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PDCA

Introdução:

O PDCA é um acrônimo em inglês em que cada letra significa, respectivamente, Plan


(planejamento), Do (execução), Check (verificação), e Act/Adjust (agir ou ajustar). Ele é uma
metodologia muito conhecida e utilizada para o aprimoramento de processos, execução de
planejamento estratégico de forma eficiente, e para solução de problemas, se tornando uma
ferramenta essencial para que empresas possam assegurar a qualidade dos serviços oferecidos. O
PDCA consiste em um ciclo de ações que foi elaborado pelo engenheiro Walter A. Shewart na
década de 1920, mas se tornou conhecido de forma mais abrangente através do trabalho de
divulgação de William Edward Deming, considerado o pai do controle de qualidade nos processos
produtivos.
A criação do ciclo PDCA teve como inspiração os trabalhos de alguns filósofos, sendo os
dois mais importantes os americanos Clarence Irving Lewis e John Dewey, dois fundadores da
escola filosófica do pragmatismo, corrente de ideias que prega que a validação de uma doutrina se
dá pelo seu bom êxito prático. A contribuição de Dewey, por mais que indireta, no clico PDCA
foi da solução de problema em cinco passos, sendo eles:
1. Percepção da dificuldade;
2. Localização do problema;
3. Definição do problema;
4. Sugestão de possíveis soluções e desenvolvimento das influências sugeridas através do
raciocínio; e
5. Observação posterior das soluções aplicadas, acarretando aceitação ou não das soluções
sugeridas.
Ao longo dos anos, o PDCA passou por algumas modificações que lhe propiciaram a
vantagem de poder ser adaptado para qualquer tipo de empresa, independentemente do seu
tamanho ou área de atuação. Inicialmente, seu uso estava restrito à administração da qualidade da
gestão, mas hoje é um grande aliado para a compreensão do processo administrativo e para a
solução de problemas.
A metodologia do ciclo PDCA se constitui como um método iterativo, onde em todas as
vezes que é utilizado, diferentes resultados são alcançados, os quais complementam resultados
obtidos anteriormente, desta forma acelerando e aperfeiçoando as atividades e estratégias de uma
empresa. Outra característica do PDCA é a possibilidade da rápida identificação de falhas, fazendo
com que seja possível corrigi-las mais rapidamente. Além desta última, há ainda a possibilidade
de medir estatisticamente os resultados obtidos, facilitando a gestão, a repetição de decisões que
proporcionaram bons resultados, a rejeição daqueles que foram ruins, e a implantação de novas
ideias para a solução de problemas.
As Etapas do PDCA:
Planejamento:
A parte do planejamento concentra-se na parte estratégica, tendo como objetivo o
levantamento e a análise de informações para estabelecimento de objetivos e metas. Primeiramente,
deve-se elaborar um plano para a solução dos problemas encontrados para então aplicar o ciclo
PDCA, levando-se em consideração os objetivos pretendidos, a escolha do caminho a ser
percorrido, e a definição dos métodos para se alcançar tais objetivos. Nesta etapa é importante
selecionar os líderes e as equipes que farão parte do processo, sendo ele dividido em 4 partes:
1. Identificação do problema: Nesta parte ocorre a definição do problema, seu histórico, as
perdas causadas por ele, e a proposta de uma data para que o mesmo tenha sido solucionado.
Algumas ferramentas que podem auxiliar nesta etapa são: relatórios, dados, gráficos, fotos
ou ferramentas de brainstorming.
2. Observação do problema: Nesta parte o problema será analisado a partir de diversas
perspectivas, portanto, pode acabar sendo a etapa mais demorada dentro do planejamento.
Uma ferramenta bastante útil para esta etapa é a Análise de Pareto, pois ela permite ao
grupo estimar o orçamento necessário para a solução do problema e a meta a ser atingida
com a solução dele.
3. Análise do problema: Nesta etapa as possíveis causas dos problemas serão analisadas e
hierarquizadas, para, então, serem consideradas ou rejeitados de acordo com o teste de
hipóteses. Duas ferramentas recomendadas para tal etapa são: os 5 porquês e o diagrama
de causa e efeito.
4. Plano de ação: Nesta etapa serão criadas ações para solução dos problemas, sendo duas
ferramentas consideradas essenciais para isso são o 5w2h e o Plano de Ação.

Ferramentas citadas:
1. Brainstorming: ferramenta que consiste em gerar ideias sobre um assunto definido, sendo
incentivado em grupos heterogêneos para que haja diversificação nos resultados obtidos.
2. Análise de Pareto: esquema que agrupa e ordena a frequência de determinadas causas,
levando em consideração que 80% das consequências advêm de 20% das causas. A análise
é feita em quatro etapas, sendo elas: listagem de problemas, hierarquização dos mesmos,
cálculo de suas frequências, e uso de gráficos (preferível o de barras verticais).
3. Os 5 porquês: ferramenta que consiste em se questionar para determinação do problema.
Foi criada por Taiichi Ono, pai do Toyotismo. Através desta ferramenta é possível
determinar o que aconteceu, o porquê do acontecimento, e o que fazer para reduzir a
possibilidade de reincidência.
4. Diagrama de Causa e Efeito: Também conhecido como Diagrama de Ishikawa, é uma
ferramenta que auxilia no levantamento das causas-raízes de um problema, analisando
todos os fatores que envolvem a execução do processo. Este diagrama pode ser utilizado
em diferentes contextos, auxiliando na possibilidade de verificar problemas de forma mais
sistêmica, na identificação de soluções, e para gerar melhorias. Seu formato assemelha-se
ao da espinha de um peixe

5. 5w2h: Esta ferramenta consiste em um checklist de atividades específicas que devem ser
desenvolvidas com clareza e eficiência por todos envolvidos no projeto. 5w significa
basicamente: o que será feito, por que será feito, onde será feito, quando será feito, e por
quem será feito; enquanto 2h significa: como será feito e quanto custará. Através da
resposta a essas perguntas é possível elaborar um plano de ação conciso e eficaz.
6. Plano de Ação: Esta ferramenta consiste em 7 passos, sendo eles:
a. Conhecimento de onde se quer chegar;
b. Criação de metas mensuráveis;
c. Listagem de tarefas a serem executadas;
d. Divisão das grandes tarefas em partes menores e mais gerenciáveis;
e. Decisão dos prazos para as entregas cotidianas;
f. Criação de uma representação visual para o plano; e
g. Acompanhamento frequente das ações.

