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A espécie Homo sapiens é muito recente; surgiu há cerca de 150 mil anos1,
provavelmente em África, o que lhe confere um estatuto de espécie “recém-nascida”.
Segundo Bracinha Vieira (1995), a evolução ocorre sem que tenha como epicentro
qualquer ser vivo em particular. A existência da espécie humana é muito recente e resulta do
acaso. O homem moderno não pode ser apresentado como o exemplo mais perfeito da evolução
“(...) uma vez que não se encontra melhor adaptado do que a maior parte das espécies actuais”2.
Os genes e o aparelho neuropsíquico do homem resultaram de uma adaptação ao meio ao longo
da sua história, não se verificando “(...)nenhuma influência exterior ao próprio mecanismo
evolutivo”3.
Que linhas evolutivas seguiu a espécie humana a partir dos seus antepassados primatas?
a) uma locomoção bípede e uma postura erecta. Somos os únicos primatas bípedes, sendo
esta uma das características unificadoras de todos os hominídeos. Talvez a mudança de habitat
dos nossos antepassados, isto é, a passagem da floresta arborizada à savana, com grandes
espaços abertos para caminhar, como consequência, provavelmente, de uma alteração climática,
tenha favorecido esta tendência bípede, que já se apontava nos primatas arborícolas. No entanto,
estudos recentes mostram que não houve uma mudança em termos paleoambientais, da floresta
para a savana e que os habitats dos primeiros hominídeos seriam um misto de savana-floresta;
b) uma libertação das extremidades anteriores do solo, como consequência do bipedismo,
transformando-se em superiores. Estas puderam ser utilizadas para agarrar e colher alimentos e
instrumentos, o que favoreceu a construção de ferramentas e contribuiu para o desenvolvimento
da inteligência. Com o tempo as mãos foram-se tornando mais hábeis e com dedos mais finos, se
as compararmos com as dos outros antropomorfos. Além disso, o polegar, perfeitamente
divergente dos restantes quatro dedos, tornou-se mais largo em relação aos restantes dedos. As
unhas tenderam a reduzir-se e a pele dos dedos, em especial a das pontas, acumulou maior
quantidade de corpúsculos sensitivos, fazendo-se fina e delicada, mais sensível;
1
Gracia, 2001, pp. 59
2
Vieira,1995, pp. 11.
3
Ibidem, pp.12.
24
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
c) uma mudança de dieta. Esta mudança estaria relacionada com uma utilização mais
frequente da savana como habitat. Neste espaço mais aberto, o alimento vegetal escasseava mais
e os nossos antepassados necessitaram de complementar a sua dieta vegetariana com um regime
animal, caçando animais nestes espaços mais abertos e tendo que deslocar-se mais para tal fim, o
que teria estimulado um bipedismo cada vez mais eficaz. Por outro lado, a incorporação de carne
na dieta aumentou o suporte calórico, provocando uma menor frequência e abundância na
necessidade de comer. Este facto talvez tenha proporcionado mais tempo livre para outras
actividades e, o que é mais importante, forneceu um maior suporte calórico e nutricional ao
cérebro, que pode desenvolver-se com maior facilidade;
d) o desenvolvimento gradual da capacidade craniana, de 400 cm3 nos chimpanzés a 1400
cm3 na espécie humana, com o inerente aumento do volume encefálico em relação ao resto do
corpo e o aumento do número de neurónios. Este espectacular aumento de neurónios
possibilitava uma maior inteligência. Conseguiu-se armazenar muita informação num espaço
mínimo. O desenvolvimento da inteligência acarretou, em paralelo, o desenvolvimento de um
sistema de comunicação complexo: a linguagem falada. É o sistema mais elaborado de emissão
de sons na comunicação animal que se conhece, ainda que outros animais, como pássaros,
golfinhos, baleias, etc., também tenham desenvolvido linguagens complexas de comunicação.
Mas estes animais, ainda que possam ser mais potentes na comunicação a longas distâncias, não
têm a capacidade de expressão de factos tão diversos como tem a linguagem humana;
e) uma progressiva falta de pêlo no corpo. Isto parece ser a consequência da protecção do
corpo com roupas e peles e do desenvolvimento das glândulas sudoríparas;
f) os maxilares tornaram-se mais gráceis e menores com a redução dos dentes. Este facto
está relacionado com a evolução dos hábitos alimentares. O homem fez-se omnívoro e os dentes,
já de si pouco especializados nos primatas, tornaram-se menos especializados no homem. Ao
preparar e cozinhar os alimentos facilita-se o seu esfarelamento e os dentes tornam-se menos
poderosos e reduzem-se em tamanho e em número. Além disso, as mãos servem para levar os
pedaços de alimento à boca e os dentes e as mandíbulas não têm que arrancá-los dos seus lugares
de origem.
