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HISTORIA
D O
B R A Z I L
DESDE 1807 ATE' AO PRESENTE :
TO MO X/
(hm Estampas Jinas.
'LISBO A^r .
L 1 FR O XFIIL
1817.
*^^]íft Jsrjst%^^j^rí^,rj^t*
S.
^^EGuro-SE pois naquelle empo o í
•^L-iiiir^-rraiíP»-
H I S T o R
í A
Sebastião Pinto de Araújo
Corrêa
commaridarite das tropas,
que for-
niavao a vanguarda da
DivisSo dos
Voluntários Reaes d'fíJ-Rei
ser
necessário reconhecer as
suas for-
ças, antes de adiantar
até Rocha
as tropas, que cooi
mandava ; e pa-
ra esite fim pedio ao
Brigadeiro Pi-
zarro, que marchasse
até o Passo
do Urnseibo, com a sua
brigada
e que occupasse o Campo
do passo
do Ujafalote. Depois
ordenou que
stí Jhe unisse
a artilheria e um pi-
,
mmm
too Brazíl. IuíW )cVu. i
íilia, qúe nao deixava de set .issáa
extensa^ antes que este mudasse
tíe cavallos. Depois emtiai debèm
dísposía e ordenada a tropa Portii-
gueza, principiou o miffiii^o a fe-
zer um fego mui activo em toda a
sua linha), mas sem ordem tôritáíi. i,
toMo X. B
^Áwpm^'>
H I S T o R í A
foi perseguido até mais longe por
causa do cançasso dos cavallos, e
a grande fadiga de toda a tropa,
que tanto se havia empenhado na-
quelia acçáo, c(jjo fogo durara pelo
espaço de quatro horas e meia.
Relação Morrerão dpis dos nossos be-
dos mortos
nemeriíos Officiaes Portuguezes, e
« feridos d*
entre os soldados 26 sendo âquelles OíB-
,
8 tílSTORÍA
600 érao forças reg-ulares de diííe'»-
rentes armas, e o resto éráo guer»-
liihas: tiníia, este desíacamenlo 2
peças iraiiilheria ^ e era coaiinan*-
dado pelo Brigadeiro Joaquim d'
Oliveira Alvares. As forças porém
do iídiriigo subiao a i500 homens ^^
liiMili
i>o Brazil. Liv, xvir. 9
"^ v^
10 H I S T o R T A
que dénio occasiao a queixas e dis-
córdias entre osvisinhos da mesma
cidade, em prejuizo àii tranquilíi-
dad(3 e segurança piíblic^ -^
em or--
dem a pôr termo a taes excessos,
tem determinado o seguinte;
Em primeiro lugar ; toda a
pesboa y sem nenhuma excepção,
que insultar puíra, por obra ou ,
n í S T ó R r A
Houve neste tempo uma efr-
Kzâo-se os
Brasileiros
ctmstaneia notável, (^«e assas es-
do pi candaJisou. os Brasiteiros, e a
oce (li- to-
me nt£>, d ô o^ i«ais Portuguezes em quan-.
do.^
certo G©F0- to a se
nao pubiicai^m por inteiro
Bel sôbr^í a
os offieios , (|o havião chegado
falta de no.- ,
. '-ili^v-.;
14 H í S T o H I A
doUruguay linha jrí peleyado bas-
larile 5
quarido a esqiiertla que ,
epl?ívano Bio Grande, e Taim se
naò havia podido ainda avistar com
o inimigo ;e por isso , ainda quan-.
do ao tal Coronel se eoncedesse ra-
zão no seu modo d^ pensar, o que
sonega 5 como he que elíe quer
tao abstirdí^mente snsíeritar a sua
opinião, sem o uiais pequeno fua-
darnento?
K de mais , as tropas, que
formáyaõ a direita ^ que peleijou.
primeiro, eraõ as Bahiraes do Bra*
6ÍÍ; e as que íbrm;ívaô a esquerda
vinhaõ a ser aquellas quç Éinhao
,,
'^Ájf^j
IG H I S T o R I A
i
niífiiiif^',1
lô Historia
Entrada Q
que em fim se verificou ^ toí
^ún^-' ^"^ as tropas Portuguezcts entrarão
nieiue se vicloriosaâ êiii Monte-Video aos
verificou 20 de Janeiro deste anno; e pelo
em Monte, que já se observou das diíieíentes
Video.j
procUtmações, foradellas recebidas
sem hostilidades , líem regístenciá
da parte\dog habitantes de Bnenoá
Ayres ; e bem contra o que se di-
zia das forças e pertinácia de José
Artigas, quejáilmis lhe fez a guer-
ra se niiú como um partidário; é
,
IP
DO Brazíl. Liv. xvn. 19
âO H I S T o R t A
se-hao as.nais rigorosas
represaliaâ
«asfamiíias e propriedade
dos Cbe-
íes Cominandantes
das ditas parti-
das, para cujo tím sahiráõ
desta-
camentos fortes do Exercito
Portu-
guez, rpie queimaráo as
suas fa-
i^endas e escoltarão as suas
,
fami-
lias para bordo da Esquadra.
Art. 3. Empregar-se-ha suffici-
erjte numero de pessoas de confian-
ça, para vigiar peia
segurança e
tranquiludade, e para paticipareiR
aos Coinmaadantes,
que llies íicá-
J-em mais próximos,
uma
reiacáo
t^irçunsLanciada, que estes
trans-
mitlirao ao Quartel
general, dos
<^xcessos comeltidos
pelas partidas
dos inimigos, contra os
ditos habi-
tantes pacíficos e das pessoas
,
^
fie que as
mesmas são compostas
|
para que se adoptem nessa
confor-
midade as medidas necessárias.
^Arl. 4. O presente Euicto sf^
i-acommunicado, e publicado e^n
Iodas as povoações
j sujeitas ás ar*
inas rortuguezas.
«k MÍi
mÊÊmÊÊmmmmSÊÊÊÊàík
Ao General Lecor.
Seofuesea
Senhor! acabo de receber d
Èdicto de V. Ex.% datado de 15 ^g^&S
de Fevereiro. O seu extraordinário
conteúdo pôz fim a todas as minhas
esperanças de poder conservar al-
guma sorte de harmonia com Vi
Ex.*, e com as tropas de seu com-^
mando. V. Ex.* pertende que tem
direito ao território ,
queoccupa^
fundado na protecção ,
que lhe dá ;
Í2 H IS f o R I A
este^ vácuo de poder, appelJa V,
Ex/ para o estranho recurso de
iDal entendidas represálias e para ,
r^*
mum
34 H r S T o R I A
forma que tem feito os Hespanhoes
5
e que se tenta excluir estes paizes
daquelle azylo, que, no meio dâs
desgraças da guerra, se concede
pelo direito das gentes ás Naçõe»
belligerantes. Mesmo se Orienta-
list^^s não fossem, como
de facta
sãoj nossos irmiíos, a única razão
de serem vizinhos authorizaria este
Governo a interessar- se com todo
o seu poder a favor dejles; porque
pertence a todos os Estados civili-
zados, indistinctamente, vingar a
infracção de um direilp. Porém eu
tenho já informado a V. Ex.% que
os habitantes do território Orien-
tal, retirando-se de sua dependên-
cia de certos Governos ^ não tem
IH pretendido dissolver os seus laços
de unidade moral com o resto cie
seus compatriotas,, com quem pro-
testão de novo desejar fortalecer
as suas relações, e que a demar-
cação de limites, concordadsi pela
traetado de 1812 , foi celebrada
com todas as províncias ; e pela
mesma razãa tenho eu constante-
X *m0^ mt
DO Brazil, LlV. XVIK 25
28 Historia
de 181Õ escrevia elle a André Ar*
tigas, que procurasse os meios dé
revolucionar o Paraguay, e os ín-
dios das Missões ; pois ainda que
Dílo eslava em estado de sustentar
estes últimos, com tudo havia de
encommodar com isto muito aos
Poitu^uezes, aquém algum dia os
Orientaes poderiao ostentar a sua
grandeza. Emquanto aos subalter-
DOS deste mesmo Chefe, além úq
serem mais violentos, e mal com-
portados, órão ignorantíssimos.
Pela seguinte passagem se po-*
de ajuizar da moralidade desta tro-
pa. Houve um despacho de André
Artigas a José Artigas, acerca de
uma desordem que tiverão os do
,
miÊ^
DO Braxíl Liv. xvir. tB
yi^tíS^^^
mmmm
30 Historia
mandante da fronteira fez que, por
ineio de suas medidas e providen-
cias dadas a tempo, se tractasse
logo da defeza do inimigo, recha-
çando as suas tentativas. Foi por
esta mesma occasiaô que ô Briga-
deiro , Chefe de Legião deS. Pau-
lo ^ Joaquim d'0]iveira Alves es-
creveu áqoelle mesmo Tenente Ge-
neral , Gom mandão te da fronteira
do Rio Grande, Manoel Blarqoes
de Sousa por cujo theor se pode
5
g00m JUJIL^—
WÊSÊmmimmmmmmmmBmmsmm^mBsm. ppi
%
DO BrazIL. LiV. XVII. 31
32 H í S T o R I A
mais assígnalada gloria , e distinc*
ção militar.
S;^ V "^^^f ^^ p^' ^f*^ ^^"^p^ ^^^-
áePtrimm^^^^Ç^^ ^^ Pernambuco, a qual
buço. ^e }Xropagou ás 6 províncias visi-
Ilhas do Rio Graiíde
Paraíba , Cea-
,
ÉMi
lio ÔRAZit. LlV. Xfít. ád
M'
f^
40 Historia
f notas que haja de ser embarga-
5
^^^tiw^!<»í»Er
DO Brazil. Liv. xvri. 41
4Í H r « T o R I A
inos laços sociaes os de um,
e d^
outro continente, só deve
dividir
e separar aps que fomentao
taopeji?-
I}Jciosas^riv,alidades. Desejando
pois
S. Ex/ que sentiraentos e idéas
tao erradas e tâo for^ de tempQ
,
aj'^da mesmo as
que tocarem na
segurança pe.soal de S.
I Ex/ sua
í«m.l,ae companhia, protestan-
do nao admitlir nenhuma
negocia-
çao em diflerentes termos
A resposta de ser dada den-
Jia
tro naquelle mesmo prazo de uma
flora , que se prescreveu
para así-
Juda da tropa dopaiz,
que seaclía
46 H I S T O RI A
^ mopara derramar-se sanc-H©
inut.lmeiUe; econformando-me%u
com este parecer,
mandei lavrar
este termo, que
todos assiçnirão,
eom declaração poréai
, q ue as fal
ínilías daquefJesOíÇciaes, q»e
acompanharem
me
, serSo illezas em
êà íí í g t Õ R i A
fes, e Cuja perda arrastava comsí^
go irressistiveJmente a sua total
ruiila. A natureza 5 o valor, a vis-
ta espantadora da desgraça 5 a de-
feza natura! reagio cc>ntra a"tyran-
nia^ e a iojusíiça, A tropa inteira
se suppôz envolvida na rnina de
alguns dos seus Officiaes, o grito
dadefeza foi gei^al ; elle resoou era
todos os ângulos da Povoação de S.
