação carnal,
através de festas mundanas, do sexo livre, do consumismo, da literatura pornográfica, de programas de televisão
e de filmes que não trazem edificação, através de sites da Internet impróprios, se tornam sem importância e
desprezados. A ética secularista ensina a fazer o que dá vontade. Se você deseja, então é legítimo. A Bíblia não
ensina assim. A Bíblia diz que “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convém” (1Co 6.12). Também diz
que a amizade do mundo é inimizade contra Deus (Tg 4.4), e que quem ama ao mundo não provou do amor do
Pai Celeste (1Jo 2.15). Jesus disse: “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama;
e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21).
3. Comportamento

Se a secularização se recusa a ouvir os mandamentos de Deus e os julga irrelevantes, logo, o


comportamento das pessoas secularizadas refletirá um padrão que não provém da Bíblia. Um indivíduo
secularizado não se importa de falar palavrões e de contar piadas indecentes. Uma pessoa secularizada não se
importa em usar roupas com decotes escandalosos, exibindo partes do corpo que incitam a sensualidade.
Também a secularização semeia a descrença, fazendo com que as pessoas vivam como se Deus nem existisse,
como se ele não estivesse ao nosso lado contemplando os maus e os bons. Por esta razão, o juízo de Deus é
completamente ignorado e o temor de Deus inexistente. O secularizado dá golpes no mercado, faz negócios
ilícitos, sonega impostos, deixa de devolver o dízimo porque o empregou em coisas do aqui e do agora, para
satisfazer o desejo de ter. O homem secularizado olha de modo inconveniente para a mulher do seu próximo, a
mulher secularizada se deixa levar pelo devaneio de um coração carregado de paixões mundanas. A
secularização faz com que uma pessoa troque sem vexames o santo culto a Deus pelo estádio de futebol ou
outro entretenimento qualquer, em clara violação do quarto mandamento, de guardar o dia do Senhor. Não
somente isso, mas até mesmo trabalhos semanais da igreja deixam de ser motivo do interesse do secularista em
troca de outros cuja relevância é duvidosa e até mesmo reprovável. Em resumo, trocar um trabalho da igreja por
momentos de diversão sejam lá quais forem, é fazer uma opção clara por coisas do aqui e do agora em detrimento
daquelas que são relevantes aos olhos de Deus.

4. Adoração

A adoração no ambiente secularizado se torna pretexto para entretenimento e promoção pessoal. A


secularização admite coisas no culto que a Bíblia não recomenda e muitas vezes até condena claramente. Um
culto secularizado admite a dança sensual, a performance artística, as palmas para Jesus, a falta de ordem e
decência, a irreverência, as mensagens que não brotam de interpretação fiel das Escrituras, o som ensurdecedor,
músicas com letras em desacordo com o ensino da Palavra de Deus, o ecumenismo e o sensacionalismo
mediante promoção de fenômenos espetaculares.

5. Evangelização

A secularização elimina por completo qualquer envolvimento com a evangelização, visto que as pessoas
secularizadas só pensam no agora e não em ser instrumentos de Deus para a salvação dos perdidos. A
secularização faz com que as pessoas não tenham tempo para evangelização. Elas só pensam nelas. Não se
preocupam em compartilhar a mensagem do evangelho, porque, afinal, “para quê falar de vida eterna se o que
me importa é o agora?” Um dia no shopping se torna muito mais atraente do que uma tarde na rua evangelizando
as pessoas ou distribuindo folhetos. As programações de socialização acabam ganhando preferência em relação
a eventos evangelísticos. Os secularistas nunca contribuem com missões, mas sempre investem muito dinheiro
em coisas supérfluas e sem urgência (carro, casa, jóias, roupas, etc.). Conseqüentemente, as igrejas
secularizadas mínguam a cada ano e acabam fechando as portas, se não passarem o resto da história
engatinhando espiritualmente.

6. Comunhão

A secularização, por fim, sepulta a comunhão da igreja no cemitério da indiferença e da insensibilidade.


As pessoas secularizadas não ligam mais umas para as outras. Aliás, demonstram alguma preocupação na hora
de falar mal. Então elas não se preocupam umas com as outras no bom sentido da expressão, mas se ocupam
em maldizer e a tecer comentários maldosos. A comunhão morre dentro da secularização porque as pessoas
perdem a visão do significado da igreja como corpo de Cristo. Se esquecem que possuem a vida eterna em
comum, como o sangue que irriga todo o corpo. O sacrifício de Jesus une as partes individuais tornando-as uma
só alma, indivisível. Mas o secularista insiste em semear divisão e facção dentro da igreja, porque não se lembra
mais que a herança celestial e a eternidade serão dados ao povo de Deus, que será um só rebanho de um só
pastor.

Conclusão

Talvez você esteja lendo isto preocupado por ter se enquadrado nas descrições daqueles que são
afetados pela secularização. Isto não deve desanimá-lo. Lembre-se que todos nós estamos inseridos numa
sociedade altamente secularizada. É normal que a secularização nos atinja de alguma forma. Agora, o que não
pode acontecer é uma acomodação ao sistema. “Não vos conformeis com este século”, disse Paulo em Romanos
12.2. Não devemos tomar a forma do mundo, vivendo só para o agora, deixando de lado a visão da eternidade,
que é o que realmente importa. Temos é que renovar a nossa mente com as coisas de Deus, manifestadas na
sua Palavra. Temos que revigorar nossa fé a cada dia com o alimento da esperança: a Bíblia. Não podemos abrir
espaço para que nossa visão contemple somente as coisas ilusórias do presente século. Do contrário, seremos
como Demas, o qual, “tendo amado o presente século” (2Tm 4.10), abandonou a Cristo, e a Paulo, e foi cuidar
dos seus próprios interesses na cidade de Tessalônica.

Querido leitor, esta é a razão porque muitos têm abandonado a igreja hoje e corrido atrás de satisfação
nas coisas do mundo: não conseguem mais crer e olhar para a eternidade que nos aguarda. Só têm diante de si
a ilusão do presente. Esqueceram-se de que fomos criados neste mundo para glorificar a Deus e gozá-lo para
sempre. Em contrapartida, tentam em vão satisfazer sua alma com as coisas do aqui e do agora. Que Deus tenha
misericórdia de nós e nos dê visão nítida e constante da eternidade. Que ele nos livre dos perigos da
secularização, a fim de que não sejamos como o cavalo ou a mula, sem entendimento, mas que tenhamos nossa
mente constantemente esclarecida pela palavra do Senhor, a qual vive e é permanente. Amém.