A complexa árvore da evolução humana está em mutação constante. As descobertas são
cada vez mais frequentes, sobretudo a partir da última década do século XX. Australopithecus
ramidus, Australopithecus anamensis, Homo antecessor, Toumai...são algumas das últimas
incorporações.
25
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Desde a separação dos nossos parentes actuais mais próximos, os chimpanzés, distintos
géneros e muitas espécies de hominídeos habitaram o nosso planeta, coexistindo em muitos
momentos.
4
Cunha, 2003, pp. 23.
5
Ibidem, pp. 24.
6
Arsuaga, sd, Claves de la Evolución Humana, Programa de Nuevas Tecnologias de la Información y de la
Comunicación, Módulo : Homínidos no humanos, 3. Desarrollo del tema, 3.1. Antecedentes.
26
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
O número cada vez maior de dados que dispomos a partir de importantes descobertas
paleoantropológicas sugere uma árvore evolutiva em forma de um arbusto ramificado7. O
famoso “elo perdido” pode ser muitos “elos perdidos”, uma vez que cada achado fóssil
representa um dos elos da grande cadeia de mudanças evolutivas que se foram sucedendo desde
o primeiro antepassado comum até à nossa espécie8.
Assim, e correndo o risco de uma rápida desactualização, apresentamos aqui uma árvore
evolutiva que reflecte a situação actual do conhecimento científico:
7
Cunha, 2003.
8
Arsuaga, sd, Claves de la Evolución Humana, Programa de Nuevas Tecnologias de la Información y de la
Comunicación, Módulo : Homínidos no humanos, 3. Desarrollo del tema, 3.1. Antecedentes.
9
in http://www.mundofree.com/origenes/evolucion/arbolhominidos.html.
27
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
A separação entre hominóides não humanos e humanos parece ter ocorrido há cerca de 6-
7 Ma, em África.
Homem do Milénio – foram encontrados vestígios fósseis, em 2000, num lugar chamado
Tugen Hills, no Quénia. São também candidatos a hominídeos mais antigos, com 6 Ma11. Os
fósseis encontrados eram de cinco indivíduos, machos e fêmeas, que teriam o tamanho de um
chimpanzé. A partir da análise dos fémures, concluíram que aqueles indivíduos já eram bípedes.
Contudo, segundo os cientistas que os estudaram, o tamanho pequeno dos dentes caninos é a
característica de maior proximidade ao homem.
Ardipithecus ramidus – com os fragmentos encontrados não se pode dizer com segurança
que esta espécie fosse bípede, ainda que os cientistas assim pensem. Era muito primitivo e
calcula-se que tenha vivido há cerca de 4,4 Ma12 atrás. Estava muito próximo dos antepassados
dos chimpanzés, contudo a linha evolutiva já se havia separado deles, algo que também é
10
Brunet e al.,2002.
11
http://www.hominides.com/html/ancetres/ancetres-orrorin-tugenensis.html.
12
Gracia, 2001, pp. 15.
28
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
constatado pelas provas genéticas. Vivia num meio florestal, os seus dentes tinham um esmalte
fino e teria uma estatura entre 1m e 1,5 m13.
13
Gracia, 2001, pp. 15.
14
Ibidem, pp. 17.
15
Ibidem, pp. 19.
29
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
16
Gracia, 2001, pp. 23.
17
Arsuaga, sd, Claves de la Evolución Humana, Programa de Nuevas Tecnologias de la Información y de la
Comunicación, Módulo : Homínidos no humanos, UD.2 Los primeros homínidos: Australopithecus, 3.12.
Australopithecus garhi.
30
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Paranthropus aethiopicus – esta espécie terá vivido há cerca de 2,6-2,3 Ma, em África.
Para alguns autores é o perfeito intermediário evolutivo entre Australopithecus afarensis, por um
lado, e Paranthropus robustus e Paranthropus boisei, por outro. O seu crânio teria uma
capacidade de 410 cm3 e apresentava uma crista sagital um pouco maior à do Paranthropus
boiseiI19. Teria vivido na África Oriental.
18
Arsuaga, sd, Claves de la Evolución Humana, Programa de Nuevas Tecnologias de la Información y de la
Comunicación, Módulo : Homínidos no humanos, UD.3 Los primeros homínidos: Paranthropus, 3.2. Los
parántropos del sur.