Antoilio; o povo se tornou solda-
do, e protector dos soldados, por-
que eraõ Brasileiros comoelles. Os
déspotas atterrados pelo povo- ^ e
inesperado espectáculo , e ainda
mais atterrados pela própria cons^
cierícia, que ainda Ho seio dos Ím-
pios levanta o seu tribunal, dieta
os seus juÍ2os^ e crava os seus pu-
iihaes, desampararão o lugar ^ d'-
onde haviacl feito sahir as ordens
homicidas. Habitaintes de Pernam-
buco, crede, até se haviaõ toma-
do contra os vossos compatriotas
meios de os assassinar ^ indignos:
da honra , e da humanidade. Os
'
Patriotas nu fim d^ duas horas
'mmÊk
í)0 Brazil. LiV. xvií. . âl
54 H I S T o R I A
m Provisionaes, Houve logo outro De-
creto ii]teressaiiíe do mesmo Go-
verno , abolindo vários impostos,
cujocooceito era que considerando
acjuelíe Governo Provisório quanto
era odiosa, e mesmo contraria aos
principies de economia piiblica , e
pezada ao povo a imposição do Al-
vará de 20 de Outubro' de 1812,
sobre lojas de fazendas, e molha-
dos , embarcações, canoas &c.
e
considerando outrosim que nos mes-
mos e outros defeitos labora o im-
posío de i60 reis por arroba de
subsidio militar sobre a carne
além de tornar desigual a sorte dos
habitantes do mesmo Paiz, e mem-
bros do mesmo Estado, naô tem
outra tendência mais do que o en-
carecer sobre maneira um crenero
de primeira necessidade, e^stor-
var a criação de gados, taÕ neces-
sária á subsistência dos povos,
de-
puis de ouvsr o parecer de
peí^soas
zeiiosas do bem público, e
intelli-
gentes na matéria.
Decreta;, e decretado tem a
íÈÊm
DO Braztl. Liv. xvíir. 55
^6 Historia
de muitos valentes Patriotas^ e el-
]as existem em nosso território. O
Governo julgou do seu dever con-
vidar aos Patriotas j que as pes*
suem, a que as vend3o pelos pre*
ços, que a justiça dieta. OGover-
ijo está certo que nao abusareis das
circunstancias actuaes , pretenden-
do preços exorbitantes j elle conhe*
ce vossos sentimentos, e vos faz
justiça, e repousa na vossa gene-
rosidade. Concorrei pois ao Quar-
tel General aappresenlar as v#ssas
minutas, que ser3o com exa(^tidâo
satisfeitas á boca do cofte. Caza do
Governo &lc.
Seguio-se outro Decreto me-
nos interessante por se limitar so-
mente a estabelecer entre aquelles
enthusiastas Patriotas o tratamento
de 1705, como significativo da sua
igualdade &g.
Segue- se Heporém digna de observar-
ximz cele- se a
bre procla-
proclamação seguinte :
—
riiaçad.
São bem dignos de memorar-
ge os celebres aeon tecimentos que
,
m Historia
plicamente a 5 deste mez, que era
amigo sincero dos Pernambucanos
que linha repartido seu coracâô
com elJes, escrevendo estes enÒa-
ucs com a mesma penna , com
q^ue
acabava de encher no segredo
do
seu gabinete listas de
proscriptos
que tinha de entregar nas mãos
dó
algoz. Brazdeiros de todas
as cJas-
ses, a mocidade de majs
espirito
fio pasz os Officiaes mais bravos
,
«O H I s T o R r A
defeza, achou aprizão
da sua pes-/
soa, e dos seus. '
Recorreu a proposições
pacifii
«as , que acabarão
n'um cw/c/.-
Jí^m, com que foi obrigado a coí-
formar-senodia7peJas%horasda
nianhaa. Desde iogo
foi restabelè-
cida toda a ordem
pilblica, não se
ouv.rao mais outras
vozes, quede
aclamações geraes , dignas
em que um iiumenso Povo do dia,
entrava
na posse de seus legítimos
direitos
sociaes. toi consequência
disto não
ter íia vido ate agora
sequer mu sd
dKslurbio, nem motivo
qualquer
^ de
queixa. ^
.
A
8 se instalou o Governo Pro-
Tisorio, composto de
5 Patriotas,
tirados das drflerentes
classes : o
qual Governo tem sido
sempre per-
manente em suas sessões.
primeiro cuidado foi
O seu
desabuzar os
nossos Compatriotas
de Portugal
dos medos, e
desconfianças, c?m
<]"e os t.nlião
inquietado os parii-
disfc^s da tyiannia, recebendo
a tc-
cíos com abraços e ósculos, segu-
jaliíí íSLi
iWIMMM MM
IBBB.ii/<TiÍ mmmftmm
64 Historia
pezada: e por essa razão decretou
aquelle mesmo Governo o ficar as-
sim aggrej^ada ao Erário, reduzin-
do a doutrina do que havia de ob-
servar-se para o futuro a 4 difíe-
rentes art. &c. —
E pelo segundo
Decreto se tratou de confirmar o
Cônsul Britânico^ partiuipando-lhe
que se reconhecião por genuínos e
verdadeiros os títulos, que naquel-
ledia ihehaviaappresentado omes-
IDO Cônsul , a quem peraiittía o
Governo a continuação de suas
fuBcções , taes , quaes elíe exercia
perante o anterior, e extincto ;
obrigando-o outro sim a remetter-
Ihe aquelles títulos por um seu Of-
ficio &c.
De novo Houve mais por esta occasiao
decre^iaôso-
yj^^ Decreto ,
que pela substan-
,
V;
^ ^:^-í?e*^^:^qíg:„.
mã
«7
i!'
L I FR O XIX.
18i7.
t\tJ'*j\tir\rj\f^j-j\A /v^iAyHA/^^v/></\ii
•^swèísfiSiii^i:
es H I S T o R I A
Conde dos Arcos pela maneira que
se seguei [*J
, Neste tempo se achava a Ca-
pitania de Pernambuco, e princi-
palmente o Recife, antes de roni-
Chegou
a ta! ponto que se lhe
dirigio uma carta anoriyma para
que tomasse niedidas sérias, ecom
anticipaçaõ; pois se tramava cons-
piração; enada disto abalou sema»
Ihante General.
O incêndio approximou-se tan*
to, que até pelas ruas se gritava:
^^
dizem que ha um levante no dia
6 de Marejo: " e assim mesmo so-
mente ordenou que em 4 do dieta
mez se lesse uma ordem do dia,
em que se recommendava uniaô á
tropa, com oque irritando-se mais
os facciosos, eàtao S. Ex/ fez con-
vocar um Conselho Militar no mes-
mo dia 6 , aonde se resolveu que
fossem presos alguns sujeitos, (e
naô processados , como em outra
temoo oni7,eraõfazer persuadir) po-
DO Brazil. Lir. iix. 7»
|
rém, principiando loj^o nesta dili-
^
tuguezes.
Morre entaõ o Brigadeiro, e O mesmo
j
Èr
^ mmtm
74 H r S T o R I A
fizera só com 200 homens. Desam-
jiara o General o seu Quartel, e
corre para a fortaleza do Br um
,
aonde lhe aconselhad determine to-
dos os meios mais acertados, a fim
de resistir áquella facção, ao que
elle entaõ naõ re^:ponde Que fra-
queza Offerece se um Official
!
,
que se acha possuído de valor, o
qual pede licença, e entra na mes-
ma fortaleza com desiginio de fazer
tirar uma, ou duas peças de arti-
Iheria, com que pertende accom-
metter apouca tropa, que se acha-
va de observação. Sahe com effeito
com urna peça, a qual a sahida do
forte cahio por terra, por se fazer
em pedi^ços a carreta, o que exas-
perou inteiramente o Commandan-
te, parando com taes diligencias.
Na fortaleza de que se tracta, naô
,
j».J>W.'Bil
t)o Brazil. Liv. XIX. 7í
n H r S T o R I A
ral, que elfe deve embarcar-se 2^*
horas depois para fóra da Capita-
DÍa 5 o que fez no dta seguinte pa-
ra o Rio de Janeiro em uma Suma-
,
IW '
HP iJJ
i
DO Brasil. Liv. xix. 79
farcado em pescador. Um
frade, e
um OflicialGeneral alli fôrão im-
mediatamente presos. Vinhaõ es-
tes vis Emissários de Pernambuco,
'
trazendo proclamações que lhes
,
foraõ apprehendidas.
Seguiraõ-se mui grandes ru-
mores na Cidade, que em outra
qualquer, na3 sendo a Bahia, cau-
sariaõ necessariamente alvoroço
,
por effeito das diflferentes paixueiSj
mmm Li>Mi iiaunii
S% H r s T o n i À
semelhante homem efa demasiada
rico, para olhar uma tal revolução
<
eomoEmis-
q frade ; e em quanto ao OíB^
g^j,
sano dos r^i \ x- >
w
./J^^ss^r^-^aasSi'
IIHM
64 H r í t ò n X Â
Governo de S. M. F. ^ alli resideft^^
te, de descontentar os Brasileiros
que bem pelo contrario se divisava
antes um não sei que deinclinaçao
e tendência muito superior para os
mesmos, por cujo motivo não po^
dião ser estas as causas remotas de
semelhantes procedimentos tâo cri-
minosos £^ todos os respeitos, como
cheios da mais detestável: ingrati-
dão. Outros porém insistiâo que na
realidade a forma do Goverrio das
i^apitanias era o facho mais poten*
te a atear o fogo da discórdia, e
por conseguinte a exacerbar osani--
mos de todos os habitantes daque^
le vikstissimò Emispberio y para que,
indispostos assim contra quem os
flagelava, houvessem de lembrar»-
se, e mesmo deitar mão de medi-
das violentas , e oppostas á subor-^
dinaçâo, e obediência , que devião
consagrar á Augusta e Real Pes-
soa de S. M. F. , e seu ligitimo
Governo.
Fossem porém quaes fossem â«
caudas primordiaes ^ que fizerao nas;
.-JflS
j ru j u Ignorância.
ta de uberdade, sei^ saber o que etemerida-
-^ 3
mfm
.áiiA
%% H I S T o R I A
bem por sua ignorância , como de
ordinário ressumbra, ese patentéa
mesmo na classe destes pseudo-re-
generadores da raça humana, que,
sendo quasi sempre uma cáfila de
frandunos, e piratas da titubante
náo do Estado, se fazem embaido-
res do triste povo, aquém roubâío,
illudindo-o com promessas de mui
grandes venturas e prosperidade,
que elles ^sejão apenas para si ^
e para os seus.
A experiência de séculos o ha
mostrado, e mostrará sempre, em
quanto existirem homens.