DESEMPENHAR

A segunda etapa representa a materialização do planejamento no campo. Aqui, o que foi


prescrito no papel entra no terreno da realização física, esse quadrante pode ser subdividido
em dois setores:
• Informar e motivar - corresponde a explicitar a todos os envolvidos o método a ser
empregado, a sequência das atividades e as durações previstas e a tirar dúvidas da
equipe. Os encarregados e supervisores são instruídos quanto ao que está
programado, quais as tarefas, os prazos, os recursos disponíveis e os requisitos de
qualidade. É acentuado o grau de envolvimento e interesse que as equipes
desenvolvem quando o planejamento e as programações de serviço são apresentados;
• Executara atividade - consiste na realização física da tarefa, Para que uma obra seja
gerenciada corretamente, é necessário que o que foi informado por meio do
planejamento seja cumprido no campo, sem alterações deliberadas de rumo por parte
dos executores. Executar é cumprir (ou, pelo menos, tentar cumprir) aquilo que foi
planejado para o período em questão.
Ainda que o planejamento represente a Intenção de conduta do construtor, vale notar que o
que acontece no campo não necessariamente reflete o que foi planejado originalmente.
Discrepâncias podem ocorrer por falta de comunicação, por falta de entendimento do que
foi planejado, por premissas inadequadas na fase de planejamento, por inexequibilidade do
planejamento, por condições alheias à vontade do construtor etc.

CHECAR

A terceira etapa do ciclo PDCA representa a aferição do que foi efetivamente


realizado. Essa função de verificação consiste em comparar o previsto com o realizado e
apontar as diferenças relativas a prazo, custo e qualidade, Ê a etapa em que se manifesta o
monitoramento e o controle do projeto.
Esse quadrante pode ser subdividido em dois setores:
 Aferir o realizado - consiste em levantar no campo o que foi executado no período de
análise. Essa é uma tarefa de apropriação de dados, na qual se compilam as
quantidades de cada serviço efetuado no período;
 Comparar o previsto e o realizado - após aferir o que foi efetivamente realizado, é
preciso compará-lo com o que estava previsto no planejamento. Trata-se de um
processo vital para o construtor, porque é o maior manancial de informações
gerenciais. Nessa etapa, detectam-se os desvios e os impactos que eles trazem, assim
como possíveis adiantamentos da obra e os respectivos benefícios.
Com relação a prazo, a verificação reside na checagem das datas de início e término das
atividades em relação às datas planejadas. Enfim, é o progresso real da tarefa sendo
monitorado de maneira sistemática. Os levantamentos dos dados de progresso podem ser
feitos por técnicos de planejamento ou, o que a mais comum, por pessoal de campo que os
remete continuamente ao setor de planejamento.
Todas as informações que possam servir para reduzir os possíveis desvios devem ser
coletadas e disponibilizadas para a etapa que vem a seguir. Além da constatação do desvio
entre o real e o previsto, é necessário avaliar se o desvio foi pontual ou se representa uma
tendência.
Nesse quadrante, os indicadores de desempenho real sio aferidos pelo planejador.
Produtividades de campo são calculadas e passam a fazer parte do acervo de dados da obra,
ê importante gerar os indicadores de desempenho, porque eles representam fielmente as
condições de campo, ou seja, as circunstâncias em que as atividades foram executadas.

AGIR

No quarto quadrante acontece o encontro de opiniões e sugestões de todos os envolvidos na


operação, o que contribui para identificação de oportunidades de melhoria, aperfeiçoamento
do método, detecção de focos de erro, mudança de estratégia, avaliação de medidas
corretivas a serem tomadas etc.
Se os resultados obtidos no campo desviaram do planejado, ações corretivas devem ser
implementadas. Com finalidade preventiva, as causas de desvio devem ser investigadas e
analisadas em detalhe. Quanto mais tempo passar sem que os focos de desvio sejam
debelados, menor será o tempo hábil para correção.
Nos casos em que o planejamento não apresenta grandes desvios, esse quadrante deve ser
visto como uma oportunidade para as equipes pensarem na possibilidade de redução do
prazo da obra.
É imprescindível a participação do pessoal de planejamento e de produção nessa etapa, pois
a meta perseguida não é exclusiva de um setor, mas comum a todos.
Referências:
http://gestao-de-qualidade.info/ferramentas-da-qualidade/pdca.html
https://www.siteware.com.br/metodologias/ciclo-pdca/
https://www.siteware.com.br/projetos/como-criar-um-plano-de-acao/
https://www.napratica.org.br/o-que-e-e-como-funciona-o-metodo-pdca/
https://endeavor.org.br/pessoas/5w2h/
http://www.apostilasdaqualidade.com.br/os-5-porques-5-why-analise-da-causa-raiz/
https://blogdaqualidade.com.br/diagrama-de-ishikawa/
https://www.siteware.com.br/metodologias/analise-de-pareto/
http://www.auctus.com.br/ferramenta-brainstorming/

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