19
www.atapuerca.com, El eslabón de la evolución humana - Biblioteca
20
http://www.modernhumanorigins.com/robustus.html.
21
Gracia, 2001, pp. 31.
31
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
O género Paranthropus viveu em ambientes muito mais secos que os seus antecessores e
desenvolveu uma mandíbula muito peculiar para poder mastigar os frutos duros dos quais se
alimentava. Conviveu com Homo durante cerca de 1,5 Ma. Este género foi encontrado na África
Oriental e do Sul e surgiu há cerca de 2,3 Ma. Apresentava um claro dimorfismo sexual no
tamanho corporal. Estas espécies ter-se-ão extinto sem deixar descendência. Tal facto levou os
cientistas a concluir que o género Paranthropus não deu origem ao género Homo.
Há cerca de 2,8 Ma, produziu-se uma mudança climática que, no hemisfério norte, se
traduziu num avanço do gelo e, na África equatorial e tropical, por uma redução do bosque e um
avanço da savana. Muitos especialistas relacionam estas mudanças com o desaparecimento dos
últimos Australopithecus e o aparecimento dos novos géneros: Paranthropus e Homo. Estes
novos géneros estariam adaptados a este novo ecossistema, ainda que com soluções diferentes.
22
Gracia, 2001, pp. 31.
32
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
As primeiras espécies de Homo aparecem num curto espaço de tempo, algumas delas são
contemporâneas e os antepassados e seus possíveis descendentes estão separados por um período
temporal muito pequeno.
O que é que define o género Homo? Existe uma série de características que se encontra
no género Homo e que o distingue de outros hominídeos: a maior expansão cerebral, a
capacidade fabril, a linguagem articulada e o pensamento reflexivo no final da evolução do
género. Mas o que sempre se destaca de forma significativa em todas as definições é o maior
tamanho relativo do cérebro e, eventualmente, maiores capacidades cognitivas e uma maior
inteligência. A maior parte das espécies do género Homo tem tamanhos cerebrais superiores a
600 cm3.
Outra das características é o maior tamanho da mandíbula e dos dentes. Ainda que o
esmalte dentário continue a ser grosso, o tamanho dos dentes de Homo reduz-se, especialmente
os pré-molares e os molares.
Os fósseis mais antigos que podem ser atribuídos com toda a segurança ao género Homo
foram encontrados em Hadar (Etiópia). Nesta região os vestígios foram datados com uma
antiguidade de cerca de 2,4 Ma. Aproximadamente da mesma época, são as indústrias líticas
mais antigas que se conhecem. Este facto reforça a ideia que o género Homo poderá ser o autor
das primeiras indústrias. Actualmente, alguns investigadores começam a pôr em causa esta ideia
a partir de alguns achados recentes, nomeadamente o achado de Bouri (Etiópia), datado de 2,5
Ma e ligado a Australopithecus garhi.23 Junto aos vestígios desta nova espécie foram
encontrados alguns ossos animais que apresentavam marcas evidentes de corte realizadas com
um instrumento de pedra afiada. Ainda que as evidências não sejam directas, a associação entre
os vestígios de Australopithecus garhi e o autor das marcas é bastante provável.
23
Moral e Díez, 2004.
33
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Os fósseis de Homo com menos de 2 Ma são muito abundantes e até há pouco tempo
atribuíam-se a duas espécies: Homo habilis, os mais antigos e Homo erectus, os mais recentes.
Esta taxonomia foi substituída por uma outra que propõe para os fósseis mais antigos de África
três espécies: Homo habilis, Homo rudolfensis e Homo ergaster. As duas primeiras espécies
albergam os fósseis que antes se consideravam do Homo habilis; todos os fósseis africanos
anteriormente atribuídos às formas africanas de Homo erectus são agora designados Homo
ergaster.
Homo habilis – é o primeiro representante do género Homo e terá vivido num período
entre os 2,4 e os 1,6 Ma24. É a primeira espécie conhecida até ao momento que não está ligada a
um meio florestal e teria habitado paisagens com espaços mais abertos. Esta mudança ecológica
provocou uma série de mudanças que vão permitir aos seus descendentes viver em todo o tipo de
regiões, climas e ecossistemas. Esta mudança de habitat coincide com uma grande mudança
climática ocorrida na Terra há cerca de 2,8 Ma. A partir deste momento, iniciaram-se oscilações
climáticas de grande amplitude que influenciaram o clima da África Equatorial e as massas de
bosques recuaram em benefício das savanas e formações herbáceas. Esta espécie, juntamente
com outras espécies de mamíferos, adaptou-se a estes novos ecossistemas de espaços abertos.
