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Comentários

e sugestões
A seguir apresentamos comentários, sugestões
e informações adicionais para o trabalho com
os capítulos e as seções deste livro. Aqui, você
também encontra propostas de outras atividades
e textos complementares, úteis tanto para sua
formação quanto para ampliar o conhecimento
dos alunos. Aproveite as sugestões, planeje suas
aulas e torne o dia a dia em sala de aula mais
prazeroso e produtivo para todos!

Um bom trabalho!

Peter Waters/
Shutterstock.
com/ID/BR

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UNIDADE

1
O estudo dos

UNIDADE
seres vivos

Objetivos Conceitos

• Reconhecer o que é biosfera. • Biosfera.


CAPÍTULO

• Conhecer informações sobre • Ecossistemas terrestres.


1 Os seres vivos ecossistemas terrestres e • Ecossistemas aquáticos.
e o ambiente aquáticos.

• Conhecer as características • Metabolismo.


CAPÍTULO

2 Características dos seres vivos. • Organização celular.


dos seres vivos • Ciclo de vida.
• Capacidade de responder a
estímulos.
• Homeostase.
• Conhecer hipóteses para a
CAPÍTULO

3 Origem e origem da vida na Terra. • Hipóteses heterotróficas e


evolução dos • Entender o que é evolução. autotróficas da vida na Terra.

seres vivos • Conhecer teorias sobre a • Panspermia.


evolução das espécies. • Teorias sobre a evolução dos
• Diferenciar as teorias da seres vivos.
evolução de Lamarck e Darwin. • Fósseis.
CAPÍTULO

4 Classificação • Reconhecer a importância da • Classificação biológica.


classificação biológica e da • Nomenclatura biológica.
dos seres nomenclatura científica.
vivos

P. 12 e 13 Abertura da unidade
•• Nessas páginas é apresentado
um exemplo de atividade execu-
tada por um biólogo. Explique
aos alunos que esse profissional
estuda as formas de vida, desde
as microscópicas, pesquisando a
estrutura e o funcionamento do
organismo, sua origem, evolu-
ção e diversificação das espé-
cies. Informe a eles que o termo
Biologia vem do latim (bio = vida
+ logos = estudo), ou seja, Biolo-
gia é a ciência que realiza o estu-
do da vida. Se achar pertinente,
comente, ainda, sobre algumas
informações históricas do desen-
volvimento da Ciência.

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Fique ligado!

Aristóteles
Desde a Antiguidade, o ser humano se interessa em conhecer o funcionamento do corpo e do
ambiente que o cerca. Entre os filósofos que se preocuparam com o estudo dos seres vivos, está
Aristóteles (384-322 a.C.), um dos primeiros filósofos a escrever sobre a Biologia.
Entre as contribuições de Aristóteles para a área de Biologia, podemos destacar a classificação e
o registro de seres vivos, incluindo vermes e insetos. Esses estudos se baseavam na observação
sistemática das características dos seres vivos a partir da dissecação deles. Ele foi o primeiro a
propor a classificação de vertebrados e invertebrados.
Outra contribuição de Aristóteles foi o desenvolvimento de estudos de anatomia comparada, que
é o estudo comparativo das formas e estruturas dos seres vivos, relacionando-os. Vale destacar
que esse método ainda é utilizado no estudo dos seres vivos.
Entre as ideias de Aristóteles, podemos destacar que ele defendia a teoria geocêntrica e a abiogênese.
A teoria geocêntrica propunha que o planeta Terra era o centro do Universo e o Sol e os demais astros
giravam em torno dele. Essa ideia predominou por muitos séculos até que o matemático e astrônomo
Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou sua versão da teoria heliocêntrica, a qual já havio sido
proposta por Aristarco (310a.C.-230a.C.) na Grécia Antiga. A abiogênese ou geração espontânea foi
uma ideia proposta para a origem da vida. Nela, os seres vivos poderiam surgir a partir de matéria
orgânica. O médico italiano Francesco Redi (1626-1697) realizou um experimento em meados do
século XVII e mostrou que essa teoria estava equivocada.
Após a morte de Aristóteles, a Biologia permaneceu em estagnação por um tempo. No período
renascentista, no século XIV, pintores e escultores buscavam compreender em detalhes a
anatomia humana para poder retratá-la com perfeição em suas obras. Por isso, nessa época foi
produzida uma quantidade significativa de obras artísticas retratando a anatomia humana.
Entre esses artistas renascentistas, destaca-se Leonardo da Vinci (1452-1519), italiano que
desenvolveu atividades de engenheiro, pintor, desenhista, escultor, arquiteto, astrônomo e
inventor. Seus estudos foram importantes instrumentos para a Biologia humana, pois ele deixou
vários desenhos sobre o desenvolvimento de fetos e órgãos internos do corpo humano, obtidos a
partir da observação da dissecação de cadáveres.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Os alunos podem dizer, por ajudem a amenizar problemas ambientais que
exemplo, que o trabalho do biólogo é importante afetam as populações humanas, como a poluição
para a compreensão do ambiente como um todo. da água e do ar.
A partir dos estudos produzidos por ele, podemos 2. Resposta pessoal. Seres vivos: ser humano, bisões,
ter um melhor entendimento da vida e das rela- plantas. Componentes abióticos: solo e rochas.
ções dos seres vivos entre si e com o seu meio. A 3.
Resposta pessoal. Os alunos podem dizer que os
partir dessa análise, podemos ter uma visão mais seres vivos se diferem dos componentes abióticos
consciente do meio ambiente e reconhecer a pelo fato de possuírem células e estas apresenta-
necessidade de conservá-lo. Além disso, os biólo- rem metabolismo, ou seja, reações químicas que
gos podem propor soluções ou estratégias que garantem a vida.

CAPÍTULO
1 Os seres vivos e o ambiente
P. 14 ••Ao trabalhar com o poema de Olavo Bilac apresentado na página, oriente os alunos
a interpretá-lo e sugira que o ilustrem de acordo com suas impressões pessoais
sobre esse recurso. Em seguida, peça-lhes que construam um poema que apresente
uma paródia do texto de Bilac, mostrando a situação da natureza atual do Brasil.
Explique a eles que uma paródia é a recriação de um texto com caráter crítico, satí-
rico e humorístico. Essa produção tem como objetivo levar os alunos a refletirem
que apesar da grande riqueza e diversidade de espécies, muitas regiões brasileiras
possuem problemas ambientais gerados por ações humanas, como desmatamento,
queimada, descarte inadequado de resíduos, tráfico de animais, entre outros. Essa
atividade permite uma relação com as disciplinas de Língua Portuguesa e Arte.

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••Estabeleça um paralelo entre esse poema e a letra do Hino Nacional Brasileiro.

1
Para isso, peça aos alunos que leiam o texto e a letra do hino, de modo que iden-

UNIDADE
tifiquem as semelhanças entre esses dois textos. Se possível, leve o hino para os
alunos ouvirem em sala de aula. Leve-os a concluir que, em ambas as obras, a
natureza do país é exaltada. Aproveite esses recursos e promova uma discussão
sobre a impressão que os habitantes do Brasil têm da natureza local, bem como as
impressões que os portugueses tiveram ao avistar a natureza brasileira.
••Explore com os alunos, ainda, o valor que os cidadãos dão à natureza, peça que
comentem se hoje em dia a natureza é valorizada. Por fim, busque promover uma
conscientização ambiental.
••A partir do poema e do texto desta página, realize uma retomada do conceito de
ecossistema, conteúdo abordado no 6o ano desta coleção e que será novamente
mencionado neste capítulo.
••Ressalte aos alunos que ecossistema é um nível ecológico, que se caracteriza pela
interação entre os seres vivos e o meio físico. Relembre aos alunos que por isso
vários ambientes podem ser considerados ecossistemas, desde que atendam a
essa premissa. Procure dar a eles exemplos de ecossistemas comuns na natureza.

P. 17 e 18 Atividades

Respostas

1.
O termo biosfera não corresponde a todas as 4.
a ) Espera-se que os alunos citem fatores como
regiões do planeta porque se refere apenas às a salinidade da água, a temperatura da água e a
regiões que apresentam condições para a existên- presença de alimento (no caso vegetal aquático).
cia de vida, ou seja, as regiões da Terra onde são b
) Reposta pessoal. Espera-se que os alunos
encontrados os seres vivos. percebam por meio da pesquisa que o peixe-
2. Resposta pessoal. Ecossistema é o conjunto formado -boi (Trichechus manatus) é uma espécie de
pelos seres vivos e pelos componentes não vivos do mamífero de grande porte de hábito aquático.
ambiente, bem como pelas interações estabeleci- Além disso, é um animal dócil e sua população
das entre essas partes. está em declínio, deixando a espécie critica-
mente ameaçada de extinção.
3. a ) Animais planctônicos: fazem parte do plâncton
As principais ações humanas que ameaçam a
e são constituídos de seres flutuantes, por
espécie são: a caça e a ocupação desordenada das
exemplo, os fitoplânctons, com pouca capaci-
áreas costeiras, que, por exemplo, afetam o parto
dade de locomoção. Animais bentônicos: fazem
e os cuidados das fêmeas com seus filhotes. A
parte do bento, por exemplo, os bivalves, pois
ocupação das aéreas costeiras, além de causar a
vivem no fundo do mar. Animais nectônicos:
poluição por despejo de resíduos, impede a espé-
fazem parte do nécton, por exemplo, a lontra- cie de dar à luz os seus filhotes nesse ambiente,
-marinha, pois podem locomover-se ativamen- fazendo que eles recorram ao litoral, resultando no
te na coluna de água. encalhe desses animais, que chegam até a praia
b ) Os alunos podem citar a temperatura, a lumi- por meio da correnteza e do movimento da onda.
nosidade, a concentração de sais na água, a Os alunos podem citar algumas medidas para
pressão da água, a correnteza, o gás oxigênio ajudar a salvar a espécie, como a divulgação dos
dissolvido na água, entre outros. riscos que ela vem correndo, além de apoiar asso-
c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos ciações e ONGs que trabalham com a recupera-
respondam que sim, pois neste ambiente é ção dessa espécie. Várias ações de preservação
possível identificar os componentes bióticos e vem sendo realizadas por institutos. Entre elas, há
abióticos, bem como a interação entre eles. o projeto Viva o peixe-boi-marinho.

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Acesse apresenta mais alta em razão da penetração das
águas salinas das marés, ou mais baixa, quando
Para conhecer mais sobre essa ação, acesse o ocorrem a evasão da maré e a inundação das
site do projeto: águas doces dos rios; o solo lodoso com forte
<www.vivaopeixeboimarinho.org/p/ odor, resultante da alta atividade de microrga-
curiosidades_21.html>. nismos decompositores da matéria orgânica,
Acesso em: 13 mar. 2016. presente em grandes quantidades nesse solo; a
existência de poucas espécies de plantas, desta-
5. a ) Clima seco (verso: “Resistente a toda seca”) e cando-se árvores de raízes aéreas, clima tropi-
forte luminosidade (verso: “Onde o sol é de cal ou subtropical, entre outras.
rachar”). Os alunos podem ainda indicar que há • Resposta pessoal. O manguezal é um local de
tabuleiros e serras que compõem o meio físico. reprodução para muitas espécies de interesse
b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comercial, como os peixes garoupa e tainha,
respondam que sim, pois o meio abiótico influen- bem como o camarão. Os manguezais também
cia no meio biótico. No caso do umbu (ou imbu), são o principal ecossistema para exploração de
essa planta apresenta características que facili- caranguejos.
tam sua existência nas condições abióticas apre-
sentadas (clima seco e forte luminosidade). Acesse
c ) ”Sua fruta de imbu / E serve de alimentos / Mais informações podem ser consultadas no
Para mico e caititu / Pra bode, cabra e ovelha, site do Instituto de Biociências da Universidade
/ Guará, raposa e tatu” de São Paulo.
6. • Resposta pessoal. Os alunos podem citar caracte- <www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/
rísticas como: a variação da salinidade, que se mangue/index.htm>. Acesso em: 22 jul. 2016.

P. 17 •• Na questão 3, ao citar a lontra brasileira (Lontra longicaudis), comente com os alunos


que ela é uma espécie carnívora encontrada em praticamente todos os ambientes
aquáticos, desde banhados, pequenos riachos e até nos limites com o mar.
Veja, a seguir, um exemplo de cadeia alimentar de um ecossistema aquático envol-
vendo a lontra brasileira.
fitoplâncton crustáceos de água doce peixe lontra decompositores

••Ao trabalhar a atividade 5 da página 18, leia Acesse


com os alunos o cordel e, caso necessário, auxi-
Mais informações sobre a
lie-os na interpretação. Explique que o cordel é
literatura de cordel podem
um gênero textual popular no Nordeste brasi-
ser encontradas no site
leiro. Caracteriza-se por apresentar histórias da Academia Brasileira de
em forma de versos e com rimas, métricas Literatura de Cordel.
específicas e gravuras em estilo xilogravura.
<http://ablc.com.br/>.
Esses cordéis são veiculados em folhetos, os
Acesso em: 5 mar. 2016.
quais são expostos e vendidos pendurados em
barbantes ou cordas (como se fossem varais).
Por serem expostos dessa forma, os intelectuais e pesquisadores da época do seu
surgimento no Brasil se referiram a eles como cordéis.
••A atividade 6 da página 18 se refere aos manguezais. Diga aos alunos que os vege-
tais presentes nos manguezais são resistentes à salinidade e à força das marés. Os
manguezais são considerados ecossistemas de água salobra.
De acordo com as informações do Ministério do Meio Ambiente, as áreas de
manguezais cobriam aproximadamente 1 225 444 hectares do litoral brasileiro, em
2009. Porém, essa área vem sendo reduzida ano a ano em virtude de sua utili-
zação para a construção civil, pela poluição causada pelo descarte inadequado
de resíduos e esgoto, por vazamento de combustíveis e pela exploração indevida de
seus recursos naturais.

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2 Características dos seres vivos

1
Capítulo

UNIDADE
P. 19 ••Trabalhe com os alunos a reportagem que inicia o capítulo. Explique-lhes que a
descoberta de novas espécies é um acontecimento constante dentro das dife-
rentes áreas da Biologia e que, todos os anos, pesquisadores relatam, em média,
15 mil novas espécies. Explique também que, para ter validade no meio científico, a
descoberta de uma espécie deve ser relatada por meio de publicação científica em
revista especializada na área de estudo.
••Destaque que há um consenso entre os pesquisadores de que ainda há muitas
espécies a serem descritas, especialmente em ambientes de difícil acesso, como
nas zonas abissais, marinhas e em áreas de grandes altitudes. Assim, a pergunta
sobre quantas espécies há no mundo ainda continua sem uma resposta definitiva.
P. 24 ••Esta página traz informações sobre o ciclo de vida da arara-azul-grande. Explique
aos alunos que essa arara é da espécie Anodorhynchus hyacinthinus, e que ela é
o maior representante da família das araras em todo o mundo. Sua plumagem é
totalmente azul com amarelo na base da mandíbula e em torno dos olhos. Essas
características distinguem essa espécie das demais.
A arara-azul-grande se alimenta de sementes, frutas, insetos e até de pequenos
invertebrados. Durante seu voo é capaz de realizar curvas fechadas facilmente,
apesar do tamanho do corpo. Normalmente, essas aves podem viver até 30 anos.
As araras são espécies procuradas para servirem como animais de estimação,
desde o século XVI, e suas penas exuberantes passaram a ser usadas em ador-
nos e artesanatos. A caça e a captura das araras (filhotes e adultos) têm ocasio-
nado a diminuição da quantidade de araras no ambiente. Atualmente, a arara-
-azul-grande encontra-se criticamente ameaçada e enfrentando um risco alto de
extinção na natureza.
Para evitar que as araras-azuis-grandes desapareçam da natureza, órgãos de prote-
ção desenvolvem ações de preservação desta espécie. Veja um exemplo a seguir.

Acesse
O projeto Arara Azul vem desenvolvendo um importante trabalho de preservação e
manejo da espécie. Para conhecer o projeto, acesse:
<http://www.projetoararaazul.org.br/Arara/default.aspx>.
Acesso em: 13 mar. 2016.

P. 27 e 28 Atividades
Respostas

1.
As principais características que diferenciam os 2.
O urubu é um ser vivo heterótrofo, pois não produz
seres vivos dos componentes não vivos do seu próprio alimento, necessitando obter energia a
ambiente são: os seres vivos apresentam metabo- partir de outros seres vivos. A vitória--régia é um
lismo, são formados por células com atividade
ser vivo autótrofo, pois é capaz de produzir seu
metabólica ativa, têm ciclo de vida, são capazes
próprio alimento por meio da fotossíntese.
de se reproduzir, respondem a estímulos do
ambiente, apresentam homeostase e suas espé- 3. a ) Ambas as células apresentam membrana plas-
cies evoluem, podendo originar novas espécies. mática, citoplasma, organelas e núcleo.

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b ) As seguintes estruturas estão presentes na pela parede celular em uma cortiça, e esses espa-
célula vegetal e não estão presentes na célula ços eram semelhantes a pequenas celas.
animal: parede celular, grande vacúolo e plas- 7. a ) Em 2013, o ciclo de vida médio de um brasileiro
tos. Além disso, a célula animal apresenta durava cerca de 75 anos.
centríolos. b ) Em relação ao ano atual, é necessário pesqui-
c ) As células procarióticas não apresentam núcleo sar no site do Instituto Brasileiro de Geografia e
delimitado por membrana. Estatística (disponível em: <www.ibge.gov.br>,
4. Permite a geração de novos indivíduos e, assim, acesso em: 12 jul. 2016.). No link a seguir
garante a continuidade da espécie. (<www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/>,
acesso em: 12 jul. 2016.), é possível encontrar a
5. Resposta pessoal. Homeostase é a capacidade de projeção da população brasileira.
regular o metabolismo e manter o meio interno,
c ) Resposta pessoal. A diferença é de 12,3 anos.
mesmo com variações ambientais. Espera-se que os alunos mencionem que, ao
6. a ) O instrumento utilizado para observar as célu- longo desse tempo, o país teve uma melhora na
las é o microscópio. Ele é importante porque as qualidade de vida, reduzindo a desnutrição por
células apresentam tamanho muito reduzido, meio do maior acesso a alimentos; melhoria no
não sendo possível observá-las sem o auxílio atendimento de saúde, com o desenvolvimento
de instrumentos capazes de ampliar sua de tecnologias na área da medicina, com a cria-
imagem, como o microscópio. ção de vacinas, ampliação do acesso a medica-
b ) Robert Hooke foi um cientista inglês que estu- mentos gratuitos pela população; entre outras
dava a estrutura de cortiças, a fim de entender melhorias, que permitiram uma maior longevidade.
por que elas flutuavam. Para isso, ele fez cortes d ) Resposta pessoal.
finos de cortiça e os observou no microscópio. 8. a ) A situação da estrela-do-mar representa uma
Com essas observações, Hooke constatou que reprodução, pois houve a formação de novos
a cortiça era formada por vários espaços preen- indivíduos.
chidos por ar. Em 1665, ele publicou uma obra b ) Reprodução assexuada, pois não houve a parti-
denominada Micrographia, na qual chamou cipação de gametas.
esses espaços vazios de célula. c ) Resposta pessoal. Os alunos podem citar que a
c ) O termo célula significa “pequenas celas”. Ele foi lagartixa solta a cauda, por exemplo, quando é
utilizado porque, durante as primeiras observa- tocada, ou quando se encontra sob a ameaça
ções, foram identificados os espaços delimitados de algum predador.

••Ao trabalhar com os alunos a atividade 6 da página 27, se considerar adequado,


apresente-lhes as seguintes informações:
Fique ligado!

Robert Hooke
Robert Hooke nasceu em 1635, no sul da Inglaterra, e sempre mostrou habilidade para construir
materiais, especialmente brinquedos. Estudou as línguas clássicas e, aos 13 anos, mudou-se para
Londres, onde começou a trabalhar como aprendiz de artistas e cientistas.
Aos 18 anos, ingressou na Universidade de Oxford, onde iniciou suas descobertas acadêmicas
e desenvolveu sua especialidade na realização de experimentos. Atuou em diferentes áreas da
Física, Astronomia, Matemática e Biologia.
Hooke construiu a bomba de ar moderna, que permitia a rarefação e a compressão do ar. Com essa
bomba, fez vários experimentos, entre eles, os da formulação da lei dos gases ideais.
Outro instrumento aprimorado por Hooke foi o microscópio. Com esse instrumento, em 1663, ele
observou a estrutura da cortiça, para entender o porquê de ela ser um material leve e flutuante. Então,
resolveu cortá-la em fatias, que pudessem ser observadas ao microscópio, e observou que a cortiça
é formada por cavidades preenchidas com ar. Depois disso, ele publicou a obra Micrographia, em que
chamou as estruturas ocas de células, denominação que é utilizada até os dias de hoje.

••A atividade 7 da página 28 traz os dados da expectativa de vida dos brasileiros,


entre os anos de 1980 e 2013. Trabalhe com os alunos essa questão, promovendo
um debate sobre a expectativa de vida ao longo dos anos.
É importante que os alunos percebam que essa expectativa vem aumentando. Soli-
cite-lhes que reflitam sobre isso e façam uma pesquisa para determinar quais fato-
res têm contribuído para esse acontecimento. Essa atividade pode ser trabalhada
em conjunto com as disciplinas de Geografia e Matemática.

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3 Origem e evolução dos seres vivos

1
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 29 a 32 ••Ao trabalhar a evolução, comente com os alunos que esse assunto se baseia em
evidências, não sendo apenas uma história para explicar algo, mas um conheci-
mento construído a partir de estudos científicos. Entre essas evidências, podemos
destacar as homologias anatômicas e fisiológicas, as genéticas e o registro fóssil.
••Caso os alunos questionem sobre o criacionismo, incentive-os a expressar livre-
mente suas opiniões. Lembre-os de que a visão criacionista da vida deriva de
conhecimento religioso, que se baseia em dogmas, ou seja, princípios estabele-
cidos em uma doutrina religiosa como certos e indiscutíveis. Enfatize, ainda, que
todo tipo de conhecimentos deve ser respeitado.
Destaque, porém, que a base da explicação religiosa da origem da vida é diferente
da explicação científica, que se apoia em fatos e evidências.
••Por fim, comente com os alunos que o assunto origem da vida sempre foi muito
questionado, intrigando os povos desde o início das civilizações. Alguns deles, ao
tentar explicá-la, criavam histórias ilustrativas sobre o pensamento e as crenças
de sua cultura. Um exemplo disso é o mito de Gaia, proposto pelos gregos, o qual
explicava como eles criaram os humanos.

Acesse
Você encontrará esse mito em Mitologia grega: Gaia ou Geia.
<www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MGGaia00.html>.
Acesso em: 14 mar. 2016.

P. 34 e 35 ••Ao estudar a página 34 com os alunos, mencione que o fixismo é o nome dado à
ideia de que todas as espécies permanecem como são ao longo do tempo. Segun-
do essa ideia, as pressões ambientais não modificam os indivíduos e os seres vivos
atuais seriam tais quais os seres vivos do passado. Essa ideia se contrapõe à do
evolucionismo, que se baseia em evidências do passado (fósseis) e experimentos
que sustentam a teoria de que os organismos se modificam em resposta a deter-
minadas situações ambientais.
Um dos ramos do fixismo é o Criacionismo, o qual defende a ideia de que todas
as espécies foram criadas por um ser supremo e mantiveram-se na natureza sem
modificações.
••A lei do uso e desuso e a herança dos caracteres adquiridos não foram de autoria
de Lamarck. Essas ideias tinham grande aceitação à época, e Lamarck as utilizou
para explicar sua teoria sobre a evolução dos seres vivos.

P. 36 e 37 ••Ao estudar essas páginas, explique aos alunos o que significa dizer que uma espé-
cie tem um ancestral. Para isso, analise com os alunos a imagem da página 36, o
cladograma. Verifique com eles que, na base do cladograma, aparece um ancestral
comum às demais espécies apresentadas.
••Explique aos alunos que, ao mesmo tempo que Darwin desenvolvia sua teoria, o
inglês Alfred Russel Wallace trabalhava em uma teoria com as mesmas bases.
P. 38 •• Ao trabalhar o boxe dessa página, comente que a palavra fóssil deriva do termo latino
fossile, que significa “retirado da terra”. A ciência responsável por estudar os organis-
mos fossilizados, parte deles ou seus vestígios é chamada de paleontologia.

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••Com uma melhor compreensão da anatomia, da fisiologia e do genoma dos seres
vivos passou-se a incorporar novos conhecimentos às ideias de evolução propos-
tas por Darwin e Wallace, resultando na teoria sintética da evolução, ou neodarwi-
nismo, proposta na década de 1940. Essa teoria apresenta três pontos principais:
1. As características hereditárias são passadas de uma geração para outra por
meio dos genes, os quais apresentam alelos. Cada indivíduo apresenta diferen-
tes combinações de alelos, as quais estão relacionadas com as variações das
características entre os indivíduos de uma população.
2. No material genético dos organismos podem ocorrer mutações, as quais são
responsáveis pelas variações nas características dos indivíduos de uma popula-
ção. Elas podem ser benéficas, prejudiciais ou neutras, e podem levar ao surgi-
mento de novas espécies ou à eliminação da atual.
3.
As alterações em uma população podem ocorrer aleatoriamente, ou seja, as
alterações na frequência dos genes de uma população podem ocorrer ao acaso.
Esse mecanismo é chamado de deriva genética.

Valores
em ação Persistência no estudo dos seres vivos
P. 39 Nesta seção, os alunos conhecerão informações sobre a viagem de Darwin, a qual
permitiu que ele coletasse informação para defender suas teorias. Nessa história, desta-
ca-se a persistência de Darwin no estudo dos seres vivos, superando situações difíceis
durante a viagem, e depois para defender suas teorias, que não eram aceitas na época.
Objetivos pode ser percebido em suas notas de viagem,
••Entender que a persistência de cientistas, como que, após alguns anos, foram reunidas no livro
Darwin, garantiu os avanços nos conhecimen- A viagem do Beagle.
tos que temos atualmente. Para conhecer mais sobre a viagem de Darwin
e sua passagem pelo Brasil, consulte os seguin-
••Compreender a importância da persistência
tes sites:
para atingirmos nossos objetivos.

Comentário Acesse

•• Em sua viagem, Darwin passou por vários lugares Brasil visto por Darwin.
<http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/reuniao-
do mundo, incluindo o Brasil. Algumas das escalas
anual-da-sbpc-2008/o-brasil-visto-por-darwin>.
do Beagle no território brasileiro foram Fernando de Acesso em: 13 mar. 2016.
Noronha, Salvador, Abrolhos e Rio de Janeiro, local Darwin e a volta ao mundo.
em que Darwin passou quatro meses. <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/darwin-e-a-
Ao passar pelo Brasil, a deslumbrante natureza volta-ao-mundo-pelo-beagle/>.
Acesso em: 13 mar. 2016.
e a paisagem tropical encantaram Darwin. Isso
Respostas
1.
Os alunos podem dizer que a persistência pode Além disso, a persistência foi importante para Darwin
resultar em diversas descobertas que possibilitam no momento de divulgar e sustentar sua teoria, pois
avanços científicos e tecnológicos. A persistência foi ele não desistiu, mesmo diante de várias críticas.
importante nos estudos de Darwin. Assim, ao realizar a 2.
Resposta pessoal. Os alunos poderão citar exemplos
viagem a bordo do Beagle, enfrentou os desafios que como: continuar um estudo, mesmo quando parece
uma viagem desse porte representa, observando e difícil; não desistir de um esporte; não deixar de
estudando os seres vivos de diferentes regiões, o que tentar determinadas atividades só porque parecem
contribuiu para o desenvolvimento de suas teorias. complicadas no início.

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1
Lendo
Carta

UNIDADE
P. 40 e 41 Nesta sessão, os alunos vão conhecer como se inicia e se desenrola uma pesquisa
científica, por meio dos registros de um biólogo apaixonado por formigas.

Objetivos utiliza-se o método científico baseado na expe-


rimentação para chegar a conclusões a respei-
••Entender como se inicia e se desenvolve uma
to da veracidade ou da falsidade de determi-
pesquisa científica.
nada hipótese levantada inicialmente. Enfatize,
••Perceber algumas das etapas do método cien- ainda, que há vários métodos científicos que
tífico descritas na carta.
podem ser utilizados. Consulte o link indica-
Comentário do no boxe Acesse e obtenha algumas infor-
mações sobre os métodos Indutivo, Dedutivo,
••Esclareça aos alunos que a ciência trabalha Hipotético-Dedutivo e Dialético.
com a comprovação científica e, geralmente,

Acesse Leia
Para conhecer mais sobre os diferentes métodos Para entender a importância dos diferentes
que podem ser usados em pesquisa, acesse o site métodos para se fazer ciência, são indicados
da Universidade Estadual da Paraíba. dois livros.
<www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/ LOPES, A. R. C. Conhecimento escolar: ciência e
geografia/metodologia_cientifica/Met_Cie_ cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999.
A04_M_WEB_310708.pdf>. ALVES, R. Filosofia da Ciência: introdução ao jogo
Acesso em: 16 mar. 2016. e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1981.

Respostas Antes da leitura


1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos pela ciência com a intenção de estimular outros
respondam que a ciência é o conhecimento e o jovens a se tornarem futuros pesquisadores ou
estudo acerca de determinado tema ao longo do para incentivar outras pessoas a respeitarem e a
tempo, desenvolvido por pesquisadores por meio apreciarem a natureza como ele o fazia.
de experimentos científicos. Esse conhecimento
possibilitou avanços científicos e tecnológicos 3.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos rela-
trazendo benefícios para diferentes áreas, como a tem que a pergunta contida no título indica que o
saúde, a educação, o meio ambiente, entre outros. texto tratará sobre o conceito de ciência, segundo
2. Resposta pessoal. Os alunos podem argumentar o autor, e pode direcionar o leitor a refletir sobre o
que o biólogo resolveu compartilhar sua paixão que ele sabe a respeito desse tema.

Respostas Durante a leitura


a ) O autor definiu ciência como um conhecimento segunda hipótese formulada era a de que
organizado e que pode ser verificado, tanto do apenas algumas das substâncias liberadas
mundo como de nós mesmos. durante a decomposição dos cadáveres são
b ) Espera-se que os alunos identifiquem o questiona- identificadas pelas formigas coveiras.
mento proposto pelo autor sobre como as formi- d ) Os alunos podem identificar que a pergunta se
gas identificavam a morte de outra de sua colônia. refere a quais substâncias, entre as testadas,
c ) Espera-se que os alunos verifiquem que a ativavam a resposta das formigas coveiras.
primeira hipótese foi relacionada ao reconheci- e ) Os alunos podem localizar que o ácido oleico e
mento do odor de decomposição das formigas um de seus oleatos eram as substâncias respon-
mortas pelas formigas coveiras, enquanto a sáveis pelo reconhecimento dos cadáveres.

27

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Respostas Depois da leitura
1. Espera-se que os alunos respondam que a ciência 2. Os alunos podem citar as etapas relacionadas à:
representa o estudo de um fenômeno por meio observação do comportamento das formigas de
da formulação de hipóteses respondidas através deslocarem os seus cadáveres para um local
de experimentos científicos. Assim, o relato de específico fora do ninho; proposição de hipóteses
Wilson esclarece o conceito e mostra como a acerca da causa desse comportamento; realiza-
ciência trabalha para responder aos questiona- ção de experimentos para testar quais substân-
mentos propostos pelos cientistas e pela própria cias ativavam a resposta das formigas e as
necessidade do ser humano de compreender conclusões obtidas a partir da observação dos
determinadas situações que ocorrem no mundo. resultados dos experimentos.
3. Resposta pessoal.

P. 42 e 43 Atividades
Respostas

1.
De acordo com a hipótese heterotrófica, os primei- 4.
Item d.
ros seres vivos não eram capazes de produzir seu 5. a ) Os fósseis são restos ou vestígios de seres
próprio alimento, enquanto para a hipótese auto- vivos do passado.
trófica os primeiros seres vivos produziam seu b ) Porque as conchas são mais resistentes.
próprio alimento. A panspermia considera que a
c ) Espera-se que os alunos ilustrem o molusco
vida se originou em outras partes do Universo e
morto, com sua concha coberta por camadas
teria chegado à Terra por meio de meteoritos.
de sedimentos. Além disso, espera-se que eles
2. a ) Miller e Urey tinham por objetivo observar se expliquem que alguns minerais presentes no
era possível que moléculas orgânicas simples ambiente se depositaram sobre componentes
se formassem a partir dos gases presentes na da concha, tornando-a uma estrutura compac-
atmosfera primitiva. Eles consideraram como ta, a qual pode ser preservada por longo tempo.
condições da Terra primitiva aquelas sugeridas 6. a ) De acordo com a ideia de geração espontânea,
por Haldane e Oparin. seres inanimados (como o pão) poderiam dar
b ) O recipiente A representava a atmosfera primi- origem a seres vivos.
tiva. O recipiente B, os corpos de água, onde b ) Resposta pessoal. Deixe espaço aberto para as
teriam surgido os primeiros seres vivos. respostas dos alunos. Oriente-os, dizendo que
c ) O experimento fortaleceu a hipótese de Hala- esporos (ou pequenas partes do fungo) esta-
dane e Oparin, pois Miller e Urey conseguiram riam presentes no pão, quando Francisco o
obter compostos orgânicos simples, a partir de comprou. Ao ser guardado, esses esporos se
reações químicas dos gases que supostamente desenvolveram. Os fungos serão estudados
constituíam a atmosfera primitiva. mais adiante neste livro.
3. a ) Resposta pessoal. A lei do uso e do desuso afir- c ) Provavelmente, Pasteur explicaria que o bolor
ma que as estruturas de um organismo que no pão teria surgido em razão de o alimento
são utilizadas com maior frequência se desen- estar em contato com o ar, o qual apresenta
volvem mais, enquanto as estruturas menos microrganismos capazes de se nutrir da maté-
utilizadas se desenvolvem menos, podendo ria orgânica presente no pão.
até desaparecer. 7.
De acordo com a seleção natural, em uma popula-
b ) Resposta pessoal. A herança dos caracteres ção, os indivíduos não são todos iguais. Por exem-
adquiridos afirma que as modificações ocorri- plo, há mariposas escuras e outras claras. As
das nos indivíduos, em decorrência do uso e características de um indivíduo podem aumentar
do desuso, seriam transmitidas aos seus suas chances de sobreviver e de se reproduzir,
descendentes. deixando descendentes que apresentem essas

28

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características. No caso da mariposa, após a

1
Acesse
industrialização, indivíduos escuros camuflavam-

UNIDADE
Informações sobre Darwin no Brasil podem ser
se de modo mais eficaz nos troncos escuros,
encontradas nos sites:
protegendo-se dos predadores, o que aumentava UNESP. Universidade Estadual Paulista Júlio de
suas chances de sobreviver e de se reproduzir. Mesquita Filho.
Essa característica (cor escura) foi, então, sele- <www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/darwin_
cionada pelo meio, sendo transmitida às gera- brasil.htm>.
Acesso em: 22 jul. 2016.
ções posteriores. UFMG. Universidade Federal de Minas Gerais.
8. Durante sua visita ao Brasil, Darwin passou por <http://labs.icb.ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/
Fernando de Noronha, Bahia e Rio de Janeiro, por darwin/darwinnobrasil.html>.
Acesso em: 22 jul. 2016.
exemplo. Ele coletou espécies da nossa fauna e UFRJ. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
flora e ficou admirado com a natureza brasileira. <www.casadaciencia.ufrj.br/caminhosdedarwin/
Porém, um dos pontos de que mais o chocaram downloads/diario_darwin_rio.pdf>.
foi a existência da escravidão. Acesso em: 22 jul. 2016.

••Ao trabalhar a atividade 5 da página 42, explique aos alunos que o amonite,
também chamado de amonoide, pertence a um grupo de moluscos cefalópodes já
extinto. Na unidade 2, há mais informações sobre os moluscos cefalópodes.
Por serem constituídas por material rígido, as conchas desses animais foram preser-
vadas, representando importantes registros fósseis. Os amonites são considerados
fósseis ótimos para estudar a era Mesozoica, sobretudo no período Jurássico.
Em aparência, os amonites se assemelha-

Walter Myers/SPL/Latinstock
vam aos atuais náutilus e eram capazes
de nadar e controlar a profundidade em
que ficavam. O tamanho desses seres
vivos variava de alguns centímetros a um
metro de diâmetro.
Representação artística de um
amonite (cerca de 1 m de diâmetro).

Capítulo
4 Classificação dos seres vivos
P. 44 ••Ao trabalhar a importância da classificação dos Acesse
seres vivos, mencione que classificar significa
agrupar componentes semelhantes. Há diver- Para saber mais sobre o CEP,
acesse o seguinte endereço dos
sas maneiras de classificar, e todas dependem
Correios:
de um parâmetro.
<www.correios.com.br/para-voce/
••Explique aos alunos que o CEP (Código de precisa-de-ajuda/o-que-e-cep-e-
Endereçamento Postal) usado pelos Correios é por-que-usa-lo/o-que-e-cep>.
um exemplo de sistema de classificação. Acesso em: 13 mar. 2016.
Com o objetivo de acelerar o encaminhamento,
o tratamento e a distribuição de correspondências relacionando as localidades, atual-
mente, o CEP é estruturado por meio de um conjunto numérico, composto de oito
algarismos. Cada algarismo da esquerda para a direita corresponde, respectivamente,
à região, sub-região, setor, subsetor, divisor de subsetor e identificadores de distribui-
ção. Este último refere-se aos três últimos algarismos e indica a localidade individual.
Esses números são usados para a identificação individual de localidades, logradou-
ros, códigos especiais e unidades dos Correios, da seguinte forma:

29

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Localidades não codificadas por logradouros (possuem um único CEP)
Faixa de Sufixos utilizada 000 a 999
Caixas Postais Comunitárias 990 a 998
Localidades codificadas por logradouros:
Tipo Faixa de Sufixos utilizada
Logradouro 000 a 899
Códigos Especiais 900 a 959
CEP promocionais 960 a 969
Unidades dos Correios 970 a 989 e 999
Caixa Postal Comunitária 990 a 998

P. 47 ••Explique aos alunos que, na natureza, há casos de cruzamento entre espécies


distintas, formando descendentes que não apresentam fertilidade. Esse ser vivo
é conhecido como híbrido. Como exemplos pode-se citar o caso da mula, que é
gerada pelo cruzamento entre uma égua e um
jumento, e também o ligre, fruto do cruzamen- Acesse
to entre tigre e leão.
Caso julgue necessário,
••Comente que o conjunto de espécies de um trabalhe com os alunos um
determinado local compõe a biodiversidade texto do Ministério do Meio
desse ambiente, e destaque que o Brasil é um Ambiente, que trata sobre
país de rica biodiversidade. a biodiversidade brasileira,
P. 49 • • Ao trabalhar as informações do texto desta apresentado no seguinte site:
página, informe que a classificação que divide <www.mma.gov.br/
os seres vivos em três grandes domínios foi biodiversidade/biodiversidade-
proposta por um grupo de pesquisadores lide- brasileira>.
Acesso em: 16 mar. 2016.
rados por Carl Woese.
••Esclareça que essa é uma forma distinta da classificação proposta por Lineu, pois
utiliza mais elementos para a separação dos seres vivos que os atributos morfoló-
gicos. Esse sistema de classificação se baseia em análises moleculares de compa-
ração entre sequências de nucleotídeos do RNA ribossômico das espécies.
Nessa classificação, os seres que apresentam compatibilidade na análise do seu
RNA são agrupados em um mesmo domínio.
••Essa classificação ainda é recente e não teve adesão por muitas áreas da Biologia.
Uma área que utiliza a divisão em Archea e Bacteria é a Microbiologia, pois essa
classificação confere destaque aos microrganismos, objeto de estudo dessa área.

P. 50 e 51 Atividades
Respostas

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- 2.
Porque muitos seres vivos não se encaixavam nos
dam que a classificação biológica é importante critérios estabelecidos para classificação, como a
porque facilita a identificação e a caracterização das euglena e as esponjas marinhas.
espécies. A nomenclatura biológica é importante 3. A - espécie; B - gênero; C - família; D - ordem;
porque padroniza a linguagem, facilitando a comuni- E - classe; F - filo. Espera-se que os alunos expli-
cação entre os cientistas e demais pessoas envolvi- quem que completaram o esquema como indica-
das no estudo de uma espécie. Além disso, ela evita do na página porque as espécies estão contidas
que espécies diferentes recebam o mesmo nome, ou que dentro de um gênero, estes dentro de uma família,
uma espécie tenha vários nomes científicos. e assim sucessivamente.

30

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4. O sistema de nomenclatura é chamado de bino- seguintes nomes científicos: gavião-de-penacho:

1
minal porque o nome científico de cada espécie é Spizaetus ornatus; bicho-pau: Diapheromera femo-

UNIDADE
formado por duas palavras. A primeira palavra se rata; cobra-de-duas-cabeças: Amphisbaena alba;
refere ao gênero da espécie, e a segunda é o epíte- onça-pintada: Panthera onca; urso-de-óculos: Tre-
to-específico, que caracteriza a primeira palavra e marctos ornatus; saia-branca: Datura suaveolens.
permite diferenciar duas espécies pertencentes a Para esse nível de ensino, você pode orientar os
um mesmo gênero. alunos a procurar os nomes científicos das
5. a ) Os alunos poderão citar exemplos como: espécies em sites de busca. Nos resultados,
gavião-de-penacho: possui na cabeça penas deve-se dar preferência às páginas de universi-
que lembram um penacho; bicho-pau: devido
dades ou de outras instituições de pesquisa. O
ao formato do corpo, que lembra um galho
fino, ele consegue camuflar-se entre galhos; nome científico deverá ser escrito em desta-
cobra-de-duas-cabeças: a região da cauda que, e os alunos poderão, por exemplo, sublinhar
parece ter o mesmo formato da região da cabe- as duas palavras que compõem o nome ou escre-
ça, aparentando duas cabeças; onça-pintada: o vê-lo com uma caneta de ponta mais grossa.
corpo apresenta manchas escuras de vários 6. a ) Espera-se que os alunos percebam que a mula
tamanhos, lembrando pintas; urso-de-óculos:
é fruto do cruzamento de indivíduos de duas
apresenta manchas circulares claras na região
espécies diferentes e que, por isso, não é fértil.
dos olhos, lembrando o formato de óculos;
saia-branca: a flor desse vegetal lembra o b ) O jumento e a égua apresentam as seguintes
formato de uma saia-branca. subdivisões em comum: reino, filo, classe, ordem,
b ) Resposta pessoal. Os seres vivos citados na família e gênero.
letra a, como exemplificação, apresentam os 7. Item c.

P. 51
Verificando rota
Respostas
1.
Espera-se que os alunos respondam que os seres 3.
Espera-se que os alunos compreendam que os
vivos apresentam ciclo de vida, se reproduzem, seres vivos autótrofos produzem seu próprio
possuem organismo que apresenta uma organiza- alimento. Já os seres heterótrofos obtêm seu
ção celular, metabolismo, homeostase, capacidade alimento do ambiente, por exemplo, de outros
de responder a estímulos e de evoluir, enquanto os seres vivos. Pluricelulares são seres vivos consti-
componentes do meio abiótico não apresentam tuídos de bilhões de células, e unicelulares são
nenhuma dessas características. seres vivos formados por apenas uma célula.
2. Espera-se que os alunos tenham compreendido que 4. Espera-se que os alunos tenham compreendido que
os seres vivos podem ser encontrados em determi- novas espécies se formam a partir de espécies preexis-
nados ambientes da Terra, os quais apresentam tentes por meio do processo de evolução.
condições favoráveis à vida. O conjunto formado por
todos esses ambientes corresponde à biosfera.

Ampliando
fronteiras Etnociência: os saberes populares
P. 52 e 53 Essa seção aborda o Tema Convergente Expressões culturais. Por meio desse
estudo, os alunos conhecerão informações sobre os saberes de outra cultura, e
poderão perceber a importância de preservar saberes e práticas populares.
Objetivos ••Perceber a importância da conservação dos
saberes e das práticas populares de diferentes
•• Entender o que é etnociência e etnoclassificação. culturas.
••Conhecer informações sobre os saberes de
outra cultura.

31

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Comentários •• Ao trabalhar a etnociência, explique que os povos
brasileiros já adotavam sistemas próprios de
••Explique aos alunos o conceito de cultura, que classificação muito antes de esse termo ter sido
é o conjunto de expressões e conhecimentos,
cunhado. Trabalhe os exemplos dados no texto.
como crenças, costumes, manifestações artísti-
cas, sociais, linguísticas e comportamentais, que ••Esclareça que os etnosaberes indígenas contri-
distinguem um povo ou um grupo social. Assim, buíram muito para o conhecimento científico
a língua falada e escrita, a música, o teatro, a dança, das florestas e das plantas, especialmente no
os hábitos alimentares são alguns elementos que se refere aos estudos sobre as proprieda-
des medicinais de certas plantas.
que fazem parte da cultura de um povo.
••Ao trabalhar essa seção, explique aos alunos o •• Outros grupos também contribuíram com seus
conhecimentos sobre a natureza, como as comu-
conceito de conhecimento científico e conheci-
nidades quilombolas, cujo conhecimento sobre
mento popular e de cultura.
as plantas é valoroso; e as populações ribeirinhas,
••O conhecimento científico é construído a partir conhecedoras do regime das marés, do compor-
de ocorrências e fatos testados, ou seja, é defi- tamento dos peixes, entre outros assuntos.
nido a partir da experimentação; os fatos são
comprovados ou não. Apesar de ser testado, Acesse
ele não é imutável e pode ser contestado e Para mais informações sobre etnociência, acesse:
alterado a qualquer momento, caso uma ideia Os saberes populares da etnociência no ensino
nova se mostre mais adequada que a anterior. das ciências naturais: uma proposta didática para
Já o conhecimento popular é construído a partir aprendizagem significativa da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Revista Didática sistêmica.
de vivências de um determinado povo acerca de
certo fato. Não necessita ser testado para ter <www.seer.furg.br/redsis/article/viewFile/
1303/581>.
validade. Esse conhecimento surge em razão da
Acesso em: 14 mar. 2016.
necessidade de resolver problemas cotidianos.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expres- 4.
Resposta pessoal. Os alunos poderão pesquisar infor-
sem que a etnociência é um campo de estudo que mações sobre o mirtilo, que tem propriedades contra a
tem como foco os saberes e as práticas tradicionais diarreia; a folha-da-fortuna, cujas folhas possuem ação
de diferentes culturas e povos, e que etnoclassifica- antibacteriana, antiviral e antifúngica; e o pião-roxo, que
ções são as classificações dos elementos naturais tem propriedades de cicatrização de lesões da pele,
adotadas por um povo ou comunidade de acordo entre outras.
com os conhecimentos que possuem da natureza.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mencionem
que a preservação dos saberes e das práticas populares
é importante como forma de se preservar a tradição
desses povos. É possível preservá-los valorizando a
cultura dessas comunidades e seus ensinamentos, e
transmitindo-os para as demais culturas.
3. Resposta pessoal. Os alunos podem reconhecer que as
etnociências são importantes para a preservação dos
saberes populares, uma vez que os colocam em
evidência, valorizando e divulgando os aprendizados
adquiridos a partir dos pensamentos de diferentes
culturas sobre um determinado assunto.
Raul Aguiar

32

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UNIDADE

2
Vírus, bactérias,

UNIDADE
protoctistas e
fungos

Objetivos Conceitos

• Conhecer algumas • A descoberta dos vírus.


características dos vírus. • Características dos vírus.
• Identificar algumas doenças • Os vírus e a saúde do ser
CAPÍTULO

5 Vírus causadas por vírus. humano.

• Conhecer características gerais • Características das bactérias.


das bactérias. • Importância das bactérias.
• Reconhecer algumas doenças • Reprodução das bactérias.
Reino das • Bactérias e a saúde humana.
CAPÍTULO

6 bactérias
causadas por bactérias.
• Cianobactérias.

• Conhecer características dos • Características dos protozoários.


Reino dos protozoários e de algumas algas. • Reprodução dos protozoários.
CAPÍTULO

7 protoctistas
• Conhecer alguns exemplos de
relações entre os protozoários
• Ciclo de vida do plasmódio.
• Ciclo de vida do Trypanosoma
e outros seres vivos. cruzi.
• Identificar algumas doenças • Características das algas.
causadas por protozoários. • Importância das algas.

• Conhecer informações sobre • Estrutura dos fungos.


Reino dos
CAPÍTULO

• Classificação dos fungos.


8 fungos
a estrutura, reprodução e
classificação dos fungos. • Reprodução dos fungos.
• Identificar algumas doenças • Os fungos e os ecossistemas.
causadas por fungos. • Os fungos e a saúde humana.
• Conhecer informações sobre
os antibióticos.

P. 54 e 55 Abertura da unidade
••Ao trabalhar as páginas de
abertura, explique aos alunos
que o corpo humano é habi-
tado por diversos micror-
ganismos que constituem
micro­
biota. Promova uma
discussão sobre as impres-
sões dos alunos ao saberem
que o seu corpo é o hábitat
de muitos microrganismos.

33

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••Explique aos alunos que essa flora começa a se formar desde que nascemos, distri-
buindo-se geralmente por áreas do nosso corpo que estão em contato com o meio
externo (como a pele e as mucosas).
••Embora seja constituída principalmente por bactérias, a flora normal também pode
ser encontrada em vírus, fungos e protozoários. Em geral, esses organismos contri-
buem para o funcionamento de nosso corpo, auxiliando na digestão, na produção de
vitaminas, na proteção da pele e, ainda, no funcionamento do sistema imunológico.
•• Geralmente, apesar de coexistirem conosco sem causarem danos à saúde, quando o
corpo humano não está em equilíbrio, esses microrganismos podem se tornar oportu-
nistas e provocar infecções, as quais podem resultar em graves problemas de saúde.

Acesse
Se possível, trabalhe com os alunos a reportagem apresentada no site a seguir, a qual
leva em consideração estudos recentes sobre o número de microrganismos que habitam
o corpo humano.
<http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/estudo-derruba-mito-de-que-pessoas-
abrigam-10-bacterias-para-cada-celula2.ghtml>.
Acesso em: 5 jul. 2016.