íllusoese Fhilantropos , isto é, amado-
tiamas,que
^^^ ^ ami^os dos humanos se pro-
inventares clamao aquelles fanfarrões em mui
chamados altas vozes. Nada ha entre elles,
Eeformado- questaõ nenhuma se suscita que
,
lesdeGo- y^,^^ venha
iosfo o amor e a amizade
vèrno,
dos seus semelhantes, em favor de
quem daraô a própria vida, mas,
acabada sua arenga, ou questaõ
naõse dá um passo único a pró e uti-
lidade daqueJles humanos , de quem
^e diziaõ taõ extr^mado^ amigos!]
mm
.JA'M,. J,r^-U.ill!UJS
94 H j S T O R r A
íhares sc^podiao fâzer se conhecidos
peia execração de seus delidos,
j)áo era possível que semelhantes
scelerados , perturbando o socego
desta cidade, e consiituiildb^a
por
seus horrorosos crimes na njais de-
plorável desi^^raça , se vanglorias-
sem de sua impundade , e seú tri^
uuipho. A fora âá i^rovidencias pois
que na Bahia d^rmproviso se to^
inárào, logo que eto Portugal rom-
peu a noticia, os Governadores
deste Continente primeiro que tu-
do fizerao publicar
por uma Porta-
ria o petitório , que faziao aos ne-
gociantes do Reino de uma contri-
buição , para bloquear Pernambu-
CO, fazendo lhes ver as tristes cir-
ií.^
cunstancias, em que o Estado se
achava por falta de numerário no
thesouro publico ,e ao menino tem-
po a grande congruência que tinha
esta Hiedida com a representação
que o Corpo doCommercio lhes ha-
via feito, mostrando a indispensá-
vel necessidade de repdllir com a
maior eii erg ia j eprompLidáo acj[ueli
DO BrAZIL. LlV. XIX. 95
H H I S T o H I A
Maio do mesmo anão, havçndo tido
o Governo Provisório 73 dias de
sua
duração. Os cabeças dos insurgen-
les, depois de derrotados,
fugirão
jíara o interior com coisa
de 200 *
ou 300 sequazes.
Não era (sem diívida) de es-
perar outro fim a uma irisurreiçSo,
que, supposto tivesse elementos
antigos , fui obra do momento
,
parto da inconsideração, e nunca
sustentada por um plano combina*
tio; pois tudo mostra não
só preci-
pitação, erro^, e injustiça dos ca-
beças, mas a sua absoluta ignoran*
cia em matérias de Governo,
ad-*
iiiinistraçaõ , e maneiras de con-
duzir os negócios piíblicos: em uma
palavra naõ mostrarão outra quali-
dade recommendavel, se naõ a de
alguma energia, que regularmen-
te se desenvolve em casos de revo-
luções; porém que era filha do es-
touvado e imprudente enthusiasmo
das phantasias esturradas daquelles
regeneratorios embaidores.
JEísttí acontecimento porem de^
'\
i
wmm
S8 H I S T o R í Â^
TÍ-râ^ii .jA .»
dores ou dos. vencidos ; é éÉiêí
,
'.-'
l^-X>-.
«I
..,'
ir^-'fi'^*Tr^
102 H í S T O R r Á
rante tractar antes de evitat os
crimes, por meio de suas previden-
tes e sabias leis, que de se occu*
par somente em punir os delinquen-
tes ; e por isso o meio acima indi-
cado, posto em practica, fará que
o Brasil nos offerêça um delicioso
evâsto espaço, por onde marche a
tíontinuação de sua historia , cheia
sempre de profícuos nielhoramen*
tos, e iião interrumpidn prosperi-
dade.
Ayizodò poi por este tempo que o Con-
fConde da j^ i„ r> n/y- • / 1^
Barca. Mi^
"^ "^ Harca Ministro Secretario
nistroêsá de Estado passou um Avizo sobre
cretaríod' O Commercio da escravatura para
Estado, so- Luiz Jo^e de
Carvalho e Mello,
re ocoiii'
ç^^ q^^^ jj^^ participa a necessida-
niercio da
escravatu- de de acautellar, e precaver as si-
ra. muladas violações do tractado de
22 de Janeiro pelo qual houve S,
IVÍ. por bem o prohibir aos seus
vassallos o commercio da escrava-
tura em todos os portos da costa
cr Africa ao norte do Equador, e
em algims ao Sul desta linha, aon-
d© a Coroa do Reino Unido nãa
'U
bo Braztl. Lrv. xix. lô$
lem domiilio on direito; e que por
isso devia prohibir-se que os navios
Hespanhoes se araiassein nos por-^
tos deste Reino para iren) fazer o
tráfico de escravos naquelles pof-
tos da costa d' Africa. Em virtiulâ
pois de tudo isto éra S. M.servi.*
'
1o4 H I á T O R r Á
ne ao mesmo tempo da civilização^'
que semelhantes concurrencias pro-
duzem em toda a parte, aonde se
cornmercêa.
Trabalhos Movido pois destes aolidissi-
nad^rda'
^^s princípios , e penetrado dos
Capitania Sentimentos patrióticos, que o di*
do Espirito rigiao, trabalhou o Governador da
^aiito. Capitania do Espirito Saneio Fran-
cisco Alberto Rubim, e fez totios
os possíveis esforços para ver se
abria uma estrada, que fizesse a
communicação daquella Capitania
com a de Minas Geraes^ e de facto
se via já por este tempo (em con-
«equencia de seus desvelos) aber^
ta uma estrada com mais de 22 le-
goas de distancia, desde o ultimo
morador do Rio de Saneia Maria ,
até perto da margem do Rio Par-
do, e nella estabelecidos comas
competentes guarnições os Quar-
téis de JS;'ay«??^Yjf Pinhel Serpa ^
, y
106 H T o R I A
índios Botcçudos , uma vez que
líáo achassem por toda a parte a
sua Real Prolecção, e defeza, co-
mo aconteceu aos pri-meiros, que
lavrarão íís Minas do Castello, e
^s cabeceiras do Rio Itopamerim^
pertencentes a essa Capitania^ e
que fôrão obrigados a abandonar as
& Povoações 5 que aJJi havia , para
em proximidade da costa e sobre
mesjiiO Itapamerim se estabele-
cerem COO) maior segurança.
Meios de p^j. qnaiifo
era certo o haver*.
l^e ^^'^^^strado a experiência que um
çiwl/s^cao,
ç pacifica-* ^^s rnelhores meios de se conseguir
çao dos In- a paciíicpçâo, ç civiiisaçSo desta
^
diqs, &,c« e de outras barbaras raças de In-^
dios consistia em se fazrrem Iran^
siíaveis por muitas edifferentes es-?
iradas os extensos bosques , em
que se acbavao abrigados ^ a fim
dp que por Ioda a parte houves-
sem de encontrar os aítractivos da
civilisaçao , sendo convidados com
brandura ao reconhecimento e su-
jeição ássiias leis; assim corno tao-».
bem deveriôo ser proarpíameiUe
©o BraZIL. LiV. XIX. lOT
castigados os ^\e commettessem
hostilidades e por essa razão era
:
108 H I 5 T o R I A
linha e outro sim que pelo limite
2
112 História
nas mesmas cartas o numero ãé
pessoas , empregadas na minera-
ção a fim de que em cada anno se
podesse fazer alguma idéa do re-
sultado destes trabalhos, e se ha-
via, ou nao, extravio do oiro em
pó, a que se deveria. accorrer com
as providencias , que parecessem
convenientes: Que todo ooiro, que
te exirahisse , fosse conduzido á
Junta da Fazenda com Guia, paa-
sada pelo Commandante do distri-
cto, ou pelo Guarda Mór para
,
to 5
que o contrario lizessem :
os
Que no !im de cada anno fizessem
?ubir áSua Heal Prezença pela Se-
cretaria d'Es1ado dos Negócios do
Reino e pelo Real Erário uma
5
114 Historia
Povoações, que se formassem ; e
beíB assim tudo o mais que neces-
sário fosse, paraque com pleno co-
nhecimeiíto houvesse S. M. dedai^
as providencias ulteriores, que lhe
parecessem convenientes.
Reflecçâo Por estas e outras análogas
plausível
em elogio
providencias e medidas do nossa
ao Senhor Soberano o Senhor D. João Fl ,
D. João VI. . conspirando todas para o mesma
fim da inutua e reciproca felicida-
de de seus vassallós do Brasil, se
vê cada vez com maior evidencia
quaes erao os cordiaes sentimen-
tos, que o animavao sobre a pu-*
blica prosperidade de todos os seus
Estado^ ^ pois que, engrandecen-
do^se o Brasil , bem níanifeslo é
que o Continente de Portugal de-
via participar da influencia de suas
riquezas.
EaviatSa- Foi pois por meio daquella
bem S. M.
carta Regia , de que se acabou de
€>utra Carta
Begia ao fazer menção, que se dérao todas
Governador as providencias, e se toa)árão as
de Minas profícuas medidas para que o Go-
Crefaesj &c.
vernador da Capitania do Espirito
i
'^TifffíiSiii^wx^;
ÍH H r Ê r o r t a
Santo-, tendo se ^
ll^^^f^^^^^
^"°*
^ ^- mais que tudo em
(além davista
conimunicaçiio e segurança doa
,
P
mM Mmà^^
117
L I FR O XX.
1817.
^i^<f^^*^f^f»^f-ít^<t^J^0'r(f*j\M^é<^
118 II ! í T O R 1 A
mirando se de que aquella Provín-
cia, aonde tantos homens valoro*
cos, e honrados se illustrárão por
feitos gloriososna expulsão de um
inimigo poderoso, e restauração da
Coroa Portugueza^ fosse neste tem*
po o Theatro, onde indivíduos in-
dignos do nome Portuguez perpetra*
ião uma rebelliao atroz, ousando
(depois de excitarem a desordem
popular) derribar o Poder Repre*^
sentativo de S. BI. naexpulção do
Governador , que os regia , e eri»
gir um Governo faccioso.
E em summa forceja por lhes
fazer sentir, e conhecer adepíora*
vel situação, a que podem reduzir*
€e , proseguindo em seus desorde-
nados intentos ; pois que S. M. lhe
crdenára ofazer-lheselle o bloqueio
dos portos de Pernambuco pois :
pequeno.
Esperamos de V. Ex/ nos de
todo o soccorrOj como pedimos , e
a serviço do mesmo Soberano. Deos
Guarde a V. Ex/, &c.
r /rada
do nosso
Em
quanto porém ao progres-
so das nossas armas victoriosas pe*
Exercito
em Monte- la entrada em Monte- Fideo ^ cons-
video, tou neste tempo que o Tenente
,f
General Carlos Frederico Lecor
Comraandante da Expedição des-
iN tinada a pacificar a margem orien-
tal do Rio da Praia sahira de Mal*
donado no dia 14 de Janeiro ; e
que, havendo-se posto em n^aicha
para Monte- Video com asforç.^.s do
geu comxnando, tendo combinado
DO BrAZIL. LlV. XX. 121
122 Historia
do p0rto no dia 17, entrou o Ge-
neral Lecor em Monte- Fideo ^ com
as suas tropas, no dia 20 dej;inei-
ro, ás U horas da manhãa entre
os applausos e vivas dos habitan-
tes ; e immediatamente eJle mes-
mo foi em procissão acompanhado
do Cabido , e de todas as Corpo-^
rações da Cidade assistir ao Te
Deum em acção de graças, que o
Cabido havia mandado celebrar.
Pateniêa Tratou porém o mesmo Ca-^
:ssetdl bido de fa.er a S. Ex/ o Tenente
zejosd^paz General Lecor a exposição dos de^
5iòGeneral sejos de pa^ e traaquiliidâde que
,
iecoT, aquelle povo tinha constantemente
li] ani festa do, havendo ^ido obriga-
124 H I S T o R I A
da sua guarnição a desampara'rãa^
marchando para outros destinos. E
que por tanto a MunicipalidadQ se
achava á testa de um povo pacifi-.