SECULARISMO — RELIGIOSIDADE SEM DEUS E MORTE ESPIRITUAL


Texto Básico: João 17.11-19
Leitura Diária
Domingo: 2Sm 6.1-11 – Sem pragmatismo
Segunda: Mt 6.19-34 – Onde está o seu tesouro?
Terça: Sl 19 – Em os guardar, há grande recompensa
Quarta: Jr 2.1-19 – Buscando água onde não há
Quinta: 1Co 2 – Não recebemos a mente do mundo
Sexta: Mt 7.1-20 – O caminho é estreito
Sábado: Cl 3.1-17 – Pense nas coisas do alto
Introdução
Em nosso tempo as pessoas têm vivido para o mundo e seguindo os padrões do mundo. Essa
maneira de viver, essa visão de mundo, recebe o nome de secularismo. A seguir há uma
definição um pouco mais abrangente de secularismo.
[Secularismo é um…] modo de vida e de pensamento que é seguido sem referência a Deus ou
à religião. A raiz latina saeculum referia-se a uma geração ou a uma era. “Secular” veio a
significar “pertencente a esta era, mundana”. Em termos gerais, o secularismo envolver uma
afirmação das realidades imanentes deste mundo, lado a lado com uma negação ou exclusão
das realidades transcendentes do outro mundo. É uma cosmovisão e um estilo de vida que se
inclina para o profano mais do que para o sagrado, o natural mais do que o sobrenatural. O
secularismo é uma abordagem não religiosa da vida individual e social.1
Temos visto o colapso de estruturas tradicionais, principalmente a família e a igreja. A ciência
tem influenciado cada vez mais o pensamento contemporâneo, causando também uma busca
desenfreada por aquilo que a tecnologia oferece ao homem. Valores morais têm sido
substituídos por desejos imorais, que cada vez mais são vistos pela sociedade em geral como
coisas “naturais”.
Essa inclinação para o profano, em vez do sagrado, tem contaminado a igreja de um modo
cada vez mais abrangente, enfraquecendo aquela que deve transmitir a mensagem da verdade.
A própria verdade, de acordo com a cosmovisão secular, é relativa. O baluarte da verdade
(1Tm 3.15) tem sido mortalmente afetado pela corrosão de um modo de vida e cosmovisão
distantes de Deus. Vivemos “tempos difíceis” (2Tm 3.1). Nesta lição veremos alguns aspectos
da secularização que têm atingido a igreja de modo mais agudo e a resposta bíblica contra essa
maneira de viver e pensar.
I. Para o secularismo, o que importa é que funcione
Quem nunca ouviu a expressão: “O fim justifica os meios”? Esse conceito tem sido muito
usado em diversas igrejas evangélicas. Não importa se a mensagem pregada é a do evangelho
verdadeiro, o que importa é que venham novos membros, de preferência com dinheiro no
bolso.
Essa ideia de fazer qualquer coisa para se atingir determinados objetivos é conhecida
como pragmatismo.Isso é algo bem secular e muito evidente em nosso tempo. O pragmatismo
ensina que pensamentos, ideias e ações só têm valor em termos de consequências práticas.
Assim, não há qualquer conjunto fixo teórico de valores.
A igreja cristã tem sido grandemente influenciada pelos conceitos pragmáticos do secularismo.
Se algo “funciona”, então é verdadeiro também para a igreja. Se a igreja enche, não importa
que meios estejam sendo usados para isso, pois se está dando certo, então, é a vontade de Deus.
A vontade divina já não é algo explícito e objetivo, mas perfeitamente adaptável às situações.
O que realmente importa não é o princípio de sua presença santa, quem dita as regras, ou o
que está escrito na Bíblia, mas é aquilo que, do ponto de vista humano, funciona. Como disse
MacArthur, “o pragmatismo está em voga; o compromisso com a verdade bíblica é desprezado
como sendo uma fraca estratégia de mercado”.
De fato, é o “mercado” quem dita as regras. Cada vez mais a pregação da Palavra de Deus
cede lugar para novos métodos como teatro, dança, comédia, shows de rock, e outras formas
de entretenimento. Pelo fato de que esses métodos realmente atraem multidões, eles são
considerados como corretos em si mesmos, independentemente de serem bíblicos ou não. A
cada momento, os grandes ícones da “mídia evangélica” aparecem com um novo slogan que
se torna, automaticamente, a verdade do momento. É “tempo de colheita”, “tempo de se
apaixonar”, “tempo de restituição”, “tempo de cura”, etc. Isso dura até que apareça outro mais
interessante e que dê mais resultados.
O rei Davi viu com assombro os resultados de fazer algo para Deus de modo pragmático, em
vez de seguir o que ele havia determinado. Deus havia dado as instruções de como a arca da
aliança deveria ser transportada (Êx 25.12-14). Em vez de seguir as determinações do Senhor,
Davi quis ser “prático” no transporte da arca de volta para Jerusalém. Ele imitou o modo
mundano dos filisteus para o transporte (1Sm 6.7-8). O resultado disso foi a morte de Uzá
(2Sm 6.6-7). E, “temeu Davi ao Senhor, naquele dia, e disse: Como virá a mim a arca do
Senhor?” (2Sm 6.9). Seguir ao mundo em vez de a Palavra de Deus nunca dá bom resultado.
II. O secularismo diz não a Deus e sim a Mamon
Outro aspecto muito importante no qual a igreja tem se secularizado é quanto ao lidar com
dinheiro, com finanças. O profeta Isaías descreveu uma triste situação em Israel e deu uma
solene advertência: “Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja
mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra!” (Is 5.8). Israel já precisava de
uma reforma agrária. O que é esse desejo de ter mais e de estar acima dos outros? O que é essa
sensação que domina o ser humano e o faz ter tanta vontade de possuir coisas? Esses homens,
a respeito de quem o profeta pronunciou um “ai”, iam comprando todas as casas e todos os
campos até que se tornassem os únicos donos de tudo. Então, eles podiam olhar para suas
propriedades e dizer para si mesmos: “Tudo isto é meu”. Parece que o desejo humano não se
satisfaz enquanto existir algo que “não é dele”.
Infelizmente esse desejo tem feito parte da vida de muitos cristãos. Eles têm sido contaminados
pelo desejo de possuir, de ter, de comprar. O Senhor Deus fica em segundo plano na vida de
muitos, que têm seus olhos voltados constantemente para Mamon. Jesus fez uma severa
advertência quanto a isso: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-
se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus
e às riquezas” (Mt 6.24). No texto grego, “riquezas” é uma tradução do nome “Mamon” que
era considerado o deus das riquezas. Mamon é, sem sombra de dúvida, o maior, e talvez até,
o único deus rival do Deus verdadeiro.
A igreja de hoje tem despendido muita energia na busca de adquirir dinheiro. Para muitos
líderes evangélicos de hoje, as pessoas a serem evangelizadas deixaram de ser consideradas
possíveis novos servos do Senhor para representar mais entradas no caixa da igreja. Ao mesmo
tempo, muitos crentes se tornam membros de igreja, mas não se envolvem financeiramente
com ela por meio dos dízimos ou de ofertas. O dinheiro fica em primeiro lugar. Mas ninguém
pode servir a dois senhores.
III. Para o secularismo, a mídia é uma regra de fé e prática
A televisão e a internet têm se revelado poderosos instrumentos de massificação do mundo
pós-moderno e pós-cristão. Em um tempo em que as pessoas dizem não ter tempo para ler ou
conversar, o bombardeio de imagens tem promovido uma espécie de anti-intelectualismo
superinformado, pois anula a capacidade de “ler” e criticar, substituindo a razão pela emoção
e o significado pelo entretenimento.
Esse comportamento secular massificado também tem atingido enormemente a igreja. Os
cristãos, assim como os não cristãos, perderam a capacidade ler, interpretar e criticar, passando
apenas a assimilar o que veem na internet ou na televisão, quase sempre, coisas muito
superficiais. Com essa embriaguez causada pela mídia, as mentes ficam saturadas de lixo.
Influenciados por esse modo de viver mundano, muitos crentes deixaram de lado a leitura da
Palavra de Deus e a meditação diária que deveriam fazer nela. Grande parte dos crentes da
atualidade tem abandonado as riquezas e o doçura da Palavra de Deus (Sl 19.10), trocando-os
por fontes vazias, cisternas rotas, como fez o povo de Israel: “Houve alguma nação que
trocasse os seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua Glória
por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai
estupefatos, diz o Senhor. Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o
manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jr
2.11-13).
A regra de fé e prática do povo de Deus deve ser a Palavra de Deus e não as mensagens
seculares e mentirosas de nosso mundo pós-moderno. A Bíblia é sempre lâmpada para nossos
pés e luz para o nosso caminho (Sl 119.105). Temos de nos alimentar dela para que nossa
cosmovisão possa ser a de quem enxerga o mundo com a mente de Cristo (1Co 2.16).
IV. Não ao secularismo e sim ao caminho estreito
Seria o objetivo da igreja de hoje simplesmente abarrotar seus templos de pessoas e conseguir
muitos “curtir” no Facebook? Parece que o que importa é marketing, divulgação, exposição,
mas sem conteúdo ou mensagem relevante. Muitos continuam buscando, como em grandes
lojas em liquidação, os lugares em que há mais pessoas.
Evidentemente, esse caminho secular, da religião das multidões, é muito diferente do que
ensina a Palavra de Deus: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho
que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e
apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7.13-
14).
O caminho largo é o caminho das vantagens pessoais, é o caminho da ausência de
compromisso e dedicação, é o caminho da despreocupação. Isso quer dizer que o caminho
estreito é o caminho do sofrimento? Depende de como alguém entende essa frase. A ideia de
que o sofrimento nos redime e nos faz aceitáveis diante de Deus, simplesmente não é bíblica.
O caminho estreito é o caminho da submissão a Deus. É estreito porque simboliza a dificuldade
de andar por ele para quem está acostumado aos atalhos da vida. É por isso que há tão poucas
pessoas nele.
Não devemos desanimar se a religião que professamos não é popular, ou se as multidões não
estão interessadas nela, pois como disse o Rev. Ryle, “o arrependimento, a fé em Cristo e a
santidade na vida nunca estiveram na moda”. Muitos têm se iludido com um marketing bem
elaborado e com supostas curas e milagres, mas é preciso muito cuidado: “Há caminho que
parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte” (Pv 16.25).
V. Não à morte, sim à esperança que não confunde
A religiosidade sem Deus resulta em morte espiritual. É isso que encontramos no mundo. É
isso o que temos em cristãos que se secularizaram. Neles temos um conceito relativista do
mundo pós-moderno, que é uma atitude de pessimismo em relação a este mundo, pois foi uma
atitude de desilusão com a sonhada era de paz e prosperidade prometida pelo modernismo
racionalista e científico que, afinal, não veio. Tudo permanece como sempre foi: a eterna
corrupção nos altos e nos baixos cargos da nação. A escalada vertiginosa da violência. O
egoísmo desenfreado do ser humano, que só se preocupa consigo mesmo. As guerras, a
pobreza, as pestes, os desastres naturais, etc. Esses e outros são elementos que dia a dia se
acrescentam a já infindável lista de males a que este mundo está submetido. Por isso, o
pessimismo reina e o desespero das pessoas cresce a cada dia.
Mas, para os verdadeiros filhos de Deus, o sofrimento e as tribulações podem ser úteis para o
desenvolvimento de sua salvação. Não devemos olhar para eles como coisas necessariamente
malignas, pois no meio das tribulações, ao desenvolver a perseverança, a experiência e a
esperança, o crente pode experimentar o amor de Deus de um modo que jamais poderia sem o
sofrimento (Rm 5.3-4).
A Escritura diz: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5.5). Os teólogos puritanos do
passado consideravam isso uma manifestação especial do amor de Deus ao homem que sofre.
Embora esse amor esteja disponível a todo crente, é no momento do maior sofrimento que
podemos nos aproximar do Senhor e experimentar uma comunhão tão íntima que dificilmente
conseguiríamos de outro modo.
Conclusão
É muito triste constatar a realidade de que um grande número de cristãos, têm se secularizado,
têm dado enorme valor às coisas do mundo, em detrimento das coisas de Deus. Jesus, em sua
oração sacerdotal, pediu ao Pai que não fôssemos retirados do mundo, mas que fôssemos
libertos do mal (Jo 17.15). Isso porque temos a missão de ser sal e luz para este mundo (Mt
5.13-16).
Se temos a mente de Cristo, devemos seguir o que o apóstolo Paulo disse aos colossenses:
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde
Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da
terra” (Cl 3.1-2).
Nós morremos em Cristo para viver para ele. O Senhor nos concede vida, e vida em abundância
(Jo 10.10). Precisamos abandonar os atrativos seculares para desfrutar das maravilhosas
riquezas que temos em Cristo Jesus.
Aplicação
Você seria capaz de fazer uma lista de atitudes comuns ao seu dia a dia que poderiam ser
descartadas por serem meramente seculares e contrárias à Palavra de Deus? Que atitudes você
pode tomar para ter uma mudança de hábitos, para que sua vida seja muito mais voltada para
o reino de Deus e a glória do Senhor Jesus?
Boa leitura!
Na batalha milenar para preservar os fundamentos da fé, é tarefa da nova geração confrontar
e desarmar as mentiras contemporâneas e lutar pela verdade. Albert Mohler faz isso com
destreza e sabedoria em O desaparecimento de Deus; Michael Horton em Cristianismo sem
Cristo; e Leandro A. de Lima em Brilhe a sua luz. Todos da Editora Cultura Cristã.
1 Tais como as defendidas pelo Positivismo Clássico de Augusto Comte, e levadas a rigor em
suas formas antimetafísicaspor Sigmund Freud, Friedrich Nietzsche, dentre outros.
2 É um tipo de humanismo existencialista prático, conforme defendido pelo filósofo francês
Jean-Paul Sartre, em seu livreto O Humanismo é um existencialismo.