Respostas
1.
Resposta pessoal. A maior parte das bactérias que espécies de bactérias sejam patogênicas, ou seja,
vivem no corpo humano contribui para o bom capazes de prejudicar a saúde e causar doenças.
funcionamento do organismo, favorecendo alguns 2. Resposta pessoal. Os vírus, os fungos e os proto-
processos digestivos e auxiliando a proteção do zoários são exemplos de microrganismos que
corpo humano contra alguns agentes causadores podem habitar o corpo humano.
de doenças, por exemplo. Por outro lado, existem 3.
Possíveis respostas: no solo, no ambiente marinho
bactérias que podem prejudicar a saúde do corpo. e de água doce, no interior e sobre o corpo de
Nesse sentido, estima-se que apenas 2% das outros seres vivos e no ar.

CAPÍTULO
5 Vírus

P. 56 ••Ao trabalhar os conteúdos dessa página, explique aos alunos que a figura do pajé
ou xamã é muito importante para os povos indígenas. Para os xamãs, as doenças
são causadas por problemas espirituais. Dessa forma, o espírito precisa de trata-
mento (rituais e encantamentos) para curá-las.
É comum ouvirmos o termo pajelança para se referir aos rituais indígenas. Esse
termo, proveniente da Floresta Amazônica, representa algo capaz de manter uma
relação com a natureza e com o plano espiritual em busca da cura.
A figura do xamã pode ser pensada como uma forma de resgatar um elo que fora
perdido entre os povos e o meio (mente e natureza).
Os xamãs costumam ser responsáveis por diversos rituais presentes nas culturas
indígenas, como a iniciação dos jovens, a preparação espiritual para a guerra, a
realização de cerimônias como casamentos e funerais, entre outros.
••Ao explicar essas informações, discuta com os alunos sobre a presença indígena
no Brasil. Para isso, proponha a eles uma pesquisa sobre a atividade dos xamãs ou
pajés em uma aldeia próxima à sua região.

34

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••Ao citar a importância do uso de microscópio na descoberta de seres muito

2
pequenos, explique aos alunos que esse instrumento permite ver estruturas que

UNIDADE
não conseguiríamos observar a olho nu, pois, por meio de suas lentes, as imagens
dos objetos são vistas de forma aumentada.
O microscópio óptico permite ampliar até 2 000 vezes o tamanho de tecidos e
observar amostras frescas ou preparadas. Geralmente, utilizam-se corantes para
observar as estruturas.
P. 57 ••Nessa página é citado outro tipo de microscópio importante na descoberta dos
vírus, o microscópio eletrônico. A principal diferença entre ele e o microscópio
óptico se deve ao poder de resolução que apresenta e que, em vez de utilizar a luz,
o microscópio eletrônico utiliza a passagem de um feixe de elétrons pela amostra.
O feixe de elétrons tem menor comprimento de onda que a luz branca. Assim,
ele possibilita um maior aumento da amostra e um poder muito mais apurado de
revelar detalhes que o microscópio óptico de luz.
Outra distinção entre eles é que os materiais a serem observados nesse tipo de
microscópio devem passar por um processo de preparo distinto, incluindo impreg-
nação em metais. O feixe de elétrons, ao passar pelo material, encontra resistência
dos metais, a qual é percebida por equipamentos como computadores que revelam a
imagem. Não é necessário o uso de corantes para esse tipo de microscópio.
Há dois tipos principais de microscópio eletrônico.

Microscópio eletrônico de transmissão (MET) Microscópio eletrônico de varredura (MEV)


Nele, um feixe de elétrons atravessa a amostra e A formação de imagem desse microscópio é
o espalhamento depende das características do feita com os elétrons que varrem a superfície
material. Ao atravessar, uma célula, por exemplo, fornecendo a imagem dela. Esse microscópio
formará a imagem em uma tela fluorescente, também é capaz de fornecer dados sobre a
dando detalhes de organelas e estruturas morfologia e a identificação de elementos químicos
intracelulares, tendo capacidade de produzir de uma amostra sólida. Por essas razões, sua
imagens de alta resolução. utilização é comum em diversas áreas das ciências.
O microscópio de varredura gera imagens com
Fontes de pesquisa: CETENE. Microscopia Eletrônica de Transmissão noções de profundidade e tridimensionalidade, seu
(MET). Disponível em: <www.cetene.gov.br/pdf/met.pdf>; CETENE. limite de resolução é de cerca de 0,3 nm e ele pode
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Disponível em: <www.
cetene.gov.br/pdf/mev.pdf>. Acessos em: 5 jul. 2016. ampliar até 300 mil vezes uma amostra.

Os microscópios aumentam o limite de resolução de uma imagem. O limite de


resolução (LR) é a mínima distância na qual dois pontos podem ser vistos separa-
damente. O LR do olho humano é 0,2 milímetro, ou seja, dois pontos que estão a
uma distância inferior a 0,2 milímetro são vistos apenas como um ponto. Já para o
microscópio óptico (MO), o LR é 0,2 micrômetro e, para o microscópio eletrônico
(ME), o LR é 0,2 nanômetro.
Assim, ao analisar uma estrutura a olho nu, ela pode aparentar ser apenas um
ponto. Porém, ao observá-la ao microscópio óptico, percebemos que é formada
por vários pontos.
P. 58 ••Ao iniciar o estudo das características dos vírus, explique aos alunos que eles têm
características bastante peculiares.
O vírus é composto de uma cápsula proteica contendo uma fita de material gené-
tico, que pode ser RNA (ácido ribonucleico) ou DNA (ácido desoxirribonucleico).
Por não conter células em sua estrutura, precisarem de outras células para se
reproduzir e não possuírem um metabolismo próprio, muitos cientistas não os
consideram seres vivos.

35

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Por outro lado, há cientistas que classificam os vírus como seres vivos, em razão de
apresentarem características como a capacidade de se reproduzir, quando dentro
de outro ser vivo, e a variabilidade. Outro fator que contribui para classificá-los dessa
forma é que, na estrutura dos vírus, são encontradas algumas moléculas presentes
também em seres vivos, como proteínas, fosfolipídios e polissacarídeos.
P. 59 ••No tópico os vírus e a saúde, busque relacionar a forma de infecção viral com os
meios de transmissão.
••Explique aos alunos que diversos vírus podem ser transmitidos pela água, por
alimentos contaminados, pelo ar, por picadas de insetos, pelos fluidos corporais
ou simplesmente pelo contato, representando assim grande risco à saúde pública.
Além disso, os vírus apresentam altas taxas de mutação, as quais podem tornar os
vírus mais eficientes na infecção de células onde podem se reproduzir e se perpe-
tuar. Entre as várias doenças virais, destacam-se:
Catapora: transmitida pelo contato com saliva e secreções respiratórias de pessoas doentes. Leva ao quadro de febre,
mal-estar, dor de cabeça e manchas vermelhas que causam coceira pelo corpo. Há vacina contra essa doença.
Gripe: causada pelo vírus influenza e transmitida diretamente pelo ar. Ocasiona febre, tosse, mal-estar, dores de cabeça e
muscular. Há diferentes tipos de vírus influenza e, para alguns deles, existem vacinas.
Poliomielite: popularmente conhecida como paralisia infantil, é transmitida principalmente por água e alimentos
contaminados por fezes de um doente. Causa febre, mal-estar, dor de garganta, acometimento do sistema nervoso com
paralisia muscular e, até mesmo, a morte. Há vacina contra essa moléstia.
Raiva ou hidrofobia: causada pela mordida de cães, gatos e morcegos contaminados com o vírus Rabies virus. Provoca
mal-estar, febre e dores de cabeça, podendo causar agressividade e agitação com confusão mental, paralisia e
convulsões. Pode levar à morte. Há vacina contra essa doença.

Valores
em ação
Campanhas de vacinação: compromisso
P. 61 com a saúde
Nesta seção os alunos terão a oportunidade de compreender o compromisso do Minis-
tério da Saúde com os cidadãos ao oferecer vacinas e promover campanhas de vacinação.
Em contrapartida, o compromisso da sociedade, nesse caso, é tomar as vacinas recomenda-
das e vacinar seus filhos, evitando o contágio e a transmissão de muitas doenças.
Objetivos
••Compreender o compromisso do Ministério da Acesse
Saúde com os cidadãos.
••Entender o compromisso dos cidadãos em É possível consultar o modelo atual da caderneta
de vacinação no site abaixo.
relação ao uso das vacinas.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
•• Conhecer alguns fatos sobre a vacinação contra a menino_final.pdf>.
poliomielite e a erradicação dessa doença no país.
Acesso em: 5 jul. 2016.
Comentários Explore com os alunos a reportagem com a
•• Ao trabalhar o tema vacinação com os alunos, descrição de um aplicativo desenvolvido para o
enfatize a importância dessa ação para a saúde. celular que ajuda os pais a organizar o calendário
de vacinação dos filhos.
Retome com eles algumas doenças causadas por
<www.brasil.gov.br/saude/2013/11/aplicativo-
vírus contra as quais há vacina e reflitam sobre
disponibiliza-caderneta-e-calendario-completo-
como seria a situação se elas não existissem. de-vacinas>.
••Ao trabalhar a atividade 1, aproveite para orien- Acesso em: 5 jul. 2016.
tar os alunos sobre como interpretar as infor-
mações da caderneta de vacinação.

36

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2
Respostas

UNIDADE
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos refli- o ano de 2016 está disponível em: <http://saude.
tam sobre a importância de manter a carteira de es.gov.br/Media/sesa/Imuniza%C3%A7%-
vacinação em dia. Informe a eles que, caso neces- C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20
sário, pode-se buscar uma Unidade Básica de de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%20da%20
Saúde para que eles sejam vacinados. Crian%C3%A7a%20-%20PNI%20-%202016.
pdf>. Acesso em: 5 jul. 2016.
2. Resposta pessoal. Os alunos podem pesquisar o
calendário de vacinas recomendado pelo Ministério
Os alunos deverão elaborar cartazes incentivando
da Saúde, principalmente as vacinas que devem ser a vacinação e informando as vacinas recomenda-
tomadas na idade em que estão. O calendário para das em idade escolar.

P. 62 Atividades
Respostas

1.
Os pesquisadores prepararam um líquido das objetos contaminados, por meio de fezes
folhas de tabaco que apresentavam a doença e contendo o poliovírus.
passaram-no várias vezes por um filtro especial b ) Medidas de saneamento básico, como o trata-
que retém bactérias e fungos. Esse líquido foi mento e distribuição de água potável, a coleta e
colocado em contato com as folhas de tabaco que tratamento do esgoto, o preparo adequado de
não apresentavam a doença e, após algum tempo, alimentos, e por meio da vacinação.
essas folhas também foram infectadas. Por meio c ) Espera-se que os alunos comentem que, como
desses resultados, os pesquisadores concluíram
a poliomielite não está erradicada em todo o
que a doença estudada era causada por agentes
mundo pode ocorrer de uma pessoa infectada
que atravessavam o filtro e que, portanto, eram
entrar no país e contaminar outras pessoas,
menores que bactérias e fungos. Esse novo agente
causador de doença foi denominado vírus. causando um novo surto da doença.
d ) Os vírus são considerados parasitas intracelu-
2. Os vírus, quando se encontram fora de células
lares obrigatórios, ou seja, quando são impedi-
hospedeiras, não possuem estruturas necessárias
para se reproduzir nem mecanismo de obtenção dos de invadir células, em consequência da
de energia. Assim, para a obtenção de energia e vacinação, eles não são capazes de se reprodu-
reprodução, os vírus dependem dos mecanismos zir e, consequentemente, não se propagam.
das células dos seres vivos, e por essa razão são 5. a ) Espera-se que os alunos comentem que isso
chamados parasitas intracelulares obrigatórios. ocorre devido ao fato do HPV causar o câncer
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos inclu- de colo do útero, um dos principais cânceres
am em suas representações de vírus, a cápsula que causam a morte em mulheres.
proteica e o material genético. Alguns alunos b ) Espera-se que os alunos reflitam que o fato de
também podem representar o envelope, um não vacinar pessoas do sexo masculino permite
envoltório que reveste a cápsula, e está presente que esses vírus continuem circulando na popula-
em alguns tipos de vírus. ção. Dessa maneira, não ocorre a erradicação dos
4. a ) O contágio pode ocorrer pela ingestão de água vírus, o que contribui para a contaminação de
e alimentos contaminados ou pelo contato com mulheres e homens que não foram vacinados.

••Ao trabalhar a atividade 5 da página 62, reforce a importância da prevenção do


vírus HPV. Enfatize a relação desse vírus com o câncer do colo uterino.
••Comente que a infecção por HPV é breve e reduz espontaneamente na maioria
das vezes. Porém, há casos em que a regressão não ocorre e a infecção persiste,
podendo levar ao desenvolvimento de lesões e de câncer no colo do útero. Em
alguns casos, o câncer também pode se desenvolver em outras partes do corpo,
como a vagina, a vulva, o ânus, o pênis, a orofaringe e a boca.
••Aproveite para explicar aos alunos que existem pelo menos 13 tipos de HPV que
podem gerar infecções e originar um tumor. Os tipos 16 e 18 estão presentes na
maioria dos casos de câncer de colo do útero.

37

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CAPÍTULO
6 Reino das bactérias
P. 63 ••Os alimentos destacados na página apresentam uma característica comum: todos
foram produzidos a partir da ação de um ser vivo sobre seus ingredientes.
O processo de fabricação de cada um deles tem suas peculiaridades, porém em
todos ocorreu a fermentação láctea, na qual o açúcar do leite foi fermentado por
bactérias, produzindo, assim, o alimento ilustrado.
Os sites a seguir apresentam alguns produtos que podem ser feitos a partir do leite
e como eles são produzidos.

Acesse
Embrapa. Queijo coalho.
<http://central3.to.gov.br/arquivo/228628/>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
Embrapa. Produção artesanal de queijo coalho, ricota e bebida láctea em agroindústria familiar.
<http://estaticog1.globo.com/2013/09/06/queijo_coalho.pdf>.
Acesso em: 5 jul. 2016.

Acesse
••Antes de iniciar o trabalho com as bactérias,
Microbiologia em foco.
acesse o site indicado ao lado, que traz infor-
mações sobre os vírus e as bactérias. Se julgar <www.icb.usp.br/bmm/jogos/
Microbiologia%20em%20Foco.pdf>.
conveniente, apresente as informações aos
Acesso em: 5 jul. 2016.
alunos
P. 64 ••Ao trabalhar as características gerais das bactérias, comente com os alunos que
elas podem apresentar diferentes formatos e que, em muitos casos, o nome delas
refere-se à sua forma. Se possível, apresente a atividade a seguir para os alunos.

Atividade complementar Formato das bactérias

Apresente aos alunos fotografias de bactérias, como as apresentadas abaixo.

Alfred Pasieka/SPL/Latinstock
Steve Gschmeissner/SPL/Latinstock

Steve Gschmeissner/SPL/Latinstock

A bactéria Escherichia coli A bactéria Staphylococcus A bactéria Treponema


é classificada como bacilo, epidermidis é classificada como pallidum é classificada como
pois seu formato lembra um cocos, pois apresenta um espirilo, pois apresenta um
bastão. Fotografia obtida por formato esférico. Fotografia formato espiralado. Fotografia
microscópio e colorizada obtida por microscópio e obtida por microscópio e
por computador. Imagem colorizada por computador. colorizada por computador.
aumentada cerca de Imagem aumentada cerca de Imagem aumentada cerca de
16 000 vezes. 7 000 vezes. 4 000 vezes.

Peça a eles que façam uma pesquisa de imagens de outras bactérias desses
grupos, indicando o nome científico delas.

38

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P. 65 e 66 ••Na página 65, é abordado um dos mecanismos de reprodução das bactérias, a divi-

2
são binária. Elas também apresentam diferentes mecanismos de transferência de

UNIDADE
material genético. Por exemplo, na transformação, fragmentos de DNA em solução
podem ser capturados por uma célula bacteriana, a qual irá incorporá-lo em seu
material genético. Na conjugação, a transferência do material genético é mediada
por uma molécula de DNA circular, extracromossômico, chamada de plasmídeo.
Nela, ocorre o contato entre duas células bacterianas e a transferência do plasmídeo
de uma célula para outra.
Outra forma de transferência é pela transdução, em que um molde de DNA de
uma célula bacteriana é transferido para outra por meio de um vírus que a infec-
ta, chamado bacteriófago. A célula bacteriana infectada pode sofrer lise e liberar
o bacteriófago. Esse vírus carrega um molde do DNA da célula bacteriana que
infectou e, posteriormente, ao infectar outra célula bacteriana, esse molde pode
ser incorporado ao novo hospedeiro.
 Aprenda mais
••Acesse com os alunos a matéria sugerida nessa seção. Caso não seja possível
acessá-la, imprima algumas cópias e organize-os em grupos para fazerem a leitura.
Explore com eles a ideia principal e os benefícios que os microrganismos podem
trazer para o ser humano, promovendo uma conversa entre a turma. Essas páginas
apresentam algumas relações prejudiciais entre o organismo humano e as bactérias.
••Enfatize que o diagnóstico e o tratamento de doenças, como a hanseníase, devem
sempre ser feitos por um médico. O Ministério da Saúde indica que todas as
pessoas que compartilham a mesma moradia de pessoas infectadas pela hanseníase
sejam vacinadas com a vacina BCG.
Conheça, a seguir, outras doenças causadas por bactérias.

Tuberculose
Bactéria Mycobacterium tuberculosis, conhecida como bacilo de Koch, devido ao
causadora seu formato e ao nome de seu descobridor, Robert Koch.
Formas de Ocorre pelo contato com gotículas de saliva de pessoas contaminadas
contágio pela bactéria.
Ataca principalmente os pulmões, causando tosse persistente. Se não
Sintomas
for tratada, pode evoluir e levar à morte.
Feito com antibiótico, por um longo período. Caso seja feito corretamente,
Tratamento
pode haver cura.
Prevenção Tomar a vacina BCG, aplicada na infância.

Tétano
Bactéria
Clostridium tetani, também conhecida como bacilo do tétano.
causadora
Formas de Pelo contato com a toxina produzida pelo bacilo do tétano, por meio de
contágio ferimentos ou lesões na pele.
Infecção aguda e grave que pode atingir diversos músculos do corpo,
Sintomas
causando até paradas respiratórias.
Tratamento Cuidado com as feridas.
Tomar a vacina antitetânica. O toxoide tetânico está presente nas
Prevenção
seguintes vacinas: DTP, DT e dT.

39

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Sífilis
Bactéria
Treponema pallidum.
causadora
Por meio de relação sexual sem camisinha com uma pessoa
Formas de
contaminada. Também pode acontecer de a mãe contaminada passar
contágio para o bebê, durante a gestação ou o parto.
Ocorrência de, em geral, uma ferida no local de entrada da bactéria,
como pênis, vulva, ânus, boca ou colo uterino. Após algum tempo,
Sintomas podem surgir manchas no corpo e, caso ainda não seja tratada, pode
evoluir para lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, as
quais podem levar o indivíduo infectado à morte.
Tratamento Feito com o uso de antibióticos.
Uso de camisinha durante a relação sexual e, no caso de mulheres
Prevenção grávidas, acompanhamento pré-natal seguindo as orientações médicas.

Pneumonia bacteriana
Em geral, é causada pela Streptococcos pneumoniae, mas também pode
Bactéria
ser causada por outras bactérias, como Legionella peumophila, Klebsiella
causadora
pneumoniae, Haemophilus influenzae, Staphyloccus aureus.
Formas de Por meio da infecção das vias aéreas pelas bactérias causadoras da doença,
contágio por exemplo, por meio da inalação de gotículas de saliva contaminadas.
Sintomas Coriza, febre, falta de ar ou dor no peito durante a respiração.
Tratamento Feito com o uso de antibióticos.
Algumas formas podem ser prevenidas por meio de vacinação. Mas,
Prevenção em geral, lavar as mãos periodicamente, evitar locais fechados com
aglomeração de pessoas e não fumar são algumas atitudes preventivas.

•• Ao abordar as cianobactérias, na página 66, explique aos alunos que esses organismos
fazem parte do fitoplâncton e são muito importantes para o ambiente. Elas possuem o
pigmento clorofila e são capazes de produzir seu próprio alimento por meio da fotossín-
tese. Para isso, elas utilizam o gás carbônico capturado do ambiente e a energia luminosa
captada por meio da clorofila. Durante esse processo, liberam O2 para o ambiente.
As cianobactérias do gênero Prochlorococcus são as mais abundantes no ambiente
marinho. Elas são responsáveis por mais de 50% da taxa de fotossíntese mari-
nha. Acredita-se que esses seres procarióticos fotossintetizantes descendem dos
primeiros seres vivos que liberavam gás oxigênio durante seu metabolismo. Espe-
cula-se que as Prochlorococcus sp, por exemplo, liberam metade do gás oxigênio
que compõe a atmosfera e absorvem grandes taxas desse gás. Em sua ausência,
estima-se que o nível de gás carbônico seria cerca de três vezes maior.
••Comente com os alunos que existem outras bactérias fotossintetizantes, porém
elas têm como pigmento a bacterioclorofila e não liberam gás oxigênio no proces-
so. Algumas dessas bactérias produzem outros materiais, por exemplo, o enxofre.
Outras bactérias classificadas como autótrofas não utilizam a energia luminosa
para obter seu alimento. Elas são quimiossintetizantes, ou seja, utilizam substân-
cias inorgânicas do ambiente (como amônia, ferro, nitrito, gás carbônico e água)
para produzir a matéria orgânica que é utilizada no seu metabolismo.
A bactéria Thiobacillus, conhecida como sulfobactéria, realiza a quimiossíntese por
meio de reações de oxidação de compostos de enxofre.
As bactérias do gênero Nitrosomonas e Nitrobacter também realizam a quimiossín-
tese e têm importante papel na natureza, participando do ciclo do nitrogênio.
As bactérias Nitrosomonas são capazes de transformar íons amônio em íons nitrito.
Já as do gênero Nitrobacter, por sua vez são capazes de oxidar íons nitrito, originando
íons nitrato, os quais podem ser incorporados pelas plantas.

40

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P. 67 Atividades

2
UNIDADE
Respostas

1. As bactérias são seres procarióticos, ou seja, suas b ) Resposta pessoal. Os alunos podem responder
células não apresentam membrana nuclear. Isso que o procedimento de aeração, do meio de
significa que o material genético dessas células cultura, é importante para o crescimento de
fica em contato direto com o citoplasma, o qual bactérias que necessitam de oxigênio para
também não apresenta organelas delimitadas por realizar o processo de respiração e, consequen-
membranas. A célula animal, por sua vez, é uma temente, se desenvolver e sobreviver nesse
célula eucariótica, ou seja, apresenta uma meio. Essas bactérias são denominadas aeróbi-
membrana nuclear que delimita um núcleo, além cas.
de existirem organelas delimitadas por membrana c
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
em seu citoplasma. descrevam o processo de divisão binária, expli-
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos repre- cando que a quantidade de bactéria aumenta
sentem em seus desenhos uma célula bacteriana durante um determinado tempo, pois a repro-
com as seguintes partes: parede celular, membrana dução bacteriana assexuada, por divisão biná-
celular, flagelo, ribossomos e DNA. Ao descreverem a ria, é um processo rápido, no qual uma célula-
função de cada estrutura, espera-se que façam os mãe (célula original) duplica o seu material
seguintes comentários: parede celular – auxilia na genético (DNA) e se divide, originando duas
proteção da célula; membrana celular – delimita o células-filhas. Assim, cada célula-filha formada
conteúdo interno da célula; também atua selecio- apresentará uma cópia do DNA da célula-mãe
nando a entrada e a saída de substâncias na célula (célula original).
(se necessário, oriente os alunos a pesquisarem
6. a ) Espera-se que os alunos citem a letra A, pois
essa informação na unidade 1); flagelo – auxilia na
ela representa o produtor da cadeia alimentar, e
locomoção; ribossomos – participam da produção
as cianobactérias são seres fotossintetizantes,
de proteínas.
capazes de produzir seu próprio alimento.
3. a ) As bactérias autótrofas são capazes de produ-
b ) Espera-se que os alunos citem que as células
zir o próprio alimento a partir de substâncias
das cianobactérias, diferentemente das células
simples. Parte delas realiza essa síntese por
das bactérias, possuem clorofila, que é armaze-
meio da fotossíntese.
nada em membranas internas, e outros pigmen-
b ) As bactérias heterótrofas não são capazes de tos que auxiliam na fotossíntese.
produzir o próprio alimento e obtêm os nutrien-
7.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
tes de que necessitam do meio de outros seres
comentem que a cárie é uma doença infecciosa
vivos ou de matéria orgânica em geral.
que se desenvolve quando há proliferação de
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos abor- bactérias do gênero Streptococcus na boca. Essas
dem em suas respostas que, durante o processo bactérias grudam fortemente nos dentes e se utili-
de reprodução de uma bactéria, o material genéti- zam do açúcar presente nos restos de alimentos
co da célula-mãe é duplicado e ela divide-se que ficam neles. Em seu processo de obtenção de
formando duas células-filhas. Cada célula-filha energia, a partir do açúcar, essas bactérias produ-
recebe uma das cópias do DNA da célula-mãe. zem ácidos que causam a desmineralização das
5. a ) São classificadas como bactérias heterótrofas, camadas dos dentes, ou seja, ocasionam a perda
pois se alimentam da matéria orgânica presen- de cálcio, resultando em dentes mais frágeis e
te no meio de cultura. deteriorados, provocando dores.

41

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Capítulo
7 Reino dos protoctistas
P. 68 ••O Reino Protoctista inclui seres vivos com características bastante variadas entre
si, englobando organismos unicelulares, pluricelulares, autótrofos e heterótrofos,
entre outros. No início, faziam parte deste reino apenas organismos unicelulares. No
entanto, estudos posteriores passaram a incluir seres multicelulares.
O conceito de protoctista foi proposto pelo botânico estadunidense Herbert
Faulkner Copeland (1902-1968) em 1956, visando incluir seres multicelulares, além
dos unicelulares. Mas por que protoctista em vez de protista? Para responder a
essa questão, leia o texto a seguir.
[...]

D
esde o século dezenove, a palavra […] Copeland reconheceu, assim como
protista, usada formal ou infor- vários acadêmicos do século dezenove, o
malmente, surgiu para denotar absurdo de se referir à alga gigante pela pa-
organismos unicelulares. Nas últimas duas lavra “protista”, um termo que implica uni-
décadas, contudo, a base para a classificação celularidade e, assim, pequenez. Ele propôs
dos organismos unicelulares separadamente uma definição mais ampla do Reino Protoc-
dos multicelulares se enfraqueceu. A multi- tista para acomodar certos organismos mul-
celularidade se desenvolveu muitas vezes em ticelulares, assim como os unicelulares […].
organismos unicelulares […].
MARGULIS, Lynn; SCHWARTZ, Karlene. Cinco Reinos: um guia ilustrado dos filos da vida na Terra. 3. ed.
Cecília Bueno (Trad.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 112.

P. 72 ••Nos sites a seguir você encontrará informações sobre Carlos Chagas.


Acesse
UFCG. Universidade Federal de Campina Grande.
<www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarlxRib.html>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
ICC/Fiocruz. Instituto Carlos Chagas - Fundação Oswaldo Cruz.
<www.icc.fiocruz.br/carlos-chagas-3/>.
Acesso em: 5 jul. 2016.

P. 73 •• Explique aos alunos que, apesar dos inúmeros estudos desenvolvidos na área, ainda
não foi possível desenvolver uma vacina contra a malária. Assim, a melhor forma de
reduzir o número de casos dessa doença é, por meio do controle do mosquito vetor
Anopheles. Como abordado nessa página do Livro do Aluno, o controle dos insetos
pode ser realizado por meio do uso de larvicidas e inseticidas, respectivamente.
•• Sobre o combate da malária no Brasil e no mundo, leia o texto a seguir.
Na década de 1950, o diclorodifeniltricloroetano (DDT) foi adotado como uma medida
de combate ao mosquito vetor da malária. Devido às características do inseto (como
o fato de repousar sobre as paredes domiciliares após se alimentar de sangue) e do
inseticida (como o baixo custo), o DDT passou a ser aplicado semestralmente nas
paredes internas dos domicílios. Durante um tempo, essa medida foi muito eficiente,
reduzindo consideravelmente o número de casos de malária no mundo. No entanto,
a partir da década de 1980, devido à elevação no custo do inseticida, ao aumento do
número de mosquitos resistentes a esse produto químico, à redução na frequência
das medidas de controle dos vetores, entre outros fatores, o número de casos da
doença voltou a aumentar em várias regiões do mundo.

42

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Desde 1965, com a criação da Campanha de Erradicação da Malária (CEM), o

2
Brasil atua de maneira efetiva no combate à doença. A partir desse período, o país

UNIDADE
passou a adotar a estratégia proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
de utilizar o DDT no interior das residências, associado ao uso de drogas antima-
láricas nas pessoas parasitadas. Essa estratégia foi capaz de eliminar a malária em
algumas regiões do país onde a doença era mais frequente.

Acesse
Para mais informações sobre a história da malária no Brasil entre os anos de 1965 e 2001,
acesse o site a seguir.
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1020-49892002000400005>.
Acesso em: 5 jul. 2016.

No entanto, na região Amazônica, essa estratégia não surtiu efeito e esse insuces-
so no combate à malária foi associado a diferentes características presentes nessa
região, como: o ambiente úmido das florestas favorecia a proliferação do mosquito;
a exposição aos vetores, de determinados grupos de pessoas, como garimpeiros e
madeireiros, devido às atividades desenvolvidas por eles favoreceu a contaminação
fora dos domicílios; a existência de protozoários resistentes às drogas antimalári-
cas; a ausência de assistência de saúde pública adequada para o tratamento dos
doentes; a existência de domicílios precários sem superfícies internas adequadas à
aplicação do inseticida, entre outros fatores.
••Sobre os danos ambientais associados ao uso do DDT no combate à malária, leia
o texto a seguir.
Apesar de sua conhecida eficiência no combate ao mosquito Anopheles e seu
eficiente controle de insetos em plantações agrícolas, o DDT apresenta inúmeros
efeitos negativos em relação ao ambiente e à saúde de outros seres vivos, incluin-
do o ser humano. Os danos ambientais resultantes do uso excessivo do DDT foram
inicialmente relatados por Rachel Carson, em seu livro Primavera silenciosa, de
1962. Nessa obra, a autora relata a morte de inúmeras aves e outros organismos
por causa do inseticida.
Esse inseticida, além de agir sobre o mosquito vetor da malária, atua sobre a fauna
da região onde ele é aplicado. Assim, o DDT pode ser levado pelo ar e pela água
e absorvido pelo organismo dos seres vivos. Como esse composto é difícil de ser
metabolizado e excretado para o meio, ele se acumula no corpo dos seres vivos
e passa para outros níveis tróficos por meio da cadeia alimentar, num processo
conhecido como bioacumulação.

Acesse Acesse
Para informações a respeito do livro Obtenha mais informações a respeito da
Primavera silenciosa e de sua autora, toxicidade e da contaminação ambiental do
Rachel Carson, leia a reportagem a DDT no artigo científico sugerido a seguir.
seguir. D’AMATO, Cláudio; TORRES, João P. M.;
SALLUM, Alexandre. A primavera MALM, Olaf. DDT (diclorodifeniltricloroetano):
silenciosa de Rachel Carson. Revista toxicidade e contaminação ambiental – uma
Ecológico, 14 fev. 2012. revisão. Química Nova, n. 6, v. 25, nov/dez.
<http://www.revistaecologico. 2002.
com.br/materia. <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
php?id=42&secao=536&mat=565>. arttext&pid=S0100-40422002000600017>.
Acesso em: 6 jul. 2016. Acesso em: 6 jul. 2016.

43

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••Explique que, atualmente, as medidas preventivas da malária incluem o tratamento do
doente, diagnósticos precoces e tratamentos adequados, evitar áreas de risco de inci-
dência do mosquito, usar repelentes, instalar telas de proteção em portas e janelas,
usar mosquiteiros e controlar a população de insetos vetores. O controle populacio-
nal é feito, por exemplo, pela eliminação de criadouros, aplicação de larvicidas sobre
locais que apresentem larvas do mosquito e aplicação de inseticidas dentro e fora dos
domicílios. Apesar do uso de DDT ser proibido na agricultura, seu uso para fins de
controle de vetores, como o Anopheles, ainda hoje é permitido em certas localidades.
••Comente com os alunos que, além da doença de Chagas e da malária, há outras
moléstias provocadas por protozoários. Veja, a seguir, algumas informações sobre
a amebíase, a giardíase e a tricomoníase.

A amebíase é provocada por A giardíase é uma infecção do A tricomoníase é causada pelo parasita
protozoários do gênero Entamoeba. Essa intestino delgado que ocorre pelo Trichomonas vaginalis e provoca infecção
doença, adquirida ao entrar em contato protozoário Giardia lamblia. Essa do sistema urogenital feminino e
com água ou alimentos contaminados doença é transmitida pelo contato masculino. É transmitida por via sexual
pelas fezes de doentes, pode desenvolver com alimentos e água contaminados e pode provocar sérios problemas,
um quadro de fortes dores abdominais com cistos do parasita. Ao provocar como infertilidade, câncer e doenças
e diarreia contendo muco e sangue. Em diarreia frequente, pode levar a inflamatórias graves.
certos casos, pode ser assintomática. problemas de desidratação.
Eye of Science/SPL/Latinstock

Dr Tony Brain/SPL/Latinstock

Eye of Science/SPL/Latinstock
Entamoeba histolytica. Fotografia obtida Giardia lamblia. Fotografia obtida Trichomonas vaginalis. Fotografia obtida
por microscópio e colorizada por por microscópio e colorizada por por microscópio e colorizada por
computador. Imagem aumentada cerca computador. Imagem aumentada cerca computador. Imagem aumentada cerca
de 2 400 vezes. de 3 400 vezes. de 4 500 vezes.

P. 75 Atividades
Respostas

1.
Os alunos podem citar características como: as essas marés podem ocasionar problemas so-
algas são autotróficas; possuem pigmentos fotos- ciais e econômicos, por exemplo, às popula-
sintetizantes em suas células, como a clorofila; ções coletoras de moluscos, que têm sua ativi-
podem ser pluricelulares. dade comprometida com a contaminação des-
ses organismos, ou ao turismo da região. Tam-
2. A - Inseto conhecido como barbeiro. bém pode ocorrer a contaminação dos seres
B - Trypanosoma cruzi. humanos pela ingestão de toxinas.
C - Flagelado. Se necessário, oriente os alunos a b ) As atividades humanas podem contribuir para
a ocorrência das marés vermelhas. Esse fenô-
realizar uma pesquisa para completar esse item
meno é provocado principalmente pelo dinofla-
D - Melhoria nas condições de moradia da popu- gelado Gymnodinium breve, que tem sua repro-
lação, o uso de telas nas janelas e repelentes dução acelerada graças ao alto conteúdo de
durante atividades noturnas e em matas e a análi- nutrientes presentes na água. Em geral, o
se prévia do sangue utilizado em transfusões, a aumento na carga de nutrientes em corpos-
-d’água ocorre por causa de ações do ser
fim de evitar a contaminação pelo protozoário. humano, como o lançamento de esgoto não
3. a ) Na maré vermelha, as algas liberam toxinas que tratado, o uso de fertilizantes e outros defensi-
podem ocasionar a morte de seres vivos inter- vos químicos nas atividades agropecuárias,
ferindo nas cadeias alimentares. Além disso, entre outros.

44

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c ) Resposta pessoal. Os alunos poderão citar a ções que favorecem o surgimento de criadou-

2
ocorrência de maré vermelha em Santa Catari- ros para a proliferação dos mosquitos.

UNIDADE
na nos anos de 2007, 2008, 2014 e 2016. Os c ) A malária é causada pelo protozoário denomi-
cultivos de moluscos, como ostras e mexilhões, nado plasmódio. Esse protozoário é transmitido
foram interditados em razão das toxinas produ- pela picada do mosquito-prego.
zidas pelas algas Dinophysis, que são ingeridas e d ) É possível, principalmente nos estados do Acre,
acumulam-se no organismo desses moluscos. Amazonas, Pará e Rondônia, que apresentaram
Outro caso que pode ser citado foi o que ocor- maior redução dos casos de malária comparado
reu na Bahia, no ano de 2007, que resultou em aos outros estados analisados. Essa redução
prejuízos a milhares de pescadores em razão pode ter ocorrido em razão da adoção de medi-
da grande mortandade de peixes e mariscos, das de prevenção, como o uso de telas nas jane-
entre outras localidades. las, mosquiteiros, repelentes, a aplicação de
4. a ) Em 2013. inseticidas e larvicidas biológicos nas áreas
b ) Amazonas. Os alunos podem responder que na infestadas pelo mosquito e a orientação para
região amazônica há muitos rios e chove muito, evitar locais próximos a criadouros naturais do
assim como há enchentes periódicas, condi- mosquito, como beira de rios e lagos.

Capítulo
8 Reino dos fungos
P. 78 ••As relações evolutivas e a classificação dos fungos ainda precisam ser mais bem
estudadas para que esse reino seja melhor compreendido. Com os avanços na área
molecular, alguns grupos, anteriormente classificados como fungos, passaram a
pertencer ao reino dos protoctistas, por apresentarem características e história
evolutiva mais próximas a esse grupo de seres vivos. Na classificação mais aceita
do reino dos fungos, além dos filos Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota, há
o filo Chytridiomycota. Este último conta com cerca de 790 espécies descritas.
Diferentemente dos outros filos, os fungos desse grupo apresentam um flagelo
simples em suas células. Os fungos Chytridiomycota são decompositores ou para-
sitas, considerando que há ainda algumas espécies simbióticas que podem viver no
interior do rúmen (uma câmara do estômago) de bovinos. Entre os parasitas desse
filo, destaca-se a espécie Synchytrium endobioticum, causadora da doença vegetal
conhecida como verruga da batata.
•• É essencial conversar com os alunos também a respeito da importância dos fungos e
das bactérias como decompositores. Os fungos e as bactérias que atuam na decompo-
sição obtêm energia a partir da degradação de tecidos de organismos parasitados por
eles, ou a partir da absorção de matéria orgânica disponível no ambiente.
Os produtos finais da decomposição da matéria orgânica são devolvidos ao
ambiente, como nitrogênio, fósforo, enxofre e gás carbônico. Esses compostos são
disponibilizados no ambiente e podem ser incorporados pelas plantas, participan-
do da nutrição de outros seres vivos, por meio das cadeias alimentares.
••Ao trabalhar o emprego de fungos na produção de antibióticos, comente com os alunos
P. 81 sobre a utilização dos fungos em outros processos, como na produção de etanol ou
álcool combustível. Explique-lhes que o etanol é produzido por meio da fermentação
realizada pela levedura Saccharomyces cerevisae sobre os açúcares presentes na cana-
-de-açúcar. Comente também que o etanol é uma alternativa aos combustíveis
fósseis, pois auxilia a reduzir a poluição atmosférica. Tanto os combustíveis fósseis
como os biocombustíveis liberam CO2 na atmosfera, porém os combustíveis
fósseis são fontes não renováveis, enquanto a cana-de-açúcar, matéria-prima utili-
zada para a produção do etanol, é um recurso renovável. Além disso, assim como
as demais plantas, a cana-de-açúcar fixa o CO2 do ar, contribuindo com a redução
desse gás na atmosfera.

45

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P. 82 e 83 Atividades
Respostas
1.
A – micélio. 5. a ) Mutualismo.
B – hifas. b ) Os fungos ganham das saúvas alimentos
C – esporângio. necessários à sua sobrevivência. Em contrapar-
D – esporos. tida, as saúvas se alimentam dos fungos.
2. Os fungos são encontrados em locais com maté- 6. a ) Resposta pessoal. Caso ache oportuno, aborde
ria orgânica porque são seres heterotróficos, ou essa questão na forma de uma pesquisa feita
seja, não são capazes de produzir o próprio pelos alunos. Os Yanomami vivem em aldeias
alimento, e precisam obtê-lo do meio. na Amazônia, as quais constituem um conjunto
3. Os decompositores, ao se alimentarem de restos cultural e linguístico formado por, pelo menos,
de animais e vegetais, absorvem matéria orgânica quatro subgrupos: Yanomae, Yanomami, Sani-
e devolvem ao solo minerais e outros elementos, ma e Ninam. Eles constituem uma sociedade
que ficam disponíveis para que outros organismos de caçadores-agricultores.
possam utilizá-los.
Em relação à alimentação, os Yanomami conso-
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam mem carnes de animais, obtidas por meio da caça
que é importante manter os pães em embalagens fecha- e da pesca, mandioca, favos de mel, frutas,
das, uma vez que os fungos se alimentam de matéria castanhas e cogumelos.
orgânica e conseguem se espalhar rapidamente
pelo ambiente. Essa rápida dispersão ocorre por b ) Porque fungos produzem substâncias tóxicas
meio dos esporos, que são leves e, dessa maneira, que podem prejudicar o organismo humano.
facilmente carregados pelo vento. Além disso, é c ) Resposta pessoal. Os alunos poderão citar
importante evitar armazenar os pães em local pratos feitos com champignon (shitaki ou shimeji)
úmido, pois os fungos também se desenvolvem com macarrão, arroz, carnes (como strogonoff),
muito bem nesse ambiente. e até mesmo sem acompanhamento.

 Aprenda mais
••Essa sessão propõe o estudo dos povos indígenas, com destaque para os Yanoma-
mi. Promova um momento para que os alunos visitem o site indicado e conversem
sobre os dados e conteúdos acessados.
•• A imagem apresentada no boxe Aprenda mais é uma logomarca. Explique aos alunos
que logomarcas são imagens criadas para representar um determinado produto, insti-
tuição, empresa, entre outros. Solicite a eles que desenvolvam uma logomarca para a
turma. Promova uma eleição das melhores logomarcas e exponha-as para as demais
turmas da escola.

P. 83
Verificando rota
Respostas
1.
Se necessário, os alunos devem complementar ou 3.
Se necessário, os alunos devem complementar ou
corrigir suas respostas, citando que, provavelmen- corrigir suas respostas, indicando que os protozoá-
te, o cacique contraiu um vírus, ou algum outro rios são organismos unicelulares, procariontes,
microrganismo, que o levou a ficar doente e a que podem ser benéficos para alguns seres vivos,
desenvolver alguns sintomas. O termo derrotado mas prejudiciais a outros. Eles devem citar que o
deve ser associado aos sintomas apresentados protozoário apresenta mais de um flagelo, no caso,
pelo cacique, levando-o a ficar acamado.
vários, e que eles participam de sua locomoção. A
2. Se necessário, os alunos devem complementar ou relação ecológica que ele estabelece com o cupim
corrigir suas respostas, indicando que os lactoba- é do tipo mutualismo.
cilos são bactérias utilizadas na produção de leite
fermentado. Eles também devem responder que 4. Resposta pessoal. Os alunos podem citar, por
esses microrganismos contribuem para o funcio- exemplo, orelhas-de-pau sobre troncos de árvores
namento do intestino e ajudam a protegê-lo de caídas, cogumelos sobre troncos ou no solo, bolo-
agentes causadores de doenças. res em alimentos, entre outros.

46

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Ampliando

2
Superbactérias

UNIDADE
fronteiras
P. 84 e 85 Nesta seção, é trabalhado o tema convergente Qualidade de vida, no qual
se explora o que são as superbactérias. Por meio desse estudo, os alunos refle-
tirão sobre o uso de antibióticos e sua relação com o surgimento das superbac-
térias, e também o papel de cada pessoa para evitá-las.
Objetivos
••Conhecer o que são superbactérias. com eles a importância de lavar as mãos e de
••Reconhecer a importância do uso adequado usar álcool 70% ao entrar em um hospital e ao
de antibióticos. sair dele.
••Refletir sobre a postura que devemos ter ao ••Aproveite o momento para
visitar hospitais. discutir com os alunos sobre
a compra controlada de
Comentários antibióticos. Questio-
ne-os se acham
••Comente com os alunos que as superbacté-
rias são um problema bastante preocupante no importante haver
meio hospitalar, pois, nele, há uma concentra- essa restrição e
ção de pessoas debilitadas e, por isso, tornam- peça-lhes que expli-
-se mais susceptíveis a uma infecção. quem por quê.
••Aproveite para relacionar a forma rápida de

Raul Aguiar
reprodução desses organismos à sua capa-
cidade de infecção. Comente que o contágio Acesse
por apenas um desses organismos pode gerar
Para saber mais informações sobre as superbactérias,
infecções que se espalham por todo o corpo. acesse o site a seguir: Dez coisas que você
••Explique aos alunos que os hospitais adotam precisa saber sobre as superbactérias. <http://
normas de segurança para evitar a contamina- noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/
ção dos pacientes e dos visitantes por micror- redacao/2015/06/01/dez-coisas-que-voce-precisa-
saber-sobre-as-superbacterias.htm>.
ganismos. Algumas delas estão citadas nessa
Acesso em: 1o mar. 2016.
seção, no tópico sobre prevenção. Comente

Respostas
1.
Espera-se que os alunos abordem em suas respos- pela equipe médica, utilizar luvas, jalecos e
tas que as superbactérias são bactérias resistentes outras vestimentas, descartando-as nos locais
a alguns antibióticos. Assim, esses medicamentos adequados após o uso. Também é imprescindí-
vel que as pessoas tenham consciência de que,
não conseguem controlar a sua proliferação e elas
em um ambiente hospitalar, há pessoas com a
acabam provocando um quadro de infecção mais saúde debilitada, e que, por isso, são mais
grave, especialmente em pacientes internados em susceptíveis a contrair uma infecção.
hospitais, que se encontram debilitados.
b ) Porque, ao utilizar antibióticos, principalmente
2. Resposta pessoal. Os alunos podem ter utilizado não seguindo as orientações médicas, pode-se
antibióticos para curar infecções nas vias aéreas, contribuir com a seleção de bactérias resisten-
ou no sistema urinário, por exemplo. tes, com o surgimento das superbactérias.
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
3. a c ) Os folhetos devem apresentar uma definição
comentem que, ao visitar um ambiente hospi- do que são as superbactérias, como elas
talar, deve-se sempre lavar as mãos com água surgem, sua relação com o uso inadequado de
e sabão e passar álcool 70% nelas, ao se deslo- antibióticos e como podemos contribuir para
car de um ambiente a outro; quando solicitado evitar seu surgimento.

47

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UNIDADE

3 Os animais
invertebrados
(parte 1)

Objetivos Conceitos

• Diferenciar um animal • Características gerais dos


vertebrado de um poríferos.
invertebrado. • Reprodução dos poríferos.
CAPÍTULO

9 Poríferos e • Conhecer as principais • Características gerais dos


características dos poríferos. cnidários.
cnidários • Conhecer as principais • Reprodução dos cnidários.
características dos cnidários.

• Identificar as principais • Características gerais dos


CAPÍTULO

características dos platelmintos.


10 Platelmintos e platelmintos. • Estrutura e reprodução de
nematelmintos • Identificar as principais planárias.
características dos • Ciclo de vida do
nematelmintos. esquistossomo e da tênia.
• Conhecer algumas verminoses. • Características gerais dos
• Reconhecer a importância das nematelmintos.
medidas preventivas, a fim de • Ciclo de vida da lombriga e
evitar as verminoses. do ancilóstomo.

• Conhecer as principais • Características gerais dos


CAPÍTULO

11 Anelídeos e características dos anelídeos. anelídeos.


moluscos • Identificar as principais • Hirudíneos, oligoquetas,
poliquetas.
características dos moluscos.
• Características gerais dos
moluscos.
• Gastrópodes, cefalópodes,
bivalves.

P. 86 e 87 Abertura da unidade

•• Essa unidade aborda os seguin-


tes filos de animais inverte-
brados: poríferos, cnidários,
platel­mintos, nematel­mintos,
anelídeos e moluscos.
Ao trabalhar a imagem apre-
sentada nessas páginas, esti-
mule os alunos a identificarem
os seres vivos retratados
nela. Comente com eles que
os recifes de corais em geral
são habitados por grande
diversidade de seres vivos.

48

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••Explique a eles também que, nesta unidade, se iniciará o estudo dos animais

3
classificados como invertebrados. É importante destacar que essa divisão entre

UNIDADE
animais invertebrados e vertebrados não segue a classificação biológica mais atual,
proposta pela sistemática. Ela é uma divisão didática, ou seja, tem por objetivo faci-
litar o estudo e a compreensão das diferentes características dos grupos animais e
a parte da presença de notocorda na fase embrionária e o desenvolvimento ou não
de coluna vertebral no animal adulto.
••Explique-lhes que o grupo dos animais é constituído por mais de trinta filos. Entre
eles está o filo Chordata, o qual contém apenas animais vertebrados. Nesta cole-
ção, são apresentados alguns filos, porém existem outros.
Leia
Para ampliar os conhecimentos sobre todos os filos de invertebrados, recomenda-se
consulta aos seguintes livros:
RUPPERT, Eduard; FOX, Richard S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma
abordagem funcional-evolutiva. Tradução de Fábio Lang da Silveira et al. 7. ed. São Paulo:
Roca, 2007.
BRUSCA, Richard; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007.

••A partir dessas páginas, peça aos alunos que recordem as principais característi-
cas dos seres vivos que permitem classificá-los no grupo dos animais.

Atividade complementar Observação de animais no ambiente

Aproveite a oportunidade e promova com os alunos uma caminhada pelo colégio.


Peça-lhes que levem o caderno e um lápis para realizar as anotações necessárias.
Solicite que se atentem ao ambiente e anotem o nome de todos os animais que avis-
tarem pelo caminho. Ao retornar para a sala, questione-os sobre os tipos de animais
que encontraram e se, na opinião dos alunos, eles fazem parte do grupo dos vertebra-
dos ou invertebrados e quais seriam os melhores critérios para agrupá-los. O objetivo
desta atividade é levá-los a perceber a diversidade desses grupos nos ambientes.

P. 87

Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem caracte- 3.
Resposta pessoal. Os alunos poderão citar exemplos como:
rísticas como: ser pluricelular, eucarionte e heterotrófico. insetos, minhocas, vermes, moluscos, crustáceos, entre
outros.
2.
Resposta pessoal. Os alunos podem identificar animais
como: estrela-do-mar, poríferos, anêmona-do-mar e corais.

CAPÍTULO
9 Poríferos e cnidários
P. 88 •• Ao explorar a tirinha com os alunos, explique a eles que não devemos tocar nos animais.
Em geral, quando não perturbados, eles não apresentam riscos ao ser humano.
P. 91 ••Nessa página é apresentado um esquema que mostra a localização de um cnidóci-
to e um nematocisto. Explique aos alunos como ocorre a movimentação do nema-
tocisto para auxiliar na captura de presas e na defesa dos cnidários.

