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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

LEGISLAÇÃO REFERENTE À ADVOCACIA-

AGU
GERAL DA UNIÃO

LEGISLAÇÃO

Caderno 1

Maria Jovita Wolney Valente

2008
LEGISLAÇÃO DA AGU Caderno 1

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
LEGISLAÇÃO REFERENTE À ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

AGU
LEGISLAÇÃO

Caderno 1

ATUALIZADO ATÉ 17.3.2008

Maria Jovita Wolney Valente

2008
−I−
LEGISLAÇÃO DA AGU Caderno 1

V154 Valente, Maria Jovita Wolney.


AGU Legislação; Caderno 1 / compilação de Maria Jovita Wolney
Valente.  Brasília: AGU, 2008.
485 p.

I. Título. II. Advocacia-Geral da União – legislação.

CDD – 341.413
CDU - 35

− II −
LEGISLAÇÃO DA AGU Caderno 1

Acolho a proposta.
À Diretoria-Geral de Administração,
para providenciar a reprodução e distribuição
a todos os órgãos e membros da AGU e da
Procuradoria-Geral Federal.
Brasília, julho de 2002.

JOSÉ BONIFÁCIO BORGES DE ANDRADA


Advogado-Geral da União

Senhor Advogado-Geral da União,


Doutor JOSÉ BONIFÁCIO BORGES DE ANDRADA:
Há muito desejava organizar, em publicação única e com notas remissivas, a le-
gislação regedora das atividades institucionais da AGU, bem assim reunir as normas
que, editadas pelo Advogado-Geral da União, são igualmente de observância obrigató-
ria nesta Casa.
A circunstância de o arcabouço normativo da Instituição estar ainda em fase de
construção e ajustamento levou-me a sucessivos adiamentos do projeto.
Agora, entretanto, pareceu-me inadiável a sua realização, pelo relevante motivo
de terem passado a integrar a AGU novos, e muitos, Advogados da União e Procurado-
res Federais, que ainda não conhecem grande parte da legislação, e dos outros atos
normativos, a serem observados no exercício de suas atribuições.
O projeto consistiria em se editarem cadernos, para possibilitar eventual substi-
tuição de folhas, o primeiro trazendo a legislação da AGU e o segundo abrangendo as
normas editadas pelo Advogado-Geral da União, neste se incluindo as ementas dos
pareceres aprovados pelo Senhor Presidente da República.
O caderno relativo à legislação, que ora lhe submeto, poderia, desde já, ser re-
produzido e distribuído, conquanto no momento ainda não contenha as desejadas notas
remissivas. Registro, no particular, que os ajustes vistos inadiáveis e não dependentes
de lei complementar já constam do presente trabalho.
O segundo caderno, que conterá as normas editadas pelo Advogado-Geral da
União, já se encontra em adiantada fase de elaboração.
Caso aprovada por Vossa Excelência a presente proposta, a Diretoria-Geral de
Administração poderia, desde logo, providenciar a reprodução e distribuição do primei-
ro caderno contendo a legislação da AGU.
Brasília, julho de 2002.

Maria Jovita Wolney Valente


Secretária-Geral de Consultoria

− III −
LEGISLAÇÃO DA AGU Caderno 1

− IV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Caderno 1

NOTA EXPLICATIVA DA NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS

Após três anos da edição deste CADERNO, verificou-se que a dinâmica da legis-
lação da Advocacia-Geral da União não recomenda a numeração seqüencial de suas pági-
nas, visto que as alterações, inserções ou supressões de atos acarretam alterações na
numeração das páginas com reflexos diretos no índice das normas.
Dessa forma, para imprimir caráter mais permanente a esta publicação, princi-
palmente quando impressa em papel, optou-se pela numeração seqüencial das páginas
por tipo de norma, seguida das iniciais dos atos aos quais correspondem, de modo que
somente seja necessário imprimir as páginas do grupo de normas que sofreram alterações,
possibilitando a substituição apenas das páginas alteradas.
Pelo método adotado, a numeração das páginas do CADERNO 1 − LEGISLA-
ÇÃO DA AGU − reinicia cada vez que iniciar um novo grupo de normas.
Para a numeração das PÁGINAS INTRODUTÓRIAS, dos ÍNDICES CRONOLÓGICO e
TEMÁTICO e do HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA AGU foram utilizados ALGARISMOS ROMANOS e os
atos normativos receberam as seguintes abreviaturas, após o número da página grafado
em ALGARISMO ARÁBICO:
− CF = CONSTITUIÇÃO/EMENDAS CONSTITUCIONAIS ⇒ EXEMPLO: 1/CF, 2/CF...
− LC = LEIS COMPLEMENTARES ⇒ EXEMPLO: 1/LC, 2/LC...
− L = LEIS ORDINÁRIAS ⇒ EXEMPLO: 1/L, 2/L...
− MP = MEDIDAS PROVISÓRIAS ⇒ EXEMPLO: 1/MP, 2/MP...
− D = DECRETOS ⇒ EXEMPLO: 1/D, 2/D...
− P = PORTARIAS DIVERSAS ⇒ EXEMPLO: 1/P, 2/P...
− ON = OUTRAS NORMAS ⇒ EXEMPLO: 1/ON, 2/ON…

Brasília, 11 de agosto de 2005.

Maria Jovita Wolney Valente


Secretária-Geral de Consultoria

−V−
LEGISLAÇÃO DA AGU Caderno 1

− VI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice Cronológico

ÍNDICE CRONOLÓGICO POR TIPO DE NORMA


Índice com ementas .................................................................................................................................................... XI
Histórico e evolução da AGU ....................................................................................................................................XXI
Constituição de 5.10.1988 (DISPOSITIVOS) ..............................................................................................................3/CF
Emenda Constitucional n° 19, de 4.6.1998 ..........................................................................................................14/CF
Emenda Constitucional n° 20, de 15.12.1998 ......................................................................................................15/CF
Emenda Constitucional n° 41, de 19.12.2003 ......................................................................................................17/CF
Emenda Constitucional n° 45, de 8.12.2004 ........................................................................................................20/CF
Emenda Constitucional n° 47, de 5.7.2005 ..........................................................................................................29/CF
Lei Complementar nº 73, de 10.2.1993................................................................................................................... 3/LC
Lei Complementar nº 95, de 26.2.1998................................................................................................................. 14/LC
Lei n° 8.112, de 11.12.1990................................................................................................................................... 3/ON
Lei nº 8.682, de 14.7.1993 .........................................................................................................................................3/L
Lei nº 8.844, de 20.1.1994 .........................................................................................................................................5/L
Lei nº 9.028, de 12.4.1995 .........................................................................................................................................6/L
Lei nº 9.051, de 18.5.1995 ................................................................................................................................... 34/ON
Lei nº 9.099, de 26.9.1995 ................................................................................................................................... 35/ON
Lei nº 9.366, de 16.12.1996 .....................................................................................................................................17/L
Lei nº 9.469, de 10.7.1997 .......................................................................................................................................22/L
Lei n° 9.527, de 10.12.1997................................................................................................................................. 44/ON
Lei nº 9.651, de 27.5.1998 .......................................................................................................................................25/L
Lei nº 9.704, de 17.11.1998 .....................................................................................................................................30/L
Lei n° 9.717, de 27.11.1998................................................................................................................................. 47/ON
Lei n° 9.784, de 29.1.1999................................................................................................................................... 50/ON
Lei nº 10.259, de 12.7.2001 .....................................................................................................................................31/L
Lei nº 10.470, de 25.6.2002 .....................................................................................................................................34/L
Lei nº 10.480, de 2.7.2002 .......................................................................................................................................35/L
Lei nº 10.522, de 19.7.2002 .....................................................................................................................................40/L
Lei n° 10.549, de 13.11.2002...................................................................................................................................49/L
Lei n° 10.769, de 19.11.2003...................................................................................................................................52/L
Lei nº 10.887, de 18.6.2004 ................................................................................................................................. 57/ON
Lei n° 10.907, de 15.7.2004.....................................................................................................................................62/L
Lei n° 10.909, de 15.7.2004.....................................................................................................................................64/L
Lei n° 10.910, de 15.7.2004.....................................................................................................................................67/L
Lei n° 11.094, de 13.1.2005.....................................................................................................................................74/L
Lei n° 11.098, de 13.1.2005.....................................................................................................................................83/L
Lei nº 11.281, de 20.2.2006 .....................................................................................................................................86/L
Lei nº 11.358, de 19.10.2006 ...................................................................................................................................89/L
Lei nº 11.417, de 19.1.2006 .....................................................................................................................................95/L
Lei nº 11.419, de 19.12.2006 ...................................................................................................................................97/L
Lei nº 11.457, de 16.3. 2007 ..................................................................................................................................103/L
Lei nº 11.526, de 4.10.2007 ...................................................................................................................................116/L
Medida Provisória nº 2.180-35, de 24.8.2001........................................................................................................ 3/MP
Medida Provisória nº 2.187-13, de 24.8.2001...................................................................................................... 62/ON
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001........................................................................................................ 68/ON
Medida Provisória nº 2.229-43, de 6.9.2001........................................................................................................ 13/MP
Decreto no 526, de 20.5.1992.................................................................................................................................... 3/P
Decreto nº 767, de 5.3.1993...................................................................................................................................... 5/D
Decreto nº 869, de 13.7.1993.................................................................................................................................... 6/D
Decreto nº 1.016, de 22.12.1993 .............................................................................................................................. 7/D
Decreto nº 1.293, de 24.10.1994 .............................................................................................................................. 8/D
Decreto nº 1.590, de 10.8.1995 ........................................................................................................................... 71/ON
Decreto nº 2.066, de 12.11.1996 ......................................................................................................................... 73/ON
Decreto nº 2.258, de 20.6.1997 ........................................................................................................................... 74/ON
Decreto nº 2.346, de 10.10.1997 .............................................................................................................................. 9/D
Decreto nº 2.752, de 26.8.1998 .............................................................................................................................. 12/D
Decreto nº 2.839, de 6.11.1998 .............................................................................................................................. 13/D

− VII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice Cronológico
Decreto nº 3.035, de 27.4.1999 .............................................................................................................................. 16/D
Decreto nº 3.151, de 23.8.1999 ............................................................................................................................76/ON
Decreto nº 3.505, de 13.7.2000 ............................................................................................................................78/ON
Decreto nº 3.644, de 30.10.2000 ..........................................................................................................................81/ON
Decreto nº 3.781, de 2.4.2001................................................................................................................................. 17/D
Decreto nº 4.050, de 12.12.2001...........................................................................................................................82/ON
Decreto nº 4.175, de 27.3.2002 .............................................................................................................................. 18/D
Decreto n° 4.176, de 28.3.2002.............................................................................................................................. 19/D
Decreto nº 4.187, de 8.4.2002 ..............................................................................................................................85/ON
Decreto nº 4.250, de 27.5.2002 .............................................................................................................................. 34/D
Decreto nº 4.285, de 26.6.2002 .............................................................................................................................. 36/D
Decreto nº 4.294, de 3.7.2002 ................................................................................................................................ 38/D
Decreto n° 4.334, de 12.8.2002............................................................................................................................87/ON
Decreto n° 4.341, de 22.8.2002.............................................................................................................................. 39/D
Decreto nº 4.368, de 10.9.2002 .............................................................................................................................. 40/D
Decreto n° 4.434, de 2.10.2002.............................................................................................................................. 44/D
Decreto nº 4.596, de 17.2.2003 ............................................................................................................................88/ON
Decreto nº 4.697, de 16.5.2003............................................................................................................................... 46/D
Decreto nº 4.734, de 11.6.2003............................................................................................................................... 47/D
Decreto nº 4.896, de 25.11.2003 ..........................................................................................................................89/ON
Decreto nº 4.915, de 12.12.2003 ..........................................................................................................................91/ON
Decreto nº 4.978, de 3.2.2004 ..............................................................................................................................94/ON
Decreto nº 5.255, de 27.10.2004 ............................................................................................................................ 48/D
Decreto nº 5.378, de 23.2.2005 ............................................................................................................................95/ON
Decreto nº 5.421, de 13.4.2005. ............................................................................................................................. 50/D
Decreto nº 5.450, de 31.5.2005 ............................................................................................................................97/ON
Decreto nº 5.452, de 1º.6.2005...........................................................................................................................104/ON
Decreto nº 5.480, de 30.6.2005 ..........................................................................................................................107/ON
Decreto nº 5.483, de 30.6.2005 ..........................................................................................................................110/ON
Decreto nº 5.497, de 21.7.2005 ..........................................................................................................................112/ON
Decreto nº 5.707, de 23.2.2006 ........................................................................................................... 113/ON
Decreto nº 5.870, de 8.8.2006 ................................................................................................................................ 51/D
Decreto nº 5.961, de 13.11.2006 ........................................................................................................................116/ON
Decreto nº 5.989, de 19.12.2006 ............................................................................................................................ 56/D
Decreto nº 5.992, de 19.12.2006 ............................................................................................................................ 57/D
Decreto nº 6.018, de 22.1.2007 .............................................................................................................................. 61/D
Decreto nº 6.029, de 1º.2.2007...........................................................................................................................118/ON
Decreto nº 6.114, de 15.5.2007 ..........................................................................................................................122/ON
Decreto nº 6.119, de 25.5.2007 .............................................................................................................................. 67/D
Decreto nº 6.120, de 29.5.2007 .............................................................................................................................. 68/D
Decreto nº 6.129, de 20.6.2007 ..........................................................................................................................125/ON
Decreto nº 6.216, de 4.10.2007 .............................................................................................................................. 70/D
Decreto nº 6.313, de 19.12.2007 ............................................................................................................................ 71/D
Decreto nº 6.328, de 27.12.2007 ............................................................................................................................ 85/D
Decreto nº 6.386, de 29.2.2008 ..........................................................................................................................131/ON
Portaria da Casa Civil da Presidência da República nº 1.056, de 11.6.2003............................................................3/P
Portaria da Secretaria Executiva do Ministério da Previdência Social nº 113, de 18.4.2005...................................4/P
Portaria do Ministério da Previdência Social nº 296, de 8.8.2007.............................................................................5/P

TEXTOS EXTRAÍDOS DO SÍTIO www.planalto.gov.br


Reprodução AUTORIZADA pelo Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República,
conforme a NOTA SAJ N° 1.685, DE 4 DE AGOSTO DE 2003, em cumprimento ao estabelecido na PORTARIA N°
1.091, DE 16 DE JUNHO DE 2003, do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

− VIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas

ÍNDICE COM EMENTAS


[POR TIPO DE NORMA]

− IX −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas

−X−
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas

ÍNDICE COM EMENTAS POR TIPO DE NORMA


Histórico e evolução da AGU ................................................................................................................................XXI
Constituição de 1988 (DISPOSITIVOS) ....................................................................................................................3/CF
Emenda Constitucional n° 19, de 1998:............................................................................................................14/CF
– Modifica o regime e dispõe sobre princípios e normas da Administração Pública, servidores e
agentes políticos, controle de despesas e finanças públicas e custeio de atividades a cargo do
Distrito Federal, e dá outras providências.
Emenda Constitucional n° 20, de 1998:............................................................................................................15/CF
– Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas de transição e dá outras providências.
Emenda Constitucional n° 41, de 2003:............................................................................................................17/CF
– Modifica os arts. 37, 40, 42, 48, 96, 149 e 201 da Constituição Federal, revoga o inciso IX do
§ 3 do art. 142 da Constituição Federal e dispositivos da Emenda Constitucional nº 20, de 15
de dezembro de 1998, e dá outras providências.
Emenda Constitucional n° 45, de 2004:............................................................................................................20/CF
− Altera dispositivos dos arts. 5º, 36, 52, 92, 93, 95, 98, 99, 102, 103, 104, 105, 107, 109, 111,
112, 114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 da Constituição Federal, e acrescenta os
arts. 103-A, 103-B, 111-A e 130-A, e dá outras providências.
Emenda Constitucional n° 47, de 2005:............................................................................................................29/CF
− Altera os arts. 37, 40, 195 e 201 da Constituição Federal, para dispor sobre a previdência
social, e dá outras providências.
Lei Complementar no 73, de 1993: ...................................................................................................................... 3/LC
− Institui a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União e dá outras providências.
Lei Complementar no 95, de 1998: .................................................................................................................... 14/LC
− Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme deter-
mina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a conso-
lidação dos atos normativos que menciona.
Lei no 8.682, de 1993: ...............................................................................................................................................3/L
− Dispõe sobre a remuneração de cargos de provimento em comissão da Advocacia-Geral da
União, revigora a Lei no 8.200, de 28 de junho de 1991, oferecendo nova redação ao inciso I,
do seu art. 3o, e dá outras providências.
Lei no 8.844, de1994..................................................................................................................................................5/L
− Dispõe sobre a fiscalização, apuração e cobrança judicial as contribuições e multas devidas
ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Lei no 9.028, de 1995: ...............................................................................................................................................6/L
− Dispõe sobre o exercício das atribuições institucionais da Advocacia-Geral da União, em
caráter emergencial e provisório, e dá outras providências.
Lei no 9.366, de 1996: .............................................................................................................................................17/L
– Dispõe sobre os quadros de cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS da
Advocacia-Geral da União, do Ministério da Fazenda, e dá outras providências.
Lei no 9.469, de 1997: .............................................................................................................................................22/L
− Regulamenta o disposto no inciso VI do art. 4o da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro
de 1993; dispõe sobre a intervenção da União nas causas em que figurarem, como autores ou
réus, entes da administração indireta; regula os pagamentos devidos pela Fazenda Pública em
virtude de sentença judiciária; revoga a Lei no 8.197, de 27 de junho de 1991, e a Lei no 9.081,
de 19 de julho de 1995, e dá outras providências.
Lei no 9.651, de 1998: .............................................................................................................................................25/L
− Institui as Gratificações de Desempenho de Função Essencial à Justiça - GFJ, de Atividade de Informa-
ções Estratégicas - GDI, de Atividade Fundiária - GAF e Provisória - GP, e dá outras providências.
Lei no 9.704, de 1998: .............................................................................................................................................30/L
− Institui normas relativas ao exercício, pelo Advogado-Geral da União, de orientação normati-
va e de supervisão técnica sobre os órgãos jurídicos das autarquias federais e das fundações
instituídas e mantidas pela União.

− XI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas
Lei 10.259, de 2001: ........................................................................................................................................... 31/L
no
− Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça
Federal.
Lei no 10.470, de 2002: ........................................................................................................................................... 34/L
− Dispõe sobre a remuneração dos Cargos em Comissão de Natureza Especial - NES e do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, dos Cargos de Direção - CD e das Funções Gratifica-
das - FG das Instituições Federais de Ensino, e dá outras providências. [Ver a MP nº 375/2007]
Lei no 10.480, de 2002: ........................................................................................................................................... 35/L
− Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Advocacia-Geral da União, a criação da Gratificação
de Desempenho de Atividade de Apoio Técnico-Administrativo na AGU - GDAA, cria a Procu-
radoria-Geral Federal, e dá outras providências.
Lei no 10.522, de 2002: ........................................................................................................................................... 40/L
− Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais
e dá outras providências.
Lei n° 10.549, de 2002: [MP NO 43, DE 2002]:........................................................................................................... 49/L
– Dispõe sobre a remuneração dos cargos da Carreira de Procurador da Fazenda Nacional, e
dá outras providências.
Lei n° 10.769, de 2003:........................................................................................................................................... 52/L
– Altera dispositivos da Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, que dispõe
sobre a criação, reestruturação e organização de carreiras, cargos e funções comissionadas
técnicas no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e dá
outras providências, e da Lei no 9.650, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre o Plano de
Carreira dos servidores do Banco Central do Brasil e dá outras providências.
Lei n° 10.907, de 2004:........................................................................................................................................... 62/L
– Institui a Gratificação Específica de Apoio Técnico-Administrativo da Advocacia-Geral da
União - GEATA, altera a Lei nº 10.480, de 2 de julho de 2002, e dá outras providências.
Lei n° 10.909, de 2004:........................................................................................................................................... 64/L
– Dispõe sobre a reestruturação das Carreiras de Procurador da Fazenda Nacional, de Advo-
gado da União, de Procurador Federal, de Procurador do Banco Central do Brasil e de De-
fensor Público da União, e dá outras providências.
Lei n° 10.910, de 2004:........................................................................................................................................... 67/L
– Reestrutura a remuneração dos cargos das carreiras de Auditoria da Receita Federal, Audito-
ria-Fiscal da Previdência Social, Auditoria-Fiscal do Trabalho, altera o pró-labore, devido
aos ocupantes dos cargos efetivos da carreira de Procurador da Fazenda Nacional, e a Grati-
ficação de Desempenho de Atividade Jurídica – GDAJ, devida aos ocupantes dos cargos efeti-
vos das carreiras de Advogados da União, de Procuradores Federais, de Procuradores do
Banco Central do Brasil, de Defensores Públicos da União e aos integrantes dos quadros su-
plementares de que trata o art. 46 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de
2001, e dá outras providências.
Lei no 11.094, de 2005: ........................................................................................................................................... 74/L
− Altera dispositivos da Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, que dispõe
sobre a criação, reestruturação e organização de carreiras, cargos e funções comissionadas
técnicas no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional; da Lei
no 8.691, de 28 de julho de 1993, que dispõe sobre o Plano de Carreiras para a área de Ciên-
cia e Tecnologia da Administração Federal Direta, das Autarquias e das Fundações Federais;
da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais; da Lei no 9.650, de
27 de maio de 1998, que dispõe sobre o Plano de Carreira dos servidores do Banco Central do
Brasil; da Lei no 10.768, de 19 de novembro de 2003, que dispõe sobre o Quadro de Pessoal
da Agência Nacional de Águas – ANA; e da Lei no 10.871, de 20 de maio de 2004, que dispõe
sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das autarquias especiais deno-
minadas Agências Reguladoras; e dá outras providências.

− XII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas
Lei n° 11.098, de 2005:...........................................................................................................................................83/L
– Atribui ao Ministério da Previdência Social competências relativas à arrecadação, fiscalização,
lançamento e normatização de receitas previdenciárias, autoriza a criação da Secretaria da Re-
ceita Previdenciária no âmbito do referido Ministério; altera as Leis nos 8.212, de 24 de julho de
1991, 10.480, de 2 de julho de 2002, 10.683, de 28 de maio de 2003; e dá outras providências.
Lei nº 11.281, de 2006: ...........................................................................................................................................86/L
− Altera dispositivos da Lei no 6.704, de 26 de outubro de 1979, que dispõe sobre o seguro de
crédito à exportação; autoriza cobranças judiciais e extrajudiciais de créditos da União, no
exterior, decorrentes de sub-rogações de garantias de seguro de crédito à exportação honra-
das com recursos do Fundo de Garantia à Exportação - FGE e de financiamentos não pagos
contratados com recursos do Programa de Financiamento às Exportações - PROEX e do ex-
tinto Fundo de Financiamento à Exportação - FINEX; altera o Decreto-Lei no 37, de 18 de
novembro de 1966; revoga a Lei no 10.659, de 22 de abril de 2003; e dá outras providências.
Lei nº 11.358, de 2006: ...........................................................................................................................................89/L
− Dispõe sobre a remuneração dos cargos das Carreiras de Procurador da Fazenda Nacional,
Advogado da União, Procurador Federal e Defensor Público da União de que tratam a Medi-
da Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001 e a Lei no 10.549, de 13 de novembro de
2002, da Carreira de Procurador do Banco Central do Brasil, de que trata a Lei no 9.650 de
27 de maio de 1998, da Carreira Policial Federal, de que trata a Lei no 9.266, de 15 de março
de 1996, e a reestruturação dos cargos da Carreira de Policial Rodoviário Federal, de que
trata a Lei no 9.654, de 2 de junho de 1998, e dá outras providências.
Lei nº 11.417, DE 2006:...........................................................................................................................................95/L
− Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera a Lei no 9.784, de 29 de janeiro de
1999, disciplinando a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula vinculante
pelo Supremo Tribunal Federal, e dá outras providências.
Lei nº 11.419, 2006:.................................................................................................................................................97/L
− Dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de
1973 – Código de Processo Civil; e dá outras providências.
Lei nº 11.457, de 2007: .........................................................................................................................................103/L
− Dispõe sobre a Administração Tributária Federal; altera as Leis nos 10.593, de 6 de dezembro
de 2002, 10.683, de 28 de maio de 2003, 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.910, de 15 de julho
de 2004, o Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto no 70.235, de 6 de março
de 1972; revoga dispositivos das Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.593, de 6 de de-
zembro de 2002, 10.910, de 15 de julho de 2004, 11.098, de 13 de janeiro de 2005, e 9.317, de
5 de dezembro de 1996; e dá outras providências.
Lei nº 11.526, DE 2007..........................................................................................................................................116/L
− Fixa a remuneração dos cargos e funções comissionadas da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional; revoga dispositivos das Leis nºs 10.470, de 25 de junho de
2002, 10.667, de 14 de maio de 2003, 9.650, de 27 de maio de 1998, 11.344, de 8 de setembro
de 2006, 11.355, de 19 de outubro de 2006, 8.216, de 13 de agosto de 1991, 8.168, de 16 de
janeiro de 1991, 10.609, de 20 de dezembro de 2002, 9.030, de 13 de abril de 1995, 10.233, de
5 de junho de 2001, 9.986, de 18 de julho de 2000, 10.869, de 13 de maio de 2004, 8.460, de
17 de setembro de 1992, e 10.871, de 20 de maio de 2004, e da Medida Provisória nº 2.229-43,
de 6 de setembro de 2001; e dá outras providências.
Medida Provisória no 2.180-35, de 2001:............................................................................................................ 3/MP
− Acresce e altera dispositivos das Leis nos 8.437, de 30 de junho de 1992, 9.028, de 12 de abril de
1995, 9.494, de 10 de setembro de 1997, 7.347, de 24 de julho de 1985, 8.429, de 2 de junho de
1992, 9.704, de 17 de novembro de 1998, do Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, das Leis
nos 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e 4.348, de 26 de junho de 1964, e dá outras providências.
Medida Provisória no 2.229-43, de 2001:.......................................................................................................... 13/MP
− Dispõe sobre a criação, reestruturação e organização de carreiras, cargos e funções comis-
sionadas técnicas no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacio-
nal, e dá outras providências.
− XIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas
Decreto 526, de 1992. ......................................................................................................................................... 3/D
no
− Dispõe sobre os procedimentos orçamentários para o pagamento, pelo Tesouro Nacional, de vanta-
gens pecuniárias concedidas por decisões judiciais não transitadas em julgado.
Decreto no 767, de 1993:......................................................................................................................................... 5/D
− Dispõe sobre as atividades de controle interno da Advocacia-Geral da União, e dá outras
providências.
Decreto no 869, de 1993:......................................................................................................................................... 6/D
− Delega competência ao Advogado-Geral da União para a prática dos atos que menciona.
Decreto no 1.016, de 1993:...................................................................................................................................... 7/D
− Fixa critérios para atribuição da Gratificação Temporária de que trata a Medida Provisória
no 377, de 26 de novembro de 1993.
Decreto no 1.293, de 1994:...................................................................................................................................... 8/D
– Dispõe sobre a transferência para a Sucessora União dos processos judiciais de interesse do
extinto INAMPS, e dá outras providências.
Decreto no 2.346, de 1997:...................................................................................................................................... 9/D
− Consolida normas de procedimentos a serem observadas pela Administração Pública Federal
em razão de decisões judiciais, regulamenta os dispositivos legais que menciona, e dá outras
providências.
Decreto no 2.752, de 1998:.................................................................................................................................... 12/D
− Estabelece condições para prestação de assistência judicial aos servidores integrantes da
Carreira Auditoria do Tesouro Nacional e aos titulares de cargos de Direção e Assessoramen-
to Superiores, em ações decorrentes do exercício de cargo na Secretaria da Receita Federal.
Decreto no 2.839, de 1998:.................................................................................................................................... 13/D
− Dispõe sobre o cadastramento, controle e acompanhamento integrado das ações judiciais e o
cumprimento das respectivas decisões pelos órgãos da Advocacia-Geral da União, procurado-
rias e departamentos jurídicos das autarquias e das fundações públicas e órgãos do SIPEC.
Decreto no 3.035, de 1999:.................................................................................................................................... 16/D
– Delega competência para a prática dos atos que menciona, e dá outras providências.
Decreto no 3.781, de 2001: ................................................................................................................................... 17/D
− Dispõe sobre a remessa, à Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, dos
processos administrativos disciplinares que especifica.
Decreto no 4.175, de 2002: ................................................................................................................................... 18/D
− Estabelece limites para o provimento de cargos públicos efetivos no âmbito dos órgãos e
entidades do Poder Executivo, e dá outras providências.
Decreto n° 4.176, de 2002: ................................................................................................................................... 19/D
– Estabelece normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração, a consolidação e o
encaminhamento ao Presidente da República de projetos de atos normativos de competência
dos órgãos do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.
Decreto no 4.250, de 2002: ................................................................................................................................... 34/D
− Regulamenta a representação judicial da União, autarquias, fundações e empresas públicas
federais perante os Juizados Especiais Federais, instituídos pela Lei no 10.259, de 12 de
julho de 2001.
Decreto no 4.285 de 2002: .................................................................................................................................... 36/D
− Dispõe sobre o remanejamento de cargos vagos da Carreira de Procurador Federal.
Decreto no 4.294 de 2002: .................................................................................................................................... 38/D
− Dispõe sobre a extinção de atividades desenvolvidas na Imprensa Nacional, disciplina a
destinação dos bens utilizados nessas atividades, e dá outras providências. [Prédio da AGU]
Decreto n° 4.341, de 2002: ................................................................................................................................... 39/D
– Institui a carteira de identidade funcional dos membros das carreiras de Advogado da União e
Procurador Federal e dá outras providências.
Decreto no 4.368, de 2002:.................................................................................................................................... 40/D
– Aprova a Estrutura e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão da Advocacia-Geral
da União, na parte referente à organização de sua Secretaria-Geral, e dá outras providências.
− XIV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas
Decreto n° 4.434, de 2002:.................................................................................................................................... 44/D
– Dispõe sobre a apuração da antigüidade dos integrantes das Carreiras Jurídicas da Advoca-
cia-Geral da União.
Decreto no 4.697, de 2003: ................................................................................................................................... 46/D
– Dispõe sobre o remanejamento de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores – DAS que menciona e dá outras providências.
Decreto no 4.734, de 2003: ................................................................................................................................... 47/D
– Delega competência para a prática de atos de provimento no âmbito da Administração Públi-
ca Federal, e dá outras providências.
Decreto nº 5.255, de 2004: .................................................................................................................................... 48/D
− Dispõe sobre o remanejamento de cargos em comissão e das funções gratificadas que mencio-
na, e dá outras providências.
Decreto nº 5.421, de 2005: .................................................................................................................................... 50/D
− Institui a carteira de identidade funcional dos membros da Carreira de Procurador do Banco
Central do Brasil.
Decreto nº 5.870, de 2006: .................................................................................................................................... 51/D
− Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão, das Fun-
ções Gratificadas e das Funções Comissionadas do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, e
dá outras providências. [Estrutura e atribuições da Procuradoria Federal Especializada do INSS].
Decreto nº 5.989, de 2006: .................................................................................................................................... 56/D
− Dispõe sobre o remanejamento de Funções Comissionadas Técnicas – FCT para a Advocacia-
Geral da União - AGU.
Decreto nº 5.992 de 2006: ..................................................................................................................................... 57/D
− Dispõe sobre a concessão de diárias no âmbito da administração federal direta, autárquica e
fundacional, e dá outras providências.
Decreto nº 6.018, de 2007: .................................................................................................................................... 61/D
− Regulamenta a Medida Provisória no 353, de 22 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o térmi-
no do processo de liquidação e a extinção da Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA, altera
dispositivos da Lei no 10.233, de 5 de junho de 2001, e dá outras providências.
Decreto nº 6.119, de 2007: .................................................................................................................................... 67/D
− Dá nova redação ao art. 2º do Decreto nº 5.255, de 27 de outubro de 2004, que dispõe sobre o
remanejamento de cargos em comissão e das funções gratificadas que menciona, e dá outras
providências.
Decreto nº 6.120, de 2007: .................................................................................................................................... 68/D
− Fixa atribuições para o substituto do Advogado-Geral da União e altera o Anexo I ao Decreto nº
4.368, de 10 de setembro de 2002, que aprova a Estrutura e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Comissão da Advocacia-Geral da União, na parte referente à organização de sua Secretaria-Geral.
Decreto nº 6.216, de 2007 ..................................................................................................................................... 70/D
− Dispõe sobre a substituição de Ministros de Estado em suas ausências do território nacional,
nos seus afastamentos ou em outros impedimentos legais ou regulamentares.
Decreto nº 6.313, de 2007 ..................................................................................................................................... 71/D
− Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções Gratificadas do Ministério da Fazenda, e dá outras providências. [Estrutura e atribui-
ções da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.]
Decreto nº 6.328, de 2007: .................................................................................................................................... 85/D
− Prorroga, em caráter excepcional, o prazo de remanejamento dos cargos que menciona.
Portaria da Casa Civil da Presidência da República no 1.056, de 2003: ........................................................... 3/P
– Subdelega competência para a prática de atos de provimento no âmbito da Administração
Pública Federal, e dá outras providências.
Portaria da Secretaria Executiva do Ministério da Previdência Social nº 113, de 2005:................................. 4/P
− Dispõe sobre acesso a dados, informações e sistemas informatizados da Previdência Social
por servidores e procuradores em exercício no Órgão de Arrecadação da PGF.
Portaria do Ministério da Previdência Social nº 296, de 2007:.................................................................. 5/P
− Autoriza o não ajuizamento das execuções fiscais de dívida ativa do INSS de valor até R$ 10.000,00.

− XV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas

OUTRAS NORMAS DE CONSULTA FREQÜENTE OU DE INTERES-


SE ADMINISTRATIVO
Lei n° 8.112, de 1990:............................................................................................................................................3/ON
– Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais.
Lei nº 9.051, de 1995: ..........................................................................................................................................34/ON
− Dispõe sobre a expedição de certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações.
Lei nº 9.099, de 1995: ..........................................................................................................................................35/ON
– Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências.
Lei n° 9. 527, de 1997:.........................................................................................................................................44/ON
– Altera dispositivos das Leis nos 8.112, de 11 de dezembro de 1990, 8.460, de 17 de setembro de
1992, e 2.180, de 5 de fevereiro de 1954, e dá outras providências.
Lei n° 9.717, de 1998: .........................................................................................................................................47/ON
– Dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de
previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências.
Lei n° 9.784, de 1999: .........................................................................................................................................50/ON
– Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
Lei no 10.887, de 2004: .......................................................................................................................................57/ON
− Dispõe sobre a aplicação de disposições da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro
de 2003, altera dispositivos das Leis nos 9.717, de 27 de novembro de 1998, 8.213, de 24 de
julho de 1991, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e dá outras providências.
Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001: .........................................................................................................62/ON
– Dispõe sobre o reajuste dos benefícios mantidos pela Previdência Social, e altera dispositivos
das Leis nos 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.212 e 8.213, de 24 de julho de 1991, 8.742,
de 7 de dezembro de 1993, 9.604, de 5 de fevereiro de 1998, 9.639, de 25 de maio de 1998,
9.717, de 27 de novembro de 1998, e 9.796, de 5 de maio de 1999, e dá outras providências.
Medida Provisória no 2.225-45, de 2001:...........................................................................................................68/ON
− Altera as Leis nos 6.368, de 21 de outubro de 1976, 8.112, de 11 de dezembro de 1990, 8.429,
de 2 de junho de 1992, e 9.525, de 3 de dezembro de 1997, e dá outras providências
Decreto nº 1.590, de 1995:..................................................................................................................................71/ON
− Dispõe sobre a jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal direta,
das autarquias e das fundações públicas federais, e dá outras providências.
Decreto nº 2.066, de 1996:..................................................................................................................................73/ON
− Regulamento o art. 92, da lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a licença
para Desempenho de Mandato Classista
Decreto nº 2.258, de 1997:..................................................................................................................................74/ON
− Institui o Programa de Racionalização das Unidades Descentralizadas do Governo Federal e
dá outras providências.
Decreto no 3.151, de 1999:..................................................................................................................................76/ON
− Disciplina a prática dos atos de extinção e de declaração de desnecessidade de cargos públi-
cos, bem assim a dos atos de colocação em disponibilidade remunerada e de aproveitamento
de servidores públicos em decorrência da extinção ou da reorganização de órgãos ou entida-
des da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
Decreto no 3.505, de 2000:..................................................................................................................................78/ON
− Institui a Política de Segurança da Informação nos órgãos e entidades da Administração
Pública Federal.
Decreto no 3.644, de 2000:..................................................................................................................................81/ON
− Regulamenta o instituto da reversão de que trata o art. 25 da Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990.
Decreto nº 4.050, de 2001:..................................................................................................................................82/ON
− Regulamenta o art. 93 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a cessão
de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta, autárquica e
− XVI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas
fundacional, e dá outras providências.
Decreto nº 4.187, de 2002: ................................................................................................................................. 85/ON
− Regulamenta os arts. 6o e 7o da Medida Provisória no 2.225-45, de 4 de setembro de 2001, que
dispõem sobre o impedimento de autoridades exercerem atividades ou prestarem serviços após
a exoneração do cargo que ocupavam e sobre a remuneração compensatória a elas devida
pela União, e dá outras providências
Decreto nº 4.334, de 2002: ................................................................................................................................. 87/ON
– Dispõe sobre as audiências concedidas a particulares por agentes públicos em exercício na
Administração Pública Federal direta, nas autarquias e fundações públicas federais.
Decreto nº 4.596, de 2003: ................................................................................................................................. 88/ON
– Dispõe sobre o Sistema de Acompanhamento Legislativo - SIAL e dá outras providências.
Decreto nº 4.896, de 2003: ................................................................................................................................. 89/ON
– Dispõe sobre a institucionalização do Sistema de Informações Organizacionais do Governo
Federal - SIORG, e dá outras providências.
Decreto nº 4.915, de 2003: ................................................................................................................................. 91/ON
– Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração
pública federal, e dá outras providências.
Decreto nº 4.978, de 2004: ................................................................................................................................. 94/ON
– Regulamenta o art. 230 da Lei nº 8.112, de11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a assis-
tência à saúde do servidor, e dá outras providências.
Decreto nº 5.378, de 2005: ................................................................................................................................. 95/ON
– Institui o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização - GESPÚBLICA e o Comitê
Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, e dá outras providências.
Decreto nº 5.450, de 2005: ................................................................................................................................. 97/ON
− Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá
outras providências.
Decreto nº 5.452, de 2005: ............................................................................................................................... 104/ON
− Divulga o custo unitário dos cargos em comissão e das funções gratificadas, aprova o quanti-
tativo das gratificações de que tratam o art. 20 da Lei no 8.216, de l3 de agosto de l991, e o
art. 29-B da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, e dá outras providências.
Decreto nº 5.480, de 2005: ............................................................................................................................... 107/ON
− Dispõe sobre o Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.
Decreto nº 5.483, de 2005: ............................................................................................................................... 110/ON
− Regulamenta, no âmbito do Poder Executivo Federal, o art. 13 da Lei no 8.429, de 2 de junho
de 1992, institui a sindicância patrimonial e dá outras providências.
Decreto nº 5.497, de 2005: ............................................................................................................................... 112/ON
− Dispõe sobre o provimento de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores
- DAS, níveis 1 a 4, por servidores de carreira, no âmbito da administração pública federal.
Decreto nº 5.707, de 2006: ................................................................................................................ 113/ON
− Institui a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da administração públi-
ca federal direta, autárquica e fundacional, e regulamenta dispositivos da Lei no 8.112, de 11
de dezembro de 1990.
Decreto nº 5.961, de.2006: ............................................................................................................................... 116/ON
− Institui o Sistema Integrado de Saúde Ocupacional do Servidor Público Federal - SISOSP.
Decreto nº 6.029, de 2007: ............................................................................................................................... 118/ON
− Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.
Decreto nº 6.114, de 2007: ............................................................................................................................... 122/ON
− Regulamenta o pagamento da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso de que trata o
art. 76-A da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Decreto nº 6.129, de 2007: ............................................................................................................................... 125/ON
− Dispõe sobre a vinculação das entidades integrantes da administração pública federal indireta.
Decreto nº 6.386, de 2008 ................................................................................................................................ 131/ON
− Regulamenta o art. 45 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e dispõe sobre o proces-
samento das consignações em folha de pagamento no âmbito do Sistema Integrado de Admi-
nistração de Recursos Humanos – SIAPE.

− XVII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Índice/Ementas

− XVIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

BREVE HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA AGU

− XIX −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

− XX −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
“A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO É A INSTI-
TUIÇÃO QUE, DIRETAMENTE OU ATRAVÉS DE
ÓRGÃO VINCULADO, REPRESENTA A UNIÃO,
JUDICIAL E EXTRAJUDICIALMENTE, CABEN-
DO-LHE, NOS TERMOS DA LEI COMPLEMEN-
TAR QUE DISPUSER SOBRE SUA ORGANIZA-
ÇÃO E FUNCIONAMENTO, AS ATIVIDADES DE
CONSULTORIA E ASSESSORAMENTO JURÍDICO
DO PODER EXECUTIVO.” (CF, ART. 131.)

ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Antes da promulgação da Constituição da República de 5 de outubro de 1988 a re-
presentação judicial da União (Administração Direta) estava a cargo do Ministério Públi-
co da União e as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos do Poder Executivo
estavam confiadas à Advocacia Consultiva da União,1 que tinha como instância máxima a
Consultoria-Geral da República2 e era composta pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (no Ministério da Fazenda), pelas Consultorias Jurídicas (nos demais Ministérios,
Estado-Maior das Forças Armadas e Secretarias da Presidência da República), pelos órgãos
jurídicos dos Gabinetes Militar e Civil da Presidência da República, pelas Procuradorias-
Gerais e departamentos jurídicos das autarquias e das fundações federais, e pelos órgãos
jurídicos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controla-
das, direta ou indiretamente, pela União. Exercia parcialmente a representação extrajudicial
da União a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, como órgão do Ministério da
Fazenda. A representação judicial da União esteve afeta ao Ministério Público da União até
o advento da Lei Complementar n° 73, de 10 de fevereiro de 1993, com exceção daquela
referente às causas de natureza fiscal que passaram à antiga Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional desde a promulgação da Carta Política, por força do art. 29, § 5°, do Ato das Dis-
posições Constitucionais Transitórias – ADCT.
A AGU NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
2. A Constituição de 1988, no seu Título IV, dispôs sobre a ORGANIZAÇÃO DOS
PODERES e, sob esse Título, destinou o Capítulo I ao PODER LEGISLATIVO, o Capítulo II
ao PODER EXECUTIVO, o Capítulo III ao PODER JUDICIÁRIO e o Capítulo IV às FUN-
ÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA, inserindo neste último Capítulo o MINISTÉRIO PÚBLICO,
na Seção I, e a ADVOCACIA PÚBLICA, na qual se inclui a ADVOCACIA-GERAL DE UNIÃO, na
Seção II. Teve o Constituinte o cuidado de situar a Advocacia-Geral da União fora dos três
Poderes da República, não para que formasse um “quarto poder”, mas para que pudesse
atender, com independência, aos três Poderes, tendo presente que a representação judicial da
União − função essencial à Justiça −, confiada à nova Instituição, envolveria os três Pode-
res da República. Também deixou claro que a Advocacia-Geral da União ficaria responsável
pelas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos apenas do Poder Executivo. Por-
tanto, o laço mais forte a unir a Advocacia-Geral da União ao Poder Executivo decorre
desses serviços que lhe presta, com exclusividade.

1
Ver Decreto n° 93.237, de 1986.
2
Ver Decreto n° 92.889, de 1986, e Decreto n° 93.237, de 1986.
− XXI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

3. A Advocacia-Geral da União nasceu da necessidade de organizar em Instituição única a


representação judicial e extrajudicial da União e as atividades de consultoria e assessoramen-
to jurídicos do Poder Executivo, propiciando ao Ministério Público o pleno exercício de sua
função essencial de “defesa da ordem jurídica − essencial à Justiça −, do regime democrático,
dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis”, desvencilhando-o da representa-
ção judicial da União, por vezes incompatível com os seus outros misteres.
A ESTRUTURA DA AGU EM SUA LEI ORGÂNICA
4. Consoante preconizado no art. 131 da Constituição de 1988, veio a dispor sobre a
organização e funcionamento da nova Instituição a Lei Complementar n° 73, de 10 de
fevereiro de 1993, que instituiu a “Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União” e cuidou
de forma mais pormenorizada do braço contencioso da Instituição, de sua representação
judicial, uma vez que já existia, em organização sistêmica, a Advocacia Consultiva da Uni-
ão, a qual tinha na Consultoria-Geral da União sua instância mais elevada, responsável pelas
atividades de consultoria e assessoramento jurídicos do Poder Executivo.
5. Os Órgãos da Advocacia-Geral da União – AGU, segundo a Lei Orgânica da Institu-
ição, foram classificados como:
– órgãos de direção superior: Advogado-Geral da União,3 Procuradoria-Geral da
União, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,5 Consultoria-Geral da União,6 Conselho
4

Superior da Advocacia-Geral da União7 e Corregedoria-Geral da Advocacia da União;8


– órgãos de execução: Procuradorias Regionais da União,9 Procuradorias Regionais
da Fazenda Nacional,9 Procuradorias da União nos Estados e no Distrito Federal,10 Procura-
dorias da Fazenda Nacional nos Estados e no Distrito Federal,10 Procuradorias Seccionais da
União,11 Procuradorias Seccionais da Fazenda Nacional,11 Consultoria da União12 e Consul-
torias Jurídicas13 nos Ministérios;

3
O Advogado-Geral da União é o mais elevado órgão de assessoramento jurídico do Poder Executivo e exerce a
representação judicial da União perante o Supremo Tribunal Federal.
4
O Procurador-Geral da União exerce a representação judicial da União perante os tribunais superiores em quaisquer
causas, ressalvadas aquelas de competência da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
5
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional presta assessoramento jurídico e consultoria ao Ministério da Fazenda
[funções exercidas pelas Consultorias Jurídicas nos demais Ministérios] e exerce a representação judicial da União na
execução da dívida ativa de caráter tributário e nas causas de natureza fiscal. Com a promulgação da Constituição
de 1988 a antiga PGFN passou a exercer a representação judicial de União nas causas de natureza fiscal, mesmo antes
da expedição da Lei Complementar n° 73, de 1993, por força do art. 29, § 5°, do ADCT.
6
A Consultoria-Geral da União colabora com o Advogado-Geral da União em seu assessoramento jurídico ao
Presidente da República.
7
O Conselho Superior da AGU é composto de membros natos [Advogado-Geral da União, Procuradores-Gerais da União e da
Fazenda Nacional, Consultor-Geral da União e Corregedor-Geral da União] e de membros eleitos [um representante de cada
Carreira] com mandato de dois anos, e tem funções restritas: tratar dos concursos de ingresso nas Carreiras da Instituição,
organizar listas de promoções e remoções dos membros efetivos da AGU e decidir sobre estágio confirmatório.
8
A Corregedoria-Geral da AGU, conforme a Lei Complementar n° 73, de 1993, tem sua atuação voltada tão somente para os órgãos
jurídicos da Instituição, inclusive os vinculados, e para os membros da AGU, não se ocupando dos demais órgãos e servidores.
9
As Procuradorias Regionais da União e da Fazenda Nacional se localizam nas Capitais que sejam sede de Tribunal
Regional Federal [Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife].
10
As Procuradorias da União e da Fazenda Nacional estão localizadas nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal.
11
As Procuradorias Seccionais da União e da Fazenda Nacional se localizam em cidades do interior dos Estados.
12
A Consultoria da União, órgão da Consultoria-Geral da União, é composta pelos Consultores da União.
13
As Consultorias Jurídicas, localizadas nos Ministérios, exercem as atividades de consultoria e assessoramento
jurídicos no âmbito das respectivas Pastas.
− XXII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
– órgãos vinculados: Procuradorias e Departamentos jurídicos de autarquias e fun-
dações públicas federais.14
Além dos órgãos que dizem respeito às atividades finalísticas da AGU, a sua Lei
Orgânica previu ainda os seguintes órgãos de administração:
– Gabinete do Advogado-Geral da União, Diretoria-Geral de Administração, Centro
de Estudos15 e Secretaria de Controle Interno.16
6. Até o início do ano 2000 a Advocacia-Geral da União funcionou com essa estrutura.
FUNCIONAMENTO DA AGU – FORÇA DE TRABALHO
7. Os Órgãos responsáveis pela representação judicial da União, precisamente aqueles
do Gabinete do Advogado-Geral da União e os integrantes da Procuradoria-Geral da União17
(Órgão central, Procuradorias Regionais, Procuradorias nos Estados, Procuradorias Seccionais)
em todo o território nacional, a Corregedoria-Geral da AGU, o Gabinete do Advogado-Geral
da União, o Centro de Estudos Victor Nunes Leal e a Diretoria-Geral de Administração da
AGU foram implantados com servidores requisitados ou cedidos de ministérios, autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, de outros Poderes da Repúbli-
ca, de Estados, Distrito Federal e Municípios. O minguado quadro de pessoal que a AGU
recebeu da extinta Consultoria-Geral da República se resumia a dezesseis servidores efetivos.
8. Desde o início de suas atividades – fevereiro de 1993 – até o início do ano 2000 a
representação judicial da União, a cargo da AGU, era exercida pelos titulares dos cargos em
comissão de órgãos de direção e de execução e por Procuradores da Fazenda Nacional,
Assistentes Jurídicos e cerca de trinta Advogados da União (oriundos do primeiro concurso
público realizado para essa Carreira) todos eles auxiliados por Procuradores de autarquias e
fundações e outros bacharéis em Direito, detentores de cargos em comissão na AGU.
9. No início do ano 2000 ingressaram nos quadros da AGU, mediante concurso público –
o segundo –, cerca de trezentos Advogados da União e, em seguida, outro tanto de Assistentes
Jurídicos provenientes do primeiro concurso público realizado para essa Carreira. Também
foram realizados dois concursos para cargos de Procurador da Fazenda Nacional até 2002.
CORREIÇÕES DA AGU – MEDIDAS ADOTADAS – ÓRGÃOS NOVOS
10. As correições realizadas pela Corregedoria-Geral da AGU em Órgãos jurídicos de
autarquias e fundações federais vinham indicando a necessidade de mudança na representa-
ção judicial de grande parte dessas entidades, principalmente aquelas de âmbito local e de
pequeno porte, como era o caso de escolas técnicas, agrotécnicas centros federais de educa-
ção tecnológica, além de outras. Essas entidades, sendo de âmbito local, muitas localizadas
em pequenos municípios, não dispunham de meios para acompanhar até as últimas instân-
cias, as ações judiciais de seu interesse, ficando praticamente indefesas. As correições iden-
tificaram também deficiência na representação judicial de algumas autarquias e fundações
de grande porte, pela falta de recursos humanos em quantidade e qualidade desejadas.

14
Os Órgãos Vinculados à AGU são responsáveis pela representação judicial e extrajudicial e pelas atividades de
consultoria e assessoramento jurídicos das autarquias e fundações federais.
15
O Centro de Estudos da AGU, denominado Victor Nunes Leal, foi instalado no ano de 2000.
16
A Secretaria de Controle Interno da AGU ainda não foi instalada, ficando as suas atribuições temporariamente
confiadas à Secretaria de Controle Interno da Presidência da República.
17
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, responsável pela representação judicial da União na execução da dívida
ativa de caráter tributário e nas causas de natureza fiscal, já se encontrava organizada nacionalmente seguindo os
órgãos do Ministério da Fazenda, pois era responsável pelo assessoramento jurídico e consultoria àquela Pasta.
− XXIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

11. Ante esse quadro, com base no art. 131 da Constituição, do qual consta que a “Ad-
vocacia-Geral da União é a Instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a união, judicial e extrajudicialmente”, considerando que a representação judicial
daquelas entidades, descentralizadas da União, poderia ser feita diretamente pela Instituição,
e havendo a AGU recebido expressivo número de Advogados da União no início do ano
2000, foi possível à Instituição, ainda no primeiro semestre daquele ano, mediante ato legis-
lativo,18 assumir a representação judicial de quase uma centena de autarquias e fundações,
“até que lei dispusesse sobre a nova forma de representação judicial, direta e indireta, da
União, consideradas as suas entidades autárquicas e fundacionais, bem como sobre a presta-
ção de consultoria e assessoramento jurídicos a essas entidades.”
12. Os resultados positivos da assunção pela AGU da representação judicial das peque-
nas entidades e, mais expressivamente, de algumas autarquias e fundações federais de gran-
de porte são notórios, mormente no que diz respeito à redução dos vultosos valores das
condenações judiciais impostas aos cofres públicos. A representação judicial dessas entida-
des concentrada na AGU permitiu ainda conferir tratamento uniforme a matérias comuns à
Administração direta e indireta (autarquias e fundações).
13. Os altíssimos valores das condenações judiciais sofridas pelo Tesouro determinaram
se criasse, na Procuradoria-Geral da União, o Departamento de Cálculos e Perícias,19 setor
especializado que vem auxiliando eficaz e decisivamente o segmento contencioso da Institu-
ição, incluindo os das autarquias e fundações federais. São notáveis os resultados obtidos a
partir do refazimento desses cálculos, reduzindo significativamente os valores efetivamente
devidos pela União.
14. As correições empreendidas pela Corregedoria-Geral da AGU também identifica-
ram irregularidades em órgãos jurídicos que conduziram à instauração de diversos processos
administrativos disciplinares. A conclusão desses processos e julgamentos proferidos pelo
Tribunal de Contas da União em matérias da alçada daquela Corte de Contas exigiu a cria-
ção, também na Procuradoria-Geral da União, da Coordenadoria de Ações de Recomposi-
ção do Patrimônio da União,20 órgão específico para recuperar perdas patrimoniais sofri-
das pela União e promover a execução de títulos judiciais e extrajudiciais, inclusive os
expedidos pelo Tribunal de Contas da União.
MEDIDAS RACIONALIZADORAS – ESTRUTURAÇÃO DE ÓRGÃOS
15. Ao longo desses anos foi vista a necessidade de racionalizar serviços a cargo das
Procuradorias Regionais da União21 e das Procuradorias da União22 situadas nas mesmas
capitais. A racionalização reclamada, depois de autorizada em lei,23 conduziu à unificação,
na Procuradoria Regional, das duas estruturas existentes, com absorção da Procuradoria da
União pela respectiva Procuradoria Regional da União situada na mesma capital. Com a
unificação das procuradorias, foram eliminadas unidades dúplices desnecessárias, passan-
do os representantes judiciais da União a atuar na primeira e na segunda instâncias, otimi-
zando os trabalhos.

18
Ver arts 11-A e 11-B da Lei n° 9.028, de 1995 [Medida Provisória n° 2.180-35, de 2001].
19
Ver art. 8º-D da Lei n° 9.028, de 1995.
20
Ver art. 8°-E da Lei n° 9.028, de 1995.
21
As Procuradorias Regionais da União atuavam apenas na 2ª instância [tribunais regionais situados nas Capitais onde estas têm sede].
22
As Procuradorias da União nos Estados e no Distrito Federal atuam na 1ª instância das Justiças Federal e do Trabalho.
23
Ver art. 3°, § 1°, da Lei n° 9.028, de 1995.
− XXIV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
24
16. Na esteira da racionalização, e também com autorização legislativa, foram desati-
vadas procuradorias seccionais localizadas em cidades que apresentavam pequena movi-
mentação processual de interesse da União, ficando os serviços concentrados na Seccional
mais próxima ou na Procuradoria da União, eliminando-se gastos com a manutenção de
estruturas, permitindo melhor utilização de recursos humanos, principalmente de represen-
tantes judiciais da União que, localizados naquelas Seccionais, cuidavam de pequeno núme-
ro de processos judiciais. Pelos mesmos motivos também deixaram de ser instaladas outras
Procuradorias Seccionais.

17. O Ato Regimental25 da estrutura básica da Procuradoria-Geral da União – PGU


(com suas Procuradorias Regionais, da União e Seccionais) foi expedido em junho de 2002,
e cuidou também do Gabinete do Procurador-Geral da União; e dos Departamentos Judicial
Cível; Judicial Trabalhista; Judicial de Órgãos e Entidades Sucedidos pela União; Judicial
Internacional e de Recomposição do Patrimônio da União; para Assuntos Especiais e Orien-
tação Processual; de Cálculos e Perícias; além de Coordenações-Gerais. Contudo, a PGU
ainda não teve integralmente implantada a sua estrutura pela falta dos cargos em comissão
indispensáveis para tanto.

18. Enquanto se empreendiam as mudanças nas Procuradorias da União, igualmente se


implantava no Gabinete do Advogado-Geral da União o Núcleo26 de acompanhamento de
feitos judiciais de interesse da União, e de suas autarquias e fundações, em tramitação
perante o Supremo Tribunal Federal, cuja atuação concentrou-se especialmente no a-
companhamento das causas de maior relevância e interesse público.

19. Todas as Procuradorias da AGU (Geral, Regionais, da União e Seccionais) passaram


a contar com setor específico para o acompanhamento e controle especiais de feitos conside-
rados relevantes, assim considerados pela possibilidade de acarretar expressivo dano ao
erário, seja pelo seu valor individualizado, ou pela multiplicação de seus efeitos, ou ainda
por envolver assuntos relacionados às políticas públicas de interesse social.

20. Revistas as estruturas do braço contencioso da Advocacia-Geral da União, voltaram-


se as atenções para a remodelagem do seu braço consultivo, aquele advindo da antiga Advo-
cacia Consultiva da União, como já visto.

21. A Lei Complementar n° 73, de 1993, que instituiu a “Lei Orgânica da Advocacia-
Geral da União”, criou a Consultoria-Geral da União como órgão de direção superior da
Instituição, mas incumbiu-a apenas (embora principalmente) de colaborar com o Advoga-
do-Geral da União em seu assessoramento jurídico ao Presidente da República produ-
zindo pareceres, informações e demais trabalhos jurídicos que lhe sejam atribuídos pelo
chefe da Instituição.27 Ficou a Consultoria-Geral da União isolada do restante do segmento
consultivo da Instituição, notadamente das Consultorias Jurídicas que receberam tratamento
em capítulo autônomo da Lei.

24
Ver art. 3°, § 4°, da Lei n° 9.028, de 1995.
25
Ato Regimental n° 5, de 19 de junho de 2002.
26
Implantado pela Portaria AGU n° 224, de 2000.
27
Ver arts. 2°, I, c, e 10 da Lei Complementar n° 73, de 1993.
− XXV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

22. Para suprir a lacuna da Lei e tornar coerente a classificação do Órgão como de dire-
ção superior, o Advogado-Geral da União, expediu Ato Regimental28 dispondo sobre a
competência, a estrutura e o funcionamento da Consultoria-Geral da União, bem como as
atribuições de seu titular e demais dirigentes.29 A Consultoria-Geral da União, além da
Consultoria da União (integrada pelos Consultores da União), passou a contar com um
Gabinete e os Departamentos de Assuntos Extrajudiciais, de Orientação e Coordenação de
Órgãos Jurídicos, de Acompanhamento de Feitos Estratégicos perante o Supremo Tribunal
Federal,30 de Análise de Atos Normativos e de Informações Jurídico-Estratégicas e de Coor-
denações-Gerais, incumbindo-se de coordenar a atuação das Consultorias Jurídicas dos
Ministérios e de coordenar e orientar a atuação dos Órgãos Jurídicos das autarquias e funda-
ções públicas31, com a participação da Consultoria Jurídica do Ministério a que estivessem
subordinados. Registra-se que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Órgão de direção
superior da AGU, submete-se às normas disciplinadoras das Consultorias Jurídicas no que
concerne às atividades de consultoria e assessoramento jurídicos prestados ao Ministério da
Fazenda. Também a Consultoria-Geral da União ainda não teve integralmente implantada a
sua estrutura pela falta dos cargos em comissão indispensáveis para tanto.
23. As Consultorias Jurídicas, órgãos de execução da AGU, já se encontravam estrutu-
radas nos respectivos ministérios e assim foram mantidas. Situação nova surgiu com a cria-
ção do Ministério da Defesa, em substituição aos três Ministérios Militares – Marinha,
Exército e Aeronáutica – e ao Estado-Maior das Forças Armadas – EMFA, este absorvido
pelo novo Ministério e aqueles transformados em Comandos Militares integrantes do Minis-
tério da Defesa, fato que recomendou se criassem, na Consultoria Jurídica do Ministério da
Defesa, as Consultorias Jurídicas-Adjuntas dos Comandos da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica. Até o momento, a Consultoria Jurídica do Ministério da Defesa, e suas Consul-
torias-Adjuntas, foram as únicas a terem suas competências, estruturas e funcionamentos
disciplinados em ato do Advogado-Geral da União.32 As demais Consultorias permanecem
regidas por atos editados pelos respectivos Ministros de Estado, assim como a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional.
24. Outra medida, que contou com autorização legislativa,33 de fundamental importância
para racionalizar as atividades de assessoramento jurídico, propiciando orientação uniforme
para temas comuns de interesse de órgãos da Administração Direta localizados fora do
Distrito Federal foi a criação dos Núcleos de Assessoramento Jurídico. Até setembro de
2002 foram instalados três desses Núcleos – em Goiânia, Fortaleza e Porto Alegre.34

28
Ato Regimental no 1, de 2002. O Ato Regimental nº 5, de 27.9.2007, reorganizou a Consultoria-Geral da União e
revogou o Ato Regimental nº 1, de 2002.
29
A competência para dispor sobre essas matérias foi conferida ao Advogado-Geral da União pelo art. 45, § 1°, da Lei
Complementar n° 73, de 1993.
30
Absorveu o Núcleo de acompanhamento de feitos judiciais de interesse da União, e de suas autarquias e fundações,
em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal objeto do item 17. Atualmente esse acompanhamento, no que diz
respeito a causas de interesse da Administração direta, é feito, sob o comando do Advogado-Geral da União, pelo
Gabinete do Secretário-Geral de Contencioso, e aquelas de interesse de autarquias e fundações federais (exceto do
Banco Central do Brasil) pela Procuradoria-Geral Federal.
31
Observa-se que o Ato Regimental nº 1, de 2002, precedeu a criação da Procuradoria-Geral Federal. O ato Regimen-
tal nº 1, de 2002, foi revogado pelo Ato Regimental nº 5, de 2007.
32
Ver Ato Regimental n° 6, de 2002.
33
Ver art. 8°-F da Lei n° 9.028, de 1995 [Medida Provisória n° 2.180-35, de 2001].
34
Portarias nos 306, 359 e 720, de 2002.
− XXVI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

25. Os Núcleos de Assessoramento Jurídico, órgãos integrantes da Consultoria-Geral


da União, representam mais uma medida de racionalização de serviços, de uniformidade de
orientação jurídica e de economia, uma vez que evita a mantença de várias unidades com as
mesmas finalidades em Órgãos dos Ministérios localizados fora do Distrito Federal.
ÓRGÃOS VINCULADOS – A PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
26. Estabelecidas as estruturas (embora não implantadas integralmente) dos Órgãos da
Instituição responsáveis pela representação judicial da União e pelas atividades de consultoria
e assessoramento jurídicos do Poder Executivo, no que diz respeito à Administração direta,
retoma a Instituição a questão relativa aos seus Órgãos Vinculados, responsáveis pela repre-
sentação judicial e extrajudicial das autarquias e fundações federais, bem como pelas ativida-
des de consultoria e assessoramento jurídicos a essas entidades da Administração indireta.
27. Ao tempo em que a Advocacia-Geral da União assumia a representação judicial de
quase uma centena de autarquias e fundações, conforme visto nos itens 10, 11 e 12, era criada a
Carreira de Procurador Federal 35, reunindo, sob denominação única os profissionais do
Direito responsáveis pelas atividades de representação judicial e extrajudicial e daquelas de
consultoria e assessoramento jurídicos das autarquias e fundações federais, passo fundamental
para a organização e racionalização da atuação dos integrantes da nova Carreira.
28. Na AGU, concomitantemente, era criada, via legislativa, a Coordenadoria dos Órgãos
Vinculados à AGU,36 para auxiliar o Advogado-Geral no exercício de suas atribuições de orien-
tação normativa e supervisão técnica dos órgãos jurídicos das autarquias e fundações públi-
cas, os Órgãos Vinculados, assim denominados pela Lei Complementar n° 73, de 1993.37 Essa
Coordenadoria teve o seu funcionamento disciplinado em ato38 do Advogado-Geral da União e
representou passo decisivo na racionalização da distribuição dos Procuradores Federais e na
detecção de problemas ocorrentes na Administração indireta (autarquias e fundações).
29. Da Coordenadoria dos Órgãos Vinculados evoluiu-se para a criação da Procurado-
ria-Geral Federal,39 como órgão autônomo vinculado à Advocacia-Geral da União e sob a
sua supervisão direta, com o objetivo de reunir, sob administração única, as atividades de
representação judicial e extrajudicial e aquelas de consultoria e assessoramento jurídicos da
Administração indireta (autarquias e fundações federais), em tudo iguais àquelas exercidas
pela AGU em relação à Administração direta.
30. A criação da Procuradoria-Geral Federal representa mais uma ação governamen-
tal em busca da racionalidade, economia e otimização das atividades constitucionais da
Advocacia-Geral da União, retirando da subordinação dos dirigentes de autarquias e funda-
ções decisões importantíssimas de representação judicial da União, bem como de consultoria
e assessoramento jurídicos, atividades que devem ser orientadas pelo Advogado-Geral da
União. A Constituição não distinguiu a Administração direta da indireta quanto à defesa do
patrimônio público federal, apenas admitiu que a AGU pudesse fazer a representação judi-
cial e extrajudicial através de órgãos a ela vinculados.40

35
Ver art. 35 e seguintes da Medida Provisória n° 2.229-43, de 2001.
36
Ver art. 8°-A, da Lei n° 9.028, de 1995 [Medida Provisória n° 2.180-35, de 2001].
37
Ver arts. 17 e 18 da Lei Complementar n° 73, de 1993.
38
Ver Ato Regimental nº 1, de 2000.
39
Ver Lei n° 10.480, de 2002 - art. 9° e seguintes.
40
Ver art. 131, caput, da Constituição.
− XXVII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

31. A única entidade autárquica federal cuja Procuradoria-Geral não foi absorvida pela
Procuradoria-Geral Federal é o Banco Central do Brasil e, da mesma forma, os Procuradores
do Banco Central também não integram a Carreira de Procurador Federal, embora constan-
temente reivindiquem essa integração.
INSTALAÇÃO DE ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS E DE APOIO DA AGU
32. Não era suficiente, contudo, imprimir mudanças e aperfeiçoamentos diretamente
ligados às atividades finalísticas da Instituição. Para se alcançar a excelência no de-
sempenho das atividades institucionais da Advocacia-Geral da União, era necessário
dotar os seus membros dos meios necessários ao pleno cumprimento da missão consti-
tucional da AGU.
33. Foi organizada, em ato do Advogado-Geral da União,41 a Diretoria-Geral de
Administração– DGA, de modo a oferecer, aos órgãos voltados às atividades finalísti-
cas e a seus servidores, o suporte e os serviços necessários ao bom desempenho de suas
atribuições institucionais. Dispunha a DGA de unidades regionais descentralizadas para
atender, por região, os órgãos finalísticos da Instituição. Cumpre destacar os avanços
realizados para a completa informatização da Instituição. Em 2002 a DGA foi substitu-
ída pela Secretaria-Geral, com estrutura e quadro de cargos comissionados estabeleci-
dos em decreto.42
34. Era necessário também cuidar do permanente aprimoramento dos profissionais do
Direito responsáveis pelas atividades jurídicas da Instituição. Para tanto foi implantado na
AGU, ainda no ano de 2000, o Centro de Estudos Victor Nunes Leal,43 órgão especialmen-
te voltado à promoção, organização e coordenação das atividades destinadas ao aperfeiçoa-
mento profissional dos Membros da Advocacia-Geral da União e de seus Órgãos Vincula-
dos, bem como à atualização e à especialização do respectivo conhecimento jurídico. O
Centro de Estudos atualmente também é responsável pelo aprimoramento e capacitação dos
demais servidores da AGU. O Centro de Estudos Victor Nunes Leal conta com unidades
descentralizadas nas Procuradorias Regionais da AGU e vem desenvolvendo intensa ativi-
dade no sentido de difundir conhecimentos e aperfeiçoar a atuação de todos os integrantes
da Instituição. O Centro conta com revista “virtual” na Internet e em 2002 lançou o primeiro
número de sua revista impressa.
35. Até o momento não foi implantada a Secretaria de Controle Interno da Advoca-
cia-Geral da União. Essas atividades, desde o início do funcionamento da Instituição, foram
confiadas à Secretaria de Controle Interno da Presidência da República.44
36. Para possibilitar o acompanhamento permanente e a atuação oportuna e eficiente dos
órgãos do contencioso, inclusive pela identificação das ações consideradas relevantes, que
exijam acompanhamento especial, foi implantado o Sistema de Controle das Ações da
União – SICAU. 45

41
Ver Ato Regimental nº 3, de 2000, revogado em 2002.
42
Ver Decreto n° 4.368, de 2002.
43
O Centro de Estudos da Advocacia-Geral da União, denominado Victor Nunes Leal, atualmente constitui-se na
“Escola da Advocacia-Geral da União”, conforme o Ato Regimental nº 2, de 15 de agosto de 2005.
44
Ver Decreto n° 767, de 1993 e art. 16 da Lei nº 9.028, de 1995.
45
Ver as Portarias nos 81, de 2003, e 431, de 2006.
− XXVIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
O QUADRO DE PESSOAL ADMINISTRATIVO DA AGU
37. Foi dito retro (item 7) que a Advocacia-Geral da União funcionava, desde o início de
suas atividades, com servidores requisitados ou cedidos, à exceção dos integrantes de suas
carreiras jurídicas. Essa era uma situação que reclamava solução que melhor atendesse o
interesse da Instituição de contar com seu próprio quadro de servidores administrativos,
de modo a permitir a estabilidade dos serviços e a fixação da memória da Instituição. Em
julho de 2002, por medida legislativa,46 foram integrados ao Quadro de Pessoal da AGU
1580 servidores administrativos que, originários de ministérios, autarquias e fundações
federais, se encontravam em exercício na Instituição, criando a lei para esses servidores
gratificação de desempenho específica. O próximo passo deverá ser a criação de carreiras de
apoio específicas − já há proposta da AGU a respeito −, à semelhança do que ocorre com o
Ministério Público, o Judiciário e outras instituições e entidades governamentais.
ESPAÇO FÍSICO – DIFICULDADES – INÍCIO DE SOLUÇÃO
38. A Advocacia-Geral da União veio, ao longo desses doze anos, implantando, a cada
passo, órgãos e unidades necessários ao seu integral funcionamento. Não dispondo de espa-
ços suficientes nas salas que ocupava nos Anexos II, III e IV do Palácio do Planalto, buscou
outros espaços e foram instalados órgãos e unidades em outros prédios públicos no Setor
Bancário Sul, no Setor de Autarquias Norte e no Setor de Indústrias. Essa diversidade de
espaços e endereços dificultava a administração e a integração das atividades da Instituição.
39. Para remover mais essas dificuldades, e buscando sempre a racionalidade e a efici-
ência, no início de 2002, com a desativação de setores do Departamento de Imprensa Nacio-
nal,47 foi propiciada à Advocacia-Geral da União a oportunidade de reunir no mesmo espaço
(no prédio administrativo do DIN), suas principais atividades, continuando o esforço para
reunir em endereço único todos os órgãos e unidades que funcionam em Brasília. Com o
mesmo desiderato são envidados permanentes esforços para reunir em sede única todos os
órgãos e unidades da AGU nas demais unidades da federação.
PROJETO DE REFORMA INSTITUCIONAL DA AGU
40. A estrutura da Advocacia-Geral da União prevista na Lei Complementar n° 73, de
1993, tímida e restrita aos principais órgãos voltados às atividades finalísticas, foi implantada
emergencialmente para fazer funcionar, de imediato, a nova Casa, pois, da forma como redigi-
do, o art. 29, caput,48 do ADCT não deixou espaço a período de vacatio legis49 para que se
concebesse, planejasse e implantasse, de forma mais científica, estrutura compatível com as
relevantíssimas e gigantescas atribuições constitucionais da nova Instituição antes da entrada
da lei em vigor. Presente esse cenário, no início do ano 2001, após a adoção das medidas mais
urgentes ligadas às atividades finalísticas da Instituição, sentiu a Advocacia-Geral da União a
necessidade de imprimir à sua estrutura, agora com suporte em consultoria especializada,
organização compatível com os desafios enfrentados, valendo-se da experiência acumulada
desde a sua criação, a exemplo do que ocorria em órgãos do Poder Executivo.

46
Ver a Lei n° 10.480, de 2002 - art. 1° e seguintes.
47
Ver o Decreto nº 4.294, de 3 de julho de 2002.
48
O art. 29, caput, do ADCT previu que as instituições e os órgãos jurídicos nele mencionados continuariam a exercer
suas antigas atribuições somente até a aprovação das leis complementares ali referidas. Com isso, a aprovação [pelo
Congresso Nacional e sanção do Presidente da República] da primeira delas – a Lei Complementar n° 73, de 1993,
dispondo sobre a AGU –, fez cessar as competências anteriores.
49
Período que medeia entre a sanção da lei e a sua vigência, impossibilitado, no caso, em razão do contido no art. 29,
caput, do ADCT.
− XXIX −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

41. Dessa forma, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na condição de


executor do projeto de modernização do Poder Executivo Federal, celebrou contrato com a
Fundação Getúlio Vargas, tendo como cliente a Advocacia-Geral da União, passando esta a
receber a prestação de serviços especializados de consultoria da FGV para desenvolver e
implantar seu plano de reforma institucional.
42. O contrato com a Fundação Getúlio Vargas durou um ano e, nesse período, a FGV
teve como papel principal o de oferecer suporte de consultoria e metodologia para a imple-
mentação do Projeto de Reforma Institucional da Advocacia-Geral da União, a partir de
trabalhos realizados por equipe multidisciplinar de servidores da AGU.
43. Os trabalhos elaborados pela FGV – objeto do contrato – foram desenvolvidos vi-
sando à obtenção dos seguintes produtos: diagnóstico, reavaliação estratégica, formulação e
implementação da estrutura organizacional e do novo modelo de gestão. Esses conteúdos
encontram-se em Relatórios produzidos pela FGV. Para obtenção desses produtos, foram
efetuados esforços em três frentes: planejamento estratégico, levantamento de processos e
estrutura organizacional.
44. De abril a julho de 2001, sob a consultoria da Fundação Getúlio Vargas, foram
efetuadas, com a participação das principais lideranças da AGU, as reuniões do Planejamen-
to Estratégico, onde ficou definido o Plano de Ação da Instituição.
45. De julho a novembro de 2001, a Fundação Getúlio Vargas apoiou o esforço no Levanta-
mento de Processos e na Estrutura Organizacional, executados por equipe de servidores da AGU.
No início dos trabalhos, a FGV desenvolveu programa de capacitação da equipe e, ao final do
treinamento, foram formados grupos de trabalho para o levantamento dos macroprocessos, pro-
cessos e subprocessos. Também foi constituída equipe para tratar da estrutura organizacional.
46. De dezembro de 2001 a fevereiro de 2002 (quando findou o contrato com a FGV) os
esforços se concentraram nas propostas de estrutura e de detalhamento das ações dos objeti-
vos estratégicos fixados, bem como das melhorias sugeridas. Ainda estão pendentes de
conclusão as estruturas da Corregedoria-Geral da Advocacia da União e do Gabinete do
Advogado-Geral da União.
47. Durante os trabalhos desenvolvidos com a consultoria da FGV, e mesmo depois, a
Advocacia-Geral da União foi incorporando e pondo em prática produtos obtidos a partir
desses trabalhos, tais como a estruturação da Consultoria-Geral da União e da Procuradoria-
Geral da União; a unificação das Procuradorias Regionais da União com as Procuradorias da
União situadas nas mesmas capitais; a estrutura e implantação dos Núcleos de Assessora-
mento Jurídico em Goiânia, Fortaleza e Porto Alegre; a reestruturação do Centro de Estudos
Victor Nunes Leal; os estudos para a reestruturação da Diretoria-Geral de Administração; a
unificação, ainda que parcial, de Carreiras da AGU;50 a redistribuição, para o quadro da
AGU, dos servidores federais cedidos ou requisitados.51
48. Os trabalhos desenvolvidos sugeriram a conveniência de se criar na AGU uma se-
cretaria executiva, nos moldes existentes nos ministérios, e de se instalarem escritórios da
AGU fora do Distrito Federal onde estão localizados órgãos regionais e nos Estados, para
congregar, sob comando único, todas as atividades da Instituição – consultoria e assesso-
ramento, representação judicial e extrajudicial, bem como atividades administrativas, e de
instalar a ouvidoria da AGU na Corregedoria-Geral da AGU.

50
Ver o art. 11 da Lei n° 10.549, de 2002 [conversão da Medida Provisória n° 43, de 2002], que transforma cargos de
Assistente Jurídico da AGU em cargos de Advogado da União, extinguindo a carreira de Assistente Jurídico.
51
Ver a NOTA DE RODAPÉ referente ao item 37.
− XXX −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
49. Também necessita a Instituição de Regimento Interno que disponha, de forma
global e nos termos do art. 45 da Lei Complementar n° 73, de 1993, não só “sobre a compe-
tência, a estrutura e o funcionamento da Corregedoria-Geral da Advocacia da União, da
Procuradoria-Geral da União, da Consultoria-Geral da União, das Consultorias Jurídicas,
do Gabinete do Advogado-Geral da União e dos Gabinetes dos Secretários-Gerais, do
Centro de Estudos, da Diretoria-Geral de Administração e da Secretaria de Controle Inter-
no, bem como sobre as atribuições de seus titulares e demais integrantes”, mas que também
discipline “os procedimentos administrativos concernentes aos trabalhos jurídicos da Ad-
vocacia-Geral da União”. As estruturas dos principais órgãos da AGU vêm sendo objeto de
atos regimentais específicos, que poderão, quando definidas todas as estruturas, ser reuni-
dos, e completados, no regimento interno.
50. Relatório final desses trabalhos reúne, em documento único, todas as propostas, os
objetivos estratégicos estabelecidos e os respectivos planos de ação para realizá-los, além
das melhorias sugeridas pelas equipes de trabalho.
51. Esses trabalhos foram acompanhados, até 2002, por equipe treinada pela FGV para
dar continuidade aos trabalhos necessários ao atingimento das propostas – a estruturação da
Advocacia-Geral da União em modelo compatível com as suas atribuições institucionais − e
atualmente são acompanhados pela Secretaria-Geral.
ALGUNS DESAFIOS A ENFRENTAR
52. A Advocacia-Geral da União, porém, continua em construção. O ideal a ser atingi-
do – e todas as ações realizadas caminharam nessa direção – é o de ter a AGU carreira jurí-
dica única e ser a única a fazer a representação judicial e extrajudicial da União e a prestar
consultoria e assessoramento jurídicos ao Poder Executivo, racionalmente organizada, de
modo que a estrutura do órgão central esteja refletida em todas as unidades da Instituição,
em busca da excelência dos trabalhos que realiza. Isso, contudo, dependerá de ambiente
institucional favorável e, quiçá, de alteração constitucional, tendo em vista a possibilidade
atual de autarquias e fundações demandarem a União em juízo e vice-versa.
53. A unificação das Carreiras de Advogado da União e de Assistente Jurídico já apre-
sentou resultados positivos, pela possibilidade de os Advogados da União (carreira já unifi-
cada) poderem atuar em ambos os segmentos, otimizando a utilização da sua capacidade de
trabalho. Antes dessa unificação a AGU poderia lotar nos órgãos consultivos somente Assis-
tentes Jurídicos e, nos órgãos do contencioso, apenas Advogados da União. Isso fez com que
a Instituição convivesse, durante anos, com escassez desses profissionais do Direito ora em
uns, ora em outros órgãos. Atualmente coexistem quatro carreiras jurídicas na Administra-
ção Federal (direta, autárquica e fundacional), com semelhantes atribuições: Advogado da
União, Procurador da Fazenda Nacional, Procurador Federal e Procurador do Banco
Central do Brasil.
54. Ainda estão a reclamar efetivo acompanhamento as atividades dos órgãos jurídicos
das entidades estatais da União – empresas públicas e sociedades de economia mista – os
quais não estão mencionados na Lei Complementar n° 73, de 1993, diversamente do que
ocorria à época da Advocacia Consultiva da União (v. item 1). Atualmente os órgãos jurídi-
cos dessas estatais se ligam à AGU por meio das Consultorias Jurídicas e da Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, conforme previsto no art. 11, inciso II, combinado com o art.
13, da Lei Complementar n° 73, de 1993, que atribuiu a esses órgãos da AGU “a coordena-
ção dos órgãos jurídicos dos respectivos órgãos autônomos e entidades vinculadas” (aos
respectivos ministérios).