Os louvores hoje em dia estão:


Significado de Antropocentrismo
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O que é o Antropocentrismo:
Antropocentrismo é uma doutrina filosófica que coloca a figura do ser humano
como o "centro do mundo", relevando a importância da humanidade em
comparação com as demais coisas que compõem o Universo.
Sob o ponto de vista do antropocentrismo, considerado uma "ciência do homem",
os seres humanos são responsáveis por todas as suas ações, sejam elas culturais,
sociais, filosóficas ou históricas, por exemplo.
Assim, a visão antropocêntrica defende que o mundo, assim como todas as coisas
que nele existem, é de benefício maior dos seres humanos. Essa doutrina cria uma
independência humana da figura divina, que por muitos séculos foi predominante
em quase todo o mundo.
O antropocentrismo surgiu na Europa, sendo o Heliocentrismo de Copérnico e
o Humanismo dois dos seus principais marcos. De acordo com Nicolau
Copérnico (1473 - 1543), a Terra girava ao redor do Sol e não ao contrário, como
se pensava naquela época.
A teoria de Copérnico se opunha totalmente ao modelo geocêntrico que
caracterizava o Teocentrismo, e que era defendido pela Igreja Católica naquele
momento.
Etimologicamente, a palavra antropocentrismo se originou a partir do
grego anthropos, que significa "humano", e kentron, que quer dizer "centro".
Saiba mais sobre o Humanismo.
Antropocentrismo e Teocentrismo
Ambos são conceitos antagônicos. Ao contrário do antropocentrismo, o
teocentrismo consiste na ideia de que "Deus é o centro do mundo". Este foi um
conceito muito presente durante a Idade Média, quando a religião exercia uma
influência massiva na sociedade.
O processo de transição entre o teocentrismo e o antropocentrismo teve início entre
os séculos XV e XVI, com o surgimento do humanismo renascentista e de outros
movimentos liderados por filósofos, estudiosos e artistas.
A mudança do teocentrismo para o antropocentrismo ainda representou várias
mudanças sociais, como a substituição do modelo feudalista para o capitalismo
mercantil, o início das grandes navegações, e ainda a passagem da Idade Média
para a Idade Moderna.

Conhecereis a Verdade e a Verdade Vos Libertará


O conflito de Jesus com os fariseus, enquanto o Mestre ensinava no templo em
Jerusalém, revela como a verdade humana é relativa, parcial e manipulável,
segundo os interesses de quem a intenciona afirmar.
A verdade nos é apresentada como uma filosofia. Diversos pensadores falam da
verdade como um conceito.
Mas a verdade não cabe em uma filosofia, nem muito menos em um conceito.
Costuma se usar o termo "verdade", para pontuar as factualidades mais pensadas e
resolvidas por nós.
Mesmo essas factualidades mais pensadas, analisadas, ouvidas, "provadas" e
resolvidas são frutos do nosso olhar parcial e da nossa interpretação. Nenhuma
filosofia é capaz de carregar em si mesmo, a multiplicidade dos significados da
verdade!
A verdade é tão poderosa, envolve tantas variáveis, necessita de conhecimentos de
intenção do coração, de conhecimento dos pensamentos humanos, que dificilmente
um ser humano conseguirá afirmar tal verdade, pura, total, sem distorções!

Conhecereis A
Verdade e a Verdade Vos Libertará. Jesus é A Verdade que Liberta.

Para cada percepção de verdade na existência humana, existe uma quantidade


enorme de percepções não captadas, que acabam gerando "meias verdades", que
geralmente levam ao preconceito.
Somente o Deus infinito, eterno e todo poderoso, que tudo sabe e tudo conhece,
pode conter a verdade.
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim." João 14:6
Entretanto, os fariseus se intitulavam os "guardiões da verdade". Quanta pretensão!
Julgavam que eles eram os responsáveis por preservar a Lei escrita, fazer os
manuscritos, interpretá-la e aplicá-la na vida cotidiana dos cidadãos israelitas.
Como se a verdade pudesse ser contida em códigos ou palavras. Nem este universo
inteiro poderia conter a verdade. O cosmos se torna pequeno, diante da verdade.
Nem mesmo o céu dos céus pôde conter a verdade!
"Mas quem é capaz de construir um templo para ele, visto que os céus não
podem contê-lo, nem mesmo os mais altos céus?" 2 Crônicas 2:6
A verdade só pode estar em Alguém em que nele, todas as coisas subsistam, pois
Ele é a causa primária de todas as coisas e as sustenta com a força do seu poder,
segundo a sua boa, eterna e perfeita vontade.
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32
Mas os fariseus estavam cegos em seu nacionalismo e religiosidade quase que
racista. Vejam que eles, por serem descendentes de Abraão respondem a Jesus,
afirmando que não precisavam de libertação, pois nunca tinham servido como
escravos.
"Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a
ninguém; como dizes tu: Sereis livres?" João 8:33
Jesus se referia a liberdade moral, liberdade da escravidão do pecado. Porém eles
estavam enganados em seu preconceito nacionalista, pensavam que o Mestre
falava de liberdade política. Eles tinham o privilégio de serem da descendência de
Abraão, mas isso não os tornava livres do pecado.
Ao contrário, o preconceito religioso dos fariseus só os faziam mais escravos e
servos do pecado, e os remetiam ao ódio com intenção homicida em relação a
Jesus. Não suportavam que o Mestre revelasse o quanto hipócritas eles eram.
Conhecereis a Verdade e a Verdade Vos libertará.

O fariseus tiveram origem por volta do ano 170 antes de Cristo. Época em que a
cultura helênica ameaçava invadir o povo que cultuava ao verdadeiro e único Deus.
Surge então uma classe no seio do povo, que rejeitava energicamente o helenismo.
Foram chamados de ‫ פרושים‬peruschim(os separados), palavra que sob a influência
do grego e do latim, transformou-se em fariseus na nossa língua. Tiveram uma
origem honrosa, foram rapidamente associados a serem os sucessores dos hasidim,
homens piedosos que se uniram aos macabeus, no combate ao Antíaco Epífanes,
contra a invasão do helenismo.
E sentavam na cadeira de Moisés, eram sucessores de Moisés, responsáveis por
oficialmente interpretar a lei.
Porém com o passar do tempo, começaram a se isolar em uma religiosidade
preconceituosa e nacionalista. Não se satisfazendo com aquilo que a lei
determinava, começaram a acrescentar e a impor mandamentos e tradições
humanas que nem eles mesmos conseguiam cumprir.
"Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos
homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los;" Mateus 23:4
A lei deveria ser um privilégio para os israelitas, e não uma carga. Porém as
milhares de prescrições acrescentadas à lei, pelos fariseus, faziam com que uma
carga pesada, um fardo opressivo recaísse sobre os ombros do povo.
Essa era a "verdade" que os fariseus tanto pregavam. Uma verdade humana e
opressora, verdade escravista.
Líderes religiosos orgulhosos, não havia títulos que os satisfizessem. Acreditavam
ser superiores a todos os homens. Faziam de tudo para serem vistos, para serem
admirados. Pensavam sempre em si mesmos. Egoístas, ostentadores, vaidosos em
todas as coisas, reclamavam os primeiros postos e os primeiros lugares.
Exigiam demonstração de respeito em forma de longas saudações e títulos
honoríficos.
Estavam presos, escravizados por todas essas coisas e muitas outras semelhantes a
estas.
Eles não compreendiam no seu orgulho desenfreado que somente a verdade os
poderia libertar, e que esta verdade, Jesus, habitava junto ao humilde e ao
quebrantado de coração!
A verdade não está em vãs filosofias, nem em axiomas ou códigos de conduta. A
verdade é um ser vivo e pessoal. A verdade é Jesus! Esta verdade se revestiu de
natureza humana e foi enviada ao mundo, mas os homens preferiram acreditar na
mentira e o penduraram no madeiro.
Mas em todo humilde de coração, em todo pobre de espírito se pode ouvir a
verdade que desceu do céu. Que Deus possa nos guiar nos seus caminhos, de
verdade em verdade, até que venha.