49

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••Os cnidócitos, presentes na epiderme dos cnidários, principalmente nos tentácu-
los, são as células que caracterizam e dão nome a esses animais. Os cnidócitos
possuem organelas eversíveis denominadas cnidas. Há cerca de 30 tipos diferen-
tes de cnidas, sendo o nematocisto o mais comum. Os nematocistos apresentam
formato tubular e permanecem enrolados no interior da célula. Em sua superfície,
há substâncias urticantes. Na parte externa dos cnidócitos, há uma pequena estru-
tura denominada cnidocílio. Quando ocorre um estímulo químico ou mecânico no
cnidocílio, a porção tubular do nematocisto é rapidamente arremessada para fora
do cnidócito. Esse processo é bastante rápido. Nas hidras, por exemplo, a libera-
ção ocorre em apenas 3 milissegundos. Os nematocistos que foram arremessados,
bem como os cnidócitos que os continham, se degeneram e são substituídos por
novos cnidócitos. Essa reposição demora cerca de 48 horas.
••Pergunte aos alunos se eles já entraram em contato com um cnidário ou conhecem
alguém que tenha tocado algum. Se alguém responder sim, solicite que explique
quais foram as consequências de tocar esse animal.

Acesse
Para saber mais sobre os acidentes com águas-vivas e como proceder, caso eles
aconteçam, consulte os sites.
TELESSAUDERS. Projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
<www.ufrgs.br/telessauders/acontece-aqui/noticias/acidentes-com-agua-viva-como-agir>.
Acesso em: 1o mar. 2016.
UNESP. Orientações para acidentes com águas-vivas e caravelas no litoral catarinense.
<www.fmvz.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/animaisselvagens/orientacoes-para-
acidentes-por-aguas-vivas.pdf>.
Acesso em: 1o mar. 2016.

P. 93 Atividades
Respostas

1.
A ilustração dos alunos deverá apresentar uma 3.
Os cnidários são animais invertebrados aquáticos,
cavidade central, onde deverá estar indicado: átrio os quais apresentam células denominadas cnidó-
e uma abertura superior, onde deverá estar indica- citos. Essas células possuem nematocistos, os
do: ósculo. Na parede deverão estar indicados: quais contêm substâncias que podem provocar
poro (pequenas aberturas que atravessam a pare- irritação quando em contato com o corpo de
de), espículas (estruturas pontiagudas), coanóci- outros seres vivos. Os cnidários podem ter o corpo
tos (células com flagelo), amebócitos (células com com formato tubular (pólipos) ou de um guarda-
formato mais irregular) e pinacócitos (células -chuva aberto (medusas).
externas da parede do corpo das esponjas). 4. A fase assexuada do ciclo de vida ocorre com cnidá-
2. A filtração é importante porque permite que os rios do tipo pólipo. Quando adultos, eles se reprodu-
poríferos retirem da água o alimento e o gás oxigê- zem por brotamento, dando origem a uma colônia
nio necessários à sua sobrevivência. Nesse de pólipos. Alguns indivíduos da colônia podem se
processo, os flagelos dos coanócitos movimen- desprender, originando medusas, as quais partici-
tam-se criando um fluxo de água, a qual entra pam da fase sexuada do ciclo de vida. Nessa fase, as
pelos poros da parede. Dessa maneira, a água medusas lançam seus gametas na água, onde pode
chega ao átrio e, posteriormente, sai pelo ósculo. ocorrer a fecundação. O zigoto desenvolve-se em
Durante o fluxo, o alimento presente na água é uma larva, a qual se fixa no solo, dando origem a um
capturado pelos coanócitos e amebócitos. novo pólipo, que reinicia o ciclo.

50

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5. a ) Os poríferos, assim como os demais animais, 6. A estrutura presente nos tentáculos da anêmona-

3
são pluricelulares e heterótrofos, ou seja, não -do-mar e que protege o peixe-palhaço é o nema-

UNIDADE
são capazes de produzir seu próprio alimento, tocisto, presente no interior dos cnidócitos. Os
obtendo-o por meio da filtração da água. nematocistos apresentam pequenos cílios; quan-
do algo os toca, um filamento contendo espinhos
b
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
e substâncias irritantes é disparado, podendo
respondam que é possível encontrar poríferos paralisar outros seres vivos.
em várias partes porque, durante sua reprodu-
ção sexuada, as larvas apresentam capacidade
7.
Nos acidentes com águas-vivas, não se deve
esfregar a região nem lavar com água doce, pois
de nadar, podendo sair do interior da esponja e isso pode provocar a liberação de mais substân-
ser transportadas para outras áreas. Além cias que irritam a pele. Recomenda-se, nesses
disso, durante a reprodução assexuada por casos, derramar vinagre na área afetada por cerca
fragmentação, por exemplo, os fragmentos de 30 segundos e procurar a ajuda de um profis-
também podem ser levados pela água até sional do resgate (bombeiro, salva-vidas) ou de
outras áreas. um profissional da saúde.

Acesse
Para responder à questão 7 da página 93, as informações podem ser obtidas em sites do
corpo de bombeiro do Estado de Pernambuco ou nos sites de serviços de informações
sobre praias, como do Estado de Santa Catarina. Veja-os a seguir.
<www.bombeiros.pe.gov.br/web/cbmpe/queimadura-caravela>.
Acesso em: 11 jul. 2016.
<www.sc.gov.br/index.php/radio-secom/11713-panorama-agricola-saiba-o-que-fazer-
em-caso-de-queimaduras-por-aguas-vivas-e-caravelas>.
Acesso em: 16 jul. 2016.

CAPÍTULO
10 Platelmintos e nematelmintos
P. 94 a 97 •• Ao abordar a questão 1 da página 94, explique aos alunos que a esquistossomose é
uma verminose popularmente conhecida como barriga d’água, devido aos sintomas de
inchaço e acúmulo de água na região abdominal que a presença do verme provoca no
doente. Nas páginas 96 e 97, são apresentadas informações sobre o verme Schistossoma
mansoni, causador da esquistossomose, e seu ciclo de vida.
•• Se achar conveniente, aproveite o momento e comente com os alunos que a contami-
nação por verminoses é mais elevada em áreas que apresentam pouca ou nenhuma
infraestrutura de saneamento básico, como tratamento de água e esgoto, e onde há
falta de campanhas preventivas contra a doença.
•• Questione-os sobre os possíveis motivos dessa relação entre condições sanitárias precá-
rias e a alta frequência de verminoses. Os alunos podem associar a falta de saneamen-
to básico e de tratamento de água e esgoto ao ciclo de vida dos vermes causadores
das doenças e o modo de contágio. Isso ocorre porque, como será abordado ao longo
do capítulo, formas juvenis ou ovos contendo embriões de vermes são eliminados no
ambiente por meio das fezes de seres vivos doentes. A falta de saneamento e tratamen-
to adequados de água e esgoto são dois fatores que aumentam muito as chances de
contato do ser humano com rejeitos contaminados pelos ovos do Schistossoma mansoni.
•• Esclareça que a esquistossomose é uma doença bastante antiga. Ovos de Schistossoma
foram encontrados no corpo de múmias egípcias, datadas de 1250 a.C., e também
ovos de S. japonicum em um cadáver de cerca de 2 000 anos, encontrado na China.
Aproveite para abordar a influência das migrações na disseminação de doenças.
Se possível, peça ao professor de História que comente com os alunos sobre as
migrações observadas em território brasileiro, no período colonial e na atualidade,
associando tais informações à disseminação de doenças.

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Acesse
Para mais informações sobre a esquistossomose, a história dessa doença e sua distribuição no território
nacional, acesse os sites a seguir.
Ministério da Saúde. Vigilância da esquistossomose mansoni: diretrizes técnicas. 4. ed. Brasília: Ministério da
Saúde, 2014.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_esquistossome_mansoni_diretrizes_tecnicas.pdf>.
Acesso em: 6 jul. 2016.
Vigilância epidemiológica e controle da esquistossomose. Centro de vigilância epidemiológica. Governo de
São Paulo, 2007.
<ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/doc/manu_esqui.pdf>.
Acesso em: 6 jul. 2016.

P. 99 ••Comente com os alunos que uma forma de distinguir a Taenia solium da Taenia
saginata é pelo tipo de hospedeiro intermediário que cada uma delas possui no seu
ciclo de vida. O hospedeiro intermediário da T. solium é o porco, enquanto que o da
T. saginata é o boi.
••Outra distinção entre as duas espécies de tênias é a estrutura do escólex ou cabeça,
local pelo qual o verme adere ao seu hospedeiro. Se achar conveniente, imprima as
fotografias abaixo e apresente-as aos alunos em sala de aula.
Na Taenia solium o escólex é globoso, com presença de rostro (uma projeção para fora da
estrutura) e dupla fileira de acúleos ao lado da extremidade do rostro. Já na Taenia saginata,
o escólex é quadrangular, sem rostro e sem acúleos.
Steve Gschmeissner/SPL/Latinstock

Steve Gschmeissner/SPL/Latinstock

Escólex de
Taenia solium.
acúleo Fotografia obtida Escólex de Taenia saginata.
rostro por microscópio Fotografia obtida por
e colorizada por microscópio e colorizada
computador. Imagem por computador. Imagem
aumentada cerca de aumentada cerca de 50
35 vezes. vezes.
••Ao citar que o ser humano pode atuar tanto como hospedeiro definitivo como
intermediário da tênia, enfatize aos alunos que a teníase se desenvolve quando o
ser humano ingere as larvas do parasita presentes no tecido do hospedeiro inter-
mediário (porco ou boi), e a cisticercose se desenvolve quando o ser humano ingere os
ovos do parasita, resultando na presença de formas larvárias nos tecidos.
••A cisticercose é associada, principalmente, à Taenia solium e constitui a forma
mais grave do parasitismo humano, uma vez
que, nessa doença, o parasita se localiza prefe- Acesse
rencialmente no sistema nervoso e no globo Os vermes também podem
ocular. Quando acomete o sistema nervoso parasitar as plantas. Veja mais
é chamada de neurocisticercose. Essa é uma informações sobre esse assunto no
site da Embrapa, sugerido a seguir.
doença grave que pode ocasionar consequên-
cias sérias, incluindo a morte. <www.agencia.cnptia.embrapa.
br/gestor/cana-de-acucar/arvore/
••A neurocisticercose ainda é frequente no Brasil, CONTAG01_54_711200516718.
porém a prevalência real do número de casos html>.
não é conhecida devido à ausência de notifica- Acesso em: 6 jul. 2016.
ções aos órgãos públicos da saúde.

52

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Valores

3
Prudência e combate às verminoses

UNIDADE
em ação
P. 102 As verminoses são consideradas um problema de saúde pública e sua prevalência
auxilia na determinação das condições sanitárias de um determinado local, uma vez
que a frequência de verminoses está diretamente relacionada à falta de saneamento
básico.

Objetivos Comentários
••Conscientizar sobre a importância de medidas •• Enfatize aos alunos a importância do saneamento
preventivas. básico e de medidas de higiene no controle da
•• Relacionar a prudência ao controle de verminoses. transmissão das verminoses.
••Reconhecer a importância do conhecimento do ••Comente com os alunos que muitas pessoas
ciclo de vida dos vermes causadores de vermi- ainda não têm acesso a redes de esgoto e água
noses na elaboração e execução de medidas tratada.
preventivas.

Respostas
1.
Porque, ao conhecer o ciclo de vida dos vermes, tos produzidos pelo ser humano e o tratamento
sabemos quais as formas de contágio e quais os adequado de água e esgoto reduzem a contamina-
possíveis outros organismos envolvidos indireta- ção do ambiente e dos alimentos por esses
mente na transmissão da verminose, como os vermes, e diminuem as chances de contato do ser
hospedeiros intermediários. Assim, pode-se humano com os parasitas presentes na água, no
adotar medidas preventivas adequadas a fim de solo e nos alimentos contaminados.
evitar a contaminação por esses vermes. Como 3. Resposta pessoal. Os alunos podem mencionar
citado no texto, sabendo-se que a teníase é trans- que a prudência garante que medidas adequadas
mitida pela carne de porco ou de boi contaminada sejam tomadas para evitar a contaminação por
pelo parasita, é possível adotar medidas preventi- parasitas. No caso das verminoses, eles podem
vas que incluem não consumir a carne desses citar que os hábitos de higiene corporal são impor-
animais mal cozida ou que não tenha passado por tantes para evitar a contaminação. Entre esses
processo de fiscalização adequado. hábitos estão lavar bem as mãos, tomar banhos
2. O saneamento básico compreende ações que regulares, manter a higiene de roupas e dos
visam, entre outros objetivos, prevenir doenças e alimentos frescos, cozinhar bem os alimentos,
promover a saúde, e incluem atividades como o defecar e urinar apenas em locais adequados,
tratamento de água e de esgoto. A transmissão entre outros. Além das verminoses, outras doen-
das verminoses envolve a ingestão de água e ças podem ser prevenidas por meio da adoção de
alimentos contaminados com vermes parasitas, os medidas de higiene, como é o caso da cólera e das
quais são eliminados no ambiente pelas fezes dos micoses, abordadas nos capítulos 6 e 8 deste
doentes. Assim, a destinação adequada dos rejei- volume.

P. 103 Atividades
Respostas

1.
A frase é falsa, pois o que caracteriza um verme é o 2.
Os platelmintos apresentam como principal carac-
formato de seu corpo e não a relação de parasitis- terística o corpo achatado. Já os nematelmintos
mo. Os vermes apresentam o corpo mole e alonga- apresentam como principal característica o corpo
do. Além disso, não apresentam pernas. A planária cilíndrico, com as extremidades afiladas.
é um exemplo de verme que não é parasita.

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3. a ) Os nematoides retiram as substâncias nutriti- 4. a ) Essa medida ajudou a prevenir a teníase causada
vas da planta que eles parasitam, prejudicando pela Taenia solium, pois o ser humano adquire essa
seu desenvolvimento. Além disso, os nematoi- doença ao comer carne de porco contaminada.
des podem facilitar a injeção de substâncias b ) Essa medida ajudou na prevenção da esquis-
tóxicas na planta. tossomose, pois as cercárias penetram na pele
b ) Os alunos poderão citar que os nematoides humana quando a pessoa entra em contato
chegam às áreas de cultivo por meio da água com elas em lagos contaminados.
de irrigação, carregados por ventos fortes, c ) Essa medida ajudou na prevenção da ancilosto-
trazidos em mudas de plantas produzidas com
mose, pois as larvas do Ancylostoma duodenale
substratos contaminados ou em implementos
entram no corpo humano ao penetrar a pele.
agrícolas contaminados, ou até mesmo por
Esses vermes podem ser encontrados em solos
meio da movimentação de animais e pessoas,
contaminados pelos ovos desse nematelminto.
que, sem querer, possam transportar nematoi-
des até a área de cultivo. A prevenção das d ) Essa medida contribui para a prevenção da
doenças causadas por nematoides às plantas ascaridíase, pois essa doença pode ser adquiri-
pode ser feita controlando a qualidade da água da ao alimentar-se de comidas, como frutas e
da irrigação, analisando o solo e os substratos verduras, contaminadas pelos ovos do verme
das mudas, higienizando os implementos agrí- Ascaris lumbricoides. Também contribui para
colas, evitando a movimentação desnecessária prevemir a neurocisticercose, pela ingestão dos
de pessoas e animais pela área de cultivo, entre ovos da Taenia solium, presente em alimentos
outras maneiras. contaminados.
5.
Doença Sintomas Transmissão Prevenção
A presença dos vermes nematoides nos Picada do pernilongo Redução da população
vasos linfáticos obstrui a passagem da Culex quiquefasciatus do inseto transmissor,
Filariose linfa por esses vasos. O acúmulo da linfa infectado com as larvas por meio da eliminação
leva ao inchaço dos membros, como o do nematoide Wuchereria dos locais propícios à sua
escroto e as pernas. bancrofti. reprodução (água parada).
Durante a noite, as fêmeas do verme
nematoide seguem do intestino até a
região anal para depositar seus ovos, Ingestão dos ovos Oxyurus Lavar bem as mãos e os
Oxiurose
ocasionando coceiras noturnas nessa vermicularis. alimentos.
região, dores abdominais, náuseas e
vômitos.

Capítulo
11 Anelídeos e moluscos

P. 104 ••Ao trabalhar as imagens apresentadas no início dessa página, comente com os
alunos que as lulas-gigantes (Architeuthis sp.) são reportadas em lendas e contos
de diferentes povos e que, apesar de seu tamanho considerável, esses invertebra-
dos não tinham sido observados vivos nos oceanos, o que intrigava os pesquisa-
dores. Esses moluscos habitam águas marinhas profundas, de até 1 000 metros de
profundidade, e foi apenas no ano de 2004 que os cientistas capturaram a primei-
ra imagem de uma lula-gigante viva, avistada a cerca de 900 metros de profun-
didade nas águas das ilhas Ogasawara, localizadas a mil quilômetros ao sul do
Japão. Até então, os conhecimentos científicos a respeito do maior invertebrado
da Terra foram adquiridos a partir do estudo de animais mortos, encontrados flutuando
no mar. Nessa situação, geralmente, o estado de decomposição do animal já está
avançado, com muitos tentáculos perdidos e órgãos internos deteriorados, dificultando
a aquisição de informações sobre sua anatomia e biologia.

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Conhecer o hábitat, os hábitos alimentares e reprodutivos e a anatomia desses

3
animais é importante para a manutenção da espécie no ambiente, pois pode auxi-

UNIDADE
liar na elaboração de medidas que visem à proteção desse animal.
••A seguir é apresentado um texto científico sobre moluscos. Você poderá fotoco-
piar a atividade a seguir e desenvolvê-la com os alunos.

Atividade complementar Leitura

Vinte mil léguas submarinas


Monstros marinhos são criaturas constantes em lendas e contos de diferentes povos.
Uma dessas criaturas, chamada kraken (palavra de origem norueguesa que significa
“monstro marinho fabuloso”), é descrita na mitologia nórdica como um animal de dimen-
sões colossais, dotado de cem braços, milhares de ventosas, mandíbulas poderosas e afia-
das, capaz de destruir embarcações inteiras.
O filósofo grego Aristóteles (384 a.C. -322 a.C.) foi o primeiro a descrever a lula-gigan-
te, a qual ele chamou de teuthus, por volta de 350 a.C. Em 1857, o biólogo dinamarquês
Japetus Steenstrup (1813-1897), reunindo informações e analisando diferentes lendas e
desenhos, afirmou que a criatura dos mares conhecida como kraken era uma lula-gigante,
à qual associou a palavra Architeuthis, que, em grego, quer dizer “lula dominante”.
O kraken foi citado em diferentes obras literárias, como no livro Vinte mil léguas subma-
rinas, de Júlio Verne. Leia a seguir um trecho desse livro.
[…]
— Bem que gostaria de ver um desses polvos de que tanto tenho ouvido falar, capazes de
arrastar navios para o fundo do mar. Esses animais chamam-se Krakens.
— Acredita na existência de polvos gigantescos, senhor? — estranhou Ned. — Muita
gente já acreditou nisso.
— Mas não pescadores como eu!
— Um certo Oläus Magnus chegou a falar de um polvo do comprimento de uma milha,
que se assemelhava mais a uma ilha que a um animal!
— É exagero! — garantiu o canadense.
Pra mim é tudo fruto da imaginação. Existem polvos e calamares de grande tamanho, e
lulas também. Mas nenhum do tamanho de uma baleia. Em alguns museus, há polvos cujo
comprimento ultrapassa dois metros.
[…]
Em 1861, a nordeste da ilha de Tenerife, a tripulação de um navio avistou um calamar
gigantesco. Atiraram os arpões. Sem resultado. Os arpões atravessavam suas carnes moles!
O monstro desapareceu no mar!
— Qual era seu tamanho? — perguntou Ned Land.
— Não teria seis metros? — interrompeu Conseil.
— Exatamente. — respondi.
— A cabeça não possuía oito tentáculos que se agitavam na água como serpentes?
— Absolutamente correto!
— Os olhos colocados no alto da cabeça não eram enormes?
— Sim, Conseil!
— A boca não possuiria um bico terrível?
— Realmente!
— Nesse caso, aqui está um de seus irmãos!
Arregalei os olhos, surpreso. Ned Land fixou os olhos na parede de vidro.
— É espantoso! — exclamou.
Assustei-me. Diante de meus olhos havia um monstro terrível, digno de figurar nas
mais fantásticas lendas!
[…]
VERNE, Júlio. Vinte mil léguas submarinas. Trad. Walcyr Carrasco. São Paulo: FTD, 2007. p. 199-201.

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••Com base nas informações apresentadas no texto introdutório e no trecho do
livro, peça que os alunos listem as principais características do kraken, comparan-
do-o, com a lula-gigante. Caso necessário, peça a eles que façam uma pesquisa
sobre esse molusco.

Gabarito

•• Resposta pessoal. Os alunos devem representar o monstro descrito na lenda, e não a lula-gigante
como a conhecemos pelos estudos científicos.

P. 105 a 107
••Ao abordar as características dos hirudíneos das páginas 105 e 106, comente com
os alunos que espécies como a Hirudo medicinalis, popularmente conhecida como
sanguessuga medicinal, produzem substâncias químicas variadas que incluem ação
anestésica e anticoagulante, por exemplo. A presença do anticoagulante garante
que o sangue flua constantemente pela lesão na superfície do corpo do hospedeiro.
••Sobre o uso medicinal das sanguessugas, leia o texto a seguir.

D
urante séculos as “san- As sanguessugas voltaram a
guessugas medicinais” ser utilizadas para fins medici-
[…] (Hirudo medicinalis) fo- nais. Quando ocorre de dedos das
ram usadas para sangrias devido mãos ou dos pés, ou de orelhas, os
à crença infundada de que as dis- microcirurgiões conseguem reco-
funções do organismo eram devidas nectar as artérias mas nem todas
ao excesso de sangue. […] Durante o as veias mais delicadas. As san-
século 19, a coleta e a criação de guessugas são utilizadas para ali-
sanguessugas em lagoas foi prati- viar a congestão até que as veias
cada na Europa em escala comer- voltem a se formar no apêndice
cial. […] em recuperação.
[…] […]
HICKMAN, Cleveland P.; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 350.

••Além das possíveis aplicações medicinais cita- Acesse


das anteriormente, substâncias produzidas por
Para mais informações sobre o
esses anelídeos têm sido amplamente utiliza- uso medicinal de sanguessugas
das pela indústria farmacêutica na produção na atualidade, leia a reportagem
de diferentes substâncias, como anticoagulan- a seguir.
tes. Estes são produzidos, por exemplo, a partir <http://revistaepoca.globo.
da hirudina, um anticoagulante produzido por com/Revista/Epoca/
sanguessugas H. medicinalis e são capazes de 0,,EDR71938-6014,00.html>.
ativar a circulação sanguínea, sendo indicados Acesso em: 7 jul. 2016.
na recuperação de cirurgias, por exemplo.
••Ao abordar as características das minhocas, apresentadas nas páginas 106 e 107,
comente com os alunos que esses oligoquetas são muito importantes para a ferti-
lidade do solo, uma vez que promovem sua aeração e aumentam a quantidade
de nutrientes disponíveis no ambiente pela produção do húmus. Aproveite para
associar a movimentação das minhocas no solo, por meio da contração e do rela-
xamento de músculos, com a descompactação das partículas do solo e a criação
de galerias subterrâneas, que permitem a passagem de ar.

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••O húmus produzido pelas minhocas é um composto orgânico resultante do processo

3
de digestão da matéria orgânica ingerida por esses animais. De modo geral, o trato

UNIDADE
digestivo dos oligoquetas é retilíneo e relativamente simples. O alimento entra pela
boca, onde é umedecido, segue para a faringe e depois para o esôfago. Este pode
apresentar modificações estruturais e, em alguns oligoquetas como as minhocas,
formar o papo e a moela. No papo, antes de seguir para a moela, órgão musculoso,
o alimento é triturado e reduzido a pequenas partículas. Desse órgão de trituração,
o alimento passa para o intestino, onde ocorre a digestão do alimento, por ação de
diferentes enzimas, e a absorção de nutrientes. Os restos alimentares que não foram
aproveitados pela minhoca formam o húmus, eliminado no ambiente pelo ânus.
•• Se julgar conveniente, trabalhe a Atividade 3 do caderno Na prática neste momento. A
montagem do minhocário permite observar possíveis alterações no solo, causadas pela
presença das minhocas, e as condições necessárias à sobrevivências desses animais.
Aproveite a realização da atividade e comente com os alunos que a minhocultura ou
vermicompostagem é o processo de reciclagem de resíduos orgânicos por minhocas,
com consequente formação de húmus. Esse tipo de reciclagem de matéria orgânica
pode ser comparado à compostagem.
P. 110 e 111 ••Ao abordar o grupo dos cefalópodes, comente com os alunos que é comum haver
confusão quanto à identificação de um animal como uma lula ou como um polvo.
Apesar de semelhantes, esses animais apresentam algumas diferenças de hábitat,
anatômicas e comportamentais entre si. Veja, a seguir, algumas características
que possibilitam diferenciar polvos de lulas.

Os polvos podem ser encontrados tanto em grandes As lulas são mais ativas que os polvos e raramente são
profundidades quanto na região entre marés, onde observadas em águas rasas. Nelas, a concha é interna e
se movem entre as pedras. Nesses animais, a concha se apresenta sob a forma de uma fina lâmina, chamada
desapareceu por completo. O corpo é curto, desprovido pena. O corpo desses animais é hidrodinâmico, alongado
de nadadeiras e com formato globular. Os polvos e cilíndrico, que possibilita uma natação mais veloz. As
possuem oito braços, mas não apresentam tentáculos. lulas possuem oito braços e dois tentáculos, além de
Assim como as lulas, podem se mover por propulsão nadadeiras laterais que auxiliam na estabilização do
a jato, mas são mais aptos a realizar a movimentação corpo.
usando os braços para ancorar e puxar o corpo.

British Antartic Survey/SPL/Latinstock


Vladimir Wrangel/Shutterstock.com/ID/BR

braços
tentáculos nadadeiras
braços

comprimento: cerca de 1,3 m comprimento: cerca de 1,2 m

polvo lula

Acesse
Para informações sobre o mecanismo de mudança de cor de cefalópodes, acesse o site
sugerido a seguir.
Laboratório de Fisiologia Comparativa da Pigmentação – Universidade de São Paulo.
<http://fisio.ib.usp.br/labpig/mec1.htm>.
Acesso em: 7 jul. 2016.

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••A seguir, são apresentadas informações sobre as trocas gasosas em cefalópodes
e bivalves. Esse assunto pode ser comentado com os alunos como uma forma de
comparar os mecanismos de trocas gasosas observados em moluscos terrestres,
como os gastrópodes, e em moluscos aquáticos, como os cefalópodes e bivalves.
Enfatize aos alunos o papel dos pulmões e das brânquias, e do ar e da água, nos
ambientes terrestre e aquático, respectivamente.
Nos cefalópodes, as trocas gasosas ocorrem por meio de Nos bivalves, as trocas gasosas ocorrem por meio do manto
brânquias. Devido a contrações musculares da parede do e das brânquias. A água é drenada para dentro da cavidade
corpo, a água é drenada para dentro da cavidade do manto, do manto através do sifão inalante, banha as brânquias, onde
passa pelas brânquias, onde ocorrem as trocas gasosas, e é ocorrem as trocas gasosas, e é liberada para o meio pelo
eliminada pelo funil. A água usada para a movimentação por sifão exalante. Nesse grupo de moluscos, a água também
propulsão a jato e a superfície corpórea também contribuem é utilizada na nutrição do animal, que atua como filtrador e
no processo de trocas gasosas desses moluscos. retira da água, pelo sifão inalante, as partículas de alimentos.

sifão exalante
A7 Estudio

Panaiotidi/Shutterstock.
com/ID/BR
brânquias
brânquias sifão
funil inalante
Fonte de pesquisa: STORER, Tracy I. et al. Zoologia geral. 6. ed. São Fonte de pesquisa: STORER, Tracy I. et al. Zoologia geral. 6. ed. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000. p. 436. Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000. p. 431.

Nas brânquias, o gás oxigênio presente na água é liberado na corrente sanguínea e


Representações
sem proporção
de tamanho.
o gás carbônico, presente no sangue do animal, é transferido para a água.
••Ao abordar os bivalves, na página 111, questione os alunos se eles sabem em que
Cores-fantasia.

grupo de organismos as pérolas são formadas. Em seguida, faça um levantamento


dos conhecimentos prévios deles sobre esse assunto e explique como ocorre esse
processo. Algumas das informações trabalhadas nesse momento poderão auxiliar
os alunos na resolução da atividade 6 da página 113.
A concha dos bivalves é secretada pelo manto, tecido que reveste a massa visceral do
animal. Em muitos bivalves, a camada mais interna da concha apresenta-se lisa e pero-
lada, formando o nácar ou a madrepérola. Apesar de o manto estar fixado à concha,
é possível que, ocasionalmente, objetos estranhos ao corpo do animal, como um grão
de areia ou um parasita, se instalem entre essas duas camadas. Com isso, o manto
começa a secretar camadas de nácar sobre esse objeto, resultando na formação de
uma pérola. Se o objeto se mover constantemente durante a secreção das camadas
Acesse
de nácar, a pérola em formação poderá ser esférica e terá grande valor comercial. Há
também casos em que a pérola formada fica encrustada na concha em
Para mais informações sobre a formação. O tempo de formação de uma pérola é bastante variável,
produção artificial de pérolas, mas em média, quando produzida a partir de fragmentos microscópi-
acesse o site sugerido a seguir. cos, atinge o tamanho de pérola comercial em três anos.
<www.conchasbrasil.org.br/ É possível haver também a produção artificial de pérolas. Isso é feito
materias/perolas>. introduzindo-se uma partícula, entre o manto e a concha, que servi-
Acesso em: 7 jul. 2016.
rá de matriz para a formação da pérola.

P. 112 e 113 Atividades


Respostas

1.
a ) Ao filo dos moluscos. 2. a ) A característica marcante dessa classe é a
b ) Molusco quer dizer mole, pois uma caracterís- presença de pés bem desenvolvidos.
tica marcante desse filo é o fato de seus inte- b ) O líquido secretado pela lesma é um muco que
grantes apresentarem o corpo mole. facilita seu deslocamento.
c ) A concha protege o corpo desses animais.

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3. a ovos de minhocas, e nem aumentar o número

3
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
concluam, por meio da comparação do tama- inicial de indivíduos.

UNIDADE
nho das câmaras, que o animal se desenvolveu b ) Espera-se que os alunos façam um desenho
e cresceu, aumentando o seu tamanho dentro mos­ trando o acasalamento das minhocas, a
da concha. fim de representar a troca dos espermatozoi-
b ) Quanto mais câmaras o animal apresenta, des. Também deve aparecer o casulo formado
maior é o seu tamanho. ao redor do clitelo, onde serão depositados os
c ) O náutilo pertence à classe dos cefalópodes. óvulos. Posteriormente, o casulo desloca-se
para a região do receptáculo seminal, onde
4. a ) A fotografia mostra a ventosa anterior de uma ocorrerá a fecundação dos óvulos. O casulo
sanguessuga, que é utilizada para que esse com os ovos é depositado no ambiente, desen-
anelídeo se fixe em uma pessoa e sugue seu volvendo-se e dando origem a novas minhocas.
sangue, como explicado no texto por Klaus.
6. Resposta pessoal. Os alunos poderão citar o uso
b ) As sanguessugas pertencem ao filo dos anelí-
de conchas dos moluscos como enfeites, objetos
deos; esses invertebrados caracterizam-se por ter
religiosos, objetos de coleção, na arquitetura, entre
o corpo mole, formado por segmentos em forma
outros. Também poderá ser citada a pérola; forma-
de anéis. Os anelídeos apresentam sistema diges- da dentro das conchas de alguns bivalves e muito
tório completo. Como exemplos de anelídeos, os utilizada na produção de joias, como anéis, brincos
alunos poderão citar: a minhoca e o Nereis sp. e colares. Essas informações podem ser obtidas do
c ) As sanguessugas pertencem à classe dos hiru- site da entidade dos Conquiliologistas do Brasil, os
díneos, que apresentam como característica quais se dedicam ao estudo das conchas e dos
principal o fato de não possuírem cerdas em moluscos (disponível em: <www.conchasbrasil.
seus corpos. org.br/default2.asp>, acesso em: 4 jun. 2016).
5. a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos Além do uso da concha e da pérola, os alunos
respondam que não, pois, embora a minhoca poderão citar o uso dos moluscos no preparo de
seja hermafrodita, ela realiza reprodução pratos culinários, como os anéis de lula empana-
cruzada, ou seja, os indivíduos trocam esper- dos, ostras gratinadas, paella (um prato feito com
matozoides entre si. Portanto, com apenas os chamados frutos do mar, entre os quais estão
uma minhoca, Diane não conseguirá obter os moluscos), entre outros.

P. 113
Verificando rota
Respostas
1.
Espera-se que os alunos corrijam ou complemen- cutícula e formado por anéis, sistema digestório
tem suas respostas citando que, para um ser vivo completo, podem apresentar cerdas sobre o
ser considerado animal, ele deve ser pluricelular, corpo.
eucarionte e heterótrofo. Ao final da unidade, é Moluscos: invertebrados de corpo mole, geral-
possível que eles reconheçam outros animais mente protegido por uma concha.
como invertebrados pertencentes aos diferentes 3. Espera-se que os alunos concordem com o persona-
grupos estudados, como a minhoca, o caramujo, a gem Armandinho, pois os cnidários apresentam os
água-viva, a lula, o polvo, entre outros animais. cnidócitos com nematocistos, os quais podem ser
2. Resposta pessoal. Para cada filo de invertebrado, disparados e injetar substâncias irritantes em outros
os alunos podem citar, por exemplo, as caracterís- seres vivos, ainda que mortos.
ticas a seguir. 4. Espera-se que os alunos tenham compreendido
Poríferos: presença de vários poros em seus que os vermes são animais invertebrados, com o
corpos, filtradores, reprodução assexuada por corpo alongado, desprovidos de apêndices locomo-
brotamento ou fragmentação. tores, e os principais representantes encontram-se
Cnidários: apresentam cnidócitos com nematocis- nos filos dos platelmintos, dos nematelmintos e dos
tos, podem ser fixos ou livre-nadantes, reprodu- anelídeos. Eles podem citar diferentes doenças,
ção assexuada por brotamento. como as estudadas nesta unidade: teníase, ascaridí-
Platelmintos: possuem corpo achatado, podem ser ase e ancilostomose. Além dessas, podem citar
aquáticos ou terrestres. filariose e oxiurose.
Nematelmintos: possuem corpo cilíndrico com as 5. Os anelídeos apresentam o corpo dividido em
extremidades afiladas, podem ser de vida livre ou segmentos na forma de anéis, enquanto os molus-
parasitas. cos apresentam o corpo mole, não segmentado e,
Anelídeos: apresentam corpo mole, coberto por geralmente, coberto por concha.

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Ampliando
fronteiras Recifes de corais:
P. 114 e 115
ecossistemas ameaçados
Os recifes de corais são comparados às florestas tropicais, do ambiente terrestre,
devido à elevada diversidade de espécies observada em ambos. No Brasil, o extenso
litoral garante uma área de mais de três mil quilômetros de recifes de corais.
Esta seção permite abordar o Tema Convergente Ambiente e Sustentabilidade.

Objetivos entre os corais nas duas situações, e sobre o que é


esperado que ocorra com os corais coloridos, caso
•• Apresentar informações sobre os recifes de corais.
o processo de branqueamento não seja freado.
••Alertar para as ameaças aos corais, muitas
delas causadas pelo ser humano. •• Os corais, animais pertencentes ao filo dos cnidá-
rios, formam colônias. Relembre os alunos de que
••Conscientizar sobre a importância ambiental e nesse tipo de relação ecológica inúmeros animais
econômica dos corais. da mesma espécie se encontram unidos fisica-
Comentários mente e os indivíduos não conseguem vive isola-
dos uns dos outros.
•• Comente com os alunos que, devido à sua grande
importância no que diz respeito à diversidade de Acesse
espécies, muitos ambientes recifais brasileiros são Para mais informações sobre os recifes de corais
protegidos em unidades de conservação. brasileiros, acesso o site do Ministério do Meio
•• Ao trabalhar essa sessão, promova uma reflexão Ambiente sugerido a seguir.
direcionada sobre o branqueamento dos corais <www.mma.gov.br/
como resultado do aquecimento global. Para isso, biodiversidade/biodiversidade-
leve para a sala de aula imagens que ilustrem aquatica/zona-costeira-e-
marinha/recifes-de-coral>.

Raul Aguiar
corais saudáveis e corais branqueados. Questione
Acesso em: 7 jul. 2016.
os alunos sobre quais são as principais diferenças

Respostas
1.
Resposta esperada: os recifes de corais abrigam destaque na costa Australiana, no Caribe e na
uma enorme biodiversidade, protegem o litoral costa nordeste brasileira.
contra a erosão causada pelas ondas e também b ) Resposta pessoal. Os alunos podem citar atitu-
são uma atração turística. Além disso, as ativida- des como: transformar as áreas recifais em
des voltadas ao atendimento dos turistas gera locais de proteção para restringir visitações e
renda para muitas comunidades locais.
atividades exploratórias; ao visitar regiões de
2. Resposta pessoal. Os alunos que conheceram recifes, tomar cuidado para não danificar as
algum recife de coral podem descrever a biodiver- estruturas; cuidar das áreas litorâneas para que
sidade desse ecossistema. Caso nenhum aluno
não haja contaminação das águas do mar por
tenha conhecido um recife pessoalmente, incenti-
sedimentos e poluentes.
ve a turma a comentar sobre desenhos animados,
filmes e fotografias em que eles já tenham visto o 4.
Espera-se que os grupos representem a estrutura
fundo do mar. Peça-lhes que contem as impres- de um recife de coral mostrando sua diversidade
sões que tiveram a partir desses recursos. e, nos cartazes, incluam informações de que o
desaparecimento dos recifes pode prejudicar o
3. a ) Os recifes de corais estão distribuídos em
ecossistema marinho como um todo, uma vez que
águas tropicais rasas e com grande penetrabili- muitas espécies perderiam seu hábitat e, assim,
dade de luz para viabilizar a fotossíntese das poderiam diminuir sua população chegando, inclu-
algas que vivem associadas aos pólipos. Assim, sive, a correr riscos de extinção. Além disso, para
os alunos podem dizer, por exemplo, que essas a comunidade local poderia representar o fim da
formações podem ser encontradas com maior pesca e da atividade turística.

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UNIDADE

4
Os animais

UNIDADE
invertebrados
(parte 2)

Objetivos Conceitos

• Identificar um animal artrópode. • Principais características dos


• Conhecer as características artrópodes.
gerais dos insetos. • Estrutura corporal, digestão,
CAPÍTULO

12 Filo dos • Compreender a reprodução e o respiração, circulação e


artrópodes desenvolvimento dos insetos. sistema nervoso em insetos.
• Conhecer as características • Reprodução e
gerais dos miriápodes. desenvolvimento dos insetos.
• Características gerais e
grupos de miriápodes.

• Identificar as características • Características gerais de


Artrópodes: gerais dos crustáceos. crustáceos.
CAPÍTULO

13 crustáceos e • Identificar as características


gerais dos aracnídeos.
• Reprodução e desenvolvimento
dos crustáceos.
aracnídeos • Reconhecer a importância • Características gerais de
dos cuidados com a higiene aracnídeos.
pessoal e do ambiente, a fim • Reprodução e desenvolvimento
de prevenir o parasitismo por dos aracnídeos.
determinados artrópodes. • Ácaros e artrópodes parasitas.

Filo dos • Conhecer as características • Características gerais de


CAPÍTULO

14 equinodermos
gerais dos equinodermos. equinodermos.
• Reprodução e
desenvolvimento dos
equinodermos.

P. 116 e 117 Abertura da unidade


••Nas páginas de abertura, é
apresentada a imagem de
uma coleção de borboletas.
Explique aos alunos que uma
coleção não serve apenas
para visitação e admiração.
Ela é, sobretudo, uma ferra-
menta do cientista, pois cons-
titui um banco de dados que o
auxiliará no desenvolvimento
de pesquisas científicas.

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•• A manutenção de uma coleção de referência funciona como uma biblioteca para o taxo-
nomista (profissional responsável pela identificação das espécies). Confere informações
referentes à biodiversidade da fauna, pois ela apresenta dados importantes sobre o
animal, como: sua morfologia, o local e a época de ocorrência, a biologia, os hábitos e os
possíveis hospedeiros (no caso de parasitas).
Acesse
O site a seguir contém mais informações sobre as coleções biológicas:
<https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/cole%C3%A7%C3%B5es-biol%C3%B3gicas>.
Acesso em: 16 mar. 2016.
• Para conhecer o papel das coleções na educação, especialmente a entomológica,
acesse o artigo de Santos e Souto (2011).
<www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/310/186>.
Acesso em: 16 mar. 2016.
Algumas instituições disponibilizam on-line suas coleções ou dados sobre elas. A seguir,
há uma listagem de sites que podem ser consultados.
• CAVAISC – Coleção de artrópodes vetores ápteros de importância em saúde das
comunidades. Instituto Oswaldo Cruz.
<http://cavaisc.fiocruz.br/>.
Acesso em: 16 mar. 2016.
• ESBAN – Escola Superior Batista do Amazonas.
<www.esbam.edu.br/?page_id=524>.
Acesso em: 16 mar. 2016.

•• Ao trabalhar esse assunto com os alunos, aproveite a oportunidade e comente que o grupo
artrópode reúne aproximadamente um milhão de espécies descritas, as quais estão agrupa-
das em diversos filos. Seus representantes são encontrados em diversos ambientes.
•• Esclareça a eles que há diferentes formas de classificação, mas neste livro adotaremos a
clássica, na qual os artrópodes são divididos em cinco grupos principais, usando como
critério o número de patas. Assim, temos:

Número de pernas Grupo Exemplo


6 Insetos Barata
8 Aracnídeos Aranha
varia Crustáceos Camarão
1 par por segmento Quilópodes Lacraia
2 pares por segmento Diplópodes Piolho de cobra

•• Explique aos alunos que os grupos quilópodes e diplópodes formam o subfilo dos miriá-
podes, característico por conter animais que apresentam uma cabeça e corpo alongado
formado por muitos segmentos e muitas pernas.
•• Comente, ainda, que os artrópodes estão envolvidos em vários processos e interações ecoló-
gicas, como a polinização, a dispersão de sementes, a ciclagem de nutrientes, entre outras.
Respostas
1.
Resposta pessoal. As coleções de artrópodes são impor- 3. Resposta pessoal. Permita que os alunos expressem
tantes porque ajudam na compreensão e no conheci- suas ideias sobre os insetos. Caso coerente, aproveite
mento da diversidade desse grupo de seres vivos. o momento para introduzir características destes
seres, como: apresentam uma estrutura rígida ao
2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
redor do corpo (exoesqueleto); têm pernas e outros
dam que já os viram em locais como paredes, muros, apêndices bem evidentes; habitam diversos ambien-
galhos de árvores e outras plantas e que se locomo- tes; por serem invertebrados, não apresentam coluna
viam por meio do voo. vertebral, entre outras características.

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12 Filo dos artrópodes

4
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 118 ••As personagens da tirinha apresentada na página 118 têm características antropo-
mórficas. Para explorá-las, trabalhe com os alunos a seguinte atividade comple-
mentar.
Atividade complementar Questões

1.
Nos personagens da tirinha, você verificou alguma característica parecida com
a dos seres humanos? Qual?
2.
Você acredita que os animais apresentados na tirinha podem mesmo realizar
as ações apresentadas?
3.
Você já viu alguma outra história ou quadrinho no qual os animais pudessem
falar ou tinham características humanas?

Gabarito
1. Espera-se que os alunos respondam que sim. Algumas características são a fala e algumas
expressões humanas.
2. Espera-se que os alunos respondam que não. O objetivo da questão é que eles percebam as
características antropomórficas como um recurso utilizado em quadrinhos, tiras e charges;
contudo, elas não condizem com a realidade e, por diversas vezes, têm por objetivo satirizar
algum comportamento humano.
3. Resposta pessoal. Se possível, nesse momento, promova uma discussão sobre o tipo de assun-
to abordado nessas tirinhas. Em conjunto com o professor de Língua Portuguesa, é possível
organizar a sala em grupos para a produção de tirinhas com artrópodes antropomorfizados.

••Comente com os alunos que a porcentagem de animais que correspondem ao grupo


dos artrópodes se deve ao sucesso adaptativo desse grupo. O exoesqueleto, por
exemplo, conferiu proteção contra a predação e os danos físicos a esses animais. As
adaptações para evitar a perda de água, como a presença do exoesqueleto e a elimi-
nação de ácido úrico como excreta nos artrópodes terrestres, favoreceram a sobrevi-
vência em ambientes com pouca disponibilidade de água. Além disso, a presença de
vários segmentos, regiões e apêndices permitiu a muitos colonizar diversos locais e
garantiu a diversidade observada no filo.
••Sobre a percepção visual do ambiente, muitos insetos e crustáceos apresentam olhos
compostos. Cada um deles é formado por várias unidades cilíndricas chamadas de
omatídeos, os quais atuam na recepção da luz e funcionam como uma lente. Cada
omatídeo possui córnea, retina e um cristalino, sendo assim, cada um deles forma
uma imagem distinta que é transmitida ao cérebro por meio de fibras nervosas e
onde forma, com as imagens de outros omatídeos, um mosaico.
••Alguns insetos, crustáceos e aracnídeos possuem ocelos, que são estruturas mais
simples. Esses olhos não formam imagens distintas, mas têm a função de detectar
alterações na intensidade luminosa e podem ser sensíveis a baixa luminosidade.

P. 120 ••Ao trabalhar o sistema digestório dos insetos, explique aos alunos que as peças
bucais desses artrópodes são formadas por três pares de apêndices articulados
(mandíbulas, maxilas e lábios).
••Comente, ainda, sobre alguns tipos de peças bucais, como os mencionados a seguir.

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Aparelho mastigador Aparelho picador-sugador ou sugador labial
Utilizado parar rasgar ou mastigar alimentos. As Permite picar e sugar tanto a seiva de plantas
mandíbulas desses animais são fortes e se movem quanto o sangue de animais vertebrados. Há uma
de forma a cortar os alimentos. Esse aparelho é estrutura chamada de lábio, a qual pode perfurar
característico nas ordens Orthoptera (gafanhotos), o tecido de plantas e de animais e, então, sugar
Coleoptera (besouros) e Dermaptera (tesourinhas). o alimento. Os insetos que possuem esse tipo de
aparelho são os da ordem Hemiptera (percevejos),
Diptera (pernilongos).
Aparelho sugador
Adaptado à sucção dos alimentos líquidos (como
Aparelho mastigador-sugador
o néctar das flores), ele apresenta uma estrutura
alongada que se desenrola e adentra na flor, Também chamado de lambedor, é um aparelho
chegando, assim, aos nectários. É encontrado na adaptado a mastigar e a sugar. É encontrado nos
ordem Lepidoptera (mariposas e borboletas). insetos da ordem Hymenoptera (abelhas).

P. 121
••As pernas dos artrópodes são compostas de duas partes, um protopodito proximal
composto de dois artículos (coxa e trocanter) e um telopodito distal composto de
quatro artículos (fêmur, tíbia, tarso e pós-tarso).
••Comente que as espécies podem apresentar diferentes tipos de pernas, como as
apresentadas abaixo.
Ambulatórias Fossoriais
Não apresentam modificações, são utilizadas para Apresentam pernas anteriores adaptadas para
caminhar sobre o substrato (borboletas, bicho-pau). revolver o solo (paquinhas).

Raptatórias Coletoras
Possuem pernas anteriores com fêmur, tíbia e Geralmente possuem pernas posteriores e longos
tarsos providos de espinhos fortes. Essas pernas pelos na superfície externa da tíbia, os quais
têm movimentação e fechamento rápidos para formam uma estrutura por meio da qual o pólen
prender a presa (louva-a-deus, barata-d’-água e pode ser transportado. Compõem o terceiro par de
percevejos predadores). pernas de abelhas e mamangabas.

Saltatórias Escansoriais
Apresentam pernas posteriores com o fêmur bem A tíbia, o tarso e a garra tarsal desse tipo de pernas
desenvolvido, são mais grossas e utilizadas para apresentam uma conformação que possibilita ao
saltar (gafanhotos, esperanças). inseto agarrar-se ao pelo do hospedeiro. Estão
presentes, por exemplo, em piolhos hematófagos.

Acesse
Para saber mais sobre os insetos, acesse os seguintes endereços:
• Entomologia Básica.
<www.ica.ufmg.br/insetario/images/apostilas/ap_ent_basica.pdf>.
Acesso em: 17 mar. 2016.
• Os principais grupos de insetos.
<http://lect.futuro.usp.br/site/borboleta/quadroteorico/c_grupos.htm>.
Acesso em: 17 mar. 2016.
• No site a seguir, é possível acessar uma chave de identificação de insetos e, com ela,
determinar as ordens da classe Insecta através de insetos adultos:
<www3.ceunes.ufes.br/downloads/2/fredericosalles-CHAVE%20INSECTA.pdf>.
Acesso em: 19 mar. 2016.

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4
Lendo
Artigo de curiosidade científica

UNIDADE
P. 124 e 125 Nesta seção o aluno terá a oportunidade de conhecer um pouco sobre a produção
da seda pelo bicho-da-seda e conhecer a importância desse inseto para o ser humano.
Objetivo se eles sabem como os fios extraídos dos casu-
los são transformados em tecido. Se necessário,
••Conhecer como ocorre a produção da seda a
informe-lhes que, depois de extraídos, esses fios
partir do bicho-da-seda.
passam por equipamentos especiais que os tecem,
Comentários formando uma trama, a qual é transformada em
•• Peça aos alunos que leiam o texto silenciosamen- tecido. Apenas depois de prontos, os tecidos são
te. Depois, pergunte se eles tiveram dúvidas em coloridos.
relação ao vocabulário e incentive-os a buscar as •• Chame a atenção dos alunos para o intertítulo
palavras desconhecidas no dicionário. Se julgar Saiba mais. Verifique se eles compreendem por
oportuno, escreva-as no quadro apresentando qual razão ele foi utilizado pela autora do texto.
seus respectivos significados. Em seguida, pergun- Comente que, nos textos jornalísticos, os chama-
te se alguém gostaria de ler o texto em voz alta. dos intertítulos geralmente têm a função de
Se achar pertinente, leia-o para a turma. Chame marcar uma mudança no assunto do texto.
a atenção dos alunos para alguns pontos do texto
conforme as orientações que o acompanham.
•• Comente com os alunos que o bicho-da-seda
não é mais encontrado na natureza. Diga-lhes
Acesse que toda espécie tem uma função no ambiente
O link a seguir apresenta mais informações sobre a e que o desaparecimento desse inseto pode ter
produção da seda: UOL, Economia e Agronegócio. prejudicado algum processo natural. Aproveite
<http://economia.uol.com.br/agronegocio/ esse momento e comente sobre a importância
album/2014/02/13/bicho-da-seda-morre- de outros insetos para o ambiente (como a das
desidratado-para-tecer-fios-conheca-producao.htm>. abelhas na polinização) e reforce que esses insetos
Acesso em: 8 jul. 2016. também estão desaparecendo. Destaque a eles
que a ação do ser humano tem sido responsável
•• Explique aos alunos que a atividade associada por grande parte desse problema ambiental.
à produção de seda é chamada de sericultura e
tem grande importância no mercado. Pergunte
Respostas Antes da leitura
1. Resposta pessoal. 3. Resposta pessoal. Os alunos podem responder
2. Resposta pessoal. Os alunos podem relatar, ao que a seda é produzida no casulo, no entanto, sem
visualizar as imagens, que se trata de um inseto saber como ela é utilizada para fabricar o tecido.
utilizado para a produção de fios de seda e de
tecidos fabricados a partir desse tipo de fio.