CO e absolutamente tranquiilo, o
qual bem longe de defender-se
,
12Ô Historia
Seguio-se pois o ir o General
Lecor tomar as medidas mais for-
tes e efficazes , para dispersar e
destruir alguDS bandos deArtigas.,
que ainda não cessavao de infestar
aquelle pair^, para que a boa or^
dem e segurança piíhlica houvesse
de succeder á oppressao e anar-
chia, que tmito haviáo devastada
r € por tilo grande espaço de tempo
aquella fertilissima província.
m Toem-^se SiD quanto porém árevoluçãa
Id^^odr -^^^^^^^^"^^^^ de que ha pouca
?
é
128 Historia
do sido abandonadas todas as suas
posições em appressada fuga, se
acharão pela manhãa no Campo de
batalha, 5 peças d^artilberia de
differente calibre
, e grande quan-
tidade de munições e mantimen-
tos, e a caixa militar com perto
de i:000|a(>a de reis. Fizerão-se-
lhes muitos prisioneiros, e houve-
rão taobèm muitos mortos e feri-
das, grande parte dos quaes erao
OíRciaes, e alguns delies cabeças
dos insurgentes.
Depois desta gloriosa acçáo se
recebeu noticia de que oinsurgen*
te Martins ia marchando á frente
de uma columna sobre Sennhaeni
porém íogo se destacou nxn corpo
de 300 homens contra eile , com-
inandados pelo Capitão de Milicias
da Villa do Penedo Auíonio José
dos Sanctos, o qual derrotou com-
pletamente a sua força, fez-lhe
í muitos prisioneiros, e entre outros
b celebre chefe da revolução o mes-
mo Martins: e desta maneira se
deo íim aos deploráveis eíieitos de
3" iite
130 ÍI r s t o k í A
os Negoci-
Foi por esta razão pois tíue
antes (la estes mesmos Negociantes se
pres-
Praça de tarão immediatameníe á
contribui-
Lií>boa a ção delJes exigiria, dandose
uma con- mui
tribuição
promptos as máos para a pacifica-
i
ção e tranquillidade de Pernambu-
co; poiá que d outra sorte iDui bem
víão eJlesque o seu commerciocom
aqueJIa provincla se havia de todo
estagnado: e por essa razão se po-
de affirmar, que , siipposto devão
os honrados particulares p.^tentear
mui grande adhesão ao legitima
Hi- Governo de seu Soberano todavia ,
1
li
60 BRAsrrt» Lir. rx. I3l
f]|ueas connexoes políticas , entre
Portugal e o Brasil, devem ter por
fundamento a reciprocidade de in-
teresses ; e esta se deve ir buscar
no laÇo com m um dos ganhos do
Commercio de uma e outra parte ^
o que facilmente se acha no con-
summo das producçôes de um no
outro paiz.
O Brasil, attenta a mui dimi*
nuta população comparada com seu
território , não parece poder tor-
nar se em pouco tempo um paiz
fabricante; e por isso a preferen-
cia dada ás manufacturas de Por-
,
132 Historia
duações militares de certos 01H-
ciaes de Fazenda , e é seu theor o
seguinte: ~ Convindo regular as
graduações militares, que compe-
tem aosOfficiaes de Fazenda que
,
em algumas Capitanias deste Rei-
no do Brasil , ainda servem de Ve-
dores de Gente de Guerra, e, nes-
ta qualidade exerci tao as funcções
de Thesoureiros das Tropas das
mesmas Capitanias e ao mesmo
j,
em geral
as inilicias O Conselho,
&c. como acima.
iSâ
ftncralde
.
'^^
.^f^^^fà^
nesíe tempo chega^
^^ Porlugal ao Rio de Janeiro
I>. Pedro O tumulo magnifico, qoe ElRei
CmIo-s de Nosso Senhor mandara construir pa-
•/ Bourbon e ra deposito dos restos preciosos
^^^^aiiça. do
gç^ muito amado Sobrinho, e Gen-
ro a Senhor D. Pedro Carlos de
I'
Borjrbon e Bragança , Infante de
Hespanha ^ e ilimiraníe General
da Marinha Portugueza quiz o
^
mesmo Augusío Senhor dar um
publico testemunho do seií amor e
piedade, ordenando que no Con-
tento dos Religiosos Menores Ob--
ser?antes ge abrisse o Sepulcro do
Kereoisshno Senhor Infante Almi-
rante General, e se reconhecesse
â idenUíhlíle do Corpo alli deposi»
tadoy p^^Jo Regedor;, e Chaneeller
DO Brazií. Lllr. XX. ISS
l^B Historia
para o Convento, o l.* Regimeii?.
to de lihuleriã de linha.
A'ã 10 horas e um quarto co-
jmeçou o Excellentissimo Bispo Dio-
cesano a Missa, tendo poi* Assis-^
tenre o Jllustrissinio Monsenhor
Deáo, è estando tãobem presentes
osCónegos da Real Capella rica-^
mente paramentados ^ e os Capel-
láes e Cantores da mesma para as
suas funcçdes respectivas. S. M.
e Seus Filhos occupavão o lugat
destinado.
Este templo se achava sum^
jituosamente revestido de fúnebres
m\\ ornatos , e continha no centro o
elegante Mausoléo^ a que estava
sobre-posta uma Coroa doirada. As-
^'i »
Senhor^ offereG.eado-v:Qsd:apar-.
^ííSík
138 Historia
te de Sua fliagèsfade, o Impera-
dor, Meu Aug-ustissimo Amo, os
« ^eus mais sinceros narabens sobr^
^ feliz elevação de Vossa Magesta-
fie, ao Throno de Seus Antepas-
sados , é do meu dever enunciar
?otos, cuja expressão será um no-
yo testemuíiho dos sentimentos dq
altq. estima, e de amÍ7,ade,
que
Sua Majestade Imperial nunca
deixou de manifestar pelos desti-
nos de Vossa Illustra pasa.'
Qxalá, Senhor 3 que a 130V4
^ra, que Vossa IWag-estade impri-
inio a seus vastos domínios do Bra-
sil , apague para seinpre os vestí-
gios de sjstemas, de ora em diante
incompatíveis com a exigenpia das
luzes sociaes , e com a regenera^
çao da ordem politica na Europa.
Os priíicipios sábios eliberaes,
que demanda o espirito verdadeiro
do Cíiristianismo , desenvolvidos
pelas leis da moral politica e admí-
íiistrativa , que não podem ser es-
tranhos aos sentimeníos de Vossa
Magestada , são as unioas bazes
DO BUAZIL. LíV. XX. 13»
140 H r S T Q R I A
€special amizade, que sempre ti-,
vera por Sua Magpstade, o Impe-
rador de todas as Russias, e o sin-
gular ^ppreço , que fazia desl^
"
Embaixada ^
'^^f
142 H i S T o R I A
ta de disciplina tinhâo
os Offlciae^
culpados introduzido nestes
doís
l^orpos, que nenhum dejles
obede-
ceo á vóz dos seus Chefes
, e se
pozerão em declarada insurreição.
U Brigadeiro Manoel Joaquim
í-ommandante do Regimento de
Artilheria , foi colrirdemente
as-
sassinado por um Capitão,
aquém
deo a vdz de prezo; e
animados
com este exemplo os Soldados dis-
pararão as suas espingardas
sobre q
Coronel Ajudante d'Qrdens,
Ale-
xandre Thomaz , Official geralmen-
te estimado que o Governador
,
mandara aos quartéis, para com
o.
mencionado Brigadeiro acoramodar
o tumulto.
^
Perpetrados estes assassínios,
forao em tropel ás cadáas
pôr em
liberdade Domingos José Martins
e soltar todos os facinorosos
, os
quaes se lhes associarão para as.
subsequentes desordens daquelle
ííia, em que perderão a
vida ai-,
guns 16 indivíduos. O Governador
teve unicanieiite tempo de reCQ-
DO BrAZIL. LiV. XIX. 14Sf
lU Historia
meiras noticias de tao nefando â-'
contecimento.
S, M. com Sua Magestade EIRei D. Joãa
toda a pre-
$ença de es-
VL aperar do abalo, que lâo
,
1 1 i'
pirito d 4 as sacrílego attentado faria no seu Ex-
pecessarias tremoso 6 Paternal Coração sem ,
providen- sossobra, e com a maior presteza
cia^ &ç.
deo logo providencias, para obstap
a que os malévolos nao conseguis-
sem. por meio da força e da seduc-
,
146 H I S T o H I A
gataj uma Esenna, eduas Corve**
tas, debaixo docommando do Che-
fe de Divisão Rodrigo Lobo.
ii^C^nf/^ •
^^^^ ^^ coutinuou aproviden-
ÊoTe33i^ ^^^^ sobre a organisação, municia-
neiro ptos- inento, ópreparos das trepas que ,
148 JH í S T ò H i i
Tractado Neèté meáíBO árínò de Í817
28 de Agosto se concluio em
em
Eire\i^^
Frauça, e P^^iz uiii Tracíado entre Súa Ma-
8.M, El- gesítade EIRei de França ede Na-
KeiíiePor- varra, e Sua Magestadé ElRéi de
tu^al.
Portugal, áb Brasii, e dos Algar-
ves , de cujo theor saõ Os artigos
seguintes.,
Art. Sua ÍWagestade Fide-
1.**
titude Norte.
2.* Nomear-se-baõ, ese despa-
charão immediatameMteCommissa-
rios de ambas ás partes , paia fixar
ilifinitivamente os limites das Guy-
^íidt> Franceza e Fortoguezaj cofí-
f)0 BRASlt. Li^'- "^^^ ^"i^^
^1,
Artigo separado.
^Sâ II r § f o R í £
proposto formar os Sócios assígriíTÍ
dos uo-i mesmos, pedindo em nome
e a requeri Oiento dos mesmos Só-
cios a sua Real Approvâçao de to-
do?; os artigos, de que se compu-
nhclo, para poder proseguir o pia-
rão de Mineração projectado, nao
H !
obstante o haver o dicto Capitão
General provisoriamente mandado
pô lo em
practica ^ pelas vantagens ,
quede um ta! Estabelpcimerito }x>-
diao resultar á sua Real Fazenda^
r: e aos habitantes daquella Capilania
onde por sua centr?\i posic?Ão ne-
nhum ramo dMndustria parecia
mais conveniente, do que a lavra
dos metaes preciosos, &c. era o
mesmo Soberano s^^rvido approvara
Companhia de Mineração
W 1
*
referida
do Cuiabá, para cuja formação ha-
via elleCapilão General concorrido
comtnoto zelo, regulando-í^e pelos
Kstatutus, que coiu a sua Carta
R'"*gm ihe érão remettidos, e assi-
gnados pelo Conde da Barca, do
sea Conselho de Estado Ministro e ,
lS4 H I s 1* o ^ í À
zar com todo o cuidado as minas ãe
Sal, que houvessem naquelle ter-
ritório, para que podessem ser ap-
m proveitadas em dicidida vantagem
de seus Vassallos ; assim comotaõ-
bem lhe proporia elie Capitão Ge-
neral tudo quanto lhe parecesse con-
veniente ao progresso, e riqueza
da Capitania &c.