Incorporou na sua dieta a carne e gorduras animais. Estes alimentos de grande qualidade e
facilmente digeríveis proporcionaram-lhe a energia suficiente para desenvolver um cérebro
maior. O tamanho do cérebro proporcionou-lhe maiores capacidades cognitivas e uma maior
complexidade social nos seus grupos.
O Homo habilis era muito diferente do Australopithecus africanus, com uma capacidade
craniana média de 600 cm3. Tinha alguns rasgos simiescos, uns braços muito compridos em
relação às pernas25. Contudo, teve um desenvolvimento cerebral a par de uma redução do
aparelho mastigador, e, o que é mais importante, os seus vestígios foram os únicos, até agora,
que apareceram associados a indústrias líticas. Habitou exclusivamente algumas regiões da
África Oriental (Etiópia, Quénia e Tanzânia) e, provavelmente, da África do Sul.
Homo rudolfensis – não existe uma opinião consensual em torno desta espécie. Alguns
autores interpretam o espólio fóssil recuperado no Quénia como uma espécie independente,
enquanto outra linha de investigação defende a interpretação dos mesmos vestígios como
24
Gracia, 2001, pp. 39.
25
Ibidem.
34
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
pertencentes ao Homo habilis. Tinha como características principais um cérebro com cerca de
750 cm3, um torus pouco saliente, uma cara e umas mandíbulas maiores que o habilis, com um
maior prognatismo e uma cavidade craniana mais arredondada. Viveu há cerca de 1,9-1,6 Ma26.
Homo ergaster – representa um grande salto qualitativo no que respeita aos seus
antepassados e contemporâneos: uma capacidade craniana média de cerca de 800-900 cm3. O
crânio é longo e baixo, o torus supraorbital é bem desenvolvido, revela um menor prognatismo e
os ossos nasais estão projectados. O fóssil mais completo encontrado até hoje é o chamado
“Turkana Boy”. Viveu há cerca de 1,8-1,4 Ma27.
A saída dos humanos de África ocorreu há cerca de 1,9-1,8 Ma. As evidências mais
claras sobre a antiguidade da presença humana fora de África são: crânio de Dmanisi (Geórgia),
com cerca de 1,5 Ma; achados fósseis mais antigos de Sangiran (Java) e Modjokerto têm, no
mínimo, mais de 1 Ma; achado de Ubeidiya (Israel), com cerca de 1,5 Ma28. A partir destes
dados podemos concluir que, em primeiro lugar, os humanos chegaram à Ásia e posteriormente à
Europa.
26
Gracia, 2001, pp. 39.
27
Ibidem, pp. 43.
28
Arsuaga, sd, Claves de la Evolución Humana, Programa de Nuevas Tecnologias de la Información y de la
Comunicación, Módulo 5: Origen y dispersión de Homo, UD.2 El Poblamiento de Asia y el Homo erectus,
3.Desarrollo del Tema: Introductión.
35
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Muitos autores consideram que os fósseis atribuídos ao Homo ergaster deviam estar
incluídos na espécie Homo erectus. Actualmente, o termo Homo erectus é reservado para
designar os hominídeos que desde o Pleistoceno Inferior evoluíram de forma local na Ásia até ao
seu desaparecimento no Pleistoceno Superior.
Homo erectus – A ideia tradicional que colocava o Homo erectus como um antepassado
directo do Homo sapiens e que teria ocupado território tanto africano como europeu e asiático
tem vindo a ser posta em causa. Os seus opositores defendem a circunscrição desta espécie
unicamente ao continente asiático, pertencendo os vestígios africanos ao Homo ergaster e os
europeus ao Homo heidelbergensis.
Mas a maior parte da comunidade científica aceita Homo ergaster como estando na
origem do Homo erectus. São muito parecidos, contudo, têm alguns traços distintos: o crânio
deste último é mais robusto, com ossos mais largos e uma capacidade craniana que varia entre os
910 e os 1200 cm3. Tem o torus occipital muito desenvolvido e recto. Viveu na Ásia até há cerca
de 50 mil anos29 e os fósseis encontrados procedem principalmente da China e da ilha de Java.
Actualmente, está posta em causa a teoria do pioneirismo do Homo erectus relativamente ao
domínio do fogo.