Respostas Durante a leitura


1. a ) Espera-se que os alunos sublinhem o trecho relati- c ) Espera-se que os alunos respondam que existe uma
vo à primeira linha do texto onde está escrito o lenda a respeito da descoberta da seda. Ela conta que
nome popular e científico do bicho-da-seda. uma imperatriz chinesa chamada Xi Ling-Shi encon-
b ) Espera-se que os alunos identifiquem as etapas de trou um casulo em seu jardim, há cerca de 5 mil anos,
crescimento das lagartas, a confecção dos casulos, e resolveu jogá-lo em seu chá para amolecer. Ela
a morte das lagartas nos casulos em decorrência encontrou a ponta do fio do casulo e percebeu, ao
do uso de água quente e o desenrolamento dos desenrolar, a presença de um fio. Ela levou a novidade
fios de seda a partir da ponta do fio dos casulos aos nobres locais e juntos viram que poderiam produ-
para a produção do tecido. zir um tecido com o fio.

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d ) Espera-se que os alunos percebam que a função 2. Os alunos podem responder características relaciona-
das imagens é retratar as informações contidas no das à divisão do corpo em cabeça, tórax e abdome, as
texto. As primeiras mostram o ciclo de vida da antenas presentes na cabeça e a metamorfose
mariposa Bombyx mori, enquanto a imagem seguin- completa (larva, pupa, adulto), entre outras.
te exibe os tecidos produzidos a partir da seda.

Respostas Depois da leitura


1.
Resposta pessoal. Os alunos podem relatar, por 4.
Espera-se que os alunos respondam que esses
exemplo, que sabiam apenas da existência da seda, animais tem metamorfose completa. Nessa fase, uma
desconhecendo como ela era produzida. larva se origina do ovo, passa por um período de cres-
2.
Espera-se que os alunos mencionem que o texto é cimento até formar a pupa. Durante esse período, o
adequado ao público infantil. Isso pode ser observado inseto se fixa em um ponto e passa por grandes trans-
por meio da linguagem empregada. Elementos como formações. Após a eclosão da pupa, surge um indiví-
“construir a própria casinha”, “do pequeno órgão sai duo adulto apto a se reproduzir.
baba”, entre outros, confirmam esse tipo de lingua- 5.
Resposta pessoal. Existem várias hipóteses que
gem. buscam explicar o desaparecimento do bicho-da-
3.
Os alunos podem responder que, dos ovos da mari- -seda da natureza. Comente com os alunos que uma
posa adulta, nascem as lagartas, que se alimentam de das mais aceitas afirma que ele desapareceu em
folhas de amoreira fornecidas pelos criadores e atin- razão da atividade humana. Retirando esses inverte-
gem um tamanho até 70 vezes maior do que tinham brados de seu hábitat e criando-os em cativeiro, o ser
ao nascer. Nesse estágio, começa a produção do humano selecionou os indivíduos mais aptos a serem
casulo por meio de uma glândula localizada na boca produzidos, porém inaptos para sobreviver na natureza.
por onde sai um líquido viscoso que endurece em Como consequência, eles se tornaram mais vulneráveis
contato com o ar. Caso os alunos tenham dificuldade aos predadores e passaram a ter mais dificuldade para
na resolução dessa questão, releia o texto com eles, conseguir seu alimento. Acredita-se que os bichos-
destacando os trechos em que esse processo de da-seda criados em cativeiro tenham cruzado com
produção é descrito. aqueles da natureza e, assim, a espécie se tornou
pouco apta a viver em ambiente selvagem.

P. 126 e 127 Atividades


Respostas

1.
A - metamorfose; B - cabeça; C - tórax; D - abdome; absorvidos no intestino. Os restos não digeridos
E - pernas; F - antenas. são eliminados pelo ânus.
Os insetos respiram por meio das traqueias, as quais se 4.
2. a ) A descrição corresponde a um artrópode do grupo
ramificam pelo corpo e se abrem para o meio externo dos miriápodes. Auxilie os alunos a associar as
por meio do espiráculo. O ar entra pelo espiráculo e, por características citadas no texto com o que foi abor-
meio das traqueias, é encaminhado às diversas partes do dado nessa unidade. Pra isso, enfatize as caracte-
corpo, onde ocorrem as trocas gasosas. rísticas principais do texto, como: corpo segmenta-
3.
a ) O aparelho bucal do pernilongo permite que ele do, um par de patas por segmento, duas antenas.
perfure a pele e alimente-se do sangue de verte- b ) Os miriápodes caracterizam-se por apresentar o
brados, enquanto o aparelho bucal das formigas corpo dividido em cabeça e tronco alongado, no
permite que elas cortem seus alimentos. Dessa qual há várias pernas.
maneira, o aparelho bucal desses insetos difere, c ) Alimentam-se de outros artrópodes. Como citado
pois apresenta adaptações para os respectivos nessa unidade, os miriápodes podem se alimentar de
hábitos alimentares. artrópodes, plantas e animais mortos. No entanto, o
b ) É possível identificar um par de antenas, o qual é texto da atividade cita animais predadores, o que se
importante para a percepção de estímulos do ambiente. refere mais diretamente aos quilópodes.
c ) Após a ingestão, o alimento passa pela faringe, 5. a ) Isso ocorre pois, após o período de ninfa, a cigarra
esôfago e papo, indo parar no estômago, onde atinge a fase adulta, estando apta à reprodução.
ocorre a maior parte da digestão. Os nutrientes são Porém, apenas os machos produzem o canto típico

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das cigarras. Eles cantam para atrair as fêmeas e c ) Entre os cuidados que se devem adotar para

4
assim se acasalarem. garantir a eficiência do controle biológico são veri-

UNIDADE
b ) Espera-se que os alunos façam um esquema repre- ficar o comportamento do inseto-praga e identifi-
sentativo de um ovo e na sequência uma (ou mais) car o predador desse inseto, realizar o estudo das
ninfa, a qual se caracteriza por apresentar tamanho teias alimentares em que a presa e o predador
menor do que o adulto e por não apresentar asas. E, estão inseridas, a fim de evitar a preferência do
por fim, o esquema deve representar um indivíduo predador por outra presa, deixando de se alimentar
adulto com asas. Como os alunos não possuem do inseto-praga, além de garantir condições neces-
imagens de referência para representar essas etapas sárias para que o predador do inseto-praga se
por meio de desenhos, oriente-os a produzir um mantenha e reproduza-se na lavoura.
esquema envolvendo setas e a descrição de cada Acesse
uma das etapas do ciclo de vida da cigarra.
c ) A “casca da cigarra” é o exoesqueleto eliminado após Mais informações para a pesquisa solicitada na
uma muda. O exoesqueleto é importante para a atividade 6 podem ser encontradas em sites como:
proteção e sustentação do corpo desses animais. Prefeitura Municipal de Campo Mourão - Cidade Escola.
<http://campomourao.pr.gov.br/seama/
d ) Espera-se que os alunos expliquem que o exoes-
vespinha.php>.
queleto é rígido e limita o crescimento dos artrópo-
Acesso em: 7 jul. 2016.
des; dessa maneira, para que eles possam crescer, Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa
eles abandonam o exoesqueleto antigo e produ- Agropecuária.
zem um novo, com maior tamanho e inicialmente <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/
flexível. bitstream/item/105476/1/ID-1760.pdf>.
6.
a ) Essas vespas parasitam os ovos do percevejo-da- Acesso em: 7 jul. 2016.
-soja. Elas se desenvolvem do ovo até a fase adulta Departamento de Entomologia da Universidade
dentro dos ovos dos percevejos, alimentando-se dos Federal de Lavras.
seus nutrientes e, assim, contribuindo com a redução <www.den.ufla.br/attachments/article/75/
da quantidade de percevejos nas lavouras de soja. ApostilaCB%20(final).pdf>.
b ) Os principais benefícios do controle biológico de inse- Acesso em: 7 jul. 2016.
tos são a redução do uso de agrotóxicos e, conse- Planeta Orgânico.
quentemente, a menor exposição dos produtores e <http://planetaorganico.com.br/site/index.php/
consumidores a essas substâncias e a diminuição da controle-biologico/>.
Acesso em: 7 jul. 2016.
contaminação ambiental.

••Ao trabalhar a atividade 6, que trata sobre o controle biológico, comente que essa
técnica é uma forma específica de controle de pragas e traz menos impactos ao
ambiente que o uso de inseticidas, pois estes atingem outras espécies que não as
pragas e, além disso, podem contaminar o ambiente.
••Enfatize aos alunos que o controle biológico deve ser feito por profissionais espe-
cializados e somente após a realização de estudos sobre o caso. Dessa maneira, é
possível amenizar ainda mais os impactos dessa ação.

CAPÍTULO
13 Artrópodes: crustáceos e aracnídeos
P. 128
••Ao trabalhar a página de abertura desse capítulo, peça aos alunos que observem
atentamente os detalhes das imagens, como os fatores abióticos e os seres vivos,
suas estruturas e formato. Questione-os sobre as características que aproximam
esses invertebrados daqueles estudados no capítulo anterior, e as que os diferen-
ciam. É importante que os alunos citem características como o número de pernas,
antenas e a divisão do corpo, que é distinta.
••Se achar conveniente, trabalhe as obras dos artistas apresentados em conjunto com
o professor de Arte. Uma sugestão é construir um varal cultural dessas obras. Para
isso, é necessário imprimi-las. Veja, a seguir, mais informações sobre os pintores.

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Fique ligado! Acesse

Raffaele Motta Para ver obras de arte do pintor Raffaelino da


Reggio, acesse:
Raffaele Motta, conhecido como Raffaelino da Reggio,
foi um pintor italiano da Escola Maneirista. Nasceu The Met Museum.
em um vilarejo próximo à cidade italiana de Reggio de <www.metmuseum.org/art/collection/
Emilia em 1550 e morreu prematuramente aos 28 anos, search/340815>.
na cidade de Roma, em 1578. Acesso em: 7 jul. 2016.
Jacob Foppsen van Es nasceu na Antuérpia em 1596 e Para ver as obras de arte do pintor Jacob Foppsen
morreu na mesma cidade em 1666. Foi um grande pintor van Es, acesse:
holandês conhecido por suas obras de natureza-morta, as Revolvy (site em inglês).
quais não costumava datar. Representou a simplicidade <http://broom02.revolvy.com/main/index.php?s=Jacob%
das formas em tons e pinceladas harmoniosas. Sobre sua 20Foppens%20van%20Es&item_type=topic>.
biografia, muito pouco é conhecido. Acesso em: 7 jul. 2016.

P. 129 e 130
••Ao trabalhar os crustáceos, enfatize suas características principais, comentando que
esses animais são os artrópodes que dominam o ambiente marinho. Atualmente, são
reconhecidas mais de 67 000 espécies de crustáceos, os quais vivem na terra úmida
e em ambientes aquáticos, como lagos, rios e mares. A maioria das espécies de crus-
táceos é de vida livre, porém há aquelas que são comensais ou parasitas.
••Comente com os alunos que muitas espécies de artrópodes são importantes para
o meio ambiente e para a agricultura, pois contribuem para a reprodução das plantas
por meio da polinização. Entre esses artrópodes, estão as abelhas, as borboletas,
os besouros, entre outros. Algumas espécies são fundamentais para a ciclagem
de nutrientes, de composição da matéria orgânica, como o grupo dos crustáceos.
Estes apresentam também uma importância econômica, porque muitas espécies
(como camarões, caranguejos, siris e lagosta) fazem parte da dieta humana e,
assim, tornam-se uma fonte de renda para moradores de comunidades litorâneas
que coletam e vendem esses animais. Além disso, os artrópodes são muito impor-
tantes para a cadeia alimentar.
••Comente com os alunos que em ostracoda (um tipo de crustáceo) ocorre a biolu-
minescência, ou seja, a capacidade de produzir luz a partir da oxidação de substân-
cias químicas presentes em seu corpo. Esses animais se tornam luminosos como
meio de defesa contra predadores.
Acesse
Se possível, acesse o site a seguir e mostre aos alunos um vídeo sobre crustáceos
bioluminescentes.
BBC Brasil.
<www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2014/08/140827_peixes_crustaceos_luminosos_fn>.
Acesso em: 7 jul. 2016.

P. 131 e 132
••Ao trabalhar os aracnídeos, explique aos alunos que esses animais apresentam
quelíceras, estrutura que permite incluí-los no subfilo Chelicerata. Esse subfilo
é formado por três classes: Merostomata, que reúne os límulus e os escorpiões
marinhos (estes já extintos); Pycnogonida, formada pelas aranhas-do-mar; Arachnida,
formada por aranhas, escorpiões, ácaros e opiliões. Dessas três classes, a Pycnogonida é
a que apresenta animal aquático; as outras são terrestres. Por serem mais conhe-
cidos, serão estudados nesta coleção apenas os representantes pertencentes à classe
Arachnida, chamados de aracnídeos.

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••Informe aos alunos que os aracnídeos, assim como outros artrópodes terrestres,

4
apresentam uma estrutura excretora que elimina ácido úrico. Isso garante que eles

UNIDADE
consigam viver em ambientes terrestres, pois esse tipo de excreta não precisa ser
diluído pela água para ser atóxico. Já as espécies aquáticas liberam amônia, que
apresenta alta toxicidade e, por isso, necessita ser diluída pela água.
••Diga a eles que existem aracnídeos venenosos aos seres humanos e que no Brasil
os principais gêneros responsáveis por acidentes com aranhas são: Loxosceles
(aranha-marrom), Phoneutria (aranha-armadeira) e Latrodectus (viúva-negra). Entre
essas espécies, a aranha-marrom, assim chamada em razão da sua coloração, é a
responsável pela maioria dos acidentes relatados no Brasil. Ela é pequena, mede
em torno de 4 cm de diâmetro e apresenta pernas longas e finas, podendo ser
encontrada em locais escuros, quente e secos, como debaixo de telhas, tijolos,
casco de árvores, dentro de sapatos, entre outros. Embora sua picada não cause
dor, após algumas horas a região da picada se torna avermelhada, inchada, com
bolhas e dolorida, formando lesões e necrose.
••Comente que, assim como algumas aranhas, os escorpiões também apresentam
venenos prejudiciais à saúde humana, como os do gênero Tityus (escorpião-amare-
lo, escorpião-marrom, escorpião-amarelo-do-nordeste e escorpião-preto-da-ama-
zônia) que são encontrados em território brasileiro. Entre as espécies do gênero
Tityus, a Tityus serrulatus (escorpião-amarelo) é considerada a mais perigosa da
América do Sul. Essa espécie é caracterizada por sua coloração amarelo claro com
manchas escuras e pode atingir 7 cm de comprimento, sendo mais encontrada
nos estados da região Sudeste. A picada do escorpião-amarelo causa dor imediata
e é neurotóxica. Após cerca de duas horas, surgem graves sintomas, como febre,
vômito, dor abdominal, alterações cárdicas e respiratórias, podendo levar a pessoa
a óbito.
••Diga aos alunos que os escorpiões, assim como as aranhas, também podem se
encontrar escondidos em entulhos e dentro de casa, dentro de sapatos e em roupas
de cama. Por essa razão, é muito importante tomar alguns cuidados, como manter
quintais limpos e sem entulhos e verificar sempre os sapatos antes de calçá-los.
Alerte-os ainda sobre os cuidados a serem tomados caso levem uma picada ou
estejam próximo de alguém que sofreu um acidente com esses aracnídeos. Nesses
casos, recomenda-se lavar bem o local da picada, procurar o serviço médico urgen-
temente e, se possível, levar a aranha que causou o acidente.

Acesse
Veja, nos sites a seguir, dados sobre a quantidade de casos notificados de acidentes com
aranhas e escorpiões no Brasil (entre os anos de 2000 e 2015).
Portal da Saúde.
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/20/1-Casos-
Araneismo-2000-2015.pdf> e <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/
janeiro/20/1-Casos-Escorpionismo-2000-2015.pdf>.
Acesso em: 8 jul. 2016.
Ministério da Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais
peçonhentos. 2. ed. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manu_peconhentos.pdf>.Acesso
em: 8 jul. 2016.

69

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Valores
em ação Atenção aos ácaros e artrópodes
P. 133
parasitas
Os ácaros são aracnídeos capazes de desencadear reações alérgicas no ser huma-
no, causando sintomas como: coriza, dificuldade de respirar, coceiras, tosse e espirros.
Além desses aracnídeos, os piolhos, bicho-de-pé e carrapatos podem parasitar o ser
humano, causando lesões na pele. O controle desses artrópodes está associado a
medidas de higiene pessoal e do ambiente.

Objetivos ••O piolho e o bicho-de-pé podem ser evitados a


••Conscientizar sobre a importância da higieni- partir de uma higiene adequada.
zação pessoal e dos ambientes. ••Para não contrair a escabiose ou a sarna huma-
••Relacionar os cuidados necessários para a na, devem ser esterilizados os materiais utiliza-
prevenção de doenças causadas por artrópo- dos por pessoas parasitadas e deve-se evitar o
des parasitas. contato com elas.
Comentários ••Enfatize que, em qualquer um dos casos, o
tratamento é possível. Mas, para isso, a visita
•• Ao trabalhar com os alunos os dados dessa pági-
ao médico é essencial.
na, explique que alguns dos animais apresenta-
dos são de difícil controle, especialmente por seu ••Para ilustrar melhor essa situação, peça aos
tamanho diminuto. Explique a eles que a melhor alunos que pesquisem mais sobre cada uma
maneira de não ter problemas com esses animais das doenças em sites ou em livros e descu-
é a prevenção. Assim, é fundamental evitar bram a classificação de cada um dos parasitas
manter em casa materiais que possam acumu- apresentados nesta seção. Aproveite e sugira
lar poeiras, como tapetes, cortinas e animais de que eles procurem mais sintomas das doenças
pelúcia no quarto de pessoas alérgicas a ácaros. mencionadas.
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concor- retirar o pó dos ambientes, entre outras. No caso
dem com a afirmação, pois a higiene pessoal e a do Sarcoptes scabiei hominis, a sua transmissão
higiene do ambiente podem contribuir para dimi- pode ser prevenida por meio do tratamento das
nuir a transmissão ou o contato com ácaros e pessoas parasitadas e da higienização das roupas
demais artrópodes parasitas. e das roupas de cama por elas utilizadas. No caso
dos piolhos, além do tratamento, é importante
2. Resposta variável. Em relação ao ácaro, os alunos não compartilhar objetos como pentes e bonés, os
podem citar que a falta de higiene do ambiente quais podem contribuir para a transmissão indire-
em que vivemos contribui para a proliferação dos ta, bem como lavar os cabelos com frequência.
ácaros, que podem ser controlados com medidas Em relação ao bicho-de-pé, a transmissão pode
preventivas, como trocar os lençóis e as fronhas ser evitada ao utilizar calçados e manter os
com frequência, lavar bem as roupas de cama, ambientes livres desses parasitas.

P. 134 e 135 Atividades


Respostas

1.
I – Aracnídeos; II - Miriápodes; III – Crustáceos; IV veneno nas presas; as pernas, na locomoção; e
– Insetos. as fiandeiras, para tecer a teia.
2.
a ) A: pedipalpos; B: quelíceras; C: pernas; D: fiandeiras. 3. a ) As alternativas corretas são: III, IV e V. Com
relação ao item V, comente com os alunos que
b ) Os pedipalpos são utilizados, principalmente, outros artrópodes também representam os
para a percepção de estímulos do ambiente e aracnídeos, pois apesar de não estar incorreto,
captura de alimento; as quelíceras, para injetar ele está incompleto.

70

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b ) I - Os crustáceos são animais predominantemente em um indivíduo juvenil, o qual passa por várias

4
aquáticos, caracterizados pela presença de dois pares mudas até atingir a fase adulta.

UNIDADE
de antenas. São exemplos de crustáceos os cama- b ) Os pontos B e D, pois a partir deles o animal volta
rões, os caranguejos e os tatuzinhos de jardim. a crescer.
II - Os insetos se caracterizam por apresentar um par c ) Espera-se que os alunos construam um gráfico
de antenas e três pares de pernas. São exemplos de representando um crescimento contínuo.
insetos as abelhas, os besouros e os mosquitos. 6.
a ) O veneno nas aranhas está relacionado à captura
4. a ) A – aguilhão; B – pedipalpos; C – pernas. das presas e à própria defesa do animal.
b ) O aguilhão, representado pela letra A, é importante, b ) Elas vivem em locais escuros e são comumente
pois é por meio dessa estrutura que o escorpião injeta encontrados embaixo de folhas secas, telhas, tijo-
veneno em suas presas. Os pedipalpos, representa- los empilhados, muros, atrás de quadros e armá-
dos pela letra B, auxiliam o escorpião a capturar suas rios, entre os livros, em rachaduras na parede,
presas. E as pernas, representadas pela letra C, garan- entre outros.
tem a locomoção dos escorpiões. c ) Resposta pessoal. As informações sobre os centros
5. a ) Os crustáceos iniciam seu desenvolvimento a de atendimento em caso de acidentes com aranhas
partir de um ovo, o qual se desenvolve e origina ou outros animais peçonhentos podem ser obtidos
uma larva. A larva dos crustáceos se desenvolve nos sites das Secretarias Estaduais de Saúde.

Acesse
Veja, a seguir, as unidades de referência para atendimento de acidentes com animais
peçonhentos nas cidades do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Secretaria de Estado da Saúde - Governo de São Paulo.
<http://portal.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/
unidades-de-referencia/peconhentos_unidades.pdf?attach=true>.
Acesso em: 8 jul. 2016.
Governo do Rio de Janeiro.
<www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=%2bI2wGig3DPs%3d>.
Acesso em: 8 jul. 2016.

CAPÍTULO
14 Filo dos equinodermos
P. 136 e 137
••Após a leitura, interpretação do texto e resolução dos questionamentos apresenta-
dos na página 136, enfatize aos alunos que os espinhos do ouriço-do-mar são muito
importantes na defesa desse animal. Associe essa informação ao fato de esses
animais apresentarem movimentação lenta, ou seja, diferentemente de animais que
podem fugir de seus predadores, o ouriço-do-mar não consegue fazê-lo e seus espi-
nhos o protegem de muitos predadores.
••Na página 137, são apresentadas algumas classes de equinodermos e suas principais
características. Veja, a seguir, mais informações das classes de equinodermos.

Classe Crinoidea Classe Echinoidea


••Possuem o corpo em formato semelhante a ••Apresentam o corpo arredondado e não
flores, pequeno, em forma de taça, no qual possuem braços. Boca e ânus se localizam em
estão presos cinco braços que se bifurcam lados opostos, oral e aboral, respectivamente.
formando dez ou mais extremidades. ••Alimentação: plantas marinhas e pequenos
••Vivem em oceanos desde a linha da maré até organismos, além de partículas de matéria
profundidades abissais. Alguns possuem um orgânica. Exemplo: bolachas-do-mar, também
pedúnculo que fixa o animal no substrato. chamadas de bolachas-da-praia, e ouriços-do-
••Alimentação: plâncton e detritos. Exemplo: -mar.
lírio-do-mar.

71

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Classe Asteroidea Classe Ophiuroidea
••Possuem o corpo formado por um disco ••Possuem o corpo no formato de um disco, com
central, de onde partem cinco braços. cinco braços compridos e delgados. Realiza
••São abundantes em ambientes marinhos e movimentos serpentários e rápidos.
podem ser encontradas desde a linha da maré ••São encontrados desde águas rasas até
até grandes profundidades. profundas.
••Alimentação: crustáceos, moluscos e outros •• Alimentação: moluscos, pequenos crustáceos e
equinodermos. Exemplo: estrela-do-mar. detritos do substrato. Exemplo: serpente-do-mar.

Classe Holoturoidea
••Possuem o corpo alongado e delgado. Realizam
movimentos semelhantes aos de uma lesma, podem
cavar buracos no lodo e permanecer enterrados,
deixando somente as extremidades expostas. Quando
ameaçados, podem contrair-se lentamente.
••Alimentação: plâncton ou detritos do substrato.
Exemplo: pepino-do-mar.

P. 138
••Ao abordar o sistema ambulacrário, comente com os alunos que esse sistema também
é chamado de ambulacral ou hidrovascular, e atua como um sistema hidráulico, ou
seja, gera movimento ou força pela pressurização de um fluido, no caso, a água.
••Na extremidade de cada um dos braços, existem pés ambulacrais sensoriais peque-
nos e uma mancha ocelar, que auxiliam na percepção do ambiente. Todo o sistema
é muscular e ciliado, mas as ampolas e os pés ambulacrais apresentam músculos
mais desenvolvidos. Os cílios presentes nesse sistema auxiliam na movimentação
da água. A circulação de água no interior dos canais ambulacrais transporta gás
oxigênio e nutrientes ao longo do corpo do animal.

P. 140 e 141 Atividades


Respostas

1. Espera-se que os alunos façam um desenho 2. a ) A reprodução é assexuada, pois não há partici-
mostrando o sistema de canais (ao redor do anel pação de gametas.
central, de onde partem ramificações em direção b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
aos braços), a abertura (madreporito) e as proje- expliquem que os equinodermos também se
ções na superfície do corpo (pés ambulacrais). reproduzem sexuadamente. Nesse caso, os
Esse sistema é utilizado pelos equinodermos
gametas são liberados na água, onde ocorre a
para locomover-se e para respirar. Além disso,
fecundação. O ovo desenvolve-se e origina
auxilia na captura de alimento e na percepção de
uma larva, que passa por transformações,
estímulos do ambiente. A água entra pelo madre-
dando origem a um indivíduo jovem, o qual
porito e circula por meio de canais até os pés
crescerá e originará o adulto.
ambulacrais, os quais aumentam de volume. No
caso das estrelas-do-mar, esse aumento e dimi- 3. a ) A parte observável é o esqueleto interno (endo-
nuição de volume nos pés ambulacrais resultam esqueleto), formado por placas calcárias rígi-
em seu deslocamento. das, fixas ou móveis. Essa estrutura ajuda a

72

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proteger os órgãos internos e dar sustentação b ) Durante a reprodução, os gametas são liberados

4
ao corpo do animal. na água, local onde ocorre a fecundação.

UNIDADE
b ) Os alunos poderão citar a adoção de medidas c ) Resposta pessoal. Os alunos podem responder
que diminuam a poluição dos mares e controlem que a alta concentração populacional aumenta
a coleta desses animais. Além disso, é impor- as chances de fecundação, pois, uma vez que
tante não comprar produtos oriundos de coletas os indivíduos estão mais próximos, as chances
ilegais, a fim de não estimular esse comércio. de os gametas liberados se encontrarem são
c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos maiores. Em relação às desvantagens, os
respondam que podem ocorrer, por exemplo, alunos podem argumentar que, em situações
desequilíbrios nas cadeias alimentares das quais de perigo a essas espécies, todos os animais se
a espécie participa. tornam suscetíveis em razão da proximidade
d ) A estrela-do-mar e o ouriço-do-mar apresen- entre eles. Os alunos poderão apresentar como
tam semelhanças que os classificam como equi- resposta também a competição por alimentos,
nodermos, que são a presença de um esqueleto por exemplo, em situa­ ções de redução da
interno, formado por placas calcárias rígidas e disponibilidade de recursos alimentares.
pés ambulacrários. Apesar de apresentarem 5. a
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
semelhanças também na fisiologia, esses descrevam que o corpo dos pepinos-do-mar é
animais diferem quanto ao formato de seus alongado, cilíndrico e sem braços.
corpos, tendo a estrela-do-mar formato estrelar b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
e o ouriço formato mais arredondado; e, também identifiquem que a relação ecológica é do tipo
em relação aos hábitos alimentares, a estrela- inquilinismo.
do-mar alimenta-se de animais e a maioria dos c ) Nessa relação, o peixe é beneficiado, pois conse-
ouriços de algas. gue abrigo e proteção. O pepino-do-mar não é
4. a
) As bolachas-da-praia adultas liberam uma beneficiado, porém não sofre nenhum prejuízo.
substância na água que estimula o desenvolvi- Essas informações podem ser consultadas no
mento das larvas. livro de 6º ano desta coleção.

P. 141
Verificando rota
Respostas
1.
Espera-se que os alunos complementem ou corri- 3.
Com base no estudo desta unidade, espera-se que
jam suas respostas com características gerais dos os alunos tenham compreendido que as principais
insetos abordadas ao longo do capítulo, como: características de um crustáceo são: exoesqueleto
corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, enrijecido, formando uma carapaça e presença de
presença de um par de antenas, presença de um dois pares de antenas na cabeça. As características
marcantes de um aracnídeo são: corpo dividido em
ou dois pares de asas que também podem estar
cefalotórax e abdome, presença de quatro pares de
ausentes, corpo rígido pela presença do exoes-
pernas, as quais se articulam na região do cefalotó-
queleto, três pares de pernas, entre outras carac-
rax, presença de quelíceras e pedipalpos.
terísticas específicas.
4. Espera-se que os alunos tenham citado no grupo
2. Espera-se que os alunos tenham compreendido dos crustáceos animais como lagosta, camarão,
que Doroty já completou a sua metamorfose, ou caranguejo. Já para o grupo dos aracnídeos, espe-
seja, passou pelas fases de ovo, larva, pupa e se ra-se que tenham citado animais como aranha,
encontra na fase adulta. Doroty pertence ao grupo carrapato, escorpião e ácaro.
dos insetos que se caracterizam pela presença de 5.
Entre os representantes desse filo, os alunos podem
um par de antenas, exoesqueleto, presença de um, citar: estrela-do-mar, pepino-do-mar, bolacha-da-
dois ou nenhum par de asas. -praia, serpente-do-mar, lírio-do-mar, entre outros.

73

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Ampliando
fronteiras O mistério do desaparecimento
P. 142 e 143
das abelhas
A polinização é um processo essencial para a reprodução das angiospermas. Sem esse
processo, não há o encontro dos gametas masculinos, presentes no grão de pólen, com o
feminino, abrigado no interior do óvulo. Assim, há uma grande dependência entre a manu-
tenção desse grupo de plantas no ambiente e a presença de animais polinizadores, como
as abelhas. Essa seção permite abordar o tema convergente Ambiente e Sustentabilidade.

Objetivos Comentários
••Conscientizar sobre a importância das abelhas ••Ao iniciar a abordagem dessa seção, questione
para o ambiente e para o ser humano. os alunos se no cotidiano eles costumam ver
••Associar o papel das abelhas à disponibilidade abelhas nos ambientes. Não é esperado que
de alimentos para o ser humano. eles conheçam várias espécies de abelhas. No
••Alertar sobre o risco de extinção das abelhas. entanto, alguns deles podem comentar sobre
••Apresentar alguns fatores associados ao desa- os diferentes “tipos” de abelhas que já obser-
parecimento das abelhas. varam. Aproveite o momento e comente com
eles sobre algumas espécies de abelhas encon-
Raul Aguiar

tradas no Brasil.

Acesse
Para mais informações sobre a extinção das abelhas,
acesse as reportagens sugeridas a seguir.
MINKEL, J. R. Desaparecimento misterioso de abelhas Para conhecer algumas espécies de abelhas,
está ligado a vírus raro. Scientific American Brasil. acesse o site da Fiocruz, sugerido a seguir.
<www2.uol.com.br/sciam/noticias/desaparecimento_ <www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/
misterioso_de_abelhas_esta_ligado_a_virus_raro.html>. abelhas.htm>.
Acesso em: 8 jul. 2016. Acesso em: 8 jul. 2016.
Komarchesqui, Bruna. Para evitar o sumiço das abelhas. Algumas espécies de abelhas não vivem em
Gazeta do povo. sociedade. Para mais informações sobre essas abelhas
<www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/ e esses insetos no Brasil e no mundo, acesse o site da
meio-ambiente/para-evitar-o-sumico-das-abelhas- Universidade de São Paulo, sugerido a seguir.
btovzyz3hjt1x6zsahezw1sni>. <http://eco.ib.usp.br/beelab/solitarias.htm>.
Acesso em: 8 jul. 2016. Acesso em: 8 jul. 2016.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos consigam poderia representar aumento da fome em diferentes
identificar que a quantidade de abelhas na natureza regiões do mundo.
está diminuindo, colmeias inteiras estão desaparecen- 3.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
do e que ainda não se sabe com certeza os motivos ações como: plantar espécies de flores que atraiam as
desse fenômeno. Esse problema preocupa a comuni- abelhas, ter atitudes que contribuam para reduzir o
dade científica, pois a produção de grande parte dos aquecimento global, incentivar métodos de produção
alimentos do ser humano depende da polinização que utilizem menos ou nenhum agrotóxico, entre
feita por abelhas. outras.
2.
Com o desaparecimento das abelhas, a polinização de 4. Verifique se é possível fazer uma exposição das histó-
muitas plantas deixaria de acontecer. Isso levaria rias produzidas pelos alunos, em painéis na sala de
à extinção de algumas espécies de plantas floríferas e à aula ou na escola, de forma que a ação possa ser
diminuição, ou até mesmo ao fim, da produção de compartilhada com toda a comunidade escolar.
diversos alimentos. A redução na produção desses
alimentos resultaria em problemas econômicos e

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UNIDADE

5
Os animais

UNIDADE
vertebrados
(parte 1)

Objetivos Conceitos

• Conhecer as características • Características gerais dos


gerais dos peixes. peixes.
• Diferenciar os peixes em • Classificação dos peixes.
CAPÍTULO

15 Peixes ósseos e cartilaginosos.


• Entender como ocorrem
• Nutrição dos peixes.
• Respiração dos peixes.
a nutrição, a respiração, • Reprodução e
a reprodução e o desenvolvimento dos peixes.
desenvolvimento dos peixes.
CAPÍTULO

16 Anfíbios • Conhecer as características


gerais dos anfíbios.
• Características gerais dos
anfíbios.
• Diferenciar os anfíbios em • Classificação dos anfíbios.
urodelos, anuros e ápodes. • Nutrição dos anfíbios.
• Entender como ocorrem • Respiração dos anfíbios.
a nutrição, a respiração,
a reprodução e o • Reprodução e
desenvolvimento dos anfíbios. desenvolvimento dos anfíbios.

• Conhecer as características • Características gerais dos


CAPÍTULO

17 Répteis gerais dos répteis.


• Classificar os répteis em
répteis.
• Classificação dos répteis.
quelônios, crocodilianos e • Nutrição dos répteis.
escamados. • Respiração dos répteis.
• Entender como ocorrem • Reprodução e
a nutrição, a respiração, desenvolvimento dos répteis.
a reprodução e o
desenvolvimento dos répteis.

P. 144 e 145 Abertura da unidade


•• A tartaruga-cabeçuda (Caretta
caretta) também é conhecida
como tartaruga mestiça. Essa
espécie é encontrada em
diferentes regiões do mundo,
abrangendo águas tropicais,
subtropicais e temperadas.
Esses animais podem atin-
gir em média 140 kg e são
caracterizados pela coloração
marrom-amarelada, quando
adultos.

75

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••As tartarugas-cabeçudas são carnívoras e sua dieta inclui mexilhões, caranguejos,
moluscos, entre outros invertebrados. No Brasil, a desova dessa espécie ocorre
principalmente no norte dos estados do Rio de Janeiro, Sergipe, Espírito Santo e
Bahia. Atualmente, estima-se que existam cerca de 60 mil fêmeas dessa espécie
em idade reprodutiva no mundo, e, segundo a União Internacional para a Conser-
vação da Natureza (IUCN), ela está ameaçada de extinção.
••Comente com os alunos que, além da tartaru- Acesse
ga-cabeçuda, outras quatro espécies de tarta-
rugas marinhas são encontradas no Brasil. Para mais informações sobre
cada uma das cinco espécies
São elas: tartaruga-verde ou aruanã (Chelonia
de tartarugas marinhas
mydas), tartaruga-de-couro ou gigante (Dermochelys encontradas no Brasil, acesse o
coriacea), tartaruga-de-pente ou legítima site do Projeto Tamar.
(Eretmochelys imbricata) e tartaruga-oliva
<www.tamar.org.br/especies.
(Lepidochelys olivacea). Todas essas espécies php?cod=98>.
são citadas na Lista Vermelha da IUCN, que,
Acesso em: 9 jul. 2016.
entre outras informações, apresenta o estado
de conservação das espécies.
••Das espécies de tartaru- Acesse
gas marinhas encontradas
em nosso território, obser- A Lista Vermelha da IUCN foi criada em 1964
va-se a seguinte situação: visando chamar a atenção da população em geral
para as ameaças à biodiversidade, orientar ações
tartaruga-verde – ameaçada
que visem à conservação das espécies, alertar
de extinção; tartaruga-de- sobre o risco de desaparecimento das espécies,
-couro - vulnerável; tartaru- entre outras. Para mais informações sobre esse
ga-de-pente – criticamente catálogo e suas categorias, leia um texto no site a
ameaçada de extinção; tarta- seguir.
ruga-oliva – vulnerável. <www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27904-
A classificação das espécies entenda-a-classificacao-da-lista-vermelha-da-
é feita com base no número iucn/>.
de indivíduos da espécie, na Acesso em: 9 jul. 2016.
área de ocupação da espécie,
no estado de conservação do hábitat, entre outras informações que possam estar
direta ou indiretamente relacionadas à conservação da espécie na natureza.

Atividade complementar Pesquisa e redação de texto

A poluição do ambiente aquático é a principal causa de morte entre as tartarugas


marinhas. Essa poluição inclui resíduos químicos, como esgoto, e resíduos sólidos, como
redes de pesca, sacolas e garrafas plásticas, entre outros. A ingestão de sacolas plás-
ticas por tartarugas marinhas é uma das principais causas de morte desses animais.
••Peça aos alunos que façam uma pesquisa sobre a ingestão de sacolas plásti-
cas por tartarugas marinhas, apontando quais são os possíveis motivos dessa
ocorrência e quais os efeitos desse material no corpo do animal. Oriente-os
também a pesquisarem reportagens sobre o assunto. Espera-se que entre as
informações contidas na pesquisa os alunos citem que os répteis em ques-
tão confundem as sacolas plásticas com suas presas, como as águas-vivas, e
as ingerem. No organismo, essas sacolas bloqueiam o aparelho digestivo do
animal, resultando em morte por desnutrição, ou causam sua asfixia.
••Finalizada a pesquisa, peça aos alunos que elaborem um texto com as informa-
ções obtidas por meio das pesquisas, apresentando também possíveis medidas

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para reduzir a mortalidade de tartarugas marinhas pela ingestão de materiais

5
plásticos. O texto produzido deverá ser lido para os demais colegas da sala de

UNIDADE
aula.
Acesse
••A reprodução e o desenvolvimento dos répteis, Para mais informações sobre
grupo de animais no qual se incluem as tarta- o ciclo de vida das tartarugas
rugas marinhas, serão abordados no capítulo marinhas, acesse o site do
17 desta unidade. Caso considere necessário, Projeto Tamar, sugerido a
explique aos alunos alguns eventos associados seguir.
ao ciclo reprodutivo das tartarugas marinhas, <http://tamar.org.br/interna.
como acasalamento, produção do ninho, desova, php?cod=91>.
nascimento e sobrevivência dos filhotes. Acesso em: 9 jul. 2016.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comen- Elas retiram do ar atmosférico o gás oxigênio de
tem que o corpo da tartaruga marinha é revestido que necessitam para viver, e, por isso, sobem à
por uma pele áspera e grossa, e que a maior parte superfície da água para respirar.
dele é recoberta por uma carapaça rígida. 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
2. Espera-se que os alunos comentem que as tarta- medidas como: evitar a poluição e a destruição do
rugas marinhas se desenvolvem no interior de hábitat desses animais, em especial dos locais de
ovos depositados pelas fêmeas no ambiente. reprodução; usar conscientemente as sacolas e
3. Espera-se que os alunos concluam que as tartaru- sacos plásticos; reduzir o uso de redes de pesca;
gas marinhas apresentam respiração pulmonar. proibir o uso de redes de arrasto; entre outras.

CAPÍTULO
15 Peixes

P. 146 •• Ao abordar com os alunos que os peixes são seres vivos vertebrados, enfatize a princi-
pal característica desse grupo: a presença de coluna vertebral. Aproveite para relembrar
com eles que os animais estudados nos capítulos anteriores eram invertebrados, ou seja,
desprovidos de coluna vertebral.
•• Para auxiliar nesse estudo, a seguir, são apresentadas mais informações sobre os verte-
brados e suas características.
Os vertebrados (subfilo Vertebrata) constituem um dos três subfilos do filo Chordata. Este
é caracterizado pela presença da notocorda, uma estrutura flexível localizada entre o
sistema nervoso central e o tubo digestivo, podendo se estender por todo o comprimento
do corpo do animal, e que tem como principal
cordão
nervoso cauda função atuar como suporte para o corpo.
sciencepics/Shutterstock.
com/ID/BR

notocorda dorsal pós-anal A notocorda é a primeira parte do endoesqueleto,


cartilaginoso ou ósseo, que se forma nos embriões
dos cordados. Ela pode ser restrita ao início do
fendas desenvolvimento do animal ou persistir por toda a
faríngeas
Esquema da estrutura de um anfioxo. vida. Em alguns vertebrados, como as feiticeiras e
Esse vertebrado apresenta as principais as lampreias, a notocorda persiste por toda a vida,
características do subfilo Vertebrata, as quais
estão indicadas acima. Essas características são enquanto nos demais vertebrados, ela é substitu-
observadas em todos os vertebrados em pelo ída por vértebras, formadas a partir de conjuntos
menos uma parte do seu desenvolvimento.
de células distribuídos lateralmente à notocorda.

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Jelger Herder/Buiten-beeldMinden Pictures/Latinstock
comprimento: cerca de 25 cm

lampreia (Petromyzon
marinus)

Tom McHugh/Photo Researchers, Inc./Latinstock


comprimento: cerca de 50 cm

feiticeira (Eptatretus
stoutii)

As feiticeiras e as lampreias são vertebrados chamados coletivamente de agna-


tos, ou seja, animais que não possuem maxilas na boca, apresentando uma dieta
saprófita ou parasita. Os demais vertebrados dotados de maxilas são chamados de
gnatos-tomos.
O Subfilo Vertebrata também é chamado de Subfilo Craniata, uma vez que todos os
seres vivos incluídos nesse grupo apresentam crânio, ou seja, caixa craniana óssea
ou cartilaginosa. A coluna vertebral faz parte do esqueleto interno dos vertebra-
dos, que garante sustentação ao corpo, e pode apresentar vértebras ou não, mas
sempre com a presença da notocorda.
P. 147 e 148 ••Na página 147, são apresentadas informações sobre a escama dos peixes. Se achar
conveniente, comente com os alunos que existem diferentes tipos de escamas,
sendo as mais comuns as placoides, as ctenoides e as cicloides.
••As escamas placoides são escamas de origem dérmica, encontradas em peixes
cartilaginosos, dispostas sobre o corpo do animal de modo que reduzem a turbu-
lência da água que flui sobre a superfície do corpo. A grande maioria dos peixes
ósseos atuais apresenta escamas finas e flexíveis, podendo ter borda arredondada
(escamas cicloides) ou borda reta (escamas ctenoides).
••Ao explicar a bexiga natatória, na página 148, comente com os alunos que essa
estrutura não é observada em peixes cartilaginosos, como os tubarões. Nesses
animais, o papel de redução da densidade do corpo do animal é desempenhado
pelo fígado, o qual apresenta grande quantidade de uma substância gordurosa e
de baixa densidade. Além disso, para compensar a ação da gravidade, os tubarões
nadam constantemente.
••No caso dos peixes ósseos que possuem a bexiga natatória, a inserção ou reti-
rada de gás dessa estrutura pode ocorrer por meio de um ducto que liga o siste-
ma digestório e a bexiga natatória, ou por intermédio da corrente sanguínea. No
primeiro caso, os animais literalmente engolem porções de ar atmosférico, que é
transferido à bexiga natatória. No segundo caso, o gás presente no sangue é libe-
rado dentro da bexiga natatória ou é retirado dela.

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••Além de auxiliar na flutuabilidade, a bexiga natatória pode exercer outras funções

5
nos peixes. Algumas espécies de peixes ósseos possuem uma série de pequenos

UNIDADE
ossos do ouvido conectados à bexiga natatória, que servem para aumentar a sensi-
bilidade auditiva desses peixes. As vibrações recebidas por eles são amplificadas
na bexiga natatória, passam pelos pequenos ossos e atingem o ouvido interno. São
exemplos desses peixes: piranha, truta-néon, carpa, bagre e poraquê.
••Em alguns peixes, como o pirarucu (Arapaima gigas), a alta vascularização da bexi-
ga natatória permite-lhe realizar trocas gasosas. Assim, o animal não depende
unicamente das brânquias para a respiração. Outros peixes, como os pulmonados,
também apresentam essa função secundária da bexiga natatória.
P. 152 ••Ao abordar a reprodução dos peixes, comente com os alunos que, no caso do
cavalo-marinho, é o macho que incuba os ovos no interior de uma bolsa, da qual
emergem os filhotes. Se possível, leve para a sala de aula a imagem de um cavalo
-marinho grávido e com os filhotes emergindo da bolsa incubadora.

P. 154 e 155 Atividades


Respostas

1.
A presença de crânio e de coluna vertebral.
Acesse
2.
A – ósseo; B – cartilaginoso; C – sim; D – não; E –
pirarucu, badejo, sardinha, entre outros; F – tubarão, Para conhecer as informações da Lista das
raia, entre outros. Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de
Extinção, acesse o site sugerido a seguir.
3. a ) Resposta pessoal. Os animais ovíparos são
aqueles cujo o embrião se desenvolve dentro Instituto Chico Mendes de Conservação da
de ovos, que são liberados no ambiente. Biodiversidade.
b ) Resposta pessoal. Os animais ovovivíparos são <www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/
aqueles cujo embrião se desenvolve dentro de lista-de-especies?start=700>.
ovos, que são mantidos no interior do corpo da Acesso em: 9 jul. 2016.
fêmea, mas sem receber diretamente dela os
nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. vação da Biodiversidade, o pirarucu não está entre
c ) Resposta pessoal. Os animais vivíparos são aque- as espécies de peixes que vivem essa ameaça.
les em que o embrião se desenvolve no interior do e ) Resposta pessoal. Os alunos podem comentar que
corpo da fêmea até o nascimento, recebendo dela os selos são uma forma de cobrar pelo serviço de
os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. transporte e entrega de correspondências. Alguns
4. Na maioria dos peixes, os órgãos que realizam as podem citar que selos são imagens ou adesivos
trocas gasosas são as brânquias e, para que a água colados nas cartas. Eles também podem dizer que
chegue até essas estruturas, ela entra pela boca e não existem pessoas que se interessam pelo assunto e
pelas narinas. Os peixes que realizam respiração colecionam selos e, nesse caso, praticam a filatelia.
pulmonar engolem o ar para que ele chegue até os f ) A origem do selo tem algumas controvérsias, no
pulmões, e, também nesse caso, as narinas não são entanto, a maioria dos registros afirma que o
utilizadas no processo respiratório. As narinas dos primeiro selo foi criado por Sir Rowland Hill, na
peixes são importantes para a percepção sensorial. Inglaterra, em 1840. Naquela época, cada local
5. a ) O nome popular é pirarucu e o nome científico, possuía um tipo de cobrança com preços diferen-
Arapaima gigas. ciados e, além disso, os destinatários deveriam
b ) Esse animal possui o corpo revestido por escamas. pagar pela carta, o que nem sempre era aceito
c ) Divulgar informações sobre espécies ameaçadas pelos cidadãos. Hill propôs, então, uma redução
contribui para que as pessoas conheçam o animal dos preços e a cobrança uniforme em todas as
e se sensibilizem sobre a importância de sua regiões. Ele teve a ideia de regulamentar a cobran-
preservação. ça do envio de cartas, de modo que passou a ser
d ) Segundo a lista atualizada de animais ameaçados paga pelo remetente. Como recibo do pagamento,
de extinção do Instituto Chico Mendes de Conser- era fornecido um selo, que, ao ser colado na carta

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com um carimbo indicativo do local onde a carta da fêmea. Esse fato garante maior proteção aos
foi encaminhada, certificava que aquele serviço gametas e, portanto, diminui as interferências
estava pago. O primeiro selo ficou conhecido como externas e aumenta a possibilidade de ocorrer o
Penny Black. O Brasil foi o segundo país a adotar o encontro dos gametas (fecundação).
selo como sistema de cobrança dos correios. Isso b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
ocorreu em 1º de agosto de 1843, e os selos eram dam que a pesca de indivíduos jovens e de fêmeas
chamados de Olhos de Boi. fecundadas aumenta o risco de extinção dos
peixes cartilaginosos, pois os animais jovens ainda
Acesse não atingiram a fase reprodutiva, e os filhotes das
Para conhecer mais sobre os selos e sua história fêmeas fecundadas ainda não se desenvolveram,
acesse o site dos Correios, sugerido a seguir. resultando na redução da quantidade de nasci-
<www.correios.com.br/sobre-correios/a- mentos dessa espécie.
empresa/historia>. 8.
a ) A degradação do Rio Doce, em Minas Gerais,
Acesso em: 9 de jul. 2016. agravada pela lama liberada com o rompimento da
barragem da mineradora Samarco.
b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comen-
tem que esse evento pode provocar a morte de
6.
a ) Os desafios são: a própria correnteza dos rios, diversos seres vivos e interferir nas cadeias alimen-
algumas barreiras naturais, como rochas e decli- tares, causando desequilíbrios. Além disso, caso
ves, e também barreiras artificiais, construídas pelo uma espécie ocorra somente nesse rio, pode haver
ser humano. sua extinção.
b ) Entre as vantagens estão as maiores chances de c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
ocorrer fecundação, pois milhares de indivíduos se dam que sim. Com o rompimento da barragem,
reúnem em um mesmo local para liberarem seus vastas áreas foram tomadas por água e lama, inun-
gametas. dando e soterrando casas, áreas agrícolas, etc.
Esse evento pode comprometer o abastecimento
c ) Os alunos podem citar ações como a construção
de água de diversas regiões, deixando as pessoas
de barragens e usinas hidrelétricas, de canais que
sem esse recurso. Além disso, pode tornar o rio e
desviam as águas dos rios, a poluição das águas e seus afluentes inadequados para a pesca. A polui-
a pesca ilegal durante o período da piracema. ção proveniente da mineradora pode penetrar o
7.
a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- solo, atingindo reservas de água subterrâneas, e
dam que sim, pois, na fecundação interna, os também ser carregada pela água e se espalhar por
espermatozoides são depositados dentro do corpo regiões distantes do local do acidente.