A Verdade Vos Libertará

A VERDADE VOS LIBERTARÁ


"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8:32)

O conceito da "VERDADE" vem desafiando a humanidade por milhares de anos. Filósofos da antiga Grécia
debatiam a natureza da verdade. Eles discutiam se ela era real e absoluta, ou relativa e ilusória. Suas
dúvidas podem ter sido refletidas numa questão de Pilatos:

"... Que é a verdade? ..." (João 18:38)

Hoje, a mesma pergunta surge continuamente em várias situações. É de vital importância que achamos a
resposta para esta pergunta na área de religião.

 O QUE É VERDADEIRO?
 POSSO CONHECER A VERDADE?

Para ajudar-nos a responder a estas questões, vamos focalizar nossa atenção em um versículo do
ensinamento de Jesus. Em João cap 8 verso 32, ele disse:

"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

A VERDADE

Os humanos podem andar em dúvida e incerteza, mas Jesus é inequívoco. Ele fala sobre a verdade como
algo exato e objetivo. Em outra parte ele nos fala que a verdade é a palavra de Deus revelada. Quando ele
falou com seu Pai (João 17:17), ele disse: "Tua palavra é a verdade".

Quando Jesus falou sobre a verdade, ele não estava falando sobre uma vaga abstração resultante de um
intenso pensamento humano, meditação, lógica ou de um debate. Ele não definiu a verdade em termos
subjetivos como uma coisa qualquer que as pessoas escolheriam acreditar.

JESUS DEFINIU A VERDADE COMO UM FATO REVELADO E ETERNO!

A palavra de Deus é verdadeira independentemente do fato de eu concordar com isso, de eu aceitar e


obedecer, ou rejeitar e contestar.

Outros que escreveram o Novo Testamento fizeram similares afirmações sobre a palavra de Deus, achada
nas Escrituras. Em 2 Timóteo cap 3 versos 16 e 17, Paulo disse:

"Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra."

Paulo também disse que seu ensinamento não tinha palavras de sabedoria humana, e sim palavras
reveladas pelo Espírito Santo:

"Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do
homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois
o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus. Pois, qual dos homens entende as
coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está?

Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos
recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas
que nos foram dadas gratuitamente por Deus; as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela
sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com
espirituais." (1 Coríntios 2:9-13)

DEUS REVELOU A VERDADE COMO CERTA E ABSOLUTA

Deus não nos deu meramente idéias subjetivas para serem moldadas de modo a se ajustarem às nossas
situações. Ele não aprova distorções ou modificações das Escrituras para que se ajustem aos nossos
caprichos. Deus certamente não nos deixou num mar de dúvidas onde nada podemos saber com certeza.

DEVEMOS ESCOLHER COMO RESPONDER A ESTA REVELAÇÃO DE DEUS


Nós podemos obedecê-la ou rejeitá-la. Temos a liberdade de aceitar tudo o que Deus disse, ou somente as
partes que nos interessam. Mas quando decidirmos como responder a ela, devemos lembrar de que nada o
que fizermos irá mudar a veracidade de suas palavras. Aproximadamente três mil anos atrás o escritor de
Salmos disse:

"Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu." (Salmo 119:89)

"CONHECEREIS . . ."

Jesus não mostra a "VERDADE" como um objetivo ilusório e inatingível. Ele diz: "Conhecereis a verdade".

JESUS ENSINOU QUE PODEMOS E DEVEMOS CONHECER A VERDADE

Podemos conhecer a verdade hoje do mesmo jeito que o povo de Beréia o fez no primeiro século: Eles
procuraram por ela nas Escrituras:

"Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez,
examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim." (Atos 17:11)

PODEMOS DISTINGUIR O CERTO DO ERRADO

Paulo instruiu os Tessalonicenses: "Julgai todas as cousas, retende o que é bom; abstende-vos de toda
forma de mal." (1 Tessalonicenses 5:21-22)

Ainda hoje é verdade que: "Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus
caminhos."(Salmo 119:105)

As pessoas que escreveram o Novo Testamento confidentemente declaram que é possível saber a verdade.

Em Hebreus cap 10 verso 26, o escritor fala das pessoas que tinham "recebido o pleno conhecimento da
verdade":

"Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da


verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados."

João falou com pessoas que receberam este conhecimento da verdade:

"Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da
verdade." (1 João 2:21)

Paulo condenou aqueles que estão"Sempre aprendendo mas que jamais podem chegar ao conhecimento da
verdade":

"Sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade." (2 Timóteo 3:7)

POR QUE RECEBERAM TÃO SEVERA CRÍTICA?

Porque eles fracassaram em aprender a verdade, resistindo assim a palavra de Deus. Eles não
compreenderam a verdade porque assim não a quiseram (2 Timóteo 3:8). Nós podemos saber a verdade.

". . . VOS LIBERTARÁ"

Isto pode nos fazer pensar, talvéz até um ponto de medo, sobre a responsabilidade dada por Deus de
conhecermos a verdade. Para prevenir que sejamos esmagados por esta provocante passagem, não
devemos perder esta grande promessa anexada neste trecho. Jesus acrescentou: "A verdade vos libertará".

A LIBERDADE É VALORIZADA UNIVERSALMENTE

Inúmeras pessoas têm sacrificado suas vidas esforçando-se para assegurarem sua própria liberdade política
ou de outrem também. Verdadeiramente em todas as nações do mundo, o encarceramento é considerado
como uma severa punição para aqueles que violam a lei. Tão valiosa quanto a liberdade pessoal e política,
também é aquela que Jesus nos fala em João 8:32. Só que esta liberdade é até mais significativa. Nossos
pecados nos levam a conseqüências de vínculos espirituais e mortais -- eterna separação de Deus.
JESUS SE OFERECEU PARA NOS LIBERTAR DAS CONSEQUÊNCIA DA NOSSA PRÓPRIA REBELIÃO
CONTRA DEUS!

Paulo nos lembrou deste benefício do Evangelho em Romanos cap 1 verso 16:

"Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê;
primeiro do judeu, e também do grego."

Deus escolheu o uso de sua palavra, que é a verdadeira mensagem da Bíblia, para salvar-nos de nossos
pecados.

DEUS NÃO NOS FORÇA A SERMOS LIBERTOS

Muitas pessoas são enganadas por Satanás e seus falsos mestres para que não possam discernir a
liberdade do encarceramento:

"Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para os quais está reservado o negrume
das trevas. Porque, falando palavras arrogantes de vaidade, nas concupiscências da carne engodam com
dissoluções aqueles que mal estão escapando aos que vivem no erro; prometendo-lhes liberdade, quando
eles mesmos são escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.

Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e
Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o
primeiro. Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o,
desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio
verdadeiro; Volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal." (2 Pedro 2:17-22)

Infelizmente, muitas pessoas rejeitam a liberdade que Deus oferece e permanecem presas em seus próprios
pecados. Jesus usou as palavras de um profeta do Velho Testamento, Isaías, para descrever a triste
condição daqueles que não aceitam a liberdade divina:

"Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos;
para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e
sejam por mim curados." (Mateus 13:15)

Muitas pessoas consideram a verdade incerta, mas Deus claramente revelou a verdade para que nós
possamos conhecê-la. Muitas pessoas acreditam que os sentimentos subjetivos, aqueles que julgamos
serem corretos, são os mesmos que os salvarão, mas Deus uniu a salvação com a sua objetiva verdade.

Quando nós aprendemos e obedecemos a verdade revelada na palavra de Deus, podemos estar certos da
nossa salvação. João nos falou do nosso relacionamento com Deus quando ele disse:

"Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o
conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." (1 João 2:3-4)

DEUS NOS PROVIDENCIOU A CONFIANÇA E A SEGURANÇA PARA ESTARMOS APTOS A CONHECER


A VERDADE

O mesmo Deus que nos criou e nos deu a habilidade de nos comunicar, tem também a habilidade de
transmitir sua vontade para conosco de modo que possamos entendê-la.

Devemos humildemente aceitar a responsabilidade de estudar, entender e obedecer sua revelação.

