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Direito da Seguridade

Social
Filiação e Inscrição
Prof. MSc. Guilherme M. Casali
FILIAÇÃO
A filiação é a relação jurídica
estabelecida entre o segurado e o INSS.
Para os segurados obrigatórios, decorre
automaticamente do exercício da
atividade remunerada reconhecida
como de vinculação compulsória.
Para estes a filiação independe da
vontade, é fruto da lei.
INSCRIÇÃO
Inscrição é o ato de cadastramento do
segurado e dependente junto ao INSS.
A inscrição do segurado empregado e
trabalhador avulso será efetuada pelo
preenchimento dos documentos que os
habilitem ao exercício da atividade,
formalizado pelo contrato de trabalho,
no caso de empregado, e pelo
cadastramento e registro no sindicato
ou órgão gesto de mão de obra.
INSCRIÇÃO
A inscrição do segurado especial será
feita de forma a vinculá-la a seu
respectivo grupo familiar e conterá,
além das informações pessoais, a
identificação da propriedade em que
desenvolve a atividade e a que título.
INSCRIÇÃO
A inscrição do trabalhado rural
contratado por produtor rural pessoa
física por prazo de até dois meses
dentro do período de um ano, para o
exercício de atividades de natureza
temporária, decorre automaticamente
de sua inclusão na GFIP, mediante
identificação específica.
INSCRIÇÃO
Incumbe ao dependente promover
sua inscrição quando do
requerimento do benefício de pensão
por morte ou auxílio-reclusão,
mediante apresentação dos
documentos exigidos pelo INSS.
O cadastramento de um da classe
anterior impede o da classe
subsequente.
FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO
Os direitos e as obrigações
previdenciárias decorrem da filiação e
não da inscrição.
Para o segurado obrigatório a filiação
Para
será reconhecida se conseguir
comprovar, mesmo posteriormente,
que no período considerado exerceu
atividade prevista na lei à época dos
fatos.
FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO
Para o segurado facultativo a filiação é
um ato volitivo, gerando efeito
somente a partir da inscrição e do
primeiro recolhimento de contribuição.
O segurado facultativo não tem como
ver reconhecido tempo pretérito nessa
qualidade, pois sua filiação decorre da
inscrição e do pagamento de
contribuição.
FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO
O aposentado pelo INSS que voltar a
exercer atividade como segurado
obrigatório, fica sujeita às contribuição
previdenciárias.
Entretanto não fará jus à outra
prestação previdenciária (art. 18, §2º da
Lei 8.213/91), exceto ao salário-família,
reabilitação profissional e salário
maternidade (art. 103 Decreto 3.048/99)
PERÍODO DE CARÊNCIA

Trata-se do número de contribuições


mensais indispensáveis para que o
beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas a partir do transcurso do
primeiro dia dos meses de suas
competências (art. 24 da Lei 8.213/91)
PERÍODO DE CARÊNCIA
Assim, tem-se que é o lapso temporal
durante o qual os beneficiários não tem
direito a determinadas prestações, em
razão ainda de não haverem pago o
número mínimo de contribuições mensais
exigido para este fim.
Portanto vincula-se o período de carência
ao efetivo recolhimento das contribuições
mensais.
PERÍODO DE CARÊNCIA
Para os segurados empregados e avulsos,
cuja responsabilidade de pagamento das
contribuições é da empresa empregadora,
presume-se o recolhimento, desde que
comprovado o exercício da atividade,
sendo devido o benefício no valor integral.
De mesmo modo se presume o
recolhimento para os empregados
domésticos.
PERÍODO DE CARÊNCIA

Para os segurados especiais não se exige


cumprimento de período de carência como
tempo efetivo de contribuição,
comprovando-se a carência pelo simples
exercício da atividade rural pelo mesmo
período (art. 39 da Lei 8.213/91).
PERÍODO DE CARÊNCIA
A carência NÃO É EXIGIDA para os
seguintes benefícios:
Pensão por morte (ver prazo de vigência)
Salário família;
Auxílio acidente;
Salário maternidade para a empregada,
empregada doméstica e trabalhadora
avulsa.
PERÍODO DE CARÊNCIA
A carência é de:
180 meses para: aposentadoria por
idade, tempo de contribuição e especial;
24 meses para: auxílio-reclusão.
12 meses para: auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez;
10 meses para: salário maternidade
devido à contribuinte individual e à
segurada facultativa.
PERÍODO DE CARÊNCIA
Não se exige carência de 12 meses para
aposentadoria por invalidez e auxílio-
doença nas seguintes situações:
No acidente de qualquer natureza ou
causa (acidente de trabalho);
Na doença profissional ou do trabalho;
Doenças graves (neoplasia maligna,
cardiopatia grave, AIDS...)
PERÍODO DE CARÊNCIA
Na pensão por morte, caso não tenha o
tempo mínimo de 18 contribuições, o
benefício é concedido por 4 (quatro)
meses.
Igualmente, somente será devido por 4
(quatro) meses, caso o/a dependente não
tenha convivido com o/a segurado por no
mínimo 2 (dois) anos com o segurado
falecido (art. 77, §2º, inc. V, alínea “b” da
Lei 8.213/91).
PERÍODO DE CARÊNCIA
Não se permite parcelamento de contribuição
em atraso relativo ao período de carência.
Na hipótese de perda da qualidade de
segurado, para fins da concessão dos
benefícios de auxílio-doença, de
aposentadoria por invalidez, de salário-
maternidade e de auxílio-reclusão, o
segurado deverá contar, a partir da data da
nova filiação à Previdência Social, com os
períodos integrais de carência.
PERÍODO DE CARÊNCIA
Não será necessário cumprir novo tempo
de carência após a nova filiação no caso
de aposentadoria por tempo de
contribuição e para a aposentadoria
especial, pois a perda da qualidade de
segurado não é considerada para este fim.
Igualmente não se aplica à aposentadoria
por idade, desde que o segurado, antes
de perder a qualidade de segurado tenha
implementado o período de carência.

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