••Ao trabalhar a atividade 5 da página 154, comente com os alunos que o pirarucu é
considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo, podendo atingir 3 m
de comprimento e pesar mais de 150 kg. No entanto, atualmente, tem-se obser-
vado uma redução no tamanho médio dessa espécie e, com isso, poucos animais
atingem esse tamanho. Isso ocorre, principalmente, devido à pesca excessiva, que
retira esses animais do ambiente antes que eles tenham atingido seu ápice de cres-
cimento.

Acesse ••As fêmeas do pirarucu são aptas a se repro-


Para mais informações sobre o pirarucu, acesse o duzir a partir dos cinco anos de idade, quan-
site da WWF Brasil. do apresentam aproximadamente 1,6 m de
<www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/ comprimento. Assim, qualquer fêmea retira-
biodiversidade/especie_do_mes/agosto_ da do ambiente antes dessa idade deixa de
pirarucu.cfm>. se reproduzir e de produzir novos indivíduos,
Acesso em: 9 jul. 2016. interferindo diretamente na manutenção da
espécie no ambiente.
••A partir dessas informações, explique aos alunos a importância da proibição da
pesca durante o período da piracema e da não captura de indivíduos jovens.

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16 Anfíbios

5
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 156
••Os anfíbios são seres que representam a transição dos vertebrados da vida aquática
para a terrestre. Ao trabalhar essa informação com os alunos, relembre-os sobre os
conceitos abordados sobre Evolução, na unidade 1 deste volume. Além disso, expli-
que-lhes que já foram encontrados fósseis que evidenciam que a vida dos vertebra-
dos teve início no ambiente aquático.
••Acanthostega e Ichthyostega são considerados os primeiros fósseis de tetrápodes, e
estima-se que eles viveram há 365 milhões de anos. Nesse período, conhecido como
Devoniano, surgiram algumas características relevantes para a vida terrestre em
animais primariamente aquáticos, como a presença de pulmões, membros locomo-
tores e a circulação dupla. O clima quente e úmido do período seguinte, denomina-
do Carbonífero, favoreceu a diversificação de diferentes linhagens relacionadas aos
Lissamphibia, cujos ancestrais pertencem aos principais grupos atuais dos anfíbios: os
Anuros (sapos), os Urodelos (salamandras) e os Ápodes (cecílias).
P. 160 e 161 ••Ao abordar a reprodução e o desenvolvimento dos anfíbios, se julgar conveniente,
apresente aos alunos mais informações. Para isso, utilize o texto a seguir.
O processo de metamorfose nos anfíbios é influenciado pelos hormônios da tireoi-
de, principalmente a tiroxina, e a tireoide também é estimulada por ação hormonal.
O hormônio estimulador da tireoide (TSH) é produzido e controlado pela glândula
pituitária.
Nos tecidos larvais, a tiroxina apresenta ações específicas e locais diferenciadas, e
geneticamente determinadas. Algumas espécies de salamandras não sofrem meta-
morfose, elas apresentam a forma larval ao longo de toda a sua vida ou os ovos são
depositados diretamente na terra e deles eclodem pequenos indivíduos semelhantes
aos adultos. Há espécies de sapos que também são restritas ao ambiente terrestre.
Essa estratégia evita que essas espécies passem pela fase crítica de mudanças, na
qual os juvenis estão mais sujeitos à predação.
Com relação ao grupo das salamandras, as principais mudanças externas sofridas
pela maioria desses animais durante a metamorfose são: perda das brânquias e
absorção da nadadeira caudal. Nos urodelos, ocorrem grandes mudanças apenas em
níveis moleculares e tissulares.
Os anuros são os anfíbios que sofrem as maiores alterações morfológicas e fisiológi-
cas durante a metamorfose. Neles, esse processo pode ser dividido em três etapas:
pré-metamorfose, na qual o girino aumenta de tamanho sem alterar muito sua
forma; prometamorfose, na qual surgem os membros posteriores e o corpo cresce
mais lentamente; e clímax metamórfico, quando se desenvolvem os membros dian-
teiros e a cauda regride. Esta última etapa – o clímax – é mais curta e rápida, uma
característica mais vantajosa para o animal devido à maior pressão de predação que
ocorre nessa fase. Acredita-se que girinos que cumpriam essa fase mais rapidamen-
te teriam sido favorecidos por seleção natural durante o processo evolutivo. Além do
surgimento dos membros, do desaparecimento das brânquias e da cauda e do desen-
volvimento dos pulmões, durante a metamorfose ocorrem a calcificação do esqueleto, a
formação das glândulas dérmicas e mudanças no sistema digestório. Neste último caso,
a boca aumenta de tamanho e o intestino longo, adaptado a hábitos herbívoros, torna-se
proporcionalmente mais curto, característico de animais carnívoros.

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Acesse ••Certas espécies de anuros depositam
seus ovos em bromélias, plantas capa-
Ouça os sons e imagens de alguns anfíbios no site sugerido
zes de armazenar grandes quantidades
a seguir.
de água. No interior dessa planta, ocor-
Sapoteca. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
<https://ppbio.inpa.gov.br/sapoteca/paginainicial>. re o desenvolvimento dos girinos. Essa
Acesso em: 11 jul. 2016. também é uma forma encontrada por
Divirta-se conhecendo mais sobre os anfíbios com o jogo esses animais para evitar a predação ou
sugerido a seguir. a competição com outras espécies.
Jogo do Cururu. Instituto Nacional de Pesquisas da ••O canto dos anfíbios pode ser utiliza-
Amazônia. do por especialistas na identificação de
<http://peld.inpa.gov.br/cururu/>. espécies. Se achar conveniente, escute
Acesso em: 11 jul. 2016. alguns desses cantos nos sites ao lado.

Valores
em ação Sapos: respeito aos animais
P. 162 Nesta seção, os alunos conhecerão mais sobre os sapos, seu papel ecológico e suas
principais características. Por meio dessa leitura, busca-se desmitificar algumas ideias
equivocadas a respeito desses animais e promover o respeito que deve se estender a
todas as formas de vida.
Objetivos ••Explique-lhes que os anfíbios não devem ser
manuseados, pois podem eliminar substâncias
••Reconhecer a relevância ecológica dos sapos
irritantes, odoríferas e adesivas. A maior parte
para o meio ambiente.
dessas substâncias não é letal ao ser humano,
••Conhecer as principais características dos mas algumas espécies podem ser preocupan-
sapos.
tes para a vida de animais domésticos e silves-
••Repassar o valor de respeito aos sapos e outras tres. Em sua maioria, esse grupo é carnívoro e
formas de vida. se alimenta principalmente de invertebrados,
••Desmitificar ideias sobre o sapo ser perigoso. como aranhas, centopeias, minhocas, caracóis,
insetos, lesmas, entre outros. Devido a isso,
Comentários
eles possuem importância ecológica vasta e
••Ao trabalhar essa sessão, questione os alunos contribuem para a manutenção do equilíbrio
sobre o que eles acham dos anfíbios. É comum das cadeias alimentares. Como consequência,
que eles demonstrem certa repulsa por esses esses animais acabam controlando a popula-
animais e é provável que conheçam alguns ção de insetos, entre eles, os mosquitos trans-
mitos ou histórias populares que reforçam missores de doenças, como o Aedes aegypti.
ideias equivocadas a respeito deles.
Acesse
O site a seguir explora um pouco mais a importância ecológica dos anfíbios e sua vulnerabilidade à extinção.
<www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/fauna-brasileira/livro-vermelho/volumeII/
Anfibios.pdf>.
Acesso em: 11 jul. 2016.

Respostas

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expres- 2.
Resposta pessoal. Os alunos podem comentar,
sem os sentimentos que tiveram ao observar o por exemplo, que gritariam ao ver o sapo, ou que
animal, como alegria, surpresa, medo, repulsa, tentariam se aproximar dele para ver como é seu
admiração, entre outros. aspecto e como se comporta. Como medida

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posterior, espera-se que comentem que avisariam 3.

5
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
um adulto e, com a sua ajuda, tentariam capturar o

UNIDADE
comentem que pessoas mais bem informadas
animal com cuidado para não feri-lo e soltariam-no sobre esses animais reconheceriam sua importân-
em um ambiente natural mais próximo, como um cia e não teriam medo deles. É possível também
fundo de vale, a beira de rio, entre outros. Ou, que eles defendam que as informações científicas
então, eles poderiam esperar até que o sapo saísse não seriam suficientes para desfazer a má impres-
da residência. são que algumas pessoas têm dos sapos em razão
do seu aspecto e de seu comportamento.

P. 163 e 164 Atividades


Respostas

1. Fecundação externa, na qual a união dos gametas b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
ocorre fora do corpo da fêmea, necessitando de respondam que, quando atingem a fase adulta, os
água; o desenvolvimento do embrião dentro de anuros se reproduzem. Durante a reprodução, os
um ovo que não é protegido contra dessecação; a indivíduos macho e fêmea depositam seus game-
necessidade de manter a pele úmida para realizar tas na água. Após a fecundação externa, são
a respiração cutânea e o fato de essa pele ser fina gerados ovos. O zigoto permanece dentro do ovo
e não possuir proteção contra dessecação. até a sua eclosão, quando nasce o girino, que
corresponde à fase larval dos anuros. O girino
2.
A presença de pulmões e órgãos dos sentidos adap-
sofrerá metamorfose, perdendo a cauda, desen-
tados tanto à vida aquática quanto à vida terrestre.
volvendo pernas, além de sofrer mudanças na
3. A – não possuem pernas; B – na fase adulta apre- forma de respiração. Conforme completa a meta-
sentam quatro pernas e não possuem cauda; morfose e cresce, o anuro transforma-se em um
C – possuem corpo alongado e cauda; D – princi- indivíduo adulto.
palmente rastejando; E – principalmente saltando c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
e alguns nadando; F – principalmente caminhando respondam que há desvantagem na vocalização,
e alguns nadando; G – maioria fecundação interna; pois, enquanto cantam, os anuros ficam em
H – maioria fecundação externa; I – maioria fecun- evidência e podem atrair predadores.
dação interna.
6.
A coloração vibrante da salamandra-de-fogo desta-
4. Branquial: realizada por meio das brânquias, parte ca o animal na paisagem, deixando-o em evidência.
do corpo bastante vascularizada onde ocorrem as No entanto, a própria cor que o destaca serve de
trocas gasosas no meio aquático. Essa forma de aviso ao predador para não atacá-lo, pois esse
respiração representa uma adaptação ao meio animal produz uma toxina.
aquático.
7.
a ) Os fósseis podem ser usados para obter infor-
Cutânea (pele): realizada por meio da pele úmida, mações sobre como a vida se espalhou no
fina e bastante vascularizada dos anfíbios. Ela hemisfério Sul, após o degelo, e como as espé-
representa uma adaptação à respiração em cies brasileiras se assemelham às demais ou se
ambientes terrestres, nos quais os organismos diferenciam delas.
obtêm gás oxigênio do ar atmosférico. b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
Pulmonar: ocorre por meio de estruturas simples, respondam que, durante o período em que essas
semelhantes a pequenos sacos. Ela representa espécies viveram (Permiano), os continentes ainda
uma adaptação a ambientes terrestres, conside- eram unidos e formavam a Pangeia. Isso explicaria
rando que o ar atmosférico que entra nos pulmões o fato de as espécies serem semelhantes.
contém gás oxigênio, o qual acaba sendo absorvi- c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
do pela parede desse órgão. A maioria dos anfíbios respondam que são importantes, pois, por meio
apresenta pulmões pouco desenvolvidos e comple- das parcerias, podem ocorrer trocas de dados e
menta a respiração pulmonar com a cutânea. de conhecimentos, compartilhamento de tecno-
5.
a
)
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos logias e equipamentos, união de esforços para
respondam que a vocalização serve de aviso para pesquisar determinado assunto e compilar os
que outros indivíduos não invadam seu território. dados disponíveis.

83

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CAPÍTULO
17 Répteis
P. 165
•• Ao trabalhar esse assunto, questione os alunos sobre as principais características dos
animais observados na litografia de Escher. Leve-os a refletir sobre como as caraterísti-
cas observadas garantiram o sucesso desses animais no ambiente terrestre.
•• As obras do artista holandês Maurits Cornelis Escher são muito importantes e possi-
bilitam um trabalho em conjunto com as disciplinas de Arte e Matemática. Veja, a
seguir, alguns dados biográficos do artista e comente sobre eles com os alunos.

Fique ligado! Acesse

M. C. Escher nasceu em 1898, na cidade de Leeurwaden, na Holanda, e teve Para mais informações sobre as
influência da arte espanhola. Em 1937, ganhou destaque por apresentar em obras de Escher, consulte:
suas criações artísticas aspectos de ilusões de ótica. Escher utilizou bastante O mundo mágico de Escher.
a ladrilhagem em seus trabalhos. Alguns exemplos de suas obras são: Mãos
desenhando (1948), Rolando (1951) e Cascata (1961). Devido ao estilo de suas <www.bb.com.br/docs/pub/
obras, Escher foi considerado um artista geométrico. Ele faleceu em 1972. inst/img/EscherCatalogo.pdf>.
Em 2011, o Centro Cultural Banco do Brasil realizou uma mostra das obras de Acesso em: 15 abr. 2016.
Escher e elaborou um catálogo sobre elas. Para conhecer mais sobre o artista e
suas obras, acesse o catálogo no site do boxe ao lado.

••Peça aos alunos que pesquisem mais imagens de Escher e atentem-se aos detalhes
que remetem às Ciências e à Matemática, especialmente alguns conceitos básicos
de geometria e sua relação com a arte. Proponha a eles a realização de um mosaico
em sala com a temática répteis. Para isso, solicite-lhes que realizem um desenho
nessa temática e recortem-no em pedaços desiguais (não muito pequenos). Depois,
cole os pedaços em um papel de fundo mantendo certa distância entre eles. Caso
necessário, peça auxílio ao professor de Arte.
P. 169 •• Ao trabalhar o tema serpentes peçonhentas, informe os alunos sobre o Instituto
Butantan e a produção do soro antiofídico.
••Comente com eles que o Instituto Butantan, localizado na cidade de São Paulo, é o
principal produtor de soros antitóxicos no Brasil. Essa instituição foi criada em 1899,
em razão do surto de peste bubônica que se alastrava a partir do porto de Santos,
estado de São Paulo. Nesse contexto, o objetivo de sua criação era a produção de
soro antipestoso. O Instituto Butantan, assim denominado pelo fato de ter sido cons-
truído na fazenda Butantan, foi reconhecido como uma instituição autônoma em
1901. Desde então, vem sendo referência na produção de vacinas, soros antiofídicos
e biofármacos, e nas pesquisas nas áreas de Biologia e Biomédica, contribuindo para
a saúde pública e promovendo o bem-estar da população brasileira.
••Se necessário, comente com os alunos que a peste bubônica é uma doença causada
pela bactéria Yersinia pestis e é transmitida ao ser humano por meio da picada de
pulgas infectadas. A contaminação pode ser acidental, em áreas onde haja a ocor-
rência de animais roedores, os quais são reservatório da doença. Os principais sinto-
mas dessa doença são: mal-estar; dor de cabeça; dores no corpo; vômito; febre alta
e inchaço dos gânglios.
••Diga-lhes que, além do Instituto Butatan, outras instituições brasileiras produzem
soros antipeçonhentos. Entre elas, estão a Fundação Ezequiel Dias, no estado de
Minas Gerais, e o Instituto Vital Brasil, no estado do Rio de Janeiro. Os serviços de
saúde da maioria das cidades e municípios têm, à disposição, soros contra picadas
de diversos tipos de cobras e outros animais venenosos (como aranhas e escorpiões)
e são oferecidos gratuitamente pelo Ministério da Saúde.

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•• Comente com os alunos que o soro produzido contra o veneno de serpentes peçonhentas,

5
injetado no ser humano por meio da picada desse animal, é preparado a partir de subs-

UNIDADE
tâncias presentes no próprio veneno. O processo de produção do soro consiste, primeira-
mente, na retirada do veneno da serpente. Para isso, o profissional especializado imobiliza o
animal e aperta, cuidadosamente, a parte de trás de sua cabeça, região próxima das glân-
dulas de veneno, eliminando-o por meio das presas inoculadoras. Após essa etapa, ele é
preparado e aplicado em cavalos, em doses adequadas para não prejudicá-los.
•• As substâncias presentes no veneno da serpente estimulam o sistema de defesa do
organismo do cavalo a produzir anticorpos, os quais são responsáveis pelo combate de
substâncias estranhas que penetram no organismo, no caso, o veneno. Esses anticor-
pos são extraídos do cavalo por meio da coleta de sangue. Ao final da coleta, ocorre
Representação a separação dos anticorpos dos outros elementos do sangue. Assim, o soro contendo
sem proporção anticorpos específicos contra as substâncias presentes no veneno da serpente é produ-
de tamanho.
Cores-fantasia. zido. Veja, a seguir, um esquema da produção de soro contra veneno de serpentes.
A B C

Ilustrações: Rogério Casagrande


Produção de soro contra o veneno de serpentes peçonhentas, mostrando a extração do veneno da serpente (A), a aplicação do
veneno preparado no cavalo (B) e a coleta do sangue do cavalo para obtenção do soro (C).

Acesse
Para mais informações sobre o trabalho realizado pelo Instituto Butantan:
Instituto Butantan.
<www.butantan.gov.br/producao/soros/Paginas/default.aspx>.
Acesso em: 9 jul. 2016.
Para mais informações sobre a peste bubônica.
Ministério da Saúde. Manual de Vigilância e Controle da Peste. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_peste.pdf>.
Acesso em: 11 jul. 2016.
HCTE – História das Ciências e das Tecnologias e Epistemologia – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
<www.hcte.ufrj.br/downloads/sh/sh4/trabalhos/Vagner%20Souza.pdf>.
Acesso em: 11 jul. 2016.

P. 171 ••Explique aos alunos que, no processo de partenogênese (onde não há a partici-
pação de gametas masculinos), um indivíduo nasce de um óvulo não fecundado.
Comente, ainda, que esse tipo de reprodução pode ser vantajoso em relação à
reprodução sexuada, pois contribui para um rápido crescimento populacional,
uma vez que não há gasto de tempo com a escolha do parceiro e acasalamento.
A partenogênese é uma estratégia de reprodução que pode ocorrer em ocasiões
em que há um número reduzido de machos, o que prejudica a reprodução sexual.
Porém, uma desvantagem da partenogênese é o fato de que os indivíduos origi-
nados do óvulo não fecundado acarretam na diminuição da variabilidade genética
populacional, tornando os indivíduos mais vulneráveis a situações como mudanças
climáticas e ambientais e pressão seletiva. Além de alguns répteis, animais como
abelhas e alguns peixes se reproduzem dessa maneira. Um exemplo de espécie de
réptil que possui esse tipo de reprodução é o lagarto Leposoma percarinatum.

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Acesse
Para mais informações sobre a partenogênese.
Instituto Ciência Hoje.
<www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4290/n/para_que_serve_o_sexo>.
Acesso em: 11 jul. 2016.
Para mais informações sobre a partenogênese em Leposomo percarinatum.
Pesquisa Fapesp.
<http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/07/16/a-flexibilidade-sexual-das-femeas/>.
Acesso em: 11 jul. 2016.
Veja outro exemplo de partenogênese em vertebrado.
Instituto Ciência Hoje.
<www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/2210/n/filhotes_sem_pais>.
Acesso em: 11 jul. 2016.

 Aprenda mais
P. 172
••Explique aos alunos que herpetologia é o ramo da Biologia que estuda os anfí-
bios e os répteis. O termo herpetofauna se refere aos animais que se enquadram
nessa classificação. Se houver um laboratório de informática na escola, organize os
alunos em grupos para acessar o site e solicite a cada grupo que escolha uma das
espécies apresentadas e produza uma ficha sobre ela. Ao final, peça a cada grupo
que apresente as informações do animal escolhido aos demais colegas de sala.

P. 174 e 175 Atividades


Respostas

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expli- 4. a
)
Resposta pessoal. A poluição luminosa é
quem que os répteis possuem características que causada pelo excesso de iluminação artificial
lhes permitem viver em ambiente terrestre sem nos ambientes, gerada pelo mau planejamento
depender de ambientes aquáticos, como: respiração dos sistemas de iluminação. Anúncios publici-
pulmonar, pele revestida por escamas (evitando tários, luzes externas de residências e postes
perda excessiva de água), garras nas extremida- de ruas são exemplos de fontes de iluminação
des dos dedos (que lhes garantem proteção e que, quando mal planejadas, podem gerar
auxiliam na locomoção em superfícies), fecunda- poluição luminosa. No caso das tartarugas
marinhas, as luzes públicas ou as de residên-
ção interna, ovos com casca, entre outras.
cias e de estabelecimentos à beira mar desnor-
2. A – quelônio; B – apresenta membros com dedos
teiam esses animais.
que possuem membranas entre eles; C – muito
b ) Resposta pessoal. Os alunos podem citar ações
alongado; D – crocodiliano; E – cauda comprida e
como planejar junto à prefeitura do município
cabeça alongada; F – quatro pernas curtas, com a estratégias de iluminação pública que interfiram
presença de membranas entre os dedos. menos no comportamento dessas espécies,
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos além conscientizar a população local sobre a
comentem que a característica de mudar de cor importância de combater esse tipo de poluição.
ajuda o camaleão a se disfarçar e confundir-se 5. a ) Proteger as fêmeas contribui para a geração de
com o ambiente. Dessa maneira, ele não é notado novos filhotes. Assim, ao proteger os ovos e os
por sua presa ou possíveis predadores. Além filhotes, contribuímos para que eles cheguem à
disso, a mudança de cor pode ser utilizada duran- vida adulta e possam se reproduzir, gerando,
te a comunicação entre os indivíduos da espécie. consequentemente, mais indivíduos.

86

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b
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos estiver em regiões onde possivelmente existam

5
UNIDADE
respondam que sim. Como as demais comuni- serpentes peçonhentas (como matas e campos
dades provavelmente também se alimentam do com muitas gramíneas); ter cuidado ao manipular
tracajá, para que o resultado do projeto seja locais que contenham folhas secas, lixo, lenha ou
efetivo, é necessária a colaboração de todos. entulhos, pois, em meio a esses materiais, podem
existir serpentes; manter sempre limpos os quin-
c
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
tais e áreas externas às casas para evitar a presen-
citem, por exemplo, maior integração entre as
ça de ratos (um dos principais alimentos das
populações indígenas do Parque do Xingu, a
serpentes peçonhentas).
preservação de suas culturas com a preserva-
Em caso de picada, deve-se: lavar o local atingin-
ção dos tracajás, entre outras possibilidades de
do imediatamente com água corrente e manter a
respostas.
pessoa deitada e hidratada; e procurar imediata-
6. As serpentes peçonhentas são animais que mente algum posto de saúde ou ajuda médica
possuem presas especializadas em inocular vene- para que possa ser administrado o soro adequado.
no em outros animais. O tratamento é feito com o uso de soros. O Insti-
Para evitar a picada, é importante tomar alguns tuto Butantan, em São Paulo, é o principal produ-
cuidados, como: usar botas de cano alto quando tor brasileiro desses soros.

P. 175
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos zados para saltar. Esses animais se reproduzem e
complementem ou corrijam suas respostas colocam seus ovos na água. A fecundação é exter-
incluindo as seguintes informações: os peixes são na. O período inicial da vida ocorre em ambiente
animais vertebrados, eles podem ter esqueleto aquático, onde sofrem metamorfose. Quando
ósseo ou cartilaginoso, apresentam o corpo adultos, podem viver em ambientes terrestres,
coberto por escamas ou uma pele grossa, úmidos e próximos a rios e lagos. Além dessas
possuem adaptações para a locomoção em informações, os alunos podem incluir outras,
ambiente aquático (como a presença de nadadei- presentes na unidade. Em relação a um sapo morar
ras), são animais ectodérmicos, entre outras. dentro de casa, espera-se que os alunos respon-
2. Os anfíbios representam a transição dos animais dam que não, pois esses animais são silvestres, ou
vertebrados da vida aquática para a vida terrestre seja, não são domesticáveis, pois necessitam da
porque são a primeira classe capaz de viver em natureza para crescer e reproduzir-se.
ambiente terrestre, pois possuem adaptações 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
para isso (como respiração pulmonar, membros complementem ou corrijam suas respostas incluin-
adaptados à locomoção terrestre e órgãos senso- do as seguintes informações: os répteis são animais
riais capazes de perceber estímulos nos ambien- adaptados ao ambiente terrestre; eles possuem o
tes terrestres). No entanto, os anfíbios ainda corpo coberto por escamas, as quais os ajudam a
dependem da água, principalmente para o proces- evitar a perda de água para o ambiente; apresen-
so de reprodução. tam fecundação interna e ovo com casca grossa;
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos possuem garras que ajudam na locomoção e na
complementem ou corrijam suas respostas incluin- defesa; e eliminam urina concentrada, evitando a
do as seguintes informações: os sapos são anfíbios perda de água. Como répteis semelhantes aos da
da ordem anura. Quando adultos, eles não apre- litografia feita pelo artista holandês Escher, os
sentam cauda e contam com quatro membros (os alunos podem citar: lagartos, lagartixas, crocodilos,
posteriores são mais desenvolvidos), que são utili- jacarés, iguanas, entre outros.

87

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Ampliando
fronteiras Festa do mapará
P. 176 e 177
O mapará é um peixe de água doce muito apreciado no estado do Pará.
Esse peixe apresenta vasta distribuição na América do Sul, abrangendo a
Bacia Amazônica, a Bacia do Prata, de Orinoco e águas costeiras do Pará, até
o Suriname. A abertura do período de pesca do mapará é celebrada todos os
anos (no dia 1º de março) pela população ribeirinha, que comemora esse dia
com músicas tradicionais, celebrações religiosas e muito trabalho. Esta seção
permite abordar o Tema Convergente Expressões culturais.

Objetivos ção, devido à construção de hidrelétricas e à


pesca predatória. Como consequências para
••Conhecer a importância das manifestações
a população de ribeirinhos, há menos peixes
culturais para a população.
para consumo e comercialização, além dos
••Relacionar a importância da natureza para a impactos ambientais relacionados.
sobrevivência das comunidades ribeirinhas.
•• Conscientizar-se sobre a importância do respeito Acesse
ao período de reprodução dos peixes. Se possível e se achar necessário, mostre aos
alunos um vídeo sobre a festa de abertura da
Comentários pesca do marapá. Veja o vídeo e mais informações
••Destaque a importância dessa espécie para a sobre essa festa no site G1 Natureza.
comunidade local (tanto para a sua nutrição e <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/01/
fonte de renda quanto para a manutenção de festa-celebra-abertura-da-pesca-do-
suas tradições). Como mencionado no texto, mapara-peixe-apreciado-
no-pa.html>.
esse peixe possui carne saborosa (pode pesar
Acesso em:
até 3 kg) e é muito importante na alimentação 11 jul. 2016.
das comunidades locais. A época da pesca é
um marco para as comunidades ribeirinhas que

Raul Aguiar
dependem desse recurso.
••Comente com os alunos que, na região, essa
espécie vem sofrendo declínio de sua popula-

Respostas
1.
Além do mapará, os moradores têm como fonte de disponibilidade desse peixe prejudica diretamente os
renda o açaí e o camarão. Durante a festa, objetos ribeirinhos, que o utilizam em sua alimentação e
que remetem a essas atividades são colocados no vendem-no para obter renda.
meio da roda pelas mulheres, como é o caso da 3.
Resposta pessoal. Caso os alunos não conheçam
peneira para o açaí, da armadilha para o camarão e nenhuma manifestação cultural típica, mencione
da rede para capturar o mapará. que, no Rio Grande do Sul, são realizadas diversas
2.
O período de desova do mapará corresponde à proi- festas em torno das tradições gaúchas, que englo-
bição ou controle da pesca durante o período em bam dança, trajes típicos, culinária, entre outras
que a espécie está mais vulnerável e em época de expressões culturais do estado. Outro exemplo é a
reprodução, a fim de garantir o nascimento e o cres- festa do Bumba meu boi, originada em Pernambuco
cimento de indivíduos juvenis. Quando eles são e, depois, exportada para outros estados da região
capturados durante essa época, a tendência é que Nordeste. Essa festa mistura aspectos da tradição
menos indivíduos procriem e menos indivíduos juve- portuguesa, negra e indígena. Nela, caravanas
nis cresçam e atinjam a maturidade sexual e, conse- percorrem a cidade ao som de músicas regionais. Há
quentemente, a população diminui. Essa redução várias danças e apresentações artísticas, enquanto
acarreta um desequilíbrio ecológico, afetando a uma pessoa vestida de boi executa diversas coreo-
cadeia alimentar local. Além disso, a diminuição da grafias.

88

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UNIDADE

6
Os animais

UNIDADE
vertebrados
(parte 2)
Objetivos Conceitos

• Conhecer as características • Características gerais das aves.


gerais das aves. • Temperatura do corpo das
CAPÍTULO

• Identificar algumas aves.


18 Aves características das aves que • Revestimento do corpo das
facilitam o voo. aves.
• Entender como ocorrem • Locomoção das aves.
a nutrição, a respiração, • Nutrição das aves.
a reprodução e o • Respiração das aves.
desenvolvimento das aves. • Reprodução e desenvolvimento
• Diferenciar algumas ordens da das aves.
classe das aves. • Classificação das aves.

• Conhecer as características • Características gerais dos


CAPÍTULO

19 Mamíferos gerais dos mamíferos.


• Entender como ocorrem
mamíferos.
• Revestimento do corpo dos
a nutrição, a respiração, mamíferos.
a reprodução e o • Temperatura do corpo dos
desenvolvimento dos mamíferos.
mamíferos. • Nutrição dos mamíferos.
• Diferenciar algumas ordens da • Respiração dos mamíferos.
classe dos mamíferos. • Reprodução e
desenvolvimento dos
mamíferos.
• Classificação dos mamíferos.

P. 178 e 179 Abertura da unidade


•• Nas páginas de abertura, é
retratada uma fêmea de falcão
(Falco novaeseelandiae) alimen-
tando seus filhotes. Comente
com os alunos que essa espé-
cie de ave é endêmica da
Nova Zelândia e se alimen-
ta de outros animais, princi-
palmente pequenas aves. O
falcão é uma ave de rapina,
ou seja, apresenta uma dieta
carnívora. Ele possui algumas
características associadas à
caça ativa, como bico curvo
e afiado, sentidos da visão e
audição bem desenvolvidos
e garras afiadas.

89

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•• Comente com os alunos que a espécie mostrada nessas páginas é encontrada, principal-
mente, em ambiente florestal, podendo construir seu ninho no alto de árvores de grande
porte ou no chão, sob rochas. O período de incubação dos ovos é de cerca de 35 dias
e o tamanho da prole varia, geralmente, entre 1 e 4 filhotes. A redução da área florestal
está interferindo negativamente no tamanho populacional dessa espécie, pois reduz a
disponibilidade de ambiente adequado à reprodução.
•• Após conversar com os alunos sobre essa ave, peça a eles que observem as caracterís-
ticas externas do corpo do animal que o distinguem das classes abordadas na unidade
anterior. Espera-se que citem características como: presença de bico, penas e asas. Em
seguida, questione-os sobre o que as aves possuem em comum com as classes anterior-
mente estudadas. Com isso, eles podem estabelecer algumas semelhanças e diferenças
entre as classes estudadas, associando-as à classificação das aves no subfilo Vertebrata
e na classe das aves.
•• É possível que, ao analisar as características externas das aves, alguns alunos comentem
sobre a diferença do revestimento do corpo da ave adulta e de filhotes. As penas serão
abordadas posteriormente nesse capítulo, mas aproveite o momento para comentar com
eles que as aves possuem diferentes tipos de penas. Os filhotes recém-nascidos apre-
sentam o corpo coberto por plúmulas, as quais têm como principal função prover o isola-
mento térmico do filhote, auxiliando a manter a temperatura corpórea adequada. Esse
tipo de pena é encontrado nos indivíduos adultos, permeando outros tipos de penas, e
também está associada à manutenção da temperatura do corpo da ave.
•• Ao abordar a questão 4, aproveite para questionar os alunos se eles possuem animal em
casa. Em caso afirmativo, pergunte-lhes onde os filhotes se desenvolvem, se no interior
do corpo da mãe ou no interior de ovos, por exemplo, e como esses filhotes são alimen-
tados. Provavelmente, entre os animais citados estarão cães e gatos. Caso nenhum aluno
tenha animal em casa, questione a turma sobre as diferenças entre o desenvolvimento
e a alimentação dos filhotes de um cão e de uma ave, por exemplo. Com isso, espera-
se que eles percebam as diferentes formas de desenvolvimento e alimentação entre as
classes de aves e mamíferos.
Respostas
1.
A imagem retrata uma fêmea de ave alimentando temperatura e umidade adequadas para cada espécie.
seus filhotes no ninho. Provavelmente os alunos comentarão que os ninhos
2. As aves possuem a maior parte do corpo revestida de podem ser construídos com gravetos, folhas, barro e
penas. É possível que os alunos comentem que o em locais como galhos, troncos de árvores, postes e
adulto e os filhotes apresentam o corpo coberto por rochas.
diferentes tipos de penas. 4.
Os filhotes de gato estariam se alimentando do leite
3. Os ninhos protegem os ovos e os filhotes. Eles devem provido pela mãe.
estar em lugares protegidos, de preferência com

CAPÍTULO
18 Aves
P. 180
••Ao trabalhar com os alunos a música apresentada nessa página, comente com eles
que ela foi composta por Chico Buarque (1944-) e Francis Hime (1939-), quando o
Brasil passava pelo período da ditadura militar (1964-1985). Naquela época, o país
estava sob o comando dos militares. O período ficou marcado pela supressão dos
direitos constitucionais, pela cassação dos direitos políticos de opositores, por atos
de violência e de censura. Chame a atenção dos alunos para outra análise crítica
que é possível fazer a partir dessa música, abordando problemas atuais, como o
desmatamento e o risco de extinção que muitas espécies sofrem.

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••Após a leitura da música, se achar conveniente, realize a atividade complementar

6
proposta a seguir.

UNIDADE
Atividade complementar Melodia

Para que a letra de uma música se transforme em uma música propriamente dita,
como a escutamos no rádio, e em outras mídias, é preciso que ela seja associada
a uma melodia, ou seja, que possua uma sequência rítmica de notas ou sons que
resultam em um todo harmonioso. A música Passaredo, cantada por Chico Buarque,
tem uma melodia própria. No entanto, uma mesma música pode ser cantada em
diferentes melodias e caracterizar estilos musicais diferentes.
Assim, essa atividade tem como objetivo promover um momento para os alunos
criarem uma melodia para a letra da música Passaredo, de Chico Buarque.
••Para isso, organize os alunos em grupos de cinco integrantes. Oriente-os a esco-
lher um ritmo musical e criar uma melodia para a música, dentro desse ritmo.
Sugira a eles alguns ritmos, como: samba, rock, funk, sertanejo, rap, pagode,
entre outros.
••A melodia poderá ser elaborada fazendo uso de palmas, estalar de dedos e sons
feitos com a boca. Instrumentos musicais variados também podem ser utiliza-
dos para a elaboração da melodia, incluindo aqueles produzidos pelos próprios
alunos ou improvisados com objetos.
••Se possível, realize essa atividade com o professor de Música.
••Depois de pronta, cada grupo deverá apresentar aos colegas a música com a
melodia criada.
••Se achar conveniente, organize uma visita dos pais e/ou responsáveis na escola
para assistirem às apresentações dos alunos.

Acesse
Para mais informações sobre os pássaros citados na música Passaredo, de Chico
Buarque, e sua analogia com o período em que foi composta, visite os sites a seguir:
• OLIVEIRA, Aline Moraes; DA ROCHA, Lúcia Helena Peyroton. Desvendando o político e
o ecológico em passaredo.
<www.filologia.org.br/xicnlf/13/descendando_o_politico.pdf>.
Acesso em: 11 jul. 2016.
• Todas as aves de Passaredo, de Chico Buarque. National Geographic.
<http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/blog/brasil-das-aves/todas-as-
aves-de-passaredo-de-chico-buarque/2014/05/16/>.
Acesso em: 11 jul. 2016.

P. 181
••Ao comentar com os alunos que o avestruz é um exemplo de ave com bexiga
urinária, explique a eles que, apesar de possuir asas, ele não voa.
••Ao abordar a evolução das aves, ressalte para os alunos que, segundo as expli-
cações mais aceitas sobre a evolução dessa classe de vertebrados, as penas
teriam sido selecionadas devido à sua função no controle da temperatura. Entre as
evidências a esse respeito, destacam-se vários fósseis de dinossauros que possuí­am
penas e que, possivelmente, eram homeotérmicos, porém não apresentavam
outras características relacionadas ao voo.

91

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Segundo essa hipótese, os ancestrais de aves precisavam correr para escapar de
predadores ou para perseguir suas presas, atividades com intensa geração e libe-
ração de calor. Em repouso, os animais que possuíam uma camada capaz de reter
o calor gerado, que contribuía para manter a temperatura do corpo, obtinham mais
vantagem. Assim, as penas teriam sido selecionadas, pois conferiam uma vanta-
gem para as aves.
•• A segunda imagem apresentada nessa página é uma reconstituição de um Archaeopteryx
lithografica. Esse animal viveu durante o período Jurássico Superior, há cerca de
140 milhões de anos, e pertencia a uma linhagem extinta de dinossauros que apre-
sentavam penas. O A. lithografica tinha uma cabeça semelhante à de um lagar-
to, mandíbula com dentes, cauda delgada e comprida. Há algumas controvérsias
sobre sua capacidade de realizar voo batido, que é o voo em que é necessário
movimentar as asas para manter-se no ar, diferentemente de planar.
••Devido às semelhanças entre as aves e os dinossauros, acredita-se que elas
descendam de répteis já extintos.
P. 182 ••Ao trabalhar o conteúdo sobre a temperatura do corpo das aves, é necessá-
rio considerar que a energia térmica não é produzida, mas sim liberada durante
o processo de transformação de energia. Dessa forma, a energia térmica a que o
texto se refere provém da transformação da energia química presente nas ligações
químicas dos nutrientes, durante o metabolismo.
••Aproveite o momento para enfatizar aos alunos que as classes de vertebrados
abordadas nos capítulos anteriores são compostas de animais ectotérmicos ou
heterotérmicos, ou seja, a temperatura corpórea sofre influência da temperatura
ambiente. Esses animais possuem isolamento térmico e atividade metabólica infe-
riores aos observados nos animais homeotérmicos.
P. 183 ••Com base nos estudos dos fósseis e das aves da atualidade, foram formuladas
várias explicações sobre a origem e a evolução do voo nas aves. Veja, a seguir,
informações sobre as teorias arborícola e terrícola, aceitas como explicação à
origem do voo nas aves.
Segundo a teoria arborícola, os ancestrais das aves viviam em árvores e se movi-
mentavam de galho em galho. Os indivíduos que apresentavam estruturas que lhes
permitiam melhor deslocamento entre os galhos tinham vantagens, e suas caracte-
rísticas teriam sido selecionadas ao longo da evolução. Dessa maneira, o voo teria
se originado a partir da capacidade de planar, passando por estágios intermediá-
rios, que associavam o planeio a algumas batidas de asas, até chegar ao voo batido
que as aves realizam atualmente.
Segundo a teoria terrícola, os ancestrais das aves viviam no solo e eram excelentes
corredores. De acordo com essa teoria, inicialmente, as asas desses animais eram
usadas para planar, aliviando o peso durante a corrida e aumentando a força de
ascensão durante a corrida atrás da presa, por exemplo. Em alguns desses animais,
as asas também eram batidas enquanto eles corriam, auxiliando na propulsão.
Verificações posteriores afirmaram que as aves terrestres utilizavam as asas como
armadilhas para agarrar suas presas, no entanto, algumas modificações poste-
riores também permitiram às aves realizar saltos horizontais sobre suas presas.
Dessa maneira, com o tempo, as asas usadas para planar, agarrar ou auxiliar no
salto permitiram também o desenvolvimento do voo.

92

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 Aprenda mais

6
P. 184 ••Ao realizar a atividade proposta, ainda em campo, peça aos alunos que anotem no

UNIDADE
caderno a quantidade de cantos diferentes que eles escutaram. Enfatize que nem
sempre há uma relação direta entre os diferentes tipos de cantos que eles possivel-
mente diferenciem e o número de espécies. Isso ocorre porque uma determinada
espécie pode apresentar diferentes tipos de cantos, de acordo com o gênero e o
estágio reprodutivo, por exemplo.
•• Ao voltarem para a sala de aula, peça-lhes que relatem o resultado da atividade que
realizaram. Oriente-os a comentar se conseguiram ouvir a vocalização de alguma ave e,
em caso afirmativo, quantas vocalizações diferentes.
•• Aproveite o momento para perguntar se eles tiveram dificuldade de diferenciar o som
da vocalização das aves devido a outros sons do ambiente. Analisem ainda o lugar em
que foram fazer a observação e peça-lhes que registrem algumas das características
do lugar, procurando evidenciar elementos de um ambiente natural ou de um ambiente
urbanizado. Em seguida, proponha a seguinte questão aos alunos: Os ruídos do ambiente
interferiram na percepção do canto das aves? Enfatize que, nas grandes cidades, o som
produzido pelas pessoas e pelos automóveis, por exemplo, dificulta a percepção do canto
das aves.
•• Ao tratar da influência do ambiente na percepção da vocalização das aves, reflita com
os alunos sobre os possíveis impactos que as interferências humanas podem causar no
comportamento e na vida das aves. Esclareça que, nas grandes cidades, além da maior
quantidade de outros sons produzidos pelas atividades humanas, há menor quantida-
de de aves, se comparado a sua ocorrência em áreas rurais, por exemplo. Isso ocorre
porque, nas cidades, o hábitat natural das aves é muito reduzido.

Acesse
Para ouvir diferentes cantos de aves, acesse:
• Xeno – canto: compartilhando sons de aves do mundo. Nesse site, você tem acesso
ao canto de diferentes espécies de aves, do Brasil e do mundo, além de informações
sobre o local e a data em que o canto foi gravado.
<http://www.xeno-canto.org/collection/species/all>.
Acesso em: 11 jul. 2016.
• Sobre os pássaros. Nesse site, você tem acesso ao canto de diferentes espécies brasileiras.
<www.sobreospassaros.com.br/ouvir-e-baixar-canto-de-passaros-silvestres/>.
Acesso em: 11 jul. 2016.

P. 188 e 189 ••Após trabalhar as características gerais das aves, apresente aos alunos algumas
informações sobre o sistema sensorial desses animais. Veja mais informações
sobre o sistema sensorial das aves no texto a seguir.
Em geral, os sentidos mais desenvolvidos das aves são a visão e a audição. Esses
sentidos estão relacionados à localização de presas e predadores e ao reconheci-
mento de indivíduos da mesma espécie para o acasalamento.
Os olhos das aves são bem desenvolvidos e, de modo geral, elas têm mais acui-
dade visual do que qualquer outro vertebrado. As aves mergulhadoras têm olhos
que lhes permitem enxergar dentro e fora da água, assim como as aves de rapina
(águias e falcões, por exemplo) têm capacidade para enxergar uma presa a gran-
des distâncias.
Aves de hábitos diurnos têm os olhos mais adaptados para enxergar cores. Os
beija-flores, por exemplo, conseguem enxergar comprimentos de onda próximos
aos da luz ultravioleta, que são invisíveis ao ser humano.

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As aves de rapina, como as águias e os falcões, têm capacidade para enxergar uma presa
mesmo que ela esteja a uma distância muito grande.
As corujas são exemplos de aves de hábitos noturnos que têm ótima visão. A posição
frontal dos seus olhos e a capacidade de girar a cabeça lhes conferem ótimo campo
visual. Além disso, essas aves têm audição muito aguçada.
A audição das aves é bem desenvolvida, no entanto, na maioria das espécies, há somente
o ouvido interno. Esse sentido é particularmente importante para as aves que têm hábi-
tos noturnos, e também para aquelas que vivem em cavernas, sem luz. Algumas dessas
aves podem utilizar a ecolocalização como forma de se orientar em seus voos noturnos.
Nessa estratégia, utilizam o eco produzido pelos sons que elas mesmas emitem para
localizar objetos e outros animais.
Em geral, o olfato e a gustação não são muito desenvolvidos nas aves. O quivi e
o urubu-de-cabeça-vermelha são alguns dos poucos exemplos de aves que utilizam o
olfato para localizar seus alimentos. Nessas aves, receptores gustatórios podem estar
presentes na cavidade bucal e na faringe.
•• Ao abordar a ordem Falconiforme, comente com os alunos que a espécie apresentada
nas páginas de abertura pertence a essa ordem.

Lendo
Anúncio institucional
P. 190 e 191 Nesta seção, os alunos poderão conhecer algumas informações a respeito da
captura e do tráfico ilegal de animais silvestres, e da prática de criação desses animais.

Objetivo a eles se consideram que o ambiente de uma


gaiola é adequado ou é o melhor lugar para
••Conscientizar que a criação de animais silves- uma ave viver. Enfatize-lhes que, embora as
tres contribui para aumentar a captura e o
aves sejam alimentadas e, muitas vezes, rece-
comércio desses animais.
bam carinho e amor de seus donos, o ambiente
Comentário de uma gaiola está muito longe de prover ao
animal todas as condições das quais necessita
••Antes de iniciar a seção, questione os alunos para ter uma vida saudável.
se eles possuem aves em casa ou conhecem
alguém que as possui. Em seguida, pergunte
Acesse
Para mais informações sobre o tráfico de animais silvestres, leia a reportagem a seguir, da WWF Brasil:
<www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/animais_silvestres/>.
Acesso em: 11 jul. 2016.

Respostas Antes da leitura


1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos 2.
Resposta pessoal. Os alunos podem relatar que o
respondam que já leram outros anúncios institu- tráfico de animais silvestres resulta na redução do
cionais e que eles chamaram a atenção devido ao número de indivíduos da espécie capturada e
tamanho das letras, pela presença de imagens e pode contribuir para a sua extinção.
cores chamativas, entre outras características.

Respostas Durante a leitura


1.
Espera-se que os alunos citem que as informações viver livres na natureza e exercer o seu papel no ecos-
em destaque, “Bicho legal é bicho solto” e “Aprisioná- sistema do qual fazem parte. Além disso, a segunda
-los é crime!”, demonstram que os animais precisam expressão alerta que o comércio de animais silvestres

94

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6
é ilegal e o indivíduo que o pratica responderá crimi- aumento do número de espécies em extinção. Ao

UNIDADE
nalmente pelas suas ações. serem retirados do seu hábitat natural, esses
2. a ) Os alunos podem observar que o anúncio institu- animais deixam de se reproduzir e desempenhar
cional em questão foi produzido com frases de seu papel ecológico na natureza. O anúncio destaca
alerta em tamanho diferenciado para prender a um segundo problema: os animais silvestres
atenção dos possíveis leitores. Próximo às frases, podem ser vetores de diversos microrganismos
causadores de doenças, que surgiram em ambien-
uma imagem com diferentes espécies expõe as
tes florestais e ainda são desconhecidas do ser
principais vítimas do tráfico de animais, as aves
humano. Ao capturar esses animais, as pessoas
silvestres. Um pequeno texto, separado em frases
ficam expostas ao surgimento de novas doenças,
de tamanhos diferentes, traz mais informações
além de haver a possibilidade de esses animais
sobre as consequências do tráfico. O anúncio contraírem doenças presentes em animais domés-
termina com alguns telefones, pelos quais o leitor ticos e urbanos. O anúncio também destaca que a
pode, após se informar a respeito dos malefícios e maior parte dos animais silvestres capturados não
da ilegalidade desse tipo de ação, denunciar possí- sobrevive até serem vendidos. Entre os fatores
veis traficantes. As entidades públicas responsá- para a morte desses animais, destacam-se as
veis pela campanha estão destacadas por meio de precárias condições de transporte pelas quais eles
slogans. são submetidos, a sua característica de sensibilidade
b
) Espera-se que os alunos identifiquem que o e a ausência das particularidades ambientais dos
comércio ilegal de animais silvestres resulta em um locais em que habitavam.

Respostas Depois da leitura


1.
Espera-se que os alunos respondam que, além 4.
Os alunos podem reconhecer que os anúncios institu-
de contribuir para a extinção de espécies, o tráfico cionais são eficientes no combate ao comércio ilegal
de animais silvestres pode proporcionar o surgimento de de animais silvestres, entretanto há outras ações que,
novas doenças ou colaborar para a disseminação igualmente, contribuem para isso, como: não comprar
de doenças já conhecidas entre o ser humano e os os animais e, caso opte por ter um animal silvestre,
animais capturados. procurar um criadouro autorizado pelo Ibama; não
2.
Resposta pessoal. reproduzi-los em cativeiro; jamais soltar os animais na
3.
Espera-se que os alunos descrevam que as institui- natureza, pois eles podem colaborar para a ocorrência
ções responsáveis pela produção do anúncio são: o de desequilíbrios ecológicos; não comprar objetos
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiver- confeccionados com partes de animais, como penas;
sidade (ICMBio), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária e denunciar possíveis traficantes à polícia.
Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 5. O site do ICMBio disponibiliza uma lista de espécies
dos Recursos Naturais Renováveis do Ministério do ameaçadas de extinção com diversas informações
Meio Ambiente (Ibama). O ICMBio é uma autarquia sobre cada espécie, como hábitat e ecologia, popula-
criada em 2007 cuja função é executar diversas ações ção, distribuição geográfica, tipos de ameaças sofridas
relacionadas ao Sistema Nacional de Unidades de pela espécie, entre outras. Caso a escola possua um
Conservação. Entre essas ações, destacam-se o laboratório de informática, leve os alunos até lá para a
poder de polícia ambiental para proteção dessas realização das pesquisas.
unidades, inclusive contra o comércio ilegal de animais
silvestres. A Polícia Federal é um órgão instituído por Acesse
lei pelo governo com várias competências relaciona-
das, principalmente, apurar diversas infrações penais A lista de espécies fornecida pelo ICMBio apresenta
contra a legislação. A Polícia Rodoviária Federal é um 1 173 espécies ameaçadas de extinção. Informações
órgão do Ministério da Justiça responsável pela fisca- sobre a situação de risco das espécies, bem como
lização e pelo policiamento das rodovias federais. O outras informações taxonômicas e ecológicas
Ibama é uma autarquia federal com diferentes atribui- podem ser encontradas no site a seguir:
ções, entre elas o poder de polícia ambiental. Essas e <www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/
outras entidades governamentais locais unem-se com lista-de-especies>.
frequência para realizar operações de apreensão e Acesso em: 8 jul. 2016.
resgate de animais silvestres capturados ilegalmente.