− XXXI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
55. Organizadas e postas a funcionar as principais atividades da Instituição, deverá a
AGU buscar iguais organização e funcionamento para uma de suas atribuições constitucio-
nais de inegável relevância e expressão político-administrativa – a representação extraju-
dicial da União e de suas autarquias e fundações –, seja ela exercida em empresas públicas
e sociedades de economia mista ou na celebração de contratos por entes públicos fede-
rais, de modo a possibilitar ou complementar o exame e o controle prévios da legalidade
de grande parte das atividades administrativas e contratuais, medidas de caráter preventi-
vo que possibilitarão controle mais efetivo da atuação da Administração Federal, redução de
perdas patrimoniais e do volume das ações judiciais.
OUTRAS AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2002
56. O relato acima contém ações desenvolvidas até 20 de setembro de 2002.
57. Após essa data, outras ações realizadas em 2002 merecem registro, tais como:
− a implantação dos Núcleos de Assessoramento Jurídicos de Porto Alegre52, no
Estado do Rio Grande do Sul, de Recife53, no Estado de Pernambuco e de Salvador54, no
Estado da Bahia;
− a instalação das Procuradorias Regionais Federais da 5ª Região, com sede em
Recife−PE55, da 4ª Região, em Porto Alegre−RS56, e das Procuradorias Federais no Estado
da Bahia, com sede em Salvador57, e no Estado do Ceará, com sede em Fortaleza58.
AÇÕES DESENVOLVIDAS A PARTIR DE 2003
58. A partir de 2003 a Advocacia-Geral da União passou a constituir COMISSÕES TE-
MÁTICAS para o trato das questões de responsabilidade da Instituição. Essas comissões têm
por finalidade assistir o Advogado-Geral da União objetivando sistematizar e orientar a
atuação da Advocacia-Geral da União sobre cada um dos temas dos quais se incumbem. As
comissões temáticas estão voltadas para as atividades finalísticas da Instituição.
59. Até o momento foram criadas as seguintes COMISSÕES TEMÁTICAS:
1. Comissão de Promoção e Defesa do Patrimônio Público – CPDP;59
2. Comissão de Infra-Estrutura – CIE;60
3. Comissão de Assuntos de Servidores Públicos – CASP;61
4. Comissão de Assuntos Indígenas − CAI;62
5. Comissão de Direitos Humanos − CDH;63
6. Comissão de Análise de Atos da Administração Pública Federal − CAPF;64
7. Comissão de Assuntos de Desenvolvimento Social − CADES;65
8. Comissão de Ações de Seguridade Social − CASEG;66

52
Portaria n° 720, de 2002.
53
Portaria n° 747, de 2002.
54
Portaria n° 832, de 2002.
55
Portaria n° 785, de 2002.
56
Portaria n° 789, de 2002.
57
Portaria n° 805, de 2002.
58
Portaria n° 806, de 2002.
59
Portaria n° 278, de 2003.
60
Portaria n° 370, de 2003.
61
Portaria n° 391, de 2003.
62
Portaria n° 392, de 2003.
63
Portaria n° 393, de 2003.
64
Portaria n° 572, de 2003.
65
Portaria n° 573, de 2003.
66
Portaria n° 574, de 2003.
− XXXII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
67
9. Comissão de Coordenação de Assuntos Internacionais − CCAI;
10. Comissão de Assuntos de Defesa do Estado e Segurança Pública − CADESP;68
11. Comissão de Assuntos de Desenvolvimento Urbano e Reforma Agrária − CDRA;69
12. Comissão de Contencioso Judicial − CCJ;70
13. Comissão de Assuntos de Natureza Penal − CANP.71
60. Para coordenar a atuação das comissões temáticas, foi constituída a COMISSÃO DE
COORDENAÇÃO DAS COMISSÕES TEMÁTICAS − CCCT72 com a finalidade de assistir o Ad-
vogado-Geral da União quanto à supervisão, orientação e acompanhamento das atividades
das Comissões Temáticas da Advocacia-Geral da União.
61. A tendência é que as Procuradorias da Advocacia-Geral da União também se orga-
nizem seguindo o modelo das comissões temáticas do órgão central da Instituição.
62. Para cuidar da administração da Advocacia-Geral da União foi constituída a COMIS-
73
SÃO DE ASSESSORAMENTO À GESTÃO INSTITUCIONAL − CAGI , com a finalidade de asses-
sorar o Advogado-Geral da União quanto à direção, superintendência e coordenação das
atividades da Advocacia-Geral da União.
63. Esse novo modelo de administração da AGU permitirá que os órgãos responsáveis
pelas atividades finalísticas da Instituição conheçam e influam na administração da Casa,
que deve estar voltada para o atendimento das necessidades dos que executam as atividades
institucionais da AGU.
64. Merece realce a atual administração do SISTEMA DE CONTROLE DAS AÇÕES DA
UNIÃO − SICAU, cujos relatórios têm permitido conhecer não só o volume mensal dos
feitos em andamento, como também a sua natureza, incidência por procuradoria e por regi-
ão, permitindo orientar a atuação da AGU no trato dos temas que apresentem elevada inci-
dência ou relevância econômica, social ou polítitico-administrativa.
65. Também foi instituído o SISTEMA DE REGISTRO DE ATIVIDADES JURÍDICAS − SI-
RAJ74, destinado ao registro da produção de peças e de demais atividades jurídicas desen-
volvidas no âmbito da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral Federal.
66. A prática demonstrou a eficácia da instalação de NÚCLEOS DE ASSESSORAMENTO JURÍ-
DICO nas Capitais dos Estados.Até 2004 eram cinco os Núcleos implantados, como já visto, e no
dia 11 de março de 2005 foram publicadas portarias de implantação de mais dezenove Núcleos.75
Os Núcleos de Rio Branco, no Estado do Acre, e o de Manaus, no Estado do Amazonas, foram
implantados em 200676, completando-se a implantação de todos os NAJs.

67
Portaria n° 575, de 2003.
68
Portaria n° 576, de 2003.
69
Portaria n° 577, de 2003.
70
Portaria Conjunta n° 93, de 2003.
71
Portaria n° 122, de 2004.
72
Portaria n° 313, de 2004, alterada pela Portaria 379, de 2004.
73
Portaria n° 314, de 2004.
74
Portaria n° 367, de 2004.
75
Pelas Portarias nos 157 a 175, de 2005, foram implantados os Núcleos de Assessoramento Jurídico de Aracajú/SE, Belém/PA, Belo
Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Campo Grande/MS,Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, João Pessoa/PB,Macapá/AP,Maceió/AL,
Natal/RN, Palmas/TO, Porto Velho/RO, Rio de Janeiro/RJ, São Luís/MA, São Paulo/SP, Teresina/PI e Vitória/ES.
76
O Núcleo de Assessoramento Jurídico − NAJ de Rio Branco/AC foi implantado pela Portaria nº 982, de 2006, e o de
Manaus/AM, pela Portaria nº 983, de 2006.
− XXXIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
67. Prosseguindo na implantação e consolidação da PROCURADORIA-GERAL FEDE-
RAL, foram adotadas diversas medidas, tais como:
− a transferência para a AGU da folha de pagamento dos Procuradores Federais;
− a instalação das Procuradorias Regionais Federais da 2ª Região77, com sede na Ci-
dade do Rio de Janeiro−RJ, da 3ª Região78, com sede na Cidade de São Paulo-SP, e da 1ª
Região79, com sede em Brasília−DF;
− a instalação das Procuradorias Federais no Estado de Minas Gerais80, com sede em
Belo Horizonte, no Estado do Rio Grande do Norte81, com sede em Natal-RN, no Estado do
Espírito Santo82, com sede em Vitória, no Estado do Mato Grosso do Sul83, com sede em
Campo Grande, no Estado do Paraná84, com sede em Curitiba, no Estado de Santa Catari-
na85, com sede em Florianópolis, no Estado de Goiás86, com sede em Goiânia, no Estado do
Piauí87, com sede em Teresina, no Estado de Alagoas88, com sede em Maceió, no Estado de
Rondônia89, com sede em Porto Velho, no Estado de Roraima90, com sede em Boa Vista, no
Estado da Paraíba91, com sede em João Pessoa, no Estado do Maranhão92, com sede em São
Luís e no Estado do Acre93, com sede em Rio Branco;
− a assunção, em caráter exclusivo, pela Procuradoria-Geral Federal, da representa-
ção judicial de autarquias e fundações da União perante os Tribunais Superiores e o Supre-
mo Tribunal Federal;94
− a assunção, em caráter exclusivo, pelas Procuradorias Federais nos Estados do Ce-
ará e de Minas Gerais, e as Procuradorias Regionais Federais da 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Regiões, já
instaladas, da representação judicial das autarquias e fundações públicas federais, nos res-
pectivos Estados e Regiões.95
68. Também foram expedidas portarias determinando a assunção, em caráter exclusivo, da
representação judicial de autarquias e fundações públicas federais nos Estados da Bahia96, do Rio
Grande do Norte97, do Espírito Santo98, do Pará99 e de Alagoas100, pelas respectivas Procuradori-
as Federais. A Procuradoria Regional Federal da 1ª Região, igualmente assumiu, em caráter
exclusivo, a representação judicial de 118 autarquias e fundações públicas federais perante a
primeira e a segunda instâncias dos órgãos do Poder Judiciário no Distrito Federal.101

77
Portaria n° 220, de 2004.
78
Portaria n° 222, de 2004.
79
Portaria n° 483, de 2004.
80
Portaria n° 219, de 2004.
81
Portaria n° 221, de 2004.
82
Portaria nº 77, de 2005.
83
Portaria nº 267, de 2005.
84
Portaria nº 358, de 2005.
85
Portaria nº 683, de 2005.
86
Portaria nº 496, de 2006.
87
Portaria nº 826, de 2006.
88
Portaria nº 905, de 2006.
89
Portaria nº 1.103, de 2006.
90
Portaria nº 1.163, de 2006.
91
Portaria nº 1.255, de 2006.
92
Portaria nº 1.271, de 2006.
93
Portaria nº 238, de 2007.
94
Portaria n° 436, de 2004.
95
Portaria nº 450, de 2004.
96
Portaria nº 34, de 2005.
97
Portaria nº 63, de 2005.
98
Portaria nº 608, de 2005.
99
Portaria nº 1.164, de 2006.
100
Portaria nº 1.165, de 2006.
101
Portaria nº 147, de 2005.
− XXXIV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

69. A Procuradoria-Geral Federal exerceu diretamente as atribuições de represen-


tação judicial e extrajudicial relativas à execução da dívida ativa do INSS atinente à
competência tributária referente às contribuições sociais a que se refere o art. 1° da Lei nº
11.098, de 13 de janeiro de 2005102, bem como seu contencioso fiscal, nas Justiças Federal,
do Trabalho e dos Estados103. Essas atividades conferidas diretamente à PGF foram exerci-
das pelo extinto104 “Órgão de Arrecadação da Procuradoria-Geral Federal”, que chegou a ter
sua competência, estrutura (com cargos em comissão remanejados para a PGF105) e funcio-
namento disciplinados em ato regimental106 do Advogado-Geral da União. Com a criação da
Secretaria da Receita Federal do Brasil − Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007 −, essa
competência da PGF cessará, em face da revogação do art. 2º da Lei nº 11.098, de 2005,
pela Lei nº 11.501, de 11.7.2007107, transferindo-se para a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional. Entretanto, a Procuradoria-Geral Federal continuará a exercer parte dessas atribui-
ções, por delegação,108 até 1º de maio de 2008, por força da Lei nº 11.457, de 2007.109 Con-
sultar a respeito também o Ato Regimental nº 2, de 12 de junho de 2007.
70. As medidas noticiadas no item anterior retiraram da Procuradoria Federal Especiali-
zada junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) as atribuições de representação
judicial e extrajudicial relativas à execução da dívida ativa do INSS atinente à competência
tributária referente às contribuições sociais a que se refere o art. 1° da Lei nº 11.098, de 13 de
janeiro de 2005, bem como seu contencioso fiscal, nas Justiças Federal, do Trabalho e dos
Estados, além da consultoria e assessoramento jurídico a elas correspondentes, conforme
explicitado no art. 4º, II, do Ato Regimental nº 1, de 2004110, do Advogado-Geral da União.

102
Conversão da Medida Provisória n° 222, de 4 de outubro de 2004.
103
Ver o art. 2º da Lei nº 11.098, de 2005.
104
Ver o art. 16 do Ato Regimental nº 2, de 2007.
105
Ver Decreto n° 5.255, de 2004.
106
Ver Ato Regimental n° 1, de 2004 (revogado pelo Ato Regimental nº 2, de 2007).
107
A Lei nº 11.501, de 11.7.2007, é originária da Medida Provisória nº 359, de 16.3.2007.
108
Ver a Portaria/PGFN/PGF nº 433, de 25 de abril de 2007.
109
Lei nº 11.457, de 2007:
“Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do 2o (segundo) mês subseqüente ao da publicação desta Lei, o débito o-
riginal e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às contribuições de que tratam os
arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dívida ativa da União.
§ 1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (décimo terceiro) mês subseqüente ao da publicação desta Lei, o dispos-
to no caput deste artigo se estende à dívida ativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação - FNDE decorrente das contribuições a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei.
§ 2o Aplica-se à arrecadação da dívida ativa decorrente das contribuições de que trata o art. 2o desta Lei o dis-
posto no § 1o daquele artigo.
§ 3o Compete à Procuradoria-Geral Federal representar judicial e extrajudicialmente:
I - o INSS e o FNDE, em processos que tenham por objeto a cobrança de contribuições previdenciárias, inclusive
nos que pretendam a contestação do crédito tributário, até a data prevista no § 1o deste artigo;
II - a União, nos processos da Justiça do Trabalho relacionados com a cobrança de contribuições previdenciá-
rias, de imposto de renda retido na fonte e de multas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das
relações do trabalho, mediante delegação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
§ 4o A delegação referida no inciso II do § 3o deste artigo será comunicada aos órgãos judiciários e não alcan-
çará a competência prevista no inciso II do art. 12 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.
§ 5o Recebida a comunicação aludida no § 4o deste artigo, serão destinadas à Procuradoria-Geral Federal as
citações, intimações e notificações efetuadas em processos abrangidos pelo objeto da delegação.
§ 6o Antes de efetivar a transferência de atribuições decorrente do disposto no § 1o deste artigo, a Procurado-
ria-Geral Federal concluirá os atos que se encontrarem pendentes.
§ 7o A inscrição na dívida ativa da União das contribuições de que trata o art. 3o desta Lei, na forma do caput e
do § 1o deste artigo, não altera a destinação final do produto da respectiva arrecadação.”
110
O Ato Regimental nº 1, de 2004, foi revogado pelo Ato Regimental nº 2, de 2007.
− XXXV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

71. As atribuições supra, conferidas diretamente à Procuradoria-Geral Federal, foram


temporariamente exercidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), por força
da Medida Provisória nº 258, de 21 de julho de 2005, que teve seu prazo de vigência encer-
rado em 18 de novembro de 2005,111 retornando à situação anterior. Posteriormente, com a
sanção da Lei nº 11.457, de 2007 e a expedição da Medida Provisória nº 359, de 2007112, a
competência de arrecadação da contribuição previdenciária, pela via judicial, passou à Pro-
curadoria-Geral da Fazenda Nacional.113
72. SÚMULA DA AGU. Outras ações, de fundamental relevância, foram empreendidas,
destacando-se entre elas: a revisão das até então chamadas “súmulas administrativas” da
AGU e o exame da legislação e das normas da AGU. O Grupo de Trabalho114 incumbido da
revisão das súmulas apresentou Relatório de 250 páginas ao Advogado-Geral da União, no
qual estão examinadas cada uma das 20 súmulas então existentes, com propostas de revisão
de textos, de revogação e de substituição de algumas delas por instruções normativas.
73. Os critérios adotados pelo Grupo incumbido da revisão das “súmulas administrati-
vas” da AGU representam mudança de postura da Instituição em relação ao tema e mere-
cem ser aqui reproduzidos:
“Cônscio da relevância do tema que lhe foi confiado, o Grupo de Trabalho procu-
rou orientar seus estudos por critérios definidos no seu âmbito, para que houvesse unifor-
midade no exame de cada uma das súmulas atuais.
Assim, acordou-se, relativamente à Súmula da Advocacia-Geral da União, que:
I − a postura da Administração Federal na esfera administrativa não pode ser opos-
ta àquela adotada em juízo. Ou seja, em respeito à ética, ao princípio constitucional da
moralidade administrativa, ao Poder Judiciário e ao cidadão, não pode a Administração
aceitar como definitiva tese reiteradamente afirmada no STF, STJ e TST e deixar de inter-
por recursos e, na via administrativa, negar deferimento a postulação idêntica à da tese
judicialmente acolhida;
II − a Súmula da Advocacia-Geral da União é composta de enunciados editados
pelo Advogado-Geral da União, os quais devem receber numeração seqüencial;
III − à vista da necessidade de atuação coerente da Administração, os enunciados
da Súmula da AGU devem orientar, em caráter vinculativo, a atuação dos órgãos jurídicos
e dos integrantes da AGU, da PGF e da Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil,
no exercício de suas atividades de representação judicial e extrajudicial, de consultoria e
assessoramento jurídicos;
IV − em conseqüência do item anterior, o preâmbulo da Súmula da AGU deve ser
revisto, pois o seu caráter obrigatório não seria apenas para “os órgãos jurídicos da repre-
sentação judicial da União, das autarquias e das fundações públicas”;
V − os enunciados da Súmula da AGU, resultantes que são de jurisprudência itera-
tiva dos Tribunais (STF, STJ e TST), devem expressar as teses assentes no Judiciário, foca-
lizando, objetivamente, a controvérsia posta em juízo e ali pacificada;

111
Ver o Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 40, de 21 de novembro de 2005.
112
Convertida na Lei nº 11.501, de 11.7.2007.
113
Sobre atribuições da Procuradoria-Geral Federal ver também o Ato Regimental nº 2, de 2007.
114
Grupo constituído pela Portaria n° 121, de 2004.
− XXXVI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

VI − embora de caráter vinculante para todos os órgãos jurídicos mencionados no


item III, em conseqüência da edição de enunciado da Súmula e quando for o caso, deve ser
expedida instrução normativa determinando que os órgãos detentores de representação
judicial e seus integrantes não proponham ações judiciais, deixem de recorrer ou desistam
de recursos já interpostos sobre a matéria sumulada pela AGU;
VII − não é necessária a edição de enunciado da Súmula da AGU quando a matéria
objeto de decisão judicial proferida em caso concreto tiver os seus efeitos jurídicos estendi-
dos para a via administrativa por lei ou decreto. Neste caso, ao Advogado-Geral da União
caberia a expedição de instrução normativa determinando aos órgãos detentores de repre-
sentação judicial e seus integrantes a não proposição de ações judiciais, a não interposição
de recursos e a desistência dos já interpostos sobre a matéria;
VIII − o enunciado da Súmula que disser respeito a matéria exclusivamente processual
e que não encerrar interpretação de norma legal, mas tão somente postura da AGU e de seus
órgãos vinculados perante decisões judiciais, tal como o contido na atual Súmula Administrativa
n° 5, pode ser substituído por instrução normativa determinando aos órgãos detentores de repre-
sentação judicial e seus integrantes a não interposição de recursos e a desistência dos já inter-
postos sobre tema objeto de jurisprudência iterativa dos Tribunais (STF, STJ e TST);
Os critérios orientadores do exame das atuais súmulas administrativas, se acolhi-
dos, podem orientar também o exame da propositura de novos enunciados, além dos outros
já inscritos na legislação e normas pertinentes.”
74. Os estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho, consolidados no Relatório já refe-
rido, levaram o Advogado-Geral da União a expedir o Ato de 19 de julho de 2004115 – “SÚ-
MULA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO” −, alterando a denominação de “súmula administra-
tiva” para “enunciado” da Súmula da AGU e revogando alguns enunciados. Em conseqüência,
foram expedidas diversas instruções normativas116. Outras alterações de enunciados estão a
depender de respostas de ministérios que foram consultados a respeito de eventual impacto
econômico-financeiro resultante de alteração da redação de antigos enunciados.
75. Ainda em decorrência dos estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho incumbi-
do da revisão das antigas súmulas administrativas, foram editados os Atos de 27 de setem-
bro de 2005117 e de 1º de Agosto de 2006118, alterando outros enunciados da Súmula da
AGU, e expedidas as conseqüentes instruções normativas.119 Em 4 de agosto de 2006 o
Advogado-Geral da União expediu ato de consolidação de todos os enunciados da Súmula
da AGU.120 Outra consolidação ocorreu em 26 de janeiro de 2007.121 Em 6 de fevereiro de
2007 foi editado Ato alterando a redação de mais três dos antigos enunciados da Súmula122 e
expedidas as conseqüentes instruções normativas.123 Em razão disso, nova consolidação foi
expedida em 16 de fevereiro de 2007. 124

115
Publicado no Diário Oficial de 26, 27 e 28 de julho de 2004.
116
Ver as Instruções Normativas nos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, de 19 de julho de 2004 (Diário Oficial de 26.7.2005).
117
Publicado no Diário oficial de 28, 29 e 30 de setembro de 2005.
118
Publicado no Diário Oficial de 2, 3 e 4 de agosto de 2006.
119
Ver as Instruções Normativas nos 2 e 3, de 2005, e nos 4 e 5, de 2006.
120
Publicado no Diário Oficial de 8, 9 e 10 de agosto de 2006.
121
O Ato de consolidação dos enunciados da Súmula da Advocacia-Geral da União foi publicado no Diário Oficial dos
dias 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2007. Segundo o art. 43, § 2º, da Lei Complementar nº 73, de 1993, “no
início de cada ano, os enunciados existentes devem ser consolidados e publicados no Diário Oficial da União.”
122
Publicado no Diário Oficial de 8, 9 e 12 de fevereiro de 2007.
123
Ver as Instruções Normativas nos 1, 2 e 3, de 2007 – Diário Oficial de 8.2.2007.
124
Publicado no Diário Oficial de 22, 23 e 26 de fevereiro de 2007.
− XXXVII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
125
76. O Grupo de Trabalho incumbido de examinar a legislação e as normas da AGU e de
apresentar proposta de sistematização apresentou Relatório de 671 páginas que deverá orientar
diversas outras ações da Instituição. O Relatório do Grupo incumbido do exame da legislação e
das normas da AGU, dada a natureza dos trabalhos de consolidação, optou por sistematizar, em
quadro comparativo, por tema, os diversos atos legislativos e normativos, e observou que:
“O trabalho que ora se apresenta, sob a forma de RELATÓRIO, além de servir aos estu-
dos de consolidações futuras, evidencia situações que estão a merecer regulamentação, estudos
específicos, revisão de condutas e tomada de decisões. Não se apresenta aqui proposta de altera-
ção da Lei Complementar n° 73, de 1993, pois este GRUPO DE TRABALHO disso não se incumbe;
para tal fim foi constituído grupo específico. Tampouco se propõe alteração da Constituição ou
de outras normas. Nesta fase, optou o GRUPO por indicar lacunas, impropriedades, interpreta-
ções restritivas na aplicação das normas, falta de regulamentação, contradições, superposições
de normas, especialmente no que diz respeito a competências e atribuições, aquilo que conside-
rou evidente da comparação dos textos, salvo juízo superior e de estudiosos das matérias.”
77. ESCOLA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. O Advogado-Geral da União, consideran-
do que o Centro de Estudos “estava a exigir reformulação capaz de torná-lo um órgão gera-
dor e difusor do conhecimento com atuação ampla, que pudesse atender aos desafios constan-
temente enfrentados pela Advocacia-Geral da União”,126 bem como o disposto no art. 39, § 2º,
da Constituição, segundo o qual a União deve manter escola de governo “para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos
requisitos para a promoção na carreira”, resolveu criar a “Escola da Advocacia-Geral da
União, órgão direta e imediatamente subordinado ao Advogado-Geral da União, destina-se a
ser um centro de captação e disseminação do conhecimento, voltado para o desempenho das
atividades institucionais da Advocacia-Geral da União, assim entendida a instituição que, nos
termos do art. 131, caput, da Constituição Federal representa a União, judicial e extrajudici-
almente, diretamente ou através de órgão vinculado, cabendo-lhe, ainda, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo”.127
78. REPRESENTAÇÃO PERANTE O STF. Em 2005 foi editado ato dispondo sobre a orga-
nização e o funcionamento da Secretaria-Geral de Contencioso, que conta, além do Gabi-
nete do Secretário-Geral, com três Departamentos, seis Coordenações-Gerais e três Coorde-
nações.128 A Secretaria-Geral de Contencioso auxilia o Advogado-Geral da União em sua
atuação perante o Supremo Tribunal Federal, exceto no que diz respeito à elaboração das
informações a serem prestadas pelo Presidente da República nas ações diretas de inconstitu-
cionalidade, declaratórias de constitucionalidade e de descumprimento de preceito funda-
mental, mandados de segurança e de injunção, habeas corpus etc, que são de responsabili-
dade da Consultoria-Geral da União.
79. ESCRITÓRIOS DE REPRESENTAÇÃO. Considerando que a AGU ainda não está com-
pletamente estruturada e à vista da falta de condições para implantar novas Procuradorias
Seccionais, está sendo experimentada, em caráter emergencial, a instalação de escritórios
de representação129 da Advocacia-Geral da União em cidades do interior.

125
Grupo constituído pela Portaria n° 59, de 2004.
126
Extraído do Anexo da Portaria nº 725, de 15.8.2005
127
Art. 3º do Ato Regimental nº 2, de 15.8.2005, que dispõe sobre a Escola da Advocacia-Geral da União.
128
Ver o Ato Regimental nº 3, de 19.8.2005.
129
Ver as Portarias nos 690 e 691, de 17.7.2006, e nos 710, 711, 712 e 713, de 21.7.2006, e 800, de 23.8.2006, que
− XXXVIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

80. SUBSÍDIO DAS CARREIRAS JURÍDICAS. Desde a promulgação da Emenda Constitu-


cional nº 19, de 1998, os Advogados Públicos reivindicavam o cumprimento do disposto no
art. 135 c/c o art. 39, § 4º, da Constituição − a remuneração por subsídio. Essa reivindicação
foi atendida com a sanção da Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006.130
81. Contudo, questões conjunturais não permitiram, ainda, o atendimento integral da
aspiração das Carreiras Jurídicas do Poder Executivo, qual seja a de perceberem subsídios
próximos daqueles estabelecidos às carreiras do Ministério Público da União pois, como
aquelas, estas exercem função essencial à Justiça. Mesmo assim, a tabela de subsídios pro-
gressivos até o ano de 2009, pode ser vista como sinalizadora de futura isonomia.
82. A fixação dos subsídios, entretanto, representa o primeiro passo em direção à con-
quista almejada. Até que tal ocorra, a Advocacia-Geral da União pode cuidar do estabeleci-
mento de critérios para a estruturação de suas carreiras jurídicas e das carreiras de Procura-
dor Federal e de Procurador do Banco Central do Brasil.
83. CONCILIAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS E ENTIDADES DA UNIÃO. A Lei Complementar n° 73,
de 10 de fevereiro de 1993, (art. 4°, X, XI, XII, XIII, e § 2°), e a Lei n° 9.028, de 12 de abril
de 1995 (art. 8°-C), trouxeram disposições destinadas a evitar que a solução de controvérsias
entre órgãos e entidades da Administração Federal se transferisse para a esfera judicial. E,
com esse propósito, foi incluído o art. 11 na Medida Provisória n° 2.180-35, de 24 de agosto
de 2001 (em sua versão anterior de nº 1.984-18, de 1º.6.2000), que incumbiu o Advogado-
Geral da União de adotar todas as providências necessárias a que se deslindem tais contro-
vérsias em sede administrativa. Em 3 de outubro de 2002, foi editada a Medida Provisória nº
71, da qual constava a criação de câmara de conciliação da Administração Federal na Advo-
cacia-Geral da União. Essa medida provisória, no entanto, veio a ser rejeitada pelo Congres-
so Nacional131 em dezembro daquele ano, em razão de outras matérias ali tratadas. Antes da
rejeição daquele diploma algumas conciliações foram realizadas e, mesmo depois, conside-
rados os dispositivos legais já citados, principalmente o art. 11 da Medida Provisória nº
2.180-35, de 2001, outras conciliações ocorreram e outras estão em andamento no âmbito da
Advocacia-Geral da União. Para viabilizar outras conciliações e orientar as entidades e
órgãos interessados, o Advogado-Geral da União expediu a Portaria nº 118, de 1º de feverei-
ro de 2007132, dispondo sobre a conciliação entre órgãos e entidades da Administração
Federal, por câmaras de conciliação ad hoc, instaladas pelo Advogado-Geral da União, até
que seja instituída câmara permanente e regulamentada a conciliação entre órgãos e entida-
des da União.

autorizam o funcionamento dos escritórios de representação da AGU em Bagé-RS, Uruguaiana-RS, Divinópolis-MG,


Montes Claros-MG, Guarapuava-PR, Criciúma-SC, Varginha - MG, e Santo Ângelo-RS.
130
Eis o Anexo referido no art. 1º da Lei nº 11.358, de 2006 [conversão da Medida provisória nº 305, de 29 de junho de 2006]:
“ANEXO I
TABELA DE SUBSÍDIOS PARA AS CARREIRAS DA ÁREA JURÍDICA
(Incisos I a V do art. 1o)
Em R$
VIGÊNCIA
CATEGORIA
1o JUL 06 1o JAN 07 1o JAN 08 1o JUN 09
ESPECIAL 11.850,00 12.900,42 14.954,90 17.009,38
PRIMEIRA 10.900,00 11.746,95 12.751,39 13.683,83
SEGUNDA 9.500,00 10.497,56 11.238,98 11.980,40
131
A Medida Provisória nº 71, de 2002, foi rejeitada pelo Ato de 11 de dezembro de 2002, do Presidente da Câmara dos Deputados.
132
A Portaria nº 118, de 1º.2.2007, foi revogada pela Portaria nº 1.281, de 27.9.2007.
− XXXIX −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
133
84. COLÉGIO DE CONSULTORIA DA AGU. Considerando a necessidade de proporcio-
nar foro adequado para a discussão de temas comuns aos órgãos encarregados das atividades
de consultoria e de assessoramento jurídico do Poder Executivo, foi criado o COLÉGIO DE
CONSULTORIA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO, com a finalidade de discutir temas rele-
vantes de consultoria e assessoramento jurídico e propor ao Advogado-Geral da União a
adoção de medidas visando à uniformização de interpretações e de procedimentos no âmbito
dos órgãos jurídicos da Administração Pública Federal. O Colégio de Consultoria da AGU
tem a seguinte composição: Consultor-Geral da União, que o coordenará, Procurador-Geral
da Fazenda Nacional, Secretário-Geral de Consultoria, Procurador-Geral Federal, Consulto-
res da União, Consultores Jurídicos dos Ministérios, Subchefe para Assuntos Jurídicos da
Casa Civil da Presidência da República, Chefes dos demais órgãos jurídicos da Presidência
da República e Procurador-Geral do Banco Central do Brasil.
85. A PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL − PGFN, cujas atribuições se
encontram na Constituição Federal − execução da dívida ativa da União de natureza tribu-
tária134− e na Lei Complementar nº 73, de 1993,135 tem outras atribuições fixadas na Lei nº
11.457, de 2007 e em decreto,136 do qual também consta a sua organização. À PGFN com-
pete, ainda, “a inscrição em Dívida Ativa dos débitos para com o Fundo de Garantia do
Tempo de serviço - FGTS, bem como, diretamente ou por intermédio da Caixa Econômica
Federal, mediante convênio, a representação Judicial e extrajudicial do FGTS, para a corres-
pondente cobrança, relativamente à contribuição e às multas e demais encargos previstos na
legislação respectiva”.137 A cobrança da contribuição previdenciária, competência antes
atribuída ao Ministério da Previdência Social, passou à Secretaria da Receita Federal do
Brasil pela Lei nº 11.457, de 2007 e, em conseqüência, transferiu-se para a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional a atribuição de inscrever os débitos e executar a dívida ativa
referente a essa contribuição.138

133
Ver o Ato Regimental nº 1, de 5 de março de 2007, que cria o Colégio de Consultoria da Advocacia-Geral da União.
134
Conforme o art. 131, § 3º, da Constituição, “Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da
União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei”.
135
Ver os arts. 12 e 13 da Lei Complementar n° 73, de 1993.
136
Ver o art. 23 da Lei nº 11. 457, de 2007 que atribui à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a representação judicial
na cobrança de créditos de qualquer natureza inscritos em Dívida Ativa da União, e o art. 7º, II, do Anexo I do Decreto nº
6.102, de 30 de abril de 2007, que torna privativa da PGFN a representação da União na execução de sua dívida ativa.
137
Ver a Lei nº 8.844, de 20 de janeiro de 1994.
138
Ver a propósito a Lei nº 11.457, de 2007:
Art. 2o Além das competências atribuídas pela legislação vigente à Secretaria da Receita Federal, cabe à Secre-
taria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação,
fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do pará-
grafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuições instituídas a título de substituição.
§ 1o O produto da arrecadação das contribuições especificadas no caput deste artigo e acréscimos legais inci-
dentes serão destinados, em caráter exclusivo, ao pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social e
creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar
no 101, de 4 de maio de 2000.
§ 2o Nos termos do art. 58 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a Secretaria da Receita Federal do Brasil
prestará contas anualmente ao Conselho Nacional de Previdência Social dos resultados da arrecadação das contribuições
sociais destinadas ao financiamento do Regime Geral de Previdência Social e das compensações a elas referentes.
§ 3o As obrigações previstas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, relativas às contribuições sociais de que
trata o caput deste artigo serão cumpridas perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil.”
.................................................................................................................................................................................
Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do 2o (segundo) mês subseqüente ao da publicação desta Lei, o débito ori-
ginal e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às contribuições de que tratam os
arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dívida ativa da União.
§ 1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (décimo terceiro) mês subseqüente ao da publicação desta Lei, o dispos-
to no caput deste artigo se estende à dívida ativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo Nacional
− XL −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

AÇÕES DESENVOLVIDAS A PARTIR DE ABRIL DE 2007


86. REATIVAÇÃO DE PROCURADORIAS S ECCIONAIS DA UNIÃO. A Portaria nº 351, de
13 de abril de 2007, reativou quatorze Procuradorias Seccionais da União que haviam
sido desativadas em 2000/2001. Outras três Seccionais, então desativadas, já haviam
sido reativadas em 2003.
87. Algumas Seccionais reativadas estão sediadas em Municípios que também são sede
de Escritórios de Representação instalados enquanto não se reativavam as Seccionais.139
88. As Procuradorias Seccionais da União foram criadas pela Lei nº 9.028, de 1995 (criou
41 Seccionais) e pela Lei nº 9.366, de 1996 (criou 16 Seccionais), em um total de 57 Procura-
dorias. Usando a faculdade prevista no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.028, de 1995 (com a redação
dada pela Medida Provisória nº 1.984-24, de 2000 − atual e vigente Medida Provisória nº
2.180-35, de 2001), foram desativadas dezoito Procuradorias Seccionais da União.140
89. Observa-se que os cargos de Procurador Seccional da União foram criados pelas
Leis nº 8.682, de 1993 (1 cargo – art. 2º), nº 9.028, de 1994 (40 cargos – art. 9º) e nº 9.366,
de 1996 (16 cargos – art. 8º, parágrafo único), perfazendo um total de 57 cargos. Posterior-
mente, o art. 13 da mesma Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001 − que autorizou a desati-
vação de Procuradorias Seccionais − reduziu para três os dezesseis cargos de Procurador
Seccional da União criados pelo art. 8º da Lei nº 9.366, de 1996 e o art. 17, § 1º, da Lei nº
10.480, de 2 de julho de 2002, transformou em cargos de Coordenador-Geral os cargos de
Procurador Seccional da União das Procuradorias Seccionais desativadas.
90. CANAL DO CIDADÃO. A Advocacia-Geral da União lançou em 24 de abril de 2007 o
“Canal do Cidadão”, para receber, via Internet e por telefone, denúncias da sociedade sobre
atos cometidos contra a União. As denúncias devem estar relacionadas com assuntos trata-
dos pela Instituição, como invasão de imóveis ou terras públicas, funcionamento ilegal de
casas de bingo, obstrução de rodovias, corrupção, desvio de verbas públicas federais, meio
ambiente, reclamação contra servidores e autoridades da administração, entre outros.141
91. PROCURADORIA-GERAL FEDERAL. Em prosseguimento ao processo de implantação
da Procuradoria-Geral Federal, foram adotadas as seguintes medidas:
− foram instaladas as Procuradorias Federais nos Estados do Tocantins142 e de
Sergipe143, para assumirem, gradativamente, a representação judicial de autarquias e funda-
ções até então exercida pela Procuradoria da União naquele Estado;
− foi expedido o Ato Regimental nº 2, de 12 de junho de 2007, “dispondo sobre a
alteração da competência, estrutura e funcionamento da Procuradoria-Geral Federal no que se refere
às atribuições definidas pela Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007”;

de Desenvolvimento da Educação - FNDE decorrente das contribuições a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei.
§ 2o Aplica-se à arrecadação da dívida ativa decorrente das contribuições de que trata o art. 2o desta Lei o dis-
posto no § 1o daquele artigo.”
139
A Portaria nº 351, de 2007 – D. O. de 16.4.2007 − reativou as Procuradorias Seccionais de Uruguaiana – RS, Criciúma
– SC, Joaçaba – SC, Santo Ângelo – RS, Santana do Livramento – RS, Bagé – RS, Cascavel – PR, Guarapuava – PR,
Marabá – PA, Nova Friburgo – RJ, Araçatuba – SP, Bauru – SP, Piracicaba – SP e Sorocaba – SP. Os Municípios de Bagé,
Uruguaiana, Guarapuava, Criciúma e Santo Ângelo também são sedes de Escritórios de representação da AGU.
140
Ver as Portarias nos 1.362, de 2000, 127, 358, 562 e 1.049, de 2001, que desativaram 18 Procuradorias Seccionais da União.
141
O Canal do Cidadão foi absorvido pela Ouvidoria-Geral da Advocacia-Geral da União.
142
Ver a Portaria nº 411, de 30.4.2007.
143
Ver a Portaria nº 887, de 27.7.2007.
− XLI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
− o Advogado-Geral da União determinou a assunção, em caráter exclusivo, da
representação judicial das autarquias e fundações públicas federais nos Estados do Acre, de
Goiás e de Sergipe pelas respectivas Procuradorias Federais;144
− foi instalada a primeira Procuradoria-Seccional Federal em Petrolina,
Estado de Pernambuco,145 meta do projeto de reestruturação da Procuradoria-Geral Fede-
ral, que pretende, até o ano de 2010, instalar 173 procuradorias e escritórios de representa-
ção pelo interior do País.
92. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA PARA ATUAR PERANTE O STF. O Advogado-Geral da
União delegou competência ao seu Substituto e ao Secretário-Geral de Contencioso para
receberem intimações e notificações,146 assinarem peças processuais e fazerem sustentações
orais, em relação às ações e recursos perante o Supremo Tribunal Federal, à exceção das
ações diretas de inconstitucionalidade, ações declaratórias de constitucionalidade e argüi-
ções de descumprimento de preceito fundamental.147 Delegações semelhantes, mas restritas
a sustentações orais, já haviam sido feitas ao Consultor-Geral da União,148 ao Procurador-
Geral da União (quando designado pelo Advogado-Geral da União)149 e ao Secretário-Geral
de Contencioso.150
93. DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS DE ADVOGADO DA UNIÃO PELAS CATEGORIAS DA
CARREIRA. Desde a transformação dos cargos da extinta carreira de Assistente Jurídico em
cargos de Advogado da União, em novembro de 2002151, esperava-se a distribuição do somató-
rio desses cargos pelas três categorias da carreira de Advogado da União. Essa medida foi
adotada pelo Advogado-Geral da União com a expedição da Portaria nº 477, de 16.5.2007.
94. DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS DE PROCURADOR FEDERAL PELAS CATEGORIAS DA
CARREIRA. Com a criação da Procuradoria-Geral Federal, em julho de 2002, foram reuni-
dos em quadro único da PGF os cargos integrantes da carreira de Procurador Federal,152
então pertencentes aos quadros das autarquias e fundações da União. Desde essa época era
aguardada a distribuição desses cargos pelas três categorias da carreira, providência adotada
pelo Advogado-Geral da União com a expedição da Portaria nº 478, de 16.5.2007.
95. DISTRIBUIÇÃO PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL PELAS
DOS CARGOS DE
CATEGORIAS DA CARREIRA. O Decreto nº 5.510, de 2005, que distribuía os cargos de Procu-
rador da Fazenda Nacional pelas três categorias da carreira, foi revogado pelo Decreto nº
5.949, de 2006. A lacuna deixada com a aludida revogação veio a ser suprida com a inclusão
do art. 18-A na Lei nº 11.457, de 2007,153 e a expedição da Portaria Conjunta nº 119, de
2007, dos Ministros de Estado Advogado-Geral da União e da Fazenda, que distribui os
cargos de Procurador da Fazenda Nacional pelas três categorias da carreira.

144
Ver a Portaria nº 1.436, de 26.10.2007.
145 Ver a Portaria/AGU nº 1.652, de 7.12.2007, que instalou a PFS/Petrolina.
146
A delegação de competência não incluiu o recebimento de citações. As citações, na dicção do art. 35, I, da Lei Complemen-
tar nº 73, de 1993, são feitas, privativamente, na pessoa do Advogado-Geral da União e, segundo o art. 13, III, da Lei nº 9.784,
de 29.1.1999, as matérias de competência exclusiva do órgão ou da autoridade não podem ser objeto de delegação.
147
Ver a Portaria nº 476, de 16.5.2007 (D. O. de 17.5.2007)
148
Ver o art. 4º, XIX, do Ato Regimental nº 1, de 22.1.2002.
149
Ver o art. 3º, XXVI, do Ato Regimental nº 5, de 19.6.2002.
150
Ver o art. 2º, II (parte final), do Ato Regimental nº 3, de 19.8.2005, assim como o art. 4º, I (parte final), do mesmo
Ato, que prevê delegação de competência ao Departamento de Controle Difuso e Ações de Competência Originária
para realizar sustentações orais nas Turmas do STF.
151
Ver o art. 11 da Lei nº 10.549, de 13.11.2002.
152
Ver o art. 12 da Lei nº 10.480, de 2002.
153
Ver o art. 18-A da Lei nº 11.457, de 2007:
“Art. 18-A. Compete ao Advogado-Geral da União e ao Ministro de Estado da Fazenda, mediante ato conjunto,
distribuir os cargos de Procurador da Fazenda Nacional pelas 3 (três) categorias da Carreira.” (Incluído pela Medida
Provisória nº 369, de 7.5.2007, convertida na Lei nº 11.518, de 5.9.2007)

− XLII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

96. ATRIBUIÇÕES DO SUBSTITUTO DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. O elenco de ativida-


des de competência do Advogado-Geral da União torna quase impossível o exercício do cargo, se
não forem partilhadas com outras autoridades. Providência nesse sentido, há muito reclamada,
veio a ser adotada com a expedição do Decreto nº 6.120, de 2007,154 que fixa atribuições ao
Substituto do Advogado-Geral da União para assistir o Titular da Instituição na supervisão e
coordenação de atividades da AGU. A solução definitiva da questão, porém, poderá vir com a
reestruturação da AGU − na qual poderá ser prevista a figura do Vice-Advogado-Geral da União,
ou do Subadvogado-Geral da União ou do Secretário Executivo, como já sugerido pela FGV.155
97. GRUPO EXECUTIVO DE ACOMPANHAMENTO DO PAC NA AGU E PGF - GEPAC/AGU.
Compete à Advocacia-Geral da União e à Procuradoria-Geral Federal a representação judi-
cial e extrajudicial da União e de suas autarquias e fundações, inclusive quanto à execução
dos empreendimentos que integram o PAC, de forma a viabilizar a consecução dos seus
objetivos. À vista disso, foi constituído o Grupo Executivo de Acompanhamento do
Programa de Aceleração do Crescimento - PAC no âmbito da Advocacia-Geral da
União e da Procuradoria-Geral Federal - GEPAC/AGU, para coordenar e orientar a
atuação da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral Federal em relação ao PAC
nas esferas administrativa e judicial.
98. OUVIDORIA-GERAL DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. A Advocacia-Geral da
União necessitava de órgão que recolhesse opiniões de seus integrantes e da sociedade sobre
o desempenho de suas atribuições institucionais, para delas extrair críticas construtivas que
possam influir na melhoria dos serviços a seu cargo. Com esse propósito foi criada a Ouvi-
doria-Geral da Advocacia-Geral da União no Gabinete do Advogado-Geral da União, para
receber reclamações, sugestões, denúncias, elogios, pedidos de informações e comentários
quanto ao desempenho das atividades da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional e da Procuradoria-Geral Federal e funcionar como instrumento de
interlocução entre os órgãos da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria-Geral da Fazen-
da Nacional e da Procuradoria-Geral Federal e o público externo e interno. 156 O lançamento
do “CANAL DO CIDADÃO” precedeu a criação da Ouvidoria e foi por esta absorvido.
99. CÂMARA DE CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL – CCAF.
Com a criação da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal foi retomada
a idéia inicial de atribuir a órgão permanente a conciliação entre órgãos e entidades da Uni-
ão,157 seja realizando as conciliações diretamente ou supervisionando outros órgãos delas
encarregados. A CCAF integra a nova estrutura da Consultoria-Geral da União.158 Optando-se
por órgão permanente, era indispensável alterar o ato normativo que dispunha sobre a concilia-
ção entre órgãos e entidades da União, o que ocorreu com a expedição da Portaria nº 1.281, de
27 de setembro de 2007. Outros registros sobre a conciliação promovida pela AGU encontram-
se no item 83 − CONCILIAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS E ENTIDADES DA UNIÃO − deste histórico.

154
O Decreto nº 6.120, de 2007, “fixa atribuições para o substituto do Advogado-Geral da União e altera o Anexo I ao
Decreto nº 4.368, de 10 de setembro de 2002, que aprova a Estrutura e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Comissão da Advocacia-Geral da União, na parte referente à organização de sua Secretaria-Geral
155
Ver referência à secretaria executiva no item 48 deste Histórico, como proposta apresentada no relatório final dos
trabalhos desenvolvidos com a consultoria da Fundação Getúlio Vargas – FGV.
156
Ver o Ato Regimental nº 3, de 15.8.2007, publicado no D. O. de 21.8.2007, que cria a Ouvidoria-Geral da Advoca-
cia-Geral da União e dispõe sobre o seu funcionamento.
157
Idéia posta na Medida Provisória nº 71, de 2002, rejeitada, por outras razões, pelo Congresso Nacional.
158
Ver os arts. 4º, VIII, 17 e 18 do Ato Regimental nº 5, de 2007, que dispõe sobre a competência, a estrutura e o
funcionamento da Consultoria-geral da União.
− XLIII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

100. REORGANIZAÇÃO DA CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO. Decorridos mais de cinco


anos desde a sua estruturação (janeiro de 2002),159 a competência, a estrutura e o funciona-
mento da Consultoria-Geral da União foram revistos pelo Advogado-Geral da União,160
passando aquele Órgão de direção superior a contar com quatro Departamentos, além da
Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal, dos Núcleos de Assessora-
mento Jurídico (26) e dos órgãos que já lhe previam a Lei Complementar nº 73, de 1993: o
Consultor-Geral e a Consultoria da União.
101. DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS J URÍDICOS INTERNOS – DAJI. Antes da criação
desse Departamento, incumbia à Coordenação-Geral de Assuntos Jurídicos da Direto-
ria-Geral de Administração – CAJ/DGA as atividades de assessoramento jurídico ao
órgão administrativo da Instituição (Diretoria-Geral de Administração da AGU), con-
forme o Ato Regimental nº 3, de 5 de dezembro de 2000.161 A CAJ era tecnicamente
subordinada ao Departamento de Orientação e Coordenação de Órgãos Jurídicos da
Consultoria-Geral da União (art. 10, § 2º, do Ato Regimental nº 1, de 2002). Com a
revogação do Ato Regimental nº 3, de 2000, passou a funcionar, na Consultoria-Geral
da União, o DAJI, cuja criação veio a ser formalizada com a expedição do Ato Regi-
mental nº 4, de 27 de setembro de 2007, que dispôs sobre “a competência e estrutura
do Departamento de Assuntos Jurídicos Internos - DAJI, órgão administrativamente
subordinado ao Gabinete do substituto do Advogado-Geral da União”, ao qual compete
“atuar no controle interno da legalidade administrativa dos atos a serem praticados ou
já efetivados no âmbito da Secretaria-Geral da Advocacia-Geral da União e, conforme
o caso, das Unidades Regionais de Atendimento” e exercer outras atividades jurídicas
relativamente à Secretaria-Geral da AGU.

159
A Consultoria-Geral da União foi estruturada pela primeira vez com a edição do Ato Regimental nº 1, de 22 de
janeiro de 2002 (revogado pelo Ato Regimental nº 5, de 2007), embora o cargo de Consultor-Geral da União já hou-
vesse sido ocupado, por breve período, em 1993.
160
Ver o Ato Regimental nº 5, de 27.9.2007, que dispôs sobre a competência, a estrutura e o funcionamento da Consul-
toria-Geral da União.
161
Ver o art. 13 do Ato Regimental nº 3, de 2002:
“Art. 13. À Coordenadoria-Geral de Assuntos Jurídicos compete:
I - assistir o Diretor-Geral de Administração no controle interno da legalidade dos atos da DGA/AGU;
II - opinar, conclusivamente, sobre as questões jurídicas que lhe submeta o Diretor-Geral, bem como elaborar,
sob sua determinação, informações, orientações e trabalhos jurídicos outros;
III - efetivar o acompanhamento, pronto e sistemático, da legislação, bem como dos pareceres e demais atos, in-
clusive normativos, editados ou aprovados pelo Advogado-Geral da União, promovendo o seu correto cumprimento
pelos órgãos da Diretoria-Geral de Administração;
IV- acompanhar e analisar as diretrizes e os atos normativos oriundos dos órgãos centrais dos sistemas federais
referidos no art. 3º;
V - deslindar, a pedido de Coordenador-Geral, dúvidas relativas a matérias tratadas nos documentos aludidos
sob III e IV;
VI - analisar, e manifestar-se conclusivamente sobre, os textos dos editais das concorrências, e tomadas de pre-
ços, a serem realizadas pela DGA/AGU, como pronunciar-se sobre a respectiva homologação e o decorrente contrato,
na fase adequada, sempre remetendo o caso, devidamente instruído, à decisão do Diretor-Geral;
VII - emitir parecer, em caráter prévio, sobre as hipóteses, suscitadas, de dispensa e inexigibilidade de licitação,
de anulação ou revogação de procedimento licitatório, de rescisão contratual e de aplicação de penalidade por
inadimplência contratual, encaminhando-as à deliberação do Diretor-Geral; e
VIII - controlar os bens patrimoniais da Coordenadoria-Geral.
Parágrafo único. No exercício da competência que lhe atribui o inciso I, cabe à CAJ propor ao Diretor-Geral de
Administração a adoção de medidas de caráter jurídico, ou a divulgação de orientação, sempre que necessário ou
recomendável.”
− XLIV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU
102. ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO DA AGU JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.
Já foi dito que à Advocacia-Geral da União incumbe a representação extrajudicial da União e
parte dessa representação poderá ocorrer junto ao Tribunal de Contas da União. Também já foi
dito que a AGU é responsável pela representação judicial dos três Poderes da União. Com a
instalação do recém autorizado Escritório de Representação,162 o Tribunal de Contas da União −
órgão do Poder Legislativo − poderá contar com unidade da AGU para atendê-lo prontamente,
agilizando a propositura de medidas judiciais para recuperar verbas desviadas por agentes públi-
cos, em busca de maior eficiência e transparência na defesa do patrimônio da União.
103. PARCELAMENTO DE DÉBITO. A Instrução Normativa/AGU nº 1, de 2008, autorizou
o parcelamento de débitos oriundos, exclusivamente, de honorários de sucumbência em até
trinta parcelas mensais e sucessivas, nos termos da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997,
sendo competentes para autorizar o parcelamento: o Procurador Chefe do órgão local de
execução da Procuradoria-Geral Federal (até R$ 30.000,00); o Procurador-Geral Federal (até
R$ 50.000,00); e o Advogado-Geral da União (acima de R$ 50.000,00).
QUADRO DE PESSOAL ATUAL
104. Se no início do seu funcionamento a AGU tinha um quadro de cargos efetivos de 16
servidores administrativos, atualmente estes são mais de 1.550, e já foram criados mais
500 cargos para preenchimento por concurso público,163 perfazendo cerca de 2.050 cargos.
Foi realizado concurso público para provimento de 336 dos 500 cargos novos.164 O concurso
foi homologado em dezembro de 2006165 e os candidatos aprovados foram nomeados em
julho de 2007166, após autorização do Ministério do Planejamento167. A posse dos adminis-
tradores, contadores, economistas, engenheiros e estatísticos ocorreu nos primeiros dias do
mês de agosto de 2007. Quanto aos cargos de Advogado da União, evoluiu-se de zero para
1.533168 cargos de Advogado da União, nestes incluídos os 600 cargos criados pela Lei
Complementar nº 73, de 1993 e os cargos de Assistente Jurídico − providos e vagos − trans-
postos para o quadro da AGU e transformados em cargos de Advogado da União.
105. Cumpre registrar que, por ato do Advogado-Geral da União (Portaria nº 605, de
2006)169, pela primeira vez foi fixada a lotação ideal dos órgãos jurídicos de direção e de
execução da Advocacia-Geral da União, nesta considerados e incluídos os cargos de Advo-
gado da União e dos profissionais da AGU integrantes do seu quadro suplementar.170
106. A carreira de Procurador da Fazenda Nacional era composta por 1.200 cargos. A
Lei nº 11.457, de 2007, que criou a Secretaria da Receita Federal do Brasil e atribuiu outras
competências à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, também criou mais 1.200 cargos
de Procurador da Fazenda Nacional, 171 perfazendo o total de 2.400 cargos.
107. O Quadro de Procuradores Federais conta com 4.252172 cargos. O maior número
de cargos da Carreira concentra-se na Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS.

162
Ver a Portaria nº 1.392, de 10 de outubro de 2007, que “Autoriza o funcionamento do Escritório de Representação
da Advocacia-Geral da União junto ao Tribunal de Contas da União e dá outras providências.”
163
Ver o art. 11 e o Anexo VI da Lei nº 11.233, de 2005.
164
Administrador (200), Contador (68), Economista (40), Engenheiro (14) e Estatístico (14).
165
Ver a Portaria AGU /SG nº 297, de 20.12.2006.
166
Ver a Portaria AGU/SG nº 161, de 2.7.2007.
167
Ver Portaria MPO nº 178, de 5.6.2007.
168
Ver o Anexo da Portaria nº 477, de 16.5.2007, que distribui os cargos de Advogado da União por categoria.
169
A Portaria nº 605, de 26.6.2006, foi revogada pela Portaria nº 550, de 6.6.2007.
170
Ver o art. 46 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6.9.2001.
171
Ver o art. 18 da Lei nº 11.457, de 2007:
“Art. 18. Ficam criados na Carreira de Procurador da Fazenda Nacional 1.200 (mil e duzentos) cargos efetivos
de Procurador da Fazenda Nacional.
Parágrafo único. Os cargos referidos no caput deste artigo serão providos na medida das necessidades do ser-
viço e das disponibilidades de recursos orçamentários, nos termos do § 1o do art. 169 da Constituição Federal.”
172
Ver o Anexo da Portaria nº 478, de 16.5.2007, que distribui os cargos de Procurador Federal por categoria.
− XLV −
LEGISLAÇÃO DA AGU Histórico da AGU

OS ADVOGADOS-GERAIS DA UNIÃO
108. Para concluir, e a título informativo, lembram-se os nomes dos Advogados-Gerais
da União que dirigiram a Instituição até o momento:
− o primeiro Advogado-Geral da União, JOSÉ DE CASTRO FERREIRA173 − que tam-
bém foi o último Consultor-Geral da República −, ficou à frente da Instituição no período de
12 de fevereiro174 a 3 de maio de 1993;
− o segundo Advogado-Geral da União, ALEXANDRE DE PAULA DUPEYRAT
MARTINS, ficou no cargo de 3 de maio a 30 de junho de 1993. Antes de ser nomeado Advo-
gado-Geral da União o Dr. Alexandre Dupeyrat foi o primeiro titular do cargo de Consultor-
Geral da União − desde a criação do cargo até a sua posse como Advogado-Geral da União,
ficando vago o cargo de Consultor-Geral da União175 até meados de 2001;
− em seguida foi nomeado GERALDO M AGELA DA CRUZ QUINTÃO para o cargo
de Advogado-Geral da União, no qual permaneceu de 5 de julho de 1993 a 24 de janei-
ro de 2000;
− de 31 de janeiro de 2000 a 20 de junho de 2002, GILMAR FERREIRA MENDES foi
titular do cargo de Advogado-Geral da União;
− no período de 20 de junho a 31 de dezembro de 2002, JOSÉ BONIFÁCIO BORGES
DE ANDRADA ocupou o cargo de Advogado-Geral da União;
− de 1º de janeiro de 2003 a 11 de março de 2007, ÁLVARO AUGUSTO RIBEIRO
COSTA foi titular do cargo de Advogado-Geral da União.
− JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI é titular do cargo de Advogado-Geral da União
desde 12 de março de 2007.
Desde a sua instalação, a Advocacia-Geral da União contou ainda com os seguintes
Advogados-Gerais interinos e substitutos: WALTER DO CARMO BARLETTA (Interino e Substi-
tuto), TARCÍSIO CARLOS DE ALMEIDA CUNHA (Interino), ANADYR DE MENDONÇA RODRIGUES
(Interina), MOACIR ANTÔNIO MACHADO DA SILVA (Substituto), JOÃO CARLOS MIRANDA DE
SÁ E BENEVIDES (Interino), EVANDRO COSTA GAMA (Substituto) e ALDEMÁRIO ARAÚJO
CASTRO (Interino).
Brasília, 17 de março de 2008.

MARIA JOVITA WOLNEY VALENTE

173
Faleceu em 7 de outubro de 2005.
174
A Lei Complementar n° 73 foi sancionada em 10 de fevereiro de 1993 e publicada no Diário Oficial do dia 11 seguinte.
175
Não confundir o cargo de Consultor-Geral da União com o antigo cargo de Consultor-Geral da República.
− XLVI −
LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição/Emendas

CONSTITUIÇÃO − DISPOSITIVOS
EMENDAS CONSTITUCIONAIS NOS 19 - 20 - 41 - 45 - 47

− XLVII −
LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição/Emendas

− 2/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição (DISPOSITIVOS)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 5 DE OUTUBRO DE 1988.
TÍTULO III VIII - a lei reservará percentual dos car-
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO gos e empregos públicos para as pessoas
......................................................................................... portadoras de deficiência e definirá os crité-
CAPÍTULO VII rios de sua admissão;
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IX - a lei estabelecerá os casos de con-
Seção I tratação por tempo determinado para atender
DISPOSIÇÕES GERAIS a necessidade temporária de excepcional
Art. 37. A administração pública direta e interesse público;
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos X - a remuneração dos servidores públi-
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39
obedecerá aos princípios de legalidade, impes- somente poderão ser fixados ou alterados
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência por lei específica, observada a iniciativa
e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emen- privativa em cada caso, assegurada revisão
da Constitucional nº 19, de 1998) geral anual, sempre na mesma data e sem
I - os cargos, empregos e funções públicas distinção de índices; (Redação dada pela Emen-
são acessíveis aos brasileiros que preencham da Constitucional nº 19, de 1998)
os requisitos estabelecidos em lei, assim como XI - a remuneração e o subsídio dos ocu-
aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pantes de cargos, funções e empregos públicos
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) da administração direta, autárquica e fundacio-
II - a investidura em cargo ou emprego nal, dos membros de qualquer dos Poderes da
público depende de aprovação prévia em União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
concurso público de provas ou de provas e Municípios, dos detentores de mandato eletivo
títulos, de acordo com a natureza e a com- e dos demais agentes políticos e os proventos,
plexidade do cargo ou emprego, na forma pensões ou outra espécie remuneratória, perce-
prevista em lei, ressalvadas as nomeações bidos cumulativamente ou não, incluídas as
para cargo em comissão declarado em lei de
vantagens pessoais ou de qualquer outra natu-
livre nomeação e exoneração; (Redação dada
reza, não poderão exceder o subsídio mensal,
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribu-
III - o prazo de validade do concurso
nal Federal, aplicando-se como limite, nos
público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período; Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos
IV - durante o prazo improrrogável pre- Estados e no Distrito Federal, o subsídio men-
visto no edital de convocação, aquele apro- sal do Governador no âmbito do Poder Execu-
vado em concurso público de provas ou de tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e
provas e títulos será convocado com priori- Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
dade sobre novos concursados para assumir subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
cargo ou emprego, na carreira; Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
V - as funções de confiança, exercidas cinco centésimos por cento do subsídio men-
exclusivamente por servidores ocupantes de sal, em espécie, dos Ministros do Supremo
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciá-
serem preenchidos por servidores de carreira rio, aplicável este limite aos membros do
nos casos, condições e percentuais mínimos Ministério Público, aos Procuradores e aos
previstos em lei, destinam-se apenas às Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda
atribuições de direção, chefia e assessora- Constitucional nº 41, 19.12.2003)
mento; (Redação dada pela Emenda Constitucional XII - os vencimentos dos cargos do Poder
nº 19, de 1998) Legislativo e do Poder Judiciário não poderão
VI - é garantido ao servidor público civil ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
o direito à livre associação sindical; XIII - é vedada a vinculação ou equipa-
VII - o direito de greve será exercido ração de quaisquer espécies remuneratórias
nos termos e nos limites definidos em lei para o efeito de remuneração de pessoal do
específica; (Redação dada pela Emenda Constitu- serviço público; (Redação dada pela Emenda
cional nº 19, de 1998) Constitucional nº 19, de 1998)

− 3/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição (DISPOSITIVOS)
XIV - os acréscimos pecuniários perce- de condições a todos os concorrentes, com
bidos por servidor público não serão compu- cláusulas que estabeleçam obrigações de
tados nem acumulados para fins de conces- pagamento, mantidas as condições efetivas da
são de acréscimos ulteriores; (Redação dada proposta, nos termos da lei, o qual somente
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) permitirá as exigências de qualificação técnica
XV - o subsídio e os vencimentos dos e econômica indispensáveis à garantia do
ocupantes de cargos e empregos públicos cumprimento das obrigações.
são irredutíveis, ressalvado o disposto nos XXII - as administrações tributárias da
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, União, dos Estados, do Distrito Federal e
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dos Municípios, atividades essenciais ao
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) funcionamento do Estado, exercidas por
XVI - é vedada a acumulação remunerada servidores de carreiras específicas, terão
de cargos públicos, exceto, quando houver recursos prioritários para a realização de
compatibilidade de horários, observado em suas atividades e atuarão de forma integra-
qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação da, inclusive com o compartilhamento de
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) cadastros e de informações fiscais, na forma
a) a de dois cargos de professor; (Incluída da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
b) a de um cargo de professor com outro § 1º - A publicidade dos atos, progra-
técnico ou científico; (Incluída pela Emenda mas, obras, serviços e campanhas dos ór-
Constitucional nº 19, de 1998) gãos públicos deverá ter caráter educativo,
c) a de dois cargos ou empregos privati- informativo ou de orientação social, dela
vos de profissionais de saúde, com profis- não podendo constar nomes, símbolos ou
sões regulamentadas; (Redação dada pela Emen- imagens que caracterizem promoção pessoal
da Constitucional nº 34, de 2001) de autoridades ou servidores públicos.
XVII - a proibição de acumular estende- § 2º - A não observância do disposto nos
se a empregos e funções e abrange autarqui- incisos II e III implicará a nulidade do ato e
as, fundações, empresas públicas, socieda- a punição da autoridade responsável, nos
des de economia mista, suas subsidiárias, e termos da lei.
sociedades controladas, direta ou indireta- § 3º A lei disciplinará as formas de par-
mente, pelo poder público; (Redação dada pela ticipação do usuário na administração públi-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) ca direta e indireta, regulando especialmen-
XVIII - a administração fazendária e te: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
seus servidores fiscais terão, dentro de suas de 1998)
áreas de competência e jurisdição, prece- I - as reclamações relativas à prestação
dência sobre os demais setores administrati- dos serviços públicos em geral, asseguradas
vos, na forma da lei; a manutenção de serviços de atendimento ao
XIX – somente por lei específica poderá usuário e a avaliação periódica, externa e
ser criada autarquia e autorizada a institui- interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
ção de empresa pública, de sociedade de pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
economia mista e de fundação, cabendo à lei II - o acesso dos usuários a registros
complementar, neste último caso, definir as administrativos e a informações sobre atos
áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emen- de governo, observado o disposto no art. 5º,
da Constitucional nº 19, de 1998) X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-
XX - depende de autorização legislativa, nal nº 19, de 1998)
em cada caso, a criação de subsidiárias das III - a disciplina da representação contra o
entidades mencionadas no inciso anterior, exercício negligente ou abusivo de cargo,
assim como a participação de qualquer delas emprego ou função na administração pública.
em empresa privada; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI - ressalvados os casos especificados § 4º - Os atos de improbidade adminis-
na legislação, as obras, serviços, compras e trativa importarão a suspensão dos direitos
alienações serão contratados mediante proces- políticos, a perda da função pública, a indis-
so de licitação pública que assegure igualdade ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
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LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição (DISPOSITIVOS)
erário, na forma e gradação previstas em lei, § 12. Para os fins do disposto no inciso
sem prejuízo da ação penal cabível. XI do caput deste artigo, fica facultado aos
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu
prescrição para ilícitos praticados por qual- âmbito, mediante emenda às respectivas
quer agente, servidor ou não, que causem Constituições e Lei Orgânica, como limite
prejuízos ao erário, ressalvadas as respecti- único, o subsídio mensal dos Desembarga-
vas ações de ressarcimento. dores do respectivo Tribunal de Justiça,
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito públi- limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
co e as de direito privado prestadoras de servi- centésimos por cento do subsídio mensal
ços públicos responderão pelos danos que seus dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, não se aplicando o disposto neste parágrafo
assegurado o direito de regresso contra o aos subsídios dos Deputados Estaduais e
responsável nos casos de dolo ou culpa. Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
restrições ao ocupante de cargo ou emprego Art. 38. Ao servidor público da adminis-
da administração direta e indireta que possibi- tração direta, autárquica e fundacional, no
lite o acesso a informações privilegiadas. exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) seguintes disposições: (Redação dada pela
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá- Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
ria e financeira dos órgãos e entidades da I - tratando-se de mandato eletivo fede-
administração direta e indireta poderá ser ral, estadual ou distrital, ficará afastado de
ampliada mediante contrato, a ser firmado seu cargo, emprego ou função;
entre seus administradores e o poder públi- II - investido no mandato de Prefeito, será
co, que tenha por objeto a fixação de metas afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
de desempenho para o órgão ou entidade, lhe facultado optar pela sua remuneração;
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela III - investido no mandato de Vereador,
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) havendo compatibilidade de horários, perce-
I - o prazo de duração do contrato; berá as vantagens de seu cargo, emprego ou
II - os controles e critérios de avaliação função, sem prejuízo da remuneração do
de desempenho, direitos, obrigações e res- cargo eletivo, e, não havendo compatibilida-
ponsabilidade dos dirigentes; de, será aplicada a norma do inciso anterior;
III - a remuneração do pessoal." IV - em qualquer caso que exija o afas-
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às tamento para o exercício de mandato eleti-
empresas públicas e às sociedades de econo- vo, seu tempo de serviço será contado para
mia mista, e suas subsidiárias, que receberem todos os efeitos legais, exceto para promo-
recursos da União, dos Estados, do Distrito ção por merecimento;
Federal ou dos Municípios para pagamento de V - para efeito de benefício previdenciá-
despesas de pessoal ou de custeio em geral. rio, no caso de afastamento, os valores serão
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) determinados como se no exercício estivesse.
§ 10. É vedada a percepção simultânea Seção II
de proventos de aposentadoria decorrentes DOS SERVIDORES PÚBLICOS
do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remu- Art. 39. A União, os Estados, o Distrito
neração de cargo, emprego ou função públi- Federal e os Municípios instituirão, no
ca, ressalvados os cargos acumuláveis na âmbito de sua competência, regime jurídico
forma desta Constituição, os cargos eletivos único e planos de carreira para os servidores
e os cargos em comissão declarados em lei da administração pública direta, das autar-
de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela quias e das fundações públicas. (Redação
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) anterior à Emenda Constitucional nº 19, de 4.6. 1998)
§ 11. Não serão computadas, para efeito Art. 39. A União, os Estados, o Distrito
dos limites remuneratórios de que trata o Federal e os Municípios instituirão conselho de
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas política de administração e remuneração de
de caráter indenizatório previstas em lei. pessoal, integrado por servidores designados
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela
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Emenda Constitucional nº 19, de 1998. – Em Seção § 4º O membro de Poder, o detentor de
Plenária de 2.8.2007, o Supremo Tribunal Federal decidiu mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
“suspender a eficácia do artigo 39, caput, da Secretários Estaduais e Municipais serão
Constituição Federal, com a redação da Emenda remunerados exclusivamente por subsídio
Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998”) 176 fixado em parcela única, vedado o acréscimo
§ 1º A fixação dos padrões de venci- de qualquer gratificação, adicional, abono,
mento e dos demais componentes do sistema prêmio, verba de representação ou outra espé-
remuneratório observará: (Redação dada pela cie remuneratória, obedecido, em qualquer
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Redação
I - a natureza, o grau de responsabilida- dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
de e a complexidade dos cargos componen- § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito
tes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Federal e dos Municípios poderá estabelecer a
Constitucional nº 19, de 1998) relação entre a maior e a menor remuneração
II - os requisitos para a investidura; (In- dos servidores públicos, obedecido, em qual-
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) quer caso, o disposto no art. 37, XI. (Redação
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluí- dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
do pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Judiciário publicarão anualmente os valores
Federal manterão escolas de governo para a do subsídio e da remuneração dos cargos e
formação e o aperfeiçoamento dos servido- empregos públicos. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
res públicos, constituindo-se a participação
nos cursos um dos requisitos para a promo- § 7º Lei da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios disciplinará a
ção na carreira, facultada, para isso, a cele-
aplicação de recursos orçamentários prove-
bração de convênios ou contratos entre os
nientes da economia com despesas correntes
entes federados. (Redação dada pela Emenda
em cada órgão, autarquia e fundação, para
Constitucional nº 19, de 1998)
aplicação no desenvolvimento de programas
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de de qualidade e produtividade, treinamento e
cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, desenvolvimento, modernização, reapare-
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, lhamento e racionalização do serviço públi-
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabe- co, inclusive sob a forma de adicional ou
lecer requisitos diferenciados de admissão prêmio de produtividade. (Redação dada pela
quando a natureza do cargo o exigir. (Redação Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º A remuneração dos servidores pú-
blicos organizados em carreira poderá ser
176
fixada nos termos do § 4º. (Redação dada pela
Decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
“MED. CAUT. EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITU- Art. 40. Aos servidores titulares de cargos
CIONALIDADE 2.135-4
efetivos da União, dos Estados, do Distrito
.........................................................................................
Decisão: O Tribunal, por maioria, vencidos os Senho-
Federal e dos Municípios, incluídas suas autar-
res Ministros Nelson Jobim, Ricardo Lewandowski e quias e fundações, é assegurado regime de
Joaquim Barbosa, deferiu parcialmente a medida cautelar previdência de caráter contributivo e solidário,
para suspender a eficácia do artigo 39, caput, da Constitui- mediante contribuição do respectivo ente
ção Federal, com a redação da Emenda Constitucional nº público, dos servidores ativos e inativos e dos
19, de 04 de junho de 1998, tudo nos termos do voto do pensionistas, observados critérios que preser-
relator originário, Ministro Néri da Silveira, esclarecido, vem o equilíbrio financeiro e atuarial e o dis-
nesta assentada, que a decisão - como é próprio das posto neste artigo. (Redação dada pela Emenda
medidas cautelares - terá efeitos ex nunc, subsistindo a Constitucional nº 41, 19.12.2003)
legislação editada nos termos da emenda declarada suspen- § 1º Os servidores abrangidos pelo re-
sa. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie, que lavrará o
gime de previdência de que trata este artigo
acórdão. Não participaram da votação a Senhora Ministra
Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Gilmar Mendes por
serão aposentados, calculados os seus pro-
sucederem, respectivamente, aos Senhores Ministros ventos a partir dos valores fixados na forma
Nelson Jobim e Néri da Silveira. Plenário, 02.08.2007.” dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda
(As sublinhas não são do original). D. O. de 14.8.2007. Constitucional nº 41, 19.12.2003)