Num mundo desordenado pela dúvida e pela confusão religiosa, nós podemos achar esperança nas palavras
de Jesus: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

O que é Soteriologia? A Doutrina da Salvação


Soteriologia talvez seja uma das áreas mais discutidas dentro da teologia. Isto
acontece porque teólogos, com diferentes posicionamentos sobre o assunto,
iniciaram um debate sobre a soteriologia bíblica que já dura vários séculos.
Mas afinal, o que é Soteriologia?
Soteriologia é basicamente a doutrina da salvação. Isto significa que a soteriologia
é a área da teologia que estuda a salvação em todos os seus aspectos. A palavra
“soteriologia” vem dos termos gregos soteria, “salvação” ou “livramento”;
e logos, “palavra”. O termo “soteriologia” começou a ser utilizado no século 19.
Há subdivisões dentro da soteriologia que abordam a salvação em seus diferentes
aspectos, tais como: um plano eterno e obra remidora de Deus; a expiação no
sangue de Cristo; a operação da graça divina; o estado do homem em relação ao
pecado; a obra do Espírito Santo; e o destino final do homem.
Existem muitas teorias com diferentes visões sobre vários pontos dentro da
soteriologia. O objetivo deste estudo bíblico é ser bem simples, objetivo e de fácil
entendimento. Portanto, priorizaremos os pontos mais importantes sobre a
soteriologia bíblica.
Soteriologia: a doutrina da salvação
Vários termos hebraicos e gregos são utilizados na Bíblia para se referir à salvação,
desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento. No hebraico, a raiz mais
importante para salvação é yasha que significa “liberdade” ou “libertar daquilo
que prende”. Existem vários substantivos derivados desta raiz, e todos trazem a
ideia de “libertar” ou “resgatar”.
No grego, o verbo sozo e seus cognatos soteria (salvação) e soter (salvador)
traduzem o hebraico yasha. Nos livros do Novo Testamento o
termo soteria aparece apenas em conexão com Cristo como Salvador.
Biblicamente a salvação é uma obra completamente de Deus, em todos os aspectos.
Na ideia bíblica de salvação o homem é resgatado de seu estado de pecado para o
estado de glória através de Jesus. É pela morte de Cristo que o pecador é remido
de seus pecados.
Quando Cristo voltar, a natureza caída e pecaminosa do homem será totalmente
aniquilada. Então acontecerá também a redenção do nosso corpo (Romanos 8:23).
Nesse ponto a salvação encontrará seu cumprimento pleno (Hebreus 9:28).
Soteriologia: quais são bênçãos da Salvação?
A soteriologia destaca as bênçãos resultantes da salvação, das quais podemos
destacar:
 Redenção: é a total liberdade por meio do resgate pago por Jesus (2 Pedro
2:1; Gálatas 3:13; Mateus 20:28).
 Reconciliação: agora o relacionamento do homem, antes pecador e agora
redimido, passou a ser de comunhão com Deus e não mais de inimizade.
 Propiciação: através do sacrifício de Cristo a ira de Deus não está sobre os
salvos.
Quando uma pessoa é salva, significa que em relação a Deus essa pessoa é
redimida, justificada, reconciliada e limpa.
Soteriologia: quais as diferentes teorias da expiação?
Ao longo da História, várias visões diferentes sobre a expiação foram
desenvolvidas, propostas e defendidas. De forma resumida, vejamos as teorias
mais conhecidas:
 Teoria da Recapitulação: esta teoria defende a ideia de que o sacrifício de
Cristo reverteu o curso da humanidade da desobediência para a obediência; e que
a vida de Jesus representou todas as fazes da vida humana, daí a ideia de
“recapitulação”. Esta teoria não encontra apoio bíblico.
 Teoria Mística: esta teoria diz que a expiação de Cristo foi um triunfo contra
a sua própria natureza pecaminosa. Então supostamente essa vitória influencia o
homem a querer se aproximar de Deus. Nesta teoria Jesus é classificado como um
pecador entre os pecadores. Por isto ela contradiz totalmente a Bíblia que afirma
claramente que Jesus nunca pecou e que não foi achado pecado algum n’Ele. Jesus
era santo, inocente e separado dos pecadores (Hebreus 7:26). O próprio Jesus
desafiou os homens a encontrarem qualquer pecado n’Ele (João 8:46). A Bíblia
também diz que Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João
1:29). Esta visão também leva ao universalismo da salvação, ou seja, à salvação
de todos os homens. A Bíblia diz claramente que nem todos serão salvos, e que
haverá condenação eterna para os perdidos (Mateus 25:41,46; Apocalipse
20:14,15).
 Teoria do Resgate Pago a Satanás: você já deve ter escutado algo
relacionado a esta teoria. Nela é defendida a ideia de que o sacrifício de Jesus foi
para pagar um resgate a Satanás. Ele teria comprando a liberdade do homem que
era escravo do Diabo. Esta é outra teoria totalmente contrária aos ensinos bíblicos.
Deus nunca deveu nada a Satanás, e o homem pecador também não. O pecado
colocou o homem em divida com Deus e não com o Diabo. Biblicamente a
exigência do pagamento de um resgate foi em relação à justiça de Deus, ou seja,
Deus é quem exige tal pagamento.
 Teoria do Exemplo: esta teoria coloca a expiação de Cristo como um
exemplo de obediência e fé a ser seguido. Claro que a vida de Jesus é um exemplo
que deve ser seguido. Mas da forma como é colocado na Teoria do Exemplo,
ocorre a negação do estado espiritual morto e caído do homem, contradizendo a
Bíblia.
 Teoria da Influência Moral: semelhante a Teoria do Exemplo, esta teoria
afirma que a expiação de Cristo demonstra um amor que influencia o homem ao
arrependimento. Esta teoria também nega a doutrina bíblica da total incapacidade
humana em se arrepender por si só.
 Teoria Governamental: esta visão foi elaborada por Hugo Grotius (1583-
1645 – o mesmo do Direito Internacional) e traz a ideia de que o sacrifício de
Cristo substituiu a penalidade do pecado, mas no sentido de que as leis de Deus
foram quebradas e que alguma penalidade foi paga, dependendo agora do homem
reconhecer tal pagamento. Sob este aspecto, a morte de Cristo seria apenas o
pagamento suficiente de uma divida, ao invés de um sacrifício verdadeiro e
inatingível para qualquer humano para satisfazer a justiça divina. Desta forma, a
Teoria Governamental resulta na ideia de que a morte de qualquer outra pessoa
teria tido o mesmo valor da morte de Jesus; desde que os homens se convencessem
do seu estado de pecado e das consequências desse pecado.
 Teoria da Substituição Penal: esta visão é mais concreta biblicamente. Ela
afirma que o homem natural está morto espiritualmente em seus delitos e pecados.
Ele é incapaz de qualquer ação positiva em relação à sua própria salvação. Então
o sacrifício de Cristo expiou a culpa, cumprindo completamente as exigências da
justiça de Deus sobre o pecado, trazendo perdão, imputando justiça e reconciliando
o homem com Deus.
Soteriologia: Sinergismo e Monergismo
Dentro da soteriologia bíblica também é discutida a forma com que o homem
interagem no processo de salvação. Neste ponto surge duas ideias básicas:
Sinergismo e Monergismo.
No sinergismo a salvação é definida como um resultado da vontade de Deus em
cooperação (sinergia) com a escolha humana. Já no Monergismo, a salvação é uma
obra absolutamente de Deus, sem influência alguma do homem. Em outras
palavras, o que esta realmente sendo discutido é o tão famoso debate entre livre-
arbítrio e predestinação.
A questão do Sinergismo e Monergismo deu origem a um grande debate se estende
dentro da Igreja ao longo dos séculos. Esse debate resultou em algumas linhas
teológicas muito conhecidas e aplicadas nas igrejas.
 Arminianismo: o maior expoente deste sistema foi o teólogo holandês Jacob
Armínio (1560-1609). Este sistema tenta explicar uma ideia de livre-arbítrio
humano em relação à soberania de Deus. O Arminianismo deposita mais ênfase na
responsabilidade humana que, em certo momento, acaba se sobressaindo em
relação à soberania de Deus, pelo menos no que diz respeito à salvação. Os pontos
principais do Arminianismo moderno são: Depravação Parcial (o homem mesmo
corrompido pelo pecado é capaz de escolher se aproximar de Deus); Eleição
Condicional (Deus elegeu os salvos com base em sua presciência sabendo quem
iria crer n’Ele); Expiação Ilimitada (Jesus morreu por todos, incluindo os que não
serão salvos); Graça Resistível (o homem pode resistir à salvação); Queda da
Graça ou Salvação Condicional (o homem pode perder a salvação, sendo
necessário então mantê-la). Vale lembrar que o Arminianismo clássico rejeita a
Depravação Parcial e tem uma visão mais parecida com o Calvinismo em relação
à Depravação Total. Muitos arminianos, principalmente os clássicos, também
rejeitam a ideia da Queda da Graça.
 Calvinismo: tem João Calvino (1509-1564) como maior expoente, embora
antes dele muitos líderes da Igreja já defendiam a mesma ideia em relação à
salvação. O Calvinismo enfatiza a soberania de Deus em relação à
responsabilidade humana, e nega a ideia de livre-arbítrio. Os pontos principais do
Calvinismo são: Depravação Total (o homem é incapaz de escolher a salvação por
estar morto em delitos e pecados); Eleição Incondicional (Deus elegeu
soberanamente alguns para a salvação já que o homem é incapaz de qualquer
resposta à Deus); Expiação Limitada (o sacrifício de Jesus é eficaz apenas para os
eleitos, ou seja, Cristo morreu apenas pelos que realmente seriam salvos); Graça
Irresistível (quando Deus chama o homem, este efetivamente responde de forma
positiva); Perseverança dos Santos (todos aqueles que Deus escolheu irão
perseverar na fé e jamais pereceram, pois a obra de Deus é completa). Dentro do
Calvinismo existe também o Calvinismo de Quatro Pontos. Este último discorda
da ideia de Expiação Limitada e defende uma visão semelhante ao do
Arminianismo.
 Pelagianismo: ensino que foi defendido por um monge chamado Pelágio do
século IV. Seu ensinamento afirmava que os homens não nascem contaminados
pelo pecado. Segundo ele os homens são naturalmente inocentes e aprendem a
pecar no decorrer da vida. Este é o ensino mais focado na defesa do livre-arbítrio
do homem. Para o Pelagianismo o homem possui uma alma livre do pecado, ou
seja, ele pode ser imparcial. Esta ideia contradiz totalmente a Bíblia que afirma
que todos os homens são afetados pelo Pecado Original de Adão (Romanos 5:12).
Ninguém consegue escapar de nascer com inclinação ao mal (Romanos 3:10), já
que somos pecadores no momento da concepção (Salmo 51:5). Como resultado
disto, todos os homens morrem (Romanos 6:23).
 Semipelagianismo: é uma adaptação do Pelagianismo e ensina que a
humanidade é contaminada pelo pecado, mas não de tal forma que impeça o
homem a se decidir por Deus. Em outras palavras, o homem supostamente seria
capaz de cooperar com Deus devido aos seus esforços e escolhas. Então isto seria
um tipo de “depravação parcial” e não “depravação total”. A Bíblia é clara ao
afirmar que o homem é totalmente incapaz de se aproximar de Deus por escolha
própria. Ele é incapaz de cooperar com Deus em relação à salvação, e possuí sua
natureza completamente corrompida.
O estudo da soteriologia bíblica é muito importante para qualquer cristão. Apesar
de neste estudo termos falado apenas sobres os pontos principais da soteriologia,
o principal é entender que a salvação é algo tão maravilhoso que excede o
entendimento humano. Por mais que estudemos, sempre haverá algo misterioso
para nós.
A única coisa que nos resta é epenas reconhecer a gradeza da graça de Deus em
contraste com a profundidade da depravação humana. Se fizermos isto,
dificilmente iremos contradizer os ensinos bíblicos na área da soteriologia.
HEDONISMO CRISTÃO