95

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P. 192 e 193 Atividades
Respostas

1.
Presença de penas, bico córneo, asas, escamas nos migrar para outras regiões mais amenas, onde o clima
membros posteriores, ossos pneumáticos, sacos contribui para uma maior quantidade de alimentos
aéreos, ausência de bexiga urinária e desenvolvimento disponíveis para que elas mantenham seus processos
do embrião fora do corpo materno (ovíparo). biológicos. Quando o inverno dá lugar à primavera,
2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comen- essas aves retornam às suas áreas originais. Outro
tem que a evolução das aves a partir de répteis já motivo que pode ocasionar a migração das aves é o
extintos se baseia na análise de fósseis de alguns período prolongado de chuvas, podendo provocar
répteis, os quais apresentam características seme- enchentes, que tornam o ambiente desfavorável à
lhantes às das aves, como a presença de penas. Outra disponibilidade de recursos alimentares e à reprodu-
característica que reforça essa ideia é o fato de que as ção das aves.
pernas e os pés das aves são recobertos por escamas 7. a ) Resposta pessoal. Os alunos podem relatar que a
semelhantes às dos répteis. poluição dos ambientes marinhos está relacionada
3.
a ) penas. b ) endotérmicos. ao descarte inadequado de resíduos pelo ser
humano, por exemplo, nas praias, pelos navios e
c ) siringe. d ) ovíparos.
em rios que deságuam no mar.
4.
Os alunos podem citar boca, faringe, esôfago, papo, b ) O sistema mais prejudicado pelos resíduos plásti-
proventrículo, moela, fígado, intestino delgado, intestino cos é o sistema digestório, pois tudo o que é inge-
grosso e cloaca. Primeiramente, o alimento entra pela rido pelas aves passa por esse sistema. Quando as
boca passa pela faringe e pelo esôfago até chegar ao aves ingerem esses resíduos e eles chegam até o
papo, onde pode ficar armazenado temporariamente. estômago, ocorre o bloqueio desse órgão, pois
Em seguida, o alimento chega até o proventrículo, onde esse ele não consegue digerir os resíduos plásticos
ocorre a digestão química por meio da ação de substân- que se acumulam no organismo, causando lesões
cias digestivas. O alimento, parcialmente digerido, é e impedindo que as aves se alimentem. Dessa
encaminhado até a moela onde é triturado, ocorrendo a maneira, a saúde da ave é prejudicada, podendo
chamada digestão mecânica. Chegando ao intestino resultar até mesmo na morte do animal. Além
delgado, o alimento ainda é digerido e, em seguida, os disso, muitas dessas substâncias são tóxicas ao
nutrientes desse alimento são absorvidos. Com isso, os organismo do animal.
resíduos não digeridos passam pelo intestino grosso e
são eliminados pela cloaca. 8.
I – B; II – D; III – C; IV – A.
5.
a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos relacionem
a teoria da seleção natural proposta por Darwin aos
dam que a gralha-azul se beneficia porque conse- exemplos dos bicos das aves e seus hábitos alimenta-
gue alimento a partir da araucária. Já essa planta se res. As diferentes espécies de aves apresentam hábi-
beneficia porque, ao se alimentar, a gralha trans- tos alimentares também variados. A diversidade de
porta pinhões e deixa alguns caírem, ou os enterra, recursos alimentares disponíveis permitiu que cada
promovendo a dispersão dessas sementes. grupo de aves se especializasse na ingestão de deter-
b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- minados tipos de alimentos. Dessa forma, cada hábito
dam que a gralha-azul é importante para a disper- alimentar está associado a um tipo específico de bico.
são de sementes de araucária, contribuindo para a Assim, as aves que apresentavam bicos mais bem
manutenção dessa espécie. adaptados ao tipo de alimento consumido garantiam
6.
As aves podem migrar por diferentes motivos, como mais sucesso na alimentação e, consequentemente,
mudanças climáticas relacionadas às diferentes esta- mais sucesso em sua sobrevivência e reprodução. As
ções, ou à disponibilidade de alimento e locais para se características do bico que garantiam vantagem
reproduzir e edificar seus ninhos. Em regiões do durante a alimentação foram selecionadas por ação da
mundo onde o inverno é rigoroso, as aves podem seleção natural.

••Ao trabalhar a atividade 8 proposta na página 193, explique aos alunos que o
formato do bico das aves é uma característica selecionada ao longo da história
evolutiva. Por exemplo, o formato do bico das águias teria se desenvolvido, ao
longo do tempo, em uma população que apresentava uma ampla variação dessa
característica. Dessa maneira, as águias que tinham um formato de bico que faci-
litava sua alimentação apresentavam uma vantagem competitiva em relação aos
outros indivíduos e, com isso, deixavam mais descendentes, com bicos semelhan-
tes aos dos parentais. Com o tempo, esse formato de bico, curvo na extremidade,
tornou-se comum nas populações de águias. É importante ressaltar que a evolução
dos seres vivos continua ocorrendo.

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19 Mamíferos

6
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 194 e 195 •• Ao iniciar a abordagem sobre mamíferos na página 194, comente com os alunos a respei-
to do sistema sensorial desse grupo. Para isso, veja mais informações no texto abaixo.
Em geral, os mamíferos possuem os órgãos dos sentidos e o sistema nervoso bem desen-
volvidos, o que permite que esses animais interajam de diversas formas com o ambiente
e com outros seres vivos. Normalmente, os sentidos mais desenvolvidos variam confor-
me o hábitat e os hábitos da espécie. Dessa forma, animais de hábitos noturnos (como
os morcegos) possuem a visão pouco desenvolvida, mas a audição bastante acurada. Já
os mamíferos que caçam durante o dia (como algumas espécies de falcões) possuem a
visão muito desenvolvida.
Acesse O olfato é bastante desenvolvido em muitos
Para informações sobre a ecolocalização em animais desse grupo. Seus receptores olfatórios estão
morcegos, acesse o site a seguir: concentrados principalmente nas narinas. Alguns
<www.faunacps.cnpm.embrapa.br/mamifero/ mamíferos, principalmente os aquáticos, praticamente
sonar.html>. não possuem o sentido do olfato. Já os cães possuem
Acesso em: 11 jul. 2016. ótimo olfato e podem ser treinados para detectar
Alguns animais apresentam um ou mais sentidos substâncias específicas, como explosivos. Por isso, os
bastante desenvolvidos. O lobo e o morcego, por cães policiais recebem esse tipo de treinamento e são
exemplo, possuem o olfato e a audição muito utilizados em muitas operações de investigação.
acurados. Sobre essas características e o sentido A audição é um dos sentidos mais desenvolvi-
acurado de outros animais (como cobras, abelhas dos em mamíferos. A maioria desses animais possui
e tartarugas), leia a reportagem a seguir: orelhas externas, orelhas médias e orelhas internas,
<http://revistagalileu.globo.com/Revista/ que contribuem para uma boa captação de sons.
Common/0,,ERT344744-17773,00.html>. Alguns mamíferos, como os morcegos e os golfinhos,
Acesso em: 11 jul. 2016.
utilizam a ecolocalização para se orientar.
Além do olfato, visão e audição, a maior parte dos mamíferos também possui o sentido
do tato e da gustação, ou seja, a capacidade de distinguir gostos.
 Aprenda mais
P. 197 •• Para iniciar o trabalho com essa seção, pergunte aos alunos se eles já visitaram um
zoológico e questione-os sobre quais animais eles viram/observaram. Caso eles nunca
tenham realizado visitas como essa, peça-lhes que digam quais animais eles esperam
encontrar em locais como esse.
•• Se possível, organize, com a equipe pedagógica da escola, uma visita dos alunos a um
zoológico.
Acesse •• Previamente, verifique se, no zoológico a ser visitado, há placas informa-
Se não for possível realizar a tivas sobre os animais (com o nome científico, a alimentação, o hábitat,
visita ao zoológico, leve os alunos entre outras informações que possam contribuir para a aprendizagem
ao laboratório de informática da dos alunos). Caso a entidade não possua esses dados, selecione alguns
escola e acesse com eles o site animais que vivem no zoológico a ser visitado e peça aos alunos que
do Zoológico de São Paulo. Nele, realizem uma pesquisa sobre os hábitos alimentares, hábitat e outras
estão disponíveis informações informações que caracterizem cada um desses animais. Ao longo da visi-
sobre os animais que vivem tação, estimule-os a compartilharem as informações pesquisadas com os
na instituição (como tamanho, colegas. Com isso, espera-se que eles verifiquem a diversidade de hábi-
hábitat, reprodução, hábitos tats, hábitos alimentares e outros dados pertinentes sobre os animais.
alimentares e distribuição
geográfica). •• Durante o passeio, solicite aos alunos que anotem o nome dos animais
que observarem e, se possível, fotografem-nos. Peça-lhes que identifi-
<http://www.zoologico.com.
br/nossos-animais>.
quem as principais características de cada um deles e a qual grupo de
vertebrados eles pertencem. Aproveite a oportunidade e explore quais
Acesso em: 11 jul. 2016.
espécies de animais estão em risco de extinção.

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••Após a visitação, comente com os alunos que os jardins zoológicos não apresen-
tam apenas aspectos positivos. Se possível, realize com eles a atividade comple-
mentar proposta a seguir.

Atividade complementar Pesquisa e debate

Os zoológicos são entidades de especial importância para a manutenção da diver-


sidade de espécies. Ao possibilitar a aproximação entre o ser humano e os animais,
incentiva-se o respeito à vida silvestre e a importância da conservação das espécies.
No entanto, os jardins zoológicos apresentam alguns aspectos negativos. Em alguns
zoológicos, os animais sofrem maus-tratos. Além disso, há relatos de tragédias envol-
vendo pessoas e animais silvestres nesses locais. Com base nisso, peça aos alunos que
pesquisem reportagens sobre o assunto e, em seguida, debatam sobre isso, apontando
possíveis medidas que visem eliminar os aspectos negativos associados aos zoológicos.

Valores
em ação Adoção responsável: não
P. 205 abandone seu companheiro!
A adoção é uma importante forma de doação de amor e carinho aos animais aban-
donados. No entanto, a adoção envolve muito mais do que a presença do animal em
uma residência, ou seja, é importante ter em mente que animais adotados são seres
vivos que precisam, acima de tudo, de atenção, de cuidados e de carinho.
Objetivos necessários (vacinação; vermifugação; possí-
veis intervenções cirúrgicas, como castração, ou
••Conscientizar-se sobre a importância da adoção
outras ações) até que os animais estejam recu-
responsável.
perados e prontos para a adoção. Essas organiza-
••Apresentar alguns cuidados necessários em ções contam com colaboradores, patrocinadores
relação aos animais de estimação. e voluntários para atingirem seus objetivos. Além
disso, contribuem com a conscientização das
Comentários
pessoas sobre esse assunto.
•• Informe os alunos que a adoção responsável
Acesse
envolve também a responsabilidade sobre os atos
desenvolvidos em relação aos animais. Segundo o Existem diversas ONGs relacionadas à
Artigo 32 da Lei Federal 9605/98, práticas como proteção de animais vítimas de maus-tratos em
diferentes regiões do Brasil. Algumas delas estão
ferir ou mutilar animais domésticos, silvestres,
mencionadas a seguir:
exóticos ou nativos, e praticar atos de abuso, são • Ong Amparar.
consideradas crime de maus-tratos, resultando <http://ongamparar.org/>.
em multa e detenção, a qual pode variar de três Acesso em: 11 jul. 2016.
meses a um ano. As denúncias podem ser feitas • Brala Pernambuco.
<www.brala.org.br/>.
por meio de um boletim de ocorrência, ligações
Acesso em: 11 jul. 2016.
para polícia militar, polícia ambiental, prefeitura, • Ong do cão.
Ministério Público e, se envolver animais silves- <www.ongdocao.org.br/>.
tres, a denúncia pode ser feita para o IBAMA. Acesso em: 11 jul. 2016.
• Cão viver.
•• Converse com os alunos sobre as ONGs (Orga- <www.caoviver.com.br/>.
nizações Não Governamentais) que ajudam a Acesso em: 11 jul. 2016.
proteger os animais vítimas de maus-tratos ou • SOS animais. Esse site disponibiliza uma lista
abandono e leve-os a refletir sobre sua impor- das leis de proteção dos animais.
tância. Algumas ONGs acompanham o animal <www.sosanimais.org.br>.
Acesso em: 11 jul. 2016.
desde o resgate, realizando os cuidados médicos

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6
Respostas

UNIDADE
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- Além disso, é possível que os alunos comentem
dam que sim, pois, ao assumir o compromisso da que, ao retirar um animal das ruas e tomar as
adoção, a pessoa deve se responsabilizar por garan- devidas medidas de prevenção de contracepção,
tir os cuidados e a proteção necessária ao bem-estar as chances de reprodução reduzem, favorecendo
do animal. o controle populacional. A presença de grande
2. O abandono de cães e gatos acarreta em um número de animais abandonados pode estar asso-
problema de saúde pública, pois, se eles não ciada à elevação no número de doenças transmiti-
forem castrados, poderão se reproduzir aumen- das por eles e na higiene de ambientes públicos.
tando o número de animais em situação de rua. Assim, a adoção também contribui para a manu-
Além disso, podem adquirir doenças em razão da tenção da saúde pública.
falta de alimentação, que os leva a revirar lixos. 5.
Resposta pessoal. Provavelmente, as respostas
Essas doenças prejudicam a saúde do animal e dos alunos serão influenciadas por relatos do dia a
podem ser transmitidas ao ser humano que entrar dia. Assim, se eles conhecerem casos de animais
em contato com animais doentes. maltratados, eles possivelmente mencionarão que
3. O animal abandonado pode sofrer maus-tratos na as pessoas não têm atitudes responsáveis. A
rua, ser atropelado, sofrer com a falta de alimento resposta também pode ser contrária, se eles
e higienização, adquirindo doenças que podem conhecerem apenas casos em que os animais são
levá-lo à morte. bem-tratados e cuidados com responsabilidade. O
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos importante é os alunos compreenderem que é
comentem que a adoção de animais é uma inicia- possível existir tanto pessoas com atitudes
tiva importante para garantir o bem-estar de responsáveis quanto irresponsáveis em relação
muitos animais que sofrem maus-tratos na rua. aos animais.

P. 206 e 207 Atividades

Respostas

1.
As baleias e os golfinhos possuem glândulas mamá- na comunicação com outros indivíduos. Glândulas: as
rias, apresentam respiração pulmonar, são animais sebáceas são responsáveis por produzirem secreção
endotérmicos, possuem pelos em alguma fase do oleosa que impermeabiliza e lubrifica a pele e os pelos;
desenvolvimento, entre outras características. Já os as odoríferas produzem odores responsáveis pela
peixes realizam respiração branquial (alguns respiram marcação de território, defesa e atração de parceiros;
por meio de pulmões) e são animais ectotérmicos. as sudoríparas são responsáveis pela secreção
2.
Porque eles realizam respiração pulmonar, ou seja, do suor; as mamárias são responsáveis pela secreção do
eles obtêm gás oxigênio do ar atmosférico. leite para a alimentação dos filhotes. Casco e unhas:
3.
a ) Essas glândulas produzem odores que podem auxiliam na locomoção e proteção do animal. Chifres
servir para: marcar território; defesa do organismo; e cornos: auxiliam na defesa do animal e, em algumas
ou atrair parceiros sexuais. espécies, são usados em combates entre machos
b ) Essas glândulas produzem substâncias oleosas para impressionar a fêmea.
que lubrificam e impermeabilizam os pelos e a 5. Boca faringe esôfago estômago intestino
pele. delgado intestino grosso ânus.
c ) Eliminam o suor produzido pelo corpo. Nos mamí- 6. O embrião humano se desenvolve dentro do corpo da
feros, o suor produzido por essas glândulas auxilia fêmea e fica envolto por estrutura denominada
na regulação da temperatura corpórea. placenta. O embrião e, posteriormente, o feto, obtêm
4.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar e descrever do corpo materno os nutrientes necessários para se
a função dos seguintes anexos da pele: pelos: formam desenvolver, os quais são transferidos ao embrião/
uma camada de ar sobre a pele que funciona como feto por meio do cordão umbilical, que os ligam à
isolante térmico, participam do controle da tempera- placenta. Como o ser humano se desenvolve dentro
tura, podem auxiliar na camuflagem do animal no do corpo da fêmea e é envolto pela placenta, ele é
ambiente, na percepção de estímulos do ambiente e classificado como mamífero vivíparo e placentário.

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7. Desenvolvimento
Respiração Regulação da temperatura
embrionário
A maioria das espécies
Ovíparos; ovovivíparos respira por meio de
Peixes ou vivíparos; algumas brânquias e algumas Ectotérmicos.
espécies com fase larval. respiram por meio de
pulmões.
Maioria ovípara; há Respiram por meio de
Anfíbios espécies com fase larval brânquias, pulmões e Ectotérmicos.
e metamorfose. pele.
Maioria ovípara; Ectotérmicos; podem reduzir suas
alguns ovovivíparos; Respiram por meio de
Répteis atividades metabólicas em ambientes com
poucos vivíparos; sem pulmões.
metamorfose. temperaturas mais baixas.

Endotérmicos; a cobertura do corpo com


Ovíparos; sem Respiram por meio de penas contribui para a manutenção da
Aves
metamorfose. pulmões. temperatura corpórea, pois funciona como
isolante térmico.
Endotérmicos; a cobertura do corpo com
pelos e uma camada de gordura contribui
para a manutenção da temperatura
corpórea, pois atuam como isolantes
Vivíparos; poucos
Respiram por meio de térmicos. A presença de glândulas
Mamíferos ovíparos; sem
pulmões. sudoríparas, a boca aberta e a respiração
metamorfose.
ofegante, no caso dos cachorros, são
mecanismos que auxiliam na perda de
energia térmica, contribuindo para a
manutenção da temperatura corporal.

8.
a ) Quanto maior o metabolismo, maior a liberação de tamanho dos obstáculos ou das presas. A audição
energia térmica. Dessa maneira, o calor liberado bem desenvolvida facilita a ecolocalização.
durante o metabolismo do organismo contribui para b ) Os morcegos auxiliam na polinização de algumas
elevar a temperatura do corpo do animal que, com flores e na dispersão de sementes. Favorecem,
auxílio de determinados mecanismos de conserva- ainda, a dispersão de pólen e sementes das plan-
ção e de perda de energia térmica, visa manter essa tas. Em contrapartida, obtêm alimento delas.
temperatura constante. Essa é uma característica de 10. a ) O guepardo é cerca de 958 vezes mais veloz que o
animais endotérmicos, como os mamíferos. bicho-preguiça. Dados:
b ) A energia necessária ao metabolismo provém dos Velocidade que o guepardo pode atingir durante a
alimentos. Durante a hibernação, o metabolismo do corrida = 115 Km/h.
animal é reduzido, resultando em diminuição da sua Velocidade que o bicho-preguiça atinge ao se loco-
temperatura. Essa redução do metabolismo requer mover = 0,12 km/h.
menos energia e, consequentemente, o animal Para descobrir quantas vezes o guepardo é mais
precisa ingerir uma menor quantidade de alimento. veloz que o bicho-preguiça, é preciso fazer o
Essa característica favorece a sobrevivência em seguinte cálculo:
épocas em que há escassez de alimento.
115 km/h
c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- = 958
dam animais como: esquilo, morcego, marmota, 0,12 km/h
entre outros. b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
9.
a ) Como os morcegos são animais de hábitos notur- dam que sim, pois, ao andar lentamente sobre as
nos, eles precisam perceber a presença de uma árvores, as preguiças se mantêm camufladas, além
presa, predador ou de objetos em seu caminho, sem de obterem facilmente seus alimentos. O fato de
depender da visão. Assim, os morcegos utilizam a esses animais se movimentarem lentamente
ecolocalização, processo que emite ondas sonoras garante um menor gasto energético, poupando-a,
que, ao atingirem obstáculos ou presas, refletem e por exemplo, para atividades que envolvam um
retornam a eles como um eco. Dessa maneira, gasto energético maior, como fugir de predadores
esses animais conseguem perceber a distância e o e manter o corpo aquecido.

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••A atividade 8 trata do assunto hibernação. É possível que os alunos apresen-

6
tem várias informações de senso comum sobre esse estado, como a de que os

UNIDADE
ursos hibernam. Segundo as definições mais aceitas para a hibernação, esse esta-
do corresponderia a uma dormência, inatividade e redução do metabolismo de
tal maneira que a temperatura corporal se aproximaria da ambiental. Embora os
ursos permaneçam por longos períodos em estado de dormência, sua tempera-
tura corporal não abaixa acentuadamente a ponto de se aproximar da ambiental.
Portanto, segundo essa definição, os ursos não hibernam, apenas entram em um
estado de torpor. A hibernação é mais comum em mamíferos pequenos, pois neles
o retorno da temperatura corporal aos níveis normais não requer tanta energia
quanto nos organismos maiores. Caso alguns mamíferos grandes, como os ursos,
diminuíssem significativamente sua temperatura, como ocorre durante a hiberna-
ção, o retorno desse estado gastaria tanta energia térmica que não compensaria.

P. 207
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Se necessário, os alunos devem mamárias; pelos em pelo menos uma fase da vida;
corrigir ou complementar suas respostas comentan- fecundação interna; e endotermia. Eles podem citar
do que o corpo das aves é revestido por penas, exce- como exemplos: gato, baleia, porco, cachorro,
to a região das pernas e dos pés, que é revestida por morcego, entre outros.
escamas. Em relação à importância do ninho e suas 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
características, espera-se que os alunos comple- completem citando gato, cachorro, macaco, rato,
mentem respondendo que ele serve para proteger os morcego, gambá, baleia, tatu, cavalo, boi, leão,
ovos e os filhotes enquanto se desenvolvem. Além rinoceronte, cervo, foca, porco, leão, tamanduá,
disso, as caraterísticas do ninho construído depen- girafa, elefante, entre outros. Em relação às carac-
dem de cada espécie de aves. Por exemplo, uma terísticas comuns entre os mamíferos atuais, se
espécie pode construir seu ninho em árvores necessário, os alunos devem corrigir ou comple-
enquanto outra, no chão. Além do local, a matéria- mentar suas respostas afirmando que esses
-prima utilizada para construí-lo pode ser diferente animais apresentam glândulas mamárias, sudorí-
(como gravetos, barro, palha, entre outros materiais). paras, sebáceas e odoríferas, pelos (no mínimo
Em relação à obtenção de alimentos por uma gata, em uma fase da vida), com algumas exceções, são
espera-se que os alunos respondam que ela prova- endotérmicos e apresentam fecundação interna.
velmente estaria amamentando seus filhotes por 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
meio das glândulas mamárias, que secretam leite. dam que todos os mamíferos, até mesmo os aquá-
2. Resposta pessoal. Se necessário, os alunos devem ticos, obtêm o gás oxigênio do ar atmosférico por
corrigir ou complementar suas respostas incluindo meio da respiração pulmonar, ou seja, as trocas
as seguintes características: presença de glândulas gasosas ocorrem nos pulmões.

Ampliando
fronteiras As máquinas voadoras
P. 208 e 209 Para muitos, uma ave voando no céu pode ser apenas uma beleza da natu-
reza a ser contemplada. No entanto, para outros, o voo das aves é objeto de
curiosidade e motivação para desenvolver tecnologias que permitem também
ao ser humano percorrer os céus. Essa seção permite a abordagem do tema
Raul Aguiar

convergente Tecnologia.
Objetivos
••Conhecer a influência da estrutura das asas dos seres vivos no desenvolvimento de
tecnologias relacionadas ao voo.
••Conhecer a importância da aerodinâmica no voo dos aviões.

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Comentários Acesse
••Ao abordar a lenda de Ícaro, se achar conve- Para mais informações sobre a lenda de Ícaro,
niente, apresente mais informações sobre ela acesse o site a seguir.
aos alunos. <www.sabercultural.com/template/
obrasCelebres/Icaro.html>.
••Comente com os alunos que, embora Leonardo Acesso em: 11 jul. 2016.
da Vinci (1452-1519) tenha feito alguns esbo-
ços de máquinas voadoras a partir da obser- Acesse
vação da anatomia de vertebrados e elabora- Para informações sobre Alberto Santos Dumont
do planadores, helicópteros e paraquedas, foi e sua invenção, o 14-Bis, acesso o site da Anac
o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont (Agência Nacional de Aviação Civil).
(1873-1932) que construiu a primeira aeronave <http://www2.anac.gov.br/certificacao/
Diversos/Portug/SantosDumont-01.pdf>.
a deslizar no céu e decolar com suas próprias
Acesso em: 11 jul. 2016.
forças, o famoso 14-Bis.

Ilustrações: Raul Aguiar


Respostas
1.
A semelhança está nas estruturas adaptadas para das pessoas para locais distantes em um menor
o voo, ou seja, o formato aerodinâmico das asas. período de tempo.
Esse formato faz que a pressão seja maior de 3. Resposta pessoal. Os alunos podem citar como
baixo para cima conforme a passagem do ar, exemplos: o velcro, inventado pelo suíço Georges
sustentando tanto a aeronave quanto o corpo do Mestral ao observar como as sementes de
animal. Nas aves, as penas presentes nas asas Arctium grudavam no pelo de seu cachorro por
contribuem para a locomoção dos animais, meio de pequenos ganchos que conferiam maior
ajudando-os a controlar a direção e a velocidade aderência; roupas de atletas, baseadas nas esca-
do voo. Já nos aviões, as turbinas associadas ao mas do tubarão-mako, de forma que a água desli-
formato aerodinâmico das asas permitem o ze com maior facilidade e rapidez; design do trem-
controle da direção e da velocidade do voo, o qual -bala, inspirado no pássaro martim-pescador, uma
pode ocorrer em diferentes angulações, assim vez que o trem fazia muito barulho devido à alta
como nas aves. velocidade, e esse pássaro mergulha rapidamente
2. Sim. A principal função do voo para as aves está na água atrás de alimento, sem fazer barulho.
relacionada à forma como elas se locomovem. 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos produ-
Isso auxilia na fuga de predadores, na procura de zam um texto questionando projetos e construções
comida e na migração para ambientes distantes. de aviões para fins militares e enalteçam projetos
Assim como as aves, a tecnologia desenvolvida de aeronaves de resgate de pessoas e de distribui-
pelo ser humano para voar auxilia na locomoção ção de alimentos e água em áreas de conflito.

102

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UNIDADE

7
Classificação

UNIDADE
das plantas

Objetivos Conceitos

• Reconhecer as principais • Características gerais


características das plantas. das plantas.
Conhecendo • Reconhecer características das • Classificação das
CAPÍTULO

20 as plantas
células vegetais.
• Compreender os diferentes níveis de
plantas.

organização das plantas.


• Conhecer a classificação das plantas.

• Conhecer as principais características • Características gerais


Plantas
CAPÍTULO

21 sem frutos
das briófitas.
• Entender como ocorre a reprodução
das briófitas.
• Estrutura e reprodução
das briófitas. das briófitas.
• Conhecer as principais características • Características gerais
das pteridófitas. das pteridófitas.
• Entender como ocorre a reprodução • Estrutura e reprodução
das pteridófitas. das pteridófitas.
• Conhecer as principais características • Características gerais
das gimnospermas. das gimnospermas.
• Entender como ocorre a reprodução • Reprodução das
das gimnospermas. gimnospermas.
• Estrutura da semente.

Plantas • Reconhecer as principais • Características gerais


características das angiospermas. das angiospermas.
CAPÍTULO

22 com frutos: • Conhecer como ocorre a formação do


fruto e da semente.
• Reprodução das
angiospermas.
angiospermas • Entender como ocorre a reprodução
das angiospermas.

P. 210 e 211 Abertura da unidade


•• Ao trabalhar a imagem dessas
páginas, questione os alunos
se eles já viram na natureza
uma árvore em que tenha sido
utilizada a técnica do enxerto.
Após as respostas, explique a
eles a origem da árvore repre-
sentada na imagem.
Comente com eles que as
cores das flores da árvore de
40 frutos foram projetadas
com base na cor das flores
das plantas enxertadas, as
quais apresentam flores em
tons de rosa, vermelho e
branco na primavera.

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••Aproveite para apresentar a eles as informações do boxe a seguir.
Fique ligado!

Enxertia

Singkham/shutterstock.com/ID/BR
A enxertia é uma técnica que se caracteriza pela união de diferentes indivíduos.
Nessa união, parte de um indivíduo, chamado enxerto ou cavaleiro, é inserida no
sistema radicular ou no caule de outro indivíduo, conhecido como porta-enxerto
ou cavalo. Essas partes são presas uma à outra até que os tecidos vegetais que
estão em contato se unam, possibilitando o desenvolvimento das partes como
uma única planta.
O porta-enxerto apresenta o sistema radicular e é responsável pela absorção de
água e sais minerais. O enxerto forma a copa das árvores, sendo responsável
tanto pela produção dos frutos quanto pela fotossíntese. Como os tecidos
vasculares de enxerto e porta-enxerto estão unidos, as seiva orgânica e mineral
circulam entre eles, possibilitando que se desenvolvam juntos.
Existem diferentes tipos de enxertia. A utilizada por Sam Van Aken na produção
da árvore de 40 frutos é conhecida como borbulhia. Ela consiste em remover
um ramo dotado de uma gema vegetativa ou de uma borbulha da matriz
(planta-mãe). Essa remoção pode ser feita de diferentes formas. No caso da
árvore de 40 frutos, a enxertia borbulhia foi do tipo escudo ou placa, em que é
feito um único corte descendente no porta-enxerto e um corte complementar
no enxerto, o qual geralmente é fixado ao cavalo com fita adesiva biodegradável.
Representação de enxertia por borbulhia.

••Explique aos alunos que essa árvore pode produzir frutos como ameixas, cerejas,
pêssegos, entre outros, totalizando 40 tipos diferentes de flores e de frutos.
••Apesar de envolver diferentes espécies de árvores, a enxertia exige compatibili-
dade entre as plantas, devendo haver afinidades morfológicas e fisiológicas entre
as plantas envolvidas. Essas afinidades envolvem, por exemplo, compatibilidade de
tecidos, semelhança quanto aos hormônios, proteínas, carboidratos, entre outras
substâncias. Portanto, a enxertia geralmente ocorre entre espécies pertencentes a
um mesmo gênero. No entanto, também é possível haver enxertia entre espécies
de gêneros e de famílias diferentes.
Acesse
Para mais informações a respeito de enxertia, acesse o documento da Embrapa sobre
recomendações técnicas de enxertia em fruteiras.
<www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/859550/1/rt92enxertiadefruteiras.pdf>.
Acesso em: 3 jul. 2016.

••Com os alunos, identifiquem as partes de uma planta que podem podem ser
observadas na imagem de abertura. Questione se eles sabem como ocorrem nas
plantas alguns processos comuns aos seres vivos, como alimentação, respiração e
transpiração.
Acesse
Pra saber mais informações sobre a árvore dos 40 frutos, leia as reportagens sugeridas
a seguir, ambas com vídeo de reportagem (em inglês) com Sam Van Aken.
<www.revistaecologica.com/so-vendo-para-crer-40-tipos-de-frutos-na-mesma-arvore-video/>.
Acesso em: 3 jul. 2016.
<http://revistagalileu.globo.com/blogs/buzz/noticia/2015/07/conheca-arvore-que-
produz-40-tipos-diferentes-de-frutas.html>.
Acesso em: 3 jul. 2016.

104

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Respostas

7
1.
Resposta pessoal. Os alunos podem ter visto essa volvimento de brotos, se fosse possível gerar uma

UNIDADE
árvore em programas de televisão ou na internet. semente contendo todas as informações referentes
Espera-se que eles respondam que ela não pode aos 40 tipos ou se todas as porções da planta
ser encontrada naturalmente no ambiente, pois é apresentassem características inerentes a todas as
produzida artificialmente por meio de uma técnica espécies utilizadas na enxertia. Ambos os casos
chamada enxertia. não ocorrem naturalmente. Apesar de unidas fisi-
camente, as diferentes partes enxertadas mantêm
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
suas características específicas.
comentem que nem todas as plantas são capa-
4.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem
zes de produzir flores e frutos. Algumas delas,
que as plantas podem se reproduzir tanto por meio
aliás, não produzem nenhuma das duas estrutu-
de gametas, na reprodução sexuada, como na
ras. É provável que a maioria dos alunos não
ausência deles, na reprodução assexuada. A repro-
conheça árvores semelhantes a essa, com enxer-
dução sexuada ocorre com o encontro dos gametas
tos variados e que produzem diferentes tipos de
feminino e masculino, e esse encontro pode ser auxi-
flores e frutos. liado pela ação da água, do vento ou de animais. Já a
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reprodução assexuada pode ocorrer, por exemplo,
respondam que não. Plantas como a árvore dos por propagação vegetativa, a partir do desenvolvi-
40 frutos só poderiam formar novos indivíduos a mento de partes do corpo vegetativo, como folhas,
partir da germinação das sementes ou do desen- caule e raiz.

Capítulo
20 Conhecendo as plantas

P. 212 ••Ao trabalhar o recurso de abertura desse capítulo, pergunte aos alunos se eles
sabem diferenciar cartum de charge. Trata-se de gêneros distintos de histórias em
quadrinhos. Sobre as principais características desses gêneros e a distinção entre
eles, leia o texto a seguir para os alunos.
[...]

H
á uma tendência na lite- A charge é um texto de humor Não estar vinculado a um fato
ratura científica sobre os que aborda algum fato ou tema do noticiário é a principal diferença
quadrinhos de classificá-los ligado ao noticiário. De certa forma, entre a charge e o cartum. No mais,
por gêneros. […] ele recria o fato de forma ficcional, são muito parecidos. […]
estabelecendo com a notícia uma É importante observar que o
Podem ser abrigados dentro
relação intertextual. humor advém de uma situação
desse grande guarda-chuva cha-
Os políticos brasileiros costu- corriqueira […]. Não se trata de
mado quadrinhos os cartuns, as
mam ser grande fonte de inspiração um assunto de noticiário jornalís-
charges, as tiras cômicas, as tiras (não é por acaso que a charge costu- tico. Não custa reforçar: é essa a
cômicas seriadas, as tiras seriadas ma aparecer na parte de política ou principal diferença entre charge e
e os vários modos de produção das de opinião dos jornais). cartum.
histórias em quadrinhos. […] […] […]
RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2009. p. 20-24. (Linguagem e Ensino).

••Após a diferenciação dos gêneros textuais sugeridos, pergunte aos alunos por que o
exemplo das páginas de abertura do capítulo não é considerado uma charge. Espe-
ra-se que os alunos tenham percebido que, diferentemente da charge, o cartum
não tem relação com noticiário, apenas retrata uma situação de forma humorística.

105

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Acesse
Para mais informações sobre o cartum e a diferenciação entre esse gênero textual e a
charge, acesse o endereço a seguir.
JUSKI, Dayana; LINK, Deizi Cristina. A função da charge, do cartum e da tira na aquisição
da língua-padrão.
<www.celsul.org.br/Encontros/06/Coordenadas/02.pdf>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
Você também pode obter informações referentes à diferenciação entre charge, cartum e
caricatura. Para isso, leia a reportagem e o texto sugeridos a seguir.
RODRIGUES, Sérgio. Caricatura, charge e cartum são a mesma coisa? Veja, 1° nov. 2012.
<http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/caricatura-e-charge-sao-a-
mesma-coisa/>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
ARRIGONI, Mariana de Mello. Debatendo os conceitos de caricatura, charge e cartum.
III Encontro Nacional de Estudos de Imagem, 2011.
<www.uel.br/eventos/eneimagem/anais2011/trabalhos/pdf/Mariana%20de%20
Mello%20Arrigoni.pdf>.
Acesso em: 5 jul. 2016.

••Ao abordar a questão 3, comente com os alunos que a situação ilustrada na 3ª


cena não ocorre naturalmente no ambiente. A perda de folhas ocorre como resul-
tado de uma série de alterações fisiológicas na planta.
••Enfatize a importância das plantas como produtoras nas cadeias alimentares, seu
papel na absorção do gás carbônico e na liberação do gás oxigênio do ambiente e
sua influência na umidade dos locais.
P. 214
••Se julgar importante, comente com os alunos que as plantas podem apresentar,
basicamente, dois tipos de crescimento: o primário e o secundário. O primário se
caracteriza pelo crescimento em comprimento do corpo da planta, resultado da
atividade dos meristemas apicais, localizados no ápice de caule e raiz. Esse tipo de
crescimento envolve a formação dos tecidos primários e forma o corpo primário da
planta. Já o crescimento secundário refere-se apenas às plantas que apresentam
crescimento em espessura. Esse tipo de crescimento é resultado da atividade de
meristemas laterais localizados no caule e na raiz, os quais promovem o desenvol-
vimento de tecidos secundários que compõem o corpo secundário da planta.
••No livro do aluno encontram-se algumas informações referentes aos sistemas de
revestimento, fundamental e vascular, observados nas plantas. Veja a seguir mais
informações sobre os sistemas de tecidos.

Sistema de revestimento

••A epiderme é responsável por revestir a planta em seu crescimento primário e


corresponde à camada mais externa de células, revestindo flores, frutos, caules,
folhas, raízes e sementes. Ao iniciar o crescimento secundário, a epiderme, tecido de
revestimento do corpo primário das plantas, é substituída pela periderme, tecido
de revestimento do corpo secundário das plantas.
Esse tecido de revestimento também está associada à proteção contra a desse-
cação, pois é recoberta pela cutícula, uma camada que reduz a perda de água
para o ambiente. Além disso, algumas plantas podem ter uma camada de cera
sobre a cutícula, reduzindo ainda mais a perda de água. A epiderme apresenta

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células especializadas, chamadas estômatos, que são orifícios com abertura e

7
fechamento controlados por células que o circundam (células-guarda). Quando

UNIDADE
abertos, os estômatos permitem as trocas gasosas entre os tecidos internos da
planta e o ambiente. No entanto, além desses gases, o vapor de água é perdido
para o ambiente. Assim, a frequência de abertura e fechamento dos estômatos
pode auxiliar na redução da perda de água para o ambiente.
••A periderme é composta de três tecidos: feloderme, felogênio e súber. Este último
é impermeável, impedindo as trocas gasosas. Para que a planta continue a absorver
gás oxigênio do ambiente e liberar gás carbônico, a súber, que é a camada mais
externa da periderme, sofre rompimentos e origina as lenticelas, aberturas que
permitem as trocas gasosas nos órgãos com crescimento secundário.

Sistema fundamental

••O sistema fundamental é composto de três tipos de tecido: parênquima, colênquima


e esclerênquima. O parênquima apresenta alta capacidade de divisão celular, estando
associado, por exemplo, ao processo de cicatrização das plantas. Por isso, esse tecido
pode auxiliar no processo de enxertia. Como abordado nos comentários anteriores,
após o enxerto ser fixado artificialmente ao porta-enxerto, é preciso que este seja
conectado por tecidos para que haja fluxo de seiva entre eles, possibilitando o seu
desenvolvimento. As células parenquimáticas se proliferam na região de junção do
enxerto ao porta-enxerto e, posteriormente, se diferenciam em células vasculares,
que possibilitam o fluxo de seivas. Algumas plantas aquáticas têm um tipo específico
de parênquima, chamado aerênquima, cujas células apresentam grandes espaços preen-
chidos por ar atmosférico, auxiliando na flutuação dessas plantas.
••O colênquima é encontrado em regiões periféricas das plantas, como sob a epiderme
de caules jovens em crescimento. A parede celular de suas células contém apenas
celulose, depositada irregularmente na célula, o que garante resistência e ao mesmo
tempo flexibilidade ao tecido. Por isso, o colênquima participa da sustentação da
planta, ao mesmo tempo que permite seu crescimento.
••Diferentemente dos dois tecidos citados anteriormente, o esclerênquima é, geral-
mente, formado por células mortas na maturidade que contêm depósito de lignina
em suas paredes, tornando-as resistentes e capazes de atuar na sustentação da
planta.

Sistema vascular

••O sistema vascular é formado por dois tipos de tecidos: xilema e floema. O xilema
está envolvido principalmente no transporte de água e sais minerais absorvidos
pelas raízes e na sustentação da planta. Encontra-se na parte mais interna dos
caules e raízes e é formado por células mortas na maturidade com depósito de
lignina em suas paredes, garantindo rigidez aos tecidos.
O floema é o tecido vascular responsável pelo transporte de substâncias orgânicas
produzidas na fotossíntese. É formado por células vivas na maturidade e se localiza na
parte externa do xilema, no corpo da planta. As células floemáticas podem estar asso-
ciadas ao esclerênquima e parênquima, o que permite a esse tecido atuar também na
sustentação da planta e no armazenamento de substâncias.

107

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P. 215
 Aprenda mais Acesse
•• Se houver jardim botânico no Caso não haja um jardim botânico no município,
município em que os alunos ainda é possível obter informações sobre
residem, ou próximo a ele, diversas plantas e alguns animais no site do
organize com a equipe peda- Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Também há
gógica uma visita a esse local. informações históricas sobre a própria instituição,
Durante a visita, oriente sobre os horários de atendimento, o endereço, os
os alunos a observarem os agendamentos de visita, entre outras instruções.
diferentes tipos de caules e • Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
folhas, e a presença de flores <www.jbrj.gov.br/>.
e frutos nas plantas. Aproveite Acesso em: 5 jul. 2016.
a ocasião para perguntar se • O site oferece um tour virtual pelo Jardim Botânico
eles já viram plantas como as de São Paulo. Para isso, acesse o endereço a seguir.
do jardim em outros locais. <http://jardimbotanico.sp.gov.br/>.
Com base nas respostas traba- Acesso em: 5 jul. 2016.
lhe com os alunos a impor- • Para mais informações a respeito dos jardins
tância dos jardins botânicos botânicos do Brasil, acesse:
como local de estudo, de lazer <www.iac.sp.gov.br/publicacoes/agronomico/
e de conscientização sobre a pdf/v55-1_paginas56a60.pdf>.
conservação dos ambientes. Acesso em: 5 jul. 2016

P. 216 e 217 Atividades


Respostas

A – pluricelulares; B – eucarióticas; C – membrana;


1. d ) As plantas são fontes de fibras, de minerais,
D – autótrofas; E – heterótrofos. de vitaminas e de água para o ser humano.
2. Em geral, elas apresentam poucas calorias,
evitando o ganho de massa corpórea e preve-
Presente Presente nindo a obesidade. Alimentar-se regularmente
Presente
apenas apenas
em ambas de plantas contribui para uma boa saúde e para
na célula na célula
as células a prevenção de doenças, como as cardiovascu-
vegetal animal
lares. Informações como essas podem ser
parede membrana
celular
centríolos
celular
pesquisadas na internet a partir dos termos
“importância dos vegetais na alimentação”, por
plastos citoplasma
exemplo.
grandes
núcleo 5.
a
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
vacúolos
respondam que a retirada das plantas prejudica o
cloroplastos
ambiente porque elas são a base da cadeia
alimentar. Além de sua função na cadeia alimen-
3. A – 5; B – 4; C – 2; D – 1; E – 3. tar, as plantas servem de hábitat e abrigo para
4. a ) Os frutos são órgãos reprodutivos, pois parti- inúmeros seres vivos, como as aves e os insetos,
cipam do processo de reprodução das plantas respectivamente. Também são fonte de alimento,
angiospermas. liberam gás oxigênio por meio da fotossíntese e
b ) Resposta pessoal. influenciam na umidade da região onde vivem,
c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- por exemplo. Dessa forma podemos concluir que
dam que sim, pois as plantas fornecem sais a retirada das plantas acarreta em problemas
minerais e vitaminas necessárias ao bom funciona- como a perda de hábitat e fonte de alimento para
mento do organismo. Além disso, esses alimentos inúmeras espécies de seres vivos, interfere no
costumam ser ricos em fibras, as quais contribuem clima ao provocar alterações na umidade local,
para o bom funcionamento do intestino. entre outras consequências.

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b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos

7
Acesse
expliquem que as matas ciliares são o conjunto

UNIDADE
de plantas existentes no entorno (margens) Informações como as apresentadas nesse item
podem ser encontradas nos sites sugeridos a seguir.
dos corpos de água. O conjunto das raízes
dessas plantas agrega o solo e com isso evita • WWF Brasil.
processos erosivos nas margens dos rios, bem <www.wwf.org.br/natureza_brasileira/
como seu assoreamento. Além disso, as matas questoes_ambientais/matas_ciliares/>.
ciliares servem de abrigo para muitos seres Acesso em: 5 jul. 2016.
• Secretaria de Meio Ambiente e Recursos
vivos, e contribuem para a umidade do micro-
Hídricos do Estado do Paraná.
clima local.
<www.meioambiente.pr.gov.br/modules/
c ) Resposta pessoal. conteudo/conteudo.php?conteudo=220>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
• Empresa Matogrossense de Pesquisa,
Assistência e Extensão Rural.
<www.empaer.mt.gov.br/tecnologias/exibir.
asp?cod=9>.
Acesso em: 5 jul. 2016.

••Ao trabalhar o item c da atividade 5, oriente os alunos na confecção do folheto.


Para isso, apresente a eles as informações abaixo.
••Leve um folheto para a sala de aula usando-o como modelo para apresentar as
informações a seguir.

Acesse
Você pode obter exemplos de folhetos no site a
seguir.
<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.
aspx?secaoId=482>.
Acesso em: 5 jul. 2016.

••O folheto deve conter: um título curto e atrativo. Ele ainda pode ter: um subtítulo;
um texto pequeno com informações sobre o tema abordado; imagens chamativas;
ser composto preferencialmente de apenas uma página e organizado de modo que
ele seja dobrado.
••A produção do fôlder pode ser manual ou pode ser feita com ferramentas de
edição de texto, de acordo com as necessidades de cada caso.
•• Para produzir o fôlder manualmente, oriente os alunos a usarem uma folha de sulfite
tamanho A4 e dividi-la em três colunas iguais para distribuir as informações. Se possível,
peça ao professor de Arte que auxilie os alunos.
••Para produzi-lo em computador, leve os alunos ao laboratório de informática da
escola e auxilie-os na elaboração do material, principalmente em relação às ferra-
mentas de edição de texto disponíveis.
••Para isso, informe-se previamente a respeito das ferramentas de edição de texto,
visando orientar os alunos durante a realização da atividade.
••Os fôlderes produzidos deverão ser apresentados em sala de aula. Portanto, faça
fotocópias deles para distribuí-los nos diversos ambientes da escola, como o pátio
escolar, o refeitório, entre outros locais, para que outros alunos tenham acesso às
informações do material produzido.

109

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CAPÍTULO
21 Plantas sem frutos

P. 218 ••Essa página apresenta uma reconstituição de floresta no período Carbonífero (354 a
290 milhões de anos atrás). Ao trabalhá-la com os alunos, pergunte se observaram
algo em comum entre a floresta apresentada na imagem e as florestas atuais. Peça
a eles que indiquem as plantas que conhecem e que se assemelham às plantas do
período Carbonífero. Provavelmente, eles dirão que são as pteridófitas ou as samam-
baias, porém com tamanho maior.
••As florestas desse período foram responsáveis pelo acúmulo de camadas espessas
de matéria orgânica, provenientes de restos de plantas que deram origem às jazidas
de carvão mineral existentes nos dias atuais. Por isso, esse período recebeu o nome
Carbonífero.
••Estudos indicam que durante o período Carbonífero (a flora predominante na Amé-
rica e na Europa correspondia a plantas vasculares, como samambaias, licófitas,
esfenófitas e filicíneas. As licófitas atingiam entre 25 e 40 m de altura, e grande parte
do carvão encontrado atualmente é resultante delas.
•• As esfenófitas alcançavam 30 m de altura, apresentavam caule do tipo rizoma e raízes
adventícias. Além dessas plantas, existiam as filicíneas, que se caracterizavam pelo
tamanho acentuado de suas folhas, em cuja face inferior se localizavam os esporângios.
•• Em relação aos animais do período Carbonífero, eram encontrados nos mares inverte-
brados como moluscos cefalópodes, braquiópodes, briozoários, gastrópodes, bivalves,
amonoides, crinoides e vertebrados como peixes cartilaginosos e ósseos. O ambiente
terrestre apresentava uma fauna rica em artrópodes e anfíbios.

 Aprenda mais

P. 224 ••Antes de iniciar as atividades no site sugerido, peça aos alunos que pesquisem na
internet o nome científico de uma determinada planta.
Em seguida, já com o nome científico, os alunos deverão pesquisá-lo no site Reflora.
Nele, basta clicar no link “Herbário virtual Reflora” e digitar o nome da espécie em
“busca simples”, no lado esquerdo da página.
Se julgar conveniente, marque as regiões de ocorrência da respectiva planta em um
mapa do Brasil a fim de visualizar a distribuição
dessa espécie no território brasileiro. Essa ativi- Acesse
dade pode ser desenvolvida em parceria com o
As exsicatas são depositadas
professor de Geografia. nos herbários. Para conhecer
mais informações sobre
••Oriente os alunos a acessarem os dados das herbários e exsicatas, acesse
plantas e a observarem as imagens de exsica- o site da Unicamp: Coleção
tas. Comente com os alunos que as exsicatas de Plantas Medicinais e
são formadas por uma planta inteira ou partes Aromáticas.
dela, que é coletada, dessecada e organizada <http://webdrm.cpqba.unicamp.
br/cpma/herbario.php>.
com etiquetas contendo informações da espé-
Acesso em: 4 jul. 2016.
cie, como podemos ver na página seguinte.