A saída dos humanos do continente africano para a Ásia e Europa parece estar ligada, por
um lado, às capacidades evidenciadas pelas espécies humanas e, por outro, a alterações
ambientais. Alguns autores crêem que, até há cerca de 500 mil anos, a expansão humana só
ocorreu para zonas mais meridionais da Europa, permanecendo o norte deste continente
despovoado devido aos frios intensos e à escassez de recursos alimentares, como resultado dos
períodos glaciares.
29
Gracia, 2001, pp. 43.
36
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Esta etapa expansionista dos humanos concluiu-se com o aparecimento das espécies
Homo sapiens e Homo neanderthalensis. Estas espécies, ainda que muito semelhantes em alguns
pontos, têm a sua origem em continentes diferentes. O antepassado comum que deu lugar, por
um lado, na Europa, ao neanderthalensis, por outro, em África, ao Homo sapiens, foi
possivelmente o Homo antecessor30.
Homo antecessor – esta espécie foi baptizada a partir de vestígios encontrados na Gran
Dolina, Atapuerca (Espanha). Os seus descobridores defendem que esta espécie deve ter surgido
em África num momento posterior à saída dos primeiros humanos, ou seja, há cerca de 1,5-1 Ma
e que, pouco tempo depois, chegou à Europa. Embora não se conhecendo vestígios de Homo
antecessor fora de Atapuerca, os autores que estudam esta espécie propõem a hipótese de as duas
populações, a (hipotética) africana e a europeia, terem evoluído desde então separadamente,
seguindo caminhos diferentes e dando lugar a duas espécies de Homo: Homo neanderthalensis
na Europa e o Homo sapiens em África.
O Homo antecessor viveu há cerca de 800 mil anos e, segundo os poucos fósseis achados
em Gran Dolina, não só é o europeu mais antigo, como também é um elo-chave da evolução
humana: é o antepassado comum a partir do qual evoluíram o homem actual e o Homo
neanderthalensis. O Homo antecessor era alto e forte, com incipientes arcos nas sobrancelhas e
ossos do rosto. A sua capacidade craniana rondaria os 1000 cm3 e possuía uma característica que
apenas partilha com o homem actual: uma cavidade canina na parte externa do maxilar31.
30
Arsuaga, sd, Claves de la Evolución Humana, Programa de Nuevas Tecnologias de la Información y de la
Comunicación, Módulo 5: Origen y dispersión de Homo, UD.3Losl Poblamientos deEuropa, 2.Resumen del Tema.
31
Arsuaga, 2002.
37
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
A população europeia de Homo antecessor continuou a sua evolução e deu origem a uma
nova espécie: o Homo heidelbergensis.
Parece claro, tanto pelas características anatómicas como pelos restos materiais, que o
Homo heidelbergensis é o antepassado directo do Homo neanderthalensis.
32
Gracia, 2001, pp. 51.
38
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Homo sapiens - espécie a que pertencem os seres humanos na actualidade. Terá surgido
em África há cerca de 150 mil anos. Os vestígios mais antigos desta espécie no Próximo Oriente
datam à volta de 100 mil anos; uma migração terá alcançado a Austrália há 60 mil anos; a
colonização da Europa pelos primeiros Homo sapiens foi há cerca de 40 mil anos; supõe-se que a
chegada ao continente americano teve lugar há aproximadamente 15 mil anos35.
Comparada com outras espécies de hominídeos, a nossa espécie estilizou o corpo: temos
os braços e as pernas mais compridos, uma estatura maior e um peso menor relativamente à
estatura. No crânio temos adaptações próprias e únicas: cérebros muito grandes, em média cerca
de 1400 cm3, crânio arredondado com uma frente alta e sem rebordos ósseos sobre as órbitas,
maxilar inferior na mandíbula e molares pequenos36.
33
Gracia, 2001, pp. 55.
34
Ibidem.
35
Ibidem, pp. 59.
36
Ibidem.
39
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Actualmente existe uma grande diversidade no aspecto da nossa espécie. São adaptações
ou variações regionais, desde as mais óbvias como a cor da pele ou a forma do crânio até outras
de índole mais genética, menos visíveis.
Os últimos vestígios encontrados tendem a apoiar esta última hipótese e, actualmente, são
poucos os cientistas que sustêm a hipótese multi-regional da origem dos humanos modernos.
Mas esta grande variedade não deve confundir-nos, somos uma única espécie.
Além das diferenças morfológicas, no início o Homo sapiens não se diferenciava no seu
comportamento do Neanderthal, mas, devido talvez a uma mudança ou mutação genética,
neurológica, o sapiens desenvolveu uma capacidade para a cultura que lhe deu uma clara
vantagem de adaptação sobre o Neanderthal.