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I - por invalidez permanente, sendo os III - cujas atividades sejam exercidas
proventos proporcionais ao tempo de contri- sob condições especiais que prejudiquem a
buição, exceto se decorrente de acidente em saúde ou a integridade física. (Incluído pela
serviço, moléstia profissional ou doença Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
grave, contagiosa ou incurável, na forma da § 5º Os requisitos de idade e de tempo
lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº de contribuição serão reduzidos em cinco
41, 19.12.2003) anos, em relação ao disposto no § 1º, III,
II - compulsoriamente, aos setenta anos "a", para o professor que comprove exclusi-
de idade, com proventos proporcionais ao vamente tempo de efetivo exercício das
tempo de contribuição; (Redação dada pela funções de magistério na educação infantil e
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) no ensino fundamental e médio. (Redação
III - voluntariamente, desde que cumprido dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício § 6º Ressalvadas as aposentadorias decor-
no serviço público e cinco anos no cargo rentes dos cargos acumuláveis na forma desta
efetivo em que se dará a aposentadoria, obser- Constituição, é vedada a percepção de mais de
vadas as seguintes condições: (Redação dada pela uma aposentadoria à conta do regime de previ-
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) dência previsto neste artigo. (Redação dada pela
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
de contribuição, se homem, e cinqüenta e § 7º Lei disporá sobre a concessão do
cinco anos de idade e trinta de contribuição, benefício de pensão por morte, que será
se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitu- igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
cional nº 20, de 15/12/98) 41, 19.12.2003)
b) sessenta e cinco anos de idade, se I - ao valor da totalidade dos proventos
homem, e sessenta anos de idade, se mulher, do servidor falecido, até o limite máximo
com proventos proporcionais ao tempo de estabelecido para os benefícios do regime
contribuição. (Redação dada pela Emenda Consti- geral de previdência social de que trata o art.
tucional nº 20, de 15/12/98) 201, acrescido de setenta por cento da parce-
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as la excedente a este limite, caso aposentado à
pensões, por ocasião de sua concessão, não data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitu-
poderão exceder a remuneração do respectivo cional nº 41, 19.12.2003)
servidor, no cargo efetivo em que se deu a II - ao valor da totalidade da remunera-
aposentadoria ou que serviu de referência para ção do servidor no cargo efetivo em que se
a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda deu o falecimento, até o limite máximo
Constitucional nº 20, de 15/12/98) estabelecido para os benefícios do regime
§ 3º Para o cálculo dos proventos de a- geral de previdência social de que trata o art.
posentadoria, por ocasião da sua concessão, 201, acrescido de setenta por cento da parce-
serão consideradas as remunerações utiliza- la excedente a este limite, caso em atividade
das como base para as contribuições do na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitu-
servidor aos regimes de previdência de que cional nº 41, 19.12.2003)
tratam este artigo e o art. 201, na forma da § 8º É assegurado o reajustamento dos
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº benefícios para preservar-lhes, em caráter
41, 19.12.2003) permanente, o valor real, conforme critérios
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emen-
critérios diferenciados para a concessão de da Constitucional nº 41, 19.12.2003)
aposentadoria aos abrangidos pelo regime § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
de que trata este artigo, ressalvados, nos dual ou municipal será contado para efeito de
termos definidos em leis complementares, aposentadoria e o tempo de serviço correspon-
os casos de servidores: (Redação dada pela dente para efeito de disponibilidade. (Incluído
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
I - portadores de deficiência; (Incluído pela § 10. A lei não poderá estabelecer qual-
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) quer forma de contagem de tempo de con-
II - que exerçam atividades de risco; (In- tribuição fictício. (Incluído pela Emenda Consti-
cluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) tucional nº 20, de 15/12/98)
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§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, § 17. Todos os valores de remuneração
XI, à soma total dos proventos de inatividade, considerados para o cálculo do benefício
inclusive quando decorrentes da acumulação previsto no § 3° serão devidamente atualiza-
de cargos ou empregos públicos, bem como de dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
outras atividades sujeitas a contribuição para o Constitucional nº 41, 19.12.2003)
regime geral de previdência social, e ao mon- § 18. Incidirá contribuição sobre os pro-
tante resultante da adição de proventos de ventos de aposentadorias e pensões conce-
inatividade com remuneração de cargo acumu- didas pelo regime de que trata este artigo
lável na forma desta Constituição, cargo em que superem o limite máximo estabelecido
comissão declarado em lei de livre nomeação e para os benefícios do regime geral de previ-
exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela dência social de que trata o art. 201, com
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) percentual igual ao estabelecido para os
§ 12. Além do disposto neste artigo, o re- servidores titulares de cargos efetivos. (Inclu-
gime de previdência dos servidores públicos ído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
titulares de cargo efetivo observará, no que § 19. O servidor de que trata este artigo
couber, os requisitos e critérios fixados para o que tenha completado as exigências para
regime geral de previdência social. (Incluído pela aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º,
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) III, a, e que opte por permanecer em atividade
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusiva- fará jus a um abono de permanência equivalen-
mente, de cargo em comissão declarado em te ao valor da sua contribuição previdenciária
lei de livre nomeação e exoneração bem até completar as exigências para aposentadoria
como de outro cargo temporário ou de em- compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela
prego público, aplica-se o regime geral de Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
previdência social. (Incluído pela Emenda Consti- § 20. Fica vedada a existência de mais de
tucional nº 20, de 15/12/98) um regime próprio de previdência social para
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Fede- os servidores titulares de cargos efetivos, e de
ral e os Municípios, desde que instituam regi- mais de uma unidade gestora do respectivo
me de previdência complementar para os seus regime em cada ente estatal, ressalvado o
respectivos servidores titulares de cargo efeti- disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emen-
vo, poderão fixar, para o valor das aposentado- da Constitucional nº 41, 19.12.2003)
rias e pensões a serem concedidas pelo regime § 21. A contribuição prevista no § 18 deste
de que trata este artigo, o limite máximo esta- artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
belecido para os benefícios do regime geral de proventos de aposentadoria e de pensão que
previdência social de que trata o art. 201. superem o dobro do limite máximo estabeleci-
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) do para os benefícios do regime geral de previ-
§ 15. O regime de previdência comple- dência social de que trata o art. 201 desta
mentar de que trata o § 14 será instituído por Constituição, quando o beneficiário, na forma
lei de iniciativa do respectivo Poder Execu- da lei, for portador de doença incapacitante.
tivo, observado o disposto no art. 202 e seus (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
parágrafos, no que couber, por intermédio Art. 41. São estáveis após três anos de
de entidades fechadas de previdência com- efetivo exercício os servidores nomeados
plementar, de natureza pública, que oferece- para cargo de provimento efetivo em virtude
rão aos respectivos participantes planos de de concurso público. (Redação dada pela Emen-
benefícios somente na modalidade de con- da Constitucional nº 19, de 1998)
tribuição definida. (Redação dada pela Emenda § 1º O servidor público estável só perde-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) rá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitu-
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- cional nº 19, de 1998)
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 pode- I - em virtude de sentença judicial tran-
rá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado sitada em julgado; (Incluído pela Emenda Consti-
no serviço público até a data da publicação do tucional nº 19, de 1998)
ato de instituição do correspondente regime de II - mediante processo administrativo
previdência complementar. (Incluído pela Emenda em que lhe seja assegurada ampla defesa;
Constitucional nº 20, de 15/12/98) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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III - mediante procedimento de avalia- SEÇÃO II
ção periódica de desempenho, na forma de DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA
lei complementar, assegurada ampla defesa. REPÚBLICA
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) .........................................................................................
§ 2º Invalidada por sentença judicial a Art. 84. Compete privativamente ao Pre-
demissão do servidor estável, será ele rein- sidente da República:
tegrado, e o eventual ocupante da vaga, se .........................................................................................
estável, reconduzido ao cargo de origem, XVI - nomear os magistrados, nos casos
sem direito a indenização, aproveitado em previstos nesta Constituição, e o Advogado-
outro cargo ou posto em disponibilidade Geral da União;
com remuneração proporcional ao tempo de .........................................................................................
serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional XXV - prover e extinguir os cargos pú-
nº 19, de 1998) blicos federais, na forma da lei;
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a .........................................................................................
sua desnecessidade, o servidor estável Parágrafo único. O Presidente da Repú-
ficará em disponibilidade, com remunera- blica poderá delegar as atribuições mencio-
ção proporcional ao tempo de serviço, até nadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira
seu adequado aproveitamento em outro parte, aos Ministros de Estado, ao Procura-
cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucio- dor-Geral da República ou ao Advogado-
nal nº 19, de 1998) Geral da União, que observarão os limites
§ 4º Como condição para a aquisição da traçados nas respectivas delegações.
estabilidade, é obrigatória a avaliação espe- .........................................................................................
cial de desempenho por comissão instituída CAPÍTULO III
para essa finalidade. (Incluído pela Emenda DO PODER JUDICIÁRIO
Constitucional nº 19, de 1998) SEÇÃO I
......................................................................................... DISPOSIÇÕES GERAIS
TÍTULO IV .........................................................................................
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES SEÇÃO II
CAPÍTULO I DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
DO PODER LEGISLATIVO .........................................................................................
SEÇÃO I Art. 103. Podem propor a ação direta de
DO CONGRESSO NACIONAL inconstitucionalidade e a ação declaratória
......................................................................................... de constitucionalidade: (Redação dada pela
SEÇÃO II Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO .........................................................................................
NACIONAL § 3º - Quando o Supremo Tribunal Fede-
......................................................................................... ral apreciar a inconstitucionalidade, em tese,
Art. 52. Compete privativamente ao Se- de norma legal ou ato normativo, citará,
nado Federal: previamente, o Advogado-Geral da União,
......................................................................................... que defenderá o ato ou texto impugnado.
II - processar e julgar os Ministros do Su- .........................................................................................
premo Tribunal Federal, os membros do Con- CAPÍTULO IV
selho Nacional de Justiça e do Conselho Na- DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
cional do Ministério Público, o Procurador- SEÇÃO I
Geral da República e o Advogado-Geral da DO MINISTÉRIO PÚBLICO
União nos crimes de responsabilidade; (Redação Art. 127. O Ministério Público é institui-
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004); ção permanente, essencial à função jurisdicio-
......................................................................................... nal do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
CAPÍTULO II ordem jurídica, do regime democrático e dos
DO PODER EXECUTIVO interesses sociais e individuais indisponíveis.
SEÇÃO I § 1º São princípios institucionais do Mi-
DO PRESIDENTE nistério Público a unidade, a indivisibilidade
E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA e a independência funcional.
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§ 2º Ao Ministério Público é assegurada Senado Federal, para mandato de dois anos,
autonomia funcional e administrativa, poden- permitida a recondução.
do, observado o disposto no art. 169, propor ao § 2º A destituição do Procurador-Geral
Poder Legislativo a criação e extinção de seus da República, por iniciativa do Presidente da
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por República, deverá ser precedida de autoriza-
concurso público de provas ou de provas e ção da maioria absoluta do Senado Federal.
títulos, a política remuneratória e os planos de § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e
carreira; a lei disporá sobre sua organização e o do Distrito Federal e Territórios formarão
funcionamento. (Redação dada pela Emenda Consti- lista tríplice dentre integrantes da carreira, na
tucional nº 19, de 1998) forma da lei respectiva, para escolha de seu
§ 3º O Ministério Público elaborará Procurador-Geral, que será nomeado pelo
sua proposta orçamentária dentro dos Chefe do Poder Executivo, para mandato de
limites estabelecidos na lei de diretrizes dois anos, permitida uma recondução.
orçamentárias. § 4º Os Procuradores-Gerais nos Esta-
§ 4º Se o Ministério Público não encami- dos e no Distrito Federal e Territórios pode-
nhar a respectiva proposta orçamentária dentro rão ser destituídos por deliberação da maio-
do prazo estabelecido na lei de diretrizes orça- ria absoluta do Poder Legislativo, na forma
mentárias, o Poder Executivo considerará, para da lei complementar respectiva.
fins de consolidação da proposta orçamentária § 5º Leis complementares da União e
anual, os valores aprovados na lei orçamentária dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
vigente, ajustados de acordo com os limites respectivos Procuradores-Gerais, estabelece-
estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela rão a organização, as atribuições e o estatuto
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) de cada Ministério Público, observadas,
§ 5º Se a proposta orçamentária de que relativamente a seus membros:
trata este artigo for encaminhada em desa- I - as seguintes garantias:
cordo com os limites estipulados na forma a) vitaliciedade, após dois anos de exer-
do § 3º, o Poder Executivo procederá aos cício, não podendo perder o cargo senão por
ajustes necessários para fins de consolidação sentença judicial transitada em julgado;
da proposta orçamentária anual. (Incluído pela b) inamovibilidade, salvo por motivo de
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) interesse público, mediante decisão do órgão
§ 6º Durante a execução orçamentária colegiado competente do Ministério Públi-
do exercício, não poderá haver a realização co, pelo voto da maioria absoluta de seus
de despesas ou a assunção de obrigações membros, assegurada ampla defesa; (Redação
que extrapolem os limites estabelecidos na dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
lei de diretrizes orçamentárias, exceto se c) irredutibilidade de subsídio, fixado na
previamente autorizadas, mediante a abertu- forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o dispos-
ra de créditos suplementares ou especiais. to nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153,
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional
Art. 128. O Ministério Público abrange: nº 19, de 1998)
I - o Ministério Público da União, que II - as seguintes vedações:
compreende: a) receber, a qualquer título e sob qual-
a) o Ministério Público Federal; quer pretexto, honorários, percentagens ou
b) o Ministério Público do Trabalho; custas processuais;
c) o Ministério Público Militar; b) exercer a advocacia;
d) o Ministério Público do Distrito Fe- c) participar de sociedade comercial, na
deral e Territórios; forma da lei;
II - os Ministérios Públicos dos Estados. d) exercer, ainda que em disponibilida-
§ 1º O Ministério Público da União tem de, qualquer outra função pública, salvo
por chefe o Procurador-Geral da República, uma de magistério;
nomeado pelo Presidente da República e) exercer atividade político-partidária;
dentre integrantes da carreira, maiores de (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
trinta e cinco anos, após a aprovação de seu f) receber, a qualquer título ou pretexto,
nome pela maioria absoluta dos membros do auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
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LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição (DISPOSITIVOS)
entidades públicas ou privadas, ressalvadas de provas e títulos, assegurada a participa-
as exceções previstas em lei. (Incluída pela ção da Ordem dos Advogados do Brasil em
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) sua realização, exigindo-se do bacharel em
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério direito, no mínimo, três anos de atividade
Público o disposto no art. 95, parágrafo único, jurídica e observando-se, nas nomeações, a
V. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) ordem de classificação. (Redação dada pela
Art. 129. São funções institucionais do Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Ministério Público: § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no
I - promover, privativamente, a ação pe- que couber, o disposto no art. 93. (Redação
nal pública, na forma da lei; dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - zelar pelo efetivo respeito dos Pode- § 5º A distribuição de processos no Mi-
res Públicos e dos serviços de relevância nistério Público será imediata. (Incluído pela
pública aos direitos assegurados nesta Cons- Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
tituição, promovendo as medidas necessá- Art. 130. Aos membros do Ministério Pú-
rias a sua garantia; blico junto aos Tribunais de Contas aplicam-se
III - promover o inquérito civil e a ação as disposições desta seção pertinentes a direi-
civil pública, para a proteção do patrimônio tos, vedações e forma de investidura.
público e social, do meio ambiente e de Art. 130-A. O Conselho Nacional do
outros interesses difusos e coletivos; Ministério Público compõe-se de quatorze
IV - promover a ação de inconstitucio- membros nomeados pelo Presidente da
nalidade ou representação para fins de inter- República, depois de aprovada a escolha
venção da União e dos Estados, nos casos pela maioria absoluta do Senado Federal,
previstos nesta Constituição; para um mandato de dois anos, admitida
V - defender judicialmente os direitos e uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda
interesses das populações indígenas; Constitucional nº 45, de 2004)
VI - expedir notificações nos procedimen- I - o Procurador-Geral da República, que
tos administrativos de sua competência, requi- o preside;
sitando informações e documentos para instruí- II - quatro membros do Ministério Pú-
los, na forma da lei complementar respectiva; blico da União, assegurada a representação
VII - exercer o controle externo da ati- de cada uma de suas carreiras;
vidade policial, na forma da lei complemen- III - três membros do Ministério Público
tar mencionada no artigo anterior; dos Estados;
VIII - requisitar diligências investigató- IV - dois juízes, indicados um pelo Su-
rias e a instauração de inquérito policial, premo Tribunal Federal e outro pelo Superi-
indicados os fundamentos jurídicos de suas or Tribunal de Justiça;
manifestações processuais; V - dois advogados, indicados pelo Con-
IX - exercer outras funções que lhe fo- selho Federal da Ordem dos Advogados do
rem conferidas, desde que compatíveis com Brasil;
sua finalidade, sendo-lhe vedada a represen- VI - dois cidadãos de notável saber jurí-
tação judicial e a consultoria jurídica de dico e reputação ilibada, indicados um pela
entidades públicas. Câmara dos Deputados e outro pelo Senado
§ 1º A legitimação do Ministério Público Federal.
para as ações civis previstas neste artigo não § 1º Os membros do Conselho oriundos
impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, do Ministério Público serão indicados pelos
segundo o disposto nesta Constituição e na lei. respectivos Ministérios Públicos, na forma
§ 2º As funções do Ministério Público da lei.
só podem ser exercidas por integrantes da § 2º Compete ao Conselho Nacional do
carreira, que deverão residir na comarca da Ministério Público o controle da atuação
respectiva lotação, salvo autorização do administrativa e financeira do Ministério
chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Público e do cumprimento dos deveres
Constitucional nº 45, de 2004) funcionais de seus membros, cabendo-lhe:
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério I - zelar pela autonomia funcional e admi-
Público far-se-á mediante concurso público nistrativa do Ministério Público, podendo
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LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição (DISPOSITIVOS)
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua qualquer interessado contra membros ou
competência, ou recomendar providências; órgãos do Ministério Público, inclusive
II - zelar pela observância do art. 37 e contra seus serviços auxiliares, representan-
apreciar, de ofício ou mediante provocação, do diretamente ao Conselho Nacional do
a legalidade dos atos administrativos prati- Ministério Público.
cados por membros ou órgãos do Ministério Seção II
Público da União e dos Estados, podendo DA ADVOCACIA PÚBLICA
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
que se adotem as providências necessárias Art. 131. A Advocacia-Geral da União é
ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo a instituição que, diretamente ou através de
da competência dos Tribunais de Contas; órgão vinculado, representa a União, judici-
III - receber e conhecer das reclamações al e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos
contra membros ou órgãos do Ministério termos da lei complementar que dispuser
Público da União ou dos Estados, inclusive sobre sua organização e funcionamento, as
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo atividades de consultoria e assessoramento
da competência disciplinar e correicional da jurídico do Poder Executivo.
instituição, podendo avocar processos disci- § 1º A Advocacia-Geral da União tem
plinares em curso, determinar a remoção, a por chefe o Advogado-Geral da União, de
disponibilidade ou a aposentadoria com livre nomeação pelo Presidente da Repú-
subsídios ou proventos proporcionais ao blica dentre cidadãos maiores de trinta e
tempo de serviço e aplicar outras sanções cinco anos, de notável saber jurídico e
administrativas, assegurada ampla defesa; reputação ilibada.
IV - rever, de ofício ou mediante provo- § 2º O ingresso nas classes iniciais das
cação, os processos disciplinares de mem- carreiras da instituição de que trata este
bros do Ministério Público da União ou dos artigo far-se-á mediante concurso público de
Estados julgados há menos de um ano; provas e títulos.
V - elaborar relatório anual, propondo as § 3º Na execução da dívida ativa de na-
providências que julgar necessárias sobre a tureza tributária, a representação da União
situação do Ministério Público no País e as cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Na-
atividades do Conselho, o qual deve integrar cional, observado o disposto em lei.
a mensagem prevista no art. 84, XI. Art. 132. Os Procuradores dos Estados e
§ 3º O Conselho escolherá, em votação do Distrito Federal, organizados em carreira,
secreta, um Corregedor nacional, dentre os na qual o ingresso dependerá de concurso
membros do Ministério Público que o inte- público de provas e títulos, com a participação
gram, vedada a recondução, competindo- da Ordem dos Advogados do Brasil em todas
lhe, além das atribuições que lhe forem as suas fases, exercerão a representação judici-
conferidas pela lei, as seguintes: al e a consultoria jurídica das respectivas
I - receber reclamações e denúncias, de unidades federadas. (Redação dada pela Emenda
qualquer interessado, relativas aos membros Constitucional nº 19, de 1998)
do Ministério Público e dos seus serviços Parágrafo único. Aos procuradores refe-
auxiliares; ridos neste artigo é assegurada estabilidade
II - exercer funções executivas do Con- após três anos de efetivo exercício, mediante
selho, de inspeção e correição geral; avaliação de desempenho perante os órgãos
III - requisitar e designar membros do próprios, após relatório circunstanciado das
Ministério Público, delegando-lhes atribui- corregedorias. (Redação dada pela Emenda
ções, e requisitar servidores de órgãos do Constitucional nº 19, de 1998)
Ministério Público. Seção III
§ 4º O Presidente do Conselho Federal DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA
da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará PÚBLICA
junto ao Conselho. Art. 133. O advogado é indispensável à
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão administração da justiça, sendo inviolável
ouvidorias do Ministério Público, competen- por seus atos e manifestações no exercício
tes para receber reclamações e denúncias de da profissão, nos limites da lei.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Constituição (DISPOSITIVOS)
Art. 134. A Defensoria Pública é institu- representação própria e os membros das Procu-
ição essencial à função jurisdicional do radorias das Universidades fundacionais públi-
Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídi- cas continuarão a exercer suas atividades na
ca e a defesa, em todos os graus, dos neces- área das respectivas atribuições.
sitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) § 1º O Presidente da República, no prazo
§ 1º Lei complementar organizará a De- de cento e vinte dias, encaminhará ao Congres-
fensoria Pública da União e do Distrito so Nacional projeto de lei complementar
Federal e dos Territórios e prescreverá dispondo sobre a organização e o funciona-
normas gerais para sua organização nos mento da Advocacia-Geral da União.
Estados, em cargos de carreira, providos, na § 2º Aos atuais Procuradores da Repú-
classe inicial, mediante concurso público de blica, nos termos da lei complementar, será
provas e títulos, assegurada a seus integran- facultada a opção, de forma irretratável,
tes a garantia da inamovibilidade e vedado o entre as carreiras do Ministério Público
exercício da advocacia fora das atribuições Federal e da Advocacia-Geral da União.
institucionais. (Renumerado do parágrafo único § 3º Poderá optar pelo regime anterior,
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) no que respeita às garantias e vantagens, o
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais membro do Ministério Público admitido
são asseguradas autonomia funcional e antes da promulgação da Constituição,
administrativa e a iniciativa de sua proposta observando-se, quanto às vedações, a situa-
orçamentária dentro dos limites estabeleci- ção jurídica na data desta.
dos na lei de diretrizes orçamentárias e § 4º Os atuais integrantes do quadro su-
subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. plementar dos Ministérios Públicos do
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Trabalho e Militar que tenham adquirido
Art. 135. Os servidores integrantes das estabilidade nessas funções passam a inte-
carreiras disciplinadas nas Seções II e III grar o quadro da respectiva carreira.
deste Capítulo serão remunerados na forma § 5º Cabe à atual Procuradoria-Geral da
do art. 39, § 4º. (Redação dada pela Emenda Fazenda Nacional, diretamente ou por delega-
Constitucional nº 19, de 1998) (*) ção, que pode ser ao Ministério Público Esta-
......................................................................................... dual, representar judicialmente a União nas
TÍTULO X causas de natureza fiscal, na área da respectiva
DO ATO DAS DISPOSIÇÕES competência, até a promulgação das leis com-
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS plementares previstas neste artigo.
......................................................................................... .................................................................................
Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis Art. 69. Será permitido aos Estados
complementares relativas ao Ministério Públi- manter consultorias jurídicas separadas de
co e à Advocacia-Geral da União, o Ministério suas Procuradorias-Gerais ou Advocacias-
Público Federal, a Procuradoria-Geral da Gerais, desde que, na data da promulgação
Fazenda Nacional, as Consultorias Jurídicas da Constituição, tenham órgãos distintos
dos Ministérios, as Procuradorias e Departa- para as respectivas funções.
mentos Jurídicos de autarquias federais com .................................................................................
(*)
Ver a Lei nº 11.358, de 19.10.2006, que fixa o subsídio das carreiras da AGU e de Defensor Público.

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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 19, de 1998
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 4 DE JUNHO DE 1998.
Modifica o regime e dispõe sobre princípios e
normas da Administração Pública, servidores e
agentes políticos, controle de despesas e finanças
públicas e custeio de atividades a cargo do
Distrito Federal, e dá outras providências.
As Mesas da Câmara dos Deputados e Art. 31. Os servidores públicos federais
do Senado Federal, nos termos do § 3º do da administração direta e indireta, os servido-
art. 60 da Constituição Federal, promulgam res municipais e os integrantes da carreira
esta Emenda ao texto constitucional: policial militar dos ex-Territórios Federais do
Arts. 1º a 24. Já incorporados ao texto da Constituição. Amapá e de Roraima, que comprovadamente
Art. 25. Até a instituição do fundo a encontravam-se no exercício regular de suas
que se refere o inciso XIV do art. 21 da funções prestando serviços àqueles ex-
Constituição Federal, compete à União Territórios na data em que foram transforma-
manter os atuais compromissos financeiros dos em Estados; os policiais militares que
com a prestação de serviços públicos do tenham sido admitidos por força de lei fede-
Distrito Federal. ral, custeados pela União; e, ainda, os servi-
Art. 26. No prazo de dois anos da pro- dores civis nesses Estados com vínculo fun-
mulgação desta Emenda, as entidades da cional já reconhecido pela União, constituirão
administração indireta terão seus estatutos quadro em extinção da administração federal,
revistos quanto à respectiva natureza jurídi- assegurados os direitos e vantagens inerentes
ca, tendo em conta a finalidade e as compe- aos seus servidores, vedado o pagamento, a
tências efetivamente executadas. qualquer título, de diferenças remuneratórias.
Art. 27. O Congresso Nacional, dentro § 1º Os servidores da carreira policial
de cento e vinte dias da promulgação desta militar continuarão prestando serviços aos
Emenda, elaborará lei de defesa do usuário respectivos Estados, na condição de cedidos,
de serviços públicos. submetidos às disposições legais e regula-
Art. 28. É assegurado o prazo de dois anos mentares a que estão sujeitas as corporações
de efetivo exercício para aquisição da estabili- das respectivas Polícias Militares, observa-
dade aos atuais servidores em estágio probató- das as atribuições de função compatíveis
rio, sem prejuízo da avaliação a que se refere o com seu grau hierárquico.
§ 4º do art. 41 da Constituição Federal. § 2º Os servidores civis continuarão
Art. 29. Os subsídios, vencimentos, re- prestando serviços aos respectivos Estados,
muneração, proventos da aposentadoria e na condição de cedidos, até seu aproveita-
pensões e quaisquer outras espécies remune- mento em órgão da administração federal.
ratórias adequar-se-ão, a partir da promulga- Art. 32. Já incorporado ao texto da Constituição.
ção desta Emenda, aos limites decorrentes Art. 33. Consideram-se servidores não es-
da Constituição Federal, não se admitindo a táveis, para os fins do art. 169, § 3º, II, da
percepção de excesso a qualquer título. Constituição Federal aqueles admitidos na
Art. 30. O projeto de lei complementar a administração direta, autárquica e fundacional
que se refere o art. 163 da Constituição sem concurso público de provas ou de provas e
Federal será apresentado pelo Poder Execu- títulos após o dia 5 de outubro de 1983.
tivo ao Congresso Nacional no prazo máxi- Art. 34. Esta Emenda Constitucional en-
mo de cento e oitenta dias da promulgação tra em vigor na data de sua promulgação.
desta Emenda. Brasília, 4 de junho de 1998.

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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 20, de 1998
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998 .
Modifica o sistema de previdência social, estabelece
normas de transição e dá outras providências.
As Mesas da Câmara dos Deputados e dora e a contribuição do segurado, terá
do Senado Federal, nos termos do § 3º do vigência no prazo de dois anos a partir da
art. 60 da Constituição Federal, promulgam publicação desta Emenda, ou, caso ocorra
a seguinte emenda ao texto constitucional: antes, na data de publicação da lei comple-
Art. 1° Já incorporado ao texto da Constituição. mentar a que se refere o 4° do mesmo artigo.
Art. 2° Já incorporado ao texto da Constituição. Art. 6° As entidades fechadas de previdên-
Art. 3° É assegurada a concessão de apo- cia privada patrocinadas por entidades públi-
sentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos cas, inclusive empresas públicas e sociedades
servidores públicos e aos segurados do regime de economia mista deverão rever, no prazo de
geral de previdência social, bem como aos seus dois anos, a contar da publicação desta Emen-
dependentes, que, até a data da publicação da, seus planos de benefícios e serviços, de
desta Emenda, tenham cumprido os requisitos modo a ajustá-los atuarialmente a seus ativos,
para a obtenção destes benefícios, com base sob pena de intervenção, sendo seus dirigentes
nos critérios da legislação então vigente. e os de suas respectivas patrocinadoras respon-
§ 1° O servidor de que trata este artigo, sáveis civil e criminalmente pelo descumpri-
que tenha completado as exigências para mento do disposto neste artigo.
aposentadoria integral e que opte por per- Art. 7° Os projetos das leis complementa-
manecer em atividade fará jus à isenção da res previstas no art. 202 da Constituição
contribuição previdenciária até completar as Federal deverão ser apresentados ao Congres-
exigências para aposentadoria contidas no so Nacional no prazo máximo de noventa
art. 40, § 1°, III, a, da Constituição Federal. dias após a publicação desta Emenda.
§ 2º Os proventos da aposentadoria a ser Art. 8° (Revogado pela Emenda Constitucional n° 41, de 19.12.2003. )
concedida aos servidores públicos referidos no Art. 9° Observado o disposto no art. 4°
caput, em termos integrais ou proporcionais ao desta Emenda e ressalvado o direito de opção
tempo de serviço já exercido até a data de a aposentadoria pelas normas por ela estabe-
publicação desta Emenda, bem como as pen- lecidas para o regime geral de previdência
sões de seus dependentes, serão calculados de social, é assegurado o direito à aposentadoria
acordo com a legislação em vigor à época em ao segurado que se tenha filiado ao regime
que foram atendidas as prescrições nela estabe- geral de previdência social, até a data de
lecidas para a concessão destes benefícios ou publicação desta Emenda, quando, cumulati-
nas condições da legislação vigente. vamente, atender aos seguintes requisitos:
§ 3º São mantidos todos os direitos e ga- I - contar com cinqüenta e três anos de
rantias assegurados nas disposições constitu- idade, se homem, e quarenta e oito anos de
cionais vigentes à data de publicação desta idade, se mulher; e
Emenda aos servidores e militares, inativos e II - contar tempo de contribuição igual,
pensionistas, aos anistiados e aos ex- no mínimo, à soma de:
combatentes, assim como àqueles que já a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta
cumpriram, até aquela data, os requisitos para anos, se mulher; e
usufruírem tais direitos, observado o disposto b) um período adicional de contribuição
no art. 37, XI, da Constituição Federal. equivalente a vinte por cento do tempo que,
Art. 4° Observado o disposto no art. 40, na data da publicação desta Emenda, faltaria
§ 10, da Constituição Federal, o tempo de para atingir o limite de tempo constante da
serviço considerado pela legislação vigente alínea anterior.
para efeito de aposentadoria, cumprido até § 1° O segurado de que trata este artigo,
que a lei discipline a matéria, será contado desde que atendido o disposto no inciso I do
como tempo de contribuição. caput, e observado o disposto no art. 4°
Art. 5° O disposto no art. 202, § 3°, da desta Emenda, pode aposentar-se com valo-
Constituição Federal, quanto à exigência de res proporcionais ao tempo de contribuição,
paridade entre a contribuição da patrocina- quando atendidas as seguintes condições:
− 15/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 20, de 1998
I - contar tempo de contribuição igual, Art. 12. Até que produzam efeitos as leis
no mínimo, à soma de: que irão dispor sobre as contribuições de
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco que trata o art. 195 da Constituição Federal,
anos, se mulher; e são exigíveis as estabelecidas em lei, desti-
b) um período adicional de contribuição nadas ao custeio da seguridade social e dos
equivalente a quarenta por cento do tempo diversos regimes previdenciários.
que, na data da publicação desta Emenda, Art. 13. Até que a lei discipline o acesso
faltaria para atingir o limite de tempo cons- ao salário-família e auxílio-reclusão para os
tante da alínea anterior; servidores, segurados e seus dependentes,
II - o valor da aposentadoria proporcional esses benefícios serão concedidos apenas
será equivalente a setenta por cento do valor da àqueles que tenham renda bruta mensal
aposentadoria a que se refere o caput, acresci- igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e
do de cinco por cento por ano de contribuição sessenta reais), que, até a publicação da lei,
que supere a soma a que se refere o inciso serão corrigidos pelos mesmos índices
anterior, até o limite de cem por cento. aplicados aos benefícios do regime geral de
§ 2° O professor que, até a data da pu- previdência social.
blicação desta Emenda, tenha exercido Art. 14. O limite máximo para o valor
atividade de magistério e que opte por apo- dos benefícios do regime geral de previ-
sentar-se na forma do disposto no caput, terá dência social de que trata o art. 201 da
o tempo de serviço exercido até a publica- Constituição Federal é fixado em R$
ção desta Emenda contado com o acréscimo 1.200,00 (um mil e duzentos reais), de-
de dezessete por cento, se homem, e de vinte vendo, a partir da data da publicação desta
por cento, se mulher, desde que se aposente, Emenda, ser reajustado de forma a preser-
exclusivamente, com tempo de efetivo var, em caráter permanente, seu valor
exercício de atividade de magistério. real, atualizado pelos mesmos índices
Art. 10 Revogado pela Emenda Constitucional n° 41, de 19.12.2003. aplicados aos benefícios do regime geral
Art. 11. A vedação prevista no art. 37, § de previdência social.
10, da Constituição Federal, não se aplica aos Art. 15. Até que a lei complementar a
membros de poder e aos inativos, servidores e que se refere o art. 201, § 1°, da Constitu-
militares, que, até a publicação desta Emenda, ição Federal, seja publicada, permanece
tenham ingressado novamente no serviço em vigor o disposto nos arts. 57 e 58 da
público por concurso público de provas ou de Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991, na
provas e títulos, e pelas demais formas previs- redação vigente à data da publicação desta
tas na Constituição Federal, sendo-lhes proibi- Emenda.
da a percepção de mais de uma aposentadoria Art. 16. Esta Emenda Constitucional en-
pelo regime de previdência a que se refere o tra em vigor na data de sua publicação.
art. 40 da Constituição Federal, aplicando-se- Art. 17. Revoga-se o inciso II do § 2° do
lhes, em qualquer hipótese, o limite de que art. 153 da Constituição Federal.
trata o § 11 deste mesmo artigo. Brasília, 15 de dezembro de 1998.

− 16/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 41, de 2003
EMENDA CONSTITUCIONAL N° 41, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003.
Modifica os arts. 37, 40, 42, 48, 96, 149 e 201 da
Constituição Federal, revoga o inciso IX do § 3
do art. 142 da Constituição Federal e dispositivos
da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro
de 1998, e dá outras providências.
§ 2º Aplica-se ao magistrado e ao mem-
As MESAS da CÂMARA DOS DEPUTA- bro do Ministério Público e de Tribunal de
DOS e do SENADO FEDERAL, nos termos do Contas o disposto neste artigo.
§ 3 do art. 60 da Constituição Federal, pro- § 3º Na aplicação do disposto no § 2º deste
mulgam a seguinte Emenda ao texto consti- artigo, o magistrado ou o membro do Ministé-
tucional: rio Público ou de Tribunal de Contas, se ho-
Art. 1º Já incorporado ao texto da Constituição. mem, terá o tempo de serviço exercido até a
Art. 2º Observado o disposto no art. 4º da data de publicação da Emenda Constitucional
Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezem- nº 20, de 15 de dezembro de 1998, contado
bro de 1998, é assegurado o direito de opção com acréscimo de dezessete por cento, obser-
pela aposentadoria voluntária com proventos vado o disposto no § 1º deste artigo.
calculados de acordo com o art. 40, §§ 3º e 17, § 4º O professor, servidor da União, dos
da Constituição Federal, àquele que tenha Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
ingressado regularmente em cargo efetivo na pios, incluídas suas autarquias e fundações,
Administração Pública direta, autárquica e que, até a data de publicação da Emenda
fundacional, até a data de publicação daquela Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de
Emenda, quando o servidor, cumulativamente: 1998, tenha ingressado, regularmente, em
I - tiver cinqüenta e três anos de idade, cargo efetivo de magistério e que opte por
se homem, e quarenta e oito anos de idade, aposentar-se na forma do disposto no caput,
se mulher; terá o tempo de serviço exercido até a publi-
II - tiver cinco anos de efetivo exercício cação daquela Emenda contado com o a-
no cargo em que se der a aposentadoria; créscimo de dezessete por cento, se homem,
III - contar tempo de contribuição igual, e de vinte por cento, se mulher, desde que se
no mínimo, à soma de: aposente, exclusivamente, com tempo de
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta efetivo exercício nas funções de magistério,
anos, se mulher; e observado o disposto no § 1º.
b) um período adicional de contribuição § 5º O servidor de que trata este artigo,
equivalente a vinte por cento do tempo que, que tenha completado as exigências para
na data de publicação daquela Emenda, aposentadoria voluntária estabelecidas no
faltaria para atingir o limite de tempo cons- caput, e que opte por permanecer em ativi-
tante da alínea a deste inciso. dade, fará jus a um abono de permanência
§ 1 º O servidor de que trata este artigo equivalente ao valor da sua contribuição
que cumprir as exigências para aposentadoria previdenciária até completar as exigências
na forma do caput terá os seus proventos de para aposentadoria compulsória contidas no
inatividade reduzidos para cada ano antecipa- art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal.
do em relação aos limites de idade estabeleci- § 6º Às aposentadorias concedidas de
dos pelo art. 40, § 1º, III, a, e § 5º da Consti- acordo com este artigo aplica-se o disposto
tuição Federal, na seguinte proporção: no art. 40, § 8º, da Constituição Federal.
I - três inteiros e cinco décimos por cen- Art. 3º É assegurada a concessão, a
to, para aquele que completar as exigências qualquer tempo, de aposentadoria aos
para aposentadoria na forma do caput até 31 servidores públicos, bem como pensão aos
de dezembro de 2005; seus dependentes, que, até a data de publi-
II - cinco por cento, para aquele que cação desta Emenda, tenham cumprido
completar as exigências para aposentado- todos os requisitos para obtenção desses
ria na forma do caput a partir de 1º de benefícios, com base nos critérios da legis-
janeiro de 2006. lação então vigente.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 41, de 2003
§ 1º O servidor de que trata este artigo seu valor real, atualizado pelos mesmos
que opte por permanecer em atividade tendo índices aplicados aos benefícios do regime
completado as exigências para aposentado- geral de previdência social.
ria voluntária e que conte com, no mínimo, Art. 6º Ressalvado o direito de opção à a-
vinte e cinco anos de contribuição, se mu- posentadoria pelas normas estabelecidas pelo
lher, ou trinta anos de contribuição, se ho- art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras
mem, fará jus a um abono de permanência estabelecidas pelo art. 2º desta Emenda, o
equivalente ao valor da sua contribuição servidor da União, dos Estados, do Distrito
previdenciária até completar as exigências Federal e dos Municípios, incluídas suas autar-
para aposentadoria compulsória contidas no quias e fundações, que tenha ingressado no
art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal. serviço público até a data de publicação desta
§ 2º Os proventos da aposentadoria a ser Emenda poderá aposentar-se com proventos
concedida aos servidores públicos referidos no integrais, que corresponderão à totalidade da
caput, em termos integrais ou proporcionais ao remuneração do servidor no cargo efetivo em
tempo de contribuição já exercido até a data de que se der a aposentadoria, na forma da lei,
publicação desta Emenda, bem como as pen- quando, observadas as reduções de idade e
sões de seus dependentes, serão calculados de tempo de contribuição contidas no § 5º do art.
acordo com a legislação em vigor à época em 40 da Constituição Federal, vier a preencher,
que foram atendidos os requisitos nela estabe- cumulativamente, as seguintes condições:
lecidos para a concessão desses benefícios ou I - sessenta anos de idade, se homem, e
nas condições da legislação vigente. cinqüenta e cinco anos de idade, se mulher;
Art. 4º Os servidores inativos e os pensi- II - trinta e cinco anos de contribuição, se
onistas da União, dos Estados, do Distrito homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
Federal e dos Municípios, incluídas suas III - vinte anos de efetivo exercício no
autarquias e fundações, em gozo de benefí- serviço público; e
cios na data de publicação desta Emenda, IV - dez anos de carreira e cinco anos de
bem como os alcançados pelo disposto no seu efetivo exercício no cargo em que se der a
art. 3º, contribuirão para o custeio do regime aposentadoria.
de que trata o art. 40 da Constituição Federal Parágrafo único. (Revogado pela Emenda
com percentual igual ao estabelecido para os Constitucional nº 47, de 5.7.2005).
servidores titulares de cargos efetivos. Art. 7º Observado o disposto no art. 37,
Parágrafo único. A contribuição previ- XI, da Constituição Federal, os proventos de
denciária a que se refere o caput incidirá aposentadoria dos servidores públicos titula-
apenas sobre a parcela dos proventos e das res de cargo efetivo e as pensões dos seus
pensões que supere: dependentes pagos pela União, Estados,
I - cinqüenta por cento do limite máximo Distrito Federal e Municípios, incluídas suas
estabelecido para os benefícios do regime autarquias e fundações, em fruição na data de
geral de previdência social de que trata o art. publicação desta Emenda, bem como os
201 da Constituição Federal, para os servido- proventos de aposentadoria dos servidores e
res inativos e os pensionistas dos Estados, do as pensões dos dependentes abrangidos pelo
Distrito Federal e dos Municípios; art. 3º desta Emenda, serão revistos na mesma
II - sessenta por cento do limite máximo proporção e na mesma data, sempre que se
estabelecido para os benefícios do regime modificar a remuneração dos servidores em
geral de previdência social de que trata o art. atividade, sendo também estendidos aos
201 da Constituição Federal, para os servi- aposentados e pensionistas quaisquer benefí-
dores inativos e os pensionistas da União. cios ou vantagens posteriormente concedidos
Art. 5º O limite máximo para o valor dos aos servidores em atividade, inclusive quando
benefícios do regime geral de previdência decorrentes da transformação ou reclassifica-
social de que trata o art. 201 da Constituição ção do cargo ou função em que se deu a
Federal é fixado em R$ 2.400,00 (dois mil e aposentadoria ou que serviu de referência
quatrocentos reais), devendo, a partir da data para a concessão da pensão, na forma da lei.
de publicação desta Emenda, ser reajustado Art. 8º Até que seja fixado o valor do sub-
de forma a preservar, em caráter permanente, sídio de que trata o art. 37, XI, da Constituição
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 41, de 2003
Federal, será considerado, para os fins do Art. 9º Aplica-se o disposto no art. 17 do
limite fixado naquele inciso, o valor da maior Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
remuneração atribuída por lei na data de publi- rias aos vencimentos, remunerações e subsí-
cação desta Emenda a Ministro do Supremo dios dos ocupantes de cargos, funções e em-
Tribunal Federal, a título de vencimento, de pregos públicos da administração direta, autár-
representação mensal e da parcela recebida em quica e fundacional, dos membros de qualquer
razão de tempo de serviço, aplicando-se como dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, Federal e dos Municípios, dos detentores de
e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mandato eletivo e dos demais agentes políticos
mensal do Governador no âmbito do Poder e os proventos, pensões ou outra espécie re-
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais muneratória percebidos cumulativamente ou
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o não, incluídas as vantagens pessoais ou de
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de qualquer outra natureza.
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e Art. 10. Revogam-se o inciso IX do § 3º
cinco centésimos por cento da maior remune- do art. 142 da Constituição Federal, bem
ração mensal de Ministro do Supremo Tribu- como os arts. 8º e 10 da Emenda Constitu-
nal Federal a que se refere este artigo, no cional nº 20, de 15 de dezembro de 1998.
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este Art. 11. Esta Emenda Constitucional en-
limite aos membros do Ministério Público, aos tra em vigor na data de sua publicação.
Procuradores e aos Defensores Públicos. Brasília, em 19 de dezembro de 2003.

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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2004.
Altera dispositivos dos arts. 5º, 36, 52, 92, 93, 95,
98, 99, 102, 103, 104, 105, 107, 109, 111, 112,
114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 da
Constituição Federal, e acrescenta os arts. 103-A,
103B, 111-A e 130-A, e dá outras providências.
AS MESAS DA CÂMARA DOS DEPU- "Art. 92. ...........................................
TADOS E DO SENADO FEDERAL, nos ..........................................................
termos do § 3º do art. 60 da Constituição I-A - o Conselho Nacional de Justiça;
Federal, promulgam a seguinte Emenda ao ..........................................................
texto constitucional: § 1º O Supremo Tribunal Federal, o
Art. 1º Os arts. 5º, 36, 52, 92, 93, 95, 98, Conselho Nacional de Justiça e os Tri-
99, 102, 103, 104, 105, 107, 109, 111, 112, bunais Superiores têm sede na Capital
114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 Federal.
da Constituição Federal passam a vigorar § 2º O Supremo Tribunal Federal e
com a seguinte redação: os Tribunais Superiores têm jurisdição
"Art. 5º.............................................. em todo o território nacional." (NR)
.......................................................... "Art. 93. ...........................................
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial I - ingresso na carreira, cujo cargo ini-
e administrativo, são assegurados a razoá- cial será o de juiz substituto, mediante
vel duração do processo e os meios que concurso público de provas e títulos, com a
garantam a celeridade de sua tramitação. participação da Ordem dos Advogados do
.......................................................... Brasil em todas as fases, exigindo-se do
§ 3º Os tratados e convenções inter- bacharel em direito, no mínimo, três anos
nacionais sobre direitos humanos que de atividade jurídica e obedecendo-se, nas
forem aprovados, em cada Casa do nomeações, à ordem de classificação;
Congresso Nacional, em dois turnos, por II -.....................................................
três quintos dos votos dos respectivos ..........................................................
membros, serão equivalentes às emen- c) aferição do merecimento confor-
das constitucionais. me o desempenho e pelos critérios obje-
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição tivos de produtividade e presteza no e-
de Tribunal Penal Internacional a cuja xercício da jurisdição e pela freqüência
criação tenha manifestado adesão." (NR) e aproveitamento em cursos oficiais ou
"Art. 36. ........................................... reconhecidos de aperfeiçoamento;
.......................................................... d) na apuração de antigüidade, o tribu-
III - de provimento, pelo Supremo nal somente poderá recusar o juiz mais an-
Tribunal Federal, de representação do tigo pelo voto fundamentado de dois terços
Procurador-Geral da República, na hipó- de seus membros, conforme procedimento
tese do art. 34, VII, e no caso de recusa próprio, e assegurada ampla defesa, repe-
à execução de lei federal. tindo-se a votação até fixar-se a indicação;
IV - (Revogado). e) não será promovido o juiz que, in-
............................................... " (NR) justificadamente, retiver autos em seu
"Art. 52. ........................................... poder além do prazo legal, não podendo
.......................................................... devolvê-los ao cartório sem o devido
II - processar e julgar os Ministros despacho ou decisão;
do Supremo Tribunal Federal, os mem- III - o acesso aos tribunais de se-
bros do Conselho Nacional de Justiça e gundo grau far-se-á por antigüidade e
do Conselho Nacional do Ministério Pú- merecimento, alternadamente, apurados
blico, o Procurador-Geral da República na última ou única entrância;
e o Advogado-Geral da União nos cri- IV - previsão de cursos oficiais de
mes de responsabilidade; preparação, aperfeiçoamento e promo-
............................................... " (NR) ção de magistrados, constituindo etapa
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
obrigatória do processo de vitaliciamen- tração e atos de mero expediente sem
to a participação em curso oficial ou re- caráter decisório;
conhecido por escola nacional de forma- XV - a distribuição de processos se-
ção e aperfeiçoamento de magistrados; rá imediata, em todos os graus de juris-
......................................................... dição."(NR)
VII - o juiz titular residirá na respec- "Art. 95. ...........................................
tiva comarca, salvo autorização do tri- .........................................................
bunal; Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
VIII - o ato de remoção, disponibili- .........................................................
dade e aposentadoria do magistrado, por IV - receber, a qualquer título ou
interesse público, fundar-se-á em deci- pretexto, auxílios ou contribuições de
são por voto da maioria absoluta do res- pessoas físicas, entidades públicas ou
pectivo tribunal ou do Conselho Nacio- privadas, ressalvadas as exceções pre-
nal de Justiça, assegurada ampla defesa; vistas em lei;
VIII-A - a remoção a pedido ou a per- V - exercer a advocacia no juízo ou
muta de magistrados de comarca de igual tribunal do qual se afastou, antes de decor-
entrância atenderá, no que couber, ao dis- ridos três anos do afastamento do cargo
posto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; por aposentadoria ou exoneração." (NR)
IX - todos os julgamentos dos ór- "Art. 98. ...........................................
gãos do Poder Judiciário serão públicos, .........................................................
e fundamentadas todas as decisões, sob § 1º (antigo parágrafo único) .................
pena de nulidade, podendo a lei limitar a § 2º As custas e emolumentos serão
presença, em determinados atos, às pró- destinados exclusivamente ao custeio
prias partes e a seus advogados, ou so- dos serviços afetos às atividades especí-
mente a estes, em casos nos quais a pre- ficas da Justiça." (NR)
servação do direito à intimidade do inte- "Art. 99. ...........................................
ressado no sigilo não prejudique o inte- .........................................................
resse público à informação; § 3º Se os órgãos referidos no § 2º
X - as decisões administrativas dos tri- não encaminharem as respectivas pro-
bunais serão motivadas e em sessão públi- postas orçamentárias dentro do prazo es-
ca, sendo as disciplinares tomadas pelo vo- tabelecido na lei de diretrizes orçamen-
to da maioria absoluta de seus membros; tárias, o Poder Executivo considerará,
XI - nos tribunais com número supe- para fins de consolidação da proposta
rior a vinte e cinco julgadores, poderá orçamentária anual, os valores aprova-
ser constituído órgão especial, com o dos na lei orçamentária vigente, ajusta-
mínimo de onze e o máximo de vinte e dos de acordo com os limites estipula-
cinco membros, para o exercício das a- dos na forma do § 1º deste artigo.
tribuições administrativas e jurisdicio- § 4º Se as propostas orçamentárias
nais delegadas da competência do tribu- de que trata este artigo forem encami-
nal pleno, provendo-se metade das va- nhadas em desacordo com os limites es-
gas por antigüidade e a outra metade por tipulados na forma do § 1º, o Poder E-
eleição pelo tribunal pleno; xecutivo procederá aos ajustes necessá-
XII - a atividade jurisdicional será rios para fins de consolidação da pro-
ininterrupta, sendo vedado férias coleti- posta orçamentária anual.
vas nos juízos e tribunais de segundo § 5º Durante a execução orçamentá-
grau, funcionando, nos dias em que não ria do exercício, não poderá haver a rea-
houver expediente forense normal, juí- lização de despesas ou a assunção de o-
zes em plantão permanente; brigações que extrapolem os limites es-
XIII - o número de juízes na unidade tabelecidos na lei de diretrizes orçamen-
jurisdicional será proporcional à efetiva tárias, exceto se previamente autoriza-
demanda judicial e à respectiva população; das, mediante a abertura de créditos su-
XIV - os servidores receberão dele- plementares ou especiais." (NR)
gação para a prática de atos de adminis- "Art. 102. .........................................
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
I - ...................................................... ..........................................................
.......................................................... i) a homologação de sentenças es-
h) (Revogada) trangeiras e a concessão de exequatur às
.......................................................... cartas rogatórias;
r) as ações contra o Conselho Na- ..........................................................
cional de Justiça e contra o Conselho III - ...................................................
Nacional do Ministério Público; ..........................................................
.......................................................... b) julgar válido ato de governo local
III - ................................................... contestado em face de lei federal;
.......................................................... ..........................................................
d) julgar válida lei local contestada Parágrafo único. Funcionarão junto
em face de lei federal. ao Superior Tribunal de Justiça:
.......................................................... I - a Escola Nacional de Formação e
§ 2º As decisões definitivas de mérito, Aperfeiçoamento de Magistrados, ca-
proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, bendo-lhe, dentre outras funções, regu-
nas ações diretas de inconstitucionalidade lamentar os cursos oficiais para o in-
e nas ações declaratórias de constituciona- gresso e promoção na carreira;
lidade produzirão eficácia contra todos e II - o Conselho da Justiça Federal,
efeito vinculante, relativamente aos demais cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a
órgãos do Poder Judiciário e à administra- supervisão administrativa e orçamentá-
ção pública direta e indireta, nas esferas ria da Justiça Federal de primeiro e se-
federal, estadual e municipal. gundo graus, como órgão central do sis-
§ 3º No recurso extraordinário o re- tema e com poderes correicionais, cujas
corrente deverá demonstrar a repercus- decisões terão caráter vinculante." (NR)
são geral das questões constitucionais "Art. 107. .........................................
discutidas no caso, nos termos da lei, a ..........................................................
fim de que o Tribunal examine a admis- § 1º (antigo parágrafo único) ..................
são do recurso, somente podendo recu- § 2º Os Tribunais Regionais Fede-
sá-lo pela manifestação de dois terços de rais instalarão a justiça itinerante, com a
seus membros." (NR) realização de audiências e demais fun-
"Art. 103. Podem propor a ação di- ções da atividade jurisdicional, nos limi-
reta de inconstitucionalidade e a ação tes territoriais da respectiva jurisdição,
declaratória de constitucionalidade: servindo-se de equipamentos públicos e
.......................................................... comunitários.
IV - a Mesa de Assembléia Legisla- § 3º Os Tribunais Regionais Fede-
tiva ou da Câmara Legislativa do Distri- rais poderão funcionar descentralizada-
to Federal; mente, constituindo Câmaras regionais,
V - o Governador de Estado ou do a fim de assegurar o pleno acesso do ju-
Distrito Federal; risdicionado à justiça em todas as fases
.......................................................... do processo." (NR)
§ 4º (Revogado)." (NR) "Art. 109. .........................................
"Art. 104. ......................................... ..........................................................
Parágrafo único. Os Ministros do Su- V-A as causas relativas a direitos hu-
perior Tribunal de Justiça serão nomeados manos a que se refere o § 5º deste artigo;
pelo Presidente da República, dentre brasi- ..........................................................
leiros com mais de trinta e cinco e menos § 5º Nas hipóteses de grave violação
de sessenta e cinco anos, de notável saber de direitos humanos, o Procurador-Geral
jurídico e reputação ilibada, depois de a- da República, com a finalidade de asse-
provada a escolha pela maioria absoluta do gurar o cumprimento de obrigações de-
Senado Federal, sendo: correntes de tratados internacionais de
............................................... " (NR) direitos humanos dos quais o Brasil seja
"Art. 105. ......................................... parte, poderá suscitar, perante o Superi-
I - ...................................................... or Tribunal de Justiça, em qualquer fase
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
do inquérito ou processo, incidente de Trabalho decidir o conflito, respeitadas
deslocamento de competência para a as disposições mínimas legais de prote-
Justiça Federal." (NR) ção ao trabalho, bem como as conven-
"Art. 111. ........................................ cionadas anteriormente.
......................................................... § 3º Em caso de greve em atividade
§ 1º (Revogado). essencial, com possibilidade de lesão do
§ 2º (Revogado). interesse público, o Ministério Público
§ 3º (Revogado)." (NR) do Trabalho poderá ajuizar dissídio co-
"Art. 112. A lei criará varas da Jus- letivo, competindo à Justiça do Trabalho
tiça do Trabalho, podendo, nas comarcas decidir o conflito." (NR)
não abrangidas por sua jurisdição, atri- "Art. 115. Os Tribunais Regionais
buí-la aos juízes de direito, com recurso do Trabalho compõem-se de, no míni-
para o respectivo Tribunal Regional do mo, sete juízes, recrutados, quando pos-
Trabalho." (NR) sível, na respectiva região, e nomeados
"Art. 114. Compete à Justiça do pelo Presidente da República dentre bra-
Trabalho processar e julgar: sileiros com mais de trinta e menos de
I - as ações oriundas da relação de tra- sessenta e cinco anos, sendo:
balho, abrangidos os entes de direito pú- I - um quinto dentre advogados com
blico externo e da administração pública mais de dez anos de efetiva atividade
direta e indireta da União, dos Estados, do profissional e membros do Ministério
Distrito Federal e dos Municípios; Público do Trabalho com mais de dez
II - as ações que envolvam exercício anos de efetivo exercício, observado o
do direito de greve; disposto no art. 94;
III - as ações sobre representação II - os demais, mediante promoção
sindical, entre sindicatos, entre sindica- de juízes do trabalho por antigüidade e
tos e trabalhadores, e entre sindicatos e merecimento, alternadamente.
empregadores; § 1º Os Tribunais Regionais do Tra-
IV - os mandados de segurança, ha- balho instalarão a justiça itinerante, com
beas corpus e habeas data , quando o ato a realização de audiências e demais fun-
questionado envolver matéria sujeita à ções de atividade jurisdicional, nos limi-
sua jurisdição; tes territoriais da respectiva jurisdição,
V - os conflitos de competência en- servindo-se de equipamentos públicos e
tre órgãos com jurisdição trabalhista, comunitários.
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; § 2º Os Tribunais Regionais do Tra-
VI - as ações de indenização por da- balho poderão funcionar descentraliza-
no moral ou patrimonial, decorrentes da damente, constituindo Câmaras regio-
relação de trabalho; nais, a fim de assegurar o pleno acesso
VII - as ações relativas às penalida- do jurisdicionado à justiça em todas as
des administrativas impostas aos empre- fases do processo." (NR)
gadores pelos órgãos de fiscalização das "Art. 125. .........................................
relações de trabalho; .........................................................
VIII - a execução, de ofício, das § 3º A lei estadual poderá criar, me-
contribuições sociais previstas no art. diante proposta do Tribunal de Justiça, a
195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, Justiça Militar estadual, constituída, em
decorrentes das sentenças que proferir; primeiro grau, pelos juízes de direito e
IX - outras controvérsias decorrentes pelos Conselhos de Justiça e, em segun-
da relação de trabalho, na forma da lei. do grau, pelo próprio Tribunal de Justi-
§ 1º .................................................. ça, ou por Tribunal de Justiça Militar
§ 2º Recusando-se qualquer das par- nos Estados em que o efetivo militar se-
tes à negociação coletiva ou à arbitra- ja superior a vinte mil integrantes.
gem, é facultado às mesmas, de comum § 4º Compete à Justiça Militar esta-
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natu- dual processar e julgar os militares dos
reza econômica, podendo a Justiça do Estados, nos crimes militares definidos
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
em lei e as ações judiciais contra atos dis- das, mediante a abertura de créditos su-
ciplinares militares, ressalvada a compe- plementares ou especiais." (NR)
tência do júri quando a vítima for civil, "Art. 128. .........................................
cabendo ao tribunal competente decidir ..........................................................
sobre a perda do posto e da patente dos § 5º ...................................................
oficiais e da graduação das praças. I - ......................................................
§ 5º Compete aos juízes de direito ..........................................................
do juízo militar processar e julgar, sin- b) inamovibilidade, salvo por motivo
gularmente, os crimes militares cometi- de interesse público, mediante decisão do
dos contra civis e as ações judiciais con- órgão colegiado competente do Ministério
tra atos disciplinares militares, cabendo Público, pelo voto da maioria absoluta de
ao Conselho de Justiça, sob a presidên- seus membros, assegurada ampla defesa;
cia de juiz de direito, processar e julgar ..........................................................
os demais crimes militares. II -.....................................................
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá ..........................................................
funcionar descentralizadamente, consti- e) exercer atividade político-partidária;
tuindo Câmaras regionais, a fim de as- f) receber, a qualquer título ou pretex-
segurar o pleno acesso do jurisdicionado to, auxílios ou contribuições de pessoas fí-
à justiça em todas as fases do processo. sicas, entidades públicas ou privadas, res-
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a salvadas as exceções previstas em lei.
justiça itinerante, com a realização de au- § 6º Aplica-se aos membros do Mi-
diências e demais funções da atividade ju- nistério Público o disposto no art. 95,
risdicional, nos limites territoriais da res- parágrafo único, V." (NR)
pectiva jurisdição, servindo-se de equipa- "Art. 129. ..........................................
mentos públicos e comunitários." (NR) ..........................................................
"Art. 126. Para dirimir conflitos fundi- § 2º As funções do Ministério Públi-
ários, o Tribunal de Justiça proporá a cria- co só podem ser exercidas por integran-
ção de varas especializadas, com compe- tes da carreira, que deverão residir na
tência exclusiva para questões agrárias. comarca da respectiva lotação, salvo au-
............................................... " (NR) torização do chefe da instituição.
"Art. 127. ......................................... § 3º O ingresso na carreira do Ministé-
.......................................................... rio Público far-se-á mediante concurso pú-
§ 4º Se o Ministério Público não en- blico de provas e títulos, assegurada a par-
caminhar a respectiva proposta orçamentá- ticipação da Ordem dos Advogados do
ria dentro do prazo estabelecido na lei de Brasil em sua realização, exigindo-se do
diretrizes orçamentárias, o Poder Executi- bacharel em direito, no mínimo, três anos
vo considerará, para fins de consolidação de atividade jurídica e observando-se, nas
da proposta orçamentária anual, os valores nomeações, a ordem de classificação.
aprovados na lei orçamentária vigente, a- § 4º Aplica-se ao Ministério Públi-
justados de acordo com os limites estipu- co, no que couber, o disposto no art. 93.
lados na forma do § 3º. § 5º A distribuição de processos no
§ 5º Se a proposta orçamentária de que Ministério Público será imediata." (NR)
trata este artigo for encaminhada em desa- "Art. 134. .........................................
cordo com os limites estipulados na forma § 1º (antigo parágrafo único) ..................
do § 3º, o Poder Executivo procederá aos § 2º Às Defensorias Públicas Esta-
ajustes necessários para fins de consolida- duais são asseguradas autonomia fun-
ção da proposta orçamentária anual. cional e administrativa e a iniciativa de
§ 6º Durante a execução orçamentá- sua proposta orçamentária dentro dos
ria do exercício, não poderá haver a rea- limites estabelecidos na lei de diretrizes
lização de despesas ou a assunção de o- orçamentárias e subordinação ao dispos-
brigações que extrapolem os limites es- to no art. 99, § 2º." (NR)
tabelecidos na lei de diretrizes orçamen- "Art. 168. Os recursos corresponden-
tárias, exceto se previamente autoriza- tes às dotações orçamentárias, compreen-
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
didos os créditos suplementares e especi- II - um Ministro do Superior Tribunal de
ais, destinados aos órgãos dos Poderes Le- Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
gislativo e Judiciário, do Ministério Públi- III - um Ministro do Tribunal Supe-
co e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão en- rior do Trabalho, indicado pelo respecti-
tregues até o dia 20 de cada mês, em duo- vo tribunal;
décimos, na forma da lei complementar a IV - um desembargador de Tribunal
que se refere o art. 165, § 9º." (NR) de Justiça, indicado pelo Supremo Tri-
Art. 2º A Constituição Federal passa a bunal Federal;
vigorar acrescida dos seguintes arts. 103-A, V - um juiz estadual, indicado pelo
103-B, 111-A e 130-A: Supremo Tribunal Federal;
"Art. 103-A. O Supremo Tribunal VI - um juiz de Tribunal Regional
Federal poderá, de ofício ou por provo- Federal, indicado pelo Superior Tribunal
cação, mediante decisão de dois terços de Justiça;
dos seus membros, após reiteradas deci- VII - um juiz federal, indicado pelo
sões sobre matéria constitucional, apro- Superior Tribunal de Justiça;
var súmula que, a partir de sua publica- VIII - um juiz de Tribunal Regional
ção na imprensa oficial, terá efeito vin- do Trabalho, indicado pelo Tribunal Su-
culante em relação aos demais órgãos do perior do Trabalho;
Poder Judiciário e à administração pú- IX - um juiz do trabalho, indicado
blica direta e indireta, nas esferas fede- pelo Tribunal Superior do Trabalho;
ral, estadual e municipal, bem como X - um membro do Ministério Pú-
proceder à sua revisão ou cancelamento, blico da União, indicado pelo Procura-
na forma estabelecida em lei. dor-Geral da República;
§ 1º A súmula terá por objetivo a va- XI - um membro do Ministério Pú-
lidade, a interpretação e a eficácia de blico estadual, escolhido pelo Procura-
normas determinadas, acerca das quais dor-Geral da República dentre os nomes
haja controvérsia atual entre órgãos ju- indicados pelo órgão competente de ca-
diciários ou entre esses e a administra- da instituição estadual;
ção pública que acarrete grave insegu- XII - dois advogados, indicados pelo
rança jurídica e relevante multiplicação Conselho Federal da Ordem dos Advo-
de processos sobre questão idêntica. gados do Brasil;
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser es- XIII - dois cidadãos, de notável sa-
tabelecido em lei, a aprovação, revisão ou ber jurídico e reputação ilibada, indica-
cancelamento de súmula poderá ser provo- dos um pela Câmara dos Deputados e
cada por aqueles que podem propor a ação outro pelo Senado Federal.
direta de inconstitucionalidade. § 1º O Conselho será presidido pelo
§ 3º Do ato administrativo ou deci- Ministro do Supremo Tribunal Federal,
são judicial que contrariar a súmula a- que votará em caso de empate, ficando
plicável ou que indevidamente a aplicar, excluído da distribuição de processos
caberá reclamação ao Supremo Tribunal naquele tribunal.
Federal que, julgando-a procedente, § 2º Os membros do Conselho serão
anulará o ato administrativo ou cassará a nomeados pelo Presidente da República,
decisão judicial reclamada, e determina- depois de aprovada a escolha pela maio-
rá que outra seja proferida com ou sem a ria absoluta do Senado Federal.
aplicação da súmula, conforme o caso." § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as
"Art. 103-B. O Conselho Nacional indicações previstas neste artigo, caberá a
de Justiça compõe-se de quinze mem- escolha ao Supremo Tribunal Federal.
bros com mais de trinta e cinco e menos § 4º Compete ao Conselho o controle
de sessenta e seis anos de idade, com da atuação administrativa e financeira do
mandato de dois anos, admitida uma re- Poder Judiciário e do cumprimento dos
condução, sendo: deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe,
I - um Ministro do Supremo Tribunal além de outras atribuições que lhe forem
Federal, indicado pelo respectivo tribunal; conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
− 25/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
I - zelar pela autonomia do Poder Ju- que lhe forem conferidas pelo Estatuto
diciário e pelo cumprimento do Estatuto da da Magistratura, as seguintes:
Magistratura, podendo expedir atos regu- I receber as reclamações e denúncias,
lamentares, no âmbito de sua competência, de qualquer interessado, relativas aos ma-
ou recomendar providências; gistrados e aos serviços judiciários;
II - zelar pela observância do art. 37 e II exercer funções executivas do Con-
apreciar, de ofício ou mediante provoca- selho, de inspeção e de correição geral;
ção, a legalidade dos atos administrativos III requisitar e designar magistrados,
praticados por membros ou órgãos do Po- delegando-lhes atribuições, e requisitar
der Judiciário, podendo desconstituí-los, servidores de juízos ou tribunais, inclusive
revê-los ou fixar prazo para que se adotem nos Estados, Distrito Federal e Territórios.
as providências necessárias ao exato cum- § 6º Junto ao Conselho oficiarão o
primento da lei, sem prejuízo da compe- Procurador-Geral da República e o Pre-
tência do Tribunal de Contas da União; sidente do Conselho Federal da Ordem
III - receber e conhecer das reclama- dos Advogados do Brasil.
ções contra membros ou órgãos do Po- § 7º A União, inclusive no Distrito
der Judiciário, inclusive contra seus ser- Federal e nos Territórios, criará ouvido-
viços auxiliares, serventias e órgãos rias de justiça, competentes para receber
prestadores de serviços notariais e de reclamações e denúncias de qualquer in-
registro que atuem por delegação do po- teressado contra membros ou órgãos do
der público ou oficializados, sem prejuí- Poder Judiciário, ou contra seus serviços
zo da competência disciplinar e correi- auxiliares, representando diretamente ao
cional dos tribunais, podendo avocar Conselho Nacional de Justiça."
processos disciplinares em curso e de- "Art. 111-A. O Tribunal Superior do
terminar a remoção, a disponibilidade Trabalho compor-se-á de vinte e sete Mi-
ou a aposentadoria com subsídios ou nistros, escolhidos dentre brasileiros com
proventos proporcionais ao tempo de mais de trinta e cinco e menos de sessenta
serviço e aplicar outras sanções adminis- e cinco anos, nomeados pelo Presidente da
trativas, assegurada ampla defesa; República após aprovação pela maioria
IV - representar ao Ministério Público, absoluta do Senado Federal, sendo:
no caso de crime contra a administração I - um quinto dentre advogados com
pública ou de abuso de autoridade; mais de dez anos de efetiva atividade
V - rever, de ofício ou mediante profissional e membros do Ministério
provocação, os processos disciplinares Público do Trabalho com mais de dez
de juízes e membros de tribunais julga- anos de efetivo exercício, observado o
dos há menos de um ano; disposto no art. 94;
VI - elaborar semestralmente relatório II - os demais dentre juízes dos Tri-
estatístico sobre processos e sentenças pro- bunais Regionais do Trabalho, oriundos
latadas, por unidade da Federação, nos di- da magistratura da carreira, indicados
ferentes órgãos do Poder Judiciário; pelo próprio Tribunal Superior.
VII - elaborar relatório anual, pro- § 1º A lei disporá sobre a competên-
pondo as providências que julgar neces- cia do Tribunal Superior do Trabalho.
sárias, sobre a situação do Poder Judici- § 2º Funcionarão junto ao Tribunal
ário no País e as atividades do Conselho, Superior do Trabalho:
o qual deve integrar mensagem do Pre- I - a Escola Nacional de Formação e
sidente do Supremo Tribunal Federal a Aperfeiçoamento de Magistrados do
ser remetida ao Congresso Nacional, por Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
ocasião da abertura da sessão legislativa. funções, regulamentar os cursos oficiais
§ 5º O Ministro do Superior Tribu- para o ingresso e promoção na carreira;
nal de Justiça exercerá a função de Mi- II - o Conselho Superior da Justiça do
nistro-Corregedor e ficará excluído da Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma
distribuição de processos no Tribunal, da lei, a supervisão administrativa, orça-
competindo-lhe, além das atribuições mentária, financeira e patrimonial da Justi-
− 26/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
ça do Trabalho de primeiro e segundo tério Público da União ou dos Estados, in-
graus, como órgão central do sistema, cu- clusive contra seus serviços auxiliares, sem
jas decisões terão efeito vinculante." prejuízo da competência disciplinar e cor-
"Art. 130-A. O Conselho Nacional do reicional da instituição, podendo avocar
Ministério Público compõe-se de quatorze processos disciplinares em curso, determi-
membros nomeados pelo Presidente da nar a remoção, a disponibilidade ou a apo-
República, depois de aprovada a escolha sentadoria com subsídios ou proventos
pela maioria absoluta do Senado Federal, proporcionais ao tempo de serviço e apli-
para um mandato de dois anos, admitida car outras sanções administrativas, assegu-
uma recondução, sendo: rada ampla defesa;
I - o Procurador-Geral da República, IV - rever, de ofício ou mediante
que o preside; provocação, os processos disciplinares
II - quatro membros do Ministério de membros do Ministério Público da
Público da União, assegurada a repre- União ou dos Estados julgados há me-
sentação de cada uma de suas carreiras; nos de um ano;
III - três membros do Ministério Pú- V - elaborar relatório anual, propon-
blico dos Estados; do as providências que julgar necessá-
IV - dois juízes, indicados um pelo rias sobre a situação do Ministério Pú-
Supremo Tribunal Federal e outro pelo blico no País e as atividades do Conse-
Superior Tribunal de Justiça; lho, o qual deve integrar a mensagem
V - dois advogados, indicados pelo prevista no art. 84, XI.
Conselho Federal da Ordem dos Advo- § 3º O Conselho escolherá, em vota-
gados do Brasil; ção secreta, um Corregedor nacional, den-
VI - dois cidadãos de notável saber tre os membros do Ministério Público que
jurídico e reputação ilibada, indicados o integram, vedada a recondução, compe-
um pela Câmara dos Deputados e outro tindo-lhe, além das atribuições que lhe fo-
pelo Senado Federal. rem conferidas pela lei, as seguintes:
§ 1º Os membros do Conselho ori- I - receber reclamações e denúncias,
undos do Ministério Público serão indi- de qualquer interessado, relativas aos
cados pelos respectivos Ministérios Pú- membros do Ministério Público e dos
blicos, na forma da lei. seus serviços auxiliares;
§ 2º Compete ao Conselho Nacional II - exercer funções executivas do
do Ministério Público o controle da atua- Conselho, de inspeção e correição geral;
ção administrativa e financeira do Ministé- III - requisitar e designar membros
rio Público e do cumprimento dos deveres do Ministério Público, delegando-lhes
funcionais de seus membros, cabendo-lhe: atribuições, e requisitar servidores de
I - zelar pela autonomia funcional e órgãos do Ministério Público.
administrativa do Ministério Público, § 4º O Presidente do Conselho Fede-
podendo expedir atos regulamentares, ral da Ordem dos Advogados do Brasil
no âmbito de sua competência, ou reco- oficiará junto ao Conselho.
mendar providências; § 5º Leis da União e dos Estados cria-
II - zelar pela observância do art. 37 rão ouvidorias do Ministério Público,
e apreciar, de ofício ou mediante provo- competentes para receber reclamações e
cação, a legalidade dos atos administra- denúncias de qualquer interessado contra
tivos praticados por membros ou órgãos membros ou órgãos do Ministério Público,
do Ministério Público da União e dos inclusive contra seus serviços auxiliares,
Estados, podendo desconstituí-los, revê- representando diretamente ao Conselho
los ou fixar prazo para que se adotem as Nacional do Ministério Público."
providências necessárias ao exato cum- Art. 3º A lei criará o Fundo de Garantia
primento da lei, sem prejuízo da compe- das Execuções Trabalhistas, integrado pelas
tência dos Tribunais de Contas; multas decorrentes de condenações traba-
III - receber e conhecer das reclama- lhistas e administrativas oriundas da fiscali-
ções contra membros ou órgãos do Minis- zação do trabalho, além de outras receitas.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 45, de 2004
Art. 4º Ficam extintos os tribunais de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu
Alçada, onde houver, passando os seus funcionamento e definirá as atribuições do
membros a integrar os Tribunais de Justiça Ministro-Corregedor.
dos respectivos Estados, respeitadas a anti- Art. 6º O Conselho Superior da Justiça
güidade e classe de origem. do Trabalho será instalado no prazo de cento
Parágrafo único. No prazo de cento e oi- e oitenta dias, cabendo ao Tribunal Superior
tenta dias, contado da promulgação desta do Trabalho regulamentar seu funcionamen-
Emenda, os Tribunais de Justiça, por ato to por resolução, enquanto não promulgada
administrativo, promoverão a integração dos a lei a que se refere o art. 111-A, § 2º, II.
membros dos tribunais extintos em seus Art. 7º O Congresso Nacional instalará,
quadros, fixando-lhes a competência e imediatamente após a promulgação desta
remetendo, em igual prazo, ao Poder Legis- Emenda Constitucional, comissão especial
lativo, proposta de alteração da organização mista, destinada a elaborar, em cento e oitenta
e da divisão judiciária correspondentes, dias, os projetos de lei necessários à regula-
assegurados os direitos dos inativos e pensi- mentação da matéria nela tratada, bem como
onistas e o aproveitamento dos servidores no promover alterações na legislação federal
Poder Judiciário estadual. objetivando tornar mais amplo o acesso à
Art. 5º O Conselho Nacional de Justiça e o Justiça e mais célere a prestação jurisdicional.
Conselho Nacional do Ministério Público serão Art. 8º As atuais súmulas do Supremo
instalados no prazo de cento e oitenta dias a Tribunal Federal somente produzirão efeito
contar da promulgação desta Emenda, devendo vinculante após sua confirmação por dois
a indicação ou escolha de seus membros ser terços de seus integrantes e publicação na
efetuada até trinta dias antes do termo final. imprensa oficial.
§ 1º Não efetuadas as indicações e escolha Art. 9º São revogados o inciso IV do art.
dos nomes para os Conselhos Nacional de 36; a alínea h do inciso I do art. 102; o § 4º
Justiça e do Ministério Público dentro do prazo do art. 103; e os §§ 1º a 3º do art. 111.
fixado no caput deste artigo, caberá, respecti- Art. 10. Esta Emenda Constitucional en-
vamente, ao Supremo Tribunal Federal e ao tra em vigor na data de sua publicação.
Ministério Público da União realizá-las. Brasília, em 8 de dezembro de 2004.
§ 2º Até que entre em vigor o Estatuto Mesa da Câmara dos Deputados
da Magistratura, o Conselho Nacional de Mesa do Senado Federal

− 28/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 47, de 2005
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 47, DE 5 DE JULHO DE 2005.
Altera os arts. 37, 40, 195 e 201 da Constituição
Federal, para dispor sobre a previdência social, e
dá outras providências.
AS MESAS DA CÂMARA DOS DEPUTA- las de proventos de aposentadoria e de
DOS e do SENADO FEDERAL, nos termos do § pensão que superem o dobro do limite má-
3º do art. 60 da Constituição Federal, promul- ximo estabelecido para os benefícios do
gam a seguinte Emenda ao texto constitucional: regime geral de previdência social de que
Art. 1º Os arts. 37, 40, 195 e 201 da trata o art. 201 desta Constituição, quando
Constituição Federal passam a vigorar com o beneficiário, na forma da lei, for portador
a seguinte redação: de doença incapacitante." (NR)
"Art. 37. ........................................... "Art. 195...........................................
......................................................... .........................................................
§ 11. Não serão computadas, para § 9º As contribuições sociais previstas
efeito dos limites remuneratórios de que no inciso I do caput deste artigo poderão
trata o inciso XI do caput deste artigo, as ter alíquotas ou bases de cálculo diferenci-
parcelas de caráter indenizatório previs- adas, em razão da atividade econômica, da
tas em lei. (NR) utilização intensiva de mão-de-obra, do
§ 12. Para os fins do disposto no inciso porte da empresa ou da condição estrutural
XI do caput deste artigo, fica facultado aos do mercado de trabalho.
Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu ............................................. ." (NR)
âmbito, mediante emenda às respectivas "Art. 201...........................................
Constituições e Lei Orgânica, como limite .........................................................
único, o subsídio mensal dos Desembar- § 1º É vedada a adoção de requisitos e
gadores do respectivo Tribunal de Justiça, critérios diferenciados para a concessão de
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco aposentadoria aos beneficiários do regime
centésimos por cento do subsídio mensal geral de previdência social, ressalvados os
dos Ministros do Supremo Tribunal Fede- casos de atividades exercidas sob condi-
ral, não se aplicando o disposto neste pará- ções especiais que prejudiquem a saúde ou
grafo aos subsídios dos Deputados Estadu- a integridade física e quando se tratar de
ais e Distritais e dos Vereadores." (NR) segurados portadores de deficiência, nos
"Art. 40. ........................................... termos definidos em lei complementar.
......................................................... .........................................................
§ 4º É vedada a adoção de requisitos § 12. Lei disporá sobre sistema especi-
e critérios diferenciados para a conces- al de inclusão previdenciária para atender a
são de aposentadoria aos abrangidos pe- trabalhadores de baixa renda e àqueles sem
lo regime de que trata este artigo, res- renda própria que se dediquem exclusiva-
salvados, nos termos definidos em leis mente ao trabalho doméstico no âmbito de
complementares, os casos de servidores: sua residência, desde que pertencentes a
I - portadores de deficiência; famílias de baixa renda, garantindo-lhes
II - que exerçam atividades de risco; acesso a benefícios de valor igual a um sa-
III - cujas atividades sejam exercidas lário-mínimo.
sob condições especiais que prejudi- § 13. O sistema especial de inclusão
quem a saúde ou a integridade física. previdenciária de que trata o § 12 deste ar-
......................................................... tigo terá alíquotas e carências inferiores às
§ 21. A contribuição prevista no § 18 vigentes para os demais segurados do re-
deste artigo incidirá apenas sobre as parce- gime geral de previdência social." (NR)

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LEGISLAÇÃO DA AGU Emenda Constitucional n° 47, de 2005

Art. 2º Aplica-se aos proventos de apo- ral, de um ano de idade para cada ano de
sentadorias dos servidores públicos que se contribuição que exceder a condição previs-
aposentarem na forma do caput do art. 6º da ta no inciso I do caput deste artigo.
Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o Parágrafo único. Aplica-se ao valor dos pro-
disposto no art. 7º da mesma Emenda. ventos de aposentadorias concedidas com base
Art. 3º Ressalvado o direito de opção à a- neste artigo o disposto no art. 7º da Emenda
posentadoria pelas normas estabelecidas pelo Constitucional nº 41, de 2003, observando-se
art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras igual critério de revisão às pensões derivadas dos
estabelecidas pelos arts. 2º e 6º da Emenda proventos de servidores falecidos que tenham se
Constitucional nº 41, de 2003, o servidor da aposentado em conformidade com este artigo.
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Art. 4º Enquanto não editada a lei a que se
Municípios, incluídas suas autarquias e funda- refere o § 11 do art. 37 da Constituição Fede-
ções, que tenha ingressado no serviço público ral, não será computada, para efeito dos limites
até 16 de dezembro de 1998 poderá aposentar- remuneratórios de que trata o inciso XI do
se com proventos integrais, desde que preen- caput do mesmo artigo, qualquer parcela de
cha, cumulativamente, as seguintes condições: caráter indenizatório, assim definida pela
I - trinta e cinco anos de contribuição, se legislação em vigor na data de publicação da
homem, e trinta anos de contribuição, se Emenda Constitucional nº 41, de 2003.
mulher; Art. 5º Revoga-se o parágrafo único do
II - vinte e cinco anos de efetivo exercí- art. 6º da Emenda Constitucional nº 41, de
cio no serviço público, quinze anos de car- 19 de dezembro de 2003.
reira e cinco anos no cargo em que se der a Art. 6º Esta Emenda Constitucional en-
aposentadoria; tra em vigor na data de sua publicação, com
III - idade mínima resultante da redução, efeitos retroativos à data de vigência da
relativamente aos limites do art. 40, § 1º, Emenda Constitucional nº 41, de 2003.
inciso III, alínea "a", da Constituição Fede- Brasília, em 5 de julho de 2005.