110

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Nome do herbário onde a exsicata está conservada

7
UNIDADE
Nome da espécie: Rhynchospora tenuis
Nome da família: Cyperaceae
Nome do coletor: André da Silva
Local de coleta: São Gabriel, RS
Data: 20/03/2015
Planta com inflorescência, coletada
Descrição e observações:
próximo a uma região alagada.

••Se julgar conveniente, construa com os alunos exsicatas de algumas plantas, produ-
zindo uma etiqueta de identificação para cada uma, conforme feito nos herbários.
••A atividade 1 da página 256, da unidade 8, apresenta uma atividade sobre exsicatas.
Se julgar conveniente, realize-a com os alunos nesse momento.
P. 225
•• Nesta página é apresentado um esquema simplificado do ciclo de vida de um pinheiro.
•• O estróbilo masculino contém células que sofrem meiose e dão origem aos grãos de
pólen. Após a polinização, os grãos de pólen entram em contato com a micrópila, e por
meio do canal micropilar atingem o nucelo. Logo após entrar em contato com o nucelo o
grão de pólen germina, formando o tubo polínico. Porém, ainda não há fecundação, pois
antes ocorre a maturação do gametófito feminino.
•• Depois do período de maturação do gametófito feminino, células específicas sofrem
meiose, dando origem a quatro células, sobrevivendo apenas uma delas, a qual origina a
oosfera. Após a maturação do estróbilo feminino, uma célula presente no tubo polínico
que penetrou a micrópila sofre divisão celular, originando uma célula estéril e uma célula
gametogênica. Antes que o tubo polínico alcance o gametófito feminino, a célula game-
togênica masculina completa a segunda fase da meiose, formando dois gametas mascu-
linos. Após a formação dessas células, o tubo polínico chega à oosfera, onde libera dois
gametas no interior do seu citoplasma. O núcleo de um dos gametas masculinos se une
ao núcleo da oosfera e o outro degenera. Em geral, todas as oosferas presentes no óvulo
são fecundadas e começam seu desenvolvimento, originando embriões.
•• Os alunos podem confundir o óvulo com a oosfera. Portanto, explique que, nas plantas, o
gameta feminino é a oosfera, que está contida no interior do óvulo.

P. 226 e 227 Atividades


Respostas
1.
a ) A principal estrutura responsável pela fotossín- 3. As gimnospermas são vegetais vasculares que
tese é o filoide. se caracterizam por possuírem sementes e não
b ) A estrutura responsável pela fixação são os formarem frutos.
rizoides. 4. a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
c ) A principal função da cápsula é a formação dos respondam que a sequoia é uma planta vascular,
esporos. de maneira que apresenta vasos condutores, por
2. a ) Os grãos de pólen são transportados até o estró- onde os nutrientes e a água que retira do solo,
bilo feminino, principalmente, por meio do vento. assim como açúcares produzidos por meio da
b ) Quando o grão de pólen entra em contato com fotossíntese, são transportados por toda a planta.
o óvulo, ele desenvolve um tubo polínico que b ) As briófitas não apresentam vasos condutores.
penetra na micrópila do óvulo. Por meio desse Nessas plantas, o transporte de substâncias é
tubo, o gameta masculino chega até a oosfera. feito de uma célula a outra, o que retarda o

111

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processo de transporte de nutrientes no corpo c ) Resposta pessoal. Os alunos podem citar alimen-
da planta e impede que os musgos cresçam tos como pinhões cozidos, paçoca de pinhão,
tanto quanto as gimnospermas. farinha de pinhão; o pinhão pode ser utilizado na
c ) As gimnospermas têm sementes, estróbilos e preparação de diversos alimentos, como arroz,
grãos de pólen. Em relação às briófitas, as suflês, doces, entre outros.
gimnospermas também se diferenciam por 6. a ) Como as demais pteridófitas, a selaginela
apresentar vasos condutores. também depende da água para que o gameta
d ) Resposta pessoal. Uma opção de resposta é que a masculino chegue até o gameta feminino para
semente da araucária é usada na alimentação. haver reprodução. Dessa forma, é provável que a
Algumas espécies de Pinus são usadas na indústria planta se reproduza durante os períodos de cheia,
madeireira e de celulose. Alguns pinheiros e cicas quando há água disponível para transportar os
são utilizados na ornamentação de ambientes. O gametas. Como nos períodos de seca não há
Ginkgo biloba tem utilidade medicinal; indicado água disponível para transportar os gametas, e
em casos de vertigem, é benéfico para as ativi- a planta permanece seca, dificilmente ocorrerá a
dades do cérebro, pois melhora a memória. reprodução.
b ) Espera-se que os alunos respondam que sim.
5. a ) As araucárias fazem parte do grupo das gimnos-
Para suportar os períodos de seca ela sobrevive
permas. Os pinhões são as sementes da arau-
praticamente desidratada, voltando ao seu
cária, os quais conferem alimento e proteção ao metabolismo normal durante o período de cheia.
embrião. Dessa maneira, eles são responsáveis
7.
a ) A planta invasora citada no texto é um pinheiro,
pelo desenvolvimento de uma nova planta de espécie que pertence ao grupo das gimnos-
araucária. permas. O pinheiro, assim como outras espécies
b ) Resposta pessoal. Os Kaingang são povos indí- de gimnospermas, depende menos de água para
genas que vivem em regiões dos estados do se reproduzir em relação às espécies de briófitas
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São e pteridófitas, pois o gameta masculino (grão de
Paulo. Os colonizadores europeus foram os pólen) é levado até o gameta feminino por meio
primeiros a terem contato com esse povo ao do vento. Esse processo favoreceu a dispersão
chegarem próximo ao litoral, no século XVI. Para dessa planta pelo ambiente terrestre em razão
esses povos as etapas do ciclo de vida são muito da menor dependência da água para a sua
importantes, por isso realizam rituais de culto aos reprodução.
mortos. Entre os instrumentos fabricados por eles b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
estão armas para guerra e caça, cestos, enfeites, comentem em suas respostas que a espécie
adornos, utensílios de cerâmica e instrumentos exótica pode competir com as nativas por espaço,
musicais. A sociedade é organizada de forma água e nutrientes do solo, por exemplo, podendo
hierárquica, em que o cacique é a autoridade causar a extinção das espécies nativas e assim
máxima. contribuir para a perda da biodiversidade.

CAPÍTULO
22 Plantas com frutos: angiospermas

P. 228
••Ao trabalhar a obra de Albert van der Eckhout, apresente mais informações sobre
esse artista aos alunos. Para isso, baseie-se no texto a seguir.
Fique ligado!

Albert van der Eckhout


Nasceu em 1610 na Holanda e, por volta de 1637, veio ao Brasil a serviço do conde holandês Maurício de Nassau, onde
ficou por sete anos. Enquanto esteve na região Nordeste, Eckhout se tornou um documentarista da flora e da fauna
brasileiras. Por meio da observação direta, produziu cerca de 400 esboços e desenhos de espécimes vivos, sendo
considerado esse período a sua melhor fase.
Ele ganhou reconhecimento por meio de um conjunto composto de 21 telas pintadas a óleo. Nesse conjunto, havia retratos
etnográficos de homens e mulheres brasileiros do século XVII. No total foram oito retratos. Além desses, Eckhout produziu
12 obras retratando frutas e vegetais cultivados no Brasil. Em 1644, retornou à Holanda, morrendo em 1666.

112

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P. 230 •• Ao trabalhar a polinização das angiospermas, aproveite a oportunidade e ressalte a

7
interdependência entre os seres vivos que compõem um ecossistema. A interação entre

UNIDADE
animais polinizadores e angiospermas pode ser evidenciada por meio de características
físicas e comportamentais das espécies envolvidas. Durante a evolução das angios-
permas, por exemplo, muitas características que as tornavam mais atraentes aos seus
polinizadores (como odor, cor ou formatos específicos) foram sendo selecionadas.
•• Veja, a seguir, as características das flores que atraem alguns animais polinizadores.

Esses animais apresentam olfato pouco


Características desenvolvido, porém visão aguçada. Seu aparelho
do animal bucal possui uma probóscide longa e fina, que
pode ser inserida em nectários na forma de tubos.
Borboletas
Características das São atraídas por flores de odor fraco, coloridas, com
tons vivos (como o vermelho). É comum a presença de
flores que polinizam
nectários estreitos.

Características Esses animais apresentam hábitos noturnos e


do animal olfato bem desenvolvido. Não enxergam em cores.
Morcegos
Características das Polinizam flores que se abrem durante a noite, em geral,
com coloração branca, parda ou cinza. As flores podem
flores que polinizam
ser grandes e únicas ou, ainda, formando inflorescência.

Características Esses animais apresentam hábito diurno, olfato


do animal pouco desenvolvido, porém boa visão.
Aves
Características das Polinizam flores com cores vivas,
nectários e sem odor. Em geral, flores
flores que polinizam
que se abrem durante o dia.

P. 232 •• Ao trabalhar a reprodução assexuada das plantas, informe aos alunos outros exemplos de
plantas que apresentam esse tipo de reprodução. Para isso, leia as informações a seguir.
Algumas espécies de plantas, como o morangueiro, reproduzem-se assexuada-
mente por meio de caules longos e delgados denominados estolhos, os quais crescem
na superfície do solo. Nesse caso, o novo indivíduo se desenvolve a partir de nós exis-
tentes no caule.
As raízes de algumas plantas (como maçã, cereja, amora e framboesa) podem
produzir brotos ou “rebentos”, que originam um novo indivíduo. Algumas variedades
comerciais de banana também se reproduzem por brotos, os quais se desenvolvem
a partir de gemas nos caules subterrâneos.
Quando a raiz de dente-de-leão é quebrada em fragmentos, cada um deles pode originar
uma nova planta.
Em algumas árvores de frutos cítricos e em algumas orquídeas, os embriões das
sementes são produzidos assexuadamente, ou seja, sem fecundação, a partir da
planta-mãe. Essa forma de reprodução vegetativa é conhecida como apomixia.
A batata-inglesa pode ser propagada artificialmente a partir de pedaços de seus tubér-
culos que possuem “olhos”, os quais constituem regiões no tubérculo que possuem
grupos de gemas. Cada um desses “olhos” pode dar origem a um novo indivíduo.

113

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Valores
em ação Respeito ao trabalhador rural
P. 233 Esta seção propõe uma reflexão sobre a importância da autenticidade do artesanato
brasileiro, valorizando os artesãos e a cultura do país.
Objetivos por suas tradições. Assim, os artesãos podem
utilizar como matéria-prima: argila, madeira,
••Conhecer o que é artesanato.
fibras de vegetais, areia, entre outros materiais.
••Valorizar os artesãos.
•• Explique aos alunos que muitos produtos artesa-
••Reconhecer a importância de valorizar a auten- nais são considerados trabalhos manuais, e não
ticidade dos artesanatos. artesanato, pois são fabricados a partir de maté-
••Refletir sobre o consumo de produtos originais. ria-prima industrializada, e não estão diretamen-
te relacionados a heranças culturais de um povo.
Comentários
••Comente com os alunos que as técnicas dos Acesse
artesanatos são transmitidas oralmente, de
geração a geração, e fazem parte da identidade O Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)
apresenta mais informações sobre as definições de
de determinados povos. artesanato, artesão, produto artesanal e produtos
••É comum as pessoas confundirem artesanato manuais. Para conhecê-las, acesse o site a seguir.
com produtos artesanais. Por isso, explique <www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/
aos alunos que o artesanato está relacionado dwnl_1347644592.pdf>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
à cultura de uma comunidade e é influenciado
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos 3.
Resposta pessoal. Os alunos podem comentar
respondam que sim, pois o certificado, além de que é mais difícil reproduzir peças iguais no arte-
agregar valor aos produtos, ajuda a combater a sanato do que nas fábricas e que, em geral, a
falsificação e fortalece a produção do artesanato eprodução leva um tempo maior. É possível, ainda,
a cultura da comunidade, contribuindo para a que eles digam que o artesanato é valioso, pois
sobrevivência dos artesãos. representa a cultura de um povo e cada peça
produzida é única, e, em muitos casos, apresenta
2. Resposta pessoal. Ao comprar um produto com qualidade superior à dos produtos fabricados.
certificado, o comprador tem a certeza de sua
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
originalidade. Além disso, sabe que está contri-
respondam que sim, pois a atitude de comprar
buindo com a continuidade da cultura de uma produtos falsificados prejudica os produtores arte-
comunidade e com seu sustento. sanais e industriais, que deixam de ganhar parte
de seu sustento.

P. 234 e 235 Atividades


Respostas

1.
Os frutos. Os frutos protegem as sementes e sementes em algum local favorável ao seu desen-
contribuem para atrair agentes dispersores. Além volvimento; quando frutos de determinadas plan-
disso, em muitos casos, ao se decompor, eles tas (como o carrapicho) se prendem nas roupas,
contribuem para melhorar a fertilidade do solo entre outros.
onde as sementes podem germinar. 4. a ) A – A dispersão das sementes da mamona é
2. a ) O fruto se forma a partir do ovário. realizada pelo próprio fruto, que, após secar,
b ) As sementes se formam com o desenvolvi- estoura lançando as sementes no ambiente;
mento de um óvulo fecundado.
B – A dispersão dos frutos representados ocorre
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem pela ação da cotia, que se alimenta do fruto e
exemplos como: ao comer um fruto e depositar as carrega a semente da planta para outro local,

114

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escondendo-as para garantir o alimento duran- b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos

7
te o período de escassez; citem fatores como a temperatura adequada, a

UNIDADE
C – As sementes da paineira possuem caracte- disponibilidade de água e o gás oxigênio.
rísticas que facilitam que ela seja carregada c
)
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
pelo vento, sendo esse agente seu dispersor. citem que, inicialmente, se forma uma raiz que
fixa a planta e absorve alguns nutrientes do
b ) A dispersão de sementes permite às plantas
substrato. Enquanto as folhas não se desenvol-
colonizarem novos ambientes, muitas vezes
vem, a planta em formação depende dos
distante daqueles que lhes deram origem.
nutrientes presentes na semente para se
c ) As plantas podem apresentar frutos com colora- desenvolver. Em seguida, formam-se o caule e
ção, odor e sabor que atraem os animais, os as folhas. A nutrição da planta passa a ser feita
quais obtêm vantagens, pois se alimentam deles. pela fotossíntese realizada pelas folhas e pela
d ) Além dos animais, as sementes também absorção de nutrientes pela raiz. Depois de
podem ser dispersas pelo vento e pela água. absorver os nutrientes armazenados na semen-
5. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- te, estes murcham e são eliminados.
dam que a polinização da dedaleiro é feita por 7. a
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
animais que possuem focinho e língua alongados, respondam que sim, porque é possível obser-
sentem-se atraídos pelo odor desagradável e var flores na imagem ao lado. Essa é uma
possuem hábitos noturnos, pois essas flores se característica exclusiva das angiospermas.
abrem ao entardecer e à noite. b
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
6. a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que sim, pois a retirada da planta
respondam que o embrião não germina antes pode causar a sua extinção e acarretar um
de ser exposto às condições propícias ao seu desequilíbrio ecológico, uma vez que servem
desenvolvimento. de alimento e abrigo para vários animais.

P. 235
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos corrijam 4.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos corrijam
ou completem suas respostas afirmando que nem ou completem suas respostas comentando que,
todas as plantas possuem flores e frutos e que essa para um transporte de substâncias rápido e eficaz
é uma das características das angiospermas. Em em pinheiro e plantas de grande porte, é necessário
relação à reprodução, espera-se que eles comen- um tecido vascular com xilema e floema. O sistema
tem que a reprodução sexuada ocorre por meio do de transporte das briófitas (célula a célula) é lento,
tornando-se eficiente apenas em plantas de
encontro do gameta feminino com o masculino.
pequeno porte, em que a distância a ser percorrida
Esse encontro pode ser favorecido, por exemplo,
é muito menor.
pela ação da água, do vento ou de animais. Alguns
grupos de plantas apresentam flores, órgão espe-
5.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos corrijam
ou completem suas respostas identificando os
cializado para a reprodução.
frutos e as sementes como órgãos relacionados à
2. Ambas as células apresentam membrana celular, reprodução. Eles devem, ainda, comentar que os
citoplasma e núcleo delimitado por membrana e, por frutos contribuem para a proteção e a dispersão
isso, são chamadas de eucarióticas. No entanto, as das sementes. Além disso, é importante que eles
células animais possuem centríolos (estruturas identifiquem as angiospermas como plantas que
ausentes nas células das plantas). As células vege- contêm essa estrutura.
tais apresentam plastos, grandes vacúolos e parede 6.
celular (estruturas ausentes nas células animais).
Vasos
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos corrijam Sementes Frutos
condutores
ou completem suas respostas comentando que as
Briófitas ausente ausente ausente
plantas sem sementes apresentam um ciclo de vida
com uma fase sexuada, em que há formação de Pteridófitas presente ausente ausente
gametas. Com a ajuda da água, os gametas mascu- Gimnospermas presente presente ausente
linos (anterozoides) conseguem chegar até os
Angiospermas presente presente presente
gametas femininos (oosfera).

115

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Ampliando
fronteiras Mais verde
P. 236 e 237 Essa seção, ao propor um trabalho com o Tema Convergente Ambiente e Susten-
tabilidade, aborda as vantagens de manter vegetação nas cidades, principalmente
em grandes centros urbanos. Para locais em que não há espaço para cultivar plan-
tas em jardins horizontais, a seção apresenta uma proposta bastante interessante: a
construção de jardins verticais em empenas cegas e em muros de casas.

••Se julgar conveniente, façam algumas propos-


tas para serem enviadas à Secretaria do Meio
Objetivos Ambiente do Município. Para tornar a ativi-
dade mais produtiva, ela pode ser desenvolvida
••Reconhecer a importância da vegetação para
os ambientes urbanos. em parceria com o professor de Arte e/ou de
Geografia.
••Conhecer alternativas para o cultivo de plantas
em locais com pouco espaço. •• Comente com os alunos que, em São Paulo, a
implementação de jardins verticais em empenas
Comentários cegas e outros locais tem sido utilizada como
••Os chamados jardins verticais vêm ganhando forma de compensação ambiental pelas empresas
espaço devido a suas vantagens tanto ornamen- por meio do Decreto Municipal n. 55.994, de 8 de
tais quanto ecológicas. Aproveite o momento e maio de 2013.
converse com os alunos, primeiramente, sobre ••O aumento da área verde em grandes centros
a paisagem do município em que residem e, urbanos por meio de pequenas ações, como a
depois, mais especificamente, a respeito do dos jardins verticais, entre outras medidas que
bairro onde moram. Leve-os a refletir se seria incentivam a ampliação de áreas para o cultivo
possível aumentar o número de plantas nesses de plantas, podem favorecer, por exemplo, a
locais e como isso poderia ser feito. volta de pássaros e insetos às áreas urbanas.

Respostas
1.
Os alunos podem citar benefícios como contribuir 4.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar iniciativas
para: o conforto térmico, pois auxiliam na redução de relacionadas: à arborização em canteiros entre vias,
alguns graus a temperatura dos ambientes; ajudar a calçadas e praças do bairro; à arborização ou jardins
manter a umidade do ar; formar uma barreira acús- no pátio da escola; ao cultivo de hortas ou outras
tica que ajuda a reduzir ruídos; tornar as paisagens plantas em vasos ou em espaços específicos; e,
mais agradáveis visualmente. quando possível, à construção de jardins verticais.
2.
Resposta pessoal. Os alunos podem comentar que Em relação às vantagens, espera-se que eles
as pessoas perceberam que a revitalização desses comentem que essas plantas melhoram o aspecto
centros urbanos com plantas promove uma melhor visual dos locais, além de fornecer sombra às
qualidade de vida, pois elas tornam os ambientes pessoas. Se julgar conveniente, leve os alunos a um
mais atrativos e visualmente mais agradáveis. pequeno “passeio” pela escola e arredores, a fim de
que eles observem melhor esses ambientes. Se
3.
Resposta pessoal. Os alunos podem incluir em suas
possível, algumas sugestões podem ser encami-
respostas a construção de jardins e hortas horizon-
nhadas à direção do colégio e implantadas.
tais ou verticais.
Raul Aguiar

116

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UNIDADE

8
As partes

UNIDADE
das plantas

Objetivos Conceitos

• Reconhecer as funções da raiz para a planta. • Estrutura externa e


• Identificar algumas estruturas da raiz. interna da raiz.
• Funções da raiz.
• Diferenciar sistema radicular pivotante e • Sistema radicular
CAPÍTULO

23 Raiz e fasciculado. pivotante e fasciculado.


Caule • Reconhecer as funções do caule. • Estrutura externa e
interna do caule.
• Reconhecer alguns tipos de caules. • Funções do caule.
• Reconhecer algumas estruturas do caule. • Tipos de caule.
• Gravitropismo e
fototropismo.
• Reconhecer as funções da folha para as
plantas.
• Estrutura externa e
• Identificar algumas estruturas da folha.
CAPÍTULO

interna da folha.
24 Folhas • Compreender o processo de fotossíntese. • Funções da folha.
• Fotossíntese.
• Compreender o processo de transpiração. • Transpiração.

• Reconhecer as funções da flor para as • Estrutura e funções da


Flor, fruto angiospermas. flor.
CAPÍTULO

25 e semente
• Identificar a estrutura externa da flor.
• Compreender a origem de frutos e
• Estrutura e origem do fruto.
• Funções do fruto.
sementes. • Estrutura da semente das
• Identificar a estrutura de fruto e semente. angiospermas.
• Reconhecer as funções de frutos e sementes. • Funções da semente.
• Reconhecer o que é fruto • Classificação das
partenocárpico e pseudofruto. angiospermas em
• Diferenciar monocotiledôneas de monocotiledôneas e
dicotiledôneas. dicotiledôneas.

P. 238 e 239 Abertura da unidade


•• As páginas de abertura retra-
tam uma árvore da floresta
Amazônica. Comente com
os alunos sobre as estruturas
visíveis na fotografia, como a
grande quantidade de folhas
verdes, um caule, uma raiz a
sair do solo, além de outras
plantas existentes ao redor da
árvore que está em destaque
na fotografia. Caso algum aluno
já tenha visitado uma mata
ou floresta semelhante à que
aparece na fotografia, peça-lhe
que descreva a sua experiência
para os colegas.

117

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••Após levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre os conteúdos que serão
trabalhados na unidade, aproveite para abordar a importância da conservação das
florestas. Para isso, comente com eles que a floresta Amazônica possui aproxima-
damente 30 mil espécies de plantas e é o maior bioma brasileiro.

Acesse
O Ministério do Meio Ambiente tem como responsabilidade monitorar e fiscalizar áreas
de preservação e conservação ambiental. Para tal, foi instituído o Plano de Prevenção
e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. Acesse o site do Ministério do Meio
Ambiente.
<www.mma.gov.br/images/arquivo/80120/PPCDAm/_FINAL_PPCDAM.PDF>.
Acesso em: 30 abr. 2016.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos 3.
Resposta pessoal. Possíveis respostas: as plantas
respondam que conseguem identificar o caule, a mais altas têm raízes mais extensas porque preci-
raiz e as folhas. sam de maior fixação ao substrato, ou ainda, as
2. As flores são características exclusivas das angios- árvores mais altas precisam de maior quantidade
permas, dessa forma, não são todas as plantas de substâncias para sua nutrição e, por isso,
que possuem flores. possuem raízes maiores, que apresentam maior
superfície de troca de substâncias com o solo.

CAPÍTULO
23 Raiz e caule

P. 240
••Nesta página são apresentadas duas obras da artista Bia Dória, que utiliza na
produção de suas obras partes de árvores que resultaram de queimadas e desma-
tamento ou ainda usa partes encontradas em fundo de rios.

Acesse
No site da artista é possível conhecer outras obras e também mais informações sobre
sua arte. Acesse o link abaixo.
<www.biadoria.com.br/index.php#artistaMenu>.
Acesso em: 22 abr. 2016.

Atividade complementar Escultura

Com o professor de Arte, peça aos alunos que pesquisem o estilo da arte de Bia
Dória e como o uso de materiais da natureza inspirou alguns artistas. Solicite que
procurem mais profissionais que também utilizam a natureza como matéria-prima
para compor suas obras.
Se possível, peça que produzam uma escultura usando recursos encontrados
na natureza. Deixe claro que essa atividade envolve a ideia de sustentabilidade,
propondo atividades humanas com o objetivo de suprir as próprias necessidades,
promovendo o desenvolvimento econômico sem prejudicar o ambiente. Por exem-
plo, os alunos podem usar gravetos, folhas, flores e sementes que estejam caídos no
chão, sem arrancá-los das plantas.

118

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P. 242 ••Ao falar sobre os tipos de raízes existentes comente que a raiz tuberosa faz parte de

8
uma adaptação das raízes, caracterizada por um intumescimento devido à reserva

UNIDADE
de nutrientes, em especial o amido. Um exemplo muito conhecido é a mandioca.
••As raízes escoras ajudam na sustentação da planta; um exemplo é o milho. Muitas
das plantas que possuem esse tipo de adaptação crescem em ambientes com
solos lodosos.
••As raízes respiratórias crescem para fora do solo e possuem poros em suas estru-
turas, auxiliando na absorção de oxigênio. Geralmente, plantas que apresentam
esse tipo de raiz estão associadas a manguezais, como é o caso da siriúba.

Lendo
Lenda
P. 244 e 245 Esta seção apresenta uma lenda africana sobre a origem da árvore baobá. É impor-
tante incentivar nos alunos a valorização de outras culturas.
Objetivos ••Explique-lhes ainda que há referências à árvo-
re baobá na literatura e também no cinema.
••Conhecer informações sobre a árvore baobá. No livro O Pequeno Príncipe, há um trecho que
••Conhecer a lenda africana sobre a origem do aborda os baobás. No filme O Rei Leão, produ-
baobá. zido pela Disney filmes, no ano de 1994, há um
Comentários personagem, chamado Rafiki, que mora dentro
de um baobá.
••Oriente os alunos a lerem o texto e a buscarem
o significado das palavras que não conhecem ••Para que os alunos tenham ideia do tamanho
que um baobá pode atingir e de quantos anos
no dicionário. Caso julgue necessário, ajude-os
ele pode viver, apresente a reportagem: “Mile-
em suas dúvidas.
nar, baobá gigante tem bar para 60 pessoas
••É importante fazer a leitura do texto em conjun- em seu interior”, indicada a seguir.
to com os alunos, pois algumas informações
podem ser desconhecidas para eles. Explique- Acesse
-lhes que o baobá é uma árvore muito valori- A reportagem sobre o baobá milenar gigante está
zada e até é considerada símbolo de algumas disponível no site a seguir.
regiões africanas. Diga aos alunos que no Brasil <http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/
há exemplares de baobás que, inicialmente, noticia/2015/01/milenar-baoba-gigante-tem-bar-
foram trazidos de regiões africanas. para-60-pessoas-em-seu-interior.html>.
Acesso em: 4 jul. 2016.
Acesse
Veja informações sobre o baobá, que é a árvore-símbolo de algumas regiões africanas.
<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar./index.php?option=com_content&view=article&id=477&Itemid=181>.
Acesso em: 4 jul. 2016.

Respostas Antes da leitura


1. Resposta pessoal. Os alunos podem relatar já 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
terem ouvido falar de lendas relacionadas aos dam que sim, pois as lendas expressam o ponto de
orixás pertencentes ao candomblé, religião de vista de comunidades locais sobre determinado
origem africana. Além disso, podem conhecer assunto. Narrativas desse tipo podem dizer muito
algumas lendas sobre animais em geral, já que a sobre a sociedade e a cultura de um povo, o que
África é um continente com grande diversidade valoriza a sua cultura.
de animais. 3.
Resposta pessoal.

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Respostas Durante a leitura
1. a ) Espera-se que os alunos sublinhem o trecho se quieto. Por isso, dizem que seus galhos
encontrado no segundo parágrafo sobre o rela- voltados para o alto parecem braços que conti-
to de o baobá ter cabelos mais floridos e folhas nuam a se lamentar e a pedir por melhorias na
maiores. Terra para o Criador.
b ) Os alunos devem responder que não, pois as 2. Espera-se que os alunos respondam que, ao plan-
reclamações do baobá só irritaram o Criado, tar o baobá de cabeça para baixo, o Criador deixou
que esbravejou para ele se calar. as suas raízes expostas. Nas plantas, as raízes têm
c ) Espera-se que os alunos relatem que o Criador a função de absorver substâncias, como água e
se irritou com tanta reclamação e replantou o sais minerais, utilizadas no seu metabolismo e
baobá de cabeça para baixo, para que ele ficas- para sustentar a planta no substrato.

Respostas Depois da leitura


1.
Espera-se que os alunos respondam que a lenda 3.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar a lenda
relatada no texto é sobre uma árvore que reclama- da criação da mandioca, do surgimento da vitória-
va para o Criador a respeito de suas característi- -régia, entre outras.
cas e de tudo o que havia sido criado. Um dia, o Organize as apresentações dos cartazes. Se neces-
Criador, irritado, replantou o baobá de cabeça
sário, auxilie os alunos na pesquisa das lendas.
para baixo e, conforme a lenda, até hoje essa
árvore implora por melhorias ao Criador. 4. Resposta pessoal. Os alunos podem mencionar o
2. Segundo a lenda, o evento seria o fato do Criador ter uso de certas plantas como medicamentos, tradi-
replantado o baobá de cabeça para baixo porque não ções de Natal ou Páscoa, histórias de familiares,
aguentava mais seus pedidos e lamentações e, com entre outras.
isso, as raízes terem ficado para fora da terra.

P. 247
••Ao trabalhar os exemplos de caules que armazenam substâncias, apresente aos
alunos as informações a seguir.
••Os caules modificados são estruturas das plantas adaptadas a sobreviver nas
condições ambientais mais adversas, como intenso calor ou frio. As substâncias
armazenadas nesses caules variam de acordo com a espécie. Muitas dessas plan-
tas se reduzem a esse órgão de reserva de nutrientes nos períodos adversos e,
depois, ressurgem florescendo novamente.

Rizoma Tubérculo Bulbos


Caule subterrâneo que cresce de forma paralela Caule subterrâneo que Caule subterrâneo com
ao substrato, sendo, muitas vezes, os ramos apresenta sua porção catafilos, que são folhas
laterais ligados às folhas completas. O ramo final dilatada e cheia de reduzidas que protegem
principal geralmente está ligado a folhas reservas nutritivas. São o ápice do caule e
reduzidas. Os rizomas possuem gemas ao longo exemplos desse caule são ricos em reservas
de sua extensão e, a partir delas surgem as a Anredera cordifolia e a nutritivas. A Eleutherine
brotações. São exemplos de rizoma o gengibre e batata-inglesa. plicata e a cebola são
a Curcuma longa. exemplos desse caule.

P. 249 e 250 Atividades


Respostas

1.
a ) Apresenta nós, entrenós e gemas. C. d ) Apresenta coifa e pelos absorventes. R.
b ) Apresenta xilema e floema. RC. e ) Dá suporte a outros órgãos da planta. C.
f ) Os rizomas são exemplos desse órgão. C.
c ) Pode formar sistema radicular do tipo pivotante g ) Suas funções principais não se relacionam à
ou fasciculado. R. reprodução. RC.

120

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h ) Absorvem substâncias necessárias ao metabo- 5.

8
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos

UNIDADE
lismo da planta. R. concordem com a frase, pois há exemplos de
2. a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos ilus- caules que podem estar enterrados, como os rizo-
trem uma planta com fototropismo, ou seja, mas, tubérculos e bulbos. Há também exemplos
com o caule direcionado para a luz.
de raízes que não se encontram enterradas, como
b ) O fototropismo proporciona à planta uma
as raízes escoras, raízes respiratórias, entre outras.
melhor exposição à luz, permitindo que suas
folhas absorvam maior quantidade de luz, que 6.
a ) Mandioca: raiz tuberosa; beterraba: raiz tube-
é fundamental para o processo da fotossíntese. rosa; batata-doce: raiz tuberosa; cenoura: raiz

3. a ) Partes da raiz: A – coifa; B – região de cresci- tuberosa; nabo: raiz tuberosa; alho: caule do
mento; C – região pilífera; D – raízes laterais. tipo bulbo; cebola: caule do tipo bulbo; batata-
Parte do caule: E – gema apical; F – nó; G – -inglesa: caule do tipo tubérculo.
entrenó; H – gema lateral. b ) Resposta pessoal.
b
) A coifa (A) protege a extremidade da raiz
7.
a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
durante sua penetração no solo. A região de
respondam que a árvore provavelmente morre-
crescimento (B) é responsável pelo desenvolvi-
rá. Ao fazer o anel de cintamento, o floema,
mento da raiz. A região pilífera (C) é a área que
contém grande parte dos pelos absorventes, tecido condutor da seiva elaborada, será extra-
onde ocorre a maior parte da absorção de água ído e, consequentemente, essa seiva não
e minerais pela raiz. chegará à região abaixo do anel; com isso, as
A gema apical (E) é uma área com alta capaci- células dessa região terão sua nutrição prejudi-
dade de crescimento, sendo, portanto, a cada. Com a falta de nutrientes para suprir as
responsável pelo crescimento vertical do caule. atividades das células, principalmente as
A gema lateral (H) dá origem aos ramos late- desenvolvidas pela raiz, a planta morrerá.
rais e às folhas.
b
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
4. a ) A raiz cresce verticalmente para baixo porque
digam que, ao retirar o anel de um galho, os
responde ao estímulo da gravidade, ou seja,
frutos presentes nele tenderão a ser mais
apresenta geotropismo.
doces, já que, retirado todo o floema, a seiva
b ) O sistema radicular do milheiro é classificado
elaborada não passará pela região do anel,
como fasciculado, pois as raízes que partem
todas de uma mesma região do caule possuem acumulando os açúcares proveniente da fotos-
praticamente a mesma espessura, ou seja, não síntese nesse galho e, consequentemente,
há uma raiz central que se destaca. nesses frutos.

••Ao trabalhar a atividade 7, na página 250, explique aos alunos que o anel de cinta-
mento consiste na retirada de um anel completo de parte da árvore.
••Esse anel contém as estruturas periderme e floema. Quando ele é retirado, pode-
-se observar um dilatamento logo acima da região do corte em que foi retirada a
casca. Essa dilatação ocorre devido à formação de novos tecidos lenhosos e da
casca. Essa formação, por sua vez, acontece pelo acúmulo da seiva elaborada, que
é proveniente das folhas que fizeram a fotossíntese e é transportada pelo floema.
Ao interromper o fluxo da seiva elaborada das folhas para as raízes, acaba por
matar as raízes. Assim, a planta toda acaba morrendo por deixar de receber água
e sais minerais absorvidos por esse órgão.

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••Uma vez que um dos produtos da fotossíntese são açúcares, quando esse anel é
extraído de ramos laterais de árvores frutíferas, os frutos daquele ramo tornam-
-se mais doces. Isso costuma ocorrer pelo fato de o floema não ser mais capaz de
conduzir a seiva elaborada para os ramos inferiores ou para o caule, acarretando
em um acúmulo de açúcar resultante da fotossíntese, que então deixa os frutos
mais saborosos.

CAPÍTULO
24 Folhas
Acesse
P. 251
••Sobre a realização da fotossíntese em folhas Para mais informações sobre esse
artificiais, comente com os alunos que pesqui- projeto, acesse o seguinte site:
sadores da Universidade Estadual de Campinas <www.unicamp.br/unicamp/
(Unicamp), do Instituto de Química, desenvol- ju/600/licao-que-vem-da-
natureza>.
veram pequenas estruturas afim de produzir
Acesso em: 5 jul. 2016.
energia por meio da fotossíntese artificial.
••A ideia de fazer uma fotossíntese artificial Acesse
iniciou-se no século passado, porém somente
Para mais informações sobre a
agora, com os avanços tecnológicos, foi possí-
fotossíntese artificial, acesse os
vel reproduzi-la. O próximo passo do traba- sites:
lho, antecipa o pesquisador, será buscar um ELTON, Alisson. Agência
sistema completo de produção de energia. A Fapesp.
proposta é conectar uma célula solar constru- <http://agencia.fapesp.
ída com os nanomateriais que realizam fotos- br/novos_materiais_
síntese artificial a uma célula combustível, que realizam_fotossintese_
reorganiza os átomos de hidrogênio e oxigênio, artificial/18685/>.
gerando água novamente e energia na forma Acesso em: 27 abr. 2016.
de eletricidade. Redação ciclo vivo. Folha
artificial imita fotossíntese e
••De acordo com os pesquisadores, esse proces- transforma CO2 em oxigênio.
so só foi possível graças à sintetização da
<http://ciclovivo.com.br/
porfirina, que são moléculas similares à clorofi- noticia/folha-artificial-imita-
la. Essas moléculas, associadas a outras subs- fotossintese-e-transforma-co2-
tâncias, são capazes de absorver energia solar em-oxigenio/>.
e transformarem-na em energia química. As Acesso em: 27 abr. 2016.
porfirinas ativadas pela luz solar reagem com
as moléculas de água, promovendo a liberação de hidrogênio e oxigênio.
••Para desenvolver alternativas e baratear o custo, pesquisadores buscaram no
ambiente natural catalisadores capazes de absorver a luz do Sol e convertê-la em
energia. A clorofila é responsável por esse processo na natureza, no entanto, seu
manuseio em laboratório é caro e complicado. Por isso, Jackson Magiatto, pesqui-
sador responsável, desenvolveu a porfirina, uma clorofila artificial. Ela é mais está-
vel e mostrou-se eficiente em transformar a energia solar em energia química por
meio do processo de oxidação da água.
••Outro projeto, chamado Folha de Seda, foi desenvolvido no Royal College of Art, em
Londres, com a Universidade de Tufs. Nesse projeto, o idealizador Julian Malchiorri
produziu uma matriz de seda, na qual os cloroplastos ficam suspensos, de forma
que esse material absorva água e dióxido de carbono e produza oxigênio.

122

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P. 252
•• Ao abordar o assunto estrutura das folhas, comente com os alunos que as folhas comple-

8
UNIDADE
tas possuem as seguintes estruturas: limbo, pecíolo, bainha, nervuras e estípulas. As
folhas incompletas apresentam estruturas como limbo, mas não contêm a bainha, a estí-
pula, o pecíolo ou todos eles.
•• Quando alguma dessas estruturas não está presente nas folhas, elas são consideradas
incompletas e classificadas de acordo com as suas características. São exemplos de
folhas incompletas as folhas sésseis (sem pecíolo) das eudicotiledôneas e certas mono-
cotiledôneas, como as gramíneas. A abóbora, a abobrinha (Cucurbita pepo L.) e a flor-de-
-são-joão também são exemplos de plantas com folhas incompletas.
•• Outros exemplos de folhas incompletas são: folha invaginante, como a grama (Paspalum
notatum), na qual o caule é envolvido pela bainha da extremidade de um nó a outra extre-
midade; folha peciolada, em que a folha não apresenta bainha, apenas o limbo e o pecíolo,
como ocorre com a flor-de-são-joão; folha adunada, quando um par de folhas está unido
pela base, de forma que o caule atravessa essa junção; as folhas com língua, que rece-
bem esse nome porque, entre a bainha e o limbo, há a presença de uma membrana, o
que pode ser observado no lírio-do-brejo.

P. 253 e 254
•• Ao trabalhar o conteúdo de fotossíntese, explique aos alunos que a quantidade de estô-
matos presentes na folha varia, mas, geralmente, são bastante numerosos.
•• Os estômatos são circundados por duas células-guarda, que controlam a passagem de
gases e regulam a abertura dos estômatos. Os estômatos abertos perdem vapor-d’água,
mas permitem a penetração do gás carbônico necessário para a fotossíntese na presen-
ça de luz. Os estômatos fechados não perdem vapor-d’água e também não permitem a
entrada de gás carbônico nas folhas. Em dias com escassez de umidade no ar, as célu-
las--guarda fecham os estômatos, isso protege a planta de perda de água. O processo
de abertura dos estômatos ocorre quando há acúmulo de solutos nas células-guarda,
as quais passam a receber água por osmose e sofrem pressão de turgor, que é a força
contrária à entrada de água na célula vegetal, ultrapassando a pressão das células epidér-
micas vizinhas. O fechamento ocorre de forma inversa: o turgor das células-guarda é
perdido quando há diminuição de soluto nas mesmas e, então, há perda de água por
osmose.
•• Além da quantidade de água disponível para a planta, a quantidade de dióxido de carbo-
no, temperatura e luz influenciam na abertura e no fechamento do estômato.
•• Os estômatos são responsáveis por aproximadamente 90% da perda de água por meio
da transpiração. Quando a temperatura ambiente aumenta, a planta tende a perder
maior quantidade de água por evaporação; no entanto, após certo tempo, a transpira-
ção resfria a superfície da folha, evitando que sua temperatura aumente tanto quanto a
temperatura ambiente.
•• A participação dos estômatos no transporte da seiva bruta ocorre devido à tensão e
coesão da água. Durante a transpiração promovida pelos estômatos, a água evapora das
células vegetais das folhas, tornando-as ricas em soluto (impermeável) e diminuindo o
seu potencial hídrico. Esse gradiente de potencial hídrico favorece o transporte de água
entre as células até esse processo atingir o sistema vascular e provocar uma “sucção” de
água do xilema. Isso ocorre devido à propriedade de coesão entre as moléculas de água,
de forma que essa “sucção” é transmitida para o caule e para as raízes. A absorção de
água do solo é proporcionada pelo potencial hídrico negativo nas raízes. Esse gradiente
de potencial hídrico das folhas (devido à sua utilização de água e à transpiração promovi-
da pelos estômatos) até as raízes é o responsável pelo movimento contínuo de água pela
interface solo-planta-atmosfera.

123

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Valores
em ação Prudência no uso de plantas medicinais
P. 255 Nesta seção, é abordada a importância da cautela no uso das plantas medicinais
para evitar a extração de substâncias tóxicas ou o preparo incorreto, que podem
causar danos à saúde.

Objetivos da Saúde e, em casos em que não há registro, a


••Entender a importância da prudência no uso de quem é preciso denunciar.
plantas medicinais. Acesse
••Conhecer alguns perigos que a falta de conhe- Para obter informações sobre plantas medicinais.
cimento sobre plantas medicinais pode causar. Anvisa.
<http://portal.anvisa.gov.br/web/ggmed/
Comentário
medicamentos-fitoterapicos-informacoes-gerais>.
••A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sani- Acesso em: 23 jul. 2016.
tária) fornece em seu site informações como: Secretaria Estadual da Saúde- Governo do Estado
qual é a diferença entre planta medicinal e Rio Grande do Sul.
remédio fitoterápico, quem pode produzir, quais <www.saude.rs.gov.br/upload/1361994472_
cuidados devem ser tomados, quais problemas Informe%20Tecnico%20MED%20N.o%20
a falta de informação e o mau uso podem acar- %20005_Drogas%20vegetais%20e%20
retar. Além disso, informa como é possível saber fitoterapicos%20-%20Versao%20001.pdf>.
se o remédio é registrado na Anvisa/Ministério Acesso em: 23 jul. 2016.

Respostas
1.
Porque o uso de plantas medicinais pode oferecer 2. Resposta pessoal.
riscos, como a extração de substâncias tóxicas ou o 3.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar que ao
preparo incorreto, que podem causar danos à saúde. dirigir, ao cuidar de crianças, ao utilizar remédios,
Dessa maneira, é muito importante conhecer e entre outros exemplos.
avaliar bem o uso dessas plantas antes de utilizá-las.

P. 256 •• A atividade 1 da página 256 cita as exsicatas.


Atividade complementar Produção de exsicatas

Exsicatas são as amostras de vegetais prensados. A preparação dessas amostras


segue algumas etapas, pois, antes de ela ser fixada em uma cartolina com informa-
ções referentes ao vegetal, há todo o processo de secagem desse material, que deve
ser prensado em jornal. O herbário é a coleção de exsicatas dessas amostras.
Objetivos
••Preparar exsicatas.
••Conhecer as etapas do processo de preparação das exsicatas.
Materiais
•• Para a coleta: tesoura de podar (cuidado ao manipular a tesoura de podar, o ideal é
que ela seja manipulada somente por você, e não pelos alunos), luvas e pás de jardim.
••Para a montagem: folhas de papelão, folhas de jornal, prensa de madeira ou
vários livros grossos empilhados e corda para amarrar as prensas.

124

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8
Desenvolvimento

UNIDADE
Organize os alunos em grupos e peça a cada grupo que colete uma planta no pátio
da escola ou, se possível, nas proximidades. Oriente os alunos a tomarem cuidado ao
coletar a planta, para evitar lesões ou contato com animais, além disso, é importante
prestar atenção para que a coleta não envolva plantas em risco de extinção. Peça a
eles que coletem um pequeno ramo que apresente folhas e flores. No caso em que a
planta for pequena e couber em uma folha de jornal e que existam no ambiente diver-
sos indivíduos, solicite-lhes que coletem a planta por inteiro, incluindo a raiz.
Após a coleta, monte com os alunos as prensas. Para isso, coloque sobre a prensa
uma folha de papelão, uma folha de jornal, a planta coletada (com o cuidado de deixar
as folhas estendidas, posicionando as estruturas da planta sobre a folha de jornal),
outra folha de jornal e outra de papelão. Monte todas as plantas coletadas pelos grupos
da mesma maneira. Depois, coloque a outra parte da prensa e a amarre com as cordas.
Depois de realizada essa primeira etapa, deixe
o material secar por alguns dias. Mantenha-o Acesse
em lugar seco e protegido da chuva. Caso algum Para mais informações sobre a
grupo tenha coletado plantas com folhas grossas, coleta, secagem e montagem
é necessário trocar o jornal após dois dias. Essa das exsicatas, acesse Técnicas
troca pode ser feita mais de uma vez, tomando o de Herborização, do professor
cuidado de não danificar a planta. Sergio Luiz de Oliveira
Após a secagem do material, peça aos alunos Machado da Universidade
Federal de Santa Maria.
que tragam uma cartolina ou um pedaço de papel
kraft, de tamanho 42 cm x 29 cm, e fixem as plan- <http://w3.ufsm.br/herb/
tas nesse papel, utilizando agulha e linha de costura. T%E9cnicas%20de%20
Herboriza%E7%E3o.pdf>.
Em seguida, devem confeccionar uma etiqueta
Acesso em: 26 abr. 2016.
de tamanho 12 cm x 9 cm, e incluir os seguintes
dados: nome da planta, local e data da coleta.

P. 256 e 257 Atividades


Respostas

1.
a ) Limbo, as nervuras e o pecíolo. me devem representar o mesófilo, contendo uma
b ) As folhas realizam a fotossíntese, processo camada com células mais alongadas e os vasos
pelo qual são capazes de sintetizar o próprio condutores, o xilema e o floema. Na camada inferior,
alimento; e a transpiração, que as auxilia na devem representar a epiderme inferior, constituída
regulação da temperatura e no transporte da de uma camada de células justapostas e estômatos.
seiva bruta. Em determinadas espécies, as 3. a ) As hemiparasitas parasitam o xilema, tecido
folhas atuam também na proteção, por exem- condutor da planta responsável por transportar
plo, quando estão modificadas em espinhos. a seiva bruta. As holoparasitas parasitam o floe-
Em outras, elas têm o aspecto de fios que se ma, tecido condutor responsável pelo transporte
enrolam e se apoiam em outras plantas ou em da seiva elaborada.
substratos (gavinhas) e, assim, contribuem b ) Resposta pessoal. As plantas holoparasitas, pois
para a sustentação da planta. Há, ainda, folhas sugam a seiva elaborada, a qual já contém os
capazes de atrair animais que atuam na repro- produtos da fotossíntese.
dução da planta, como é o caso das brácteas. 4. a ) A gutação é a eliminação de água no estado
2.
Resposta pessoal. Espera-se que a representação líquido, já a transpiração é a eliminação de vapor
seja semelhante à que se encontra na página 252, no de água.
tópico estrutura interna da folha. Os alunos deverão b ) A água é absorvida pelas raízes, percorre o caule
fazer um esquema no qual representem a epiderme e chega até as folhas, onde é eliminada na forma
superior, com células justapostas. Abaixo da epider- líquida.

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5. Na fotossíntese, a planta utiliza água e gás carbônico para d ) As plantas carnívoras são comuns tanto em ambiente
produzir açúcar e oxigênio usando energia luminosa. Para terrestre quanto aquático, no entanto, crescem em
a respiração, a planta usa gás oxigênio e açúcar (estes, solos pobres em nutrientes, por exemplo, solos
produzidos por meio da fotossíntese) e libera gás carbôni- encharcados e com pedras.
co, água e energia química, utilizadas pelas células da e ) Não. Essas plantas também obtêm nutrientes neces-
planta para realizar suas atividades, como a fotossíntese. sários à sua sobrevivência por meio da fotossíntese.
6.
a ) São conhecidas como plantas carnívoras.
b ) Possíveis respostas: elas capturam pequenos insetos
ou animais aquáticos microscópicos.
Acesse
c ) A planta carnívora representada na fotografia apre-
senta modificações em suas folhas que as tornam Para mais informações sobre as plantas
uma espécie de armadilha. Suas folhas foram modifi- carnívoras, acesse.
<www.ladin.usp.br/carnivoras/Portugues/
cadas em duas partes, com um interior, no qual, ao
first.html>.
cair, o animal estimula a planta a fechar essas partes,
Acesso em: 25 abr. 2016.
capturando a presa e digerindo-a.

CAPÍTULO
25 Flor, fruto e semente
P. 258
•• Ao trabalhar a tela apresentada nessa página, comente com os alunos que a natureza-
-morta foi retratada por muitos pintores, entre eles o brasileiro Agostinho da Motta, um
dos pioneiros desse gênero no Brasil. Nessas obras, são comuns a presença de frutas e
flores e a exuberância de formas e cores. Além disso, o artista demonstra, por meio do
emprego de texturas, a diferença entre a casca áspera e rígida e o interior de um fruto
carnoso e suculento.
•• Se achar conveniente, em parceria com o professor de Arte, proponha aos alunos que
desenhem e pintem partes de plantas. Mas, antes de iniciar essa atividade, solicite a ele
que explique mais sobre esse tema aos alunos.
•• Uma sugestão é organizá-los em grupos e delimitar a composição que cada um deve
explorar envolvendo variações das partes das plantas estudadas na unidade (frutos
carnosos ou frutos secos, folhas compostas ou folhas simples, entre outros).
•• Ao final, organize em sala de aula uma exposição dos trabalhos, para que cada grupo
conheça o trabalho dos colegas.
 Aprenda mais
•• Se possível, explore o site sugerido nessa seção. Para isso, leve para a sala de aula fotogra-
fias de partes de algumas plantas, incluindo folha, caule, raiz, flor e fruto aberto e fecha-
do. Após a análise das plantas e, caso a escola tenha computadores disponíveis, acesse
com os alunos o site indicado na seção. Solicite a eles que entrem no link “guia visual” e
respondam às questões que surgirem. Caso tenham dúvidas sobre algum termo, orien-
te-os a consultar o glossário ilustrado, presente no site.
Outra possibilidade é levar os alunos ao pátio da escola ou outro local com árvores para
que eles fotografem ou registrem, por meio de desenhos, as plantas que observarem.
Nesse caso, se possível, confeccionem placas com o nome das espécies e coloquem em
cada planta, a fim de identificá-las para as demais pessoas da escola.