Esta mudança reflectiu-se em formas de organização social mais flexíveis, com novos
tipos de agrupamentos, vida cerimonial e ritual, símbolos e finalmente arte. Tudo isto enquanto o
Neanderthal habitava os mesmos territórios.
Se há uma coisa que distingue os seres humanos das restantes formas de vida é a
capacidade para o pensamento simbólico: a de gerar símbolos mentais complexos e alterá-los
para formar novas combinações.
40
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
41
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
poder formular as suas conclusões. De entre as disciplinas mais afins encontramos a História,
Geografia, Geologia, Biologia, Anatomia, Genética, Economia, Psicologia e Sociologia,
juntamente com as disciplinas altamente especializadas como a linguística e a arqueologia,
anteriormente mencionadas (Llobera, 1975).
A abordagem à temática da evolução humana é feita no 3.º ciclo do ensino básico, no 7.º
ano de escolaridade e na disciplina de História: Tema A – Das Sociedades Recolectoras às
Primeiras Civilizações, 1.1. As Sociedades Recolectoras.
37
Vieira, 1995, pp. 12
38
Ibidem, pp. 13.
42
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
histórico através da expressão ideias históricas na sua linguagem, desde os primeiros anos de
escolaridade. Esta construção do pensamento histórico é progressiva e gradualmente
contextualizada em função das experiências vividas.”39
O saber histórico constrói-se, com base nos significados tácitos que cada sujeito atribui às
mensagens, por inferência de múltiplas fontes, diversas no seu suporte e nos seus pontos de vista.
O pensamento histórico não se limita a uma interpretação parcelar e linear das fontes; alimenta-
se de narrativas progressivamente construídas, criticadas e reconstruídas. Este caminho é
percorrido por quem interpreta, por quem aprende, e é essencial para a construção de sínteses
progressivamente contextualizadas. A apreensão do contexto de uma situação histórica deverá
sobretudo ser encarada como um ponto de chegada na aprendizagem, mas um ponto de chegada
sempre momentâneo.
Sob este enquadramento, ser historicamente competente nos dias de hoje, implica:
- saber ler fontes históricas diversas, com variados suportes e mensagens;
39
Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais, 2001, pp. 87.
43
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
- saber confrontar as fontes nas suas mensagens, nas suas intenções e na sua validade;
- saber seleccionar as fontes, para confirmação e refutação de hipóteses;
- saber entender o “Nós” e os “Outros”, em diferentes tempos e espaços;
- saber levantar novas questões, o que constitui, afinal, a essência do processo do
conhecimento.
Estes pressupostos estão presentes na forma como os manuais escolares do 7.º ano de
escolaridade abordam a temática da evolução humana:
40
Programa História, Plano de Organização do Ensino-Aprendizagem, 2001, volume II, Ensino Básico, 3.º Ciclo,
Ministério da Educação, Direcção Geral dos Ensinos Básico e Secundário, pp. 15.
41
Ibidem.
44
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Esta visão linear sobre a evolução humana tende a descrever sucessivamente formas de
vida mais evoluídas e complexas que conduzem ao homem actual. Este modelo pedagógico
veicula “a ideia de uma via ascendente de evolução (...) da qual o Homo sapiens seria a
culminância”43. De acordo com as últimas investigações paleoantropológicas, esta perspectiva
antropocêntrica está errada, pois em algum momento a evolução ocorreu para que surgisse o
homem e a nossa espécie não representa qualquer ponto de chegada evolutivo.
42
Barreira e al., 2002, pp. 13 e Crisanto e al.,2002, pp. 21.
43
Vieira, 1995, pp. 11.
45
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Alunos e professores têm vindo a revelar ao longo de sucessivos anos lectivos algumas
dificuldades na forma como abordam o processo de ensino/aprendizagem nesta área. Refira-se
que a temática da evolução humana é abordada, no ensino básico, no sétimo ano de escolaridade.
Assim, o primeiro contacto com esta temática dá-se tendo os alunos uma média de idades
que situamos entre os doze e os treze anos de idade. Este jovens, e tendo em conta as suas
potencialidades cognitivas, sentem-se fascinados pela “descoberta das origens”, como se
residisse lá a génese da sua identidade como seres vivos. Torna-se óbvia a necessidade de lidar
com o “tempo longo”. Estudar e apreender processos evolutivos que têm por suportes
cronológicos períodos de milhões de anos torna-se, desde logo, um obstáculo difícil de superar.