− 30/CF −
LEGISLAÇÃO DA AGU Leis Complementares

LEIS COMPLEMENTARES

− 1/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Leis Complementares

− 2/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
LEI COMPLEMENTAR Nº 73, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1993.
Institui a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da
União e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Parágrafo único. À Advocacia-Geral da
Faço saber que o Congresso Nacional decreta União cabem as atividades de consultoria e
e eu sanciono a seguinte lei complementar: assessoramento jurídicos ao Poder Executi-
TÍTULO I
vo, nos termos desta Lei Complementar.178
DAS FUNÇÕES INSTITUCIONAIS E DA
COMPOSIÇÃO
V - coordenar a atuação do Estado brasileiro em foros
CAPÍTULO I
internacionais sobre prevenção e combate à lavagem de
DAS FUNÇÕES INSTITUCIONAIS dinheiro e ao crime organizado transnacional, recuperação
Art. 1o A Advocacia-Geral da União é a de ativos e cooperação jurídica internacional;
instituição que representa a União judicial e VI - instruir, opinar e coordenar a execução da co-
extrajudicialmente.177 operação jurídica internacional ativa e passiva, inclusi-
ve cartas rogatórias; e
VII - promover a difusão de informações sobre re-
177
Ver o art. 2º da Lei nº 11.281, de 2006: cuperação de ativos e cooperação jurídica internacio-
“Art. 2o A União cobrará judicial e extrajudicialmente, nal, prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao
no exterior, os créditos decorrentes de indenizações pagas, crime organizado transnacional no País.
no âmbito do SCE, com recursos do Fundo de Garantia à .................................................................................
Exportação - FGE e decorrentes de financiamentos não Art. 34. À Defensoria Pública da União cabe exer-
pagos contratados com recursos do Programa de Financia- cer as competências estabelecidas na Lei Complementar
mento às Exportações - PROEX e do extinto Fundo de nº 80, de 12 de janeiro de 1994, e, especificamente:
Financiamento à Exportação - FINEX, por intermédio: I - promover, extrajudicialmente, a conciliação en-
I - de mandatário designado pelo Ministro de Esta- tre as partes em conflito de interesses;
do da Fazenda, no caso de créditos decorrentes de II - patrocinar:
indenizações pagas, no âmbito do SCE, com recursos do a) ação penal privada e a subsidiária da pública;
Fundo de Garantia à Exportação - FGE; e b) ação civil;
II - do Banco do Brasil S.A., ou outro mandatário de- c) defesa em ação penal; e
signado pelo Ministro de Estado da Fazenda, no caso de d) defesa em ação civil e reconvir;
créditos decorrentes de financiamentos não pagos contrata- III - atuar como Curador Especial, nos casos pre-
dos com recursos do PROEX e do extinto FINEX. vistos em lei;
§ 1o Caberá aos mandatários a adoção de provi- IV - exercer a defesa da criança e do adolescente;
dências necessárias aos procedimentos descritos neste V - atuar junto aos estabelecimentos policiais e peniten-
artigo, incluindo-se a contratação de instituição habili- ciários, visando assegurar à pessoa, sob quaisquer circuns-
tada ou advogado de comprovada conduta ilibada, no tâncias, o exercício dos direitos e garantias individuais;
País ou no exterior, observado, no que couber, o dispos- VI - assegurar aos seus assistidos, em processo judicial
to na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. ou administrativo, e aos acusados em geral, o contraditório e
§ 2o O mandatário de que trata este artigo equipa- a ampla defesa, com recurso e meios a ela inerentes;
ra-se a agente público para fins civis e penais.” VII - atuar junto aos Juizados Especiais; e
− Ainda sobre o tema, ver também o Decreto nº 5.535, de VIII - patrocinar os interesses do consumidor lesado.
13 de setembro de 2005, que “aprova a Estrutura Regi- .................................................................................
mental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Art. 40. Ao Defensor Público-Geral incumbe:
Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da .................................................................................
Justiça”, segundo o qual: II - representar a Defensoria Pública da União ju-
“Art. 11. Ao Departamento de Recuperação de A- dicial e extrajudicialmente”.
178
tivos e Cooperação Jurídica Internacional compete: Ver o Decreto nº 5.535, de 13 de setembro de 2005,
I - articular, integrar e propor ações do Governo que “aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demons-
nos aspectos relacionados com o combate à lavagem de trativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratifi-
dinheiro, ao crime organizado transnacional, à recupe- cadas do Ministério da Justiça”, segundo o qual:
ração de ativos e à cooperação jurídica internacional; “Art. 19. À Secretaria de Assuntos Legislativos compete:
................................................................................. I - prestar assessoria ao Ministro de Estado, quan-
III - negociar acordos e coordenar a execução da do solicitado;
cooperação jurídica internacional; II - supervisionar e auxiliar as comissões de juris-
IV - exercer a função de autoridade central para tra- tas e grupos de trabalho constituídos pelo Ministro de
mitação de pedidos de cooperação jurídica internacional; Estado;
− 3/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
CAPÍTULO II a) as Procuradorias Regionais da União
DA COMPOSIÇÃO e as da Fazenda Nacional e as Procuradorias
Art. 2o A Advocacia-Geral da União da União e as da Fazenda Nacional nos
compreende: Estados e no Distrito Federal e as Procura-
I - órgãos de direção superior: dorias Seccionais destas;
a) o Advogado-Geral da União; b) a Consultoria da União, as Consulto-
b) a Procuradoria-Geral da União e a da rias Jurídicas dos Ministérios, da Secretaria-
Fazenda Nacional; Geral e das demais Secretarias da Presidên-
c) Consultoria-Geral da União; cia da República e do Estado-Maior das
Forças Armadas;
d) o Conselho Superior da Advocacia-
III - órgão de assistência direta e imedia-
Geral da União; e
ta ao Advogado-Geral da União: o Gabinete
e) a Corregedoria-Geral da Advocacia do Advogado-Geral da União;
da União; IV - (VETADO)
II - órgãos de execução: § 1o - Subordinam-se diretamente ao Ad-
vogado-Geral da União, além do seu gabinete,
a Procuradoria-Geral da União, a Consultoria-
III - coordenar o encaminhamento dos pareceres Geral da União, a Corregedoria-Geral da
jurídicos dirigidos à Presidência da República; Advocacia-Geral da União179, a Secretaria de
IV - coordenar e supervisionar, em conjunto com a Controle Interno e, técnica e juridicamente, a
Consultoria Jurídica, a elaboração de decretos, projetos Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
de lei e outros atos de natureza normativa de interesse
§ 2o As Procuradorias Seccionais, subordi-
do Ministério;
V - acompanhar a tramitação de projetos de inte-
nadas às Procuradorias da União e da Fazenda
resse do Ministério no Congresso Nacional e compilar Nacional nos Estados e no Distrito Federal,
os pareceres emitidos por suas comissões permanentes; e serão criadas, no interesse do serviço, por
VI - proceder ao levantamento de atos normativos proposta do Advogado-Geral da União.
conexos com vistas a consolidar seus textos. § 3o As Procuradorias e Departamentos
Art. 20. Ao Departamento de Elaboração Normati- Jurídicos das autarquias e fundações públi-
va compete: cas são órgãos vinculados à Advocacia-
I - elaborar e sistematizar projetos de atos normati- Geral da União.
vos de interesse do Ministério, bem como as respectivas
§ 4o O Advogado-Geral da União é au-
exposições de motivos;
II - examinar, em conjunto com a Consultoria Ju-
xiliado por dois Secretários-Gerais: o de
rídica, a constitucionalidade, juridicidade, os funda- Contencioso e o de Consultoria.
mentos e a forma dos projetos de atos normativos § 5o São membros da Advocacia-Geral
submetidos à apreciação do Ministério; da União: o Advogado-Geral da União, o
III - zelar pela boa técnica de redação normativa Procurador-Geral da União, o Procurador-
dos atos que examinar; Geral da Fazenda Nacional, o Consultor-
IV - prestar apoio às comissões de juristas e grupos Geral da União, o Corregedor-Geral da
de trabalho constituídos no âmbito do Ministério para Advocacia da União, os Secretários-Gerais
elaboração de proposições legislativas ou de outros atos
de Contencioso e de Consultoria, os Procu-
normativos; e
V - coordenar, no âmbito do Ministério, e promo-
radores Regionais, os Consultores da União,
ver, junto aos demais órgãos do Poder Executivo, os os Corregedores-Auxiliares, os Procurado-
trabalhos de consolidação de atos normativos. res-Chefes, os Consultores Jurídicos, os
Art. 21. Ao Departamento de Processo Legislativo compete: Procuradores Seccionais, os Advogados da
I - examinar os projetos de lei em tramitação no União, os Procuradores da Fazenda Nacio-
Congresso Nacional, em especial quanto à adequação e nal e os Assistentes Jurídicos.
proporcionalidade entre a proposição e sua finalidade;
II - examinar, em conjunto com a Consultoria Ju-
179
rídica, a constitucionalidade, juridicidade, fundamen- Segundo o art. 2º, § 4º, do Decreto nº 5.480, de 30.6.2005,
tos, forma e o interesse público dos projetos de atos que “Dispõe sobre o Sistema de Correição do Poder Execu-
normativos em fase de sanção; e tivo Federal, e dá outras providências”: “A unidade de
III - organizar o acervo da documentação destinada correição da Advocacia-Geral da União vincula-se tecnica-
ao acompanhamento do processo legislativo e ao regis- mente ao Sistema de Correição”, que tem a Controladoria-
tro das alterações do ordenamento jurídico.” Geral da União como Órgão Central do Sistema [art. 2º, I].
− 4/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA ADVOCACIA-GERAL “Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda
DA UNIÃO Nacional autorizada a não contestar, a não interpor
CAPÍTULO I recurso ou a desistir do que tenha sido interposto, desde
DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO que inexista outro fundamento relevante, na hipótese de
Art. 3o A Advocacia-Geral da União tem a decisão versar sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
por chefe o Advogado-Geral da União, de livre I - matérias de que trata o art. 18;
nomeação pelo Presidente da República, dentre II - matérias que, em virtude de jurisprudência pa-
cífica do Supremo Tribunal Federal, ou do Superior
cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
Tribunal de Justiça, sejam objeto de ato declaratório do
notável saber jurídico e reputação ilibada. Procurador-Geral da Fazenda Nacional, aprovado pelo
§ 1o O Advogado-Geral da União é o Ministro de Estado da Fazenda.
mais elevado órgão de assessoramento § 1o Nas matérias de que trata este artigo, o Procurador da
jurídico do Poder Executivo, submetido à Fazenda Nacional que atuar no feito deverá, expressamente,
direta, pessoal e imediata supervisão do reconhecer a procedência do pedido, quando citado para
Presidente da República. apresentar resposta, hipótese em que não haverá condenação em
§ 2o O Advogado-Geral da União terá honorários, ou manifestar o seu desinteresse em recorrer, quando
substituto eventual nomeado pelo Presidente da intimado da decisão judicial. (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
§ 2o A sentença, ocorrendo a hipótese do § 1o, não
República, atendidas as condições deste artigo.
se subordinará ao duplo grau de jurisdição obrigatório.
Art. 4o São atribuições do Advogado- § 3o Encontrando-se o processo no Tribunal, pode-
Geral da União: rá o relator da remessa negar-lhe seguimento, desde
I - dirigir a Advocacia-Geral da União, que, intimado o Procurador da Fazenda Nacional, haja
superintender e coordenar suas atividades e manifestação de desinteresse.
orientar-lhe a atuação; § 4o A Secretaria da Receita Federal não constituirá os
II - despachar com o Presidente da Re- créditos tributários relativos às matérias de que trata o inciso
pública; II do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
III - representar a União junto ao Su- § 5o Na hipótese de créditos tributários já constituídos,
a autoridade lançadora deverá rever de ofício o lançamento,
premo Tribunal Federal;
para efeito de alterar total ou parcialmente o crédito tributá-
IV - defender, nas ações diretas de in- rio, conforme o caso. (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
constitucionalidade, a norma legal ou ato Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribui-
normativo, objeto de impugnação; ção, mediante requerimento do Procurador da Fazenda
V - apresentar as informações a serem Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos
prestadas pelo Presidente da República, inscritos como Dívida Ativa da União pela Procurado-
relativas a medidas impugnadoras de ato ou ria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de
omissão presidencial; valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez
VI - desistir, transigir, acordar e firmar mil reais). (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
§ 1o Os autos de execução a que se refere este arti-
compromisso nas ações de interesse da
go serão reativados quando os valores dos débitos
União, nos termos da legislação vigente; 180 ultrapassarem os limites indicados.
§ 2o Serão extintas, mediante requerimento do Pro-
180
Ver o art. 5º da Lei nº 11.281, de 2006: curador da Fazenda Nacional, as execuções que versem
“Art. 5o Os mandatários poderão autorizar a reali- exclusivamente sobre honorários devidos à Fazenda
Nacional de valor igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil
zação de acordos ou transações nas questões em que
reais). (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
figurem operações com os seguintes valores e situações:
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica às execu-
I - limite de US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares
ções relativas à contribuição para o Fundo de Garantia
norte-americanos) para o término de litígios; e
do Tempo de Serviço.
II - limite de US$ 1.000,00 (mil dólares norte-
§ 4o No caso de reunião de processos contra o mesmo de-
americanos) para a não-propositura de ações, a não-
vedor, na forma do art. 28 da Lei no 6.830, de 22 de setembro
interposição de recursos, o requerimento de extinção de
de 1980, para os fins de que trata o limite indicado no caput
ações e a desistência de recursos.
deste artigo, será considerada a soma dos débitos consolidados
Parágrafo único. Quando a cobrança envolver valores
das inscrições reunidas. (Incluído pela Lei nº 11.033, de 2004)
superiores aos limites fixados nos incisos I e II do caput deste
artigo, o acordo ou transação dependerá de prévia e expres- Art. 21. Fica isento do pagamento dos honorários de su-
sa autorização do Ministro de Estado da Fazenda.” cumbência o autor da demanda de natureza tributária,
− Ainda sobre o tema, ver também disposições da Lei nº proposta contra a União (Fazenda Nacional), que desistir da
10.522, de 2002: ação e renunciar ao direito sobre que ela se funda, desde que:

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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
VII - assessorar o Presidente da Repú- XI - unificar a jurisprudência adminis-
blica em assuntos de natureza jurídica, trativa, garantir a correta aplicação das leis,
elaborando pareceres e estudos ou propondo prevenir e dirimir as controvérsias entre os
normas, medidas e diretrizes; órgãos jurídicos da Administração Federal;
VIII - assistir o Presidente da República XII - editar enunciados de súmula admi-
no controle interno da legalidade dos atos da nistrativa, resultantes de jurisprudência iterati-
Administração; va dos Tribunais;
IX - sugerir ao Presidente da República XIII - exercer orientação normativa e
medidas de caráter jurídico reclamadas pelo supervisão técnica quanto aos órgãos jurídi-
interesse público; cos das entidades a que alude o Capítulo IX
X - fixar a interpretação da Constitui- do Título II desta Lei Complementar;
ção, das leis, dos tratados e demais atos XIV - baixar o Regimento Interno da
normativos, a ser uniformemente seguida Advocacia-Geral da União;
pelos órgãos e entidades da Administra- XV - proferir decisão nas sindicâncias e
ção Federal; nos processos administrativos disciplinares
promovidos pela Corregedoria-Geral e
aplicar penalidades, salvo a de demissão;
I - a decisão proferida no processo de conhecimento XVI - homologar os concursos públicos
não tenha transitado em julgado;
de ingresso nas Carreiras da Advocacia-
II - a renúncia e o pedido de conversão dos depósi-
Geral da União;
tos judiciais em renda da União sejam protocolizados
até 15 de setembro de 1997.
XVII - promover a lotação e a distribui-
Art. 22. O pedido poderá ser homologado pelo juiz,
ção dos Membros e servidores, no âmbito da
pelo relator do recurso, ou pelo presidente do tribunal, Advocacia-Geral da União;
ficando extinto o crédito tributário, até o limite dos XVIII - editar e praticar os atos norma-
depósitos convertidos. tivos ou não, inerentes a suas atribuições;
§ 1o Na hipótese de a homologação ser da competência XIX - propor, ao Presidente da Repúbli-
do relator ou do presidente do tribunal, incumbirá ao autor ca, as alterações a esta Lei Complementar;
peticionar ao juiz de primeiro grau que houver apreciado o § 1o O Advogado-Geral da União pode re-
feito, informando a homologação da renúncia para que este presentá-la junto a qualquer juízo ou Tribunal.
determine, de imediato, a conversão dos depósitos em renda § 2o O Advogado-Geral da União pode
da União, independentemente do retorno dos autos do
avocar quaisquer matérias jurídicas de inte-
processo ou da respectiva ação cautelar à vara de origem.
§ 2o A petição de que trata o § 1o deverá conter o
resse desta, inclusive no que concerne a sua
número da conta a que os depósitos estejam vinculados e representação extrajudicial.
virá acompanhada de cópia da página do órgão oficial § 3o É permitida a delegação das atribuições
onde tiver sido publicado o ato homologatório. previstas no inciso VI ao Procurador-Geral da
§ 3o Com a renúncia da ação principal deverão ser União, bem como a daquelas objeto do inciso
extintas todas as ações cautelares a ela vinculadas, nas XVII deste artigo, relativamente a servidores.
quais não será devida verba de sucumbência. CAPÍTULO II
Art. 23. O ofício para que o depositário proceda à DA CORREGEDORIA-GERAL
conversão de depósito em renda deverá ser expedido no
DA ADVOCACIA DA UNIÃO181
prazo máximo de 15 (quinze) dias, contado da data do
despacho judicial que acolher a petição.
Art. 5o A Corregedoria-Geral da Advo-
Art. 24. As pessoas jurídicas de direito público são cacia da União tem como atribuições:
dispensadas de autenticar as cópias reprográficas de I - fiscalizar as atividades funcionais dos
quaisquer documentos que apresentem em juízo. Membros da Advocacia-Geral da União;
Art. 25. O termo de inscrição em Dívida Ativa da II - promover correição nos órgãos jurí-
União, a Certidão de Dívida Ativa dele extraída e a dicos da Advocacia-Geral da União, visando
petição inicial em processo de execução fiscal poderão
ser subscritos manualmente, ou por chancela mecânica
181
ou eletrônica, observadas as disposições legais. Segundo o art. 2º, § 4º, do Decreto nº 5.480, de 30.6.2005,
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo que “Dispõe sobre o Sistema de Correição do Poder Execu-
aplica-se, também, à inscrição em Dívida Ativa e à tivo Federal, e dá outras providências”: “A unidade de
cobrança judicial da contribuição, multas e demais correição da Advocacia-Geral da União vincula-se tecnica-
encargos previstos na legislação respectiva, relativos ao mente ao Sistema de Correição”, que tem a Controladoria-
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.” Geral da União como Órgão Central do Sistema [art. 2º, I].
− 6/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
à verificação da regularidade e eficácia dos II - o Procurador-Geral da União, o Pro-
serviços, e à proposição de medidas, bem curador-Geral da Fazenda Nacional, o Con-
como à sugestão de providências necessárias sultor-Geral da União, e o Corregedor-Geral
ao seu aprimoramento; da Advocacia da União;
III - apreciar as representações relativas III - um representante, eleito, de cada
à atuação dos Membros da Advocacia-Geral carreira da Advocacia-Geral da União, e
da União; respectivo suplente.
IV - coordenar o estágio confirmatório § 1o Todos os membros do Conselho
dos integrantes das Carreiras da Advocacia- Superior da Advocacia-Geral da União têm
Geral da União; direito a voto, cabendo ao presidente o de
V - emitir parecer sobre o desempenho desempate.
dos integrantes das Carreiras da Advoca- § 2o O mandato dos membros eleitos do
cia-Geral da União submetidos ao estágio Conselho Superior da Advocacia-Geral da
confirmatório, opinando, fundamentada- União é de dois anos, vedada a recondução.
mente, por sua confirmação no cargo ou § 3o Os membros do Conselho são substitu-
exoneração; ídos, em suas faltas e impedimentos, na forma
VI - instaurar, de ofício ou por determi- estabelecida no respectivo Regimento Interno.
nação superior, sindicâncias e processos CAPÍTULO IV
administrativos contra os Membros da Ad- DA PROCURADORIA-GERAL DA UNIÃO
vocacia-Geral da União. Art. 9o À Procuradoria-Geral da União,
Art. 6o Compete, ainda, à Corregedo- subordinada direta e imediatamente ao
ria-Geral supervisionar e promover cor- Advogado-Geral da União, incumbe repre-
reições nos órgãos vinculados à Advoca- sentá-la, judicialmente, nos termos e limites
cia-Geral da União. desta Lei Complementar.
CAPÍTULO III § 1o Ao Procurador-Geral da União
DO CONSELHO SUPERIOR DA compete representá-la junto aos tribunais
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO superiores.
Art. 7o O Conselho Superior da Advocacia- § 2o Às Procuradorias Regionais da União
Geral da União tem as seguintes atribuições: cabe sua representação perante os demais
I - propor, organizar e dirigir os concur- tribunais.
sos de ingresso nas Carreiras da Advocacia- § 3o Às Procuradorias da União organi-
Geral da União; zadas em cada Estado e no Distrito Federal,
II - organizar as listas de promoção e de incumbe representá-la junto à primeira
remoção, julgar reclamações e recursos instância da Justiça Federal, comum e espe-
contra a inclusão, exclusão e classificação cializada.
em tais listas, e encaminhá-las ao Advoga- § 4o O Procurador-Geral da União pode
do-Geral da União; atuar perante os órgãos judiciários referidos
III - decidir, com base no parecer previs- nos §§ 2o e 3o, e os Procuradores Regionais
to no art. 5o, inciso V desta Lei Complemen- da União junto aos mencionados no § 3o
tar, sobre a confirmação no cargo ou exone- deste artigo.
ração dos Membros das Carreiras da Advo- CAPÍTULO V
cacia-Geral da União submetidos à estágio DA CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
confirmatório; Art. 10. À Consultoria-Geral da União,
IV - editar o respectivo Regimento Interno. direta e imediatamente subordinada ao
Parágrafo único. Os critérios disciplina- Advogado-Geral da União, incumbe, princi-
dores dos concursos a que se refere o inciso palmente, colaborar com este em seu asses-
I deste artigo são integralmente fixados pelo soramento jurídico ao Presidente da Repú-
Conselho Superior da Advocacia-Geral da blica produzindo pareceres, informações e
União. demais trabalhos jurídicos que lhes sejam
Art. 8o Integram o Conselho Superior da atribuídos pelo chefe da instituição.
Advocacia-Geral da União: Parágrafo único. Compõem a Consulto-
I - o Advogado-Geral da União, que o ria-Geral da União o Consultor-Geral da
preside; União e a Consultoria da União.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
CAPÍTULO VI IV - examinar previamente a legalidade
DAS CONSULTORIAS JURÍDICAS dos contratos, acordos, ajustes e convênios que
Art. 11. Às Consultorias Jurídicas, órgãos interessem ao Ministério da Fazenda, inclusive
administrativamente subordinados aos Minis- os referentes à dívida pública externa, e pro-
tros de Estado, ao Secretário-Geral e aos de- mover a respectiva rescisão por via administra-
mais titulares de Secretarias da Presidência da tiva ou judicial;
República e ao Chefe do Estado-Maior das V - representar a União nas causas de
Forças Armadas, compete, especialmente: natureza fiscal.
I - assessorar as autoridades indicadas Parágrafo único. São consideradas cau-
no caput deste artigo; sas de natureza fiscal as relativas a:
II - exercer a coordenação dos órgãos ju- I - tributos de competência da União, in-
rídicos dos respectivos órgãos autônomos e clusive infrações à legislação tributária;
entidades vinculadas; II - empréstimos compulsórios;
III - fixar a interpretação da Constitui- III - apreensão de mercadorias, nacio-
ção, das leis, dos tratados e dos demais atos nais ou estrangeiras;
normativos a ser uniformemente seguida em IV - decisões de órgãos do contencioso
suas áreas de atuação e coordenação quando administrativo fiscal;
não houver orientação normativa do Advo- V - benefícios e isenções fiscais;
gado-Geral da União; VI - créditos e estímulos fiscais à expor-
IV - elaborar estudos e preparar infor- tação;
mações, por solicitação de autoridade indi- VII - responsabilidade tributária de
cada no caput deste artigo; transportadores e agentes marítimos;
V - assistir a autoridade assessorada no VIII - incidentes processuais suscitados
controle interno da legalidade administrativa em ações de natureza fiscal.
dos atos a serem por ela praticados ou já Art. 13. A Procuradoria-Geral da Fazen-
efetivados, e daqueles oriundos de órgão ou da Nacional desempenha as atividades de
entidade sob sua coordenação jurídica; consultoria e assessoramento jurídicos no
VI - examinar, prévia e conclusivamen- âmbito do Ministério da Fazenda e seus
te, no âmbito do Ministério, Secretaria e órgãos autônomos e entes tutelados.
Estado-Maior das Forças Armadas: Parágrafo único. No desempenho das ati-
a) os textos de edital de licitação, como os vidades de consultoria e assessoramento jurídi-
dos respectivos contratos ou instrumentos cos, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
congêneres, a serem publicados e celebrados; rege-se pela presente Lei Complementar.
b) os atos pelos quais se vá reconhecer a Art. 14. (VETADO)
inexigibilidade, ou decidir a dispensa, de CAPÍTULO VIII
licitação. DO GABINETE DO ADVOGADO-GERAL
CAPÍTULO VII DA UNIÃO E DA SECRETARIA DE
DA PROCURADORIA-GERAL DA CONTROLE INTERNO
FAZENDA NACIONAL 182 Art. 15. O Gabinete do Advogado-Geral
Art. 12. À Procuradoria-Geral da Fazen- da União tem sua competência e estrutura
da Nacional, órgão administrativamente fixadas no Regimento Interno da Advoca-
subordinado ao titular do Ministério da cia-Geral da União.
Fazenda, compete especialmente: Art. 16. A Secretaria de Controle Inter-
I - apurar a liquidez e certeza da dívida ati- no rege-se, quanto às suas competências e
va da União de natureza tributária, inscrevendo- estrutura básica, pela legislação específica.
a para fins de cobrança, amigável ou judicial; CAPÍTULO IX
II - representar privativamente a União, DOS ÓRGÃOS VINCULADOS
na execução de sua dívida ativa de caráter Art. 17. Aos órgãos jurídicos das autar-
tributário; quias e das fundações públicas compete:
III - (VETADO) I - a sua representação judicial e extra-
judicial;
II - as respectivas atividades de consul-
182
Ver outras atribuições da PGFN na Lei nº 8.844, de 1994. toria e assessoramento jurídicos;
− 8/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
III - a apuração da liquidez e certeza dos respectivos cargos, ou, com menor número,
créditos, de qualquer natureza, inerentes às suas observado o interesse da Administração e a
atividades, inscrevendo-os em dívida ativa, critério do Advogado-Geral da União.
para fins de cobrança amigável ou judicial. § 2o O candidato, no momento da inscri-
Art. 18. No desempenho das atividades ção, há de comprovar um mínimo de dois
de consultoria e assessoramento aos órgãos anos de prática forense.
jurídicos das autarquias e das fundações § 3o Considera-se título, para o fim pre-
públicas aplica-se, no que couber, o disposto visto neste artigo, além de outros regular-
no art. 11 desta lei complementar. mente admitidos em direito, o exercício
Art. 19. (VETADO). profissional de consultoria, assessoria e
TÍTULO III diretoria, bem como o desempenho de car-
DOS MEMBROS EFETIVOS DA go, emprego ou função de nível superior,
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO com atividades eminentemente jurídicas.
CAPÍTULO I § 4o A Ordem dos Advogados do Brasil
DAS CARREIRAS é representada na banca examinadora dos
Art. 20. As carreiras de Advogado da concursos de ingresso nas carreiras da Ad-
União, de Procurador da Fazenda Nacional e vocacia-Geral da União.
de Assistente Jurídico compõem-se dos § 5o Nos dez dias seguintes à nomeação, o
seguintes cargos efetivos: Conselho Superior da Advocacia-Geral da
I - carreira de Advogado da União: União deve convocar os nomeados para esco-
a) Advogado da União da 2ª Categoria lha de vagas, fixando-lhes prazo improrrogável.
(inicial); § 6o Perde o direito à escolha de vaga o
b) Advogado da União de 1ª Categoria nomeado que não atender à convocação a
(intermediária); que se refere o parágrafo anterior.
c) Advogado da União de Categoria Es- Art. 22. Os dois primeiros anos de exer-
pecial (final); cício em cargo inicial das carreiras da Ad-
II - carreira de Procurador da Fazenda vocacia-Geral da União correspondem a
Nacional: estágio confirmatório.
a) Procurador da Fazenda Nacional de 2ª Parágrafo único. São requisitos da con-
Categoria (inicial); firmação no cargo a observância dos respec-
b) Procurador da Fazenda Nacional de tivos deveres, proibições e impedimentos, a
1ª Categoria (intermediária); eficiência, a disciplina e a assiduidade.
c) Procurador da Fazenda Nacional de CAPÍTULO II
Categoria Especial (final); DA LOTAÇÃO E DA DISTRIBUIÇÃO
III - carreira de Assistente Jurídico: (Ex- Art. 23. Os membros efetivos da Advo-
tinta a Carreira e transformados em cargos de cacia-Geral da União são lotados e distribu-
Advogado da União os cargos de Assistente Jurídico ídos pelo Advogado-Geral da União.
pelo art. 11 da Medida Provisória no 43, de 2002, Parágrafo único. A lotação de Assistente
convertida na Lei n° 10.549, de 2002.) Jurídico nos Ministérios, na Secretaria-Geral
a) Assistente Jurídico de 2ª Categoria (inicial); e nas demais Secretarias da Presidência da
b) Assistente Jurídico de 1ª Categoria República e no Estado-Maior das Forças
(intermediária); Armadas é proposta por seus titulares, e a
c) Assistente Jurídico de Categoria Es- lotação e distribuição de Procuradores da
pecial (final). Fazenda Nacional, pelo respectivo titular.
Art. 21. O ingresso nas carreiras da Ad- CAPÍTULO III
vocacia-Geral da União ocorre nas categori- DA PROMOÇÃO
as iniciais, mediante nomeação, em caráter Art. 24. A promoção de membro efetivo
efetivo, de candidatos habilitados em con- da Advocacia-Geral da União consiste em
cursos públicos, de provas e títulos, obede- seu acesso à categoria imediatamente supe-
cida a ordem de classificação. rior àquela em que se encontra.
§ 1o Os concursos públicos devem ser Parágrafo único. As promoções serão pro-
realizados na hipótese em que o número de cessadas semestralmente pelo Conselho Supe-
vagas da carreira exceda a dez por cento dos rior da Advocacia-Geral da União, para vagas
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
ocorridas até 30 de junho e até 31 de dezembro do de qualquer das partes;
de cada ano, obedecidos, alternadamente, os III - em que seja interessado parente con-
critérios de antigüidade e merecimento. sangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral,
Art. 25. A promoção por merecimento deve até o segundo grau, bem como cônjuge ou
obedecer a critérios objetivos, fixados pelo companheiro;
Conselho Superior da Advocacia-Geral da IV - nas hipóteses da legislação processual.
União, dentre os quais a presteza e a segurança Art. 30. Os membros efetivos da Advoca-
no desempenho da função, bem como a fre- cia-Geral da União devem dar-se por impedidos:
qüência e o aproveitamento em cursos de aper- I - quando hajam proferido parecer favo-
feiçoamento reconhecidos por órgãos oficiais. rável à pretensão deduzida em juízo pela
Parágrafo único. (VETADO) parte adversa;
CAPÍTULO IV II - nas hipóteses da legislação processual.
DOS DIREITOS, DOS DEVERES, DAS PRO- Parágrafo único. Nas situações previstas
IBIÇÕES, DOS IMPEDIMENTOS E DAS neste artigo, cumpre seja dada ciência, ao
CORREIÇÕES superior hierárquico imediato, em expedien-
SEÇÃO I te reservado, dos motivos do impedimento,
DOS DIREITOS objetivando a designação de substituto.
Art. 26. Os membros efetivos da Advo- Art. 31. Os membros efetivos da Advo-
cacia-Geral da União têm os direitos assegu- cacia-Geral da União não podem participar
rados pela Lei n.o 8.112, de 11 de dezembro de comissão ou banca de concurso, intervir
de 1990; e nesta lei complementar. no seu julgamento e votar sobre organização
Parágrafo único. Os cargos das carreiras da de lista para promoção ou remoção, quando
Advocacia-Geral da União têm o vencimento e concorrer parente consangüíneo ou afim, em
remuneração estabelecidos em lei própria.183 linha reta ou colateral, até o segundo grau,
SEÇÃO II bem como cônjuge ou companheiro.
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DOS SEÇÃO III
IMPEDIMENTOS DAS CORREIÇÕES
Art. 27. Os membros efetivos da Advoca- Art. 32. A atividade funcional dos
cia-Geral da União têm os deveres previstos na membros efetivos da Advocacia-Geral da
Lei n.o 8.112, de 11 de dezembro de 1990, União está sujeita a:
sujeitando-se ainda às proibições e impedimen- I - correição ordinária, realizada anual-
tos estabelecidos nesta lei complementar. mente pelo Corregedor-Geral e respectivos
Art. 28. Além das proibições decorrentes do auxiliares;
exercício de cargo público, aos membros efeti- II - correição extraordinária, também re-
vos da Advocacia-Geral da União é vedado: alizada pelo Corregedor-Geral e por seus
I - exercer advocacia fora das atribui- auxiliares, de ofício ou por determinação do
ções institucionais; Advogado-Geral da União.
II - contrariar súmula, parecer normativo Art. 33. Concluída a correição, o Corre-
ou orientação técnica adotada pelo Advoga- gedor-Geral deve apresentar ao Advogado-
do-Geral da União; Geral da União relatório, propondo-lhe as
III - manifestar-se, por qualquer meio de medidas e providências a seu juízo cabíveis.
divulgação, sobre assunto pertinente às suas Art. 34. Qualquer pessoa pode represen-
funções, salvo ordem, ou autorização ex- tar ao Corregedor-Geral da Advocacia da
pressa do Advogado-Geral da União. União contra abuso, erro grosseiro, omissão
Art. 29. É defeso aos membros efetivos da ou qualquer outra irregularidade funcional
Advocacia-Geral da União exercer suas fun- dos membros da Advocacia-Geral da União.
ções em processo judicial ou administrativo: TÍTULO IV
I - em que sejam parte; DAS CITAÇÕES, DAS INTIMAÇÕES E DAS
II - em que hajam atuado como advoga- NOTIFICAÇÕES
Art. 35. A União é citada nas causas em
que seja interessada, na condição de autora,
183
Ver a Medida Provisória nº 305, de 2006, que fixa o ré, assistente, oponente, recorrente ou recor-
subsídio das carreiras da AGU rida, na pessoa:
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
I - do Advogado-Geral da União, priva- Art. 41. Consideram-se, igualmente, parece-
tivamente, nas hipóteses de competência do res do Advogado-Geral da União, para os efeitos
Supremo Tribunal Federal; do artigo anterior, aqueles que, emitidos pela
II - do Procurador-Geral da União, nas hipó- Consultoria-Geral da União, sejam por ele apro-
teses de competência dos tribunais superiores; vados e submetidos ao Presidente da República.
III - do Procurador Regional da União, Art. 42. Os pareceres das Consultorias Ju-
nas hipóteses de competência dos demais rídicas, aprovados pelo Ministro de Estado,
tribunais; pelo Secretário-Geral e pelos titulares das
IV - do Procurador-Chefe ou do Procu- demais Secretarias da Presidência da Repúbli-
rador-Seccional da União, nas hipóteses de ca ou pelo Chefe do Estado-Maior das Forças
competência dos juízos de primeiro grau. Armadas, obrigam, também, os respectivos
Art. 36. Nas causas de que trata o art. órgãos autônomos e entidades vinculadas.
12, a União será citada na pessoa:184 Art. 43. A Súmula da Advocacia-Geral
I - (VETADO); da União tem caráter obrigatório quanto a
II - do Procurador Regional da Fazenda todos os órgãos jurídicos enumerados nos
Nacional, nas hipóteses de competência dos arts. 2o e 17 desta lei complementar.
demais tribunais; § 1o O enunciado da Súmula editado pe-
III - do Procurador-Chefe ou do Procu- lo Advogado-Geral da União há de ser
rador-Seccional da Fazenda Nacional nas publicado no Diário Oficial da União, por
hipóteses de competência dos juízos de três dias consecutivos.
primeiro grau. § 2o No início de cada ano, os enuncia-
Art. 37. Em caso de ausência das autori- dos existentes devem ser consolidados e
dades referidas nos arts. 35 e 36, a citação se publicados no Diário Oficial da União.
dará na pessoa do substituto eventual. Art. 44. Os pareceres aprovados do Advo-
Art. 38. As intimações e notificações gado-Geral da União inserem-se em coletânea
são feitas nas pessoas do Advogado da denominada "Pareceres da Advocacia-Geral da
União ou do Procurador da Fazenda Nacio- União", a ser editada pela Imprensa Nacional.
nal que oficie nos respectivos autos. TÍTULO VI
TÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
DOS PARECERES E DA SÚMULA DA Art. 45. O Regimento Interno da Advo-
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO cacia-Geral da União é editado pelo Advo-
Art. 39. É privativo do Presidente da Repú- gado-Geral da União, observada a presente
blica submeter assuntos ao exame do Advoga- lei complementar.
do-Geral da União, inclusive para seu parecer. § 1o O Regimento Interno deve dispor so-
Art. 40. Os pareceres do Advogado- bre a competência, a estrutura e o funciona-
Geral da União são por este submetidos à mento da Corregedoria-Geral da Advocacia da
aprovação do Presidente da República. União, da Procuradoria-Geral da União, da
§ 1o O parecer aprovado e publicado jun- Consultoria-Geral da União, das Consultorias
tamente com o despacho presidencial vincula a Jurídicas, do Gabinete do Advogado-Geral da
Administração Federal, cujos órgãos e entida- União e dos Gabinetes dos Secretários-Gerais,
des ficam obrigados a lhe dar fiel cumprimento. do Centro de Estudos, da Diretoria-Geral de
§ 2o O parecer aprovado, mas não publi- Administração e da Secretaria de Controle
cado, obriga apenas as repartições interessa- Interno, bem como sobre as atribuições de seus
das, a partir do momento em que dele te- titulares e demais integrantes.
nham ciência. § 2o O Advogado-Geral da União pode
conferir, no Regimento Interno, ao Procura-
184
dor-Geral da União e ao Consultor-Geral da
Ver o art. 20 da Lei nº 11.033, de 21.12.2004: União, atribuições conexas às que lhe prevê
“Art. 20. As intimações e notificações de que tratam
o art. 4o desta lei complementar.
os arts. 36 a 38 da Lei Complementar no 73, de 10 de
fevereiro de 1993, inclusive aquelas pertinentes a
§ 3o No Regimento Interno são discipli-
processos administrativos, quando dirigidas a Procura- nados os procedimentos administrativos
dores da Fazenda Nacional, dar-se-ão pessoalmente concernentes aos trabalhos jurídicos da
mediante a entrega dos autos com vista.” Advocacia-Geral da União.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
Art. 46. É facultado ao Advogado-Geral Art. 51. Aos titulares de cargos de con-
da União convocar quaisquer dos integran- fiança, sejam de natureza especial ou em
tes dos órgãos jurídicos que compõem a comissão, da Advocacia-Geral da União,
Advocacia-Geral da União, para instruções e assim como aos membros efetivos desta é
esclarecimentos. vedado manter, sob sua chefia imediata,
Art. 47. O Advogado-Geral da União parente consangüíneo ou afim, em linha reta
pode requisitar servidores dos órgãos ou ou colateral, até o segundo grau, bem assim
entidades da Administração Federal, para o como cônjuge ou companheiro.
desempenho de cargo em comissão ou Art. 52. Os membros e servidores da
atividade outra na Advocacia-Geral da Advocacia-Geral da União detêm identifica-
União, assegurados ao servidor todos os ção funcional específica, conforme modelos
direitos e vantagens a que faz jus no órgão previstos em seu Regimento Interno.
ou entidade de origem, inclusive promoção. TÍTULO VII
Art. 48. Os cargos da Advocacia-Geral DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
da União integram quadro próprio. Art. 53. É extinto o cargo de Consultor-
Art. 49. São nomeados pelo Presidente Geral da República, de natureza especial.
da República: Art. 54. É criado, com natureza especial, o
I - mediante indicação do Advogado- cargo de Advogado-Geral da União. (Transforma-
Geral da União, os titulares dos cargos de do em cargo de Ministro de Estado pelo art. 24-B da Lei no
natureza especial de Corregedor-Geral da 9.649, de 1998 - Medida Provisória no 2.216-37, de 2001.)
Advocacia da União, de Procurador-Geral Art. 55. São criados, com natureza especi-
da União, de Consultor-Geral da União, de al, os cargos de Procurador-Geral da União,
Secretário-Geral de Contencioso e de Secre- Procurador-Geral da Fazenda Nacional, Con-
tário-Geral de Consultoria, como os titulares sultor-Geral da União e de Corregedor-Geral
dos cargos em comissão de Corregedor- da Advocacia da União, privativos de Bacharel
Auxiliar, de Procurador Regional, de Con- em Direito, de elevado saber jurídico e reco-
sultor da União, de Procurador-Chefe e de nhecida idoneidade, com dez anos de prática
Diretor-Geral de Administração; forense e maior de trinta e cinco anos. (Dispen-
II - mediante indicação do Ministro de sados a idade mínima e os dez anos de prática forense
Estado, do Secretário-Geral ou titular de pelo art. 16 da Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
Secretaria da Presidência da República, ou Art. 56. São extintos os cargos em co-
do Chefe do Estado-Maior das Forças Ar- missão de Procurador-Geral da Fazenda
madas, os titulares dos cargos em comissão Nacional e de Secretário-Geral da Consulto-
de Consultor Jurídico; ria-Geral da República.
III - mediante indicação do Ministro de Art. 57. São criados os cargos de Secre-
Estado da Fazenda, o titular do cargo de tário-Geral de Contencioso e de Secretário-
natureza especial de Procurador-Geral da Geral de Consultoria, de natureza especial,
Fazenda Nacional. privativos de Bacharel em Direito que reúna
§ 1o São escolhidos dentre os membros as condições estabelecidas no art. 55 desta
efetivos da Advocacia-Geral da União o lei complementar.
Corregedor-Geral, os Corregedores- Art. 58. Os cargos de Consultor Jurídico
Auxiliares, os Procuradores Regionais e os são privativos de Bacharel em Direito de pro-
Procuradores-Chefes. vada capacidade e experiência, e reconhecida
§ 2o O Presidente da República pode dele- idoneidade, que tenham cinco anos de prática
gar ao Advogado-Geral da União competência forense. (Dispensados os cinco anos de prática forense
para prover, nos termos da lei, os demais pelo art. 16 da Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
cargos, efetivos e em comissão, da instituição. Art. 59. (VETADO).
Art. 50. Aplica-se ao Advogado-Geral Art. 60. (VETADO).
da União, ao Procurador-Geral da União, ao Art. 61. A opção, facultada pelo § 2o do
Consultor-Geral da União, aos Consultores art. 29 do Ato das Disposições Constitucionais
da União e aos Consultores Jurídicos, no Transitórias da Constituição Federal, aos
que couber, o Capítulo IV do Título III desta Procuradores da República, deve ser manifes-
lei complementar. tada, ao Advogado-Geral da União, no prazo
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 73, de 1993
improrrogável de quinze dias, contado da Art. 67. São interrompidos, por trinta dias,
publicação da lei prevista no parágrafo único os prazos em favor da União, a partir da vigên-
do art. 26 desta lei complementar. (Ver art. 49 da cia desta lei complementar. (A Medida Provisória
Medida Provisória n° 2.229-43, de 2001) n° 314, de 12.2.1993 - art. 6°, interrompeu esses prazos
Art. 62. São criados, no Quadro da Ad- por mais 120 dias a partir de sua vigência. A Medida
vocacia-Geral da União, seiscentos cargos Provisória n° 316, de 14.4.1993, - art. 6°, interrompeu
de Advogado da União, providos mediante esses prazos por mais 120 dias a partir de sua vigência. A
aprovação em concurso público, de provas e Medida Provisória n° 321, de 14.5.1993 - art. 6°, inter-
títulos, distribuídos entre as categorias, na rompeu esses prazos por mais 90 dias a partir de sua
forma estabelecida no Regimento Interno da vigência. A Medida Provisória n° 325, de 14.6.1993 - art.
Advocacia-Geral da União. 6°, interrompeu esses prazos por mais 60 dias a partir de
§ 1o Cabe ao Advogado-Geral da União sua vigência - v. retificação no D.O. de 16.6.1993, e a Lei
disciplinar, em ato próprio, o primeiro con- n° 8.682, de 14.7.1993, resultante das Medidas Provisórias
curso público de provas e títulos, destinado aqui referidas, interrompeu esses prazos, exceto os dos
ao provimento de cargos de Advogado da precatórios, por mais trinta dias a partir de sua vigência.)
União de 2ª Categoria. Parágrafo único. A interrupção prevista no
§ 2o O concurso público a que se refere caput deste artigo não se aplica às causas em
o parágrafo anterior deve ter o respectivo que as autarquias e as fundações públicas sejam
edital publicado nos sessenta dias seguintes autoras, rés, assistentes, oponentes, recorrentes e
à posse do Advogado-Geral da União. recorridas, e àquelas de competência da Procu-
Art. 63. Passam a integrar o Quadro da radoria-Geral da Fazenda Nacional.
Advocacia-Geral da União os cargos efeti- Art. 68. (VETADO).
vos das atividades-meio da Consultoria- Art. 69. O Advogado-Geral da União
Geral da República e seus titulares. poderá, tendo em vista a necessidade do
Art. 64. Até que seja promulgada a lei serviço, designar, excepcional e provisoria-
prevista no art. 26 desta lei complementar, mente, como representantes judiciais da
ficam assegurados aos titulares dos cargos União, titulares de cargos de Procurador da
efetivos e em comissão, privativos de Ba- Fazenda Nacional e de Assistente Jurídico.
charel em Direito, dos atuais órgãos da Parágrafo único. No prazo de dois anos,
Advocacia Consultiva da União, os venci- contado da publicação desta lei complemen-
mentos e vantagens a que fazem jus. tar, cessará a faculdade prevista neste artigo.
Art. 65. (VETADO). (Prazo prorrogado até 11.2.2003. Ver art. 20 da Lei no
Art. 66. Nos primeiros dezoito meses de 9.028, de 1995, art. 6o da Lei no 9.366, de 1996, art. 26
vigência desta lei complementar, os cargos da Lei no 9.651, de 1998, e art. 5o da Medida Provisó-
de confiança referidos no § 1o do art. 49 ria no 2.180-35, de 2001.)
podem ser exercidos por Bacharel em Direi- Art. 70. (VETADO).
to não integrante das carreiras de Advogado Art. 71. (VETADO).
da União e de Procurador da Fazenda Na- Art. 72. Esta lei complementar entra em
cional, observados os requisitos impostos vigor na data de sua publicação.
pelos arts. 55 e 58, bem como o disposto no Art. 73. Revogam-se as disposições em
Capítulo IV do Título III desta lei comple- contrário.
mentar. (Prazo prorrogado até 11.2.2003. Ver art. Brasília, 10 de fevereiro de 1993, 172o
20 da Lei no 9.028, de 1995, art. 6o da Lei no 9.366, de da Independência e 105o da República.
1996, art. 26 da Lei no 9.651, de 1998, e art. 5o da ITAMAR FRANCO
Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.) Maurício Corrêa

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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 95, de 1998
LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998.
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a altera-
ção e a consolidação das leis, conforme determi-
na o parágrafo único do art. 59 da Constituição
Federal, e estabelece normas para a consolida-
ção dos atos normativos que menciona.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres
Faço saber que o Congresso Nacional decreta maiúsculos, propiciará identificação numérica
e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: singular à lei e será formada pelo título desig-
CAPÍTULO I nativo da espécie normativa, pelo número
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES respectivo e pelo ano de promulgação.
Art. 1º A elaboração, a redação, a altera- Art. 5º A ementa será grafada por meio de
ção e a consolidação das leis obedecerão ao caracteres que a realcem e explicitará, de modo
disposto nesta Lei Complementar. conciso e sob a forma de título, o objeto da lei.
Parágrafo único. As disposições desta Lei Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou
Complementar aplicam-se, ainda, às medidas instituição competente para a prática do ato
provisórias e demais atos normativos referidos e sua base legal.
no art. 59 da Constituição Federal, bem como, Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará
no que couber, aos decretos e aos demais atos o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplica-
de regulamentação expedidos por órgãos do ção, observados os seguintes princípios:
Poder Executivo. I - excetuadas as codificações, cada lei
Art. 2º (VETADO) tratará de um único objeto;
§ 1º (VETADO) II - a lei não conterá matéria estranha a
§ 2º Na numeração das leis serão obser- seu objeto ou a este não vinculada por afini-
vados, ainda, os seguintes critérios: dade, pertinência ou conexão;
I - as emendas à Constituição Federal te- III - o âmbito de aplicação da lei será es-
rão sua numeração iniciada a partir da pro- tabelecido de forma tão específica quanto o
mulgação da Constituição; possibilite o conhecimento técnico ou cientí-
II - as leis complementares, as leis ordi- fico da área respectiva;
nárias e as leis delegadas terão numeração IV - o mesmo assunto não poderá ser
seqüencial em continuidade às séries inicia- disciplinado por mais de uma lei, exceto
das em 1946. quando a subseqüente se destine a comple-
CAPÍTULO II mentar lei considerada básica, vinculando-se
DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, a esta por remissão expressa.
REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS Art. 8º A vigência da lei será indicada
SEÇÃO I de forma expressa e de modo a contemplar
DA ESTRUTURAÇÃO DAS LEIS prazo razoável para que dela se tenha amplo
Art. 3º A lei será estruturada em três conhecimento, reservada a cláusula "entra
partes básicas: em vigor na data de sua publicação" para as
I - parte preliminar, compreendendo a leis de pequena repercussão.
epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enuncia- § 1º A contagem do prazo para entrada
do do objeto e a indicação do âmbito de em vigor das leis que estabeleçam período
aplicação das disposições normativas; de vacância far-se-á com a inclusão da data
II - parte normativa, compreendendo o da publicação e do último dia do prazo,
texto das normas de conteúdo substantivo entrando em vigor no dia subseqüente à sua
relacionadas com a matéria regulada; consumação integral. (Incluído pela Lei Com-
III - parte final, compreendendo as dis- plementar nº 107, de 26.4.2001)
posições pertinentes às medidas necessárias § 2º As leis que estabeleçam período de
à implementação das normas de conteúdo vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei
substantivo, às disposições transitórias, se entra em vigor após decorridos (o número
for o caso, a cláusula de vigência e a cláusu- de) dias de sua publicação oficial’ .(Incluído
la de revogação, quando couber. pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 95, de 1998
Art. 9º A cláusula de revogação deverá b) usar frases curtas e concisas;
enumerar, expressamente, as leis ou disposi- c) construir as orações na ordem direta,
ções legais revogadas. (Redação dada pela Lei evitando preciosismo, neologismo e adjeti-
Complementar nº 107, de 26.4.2001) vações dispensáveis;
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela d) buscar a uniformidade do tempo ver-
Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) bal em todo o texto das normas legais, dan-
SEÇÃO II do preferência ao tempo presente ou ao
DA ARTICULAÇÃO E DA REDAÇÃO DAS LEIS futuro simples do presente;
Art. 10. Os textos legais serão articulados e) usar os recursos de pontuação de for-
com observância dos seguintes princípios: ma judiciosa, evitando os abusos de caráter
I - a unidade básica de articulação será o estilístico;
artigo, indicado pela abreviatura "Art.", II - para a obtenção de precisão:
seguida de numeração ordinal até o nono e a) articular a linguagem, técnica ou co-
cardinal a partir deste; mum, de modo a ensejar perfeita compreensão
II - os artigos desdobrar-se-ão em parágra- do objetivo da lei e a permitir que seu texto
fos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os evidencie com clareza o conteúdo e o alcance
incisos em alíneas e as alíneas em itens; que o legislador pretende dar à norma;
III - os parágrafos serão representados b) expressar a idéia, quando repetida no
pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração texto, por meio das mesmas palavras, evi-
ordinal até o nono e cardinal a partir deste, tando o emprego de sinonímia com propósi-
utilizando-se, quando existente apenas um, a to meramente estilístico;
expressão "parágrafo único" por extenso; c) evitar o emprego de expressão ou pa-
IV - os incisos serão representados por al- lavra que confira duplo sentido ao texto;
garismos romanos, as alíneas por letras minús- d) escolher termos que tenham o mesmo
culas e os itens por algarismos arábicos; sentido e significado na maior parte do
V - o agrupamento de artigos poderá cons- território nacional, evitando o uso de ex-
tituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de pressões locais ou regionais;
Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o e) usar apenas siglas consagradas pelo
de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte; uso, observado o princípio de que a primeira
VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes referência no texto seja acompanhada de
serão grafados em letras maiúsculas e identifi- explicitação de seu significado;
cados por algarismos romanos, podendo estas f) grafar por extenso quaisquer referências
últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte a números e percentuais, exceto data, número
Especial ou ser subdivididas em partes expres- de lei e nos casos em que houver prejuízo para
sas em numeral ordinal, por extenso; a compreensão do texto; (Redação dada pela Lei
VII - as Subseções e Seções serão iden- Complementar nº 107, de 26.4.2001)
tificadas em algarismos romanos, grafadas g) indicar, expressamente o dispositivo ob-
em letras minúsculas e postas em negrito ou jeto de remissão, em vez de usar as expressões
caracteres que as coloquem em realce; ‘anterior’, ‘seguinte’ ou equivalentes; (Incluída
VIII - a composição prevista no inciso V pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
poderá também compreender agrupamentos III - para a obtenção de ordem lógica:
em Disposições Preliminares, Gerais, Finais a) reunir sob as categorias de agregação
ou Transitórias, conforme necessário. - subseção, seção, capítulo, título e livro -
Art. 11. As disposições normativas serão apenas as disposições relacionadas com o
redigidas com clareza, precisão e ordem objeto da lei;
lógica, observadas, para esse propósito, as b) restringir o conteúdo de cada artigo
seguintes normas: da lei a um único assunto ou princípio;
I - para a obtenção de clareza: c) expressar por meio dos parágrafos os
a) usar as palavras e as expressões em aspectos complementares à norma enuncia-
seu sentido comum, salvo quando a norma da no caput do artigo e as exceções à regra
versar sobre assunto técnico, hipótese em por este estabelecida;
que se empregará a nomenclatura própria da d) promover as discriminações e enume-
área em que se esteja legislando; rações por meio dos incisos, alíneas e itens.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 95, de 1998
SEÇÃO III por volumes contendo matérias conexas ou
DA ALTERAÇÃO DAS LEIS afins, constituindo em seu todo a Consolida-
Art. 12. A alteração da lei será feita: ção da Legislação Federal. (Redação dada pela
I - mediante reprodução integral em novo Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
texto, quando se tratar de alteração considerável; § 1º A consolidação consistirá na inte-
II – mediante revogação parcial; (Redação gração de todas as leis pertinentes a deter-
dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) minada matéria num único diploma legal,
III - nos demais casos, por meio de subs- revogando-se formalmente as leis incorpo-
tituição, no próprio texto, do dispositivo radas à consolidação, sem modificação do
alterado, ou acréscimo de dispositivo novo, alcance nem interrupção da força normativa
observadas as seguintes regras: dos dispositivos consolidados. (Incluído pela
a) revogado; (Redação dada pela Lei Com- Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
plementar nº 107, de 26.4.2001) § 2º Preservando-se o conteúdo norma-
b) é vedada, mesmo quando recomendável, tivo original dos dispositivos consolidados,
qualquer renumeração de artigos e de unidades poderão ser feitas as seguintes alterações
superiores ao artigo, referidas no inciso V do nos projetos de lei de consolidação: (Incluído
art. 10, devendo ser utilizado o mesmo número pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
do artigo ou unidade imediatamente anterior, I – introdução de novas divisões do tex-
seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabé- to legal base; (Incluído pela Lei Complementar nº
tica, tantas quantas forem suficientes para 107, de 26.4.2001).
identificar os acréscimos; (Redação dada pela Lei II – diferente colocação e numeração
Complementar nº 107, de 26.4.2001) dos artigos consolidados; (Incluído pela Lei
c) é vedado o aproveitamento do número de Complementar nº 107, de 26.4.2001).
dispositivo revogado, vetado, declarado inconsti- III – fusão de disposições repetitivas ou
tucional pelo Supremo Tribunal Federal ou de de valor normativo idêntico; (Inciso incluído
execução suspensa pelo Senado Federal em face pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
de decisão do Supremo Tribunal Federal, deven- IV – atualização da denominação de ór-
do a lei alterada manter essa indicação, seguida gãos e entidades da administração pública;
da expressão ‘revogado’, ‘vetado’, ‘declarado (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
inconstitucional, em controle concentrado, pelo V – atualização de termos antiquados e
Supremo Tribunal Federal’, ou ‘execução sus- modos de escrita ultrapassados; (Incluído pela
pensa pelo Senado Federal, na forma do art. 52, Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
X, da Constituição Federal’; (Redação dada pela Lei VI – atualização do valor de penas pecuni-
Complementar nº 107, de 26.4.2001) árias, com base em indexação padrão; (Incluído
d) é admissível a reordenação interna das pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
unidades em que se desdobra o artigo, identifi- VII – eliminação de ambigüidades de-
cando-se o artigo assim modificado por altera- correntes do mau uso do vernáculo; (Incluído
ção de redação, supressão ou acréscimo com as pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
letras ‘NR’ maiúsculas, entre parênteses, uma VIII – homogeneização terminológica do tex-
única vez ao seu final, obedecidas, quando for o to; (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
caso, as prescrições da alínea "c". (Redação dada IX – supressão de dispositivos declara-
pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) dos inconstitucionais pelo Supremo Tribunal
Parágrafo único. O termo ‘dispositivo’ Federal, observada, no que couber, a sus-
mencionado nesta Lei refere-se a artigos, pensão pelo Senado Federal de execução de
parágrafos, incisos, alíneas ou itens. (Incluído dispositivos, na forma do art. 52, X, da
pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Constituição Federal; (Incluído pela Lei Com-
CAPÍTULO III plementar nº 107, de 26.4.2001).
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS X – indicação de dispositivos não recep-
ATOS NORMATIVOS cionados pela Constituição Federal; (Incluído
SEÇÃO I pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS XI – declaração expressa de revogação de dis-
Art. 13. As leis federais serão reunidas positivos implicitamente revogados por leis posterio-
em codificações e consolidações, integradas res. (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001).
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei Complementar n° 95, de 1998
§ 3º As providências a que se referem os § 4º (VETADO) (Incluído pela Lei Com-
incisos IX, X e XI do § 2o deverão ser ex- plementar nº 107, de 26.4.2001).
pressa e fundadamente justificadas, com Art. 15. Na primeira sessão legislativa
indicação precisa das fontes de informação de cada legislatura, a Mesa do Congresso
que lhes serviram de base. (Incluído pela Lei Nacional promoverá a atualização da Con-
Complementar nº 107, de 26.4.2001). solidação das Leis Federais Brasileiras,
Art. 14. Para a consolidação de que trata incorporando às coletâneas que a integram
o art. 13 serão observados os seguintes as emendas constitucionais, leis, decretos
procedimentos: (Redação dada pela Lei Comple- legislativos e resoluções promulgadas du-
mentar nº 107, de 26.4.2001). rante a legislatura imediatamente anterior,
I – O Poder Executivo ou o Poder Legisla- ordenados e indexados sistematicamente.
tivo procederá ao levantamento da legislação SEÇÃO II
federal em vigor e formulará projeto de lei de DA CONSOLIDAÇÃO DE OUTROS ATOS
consolidação de normas que tratem da mesma NORMATIVOS
matéria ou de assuntos a ela vinculados, com a Art. 16. Os órgãos diretamente subordina-
indicação precisa dos diplomas legais expressa dos à Presidência da República e os Ministé-
ou implicitamente revogados; (Redação dada pela rios, assim como as entidades da administração
Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001). indireta, adotarão, em prazo estabelecido em
II – a apreciação dos projetos de lei de decreto, as providências necessárias para,
consolidação pelo Poder Legislativo será feita observado, no que couber, o procedimento a
na forma do Regimento Interno de cada uma que se refere o art. 14, ser efetuada a triagem, o
de suas Casas, em procedimento simplificado, exame e a consolidação dos decretos de conte-
visando a dar celeridade aos trabalhos; (Redação údo normativo e geral e demais atos normati-
dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001). vos inferiores em vigor, vinculados às respec-
III – revogado. (Redação dada pela Lei Com- tivas áreas de competência, remetendo os
plementar nº 107, de 26.4.2001). textos consolidados à Presidência da Repúbli-
§ 1º Não serão objeto de consolidação as ca, que os examinará e reunirá em coletâneas,
medidas provisórias ainda não convertidas em lei. para posterior publicação.
(Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001). Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oi-
§ 2º A Mesa Diretora do Congresso Na- tenta dias do início do primeiro ano do manda-
cional, de qualquer de suas Casas e qualquer to presidencial, promoverá a atualização das
membro ou Comissão da Câmara dos Depu- coletâneas a que se refere o artigo anterior,
tados, do Senado Federal ou do Congresso incorporando aos textos que as integram os
Nacional poderá formular projeto de lei de decretos e atos de conteúdo normativo e geral
consolidação. (Incluído pela Lei Complementar nº editados no último quadriênio.
107, de 26.4.2001). CAPÍTULO IV
§ 3º Observado o disposto no inciso II do DISPOSIÇÕES FINAIS
caput, será também admitido projeto de lei de Art. 18. Eventual inexatidão formal de
consolidação destinado exclusivamente à: norma elaborada mediante processo legisla-
(Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001). tivo regular não constitui escusa válida para
I – declaração de revogação de leis e o seu descumprimento.
dispositivos implicitamente revogados ou Art. 18-A (VETADO) (Incluído pela Lei
cuja eficácia ou validade encontre-se com- Complementar nº 107, de 26.4.2001).
pletamente prejudicada; (Incluído pela Lei Art. 19. Esta Lei Complementar entra
Complementar nº 107, de 26.4.2001). em vigor no prazo de noventa dias, a partir
II – inclusão de dispositivos ou diplo- da data de sua publicação.
mas esparsos em leis preexistentes, revo- Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º
gando-se as disposições assim consolidadas da Independência e 110º da República.
nos mesmos termos do § 1º do art. 13. (Inclu- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
ído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001). Íris Rezende

− 17/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Leis Complementares

− 18/LC −
LEGISLAÇÃO DA AGU Leis Ordinárias

LEIS ORDINÁRIAS

− 1/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Leis Ordinárias

− 2/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 8.682, de 1993
o
LEI N 8.682, DE 14 DE JULHO DE 1993.
Dispõe sobre a remuneração de cargos de
provimento em comissão da Advocacia-Geral
da União, revigora a Lei n o 8.200, de 28 de
junho de 1991, oferecendo nova redação ao
inciso I, do seu art. 3o, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 6o São interrompidos por trinta dias os
Faço saber que o Congresso Nacional decre- prazos relativos à União, contados a partir da
ta e eu sanciono a seguinte lei: vigência desta lei, excetuando-se os precatórios.
Art. 1o A remuneração dos cargos de Parágrafo único. A Fazenda Pública po-
Advogado-Geral da União, de Procurador- derá peticionar perante o Juízo se não pre-
Geral da União, de Procurador-Geral da tender utilizar-se da prorrogação dos prazos
Fazenda Nacional de Consultor-Geral da prevista no caput deste artigo.
União, de Corregedor-Geral da Advocacia Art. 7o No exercício da atribuição pre-
da União, a que se referem os arts. 54 e 55 vista no inciso III do art. 4o da Lei Comple-
da Lei Complementar no 73, de 10 de feve- mentar no 73, de 10 de fevereiro de 1993, o
reiro de 1993, bem como de Procurador Advogado-Geral da União poderá ser auxi-
Regional e de Procurador Seccional, é a liado por membro do Conselho Superior da
constante do anexo a esta lei. Advocacia-Geral da União.
Parágrafo único. O cargo de Advogado- Art. 8o É autorizada a transferência para a
Geral da União confere ao seu titular todos os Advocacia-Geral da União das dotações con-
direitos, deveres e prerrogativas de Ministro signadas à Consultoria-Geral da República.
de Estado, bem assim o tratamento a este Art. 9o As despesas decorrentes desta lei
dispensado. (Transformado em cargo de Ministro de correrão à conta das dotações orçamentárias
Estado pelo art. 24-B da Lei no 9.649, de 1998 - Medida próprias.
Provisória no 2.216-37, de 2001.) Art. 10. São convalidados os atos prati-
Art. 2o São criados, na Advocacia-Geral cados com base na Medida Provisória no
da União, cinco cargos de Procurador Regi- 321, de 14 de maio de 1993.
onal e um de Procurador Seccional. Art. 11. É revigorada a Lei no 8.200, de 28
Art. 3o O quadro de cargos do Grupo- de junho de 1991, passando o inciso I, do seu
Direção e Assessoramento Superiores e de artigo 3o a viger com a seguinte redação:
funções de representação de gabinete da Con- "Art. 3o ...................................................
sultoria-Geral da República é transposto para o I - Poderá ser deduzida, na determinação
gabinete do Advogado-Geral da União e trans- do lucro real, em seis anos-calendário, a
formados em cargos de consultores da União partir de 1993, à razão de 25% em 1993 e de
os cargos de consultores da República. 15% ao ano, de 1994 a 1998, quando se
Art. 4o Aplica-se às funções de represen- tratar de saldo devedor.
tação de gabinete da Consultoria-Geral da ................................................................
República, transpostas para a Advocacia- Art. 12. Esta lei entra em vigor na data
Geral da União, o disposto no art. 13 da Lei de sua publicação.
no 8.460, de 17 de setembro de 1992. Art. 13. Revogam-se as disposições em
Art. 5o As requisições do Advogado- contrário.
Geral da União, na forma do art. 47 da Lei Brasília, 14 de julho de 1993; 172o da
Complementar no 73, de 1993, serão irrecu- Independência e 105o da República.
sáveis até que seja constituído o quadro de ITAMAR FRANCO
pessoal de atividades auxiliares da Advoca- Fernando Henrique Cardoso
cia-Geral da União. Geraldo Magela da Cruz Quintão

− 3/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 8.682, de 1993

ANEXO
QUADRO DE REMUNERAÇÃO DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO A
QUE SE REFERE O ART. 1º DA MEDIDA PROVISÓRIA
CARGO NATUREZA REMUNERAÇÃO
1. ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Especial Cr$ 193.567.918,16
Vencimento % Representação Retribuição
2. Procurador-Geral da União, Procura- Especial 15.106.904,08 100 15.106.904,08 30.213.808,16
dor-Geral da Fazenda Nacional, Consul-
tor-Geral da União e Corregedor-Geral
da Advocacia da União
3. Procurador Regional DAS-6 10.880.313,23 90 9.792.284,60 20.672.600,83
4. Procurador Seccional DAS-4 8.104.136,52 80 6.483.309,21 14.587.445,73

Observações: Os titulares dos cargos referidos nos itens 2, 3 e 4 fazem jus a Gratificação de atividade
pelo desempenho de função de acordo com os fatores constantes do anexo VI da Lei nº. 8.622, de 19 de
janeiro de 1993.

− 4/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 8.844, de 1994
o
LEI N 8.844, DE 20 DE JANEIRO DE 1994.
Dispõe sobre a fiscalização, apuração e cobrança
judicial as contribuições e multas devidas ao
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Faço saber que o Presidente da Repú- § 1º O Fundo de Garantia do Tempo de


blica adotou a Medida Provisória n° 393, de Serviço fica isento de custas nos processos
1993, que o Congresso Nacional aprovou, e judiciais de cobrança de seus créditos. (Inclu-
eu, HUMBERTO LUCENA Presidente do ído pela Lei nº 9.467, de 1997)
Senado Federal, para os efeitos do disposto § 2º As despesas, inclusive as de su-
no parágrafo único do art. 62 da Constitui- cumbência, que vierem a ser incorridas pela
ção Federal, promulgo a seguinte lei: Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e
pela Caixa Econômica Federal, para a reali-
Art. 1° Compete ao Ministério do Traba-
zação da inscrição em Dívida Ativa, do
lho a fiscalização e a apuração das contribu-
ajuizamento e do controle e acompanhamen-
ições ao Fundo de Garantia do Tempo de
to dos processos judiciais, serão efetuadas a
Serviço (FGTS), bem assim a aplicação das
débito do Fundo de Garantia do Tempo de
multas e demais encargos devidos
Serviço. (Incluído pela Lei nº 9.467, de 1997)
Parágrafo único. A Caixa Econômica Fe- § 3º Os créditos relativos ao FGTS gozam
deral (CEF) e a rede arrecadadora prestarão ao dos mesmos privilégios atribuídos aos créditos
Ministério do Trabalho as informações neces- trabalhistas. (Incluído pela Lei nº 9.467, de 1997)
sárias ao desempenho dessas atribuições. § 4o Na cobrança judicial dos créditos do
Art. 2º Compete à Procuradoria-Geral da FGTS, incidirá encargo de 10% (dez por
Fazenda Nacional a inscrição em Dívida cento), que reverterá para o Fundo, para ressar-
Ativa dos débitos para com o Fundo de Ga- cimento dos custos por ele incorridos, o qual
rantia do Tempo de serviço - FGTS, bem será reduzido para 5% (cinco por cento), se o
como, diretamente ou por intermédio da pagamento se der antes do ajuizamento da
Caixa Econômica Federal, mediante convê- cobrança. (Redação dada pela Lei nº 9.964, de 2000)
nio, a representação Judicial e extrajudicial Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de
do FGTS, para a correspondente cobrança, sua publicação.
relativamente à contribuição e às multas e Senado Federal, 20 de janeiro de 1994;
demais encargos previstos na legislação 173° da Independência e 106° da República.
respectiva. (Redação dada pela Lei nº 9.467, de 1997) SENADOR HUMBERTO LUCENA