Colhe se portanto d'aqui , e
dos Estatutos^ concebidos em 22
artigos o quanto S. M. F. sevia
animado dos ardentes desejos da
prosperidade do Brasil, para que^
dado o contacto, em que se acha-
va com Portugal podesse recipro-
camente progredir em melhoramen-
to o Reino Unido de Portugal ,
1^ ^
Reflexoef
Os Estrangeiros ,e muitos mes-
sobre as fal-
mo dos nossos Portuguezesestaõ cos- sas idêas
tumados a íFormar noções muito er- que muitaií
radas sobre as riquezas do Brasil estrangei-
poistem havido homens, que espe- ros a na-,
cionaes tem
rançados desahir dalli em mui bre- forraatlo á
ve tempo carregados de riqueza, cerca d®
voltarão desconsolados, e talvez mais Brasil.
pobres 5 do que foraõ. Alguns até
imaginarão, que naturalmente ha-
vjaô de encher um saco de diaman-
tes , se obtivessem permissão de
visitar o Districto Diamantino no
Serro do Frio.
Umcerto Mr. Mawe , eoDr.
Cove , da Inglaterra , obtivéraõ li-
cença , um para explorar os thesou-
ros mineralógicos do Brasil , a be-
neficio do seu Governo; o outro pa-
ra o estudo do respectivo Reino
Vegetal, a fim d^ publicar depois
uma Materia-Medica , outros se
propuser ao a supprir as necessida-
:-f..--r-
mussBÊmmÊÊÊtÊÊ
156 Historia
des dos habitantes pe!a baratezá (Ia#
suas fazendas porém de todos es-
:
160 H I S T o It I
M' íl
IDO Brazil. Lrr. \T. Ui
íaz na America Hpspanhola, nem
Vulcanos , ou montanhas , sobre que
se observe gê!o.
Fali a -s*
Nestas circunstancias, o ter-
remoto, que aeonteceo no disíric-
^^^^^^7u I*
to (!a liha Grande 20 léguas em j|^^ Qj-^n-
distancia ilo Rio-cie Janeiro deve, de, &c,
sem contradicção contem plar-se ca
mo um notável pheoomeno-, porém
foi sentido somente em um circuita
de poucas rnilíias, aonde todas as
montanbíss vidinhas são compostas
de granito e gneiss.
A declividade oriental da sobre
dieta Cordilheira acaba quasi im-
percepíiv^lmente até que se une
,
iè2 n í S T o R r A
dizer, arvores ainda não descripía^i
que abraçâo centenares de diffren»
tes de aítos e direitos troncos; e
enlaçando se como o massaine ^
que segura os mastros dos na-
vios 5 as arvores entre si as de-
fendem da fúria dos frequentes tu-
fões de vento. Teai-se notado (lue
as arvores dos mattos no Brazii nun-
ca deitão raízes profundas ^ e facil-
mente os ventos as deitão por ter-
ra ^ a menos que se nao achem li-
gadas a outras arvores pelos cipós,
queé nome genereico ali dâs plan-
tas trepadeiras ; e então formão cer-
ítn
ta massa taõ interlaçada , quase
podem muibem cortar mais de trin-
ta^ sem que alguma delias caia.
Eíii quanto porém á encompa-
ravel fecundidade destes bosques j'
quandose tornãoculturadoSj o mun-
do todo não offsrece ao observador
uma Região mais productora, nem
inais infatigável em-guas assíduas
rei)roducções ;
tem alli oh-
pois se
seivado que deitada a Svjmente á
terra, ou esta seja de curcaes, ou
fto Brazil. Lrv. xx. les
164 H í S T O íl í A
Feliz mil vezes, e mil ve^el
afíbriuíiado o Brasil, que p^la ze*
losa actividade e energia dos nos-
\Sos Portuguezes , a cuberto das
leis
se sete vezes =
viva ElRei N. S. e toda a ,
Assignado.
s» Domingos Theotcnio Jorge &c, ^
170 H I â T O R t £
Formão- Foi por este me?mo tempo que
^'^' ^^^' -D. JoAO VI.
foi servido
'os^de mI"
licianosvo- ^zer levantar dois corpos de Mili-
luntarios , clanos voluntários formados de dois
,
172 H í S T O R í A
gegue»se Houve
tãobenrf outro facto de
outro facto
de 11 111 ia,-
Lavrador,"1
(;^j.|^
.
que mostra assas
viador rela- vivamente o grande zelo e energia
tivo ao patriótica dos oíesraos Paulistas ;
mesmo ab- pois, náo tendo o mencionado La-
jecto.
vrador filho algum , aquém podes-
ge fazer servir a Pátria , e seu Re;
naquelJa crise tratou de comprar
quatro escravos pardos, aos quaas
deu logo liberdade , e lhes fez as-
sentar praça para o mesmo fim.
Estes, e outros factos análo-
gos provão a toda a luz que ossen-
íi mentos daquelíe povo são cheios
de toda a fidelidade e amor patrió-
:
de Alegrete do Conselho de S. M.
Governador e í^apitao General da
Capitania de S. Pedro.
Nçslas Cartas Regias, dirigi- Caxtasr©-
^^^^ ^^ f
das aos' 2 mencionados Generaes se quaesse©o- '
A n r
\e que ellas tendem ao mesmo hm gg^va a li-
. 1
174 Historia
6â todos os Corpos Militares, qnè
tâo (iigriaiTiente o haviíío servido;
expressando lhes ao mesmo tempo
o seu Real agradecimento pela brio-
sa intrepidez , com q oe se houve-
rao em gerai em todas as occasiõe^
de combate, e especialmente nas
deCorumbé e Catalãa
DáS.M. Alem disto há S. M. porbeui
aos OíFi-
dar aos OíBciaes, qne mais se dis-
ciaes mili-
tares um tinguirão y um testemunho de Sua
testomunho fleal satisfacçao sendo sc^rvido pro-
desuaReal mover os indicados em oma rela-
satisfacçaõ. çi|^
^ q,j^ f^r^^^ enviar, acompa-
nhando o Decreto 5 de que lhes de-
via ser remettida uma Copia, &c*.
E portanto havia outro sim por
bem o ordenar-lhes, que mandas-*
gerh proceder ás competentes pro-
postas 5 para preencher em todos^
os Corpos Postos vagos , tendo-se
nestas propostas comtemplação e
preferencia em igualdade de cir-
cunstancias aos Officiaes, que fos*
^em mais distinctos nas acedes , &c»
Ordena pois finalmente que
.i^ssim se proceda , para subirema-
to Brazíl. Liv. XX. 17Í
quellas prppostas á Sua Real Pre-
sença com as observações delles
Generaes , a fim de merecerem a
Sua Real approvaçâo , ou resolver
o que julgasse mais acertado: as-
sim como tãobem os encarregava
de formarem logo relações de todas
as viuvas dos Qfficiaes inferiores^
que morrerão nos differentes com-
bates , com especificação dos seus
nomes, e das acções, em que mor-
rerão, para que, subindo immedia-
tamente á Sua Real Presença, Man-
dasse expedir as ordens precisas,
para serem as mesmas viuvas con-
templadas com o vencimenío de
metade dos respectivos soldos de
^eus defuntoi maridos^ &c«
i7(r
LIVRO XXL
1817 18 i 8.
Prosegue S, M. no encomparavel
desvelo^ paternal influencia
e
n©s melhoramentos do
BrasiL
*v/v/v/^v/i<A/V\/n/*/><A*t *'J^^f\f^*\t>itm
18Ò H í B T Ô íl í A
1^
gens, o que alé agora se tinha ge-
ralmente por impussivei.
Proví-íen-
Ná(i» deve omaiittir se aqui a
^ f ^ cias dadas
construcçao do cães, e rampas en-
t
g^ ^^
Ire as quaes se dií^tingue muito a p^j-a i^bras
de Valoneo. públicas*
De pois de providenciadas as
. primeiras necessidades piibheas ,
.
',
, Guerra do
, .
da f" "^'^
r.'onh^Cf^u mui b^m clara-
"•
"'^-;/- V -rííadeiro inoiivo de
^ \^'"; \- <jí^ Rio de Janeiro
*
r ': í ^^Ui:)íi'a ífe SacranentoiíHa
l^v^^rá i)tii" ) !i<iais kV> rj3]e o ter Arti-
/>'a'i sr-jin ] ) rnqíjolíe porta, o l^^i-
CO, quH lii.'! r/í-^^r:
desor-
,-
230 Historia
dainente ficassem inteirados de
seuf
deveres sobre táo líiil corno ne^
,
queííesdezannosnão só as mesmas
passagês, como taobem todo o es-
tabelecimento do Correio pela ma-
neira, que o mesmo devia ficar.
Ouíraspro-
Assim se coníinua a obs^errar
DO Brazil. Liv. XXí. J91
a Régia e Paternal infliuncia de vjdfnrias
íao aniavel Soberano , pela prospe- ^^^^^'^^
f"^^"
"^^^^*^^'
liilade, que naqnelíe Eniisphérío
do Brasil se cançava tanto em gran-
gear a seus Vassallos ; pois já em
doze de Agosto de J 8 17 havia o mes-
mo Senhor feito expedir honia Carta
Refíia sobre as Sociedades das lavras
das Minas doonro ac Capitão Gene-
ral das IVlinas Geraes , com os Et;ía-
lutos 5 que a acon]j)anhárad, a íim de
que a ipineracaô , cahida ale alliem
deleixo, houvesse de se fazer f levar
^
a um pé de grandeza e fecundida-
de comoaqiiella, de que semelhan-
,
tes terrenos
fazem susceptíveis.
!?e
ÍH H I o R r A
apezar cFesta grande diffVrençâ ^
daô sufficiefites locros aros empre-
hendedores, que as lávraõ* e que
por isso querendo animar est e im-*
,
W
rtííi
^
Os insurg entes , depois que
fôrao rechaçados pela ncsfc/j fatlu-
lha do Passo de S. Ferriíuííio se ,
^
'^íàÊmmâig&m^^
194 rt í S T O R í A
196 H I S T o R I A
m'''/--^'
J0
mmm
198 H I S T o RIA
Crbacão Foi S. M. trõbem servido le-
da\iila de
povoaçaõ de S. Vi-
yg^jj^^^j. gj^j y\]],^ jj
fe. Vjcc-Mite ,1-. 1 n/r B 1
^íl^Sv:.*"''^' •
mm^
:ti::lii.l»fíií:
200 Historia
Que a Hespaiiha s^riamenfe
desejava adoptar um cannnho que
não só fizesse desnecessário este ex-
pediente, mas que removesse de
uma vez , com este mal , lodos
os outros, que affligiãoos seus do-
minios no continente da America
Mei'idional. Que sentindo o have-
rem falhado todos os seus esforços,
para tornar a chamar os seus súb-
ditos á sua homenagem, e sensí-
vel ao mesmo tempo da inutilida-
de de prolongar o presente estado
de guerra , estaca resolvido a pôr
termo, de qualquer modo que fos-
til
se, á effusao de sangue, naquelles
In i
Mi- kl
nha um plano geral de pacificação
debaixo da garantia da Inglaterra,
como aPoteucia mais eflicazparao
mesmo fim , &c.