COLOSSENSES 2:6-10
6 Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nEle,
7 nEle radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes
instruídos, crescendo em ações de graças.
8 Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs
sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos
do mundo e não segundo Cristo;
9 porquanto, nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude da
Divindade.
10 Também, nEle, estais aperfeiçoados.
Hedonismo é o “dedicação ao prazer como estilo de vida”. É um tipo de vida tipificada
pela busca do prazer. A sociedade é extremamente hedonista, o ser humano é
hedonista. Creio firmemente que nós, cristãos, precisamos buscar desenvolver um
outro tipo de hedonismo, o hedonismo cristão, isto é, um estilo de vida focado na
busca do prazer em Cristo. Isto sim está em falta em muitas Igrejas, lares e vidas de
crentes. A dedicação pela obra de Deus e a vida piedosa está notoriamente em
franco estado de declínio e extinção. Acontece que a nossa alma extremamente
pecaminosa e nosso coração enganoso, não querem jamais cooperar com o tipo de
vida que Cristo oferece. Daí a necessidade de forçarmos essa busca de modo
consciente, focado, disciplinado e até intransigente. Do contrário estamos fadados
ao fracasso.
John Piper fala sobre esse tema em seu livro “Em Busca de Deus” (Edições Vida
Nova):
“[...] Hedonismo Cristão, a verdade que Deus é mais glorificado em nós quando
somos mais satisfeitos nEle. Nós louvamos o que gozamos porque o deleite é
incompleto até que seja expresso em louvor. Se não nos fosse permitido falar daquilo
que valorizamos, celebrar aquilo que amamos e louvar aquilo que admiramos, nossa
alegria não seria completa. Então, se Deus nos ama o suficiente para tornar nossa
alegria completa, Ele deve não somente dar-nos Ele próprio; Ele deve também
conquistar de nós o louvor de nossos corações – não porque Ele precisa sustentar
alguma fraqueza nele mesmo ou nos compensar por alguma deficiência, mas porque
Ele nos ama e busca a plenitude da nossa alegria, que pode ser encontrada apenas
em conhecê-Lo e louvá-Lo, o mais excelente de todos os seres.” (Voltemos ao
Evangelho - http://zip.net/bntqyB).

Como conseguir atingir essa meta? É sobre isso que irei discorrer nessa mensagem.

1 – Andando nEle (6-7)


Primeiramente é andando em Cristo, isto é, vivendo a vida com Ele. Imagine se
pudéssemos ver Jesus ao nosso lado na sala, no carro, no computador, na rua, etc.
Como seria a nossa vida? É fanatismo pensar assim a vida cristã? Creio que não,
afinal cremos no Deus que tudo vê, que é onisciente e onipresente. O Senhor Jesus,
em Suas Palavras finais, antes de ser elevado às alturas em Sua ascensão, prometeu
estar conosco todos os dias até a consumação do século (Mt 28:20). Portanto, andar
com Cristo começa com a atitude de não ignorá-Lo, mas entender e crer que Ele Se
faz presente todo tempo conosco, e não só nos cultos e reuniões de oração. É viver
para Ele, honrá-Lo, falar com Ele e submeter-se a Ele. Lembremos o que Deus disse
a Abraão, e a todos os crentes: “Eu Sou o Deus Todo-Poderoso; anda na Minha
presença e sê perfeito.” (Gn 17:1). Andar “em Cristo” é o mesmo que andar com
Cristo, andar na presença de Deus. E não se anda na presença de Deus de qualquer
maneira, mas em perfeição, ou na sua busca. Ora, pecadores que somos, jamais
seremos capazes de atingir 100% da perfeição aqui na Terra, mas no Céu seremos
glorificados. No entanto, a ordem de Deus é uma prerrogativa para que busquemos
ser perfeitos o tempo todo, e isso é santificação (Hb 12:14).
O próprio texto vai dizer na sequência como é esse andar com Cristo:
• “nEle radicados”, isto é, enraizados;
• “edificados”, sendo construídos, crescendo;
• “confirmados na fé, tal como fostes instruídos”, vencendo as provações da vida
cristã, com alegria e louvor;
• “crescendo em ações de graças”, progredindo, amadurecendo na fé, sempre gratos
a Deus por tudo. Ações de graças confirmam que o crente vai bem em dois sentidos:
1 – ele é sempre grato a Deus por tudo, e isso é sinal de maturidade espiritual. 2 –
As pessoas agradecem a Deus pela vida desse servo de Deus, visto que ele é uma
bênção na vida dos irmãos, e só produz bons frutos.

2 – Não sendo enredados (8-9a)


Ser enredado significa ser envolvido com rede, “colher na rede, embaraçar” (PEB).
Trata-se de uma figura de linguagem que aponta para os caçadores de pássaros e
outros animais, que utilizavam uma rede para capturá-los. Mas aqui, Paulo se referia
às “filosofias e vãs sutilezas” do pensamento, que são contrárias à Palavra de Deus,
e que determinam os passos dos ímpios e da sociedade em geral, como uma rede,
armadilha, ou teia, que pode embaraçar a caminhada cristã normal. O combate aos
falsos ensinos é um dos elementos básicos dessa carta (2:8,15,18). O contexto de
Colossos era de grande importância naquele tempo, por estar situada em uma rota
comercial que ligava a cidade de Frígia, a leste, com Éfeso no oeste. A cidade vivia
sob influência de um “sistema religioso sincrético, isto é, uma mistura de elementos
religiosos e filosóficos diversificados, provenientes de culturas orientais, gregas,
romanas e judaicas” (EBD Areia Branca). Em Colossos havia o culto a Cibele, que
era considerada por aqueles povos pagãos como “a grande mãe e deusa da
fertilidade”. Paulo trata dessas questões, visto que havia uma vulnerabilidade latente
devido a essa forte cultura pagã.

Nós também vivemos sob influências de culturas e ideologias seculares, e porque


não dizer, pagãs. O mundo atual assiste o crescimento de velhas e antigas religiões
ligadas ao paganismo (“A Ameaça Pagã”, “Bruxaria Global”, “Verdades do Evangelho
X Mentiras Pagãs”, e “Sinais Atuais do Paganismo”, Editora Cultura Cristã), a
instalação e cristalização do humanismo, agora num nível explícito de invasão do
pensamento cristão, o materialismo, o culto do “eu”, do sexo e do dinheiro. Esse estilo
de vida secular, mergulhado no pecado, é claramente ligado a diretrizes de
pensamentos e ideologias contrárias às Escrituras. Porém, “Nada há, pois, novo
debaixo do céu” (Ec 1:9). Mudou a roupagem, agora tecno e pós moderna, mas as
diretrizes que regem o mundo são as mesmas de sempre: o homem desejando viver
o mais distante possível de Deus, e satanás sendo adorado. (“Novos Tempos, Velhas
Crenças: Crítica do Neo-Paganismo sob uma Ótica Cristã”, de Ricardo Quadros
Gouvêa - http://zip.net/bstqvJ).