− 5/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
o
LEI N 9.028, DE 12 DE ABRIL DE 1995.
Dispõe sobre o exercício das atribuições institucio-
nais da Advocacia-Geral da União, em caráter emer-
gencial e provisório, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no que couber, o disposto na parte final do §
Faço saber que o Congresso Nacional 1o e no § 2o deste artigo. (NR) (Redação dada
decreta e eu sanciono a seguinte lei: pela Medida Provisória no 2.180-35, de 2001. Ver § 1o
Art. 1o O exercício das atribuições insti- do art. 17 da Lei n° 10.480, de 2002.)
tucionais previstas na Lei Complementar no Art. 4o Na defesa dos direitos ou interes-
73, de 10 de fevereiro de 1993, dar-se-á, em ses da União, os órgãos ou entidades da
caráter emergencial e provisório, até a cria- Administração Federal fornecerão os ele-
ção e implantação da estrutura administrati- mentos de fato, de direito e outros necessá-
va da Advocacia-Geral da União (AGU), rios à atuação dos membros da AGU, inclu-
nos termos e condições previstos nesta lei. sive nas hipóteses de mandado de seguran-
Art. 2o O Poder Público, por seus ór- ça, habeas data e habeas corpus impetrados
gãos, entes e instituições, poderá, mediante contra ato ou omissão de autoridade federal.
termo, convênio ou ajuste outro, fornecer à § 1o As requisições objeto deste artigo
AGU, gratuitamente, bens e serviços neces- terão tratamento preferencial e serão atendi-
sários à sua implantação e funcionamento. das no prazo nelas assinalado.
Art. 3o Os Procuradores Regionais da § 2o A responsabilidade pela inobser-
União exercerão a coordenação das ativida- vância do disposto neste artigo será apurada
des das Procuradorias da União localizadas na forma da Lei no 8.112, de 11 de dezem-
em sua área de atuação. (Redação dada pela bro de 1990.
Medida Provisória no 2.180-35, de 2001) § 3o O disposto neste artigo aplica-se às
§ 1o O Advogado-Geral da União, requisições feitas pelos representantes judi-
com o objetivo de racionalizar os servi- ciais da União designados na forma do art.
ços, poderá desativar Procuradoria da 69 da Lei Complementar no 73, de 1993.
União situada em Capital de Unidade da § 4o Mediante requisição do Advoga-
Federação onde esteja instalada Procura- do-Geral da União ou de dirigente de
doria Regional, hipótese em que esta Procuradoria da Advocacia-Geral da
absorverá as atribuições daquela. (Redação União, e para os fins previstos no caput,
dada pela Medida Provisória no 2.180-35, de 2001. os órgãos e as entidades da Administração
Ver § 2 o do art. 17 da Lei n° 10.480, de 2002.) Federal designarão servidores para que
§ 2o Ocorrendo a hipótese de que trata atuem como peritos ou assistentes técni-
o § 1o, incumbirá ao Advogado-Geral da cos em feitos específicos, aplicáveis a esta
União dispor sobre a reestruturação da requisição as disposições dos §§ 1o e 2o
Procuradoria Regional, podendo remane- do presente artigo. (NR) (Incluído pela
jar cargos e servidores da Procuradoria Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
desativada. (Redação dada pela Medida Provi- Art. 5o Nas audiências de reclamações
sória no 2.180-35, de 2001. Ver § 2 o do art. 17 da trabalhistas em que a União seja parte, será
Lei n° 10.480, de 2002.) obrigatório o comparecimento de preposto
§ 3o A reestruturação e o remaneja- que tenha completo conhecimento do fato
mento de que trata o § 2o serão possíveis objeto da reclamação, o qual, na ausência do
inclusive na hipótese de coexistência das representante judicial da União, entregará a
duas Procuradorias, se conveniente a contestação subscrita pelo mesmo.
utilização de estrutura de apoio única para Art. 6o A intimação de membro da Ad-
atender a ambas. vocacia-Geral da União, em qualquer caso,
§ 4o Com a mesma finalidade de racio- será feita pessoalmente.185
nalização de serviços, fica o Advogado-
Geral da União igualmente autorizado a 185
Ver o art. 20 da Lei nº 11.033, de 21.12.2004:
desativar ou deixar de instalar Procuradoria “Art. 20. As intimações e notificações de que tratam
Seccional da União, aplicando-se à hipótese, os arts. 36 a 38 da Lei Complementar no 73, de 10 de
− 6/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
o
§ 1 O disposto neste artigo se aplica aos jurídico de empresa pública ou sociedade de
representantes judiciais da União designados economia mista, a se desenvolverem em
na forma do art. 69 da Lei Complementar no sede judicial ou extrajudicial.
73, de 1993. Parágrafo único. Poderão ser cometidas, à
§ 2o As intimações a serem concretizadas Câmara competente da Advocacia-Geral da
fora da sede do juízo serão feitas, necessaria- União, as funções de executar a integração e a
mente, na forma prevista no art. 237, inciso II, coordenação previstas neste artigo. (NR) (Inclu-
do Código de Processo Civil. (NR) (Incluído pela ído pela Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
o
Medida Provisória n 2.180-35, de 2001.) Art. 8o-D. É criado o Departamento de
Art. 7o O vencimento básico dos cargos Cálculos e Perícias da Advocacia-Geral da
efetivos de Advogado da União, criados União, integrante da estrutura organizacio-
pelo art. 62 da Lei Complementar no 73, de nal da Procuradoria-Geral da União e ao
1993, é o fixado no Anexo I desta lei.186 titular desta imediatamente subordinado.
Parágrafo único. Os Advogados da Uni- § 1o Ao Departamento de Cálculos e Pe-
ão farão jus, além do vencimento básico, à rícias compete, especialmente:
Gratificação de Atividade, instituída pela I - supervisionar, coordenar, realizar, re-
Lei Delegada no 13, de 27 de agosto de ver e acompanhar os trabalhos técnicos, de
1992187, no percentual de cento e sessenta cálculo e periciais, referentes aos feitos de
por cento, bem como à gratificação a que se interesse da União, de suas autarquias e
refere o art. 7o da Lei no 8.460, de 17 de fundações públicas, às liquidações de sen-
setembro de 1992, conforme valores cons- tença e aos processos de execução; e
tantes do Anexo I desta lei. II - examinar os cálculos constantes dos
Art. 8o São criadas quarenta e uma Pro- precatórios judiciários de responsabilidade
curadorias Seccionais da União, a serem da União, das autarquias e fundações públi-
implantadas, conforme a necessidade do cas federais, antes do pagamento dos respec-
serviço, nas cidades onde estejam instaladas tivos débitos.
varas da Justiça Federal. § 2o O Departamento de Cálculos e Pe-
Art. 8o-A. (Incluído pela Medida Provisória no rícias participará, nos aspectos de sua com-
2.180, de 2001 e revogado pela Lei no 10.480, de 2002.) petência, do acompanhamento, controle e
Art. 8o-B. São instituídas na Advocacia- centralização de precatórios, de interesse da
Geral da União, com funções de integração Administração Federal direta e indireta,
e coordenação, a Câmara de Atividades de atribuídos à Advocacia-Geral da União pela
Contencioso e a Câmara de Atividades de Lei no 9.995, de 25 de julho de 2000. 188
Consultoria. § 3o As unidades, das autarquias e funda-
Parágrafo único. As Câmaras objeto do ções públicas, que tenham a seu cargo as
caput terão disciplinamento em ato do matérias de competência do Departamento de
Advogado-Geral da União. (NR) (Incluído Cálculos e Perícias, da Advocacia-Geral da
pela Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.) União, atuarão sob a supervisão técnica deste.
Art. 8o-C. O Advogado-Geral da União,
na defesa dos interesses desta e em hipóte- 188
Ver a seguir o art. 29 da Lei nº 11.178, de 20.9.2005,
ses as quais possam trazer reflexos de natu- que “Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da Lei
reza econômica, ainda que indiretos, ao Orçamentária de 2006”:
erário federal, poderá avocar, ou integrar e “Art. 29. Para fins de acompanhamento, controle e cen-
coordenar, os trabalhos a cargo de órgão tralização, os órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta e indireta submeterão os processos referentes
ao pagamento de precatórios à apreciação da Advocacia-
fevereiro de 1993, inclusive aquelas pertinentes a Geral da União, pelo prazo de até 90 (noventa) dias, antes
processos administrativos, quando dirigidas a Procura- do atendimento da requisição judicial, observadas as normas
dores da Fazenda Nacional, dar-se-ão pessoalmente e orientações baixadas por aquela unidade.
mediante a entrega dos autos com vista.” Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput
186
Ver a Medida Provisória nº 305, de 2006, que fixa o deste artigo, o Advogado-Geral da União poderá incumbir
subsídio das carreiras da AGU. os órgãos jurídicos das autarquias e fundações públicas, que
187
Ver a Medida Provisória nº 305, de 2006, que fixa o lhe são vinculados, do exame dos processos pertinentes aos
subsídio das carreiras da AGU. precatórios devidos por essas entidades.”
− 7/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
o
§ 4 Os órgãos e entidades da Adminis- da União, de que trata o art. 69 da Lei Com-
tração Federal prestarão, ao Departamento plementar no 73, de 1993.
de Cálculos e Perícias, o apoio que se faça § 4o Excepcionalmente, o Advogado-Geral
necessário ao desempenho de suas ativida- da União poderá designar, para ter exercício
des, inclusive colocando à sua disposição nos Núcleos de Assessoramento Jurídico,
pessoal especializado. outros membros efetivos da Advocacia-Geral
§ 5o O Advogado-Geral da União disporá, da União, bem como Procuradores Federais.
nos termos do art. 45 da Lei Complementar no § 5o Os Núcleos de Assessoramento Jurí-
73, de 1993, sobre o Departamento de Cálculos dico integram a Consultoria-Geral da União.
e Perícias e editará os demais atos necessários § 6o Os recursos eventualmente necessá-
ao cumprimento do disposto neste artigo. (NR) rios à instalação e manutenção dos Núcleos
(Incluído pela Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.) de Assessoramento Jurídico, correrão à
Art. 8o-E. É criada, na Procuradoria- conta de dotações orçamentárias da Advo-
Geral da União, a Coordenadoria de Ações cacia-Geral da União.
de Recomposição do Patrimônio da União, § 7o O Advogado-Geral da União edita-
com a finalidade de recuperar perdas patri- rá ato, nos termos do art. 45 da Lei Com-
moniais sofridas pela União, à qual incumbe plementar no 73, de 1993, dispondo sobre os
também a execução de títulos judiciais e Núcleos de Assessoramento Jurídico de que
extrajudiciais, inclusive os expedidos pelo trata este artigo. (NR) (Incluído pela Medida
Tribunal de Contas da União. Provisória no 2.180-35, de 2001.)
Parágrafo único. As demais Procuradorias “Art. 8o-G. São criadas, na Consultoria
da União poderão ter unidades com semelhan- Jurídica do Ministério da Defesa, as Consul-
tes atribuições, conforme dispuser ato do torias Jurídicas-Adjuntas dos Comandos da
Advogado-Geral da União. (NR) (Incluído pela Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.) ficando extintas as Consultorias Jurídicas
Art. 8o-F. O Advogado-Geral da União dos antigos Ministérios Militares.
poderá instalar Núcleos de Assessoramento § 1o As Consultorias Jurídicas-Adjuntas
Jurídico nas Capitais dos Estados e, quando objeto deste artigo terão competência espe-
o interesse do serviço recomendar, em ou- cializada, cabendo-lhes, no respectivo âmbi-
tras cidades. to de atuação e no que couber, os poderes
§ 1o Incumbirão aos Núcleos atividades de funcionais previstos no art. 11 da Lei Com-
assessoramento jurídico aos órgãos e autorida- plementar no 73, de 1993, sem prejuízo da
des da Administração Federal Direta localiza- competência geral da Consultoria Jurídica
dos fora do Distrito Federal, quanto às matérias do Ministério da Defesa.
de competência legal ou regulamentar dos § 2o Os cargos em comissão de Consul-
órgãos e autoridades assessorados, sem prejuí- tor Jurídico-Adjunto decorrentes do que
zo das competências das Consultorias Jurídicas dispõe este artigo serão DAS 101.4.
dos respectivos Ministérios. § 3o Na aplicação do disposto no § 2o,
§ 2o As matérias específicas do Ministé- são remanejados, dos Comandos da Mari-
rio ao qual pertença o órgão ou a autoridade nha, do Exército e da Aeronáutica para a
assessorados, que requeiram a manifestação Secretaria de Gestão do Ministério do Plane-
da Consultoria Jurídica, serão a esta enca- jamento, Orçamento e Gestão, três cargos
minhadas pelo Coordenador do Núcleo de DAS 101.5 das extintas Consultorias Jurídi-
Assessoramento Jurídico. cas, e, da Secretaria de Gestão para o Minis-
§ 3o O Advogado-Geral da União provi- tério da Defesa, três cargos DAS 101.4.
denciará a lotação, nos Núcleos de Assesso- § 4o O Advogado-Geral da União dispo-
ramento Jurídico, dos Assistentes Jurídicos rá, em ato próprio, editado nos termos do
integrantes da Advocacia-Geral da União, art. 45 da Lei Complementar no 73, de 1993,
inclusive do quadro suplementar, que este- sobre a competência, a estrutura e o funcio-
jam em exercício em cidade sede dos referi- namento da Consultoria Jurídica do Ministé-
dos Núcleos, respeitados os casos de cessão rio da Defesa e respectivas Consultorias
a outros órgãos ou entidades, bem como os Jurídicas-Adjuntas. (NR) (Incluído pela Medida
de designação como representante judicial Provisória no 2.180-35, de 2001.)
− 8/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
o
Art. 9 São criados um cargo de Diretor- boração temporária membros efetivos da
Geral de Administração, DAS 101.5, quatro Advocacia-Geral da União, Procuradores
cargos de Coordenador-Geral, DAS 101.4, Autárquicos, Assistentes Jurídicos e Advoga-
um cargo de Assessor Jurídico, DAS 102.3, dos de outras entidades, seja em atividades de
dois cargos de Coordenador, DAS 101.3, representação judicial ou de consultoria e
nove cargos de Chefe de Divisão, DAS assessoramento jurídicos, estando, enquanto
101.2, dois cargos de Chefe de Serviço, DAS durar a colaboração temporária, investidos dos
101.1, dois cargos de Oficial-de-Gabinete, mesmos poderes conferidos aos integrantes do
DAS 101.1, destinados à composição da respectivo Órgão Vinculado. (NR) (Incluído pela
Diretoria-Geral de Administração; vinte e Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
sete cargos de Procurador-Chefe, DAS 101.5, Art. 11-B. A representação judicial da
titulares das Procuradorias da União nos União, quanto aos assuntos confiados às
Estados e no Distrito Federal, de que trata o autarquias e fundações federais relacionadas
art. 2o, inciso II, alínea a, da Lei Complemen- no Anexo V a esta Lei, passa a ser feita
tar no 73, de 1993; quarenta cargos de Procu- diretamente pelos órgãos próprios da Advo-
rador Seccional da União, DAS 101.4, três cacia-Geral da União, permanecendo os
cargos de Adjunto do Advogado-Geral da Órgãos Jurídicos daquelas entidades respon-
União, DAS 102.5, três cargos de Adjunto do sáveis pelas respectivas atividades de con-
Procurador-Geral da União, DAS 102.4, e sultoria e assessoramento jurídicos. (Ver art.
dois cargos de Assessor Jurídico, DAS 102.3. 14, parágrafo único, da Lei no 10.480, de 2002.)
o
(Ver art. 13 da Medida Provisória n 2.180-35, de 2001, § 1o Os Procuradores Autárquicos, Assis-
e art. 17, § 1o, da Lei no 10.480, de 2002.) tentes Jurídicos e Advogados integrantes dos
Art. 10. As Procuradorias da União têm quadros das entidades de que trata o caput
sede nas capitais dos Estados e as Procuradori- neles permanecerão, até que lei disponha sobre
as Seccionais da União, nas cidades onde a nova forma de representação judicial, direta e
estejam instaladas varas da Justiça Federal. indireta, da União, consideradas as suas enti-
Art. 11. A União poderá, perante Tribunal dades autárquicas e fundacionais, bem como
situado fora da sede de Procuradoria Regional, sobre a prestação de consultoria e assessora-
ser representada por seu Procurador-Chefe. mento jurídicos a essas entidades.
Art. 11-A. Fica autorizada a Advocacia- § 2o Os órgãos jurídicos das entidades
Geral da União a assumir, por suas Procurado- relacionadas no Anexo V desta Lei continu-
rias, temporária e excepcionalmente, a repre- arão, até 7 de julho de 2000, como co-
sentação judicial de autarquias ou fundações responsáveis pela representação judicial
públicas nas seguintes hipóteses: (Ver art. 14, quanto aos assuntos de competência da
parágrafo único, da Lei no 10.480, de 2002.) respectiva autarquia ou fundação.
I - ausência de procurador ou advogado; § 3o As citações, intimações e notificações das
II - impedimento dos integrantes do ór- autarquias e fundações relacionadas no Anexo V
gão jurídico. desta Lei, bem como nas hipóteses de que trata o
§ 1o A representação judicial extraordi- art. 11-A, serão feitas às respectivas Procuradorias
nária prevista neste artigo poderá ocorrer da Advocacia-Geral da União, asseguradas aos
por solicitação do dirigente da entidade ou seus membros, no exercício da representação
por iniciativa do Advogado-Geral da União. judicial de que trata o art. 11-A e este artigo, as
§ 2o A inexistência de órgão jurídico in- prerrogativas processuais previstas em lei.
tegrante da respectiva Procuradoria ou § 4o Os Órgãos Jurídicos das entidades de
Departamento Jurídico, em cidade sede de que trata o caput, juntamente com os respecti-
Órgão judiciário perante o qual corra feito vos Órgãos da Advocacia-Geral da União, no
de interesse de autarquia ou fundação da prazo de sessenta dias, farão o levantamento
União, configura a hipótese de ausência dos processos judiciais em andamento, indi-
prevista no inciso I deste artigo. cando a fase em que se encontram.
§ 3o O Advogado-Geral da União, com a § 5o Até o advento da Lei referida no § 1o
finalidade de suprir deficiências ocasionais de deste artigo, o Advogado-Geral da União, de
Órgãos Vinculados à Advocacia-Geral da ofício ou mediante proposta de dirigente de
União, poderá designar para prestar-lhes cola- Procuradoria da União, poderá designar Procu-
− 9/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
o
radores Autárquicos, Advogados e Assistentes § 1 A Gratificação Temporária será pa-
Jurídicos das entidades relacionadas no Anexo ga de acordo com os níveis e fatores cons-
V desta Lei para terem exercício nas Procura- tantes do Anexo III, aplicados sobre o valor
dorias da Advocacia-Geral da União. do vencimento básico do cargo efetivo de
§ 6o A Procuradoria-Geral da Fundação Advogado da União de Categoria Especial.
Nacional do Índio permanece responsável § 2o Os critérios para a atribuição da
pelas atividades judiciais que, de interesse Gratificação Temporária serão estabelecidos
individual ou coletivo dos índios, não se con- em decreto.
fundam com a representação judicial da União. § 3o A Gratificação Temporária, compatí-
§ 7o Na hipótese de coexistirem, em determi- vel com as demais vantagens atribuídas ao
nada ação, interesses da União e de índios, a cargo efetivo ou ao emprego permanente do
Procuradoria-Geral da Fundação Nacional do servidor, não se incorpora ao vencimento nem
Índio ingressará no feito juntamente com a Procu- aos proventos de aposentadoria ou de pensão, e
radoria da Advocacia-Geral da União. (NR) não servirá de base de cálculo para quaisquer
(Incluído pela Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.) outros benefícios, vantagens, ou contribuições
Art. 12. O disposto no art. 14 da Lei no 8.460, previdenciárias ou de seguridade.
de 17 de dezembro de 1992, não se aplica à § 4o A Gratificação Temporária não po-
escolha dos ocupantes dos cargos em comissão da derá ser atribuída a ocupantes de cargo ou
AGU, até que tenha sido organizado seu quadro função de confiança ou a titular de gratifica-
de cargos efetivos e regularmente investidos os ção de representação de gabinete.
titulares de sessenta por cento destes. § 5o O pagamento da Gratificação Temporá-
Art. 13. O Anexo II à Lei no 8.383, de ria cessará para os representantes judiciais da
30 de dezembro de 1991, passa a vigorar na União designados na forma do art. 69 da Lei
forma do Anexo II desta lei. Complementar no 73, de 1993, na data de vigên-
Art. 14. O preenchimento dos cargos cia da lei a que se refere o parágrafo único do
previstos nesta lei dar-se-á segundo a neces- art. 26 da Lei Complementar no 73, de 1993.
sidade do serviço e na medida das disponibi- § 6o A Gratificação Temporária não será
lidades orçamentárias. computada para os efeitos do art. 12 da Lei
Art. 15. Fica o Ministério da Fazenda no 8.460, de 1992.
com a responsabilidade de prestar o apoio § 7o (Incluído pela Medida Provisória no 2.180-
necessário à instalação e ao funcionamento 35, de 2001, e revogado pela Lei no 10.480, de 2002.)
da Procuradoria-Geral da União, em todo o Art. 18. Os cargos em comissão de As-
território nacional. sessor Técnico transpostos para o Gabinete
Parágrafo único. O apoio de que trata este do Advogado-Geral da União, conforme o
artigo compreende o fornecimento de recursos disposto no art. 3o da Lei no 8.682, de 14 de
materiais e financeiros, e será especificado
pelo Advogado-Geral da União.
Art. 16. A Secretaria de Controle Interno “Art. 11. Os servidores ocupantes de cargos efeti-
da Presidência da República fica responsável vos em exercício na Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional e em suas unidades, no desempenho de ativida-
pelas atividades de controle interno da AGU,
des de apoio administrativo, farão jus à Gratificação
até a criação do órgão próprio da Instituição. Temporária - GT instituída pelo art. 17 da Lei no 9.028,
Art. 17. Até que sejam implantados os de 12 de abril de 1995, observado o seguinte:
quadros de cargos efetivos da Advocacia- I - a gratificação será atribuída pelo Procurador-
Geral da União, o Advogado-Geral da Uni- Geral da Fazenda Nacional a, no máximo, novecentos e
ão poderá atribuir a servidor em exercício e setenta e dois servidores, e obedecerá aos mesmos
a representante judicial da União, designado critérios e valores previstos para os de mesmo nível em
na forma do art. 69 da Lei Complementar no exercício na Advocacia-Geral da União;
73, de 1993, Gratificação Temporária pelo II – o pagamento da gratificação será devido até que
seja definida e implementada a estrutura de apoio adminis-
exercício na Advocacia-Geral da União,
trativo da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
observado o disposto neste artigo.189 (Redação dada pela Lei nº 10.522, de 19.7.2002)
III - não se incluem entre os beneficiários da grati-
ficação os servidores que integram carreiras específicas
189
Ver disposições da Lei nº 9.641, de 25.5.1998: de órgãos ou entidades do Ministério da Fazenda.”
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
o
julho de 1993, serão providos por profissio- § 1 Nas situações previstas no inciso II,
nais idôneos de nível superior. a transposição objeto deste artigo abrange os
Art. 19. São transpostos para as carreiras cargos e seus titulares.
da Advocacia-Geral da União os atuais § 2o A transposição de servidor egresso
cargos efetivos de Subprocurador-Geral da de autarquia ou fundação pública federal,
Fazenda Nacional e Procurador da Fazenda prevista no inciso II, alíneas "a" e "b", al-
Nacional, como os de Assistente Jurídico da cança tão-somente aquele que passou a
Administração Federal direta, os quais: integrar a Administração direta em decor-
I - tenham titulares cuja investidura haja rência da extinção ou da alteração da natu-
observado as pertinentes normas constitucio- reza jurídica da entidade à qual pertencia, e
nais e ordinárias, anteriores a 5 de outubro de desde que as atribuições da respectiva enti-
1988, e, se posterior a essa data, tenha decorri- dade e o seu quadro de pessoal tenham sido,
do de aprovação em concurso público ou da por lei, absorvidos por órgãos da Adminis-
incidência do § 3o do art. 41 da Constituição; tração direta.
II - estejam vagos. § 3o Às transposições disciplinadas neste
§ 1o Nas hipóteses previstas no inciso I, artigo aplicam-se, também, a correlação e os
a transposição objeto deste artigo abrange os procedimentos constantes do art. 19 desta
cargos e seus titulares. Lei (§§ 2o, 3o e 4o).
§ 2o A transposição deve observar a cor- § 4o As transposições de que trata este
relação estabelecida no Anexo IV. artigo serão formalizadas em ato declarató-
§ 3o À Advocacia-Geral da União incumbe rio do Advogado-Geral da União.
examinar, caso a caso, a licitude da investidura § 5o Os eventuais efeitos financeiros,
nos cargos a que se refere este artigo. das transposições em referência, somente
§ 4o Verificada a ocorrência de investidura serão devidos, aos seus beneficiários, a
ilegítima, ao Advogado-Geral da União compe- partir da data em que publicado o ato decla-
te adotar, ou propor, as providências cabíveis. ratório, objeto do § 4o.
§ 5o As transposições efetivadas por este § 6o Os titulares máximos dos órgãos da
artigo alcançaram tão-somente servidores Administração Federal direta, nos quais
estáveis no serviço público, mencionados no existam cargos na situação descrita no caput
item I do caput. (NR) (Incluído pela Medida e inciso I, deverão indicá-los à Advocacia-
Provisória no 2.180-35, de 2001.) Geral da União, por intermédio do Ministé-
Art. 19-A. São transpostos, para a Carreira de rio do Planejamento, Orçamento e Gestão,
Assistente Jurídico da Advocacia-Geral da União, explicitando, relativamente a cada cargo
os atuais cargos efetivos da Administração Federal vago, sua origem, evolução, atribuições e
direta, privativos de bacharel em Direito, cujas regência normativa.
atribuições, fixadas em ato normativo hábil, te- § 7o Cada caso deverá ser instruído pelo
nham conteúdo eminentemente jurídico e corres- órgão de recursos humanos do respectivo
pondam àquelas de assistência fixadas aos cargos Ministério ou Secretaria de Estado, com a
da referida Carreira, ou as abranjam, e os quais: documentação necessária a comprovar que o
I - estejam vagos; ou servidor atende ao disposto neste artigo,
II - tenham como titulares servidores, após o que deverá ser encaminhado ao
estáveis no serviço público, que: Advogado-Geral da União, na forma por ele
a) anteriormente a 5 de outubro de 1988 já regulamentada, acompanhado de manifesta-
detinham cargo efetivo, ou emprego perma- ção conclusiva do respectivo órgão de asses-
nente, privativo de bacharel em Direito, de soramento jurídico. (NR) (Incluído pela
conteúdo eminentemente jurídico, nos termos Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
do caput, na Administração Federal direta, Art. 20. Passam a ser de trinta e seis me-
autárquica ou fundacional, conforme as nor- ses os prazos fixados nos arts. 66 e 69,
mas constitucionais e legais então aplicáveis; parágrafo único, da Lei Complementar no
b) investidos após 5 de outubro de 1988, 73, de 1993. (Prazo prorrogado até 11.2.2003 pela
o tenham sido em decorrência de aprovação Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
em concurso público ou da aplicação do § 3o Art. 21. Aos titulares dos cargos de Ad-
do art. 41 da Constituição. vogado da União, de Procurador da Fazenda
− 11/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
Nacional e de Assistente Jurídico das res- decorrência do cumprimento de dever
pectivas carreiras da Advocacia-Geral da constitucional, legal ou regulamentar,
União incumbe representá-la judicial e responderem a inquérito policial ou a
extrajudicialmente, bem como executar as processo judicial.
atividades de assessoramento jurídico do § 2o O Advogado-Geral da União, em
Poder Executivo, conforme dispuser ato ato próprio, poderá disciplinar a representa-
normativo do Advogado-Geral da União. ção autorizada por este artigo. (NR) (Redação
(NR) (Redação dada pela Medida Provisória no dada pela Lei no 9.649, de 1998 - Medida Provisória
2.180-35, de 2001.) no 2.216-37, de 2001.) (*)
Art. 22. A Advocacia-Geral da União e Art. 23. O Advogado-Geral da União
os seus órgãos vinculados, nas respectivas editará os atos necessários ao cumprimento
áreas de atuação, ficam autorizados a re- do disposto nesta lei.
presentar judicialmente os titulares e os Art. 24. As despesas decorrentes desta
membros dos Poderes da República, das lei correrão à conta das dotações orçamentá-
Instituições Federais referidas no Título rias próprias.
IV, Capítulo IV, da Constituição, bem Art. 24-A. A União, suas autarquias e
como os titulares dos Ministérios e demais fundações, são isentas de custas e emolu-
órgãos da Presidência da República, de mentos e demais taxas judiciárias, bem
autarquias e fundações públicas federais, e como de depósito prévio e multa em ação
de cargos de natureza especial, de direção e rescisória, em quaisquer foros e instâncias.
assessoramento superiores e daqueles Parágrafo único. Aplica-se o disposto
efetivos, inclusive promovendo ação penal neste artigo a todos os processos administra-
privada ou representando perante o Minis- tivos e judiciais em que for parte o Fundo de
tério Público, quando vítimas de crime, Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, seja
quanto a atos praticados no exercício de no pólo ativo ou passivo, extensiva a isen-
suas atribuições constitucionais, legais ou ção à pessoa jurídica que o representar em
regulamentares, no interesse público, espe- Juízo ou fora dele. (NR) (Incluído pela Medida
cialmente da União, suas respectivas autar- Provisória no 2.180-35, de 2001.)
quias e fundações, ou das Instituições Art. 25. Esta lei entra em vigor na data
mencionadas, podendo, ainda, quanto aos de sua publicação.
mesmos atos, impetrar habeas corpus e Art. 26. Revogam-se as disposições em
mandado de segurança em defesa dos contrário.
agentes públicos de que trata este artigo.190 Brasília, 12 de abril de 1995; 174o da
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se Independência e 107o da República.
aos ex-titulares dos cargos ou funções refe- _____________________________
(*)
ridos no caput, e ainda: Observa-se, quanto ao art. 22 da Lei nº 9.028, de
I - aos designados para a execução dos 1995, que permanecem válidas as alterações trazidas pelo
art. 50 da Lei nº 9.649, de 27.5.1998, alterado pela
regimes especiais previstos na Lei no 6.024,
Medida Provisória nº 2.216-37, de 31.8.2001, visto que o
de 13 de março de 1974, nos Decretos-leis art. 59 da Lei nº 10.683, de 28.5.2003, revogou apenas as
nos 73, de 21 de novembro de 1966, e 2.321, disposições da Lei nº 9.649, de 27.5.1998, com as
de 25 de fevereiro de 1987; e alterações introduzidas pela Medida Provisória no 2.216-
II - aos militares das Forças Armadas 37, de 2001 que fossem contrárias à Lei nº 10.683, de
e aos integrantes do órgão de segurança 2003 e, como esta última sequer tratou da matéria
do Gabinete de Segurança Institucional da contida no art. 50 da Lei nº 9.649, de 1998 (art. 22 da Lei
Presidência da República, quando, em nº 9.028, de 1995) não foram revogadas as referidas
alterações. Veja-se o inteiro teor do art. 59 da Lei nº
10.683, de 2003:
190
Ver o Decreto no 2.752, de 26 de agosto de 1998, “Art. 59. Revogam-se as disposições em contrá-
que “estabelece condições para prestação de assis- rio, especialmente as da Lei n o 9.649, de 27 de maio
tência judicial aos servidores integrantes da Carrei- de 1998, com as alterações introduzidas pela
ra Auditoria do Tesouro Nacional e aos titulares de Medida Provisória n o 2.216-37, de 31 de agosto de
cargos de Direção e Assessoramento Superiores, em 2001, e os §§ 1 o e 2 o do art. 2 o da Lei n o 8.442, de
ações decorrentes do exercício de cargo na Secreta-
14 de julho de 1992.”
ria da Receita Federal.”
− 12/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995

ANEXO I191
Advocacia-Geral da União (AGU)
Denominação Vencimento (R$) Artigo 7º (R$)
Advogado da União de Categoria Especial 524,30 208,64
Advogado da União de 1ª Categoria 490,57 199,43
Advogado da União de 2ª Categoria 458,43 190,63

ANEXO II
Advocacia-Geral da União (AGU)
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional

Carreira de Procurador da Fazenda Nacional


Denominação Classe Quantidade
Subprocurador-Geral 40
Procurador da Fazenda Nacional 1ª Categoria 155
2ª Categoria 405

ANEXO III
Advocacia-Geral da União (AGU)

Nível Fator
GT-I 0,90
GT-II 0,65
GT-III 0,40
GT-IV 0,30
Base de Cálculo: Vencimento básico do Cargo efetivo de Advogado da União de Categoria Especial. 192

ANEXO IV
Advocacia-Geral da União (AGU)

- Subprocurador-Geral da Fazenda Nacional Procurador da Fazenda Nacional de Categoria Especial


Procurador da Fazenda Nacional de 1ª Categoria Procurador da Fazenda Nacional de 1ª Categoria
- Procurador da Fazenda Nacional de 2ª Categoria Procurador da Fazenda Nacional de 2ª Categoria
- Assistente Jurídico, Classe A - Assistente Jurídico de Categoria Especial
- Assistente Jurídico, Classe B - Assistente Jurídico de 1ª Categoria
- Assistente Jurídico, Classe C e D - Assistente Jurídico de 2ª Categoria

191
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das carreiras da AGU.
192
Base de cálculo alterada pelo art. 41, § 2°, da MP 2.229-43, de 2001, passando as GTs a terem valores fixos em
reais. Ver também os arts. 7º e 8º da Lei nº 10.480, de 2002, alterados pela Lei nº 10.907, de 2004.
− 13/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995
ANEXO V
(Acrescentado pelo art. 11-B da Lei no 9.028, de 1995)

Entidades vinculadas ao Ministério da Educação:


1. Centro Federal de Educação Tecnológica "Celso Suckow da Fonseca"
2. Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia
3. Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba
4. Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas
5. Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos
6. Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás
7. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
8. Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas
9. Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco
10. Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina
11. Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis
12. Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo
13. Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará
14. Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo
15. Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão
16. Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará
17. Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
18. Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí
19. Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte
20. Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas
21. Escola Agrotécnica Federal Antônio José Teixeira
22. Escola Agrotécnica Federal de Alegre
23. Escola Agrotécnica Federal de Alegrete
24. Escola Agrotécnica Federal de Araguatins
25. Escola Agrotécnica Federal de Bambui
26. Escola Agrotécnica Federal de Barbacena
27. Escola Agrotécnica Federal de Barreiros
28. Escola Agrotécnica Federal de Belo Jardim
29. Escola Agrotécnica Federal de Cáceres
30. Escola Agrotécnica Federal de Castanhal
31. Escola Agrotécnica Federal de Catu
32. Escola Agrotécnica Federal de Ceres
33. Escola Agrotécnica Federal de Codó
34. Escola Agrotécnica Federal de Colatina
35. Escola Agrotécnica Federal de Colorado do Oeste
36. Escola Agrotécnica Federal de Concórdia
37. Escola Agrotécnica Federal de Crato
38. Escola Agrotécnica Federal de Cuiabá
39. Escola Agrotécnica Federal de Iguatu
40. Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes
41. Escola Agrotécnica Federal de Januária
42. Escola Agrotécnica Federal de Machado
43. Escola Agrotécnica Federal de Manaus
44. Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho

− 14/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995

45. Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul


46. Escola Agrotécnica Federal de Rio Pomba
47. Escola Agrotécnica Federal de Rio Verde
48. Escola Agrotécnica Federal de Salinas
49. Escola Agrotécnica Federal de Santa Inês
50. Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa
51. Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão
52. Escola Agrotécnica Federal de São Gabriel da Cachoeira
53. Escola Agrotécnica Federal de São João Evangelista
54. Escola Agrotécnica Federal de São Luís
55. Escola Agrotécnica Federal de São Vicente do Sul
56. Escola Agrotécnica Federal de Satuba
57. Escola Agrotécnica Federal de Senhor do Bonfim
58. Escola Agrotécnica Federal de Sertão
59. Escola Agrotécnica Federal de Sombrio
60. Escola Agrotécnica Federal de Sousa
61. Escola Agrotécnica Federal de Uberaba
62. Escola Agrotécnica Federal de Uberlândia
63. Escola Agrotécnica Federal de Urutai
64. Escola Agrotécnica Federal de Vitória de Santo Antão
65. Escola Agrotécnica Federal Presidente Juscelino Kubitschek
66. Escola Técnica Federal de Mato Grosso
67. Escola Técnica Federal de Ouro Preto
68. Escola Técnica Federal de Palmas
69. Escola Técnica Federal de Porto Velho
70. Escola Técnica Federal de Rolim de Moura
71. Escola Técnica Federal de Roraima
72. Escola Técnica Federal de Santa Catarina
73. Escola Técnica Federal de Santarém
74. Escola Técnica Federal de Sergipe
75. Colégio Pedro II
76. Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas
77. Escola Federal de Engenharia de Itajubá
78. Escola Superior de Agricultura de Mossoró
79. Faculdade de Ciências Agrárias do Pará
80. Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro
81. Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina
82. Fundação de Ensino Superior de São João del Rei
83. Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre
84. Fundação Joaquim Nabuco
85. Universidade Federal de Pelotas
86. Universidade Federal do Piauí
87. Fundação Universidade Federal de Rondônia
Entidade vinculada ao Ministério do Esporte e Turismo:
88. EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
Entidades vinculadas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:
89. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA
90. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
− 15/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.028, de 1995

Entidade vinculada ao Ministério dos Transportes:


91. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER
Entidade vinculada ao Ministério da Justiça:
92. Fundação Nacional do Índio - FUNAI
Entidade vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:
93. Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA
Entidades vinculadas ao Ministério da Saúde:
94. Fundação Nacional de Saúde
95. Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
Entidade vinculada ao Ministério da Integração Nacional:
96. Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM

− 16/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.366, de 1996
o
LEI N 9.366, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1996.
Dispõe sobre os quadros de cargos do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS da
Advocacia-Geral da União, do Ministério da
Fazenda, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, da União, de que trata o art. 20 da Lei Com-
Faço saber que o Congresso Nacional decre- plementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993,
ta e eu sanciono a seguinte Lei: e os Juízes do Tribunal Marítimo instituído
Art. 1o São criados e reclassificados, na pela Lei no 2.180, de 5 de fevereiro de 1954,
Advocacia-Geral da União, os cargos cons- com as modificações introduzidas pela
tantes dos Anexos I a VI. legislação ulterior.
Art. 2o São criados no Ministério da Fa- Art. 6o Ficam prorrogados, por mais 24
zenda, a serem alocados na Secretaria da meses, a partir do seu término, os prazos
Receita Federal, 276 cargos em comissão do referidos no art. 20 da Lei n° 9.028, de 12 de
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores abril de 1995. (Prazo prorrogado até 11.2.2003.
- DAS, sendo dezoito cargos DAS 101.3, 84 Ver art. 26 da Lei no 9.651, de 1998, e art. 5o da
cargos DAS 101.2 e 174 cargos DAS 101.1. Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
Art. 3o São criados na Superintendência Art. 7o São criados seiscentos cargos
Nacional do Abastecimento - SUNAB 36 de Procurador da Fazenda Nacional, dis-
cargos em comissão do Grupo-Direção e tribuídos pelas categorias de que trata o
Assessoramento Superiores - DAS, sendo art. 20, inciso II, da Lei Complementar no
um cargo DAS 101.6, quatro cargos DAS 73, de 10 de fevereiro de 1993, conforme
101.4, oito cargos DAS 101.3, quatorze o Anexo VII.
cargos DAS 101.2, seis cargos DAS 101.1 e Art. 8o São criadas dezesseis Procurado-
três cargos DAS 102.2. rias Seccionais da União e 26 Procuradorias
§ 1o São igualmente criadas na SUNAB Seccionais da Fazenda Nacional, a serem
194 Funções Gratificadas - FG, sendo 147 implantadas, conforme a necessidade do
FG-1, treze FG-2 e 34 FG-3. serviço, nas cidades onde estejam instaladas
§ 2o Para a reestruturação da SUNAB, varas da Justiça Federal.
fica o Poder Executivo autorizado a alterar a Parágrafo único. Ficam igualmente
denominação e a especificação dos cargos criados dezesseis cargos de Procurador
em comissão do Grupo-Direção e Assesso- Seccional da União, DAS 101.4, e 26
ramento Superiores, sem aumento de despe- cargos de Procurador Seccional da Fazen-
sa, no prazo de até trinta dias. da Nacional, DAS 101.2. (Ver art. 13 da
Art. 4o O cargo de Consultor Jurídico de Medida Provisória no 2.180-35, de 2001, e art. 17,
Ministério e do Estado-Maior das Forças § 1 o, da Lei no 10.480, de 2002.)
Armadas, do Grupo-Direção e Assessoramento Art. 9o A remuneração dos cargos de
Superiores - DAS, corresponde ao nível 101.5. Natureza Especial de Secretário-Geral de
Art. 5o Fica assegurada a percepção da Contencioso e de Secretário-Geral de
vantagem prevista no art. 1o, inciso I, e § 1o, do Consultoria, criados pelo art. 57 da Lei
Decreto-lei no 2.333, de 11 de junho de 1987, Complementar no 73, de 1993, é a fixada
com a disciplina nele estabelecida, aos seus no Anexo VIII. (Ver art. 1o e Anexo da Lei no
beneficiários, inclusive àqueles integrantes de 10.470, de 2002.)
quadros de entidades não mais sujeitas a regi- Art. 10. São criados, na Comissão de
me especial de remuneração. Valores Mobiliários, 46 cargos de nível
§ 1o Os efeitos financeiros do disposto superior, sendo onze de Advogado, vinte de
neste artigo vigoram, para os beneficiários Inspetor e quinze de Analista.
referidos no caput, a partir de 19 de setem- Art. 11. O § 3o do art. 17 da Lei n°
bro de 1992. 8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigo-
§ 2o À vantagem referida neste artigo rar com seguinte redação:
fazem jus também os titulares de cargos "§ 3o No caso de a ação principal ter sido
integrantes das carreiras da Advocacia-Geral proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no
− 17/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.366, de 1996
o o
que couber, o disposto no § 3 do art. 6 da Lei Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data
no 4.717, de 29 de junho de 1965." de sua publicação.
Art. 12. As despesas decorrentes da a- Art. 15. Revoga-se a Medida Provi-
plicação desta Lei correrão à conta das sória n o 1.472-31, de 22 de novembro de
dotações orçamentárias próprias. 1996.
Art. 13. Ficam convalidados os atos Brasília, 16 de dezembro de 1996;
praticados com base na Medida Provi- 175 o da Independência e 108 o da Repú-
sória n o 1.472-31, de 22 de novembro blica.
de 1996. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

ANEXO I
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Situação Anterior Situação Nova


Nº DE Nº DE
DENOMINAÇÃO CÓDIGO DENOMINAÇÃO CÓDIGO
CARGOS CARGOS
10 Consultor da União DAS 102.5 10 Consultor da União DAS 102.6
3 Adjunto do Advogado-Geral DAS 102.5 3 Adjunto do Advogado-Geral DAS 102.6
1 Chefe de Gabinete DAS 101.5 1 Chefe de Gabinete DAS 101.5
6 Assessor Técnico DAS 102.4 6 Assessor Técnico DAS 102.4
3 Oficial de Gabinete DAS 101.3 3 Oficial de Gabinete DAS 101.3
2 Oficial de Gabinete DAS 101.2 2 Oficial de Gabinete DAS 101.2
11 Oficial de Gabinete DAS 101.1 16 Oficial de Gabinete DAS 101.1
5 Diretor de Divisão DAS 101.3 5 Coordenador DAS 101.3

ANEXO II
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Nº DE CARGOS DENOMINAÇÃO CÓDIGO

I - GABINETE DO CONSULTOR-GERAL DA UNIÃO

1 Assessor Jurídico DAS 102.3


1 Oficial de Gabinete DAS 101.2
1 Oficial de Gabinete DAS 101.1

II - GABINETE DO CORREGEDOR-GERAL DA ADVOCACIA DA UNIÃO

5 Corregedor Auxiliar DAS 101.6


1 Chefe de Gabinete DAS 101.4
5 Assessor Jurídico DAS 102.3
2 Assessor Técnico DAS 102.3
1 Oficial de Gabinete DAS 101.2
8 Oficial de Gabinete DAS 101.1
2 Coordenador DAS 101.3
1 Chefe de Divisão DAS 101.2
3 Chefe de Serviço DAS 101.1

− 18/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.366, de 1996

SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA


Nº DE Nº DE
DENOMINAÇÃO CÓDIGO DENOMINAÇÃO CÓDIGO
CARGOS CARGOS

III - GABINETE DO PROCURADOR-GERAL DA UNIÃO

Adjunto do Procurador- Adjunto do Procurador-


3 DAS 102.4 5 DAS 102.5
Geral da União Geral da União
2 Assessor Jurídico DAS 102.3 4 Assessor Jurídico DAS 102.3
1 Chefe de Gabinete DAS 101.4
2 Assessor Técnico DAS 102.3
1 Oficial de Gabinete DAS 101.2
8 Oficial de Gabinete DAS 101.1
1 Coordenador-Geral DAS 101.4
2 Coordenador DAS 101.3
4 Chefe de Divisão DAS 101.2
2 Chefe de Serviço DAS 101.1

ANEXO III
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Nº DE CARGOS DENOMINAÇÃO CÓDIGO

I - GABINETE DOS PROCURADORES REGIONAIS EM BRASÍLIA NO RIO DE JANEIRO E


EM SÃO PAULO: estrutura unitária

1 Chefe de Gabinete DAS 101.3


4 Assessor Jurídico DAS 102.3
2 Assessor Técnico DAS 102.2
2 Oficial de Gabinete DAS 101.1
1 Coordenador DAS 101.3
3 Chefe de Divisão DAS 101.2
6 Chefe de Serviço DAS 101.1

II - GABINETE DOS PROCURADORES REGIONAIS EM PORTO ALEGRE, E EM RE-


CIFE: estrutura unitária.

1 Chefe de Gabinete DAS 101.3


3 Assessor Jurídico DAS 102.3
2 Assessor Técnico DAS 102.2
2 Oficial de Gabinete DAS 101.1
1 Coordenador DAS 101.3
3 Chefe de Divisão DAS 101.2
6 Chefe de Serviço DAS 101.1

− 19/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.366, de 1996
ANEXO IV
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Nº DE CARGOS DENOMINAÇÃO CÓDIGO

I - PROCURADORIA DA UNIÃO NO DISTRITO FEDERAL E NOS ESTADOS DE


SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO: estrutura unitária.

4 Assessor Jurídico DAS 102.3


2 Assessor Técnico DAS 102.2
1 Coordenador DAS 101.3
II - PROCURADORIA DA UNIÃO NOS ESTADOS DA BAHIA, CEARÁ, GOIÁS, MINAS GERAIS,
PARANÁ, PERNAMBUCO, SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL: estrutura unitária

2 Assessor Jurídico DAS 102.3


1 Assessor Técnico DAS 102.2
1 Coordenador DAS 101.3

III - PROCURADORIA DA UNIÃO NOS ESTADOS DO ACRE, ALAGOAS, AMAZONAS,


ESPÍRITO SANTO, MARANHÃO, MATO GROSSO DO SUL, PARÁ, PARAÍBA, PIAUÍ, RIO
GRANDE DO NORTE, RONDÔNIA E SERGIPE: estrutura unitária.

1 Assessor Jurídico DAS 102.3


1 Assessor Técnico DAS 102.2
1 Coordenador DAS 101.3

IV - PROCURADORIA DA UNIÃO NOS ESTADOS DO AMAPÁ, RORAIMA, E TOCANTINS:


estrutura unitária.

1 Assessor Jurídico DAS 102.3


1 Assessor Técnico DAS 102.2

ANEXO V
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Nº DE CARGOS DENOMINAÇÃO CÓDIGO

I - PROCURADORIAS SECCIONAIS DA UNIÃO- PADRÃO A (quatro Procuradorias): estrutura unitária.

2 Assessor Jurídico DAS 102.2

II - PROCURADORIAS SECCIONAIS DA UNIÃO- PADRÃO B (nove Procuradorias): estrutura unitária.

1 Assessor Jurídico DAS 102.2

III - PROCURADORIAS SECCIONAIS DA UNIÃO - PADRÃO C


(quarenta e quatro Procuradorias): estrutura unitária

1 Assessor Jurídico DAS 102.2

− 20/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.366, de 1996
ANEXO VI
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Nº DE CARGOS DENOMINAÇÃO CÓDIGO

DIRETORIA-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

1 Coordenador-Geral DAS 101.4


2 Coordenador DAS 101.3
3 Chefe de Divisão DAS 101.2

ANEXO VII
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

DENOMINAÇÃO DO CARGO NÚMERO DE CARGOS

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Procurador da Fazenda Nacional de Categoria Especial 40


Procurador da Fazenda Nacional de 1º Categoria 55
Procurador da Fazenda Nacional de 2º Categoria 505

ANEXO VIII
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Nº DE REMUNERAÇÃO
DENOMINAÇÃO CÓDIGO
CARGOS TOTAL EM R$
1 Secretário- Geral de Contencioso Cargo de Natureza especial 6.200,00
1 Secretário-Geral de Consultoria Cargo de Natureza Especial 6.200,00

− 21/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.469, de 1997
o
LEI N 9.469, DE 10 DE JULHO DE 1997.
Regulamenta o disposto no inciso VI do art. 4o da
Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de
1993; dispõe sobre a intervenção da União nas
causas em que figurarem, como autores ou réus,
entes da administração indireta; regula os
pagamentos devidos pela Fazenda Pública em
virtude de sentença judiciária; revoga a Lei no
8.197, de 27 de junho de 1991, e a Lei no 9.081,
de 19 de julho de 1995, e dá outras providências.
Faço saber que o Presidente da Repú- § 1o O saldo devedor da divida será atu-
blica adotou a Medida Provisória no 1.561- alizado pelo índice de variação da Unidade
6, de 1997, que o Congresso Nacional apro- Fiscal de Referência (UFIR), e sobre o valor
vou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presi- da prestação mensal incidirão os juros, à
dente, para os efeitos do disposto no pará- taxa de doze por cento ao ano.
grafo único do art. 62 da Constituição Fede- § 2o Inadimplida qualquer parcela, pelo
ral, promulgo a seguinte Lei: prazo de trinta dias, instalar-se-á o processo de
Art. 1o O Advogado-Geral da União e os execução ou nele prosseguir-se-á, pelo saldo.
dirigentes máximos das autarquias, das funda- Art. 3o As autoridades indicadas no caput
ções e das empresas públicas federais poderão do art. 1o poderão concorda com pedido de
autorizar a realização de acordos ou transações, desistência da ação, nas causas de quaisquer
em juízo, para terminar o litígio, nas causas de valores desde que o autor renuncie expressa-
valor até R$50.000,00 (cinqüenta mil reais), a mente ao direito sobre que se funda a ação (art.
não-propositura de ações e a não-interposicão 269, inciso V, do Código de Processo Civil).
de recursos, assim como requerimento de Art. 4o Não havendo Súmula da Advo-
extinção das ações em curso ou de desistência cacia-Geral da União (arts. 4o, inciso XII, e
dos respectivos recursos judiciais, para cobran- 43, da Lei Complementar no 73, de 1993), o
ça de créditos, atualizados, de valor igual ou Advogado-Geral da União poderá dispensar
inferior a R$1.000,00 (mil reais), em que a propositura de ações ou a interposição de
interessadas essas entidades na qualidade de recursos judiciais quando a controvérsia
autoras, rés, assistentes ou opoentes, nas con- jurídica estiver sendo iterativamente decidi-
dições aqui estabelecidas. da pelo Supremo Tribunal Federal ou pelos
§ 1o Quando a causa envolver valores su- Tribunais Superiores.193
periores ao limite fixado no caput, o acordo
ou a transação, sob pena de nulidade, depen-
derá de prévia e expressa autorização do 193
Ver disposições da Lei nº 10.522, de 2002:
Ministro de Estado ou do titular da Secretaria “Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Na-
da Presidência da República a cuja área de cional autorizada a não contestar, a não interpor recurso ou
competência estiver afeto o assunto, no caso a desistir do que tenha sido interposto, desde que inexista
outro fundamento relevante, na hipótese de a decisão versar
da União, ou da autoridade máxima da autar-
sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
quia, da fundação ou da empresa pública. I - matérias de que trata o art. 18;
§ 2o Não se aplica o disposto neste artigo às II - matérias que, em virtude de jurisprudência pa-
causas relativas ao patrimônio imobiliário da União. cífica do Supremo Tribunal Federal, ou do Superior
Art. 2o O Advogado-Geral da União e os Tribunal de Justiça, sejam objeto de ato declaratório do
dirigentes máximos das autarquias, fundações Procurador-Geral da Fazenda Nacional, aprovado pelo
ou empresas publicas federais poderão autori- Ministro de Estado da Fazenda.
zar a realização de acordos, homologáveis pelo § 1o Nas matérias de que trata este artigo, o Procura-
dor da Fazenda Nacional que atuar no feito deverá,
Juízo, nos autos dos processos ajuizados por
expressamente, reconhecer a procedência do pedido,
essas entidades, para o pagamento de débitos quando citado para apresentar resposta, hipótese em que
de valores não superiores a R$50.000,00 não haverá condenação em honorários, ou manifestar o
(cinqüenta mil reais), em parcelas mensais e seu desinteresse em recorrer, quando intimado da decisão
sucessivas até o máximo de trinta. judicial. (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
− 22/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.469, de 1997
o
Art. 5 A União poderá intervir nas causas
§ 2o A sentença, ocorrendo a hipótese do § 1o, não em que figurarem, como autoras ou rés, autar-
se subordinará ao duplo grau de jurisdição obrigatório. quias, fundações públicas, sociedades de
§ 3o Encontrando-se o processo no Tribunal, pode- economia mista e empresas públicas federais.
rá o relator da remessa negar-lhe seguimento, desde Parágrafo único. As pessoas jurídicas de
que, intimado o Procurador da Fazenda Nacional, haja direito público poderão, nas causas cuja
manifestação de desinteresse. decisão possa ter reflexos, ainda que indire-
§ 4o A Secretaria da Receita Federal não constitui- tos, de natureza econômica, intervir, inde-
rá os créditos tributários relativos às matérias de que
pendentemente da demonstração de interes-
trata o inciso II do caput deste artigo. (Redação dada
pela Lei nº 11.033, de 2004)
se jurídico, para esclarecer questões de fato
§ 5o Na hipótese de créditos tributários já constituí- e de direito, podendo juntar documentos e
dos, a autoridade lançadora deverá rever de ofício o memoriais reputados úteis ao exame da
lançamento, para efeito de alterar total ou parcialmente matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese
o crédito tributário, conforme o caso. (Redação dada em que, para fins de deslocamento de com-
pela Lei nº 11.033, de 2004) petência, serão consideradas partes.
Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribui- Art. 6o Os pagamentos devidos pela Fa-
ção, mediante requerimento do Procurador da Fazenda zenda Pública federal, estadual ou municipal
Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos
e pelas autarquias e fundações públicas, em
inscritos como Dívida Ativa da União pela Procurado-
ria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de
virtude de sentença judiciária, far-se-ão,
valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez exclusivamente, na ordem cronológica da
mil reais). (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004) apresentação dos precatórios judiciários e à
§ 1o Os autos de execução a que se refere este arti- conta do respectivo crédito.
go serão reativados quando os valores dos débitos § 1o É assegurado o direito de preferên-
ultrapassarem os limites indicados. cia aos credores de obrigação de natureza
§ 2o Serão extintas, mediante requerimento do Pro- alimentícia, obedecida, entre eles, a ordem
curador da Fazenda Nacional, as execuções que versem cronológica de apresentação dos respectivos
exclusivamente sobre honorários devidos à Fazenda
precatórios judiciários.
Nacional de valor igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil
reais). (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica às execu-
determine, de imediato, a conversão dos depósitos em renda
ções relativas à contribuição para o Fundo de Garantia
da União, independentemente do retorno dos autos do
do Tempo de Serviço.
processo ou da respectiva ação cautelar à vara de origem.
§ 4o No caso de reunião de processos contra o
§ 2o A petição de que trata o § 1o deverá conter o
mesmo devedor, na forma do art. 28 da Lei no 6.830, de
número da conta a que os depósitos estejam vinculados e
22 de setembro de 1980, para os fins de que trata o
virá acompanhada de cópia da página do órgão oficial
limite indicado no caput deste artigo, será considerada a
onde tiver sido publicado o ato homologatório.
soma dos débitos consolidados das inscrições reunidas.
§ 3o Com a renúncia da ação principal deverão ser
(Incluído pela Lei nº 11.033, de 2004)
extintas todas as ações cautelares a ela vinculadas, nas
Art. 21. Fica isento do pagamento dos honorários quais não será devida verba de sucumbência.
de sucumbência o autor da demanda de natureza tributá- Art. 23. O ofício para que o depositário proceda à
ria, proposta contra a União (Fazenda Nacional), que conversão de depósito em renda deverá ser expedido no
desistir da ação e renunciar ao direito sobre que ela se prazo máximo de 15 (quinze) dias, contado da data do
funda, desde que: despacho judicial que acolher a petição.
I - a decisão proferida no processo de conhecimento Art. 24. As pessoas jurídicas de direito público são
não tenha transitado em julgado; dispensadas de autenticar as cópias reprográficas de
II - a renúncia e o pedido de conversão dos depósi- quaisquer documentos que apresentem em juízo.
tos judiciais em renda da União sejam protocolizados Art. 25. O termo de inscrição em Dívida Ativa da
até 15 de setembro de 1997. União, a Certidão de Dívida Ativa dele extraída e a
Art. 22. O pedido poderá ser homologado pelo juiz, petição inicial em processo de execução fiscal poderão
pelo relator do recurso, ou pelo presidente do tribunal, ser subscritos manualmente, ou por chancela mecânica
ficando extinto o crédito tributário, até o limite dos ou eletrônica, observadas as disposições legais.
depósitos convertidos. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo
§ 1o Na hipótese de a homologação ser da competência aplica-se, também, à inscrição em Dívida Ativa e à
do relator ou do presidente do tribunal, incumbirá ao autor cobrança judicial da contribuição, multas e demais
peticionar ao juiz de primeiro grau que houver apreciado o encargos previstos na legislação respectiva, relativos ao
feito, informando a homologação da renúncia para que este Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.”
− 23/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.469, de 1997
o o
§ 2 O acordo ou a transação celebrada Art. 9 A representação judicial das autar-
diretamente pela parte ou por intermédio de quias e fundações públicas por seus procurado-
procurador para extinguir ou encerrar proces- res ou advogados, ocupantes de cargos efetivos
so judicial, inclusive nos casos de extensão dos respectivos quadros, independe da apre-
administrativa de pagamentos postulados em sentação do instrumento de mandato.
juízo, implicará sempre a responsabilidade de Art. 10. Aplica-se às autarquias e funda-
cada uma das partes pelo pagamento dos ções públicas o disposto nos arts. 188 e 475,
honorários de seus respectivos advogados, caput, e no seu inciso II, do Código de
mesmo que tenham sido objeto de condena- Processo Civil.
ção transitada em julgado." (NR) (Incluído pela Art. 11. Ficam convalidados os atos pra-
Medida Provisória n° 2.226, de 2001, renumerado o ticados com base na Medida Provisória no
parágrafo único para § 1o.) 1.561-5, de 15 de maio de 1997.
Art. 7o As disposições desta Lei não se a- Art. 12. Revogam-se a Lei no 8.197, de
plicam às autarquias, às fundações e às empre- 27 de junho de 1991, e a Lei no 9.081, de 19
sas públicas federais quando contrariarem as de julho de 1995.
normas em vigor que lhes sejam específicas. Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data
Art. 8o Aplicam-se as disposições desta de sua publicação.
Lei, no que couber, às ações propostas e aos Congresso Nacional, em 10 de julho de
recursos interpostos pelas entidades legal- 1997; 176o da Independência e 109o da
mente sucedidas pela União. República.

− 24/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.651, de 1998
o
LEI N 9.651, DE 27 DE MAIO DE 1998.
Institui as Gratificações de Desempenho de Função
Essencial à Justiça - GFJ, de Atividade de Informa-
ções Estratégicas - GDI, de Atividade Fundiária -
GAF e Provisória - GP, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, II - valor do maior vencimento básico do
Faço saber que o Congresso Nacional decre- nível correspondente ao da carreira ou cargo
ta e eu sanciono a seguinte Lei: da Tabela de Vencimentos dos servidores
Art. 1o (Revogado pelo art. 78 da Medida Pro- públicos civis da União, estabelecida no
visória no 2229-43, de 2001.) Anexo II da Lei no 8.460, de 17 de setembro
Art. 2o É instituída a Gratificação de de 1992, e alterações posteriores.
Desempenho de Atividade de Informações III - percentuais específicos por carreira ou
Estratégicas - GDI, que será concedida aos cargo, correspondentes ao posicionamento do
ocupantes de cargos efetivos de nível supe- servidor na respectiva Tabela de Vencimentos.
rior e de nível intermediário do Grupo de § 1o O resultado da avaliação de desempe-
Informações, quando no desempenho de nho poderá atingir no máximo dois mil, duzen-
atividades de inteligência na Casa Militar da tos e trinta e oito pontos por servidor, divididos
Presidência da República. em duas parcelas de um mil, cento e dezenove
Parágrafo único. Os servidores ocupan- pontos, uma referente ao desempenho indivi-
tes dos cargos referidos neste artigo farão dual do servidor e outra referente ao desempe-
jus à percepção da GDI nas condições esta- nho institucional do órgão ou entidade respec-
belecidas nas alíneas "a" e "b" do art. 9o tivos referidos nos arts. 1o, 2o e 3o.
quanto aos limites máximos de pontos, § 2o Os percentuais para as carreiras e
quando em exercício: cargos de que trata o art. 1o são os constan-
I - na Casa Civil da Presidência da Re- tes do Anexo I.
pública; § 3o O percentual para os cargos de nível
II - na Secretaria-Geral da Presidência superior de que trata o art. 2o é de 0,1820%
da República; (um mil, oitocentos e vinte décimos de milé-
III - na Secretaria de Comunicação So- simos por cento) e para os cargos de nível
cial da Presidência da República; intermediário é de 0,0936% (novecentos e
IV - na Secretaria de Assuntos Estraté- trinta e seis décimos de milésimos por cento).
gicos da Presidência da República. § 4o O percentual para os cargos de que
Art. 3o É instituída a Gratificação de De- trata o art. 3o é de 0,0936% (novecentos e trinta
sempenho de Atividade Fundiária - GAF, que e seis décimos de milésimos por cento) de 1o
será concedida aos ocupantes dos seguintes de setembro de 1997 a 28 de fevereiro de
cargos efetivos, quando lotados no Instituto 1998, e, de 0,15654% (quinze mil, seiscentos e
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - cinqüenta e quatro centésimos de milésimos
INCRA e no desempenho de atividades volta- por cento) a partir de 1o de março de 1998.
das para a colonização e reforma agrária, Art. 5o Os critérios para a avaliação de
especialmente as relativas à fiscalização e desempenho individual e institucional cons-
cadastro do zoneamento agrário, a projetos de tarão de ato:
assentamento e ao planejamento da organiza- I - do Advogado-Geral da União, no ca-
ção rural nos aspectos fundiários, de comercia- so das carreiras e cargos referidos nos inci-
lização e de associativismo rural: sos I a III do art. 1o;
I - de Fiscal de Cadastro e Tributação Rural; II - conjunto do Ministro de Estado da
II - de Orientador de Projetos de Assen- Administração Federal e Reforma do Estado e:
tamento; a) do Ministro de Estado da Justiça,
III - de Engenheiro Agrônomo. no caso da carreira de que trata o inciso
Art. 4o A GFJ, a GDI e a GAF serão calcu- IV do art. 1o;
ladas pela multiplicação dos seguintes fatores: b) do Chefe da Casa Militar da Presi-
I - número de pontos resultante da avali- dência da República, no caso dos cargos de
ação de desempenho; que trata o art. 2o;
− 25/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.651, de 1998
o
c) do Ministro de Estado Extraordinário Art. 9 O titular de cargo efetivo das car-
de Política Fundiária, no caso dos cargos de reiras e cargos referidos nos arts. 1o e 3o,
que tratam os incisos I, II e III do art. 3o. que não se encontre nas situações neles
Art. 6o Durante os períodos de definição previstas, somente fará jus à gratificação
dos critérios de avaliação de desempenho correspondente:
individual referidos no art. 5o e de sua pri- I - quando cedido para a Presidência ou
meira avaliação de desempenho, o servidor Vice-Presidência da República, perceberá a
receberá a gratificação de desempenho respectiva gratificação calculada com base nas
calculada com base em 75% (setenta e cinco mesmas regras válidas como se estivesse em
por cento) do limite máximo de pontos exercício nos órgãos ou entidades cedentes;
fixados para a avaliação de desempenho. II - quando cedido para órgãos ou enti-
Parágrafo único. O primeiro período de dades do Governo Federal, distintos dos
avaliação de que trata este artigo não poderá indicados nos respectivos arts. 1o e 3o e no
ser inferior a seis meses. inciso anterior, da seguinte forma:
Art. 7o A avaliação de desempenho in- a) o servidor investido em cargo em co-
dividual das carreiras e cargos de que tratam missão de Natureza Especial, DAS-6, DAS-
os arts. 1o, 2o e 3o deverá obedecer à seguin- 5, ou equivalentes, perceberá a respectiva
te regra de ajuste, calculada por carreira ou gratificação em valor calculado com base no
cargo e órgão ou entidade onde os beneficiá- disposto no art. 8o;
rios tenham exercício: b) o servidor investido em cargo em
I - no máximo 80% (oitenta por cento) dos comissão DAS-4, ou equivalente, perceberá
servidores poderão ficar com pontuação de a respectiva gratificação em valor calculado
desempenho individual acima de 75% (setenta com base em 75% (setenta e cinco por
e cinco por cento) do limite máximo de pontos cento) do limite máximo de pontos fixados
fixados para a avaliação de desempenho indi- para a avaliação de desempenho.
vidual, sendo que no máximo 20% (vinte por Parágrafo único. A avaliação institucio-
cento) dos servidores poderão ficar com pon- nal do servidor referido no inciso I será a do
tuação de desempenho individual acima de órgão ou entidade de origem do servidor.
90% (noventa por cento) de tal limite; Art. 10. Até que sejam definidos os cri-
II - no mínimo 20% (vinte por cento) térios de desempenho institucional referidos
dos servidores deverão ficar com pontuação nesta Lei, as gratificações serão calculadas
de desempenho individual até 75% (setenta utilizando-se apenas critérios de avaliação
e cinco por cento) do limite máximo de de desempenho individual.
pontos fixados para a avaliação de desem- Art. 11. O servidor aposentado ou o bene-
penho individual. ficiário de pensão, na situação em que o
§ 1o Ato do Ministro de Estado da Ad- referido aposentado ou o instituidor que
ministração Federal e Reforma do Estado originou a pensão tenha adquirido o direito ao
definirá normas para a aplicação da regra de benefício quando ocupante de cargo efetivo
ajuste de que trata este artigo. das carreiras ou cargos referidos nesta Lei,
§ 2o Na aplicação da regra de ajuste de fará jus à respectiva gratificação de desempe-
que trata este artigo, não serão computados nho calculada a partir da média aritmética
os servidores ocupantes de cargos efetivos: simples dos pontos de desempenho utilizados
I - quando investidos em cargo em co- mensalmente para fins de pagamento da
missão de Natureza Especial, DAS-6 ou 5; gratificação durante os últimos vinte e quatro
II - no seu primeiro período de avaliação. meses em que a percebeu.
Art. 8o O titular de cargo efetivo das car- Parágrafo único. Na impossibilidade de
reiras e cargos referidos nos arts. 1o e 3o, quan- cálculo da média referida neste artigo, o
do investido em cargo em comissão de Nature- número de pontos considerados para o
za Especial, DAS-6 e DAS-5, ou equivalentes, cálculo será o equivalente a 75% (setenta e
em órgãos ou entidades do Governo Federal, cinco por cento) do limite máximo de pon-
fará jus à respectiva gratificação calculada com tos fixados para a avaliação de desempenho.
base no limite máximo dos pontos fixados para Art. 12. Estão incluídos entre os benefi-
a avaliação de desempenho. ciários da Gratificação Temporária instituída
− 26/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.651, de 1998
o
pelo art. 17 da Lei n 9.028, de 12 de abril Vencimentos dos servidores públicos civis da
de 1995, os servidores cedidos dos demais União, estabelecida no Anexo II da Lei no
Poderes da União e dos Estados, Distrito 8.460, de 1992, e alterações posteriores.
Federal e Municípios, para terem exercício § 5o Os valores da gratificação a que se
na Advocacia-Geral da União. refere o art. 7o da Lei no 8.460, de 1992,
Parágrafo único. A partir de 1o de setem- devida aos ocupantes de cargos da carreira
bro de 1997, a gratificação de que trata o art. de Defensor Público da União e de Assisten-
17 da Lei no 9.028, de 1995, é estendida, no te Jurídico da Advocacia-Geral da União são
seu nível I, aos ocupantes de cargos efetivos de os fixados no Anexo IV.
Advogado da União e de Assistente Jurídico Art. 16. A GDI será paga em conjunto
dos quadros da Advocacia-Geral da União. com o vencimento básico correspondente ao
Art. 13. (Revogado pelo art. 78 da Medida Pro- nível do cargo fixado na Tabela de Venci-
visória no 2229-43, de 2001.) mentos dos servidores públicos civis da
Art. 14. A GFJ e a GP não são devidas União, estabelecida no Anexo II da Lei no
aos ocupantes dos cargos de Procurador da 8.460, de 1992, e alterações posteriores, e
Fazenda Nacional, Procurador do Banco com a Gratificação de Atividade - GAE,
Central do Brasil, Procurador do Instituto instituída pela Lei Delegada no 13, de 1992,
Nacional do Seguro Social, e aos servidores no percentual de cento e sessenta por cento.
que percebem a Retribuição Variável da Art. 17. A GAF será paga em conjunto
Comissão de Valores Mobiliários - RVCVM com o vencimento básico fixado na Tabela de
e a Retribuição Variável da Superintendên- Vencimentos dos servidores públicos civis da
cia de Seguros Privados - RVSUSEP. União, estabelecida no Anexo II da Lei no
Art. 15. A GFJ será paga em conjunto 8.460, de 1992, e alterações posteriores, e
com o respectivo vencimento básico fixado com a Gratificação de Atividade - GAE,
para a carreira ou cargo, com a vantagem instituída pela Lei Delegada no 13, de 1992,
prevista no inciso I e § 1o do art. 1o do De- no percentual de cento e sessenta por cento.
creto-lei no 2.333, de 11 de junho de 1987, Parágrafo único. O ocupante de cargo de
com a Gratificação de Atividade, instituída Engenheiro Agrônomo de que trata o inciso
pela Lei Delegada no 13, de 27 de agosto de III do art. 3o fará jus, além das vantagens
1992, no percentual de 160% (cento e ses- referidas neste artigo, à gratificação a que se
senta por cento), com a gratificação a que se refere o art. 7o da Lei no 8.460, de 1992.
refere o art. 7o da Lei no 8.460, de 1992, Art. 18. É de quarenta horas semanais a
bem como com a GP ou alternativamente jornada de trabalho dos integrantes das
com a Gratificação Temporária instituída carreiras e cargos de que trata esta Lei.
pelo art. 17 da Lei no 9.028, de 1995, obser- Art. 19. Os cargos de Assistente Jurídico
vado o disposto no § 1o do art. 13. da Administração Federal direta, que este-
§ 1o Para o cálculo da GFJ e da GP, não se jam vagos em 9 de setembro de 1997, não
aplica ao vencimento básico o disposto no § 1o alcançados pelo art. 19 da Lei no 9.028, de
do art. 1o do Decreto-lei no 2.333, de 1987. 1995, passam a integrar a carreira de Assis-
§ 2o O vencimento básico dos cargos e- tente Jurídico da Advocacia-Geral da União.
fetivos da carreira de Defensor Público da § 1o Os cargos vagos a que se refere este
União é o fixado no Anexo II desta Lei. artigo, bem como aqueles transpostos pelo
§ 3o O vencimento básico dos cargos e- inciso II do art. 19 da Lei no 9.028, de 1995,
fetivos de Assistente Jurídico da Carreira da serão distribuídos pelas três categorias da
Advocacia-Geral da União de que trata o carreira de Assistente Jurídico, em ato do
inciso III do art. 20 da Lei Complementar no Advogado-Geral da União.
73, de 10 de fevereiro de 1993, é o fixado no § 2o Os demais cargos de Assistente Ju-
Anexo III desta Lei. rídico da Administração Federal direta, não
§ 4o O vencimento básico dos cargos de alcançados pelo art. 19 da Lei no 9.028, de
Assistente Jurídico não transpostos para a 1995, serão extintos, automaticamente, em
carreira da Advocacia-Geral da União na caso de vacância.
forma do disposto no inciso I do art. 19 da Lei Art. 20. O ingresso nos cargos de Procu-
no 9.028, de 1995, é o fixado na Tabela de rador e de Advogado de todos os órgãos
− 27/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.651, de 1998
vinculados à Advocacia-Geral da União III - publicação do ato designatório no
ocorre na Classe D, Padrão I. boletim interno ou seu correspondente.
Art. 21. O ingresso nos cargos de nível Art. 23. As situações funcionais anterio-
superior do Grupo de Informações ocorrerá res a 13 de dezembro de 1997, que compro-
mediante aprovação em concurso público vadamente reúnam os pressupostos citados no
constituído de duas fases, ambas eliminató- § 1o do artigo anterior, serão, a cada caso,
rias e classificatórias, sendo a primeira de objeto de ato declaratório do respectivo Con-
provas ou de provas e títulos e a segunda sultor Jurídico, Procurador-Geral ou equiva-
constituída de curso de formação. lente, inclusive para os efeitos do art. 1o.
Art. 22. Os Assistentes Jurídicos, Procu- § 1o O ato declaratório referido neste ar-
radores e Advogados a que se refere o art. 1o tigo, necessariamente motivado, deverá ter
terão lotação e exercício na Consultoria publicação no boletim interno ou seu cor-
Jurídica, ou na Procuradoria ou órgão equi- respondente.
valente, da estrutura organizacional, ou da § 2o As situações funcionais de que trata
entidade, em que desempenhem suas ativi- este artigo, se mantidas, serão ajustadas ao
dades jurídicas próprias. que dispõe o artigo anterior até 13 de feve-
§ 1o Os servidores de que trata este artigo reiro de 1998.
poderão, excepcionalmente, ter exercício em Art. 24. É vedado aos servidores ocu-
outro setor da respectiva estrutura organizacio- pantes das carreiras e cargos referidos nos
nal, ou entidade, sempre no desempenho de arts. 1o e 14 exercer advocacia fora das
atividades eminentemente jurídicas e no aten- atribuições institucionais.
dimento do interesse público envolvido. Art. 25. As gratificações criadas por
§ 2o O exercício excepcional de que tra- esta Lei são devidas a partir de 1 o de
ta o parágrafo anterior dependerá de desig- setembro de 1997.
nação do respectivo Consultor Jurídico, Art. 26. São prorrogados, até 11 de feve-
Procurador-Geral ou equivalente. reiro de 1999, os prazos referidos no art. 6o
§ 3o A designação a que se refere o pa- da Lei no 9.366, de 16 de dezembro de
rágrafo anterior somente será possível nos 1996. (Prazo prorrogado até 11.2.2003. Ver art. 5o
termos deste artigo, e observará, a cada da Medida Provisória no 2.180-35, de 2001.)
caso, o seguinte procedimento: Art. 27. São convalidados os atos prati-
I - solicitação motivada de outra autori- cados com base na Medida Provisória n°
dade da estrutura organizacional ou entida- 1.587-9, de 28 de abril de 1998.
de, ao Consultor Jurídico, Procurador-Geral Art. 28. Esta Lei entra em vigor na data
ou equivalente; de sua publicação.
II - autorização do Ministro de Estado Brasília, 27 de maio de 1998; 177o da
ou do dirigente máximo da entidade para Independência e 110o da República.
que seja expedido o ato de designação; FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

ANEXO I
Percentuais para cálculo da Gratificação de Desempenho de Função Essencial à Justiça das carreiras de
Advogado da União, Assistente Jurídico da AGU e Defensor Público da União.

CLASSE PORCENTAGEM
Especial 0,14986%
1ª Categoria 0,13881%
2ª Categoria 0,12776%

− 28/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.651, de 1998
Percentuais para cálculo da Gratificação de Desempenho de Função Essencial à Justiça dos cargos de
Procurador e Advogado de autarquia e de fundação pública federal, Assistente Jurídico.

CLASSE PADRÃO PORCENTAGEM


A III 0,14986%
A II 0,13881%
A I 0,12776%
B VI 0,12776%
B V 0,12776%
B IV 0,12776%
B III 0,12776%
B II 0,12776%
B I 0,12776%
C VI 0,12776%
C V 0,12776%
C IV 0,12776%
C III 0,12776%
C II 0,12776%
C I 0,12776%
D V 0,12776%
D IV 0,12776%
D III 0,12776%
D II 0,12776%
D I 0,12776%

ANEXO II
Defensor Público da União

Denominação R$
Defensor Público da União de Categoria Especial 524,30
Defensor Público da União de 1ª Categoria 490,57
Defensor Público da União de 2ª Categoria 458,43

ANEXO III
Assistente Jurídico da Advocacia-Geral da União

Denominação R$
Assistente Jurídico da AGU de Categoria Especial 524,30
Assistente Jurídico da AGU de 1ª Categoria 490,57
Assistente Jurídico da AGU de 2ª Categoria 458,43

ANEXO IV
Gratificação de que trata o art. 7o da Lei no 8.460/92 para as carreiras de Assistente Jurídico da Advoca-
cia-Geral da União e de Defensor Público da União

Classe R$
Categoria Especial 208,64
1ª Categoria 199,43
2ª Categoria 190,63

− 29/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 9.704, de 1998
o
LEI N 9.704, DE 17 DE NOVEMBRO DE 1998.
Institui normas relativas ao exercício, pelo Advo-
gado-Geral da União, de orientação normativa e
de supervisão técnica sobre os órgãos jurídicos
das autarquias federais e das fundações instituí-
das e mantidas pela União.
Faço saber que o Presidente da Repú- aos órgãos jurídicos dessas entidades, a
blica, adotou a Medida Provisória no 1.722, alteração da tese jurídica sustentada nas
de 1998, que o Congresso Nacional apro- manifestações produzidas, para adequá-la à
vou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presi- jurisprudência prevalecente nos Tribunais
dente, para os efeitos do disposto no pará- Superiores e no Supremo Tribunal Federal.
grafo único do art. 62 da Constituição Fede- Parágrafo único. Terão natureza vincu-
ral, promulgo a seguinte Lei: lante, e serão de observância obrigatória, as
Art. 1o Os órgãos jurídicos das autarqui- recomendações de alteração da tese jurídi-
as federais e das fundações instituídas e ca sustentada, feitas pelo Advogado-Geral
mantidas pela União estão sujeitos à orien- da União.
tação normativa e à supervisão técnica do Art. 3o De ofício ou mediante solicitação,
Advogado-Geral da União. justificada, dos representantes legais das autar-
§ 1° A supervisão técnica a que se refere quias federais e das fundações instituídas e
este artigo compreende a prévia anuência do mantidas pela União, o Advogado-Geral da
Advogado-Geral da União ao nome indica- União poderá promover ou determinar que se
do para a chefia dos órgãos jurídicos das promova a apuração de irregularidade no
autarquias federais e das fundações instituí- serviço público, ocorrida no âmbito interno
das e mantidas pela União. (Renumerado pelo daquelas entidades, podendo cometer a órgão
art. 8° da Medida Provisória n° 2.180-35, de 2001.) da Advocacia-Geral da União, expressamente,
"§ 2o Para a chefia de órgão jurídico de o exercício de tal encargo.
autarquia e de fundação federal será prefe- Art. 4o Ressalvado o disposto no pará-
rencialmente indicado Procurador Federal, grafo único do art. 1o, o Advogado-Geral da
de reconhecidas idoneidade, capacidade e União poderá delegar a prática dos atos de
experiência para o cargo. (Incluído pelo art. 8° orientação normativa e de supervisão técni-
da Medida Provisória n° 2.180-35, de 2001.) ca previstos nesta Lei.
§ 3o Na hipótese de a indicação recair so- Art. 5o O Advogado-Geral da União ex-
bre Bacharel em Direito que não seja Procura- pedirá as normas necessárias à aplicação do
dor Federal, deverá ser suficientemente justifi- disposto nesta Lei.
cada assim como atendidos todos os demais Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data
requisitos do § 2o." (NR) (Incluído pelo art. 8° da de sua publicação.
Medida Provisória n° 2.180-35, de 2001.) Congresso Nacional, em 17 de novem-
Art. 2o O Advogado-Geral da União, ca- bro de 1998; 177o da Independência e 110o
so considere necessário, poderá recomendar, da República.

− 30/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.259, de 2001
o
LEI N 10.259, DE 12 DE JULHO DE 2001.
Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 4o O Juiz poderá, de ofício ou a re-
Faço saber que o Congresso Nacional decre- querimento das partes, deferir medidas
ta e eu sanciono a seguinte Lei: cautelares no curso do processo, para evitar
Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais dano de difícil reparação.
Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se Art. 5o Exceto nos casos do art. 4o, somente
aplica, no que não conflitar com esta Lei, o dispos- será admitido recurso de sentença definitiva.
to na Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995.194 Art. 6o Podem ser partes no Juizado Es-
Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal pecial Federal Cível:
Criminal processar e julgar os feitos de competência I – como autores, as pessoas físicas e as
da Justiça Federal relativos às infrações de menor microempresas e empresas de pequeno
potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e porte, assim definidas na Lei n° 9.317, de 5
continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 28.6.2006) de dezembro de 1996;
Parágrafo único. Na reunião de processos, II – como rés, a União, autarquias, fun-
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, dações e empresas públicas federais.
decorrente da aplicação das regras de conexão e Art. 7o As citações e intimações da Uni-
continência, observar-se-ão os institutos da ão serão feitas na forma prevista nos arts. 35
transação penal e da composição dos danos civis. a 38 da Lei Complementar n° 73, de 10 de
(NR) (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 28.6.2006) fevereiro de 1993.
Art. 3o Compete ao Juizado Especial Parágrafo único. A citação das autarqui-
Federal Cível processar, conciliar e julgar as, fundações e empresas públicas será feita
causas de competência da Justiça Federal até na pessoa do representante máximo da
o valor de sessenta salários mínimos, bem entidade, no local onde proposta a causa,
como executar as suas sentenças. quando ali instalado seu escritório ou repre-
§ 1o Não se incluem na competência do sentação; se não, na sede da entidade.
Juizado Especial Cível as causas: Art. 8o As partes serão intimadas da senten-
I - referidas no art. 109, incisos II, III e ça, quando não proferida esta na audiência em
XI, da Constituição Federal, as ações de que estiver presente seu representante, por
mandado de segurança, de desapropriação, de ARMP (aviso de recebimento em mão própria).
divisão e demarcação, populares, execuções § 1o As demais intimações das partes se-
fiscais e por improbidade administrativa e as rão feitas na pessoa dos advogados ou dos
demandas sobre direitos ou interesses difusos, Procuradores que oficiem nos respectivos
coletivos ou individuais homogêneos; autos, pessoalmente ou por via postal.
II - sobre bens imóveis da União, autar- § 2o Os tribunais poderão organizar ser-
quias e fundações públicas federais; viço de intimação das partes e de recepção
III - para a anulação ou cancelamento de de petições por meio eletrônico.
ato administrativo federal, salvo o de natu- Art. 9o Não haverá prazo diferenciado para
reza previdenciária e o de lançamento fiscal; a prática de qualquer ato processual pelas
IV - que tenham como objeto a impug- pessoas jurídicas de direito público, inclusive a
nação da pena de demissão imposta a servi- interposição de recursos, devendo a citação
dores públicos civis ou de sanções discipli- para audiência de conciliação ser efetuada com
nares aplicadas a militares. antecedência mínima de trinta dias.
§ 2o Quando a pretensão versar sobre obri- Art. 10. As partes poderão designar, por escri-
gações vincendas, para fins de competência do to, representantes para a causa, advogado ou não.
Juizado Especial, a soma de doze parcelas não Parágrafo único. Os representantes judici-
poderá exceder o valor referido no art. 3o, caput. ais da União, autarquias, fundações e empresas
§ 3o No foro onde estiver instalada Vara do públicas federais, bem como os indicados na
Juizado Especial, a sua competência é absoluta. forma do caput, ficam autorizados a conciliar,
transigir ou desistir, nos processos da compe-
194
Ver neste Caderno a Lei n° 9.099, de 1995. tência dos Juizados Especiais Federais.
− 31/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.259, de 2001
Art. 11. A entidade pública ré deverá forne- fundado receio de dano de difícil reparação,
cer ao Juizado a documentação de que disponha poderá o relator conceder, de ofício ou a
para o esclarecimento da causa, apresentando-a requerimento do interessado, medida liminar
até a instalação da audiência de conciliação. determinando a suspensão dos processos nos
Parágrafo único. Para a audiência de com- quais a controvérsia esteja estabelecida.
posição dos danos resultantes de ilícito crimi- § 6o Eventuais pedidos de uniformização
nal (arts. 71, 72 e 74 da Lei n° 9.099, de 26 de idênticos, recebidos subseqüentemente em
setembro de 1995), o representante da entidade quaisquer Turmas Recursais, ficarão retidos
que comparecer terá poderes para acordar, nos autos, aguardando-se pronunciamento
desistir ou transigir, na forma do art. 10. do Superior Tribunal de Justiça.
Art. 12. Para efetuar o exame técnico neces- § 7o Se necessário, o relator pedirá in-
sário à conciliação ou ao julgamento da causa, o formações ao Presidente da Turma Recursal
Juiz nomeará pessoa habilitada, que apresentará o ou Coordenador da Turma de Uniformiza-
laudo até cinco dias antes da audiência, indepen- ção e ouvirá o Ministério Público, no prazo
dentemente de intimação das partes. de cinco dias. Eventuais interessados, ainda
§ 1o Os honorários do técnico serão an- que não sejam partes no processo, poderão
tecipados à conta de verba orçamentária do se manifestar, no prazo de trinta dias.
respectivo Tribunal e, quando vencida na § 8o Decorridos os prazos referidos no § 7o,
causa a entidade pública, seu valor será o relator incluirá o pedido em pauta na Seção,
incluído na ordem de pagamento a ser feita com preferência sobre todos os demais feitos,
em favor do Tribunal. ressalvados os processos com réus presos, os
§ 2o Nas ações previdenciárias e relativas à habeas corpus e os mandados de segurança.
assistência social, havendo designação de § 9o Publicado o acórdão respectivo, os
exame, serão as partes intimadas para, em dez pedidos retidos referidos no § 6o serão apre-
dias, apresentar quesitos e indicar assistentes. ciados pelas Turmas Recursais, que poderão
Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, exercer juízo de retratação ou declará-los
não haverá reexame necessário. prejudicados, se veicularem tese não acolhi-
Art. 14. Caberá pedido de uniformização da pelo Superior Tribunal de Justiça.
de interpretação de lei federal quando hou- § 10. Os Tribunais Regionais, o Superior
ver divergência entre decisões sobre ques- Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Fede-
tões de direito material proferidas por Tur- ral, no âmbito de suas competências, expedirão
mas Recursais na interpretação da lei. normas regulamentando a composição dos órgãos
§ 1o O pedido fundado em divergência e os procedimentos a serem adotados para o
entre Turmas da mesma Região será julgado processamento e o julgamento do pedido de
em reunião conjunta das Turmas em confli- uniformização e do recurso extraordinário.
to, sob a presidência do Juiz Coordenador. Art. 15. O recurso extraordinário, para os
§ 2o O pedido fundado em divergência en- efeitos desta Lei, será processado e julgado
tre decisões de turmas de diferentes regiões ou segundo o estabelecido nos §§ 4o a 9o do art. 14,
da proferida em contrariedade a súmula ou além da observância das normas do Regimento.
jurisprudência dominante do STJ será julgado Art. 16. O cumprimento do acordo ou da
por Turma de Uniformização, integrada por sentença, com trânsito em julgado, que
juízes de Turmas Recursais, sob a presidência imponham obrigação de fazer, não fazer ou
do Coordenador da Justiça Federal. entrega de coisa certa, será efetuado medi-
§ 3o A reunião de juízes domiciliados em ante ofício do Juiz à autoridade citada para a
cidades diversas será feita pela via eletrônica. causa, com cópia da sentença ou do acordo.
§ 4o Quando a orientação acolhida pela Tur- Art. 17. Tratando-se de obrigação de pa-
ma de Uniformização, em questões de direito gar quantia certa, após o trânsito em julgado
material, contrariar súmula ou jurisprudência da decisão, o pagamento será efetuado no
dominante no Superior Tribunal de Justiça -STJ, prazo de sessenta dias, contados da entrega da
a parte interessada poderá provocar a manifesta- requisição, por ordem do Juiz, à autoridade
ção deste, que dirimirá a divergência. citada para a causa, na agência mais próxima
§ 5o No caso do § 4o, presente a plausi- da Caixa Econômica Federal ou do Banco do
bilidade do direito invocado e havendo Brasil, independentemente de precatório.
− 32/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.259, de 2001
o o
§ 1 Para os efeitos do § 3 do art. 100 Federal mais próximo do foro definido no art.
da Constituição Federal, as obrigações ali 4° da Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995,
definidas como de pequeno valor, a serem vedada a aplicação desta Lei no juízo estadual.
pagas independentemente de precatório, Art. 21. As Turmas Recursais serão institu-
terão como limite o mesmo valor estabeleci- ídas por decisão do Tribunal Regional Federal,
do nesta Lei para a competência do Juizado que definirá sua composição e área de compe-
Especial Federal Cível (art. 3o, caput). tência, podendo abranger mais de uma seção.
§ 2o Desatendida a requisição judicial, o § 1o Não será permitida a recondução,
Juiz determinará o seqüestro do numerário salvo quando não houver outro juiz na sede
suficiente ao cumprimento da decisão. da Turma Recursal ou na Região.
§ 3o São vedados o fracionamento, re- § 2o A designação dos juízes das Turmas
partição ou quebra do valor da execução, de Recursais obedecerá aos critérios de anti-
modo que o pagamento se faça, em parte, na güidade e merecimento.
forma estabelecida no § 1o deste artigo, e, Art. 22. Os Juizados Especiais serão coordena-
em parte, mediante expedição do precatório, dos por Juiz do respectivo Tribunal Regional,
e a expedição de precatório complementar escolhido por seus pares, com mandato de dois anos.
ou suplementar do valor pago. Parágrafo único. O Juiz Federal, quando o e-
§ 4o Se o valor da execução ultrapassar xigirem as circunstâncias, poderá determinar o
o estabelecido no § 1o, o pagamento far-se- funcionamento do Juizado Especial em caráter
á, sempre, por meio do precatório, sendo itinerante, mediante autorização prévia do Tribunal
facultado à parte exeqüente a renúncia ao Regional Federal, com antecedência de dez dias.
crédito do valor excedente, para que possa Art. 23. O Conselho da Justiça Federal
optar pelo pagamento do saldo sem o preca- poderá limitar, por até três anos, contados a
tório, da forma lá prevista. partir da publicação desta Lei, a competên-
Art. 18. Os Juizados Especiais serão ins- cia dos Juizados Especiais Cíveis, atendendo
talados por decisão do Tribunal Regional à necessidade da organização dos serviços
Federal. O Juiz presidente do Juizado desig- judiciários ou administrativos.
nará os conciliadores pelo período de dois Art. 24. O Centro de Estudos Judiciários
anos, admitida a recondução. O exercício do Conselho da Justiça Federal e as Escolas
dessas funções será gratuito, assegurados os de Magistratura dos Tribunais Regionais
direitos e prerrogativas do jurado (art. 437 Federais criarão programas de informática
do Código de Processo Penal). necessários para subsidiar a instrução das
Parágrafo único. Serão instalados Juiza- causas submetidas aos Juizados e promove-
dos Especiais Adjuntos nas localidades cujo rão cursos de aperfeiçoamento destinados
movimento forense não justifique a existên- aos seus magistrados e servidores.
cia de Juizado Especial, cabendo ao Tribu- Art. 25. Não serão remetidas aos Juiza-
nal designar a Vara onde funcionará. dos Especiais as demandas ajuizadas até a
Art. 19. No prazo de seis meses, a contar data de sua instalação.
da publicação desta Lei, deverão ser instala- Art. 26. Competirá aos Tribunais Regionais
dos os Juizados Especiais nas capitais dos Federais prestar o suporte administrativo necessá-
Estados e no Distrito Federal. rio ao funcionamento dos Juizados Especiais.
Parágrafo único. Na capital dos Estados, Art. 27. Esta Lei entra em vigor seis me-
no Distrito Federal e em outras cidades onde ses após a data de sua publicação.
for necessário, neste último caso, por deci- Brasília, 12 de julho de 2001; 180o da
são do Tribunal Regional Federal, serão Independência e 113o da República.
instalados Juizados com competência exclu- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
siva para ações previdenciárias. Paulo de Tarso Tamos Ribeiro
Art. 20. Onde não houver Vara Federal, a Roberto Brant
causa poderá ser proposta no Juizado Especial Gilmar Ferreira Mendes

− 33/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.470, de 2002
LEI N° 10.470, DE 25 DE JUNHO DE 2002.
Dispõe sobre a remuneração dos Cargos em
Comissão de Natureza Especial - NES e do
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores -
DAS, dos Cargos de Direção - CD e das Funções
Gratificadas - FG das Instituições Federais de
Ensino, e dá outras providências.(*)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, folha de pagamento de pessoal, independem
Faço saber que o Congresso Nacional decre- das disposições contidas nos incisos I e II e
ta e eu sanciono a seguinte Lei: §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício
Art. 1o (Revogado pela Lei nº 11.526, de 4.10.2007) do empregado cedido condicionado a auto-
Art. 2º (Revogado pela Lei nº 11.526, de 4.10.2007) rização específica do Ministério do Plane-
Art. 3º É de responsabilidade do órgão jamento, Orçamento e Gestão, exceto nos
cessionário o pagamento da remuneração casos de ocupação de cargo em comissão ou
integral dos servidores da Administração função gratificada.
Pública Federal cedidos, na forma da lei, § 7° O Ministério do Planejamento, Orça-
para Estados e Municípios para o exercício mento e Gestão, com a finalidade de promover
de cargos equivalentes aos de Natureza a composição da força de trabalho dos órgãos e
Especial - NES e de DAS, de níveis 5 e 6, entidades da Administração Pública Federal,
inclusive as parcelas relativas às gratifica- poderá determinar a lotação ou o exercício de
ções de desempenho ou de produtividade, empregado ou servidor, independentemente da
calculadas em seu valor máximo. observância do constante no inciso I e nos §§
Art. 4º (Revogado pela Lei nº 11.526, de 4.10.2007) 1º e 2º deste artigo." (NR)
Art. 5º O art. 93 da Lei no 8.112, de 11 Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data
de dezembro de 1990, passa a vigorar com de sua publicação, com efeitos financeiros a
as seguintes alterações: partir de 1o de março de 2002.
"Art. 93. ................................................. Art. 7º Revogam-se o art. 68 e o Anexo
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de XVI da Medida Provisória no 2.229-43, de 6
empregado ou servidor por ela requisitado, as de setembro de 2001.
disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. Brasília, 25 de junho de 2002; 181o da
§ 6º As cessões de empregados de em- Independência e 114o da República.
presa pública ou de sociedade de economia FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
mista, que receba recursos de Tesouro Na- Paulo Renato Souza
cional para o custeio total ou parcial da sua Guilherme Gomes Dias

ANEXO
(Revogado pela Lei nº 11.526, de 4.10.2007)

(*)
Ver a Lei nº 11.526, de 4.10.2007, que “fixa a remuneração dos cargos e funções comissionadas da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências...”