Continua ~ Igualmente se dizia poreste
^^p^p^ q^e o Governo de Buenos-
oobjectoda
ITí^Lt'
meriçana.
Ayres fizera marchar uma divisão
de 2:000 ho?nêíí, debaixo do comman-
do de Bacharel para atacar e des-
truir a for^a que Artigas commaa-
,
'\
sível , nem
por direi (o alguní a(iujis-
sivela íliltá ííe resi^^tcricia áquelles
inimigos (!a parte do G;ibÍL'(Me do
Rio cie Janeiro, que, visk) tí;ío se
haver deitado uíaõ d?) seirudharilo
inedidíí, e nao se haver tad pouco ga-
rantido a indenmisaçaõdos damnos ,
204 Historia
to jamais foi das suas intenções nem .
mmífe^:^i^'^-T'''^^'^':
210 HfSTORíA
Eis aqyi corno este piedoí^o Mo-
n ar eh a se rí)osl.ra sensíbi li sacio era
fa vor d e se us Va ssa i 1 os ;
pois a >e z
] V
1^
BO ^^AtíL. LlV. XXI. 211
CO, todavia se vê inclinado á com-
paixão e cleiUi^ncia , perdoando á-
quellcs inesmus ^que taÒ temerária-
iiiente e com tanlo orí^iilho se ha-
viaô arrojíído a deíVaudálo de seus
inauferíveis direitos de Realeza ,
e legitima Soberania.
Foi taõbein uesíe mesmo tem- Primeira
po que S. M. P. na sua Corte do Alvará sô«
bre otrata»
Rio de Janeiro se dignou de fazer mento dos
promulgar um Alvará, em que, Governa-
tendo consideração á preeminência dores dos
do Cargo de Governador dos Rei- Reinos do
Portugal ,"«
nos de PorJLugal e Algarves j e á re-
Algarves.
preserítaçáo que devia ter, para
mais fiiciimente conciliar o respeito
dos Povos, mui necessário para o
desempenho de suas fuíicçdes 3 e da
grande coaíij.nça que nelies tinha ,
,
^T%j^;/.i^^!i^'-
iLMJSimiMs^sm \tà!ÊÊm WtfmiMfr
iu H í n.T o n t A
Tabeliã dos do Alvará ge expedio uma tabeliã
dos direitos^ que S. M. honve por
direito* so-
rxA
DO Brazíl. LfV. XXÍ. 217
M.
,
que havia sabido em data de
de Fevereiro, 1818, a incança-
6
vel Camará da Villa do Recife pas-
sou immediataiiiente a mandar af-
fixar editaes 5 em que fazia vêr 09
puros sentimeiilos de taõ bom Mo-
narcha. Alem disto enviou os agra-
decimentos a S. BI. F ; e como
restasse ainda allí a fazer-se a ce-
lebração das festas Reaes, Accla-
mação de S. IVí. F. tractárao em
consequência de seoccupar daquel-
le festejo que devia ser em taes
5
«'
21B Historia
honrados Pernambucanos, que iiiaiâ
|>or violência 5 do que por vontade^
própria dos mesmoí*, se vião na ur-
gente precisão de se deixarem ar-
rastar por aquelles tyrannos, eseus
nefários satellites.
Decreto pa- Neste tempo se tinhao certi-
la se esta-
g^g^^^ OS Brasileiros da utilissi-
ma Legião, ma providencia 5
que S, M. foi
carnagem.
Osjugares; que- estávao de-
baixo do Governo de Artigas con)o
Corrientes, e outros , expulsarão |
'
wm
DO Brasil. Liv. xxí. 22S
fossem apozenlcidos 3 Deseinhar-^
gadores da Relação da Bahia e :
'"^'^2^í^i»9^í^^^l^*-"^' i^ V • r:T«*«^^«|Ç!jg=^^-;^
Wim
tM it í g f d M 1 A ^
tu M i s t o it í Á
detalhe qiiaes e quam horriveis é-
raõ os ailerUados deste scelerado
insurgente e temerário iíívasor.
SaÍMílado Sahio pof tanto eiitaõ pof es-
navio Moii-
^^ período o navio Poríuguez Mon-
íe-Ai :-re,
^j^^j.^ de 900 toneladas do Ria
|^
íoí ap-
íecimentos, de Jaiíeiro para Lisboa; e
&c. prezaílo pelo brigue La-Portuna,
'
que se dizia ser propriedade de Ma-
theus Murray , Jesepii Karrick , Jo-
sepb Patterson JoaòSnyder, Joaa
,
Ax.
bo Brasil, Liv. xxr. 221
sario se por um acdso se rtaquelfa
occasiao vio malog^rada a sua pér-
fida e criminosa pirateria; pois que
por isso a mais justo titulo se cha-
mará pirata^ e nao Corsário legiti-
mado pelo direito da Guerra , com
tudo a excepção do navio, que por
áquella maneira soubera evadir-se^
naquella mesma ocasião, nao dei-
xarão outros muitos vasos de ser
desgraçadas prezas de Corsários ar-
mados pelos Americanos Inglezes
com a infame protecção de Arti-
gas; e com muita particularidade
aquelle( entre todos) o mais JÉamige-
rado^ com o nome de El-Patriota,
e Énejliigo de Tyrannos, que era
O mesmo chamado taa)bem La-For*
tuna &c.
,
í
228 Historia
íatrocinio, epirateria; de modo
que por este tempo se havia averi-
guado ter elle ( pelo menos) 16 cor*
sarios ou mais propriamente fal*
/
à\^
»-.iP
i«MMÍ
230 H I S T o R I A
de bandidos, que de nada valê^
fe
ra por se nâo poder arvorar Arti-
5
AC.
DO Brazil. LlV, XXÍ. 231
rateria ;e por isso sujeitos á pena,
que lhes G
impunha o direito das eli-
tes reconhecido por todas ás Na-
ções civilizadas; «nas quem raàis
deve cuidar em reprimir semelhan-
tes attentados ó o seu Governo,
para nao perder aquella opinião lao
benj estabelecida de que goza, e
iii<51a essencial da existência politi-
232 Historia
cão, e protestos de dezignios de
bem piíblico, e virtudes, e por is-
so foi protegida abertamente por
algumas Nações Europeas, cujos
benefícios os Americanos desconhe-
cem como ingratos 5 retribuindo de
nn) modo bem pouco merecido. Se
prosegue em sua vereda chegará
tempo em que venha a succumbir
aos esforços d'alguma liga formidá-
vel, que derroque o seu poderjque ai-
guri!^' vezionarios suppõem collossal,
íL
DO Brazil. LfV. XXÍ. 233
minem a obra im mortal dos Washin-
gtons , e Frankiins. [^]
tC-<
L I FH O XXII
1818 — 1819.
«r^/i/V/J/V/NA^VA/ / /S/»A»
N '^^
W
DO Brazil. Liv. XXIf. 235
236 H i s T o n I A
gresso Geral Constituinte das Pro
viooias Unidas do Rio da Prata [*]
relativos a sua recente independên-
cia. Só agente preoccupada senão
convencerá de que os soíirimentos
daquelles povos tiohão sido levados
ao maior apuro; que setinhão con-
servado unidos á Metrópole duran*
te ás commoções, que abalara até
os fundamentos do império Hespa-
i}bol levado ás bordas da sua qua-
2Í inevitável ruina pelo infame Go-
doy , e seus sequazes; mantido u«
ma passiva 5 e degradante obediên-
cia a diversas Juntas que seintitu-
lavao Supremas , e se instauravãò
por authofidade própria; rechaça-
do os ataques doslngiezes, remet-
tido dinheiro, e recursos de gran-
de valor em auxilio dos Europeos,
recebendo, depois de tão honrada
conducta em recompensa, proscri-
238 H I S T o R I A
lha de Mai- peito se dispazerSo aquelles povos.
po, na qual
é anniquil-
Mas elles tinhao ainda muitos obs-
lada toda a táculos a vencer,e soperar. Os realis-
expedição tas oecupavão as melhores poziçôes
realista seus Exércitos estavao mais bem
destinada a
providos do necessário , e erão me-
subjugar o
Ihoi^ desciplinados capitaneando-os
Chiil ,
24a HiStORIA
antecedente na batalha sanguinoza
deTalca S. Martin sem peider o
acordo x*eíirou-se com as relíquias
do seu exercito para Santiago 5 on-
de Q patriotismo dos habitantes re-
mediou aquelle infortúnio, quepii^
zera em perigo a liberdade ChjJe-
na todas as corporações secula-
:
242 H ISTO RI A
pelo seu esíado precário de forças
inhabilitada para obstar a eslas re-
petidas agressões. Por is&o o dever
imperiozo de procurar a ventura
dus povos , que governavão ^ garan^
lindo-lhes suas propriedades, e vi-
das, fez que ambos os Gabinetes
seguií^sem a vereda , que uuiacon-
ducta sábia Jbes prescrevia. iNào
obstante estas claras demonstrações
de justo proceder 5 de nada valeriao
para com o Governo Hespanhol , se
estivesse em estado de pedir satis-
facçào da supposta injuria: assim
iiiesujo queixou se ^ ameaçou^ po-
rem tiido iníi^uctuozamente [»J. A-
lem de que; o coJii porta mento da
Hespauba nos territórios Fortugue-
m^ '-
-^ly^iOTfiiLiõi
244 H T S T o R I A
rem os Governadores,
que alli ti-
nha posto, e mandarem Deputados
aBuenos-Ayres a fim de serem ad-
mittidos á uniaô das Províncias in-
dependentes do Rio da Prata.
Pinto pas- O GeneraJ Pinto effeituou fi-
TLuáT "^í^^^t^ uma operação, quejá de-
dois mil via estar realizada; passou o rio da
Portugue* Prata,destinando-seaoParana,cujas
zes. margens eraõ as fronteiras que de- ,
via occupar. Assim começariaaso-
peraçôes do Rio Pardo para o Poen-
te, seguindo a corrente daqueJte
rio.
As Potencias AUiadas chama- ,
"'^^^*
prompto, eefficaz. Verdade é, que
paPíi ir buscar a raiz domai neces-
sitarse-ia tempo, philanthropia e ,
Sciencia : os abuzos
desappaiece-'
rião. com a introducçâo dos Jura-
dos, e pela publicidade dos proces-
sos ; Systema maiaviíhozo ^ que tan-
tos benefícios accumula sobre as
nações, queoadmittem ; Systema,
que salva o innocente do arbítrio,
a das garras d' uma classe privile-
giada, e geralmente discursando.
148 H I !i T O H I A
criminosa, ao Mií^snrjo tempo, quç
não consente fiqua impupe o de?
licío f«].