P. 260 •• Os frutos podem ser classificados de acordo com suas estruturas e geralmente pelo
número de carpelos que deram origem a eles. Assim, os carpelos, presentes nas angios-
permas, são folhas modificadas onde se formam a parte reprodutora feminina da flor.
Quando o fruto se desenvolve de um único carpelo, ou de vários unidos, ele é chamado
de fruto simples, os quais podem ser organizados em carnosos ou secos.

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Baga (contém várias sementes).

8
UNIDADE
Exemplos: mamão, laranja, melancia, goiaba, tomate e uva.
Carnosos
Drupa (contém somente uma semente).
Exemplos: manga, abacate e pêssego.
Frutos
simples Indeiscentes (não se abrem quando maduros).
Exemplos: noz e milho.
Secos
Deiscentes (se abrem quando maduros).
Exemplos: feijão e soja.

P. 263 a 265 Atividades


Respostas

a) O fruto origina-se do ovário da flor, indicado na


1. b ) Nas flores femininas e nas hermafroditas, pois
ilustração pela letra F. o fruto e a semente se formam a partir de
b ) A semente origina-se do óvulo da flor, indicado estruturas presentes na porção feminina da
na ilustração pela letra G. flor: o ovário e o óvulo, respectivamente.
c ) A (pedúnculo), B (receptáculo), C (sépala) e D c ) Os frutos, além de protegerem as sementes,
(pétala). As estruturas A e B atuam na ligação da contribuem para atrair animais dispersores. A
flor ao caule, enquanto as estruturas C e D atuam semente protege o embrião (que originará uma
na proteção das partes reprodutivas e na atração nova planta) e o nutre em seu desenvolvimento
de animais polinizadores, respectivamente. inicial (apresenta estruturas de reserva de
nutrientes)
2. a ) A - epicarpo; B - mesocarpo; C - endocarpo.
b ) Em um fruto cítrico, como a laranja, o endocar- 6. a ) Resposta pessoal. Como essa planta só ocorre
po é mais desenvolvido e constitui a parte em Juazeiro, espera-se que os alunos citem que
comestível. O epicarpo é a casca e o mesocar- ela poderia desaparecer.
po é pouco desenvolvido e fica bem próximo à b ) Espera-se que os alunos citem o período noturno,
casca. pois as mariposas são animais que apresentam
c ) As angiospermas são um grupo de plantas que maior atividade durante esse período. Caso ache
apresentam frutos. necessário, oriente os alunos a realizarem uma
pesquisa sobre os hábitos das mariposas.
3. A – monocotiledônea, pois apresenta folhas com
c ) A formiga se beneficia, ao obter alimento; já o
nervuras paralelas; B – dicotiledônea, pois apre-
cacto tem suas sementes dispersadas pelo inseto.
senta folhas com nervuras ramificadas.
7.
Resposta pessoal. Os alunos podem responder que
4. Resposta pessoal. Os alunos podem responder
as flores podem ser visitadas de uma só vez pelo
que a contribuição com a reprodução ocorre
animal polinizador.
porque o inseto, ao ser atraído até a flor da planta,
por confundi-la com uma fêmea, tenta copular 8. a ) O texto fala sobre frutos.
com a orquídea e, consequentemente, alguns b ) Fruto é o órgão resultante do desenvolvimento do
grãos de pólen grudam em seu corpo. Ao visitar ovário após a fecundação e que contém as semen-
outras flores, o pólen presente no corpo do inseto tes. Já a fruta se refere a um tipo de fruto comestível,
chega ao estigma da outra flor. geralmente carnoso, suculento e doce.
5. a ) As flores masculinas apresentam androceu, o c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos rela-
qual é composto de estames, formado por tem as respostas que obtiveram das conversas e
antera e filete. As flores femininas apresentam expliquem que todos os frutos se originam do
gineceu, o qual é composto de ovário, estilete e ovário das plantas. Os frutos que apresentam
estigma. As flores hermafroditas apresentam sabor doce são, comumente, chamados de
tanto androceu como gineceu. frutas.

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P. 265
Verificando rota
Respostas
1.
Espera-se que os alunos corrijam ou complemen- importantes por serem órgãos envolvidos na
tem suas respostas, dizendo que é possível obser- reprodução da planta. Assim, a flor é importan-
var nas plantas órgãos vegetativos (raiz, caule e te por ser o local onde são produzidos e arma-
folhas). Além disso, não são todos os grupos de zenados os gametas; os frutos, por protegerem
plantas que possuem todos esses órgãos. Apenas a semente e servir de alimento para outros
as angiospermas possuem frutos que se desenvol- seres vivos; e as sementes por protegerem o
vem a partir de flores. embrião e apresentarem substâncias de reserva
2. Espera-se que os alunos respondam que as raízes para nutri-lo.
são fundamentais para a absorção de água e sais 5.
minerais para a planta, além de auxiliar na fixação Vegetativo ou
Órgão Função para a planta.
ao substrato, fazer parte da transpiração e fotos- reprodutivo?
síntese e, em alguns casos, servir como local de
Absorção de água
armazenamento de algumas substâncias, devido a e minerais do solo.
Raiz Vegetativo
Fixação da planta ao
especializações.
substrato.
3. Espera-se que os alunos corrijam ou complemen-
tem que as plantas utilizam água, energia lumino- Suporte de órgãos da
Caule Vegetativo
planta.
sa e gás carbônico para produzir seu alimento, por
meio do processo de fotossíntese. Por sintetiza- Especializado
rem o próprio alimento, são consideradas seres na realização de
Folha Vegetativo fotossíntese. Importante
autótrofos. A fotossíntese transforma a energia também para a
luminosa em energia química, a qual é passada transpiração.
para os próximos níveis tróficos. As plantas são
Protege a semente. Em
consideradas produtores nas cadeias alimentares. Fruto Reprodutivo muitas espécies, atrai
Além disso, espera-se que os alunos tenham animais dispersores.
percebido que o formato laminar do limbo das
Contém o embrião
folhas favorece a absorção de luz. e as substâncias de
Semente Reprodutivo
reserva para o seu
4. Espera-se que os alunos complementem suas
desenvolvimento inicial.
respostas, respondendo que esses órgãos são

Ampliando
fronteiras Papel: origem e consumo
P. 266 e 267 Esta seção aborda o Tema Convergente Ambiente e Sustentabilidade. Por
meio dela, os alunos terão a oportunidade de conhecer a origem do papel.
A expressão floresta plantada refere-se ao plantio de árvores em uma
determinada área. O termo reflorestamento refere-se ao plantio de árvores de
rápido crescimento em uma área que era uma floresta e sofreu degradação.
Esse reflorestamento pode ocorrer para a recuperação de uma área ou com
finalidade comercial para a utilização da madeira como matéria-prima.

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8
Objetivos ••Aproveite o momento e incentive os alunos a

UNIDADE
••Conhecer informações sobre a origem do usarem de forma consciente o papel, abordan-
papel. do o reaproveitamento e a reciclagem desse
material. Esclareça a eles quais papéis podem
••Perceber a importância da utilização de árvo-
res de floresta plantada como matéria-prima. ser enviados à reciclagem e quais não podem.

Comentários Recicláveis Não recicláveis


Caixa de papelão ondulado,
••Comente com os alunos que o eucalipto é a papel de fax, folhas de
árvore mais utilizada na fabricação de papel Papéis com alimentos,
caderno, rascunhos, caixas
plastificados, metalizados
no Brasil, pois ela tem crescimento rápido se em geral, envelopes,
e papel higiênico.
comparada às demais árvores (em sete anos, fotocópias, jornais e
revistas.
ela cresce em média até 30 m).

Respostas
1.
Os alunos devem citar a pedra, a argila, as fibras da 4. a ) Resposta variável.
Cyperus papyrus, o couro de animais e a celulose. b ) Resposta pessoal. Verifique com os alunos, por
2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos cheguem à exemplo, se os dois lados dos papéis costu-
conclusão de que madeiras de reflorestamento são origi- mam ser utilizados ou não.
nadas de árvores de rápido crescimento plantadas justa- c ) Resposta pessoal. Liste os itens mencionados
mente para evitar a extração de madeira nativa e, conse- pelos alunos e incentive-os a colocá-los em
prática. Algumas dessas ações podem ser:
quentemente, diminuir o desmatamento. Destaque,
imprimir somente o necessário e, quando o
ainda, que, mesmo causando menos prejuízos ao
fizer garantir o aproveitamento dos dois lados
ambiente em relação à exploração de madeiras de das folhas; utilizar borrachas e corretivos em
florestas nativas, esse tipo de reflorestamento é pratica- vez de “rabiscar”
do com fins comerciais, como o de garantir madeira páginas do cader-
sustentável para as indústrias de papel, e comprometem no; compartilhar
a biodiversidade local. com os colegas
3. Resposta pessoal. Incentive os alunos a citarem as folhas de textos e
diversas situações em que utilizam papel no dia a atividades que o
professor entrega,
dia. Verifique se eles preferem ler em aparelhos
de forma que
eletrônicos (como tablets, celulares, computadores)
sejam impressas
ou se apreciam a leitura em papel impresso. Com menos cópias,
base nessas preferências pessoais e no que obser- etc.
vam em relação ao assunto, eles podem emitir suas
opiniões a respeito do assunto.
Raul Aguiar

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Na prática

Atividade 1 Objetivos
••Identificar as fases do ciclo de vida do ser humano.
••Comparar o ciclo de vida humano com o de outros seres vivos.
••Verificar as mudanças ocorridas durante o ciclo de vida dos seres vivos.

Comentários
••Oriente os alunos a selecionarem as imagens sugeridas na etapa A, de forma que
caracterizem as diferentes etapas de vida. Peça-lhes que pesquisem imagens de
acordo com a característica de cada etapa e, se possível, auxilie-os com as imagens
para que possam classificar melhor as fases e, até mesmo, para que não usem
imagens que expressem violência ou qualquer outro tipo de apelo que não seja
parte da atividade.
••Peça aos alunos para que não busquem imagens da fase de morte, pois essa fase
deverá ser substituída por uma palavra escrita.
••Explique-lhes que a atividade é fictícia e envolve uma situação ideal, na qual o ser
retratado passa por todas as etapas da vida. No entanto, comente que nem sempre
o ciclo pode ser fechado, pois pode ocorrer, por exemplo, uma morte prematura, e
algumas etapas podem não ser cumpridas na vida de alguns indivíduos.
••Para a realização da etapa B, oriente os alunos a dividirem a cartolina em cinco
partes. Em cada parte, peça-lhes que colem uma etapa do ciclo de vida que foi
selecionada na etapa A.
••Instrua os alunos a escreverem na última divisão da cartolina a palavra morte.
Resposta Questão inicial
• As etapas do ciclo de vida do ser humano são: ciclo de vida pode diferir entre as espécies de
nascimento, crescimento, reprodução, envelhe- seres vivos em relação ao tempo de duração de
cimento e morte. Em relação ao ciclo de vida cada etapa do ciclo de vida; à maneira como
dos demais seres vivos, a resposta dependerá ocorre o desenvolvimento, por exemplo, algu-
da espécie escolhida pelo aluno, mas, em geral, mas espécies de insetos e anfíbios passam pela
os seres vivos também nascem, crescem, repro- metamorfose, apresentam diferentes estágios
duzem-se, envelhecem e morrem. Entretanto, o de crescimento; à reprodução; entre outras.

Respostas Minhas observações

1.
Resposta pessoal. Provavelmente, a maior parte pelos no corpo, o desenvolvimento de seios nas
dos alunos estará na faixa entre 10 e 15 anos, por mulheres, o desenvolvimento de barba nos
isso, espera-se que respondam que estão na fase homens e outras características secundárias sexuais,
o aparecimento de rugas e cabelos brancos, entre
da adolescência, na etapa de crescimento.
outras mudanças.
2. Espera-se que os alunos descrevam o crescimento
3. Resposta pessoal. Os alunos poderão fazer uma
corporal, o surgimento e o desenvolvimento de dentes, representação de si com uma estatura maior do
o crescimento dos cabelos, o desenvolvimento de que eles têm hoje, com o corpo mais desenvolvido,
músculos e dos órgãos sexuais, o desenvolvimento evidenciando mais as características masculinas
da coordenação motora, o maior crescimento de ou femininas, entre outras.

Resposta Nossas conclusões


• Resposta pessoal.

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Atividade 2 Objetivos
••Preparar um meio de cultura.

Na prática
••Identificar os fatores importantes para o crescimento de fungos.
••Constatar a presença de fungos no ar.

Comentários
••Ao realizar a etapa C, evite ferver a água, pois, ao dissolver a gelatina numa tempe-
ratura muito alta, sua capacidade de gelificação é prejudicada. Explique aos alunos
que os fungos precisam de nutrientes para se desenvolver. A gelatina é rica em
aminoácidos, pois é feita a partir de pele e ossos de suínos e bovinos, partes
que contêm muita proteína colágena e sais minerais. Além da gelatina, o açúcar
também serve como fonte de nutrientes e, principalmente, como fonte de energia
para esses microrganismos.
••Ao realizar a etapa D, se for utilizada uma alta concentração de sal ou corante,
pode ocorrer a inibição do crescimento dos fungos. Aproveite essa situação para
conversar com eles sobre o uso do sal na conservação dos alimentos.
••A utilização do filme plástico, descrita na etapa F, é uma tentativa de amenizar a
exposição da gelatina ao meio externo. Por esse motivo, oriente os alunos a veda-
rem bem o copo com o filme.
••Peça aos alunos que encontrem locais frescos, sem incidência direta de luz solar,
evitando, assim, que a gelatina derreta e comprometa o resultado da atividade.
••Durante as observações das colônias, oriente a turma a não tocar os materiais,
nem aproximá-las dos olhos, da boca ou do nariz, pois o contato direto com esses
fungos pode fazer mal à saúde. Ao terminar a atividade, recolha os copos, coloque
água sanitária e um pouco de sabão sobre eles e aguarde 24 horas antes de lavá
-los e descartá-los.
Resposta Questão inicial
• Os alunos podem responder que sim. Eles fungos microscópicos, ou mencionar a presença
podem justificar respondendo que existem de esporos no ar.

Respostas Minhas observações


1.
Resposta pessoal. Espera-se que os copos cobertos dos como fonte de energia e nutrientes para o cres-
com filme plástico apresentem um desenvolvimento cimento dos microrganismos.
bem menor de fungos, e, em alguns deles, pode ser 4. Estabelecer uma barreira entre o ambiente e a
que não se desenvolva nenhum. Esses resultados superfície da gelatina, dificultando o contato de
são esperados porque havia uma barreira (o filme fungos microscópicos, especialmente de esporos
plástico) que impedia o contato dos esporos com a de fungos com o meio de cultura.
gelatina. Quanto ao crescimento de colônias em 5. Não. Até seria possível que os fungos se desenvol-
algum copo coberto com filme plástico, espera-se vessem no meio de cultura em refrigerador, mas
que os alunos respondam que, provavelmente, os esse processo levaria mais tempo para acontecer
esporos que deram origem a essa colônia entraram
do que nos copos mantidos fora da geladeira. A
em contato com a gelatina no momento do preparo
temperatura ideal para o crescimento de fungos,
da atividade, ou passaram por alguma fenda existen-
em geral, é em torno de 28 oC. Em uma geladeira,
te entre o copo e o filme plástico.
a temperatura média para a conservação dos
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos alimentos é de 8 oC. A baixa temperatura inibe o
comentem que elas são fungos. rápido desenvolvimento dos fungos, pois o seu
3. A gelatina enrijece o meio de cultura, além de conter metabolismo se torna bem mais lento e prejudica
alguns componentes que, com o açúcar, são utiliza- o seu crescimento.

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Resposta Nossas conclusões
• Resposta pessoal. Os alunos devem ter percebido ratura, umidade, incidência de luz solar, presença
que há microrganismos no ar que não podemos de nutrientes, circulação de ar e limpeza, existirá
enxergar. Espera-se que eles concluam que os maior ou menor concentração desses seres vivos.
microrganismos estão por todo o ambiente e
que, dependendo de alguns fatores, como tempe-

Atividade 3 Objetivos
••Construir um minhocário.
••Observar o comportamento das minhocas.
••Observar a estrutura corporal das minhocas.
••Conhecer a ação das minhocas na aeração do solo.

Comentários
••Auxilie os alunos na realização dessa atividade. Ela pode ser feita em uma escala
maior, utilizando, por exemplo, um recipiente de vidro como um aquário. Ao reali-
zarem a etapa B, peça aos alunos que coloquem uma camada um pouco maior de
areia, caso o recipiente onde será montado o minhocário seja maior que o mencio-
nado na técnica. A areia é importante para a retirada da umidade excessiva.
•• O solo deve estar bem arejado para ser colocado no recipiente. Peça aos alunos que umede-
çam o solo em um saco plástico e, com as mãos, realizem movimentos no saco para que o
solo seja bem remexido e aerado, e suas partículas fiquem bem separadas.
•• Caso os alunos sintam dificuldades para a realização da etapa D, auxilie-os. Explique-
-lhes que as minhocas têm hábitos noturnos e alerte-os de que o local onde eles
deverão procurar as minhocas pode abrigar animais peçonhentos. Dessa forma,
oriente-os a utilizar equipamentos de proteção, como botas e luvas. Caso não
consigam encontrar minhocas no solo, diga-lhes que é possível comprar esses
animais em lojas, como as de artigos para pesca.
•• Chame a atenção dos alunos para a estrutura corporal das minhocas. Explique-lhes
que elas possuem o corpo sensível e que devem ser manuseadas com cuidado, espe-
cialmente no momento da coleta. Qualquer lesão provocada pode fazer com que ela
não sobreviva. Peça a eles que coletem de oito a dez minhocas para cada minhocário.
•• Ao realizar a etapa F, comente com eles que as minhocas apresentam em sua pele
células sensíveis à luz, e que a movimentação desses animais é influenciada pela lumi-
nosidade. Explique-lhes também que esses animais evitam a exposição à luz porque o
calor prejudica o revestimento do seu corpo, que deve estar sempre úmido para favo-
recer as trocas gasosas, pois esses animais apresentam respiração cutânea.
Resposta Questão inicial
• Os alunos podem citar mudanças como, a solo e a penetração da água; e o aumento na
formação de galerias, favorecendo a aeração do quantidade de humus, .

Respostas Minhas observações

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- se encontravam nas bordas do minhocário se movi-
dam que, ao retirarem a proteção, as minhocas que mentaram para o seu interior. Isso ocorre porque o

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corpo da minhoca apresenta células sensíveis à nas camadas do solo. Dependendo das camadas,
luz, que fazem esse animal se movimentar em do recipiente e do intervalo de tempo de observa-

Na prática
direção ao local onde não há incidência de luz, ção, é possível observar como elas vão misturan-
ou seja, para o interior do minhocário, e, do essas camadas.
também, para evitar que o calor proveniente da 3.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
luminosidade comprometa a umidade de sua comentem a relação entre a umidade do solo com
pele, prejudicando as trocas gasosas que ocor- as características do revestimento do corpo da
rem através dela. minhoca e o tipo de respiração realizado por esse
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon- animal. Como a minhoca apresenta respiração
dam que o solo ficou mais arejado. Isso ocorreu cutânea, seu corpo deve estar sempre úmido. Por
porque, para se locomoverem, as minhocas cavam essa razão, deve-se manter o solo do recipiente
túneis por meio do movimento de seu corpo, e sempre úmido para garantir a sobrevivência das
também promovem uma mistura desses materiais minhocas presentes nesse meio.

Resposta Nossas conclusões


• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos aumento da aeração do solo, em decorrência da
concluam que o aumento da fertilidade do solo movimentação das minhocas.
é dado pela produção de húmus, e também pelo

Atividade 4 Objetivos
••Conhecer alguns invertebrados que podem ser encontrados em jardins.
•• Comparar a fauna de invertebrados de duas áreas com condições abióticas diferentes.

Comentários
••Ao realizar a etapa B, verificarem que há pouco material sendo coletado, instrua os
alunos a pegarem mais porções de solo. Oriente-os a ter cuidado durante a cole-
ta dos solos, e se possível, utilizar luvas para evitar acidentes com animais. Além
disso, alerte-os a não manusear o material colhido com as mãos.
••Promova uma discussão tratando da possível influência das características das
áreas selecionadas e das suas condições ambientais nos tipos de invertebrados
encontrados nas áreas 1 e 2. Assim, pode-se estabelecer uma possível relação
entre as características dos animais e o tipo de ambiente e as condições abióticas.

Resposta Questão inicial


• Resposta pessoal. Em um jardim ou parque, gas, joaninhas, etc.), miriápodes (centopeias,
podem ser encontrados diversos invertebrados, piolhos-de-cobra), crustáceos (tatuzinhos de
entre eles: anelídeos (minhocas), moluscos jardim) e aracnídeos (aranhas, escorpiões, etc.).
(lesmas, caramujos), insetos (besouros, formi-

Respostas Minhas observações

1. Resposta variável. pares de pernas articuladas ao tórax (insetos),


2. Resposta pessoal. Os alunos podem observar quatro pares de pernas articuladas ao corpo,
características como: corpo segmentado em anéis presença de pedipalpos (artrópodes), várias pernas
e sem apêndices articulados (anelídeos), corpo articuladas a um tronco alongado e segmentado
mole recoberto ou não por concha (moluscos), três (miriápodes), entre outros.

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3. Resposta variável. A resposta dessa questão velmente com características de locais mais
depende das áreas selecionadas pelo aluno para expostos à luz solar e com umidade reduzida,
realizar a coleta dos invertebrados. De modo geral, haverá menor diversidade de invertebrados, em
relação aos da área 1. As condições de temperatu-
é esperado que a área 1, provavelmente úmida e
ra e umidade mais extremas nessa área provavel-
com menor incidência de luz solar, apresente
mente vão favorecer a ocorrência de organismos
maior diversidade de animais, principalmente
como insetos e outros artrópodes. É esperado que
aqueles que precisam manter a superfície do os alunos comentem que tal variação da fauna de
corpo umedecida, como as lesmas e minhocas. invertebrados entre as duas áreas esteja associada
Isso ocorre porque, nesse local, as condições às condições ambientais do local, como umidade
ambientais são mais amenas. Já na área 2, prova- e temperatura.

Resposta Nossas conclusões


• Resposta pessoal. A resposta depende das áreas selecionadas pelo aluno para a coleta de invertebrados.

Atividade 5 Objetivo
••Compreender a relação entre o formato do bico de uma ave e o tipo de alimenta-
ção que ela tem.

Comentários
•• Ao realizar a etapa A, certifique-se de que cada prato contém 10 sementes de cada tipo.
••Se achar conveniente, sugira outros objetos para simular os bicos das aves, como
grampos de cabelo e alicates de unha, ou outros objetos que considerar convenien-
tes para a atividade.
•• É possível fazer um controle coletivo do tempo das contagens de sementes. Para isso,
você deve ficar responsável por controlar os intervalos de tempo, avisando os alunos
no momento de início e de fim da contagem, transcorridos os quatro minutos.

Resposta Questão inicial


• Resposta pessoal. Os alunos podem dizer que que a ave colete e ingira determinados alimen-
sim, pois o formato específico do bico permite tos com mais facilidade, delimitando sua dieta.

Respostas Minhas observações

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem instrumentos como alicate e prendedor. Já instru-
o nome do objeto e comentem se o formato desse mentos com extremidade menor, como a pinça,
objeto favoreceu a coleta de determinadas semen- favorecem a coleta de sementes menores, como
tes ou não. Além disso, é esperado que citem as de arroz e melancia.
quais foram as dificuldades enfrentadas, por 3. Resposta pessoal. Essa resposta depende do tipo
exemplo, se foi difícil pinçar os objetos ou carregá- de semente e objeto utilizado pelos alunos. Em
geral, o objeto que coleta um maior número de
-los com o instrumento até o copo plástico.
sementes e uma maior diversidade é a pinça, pois,
2. Resposta pessoal. Essa resposta depende do tipo a largura e a área de sua ponta permitem coletar
de instrumento utilizado pelo aluno. Em geral, sementes de diferentes tamanhos. Além disso,
sementes maiores e mais robustas, como as de seu formato permite maior estabilidade durante o
feijão, são mais fáceis de serem coletadas por transporte do prato até o copo.

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Resposta Nossas conclusões
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos res, como foi observado para a pinça. Bicos mais

Na prática
concluam que cada tipo de bico é mais adequado robustos podem coletar sementes maiores,
a determinadas dietas, da mesma forma que assim como foi observado para a coleta de
certos instrumentos favoreceram a coleta de sementes com os instrumentos alicate e pren-
determinadas sementes. Assim, bicos mais dedor, por exemplo.
pontiagudos tendem a coletar sementes meno-

Atividade 6 Objetivo
••Observar a reprodução vegetativa de uma violeta.

Comentários
••Ao realizar a etapa A, utilize um copo que permita a observação das mudanças
que vão acontecer no pecíolo da violeta. Ao colocar a água, oriente os alunos a não
encherem completamente o copo, deixando um espaço de cerca de 1 cm de altura
sem água, facilitando a manipulação durante a realização da atividade.
••Ao realizar as etapas B e C, é muito importante que os copos fiquem bem vedados
com o filme plástico, a fim de evitar a proliferação de insetos transmissores de
doenças. Oriente os alunos a não fazerem um furo muito grande no filme plástico,
mas sim um que permita apenas a passagem do pecíolo, sem deixar folga.
••Após alguns dias, o pecíolo apresentará algumas raízes e, depois de um ou dois
meses, folhas. Esse tempo para o aparecimento da raiz é muito variável, depen-
dendo da condição da planta, da qualidade da água e de fatores ambientais, como
temperatura e luminosidade. A violeta desenvolve-se melhor em um ambiente com
luminosidade, porém não com incidência direta da luz solar, e sob uma temperatura
de aproximadamente 25 °C. Quando a água é trocada periodicamente, aumenta-se a
aeração das raízes, melhorando o resultado. Por esse motivo, oriente os alunos a
trocar a água do copo semanalmente.
••Ao escolher as folhas para a realização do experimento, diga aos alunos que esco-
lham folhas com mais de 5 cm de comprimento. O tamanho do pecíolo também
influencia no experimento, pois, quanto menor o seu tamanho, mais rápida será a
formação de raízes. Porém, caso coletem uma folha com pecíolo muito curto, ocor-
rerão problemas para manter a folha sobre o filme plástico e também para que ele
se mantenha mergulhado na água. Por isso, peça aos alunos que cortem o pecíolo
em um tamanho que seja possível estabilizá-lo e mantê-lo na água.
••Logo após a observação do desenvolvimento das raízes, oriente-os a plantarem a
folha de violeta.
Resposta Questão inicial
• Resposta pessoal. Os alunos podem dizer que entanto, essa reprodução ocorre apenas com
sim, por meio da reprodução vegetativa. No determinadas plantas.

Respostas Minhas observações

1.
Espera-se que os alunos respondam que não. No que os pecíolos não estavam mergulhados na
copo onde os pecíolos estavam mergulhados na água, eles secaram, assim como a folha da violeta.
água, após certo tempo, houve o desenvolvimento 2.
Após alguns dias, os pecíolos desenvolveram
das raízes e a manutenção da folha. No copo em raízes finas e compridas. É possível que alguns

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alunos relatem o desenvolvimento de novos pecío­ meio do pecíolo em contato com a água. Na fotos­
los e novas folhas. síntese, essa água, juntamente com o gás carbônico,
3. Esse experimento representa a reprodução vege­ foi utilizada para a formação de açúcar, com libe­
tativa, ou assexuada, das plantas. ração de gás oxigênio. Sem esse processo, a plan­
4. Por meio da fotossíntese que ocorria nas folhas. ta não se desenvolveria.
5. A água é essencial na realização da fotossíntese, 6. Resposta pessoal. A resposta depende do resultado
sendo absorvida e conduzida para as folhas por obtido no experimento.

Respostas Nossas conclusões


1. Espera-se que os alunos respondam que sim, 3.
Essa nova planta precisa ter acesso a nutrientes, à
pois a propagação vegetativa é uma reprodução água, à energia luminosa e ao ar. Para isso, ela deve
assexuada e, nesses casos, as características ser plantada em um substrato que lhe ofereça todos
genéticas da nova planta são idênticas às do os nutrientes de que necessita para o seu desenvol­
progenitor. vimento, regada regularmente e mantida em um
2. Não, já que se trata de reprodução assexuada. local com luminosidade e temperatura adequadas.

Atividade 7 Objetivos
••Reconhecer a importância da luz solar para as plantas.
••Evidenciar o fototropismo em uma planta.
Comentários
••Peça aos alunos que, ao fazerem a abertura circular na caixa descrita na etapa
A, utilizem um compasso ou algum objeto que tenha formato circular, de tama-
nho igual ou semelhante a 5 cm de diâmetro. Para facilitar o trabalho deles, inicie
o corte utilizando um estilete ou uma tesoura com ponta. Depois, peça-lhes que
continuem o corte com a tesoura sem ponta.
••As distâncias sugeridas nas etapas D e E podem variar conforme o tamanho da
caixa. O importante é orientar os alunos a, independentemente do tamanho da
caixa, deixar, no mínimo, um espaço de 2 cm na lateral oposta de onde foram fixa-
das as abas dos retângulos, na parte interna da caixa. Esse é o espaço mínimo para
a passagem do caule enquanto ele cresce.
••Oriente os alunos a, ao realizarem a etapa F, para garantir o desenvolvimento do
experimento, colocarem duas sementes em cada copo. Assim, caso uma semente
apresente problemas de germinação, a outra poderá se desenvolver, diminuindo o
risco de erro do experimento.
••Transcorridos alguns dias do início do experimento, espera-se que o feijoeiro que
está dentro da caixa tenha um desenvolvimento diferente do feijoeiro que cresce
fora dela. Isso ocorre porque a planta no interior da caixa apresentará fototropismo,
ou seja, crescimento influenciado pela luz. Esse fenômeno ocorre, principalmente,
devido à ação do hormônio vegetal auxina, mais especificamente, pela distribuição
diferencial desse hormônio nos órgãos vegetativos da planta, como no caule e na
raiz. Esse hormônio está associado à percepção de luz no ambiente.
••Assim, em resposta a um estímulo direcional de luz, a auxina, que é produzida
no ápice do caule, por exemplo, pode ser transportada para o lado sombreado da
planta. Nessa região com baixa incidência luminosa do caule, há maior ação da
auxina, promovendo, assim, um maior crescimento de suas células e resultando na
curvatura do caule em direção à luz solar. No caso do feijoeiro mantido no interior
da caixa, é esperado que, além do curvamento do caule, ele apresente maior cres-
cimento e coloração mais esbranquiçada. Nesse caso, em razão da menor taxa de
fotossíntese.

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Resposta Questão inicial
• Espera-se que os alunos respondam que sim. mento de uma planta sofre influência da inci-

Na prática
Isso pode ser observado pelo crescimento dire- dência luminosa, e citando que isso pode ser
cional da planta em relação à luz solar, resultando evidenciado ao colocar uma planta em um local
em caules tortuosos, por exemplo. Assim, é escuro em que haja um foco de luz direcionado,
esperado que os alunos elaborem algumas por exemplo.
sugestões/hipóteses indicando como o cresci-

Respostas Minhas observações

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos ilustrem oso do caule do feijoeiro dentro da caixa em
o feijoeiro do interior da caixa com curvaturas, função do fototropismo realizado por ele. Além
desviando-se dos obstáculos e indo em direção à disso, é esperado que os alunos percebam e
luz que entra pelo orifício da caixa. O feijoeiro que respondam que a planta que ficou fora da caixa
permaneceu fora da caixa, possivelmente, não apresentou um crescimento “normal”, para cima.
apresentará essas curvaturas. Nesse caso, não é possível evidenciar que houve
2. O feijoeiro que se desenvolveu no interior da caixa influência da luz solar no crescimento, uma vez
apresentou crescimento direcionado para a entrada que ela esteve presente durante todo o dia e em
de luz, a qual ocorria apenas em uma das faces da todas as direções. Como a planta que estava
caixa; além de caule longo e de coloração esbran- dentro da caixa apresentou crescimento inclinado,
quiçada e folhas pequenas ou ausentes, cuja colo- direcionado para a abertura da caixa (fonte de
ração é verde-claro. luz), é possível presumir que a luz tenha interferi-
O feijoeiro que se desenvolveu fora da caixa não do nesse crescimento.
apresentou o crescimento direcionado para a luz 4. Resposta pessoal. Os alunos podem responder
solar e, ao ser comparado ao feijão mantido no que a finalidade de manter uma planta no interior
interior da caixa, apresentou tamanho maior e da caixa e outra fora é uma maneira de expor as
quantidade de folhas superior, as quais apresenta- plantas em desenvolvimento a duas situações
ram coloração verde mais intensa. diferentes de disponibilidade de luz solar, possibili-
3. Resposta pessoal. Os alunos podem responder tando realizar, posteriormente, a comparação dos
que a luz interferiu no crescimento da planta, uma resultados. Tal comparação auxilia na verificação
vez que foi possível observar o crescimento tortu- do fototropismo.

Respostas Nossas conclusões


1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam ficam mais expostas à luz solar, melhorando a
que as plantas são capazes de responder a estímulos eficiência na absorção da luz solar e na realização
do ambiente, como a luz, por meio de um crescimen- da fotossíntese. Isso é essencial para a sobrevi-
to diferenciado. vência da planta, pois as reservas da semente são
2. O fototropismo permite que o caule da planta capazes de nutri-la apenas durante o seu desen-
cresça em direção à luz e, com isso, suas folhas volvimento inicial.

Atividade 8 Objetivo
••Verificar a atuação do sistema vascular no transporte de água na planta.
Comentários
••Ao realizar essa atividade, providencie flores, como cravo ou rosa, que tenham
pétalas brancas.
•• Ao realizarem a etapa A, oriente os alunos a utilizarem copos de vidro para que o peso
das flores não os derrube. Se achar conveniente, providencie filme plástico ou outro
plástico transparente para tampar a abertura dos copos; isso contribui para o posicio-
namento mais vertical do caule e previne a proliferação de mosquitos.

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••Providencie corantes de tons bem escuros, de preferência em tons de vermelho,
preto ou azul, para facilitar a visualização dos resultados. Dê preferência a corantes
naturais, como anil, urucum, hena, tanil, entre outros, ou alimentícios, pois esses
corantes não são prejudiciais aos vegetais e aos alunos.
••Ao realizar a etapa C, oriente os alunos a, em nenhum momento, reti-
André L. Silva/ASC Imagens

rarem o caule do vegetal de dentro da água porque, se isso ocorre, o ar


atmosférico entra nos vasos condutores e forma bolhas de ar, as quais
impedem a passagem de água para dentro dos vasos. Ao cortar a ponta
dos caules com a tesoura dentro da água, elimina-se a porção do caule
com essas bolhas e deixa-se os vasos em contato direto com a água.
••O tempo para observação do resultado descrito na etapa D varia conforme
a condição em que o vegetal se encontra. Se ele estiver em boas condições
e tiver sido colhido pouco tempo antes do início da atividade, provavel-
mente o tempo será menor do que o estipulado, podendo ser observado
Cravo com pétalas azuladas
devido à presença de corante. entre três e cinco horas.

Resposta Questão inicial


• Espera-se que os alunos comentem que o caule por meio da “marcação” da água, de modo que
é capaz de transportar água para as demais seu movimento seja evidente. Isso pode ser
partes da planta. Eles podem citar sugestões de realizado pelo uso de corantes na água.
como esse transporte pode ser verificado, como

Respostas Minhas observações

1.
Espera-se que os alunos respondam que observa- conduzida até as pétalas da flor. Como na água havia
ram uma mudança na coloração das pétalas, as o corante, este também foi transportado, permitindo
quais ficaram com cor semelhante à do corante sua observação nas pétalas.
que foi adicionado à água do copo onde se encon- 3. O sistema vascular, mais especificamente o xilema.
trava a flor. 4. Resposta pessoal. Devido à presença do corante
2. Resposta pessoal. Os alunos podem dizer que a nas pétalas da flor, espera-se que os alunos
água contida no copo entrou nos vasos condutores tenham verificado que o caule possibilita o trans-
do caule, por meio da extremidade cortada, e foi porte de água para as demais regiões da planta.

Resposta Nossas conclusões


• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos que a presença de bolhas de ar no interior dos
concluam que a água é transportada pelas vasos condutores pode impedir a passagem da
diversas partes do vegetal mediado pelo sistema água e do corante.
vascular. É possível também que eles verifiquem

Atividade 9 Objetivo
••Verificar o processo de transpiração de um vegetal.
Comentários
••Ao escolherem o vegetal para a realização do experimento, oriente os alunos a
procurarem uma planta que contenha muitas folhas e, de preferência, seleciona-
rem as mais grossas. Os vegetais com folhas mais grossas tendem a possuir o
mesófilo mais espesso e maior quantidade de xilema e floema, o que facilita a
observação do resultado. Peça que escolham um vegetal que receba a incidência
direta da luz solar durante todo o período de realização da atividade.

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•• Diga-lhes que providenciem um saco plástico transparente e fino, que possa ser amar-
rado com facilidade, sem danificar o vegetal, e que permita visualizar seu interior.

Na prática
••Para verificarem se a umidade do ambiente onde se encontra o vegetal não está
afetando diretamente o experimento, providencie outro saco plástico, como o utili-
zado na atividade, e prenda o ar em seu interior, fechando-o bem para impedir
que o ar saia. Deixe o saco com ar sob as mesmas condições da realização da
atividade, ou seja, no mesmo local e pelo mesmo tempo. Depois, peça aos alunos
que abram o saco plástico e passem um papel absorvente em sua superfície inter-
na, observando se há umidade. Se houver, significa que a umidade do ambiente
pode estar influenciando diretamente no resultado. Caso o ambiente esteja com
muita umidade, a água em forma de vapor, presente no ambiente, pode se conden-
sar dentro do saco plástico do experimento, confundindo-se com as gotículas que
aparecerão devido à transpiração do vegetal.
••Ao amarrar o saco plástico, como descrito na etapa B, peça aos alunos que fechem
bem, impedindo, assim, a saída de vapor de água. Oriente-os a amarrarem a aber-
tura do saco no caule, evitando danificar as folhas do vegetal.
••É possível realizar outros testes para verificar a influência da quantidade de folhas
e da espécie, por exemplo. Para isso, providencie outros sacos plásticos iguais aos
utilizados na atividade e oriente os alunos a escolherem vegetais de diferentes
espécies e galhos com quantidade variada de folhas. Repita a atividade para cada
uma das novas situações. Pode-se obter resultados bem diferentes uns dos outros,
dependendo da quantidade de folhas de cada vegetal no interior do saco plástico,
bem como da espécie escolhida.

Resposta Questão inicial


• Espera-se que os alunos comentem que as plan- exemplo, envolvendo o órgão que realiza a
tas transpiram, principalmente por meio das transpiração com plástico, para permitir que
folhas. É possível que eles citem sugestões de ocorra a condensação do vapor de água na
como esse processo pode ser verificado, por parede do invólucro.

Respostas Minhas observações

1.
Espera-se que os alunos respondam que surgiram haveria liberação de vapor de água para o ambien-
pequenas gotas de água na superfície interna do te, no caso dessa atividade, para o interior do saco
saco plástico, em razão do processo de transpira- plástico.
ção das plantas. 3. As estruturas responsáveis pela transpiração nas
2. Espera-se que os alunos concluam que provavel- plantas são os estômatos, encontrados principal-
mente não. Os estômatos estão presentes na mente nas folhas e que se abrem para realizar a
superfície das folhas e, em um galho sem folhas, troca de gases, liberando vapor de água para o
não há estômatos. Por isso, provavelmente, não ambiente.

Resposta Nossas conclusões


• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos con- tico, umidade do ambiente, entre outros.
cluam que o resultado do experimento pode Sobre as conclusões do experimento, é espe-
sofrer influência de fatores como: temperatura rado que eles citem que as plantas perdem
ambiental, intensidade da luz solar que incide água para o ambiente por meio da transpira-
sobre o vegetal, quantidade e tamanho das ção, processo que ocorre principalmente pelas
folhas que se encontram dentro do saco plás- folhas das plantas.

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Ação e
construção Combate ao Aedes aegypti
P. 282 a 287 O mosquito Aedes aegypti é o vetor de diversas viroses que atacam a saúde huma-
na. Nessa seção, os alunos desenvolverão várias atividades a fim de conhecer mais a
respeito desse mosquito, e verificar se há criadouros dele na escola e/ou no bairro.
Essas informações serão utilizadas para a confecção de cartazes e a apresentação
desses dados para a comunidade escolar e do entorno, de forma que conscientizem os
alunos, professores, pais e pessoas que vivem nos bairros do entorno da escola sobre
a importância de combatê-lo.

••Sugestões de planejamentos:

Tempo
6 a 8 semanas
estimado

Momentos p. 56 Vírus
para
começar
p. 119 Insetos

p. 162 Valores
em ação – Sapos:
respeito aos
animais

••O conteúdo dessa seção possibilita estabelecer relações com os saberes de


Geografia, Matemática e Língua Portuguesa. Se julgar conveniente, convide os
professores dessas disciplinas para auxiliá-lo no trabalho com essa seção e para
realizar um bate-papo com os alunos.

Geografia Matemática

Cartografia – Lateralidade – Números Grandezas e Tratamento


espaço escolar noções de decimais – unidades de da informação
(construção referência espacial contagem medida – medição – produção
do mapa da na construção do numérica e de objetos e de de gráficos e
escola). mapa. adição. volume. tabelas.

Língua Portuguesa

Produção textual Oralidade


– textos curtos e – apresentação
legendas. oral e discussão.

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Objetivos
••Conscientizar a comunidade escolar e do bairro sobre a importância da eliminação

Ação e construção
de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
••Relatar para a comunidade escolar e do bairro a presença ou não de criadouros, e o
número de casos locais e municipais das doenças relacionadas ao mosquito.
••Informar aos órgãos competentes a situação do bairro para que sejam tomadas as
medidas necessárias.
Introdução
••Antes de iniciar a atividade, explique aos alunos que eles trabalharão em grupo,
e que é muito importante o compromisso e a participação de todos para obter
um resultado satisfatório. Nessa atividade, eles terão momentos de reflexão sobre
atitudes pessoais e coletivas.
••O processo de avaliação deve ser contínuo, portanto, durante todo o desenvolvi-
mento da atividade, promova momentos de pausas, reflexões e correções sobre o
que já foi realizado e as tarefas que ainda precisam ser cumpridas.
Bate-papo inicial
••As questões iniciais promovem o levantamento de hipóteses, a exploração do conhe-
cimento prévio e a verificação da opinião dos alunos a respeito do tema tratado.
••Peça aos alunos que anotem as respostas nesse momento para, ao final do proje-
to, confrontarem seus conhecimentos e opiniões iniciais com o que aprenderam
durante a realização desse trabalho.

Mão na massa
1o passo • Planejamento
••Essa etapa possibilita estabelecer uma relação com as disciplinas de Geografia e
Matemática. Portanto, se possível, convide os respectivos professores para parti-
cipar, e agende com eles o melhor momento para desenvolverem as atividades.
Preparação para o trabalho de campo
••Para a realização da pesquisa sobre o mosquito Aedes aegypti, se a escola possuir
computadores com acesso à internet, reserve um horário para usá-los. A pesquisa
também poderá ser realizada por meio de um aparelho celular com acesso à inter-
net. Nesse caso, verifique com a coordenação se é permitido usar esse aparelho
em sala de aula.
••Outra opção é levar para a sala de aula fôlderes e outros materiais impressos para
os alunos consultarem. Eles podem ser obtidos na internet ou em uma Unidade
Básica de Saúde.
Observação do bairro
••Oriente os alunos a buscar na internet imagens de satélite ou mapas do bairro e,
assim, delimitarem e construírem um mapa do entorno da escola.
••A elaboração do mapa do bairro pode ser feita em parceria com o professor de
Geografia.
••Para percorrer o entorno da escola, agende com a direção e a equipe pedagógica
um passeio pelo bairro. Se necessário, convide outros agentes da escola para acom-
panhar no passeio.

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••Instrua os alunos a trazerem máquinas fotográficas, aparelhos celulares com câme-
ras ou outros equipamentos que registrem imagens para fotografar os criadouros
do mosquito.
••Durante a atividade, oriente-os a buscar todos os tipos de materiais como garrafas
com água armazenada, embalagens de alimentos, enfim, tudo o que possa acumu-
lar água.

Instalação das armadilhas


•• De preferência, realize essa etapa em estações quentes, já que temperaturas mais altas
favorecem mais o desenvolvimento do mosquito.
•• Oriente os alunos na instalação das armadilhas a fim de escolherem locais adequados,
evitando todas as vulnerabilidades citadas no texto. Também é importante escolherem
locais sombreados e distantes do alcance de outras pessoas. Se necessário, prendam-
-nas no local.
•• Para o registro no mapa, diferenciem os locais de instalação das armadilhas dos cria-
douros do mosquito marcados previamente utilizando símbolos ou marcadores de cores
diferentes e também legendas. Nesse momento, o auxílio do professor de Geografia
pode ser solicitado novamente.
•• Caso a escola tenha lupas, utilizem-nas para auxiliar na identificação dos mosquitos. Esti-
pulem um padrão para categorizar a quantidade de larvas e de mosquitos por armadilha,
por exemplo, pouco infestado, infestação mediana e alta infestação.
•• Ao final dessa atividade, proponha aos alunos a elaboração de uma carta para ser entre-
gue aos órgãos responsáveis pelo bairro, indicando a localização e a quantidade de focos
do mosquito. Se possível, desenvolva essa etapa em parceria com o professor de Língua
Portuguesa, redigindo uma carta em linguagem formal.

Pesquisa
••Essa etapa pode ser iniciada imediatamente após a instalação das armadilhas. Os
alunos podem pesquisar os dados necessários durante os dias em que as armadi-
lhas estiverem instaladas.
••Essa pesquisa envolve necessariamente o uso da internet. Caso os alunos não
tenham acesso a esse meio, providencie essas informações e leve-as impressas
para a sala de aula.
••A previsão de duração dessa etapa é de duas a quatro horas-aula para a pesquisa
no site do Portal da Saúde, mais duas a quatro horas-aula para a visita à Unidade
Básica de Saúde e obtenção das informações.

2o passo • Execução
Organização das informações coletadas
••Leia com os alunos as ideias sugeridas nessa etapa. Solicite a eles que se organi-
zem para executar todas as propostas. Porém, se julgar necessário, auxilie-os a se
organizar em grupos.
••As etapas sugeridas nesse momento podem ser desenvolvidas com o auxílio dos
professores de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia.
•• Incentive os alunos a produzirem gráficos, tabelas, esquemas comparativos e outros
recursos que facilitem a organização e a visualização dos dados levantados. Compa-
rem as informações obtidas com o uso das armadilhas nas diferentes regiões do bairro,
visando identificar as que apresentam maior incidência do mosquito Aedes aegypti.

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Confecção dos cartazes
•• Nessa etapa, oriente cada grupo a conversar sobre o material que elaboraram, de

Ação e construção
forma que verifiquem quais informações são mais relevantes para serem registradas
no cartaz.
•• Oriente-os a escolher as imagens mais representativas de cada tópico para serem
inseridas nos cartazes. É interessante que as imagens sejam impressas em papel foto-
gráfico no tamanho (9 x 12 cm). Cada grupo pode ficar responsável por imprimir as
fotografias em um laboratório fotográfico de preferência, ou, se possível, a escola pode
buscar o apoio de algum laboratório a fim de que faça todas as impressões.
•• Após o produção do cartaz, solicite a cada grupo que exponha seu trabalho aos demais
colegas da turma para o conhecimento de todos a respeito dos tópicos solicitados. Após
a exposição de cada grupo, os alunos deverão discutir a situação do bairro de forma geral.
•• Ao final dessa conversa, oriente-os na elaboração da apresentação dos dados à comu-
nidade, determinando o tempo para cada grupo e quais informações precisam ser prio-
rizadas para a explanação oral.

3o passo • Divulgação
Apresentação das informações à comunidade
•• Essa etapa é destinada à divulgação dos dados pesquisados. É o momento de os alunos
exporem à comunidade escolar os dados que coletaram a fim de sensibilizar as pessoas
sobre esse problema.
•• Divulgue o evento por toda a escola e verifique a possibilidade de fazerem cartazes convi-
dando as pessoas do bairro a participarem do evento. Esses cartazes poderão ser fixados
em postos de saúde, estabelecimentos comerciais ou outros locais de grande circulação
de pessoas. Lembre-se de pedir a autorização dos responsáveis pelo estabelecimento
antes de colarem os cartazes.
•• Antes da apresentação oficial, combine um ensaio com os grupos, aberto somente aos
alunos da turma, com o objetivo de se prepararem. Dessa forma, é possível corrigir a
tempo alguns erros e aperfeiçoar a habilidade de falar em público.
•• Solicite-lhes que produzam uma conclusão sobre o resultado dessa atividade diante da
comunidade, dizendo se acreditam que esse trabalho teve efeito positivo sobre as pessoas.

Avaliação
•• A última etapa é destinada à comparação das hipóteses levantadas pelos alunos antes
de iniciarem o trabalho com os conhecimentos que eles adquiriram durante o desenvol-
vimento das atividades como um todo.
•• Após todos responderem às questões propostas nesse tópico, oriente-os a exporem suas
opiniões sobre o trabalho desenvolvido, comentando como ele contribuiu para o apren-
dizado e se houve alguma mudança de opinião ou atitude relacionada a esse assunto.
•• Promova uma conversa entre todos os envolvidos na atividade, alunos e professores de
todas as disciplinas. Comentem sobre o impacto desse trabalho na comunidade do entorno
da escola. Em seguida, estimule os alunos a dar continuidade às atividades propostas.
•• Quando tiverem uma resposta sobre a carta enviada aos setores governamentais, se
possível, organizem outra reunião com a comunidade escolar para apresentá-la e, assim,
discutirem os diferentes pontos de vista sobre os problemas e as soluções apresentadas.

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