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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.480, de 2002
LEI N° 10.480, DE 2 DE JULHO DE 2002.
Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Advocacia-
Geral da União, a criação da Gratificação de De-
sempenho de Atividade de Apoio Técnico-
Administrativo na AGU - GDAA, cria a Procura-
doria-Geral Federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 2° Fica instituída a Gratificação de
Faço saber que o Congresso Nacional decre- Desempenho de Atividade de Apoio Técnico-
ta e eu sanciono a seguinte Lei: Administrativo na AGU - GDAA, devida,
Art. 1° Passam a integrar o Quadro de exclusivamente, aos servidores pertencentes
Pessoal da Advocacia-Geral da União - ao Quadro de Pessoal da AGU, não integran-
AGU, os cargos de provimento efetivo, de tes das carreiras jurídicas da Instituição. (Ver
nível superior, intermediário ou auxiliar, também a Lei nº 10.907, de 2004 que instituiu a Gratifi-
ocupados por servidores do Plano de Classi- cação Específica de Apoio Técnico-Administrativo da
ficação de Cargos - PCC, instituído pela Lei Advocacia-Geral da União – GEATA).
n° 5.645, de 10 de dezembro de 1970, ou § 1o A GDAA será atribuída em função
planos correlatos das autarquias e fundações do efetivo desempenho do servidor na AGU,
públicas, não integrantes de carreiras estru- bem como do desempenho institucional, na
turadas, que estejam em exercício na AGU forma, critérios e procedimentos estabeleci-
na data de publicação desta Lei.195 dos em ato do Advogado-Geral da União.
§ 1° Os servidores de que trata o caput § 2o A GDAA terá como limites a seguin-
poderão optar por permanecer no quadro te pontuação, correspondendo cada ponto ao
permanente de pessoal do órgão ou entidade valor estabelecido no Anexo a esta Lei:
de origem, devendo fazê-lo perante a AGU, I - máximo de 100 (cem) pontos por servidor; e
de forma irretratável, em até 30 (trinta) dias II - mínimo de 10 (dez) pontos por servidor.
contados da publicação desta Lei. § 3o O limite global de pontuação mensal
§ 2° (VETADO) por nível de que dispõe a AGU para ser atribu-
ído aos servidores corresponderá a 80 (oitenta)
vezes o número de servidores ativos por nível,
195
Ver o art. 11 da Lei nº 11.233, de 22 de dezembro de que faz jus à GDAA, em exercício na AGU.
2005, que criou cargos no Quadro de Pessoal da Advoca- § 4o A avaliação de desempenho indivi-
cia-Geral da União: dual visa aferir o desempenho do servidor no
“CAPÍTULO II exercício das atribuições do cargo ou função,
DA CRIAÇÃO DE CARGOS NO QUADRO DE SERVIDORES DA
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
com foco na contribuição individual para o
Art. 11. Ficam criados no Quadro de Pessoal da Advo- alcance dos objetivos organizacionais.
cacia-Geral da União, de que trata a Lei no 10.480, de 2 de § 5o A avaliação de desempenho institu-
julho de 2002, no Plano de Classificação de Cargos de que cional visa aferir o desempenho coletivo no
trata a Lei no 5.645, de 10 de dezembro de 1970, os cargos alcance dos objetivos organizacionais, po-
efetivos discriminados no Anexo VI desta Lei. dendo considerar projetos e atividades priori-
Parágrafo único. O provimento dos cargos a que se re- tárias e condições especiais de trabalho, além
fere o caput deste artigo dar-se-á de forma gradual, de de outras características específicas da AGU.
acordo com a disponibilidade orçamentária, em consonância
§ 6o Enquanto não for editado o ato a que
com o disposto no § 1o do art. 169 da Constituição Federal.”
“ANEXO VI
se refere o § 1° deste artigo, a GDAA corres-
CARGOS DO PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS ponderá a 70 (setenta) pontos por servidor.
CRIADOS NO § 7o O servidor que não se encontre na
QUADRO DE PESSOAL DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO AGU no efetivo exercício das atividades
CARGO QUANTIDADE inerentes ao respectivo cargo, somente fará
Administrador 300 jus à GDAA, observado o disposto no § 6o:
Estatístico 20 I - quando cedido para a Presidência ou
Contador 100 Vice-Presidência da República, calculada
Economista 60 com base nas mesmas regras válidas como
Engenheiro 20 se estivesse em exercício na AGU, corres-
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.480, de 2002
pondendo a avaliação institucional ao mes- identificada, sujeita exclusivamente à atuali-
mo número de pontos a que faria jus na zação decorrente de revisão geral da remune-
unidade organizacional de lotação na AGU; ração dos servidores públicos federais.
II - quando cedido para órgãos ou entida- Art. 7º Poderão perceber a Gratificação de
des do Poder Executivo Federal, se investido Representação de Gabinete ou a Gratificação
em cargo em comissão do Grupo Direção e Temporária, até 31 de dezembro de 2008, os
Assessoramento Superiores – DAS, nível 4, ou servidores ou empregados requisitados pela
Advocacia-Geral da União. (NR) (Redação dada
equivalente, em valor correspondente a 80 pela Medida Provisória nº 407, de 26.12.2007)
(oitenta) pontos percentuais incidentes sobre o § 1o Para os efeitos do disposto neste arti-
vencimento básico do servidor; e go, são mantidas 670 (seiscentas e setenta)
III - quando cedido para órgãos ou entidades Gratificações Temporárias, sendo 470 (quatro-
do Poder Executivo Federal, se investido em centas e setenta) do nível GT-I e 200 (duzen-
cargo de Natureza Especial ou em comissão do tas) do nível GT-II, bem como 62 (sessenta e
Grupo DAS, níveis 6 e 5, ou equivalentes, duas) Gratificações de Representação de Gabi-
calculada com base no limite máximo de pontos. nete, sendo 5 (cinco) de nível GR-IV, 14
Art. 3o A GDAA será paga em conjunto, (quatorze) de nível GR-III, 29 (vinte e nove) de
de forma não cumulativa, com a Gratifica- nível GR-II e 14 (quatorze) de nível GR-I.
ção de Atividade de que trata a Lei Delega- (Redação dada pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007)
da no 13, de 27 de agosto de 1992, e não § 2o Até o encerramento do prazo refe-
servirá de base de cálculo para quaisquer rido no caput deste artigo, o quantitativo
benefícios ou vantagens. referido no § 1o deste artigo será reduzido
Art. 4o Os servidores de que trata o art. 2o não proporcionalmente por ato do Advogado-
fazem jus à percepção de qualquer outra espécie Geral da União, à medida que forem empos-
de vantagem que tenha como fundamento o sados os aprovados em concurso público
desempenho profissional, individual, coletivo ou para provimento de cargos efetivos do Qua-
institucional ou a produção, e em especial à: dro de Pessoal da AGU não integrantes das
I - Gratificação Temporária instituída Carreiras jurídicas da instituição. (NR)
pela Lei n° 9.028, de 12 de abril de 1995; (Incluído pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007)
II - Gratificação de Desempenho de Ati- Art. 8º Em decorrência do disposto nesta
vidade Técnico-Administrativa instituída pela Lei, ficam extintas as Gratificações Tempo-
Lei no 10.404, de 9 de janeiro de 2002; e rárias e as Gratificações de Representação
III - Gratificação de Representação de de Gabinete, não atribuídas a servidor ou
Gabinete. empregado até a data de publicação desta
Art. 5o A GDAA integrará os proventos da Lei, bem como aquelas atribuídas aos servi-
aposentadoria e as pensões, de acordo com: dores referidos no § 1º do art. 1º desta Lei,
I - a média aritmética dos valores rece- ressalvado o disposto no art. 7º desta Lei.
bidos nos últimos 60 (sessenta) meses; ou (NR) (Redação dada pela Lei nº 10.907, de 2004).
II - o valor correspondente a 10 (dez) Parágrafo único. As gratificações a que
pontos percentuais, quando atribuída por se refere o parágrafo único do art. 7º desta
período inferior a 60 (sessenta) meses. Lei ficam automaticamente extintas quando
Parágrafo único. Às aposentadorias e às cessar o exercício do servidor ou empregado
pensões concedidas até a data de publicação na Advocacia-Geral da União." (NR) (Incluí-
desta Lei aos servidores integrantes do Quadro do pela Lei nº 10.907, de 2004. O anterior parágrafo
da AGU de que trata o art. 63 da Lei Comple- único deste art. 8º foi vetado à época da sanção da Lei
mentar no 73, de 10 de fevereiro de 1993, nº 10.480, de 2002).
aplica-se o disposto no inciso II deste artigo. Art. 9o É criada a Procuradoria-Geral
Art. 6° A aplicação do disposto nesta Federal, à qual fica assegurada autonomia
Lei a aposentados e pensionistas não poderá administrativa e financeira, vinculada à
implicar redução de proventos e pensões. Advocacia-Geral da União.
Parágrafo único. Constatada a redução de Parágrafo único. Incumbe à Advocacia-
proventos ou pensão decorrente da aplicação Geral da União a supervisão da Procurado-
do disposto nesta Lei, a diferença será paga a ria-Geral Federal.
título de vantagem pessoal nominalmente
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.480, de 2002
o
Art. 10. À Procuradoria-Geral Federal § 3 Serão mantidos, como Procuradorias
compete a representação judicial e extrajudicial Federais especializadas, os órgãos jurídicos de
das autarquias e fundações públicas federais, as autarquias e fundações de âmbito nacional.
respectivas atividades de consultoria e assesso- § 4o Serão instaladas Procuradorias Federais
ramento jurídicos, a apuração da liquidez e não especializadas em Brasília e nas Capitais dos
certeza dos créditos, de qualquer natureza, Estados, às quais incumbirão a representação
inerentes às suas atividades, inscrevendo-os em judicial e as atividades de consultoria e assesso-
dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou ramento jurídicos das entidades de âmbito local.
judicial. (Ver o art. 2º da Lei nº 11.098, de 2005). 196 § 5o Poderão ser instaladas Procuradorias
§ 1o No desempenho das atividades de Seccionais Federais fora das Capitais, quando
consultoria e assessoramento, à Procurado- o interesse público recomendar, às quais com-
ria-Geral Federal aplica-se, no que couber, o petirão a representação judicial de autarquias e
disposto no art. 11 da Lei Complementar nº fundações sediadas em sua área de atuação, e o
73, de 10 de fevereiro de 1993. assessoramento jurídico quanto às matérias de
§ 2o Integram a Procuradoria-Geral Fe- competência legal ou regulamentar das entida-
deral as Procuradorias, Departamentos des e autoridades assessoradas.
Jurídicos, Consultorias Jurídicas ou Asses- § 6o As Procuradorias Federais não especi-
sorias Jurídicas das autarquias e fundações alizadas e as Procuradorias Seccionais Federais
federais, como órgãos de execução desta, prestarão assessoramento jurídico a órgãos e
mantidas as suas atuais competências.197 autoridades de autarquias e fundações de
âmbito nacional localizados em sua área de
atuação, que não disponham de órgão descen-
196
As Leis Complementares nº 124 e nº 125, de 3 de janeiro tralizado da respectiva procuradoria especiali-
de 2007, que criaram, respectivamente, a SUDAM e a zada, e farão, quando necessário, a representa-
SUDENE, autarquias federais de natureza especial (arts. 1º), ção judicial dessas entidades.
prevêem em suas composições uma “Procuradoria-Geral, § 7° Quando o assessoramento jurídico
vinculada à Advocacia-Geral da União” (arts. 7º, III).
de que trata o § 6o envolver matéria especí-
Nas razões de veto aos arts. 12 das referidas Leis
Complementares − Mensagens nºs 1 e 2, de 3 de janeiro de
fica de atividade fim da entidade, que exija
2007 − consta o seguinte:
manifestação de procuradoria especializada,
............................................................................................. ou decisão de autoridade superior da entida-
“Ouvida, também, a Advocacia-Geral da União de, o Chefe da Procuradoria Federal não
manifestou-se pelo veto ao seguinte dispositivo: especializada e o Procurador Seccional
Art. 12 Federal encaminharão a matéria à corres-
“Art. 12. O Superintendente será o representante pondente Procuradoria Especializada.
da Sudam, em juízo ou fora dele.”(LC 123, de 2007) § 8o Enquanto não instaladas as Procu-
“Art. 12. O Superintendente será o representante radorias Federais não especializadas e as
da Sudene, em juízo ou fora dele.” (LC 124, de 2007) Procuradorias Seccionais Federais as suas
Razões do veto
competências poderão ser exercidas pelos
“A Constituição Federal, em seu art. 131, confere
atuais órgãos jurídicos das autarquias e
à Advocacia-Geral da União a atividade de representa-
ção judicial e extrajudicial da União, seja diretamente,
fundações de âmbito local, ou por Procura-
seja através de órgão vinculado. doria especializada da Procuradoria-Geral
O órgão vinculado a que se refere o art. 131 da Carta Federal existente na localidade, ou por
Magna é a Procuradoria-Geral Federal, criada pela Lei no Procuradoria da União, quanto à representa-
10.480, de 2 de julho de 2002, com a atribuição de represen- ção judicial e, quanto ao assessoramento
tar, judicial e extrajudicialmente, as autarquias federais. jurídico, por Núcleo de Assessoramento
Assim, na análise das normas supramencionadas, con- Jurídico da Consultoria-Geral da União.
clui-se que à Procuradoria-Geral Federal cabe a representa-
ção judicial e extrajudicial das autarquias federais. E essa
orientação não é fielmente observada pelo projeto, ao atribuir “Art. 9o A ANAC terá como órgão de deliberação má-
ao Superintendente a representação em juízo ou fora dele, xima a Diretoria, contando, também, com uma Procuradori-
podendo dar ensejo a questionamentos judiciais se interpreta- a, uma Corregedoria, um Conselho Consultivo e uma
da como forma de delegar a competência atribuída à Advoca- Ouvidoria, além das unidades especializadas.”
cia-Geral da União ao dirigente máximo da autarquia.” “Art. 17. A representação judicial da ANAC, com
197
Ver a Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, que prerrogativas processuais de Fazenda Pública, será
cria a Agência Nacional de Aviação Civil − ANAC: exercida pela Procuradoria.”
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.480, de 2002
o
§ 9 Em cada Procuradoria de autarquia ou das autarquias e fundações federais, recla-
fundação federal de âmbito nacional e nas madas pelo interesse público;
Procuradorias Federais não especializadas IV - distribuir os cargos e lotar os Mem-
haverá setor específico de cálculos e perícias, a bros da Carreira nas Procuradorias-Gerais
ser instalado conforme a necessidade do servi- ou Departamentos Jurídicos de autarquias e
ço e a disponibilidade financeira. fundações federais;198
§ 10. O Advogado-Geral da União indi- V - disciplinar e efetivar as promoções e
cará, para os fins desta Lei, as autarquias e remoções dos Membros da Carreira de
fundações de âmbito nacional. Procurador Federal;199
§ 11. As Procuradorias Federais não espe- VI - instaurar sindicâncias e processos
cializadas e as Procuradorias Regionais Fede- administrativos disciplinares contra Mem-
rais, as Procuradorias Federais nos Estados e as bros da Carreira de Procurador Federal,
Procuradorias Seccionais Federais poderão julgar os respectivos processos e aplicar as
assumir definitivamente as atividades de repre- correspondentes penalidades;
sentação judicial e extrajudicial das autarquias VII - ceder, ou apresentar quando requisi-
e das fundações públicas federais de âmbito tados, na forma da lei, Procuradores Federais; e
nacional. (Incluído pela Lei nº 11.098, de 2005) VIII - editar e praticar os atos normati-
§ 12. As Procuradorias Federais não espe- vos ou não, inerentes a suas atribuições.
cializadas e as Procuradorias Regionais Fede- § 1o No desempenho de suas atribuições,
rais, as Procuradorias Federais nos Estados e as o Procurador-Geral Federal pode atuar junto
Procuradorias Seccionais Federais poderão a qualquer juízo ou Tribunal.
ainda centralizar as atividades de apuração da § 2o É permitida a delegação das atribui-
liquidez e certeza dos créditos, de qualquer ções previstas nos incisos II e IV aos Procu-
natureza, inerentes às atividades das autarquias radores-Gerais ou Chefes de Procuradorias,
e fundações públicas federais, incluindo as de
âmbito nacional, inscrevendo-os em dívida 198
Ver o art. 5º e o Anexo II da Lei nº 10.871, de 2004:
ativa, para fins de cobrança amigável ou judi-
“Art. 5º O Procurador-Geral Federal definirá a
cial, bem como as atividades de consultoria e distribuição de cargos de Procurador Federal nas
assessoramento jurídico delas derivadas. (Inclu- Procuradorias das Agências Reguladoras, observados os
ído pela Lei nº 11.098, de 2005) quantitativos estabelecidos no Anexo II desta Lei.”
§ 13. Nos casos previstos nos §§ 11 e 12 “ANEXO II
deste artigo, as respectivas autarquias e (Redação dada pela Lei nº 11.292, de 26.4.2006)
fundações públicas federais darão o apoio CARGOS DE PROCURADOR FEDERAL A SEREM
técnico, financeiro e administrativo à Procu- DISTRIBUÍDOS ÀS AGÊNCIAS REGULADORAS
radoria-Geral Federal até a sua total implan- AUTARQUIA ESPECIAL QUANTIDADE
tação." (Incluído pela Lei nº 11.098, de 2005) ANA 20
Art. 11. É criado, na Procuradoria-Geral ANATEL 70
Federal, o cargo de Procurador-Geral Fede- ANCINE 15
ral, de Natureza Especial, privativo de Ba- ANEEL 35
charel em Direito de elevado saber jurídico ANP 40
e reconhecida idoneidade. ANS 40
§ 1o O Procurador-Geral Federal é nome- ANTAQ 20
ado pelo Presidente da República, mediante ANTT 55
indicação do Advogado-Geral da União. ANVISA 40
§ 2o Compete ao Procurador-Geral Federal:
ANAC 50
I - dirigir a Procuradoria-Geral Fede-
199
ral, coordenar suas atividades e orientar- Ver o art. 5º, § 1º, da Lei nº 10.871, de 2004:
lhe a atuação; “Art. 5º......................................................................
§ 1º É vedada a remoção, a transferência ou a mu-
II - exercer a representação das autar-
dança de exercício a pedido, com ou sem mudança de
quias e fundações federais junto ao Supremo sede, de Procurador Federal designado para ter exercí-
Tribunal Federal e aos Tribunais Superiores; cio nas entidades referidas no Anexo I desta Lei, nos
III - sugerir ao Advogado-Geral da Uni- primeiros 36 (trinta e seis) meses a contar da data da
ão medidas de caráter jurídico de interesse investidura no cargo.”
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.480, de 2002
Departamentos, Consultorias ou Assessorias DAS 102.5, 1 (um) de Chefe de Gabinete do
Jurídicas de autarquias e fundações federais. Procurador-Geral Federal, DAS 101.4.
Art. 12. Os cargos, e seus ocupantes, da Art. 13. A Advocacia-Geral da União
Carreira de Procurador Federal criada pela dará o apoio técnico, financeiro e adminis-
Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de trativo à Procuradoria-Geral Federal na sua
setembro de 2001, integram quadro próprio fase de implantação.
da Procuradoria-Geral Federal. 200 Art. 14. O Advogado-Geral da União
§ 1° Compete ao Advogado-Geral da editará os atos necessários dispondo sobre a
União, relativamente à Carreira de Procura- competência, a estrutura e o funcionamento
dor Federal e seus Membros: da Procuradoria-Geral Federal, bem como
I - disciplinar, promover e homologar os sobre as atribuições de seus titulares e de-
concursos públicos, de provas e títulos, de mais integrantes.
ingresso na Carreira de Procurador Federal; Parágrafo único. A representação judici-
II - distribuir os cargos pelas três catego- al exercida pela Advocacia-Geral da União
rias da Carreira; e na forma dos arts. 11-A e 11-B da Lei n°
III - determinar o exercício provisório 9.028, de 12 de abril de 1993, acrescentados
de Procurador Federal em órgãos da Advo- pela Medida Provisória n° 2.180-35, de 24
cacia-Geral da União. de agosto de 2001, poderá ser gradualmente
§ 2° Até que a Procuradoria-Geral Fede- assumida pela Procuradoria-Geral Federal,
ral disponha de orçamento próprio, a remu- conforme ato do Advogado-Geral da União,
neração dos Membros da Carreira de Procu- observado o disposto no § 8o do art. 10.
rador Federal incumbe à autarquia ou funda- Art. 15. O disposto nos arts. 10 e 11 não
ção federal em que o servidor estiver lotado se aplica à Procuradoria-Geral do Banco
ou em exercício temporário, e à Advocacia- Central do Brasil.
Geral da União quando em exercício tempo- Art. 16. (VETADO)
rário em órgãos desta. Art. 17. É criado o cargo de Diretor do
§ 3° Os dirigentes dos órgãos jurídicos da Centro de Estudos da Advocacia-Geral da
Procuradoria-Geral Federal serão nomeados União, DAS 101.5.
por indicação do Advogado-Geral da União. § 1° São transformados em cargos de
§ 4° O Presidente da República poderá Coordenador-Geral os cargos de Procurador
delegar ao Advogado-Geral da União com- Seccional da União das Procuradorias Sec-
petência para prover, nos termos da lei, os cionais desativadas.
cargos, efetivos e em comissão, da Procura- § 2° São transformados em cargos de
doria-Geral Federal. Subprocurador Regional da União os cargos
§ 5° São criados na Procuradoria-Geral de Procurador-Chefe das Procuradorias da
Federal 1 (um) cargo de Subprocurador- União que vierem a ser desativadas em
Geral Federal, DAS 101.6, 1 (um) de Adjun- decorrência da aplicação do art. 3° da Lei n°
to de Consultoria, e 1 (um) de Contencioso, 9.028, de 12 de abril de 1995.
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data
200 de sua publicação.
Ver o art. 5º, § 2º, da Lei nº 10.871, de 2004:
“Art. 5º ....................................................................
Art. 19. Revogam-se o art. 8o-A e o § 7°
§ 2º Ficam criados, na Carreira de Procurador Fe- do art. 17 da Lei n° 9.028, de 12 de abril de
deral de que trata o art. 36 da Medida Provisória nº 1995, acrescentados pela Medida Provisória
2.229-43, de 6 de setembro de 2001, regidos pelas leis e n° 2.180-35, de 24 de agosto de 2001.
normas próprias aplicáveis a ela, 64 (sessenta e quatro) Brasília, 2 de julho de 2002; 181o da In-
cargos efetivos de Procurador Federal, destinados ao dependência e 114o da República.
exercício das atribuições estabelecidas no art. 37 da FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de Guilherme Gomes Dias
2001, no âmbito das respectivas unidades de exercício.”
José Bonifácio Borges de Andrada
Ver o art. 41 da Lei nº 11.182, de 2005, que cria a
Agência Nacional de Aviação Civil − ANAC:
ANEXO
“Art. 41. Ficam criados 50 (cinqüenta) cargos de
(Revogado pelo art. 6º da Lei nº 10.907, de 2004.
Procurador Federal na ANAC, observado o disposto na Ver o art. 2º e o Anexo II da Lei nº 10.907, de 2004)
legislação específica.”
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.522, de 2002
o
LEI N 10.522, DE 19 DE JULHO DE 2002.
Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos créditos
não quitados de órgãos e entidades federais e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ou a entidade credora fornecerá a certidão
Faço saber que o Congresso Nacional decre- de regularidade do débito, caso não haja
ta e eu sanciono a seguinte Lei: outros pendentes de regularização.
Art. 1o O Cadastro Informativo de crédi- § 7o A inclusão no CADIN sem a expedi-
tos não quitados do setor público federal ção da comunicação ou da notificação de que
(CADIN) passa a ser regulado por esta Lei. tratam os §§ 2o e 4o, ou a não exclusão, nas
Art. 2o O CADIN conterá relação das condições e no prazo previstos no § 5o, sujeita-
pessoas físicas e jurídicas que: rá o responsável às penalidades cominadas
I - sejam responsáveis por obrigações pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
pecuniárias vencidas e não pagas, para com e pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
órgãos e entidades da Administração Públi- 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).
ca Federal, direta e indireta; § 8o O disposto neste artigo não se apli-
II - estejam com a inscrição nos cadas- ca aos débitos referentes a preços de servi-
tros indicados, do Ministério da Fazenda, ços públicos ou a operações financeiras que
em uma das seguintes situações: não envolvam recursos orçamentários.
a) suspensa ou cancelada no Cadastro de Art. 3o As informações fornecidas pelos
Pessoas Físicas – CPF; órgãos e entidades integrantes do CADIN
b) declarada inapta perante o Cadastro serão centralizadas no Sistema de Informa-
Geral de Contribuintes – CGC. ções do Banco Central do Brasil – SISBA-
§ 1o Os órgãos e as entidades a que se CEN, cabendo à Secretaria do Tesouro
refere o inciso I procederão, segundo nor- Nacional expedir orientações de natureza
mas próprias e sob sua exclusiva responsabi- normativa, inclusive quanto ao disciplina-
lidade, às inclusões no CADIN, de pessoas mento das respectivas inclusões e exclusões.
físicas ou jurídicas que se enquadrem nas Parágrafo único. As pessoas físicas e ju-
hipóteses previstas neste artigo. rídicas incluídas no CADIN terão acesso às
§ 2o A inclusão no CADIN far-se-á 75 informações a elas referentes, diretamente
(setenta e cinco) dias após a comunicação ao junto ao órgão ou entidade responsável pelo
devedor da existência do débito passível de registro, ou, mediante autorização, por
inscrição naquele Cadastro, fornecendo-se intermédio de qualquer outro órgão ou
todas as informações pertinentes ao débito. entidade integrante do CADIN
§ 3o Tratando-se de comunicação expedida Art. 4o A inexistência de registro no
por via postal ou telegráfica, para o endereço CADIN não implica reconhecimento de
indicado no instrumento que deu origem ao regularidade de situação, nem elide a apre-
débito, considerar-se-á entregue após 15 (quin- sentação dos documentos exigidos em lei,
ze) dias da respectiva expedição. decreto ou demais atos normativos.
§ 4o A notificação expedida pela Secre- § 1o No caso de operações de crédito
taria da Receita Federal ou pela Procurado- contratadas por instituições financeiras, no
ria-Geral da Fazenda Nacional, dando co- âmbito de programas oficiais de apoio à
nhecimento ao devedor da existência do microempresa e empresa de pequeno porte,
débito ou da sua inscrição em Dívida Ativa ficam as mutuárias, no caso de não estarem
atenderá ao disposto no § 2o. inscritas no CADIN, dispensadas da apre-
§ 5o Comprovado ter sido regularizada a sentação, inclusive aos cartórios, quando do
situação que deu causa à inclusão no CA- registro dos instrumentos de crédito e res-
DIN, o órgão ou a entidade responsável pelo pectivas garantias, de quaisquer certidões
registro procederá, no prazo de 5 (cinco) exigidas em lei, decreto ou demais atos
dias úteis, à respectiva baixa. normativos, comprobatórias da quitação de
§ 6o Na impossibilidade de a baixa ser quaisquer tributos e contribuições federais.
efetuada no prazo indicado no § 5o, o órgão § 2o O disposto no § 1o aplica-se tam-

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bém aos mini e pequenos produtores rurais e valor, com o oferecimento de garantia idô-
aos agricultores familiares. nea e suficiente ao Juízo, na forma da lei;
Art. 5o O CADIN conterá as seguintes II - esteja suspensa a exigibilidade do
informações: crédito objeto do registro, nos termos da lei.
I - nome e número de inscrição no Ca- Art. 8o A não-observância do disposto no §
dastro Geral de Contribuintes – CGC ou no 1o do art. 2o e nos arts. 6o e 7o desta Lei sujeita
Cadastro de Pessoas Físicas – CPF, do os responsáveis às sanções da Lei no 8.112, de
responsável pelas obrigações de que trata o 1990, e do Decreto-Lei no 5.452, de 1943.
art. 2o, inciso I; Art. 9o Fica suspensa, até 31 de dezembro
II - nome e outros dados identificadores de 1999, a aplicação do disposto no caput do
das pessoas jurídicas ou físicas que estejam art. 22, e no seu § 2o, do Decreto-Lei no 147, de
na situação prevista no art. 2o, inciso II, 3 de fevereiro de 1967, na redação que lhes
inclusive a indicação do número da inscri- deram o art. 4o do Decreto-Lei no 1.687, de 18
ção suspensa ou cancelada; de julho de 1979, e o art. 10 do Decreto-Lei no
III - nome e número de inscrição no Ca- 2.163, de 19 de setembro de 1984.
dastro Geral de Contribuintes – CGC, ende- Parágrafo único. O Ministro de Estado
reço e telefone do respectivo credor ou do da Fazenda estabelecerá cronograma, priori-
órgão responsável pela inclusão; dades e condições para a remessa, às unida-
IV - data do registro. des da Procuradoria-Geral da Fazenda Na-
Parágrafo único. Cada órgão ou entidade cional, dos débitos passíveis de inscrição em
a que se refere o inciso I do art. 2o manterá, Dívida Ativa da União e cobrança judicial.
sob sua responsabilidade, cadastro contendo Art. 10. Os débitos de qualquer natureza
informações detalhadas sobre as operações para com a Fazenda Nacional poderão ser
ou situações que tenham registrado no CA- parcelados em até sessenta parcelas mensais, a
DIN, inclusive para atender ao que dispõe o exclusivo critério da autoridade fazendária, na
parágrafo único do art. 3o. forma e condições previstas nesta Lei. (Redação
Art. 6o É obrigatória a consulta prévia ao dada pela Lei nº 10.637, de 30.12.2002)
CADIN, pelos órgãos e entidades da Adminis- Parágrafo único. O Ministro de Estado
tração Pública Federal, direta e indireta, para: da Fazenda poderá delegar, com ou sem o
I - realização de operações de crédito que estabelecimento de alçadas de valor, a com-
envolvam a utilização de recursos públicos; petência para autorizar o parcelamento.
II - concessão de incentivos fiscais e fi- Art. 11. Ao formular o pedido de parce-
nanceiros; lamento, o devedor deverá comprovar o
III - celebração de convênios, acordos, recolhimento de valor correspondente à
ajustes ou contratos que envolvam desem- primeira parcela, conforme o montante do
bolso, a qualquer título, de recursos públi- débito e o prazo solicitado.
cos, e respectivos aditamentos. § 1o Observados os limites e as condições
Parágrafo único. O disposto neste artigo estabelecidos em portaria do Ministro de
não se aplica: Estado da Fazenda, em se tratando de débitos
I - à concessão de auxílios a Municípios inscritos em Dívida Ativa, a concessão do
atingidos por calamidade pública reconheci- parcelamento fica condicionada à apresenta-
da pelo Governo Federal; ção, pelo devedor, de garantia real ou fidejus-
II - às operações destinadas à composição e sória, inclusive fiança bancária, idônea e sufi-
regularização dos créditos e obrigações objeto ciente para o pagamento do débito, exceto
de registro no CADIN, sem desembolso de quando se tratar de microempresas e empresas
recursos por parte do órgão ou entidade credora; de pequeno porte optantes pela inscrição no
III - às operações relativas ao crédito Sistema Integrado de Pagamento de Impostos
educativo e ao penhor civil de bens de uso e Contribuições das Microempresas e das
pessoal ou doméstico. Empresas de Pequeno Porte – Simples, de que
Art. 7o Será suspenso o registro no CA- trata a Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996.
DIN quando o devedor comprove que: § 2o Enquanto não deferido o pedido, o de-
I - tenha ajuizado ação, com o objetivo vedor fica obrigado a recolher, a cada mês, como
de discutir a natureza da obrigação ou o seu antecipação, valor correspondente a uma parcela.
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o
§ 3 O não-cumprimento do disposto neste Art. 13. O valor de cada prestação mensal,
artigo implicará o indeferimento do pedido. por ocasião do pagamento, será acrescido de
§ 4o Considerar-se-á automaticamente juros equivalentes à taxa referencial do Sistema
deferido o parcelamento, em caso de não Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC)
manifestação da autoridade fazendária no para títulos federais, acumulada mensalmente,
prazo de 90 (noventa) dias, contado da data calculados a partir da data do deferimento até o
da protocolização do pedido. mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um
§ 5o O pedido de parcelamento constitui confis- por cento) relativamente ao mês em que o
são irretratável de dívida, mas a exatidão do valor pagamento estiver sendo efetuado.
dele constante poderá ser objeto de verificação. § 1o A falta de pagamento de 2 (duas) pres-
§ 6o Atendendo ao princípio da economi- tações implicará a imediata rescisão do parcela-
cidade, observados os termos, os limites e as mento e, conforme o caso, a remessa do débito
condições estabelecidos em ato do Ministro de para a inscrição em Dívida Ativa da União ou o
Estado da Fazenda, poderá ser concedido, de prosseguimento da execução, vedado o reparce-
ofício, parcelamento simplificado, importando lamento, com exceção do previsto no § 2o deste
o pagamento da primeira parcela confissão artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
irretratável da dívida e adesão ao sistema de § 2o Salvo o disposto no art. 11 da Lei no
parcelamentos de que trata esta Lei. 10.684, de 30 de maio de 2003, "que trata de
§ 7o Ao parcelamento de que trata o § 6o não parcelamento de débitos junto à Secretaria da
se aplicam as vedações estabelecidas no art. 14. Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fa-
§ 8o Descumprido o parcelamento garanti- zenda Nacional e ao Instituto Nacional do
do por faturamento ou rendimentos do deve- Seguro Social – INSS e dá outras providências",
dor, poderá a Fazenda Nacional realizar a será admitido o reparcelamento dos débitos
penhora preferencial destes, na execução fiscal, inscritos em Dívida Ativa da União, observado
que consistirá em depósito mensal à ordem do o seguinte: (Incluído pela Lei nº 11.033, de 2004)
Juízo, ficando o devedor obrigado a comprovar I - ao formular o pedido de reparcela-
o valor do faturamento ou rendimentos no mês, mento, o devedor deverá comprovar o reco-
mediante documentação hábil. lhimento de valor correspondente a 20%
§ 9o O parcelamento simplificado de que (vinte por cento) do débito consolidado;
trata o § 6o deste artigo estende-se às contribui- (Incluído pela Lei nº 11.033, de 2004)
ções e demais importâncias arrecadadas pelo II - rescindido o reparcelamento, novas
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na concessões somente serão aceitas no caso de
forma e condições estabelecidas pelo Ministro o pedido vir acompanhado de comprovação
de Estado da Previdência e Assistência Social. do recolhimento do valor correspondente a
Art. 12. O débito objeto do parcelamen- 50% (cinqüenta por cento) do débito conso-
to, nos termos desta Lei, será consolidado na lidado; (Incluído pela Lei nº 11.033, de 2004)
data da concessão, deduzido o valor dos III - aplicam-se subsidiariamente aos
recolhimentos efetuados como antecipação, pedidos de reparcelamento, naquilo que não
na forma do disposto no art. 11 e seu § 2o, e o contrariar, as demais disposições relativas
dividido pelo número de parcelas restantes. ao parcelamento previstas nesta Lei. (Incluído
§ 1o Para os fins deste artigo, os débitos pela Lei nº 11.033, de 2004)
expressos em Unidade Fiscal de Referência Art. 14. É vedada a concessão de parce-
- Ufir terão o seu valor convertido em moe- lamento de débitos relativos a:
da nacional, adotando-se, para esse fim, o I - tributos ou contribuições retidos na
valor da Ufir na data da concessão. fonte ou descontados de terceiros e não
§ 2o No caso de parcelamento de débito recolhidos ao Tesouro Nacional; (Redação
inscrito como Dívida Ativa, o devedor pagará as dada pela Lei nº 11.051, de 2004)
custas, emolumentos e demais encargos legais. II - Imposto sobre Operações de Crédito,
§ 3o O valor mínimo de cada parcela será Câmbio e Seguro e sobre Operações relati-
fixado pelo Ministro de Estado da Fazenda. vas a Títulos e Valores Mobiliários – IOF,
§ 4o Mensalmente, cada órgão ou entidade retido e não recolhido ao Tesouro Nacional;
publicará demonstrativo dos parcelamentos deferi- III - valores recebidos pelos agentes arre-
dos no âmbito das respectivas competências. cadadores não recolhidos aos cofres públicos.
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Parágrafo único. É vedada, igualmente, acordo com a variação da Taxa Referencial
a concessão de parcelamento de débitos – TR, ocorrida no mês anterior, acrescida de
enquanto não integralmente pago parcela- 12% a.a. (doze por cento ao ano), mais 0,5%
mento anterior, relativo ao mesmo tributo, a.a. (cinco décimos por cento ao ano) sobre
contribuição ou qualquer outra exação. o saldo devedor destinado à administração
Art. 15. Observados os requisitos e as do crédito pelo agente financeiro.
condições estabelecidos nesta Lei, os parce- § 2o O parcelamento será formalizado,
lamentos de débitos vencidos até 31 de julho mediante a celebração de contrato de confis-
de 1998 poderão ser efetuados em até: são, consolidação e parcelamento de dívida,
I - 96 (noventa e seis) prestações, se so- sem implicar novação, junto ao Banco do
licitados até 31 de outubro de 1998; Brasil S.A., na qualidade de agente financei-
II - 72 (setenta e duas) prestações, se so- ro do Tesouro Nacional.
licitados até 30 de novembro de 1998; § 3o Os contratos de parcelamento das
III - 60 (sessenta) prestações, se solici- dívidas decorrentes de honra de aval em
tados até 31 de dezembro de 1998. operações externas incluirão, obrigatoria-
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se aos mente, cláusula que autorize o bloqueio de
débitos de qualquer natureza para com a Fa- recursos na rede bancária, à falta de paga-
zenda Nacional, inscritos ou não como Dívida mento de qualquer parcela, decorridos 30
Ativa, mesmo em fase de execução fiscal já (trinta) dias do vencimento.
ajuizada, ou que tenham sido objeto de parce- Art. 17. Fica acrescentado o seguinte pa-
lamento anterior, não integralmente quitado, rágrafo ao art. 84 da Lei no 8.981, de 20 de
ainda que cancelado por falta de pagamento. janeiro de 1995:
§ 2o A vedação de que trata o art. 14, na "Art. 84.............................................
hipótese a que se refere este artigo, não se § 8o O disposto neste artigo aplica-se
aplica a entidades esportivas e entidades aos demais créditos da Fazenda Nacional,
assistenciais, sem fins lucrativos. cuja inscrição e cobrança como Dívida Ati-
§ 3o Ao parcelamento previsto neste ar- va da União seja de competência da Procu-
tigo, inclusive os requeridos e já concedidos, radoria-Geral da Fazenda Nacional." (NR)
a partir de 29 de junho de 1998, aplicam-se Art. 18. Ficam dispensados a constitui-
os juros de que trata o art. 13. ção de créditos da Fazenda Nacional, a
§ 4o Constitui condição para o deferimento inscrição como Dívida Ativa da União, o
do pedido de parcelamento e sua manutenção a ajuizamento da respectiva execução fiscal,
inexistência de débitos em situação irregular, bem assim cancelados o lançamento e a
de tributos e contribuições federais de respon- inscrição, relativamente:
sabilidade do sujeito passivo, vencidos posteri- I - à contribuição de que trata a Lei no
ormente a 31 de dezembro de 1997. 7.689, de 15 de dezembro de 1988, incidente
§ 5o O Ministro de Estado da Fazenda fi- sobre o resultado apurado no período-base
xará requisitos e condições especiais para o encerrado em 31 de dezembro de 1988;
parcelamento previsto no caput deste artigo. II - ao empréstimo compulsório instituí-
Art. 16. Os débitos para com a Fazenda do pelo Decreto-Lei no 2.288, de 23 de julho
Nacional, decorrentes de avais e outras garan- de 1986, sobre a aquisição de veículos
tias honradas em operações externas e internas automotores e de combustível;
e os de natureza financeira transferidos à União III - à contribuição ao Fundo de Investi-
por força da extinção de entidades públicas mento Social – FINSOCIAL, exigida das
federais, existentes em 30 de setembro de empresas exclusivamente vendedoras de mer-
1996, incluindo eventuais repactuações, pode- cadorias e mistas, com fundamento no art. 9o
rão ser parcelados com prazo de até 72 (setenta da Lei no 7.689, de 1988, na alíquota superior a
e dois) meses, desde que os pedidos de parce- 0,5% (cinco décimos por cento), conforme
lamento sejam protocolizados até 15 de abril Leis nos 7.787, de 30 de junho de 1989, 7.894,
de 1997, obedecidos aos requisitos e demais de 24 de novembro de 1989, e 8.147, de 28 de
condições estabelecidos nesta Lei. dezembro de 1990, acrescida do adicional de
§ 1o O saldo devedor da dívida será atu- 0,1% (um décimo por cento) sobre os fatos
alizado no primeiro dia útil de cada mês, de geradores relativos ao exercício de 1988, nos
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o
termos do art. 22 do Decreto-Lei n 2.397, de outro fundamento relevante, na hipótese de
21 de dezembro de 1987; a decisão versar sobre: (Redação dada pela Lei
IV - ao imposto provisório sobre a mo- nº 11.033, de 2004)201
vimentação ou a transmissão de valores e de I - matérias de que trata o art. 18;
créditos e direitos de natureza financeira – II - matérias que, em virtude de juris-
IPMF, instituído pela Lei Complementar no prudência pacífica do Supremo Tribunal
77, de 13 de julho de 1993, relativo ao ano- Federal, ou do Superior Tribunal de Justiça,
base 1993, e às imunidades previstas no art. sejam objeto de ato declaratório do Procura-
150, inciso VI, alíneas "a", "b", "c" e "d", da dor-Geral da Fazenda Nacional, aprovado
Constituição; pelo Ministro de Estado da Fazenda.
V - à taxa de licenciamento de importação, § 1o Nas matérias de que trata este arti-
exigida nos termos do art. 10 da Lei no 2.145, go, o Procurador da Fazenda Nacional que
de 29 de dezembro de 1953, com a redação da atuar no feito deverá, expressamente, reco-
Lei no 7.690, de 15 de dezembro de 1988; nhecer a procedência do pedido, quando
VI - à sobretarifa ao Fundo Nacional de citado para apresentar resposta, hipótese em
Telecomunicações; que não haverá condenação em honorários,
VII – ao adicional de tarifa portuária, salvo ou manifestar o seu desinteresse em recor-
em se tratando de operações de importação e rer, quando intimado da decisão judicial.
exportação de mercadorias quando objeto de (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
comércio de navegação de longo curso; § 2o A sentença, ocorrendo a hipótese do
o
VIII - à parcela da contribuição ao Pro- § 1 , não se subordinará ao duplo grau de
grama de Integração Social exigida na forma jurisdição obrigatório.
do Decreto-Lei no 2.445, de 29 de junho de § 3o Encontrando-se o processo no Tri-
1988, e do Decreto-Lei no 2.449, de 21 de bunal, poderá o relator da remessa negar-lhe
julho de 1988, na parte que exceda o valor seguimento, desde que, intimado o Procura-
devido com fulcro na Lei Complementar no dor da Fazenda Nacional, haja manifestação
7, de 7 de setembro de 1970, e alterações de desinteresse.
posteriores; § 4o A Secretaria da Receita Federal não
IX - à contribuição para o financiamento constituirá os créditos tributários relativos às
da seguridade social – COFINS, nos termos matérias de que trata o inciso II do caput deste
do art. 7o da Lei Complementar no 70, de 30 artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
de dezembro de 1991, com a redação dada § 5o Na hipótese de créditos tributários
pelo art. 1o da Lei Complementar no 85, de já constituídos, a autoridade lançadora
15 de fevereiro de 1996. deverá rever de ofício o lançamento, para
X – à Cota de Contribuição revigorada efeito de alterar total ou parcialmente o
pelo art. 2o do Decreto-Lei no 2.295, de 21 crédito tributário, conforme o caso. (Redação
de novembro de 1986. (Incluído pela Lei nº dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
11.051, de 2004) Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na
§ 1o Ficam cancelados os débitos inscritos distribuição, mediante requerimento do
em Dívida Ativa da União, de valor consolida- Procurador da Fazenda Nacional, os autos
do igual ou inferior a R$ 100,00 (cem reais). das execuções fiscais de débitos inscritos
§ 2o Os autos das execuções fiscais dos como Dívida Ativa da União pela Procura-
débitos de que trata este artigo serão arqui- doria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela
vados mediante despacho do juiz, ciente o cobrados, de valor consolidado igual ou
Procurador da Fazenda Nacional, salvo a inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
existência de valor remanescente relativo a (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004)
débitos legalmente exigíveis. § 1o Os autos de execução a que se refe-
§ 3o O disposto neste artigo não implica- re este artigo serão reativados quando os
rá restituição ex officio de quantia paga. valores dos débitos ultrapassarem os limites
Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da indicados.
Fazenda Nacional autorizada a não contes-
tar, a não interpor recurso ou a desistir do
que tenha sido interposto, desde que inexista 201
Ver o art. 4º, VI, da Lei Complementar nº 73, de 1993.
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o
§ 2 Serão extintas, mediante requerimento (quinze) dias, contado da data do despacho
do Procurador da Fazenda Nacional, as execu- judicial que acolher a petição.
ções que versem exclusivamente sobre honorá- Art. 24. As pessoas jurídicas de direito
rios devidos à Fazenda Nacional de valor igual público são dispensadas de autenticar as
ou inferior a R$ 1.000,00 (mil reais). (Redação cópias reprográficas de quaisquer documen-
dada pela Lei nº 11.033, de 2004) tos que apresentem em juízo.
§ 3o O disposto neste artigo não se apli- Art. 25. O termo de inscrição em Dívida
ca às execuções relativas à contribuição para Ativa da União, a Certidão de Dívida Ativa
o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. dele extraída e a petição inicial em processo
§ 4o No caso de reunião de processos con- de execução fiscal poderão ser subscritos
tra o mesmo devedor, na forma do art. 28 da manualmente, ou por chancela mecânica ou
Lei no 6.830, de 22 de setembro de 1980, para eletrônica, observadas as disposições legais.
os fins de que trata o limite indicado no caput Parágrafo único. O disposto no caput
deste artigo, será considerada a soma dos deste artigo aplica-se, também, à inscrição
débitos consolidados das inscrições reunidas. em Dívida Ativa e à cobrança judicial da
(Incluído pela Lei nº 11.033, de 2004) contribuição, multas e demais encargos
Art. 21. Fica isento do pagamento dos previstos na legislação respectiva, relativos
honorários de sucumbência o autor da de- ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
manda de natureza tributária, proposta Art. 26. Fica suspensa a restrição para
contra a União (Fazenda Nacional), que transferência de recursos federais a Estados,
desistir da ação e renunciar ao direito sobre Distrito Federal e Municípios destinados à
que ela se funda, desde que: execução de ações sociais e ações em faixa
I - a decisão proferida no processo de co- de fronteira, em decorrência de inadimple-
nhecimento não tenha transitado em julgado; mentos objeto de registro no CADIN e no
II - a renúncia e o pedido de conversão dos Sistema Integrado de Administração Finan-
depósitos judiciais em renda da União sejam ceira do Governo Federal - SIAFI.
protocolizados até 15 de setembro de 1997. § 1o Na transferência de recursos fede-
Art. 22. O pedido poderá ser homologado rais prevista no caput, ficam os Estados, o
pelo juiz, pelo relator do recurso, ou pelo presi- Distrito Federal e os Municípios dispensa-
dente do tribunal, ficando extinto o crédito dos da apresentação de certidões exigidas
tributário, até o limite dos depósitos convertidos. em leis, decretos e outros atos normativos.
§ 1o Na hipótese de a homologação ser § 2o Não se aplica o disposto neste artigo
da competência do relator ou do presidente aos débitos com o Instituto Nacional do Seguro
do tribunal, incumbirá ao autor peticionar ao Social - INSS, exceto quando se tratar de
juiz de primeiro grau que houver apreciado transferências relativas à assistência social.
o feito, informando a homologação da re- (Redação dada pela Lei nº 10.954, de 2004)
núncia para que este determine, de imediato, § 3o Os débitos para com a Fazenda Na-
a conversão dos depósitos em renda da cional, vencidos até 31 de maio de 1996, não
União, independentemente do retorno dos inscritos na Dívida Ativa da União, de respon-
autos do processo ou da respectiva ação sabilidade dos Estados, do Distrito Federal, dos
cautelar à vara de origem. Municípios e de suas entidades da administra-
§ 2o A petição de que trata o § 1o deverá ção indireta, decorrentes, exclusivamente, de
conter o número da conta a que os depósitos convênios celebrados com a União, poderão
estejam vinculados e virá acompanhada de ser parcelados nas seguintes condições:
cópia da página do órgão oficial onde tiver I - o pedido de parcelamento deverá ser
sido publicado o ato homologatório. encaminhado, até 31 de agosto de 1998, ao
§ 3o Com a renúncia da ação principal órgão gestor do convênio inadimplido, que o
deverão ser extintas todas as ações cautela- submeterá à Secretaria do Tesouro Nacional
res a ela vinculadas, nas quais não será com manifestação sobre a conveniência do
devida verba de sucumbência. atendimento do pleito;
Art. 23. O ofício para que o depositário II - o pedido deverá ser instruído com
proceda à conversão de depósito em renda autorização legislativa específica, inclusive
deverá ser expedido no prazo máximo de 15 quanto à vinculação das receitas próprias do
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beneficiário ou controlador e das quotas de União, deverá ser informado à Procuradoria-
repartição dos tributos a que se referem os Geral da Fazenda Nacional o valor originá-
arts. 155, 156, 157, 158 e 159, incisos I, rio dos mesmos, na moeda vigente à época
alíneas "a" e "c", e II, da Constituição; da ocorrência do fato gerador da obrigação.
III - o débito objeto do parcelamento se- § 3o Observado o disposto neste artigo,
rá consolidado na data da concessão; bem assim a atualização efetuada para o ano
IV - o parcelamento será formalizado de 2000, nos termos do art. 75 da Lei no
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacio- 9.430, de 27 de dezembro de 1996, fica
nal mediante a celebração de contrato de extinta a Unidade de Referência Fiscal –
confissão, consolidação e parcelamento de Ufir, instituída pelo art. 1o da Lei no 8.383,
dívida, com a interveniência do Banco do de 30 de dezembro de 1991.
Brasil S.A., na qualidade de Agente Finan- Art. 30. Em relação aos débitos referi-
ceiro do Tesouro Nacional, nos termos de dos no art. 29, bem como aos inscritos em
convênio a ser celebrado com a União; Dívida Ativa da União, passam a incidir, a
V - o vencimento da primeira prestação partir de 1o de janeiro de 1997, juros de
será 30 (trinta) dias após a assinatura do mora equivalentes à taxa referencial do
contrato de parcelamento; Sistema Especial de Liquidação e de Custó-
VI - o pedido de parcelamento constitui dia – SELIC para títulos federais, acumula-
confissão irretratável de dívida, mas a exati- da mensalmente, até o último dia do mês
dão do valor dele constante poderá ser obje- anterior ao do pagamento, e de 1% (um por
to de verificação. cento) no mês de pagamento.
§ 4o Aos contratos celebrados nas con- Art. 31. Ficam dispensados a constitui-
dições estabelecidas no § 3o aplica-se o ção de créditos da Comissão de Valores
disposto no art. 13 desta Lei. Mobiliários – CVM, a inscrição na sua
Art. 27. Não cabe recurso de ofício das de- Dívida Ativa e o ajuizamento da respectiva
cisões prolatadas, pela autoridade fiscal da execução fiscal, bem assim cancelados o
jurisdição do sujeito passivo, em processos lançamento e a inscrição relativamente:
relativos a restituição de impostos e contribui- I - à taxa de fiscalização e seus acréscimos,
ções administrados pela Secretaria da Receita de que trata a Lei no 7.940, de 20 de dezembro
Federal e a ressarcimento de créditos do Im- de 1989, devida a partir de 1o de janeiro de
posto sobre Produtos Industrializados. 1990 àquela autarquia, pelas companhias
Art. 28. O inciso II do art. 3o da Lei no fechadas beneficiárias de incentivos fiscais;
8.748, de 9 de dezembro de 1993, passa a ter II - às multas cominatórias que tiverem
a seguinte redação: sido aplicadas a essas companhias nos ter-
"II - julgar recurso voluntário de decisão mos da Instrução CVM no 92, de 8 de de-
de primeira instância nos processos relativos zembro de 1988.
a restituição de impostos e contribuições e a § 1o O disposto neste artigo somente se a-
ressarcimento de créditos do Imposto sobre plica àquelas companhias que tenham patri-
Produtos Industrializados." (NR) mônio líquido igual ou inferior a R$
Art. 29. Os débitos de qualquer natureza 10.000.000,00 (dez milhões de reais), confor-
para com a Fazenda Nacional e os decorren- me demonstrações financeiras do último exer-
tes de contribuições arrecadadas pela União, cício social, devidamente auditadas por auditor
constituídos ou não, cujos fatos geradores independente registrado na CVM e procedam
tenham ocorrido até 31 de dezembro de ao cancelamento do seu registro na CVM,
1994, que não hajam sido objeto de parce- mediante oferta pública de aquisição da totali-
lamento requerido até 31 de agosto de 1995, dade desses títulos, nos termos do art. 20 e
expressos em quantidade de Ufir, serão seguintes da Instrução CVM no 265, de 18 de
reconvertidos para real, com base no valor julho de 1997, caso tenham ações dissemina-
daquela fixado para 1o de janeiro de 1997. das no mercado, em 31 de outubro de 1997.
§ 1o A partir de 1o de janeiro de 1997, os § 2o Os autos das execuções fiscais dos
créditos apurados serão lançados em reais. débitos de que trata este artigo serão arqui-
§ 2o Para fins de inscrição dos débitos vados mediante despacho do juiz, ciente o
referidos neste artigo em Dívida Ativa da Procurador da CVM, salvo a existência de
− 46/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.522, de 2002
o
valor remanescente relativo a débitos legal- § 3 O arrolamento de que trata o §
mente exigíveis. 2o será realizado preferencialmente so-
§ 3o O disposto neste artigo não implica- bre bens imóveis.
rá restituição de quantias pagas. § 4o O Poder Executivo editará as
Art. 32. O art. 33 do Decreto no 70.235, normas regulamentares necessárias à
de 6 de março de 1972, que, por delegação operacionalização do arrolamento pre-
do Decreto-Lei no 822, de 5 de setembro de visto no § 2o." (NR)
1969, regula o processo administrativo de Art. 33. (VETADO)
determinação e exigência de créditos tribu- Art. 34. Fica acrescentado o seguinte pa-
tários da União, passa a vigorar com a se- rágrafo ao art. 98 da Lei no 8.212, de 24 de
guinte alteração: julho de 1991:
"Art. 33. ........................................... "§ 11. O disposto neste artigo aplica-se
§ 1o No caso de provimento a recurso às execuções fiscais da Dívida Ativa da
de ofício, o prazo para interposição de re- União." (NR)
curso voluntário começará a fluir da ciên- Art. 35. As certidões expedidas pelos
cia, pelo sujeito passivo, da decisão profe- órgãos da administração fiscal e tributária
rida no julgamento do recurso de ofício. poderão ser emitidas pela internet (rede
§ 2o Em qualquer caso, o recurso vo- mundial de computadores) com as seguintes
luntário somente terá seguimento se o características:
recorrente arrolar bens e direitos de va-
lor equivalente a 30% (trinta por cento)
contida na lei de conversão, a exemplo do depósito, resulta
da exigência fiscal definida na decisão,
em imobilização de bens.
limitado o arrolamento, sem prejuízo do Superada a análise dos pressupostos de relevância
seguimento do recurso, ao total do ativo e urgência da medida provisória com o advento da
permanente se pessoa jurídica ou ao pa- conversão desta em lei.
trimônio se pessoa física. (Declarado in- A exigência de depósito ou arrolamento prévio de bens
202
constitucional pelo STF –ADI 1.976-7/DF) e direitos como condição de admissibilidade de recurso
administrativo constitui obstáculo sério (e intransponível,
para consideráveis parcelas da população) ao exercício do
202
ADI Nº 1976-7/DF “EMENTA: AÇÃO DIRETA DE direito de petição (CF, art. 5º, XXXIV), além de caracterizar
INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 32, QUE DEU NOVA ofensa ao princípio do contraditório (CF, art. 5º, LV).
REDAÇÃO AO ART. 33, § 2º, DO DECRETO 70.235/72 E A exigência de depósito ou arrolamento prévio de
ART. 33, AMBOS DA MP 1.699-41/1998. DISPOSITIVO bens e direitos pode converter-se, na prática, em deter-
NÃO REEDITADO NAS EDIÇÕES SUBSEQUENTES DA minadas situações, em supressão do direito de recorrer,
MEDIDA PROVISÓRIA TAMPOUCO NA LEI DE CON- constituindo-se, assim, em nítida violação ao princípio
VERSÃO. ADITAMENTO E CONVERSÃO DA MEDIDA da proporcionalidade.
PROVISÓRIA NA LEI 10.522/2002. ALTERAÇÃO SUBS- Ação direta julgada procedente para declarar a in-
TANCIAL DO CONTEÚDO DA NORMA IMPUGNADA. constitucionalidade do art. 32 da MP 1699-41 – posteri-
INOCORRÊNCIA. PRESSUPOSTOS DE RELEVÂNCIA E ormente convertida na lei 10.522/2002 -, que deu nova
URGÊNCIA. DEPÓSITO DE TRINTA PORCENTO DO redação ao art. 33, § 2º, do Decreto 70.235/72.
DÉBITO EM DISCUSSÃO OU ARROLAMENTO PRÉVIO ACÓRDÃO
DE BENS E DIREITOS COMO CONDIÇÃO PARA A Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO. ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária,
PEDIDO DEFERIDO. sob a presidência do ministro Sepúlveda Pertence, na
Perda de objeto da ação direta em relação ao art. conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráfi-
33, caput e parágrafos, da MP 1.699-41/1998, em razão cas, por unanimidade de votos, em julgar prejudicada a ação
de o dispositivo ter sido suprimido das versões ulteriores relativamente ao artigo 33, caput, e parágrafos da Medida
da medida provisória e da lei de conversão. Provisória nº 1.699-41/1998 e rejeitar as demais prelimina-
A requerente promoveu o devido aditamento após a res. No mérito, o Tribunal julgou, por unanimidade, proce-
conversão da medida provisória impugnada em lei. dente a ação direta para declarar a inconstitucionalidade do
Rejeitada a preliminar que sustentava a prejudici- artigo 32 da Medida Provisória nº 1.699-41/1998, convertida
alidade da ação direta em razão de, na lei de conversão, na Lei nº 10.522/2002, que deu nova redação ao artigo 33, §
haver o depósito prévio sido substituído pelo arrolamento de 2º, do Decreto nº 70.235/1972, tudo nos termos do voto do
bens e direitos como condição de admissibilidade do recurso Relator.
administrativo. Decidiu-se que não houve, no caso, alteração Brasília, 28 de março de 2007.
substancial do conteúdo da norma, pois a nova exigência JOAQUIM BARBOSA – Relator” (DJ de 18.5.2007)
− 47/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.522, de 2002
I - serão válidas independentemente de 20% (vinte por cento), incidente sobre o
assinatura ou chancela de servidor dos valor atualizado.
órgãos emissores; § 1o Os juros de mora e a multa de mora,
II - serão instituídas pelo órgão emissor incidentes sobre os créditos provenientes de
mediante ato específico publicado no Diário multas impostas em processo administrativo
Oficial da União onde conste o modelo do punitivo que, em razão de recurso, tenham sido
documento. confirmadas pela instância superior, contam-se
Art. 36. O inciso II do art. 11 da Lei no do vencimento da obrigação, previsto na inti-
9.641, de 25 de maio de 1998, passa a vigo- mação da decisão de primeira instância.
rar com a seguinte redação: § 2o Os créditos referidos no caput pode-
"II – o pagamento da gratificação será rão ser parcelados em até 30 (trinta) parcelas
devido até que seja definida e implemen- mensais, a exclusivo critério do Banco
tada a estrutura de apoio administrativo da Central do Brasil, na forma e condições por
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional." ele estabelecidas.
............................................... " (NR) Art. 38. Ficam convalidados os atos pra-
Art. 37. Os créditos do Banco Central do ticados com base na Medida Provisória no
Brasil, provenientes de multas administrati- 2.176-79, de 23 de agosto de 2001.
vas, não pagos nos prazos previstos, serão Art. 39. Ficam revogados o art. 11 do De-
acrescidos de: creto-Lei no 352, de 17 de junho de 1968, e
I - juros de mora, contados do primeiro alterações posteriores; o art. 10 do Decreto-Lei
dia do mês subseqüente ao do vencimento, no 2.049, de 1o de agosto de 1983; o art. 11 do
equivalentes à taxa referencial do Sistema Decreto-Lei no 2.052, de 3 de agosto de 1983;
Especial de Liquidação e de Custódia - o art. 11 do Decreto-Lei no 2.163, de 19 de
SELIC para os títulos federais, acumulada setembro de 1984; os arts. 91, 93 e 94 da Lei
mensalmente, até o último dia do mês ante- no 8.981, de 20 de janeiro de 1995.
rior ao do pagamento, e de 1% (um por Art. 40. Esta Lei entra em vigor na data
cento) no mês de pagamento; de sua publicação.
II - multa de mora de 2% (dois por cen- Brasília, 19 de julho de 2002; 181o da
to), a partir do primeiro dia após o venci- Independência e 114o da República.
mento do débito, acrescida, a cada 30 (trin- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
ta) dias, de igual percentual, até o limite de Pedro Malan

− 48/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.549, de 2002
o
LEI N 10.549, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2002.
Dispõe sobre a remuneração dos cargos da
Carreira de Procurador da Fazenda Nacional, e
dá outras providências.
Faço saber que o Presidente da Repú- 1987, e 2.371, 18 de novembro de 1987, e a
blica adotou a Medida Provisória nº 43, de Gratificação Temporária, a que se refere a Lei
2002, que o Congresso Nacional aprovou, e n° 9.028, 12 de abril de 1995.
eu, Ramez Tebet, Presidente da Mesa do Art. 6° Na hipótese de redução de remune-
Congresso Nacional, para os efeitos do dis- ração dos ocupantes dos cargos de que trata o
posto no art. 62 da Constituição Federal, com art. 5°, decorrente da aplicação desta Lei, a
a redação dada pela Emenda constitucional nº diferença será paga a título de vantagem pes-
32, de 2001, promulgo a seguinte Lei: soal nominalmente identificada, a ser absorvi-
Art. 1° A Carreira de Procurador da Fa- da por ocasião da reorganização ou reestrutu-
zenda Nacional compõe-se de um mil e ração da carreira ou tabela remuneratória, da
duzentos cargos efetivos, de mesma deno- concessão de reajustes, adicionais, gratifica-
minação, agrupados em Categorias e Pa- ções ou vantagem de qualquer natureza ou do
drões, conforme disposto no Anexo I. desenvolvimento na carreira.
Art. 2° O posicionamento dos atuais o- Parágrafo único. A aplicação da Medida
cupantes dos cargos a que se refere o art. 1º Provisória n° 2.229-43, de 6 de setembro de
na tabela de remuneração deve observar a 2001, não poderá resultar para os atuais
correlação estabelecida no Anexo I. Procuradores da Fazenda Nacional, em cada
Art. 3° Os valores de vencimento básico categoria e padrão, em remuneração inferior
dos cargos da Carreira de Procurador da Fa- à de seus correspondentes nas demais Car-
zenda Nacional são os constantes do Anexo II, reiras da Advocacia-Geral da União, deven-
com vigência a partir 1º de março de 2002.203 do, a partir da vigência desta Lei, eventual
Art. 4° O pro labore de que trata a Lei diferença ser paga a título de vantagem
no 7.711, de 22 de dezembro de 1988, será pessoal nominalmente identificada, a ser
pago exclusivamente aos integrantes da absorvida conforme disposto no caput.205
Carreira de Procurador da Fazenda Nacional Art. 7° Aplicam-se as disposições desta
no valor correspondente a até trinta por Lei às aposentadorias e pensões, exceto o
cento do vencimento básico do servidor.204 pro labore a que se refere o art. 4°, relati-
§ 1° Excepcionalmente, os atuais ocupan- vamente às aposentadorias e pensões conce-
tes de cargos comissionados, não integrantes didas até a data de sua publicação.
da Carreira de Procurador da Fazenda Nacio- § 1° Para fins de incorporação aos pro-
nal, continuarão percebendo o pro labore de ventos da aposentadoria ou às pensões, o
que trata o caput nos valores vigentes em pro labore a que se refere o art. 4°:
fevereiro de 2002, cessando o pagamento desta I - somente será devido, se percebido há
vantagem com a exoneração do cargo. pelo menos sessenta meses; e
§ 2° O pro labore será atribuído em II - será calculado pela média aritmética
função da eficiência individual e coletiva e dos últimos sessenta meses anteriores à
dos resultados alcançados pela Procuradoria aposentadoria ou à instituição da pensão.
da Fazenda Nacional, conforme dispuser o § 2° As aposentadorias e as pensões que
regulamento. vierem a ocorrer, antes de transcorrido o
Art. 5° Não serão devidas aos integrantes período a que se refere o inciso I do § 1°,
da Carreira de Procurador da Fazenda Nacio- não poderão resultar para os atuais Procura-
nal a Representação Mensal, de que tratam os dores da Fazenda Nacional, em cada catego-
Decretos-Leis nos 2.333, de 11 de junho de ria e padrão, em proventos e pensões inferi-
ores a que teriam direito se a aposentadoria
ou a instituição da pensão tivesse ocorrido
203
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU.
204 205
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU. carreiras da AGU.
− 49/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.549, de 2002
até a data de publicação desta Lei, devendo de qualquer natureza ou do desenvolvi-
eventual diferença ser paga a título de van- mento no cargo ou na carreira.
tagem pessoal nominalmente identificada. ......................................... " (NR)
§ 3° A aplicação do disposto nesta Lei a Art. 11. São transformados em cargos de
aposentados e pensionistas não poderá Advogado da União, da respectiva Carreira da
implicar redução de proventos e pensões. Advocacia-Geral da União, os cargos efetivos,
§ 4° Constatada a redução de proventos e vagos e ocupados, da Carreira de Assistente
pensões decorrente da aplicação do disposto Jurídico, da Advocacia-Geral da União.
nesta Lei, a diferença será paga a título de § 1o São enquadrados na Carreira de
vantagem pessoal nominalmente identificada. Advogado da União os titulares dos cargos
§ 5° A vantagem pessoal de que tratam efetivos da Carreira de Assistente Jurídico,
os §§ 2° e 3° será calculada quando da da Advocacia-Geral da União.
aplicação do disposto nesta Lei e estará § 2o O enquadramento de que trata o §
sujeita exclusivamente à atualização decor- 1o deve observar a mesma correlação exis-
rente de revisão geral da remuneração dos tente entre as categorias e os níveis das
servidores públicos federais. carreiras mencionadas no caput.
Art. 8° Aplica-se às Carreiras de Advoga- § 3o Para fins de antigüidade na Carreira
do da União, de Assistente Jurídico da Advo- de Advogado da União, observar-se-á o
cacia-Geral da União, de Defensor Público da tempo considerado para antigüidade na
União e de Procurador Federal a Tabela de extinta Carreira de Assistente Jurídico, da
Correlação e a Tabela de Vencimentos cons- Advocacia-Geral da União.
tantes dos Anexos I e II. (Ver a Lei nº 11.358, de § 4o À Advocacia-Geral da União incumbe
2006, que fixa o subsídio das carreiras da AGU.) adotar as providências necessárias para o
Art. 9° O Poder Executivo editará os a- cumprimento do disposto neste artigo, bem
tos necessários ao cumprimento do disposto como verificar a regularidade de sua aplicação.
nesta Lei. § 5o O disposto neste artigo não se apli-
Art. 10. O art. 63 da Medida Provisória ca aos atuais cargos de Assistente Jurídico
n° 2.229-43, de 2001, passa a vigorar com a cuja inclusão em quadro suplementar está
seguinte alteração: prevista no art. 46 da Medida Provisória no
"Art. 63. Na hipótese de redução de 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, nem a
remuneração decorrente da aplicação do seus ocupantes.
disposto nesta Medida Provisória, a dife- Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data
rença será paga a título de vantagem pes- de sua publicação.
soal nominalmente identificada, a ser ab- Congresso Nacional, em 13 de novem-
sorvida por ocasião da reorganização ou bro de 2002; 181o da Independência e 114o
reestruturação dos cargos, carreiras ou ta- da República.
belas remuneratórias, concessão de reajus- Senador RAMEZ TEBET
tes, adicionais, gratificações ou vantagem Presidente da Mesa do Congresso Nacional

ANEXO I
Estruturação e correlação dos cargos de Procurador da Fazenda Nacional
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
CATEGORIA PADRÃO CATEGORIA
III
ESPECIAL II ESPECIAL
I
V
IV
PRIMEIRA III PRIMEIRA
II
I

− 50/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.549, de 2002
VII
VI
V
SEGUNDA IV SEGUNDA
III
II
I

ANEXO II206
Vencimento Básico dos cargos da Carreira de Procurador da Fazenda Nacional
CATEGORIA PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO
III 5.636,96
ESPECIAL II 5.494,98
I 5.357,30
V 5.054,06
IV 4.915,92
PRIMEIRA III 4.781,56
II 4.650,87
I 4.523,75
VII 4.267,69
VI 4.175,19
V 4.084,70
SEGUNDA IV 3.996,17
III 3.909,56
II 3.824,74
I 3.741,92

206
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das carreiras da AGU.
− 51/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003
o
LEI N 10.769, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2003.
Altera dispositivos da Medida Provisória no 2.229-
43, de 6 de setembro de 2001, que dispõe sobre a
criação, reestruturação e organização de carreiras,
cargos e funções comissionadas técnicas no âmbito
da Administração Pública Federal direta, autárquica
e fundacional, e dá outras providências, e da Lei no
9.650, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre o
Plano de Carreira dos servidores do Banco Central
do Brasil e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, sória, em decorrência dos resultados da
Faço saber que o Congresso Nacional decre- avaliação institucional." (NR)
ta e eu sanciono a seguinte Lei: "Art. 11. Os cargos efetivos de Ins-
Art. 1o A Medida Provisória no 2.229- petor e Analista da Comissão de Valores
43, de 6 de setembro de 2001, passa a vigo- Mobiliários - CVM e de Analista Técni-
rar com as seguintes alterações: co da Superintendência de Seguros Pri-
"Art. 6o Os cargos efetivos de que vados - SUSEP, de que tratam o Voto do
tratam os incisos I a VI do art. 1o da Lei Conselho Monetário Nacional - CMN no
no 9.625, de 7 de abril de 1998, e o inci- 401, de 28 de janeiro de 1987, e a Reso-
so II do art. 1o da Lei no 9.620, de 2 de lução do Conselho Nacional de Seguros
abril de 1998, reestruturados na forma Privados - CNSP no 7, de 3 de outubro
do Anexo I, têm a sua correlação de car- de 1988, reestruturados na forma do A-
gos estabelecida nos Anexos XVII, nexo I, têm sua correlação de cargos es-
XVII-A e XVII-B. tabelecida no Anexo XVII e XVII-A.
............................................... " (NR) ................................................. (NR)
"Art. 8o-A. A partir de 1o de dezem- "Art. 13-A. A partir de 1o de dezem-
bro de 2003, os valores de vencimento bro de 2003, os valores de vencimento
básico dos cargos referidos no art. 6o básico dos cargos referidos no art. 11
desta Medida Provisória serão os cons- desta Medida Provisória serão os cons-
tantes dos Anexos VII-A e VIII-A. tantes dos Anexos VII-A e VIII-A.
§ 1o Sobre os valores das tabelas § 1o Sobre os valores das tabelas
constantes dos Anexos VII-A e VIII-A, constantes dos Anexos VII-A e VIII-A,
referidos no caput, incidirá o índice referidos no caput, incidirá o índice
concedido a título de revisão geral da concedido a título de revisão geral da
remuneração dos servidores públicos fe- remuneração dos servidores públicos fe-
derais nos termos da Lei no 10.697, de 2 derais nos termos da Lei no 10.697, de 2
de julho de 2003, e é mantida a vanta- de julho de 2003, e é mantida a vanta-
gem pecuniária individual de que trata a gem pecuniária individual de que trata a
Lei no 10.698, de 2 de julho de 2003. Lei no 10.698, de 2 de julho de 2003.
§ 2o A GCG, instituída pelo art. 8o des- § 2o A GDCVM e a GDSUSEP, ins-
ta Medida Provisória, a partir de 1o de de- tituídas pelo art. 13 desta Medida Provi-
zembro de 2003, será paga com a obser- sória, a partir de 1o de dezembro de
vância dos seguintes percentuais e limites: 2003, serão pagas com a observância
I - até trinta por cento, incidente so- dos seguintes percentuais e limites:
bre o vencimento básico do servidor, em I - até trinta por cento, incidente so-
decorrência dos resultados da avaliação bre o vencimento básico do servidor, em
de desempenho individual; e decorrência dos resultados da avaliação
II - até vinte e cinco por cento, inci- de desempenho individual; e
dente sobre o maior vencimento básico II - até vinte e cinco por cento, inci-
do cargo para os ocupantes dos cargos dente sobre o maior vencimento básico
referidos no art. 6o desta Medida Provi- do cargo para os ocupantes dos cargos

− 52/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003
referidos no art. 11 desta Medida Provi- que o servidor que lhes deu origem
sória, em decorrência dos resultados da completasse sessenta meses de percep-
avaliação institucional." ção das gratificações.
"Art. 20-A. De 1o de dezembro de § 2o As gratificações referidas no
2003 até 1o de dezembro de 2005, o per- caput aplicam-se às aposentadorias e
centual da GDACT, instituída pelo art. 19 pensões concedidas ou instituídas após
desta Medida Provisória, será gradualmen- 29 de junho de 2000 e serão calculadas
te elevado até cinqüenta por cento para os conforme o disposto no inciso II do art.
cargos de nível superior, de nível interme- 59 desta Medida Provisória, desde que
diário e de nível auxiliar, observando-se os transcorridos pelo menos sessenta meses
seguintes prazos, composição e limites: de percepção das gratificações."
I - de 1o de dezembro de 2003 até 30 Art. 2o A Lei no 9.650, de 27 de maio de
de novembro de 2004, o percentual da 1998, passa a vigorar com as seguintes
GDACT será de até vinte e quatro por alterações:
cento, incidente sobre o vencimento bá- "Art. 1o O quadro de pessoal do Banco
sico do servidor, em decorrência dos re- Central do Brasil é formado pela Carreira
sultados da avaliação de desempenho de Especialista do Banco Central do Bra-
individual, e de até dezesseis por cento, sil, composta por cargos de Analista do
incidente sobre o maior vencimento bá- Banco Central do Brasil, de nível superior,
sico do cargo, em decorrência dos resul- e de Técnico do Banco Central do Brasil,
tados da avaliação institucional; de nível médio, e pela Carreira de Procu-
II - de 1o de dezembro de 2004 até rador do Banco Central do Brasil, compos-
30 de novembro de 2005, o percentual ta por cargos de Procurador do Banco
da GDACT será de até vinte e cinco por Central do Brasil, de nível superior.
cento, incidente sobre o vencimento bá- .............................................. " (NR)
sico do servidor, em decorrência dos re- "Art. 7o ............................................
sultados da avaliação de desempenho § 1o Para os fins desta Lei, progressão
individual, e de até dezessete por cento, funcional é a passagem do servidor para o
incidente sobre o maior vencimento bá- padrão de vencimento imediatamente su-
sico do cargo, em decorrência dos resul- perior dentro de uma mesma classe ou ca-
tados da avaliação institucional; e tegoria, e promoção, a passagem do servi-
III - de 1o de dezembro de 2005 em di- dor do último padrão de uma classe ou ca-
ante, o percentual da GDACT será de até tegoria para o primeiro padrão da classe ou
trinta por cento, incidente sobre o venci- categoria imediatamente superior.
mento básico do servidor, em decorrência § 2o O desenvolvimento do servidor
dos resultados da avaliação de desempe- nos cargos das Carreiras referidas no art.
nho individual, e de até vinte por cento, in- 1o observarão os critérios a serem fixados
cidente sobre o maior vencimento básico em Regulamento, em especial os de quali-
do cargo, em decorrência dos resultados da ficação profissional e existência de vaga,
avaliação institucional." respeitado o interstício mínimo de trezen-
"Art. 60-A. A partir de 1o de dezem- tos e sessenta e cinco dias e o máximo de
bro de 2003, as gratificações a que se re- quinhentos e quarenta e oito dias.
ferem os arts. 8o, 13 e 19 desta Medida § 3o É vedada a progressão do ocu-
Provisória aplicam-se às aposentadorias pante de cargo efetivo das Carreiras re-
e às pensões concedidas ou instituídas feridas no art. 1o antes de completado o
até 29 de junho de 2000, no valor cor- interstício de um ano de efetivo exercí-
respondente a trinta por cento do per- cio em cada padrão.
centual máximo aplicado ao padrão da § 4o A promoção funcional depende-
classe em que o servidor que lhes deu rá da existência de vaga e do cumpri-
origem estivesse posicionado. mento do interstício referido no § 2o,
§ 1o A hipótese prevista no caput bem como da satisfação de requisito de
aplica-se igualmente às aposentadorias e qualificação profissional e aprovação
pensões concedidas ou instituídas antes em processo especial de avaliação de
− 53/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003
desempenho, conforme disposto em re- critérios a serem observados na atribuição
gulamento específico. dos percentuais de que trata este artigo.
§ 5o Caberá à Diretoria do Banco § 2o Em nenhuma hipótese o servi-
Central do Brasil distribuir o quantitati- dor perceberá cumulativamente mais de
vo máximo de vagas por classe." (NR) um percentual dentre os previstos neste
"Art. 9o Os vencimentos dos cargos da artigo." (NR)
Carreira de Especialista do Banco Central "Art. 11. Fica criada a Gratificação
do Brasil constituem-se exclusivamente de de Atividade do Banco Central –
vencimento básico, de Gratificação de GABC, devida aos ocupantes dos cargos
Qualificação – GQ e de Gratificação de da Carreira de Especialista do Banco
Atividade do Banco Central – GABC, não Central do Brasil, observados os seguin-
sendo devidas aos seus integrantes as van- tes percentuais, incidentes sobre o maior
tagens de que trata a Lei Delegada no 13, vencimento básico da classe em que es-
de 27 de agosto de 1992." tiver posicionado o servidor:
"Art. 10. É instituída a Gratificação I - para os ocupantes do cargo de
de Qualificação – GQ, incidente sobre o Analista do Banco Central do Brasil:
vencimento básico do servidor, e devida a) cinqüenta e cinco por cento para
exclusivamente aos ocupantes de cargo os servidores posicionados na Classe A;
da Carreira de Especialista do Banco b) cinqüenta por cento para os servi-
Central do Brasil, em retribuição à parti- dores posicionados na Classe B;
cipação em programas de formação, de c) quarenta e cinco por cento para os
desenvolvimento e de pós-graduação em servidores posicionados na Classe C;
sentido amplo ou estrito, em áreas de in- d) trinta e seis por cento para os servi-
teresse do Banco Central, bem como o dores posicionados na Classe Especial; e
atendimento de requisitos técnico- II - para os ocupantes do cargo de
funcionais e organizacionais, na forma Técnico do Banco Central do Brasil:
de regulamento específico, relativos ao a) sessenta por cento para os servi-
desempenho das atividades de supervi- dores posicionados nas Classes A e B;
são, gestão ou assessoramento, observa- b) cinqüenta e cinco por cento para os
dos os seguintes percentuais e limites: servidores posicionados na Classe C; e
I - cargo de Analista do Banco Cen- c) cinqüenta por cento para os servi-
tral do Brasil: dores posicionados na Classe Especial.
a) cinco por cento para os servidores § 1o Na hipótese prevista na letra d
que concluírem, com aproveitamento, o do inciso I deste artigo, em relação ao
curso de Formação Básica de Especialis- servidor posicionado no Padrão IV da
ta do Banco Central do Brasil; Classe Especial, que perceba Gratifica-
b) quinze por cento para até trinta e ção de Qualificação no percentual de
cinco por cento do quadro de pessoal do trinta por cento, a GABC será devida no
cargo; percentual de trinta e três por cento.
c) trinta por cento para até quinze por § 2o À Gratificação a que se refere o
cento do quadro de pessoal do cargo; caput poderão ser acrescidos até dez
II - cargo de Técnico do Banco Cen- pontos percentuais, incidentes sobre o
tral do Brasil: vencimento básico do servidor, nas con-
a) cinco por cento para os servidores dições a serem fixadas em regulamento,
que concluírem, com aproveitamento, o enquanto estiver o servidor em exercício
curso de Formação Básica de Técnico de atividades:
do Banco Central do Brasil; I - de fiscalização do Sistema Finan-
b) quinze por cento para até trinta e ceiro Nacional, inclusive de câmbio;
cinco por cento do quadro de pessoal do II - que importem risco de quebra de
cargo; caixa;
c) vinte por cento para até quinze por III - que requeiram profissionaliza-
cento do quadro de pessoal do cargo. ção específica." (NR)
§ 1o O Regulamento disporá sobre os "Art. 11-A. É estendida aos ocupantes
− 54/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003
o
do cargo de Procurador do Banco Central Art. 4 O posicionamento nas respecti-
do Brasil a Gratificação de Desempenho vas tabelas de vencimentos dos atuais ocu-
de Atividade Jurídica – GDAJ, de que trata pantes dos cargos que integram as Carreiras
o art. 41 da Medida Provisória no 2.229-43, de Especialista do Banco Central do Brasil e
de 6 de setembro de 2001.207 Procurador do Banco Central do Brasil será
§ 1o A GDAJ será atribuída em fun- efetuado na forma seguinte:
ção do efetivo desempenho da atividade I - na Carreira de Especialista do Banco
do servidor e dos resultados alcançados Central do Brasil, obedecerá à correlação
pela Procuradoria do Banco Central do estabelecida no Anexo III;
Brasil, na forma estabelecida em ato da II - na Carreira de Procurador do Banco
Diretoria do Banco Central do Brasil.208 Central do Brasil, obedecerá à correlação
§ 2º Aplica-se à GDAJ devida aos estabelecida no Anexo VI.
ocupantes do cargo de Procurador do Art. 5o Os ocupantes do cargo de Procura-
Banco Central do Brasil o disposto nos dor do Banco Central do Brasil que, na data da
arts. 45, 59, 60 e 61 da Medida Provisó- publicação desta Lei, estejam posicionados no
ria no 2.229-43, de 2001.209 Padrão I da Classe D e contem mais de doze
§ 3o É devido aos ocupantes dos car- meses de efetivo exercício no cargo, serão
gos de Procurador do Banco Central do posicionados no Padrão III da 2ª Categoria da
Brasil que concluírem, com aproveitamen- Tabela de que trata o Anexo IV.
to, o curso de Aperfeiçoamento de Procu- Art. 6o Aplica-se o disposto nesta Lei
radores o Adicional de Formação Especí- aos aposentados e pensionistas, observado o
fica – AFE, correspondente a cinco por disposto no art. 60A da Medida Provisória
cento do respectivo vencimento básico. no 2.229-43, de 2001, e no art. 11A da Lei no
§ 4o Os ocupantes dos cargos referidos no 9.650, de 27 de maio de 1998, com a reda-
caput deste artigo, além do disposto no art. 45 ção dada por esta Lei.
da Medida Provisória no 2.229-43, de 2001, Art. 7o Na hipótese de redução de remu-
não fazem jus à Gratificação de Qualificação neração ou provento decorrente da aplicação
de que trata o art. 10 da Lei no 9.650, de 27 de do disposto nesta Lei, a diferença será paga
maio de 1998, à Gratificação de Atividade do a título de vantagem pessoal nominalmente
Banco Central do Brasil – GABC de que trata identificada, a ser absorvida por ocasião da
o art. 11 da Lei no 9.650, de 27 de maio de reorganização ou reestruturação dos cargos,
1998, e às vantagens de que trata a Lei Dele- carreiras ou tabelas remuneratórias, conces-
gada no 13, de 27 de agosto de 1992." são de reajustes, adicionais, gratificações ou
Art. 3o As carreiras que compõem o vantagem de qualquer natureza ou do de-
quadro de pessoal do Banco Central do senvolvimento no cargo ou na carreira.
Brasil observarão as seguintes estruturas de Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data
cargos e tabelas de vencimentos, a partir de da sua publicação.
1o de dezembro de 2003: Brasília, 19 de novembro de 2003; 182o
I - a Carreira de Especialista do Banco da Independência e 115o da República.
Central do Brasil fica estruturada em classes e LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
padrões, na forma do Anexo I desta Lei, obser- Antonio Palocci Filho
vados os vencimentos constantes do Anexo II; Márcio Fortes de Almeida
II - a Carreira de Procurador do Banco Guido Mantega
Central do Brasil fica estruturada em categori- Ricardo José Ribeiro Berzoini
as e padrões, na forma do Anexo IV, observa- Roberto Átila Amaral Vieira(*)
(*)
dos os vencimentos constantes do Anexo V. Retificadas as assinaturas no Diário Oficial de
21.11.2003, Seção 1, pág. 1.
207
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio
do cargo de Procurador do Banco Central do Brasil.
208
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio
do cargo de Procurador do Banco Central do Brasil.
209
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio
do cargo de Procurador do Banco Central do Brasil.
− 55/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003