E, por vezes, nem o recurso a tabelas cronológicas consegue resolver o problema.
46
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
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Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
4 - AS TIC E A EDUCAÇÃO
A investigação sobre a aprendizagem e o ensino baseados nas TIC sofreu uma profunda
transformação, em parte devido à evolução das teorias das ciências da educação.
A tecnologia informática na área da educação foi, durante muito tempo, dominada por
uma abordagem behaviorista que encarava a aprendizagem como resultado de um processo de
condicionamento e em que estímulos exteriores provocavam respostas ou reacções. Esta visão
relegou os produtos de software educativo para um papel algo redutor relativamente às suas reais
potencialidades. Ao enfatizar o saber-fazer, característica das escolas behavioristas, os produtos
da aprendizagem foram entendidos como dependentes de certas condições externas do ambiente
de aprendizagem, perspectiva que condicionou as técnicas de ensino e, consequentemente, o
software educativo.
48
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Os modelos behavioristas têm vindo a ser postos em causa por uma concepção de
aprendizagem mais abrangente que tem a sua origem na teoria construtivista.
44
Brown e al., sd.
49
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
professores, o tipo de situações a que os alunos são expostos ou criam, constituem os aspectos
determinantes no processo de aprendizagem. A utilização do computador pode contribuir para a
criação de todo o tipo de desafios, dificilmente criados sem computador (PONTE, J. P.,1992).
As teorias construtivistas sustêm a ideia do aluno activo, com poder para criar o seu
próprio mundo e evoluir como resultado da sua própria experiência adquirida. A aprendizagem
torna-se um processo onde a descoberta do significado, organização e ordem duma situação é
capaz de acarretar uma mudança interior.
50
Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
No plano teórico, assistimos a uma transição gradual das correntes cognitivas, que
colocam a tónica no pensamento do indivíduo, para correntes que privilegiam a natureza social
da cognição e da significação. Há um interesse cada vez maior pelas teorias que valorizam o
estudo das relações entre indivíduos, instrumentos de mediação e os grupos sociais.
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Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
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Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
Pela sua duração e implantação a nível nacional, o Projecto Minerva foi um marco
importante na sensibilização de professores e alunos.
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Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
O Projecto IVA (Informática para a Vida Activa), foi criado em 1990/91 e terminou em
1992; surge ainda ao abrigo do Projecto MINERVA.
Foram seleccionadas cerca de vinte e oito escolas secundárias com o 12.º ano,
distribuídas pelas cinco regiões educativas. O equipamento e suporte lógico foram entregues às
direcções regionais de educação que ficaram responsáveis pela sua distribuição às escolas.
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Com a conclusão do Projecto MINERVA, e decorrente da sua avaliação, que deu origem
a duas publicações editadas pelo DEPGEF (Departamento de Programação e Gestão Financeira)
- uma realizada por peritos da OCDE e outra elaborada pelo Professor Doutor João Pedro da
Ponte - foi lançado um novo Programa das TIC na Educação, designado EDUTIC, homologado
em Março de 1995.
O EDUTIC era constituído por seis subprogramas, que tinham como objectivos gerais:
- o apoio à produção e edição de software educativo;
- o apoio à formação de professores;
- o apoio à criação de "centros de excelência" que acompanhassem o desenvolvimento de
projectos educativos da escola e respectivo financiamento;
- a promoção da cooperação internacional, em especial com os países da União Europeia
(UE), os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e a Rede Ibero-Americana de
Informática na Educação (RIBIE);
- o apoio à investigação tecnológica, tecnologias para o ensino especial, para o ensino à
distância, realidade virtual, entre outros;
- apoio à disseminação da informação com interesse para a educação, apoio à produção e
disponibilidade de informação para divulgar na Internet.
Para isso, era importante permitir à escola a liberdade de conceber e planear os seus
próprios projectos, facultando-lhes os meios para a sua concretização e promovendo o
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disponibilização de materiais produzidos pela escola e ainda uma forma de permitir às escolas a
partilha e cooperação com outras escolas, com a comunidade científica e outros.
O nosso país segue uma política norteada pelas políticas europeias – eEurope e Plano de
Acção eLearning, Designing Tomorrow’s Education – que visam fomentar a utilização das TIC,
nomeadamente a Internet, perspectivando uma melhor qualidade do ensino-aprendizagem.
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- até 2004, deverá alcançar-se um ratio entre 5 a 15 alunos por computador multimédia,
em todas as escolas;
- até 2002, deverá ser disponibilizado um conjunto de serviços e recursos educativos na
Internet, assim como plataformas de ensino on-line para professores, pais e alunos;
- deverão ser revistos os currícula de forma a integrar novas metodologias de
aprendizagem, baseadas nas TIC.