O recado de Deus aqui é que para não caiamos nas armadilhas ideológicas e práticas
que há no mundo. Para experimentarmos o prazer que é ser servos de Deus,
precisamos guardar cuidadosamente a nossa mente, não deixando que as ideologias
mundanas entrem no nosso pensamento trazendo todo tipo de dúvidas, confusões,
esfriamento espiritual e consequente desvio. Esse envolvimento da rede de
pensamentos e ideias é muito sutil, e ao mesmo tempo forte e persistente. Como um
plano bem elaborado e orquestrado por uma mente perversa, as “filosofias e vãs
sutilezas” tomaram conta do mundo e transformaram o modo de viver das pessoas,
até de muitos crentes. Esses tais não vivem segundo Cristo, e alguns chegam até a
defender que muitos preceitos bíblicos não são para os nossos dias. Exemplo de
assuntos difíceis hoje em muitas Igrejas: homossexualidade (há crentes defendendo
que pessoas podem já nascerem gays, e que o homossexualismo é genético),
fornicação (há crentes defendendo o uso do preservativo como forma de amenizar o
que para eles é normal e inevitável), vida noturna (já institucionalizou-se em muitas
Igrejas como algo que é particular de cada um e ninguém tem nada com isso),
bebidas, cigarros, más amizades, palavrões, desrespeito e rebeldia, etc. Se por um
lado a Igreja é um hospital, onde as pessoas buscam cura de seus pecados e
mazelas, o que vemos hoje em dia é a invasão do mundanismo mudando costumes
bíblicos e cristãos por outros vindos do mundo. Não me refiro a crentes novos na fé
que talvez tenham dificuldades em entender a Palavra de Deus, mas há uma gama
de crentes velhos, criados na Igreja, frequentando Escolas Dominicais, muitos líderes
e até oficiais, que defendem pontos de vista humanistas, tentando coaduná-los com
a Palavra de Deus. O que é isso? NEO-LIBERALISMO CRISTÃO, a sepultura de
muitas Igrejas na Europa, Estados Unidos e Brasil. Nada mais que as vãs sutilezas
das ideologias e filosofias do mundo embaraçando o caminhar da Igreja. Mas Deus
é mais poderoso que o liberalismo, e os eleitos de Deus permanecerão de pé, não
cairão.
Aqui em Cl 2:8 há três peneiras para visualizarmos todas as tentativas de invasão da
nossa mente, e que devemos evitar, tomando todo cuidado. Trata-se de ideologias,
valores, comportamento, pensamentos e modo de viver que são:
• Conforme a tradição dos homens,
• Conforme os rudimentos do mundo,
• E não segundo Cristo, “porquanto, nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude
da Divindade”.
Basta observar se tais pensamentos, ideias e costumes são de acordo com a Palavra
de Deus, se se não forem devem ser descartados. Por que será que Deus é tão
criterioso nessa questão da mente? Por que Ele é tão rigoroso quanto ao que ocupe
o nosso pensamento? Por que Deus quer que sejamos assim? Obviamente porque
os pensamentos definem a nossa vida, Ele quer que sejamos salvos, e só há um
modo de se chegar ao Céu, que é o caminho da santidade. Ou seja, só há um Deus
e Senhor, que é Santo, Santo, Santo, que deve ser adorado, reverenciado, seguido
e obedecido, e todos os que se oporem a Ele tropeçam e caem (1 Pedro 2:7-8).

E a eleição?
Alguns poderiam pensar que esse ponto de vista contrarie a santa doutrina da eleição
dos crentes. Porém, sob o aspecto teológico da eleição, os eleitos de Deus são os
que perseverarem na Palavra até o fim (Ap 2:10). Os que se desviaram da Verdade
nunca foram salvos (1 Jo 2:19). Cabe a cada servo de Deus, fiel e sincero, buscar
confirmar a sua eleição permanecendo de pé, firme na Palavra, em Suas inefáveis
promessas e maravilhosos mandamentos (2 Pe 1:10).

3 – Sendo aperfeiçoados (9b-10)


A estrada da vida cristã prazerosa não tem estacionamento, não se pode parar de
buscar a perfeição. Não há alegria espiritual se não formos renovados pelo Pai, não
há gozo celeste se vivermos como éramos no passado, não há prazer de ser cristão
se não formos modelados, lapidados e limpos por nosso Oleiro Santo dia a dia. E a
Palavra nos diz que temos que ser “aperfeiçoados”, o que é isso? Já vimos no item
anterior o que é perfeição para os crentes aqui na Terra, que aguardam o vindouro
Dia do Senhor, quando seremos transformados conforme a Sua imagem (1 Co
15:52). Mas enquanto esse dia não chega, devemos viver focados na busca da
perfeição. Como isso se processa? O texto sagrado nos dá duas diretrizes quanto a
essa questão que é tão premente na nossa vida com Deus.

3.1 – Estamos sendo aperfeiçoados por Deus, Ele É quem faz a obra em nós, e não
nós em nós. Temos que participar ativamente desse processo de transformação,
claro, exercendo nossa livre agência, isto é, a liberdade que temos em escolher como
agir, escolher e decidir. Porém, é Ele Quem nos capacita e opera em nós o querer e
o realizar (Fp 20:13), é Ele quem nos liberta (Jo 8:32), é Ele quem espreme nossas
feridas (Is 1:6), Quem nos cura (Sl 103:3), nos fortalece (Ef 6:10; Fp 4:13; 1 Pe 5:10),
aprimora (Jr 18:6), limpa e depura (Dt 4:24; Zc 13:9). O nosso gozo, alegria e prazer
é saber que Deus cuida, e opera em nós a Sua obra, e essa obra é santa e perfeita.

3.2 – Esse aperfeiçoamento acontece de modo contínuo, crescente e progressivo. O


texto sagrado deixa claro que essa obra ainda não está acabada, mas que estamos
sendo aperfeiçoados. A palavra “também” nos conecta com o que foi dito
anteriormente, mostrando que o alvo de Deus em nós é nos fazer semelhantes a
Jesus:

“[...] porquanto, nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também,


nEle, estais aperfeiçoados.” (Cl 2:9-10).
Essa verdade deve ser extremamente prazerosa na vida do crente, visto que as
nossas fraquezas nos fazem sofrer, mas a Palavra de Deus nos prova que Deus está
fazendo uma obra progressiva, contínua e crescente em nossas vidas. Resta-nos
render-nos a Ele confiantes de que Ele, que É fiel, completará a Sua obra em nossas
vidas (Fp 1:6).

CONCLUSÃO
Onde está o seu prazer de viver? Qual é a sua alegria? Cuidado com aquela
sensação de que a nossa alegria está nas coisas do mundo, no sexo ou no dinheiro.
As coisas do mundo que não desagradem a Deus, o sexo no casamento, e o dinheiro
que Deus nos concede como fruto de nosso trabalho, podem sim nos dar alegria,
mas não a alegria de viver. São coisa secundárias que falham e acabam, mas a
alegria que Deus nos concede é eterna, não acaba nunca! É uma alegria diferente
de tudo mais que nos cerca. Cabe a nós observar com cautela o nosso coração (...)
cuidando para que ele não nos engane, vigiando para que a alegria em servir a Deus
jamais se apague, mas que esses valores sejam claros e notórios em nossos
corações: andando nEle; não se deixando enredar, sendo aperfeiçoados nEle.

Yom Kipur (Dia do perdão)


Por Rab. Mess. Marcelo M. Guimarães

Nesta época (início do outono – Israel ou primavera – Brasil), os judeus do mundo


comemoram a seqüência de festas típicas da estação de outono: o Rosh Hashaná
(também conhecido como festa das trombetas), os 10 dias de Arrependimento
(cujo último dia é conhecido como Yom Kipur, o dia do Perdão) e a Festa dos
Tabernáculos ou festa da colheita (Sucôt).
Qual é a origem desses dez dias de arrependimento?
Em Levítico 23:24, encontramos uma ordem: “…No sétimo mês, ao primeiro dia
do mês, tereis descanso solene, um memorial ao som da trombeta, uma santa
convocação” . Após o exílio Babilônico, este dia do “soar da trombeta” tornou-se
conhecido como Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico. Na Torá, tudo o que
conhecemos é que é um dia de “fazer tocar as trombetas”. No livro de Salmos,
encontramos referências interessantes (Salmo 81.3) “Tocai a trombeta na lua nova,
na lua cheia, no dia da nossa festa”. Nesse Salmo encontramos o tocar da trombeta
(Shofar, que é um chifre de carneiro) na lua nova, que é a primeira do mês, é
também chamada “o dia de nossa festa”. O Salmo 81 traz à luz um outro aspecto
tradicional dessa festa. De acordo com a tradição desse dia, Rosh Hashaná, que é
o primeiro dia do sétimo mês, é também um dia que coroamos D-us como Rei de
nossas vidas e da vida da nação. Entre o Rosh Hashaná, que é o primeiro dia do
sétimo mês, e o dia da expiação (Yom Kipur), que é o décimo dia do sétimo mês,
há um período de dez dias separados para o arrependimento e perdão dos pecados
de Israel. Esses dez dias são como um período especial onde as pessoas se tornam
mais cerimoniais e contemplativas acerca de seus pecados, num nível coletivo-
nacional. D-us concedeu um dia para expiação dos pecados da nação. O bode
expiatório que era enviado ao deserto era uma prefiguração do trabalho de Yeshua
(Jesus) o Messias, que morreu na cruz pelos pecados do mundo inteiro. Por causa
da solenidade que traz esse dia, tornou-se tradição tomar dez dias entre os dois dias
santos para contemplação e arrependimento.
Os judeus, de modo geral, levantam bem cedo, antes do nascer do sol, e recitam
orações e cânticos de arrependimento que expressam a profunda tristeza que cada
indivíduo e toda coletividade tem pela fraqueza e pelos pecados que eles
cometeram.
Não há nenhuma outra nação que gaste dez dias meditando acerca da expiação e
perdão dos pecados como a nação de Israel.