ANEXO I
(A que se refere o art. 6o da Medida Provisória no 2.229-43, de 2001, alterado pelo art. 1o desta Lei)
...................................................................................................................................................................
b-1) ESTRUTURA DE CARGOS DAS CARREIRAS E CARGOS DO GRUPO GESTÃO E DE
NÍVEL SUPERIOR DA CVM E DA SUSEP VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003
SITUAÇÃO NOVA
CARGO CLASSE PADRÃO
Analista de Finanças e Controle, Analista de Planejamento e Orçamento, IV
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Técnico de III
Planejamento P-1501 do Grupo P-1500, Técnico de Planejamento e ESPECIAL
II
Pesquisa e demais cargos de nível superior do Instituto de Pesquisa
I
Econômica Aplicada – IPEA
Analista de Comércio Exterior III
Inspetor e Analista da CVM C II
Analista Técnico da SUSEP I
Técnico de Finanças e Controle, Técnico de Planejamento e Orçamento e III
cargos de nível intermediário do Instituto de Pesquisa Econômica Apli- B II
cada – IPEA I
III
A II
I

ANEXO VII-A
(Acrescido à Medida Provisória no 2.229-43, de 2001, pelo art. 1o desta Lei)
TABELA DE VENCIMENTO VIGENTE A PARTIR DE 1º DE DEZEMBRO DE 2003

CARGO CLASSE PADRÃO VALOR (R$)


IV 4.647,37
III 4.505,92
ESPECIAL
Analista de Finanças e Controle, Analista de Planejamen- II 4.374,68
to e Orçamento, I 4.247,27
Analista de Comércio Exterior, III 3.896,57
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, C II 3.783,07
Técnico de Planejamento P-1501 do Grupo P-1500,
I 3.672,89
Técnico de Planejamento e Pesquisa,
demais cargos de nível superior do Instituto de Pesquisa III 3.369,62
Econômica Aplicada – IPEA B II 3.271,48
Inspetor e Analista da CVM I 3.176,19
Analista Técnico da SUSEP III 3.083,69
A II 2.993,87
I 2.906,66

ANEXO VIII-A
(Acrescido à Medida Provisória no 2.229-43, de 2001, pelo art. 1o desta Lei)
TABELA DE VENCIMENTO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003

CARGO CLASSE PADRÃO VALOR (R$)


Técnico de Finanças e Controle, Técnico de Planejamen- IV 1.844,18
to e Orçamento e cargos de nível intermediário do Insti- III 1.790,46
tuto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA ESPECIAL
II 1.738,32
I 1.687,69
III 1.548,34
C II 1.503,23
I 1.459,46

− 56/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003
III 1.338,95
B II 1.229,95
I 1.262,10
III 1.225,33
A II 1.189,64
I 1.154,98
ANEXO XVII-A
(Acrescido à Medida Provisória no 2.229-43, de 2001, pelo art. 1o desta Lei)
TABELA DE CORRELAÇÃO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
Cargo Classe Padrão Padrão Classe Cargo
IV
IV
III
ESPECIAL
II III
ESPECIAL
I II
Analista de Finanças e VII Analista de Finanças e
Controle, Analista de I Controle, Analista de
VI
Planejamento e Orçamento, V Planejamento e Orçamento,
Especialista em Políticas C III Especialista em Políticas
IV
Públicas e Gestão Gover- Públicas e Gestão Gover-
III
namental, Técnico de namental, Técnico de
II
Planejamento P-1501 do Planejamento P-1501 do
I II C
Grupo P-1500, Técnico de Grupo P-1500, Técnico de
VII
Planejamento e Pesquisa e Planejamento e Pesquisa e
VI
demais cargos de nível demais cargos de nível
V I
superior do Instituto de superior do Instituto de
B IV
Pesquisa Econômica Apli- Pesquisa Econômica Apli-
cada – IPEA III cada – IPEA
Analista de Comércio II III Analista de Comércio
Exterior I Exterior
B
Inspetor e Analista da CVM VI Inspetor e Analista da CVM
II
Analista Técnico da SUSEP V Analista Técnico da SUSEP
IV I
A
III III
II II A
I I
ANEXO XVII-B
(Acrescido à Medida Provisória no 2.229-43, de 2001, pelo art. 1o desta Lei)
TABELA DE CORRELAÇÃO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
Cargo Classe Padrão Padrão Classe Cargo
Técnico de Finanças e IV Técnico de Finanças e
IV
Controle, Técnico de Plane- III Controle, Técnico de
ESPECIAL
jamento e Orçamento e II III Planejamento e Orça-
ESPECIAL
cargos de nível intermediá- I II mento e cargos de nível
rio do Instituto de Pesquisa VII intermediário do Insti-
Econômica Aplicada – I tuto de Pesquisa Eco-
VI
IPEA V C nômica Aplicada –
C IV III IPEA
III
II II
I
− 57/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003
VII
VI
V I
B IV
III
II III
I
B
VI
II
V
IV I
A
III III
II II A
I I

ANEXO I
ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA DE ESPECIALISTA DO BANCO CENTRAL DO
BRASIL VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003

CARGO DE ANALISTA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


CLASSE PADRÃO
IV
III
ESPECIAL
II
I
III
C II
I
III
B II
I
III
A II
I

CARGO DE TÉCNICO DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


CLASSE PADRÃO
IV
III
ESPECIAL
II
I
III
C II
I
III
B II
I
III
A II
I

− 58/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003

ANEXO II
CARREIRA DE ESPECIALISTA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
TABELA DE VENCIMENTO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003
CARGO DE ANALISTA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
CLASSE PADRÃO VALOR (R$)
IV 4.780,03
III 4.550,98
ESPECIAL
II 4.418,43
I 4.289,74
III 4.018,08
C II 3.901,05
I 3.787,43
III 3.546,70
B II 3.443,40
I 3.343,11
III 3.214,53
A II 3.120,90
I 3.030,00

CARGO DE TÉCNICO DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


CLASSE PADRÃO VALOR (R$)
IV 2.004,91
III 1.946,51
ESPECIAL
II 1.889,82
I 1.834,78
III 1.707,68
C II 1.657,95
I 1.609,66
III 1.507,35
B II 1.463,45
I 1.420,82
III 1.366,17
A II 1.326,38
I 1.287,75

ANEXO III
CARREIRA DE ESPECIALISTA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
TABELA DE CORRELAÇÃO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003
CARGO DE ANALISTA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
CLASSE PADRÃO CLASSE PADRÃO
IV IV
III III
A ESPECIAL
II
II
I
IV III
III C II
B
II I
I III
C IV B II
III I

− 59/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003
II
III
I
III A II
D II
I
I

CARGO DE TÉCNICO DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
CLASSE PADRÃO CLASSE PADRÃO
IV
IV
III
A
II III
ESPECIAL
I II
IV
I
III
B
II III
I C II
IV I
III III
C
II B II
I I
III III
D II A II
I I

ANEXO IV
ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA DE PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO
BRASIL VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003

CARGO DE PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


CATEGORIA PADRÃO
III
ESPECIAL II
I
V
IV
1ª CATEGORIA III
II
I
VII
VI
V
2ª CATEGORIA IV
III
II
I

− 60/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.769, de 2003

ANEXO V210
CARREIRA DE PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
TABELA DE VENCIMENTOS VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003

CARGO DE PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


CATEGORIA PADRÃO VALOR (R$)
III 5.693,33
ESPECIAL II 5.549,93
I 5.410,87
V 5.104,60
IV 4.965,08
1ª CATEGORIA III 4.829,38
II 4.697,38
I 4.568,99
VII 4.310,37
VI 4.216,94
V 4.125,55
2ª CATEGORIA IV 4.036,13
III 3.948,66
II 3.862,99
I 3.779,34

ANEXO VI
CARREIRA DE PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
TABELA DE CORRELAÇÃO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003

CARGO DE PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
CLASSE PADRÃO CATEGORIA PADRÃO
IV III
III II
A ESPECIAL
II
I
I
V
IV
IV
B III
II 1ª
III
I
IV II
III I
C II VII
VI
I V
III 2ª IV
II III
D
II
I I

210
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio do cargo de Procurador do Banco Central do Brasil.
− 61/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.907, de 2004
LEI Nº 10.907, DE 15 DE JULHO DE 2004.
Institui a Gratificação Específica de Apoio Técni-
co-Administrativo da Advocacia-Geral da União -
GEATA, altera a Lei nº 10.480, de 2 de julho de
2002, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, confirmou a revogação do mencionado dispositivo
Faço saber que o Congresso Nacional decre- da Lei nº 10.907, de 2004.)
ta e eu sanciono a seguinte Lei: Parágrafo único. Para os efeitos do
Art. 1º Fica instituída a Gratificação Es- disposto neste artigo, são mantidas 670
pecífica de Apoio Técnico-Administrativo (seiscentas e setenta) Gratificações Tem-
da Advocacia-Geral da União - GEATA, porárias, sendo 470 (quatrocentas e seten-
devida, exclusivamente, aos servidores ta) do nível GT I e 200 (duzentas) do nível
pertencentes ao Quadro de Pessoal da AGU, GT II, bem como 62 (sessenta e duas) Gra-
a que se refere a Lei nº 10.480, de 2 de julho tificações de Representação de Gabinete,
de 2002, não integrantes das carreiras jurídi- sendo 5 (cinco) de nível GR IV, 14 (qua-
cas da Instituição, quando em exercício na torze) de nível GR III, 29 (vinte e nove) de
AGU, conforme os valores estabelecidos no nível GR II e 14 (quatorze) de nível GR I.”
Anexo I desta Lei, de acordo com o nível do (NR) (A Medida Provisória nº 341, de 29.12.2006,
cargo de cada servidor. que revogava o art. 3º da Lei nº 10.907, de 2004, na
§ 1º A GEATA será paga em conjunto, parte em que dava nova redação ao art. 7º da Lei nº
de forma não cumulativa, com a Gratifica- 10.480, de 2002, foi convertida na Lei nº 11.490, de
ção de Desempenho de Atividade de Apoio 20.6.2007, que não confirmou a revogação do men-
Técnico-Administrativo na AGU - GDAA e cionado dispositivo da Lei nº 10.907, de 2004.)
com a Gratificação de Atividade - GAE, de "Art. 8º Em decorrência do dispos-
que tratam, respectivamente, a Lei nº to nesta Lei, ficam extintas as Gratifi-
10.480, de 2 de julho de 2002, e a Lei Dele- cações Temporárias e as Gratificações
gada nº 13, de 27 de agosto de 1992. de Representação de Gabinete, não a-
§ 2º Aplica-se a GEATA às aposentado- tribuídas a servidor ou empregado até
rias e às pensões. a data de publicação desta Lei, bem
Art. 2º O valor do ponto utilizado para como aquelas atribuídas aos servido-
cálculo da Gratificação de Desempenho de res referidos no § 1º do art. 1º desta
Atividade de Apoio Técnico-Administrativo Lei, ressalvado o disposto no art. 7º
na AGU - GDAA, prevista no art. 2º da Lei nº desta Lei.
10.480, de 2 de julho de 2002, passa a vigo- Parágrafo único. As gratificações a
rar, a partir de 1º de abril de 2004, de acordo que se refere o parágrafo único do art. 7º
com o estabelecido no Anexo II desta Lei. desta Lei ficam automaticamente extin-
Art. 3º Os arts. 7º e 8º da Lei nº 10.480, tas quando cessar o exercício do servi-
de 2 de julho de 2002, passam a vigorar com dor ou empregado na Advocacia-Geral
as seguintes alterações: da União." (NR)
“Art. 7º Poderão perceber a Gratifica- Art. 4º Quando vagarem, os cargos da
ção de Representação de Gabinete ou Gra- Administração Pública Federal direta, inte-
tificação Temporária os servidores ou em- grantes do quadro suplementar a que se
pregados requisitados pela AGU, até que refere o art. 46 da Medida Provisória nº
sejam empossados os aprovados no 1o 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, serão
(primeiro) concurso público para provi- transformados em cargos de Advogado da
mento de cargos efetivos do Quadro de União e os das autarquias e fundações em
Pessoal da AGU, não integrantes das car- cargos de Procurador Federal, sempre na
reiras jurídicas da Instituição. (A Medida categoria inicial da respectiva carreira.
Provisória nº 341, de 29.12.2006, que revogava o art. Parágrafo único. Os cargos mencionados
3º da Lei nº 10.907, de 2004, na parte em que dava no caput deste artigo serão considerados
nova redação ao art. 7º da Lei nº 10.480, de 2002, foi automaticamente transformados na data da
convertida na Lei nº 11.490, de 20.6.2007, que não publicação dos atos de vacância.
− 62/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.907, de 2004
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data Brasília, 15 de julho de 2004; 183º da
de sua publicação, com efeitos financeiros a Independência e 116º da República.
partir de 1º de abril de 2004. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 6º Fica revogado o Anexo da Lei nº Guido Mantega
10.480, de 2 de julho de 2002. Alvaro Augusto Ribeiro Costa

ANEXO I

GRATIFICAÇÃO ESPECÍFICA DE APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA AGU - GEATA

NÍVEL DO CARGO VALOR EM R$


SUPERIOR 766,70
INTERMEDIÁRIO 405,90
AUXILIAR 223,30

ANEXO II

TABELA DE VALOR DOS PONTOS DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVI-


DADE DE APOIO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO NA AGU – GDAA

NÍVEL DO CARGO VALOR DO PONTO (EM R$)


SUPERIOR 13,94
INTERMEDIÁRIO 7,38
AUXILIAR 4,06

− 63/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.909, de 2004
LEI Nº 10.909, DE 15 DE JULHO DE 2004.
Dispõe sobre a reestruturação das Carreiras de
Procurador da Fazenda Nacional, de Advogado
da União, de Procurador Federal, de Procurador
do Banco Central do Brasil e de Defensor Públi-
co da União, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 5º Não será devido aos ocupantes
Faço saber que o Congresso Nacional decre- da Carreira de Procurador do Banco Central
ta e eu sanciono a seguinte Lei: do Brasil o Adicional de Formação Especí-
Art. 1º (VETADO) fica - AFE, a que se refere o § 3º do art. 11-
Art. 2º As Carreiras de Procurador da Fa- A da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998.
zenda Nacional, de Advogado da União, de Parágrafo único. Dos acréscimos decorren-
Procurador Federal, de Procurador do Banco tes da reestruturação da Carreira de Procurador
Central do Brasil e de Defensor Público da do Banco Central do Brasil prevista nesta Lei
União e os quadros suplementares de que trata serão deduzidas as parcelas relativas ao paga-
o art. 46 da Medida Provisória nº 2.229-43, de mento do AFE, referentes ao período compre-
6 de setembro de 2001, compõem-se de cargos endido entre 1º de abril de 2004 e o início da
efetivos, divididos em categorias, na forma do vigência desta Lei.
Anexo I desta Lei. Art. 6º A Gratificação de Desempenho de
Art. 3º O posicionamento dos atuais o- Atividade Jurídica - GDAJ, prevista nos arts.
cupantes dos cargos a que se refere o art. 2o 41 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de
desta Lei dar-se-á conforme a correlação setembro de 2001, e 11-A da Lei nº 9.650, de
estabelecida no Anexo II desta Lei. 27 de maio de 1998, e o pró-labore, previsto no
Art. 4º A Tabela de Vencimento Básico art. 4º da Lei nº 10.549, de 13 de novembro de
dos cargos das carreiras e dos quadros su- 2002, percebidos pelos servidores integrantes
plementares a que se refere o art. 2º é a das carreiras e dos quadros suplementares de
constante do Anexo III desta Lei, com efei- que trata o art. 2º desta Lei, integrarão os
tos financeiros a partir de 1º de abril de 2004 proventos da aposentadoria e as pensões, na
e 1º de abril de 2005.211 seguinte conformidade:213
§ 1º Sobre os valores da tabela constante I - pela média dos valores percebidos pelo
do Anexo III desta Lei incidirá, a partir de servidor nos últimos 60 (sessenta) meses em
janeiro de 2004, o índice que vier a ser que esteve no exercício do cargo; ou
concedido a título de revisão geral de remu- II - 30% (trinta por cento) do valor má-
neração dos servidores públicos federais. ximo a que o servidor faria jus na atividade,
§ 2º É mantida para os servidores ocupan- quando percebida por período inferior a 60
tes dos cargos de que trata o art. 2º desta Lei a (sessenta) meses.
vantagem pecuniária individual instituída pela Parágrafo único. Fica estendido o paga-
Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.212 mento da GDAJ ou do pró-labore às aposen-
§ 3º A remuneração, o provento da a- tadorias e pensões concedidas até o início da
posentadoria e a pensão não poderão ser vigência desta Lei, calculados nos termos do
reduzidos em decorrência da aplicação do disposto no inciso II do caput deste artigo e
disposto nesta Lei, devendo eventual dife- com efeitos financeiros a partir de 1º de
rença ser paga a título de vantagem pessoal abril de 2004.214
nominalmente identificada, sujeita exclusi- Art. 7º As disposições desta Lei apli-
vamente à atualização decorrente de revi- cam-se às aposentadorias e pensões decor-
são geral da remuneração dos servidores rentes do exercício dos cargos a que se
públicos federais. refere o art. 2º desta Lei.

211 213
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU. carreiras da AGU.
212 214
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU. carreiras da AGU.
− 64/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.909, de 2004
Art. 8º As vantagens pessoais nominalmen- disposto no § 1º do art. 4º desta Lei.
te identificadas de que tratam o art. 63 da Medi- Art. 10. Fica revogado o § 3º do art. 11-
da Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de A da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998.
2001, o art. 7º da Lei nº 10.769, de 19 de no- Brasília, 15 de julho de 2004; 183º da Inde-
vembro de 2003, e o art. 6º da Lei nº 10.549, de pendência e 116º da República.
13 de novembro de 2002, não serão absorvidas LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
em decorrência da aplicação desta Lei. Antonio Palocci Filho
Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data Guido Mantega
de sua publicação, com efeitos financeiros a José Dirceu de Oliveira e Silva
partir de 1º de abril de 2004, ressalvado o Alvaro Augusto Ribeiro Costa.

ANEXO I
ESTRUTURA DE CARGOS

CARREIRAS/CARGOS CATEGORIA
Procurador da Fazenda Nacional
ESPECIAL
Advogado da União
Procurador Federal
PRIMEIRA
Procurador do Banco Central do Brasil
Defensor Público da União
Quadros suplementares (art. 46 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001) SEGUNDA

ANEXO II
TABELA DE CORRELAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA


CARREIRAS/CARGOS CATEGORIA PADRÃO CATEGORIA CARREIRAS/CARGOS
Procurador da Fazenda III Procurador da Fazenda
Nacional ESPECIAL ESPECIAL
II Nacional
Advogado da União I
Advogado da União
V
Procurador Federal IV
Procurador Federal
PRIMEIRA III PRIMEIRA
Procurador do Banco II
Procurador do Banco
Central do Brasil I
Central do Brasil
VII
Defensor Público da VI
Defensor Público da União
União V
SEGUNDA IV SEGUNDA Quadros suplementares
Quadros suplementares III (art. 46 da Medida Provisó-
(art. 46 da Medida Provisó- II ria no 2.229-43, de 2001)
ria no 2.229-43, de 2001) I

− 65/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.909, de 2004
215
ANEXO III

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

VALORES EM R$
VIGENTES
CARREIRAS/CARGOS CATEGORIA A PARTIR DE
ABRIL ABRIL
2004 2005
Procurador da Fazenda Nacional
Advogado da União ESPECIAL 6.077,95 6.924,10
Procurador Federal
Procurador do Banco Central do Brasil PRIMEIRA 5.489,22 6.335,37
Defensor Público da União
Quadros suplementares (art. 46 da Medida Provisória no SEGUNDA 4.694,98 5.541,14
2.229-43, de 2001)

215
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das carreiras jurídicas do Poder Executivo.
− 66/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.910, de 2004
LEI Nº 10.910, DE 15 DE JULHO DE 2004.
Reestrutura a remuneração dos cargos das carreiras
de Auditoria da Receita Federal, Auditoria-Fiscal da
Previdência Social, Auditoria-Fiscal do Trabalho,
altera o pró-labore, devido aos ocupantes dos cargos
efetivos da carreira de Procurador da Fazenda Na-
cional, e a Gratificação de Desempenho de Atividade
Jurídica – GDAJ, devida aos ocupantes dos cargos
efetivos das carreiras de Advogados da União, de
Procuradores Federais, de Procuradores do Banco
Central do Brasil, de Defensores Públicos da União
e aos integrantes dos quadros suplementares de que
trata o art. 46 da Medida Provisória nº 2.229-43, de
6 de setembro de 2001, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , Parágrafo único. Aplica-se a GAT às
Faço saber que o Congresso Nacional decre- aposentadorias e pensões. (NR) (Redação dada
ta e eu sanciono a seguinte Lei: pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006, para produzir
Art. 1o As Carreiras de Auditoria da Re- efeitos financeiros a partir de 1º.7.2006 – ver art. 17
ceita Federal do Brasil e Auditoria-Fiscal do da mesma Lei)
Trabalho compõem-se de cargos efetivos Art. 4o Fica criada a Gratificação de In-
agrupados nas classes A, B e Especial, com- cremento da Fiscalização e da Arrecadação -
preendendo a 1a (primeira) 5 (cinco) padrões, e GIFA, devida aos ocupantes dos cargos
as 2 (duas) últimas, 4 (quatro) padrões, na efetivos das Carreiras de Auditoria da Re-
forma do Anexo I desta Lei. (NR) (Redação dada ceita Federal do Brasil e Auditoria-Fiscal do
pelo art. 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007 – ver regra de Trabalho, de que trata a Lei no 10.593, de 6
vigência no art. 51 da mesma Lei) 216 de dezembro de 2002, no percentual de até
Art. 2º As tabelas de vencimento básico 95% (noventa e cinco por cento), incidente
dos cargos das carreiras a que se refere o art. sobre o maior vencimento básico de cada
1º desta Lei são as constantes do Anexo II cargo das Carreiras. (Redação dada pelo art. 43
desta Lei, com efeitos financeiros a partir de da Lei nº 11.457, de 16.3.2007)
1º de abril de 2004. § 1o A GIFA será paga aos Auditores-
Art. 3o A Gratificação de Desempenho de Fiscais da Receita Federal do Brasil e aos
Atividade Tributária - GDAT de que trata o Analistas-Tributários da Receita Federal do
art. 15 da Lei no 10.593, de 6 de dezembro de Brasil de acordo com os seguintes parâmetros:
2002, devida aos integrantes das Carreiras de (Redação dada pelo art. 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007
Auditoria da Receita Federal do Brasil e Audi- – ver regra de vigência no art. 51 da mesma Lei)
toria-Fiscal do Trabalho, é transformada em I - até 1/3 (um terço), em decorrência
Gratificação de Atividade Tributária - GAT, dos resultados da avaliação de desempenho
em valor equivalente a 75% (setenta e cinco e da contribuição individual para o cumpri-
por cento) do vencimento básico do servidor. mento das metas de arrecadação;
(Redação dada pelo art. 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007 II - 2/3 (dois terços), no mínimo, em de-
– ver regra de vigência no art. 51 da mesma Lei) corrência da avaliação do resultado institu-
I - (Revogado pela Lei no 11.356, de 2006); cional do conjunto de unidades da Secretaria
II - (Revogado pela Lei no 11.356, de 2006). da Receita Federal do Brasil no cumprimen-
to de metas de arrecadação, computadas em
âmbito nacional e de forma individualizada
216
Regra de vigência da Lei nº 11.457, de 2007, que altera esta lei: para cada órgão. (Redação dada pelo art. 43 da Lei
“Art. 51. Esta Lei entra em vigor: nº 11.457, de 16.3.2007 – ver regra de vigência no art.
I - na data de sua publicação, para o disposto nos 51 da mesma Lei)
arts. 40, 41, 47, 48, 49 e 50 desta Lei;
§ 2º A GIFA será paga aos Auditores-
II - no primeiro dia útil do segundo mês subseqüen-
te à data de sua publicação, em relação aos demais
Fiscais do Trabalho de acordo com os se-
dispositivos desta Lei.” guintes parâmetros:
− 67/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.910, de 2004
I - até 1/3 (um terço), em decorrência § 7º Em relação aos meses de janeiro e
dos resultados da avaliação de desempenho fevereiro, a GIFA será apurada com base na
e da contribuição individual para o cumpri- arrecadação acumulada de janeiro a dezem-
mento das metas de arrecadação, fiscaliza- bro do ano anterior, ou, na hipótese do § 2º
ção do trabalho e verificação do recolhimen- deste artigo, com base nos resultados da
to do FGTS; fiscalização do trabalho e do recolhimento
II - 2/3 (dois terços), no mínimo, em de- do FGTS acumulados de janeiro até o 2o
corrência da avaliação institucional do (segundo) mês anterior àquele em que é
conjunto de unidades do Ministério do devida a vantagem, promovendo-se os
Trabalho e Emprego para o cumprimento ajustes devidos, nos 2 (dois) casos, no mês
das metas de arrecadação, fiscalização do de abril subseqüente.
trabalho e verificação do recolhimento do § 8º Os integrantes das carreiras a que se
FGTS, computadas em âmbito nacional. refere o caput deste artigo que não se encon-
§ 3º Os critérios e procedimentos de a- trem no efetivo exercício das atividades ineren-
valiação de desempenho dos servidores e tes à respectiva carreira farão jus à GIFA
dos resultados institucionais dos órgãos a calculada com base nas regras que disciplinari-
cujos quadros de pessoal pertençam, bem am a vantagem se não estivessem afastados do
como os critérios de fixação de metas rela- exercício das respectivas atribuições, quando:
cionadas à definição do valor da GIFA, I - cedidos para a Presidência, Vice-
inclusive os parâmetros a serem considera- Presidência da República e, no âmbito dos
dos, serão estabelecidos em regulamentos órgãos e entidades do Poder Executivo
específicos, no prazo de 30 (trinta) dias a Federal, para o exercício de cargos em
contar da data de publicação desta Lei. comissão de natureza especial, do Grupo
§ 4º Para fins de pagamento da GIFA Direção e Assessoramento Superior, níveis 5
aos servidores de que trata o § 1o deste (cinco) ou 6 (seis) e equivalentes;
artigo, quando da fixação das respectivas II - ocupantes dos cargos efetivos da
metas de arrecadação, serão definidos os Carreira de Auditoria da Receita Federal do
valores mínimos de arrecadação em que a Brasil, em exercício nos seguintes órgãos do
GIFA será igual a 0 (zero) e os valores a Ministério da Fazenda: (Redação dada pelo art.
partir dos quais ela será igual a 100% (cem 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007)
por cento), sendo os percentuais de gratifi- a) Gabinete do Ministro;
cação, nesse intervalo, distribuídos propor- b) Secretaria-Executiva;
cional e linearmente. c) Escola de Administração Fazendária;
§ 5º Para fins de pagamento da GIFA d) Conselho de Contribuintes;
aos servidores de que trata o § 2o deste e) Procuradoria-Geral da Fazenda Na-
artigo, quando da fixação das metas de cional; (Incluída pela Lei nº 11.087, de 2005)
arrecadação, fiscalização do trabalho e III - ocupantes dos cargos de Auditor-
verificação do recolhimento do FGTS, serão Fiscal da Receita Federal do Brasil da Car-
definidos os critérios mínimos relacionados reira de Auditoria da Receita Federal do
a esses fatores em que a GIFA será igual a 0 Brasil, em exercício no Ministério da Previ-
(zero) e os critérios a partir dos quais ela dência Social e órgãos vinculados; (Redação
será igual a 100% (cem por cento), sendo os dada pelo art. 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007)
percentuais de gratificação, nesse intervalo, IV - ocupantes dos cargos efetivos da Car-
distribuídos proporcional e linearmente. reira Auditoria-Fiscal do Trabalho, em exercí-
§ 6º Até que seja processada sua 1ª cio no Ministério do Trabalho e Emprego,
(primeira) avaliação de desempenho, o exclusivamente nas unidades não integrantes
servidor recém-nomeado perceberá, em do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho
relação à parcela da GIFA calculada com definidas em regulamento.” (NR) (Incluído pelo
base nesse critério, 1/3 (um terço) do respec- art. 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007)
tivo percentual máximo, sendo-lhe atribuído Art. 5º O pró-labore a que se referem as
o mesmo valor devido aos demais servidores Leis nos 7.711, de 22 de dezembro de 1988,
no que diz respeito à outra parcela da referi- e 10.549, de 13 de novembro de 2002, devi-
da gratificação. do exclusivamente aos integrantes da carrei-
− 68/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.910, de 2004
ra de Procurador da Fazenda Nacional, será Federal do Brasil. (NR) (Redação dada pela
pago de acordo com os seguintes percentu- Medida Provisória nº 359, 16.3.2007, para entrar em
ais, incidentes sobre o vencimento básico do vigor a partir de 1º de maio de 2007 – v. art. 13, II, da
servidor que a ele faça jus:217 MP. Referida Medida Provisória foi convertida na
I - até 30% (trinta por cento), em decor- Lei nº 11.501, de 11.7.2007 – v. art. 16, II, da Lei)
rência dos resultados da avaliação de desem- Art. 7º A Gratificação de Desempenho de
penho, nos termos do § 2º do art. 4º da Lei nº Atividade Jurídica - GDAJ a que refere o art.
10.549, de 13 de novembro de 2002; e 41 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de
II - até 30% (trinta por cento), em decor- setembro de 2001, devida aos ocupantes dos
rência da avaliação do resultado institucional cargos efetivos das carreiras de Advogado da
do respectivo órgão, em âmbito nacional, entre União, de Procurador Federal, de Procurador
a edição do regulamento destinado a discipli- do Banco Central do Brasil, de Defensor
nar, com base em metas de arrecadação, o Público da União e aos integrantes dos quadros
pagamento da vantagem e 31 de março de suplementares de que trata o art. 46 da Medida
2005, e até 11% (onze por cento), nos termos Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de
daquele regulamento, após essa última data. 2001, será paga de acordo com os seguintes
§ 1º Para fins de pagamento da parcela percentuais, incidentes sobre o vencimento
referida no inciso II do caput deste artigo, os básico do servidor que a ela faça jus: 220
critérios e procedimentos de avaliação de I - até 30% (trinta por cento), em decor-
desempenho dos servidores e do resultado rência dos resultados da avaliação de de-
institucional do órgão, e os critérios de sempenho individual do servidor; (Redação
fixação de metas, para efeito do disposto dada pela Lei nº 11.034, de 2004)
neste artigo, serão estabelecidos em regula- II - até 30% (trinta por cento), em decor-
mento específico. 218 rência da avaliação do resultado institucional
§ 2º Para fins de pagamento da parcela re- do respectivo órgão, em âmbito nacional,
ferida no inciso II do caput deste artigo, quan- entre a edição do regulamento destinado a
do da fixação das metas de arrecadação ali disciplinar, com base em metas institucionais
previstas, serão definidos os valores mínimos de desempenho, o pagamento da vantagem e
de arrecadação em que a referida parcela será 31 de março de 2005, e até 11% (onze por
igual a 0 (zero) e os valores a partir dos quais cento), nos termos daquele regulamento, após
será igual a 100% (cem por cento), sendo os essa última data, observado, como limite
percentuais de gratificação, nesse intervalo, máximo, a cada mês, o fixado para pagamen-
distribuídos proporcional e linearmente.219 to da parcela do pró-labore referida no inciso
§ 3º Em relação aos meses de janeiro e II do caput do art. 5º desta Lei.
fevereiro, a parcela a que se refere o inciso II Parágrafo único. Os critérios e procedi-
do caput deste artigo será apurada com base mentos de avaliação de desempenho dos
na arrecadação acumulada de janeiro a de- servidores e dos resultados dos órgãos e os
zembro do ano anterior, promovendo-se os critérios de fixação de metas, para efeito do
ajustes devidos no mês de abril subseqüente. disposto neste artigo, serão estabelecidos em
Art. 6o Para fins de aferição do desem- regulamento, tendo por base, dentre outros,
penho institucional previsto no inciso II do § e no que couber:221
1o do art. 4o e no inciso II do caput do art. 5o I - a redução das despesas orçamentárias
desta Lei, será considerado o resultado do decorrentes de decisão judicial;
somatório dos créditos recuperados pela II - os resultados judiciais favoráveis à U-
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e nião e às suas autarquias e fundações públicas;
da arrecadação da Secretaria da Receita III - a arrecadação da sucumbência de-
corrente da atuação judicial dos integrantes
217
das respectivas carreiras.
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU.
218 220
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU. carreiras da AGU.
219 221
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU. carreiras da AGU.
− 69/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.910, de 2004
Art. 8º Até a edição, no prazo de 30 V - ocupantes dos cargos da carreira de
(trinta) dias, a contar da data de publicação Procurador do Banco Central do Brasil, em
desta Lei, dos regulamentos mencionados exercício no Banco Central do Brasil;
nos arts. 5º e 7º desta Lei, os ocupantes dos VI - em exercício nos órgãos da Advo-
cargos efetivos das carreiras mencionadas
cacia-Geral da União e da Procuradoria-
nesses artigos continuarão a receber somen-
te as parcelas do pró-labore e da GDAJ Geral Federal, nos demais casos.
previstas, respectivamente, no art. 4º da Lei Art. 10. A gratificação a que se refere o art.
nº 10.549, de 13 de novembro de 2002, no 4º desta Lei integrará os proventos de aposen-
art. 41 da Medida Provisória nº 2.229-43, de tadoria e as pensões somente quando percebida
6 de setembro de 2001, e no art. 11-A da Lei pelo servidor no exercício do cargo há pelo
nº 9.650, de 27 de maio de 1998.222 menos 60 (sessenta) meses e será calculada,
Art. 9º Os integrantes das carreiras a que para essa finalidade, pela média aritmética dos
se referem os arts. 5o e 7 o desta Lei que não valores percebidos pelo servidor nos últimos
se encontrem no efetivo exercício das ativi- 60 (sessenta) meses anteriores à aposentadoria
dades inerentes à respectiva carreira farão
ou à instituição da pensão.
jus ao pró-labore e à GDAJ calculada com
base nas regras que disciplinariam a vanta- § 1º Às aposentadorias e às pensões que
gem se não estivessem afastados do exercí- vierem a ocorrer antes de transcorrido o
cio das respectivas atribuições, quando:223 período a que se refere a parte final do caput
I - cedidos para a Presidência ou Vice- deste artigo aplica-se a GIFA no percentual
Presidência da República ou investidos em de 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor
cargo em comissão de natureza especial ou máximo a que o servidor faria jus se estives-
do Grupo Direção e Assessoramento Supe- se em atividade. (Redação dada pela Lei nº
riores – DAS, níveis 4 (quatro), 5 (cinco) ou 11.356, de 18.10.2006, para produzir efeitos financei-
ros a partir de 1º.7.2006 – ver art. 17 da mesma Lei)
6 (seis), ou equivalentes;
§ 2º Estende-se às aposentadorias e às
II - ocupantes dos cargos da carreira de
pensões concedidas até o início da vigência
Procurador da Fazenda Nacional, em exercício
desta Lei o pagamento da GIFA, conforme
nos seguintes órgãos do Ministério da Fazenda:
disposto no § 1o deste artigo.
a) Gabinete do Ministro;
§ 3º O interstício exigido na parte inicial do
b) Secretaria-Executiva;
caput deste artigo não se aplica aos casos de:
c) Conselhos de Contribuintes;
I - aposentadorias que ocorrerem por
III - ocupantes dos cargos da carreira de
força do art. 186, incisos I e II, da Lei nº
Defensor Público da União, em exercício no
8.112, de 11 de dezembro de 1990;
Gabinete do Ministro da Justiça ou na res-
II - afastamentos, no interesse da admi-
pectiva Secretaria-Executiva;
nistração, para missão ou estudo no exterior,
IV - ocupantes dos cargos da carreira de
ou para servir em organismo internacional.
Procurador Federal lotados na Procuradoria
§ 4º A média aritmética a que se refere a
Federal Especializada junto ao INSS -
parte final do caput deste artigo será apurada
PGF/PFE-INSS, em exercício nos seguintes
com base no período:
órgãos do Ministério da Previdência Social:
I - ocorrido entre a instituição da gratifi-
a) Gabinete do Ministro;
cação e o mês anterior à efetiva aposentado-
b) Secretaria-Executiva;
ria, na hipótese de que trata o inciso I do §
c) Conselho de Recursos da Previdência
3º deste artigo;
Social;
II - de 12 (doze) meses de percepção das
gratificações, subseqüentes ao retorno do
222
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das servidor, na hipótese do inciso II do § 3º
carreiras da AGU. deste artigo.
223
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das § 5º (VETADO)
carreiras da AGU.
− 70/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.910, de 2004

Art. 11. Aplica-se às parcelas a que se § 2º No período de outubro de 2004 a


referem os arts. 5º, inciso II, e 7º, inciso II, março de 2005 ou até que seja processada a
desta Lei, quanto à incorporação aos pro- primeira avaliação de resultado institucional de
ventos e extensão aos aposentados e pensio- desempenho, se anterior ao último mês deste
nistas, o disposto na legislação reguladora período, a parcela da GDAJ de que trata o
do pró-labore e da GDAJ. inciso II do caput do art. 7º desta Lei será paga
Art. 12. A remuneração, o provento da a- de acordo com o valor máximo fixado, mês a
posentadoria e a pensão não poderão ser redu- mês, para pagamento da parcela do pró-labore
zidos em decorrência da aplicação do disposto referida no inciso II do caput do art. 5º desta
nesta Lei, devendo eventual diferença ser paga Lei. (Incluído pela Lei nº 11.034, de 2004)225
a título de vantagem pessoal nominalmente Art. 14-A. Excepcionalmente, com re-
identificada, sujeita exclusivamente à atualiza- ferência ao mês de junho de 2006, a parcela
ção decorrente de revisão geral da remunera- da GIFA vinculada à avaliação institucional
ção dos servidores públicos federais. das unidades da Secretaria da Receita Fede-
ral e da Secretaria da Receita Previdenciária
Art. 13. As vantagens pessoais nominal-
será paga com base nos percentuais fixados
mente identificadas de que tratam o art. 63 da para o mês de dezembro de 2005, conforme
Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setem- os respectivos regulamentos específicos.
bro de 2001, o art. 7º da Lei nº 10.769, de 19 de (Incluído pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006)
novembro de 2003, e o art. 6º da Lei nº 10.549, § 1° Relativamente aos meses de julho
de 13 de novembro de 2002, não serão absorvi- e agosto de 2006, a parcela da GIFA corres-
das em decorrência da aplicação desta Lei. pondente à avaliação individual será paga
Art. 14. Nos meses de agosto e setembro de conforme a pontuação do servidor, e pode-
2004 poderão ser antecipados, em cada mês, até rão ser antecipados até 50% (cinqüenta por
50% (cinqüenta por cento) do valor máximo da cento) do valor máximo da parcela da GIFA
vinculada à avaliação institucional, obser-
GIFA e das parcelas do pró-labore e da GDAJ
vando-se, quanto àquela antecipação:
referidas, respectivamente, no art. 4º, no inciso I - a existência da disponibilidade orçamen-
II do caput do art 5º e no inciso II do caput do tária e financeira para a realização da despesa; e
art. 7º desta Lei, dispensada, para os referidos II - a compensação da antecipação con-
meses, a avaliação do resultado institucional de cedida nos pagamentos das referidas gratifi-
desempenho, observando-se, nesses casos: cações dentro do mesmo exercício financei-
(Redação dada pela Lei nº 11.034, de 2004) ro, com base na pontuação efetivamente
I - a existência de disponibilidade orça- obtida nos termos do ato que fixar as respec-
mentária e financeira para a realização da tivas metas para aqueles meses.
despesa; e (Redação dada pela Lei nº 11.034, de 2004) § 2° Na impossibilidade da compensação
II - a compensação da antecipação con- integral da antecipação concedida na forma do
cedida nos pagamentos das referidas gratifi- inciso II do § 1° deste artigo, o saldo remanes-
cações dentro do mesmo exercício financei- cente deverá ser compensado nos valores
ro. (Redação dada pela Lei nº 11.034, de 2004) devidos em cada mês no exercício financeiro
§ 1º Na impossibilidade da compensação seguinte, até a quitação do resíduo. (Artigo e §§
integral da antecipação concedida na forma do incluídos pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006)
inciso II do caput deste artigo, o saldo rema- Art. 15. As avaliações a que se refere o
nescente deverá ser compensado nos valores art. 9º da Lei Complementar no 101, de 4 de
devidos em cada mês no exercício financeiro maio de 2000, conterão a verificação do
seguinte, até a quitação do resíduo. (Redação resultado das metas de arrecadação previstas
dada pela Lei nº 11.034, de 2004)224 nos arts. 4º, 5º e 7º desta Lei.

224 225
Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das Ver a Lei nº 11.358, de 2006, que fixa o subsídio das
carreiras da AGU. carreiras da AGU.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.910, de 2004

Art. 16. O pagamento da GIFA e das par- ais da União, dos Estados, do Distrito
celas de gratificação de que tratam o inciso II Federal, dos Municípios ou de suas
do art. 5º e o inciso II do art 7º, bem como a respectivas autarquias e fundações se-
extensão dessas vantagens aos aposentados e rão intimados pessoalmente pelo juiz,
pensionistas, não será efetuado caso o resulta- no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
do do desempenho verificado seja inferior à das decisões judiciais em que suas au-
despesa e às metas fixadas nos regulamentos toridades administrativas figurem co-
específicos referidos nesta Lei. mo coatoras, com a entrega de cópias
Art. 17. Nos processos em que atuem dos documentos nelas mencionados,
em razão das atribuições de seus cargos, os para eventual suspensão da decisão e
ocupantes dos cargos das carreiras de Procu- defesa do ato apontado como ilegal ou
rador Federal e de Procurador do Banco abusivo de poder." (NR)
Central do Brasil serão intimados e notifica- Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data
dos pessoalmente. de sua publicação, respeitado o disposto no
Art. 18. Ficam transformados, no Poder art. 2º desta Lei.
Executivo Federal, sem aumento de despesa, Art. 21. Ficam revogados o art. 2º, os §§ 1º,
2 (dois) cargos com comissão do Grupo 2º, 3º, 4º e 6º do art. 15, os arts. 16 e 22 e os
Direção e Assessoramento Superiores – Anexos I, II, III e IV da Lei nº 10.593, de 2002.
DAS, nível DAS-5, em 9 (nove) cargos, Brasília, 15 de julho de 2004; 183º da
nível DAS-2, e 4 (quatro) cargos, nível Independência e 116º da República.
DAS-4, em 12 (doze) cargos, nível DAS-3. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 19. O art. 3º da Lei nº 4.348, de 26 Antonio Palocci Filho
Ricardo Berzoini
de junho de 1964, passa a vigorar com a Guido Mantega
seguinte redação: Amir Lando
"Art. 3º Os representantes judici- Alvaro Augusto Ribeiro Costa

ANEXO I
ESTRUTURA DE CARGOS
(Redação dada pelo art. 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007)

CARGOS CLASSE PADRÃO


IV
ESPECIAL III
II
I
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil IV
B III
Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil II
I
Auditor-Fiscal do Trabalho V
IV
A III
II
I

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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 10.910, de 2004
ANEXO II
TABELAS DE VENCIMENTO BÁSICO
(Redação dada pelo art. 43 da Lei nº 11.457, de 16.3.2007)

a) cargos de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e Auditor-Fiscal do Trabalho:


CATEGORIA PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO
IV 4.934,22
ESPECIAL III 4.790,50
II 4.650,97
I 4.515,52
IV 4.142,67
B III 4.022,00
II 3.904,86
I 3.791,13
V 3.478,10
IV 3.376,79
A III 3.278,45
II 3.182,95
I 3.090,25

b) cargo de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil:

CATEGORIA PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO


IV 2.561,11
ESPECIAL III 2.486,51
II 2.414,09
I 2.343,78
IV 2.150,25
B III 2.087,61
II 2.026,83
I 1.967,78
V 1.805,31
IV 1.752,74
A III 1.701,68
II 1.652,11
I 1.603,99

− 73/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005
o
LEI N 11.094, DE 13 DE JANEIRO DE 2005.
Altera dispositivos da Medida Provisória no 2.229-
43, de 6 de setembro de 2001, que dispõe sobre a
criação, reestruturação e organização de carrei-
ras, cargos e funções comissionadas técnicas no
âmbito da Administração Pública Federal direta,
autárquica e fundacional; da Lei no 8.691, de 28 de
julho de 1993, que dispõe sobre o Plano de Carrei-
ras para a área de Ciência e Tecnologia da Admi-
nistração Federal Direta, das Autarquias e das
Fundações Federais; da Lei no 8.112, de 11 de de-
zembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídi-
co dos servidores públicos civis da União, das au-
tarquias e das fundações públicas federais; da Lei
no 9.650, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre
o Plano de Carreira dos servidores do Banco Cen-
tral do Brasil; da Lei no 10.768, de 19 de novembro
de 2003, que dispõe sobre o Quadro de Pessoal da
Agência Nacional de Águas – ANA; e da Lei no
10.871, de 20 de maio de 2004, que dispõe sobre a
criação de carreiras e organização de cargos efeti-
vos das autarquias especiais denominadas Agên-
cias Reguladoras; e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA aos membros das carreiras de Procura-
Faço saber que o Congresso Nacional decre- dor Federal e de Procurador do Banco
ta e eu sanciono a seguinte Lei: Central do Brasil." (NR)
Art. 1o A Medida Provisória no 2.229- Art. 3o A Gratificação de Desempenho
43, de 6 de setembro de 2001, passa a vigo- de Atividade do Ciclo de Gestão - GCG,
rar com as seguintes alterações: instituída pelo art. 8o da Medida Provisória
"Art. 4o ............................................. no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, a
.......................................................... Gratificação de Desempenho de Atividade
§ 3º O servidor em estágio probatório de Auditoria de Valores Mobiliários -
será objeto de avaliação específica, sem pre- GDCVM e a Gratificação de Desempenho
juízo da progressão funcional durante esse de Atividade de Auditoria de Seguros Priva-
período, observados o interstício mínimo de dos - GDSUSEP, instituídas pelo art. 13 da
1 (um) ano em cada padrão e o resultado de Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de
avaliação de desempenho efetuada para essa setembro de 2001, serão pagas com a obser-
finalidade, na forma do regulamento." (NR) vância dos seguintes percentuais e limites:
"Art. 16. Os critérios de que tratam I - a partir de 1o de agosto de 2004 até
os arts. 16 e 17 da Lei no 9.620, de 2 de 31 de março de 2005:
abril de 1998, aplicam-se à GDCVM e à a) até 40% (quarenta por cento), inci-
GDSUSEP." (NR) dentes sobre o vencimento básico do servi-
"Art. 20-A. (Revogado pela Lei nº 11.344, dor, em decorrência dos resultados da avali-
de 2006) ação de desempenho individual; e
I - (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006) b) até 37,5% (trinta e sete inteiros e cinco
II - (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006) décimos por cento), incidentes sobre o maior
Art. 2o O art. 37 da Medida Provisória vencimento básico do cargo, em decorrência
o
n 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, dos resultados da avaliação institucional;
passa a vigorar acrescido do seguinte § 3o: II - a partir de 1o de abril de 2005:
"Art. 37. ........................................... a) até 50% (cinqüenta por cento), inci-
.......................................................... dentes sobre o vencimento básico do servi-
§ 3o Para o desempenho de suas a- dor, em decorrência dos resultados da avali-
tribuições, aplica-se o disposto no art. 4o ação de desempenho individual; e
da Lei no 9.028, de 12 de abril de 1995, b) até 50% (cinqüenta por cento), inci-
− 74/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005
o
dentes sobre o maior vencimento básico do Art. 9 A GDACVM será atribuída em
cargo, em decorrência dos resultados da função do desempenho individual do servi-
avaliação institucional. dor e do desempenho institucional da CVM.
Art. 4o A tabela de vencimento do Ane- § 1o A avaliação de desempenho individu-
xo VIII-A da Medida Provisória no 2.229- al visa a aferir o desempenho do servidor no
43, de 6 de setembro de 2001, passa a vigo- exercício das atribuições do cargo ou função,
rar na forma do Anexo I desta Lei. com foco na contribuição individual para o
Art. 5o A partir de 1o de agosto de 2004, a alcance dos objetivos organizacionais.
GDCVM e a GDSUSEP são devidas aos § 2o A avaliação de desempenho institu-
titulares de cargos efetivos de nível intermediá- cional visa a aferir o desempenho coletivo no
rio das atividades de controle, regulação e alcance dos objetivos organizacionais, poden-
fiscalização dos mercados de valores mobiliá- do considerar projetos e atividades prioritárias
rios, seguros, previdência privada e capitaliza- e condições especiais de trabalho, além de
ção do quadro permanente da Comissão de outras características específicas da CVM.
Valores Mobiliários - CVM e da Superinten- § 3o Ato do Poder Executivo disporá sobre
dência de Seguros Privados - SUSEP, respec- os critérios gerais a serem observados para a
tivamente, observados os percentuais e limites realização das avaliações de desempenho
fixados no art. 3o desta Lei. individual e institucional da GDACVM, no
Parágrafo único. Os ocupantes dos car- prazo de até 120 (cento e vinte) dias a partir da
gos referidos no caput deste artigo não data de publicação desta Lei.
fazem jus, respectivamente, à percepção da § 4o Os critérios e procedimentos específi-
Retribuição Variável da Comissão de Valo- cos de avaliação de desempenho individual e
res Mobiliários - RVCVM e da Retribuição institucional e de atribuição da GDACVM
Variável da Superintendência de Seguros serão estabelecidos em ato do Presidente da
Privados - RVSUSEP, de que trata a Lei no CVM, observada a legislação pertinente.
9.015, de 30 de março de 1995. § 5o O valor de cada ponto da
Art. 6o Os cargos efetivos de nível inter- GDACVM corresponderá a R$ 16,00 (de-
mediário das atividades de controle, regula- zesseis reais) e será paga com a observância
ção e fiscalização dos mercados de valores dos seguintes limites: (O valor dos pontos foi
227
mobiliários, seguros, previdência privada e alterado pelo art. 20 da Lei nº 11.356, de 2006)
capitalização do quadro permanente da CVM I - no máximo, 100 (cem) pontos por servidor; e
e da SUSEP, reestruturados na forma do II - no mínimo, 10 (dez) pontos por servidor.
Anexo II desta Lei, têm sua correlação de § 6o O limite global de pontuação mensal
cargos estabelecida no Anexo III desta Lei, de que dispõe a CVM para ser atribuída aos
fazendo jus, a partir de 1o de agosto de 2004, servidores referidos no art. 7o desta Lei corres-
aos vencimentos básicos estabelecidos na ponderá a 80 (oitenta) vezes o número de
Tabela do Anexo VIII-A da Medida Provisó- servidores ativos ocupantes dos cargos efetivos
ria no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, de Auxiliar de Serviços Gerais que fazem jus à
com a redação dada por esta Lei. GDACVM, em exercício na CVM.
Art. 7o O vencimento básico do cargo de
nível intermediário de Auxiliar de Serviços 227
Ver o art. 20 da Lei nº 11.356, de 19.10.2006:
Gerais do Quadro de Pessoal da CVM passa “Art. 20. O valor de cada ponto da Gratificação de De-
a ser o constante do Anexo IV desta Lei. sempenho da Atividade de Apoio Técnico-Administrativo da
Art. 8o Fica instituída a Gratificação de Comissão de Valores Mobiliários - GDACVM, instituída
Desempenho da Atividade de Apoio Técnico- pelo art. 8º da Lei nº 11.094, de 13 de janeiro de 2005,
Administrativo da Comissão de Valores Mobi- corresponderá a:
liários - GDACVM, devida aos ocupantes dos I - R$ 19,20 (dezenove reais e vinte centavos), a
cargos a que se refere o art. 7o desta Lei, quan- partir de 1° de julho de 2006;
II - R$ 19,97 (dezenove reais e noventa e sete cen-
do em exercício das atividades inerentes ao
tavos), a partir de 1° de julho de 2007;
respectivo cargo na CVM. 226 III - R$ 20,77 (vinte reais e setenta e sete centa-
vos), a partir de 1° de julho de 2008; e
IV - R$ 21,60 (vinte e um reais e sessenta centavos),
226
Ver o art. 20 da Lei nº 11.356, de 19.10.2006. a partir de 1° de julho de 2009.”
− 75/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005
o o
§ 7 Considerando o disposto nos §§ 1 pontos por servidor.
e 2o deste artigo, a pontuação referente à § 1o O resultado da 1a (primeira) avalia-
GDACVM será assim distribuída: ção gerará efeitos financeiros a partir do
I - até 60 (sessenta) pontos percentuais início do 1o (primeiro) período de avaliação,
de seu limite máximo serão atribuídos em devendo ser compensadas eventuais diferen-
função dos resultados obtidos na avaliação ças pagas a maior ou a menor.
de desempenho individual; e § 2o O disposto neste artigo aplica-se
II - até 40 (quarenta) pontos percentuais aos ocupantes de cargos comissionados que
de seu limite máximo serão atribuídos em fazem jus à GDACVM.
função dos resultados obtidos na avaliação Art. 13. O servidor ativo beneficiário da
de desempenho institucional. GDACVM que obtiver pontuação inferior a
Art. 10. O titular do cargo efetivo de 50 (cinqüenta) pontos em 2 (duas) avalia-
Auxiliar de Serviços Gerais, em exercício na ções individuais consecutivas será imedia-
CVM, quando investido em cargo em co- tamente submetido a processo de capacita-
missão ou função de confiança fará jus à ção, sob responsabilidade da CVM.
GDACVM, nas seguintes condições: Art. 14. A GDACVM integrará os pro-
I - ocupantes de cargos comissionados ventos da aposentadoria e as pensões, ob-
de Natureza Especial, DAS 6, DAS 5, ou servando-se:
equivalentes perceberão a GDACVM calcu- I - a média dos valores recebidos nos úl-
lada no seu valor máximo; e timos 60 (sessenta) meses; ou
II - ocupantes de cargos comissionados II - o valor correspondente a 30 (trinta)
DAS 4, DAS 3, DAS 2, DAS 1, de função pontos, quando percebida por período infe-
de confiança, ou equivalentes terão como rior a 60 (sessenta) meses.
avaliação individual e institucional a pontu- Parágrafo único. Às aposentadorias e às
ação atribuída a título de avaliação institu- pensões existentes, quando da publicação
cional da CVM. desta Lei, aplica-se o disposto no inciso II
Art. 11. O titular de cargo efetivo referi- deste artigo.
do no art. 10 desta Lei que não se encontre Art. 15. Em decorrência do disposto nos
em exercício na CVM fará jus à GDACVM arts. 7o e 8o desta Lei, os servidores abrangi-
nas seguintes situações: dos pelo art. 7o desta Lei deixam de fazer jus,
I - quando requisitado pela Presidência respectivamente, à Gratificação de Atividade
ou Vice-Presidência da República, percebe- Executiva, de que trata a Lei Delegada no 13,
rá a GDACVM calculada com base nas de 27 de agosto de 1992, e à Gratificação de
mesmas regras aplicáveis como se estivesse Desempenho de Atividade Técnico-
em exercício no órgão de origem; e Administrativa - GDATA, instituída pela Lei
II - quando cedido para órgãos ou enti- no 10.404, de 9 de janeiro de 2002.
dades do Governo Federal, distintos dos Art. 16. A partir de 1o de junho de 2004,
indicados no inciso I do caput deste artigo, a Gratificação de Desempenho de Atividade
da seguinte forma: de Ciência e Tecnologia - GDACT a que se
a) o servidor investido em cargo em comis- refere o art. 19 da Medida Provisória no
são de Natureza Especial, DAS 6, DAS 5, ou 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, aplica-
equivalentes perceberá a GDACVM em valor se às aposentadorias e às pensões concedi-
calculado com base no seu valor máximo; e das ou instituídas até 29 de junho de 2000,
b) o servidor investido em cargo em no valor correspondente a 50% (cinqüenta
comissão DAS 4 ou equivalente perceberá a por cento) do percentual máximo aplicado
GDACVM no valor de 75% (setenta e cinco ao padrão da classe em que o servidor que
por cento) do seu valor máximo. lhes deu origem estivesse posicionado.
Art. 12. Enquanto não forem editados os § 1o A GDACT aplica-se às aposentadori-
atos referidos nos §§ 3o e 4o do art. 9o desta as e pensões concedidas ou instituídas após 29
Lei e até que sejam processados os resulta- de junho de 2000 e será calculada conforme o
dos do 1o (primeiro) período de avaliação de disposto no inciso II do art. 59 da Medida
desempenho, a GDACVM será paga nos Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de
valores correspondentes a 50 (cinqüenta) 2001, desde que transcorridos pelo menos 60
− 76/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005
(sessenta) meses de percepção da gratificação. ficada ou não personificada, salvo a par-
§ 2o A hipótese prevista no caput aplica-se ticipação nos conselhos de administra-
igualmente às aposentadorias e pensões conce- ção e fiscal de empresas ou entidades
didas ou instituídas antes que o servidor que em que a União detenha, direta ou indi-
lhes deu origem completasse 60 (sessenta) retamente, participação no capital social
meses de percepção da gratificação. ou em sociedade cooperativa constituída
Art. 17. O caput do art. 21 da Lei no para prestar serviços a seus membros, e
8.691, de 28 de julho de 1993, passa a vigo- exercer o comércio, exceto na qualidade
rar com a seguinte redação: (Vigência) de acionista, cotista ou comanditário;
"Art. 21. Os servidores de que trata .............................................. " (NR)
esta Lei portadores de títulos de Doutor, Art. 19. A Lei no 9.650, de 27 de maio
Mestre ou certificado de aperfeiçoamen- de 1998, passa a vigorar com as seguintes
to ou de especialização farão jus a um alterações:
adicional de titulação, no percentual de "Art. 7o O desenvolvimento do ser-
105% (cento e cinco por cento), 52,5% vidor ocupante de cargo da Carreira de
(cinqüenta e dois inteiros e cinco déci- Especialista do Banco Central do Brasil
mos por cento) e 27% (vinte e sete por ocorrerá mediante progressão funcional
cento), respectivamente, incidente sobre e promoção.
o vencimento básico. .........................................................
..............................................." (NR) § 2o O desenvolvimento do servidor
Art. 18. Os arts. 92, 102 e 117 da Lei no observará os critérios a serem fixados
8.112, de 11 de dezembro de 1990, passam a em regulamento, em especial os de qua-
vigorar com a seguinte redação: lificação profissional, respeitado o in-
"Art. 92. É assegurado ao servidor o terstício mínimo de 365 (trezentos e ses-
direito à licença sem remuneração para senta e cinco) dias e o máximo de 548
o desempenho de mandato em confede- (quinhentos e quarenta e oito) dias.
ração, federação, associação de classe de § 3o É vedada a progressão do ocu-
âmbito nacional, sindicato representati- pante de cargo efetivo da Carreira refe-
vo da categoria ou entidade fiscalizadora rida no caput deste artigo antes de com-
da profissão ou, ainda, para participar de pletado o interstício de um ano de efeti-
gerência ou administração em sociedade vo exercício em cada padrão.
cooperativa constituída por servidores § 4o A promoção funcional dependerá
públicos para prestar serviços a seus do cumprimento do interstício referido no
membros, observado o disposto na alí- § 2o deste artigo, bem como da satisfação
nea c do inciso VIII do art. 102 desta de requisito de qualificação profissional e
Lei, conforme disposto em regulamento aprovação em processo especial de avalia-
e observados os seguintes limites: ção de desempenho, conforme disposto em
..............................................." (NR) regulamento específico.
"Art. 102. ........................................ .............................................. " (NR)
......................................................... "Art. 7o-A. A promoção de ocupante
VIII - ............................................... do cargo de Procurador do Banco Cen-
......................................................... tral do Brasil consiste em seu acesso à
c) para o desempenho de mandato categoria imediatamente superior àquela
classista ou participação de gerência ou em que se encontra.
administração em sociedade cooperativa § 1o A promoção será processada se-
constituída por servidores para prestar mestralmente, para vagas ocorridas até 30
serviços a seus membros, exceto para de junho e até 31 de dezembro de cada a-
efeito de promoção por merecimento; no, obedecidos, alternadamente, os crité-
..............................................." (NR) rios de antigüidade e de merecimento.
"Art. 117. ........................................ § 2o A promoção observará, em
......................................................... qualquer caso, os requisitos de antigüi-
X - participar de gerência ou admi- dade fixados em regulamento e depen-
nistração de sociedade privada, personi- derá da existência de vaga na categoria
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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005
imediatamente superior. dores posicionados na Classe Especial.
§ 3o A promoção por merecimento Parágrafo único. A gratificação de-
obedecerá a critérios objetivos relacio- vida na forma do caput deste artigo po-
nados com o desempenho no cargo e derá ser acrescida de até 10 (dez) pontos
com o aperfeiçoamento profissional. percentuais, nas condições a serem fixa-
§ 4o A Diretoria Colegiada do Banco das em regulamento aprovado pela Dire-
Central do Brasil fixará o quantitativo toria Colegiada do Banco Central do
máximo de vagas por categoria e apro- Brasil, enquanto estiver o servidor em
vará a regulamentação necessária ao exercício de atividades:
cumprimento do disposto neste artigo." I - de fiscalização do Sistema Finan-
"Art. 10. ........................................... ceiro Nacional;
I - 5% (cinco por cento) para titula- II - que importem risco de quebra de caixa;
res dos cargos de Analista do Banco III - que requeiram profissionaliza-
Central e Técnico do Banco Central que ção específica." (NR)
concluírem, com aproveitamento, res- "Art. 15. ...........................................
pectivamente, os cursos de Formação ..........................................................
Básica de Especialista do Banco Central § 2o Na ocorrência de déficit no sistema
do Brasil e de Formação Básica de Téc- de que trata o caput deste artigo, o Banco
nico do Banco Central do Brasil; Central do Brasil poderá utilizar fonte de
II - 15% (quinze por cento) para até recursos disponível para sua cobertura.
35% (trinta e cinco por cento) do quadro § 3o A diretoria do Banco Central do
de pessoal de cada cargo; e Brasil definirá as normas para funcio-
III - 30% (trinta por cento) para até namento do sistema de assistência à sa-
15% (quinze por cento) do quadro de úde de que trata este artigo." (NR)
pessoal de cada cargo. Art. 20. (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
§ 1o O regulamento disporá sobre os Art. 21. A implementação dos percentuais
critérios a serem observados na atribuição da gratificação de que trata o caput do art. 11
dos percentuais de que trata este artigo. da Lei no 9.650, de 27 de maio de 1998, com a
§ 2o Os ocupantes do cargo de Téc- redação dada por esta Lei, dar-se-á em 2 (duas)
nico do Banco Central que estejam per- etapas, conforme a seguir especificado:
cebendo a Gratificação de Qualificação I - para o cargo de Analista do Banco Central:
no percentual de 20% (vinte por cento) a) Classes A, B e C: 52% (cinqüenta e
passarão a percebê-la: dois por cento), a partir de 1o de agosto de
I - a partir de 1o de agosto de 2004, no 2004, e o percentual máximo, a partir de 1o
percentual de 25% (vinte e cinco por cento); e de março de 2005;
II - a partir de 1o de março de 2005, b) Classe Especial: 54% (cinqüenta e
no percentual de 30% (trinta por cento). quatro por cento), a partir de 1o de agosto de
§ 3o Em nenhuma hipótese o servi- 2004, e o percentual máximo, a partir de 1o
dor perceberá cumulativamente mais de de março de 2005;
um percentual dentre os previstos neste II - para o cargo de Técnico do Banco Central:
artigo." (NR) a) Classe A: 55% (cinqüenta e cinco
"Art. 11. Fica criada a Gratificação de por cento), a partir de 1o de agosto de
Atividade do Banco Central – GABC, de- 2004, e o percentual máximo, a partir de
vida aos ocupantes dos cargos da Carreira 1o de março de 2005;
de Especialista do Banco Central do Bra- b) Classe B: 57% (cinqüenta e sete por
sil, nos seguintes percentuais: cento), a partir de 1o de agosto de 2004, e
I - 67% (sessenta e sete por cento), in- o percentual máximo, a partir de 1o de
cidentes sobre o maior vencimento básico março de 2005;
do respectivo cargo, para os servidores po- c) Classe C: 58% (cinqüenta e oito por
sicionados nas Classes A, B e C; cento), a partir de 1o de agosto de 2004, e
II - 72% (setenta e dois por cento), o percentual máximo, a partir de 1o de
incidentes sobre o maior vencimento bá- março de 2005;
sico do respectivo cargo, para os servi- d) Classe Especial: 62% (sessenta e dois
− 78/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005
o o o
por cento), a partir de 1 de agosto de 2004, art. 2 da Lei n 10.483, de 3 de julho de
e o percentual máximo, a partir de 1o de 2002, as progressões funcionais e promo-
março de 2005. ções dos ocupantes de cargos efetivos da
Art. 22. A partir de 1o de março de 2005, Carreira da Seguridade Social e do Trabalho
as Funções Comissionadas do Banco Central - serão concedidas observando-se, no que
FCBC, criadas pelo art. 12 da Lei no 9.650, de couber, as normas aplicáveis aos servidores
27 de maio de 1998, de códigos FDS-1, FDE-1 do Plano de Classificação de Cargos da Lei
e FCA-1 serão devidas, no valor de R$ no 5.645, de 10 de dezembro de 1970.
4.135,00 (quatro mil, cento e trinta e cinco Art. 29. Fica transformado em vantagem
reais), e as de códigos FDE-2 e FCA-2, no pessoal nominalmente identificada o valor
valor de R$ 3.184,00 (três mil, cento e oitenta devido em função das disposições do art. 71 da
e quatro reais), aos servidores nelas investidos. Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setem-
Art. 23. (Revogado pela Lei nº 11.292, de 26.4.2006) bro de 2001, sujeito exclusivamente à atualiza-
Art. 24. (Revogado pela Lei nº 11.292, de 26.4.2006) ção decorrente de revisão geral de remunera-
Art. 25. Aplica-se o disposto nesta Lei ção dos servidores públicos federais.
aos aposentados e pensionistas, respeitado o § 1o (VETADO)
disposto nos arts. 13 e 15, bem como o art. § 2o (VETADO)
60-A da Medida Provisória no 2.229-43, de Art. 30. As alterações introduzidas pelo
6 de setembro de 2001. art. 17 desta Lei no art. 21 da Lei no 8.691,
Art. 26. Na hipótese de redução de remu- de 28 de julho de 1993, produzem efeitos
neração ou provento decorrente da aplicação financeiros a partir de 1o de junho de 2004.
do disposto nesta Lei, a diferença será paga a Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data
título de vantagem pessoal nominalmente de sua publicação.
identificada, a ser absorvida por ocasião da Art. 32. Revogam-se o § 3o do art. 1o da
reorganização ou reestruturação dos cargos, Lei no 9.015, de 30 de março de 1995, o art. 24
carreiras ou tabelas remuneratórias, concessão da Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de
de reajustes, adicionais, gratificações ou vanta- setembro de 2001, e a redação dada ao inciso
gem de qualquer natureza ou do desenvolvi- X do art. 117 da Lei no 8.112, de 11 de dezem-
mento no cargo ou na carreira. bro de 1990, pelo art. 2o da Medida Provisória
Art. 27. Sobre os valores das tabelas de no 2.225-45, de 4 de setembro de 2001.
vencimento básico alteradas por esta Lei inci- Brasília, 13 de janeiro de 2005; 184o da
dirá, a partir de janeiro de 2005, o índice que Independência e 117o da República.
vier a ser concedido a título de revisão geral de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
remuneração dos servidores públicos federais. Antonio Palocci Filho
Art. 28. Até que seja regulamentado o Nelson Machado

− 79/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005

ANEXO I
(ANEXO VIII-A DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.229-43, DE 6 DE SETEMBRO DE 2001)
TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO CARGOS DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO DO CICLO DE
GESTÃO E DA CVM E SUSEP
Em R$
VIGENTE
CARGO CLASSE PADRÃO
Em 1o de agosto A partir de 1o de
de 2004 abril de 2005

- Técnico de Finanças e Controle, Téc- IV 1.862,62 2.142,02


nico de Planejamento e Orçamento III 1.808,36 2.079,62
- Cargos de nível intermediário do ESPECIAL
Instituto de Pesquisa econômica II 1.755,70 2.019,06
Aplicada –IPEA I 1.704,57 1.960,25
- Cargos efetivos de nível intermediá- III 1.563,82 1.798,40
rio de Agente Executivo da Comissão C II 1.518,26 1.746,00
de Valores Mobiliários - CVM e da
Superintendência de Seguros Priva- I 1.474,05 1.695,16
dos – SUSEP e demais cargos de III 1.352,34 1.555,19
nível intermediário da SUSEP (ativi- B II 1.312,96 1.509,90
dades de controle, regulação e fisca-
lização dos mercados de valores I 1.274,72 1.465,93
imobiliários, seguros, previdência III 1.237,58 1.423,22
privada e capitalização do quadro A II 1.201,54 1.381,77
permanente da CVM e da SUSEP)
I 1.166,53 1.341,51

ANEXO II
ESTRUTURA DOS CARGOS DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO DA CVM E SUSEP

CARGOS CLASSE PADRÃO


IV
III
ESPECIAL
II
I
Cargos efetivos de nível intermediário de Agente Executivo da Comissão III
de Valores Mobiliários - CVM e da Superintendência de Seguros Privados C II
- SUSEP e demais cargos de nível intermediário da SUSEP (atividades de
I
controle, regulação e fiscalização dos mercados de valores mobiliários,
seguros, previdência privada e capitalização do quadro permanente da III
CVM e da SUSEP) B
II
I
III
II
A
I

− 80/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005

ANEXO III
TABELA DE CORRELAÇÃO CARGOS DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO DA CVM E DA SUSEP
VIGENTE A PARTIR DE 1o DE AGOSTO DE 2004

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA


CARGO CLASSE PADRÃO PADRÃO CLASSE CARGO
III IV
A II ESPECIAL
I III
Cargos efetivos de nível VI II Cargos efetivos de nível
intermediário de Agente intermediário de Agente
V I
Executivo da Comissão Executivo da Comissão
de Valores Mobiliários IV de Valores Mobiliários
B
- CVM e da Superin- III - CVM e da Superin-
tendência de Seguros II III tendência de Seguros
Privados - SUSEP e C Privados - SUSEP e
demais cargos de nível I demais cargos de nível
intermediário da SU- VI intermediário da SU-
SEP (atividades de V II SEP (atividades de
controle, regulação e controle, regulação e
IV
fiscalização dos merca- C fiscalização dos merca-
dos de valores mobiliá- III I dos de valores mobiliá-
rios, seguros, previdên- II rios, seguros, previdên-
cia privada e capitaliza- cia privada e capitaliza-
I III
ção do quadro perma- B ção do quadro perma-
nente da CVM e da V II nente da CVM e da
SUSEP) IV I SUSEP)
D III III
II II A
I I

ANEXO IV
TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO CARGOS DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO DE AUXILIAR
DE SERVIÇOS GERAIS DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM
(Redação dada pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006)

EM R$
VENCIMENTO BÁSICO A PARTIR DE
CLASSE PADRÃO
1o/07/2006 1o/07/2007 1o/07/2008 1o/07/2009
III 1.182,20 1.229,49 1.278,67 1.329,82
A II 1.132,84 1.178,15 1.225,28 1.274,29
I 1.085,54 1.128,96 1.174,12 1.221,08
VI 1.040,36 1.081,97 1.125,25 1.170,26
V 997,03 1.036,91 1.078,39’ 1.121,53
IV 955,60 993,82 1.033,57 1.074,91
B
III 915,88 952,52 990,62 1.030,24
II 877,87 912,98 949,50 987,48
I 841,46 875,12 910,12 946,52

− 81/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.094, de 2005
VI 824,64 857,63 891,94 927,62
V 808,14 840,47 874,09 909,05
IV 791,98 823,66 856,61 890,87
C
III 776,14 807,19 839,48 873,06
II 760,62 791,04 822,68 855,59
I 745,40 775,22 806,23 838,48
V 730,50 759,72 790,11 821,71
IV 715,88 744,52 774,30 805,27
D III 701,57 729,63 758,82 789,17
II 687,54 715,04 743,64 773,39
I 673,79 700,74 728,77 757,92

ANEXO V
(Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)

− 82/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.098, de 2005
o
LEI N 11.098, DE 13 DE JANEIRO DE 2005.
Atribui ao Ministério da Previdência Social com-
petências relativas à arrecadação, fiscalização,
lançamento e normatização de receitas previden-
ciárias, autoriza a criação da Secretaria da Re-
ceita Previdenciária no âmbito do referido Minis-
tério; altera as Leis nos 8.212, de 24 de julho de
1991, 10.480, de 2 de julho de 2002, 10.683, de
28 de maio de 2003; e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA § 13. Nos casos previstos nos §§ 11
Faço saber que o Congresso Nacional decre- e 12 deste artigo, as respectivas autar-
ta e eu sanciono a seguinte Lei: quias e fundações públicas federais da-
Art. 1o (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela rão o apoio técnico, financeiro e admi-
Medida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida nistrativo à Procuradoria-Geral Federal
na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) até a sua total implantação." (NR)
Art. 2o (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Art. 6o (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela
Medida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida Medida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida
na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) na Lei nº 11.501, de 11.7.2007)
Art. 3o (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Art. 7o (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela
Medida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida Medida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida
na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) na Lei nº 11.501, de 11.7.2007)
Art. 4o (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Art. 8o Para assegurar o cumprimento do
Medida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida disposto nesta Lei, fica o Poder Executivo
na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) autorizado a: (Este artigo estaria revogado a partir
Art. 5o O art. 10 da Lei no 10.480, de 2 de 15.8.2005, por força da Medida provisória nº 258,
de julho de 2002, passa a vigorar acrescido de 21.7.2005. Entretanto, essa Medida Provisória
dos seguintes parágrafos: perdeu a eficácia em 18.11.2005, conforme o Ato
"Art. 10. .......................................... Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso
......................................................... Nacional nº 40, de 21.11.2005)
§ 11. As Procuradorias Federais não I - (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Medida
especializadas e as Procuradorias Regi- Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida na Lei nº
onais Federais, as Procuradorias Fede- 11.501, de 11.7.2007)
rais nos Estados e as Procuradorias Sec- II - (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Medi-
cionais Federais poderão assumir defini- da Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida na Lei
tivamente as atividades de representação nº 11.501, de 11.7.2007)
judicial e extrajudicial das autarquias e III - (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Medi-
das fundações públicas federais de âm- da Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida na Lei
bito nacional. nº 11.501, de 11.7.2007)
§ 12. As Procuradorias Federais não IV - (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Me-
especializadas e as Procuradorias Regi- dida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida na
onais Federais, as Procuradorias Fede- Lei nº 11.501, de 11.7.2007)
rais nos Estados e as Procuradorias Sec- V - fixar o exercício, no âmbito da Pro-
cionais Federais poderão ainda centrali- curadoria-Geral Federal, dos servidores que,
zar as atividades de apuração da liquidez na data de 5 de outubro de 2004, se encon-
e certeza dos créditos, de qualquer natu- trem em efetivo exercício nas unidades
reza, inerentes às atividades das autar- vinculadas à área de cobrança da dívida
quias e fundações públicas federais, in- ativa e contencioso fiscal da Procuradoria
cluindo as de âmbito nacional, inscre- Federal Especializada junto ao INSS, sem
vendo-os em dívida ativa, para fins de prejuízo da percepção da remuneração e das
cobrança amigável ou judicial, bem co- demais vantagens relacionadas ao cargo que
mo as atividades de consultoria e asses- ocupem e sem alteração de suas atribuições
soramento jurídico delas derivadas. e de suas respectivas unidades de lotação;
− 83/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.098, de 2005
VI - (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Me- II - a partir de 5 de outubro de 2004, pa-
dida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida na ra os demais artigos.
Lei nº 11.501, de 11.7.2007) Brasília, 13 de janeiro de 2005; 184o da
VII - (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Me- Independência e 117o da República.
dida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida na LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Lei nº 11.501, de 11.7.2007) Nelson Machado
Art. 9o (Revogado, a partir de 2.5.2007, pela Amir Lando
Medida Provisória nº 359, de 16..3.2007, convertida José Dirceu de Oliveira e Silva
na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) Alvaro Augusto Ribeiro Costa
§ 1o As requisições de que trata o caput
deste artigo serão irrecusáveis e deverão ser
ANEXO I
prontamente atendidas.
(VETADO)
§ 2o Ficam as requisições limitadas até o
quantitativo máximo de 2.500 (dois mil e ANEXO II
quinhentos) servidores. 1. 19o (décimo nono) andar do Edifício
Art. 10. Ficam criados no âmbito do Poder Acaiaca à Avenida Afonso Pena, no 867,
Executivo Federal, para reestruturação do Centro, conforme Escritura Pública transcrita
Ministério da Previdência Social, os seguintes em 13 de agosto de 1980, sob Matrícula no
cargos em comissão do Grupo-Direção e 19.221, no Livro 2, do Cartório do 4o Ofício de
Assessoramento Superiores - DAS: Registro de Imóveis de Belo Horizonte.
I - 1 (um) DAS-6; 2. 20o (vigésimo) andar do Edifício Acaia-
II - 2 (dois) DAS-5; ca à Avenida Afonso Pena, no 867, Centro,
III - 2 (dois) DAS-4; e conforme Escritura Pública transcrita em 13
IV - 2 (dois) DAS-3. de agosto de 1980, sob Matrícula no 19.222,
Art. 11. Ficam transformados, no âmbito no Livro 2, do Cartório do 4o Ofício de
do Poder Executivo Federal, sem aumento Registro de Imóveis de Belo Horizonte.
de despesas, 41 (quarenta e um) cargos em
3. Edificações e respectivos terrenos do
comissão do Grupo-Direção e Assessora- Complexo da Escola de Engenharia (excetu-
mento Superiores - DAS, nível 1, e 170 ando o Edifício Alcindo Vieira - Centro
(cento e setenta) Funções Gratificadas - FG,
Cultural - à Avenida Santos Dumont, no
sendo 132 (cento e trinta e duas) FG-1, 6 174): prédio do Pavilhão José Renault Coe-
(seis) FG-2 e 32 (trinta e duas) FG-3, em 7 lho, situado à Rua Guaicurus, no 243, Gal-
(sete) DAS-4, 15 (quinze) DAS-3 e 22
pões das antigas Oficinas Christiano Ottoni,
(vinte e dois) DAS-2. situados à Rua Guaicurus, nos 187 e 203,
Art. 12. (VETADO) prédio do Pavilhão Mário Werneck (Biblio-
Art. 13. Fica o Poder Executivo autori-
teca), situado à Rua da Bahia, no 112, prédio
zado a transferir para o patrimônio da Uni- denominado Edifício Cássio Pinto, situado à
ão, no todo ou em parte, os imóveis perten- Rua Espírito Santo, no 96, prédio denomina-
centes à Universidade Federal de Minas
do Edifício João Fulgêncio de Paula, situado
Gerais, relacionados no Anexo II desta Lei. à Rua Guaicurus, no 214, prédio denomina-
Parágrafo único. Os atos de transferên- do Edifício Lourenço Baeta Neves, situado à
cia autorizados na forma do caput deste
Rua Guaicurus, no 200, prédio denominado
artigo disciplinarão as condições e prazos de Tecnologia Industrial, situado à rua da
entrega dos imóveis por parte da Universi- Bahia, no 52, prédio denominado Edifício
dade Federal de Minas Gerais.
Arthur Guimarães, situado à Rua Espírito
Art. 14. Esta Lei entra em vigor: Santo, no 35, prédio denominado Edifício
I - a partir da data de publicação do ato re-
ferido no inciso I do art. 8o, para os arts. 1o, 2o, Álvaro da Silveira, situado à Avenida do
3o e 4o; e (Ver o Decreto nº 5.469, de 15.6.2005, que Contorno, no 842, conforme Escritura Públi-
aprova a estrutura regimental do Ministério da Previ- ca transcrita em 11 de julho de 1980, sob
dência Social, na qual figura esta Secretaria. Anota-se Matrícula no 16.003, Livro 2, do Cartório do
que o Anexo II do referido Decreto foi revigorado pelo 5o Ofício de Registro de Imóveis de Belo
art. 5º do Decreto nº 5.585, de 2005). Horizonte.