Faça-S0 justiça ás puras , e
intenções cPurnSobera^
ii?ií^ificarjtes
GÍa &q
[t^l Na fi^psma Qrdenaçâo L. III. ti. XVII.
se m^ncionào os árbitros ; mas estes dão me-
iam '-^n te o seu parecer; quando os jurados de-,
çidí^rii. Bastava sab.rem Senhores Juris-
os
CoiiéttUQS. qijie a fante dpsía optimu instiíai-
im "^
DO Brazil. Lív. xxii. 249
nunca esta gente deu prova de es-
lar identificada com o bem geral:
parece, que só o egoísmo a impel-
iia. A Nação por sua cauza não su-
-*,(~'^
I!:y:jd.-..:jlj i
.iatâaiLjLj ^i^^
250 H I S T o R I A
lho, composto do Governador por
Pfezidf^nte , e voto <3ecizivo enrj ca-
zo dVmpate, de írez OíBciaes de
típpa de Jinha de maior patente,
e anti^^uidade, e de trez Desem-
bargadores Os seus juleados teriao)
pleno effeito, mesmo nas penas ca-
U-tí pitães, excepto nos indivíduos coni
patente de Capitão, e dahi parai
cima, cujas sentenças precizarião'
da regia confirmação [*J.
Novos es- Insistiaode novo [**] vários So^
forço, de ai-
beranos no regresso d'El Rei para
^'^^^^^ Estados da Europa. OJhan-
fendas pa-'
ra' S. M. ^^ este proceder pelo lado do régio
voltar para decoro, nenhum Portuguez podia de
Lisboa. sangue frio considerar esta audaz
proposta sem se irritar contra os
[*1 O
Alvará da sua criação è datado do
Palácio do Rio de Janeiro a vinte oito de
Fpereiro de mil oitoceutos e dezoito.
(*»j Apenas se ajustou a Paz Geral com
a França coaieçoii o Minisítrio Britânico a,
trabalhar por constranger S. M. a voltar pa-
ia Lisboa, e para esse fím appareceu no Rio
\\f \ de Janeiro uma Esqhadra Ingkza^comman-
dada por Sir João Btresford ; T^às nâo con-
seguiu o seu íijii.
DO RrAZIL. LiV. XXII. 251
I
252 Historia
gitava as novas Republicas forma-.
das das antigas Colónias Hespanho-.
las? Qiiai seria o Politico, que pro-
ferisse tal absurdo n'uiB paiz vas-
tíssimo, habitado por gente de di-
versas raças , vagando nelle elemen-
tos heterogéneos 3 e rodeado de De-
mocracias ? Quem tal aconselharia
^'f
a El-R i udi época em que a Hes»
panha [*] ameaçava com o rompi.
V-
>,
•fcC-
254 Historia
nha opinião, que o partido tomada
par El-Rei de se demorar no Bra-
2ÍI até que as circumstaDcias a is-
so o obrigassem foi díctado por u-
m^. madura reflexão, que tinha por
baz;e o bem de §eus súbditos.
Medidas Observemos entretanto
a mar-
tomadas
pelo Vice
cha ílos suocessos no Chili depois
Bei doPera da famoza aeçao de Maipo. O Vi-
depois da ce Rei reflectindo, que nao tarda-
bataika de ria em ser aeommettido, receando
Mâipo.
os muitos escravos, que havia, e
sabedor dos preparativos, que ia-
ziilotanto por mar como por terra
,
^
'yr.
>t --j^-^r. ^|7,ff;||j
'}
âSè H i s V o n t
©m
barca
Bolonha de
pessoa
recebeu Chili um grande apoio
de Lord Coci^rane, hoiDem
m
França pa-
ia ir entfar de grandes talentos, e denodado
RO serviço vaiof , muito maltratado eitílnda*
de Chili. terrâ.
CoâitJQÚa
cl referir-se
No México nao era merior a a*,
em Te'Aumo citação. Os independentes ahi ti-
a guerra nhao estabeJecido sua Junta de Go-
eiUre osin^ verno^ quedispersada, e seus
foi
cíepeaden-
tes e os rea-
Membros fuzilados. A situação des^
ta era mais perigoza do que a dos
listas.
outros nos diversos ponto» dã Ame-
rica, porque os Hespanhoes estâ-^.
Vão senhores de todos os portos de
máv e por isso não podião ser au«
,
T7
mmÊmm
25B Historia
blica se forão pouco apouco secan-
do [*]^
Comose nSo bastasspii) Iodas
estas funestíssimas circníísiancias
para riscarein este for mozo sóio da
lista das nações, veio também o fu-
ror dos parUiii>s ddacera-lo. EiHí^ran-
decià-se diariamehl*^ oCoíístiiucio-
iial,que Ferímriílo VJL suífocára ,
i
porem nào extinguira pela aboli- ,
Vv^
^:
562 HllSTORIA
ire â Às* injustiças
5
que dahi provinha^ aos
sembléa, e
povos; que ficassem abolidos os direi-
o Rei que
,
%ãi em Per*
nambuco.
KV'-í
[#] Já se entende : ósque eraõ beneieiá-
dos por aquella saudável reforma.
-\^
^
DO Brasil. L<v. xxíí. 263
rificacâo da promessa feita por El*
Rei 5
quando ho Rio de Janeiro se
organizou uma Divizao criada pa-
ra reduzir á,sua obediência a re-
ir
voltada Provincia de Pernambuco.
Por um Decreto datado em 28 d'
Abril ordenou, que se dissolves-
sem os batalhões de fuzileiros, se
conservassem os de granadeiros e 3.
D ha.
A fina de se dicidirem alguns Gria urna.
Junta eia
negócios pertencentes ao Desem- Goyaz á
bargo do Paço criou S, M. [*] na maneira da
Capitani;a deGoyaz uma Junta com- de Matto
posta do Governador , e Capitão Gi;osso &c.
General, Onvidor da Coirumarca ,
e Juiz de fora, á maneira das que
se tinhao estabelecido em diversas
paragens dos Dominios Ultramari-
liOS.
E novos Of-
Não
cessava igualmente de pa-
ficiosnaAl-
tentear O seu real zelo pela mais fandega áo
Rio de Ja-
neiro,
[*] Por Alvari com força de iei de via-
t« uíii de Mdio,
â^H^
m'
264 H I S T o R I A
pFompta expeílição dos negócios
coíiimerciaes, econsideraodo o pro-
gressivo aug-ineolo do commerciog
e ser impraticável o seu desempe-
nho, eui damno do piiblíco^ e da
fiscalização dos direitos reaes , com
o pequeno numero de empregados
il existentes , mandou crear vários ou»
trosiu gares [*].
-
Í..^«jJs^'.
DO Brazíl. Liv. XXII. 265
te Atíestaçào. =
Romuallo Jozé Monteiro
de Barros,' Professo na Ordem de Christó,
Coronel de Milícias por S. M. El-Rei No.so
Senhor. Atte^to e faço certo, que por insi-
nuação do Tenente Coronel de Engenheiros,
Guilherme Baraõ d*Esckvvege
,
íiz cons- ,
truir um
engenho para redazir a pó e ao ,
hsàí^iré^ ii^^méé
mssssmmsmsmÊ
266 Historia
Mellioia- O exemplo, que dá uin Sobe-
mento do
rano piedíízo, e qiie mais se gloria
Seminário
d'o7fâo7da ^^^ ^'^^^^ oome de pai, do que do
Bahia. sagrado tiluio de Rei, é seguido
quazi sempre peJos súbditos, que
olhao para o seu príncipe como pa-
ra uiií espelho donde copiáo suas
ii a ç coes, E que mais digno objecto
da terna compaixão do Soberano,
e das classes pecuniozas do Esta»
do, do que a educação, e amparo
da juveritude desvalida, em cida-
des popploz^s, onde a gente senão.
destioa facilmente aas exercícios
ruraes ? Que mais imperiozo dever
do que aqueljí^, que a humanida-
, H f de reclama, e a Pátria exige, do
que se facaa destes infelizes, mem-
bros uíeis á si, e ao Estado?
OCprpo doCommercio daBa-
bia dezejozo de celebrar a A cela-
tóação d^ El- Rei ajuntou fundos
necessários para um tão dísUncto
ro^ de Barrojj..
BO BrAZIL, LiV. XXII. 267
emprego , e rezolvau ( bem certo
de quanto seria o seu dezignio agra-,
davel aS. M. ) cuidar na re-genera-
ç^o e estabilidade do Seminário de
,
t
268 Historia
de rematar uma empreza honroza
para os que coocorrosseai para o
seu bom exito.
Eâeclivainente o Conde rece-
beu uii! Avizo !auvando»o pela sua
conduela, assim como ao Corpo do
Coinmercio, incumbindo-o a el!e,
ri eseuâ successares da Administra-
,
de fácil intuiçrio ,
qu^ qualquer
paiz ( e prin npahiiente um
paiz nas-
mero.
\
270 H I S T o R i A
S. M, F. promettia o pa^a-
mento dasdespezas aecessarias pa-
ra o estabeleci rneato de 100 faoii-
lías Suissas da Religião Caiholica;
pagava lhes a passagem para o Rio
cie Janeiro, e procurar- jbes°ia os
iiiaaíimeíitos , e meios de se trarás-
portaFem aodistrioto de Canta Gál-
io, a 24 léguas da Ca.pilal. Cada
família receberia certa quantidade
de terra, coai os meios de a culti-
var. ElrRei pagaria a cada colon9
J;60 réis por dia 5 no primeiro aa-
Bo, é 8;0 no segundo; alem dos
iBaotimientos durante este tempo.
í
i
^íX"
^
DO Brasil. Liv. xíxh. 271
-^^
'ff
gí4 H I S t O íl I A
V\
V ^~„
DO B'RAsrL. Liv. x^n. líf^
278 H IS TO R í A
>reitiora- NoPará ia o novo Governador
mentos em- de Vi!la-Flor preenchendo
ç^^^^^g
^"^^ seus deveres com todo o zelo , e
dolíioPará
illustração. Tratou de organizar um
'
m^M
v;:^^_
DO BrAZíL. LtV. XXII. 279
rendas piibJicas.
Decreta EL S- M,
JÍi considerou os graves
^^-i que as
patentes
inconvenieníes que rezjjltaváo de
militares serem enviadas as patentes milita-»,
no Brazil res dosoiliciaes do Exercito de Por-
Kâo preci- tugal a
pôr o cumpra se do Maré-.
sasse 11)do
chal General Beresford, ordenou^
çy/iipra-se
doMarechal que Séíido lavradas no Conselho Su-
Beresford. premo Ã^ihíar e registradas nas pre-.
çizas esiações tivessem o seu- cum-^
primento.
Sabre avçr Por este aiesjiio tempo IratoiL
rigu açao
das dividas
de Setembro de mil oitocentos e, dezesçis q^e.^
da França a ,.,
cíiridade ,
mil e novecentos francos , e isto por
dos sacrifícios feitos por esta Nação
.^
depois,
quando as preponderantes jaziã<^ em lethargo ,
e executando submissas as decizôes d©
altivo,
WiÊf^
''ufWáalni
íff
28 4 H f S T o R I A
as ínstiças, e oíficios necessários,
dezií^aando, alem do território, o
rendimento, e património quelha ,
haviao de pertencer.
Por dois decretos datados de
7 do mesmo a\ez criou na Alfande-
ga do Rio de Janeira uma Meza
com a den xninaorío de Me^a da
Consulado da sahidajj^ composta de
um escrivão, um recebedor, doi^
feitores, e dais guardas, para es-
tabelecer o methodo de arrecada-
ção exacto, simples, e fácil, e a
prompta, e desembaraçada expedi-
ção no embarque dos géneros, e
mercadorias, sem prejuizo dos di-^
rei tos (*]. Pelo outro estabeleceu
dois lugares de feitores do pateo,
e ponte.