O Jejum de Expiação
“E isto vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez do mês,
afligireis as vossas almas, e nenhum trabalho fareis nem o natural nem o
estrangeiro que peregrina entre vós. Porque naquele dia se fará expiação por vós,
para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados perante o
SENHOR. É um sábado de descanso para vós, e afligireis as vossas almas; isto é
estatuto perpétuo”, Levítico 16:29-31.
De acordo como o Calendário Bíblico baseado nos cálculos e confirmado pela luz
visível da Lua Nova como sendo a chave principal que foi mantida no templo e por
Jesus Cristo; o Jejum de Expiação começa hoje à noite, dia 8 de Outubro no pôr-do-
sol até o outro pôr-do-sol.
Os Dias de Jubile
A festa de Pentecostes começa depois de cinquenta dias depois da Oferta de Movimento. A
Oferta de Movimento mostra Cristo se elevando ao Pai e sendo aceito por todos nós como
remissão por nossos pecados e como o nosso intercessor ao Pai. Nesse Dia, Jesus Cristo se
tornou nosso Sumo Sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque. Estamos agora
sendo treinados para juntar com Ele nesse ministério sob Sua direção.
No dia quinze depois do primeiro Domingo, depois da Páscoa no Egito,
Cristo se tornou o Rei de Israel no Sinai em Pentecoste quando Cristo e o povo
entraram em uma aliança, como chamamos hoje de Antigo Testamento. Naquela
Pentecoste, o povo perguntou a Moisés para ser tonar mediador entre aliança e
Cristo concordou.
Como Moisés era o mediador do Antigo Testamento, Jesus Cristo se tornou
o Mediador no Novo Testamento! A rebelião de Coré foi uma rebelião contra o
Mediador da Aliança e é o equivalente de seguir qualquer homem que seja
contrário ao Mediador do Novo Testamento. Jesus Cristo É o nosso Mediador e
nós temos de segui-Lo e não algum homem ou organização contrário aos exemplos
e instrução de Jesus Cristo.
A rebelião de Coré é frequentemente mudada para ensinar que o homem deve
ser fiel a outro homem ou organização. Isto é um tremendo erro. As lições de Coré
significa exatamente o contrário; significa que temos que Sempre ser fiel a Nosso
Sacerdote e Mediador Jesus Cristo, não interessa o que qualquer homem ou
organização fale.
Naquela primeira Pentecoste, Cristo se tornou Rei de Israel e a Teocracia de
Israel foi estabelecida. Naquele dia, o Rei escreveu sobre a lei básica em duas
tábuas de pedra para todo o povo.
Em Jeremias 31, sabemos que essa aliança foi um fracasso devido aos
corações difíceis do povo como representados nas duas tábuas de pedra; Jeremias
foi falado que haveria uma Nova Aliança que seria feita com o povo e a lei não
seria escrita, não em pedra, mas nos corações deles.
Joel profetizou que o espírito de Deus desceria em toda carne depois do dia
do Senhor; Joel 2:28 e Pedro explicou que seria esse espírito de Deus que desceu
no povo em Atos 2 no dia de Pentecoste em 31 d.C. Paulo explicou em Hebreus
que seria através do espírito de Deus que a lei seria escrita nos corações do povo
na Nova Aliança, Novo Testamento.
Isto aconteceu na Festa de Pentecoste em 31.d.C mas desceu em poucas
pessoas o que significa que a profecia de Joel ainda está para vir.
Pentecoste caiu no dia cinquenta depois que Jesus Cristo se tornou Sumo
Sacerdote e Mediador para os “Chamados do Egito.” Naquele dia, Cristo se tornou
Rei na nova teocracia de Israel. Ele se ascendeu ao Pai e se tornou nosso Sumo
Sacerdote no dia da Oferta de Movimento no Domingo.
Pentecoste, que está perto de acontecer, Cristo irá colocar o espírito de Deus
em toda carne, Joel 2:28, e o Reino de Deus será estabelecido; desta vez será sob
toda a terra.
Os Anos de Jubileu
Como Pentecoste é o dia de Jubileu; o Jubileu de anos será o Jejum de
Expiação. Como temos de contar as semanas de Sábados até alcançar os cinquenta
dias, em Pentecoste, temos que contar os Sábados como anos até alcançar os
cinquenta anos. Como nos cinquenta dias de Pentecoste, toda divida [pecados] será
perdoada e essa nova aliança será estendida a todos aqueles que não têm sido
qualificados a fazerem parte dos Primeiros-Frutos.
“Falou mais o SENHOR a Moisés no monte Sinai, dizendo: Fala aos filhos
de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a
terra descansará um sábado ao SENHOR. Seis anos semearás a tua terra, e seis
anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; Porém ao sétimo ano haverá
sábado de descanso para a terra, um sábado ao SENHOR; não semearás o teu
campo nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo da tua sega, não
colherás, e as uvas da tua separação não vindimarás; ano de descanso será para
a terra. Mas os frutos do sábado da terra vos serão por alimento, a ti, e ao teu
servo, e à tua serva, e ao teu diarista, e ao estrangeiro que peregrina contigo; E
ao teu gado, e aos teus animais, que estão na tua terra, todo o seu produto será
por mantimento. Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de
maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove
anos”, Levítico 25:1-8.
O Jejum de Expiação é também uma proclamação do ano de Jubileu. Você
tem pensado do porque o ano de Jubileu não foi proclamado no começo do novo
ano? É porque a Expiação acontece na colheita maior do Outono em vez
de Pentecoste que a colheita acontece na primavera.
Ambos são dias de L I B E R D A D E dos pecado e todos os tipos de
cativeiros [transgressões], e o estabelecimento da liberdade e da restauração do
povo a suas terras como foi dado a ele por Deus. Eles são ambos a respeito da
remoção da opressão e a escrever a lei nos corações do povo. Em Pentecoste os
Primeiros-Frutos terão as leis de Deus escrita em seus corações; e a colheita maior
também terá as leis de Deus escrita em seus corações; e ninguém irá oprimir seu
vizinho mais!
“Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu;
no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra, E santificareis
o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores;
ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua
família. O ano qüinquagésimo vos será jubileu; não semeareis nem colhereis o
que nele nascer de si mesmo, nem nele vindimareis as uvas das
separações, Porque jubileu é, santo será para vós; a novidade do campo
comereis”, Levítico 25:9-12.
Pentecoste é o Jubileu dos dias porque ele refere a colheita da
primavera. O Jubileu dos anos descreve claramente que o dia de Expiação
será no Outono e refere-se à colheita maior de Outono!
O que acontece com os Primeiros-Frutos em Pentecoste, acontece como
a colheita maior de Expiação!
Por que o Pentecoste é um Festa enquanto a Expiação é um Jejum? Isto é
porque Israel já tinha viajado para fora do Egito – como sendo os Primeiros-Frutos
chamados desse mundo. Esta jornada de sair do Egito ainda não começou a
acontecer com a colheita maior.
A colheita maior do Outono deve primeiro ser ressuscitada na Festa de
Trombetas e depois eles devem ser levados ao ARREPENDIMENTO e da
liberdade do pecado e do rei deus [satanás] do Egito deste mundo; do mesmo
jeito que Israel foi libertado do deus rei do Egito.
Esclarecendo ainda melhor, uma cerimônia especial foi comandada para
cada Jejum de Expiação.
“Também tomará ambos os bodes, e os porá perante o SENHOR, à porta da
tenda da congregação. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo
SENHOR, e a outra pelo bode emissário. Então Arão fará chegar o bode, sobre
o qual cair a sorte pelo SENHOR, e o oferecerá para expiação do pecado. Mas o
bode, sobre que cair a sorte para ser bode emissário, apresentar-se-á vivo perante
o SENHOR, para fazer expiação com ele, a fim de enviá-lo ao deserto como bode
emissário”, Levítico 16:7-10.
O bode no qual caiu a sorte do Senhor [o bode que representa o Senhor] era
para ser oferecido como sendo uma oferta de pecado para o povo. Isto é simbólico
da aplicação do sacrifício de Cristo para o povo. O bode emissário era para ser
apresentado vivo ao Senhor [Sacerdote Rei da Teocracia] para ser julgado e depois
removido para sempre.
Isto não é a respeito de remover satanás por somente mil anos; isso
representa removendo ele para sempre. Nada está escrito aqui sobre mil anos; este
bode é para ser largado no deserto para sempre; para nunca ser visto de novo; nunca
para ter alguma coisa com homem de novo!

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