Os objectivos traçados pelo documento “Estratégias no âmbito das TIC para a educação”
têm sido materializados por um conjunto de iniciativas, a vários níveis, entre as quais
salientamos as seguintes45:
- definição, desenvolvimento e certificação de competências básicas em TIC dos alunos,
professores e adultos:
● foi definido um perfil geral de formação básica em TIC para os professores no
âmbito do projecto europeu PICTTE (Profiles in ICT for Teacher Education) em
que o Programa Nónio – Século XXI e alguns dos seus Centros de Competência
estiveram envolvidos;
● realizaram-se encontros para debater a formação inicial e contínua de
professores e as TIC.
45
Esta informação foi recolhida a partir de um artigo da autoria de Ida Brandão (DAPP, Programa Nónio – Século
XXI) e publicado na Revista 6 (Dezembro 2002), Departamento de Educação Básica, Ministério da Educação e
citado na bibliografia.
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Decreto-lei n.º 209/2002, de 17 de Outubro (altera o Decreto-lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro - Reorganização
Curricular do Ensino Básico).
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O mesmo diploma, para o 2.º ciclo, propõe que a abordagem às áreas curriculares não
disciplinares – Estudo Acompanhado, Formação Cívica e Área de Projecto – se faça em
articulação entre si e com as outras disciplinas, devendo a componente do trabalho a desenvolver
incluir as TIC.
Esta área curricular disciplinar passará a ser leccionada no 9.º ano de escolaridade num
bloco semanal de noventa minutos.
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Capítulo II – A Evolução do Homem e as TIC no Ensino
5- AS TIC E A HISTÓRIA
As TIC podem dar uma perspectiva mais abrangente à informação de algumas das
características do tempo histórico em questão e fornecer uma variedade maior de fontes em
disco, em CD-ROM ou através da Internet, o que pode incentivar os alunos a especular sobre os
resultados das suas investigações e a introduzir a ideia de que o passado pode ser apresentado e
interpretado sob várias perspectivas.
A utilização das TIC pode levar o aluno a fazer perguntas e a descobrir respostas e,
consequentemente, a levantar questões. Assim, o aluno tem a oportunidade de seleccionar e
organizar a informação histórica, quer seja a partir de um CD-Rom, quer seja a partir de uma
página da Internet.
Mas a História também pode ser igualmente importante para a aprendizagem das TIC, na
medida em que pode dar aos alunos problemas reais para resolver, com informação real que
requeira a sua imaginação e entusiasmo.
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dadas oportunidades para aplicar e desenvolver as suas capacidades ao nível das novas
tecnologias, como base da sua aprendizagem e da aquisição de uma série de competências
consideradas essenciais. Os alunos devem ser ensinados a:
- encontrar informação a partir de uma variedade de fontes, seleccionando e sintetizando
a informação que suprima as suas necessidades e desenvolva a capacidade de questionar a sua
exactidão, origem e pertinência;
- desenvolver as suas ideias, utilizando as ferramentas das TIC para corrigir e aperfeiçoar
o seu trabalho, realçando a sua qualidade e exactidão;
- trocar e partilhar a informação, directamente através de meios electrónicos;
- rever, modificar e avaliar o seu trabalho, reflectindo criticamente na sua qualidade,
enquanto progride.
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Este site é sobre o maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até
hoje. Disponibiliza informação sobre as gravuras, visitas de estudo e conceitos afins.
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- Página de Internet “1914-1918, THE GREAT WAR and the shaping of the 20th century”
Figura 2.18 – Página de Internet “1914-1918, THE GREAT WAR and the shaping of the 20th century”
http://www.pbs.org/greatwar/index.html
Este site disponibiliza informação sobre a I.ª Guerra Mundial, desde tabelas cronológicas,
mapas, batalhas e até imagens do conflito.
Este site contém muitas informações de carácter geral relacionadas com a actividade
docente dos professores de História e também uma área de recursos, alguns deles possíveis de
download para o computador.
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Esta Página de Internet contém vários recursos que podem ser aplicados no ensino da
História. Estes recursos estão disponíveis para o utilizador em vários formatos (word, pdf,
powerpoint, etc.) e vão desde planificações de aulas, esquemas, testes, jogos, entre outros).
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Figura 2.22 – - Página de Internet “The National Centre for History Education”
http://www.hyperhistory.org
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