Layrárao*s;8 ou trostrez Decretos.
O primeiro [^»] teve por fim cuidar
Bos meios próprios para fazer que
do a construir em Maracanan e ,
1
-
'^
»iá>i
-,^WH.^.^. v^,.>f.,^-m.^ .tl:-^
ff
280 H I S T o R I A
e suspender toda o corte, oo cul-
tora dos terrenos coitados , e veda-
dos, procedendo depois ii nianda-
los demarcar 5 averig-uando quaes
erâo os sitios de maior precizão pa*
ra se conseguir a conservação dos
niesmos nascimentos d'agiia e man- ,
t^mf^-m^
;ff
288 H í s f o k í A
cupar á vilJa da Purificação espé- ^
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DO Bra-^iL. Liv. xxii. 28í>
«•WÍtjtÍÉ)i'W
Mi
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290 H I S T o R í A
ra o seu General , e mereceu ser
remunerado, peio seu Soberano,
que jamais deixa sem premio ás
aeções do lustre ^ que obrâo seus
súbditos a prò da Pátria.
Por estas manobras, esucces-
SÓS parciaéâ íicárão livres, por al-
gum tem[)o^ as cairipioas do Bra-
zil até o Rio Pardo, das correrias
cFArtigas. Coriheciâo porem os in^
teílígeotes ^ que era impòssivel cor-
tar pela raiz semelhaníes rapinas,
e proteger aquelles paizes das ex-
torsões d'um homem 5 que a si pró-
prio sé constituíra em Soberano,
coiiípoder illirnitado, e sem dar
conta de seu proceder, a nao se
occuparem todas as passagens dd
tJraguay, pois opaiz étâo aberto,
que deixava franca entrada a pe-
quenas partidas , vislo que as úni-
cas forialezas, que ha por aquelle
kdo denominadas de Taim e San-
, ,
O
Commercio, esta fonte pe- Continua a
maniftsíar
renne de pública prosptzjridade ,
que
suas vistas
por si só tantos Estados torna flo benéficas a
tescehtes^ erguendo-os dornaisde- favor ao
gradante abatimento , e decadeh- Com inér-
cia ao (cuine da grandeza , e pode- ^'^'
rio, nunca deixoii de èer um dos
objectos que sempre atlrahirão as
Vistas vivificantes d'El-Rei. Orde-
nou {*] que iodas ás mercadorias
tivesseíh fácil despacho , eprompta
expedição^ dezighando a maneira
do expediente na cobrança dos di-
reitos, para qiie um ponto de tan-
ta monta, não ficasse ao arbítrio,
é interpretação dosOfficiaes de Fa»
zehdai, que por um culpável des-
potismo prejudicassem o Thezoird
TOM© X. V
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liiff-iíiiiífiii iirifí'
"^íiiín.
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292 It í S t O R I A^"^
,„,.,„, ,, ._.. . .
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^íÍÈmámtíÊèm
2^4 H I S T O !l í A
convenientes que trouxera a Tu*
íies este grande bloqueio que sof-
frião seus navios, determinouse o
JBey a enviar a Gibraltar uu) Pleni-
potenciário incumbido de Tratar
da paz. Recorreu primeiro ás vias
de astúcia: fez desapparelhar os
dois va^oSj e fretou um navio In*
glez para transportar a Tunes as
tripulações 5 que já nao tinhão meios
de subsistência. Outro qualquer
,f Vi
que não fosse o denodado e exper-
to Vasconeellos ficaria irrezoluto^
só pelo temor de suscitar desaven-
ças corii o Gabinete Inglez^ e dei-
xaria passar a seu salvo aquella gen-
te que as Leis da guerra punha
rigoroáametite á sua dispozição.
Vasconeellos não hezilou ^ e escre-
veu aoGovernador de Gibraltar, cer^
tificando-lhe que mui bem sabia que
a Grã-Britanha respeitava as Leis
ádmíttidas eiitre as Nações neu-
iraes e belligerantes , e muito mais
sendo em benefecio de Portugal
seu antigo e fiel alliado, que se re-
clamava a sua execução: sighifi-
mti^ • i»' < ' iP*
A
vilUde
w A
vilta^ deMoçaiubique, tanto
Moça^i bi-
que é erecta
por sua antiguidade, como porser
em cidade a escala do comiXiercio Port^iguez
íissim como para as índias Orientaes,
merecia
ssdeMatto ser reconhecida
por cidade, com
Grosso ,
lodo5 os foros e prerp^ativas. EÍ-
Cuiabá , e
Goyaz. Kçi , por seu Decreto de 17 de Se-
teoibro a elevou aessa cathegoria,
depois de ter madurainentepezado
todas as circunstancias que para is-
so concorrião, e ordenou que con-
corresse com as denaais eqi todos
os actos públicos gosando seus mo-
radores de todas as izençôes e fran-
q,uezaâ , privijegios e liberdades de
que go^avao os cidadãos das outras
cidades. As vijlas de M
a ito Gros-
so, Cuiabá, e Goyaz tainbem re-
mesma
J Guerra do
Rio da Pra.
ceberão a graça.
Asoperaçôes militares no Rio
da Prata tinhao tomado uma face
ta.
bem pouco favorável. Leçor, rcduzi-
- — <r««í--«í=^_*-í*'**V
wmmmmmm
298 H I S T o R r A
tacado, saliiu-lhe ao enconrro com
600 homens, que forãa totalmente
derrotado^ noíbojai a 23 léguas de
GoiTíeíiteí^. Vedoia retirou-sa para
a cidade 5 porem ahi mesmo foi ven-
cido , e debdiado, conseguindo ^
muito custo fugir para Buenos Ay-
res n'uma folua. André Artigas,
depois d:e trez horas de saque, e
excessos (ie toda a ciasse , poz em
liberdade Mendes, a quem de no-
vo conferiu o governo da cidade.
Aiem do considerável espolio em
dinheiro , e mercadorias , achou nos
armazéns mais de 2000 armas de
fogo, ii^uilas manições, e 4 peças
de bronze. Era considerável a e-
migração do território do Paraguay :
Rio da Frata.
ml^ÊímÍSÊAm0Ím
u 300 Historia
80 d'Aíx la Chapelle, a necessida-
de de cohihir tão injustas violên-
cias commettidas por piratas que
, ,
[^
00 BrAZIL. LiV. XXII. 30^
Soube-se que Unhão chegado
ou se esperavão em Baltimore varias
riquissimas prezas [*j e oMi^iiste-
rio ordenou ao Cônsul [^^] G^v^
em Nova Yorck para que asrecla-
inasse coroo propriedades fortugue-
zas, e aviz^ou seus donos para que
o munissem de documentos , e au-
thenticas procurações, que verifi-
cassem a propriedade.
E' certamente para lamentar,
que uma Nação como a Portugue^
xa, que ppssue todos o^ recursos
exigidos para ser temida, e respei-
tada , fosse insultada por om cabe-
ça de bandidas, que nem mesm^
as recem-emancipadas coloniasHea^
outras bandeiras.
[##] Joaquim Jozé Vasques.
^^'-^'^'*-^''^
302 H I S T o R I A
panhoJaa tinhão. reconhecido f*] Po« !
IV'^ M
' » 'iá , "**^"^'" -^— • —^»4imÊ<ÊÊÊÊÊÊêMÊ
ff
âoi HlStORlÀ
âe admirável fortaleza, e rezígná-
^ao fechou o circulo de sua vital
carreira no dia 17 deNoven^bro,
depois d'uffia longa moléstia, sen-
do tanto na vida corno na morte
um objecto de geral admiração.
El-Rei pro
hibe a ex-
A expôrta^jâo de moeda da Ca-
portação dá
,.....,a... P^^^' P,^^^ ^^ «"trás Capitanias , ti-
moeda do ^^^^. originado a sua falia , que era
Eio de Ja- mui prejudicial ás transacções mer-
nejro para câíitis
^ é Compra Je géneros de
^«"^^^^^""^^ ^c^s mercados. El-Rei
cl2anL •
pezou attentarnente estas cireums-
tancias prohibiu a remessa, ^
5
KÍ-Rei deziiínoú
^ a cidade do ^«^'«^V'*^
• 1
•
bre os Com-
Rio de Janeiro para rezidir a con.- ^^^^^^-^^
m\és'áô mixta [*;' para as prezas fel paraaspre-
tas de escravatura, e ílom^ou pa zas de es-
crav atura.
ra Coiíimissário Juiz, a Silvestre
Pinheiro Ferreira Deputado da
^
^urjrylÉÉimyJUP fti
i
f S06 tí T O R
Arbitro, e de Secretario
I A
para for-
,
FíM DO Tomo t.
i^>rf^r/*A/'>^^A^^rA/\/JWArv/*^AA^J^rJ•w'.A^^/' ^ ,A<^Á/'y'//yrJV(^*^'•^/^Artwt//|/v^f>/'//«r.•^/#/\*
índice
Dos artigos deste decimo Tomo;, )
I
rincipiando pela proclamação do Conde dosArcrs^
ctc. V > ^7
Falla*se. dos motivos, que paVecem haver sido in«
ílVí-ntos, para a revolta iVrntimbucana. G9
Mais que todos era neglihente o General. 71
mesmo General [por covarde] foge para o
Br|um,_ ^
73
Falia-se dos acontecimentos dodia sete, edacon-
-orreucia dos iadividaos de todaa as cores e idades.
é
[^
I N D I C ÈL àoD
1
310: Índice.
Capitania doEspiri-
Trabalhos do Governador da
as Russias íel.cUar
: Manda o Imperador de todas seu Lnvia-
por um
aSS, M. o Senhor D. Jo&, Yi.
Índice. 311
3^12 I N D I C fi.
Wf^^ir-... -.^
-1
mmmm. - ^ qa.jtgBr
I N D I C 12. 3J13
SÍ4 I N ÍD I C E.
giiezes. ^4é
Estado da Europa.
politico ibid.
Deécobro-se eai França uma conspiração trama-
da pelos Uilra-Reaiistas iéontra Luiz dezoito. §45
A Rússia, é a Suécia melhorão o seu credito pu-
blico. Wiã.
Novas providencias dé S. M. a favor do çommer-
cio. ^46
Cria um Conselho de Justiça íia bidade de Si Luiz
do Maranhão. Ml
Novoá esforços de alguniáé Potencias para S, M.
th/ voltar para Lisboa. S50
Medidas tomadas pelo Vice Rseí do Peiu depois
da batalha de Maipo. ^54
S Martin procura convencer ó Vice Rei de sja
inútil pertinácia. ^bb
Lord Cochrané embai-ca em Bolonha de França
para ir entrar no serviço do Chili. ihid.
Continua a referir-se em lezumo a guerra entre os
indepeoae/bles e os realistas. ^^56
C/auzás priíparias dadectíilencíia dá fliespanha. ^57
"Vestígios dq nlòodas Romanas junto ao rio Mis-
souri; ^59
Nova Colónia dé Cbamp d'Azilè. S60
Convenciona a- França, còn] os demais Potencias
áceica das dividas que com elías contiahira, %^i
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I N ú í 6 fe. âlê
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p^-sus «M
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316 N D í G É.
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