− 84/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.098, de 2005

4. Prédio de 12 (doze) pavimentos e res- tro de Imóveis de Belo Horizonte.


pectivo terreno da Faculdade de Ciências 7. Terreno de 3.778,00 m2 e respectivas
Econômicas, situado à Rua Curitiba, no 832, edificações do Coleginho da FAFICH,
conforme Escritura Pública de 17 de feverei- situado à rua Carangola, n o 288, conforme
ro de 1976, transcrita sob a Matrícula no Escritura Pública de 15 de abril de 2002,
5.830, Livro 2, do Cartório do 3o Ofício de transcrita às fls. 3, sob o no 6.863, Livro 2,
Registro de Imóveis de Belo Horizonte. do Cartório do 1o Ofício de Registro de Belo
5. Prédio de 7 (sete) pavimentos e respec- Horizonte.
tivo terreno da Faculdade de Farmácia, 8. Lote 9 da Quadra 5 da Cidade Jardim
situado à Av. Olegário Maciel, no 2.360, situado à Rua Josafá Belo, conforme Escri-
conforme Escritura Pública, transcrita em 28 tura Pública lavrada a 21 de março de 1956
de setembro de 1979 sob a Matrícula no e transcrita em 11 de junho de 1956 às fls.
13.130, Livro 2, no Cartório do 5o Ofício de 215, sob o no 1981 do Livro 3-A, do Cartó-
Registro de Imóveis de Belo Horizonte. rio do 4o Ofício de Registro de Imóveis de
6. Prédio de 4 (quatro) pavimentos e res- Belo Horizonte.
pectivo terreno da Faculdade de Odontolo- 9. Lote 10 da Quadra 5 da Cidade Jardim
gia, situado no bairro Cidade Jardim, entre situado à Rua Josafá Belo, conforme Escri-
as ruas Bernardo Mascarenhas, Renato tura Pública lavrada a 21 de março de 1956
César e Josafá Belo, de forma triangular, e transcrita em 11 de junho de 1956 às fls.
conforme Escritura Pública transcrita em 19 215, sob o no 1981 do Livro 3-A, do Cartó-
de agosto de 1977 sob a Matrícula no 6.864, rio do 4o Ofício de Registro de Imóveis de
Livro 2, do Cartório do 1o Oficio de Regis- Belo Horizonte.

− 85/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.281, de 2006
LEI Nº 11.281, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2006.
Altera dispositivos da Lei no 6.704, de 26 de outu-
bro de 1979, que dispõe sobre o seguro de crédito
à exportação; autoriza cobranças judiciais e ex-
trajudiciais de créditos da União, no exterior, de-
correntes de sub-rogações de garantias de seguro
de crédito à exportação honradas com recursos do
Fundo de Garantia à Exportação - FGE e de fi-
nanciamentos não pagos contratados com recur-
sos do Programa de Financiamento às Exporta-
ções - PROEX e do extinto Fundo de Financia-
mento à Exportação - FINEX; altera o Decreto-
Lei no 37, de 18 de novembro de 1966; revoga a
Lei no 10.659, de 22 de abril de 2003; e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, ção - FGE e decorrentes de financiamentos não
Faço saber que o Congresso Nacional decre- pagos contratados com recursos do Programa
ta e eu sanciono a seguinte Lei: de Financiamento às Exportações - PROEX e
Art. 1o Os arts. 4o e 5o da Lei no 6.704, de 26 do extinto Fundo de Financiamento à Exporta-
de outubro de 1979, passam a vigorar com a ção - FINEX, por intermédio:
seguinte redação: I - de mandatário designado pelo Minis-
"Art. 4o A União poderá: tro de Estado da Fazenda,228 no caso de
I - conceder garantia da cobertura dos créditos decorrentes de indenizações pagas,
riscos comerciais e dos riscos políticos e ex- no âmbito do SCE, com recursos do Fundo
traordinários assumidos em virtude do Se- de Garantia à Exportação - FGE; e
guro de Crédito à Exportação - SCE, con- II - do Banco do Brasil S.A., ou outro
forme dispuser o Regulamento desta Lei; e mandatário designado pelo Ministro de Estado
II - contratar instituição habilitada a da Fazenda, no caso de créditos decorrentes de
operar o SCE para a execução de todos financiamentos não pagos contratados com
os serviços a ele relacionados, inclusive recursos do PROEX e do extinto FINEX.
análise, acompanhamento, gestão das § 1o Caberá aos mandatários a adoção de
operações de prestação de garantia e de providências necessárias aos procedimentos
recuperação de créditos sinistrados. descritos neste artigo, incluindo-se a contrata-
Parágrafo único. As competências ção de instituição habilitada ou advogado de
previstas neste artigo serão exercidas por comprovada conduta ilibada, no País ou no
intermédio do Ministério da Fazenda. exterior, observado, no que couber, o disposto
na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.229
§ 1o (Revogado)
§ 2o O mandatário de que trata este arti-
§ 2o (Revogado)" (NR)
go equipara-se a agente público para fins
"Art. 5o Para atender à responsabili-
civis e penais.
dade assumida pelo Ministério da Fa-
Art. 3o Os recursos para o pagamento
zenda, na forma do art. 4o desta Lei, o
das contratações e de outras despesas decor-
Orçamento Geral da União consignará,
rentes das cobranças a que se refere o art. 2o
anualmente, dotação específica àquele
Ministério." (NR)
Art. 2o A União cobrará judicial e extraju- 228
Ver o art. 131 da Constituição e o art. 1º da Lei
dicialmente, no exterior, os créditos decorren- Complementar nº 73, de 1993, segundo os quais a
representação judicial e extrajudicial da União cabem à
tes de indenizações pagas, no âmbito do SCE,
Advocacia-Geral da União.
com recursos do Fundo de Garantia à Exporta- 229
Ver a NOTA anterior
− 86/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.281, de 2006

desta Lei deverão contar com previsão ações no sentido de minimizar os custos
orçamentária específica. financeiros, econômicos e sociais de contro-
Art. 4o O termo inicial para processa- les que prejudiquem o ritmo normal de
mento da cobrança, ou seu prosseguimento, movimentação de mercadorias em portos,
a que se refere o art. 2o desta Lei, observará aeroportos e postos de fronteira terrestres.
os seguintes prazos: Art. 10. Fica o Poder Executivo autorizado
I - créditos decorrentes de indenizações a celebrar convênios com entes públicos devi-
pagas, no âmbito do SCE, com recursos do damente credenciados, para atender, subsidia-
FGE, 30 (trinta) dias, contados do pagamen- riamente, às ações públicas no campo da
to da indenização do SCE; e defesa agropecuária e inspeção sanitária em
II - créditos decorrentes de financiamen- portos, aeroportos e postos de fronteira, medi-
tos não pagos contratados com recursos do ante anuência do Ministério da Agricultura,
PROEX e do extinto FINEX, 90 (noventa) Pecuária e Abastecimento.
dias, contados do vencimento da parcela Art. 11. A importação promovida por pes-
inadimplida. soa jurídica importadora que adquire mercado-
Art. 5o Os mandatários poderão autori- rias no exterior para revenda a encomendante
zar a realização de acordos ou transações predeterminado não configura importação por
nas questões em que figurem operações com conta e ordem de terceiros.
os seguintes valores e situações: 230 § 1o A Secretaria da Receita Federal:
I - limite de US$ 50.000,00 (cinqüenta I - estabelecerá os requisitos e condições
mil dólares norte-americanos) para o térmi- para a atuação de pessoa jurídica importado-
no de litígios; e ra na forma do caput deste artigo; e
II - limite de US$ 1.000,00 (mil dólares II - poderá exigir prestação de garantia
norte-americanos) para a não-propositura de como condição para a entrega de mercadorias
ações, a não-interposição de recursos, o quando o valor das importações for incompatí-
requerimento de extinção de ações e a desis- vel com o capital social ou o patrimônio líqui-
tência de recursos. do do importador ou do encomendante.
Parágrafo único. Quando a cobrança en- § 2o A operação de comércio exterior
volver valores superiores aos limites fixados realizada em desacordo com os requisitos e
nos incisos I e II do caput deste artigo, o acor- condições estabelecidos na forma do § 1o
do ou transação dependerá de prévia e expressa deste artigo presume-se por conta e ordem
autorização do Ministro de Estado da Fazenda. de terceiros, para fins de aplicação do dis-
Art. 6o Sobre os saldos devedores objeto posto nos arts. 77 a 81 da Medida Provisória
da cobrança a que se refere o art. 2o desta no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
Lei incidirão juros de mora de 1% (um por § 3o Considera-se promovida na forma
cento) ao ano, sem prejuízo da aplicação de do caput deste artigo a importação realizada
multa contratual e outros encargos. com recursos próprios da pessoa jurídica
Art. 7o O disposto nesta Lei não se apli- importadora, participando ou não o enco-
ca aos créditos da União de que trata a Lei mendante das operações comerciais relativas
no 9.665, de 19 de junho de 1998. à aquisição dos produtos no exterior. (Incluí-
Art. 8o O Ministério da Fazenda definirá do pela Lei nº 11.452, de 27.2.2007)
o prazo e outras providências para a transfe- Art. 12. Os arts. 32 e 95 do Decreto-Lei
rência das atividades relacionadas ao SCE no 37, de 18 de novembro de 1966, passam a
executadas pelo IRB-Brasil Resseguros S.A. vigorar com a seguinte redação:
Art. 9o O Poder Executivo promoverá "Art. 32. ...........................................
.........................................................
230
Parágrafo único. ..............................
Ver a Lei nº 9.469, de 1997, os arts. 19 e seguintes da
Lei nº 10.522, de 2002, e o Decreto nº 2.346, de 1997.
.........................................................
− 87/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.281, de 2006
c) o adquirente de mercadoria de intermédio de pessoa jurídica importadora.
procedência estrangeira, no caso de im- Art. 14. Aplicam-se ao importador e ao
portação realizada por sua conta e or- encomendante as regras de preço de transfe-
dem, por intermédio de pessoa jurídica rência de que trata a Lei no 9.430, de 27 de
importadora; dezembro de 1996, nas importações de que
d) o encomendante predeterminado trata o art. 11 desta Lei.
que adquire mercadoria de procedência Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data
estrangeira de pessoa jurídica importa- de sua publicação. (*)
dora." (NR) Art. 16. Ficam revogados o art. 3o e os
"Art. 95. ........................................... §§ 1o e 2o do art. 4o da Lei no 6.704, de 26
.......................................................... de outubro de 1979, e a Lei no 10.659, de 22
VI - conjunta ou isoladamente, o en- de abril de 2003.
comendante predeterminado que adquire Brasília, 20 de fevereiro de 2006; 185o da
mercadoria de procedência estrangeira Independência e 118o da República.
de pessoa jurídica importadora." (NR) LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 13. Equiparam-se a estabelecimento Celso Luiz Nunes Amorim
industrial os estabelecimentos, atacadistas Antonio Palocci Filho
ou varejistas, que adquirirem produtos de Luiz Fernando Furlan
procedência estrangeira, importados por Paulo Bernardo Silva
encomenda ou por sua conta e ordem, por Dilma Rousseff
(*)
Esta Lei é decorrente da Medida Provisória nº 267, de 28 de novembro de 2005.

− 88/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.358, de 2006
LEI Nº 11.358, DE 19 DE OUTUBRO DE 2006.
Dispõe sobre a remuneração dos cargos das Carrei-
ras de Procurador da Fazenda Nacional, Advogado
da União, Procurador Federal e Defensor Público da
União de que tratam a Medida Provisória no 2.229-
43, de 6 de setembro de 2001 e a Lei no 10.549, de 13
de novembro de 2002, da Carreira de Procurador do
Banco Central do Brasil, de que trata a Lei no 9.650
de 27 de maio de 1998, da Carreira Policial Federal,
de que trata a Lei no 9.266, de 15 de março de 1996, e
a reestruturação dos cargos da Carreira de Policial
Rodoviário Federal, de que trata a Lei no 9.654, de 2
de junho de 1998, e dá outras providências.
Faço saber que o PRESIDENTE DA RE- (Redação dada pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007)
PÚBLICA adotou a Medida Provisória nº 305, de Art. 2o Estão compreendidas no subsídio e
2006, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, não são mais devidas aos integrantes das
Renan Calheiros, Presidente da Mesa do Con- Carreiras e quadros suplementares de que
gresso Nacional, para os efeitos do disposto no tratam os incisos I a V e o § 1o do art. 1o desta
art. 62 da Constituição Federal, com a redação Lei as seguintes parcelas remuneratórias:
dada pela Emenda Constitucional nº 32, com- I - Vencimento Básico;
binado com o art. 12 da Resolução nº 1, de II - Gratificação de Desempenho de Ati-
2002-CN, promulgo a seguinte Lei: vidade Jurídica - GDAJ;
Art. 1o A partir de 1o de julho de 2006 e III - Pro labore de que tratam a Lei no
1o de agosto de 2006, conforme especificado 7.711, de 22 de dezembro de 1988, e o art. 4o da
nos Anexos I, II, III e VI desta Lei, respecti- Lei no 10.549, de 13 de novembro de 2002; e
vamente, passam a ser remunerados exclusi- IV - Vantagem Pecuniária Individual, de
vamente por subsídio, fixado em parcela que trata a Lei no 10.698, de 2 de julho de 2003.
única, vedado o acréscimo de qualquer grati- Art. 3o Estão compreendidas no subsí-
ficação, adicional, abono, prêmio, verba de dio e não são mais devidas aos integrantes
representação ou outra espécie remuneratória, da Carreira Policial Federal e da Carreira
os titulares dos cargos das seguintes Carrei- Policial Civil dos extintos Territórios Fede-
ras: (Redação dada pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007) rais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima
I - Procurador da Fazenda Nacional; as seguintes parcelas remuneratórias: (Reda-
II - Advogado da União; ção dada pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007)
III - Procurador Federal; I - Vencimento Básico;
IV - Defensor Público da União; II - Gratificação de Atividade - GAE, de que
V - Procurador do Banco Central do Brasil; trata a Lei Delegada no 13, de 27 de agosto de 1992;
VI - Carreira Policial Federal; e III - Valores da Gratificação por Opera-
VII - Carreira de Policial Rodoviário Federal; ções Especiais - GOE, a que aludiam os Decre-
VIII - Carreira Policial Civil dos extintos tos-Leis nos 1.714, de 21 de novembro de 1979,
Territórios Federais do Acre, Amapá, Rondônia e 2.372, de 18 de novembro de 1987;
e Roraima. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007) IV - Gratificação de Atividade Policial Federal;
§ 1o Aplica-se o disposto no caput aos V - Gratificação de Compensação Orgânica;
integrantes dos quadros suplementares da VI - Gratificação de Atividade de Risco;
Advocacia-Geral da União de que trata o art. VII - Indenização de Habilitação Polici-
46 da Medida Provisória no 2.229-43, de 6 al Federal; e
de setembro de 2001. VIII - Vantagem Pecuniária Individual,
§ 2o Os valores do subsídio dos inte- de que trata a Lei no 10.698, de 2003.
grantes das Carreiras de que trata o caput Art. 4o Estão compreendidas no subsí-
deste artigo são os fixados nos Anexos I, II, dio e não são mais devidas aos integrantes
III e VI desta Lei, com efeitos financeiros a da Carreira de Policial Rodoviário Federal
partir das datas neles especificadas. (NR) as seguintes parcelas remuneratórias:
− 89/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.358, de 2006
o
I - Vencimento Básico; Art. 7 O subsidio dos integrantes das
II - Gratificação de Atividade - GAE, de carreiras de que trata o art. 1o não exclui o
que trata a Lei Delegada no 13, de 1992; direito à percepção, nos termos da legislação
III - Valores da Gratificação por Opera- e regulamentação específica, das seguintes
ções Especiais - GOE, a que aludiam os Decre- espécies remuneratórias:
tos-Leis nos 1.714, de 1979, e 2.372, de 1987; I - gratificação natalina;
IV - Gratificação de Atividade Policial II - adicional de férias; e
Rodoviário Federal; III - abono de permanência de que tratam o
V - Gratificação de Desgaste Físico e Mental; § 19 do art. 40 da Constituição, o § 5o do art. 2o
VI - Gratificação de Atividade de Risco; e o § 1o do art. 3o da Emenda Constitucional no
VII - Valores de que trata o Anexo XII da 41, de 19 de dezembro de 2003.
Lei no 8.270, de 17 de dezembro de 1991; e Parágrafo único. O disposto no caput
VIII - Vantagem Pecuniária Individual, aplica-se à retribuição pelo exercício de
de que trata a Lei no 10.698, de 2003. função de direção, chefia e assessoramento e
Art. 5o Além das parcelas de que tratam às parcelas indenizatórias previstas em lei.
os arts. 2o, 3o e 4o, não são devidas aos Art. 8o Aplica-se às aposentadorias con-
integrantes das Carreiras a que se refere o cedidas aos servidores integrantes das carreiras
art. 1o as seguintes espécies remuneratórias: de que trata o art. 1o, e às pensões, o disposto
I - vantagens pessoais e vantagens pes- nesta Lei, ressalvadas as aposentadorias e
soais nominalmente identificadas - VPNI, de pensões reguladas pelos arts. 1o e 2o da Lei no
qualquer origem e natureza; 10.887, de 18 de junho de 2004.
II - diferenças individuais e resíduos, de Art. 9o Os arts. 2o e 3o da Lei no 9.654,
qualquer origem e natureza; de 2 de junho de 1998, passam a vigorar
III - valores incorporados à remuneração com a seguinte redação:
decorrentes do exercício de função de direção, “Art. 2o A carreira de que trata esta
chefia ou assessoramento, cargo de provimento Lei é composta do cargo de Policial Ro-
em comissão ou de Natureza Especial; doviário Federal, estruturada nas classes
IV - valores incorporados à remuneração de Inspetor, Agente Especial e Agente,
referentes a quintos ou décimos; na forma do Anexo I.
V - valores incorporados à remuneração § 1o As atribuições das classes do cargo de
a título de adicional por tempo de serviço; Policial Rodoviário Federal são as seguintes:
VI - vantagens incorporadas aos proventos I - classe de Inspetor: atividades de
ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº natureza policial, envolvendo direção,
1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 190 e planejamento, coordenação, supervisão,
192 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; controle e avaliação administrativa e o-
VII - abonos; peracional, bem como a articulação e o
VIII - valores pagos a título de representação; intercâmbio com outras organizações e
IX - adicional pelo exercício de ativida- corporações policiais, em nível nacional
des insalubres, perigosas ou penosas; e internacional, além das atribuições das
X - adicional noturno; classes de Agente Especial e de Agente;
XI - adicional pela prestação de serviço II - classe de Agente Especial: ativida-
extraordinário; e des de natureza policial, envolvendo plane-
XII - outras gratificações e adicionais, de jamento, coordenação e controle adminis-
qualquer origem e natureza, que não estejam trativo e operacional, bem como a articula-
explicitamente mencionados no art. 7o desta Lei. ção e o intercâmbio com outras organiza-
Art. 6o Os servidores integrantes das Carrei- ções policiais, em nível nacional, além das
ras de que trata o art. 1o desta Lei não poderão atribuições da classe de Agente;
perceber cumulativamente com o subsídio quais- III - classe de Agente: atividades de na-
quer valores ou vantagens incorporadas à remu- tureza policial envolvendo fiscalização, pa-
neração por decisão administrativa, judicial ou trulhamento e policiamento ostensivo, aten-
extensão administrativa de decisão judicial, de dimento e socorro às vítimas de acidentes
natureza geral ou individual, ainda que decorren- rodoviários e demais atribuições relaciona-
tes de sentença judicial transitada em julgado. das com a área operacional do DPRF.
− 90/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.358, de 2006
o
§ 2 As atribuições específicas de eventual diferença será paga a título de
cada uma das classes referidas no § 1o parcela complementar de subsídio, de natu-
serão estabelecidas em ato dos Ministros reza provisória, que será gradativamente
de Estado do Planejamento, Orçamento absorvida por ocasião do desenvolvimento
e Gestão e da Justiça. no cargo ou na carreira por progressão ou
§ 3o Os cargos efetivos de Policial promoção ordinária ou extraordinária, da
Rodoviário Federal, estruturados na reorganização ou da reestruturação dos
forma do caput, têm a sua correlação es- cargos, das carreiras ou da tabela remunera-
tabelecida no Anexo II.” (NR) tória referidas no art. 1o desta Lei, da con-
“Art. 3o ............................................ cessão de reajuste ou vantagem de qualquer
........................................................ natureza, bem como da implantação dos
§ 2º A investidura no cargo de Poli- valores constantes dos Anexos I, II e III.
cial Rodoviário Federal dar-se-á no pa- § 2o A parcela complementar de subsídio
drão inicial da classe inicial.” (NR) referida no § 1o estará sujeita exclusivamente à
Art. 10. A Lei no 9.654, de 1998, passa a atualização decorrente de revisão geral da
vigorar acrescida dos Anexos I e II, nos termos, remuneração dos servidores públicos federais.
respectivamente, dos Anexos IV e V desta Lei. Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data
Art. 10-A. A Carreira Policial Civil dos de sua publicação.
extintos Territórios Federais do Acre, Ama- Art. 13. Ficam revogados:
pá, Rondônia e Roraima fica reorganizada I – os arts. 4o e 5o da Lei no 9.266, de 15
de acordo com o Anexo VII desta Lei.” de março de 1996;
(Incluído pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007) II – os arts. 4o e 5o da Lei no 9.654, de 2
Art. 11. A aplicação do disposto nesta de junho de 1998; e
Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos III – o art. 1o da Medida Provisória no
pensionistas não poderá implicar redução de 2.184-23, de 24 de agosto de 2001.
remuneração, de proventos e de pensões. Congresso Nacional, em 19 de outubro de
§ 1o Na hipótese de redução de remune- 2006; 185o da Independência e 118o da República.
ração, de provento ou de pensão, em decor- Senador RENAN CALHEIROS
rência da aplicação do disposto nesta Lei, Presidente da Mesa do Congresso Nacional

ANEXO I
TABELA DE SUBSÍDIOS PARA AS CARREIRAS DA ÁREA JURÍDICA
(Incisos I a V do art. 1o)
Em R$
VIGÊNCIA
CATEGORIA
1o JUL 06 1o JAN 07 1o JAN 08 1o JUN 09
ESPECIAL 11.850,00 12.900,42 14.954,90 17.009,38
PRIMEIRA 10.900,00 11.746,95 12.751,39 13.683,83
SEGUNDA 9.500,00 10.497,56 11.238,98 11.980,40

ANEXO II
TABELA DE SUBSÍDIOS PARA A CARREIRA POLICIAL FEDERAL
(Redação dada pela Medida Provisória nº 386, de 30.8.2007, convertida na Lei nº 11.538, de 8 de novembro de 2007)

a) Quadro I
Em R$
EFEITOS FINANCEIROS
CARGO CATEGORIA A PARTIR DE A PARTIR DE A PARTIR DE A PARTIR DE
1º JUL 2006 1° SET 2007 1° FEV 2008 1° FEV 2009
ESPECIAL 15.391,48 16.683,98 19.053,57 19.699,82
Delegado de Polícia Federal PRIMEIRA 14.217,69 15.201,90 17.006,29 17.498,40
Perito Criminal Federal SEGUNDA 12.163,46 13.005,60 14.549,53 14.970,60
TERCEIRA 10.862,14 11.614,10 12.992,70 13.368,68

− 91/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.358, de 2006
b) Quadro II
Em R$
EFEITOS FINANCEIROS
CARGO CATEGORIA A PARTIR DE A PARTIR DE A PARTIR DE A PARTIR DE
1o JUL 2006 1° SET 2007 1° FEV 2008 1° FEV 2009
ESPECIAL 9.539,27 10.241,21 11.528,11 11.879,08
Escrivão de Polícia Federal
PRIMEIRA 7.693,60 8.226,20 9.202,62 9.468,92
Agente de Polícia Federal
Papiloscopista Policial Federal SEGUNDA 6.500,00 6.915,80 7.678,09 7.885,99
TERCEIRA 6.200,00 6.594,30 7.317,18 7.514,33

ANEXO III
TABELA DE SUBSÍDIOS PARA A CARREIRA DE POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL
Em R$
VIGÊNCIA
CLASSE PADRÃO
A PARTIR DE 1o AGO 06
III 8.110,72
Inspetor II 7.798,77
I 7.498,81
VI 6.817,10
V 6.683,44
IV 6.552,39
Agente Especial
III 6.423,91
II 6.297,95
I 6.174,46
VI 5.613,15
V 5.503,09
IV 5.395,18
Agente
III 5.289,39
II 5.185,68
I 5.084,00

ANEXO IV
(Anexo I da Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998)
ESTRUTURA DO CARGO DA CARREIRA DE POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL
CARGO CLASSE PADRÃO
III
Inspetor II
I
VI
V
IV
Agente Especial
III
Policial Rodoviário Federal II
I
VI
V
IV
Agente
III
II
I

− 92/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.358, de 2006
ANEXO V
(Anexo II da Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998)
TABELA DE CORRELAÇÃO PARA A CARREIRA DE POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL
SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA
CARGO CLASSE PADRÃO PADRÃO CLASSE CARGO
III III
A II II Inspetor
I I
VI
VI
V
IV
B V
III
II
IV
I Agente Especial
Policial Rodoviário VI Policial Rodoviário
III
Federal V Federal
IV
C II
III
II I
I VI
V V
IV IV
Agente
D III III
II II
I I

ANEXO VI
(Incluído pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007)
TABELA DE SUBSÍDIOS PARA A CARREIRA POLICIAL CIVIL DOS EX-TERRITÓRIOS
DO ACRE, AMAPÁ, RONDÔNIA E RORAIMA
a) Quadro I
Em R$
VIGÊNCIA
CARGO CATEGORIA/CLASSE
A PARTIR DE 1o JUL 06
- Delegado de Polícia Civil ESPECIAL 15.391,48
- Perito Criminal Civil PRIMEIRA 14.217,69
- Médico-Legista Civil SEGUNDA 12.163,46
- Técnico em Medicina Legal Civil
- Técnico em Polícia Criminal Civil TERCEIRA 10.862,14

b) Quadro II
Em R$
VIGÊNCIA
CARGO CATEGORIA
A PARTIR DE 1o JUL 06
- Escrivão de Polícia Civil ESPECIAL 9.539,27
- Agente de Polícia Civil
- Datiloscopista Policial Civil PRIMEIRA 7.693,60
- Auxiliar Operacional de Perito Criminal Civil
- Guarda de Presídio Civil SEGUNDA 6.500,00
- Escrevente Policial Civil
- Investigador de Polícia Civil TERCEIRA 6.200,00
- Agente Carcerário Civil

− 93/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.358, de 2006

ANEXO VII
(Incluído pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007)
ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA POLICIAL CIVIL DOS EX-TERRITÓRIOS DO
ACRE, AMAPÁ, RONDÔNIA E RORAIMA
SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA
CARGO CLASSE PADRÃO CLASSE CARGO
III
A II ESPECIAL
I
VI
- Delegado de Polícia Civil V - Delegado de Polícia Civil
- Perito Criminal Civil IV - Perito Criminal Civil
B
- Médico-Legista Civil III - Médico-Legista Civil
- Técnico em Medicina Legal Civil PRIMEIRA - Técnico em Medicina Legal Civil
II
- Técnico em Polícia Criminal Civil I - Técnico em Polícia Criminal Civil
- Escrivão de Polícia Civil - Escrivão de Polícia Civil
VI
- Agente de Polícia Civil - Agente de Polícia Civil
V
- Datiloscopista Policial Civil - Datiloscopista Policial Civil
- Auxiliar Operacional de Perito IV - Auxiliar Operacional de Perito
C
Criminal Civil III Criminal Civil
- Guarda de Presídio Civil II - Guarda de Presídio Civil
- Escrevente Policial Civil I - Escrevente Policial Civil
- Investigador de Polícia Civil V SEGUNDA - Investigador de Polícia Civil
- Agente Carcerário Civil IV - Agente Carcerário Civil
D III
II
I
TERCEIRA

− 94/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.417, de 2006
LEI Nº 11.417, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.
Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal
e altera a Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
disciplinando a edição, a revisão e o cancelamento
de enunciado de súmula vinculante pelo Supremo
Tribunal Federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA IV – o Procurador-Geral da República;
Faço saber que o Congresso Nacional decre- V - o Conselho Federal da Ordem dos
ta e eu sanciono a seguinte Lei: Advogados do Brasil;
Art. 1o Esta Lei disciplina a edição, a VI - o Defensor Público-Geral da União;
revisão e o cancelamento de enunciado de VII – partido político com representação
súmula vinculante pelo Supremo Tribunal no Congresso Nacional;
Federal e dá outras providências. VIII – confederação sindical ou entidade
Art. 2o O Supremo Tribunal Federal pode- de classe de âmbito nacional;
rá, de ofício ou por provocação, após reiteradas IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou
decisões sobre matéria constitucional, editar da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
enunciado de súmula que, a partir de sua X - o Governador de Estado ou do Dis-
publicação na imprensa oficial, terá efeito trito Federal;
vinculante em relação aos demais órgãos do XI - os Tribunais Superiores, os Tribu-
Poder Judiciário e à administração pública nais de Justiça de Estados ou do Distrito
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e Federal e Territórios, os Tribunais Regionais
municipal, bem como proceder à sua revisão Federais, os Tribunais Regionais do Traba-
ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei. lho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os
§ 1o O enunciado da súmula terá por Tribunais Militares.
objeto a validade, a interpretação e a eficá- § 1o O Município poderá propor, inci-
cia de normas determinadas, acerca das dentalmente ao curso de processo em que
quais haja, entre órgãos judiciários ou entre seja parte, a edição, a revisão ou o cancela-
esses e a administração pública, controvérsia mento de enunciado de súmula vinculante, o
atual que acarrete grave insegurança jurídica que não autoriza a suspensão do processo.
e relevante multiplicação de processos sobre § 2o No procedimento de edição, revi-
idêntica questão. são ou cancelamento de enunciado da súmu-
§ 2o O Procurador-Geral da República, nas la vinculante, o relator poderá admitir, por
propostas que não houver formulado, manifes- decisão irrecorrível, a manifestação de
tar-se-á previamente à edição, revisão ou cance- terceiros na questão, nos termos do Regi-
lamento de enunciado de súmula vinculante. mento Interno do Supremo Tribunal Federal.
§ 3o A edição, a revisão e o cancela- Art. 4o A súmula com efeito vinculante
mento de enunciado de súmula com efeito tem eficácia imediata, mas o Supremo Tri-
vinculante dependerão de decisão tomada bunal Federal, por decisão de 2/3 (dois
por 2/3 (dois terços) dos membros do Su- terços) dos seus membros, poderá restringir
premo Tribunal Federal, em sessão plenária. os efeitos vinculantes ou decidir que só
§ 4o No prazo de 10 (dez) dias após a ses- tenha eficácia a partir de outro momento,
são em que editar, rever ou cancelar enunciado tendo em vista razões de segurança jurídica
de súmula com efeito vinculante, o Supremo ou de excepcional interesse público.
Tribunal Federal fará publicar, em seção espe- Art. 5o Revogada ou modificada a lei em
cial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da que se fundou a edição de enunciado de súmu-
União, o enunciado respectivo. la vinculante, o Supremo Tribunal Federal, de
Art. 3o São legitimados a propor a edi- ofício ou por provocação, procederá à sua
ção, a revisão ou o cancelamento de enunci- revisão ou cancelamento, conforme o caso.
ado de súmula vinculante: Art. 6o A proposta de edição, revisão ou
I - o Presidente da República; cancelamento de enunciado de súmula vincu-
II - a Mesa do Senado Federal; lante não autoriza a suspensão dos processos
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; em que se discuta a mesma questão.

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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.417, de 2006
o
Art. 7 Da decisão judicial ou do ato ad- de 1999, passa a vigorar acrescida dos se-
ministrativo que contrariar enunciado de súmu- guintes arts. 64-A e 64-B:
la vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo “Art. 64-A. Se o recorrente alegar
indevidamente caberá reclamação ao Supremo violação de enunciado da súmula vincu-
Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou lante, o órgão competente para decidir o
outros meios admissíveis de impugnação. recurso explicitará as razões da aplicabi-
§ 1o Contra omissão ou ato da administra- lidade ou inaplicabilidade da súmula,
ção pública, o uso da reclamação só será admi- conforme o caso.”
tido após esgotamento das vias administrativas. “Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo
§ 2o Ao julgar procedente a reclamação, Tribunal Federal a reclamação fundada
o Supremo Tribunal Federal anulará o ato em violação de enunciado da súmula
administrativo ou cassará a decisão judicial vinculante, dar-se-á ciência à autoridade
impugnada, determinando que outra seja prolatora e ao órgão competente para o
proferida com ou sem aplicação da súmula, julgamento do recurso, que deverão a-
conforme o caso. dequar as futuras decisões administrati-
Art. 8o O art. 56 da Lei no 9.784, de 29 vas em casos semelhantes, sob pena de
de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescido responsabilização pessoal nas esferas
do seguinte § 3o: cível, administrativa e penal.”
“Art. 56. ........................................... Art. 10. O procedimento de edição, re-
.......................................................... visão ou cancelamento de enunciado de
§ 3o Se o recorrente alegar que a deci- súmula com efeito vinculante obedecerá,
são administrativa contraria enunciado da subsidiariamente, ao disposto no Regimento
súmula vinculante, caberá à autoridade Interno do Supremo Tribunal Federal.
prolatora da decisão impugnada, se não a Art. 11. Esta Lei entra em vigor 3 (três)
reconsiderar, explicitar, antes de encami- meses após a sua publicação.
nhar o recurso à autoridade superior, as ra- Brasília, 19 de dezembro de 2006; 185o
zões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da Independência e 118o da República.
da súmula, conforme o caso.” (NR) LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 9o A Lei no 9.784, de 29 de janeiro Márcio Thomaz Bastoss

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LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.419, de 2006
LEI Nº 11.419, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.
Dispõe sobre a informatização do processo judicial;
altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Có-
digo de Processo Civil; e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 3o Consideram-se realizados os atos
Faço saber que o Congresso Nacional decre- processuais por meio eletrônico no dia e hora
ta e eu sanciono a seguinte Lei: do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do
CAPÍTULO I que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.
DA INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSO Parágrafo único. Quando a petição ele-
JUDICIAL trônica for enviada para atender prazo pro-
Art. 1o O uso de meio eletrônico na cessual, serão consideradas tempestivas as
tramitação de processos judiciais, comuni- transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas
cação de atos e transmissão de peças proces- do seu último dia.
suais será admitido nos termos desta Lei. CAPÍTULO II
§ 1o Aplica-se o disposto nesta Lei, in- DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA DOS
distintamente, aos processos civil, penal e ATOS PROCESSUAIS
trabalhista, bem como aos juizados especi- Art. 4o Os tribunais poderão criar Di-
ais, em qualquer grau de jurisdição. ário da Justiça eletrônico, disponibilizado
§ 2o Para o disposto nesta Lei, considera-se: em sítio da rede mundial de computado-
I - meio eletrônico qualquer forma de res, para publicação de atos judiciais e
armazenamento ou tráfego de documentos e administrativos próprios e dos órgãos a
arquivos digitais; eles subordinados, bem como comunica-
II - transmissão eletrônica toda forma de ções em geral.
comunicação a distância com a utilização de § 1o O sítio e o conteúdo das publica-
redes de comunicação, preferencialmente a ções de que trata este artigo deverão ser
rede mundial de computadores; assinados digitalmente com base em certifi-
III - assinatura eletrônica as seguintes for- cado emitido por Autoridade Certificadora
mas de identificação inequívoca do signatário: credenciada na forma da lei específica.
a) assinatura digital baseada em certificado § 2o A publicação eletrônica na forma
digital emitido por Autoridade Certificadora deste artigo substitui qualquer outro meio e
credenciada, na forma de lei específica; publicação oficial, para quaisquer efeitos
b) mediante cadastro de usuário no Po- legais, à exceção dos casos que, por lei,
der Judiciário, conforme disciplinado pelos exigem intimação ou vista pessoal.
órgãos respectivos. § 3o Considera-se como data da publi-
Art. 2o O envio de petições, de recursos cação o primeiro dia útil seguinte ao da
e a prática de atos processuais em geral por disponibilização da informação no Diário da
meio eletrônico serão admitidos mediante Justiça eletrônico.
uso de assinatura eletrônica, na forma do art. § 4o Os prazos processuais terão início
1o desta Lei, sendo obrigatório o credencia- no primeiro dia útil que seguir ao considera-
mento prévio no Poder Judiciário, conforme do como data da publicação.
disciplinado pelos órgãos respectivos. § 5o A criação do Diário da Justiça ele-
§ 1o O credenciamento no Poder Judici- trônico deverá ser acompanhada de ampla
ário será realizado mediante procedimento divulgação, e o ato administrativo corres-
no qual esteja assegurada a adequada identi- pondente será publicado durante 30 (trinta)
ficação presencial do interessado. dias no diário oficial em uso.
§ 2o Ao credenciado será atribuído re- Art. 5o As intimações serão feitas por
gistro e meio de acesso ao sistema, de modo meio eletrônico em portal próprio aos que se
a preservar o sigilo, a identificação e a cadastrarem na forma do art. 2o desta Lei,
autenticidade de suas comunicações. dispensando-se a publicação no órgão ofici-
§ 3o Os órgãos do Poder Judiciário po- al, inclusive eletrônico.
derão criar um cadastro único para o cre- § 1o Considerar-se-á realizada a intima-
denciamento previsto neste artigo. ção no dia em que o intimando efetivar a
− 97/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.419, de 2006
o
consulta eletrônica ao teor da intimação, Art. 9 No processo eletrônico, todas as
certificando-se nos autos a sua realização. citações, intimações e notificações, inclusive
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo, da Fazenda Pública, serão feitas por meio
nos casos em que a consulta se dê em dia eletrônico, na forma desta Lei.
não útil, a intimação será considerada como § 1o As citações, intimações, notifica-
realizada no primeiro dia útil seguinte. ções e remessas que viabilizem o acesso à
§ 3o A consulta referida nos §§ 1o e 2o íntegra do processo correspondente serão
deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) consideradas vista pessoal do interessado
dias corridos contados da data do envio da para todos os efeitos legais.
intimação, sob pena de considerar-se a § 2o Quando, por motivo técnico, for
intimação automaticamente realizada na inviável o uso do meio eletrônico para a
data do término desse prazo. realização de citação, intimação ou notifica-
§ 4o Em caráter informativo, poderá ser ção, esses atos processuais poderão ser
efetivada remessa de correspondência ele- praticados segundo as regras ordinárias,
trônica, comunicando o envio da intimação digitalizando-se o documento físico, que
e a abertura automática do prazo processual deverá ser posteriormente destruído.
nos termos do § 3o deste artigo, aos que Art. 10. A distribuição da petição inicial e
manifestarem interesse por esse serviço. a juntada da contestação, dos recursos e das
§ 5o Nos casos urgentes em que a intima- petições em geral, todos em formato digital,
ção feita na forma deste artigo possa causar nos autos de processo eletrônico, podem ser
prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos feitas diretamente pelos advogados públicos e
em que for evidenciada qualquer tentativa de privados, sem necessidade da intervenção do
burla ao sistema, o ato processual deverá ser cartório ou secretaria judicial, situação em que
realizado por outro meio que atinja a sua a autuação deverá se dar de forma automática,
finalidade, conforme determinado pelo juiz. fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo.
§ 6o As intimações feitas na forma § 1o Quando o ato processual tiver que
deste artigo, inclusive da Fazenda Públi- ser praticado em determinado prazo, por
ca, serão consideradas pessoais para todos meio de petição eletrônica, serão considera-
os efeitos legais. dos tempestivos os efetivados até as 24
Art. 6o Observadas as formas e as cautelas (vinte e quatro) horas do último dia.
do art. 5o desta Lei, as citações, inclusive da § 2o No caso do § 1o deste artigo, se o
Fazenda Pública, excetuadas as dos Direitos Sistema do Poder Judiciário se tornar indis-
Processuais Criminal e Infracional, poderão ser ponível por motivo técnico, o prazo fica
feitas por meio eletrônico, desde que a íntegra automaticamente prorrogado para o primeiro
dos autos seja acessível ao citando. dia útil seguinte à resolução do problema.
Art. 7o As cartas precatórias, rogatórias, § 3o Os órgãos do Poder Judiciário de-
de ordem e, de um modo geral, todas as verão manter equipamentos de digitalização
comunicações oficiais que transitem entre e de acesso à rede mundial de computadores
órgãos do Poder Judiciário, bem como entre à disposição dos interessados para distribui-
os deste e os dos demais Poderes, serão ção de peças processuais.
feitas preferentemente por meio eletrônico. Art. 11. Os documentos produzidos ele-
CAPÍTULO III tronicamente e juntados aos processos ele-
DO PROCESSO ELETRÔNICO trônicos com garantia da origem e de seu
Art. 8o Os órgãos do Poder Judiciário pode- signatário, na forma estabelecida nesta Lei,
rão desenvolver sistemas eletrônicos de proces- serão considerados originais para todos os
samento de ações judiciais por meio de autos efeitos legais.
total ou parcialmente digitais, utilizando, prefe- § 1o Os extratos digitais e os documen-
rencialmente, a rede mundial de computadores e tos digitalizados e juntados aos autos pelos
acesso por meio de redes internas e externas. órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo
Parágrafo único. Todos os atos pro- Ministério Público e seus auxiliares, pelas
cessuais do processo eletrônico serão procuradorias, pelas autoridades policiais,
assinados eletronicamente na forma esta- pelas repartições públicas em geral e por
belecida nesta Lei. advogados públicos e privados têm a mesma
− 98/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.419, de 2006
o
força probante dos originais, ressalvada a § 2 Os autos de processos eletrônicos que
alegação motivada e fundamentada de adul- tiverem de ser remetidos a outro juízo ou ins-
teração antes ou durante o processo de tância superior que não disponham de sistema
digitalização. compatível deverão ser impressos em papel,
§ 2o A argüição de falsidade do docu- autuados na forma dos arts. 166 a 168 da Lei no
mento original será processada eletronica- 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de
mente na forma da lei processual em vigor. Processo Civil, ainda que de natureza criminal
§ 3o Os originais dos documentos digi- ou trabalhista, ou pertinentes a juizado especial.
talizados, mencionados no § 2o deste artigo, § 3o No caso do § 2o deste artigo, o es-
deverão ser preservados pelo seu detentor crivão ou o chefe de secretaria certificará os
até o trânsito em julgado da sentença ou, autores ou a origem dos documentos produ-
quando admitida, até o final do prazo para zidos nos autos, acrescentando, ressalvada a
interposição de ação rescisória. hipótese de existir segredo de justiça, a
§ 4o (VETADO) 231 forma pela qual o banco de dados poderá ser
§ 5o Os documentos cuja digitalização acessado para aferir a autenticidade das
seja tecnicamente inviável devido ao grande peças e das respectivas assinaturas digitais.
volume ou por motivo de ilegibilidade § 4o Feita a autuação na forma estabele-
deverão ser apresentados ao cartório ou cida no § 2o deste artigo, o processo seguirá
secretaria no prazo de 10 (dez) dias conta- a tramitação legalmente estabelecida para os
dos do envio de petição eletrônica comuni- processos físicos.
cando o fato, os quais serão devolvidos à § 5o A digitalização de autos em mídia
parte após o trânsito em julgado. não digital, em tramitação ou já arquivados,
§ 6o Os documentos digitalizados jun- será precedida de publicação de editais de
tados em processo eletrônico somente esta- intimações ou da intimação pessoal das partes
rão disponíveis para acesso por meio da rede e de seus procuradores, para que, no prazo
externa para suas respectivas partes proces- preclusivo de 30 (trinta) dias, se manifestem
suais e para o Ministério Público, respeitado sobre o desejo de manterem pessoalmente a
o disposto em lei para as situações de sigilo guarda de algum dos documentos originais.
e de segredo de justiça. Art. 13. O magistrado poderá determi-
Art. 12. A conservação dos autos do nar que sejam realizados por meio eletrônico
processo poderá ser efetuada total ou parci- a exibição e o envio de dados e de documen-
almente por meio eletrônico. tos necessários à instrução do processo.
§ 1o Os autos dos processos eletrônicos § 1o Consideram-se cadastros públicos,
deverão ser protegidos por meio de sistemas para os efeitos deste artigo, dentre outros
de segurança de acesso e armazenados em existentes ou que venham a ser criados,
meio que garanta a preservação e integrida- ainda que mantidos por concessionárias de
de dos dados, sendo dispensada a formação serviço público ou empresas privadas, os
de autos suplementares. que contenham informações indispensáveis
ao exercício da função judicante.
231
§ 2o O acesso de que trata este artigo
MENSAGEM Nº 1.147, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.
Ouvido, o Ministério da Justiça manifestou-se pelo veto
dar-se-á por qualquer meio tecnológico
aos seguintes dispositivos: disponível, preferentemente o de menor
§ 4o do art. 11 custo, considerada sua eficiência.
“Art. 11. ............................................................................... § 3o (VETADO)232
.............................................................................................
§ 4o O disposto no § 3o deste artigo não se aplica aos
processos criminais e infracionais.
............................................................................................. 232MENSAGEM Nº 1.147, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.
Razões do veto Ouvido, o Ministério da Justiça manifestou-se pelo veto
“Houve equívoco na redação do dispositivo, pois não parece aos seguintes dispositivos:
razoável que documentos extraídos de processos penais .............................................................................................
possam ser destruídos tão logo digitalizados. O correto seria, § 3o do art. 13
muito pelo contrário, estabelecer que documentos de proces- “Art. 13. ..............................................................................
sos penais sejam preservados por prazo indeterminado.” .............................................................................................
− 99/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.419, de 2006
CAPÍTULO IV Art. 18. Os órgãos do Poder Judiciário
DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS regulamentarão esta Lei, no que couber, no
Art. 14. Os sistemas a serem desenvol- âmbito de suas respectivas competências.
vidos pelos órgãos do Poder Judiciário Art. 19. Ficam convalidados os atos
deverão usar, preferencialmente, programas processuais praticados por meio eletrônico
com código aberto, acessíveis ininterrupta- até a data de publicação desta Lei, desde que
mente por meio da rede mundial de compu- tenham atingido sua finalidade e não tenha
tadores, priorizando-se a sua padronização. havido prejuízo para as partes.
Parágrafo único. Os sistemas devem Art. 20. A Lei no 5.869, de 11 de janei-
buscar identificar os casos de ocorrência de ro de 1973 - Código de Processo Civil,
prevenção, litispendência e coisa julgada. passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 15. Salvo impossibilidade que com- "Art. 38. ..................................................
prometa o acesso à justiça, a parte deverá Parágrafo único. A procuração pode ser
informar, ao distribuir a petição inicial de assinada digitalmente com base em certifi-
qualquer ação judicial, o número no cadastro cado emitido por Autoridade Certificadora
de pessoas físicas ou jurídicas, conforme o credenciada, na forma da lei específica."
caso, perante a Secretaria da Receita Federal. (NR)
Parágrafo único. Da mesma forma, as "Art. 154. ................................................
peças de acusação criminais deverão ser Parágrafo único. (VETADO)234
instruídas pelos membros do Ministério
Público ou pelas autoridades policiais com
os números de registros dos acusados no
judiciais, deverão cadastrar-se, na forma prevista no art. 2o desta
Instituto Nacional de Identificação do Mi- Lei, em até 180 (cento e oitenta) dias após sua publicação, para
nistério da Justiça, se houver. acesso ao serviço de recebimento e envio de comunicações de
Art. 16. Os livros cartorários e demais atos judiciais e administrativos por meio eletrônico.
repositórios dos órgãos do Poder Judiciário Parágrafo único. As regras desta Lei não se aplicam aos
poderão ser gerados e armazenados em meio Municípios e seus respectivos entes, bem como aos órgãos e
totalmente eletrônico. entidades federais e estaduais situados no interior dos
Art. 17. (VETADO)233 Estados, enquanto não possuírem condições técnicas e
estrutura necessária para o acesso ao serviço de recebimento e
envio de comunicações de atos judiciais e administrativos por
§ 3o Os entes e órgãos que mantêm os registros de que meio eletrônico, situação em que deverão promover gestões
trata este artigo, no prazo de 90 (noventa) dias, contado a para adequação da estrutura no menor prazo possível.”
partir do recebimento da solicitação, disponibilizarão os meios Razões do veto
necessários para o cumprimento desta disposição.” “O dispositivo ao estipular o prazo de cento e oitenta dias para
Razões do veto o cadastro dos órgãos e entes da administração pública direta
“Menciona-se o prazo de noventa dias, contado a partir do e indireta invade a competência do Poder Executivo, o que
recebimento da solicitação, para que os órgãos disponibilizem contraria o princípio da independência e harmonia dos Pode-
os meios necessários para o cumprimento da disposição. No res, nos termos do art. 2o da Carta Maior, assim como a
entanto, os órgãos que mantêm os dados em questão poderão competência privativa do Presidente da República para exercer
não dispor de estrutura suficiente para se adequarem à regra a direção superior da administração e para dispor sobre a sua
estabelecida, o que esvaziaria a aplicabilidade da norma, ao organização (art. 84, incisos II e VI, alínea ‘a’).
tempo em que poderá lançá-los na ilegalidade, embora o Da mesma forma, ao criar obrigação para os órgãos e
Projeto não preveja nenhuma sanção efetiva nesse caso. entes da administração pública direta e indireta das três
Ademais, não cabe a projeto de lei federal de iniciativa esferas da Federação fere o pacto federativo, previsto no art.
parlamentar pretender estabelecer regras de organização da 18 da Constituição, que assegura a autonomia dos Estados, do
administração pública federal, ou, muito menos, pretender Distrito Federal e dos Municípios.
organizar a administração de outros entes da federação, sob Ademais, pode ocorrer que órgãos e entidades de porte
pena de violação dos arts. 18 e 84, VI, ‘a’, da Constituição.” muito reduzido, ainda que situados em capitais, não consigam
233 MENSAGEM Nº 1.147, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006. reunir as condições necessárias ‘para acesso ao serviço de
Ouvido, o Ministério da Justiça manifestou-se pelo veto recebimento e envio de comunicações de atos judiciais e
aos seguintes dispositivos: administrativos por meio eletrônico’.”
............................................................................................. 234 MENSAGEM Nº 1.147, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.

Art. 17 Ouvido, o Ministério da Justiça manifestou-se pelo veto


“Art. 17. Os órgãos e entes da administração pública aos seguintes dispositivos:
direta e indireta, bem como suas respectivas representações .............................................................................................
− 100/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.419, de 2006
o o
§ 2 Todos os atos e termos do processo § 3 A carta de ordem, carta precatória ou
podem ser produzidos, transmitidos, arma- carta rogatória pode ser expedida por meio
zenados e assinados por meio eletrônico, na eletrônico, situação em que a assinatura do juiz
forma da lei." (NR) deverá ser eletrônica, na forma da lei." (NR)
"Art. 164................................................. "Art. 221.................................................
Parágrafo único. A assinatura dos juí- ................................................................
zes, em todos os graus de jurisdição, pode IV - por meio eletrônico, conforme re-
ser feita eletronicamente, na forma da lei." gulado em lei própria." (NR)
(NR) "Art. 237.................................................
"Art. 169................................................. Parágrafo único. As intimações podem
§ 1o É vedado usar abreviaturas. ser feitas de forma eletrônica, conforme
§ 2o Quando se tratar de processo total regulado em lei própria." (NR)
ou parcialmente eletrônico, os atos proces- "Art. 365.................................................
suais praticados na presença do juiz poderão ................................................................
ser produzidos e armazenados de modo V - os extratos digitais de bancos de da-
integralmente digital em arquivo eletrônico dos, públicos e privados, desde que atestado
inviolável, na forma da lei, mediante regis- pelo seu emitente, sob as penas da lei, que
tro em termo que será assinado digitalmente as informações conferem com o que consta
pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secreta- na origem;
ria, bem como pelos advogados das partes. VI - as reproduções digitalizadas de
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, even- qualquer documento, público ou particular,
tuais contradições na transcrição deverão ser quando juntados aos autos pelos órgãos da
suscitadas oralmente no momento da reali- Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério
zação do ato, sob pena de preclusão, deven- Público e seus auxiliares, pelas procuradori-
do o juiz decidir de plano, registrando-se a as, pelas repartições públicas em geral e por
alegação e a decisão no termo." (NR) advogados públicos ou privados, ressalvada
"Art. 202................................................. a alegação motivada e fundamentada de
............................................................... adulteração antes ou durante o processo de
digitalização.
§ 1o Os originais dos documentos digi-
Parágrafo único do art. 154 da Lei no 5.869, de 1973 – Có-
talizados, mencionados no inciso VI do
digo de Processo Civil, alterado pelo art. 20 do projeto de lei
"Art. 154...............................................................................
caput deste artigo, deverão ser preservados
Parágrafo único. (Vetado). (VETADO) pelo seu detentor até o final do prazo para
.................................................................................... (NR) interposição de ação rescisória.
Razões do veto § 2o Tratando-se de cópia digital de tí-
“No Projeto de Lei que deu origem à Lei no 10.358, de 27 de tulo executivo extrajudicial ou outro docu-
dezembro de 2001, incluía-se parágrafo único no art. 154 do Código mento relevante à instrução do processo, o
de Processo Civil. Esse dispositivo, contudo, restou vetado. juiz poderá determinar o seu depósito em
Durante o trâmite parlamentar do presente Projeto de Lei, foi cartório ou secretaria." (NR)
apresentada pelo Poder Executivo, aprovada, sancionada e entrou
"Art. 399.................................................
em vigor a Lei no 11.280, de 16 de fevereiro de 2006, a qual incluiu o
seguinte parágrafo único no art. 154 do Código de Processo Civil:
§ 1o Recebidos os autos, o juiz mandará
‘Parágrafo único. Os tribunais, no âmbito da respectiva juris- extrair, no prazo máximo e improrrogável
dição, poderão disciplinar a prática e a comunicação oficial dos atos de 30 (trinta) dias, certidões ou reproduções
processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos de fotográficas das peças indicadas pelas partes
autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da ou de ofício; findo o prazo, devolverá os
Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil.’ autos à repartição de origem.
Logo, o parágrafo único do art. 154 do Código de Pro- § 2o As repartições públicas poderão
cesso Civil não está ‘vetado’, como consta do Projeto de Lei, fornecer todos os documentos em meio
mas em vigor e produzindo efeitos.
eletrônico conforme disposto em lei,
A norma já em vigor é de suma importância por deixar ex-
pressa a obrigatoriedade de uso da ICP-Brasil na prática de atos
certificando, pelo mesmo meio, que se
processuais. Não havendo o veto, poderão surgir controvérsias trata de extrato fiel do que consta em seu
sobre a revogação ou não do parágrafo único do art. 154, incluído banco de dados ou do documento digitali-
pela Lei no 11.280, de 2006, causando grave insegurança jurídica.” zado." (NR)
− 101/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei n° 11.419, de 2006
"Art. 417. ................................................ "Art. 556. ................................................
§ 1o O depoimento será passado para Parágrafo único. Os votos, acórdãos e
a versão datilográfica quando houver demais atos processuais podem ser registrados
recurso da sentença ou noutros casos, em arquivo eletrônico inviolável e assinados
quando o juiz o determinar, de ofício ou a eletronicamente, na forma da lei, devendo ser
requerimento da parte. impressos para juntada aos autos do processo
§ 2o Tratando-se de processo eletrônico, quando este não for eletrônico." (NR)
observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o do Art. 21. (VETADO)235
art. 169 desta Lei." (NR) Art. 22. Esta Lei entra em vigor 90 (no-
"Art. 457. ................................................ venta) dias depois de sua publicação.
................................................................ Brasília, 19 de dezembro de 2006; 185o
§ 4o Tratando-se de processo eletrônico, da Independência e 118o da República.
observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o do LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
art. 169 desta Lei." (NR) Márcio Thomaz Bastos

235MENSAGEM Nº 1.147, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.


Ouvido, o Ministério da Justiça manifestou-se pelo veto
aos seguintes dispositivos:
.............................................................................................
Art. 21
“Art. 21. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios editarão normas para o cumprimento do disposto nesta Lei,
com o objetivo de possibilitar o acesso ao serviço de recebimento e
envio de comunicações de atos judiciais por meio eletrônico.”
Razões do veto
“Não cabe à lei ordinária federal determinar a Estados e
Municípios que editem normas a respeito de alguma matéria.
O dispositivo viola o pacto federativo (art. 18 da Constituição).
Além disso, o dispositivo poderá causar a equivocada
impressão de que a lei dependeria de regulamentação para ser
aplicada, o que não é correto.”
− 102/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
LEI Nº 11.457, DE 16 DE MARÇO DE 2007.
Dispõe sobre a Administração Tributária Federal; al-
tera as Leis nos 10.593, de 6 de dezembro de 2002,
10.683, de 28 de maio de 2003, 8.212, de 24 de julho
de 1991, 10.910, de 15 de julho de 2004, o Decreto-
Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto no
70.235, de 6 de março de 1972; revoga dispositivos
das Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.593, de
6 de dezembro de 2002, 10.910, de 15 de julho de
2004, 11.098, de 13 de janeiro de 2005, e 9.317, de 5
de dezembro de 1996; e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Nacional de Previdência Social dos resulta-
Faço saber que o Congresso Nacional decre- dos da arrecadação das contribuições sociais
ta e eu sanciono a seguinte Lei: 236 destinadas ao financiamento do Regime
CAPÍTULO I Geral de Previdência Social e das compen-
DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL sações a elas referentes.
DO BRASIL § 3o As obrigações previstas na Lei no
Art. 1o A Secretaria da Receita Federal pas- 8.212, de 24 de julho de 1991, relativas às
sa a denominar-se Secretaria da Receita Federal contribuições sociais de que trata o caput
do Brasil, órgão da administração direta subor- deste artigo serão cumpridas perante a Se-
dinado ao Ministro de Estado da Fazenda. cretaria da Receita Federal do Brasil.
Art. 2o Além das competências atribuí- § 4o Fica extinta a Secretaria da Receita Pre-
das pela legislação vigente à Secretaria da videnciária do Ministério da Previdência Social.
Receita Federal, cabe à Secretaria da Recei- Art. 3o As atribuições de que trata o art. 2o
ta Federal do Brasil planejar, executar, desta Lei se estendem às contribuições devidas
acompanhar e avaliar as atividades relativas a terceiros, assim entendidas outras entidades e
a tributação, fiscalização, arrecadação, fundos, na forma da legislação em vigor,
cobrança e recolhimento das contribuições aplicando-se em relação a essas contribuições,
sociais previstas nas alíneas a, b e c do no que couber, as disposições desta Lei.
parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, § 1o A retribuição pelos serviços referi-
de 24 de julho de 1991, e das contribuições dos no caput deste artigo será de 3,5% (três
instituídas a título de substituição. inteiros e cinco décimos por cento) do mon-
§ 1o O produto da arrecadação das con- tante arrecadado, salvo percentual diverso
tribuições especificadas no caput deste estabelecido em lei específica.
artigo e acréscimos legais incidentes serão § 2o O disposto no caput deste artigo
destinados, em caráter exclusivo, ao paga- abrangerá exclusivamente contribuições
mento de benefícios do Regime Geral de cuja base de cálculo seja a mesma das que
Previdência Social e creditados diretamente incidem sobre a remuneração paga, devida
ao Fundo do Regime Geral de Previdência ou creditada a segurados do Regime Geral
Social, de que trata o art. 68 da Lei Com- de Previdência Social ou instituídas sobre
plementar no 101, de 4 de maio de 2000. outras bases a título de substituição.
§ 2o Nos termos do art. 58 da Lei Com- § 3o As contribuições de que trata o ca-
plementar no 101, de 4 de maio de 2000, a put deste artigo sujeitam-se aos mesmos
Secretaria da Receita Federal do Brasil prazos, condições, sanções e privilégios
prestará contas anualmente ao Conselho daquelas referidas no art. 2o desta Lei, inclu-
sive no que diz respeito à cobrança judicial.
§ 4o A remuneração de que trata o § 1o
236Ver regras de vigência desta Lei: deste artigo será creditada ao Fundo Especi-
“Art. 51. Esta Lei entra em vigor: al de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento
I - na data de sua publicação, para o disposto nos arts.
das Atividades de Fiscalização - FUNDAF,
40, 41, 47, 48, 49 e 50 desta Lei;
II - no primeiro dia útil do segundo mês subseqüente à data de
instituído pelo Decreto-Lei no 1.437, de 17
sua publicação, em relação aos demais dispositivos desta Lei. de dezembro de 1975.
− 103/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
o
§ 5 Durante a vigência da isenção pelo a- Parágrafo único. O Secretário da Recei-
tendimento cumulativo aos requisitos constan- ta Federal do Brasil será escolhido entre
tes dos incisos I a V do caput do art. 55 da Lei brasileiros de reputação ilibada e ampla
no 8.212, de 24 de julho de 1991, deferida pelo experiência na área tributária, sendo nomea-
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, do pelo Presidente da República.
pela Secretaria da Receita Previdenciária ou Art. 7o-A. As atribuições e competências
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, anteriormente conferidas ao Secretário da
não são devidas pela entidade beneficente de Receita Federal ou ao Secretário da Receita
assistência social as contribuições sociais Previdenciária, relativas ao exercício dos
previstas em lei a outras entidades ou fundos. respectivos cargos, transferem-se para o
§ 6o Equiparam-se a contribuições de ter- Secretário da Receita Federal do Brasil.
ceiros, para fins desta Lei, as destinadas ao (NR) (Incluído pela Lei nº 11.490, de 20.6.2007)
Fundo Aeroviário - FA, à Diretoria de Portos e Art. 8o Ficam redistribuídos, na forma
Costas do Comando da Marinha - DPC e ao do § 1o do art. 37 da Lei no 8.112, de 11 de
Instituto Nacional de Colonização e Reforma dezembro de 1990, dos Quadros de Pessoal
Agrária - INCRA e a do salário-educação. do Ministério da Previdência Social e do
Art. 4o São transferidos para a Secreta- INSS para a Secretaria da Receita Federal
ria da Receita Federal do Brasil os processos do Brasil os cargos ocupados e vagos da
administrativo-fiscais, inclusive os relativos Carreira Auditoria-Fiscal da Previdência
aos créditos já constituídos ou em fase de Social, de que trata o art. 7o da Lei no
constituição, e as guias e declarações apre- 10.593, de 6 de dezembro de 2002.
sentadas ao Ministério da Previdência Social Art. 9o A Lei no 10.593, de 6 de dezembro
ou ao Instituto Nacional do Seguro Social - de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
INSS, referentes às contribuições de que “Art. 3o O ingresso nos cargos das
tratam os arts. 2o e 3o desta Lei. Carreiras disciplinadas nesta Lei far-se-á
Art. 5o Além das demais competências no primeiro padrão da classe inicial da
estabelecidas na legislação que lhe é aplicá- respectiva tabela de vencimentos, medi-
vel, cabe ao INSS: ante concurso público de provas ou de
I - emitir certidão relativa a tempo de provas e títulos, exigindo-se curso supe-
contribuição; rior em nível de graduação concluído ou
II - gerir o Fundo do Regime Geral de habilitação legal equivalente.
Previdência Social; ..........................................................
III - calcular o montante das contribui- § 3º Sem prejuízo dos requisitos es-
ções referidas no art. 2o desta Lei e emitir o tabelecidos neste artigo, o ingresso nos
correspondente documento de arrecadação, cargos de que trata o caput deste artigo
com vistas no atendimento conclusivo para depende da inexistência de:
concessão ou revisão de benefício requerido. I - registro de antecedentes criminais
Art. 6o Ato conjunto da Secretaria da Re- decorrentes de decisão condenatória
ceita Federal do Brasil e do INSS definirá a transitada em julgado de crime cuja des-
forma de transferência recíproca de informa- crição envolva a prática de ato de im-
ções relacionadas com as contribuições sociais probidade administrativa ou incompatí-
a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei. vel com a idoneidade exigida para o e-
Parágrafo único. Com relação às infor- xercício do cargo;
mações de que trata o caput deste artigo, a II - punição em processo disciplinar
Secretaria da Receita Federal do Brasil e o por ato de improbidade administrativa
INSS são responsáveis pela preservação do mediante decisão de que não caiba re-
sigilo fiscal previsto no art. 198 da Lei no curso hierárquico.” (NR)
5.172, de 25 de outubro de 1966. “Art. 4o .............................................
Art. 7o Fica criado o cargo de Natureza ..........................................................
Especial de Secretário da Receita Federal do § 3º O servidor em estágio probatório
Brasil, com a remuneração prevista no será objeto de avaliação específica, sem
parágrafo único do art. 39 da Lei no 10.683, prejuízo da progressão funcional durante o
de 28 de maio de 2003. período, observados o interstício mínimo
− 104/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
o
de 12 (doze) e máximo de 18 (dezoito) me- § 2 Incumbe ao Analista-Tributário
ses em cada padrão e o resultado de avalia- da Receita Federal do Brasil, resguarda-
ção de desempenho efetuada para esta fina- das as atribuições privativas referidas no
lidade, na forma do regulamento.” (NR) inciso I do caput e no § 1o deste artigo:
“Carreira de Auditoria da Receita I - exercer atividades de natureza téc-
Federal do Brasil nica, acessórias ou preparatórias ao exercí-
Art. 5º Fica criada a Carreira de Audi- cio das atribuições privativas dos Audito-
toria da Receita Federal do Brasil, com- res-Fiscais da Receita Federal do Brasil;
posta pelos cargos de nível superior de II - atuar no exame de matérias e proces-
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Bra- sos administrativos, ressalvado o disposto na
sil e de Analista-Tributário da Receita Fe- alínea b do inciso I do caput deste artigo;
deral do Brasil. III - exercer, em caráter geral e con-
Parágrafo único. (Revogado).” (NR) corrente, as demais atividades inerentes
“Art. 6º São atribuições dos ocu- às competências da Secretaria da Recei-
pantes do cargo de Auditor-Fiscal da ta Federal do Brasil.
Receita Federal do Brasil: § 3o Observado o disposto neste arti-
I - no exercício da competência da go, o Poder Executivo regulamentará as a-
Secretaria da Receita Federal do Brasil e tribuições dos cargos de Auditor-Fiscal da
em caráter privativo: Receita Federal do Brasil e Analista-
a) constituir, mediante lançamento, Tributário da Receita Federal do Brasil.
o crédito tributário e de contribuições; § 4o (VETADO)
b) elaborar e proferir decisões ou de- “Art. 20-A. O Poder Executivo regu-
las participar em processo administrati- lamentará a forma de transferência de in-
vo-fiscal, bem como em processos de formações entre a Secretaria da Receita
consulta, restituição ou compensação de Federal do Brasil e a Secretaria de Inspe-
tributos e contribuições e de reconheci- ção do Trabalho para o desenvolvimento
mento de benefícios fiscais; coordenado das atribuições a que se refe-
c) executar procedimentos de fiscali- rem os arts. 6o e 11 desta Lei.”
zação, praticando os atos definidos na le- Art. 10. Ficam transformados:
gislação específica, inclusive os relaciona- I - em cargos de Auditor-Fiscal da Receita
dos com o controle aduaneiro, apreensão Federal do Brasil, de que trata o art. 5o da Lei
de mercadorias, livros, documentos, mate- no 10.593, de 6 de dezembro de 2002, com a
riais, equipamentos e assemelhados; redação conferida pelo art. 9o desta Lei, os
d) examinar a contabilidade de soci- cargos efetivos, ocupados e vagos de Auditor-
edades empresariais, empresários, ór- Fiscal da Receita Federal da Carreira Auditoria
gãos, entidades, fundos e demais contri- da Receita Federal prevista na redação original
buintes, não se lhes aplicando as restri- do art. 5º da Lei nº 10.593, de 6 de dezembro
ções previstas nos arts. 1.190 a 1.192 do de 2002, e de Auditor-Fiscal da Previdência
Código Civil e observado o disposto no Social da Carreira Auditoria-Fiscal da Previ-
art. 1.193 do mesmo diploma legal; dência Social, de que trata o art. 7o da Lei no
e) proceder à orientação do sujeito 10.593, de 6 de dezembro de 2002;
passivo no tocante à interpretação da le- II - em cargos de Analista-Tributário da
gislação tributária; Receita Federal do Brasil, de que trata o art.
f) supervisionar as demais atividades 5o da Lei no 10.593, de 6 de dezembro de
de orientação ao contribuinte; 2002, com a redação conferida pelo art. 9o
II - em caráter geral, exercer as demais desta Lei, os cargos efetivos, ocupados e
atividades inerentes à competência da Se- vagos, de Técnico da Receita Federal da
cretaria da Receita Federal do Brasil. Carreira Auditoria da Receita Federal pre-
§ 1o O Poder Executivo poderá co- vista na redação original do art. 5o da Lei no
meter o exercício de atividades abrangi- 10.593, de 6 de dezembro de 2002.
das pelo inciso II do caput deste artigo § 1o Aos servidores titulares dos cargos
em caráter privativo ao Auditor-Fiscal transformados nos termos deste artigo fica
da Receita Federal do Brasil. assegurado o posicionamento na classe e padrão
− 105/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
de vencimento em que estiverem enquadrados, Federal do Brasil no Ministério da Previdência
sem prejuízo da remuneração e das demais Social, garantidos os direitos e vantagens
vantagens a que façam jus na data de início da inerentes ao cargo, inclusive lotação de ori-
vigência desta Lei, observando-se, para todos os gem, remuneração e gratificações a que se
fins, o tempo no cargo anterior, inclusive o refere a Lei no 10.910, de 15 de julho de 2004,
prestado a partir da publicação desta Lei. ainda que na condição de ocupante de cargo
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se em comissão ou função de confiança.
aos servidores aposentados, bem como aos § 3o Os Auditores-Fiscais da Receita
pensionistas. Federal do Brasil a que se refere o § 2o deste
§ 3o A nomeação dos aprovados em con- artigo executarão procedimentos de fiscali-
cursos públicos para os cargos transformados zação das atividades e operações das entida-
na forma do caput deste artigo cujo edital des fechadas de previdência complementar,
tenha sido publicado antes do início da vigên- assim como das entidades e fundos dos
cia desta Lei far-se-á nos cargos vagos alcan- regimes próprios de previdência social.
çados pela respectiva transformação. § 4o No exercício da competência pre-
§ 4o Ficam transportados para a folha de vista no § 3o deste artigo, os Auditores-
pessoal inativo do Ministério da Fazenda os Fiscais da Receita Federal do Brasil pode-
proventos e as pensões decorrentes do exercício rão, relativamente ao objeto da fiscalização:
dos cargos de Auditor-Fiscal da Previdência I - praticar os atos definidos na legislação
Social transformados nos termos deste artigo. específica, inclusive os relacionados com a
§ 5o Os atuais ocupantes dos cargos a que apreensão e guarda de livros, documentos,
se refere o § 4o deste artigo e os servidores materiais, equipamentos e assemelhados;
inativos que se aposentaram em seu exercício, II - examinar registros contábeis, não se
bem como os respectivos pensionistas, poderão lhes aplicando as restrições previstas nos arts.
optar por permanecer filiados ao plano de 1.190 a 1.192 do Código Civil e observado o
saúde a que se vinculavam na origem, hipótese disposto no art. 1.193 do mesmo diploma legal.
em que a contribuição será custeada pelo Art. 12. Sem prejuízo do disposto no art.
servidor e pelo Ministério da Fazenda. 49 desta Lei, são redistribuídos, na forma do
§ 6o Ficam extintas a Carreira Auditoria disposto no art. 37 da Lei no 8.112, de 11 de
da Receita Federal, mencionada na redação dezembro de 1990, para a Secretaria da Recei-
original do art. 5o da Lei no 10.593, de 6 de ta Federal do Brasil, os cargos dos servidores
dezembro de 2002, e a Carreira Auditoria- que, na data da publicação desta Lei, se encon-
Fiscal da Previdência Social, de que trata o travam em efetivo exercício na Secretaria de
art. 7o daquela Lei. Receita Previdenciária ou nas unidades técni-
Art. 11. Os Auditores-Fiscais da Recei- cas e administrativas a ela vinculadas e sejam
ta Federal do Brasil cedidos a outros órgãos titulares de cargos integrantes:
que não satisfaçam as condições previstas I - do Plano de Classificação de Cargos,
nos incisos I e II do § 8o do art. 4o da Lei no instituído pela Lei no 5.645, de 10 de de-
10.910, de 15 de julho de 2004, deverão zembro de 1970, ou do Plano Geral de
entrar em exercício na Secretaria da Receita Cargos do Poder Executivo de que trata a
Federal do Brasil no prazo de 180 (cento e Lei no 11.357, de 19 de outubro de 2006;
oitenta) dias da vigência desta Lei.237 II - das Carreiras:
§ 1o Excluem-se do disposto no caput a) Previdenciária, instituída pela Lei no
deste artigo cessões para o exercício dos cargos 10.355, de 26 de dezembro de 2001;
de Secretário de Estado, do Distrito Federal, de b) da Seguridade Social e do Trabalho,
prefeitura de capital ou de dirigente máximo de instituída pela Lei no 10.483, de 3 de julho
autarquia no mesmo âmbito. de 2002;
§ 2o Fica o Poder Executivo autorizado a c) do Seguro Social, instituída pela Lei
fixar o exercício de no máximo 385 (trezentos no 10.855, de 1o de abril de 2004;
e oitenta e cinco) Auditores-Fiscais da Receita d) da Previdência, da Saúde e do Traba-
lho, instituída pela Lei no 11.355, de 19 de
outubro de 2006.
237
Regulamentado pelo Decreto nº 6.131, de 21.6.2007. § 1o (VETADO)
− 106/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
o
§ 2 (VETADO) lho de Recursos do Sistema Financeiro
§ 3o (VETADO) Nacional, o Conselho Nacional de Seguros
§ 4o Os servidores referidos neste artigo Privados, o Conselho de Recursos do Sis-
poderão, no prazo de 180 (cento e oitenta) tema Nacional de Seguros Privados, de
dias contado da data referida no inciso II do Previdência Privada Aberta e de Capitali-
caput do art. 51 desta Lei, optar por sua zação, o Conselho de Controle de Ativida-
permanência no órgão de origem.238 (Incluído des Financeiras, a Câmara Superior de Re-
pela Medida Provisória nº 359, de 16.3.2007, conver- cursos Fiscais, os 1o, 2o e 3o Conselhos de
tida na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) Contribuintes, o Conselho Diretor do Fun-
§ 5o Os servidores a que se refere este do de Garantia à Exportação - CFGE, o
artigo perceberão seus respectivos venci- Comitê Brasileiro de Nomenclatura, o
mentos e vantagens como se em exercício Comitê de Avaliação de Créditos ao Exte-
estivessem no órgão de origem, até a vigên- rior, a Secretaria da Receita Federal do
cia da Lei que disporá sobre suas carreiras, Brasil, a Procuradoria-Geral da Fazenda
cargos, remuneração, lotação e exercício. Nacional, a Escola de Administração Fa-
(Incluído pela Medida Provisória nº 359, de 16.3.2007, zendária e até 5 (cinco) Secretarias;
convertida na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) .........................................................
§ 6o (VETADO) (V. Lei nº 11.501, de 11.7.2007) XVIII - do Ministério da Previdên-
§ 7o (VETADO) (V. Lei nº 11.501, de 11.7.2007) cia Social o Conselho Nacional de Pre-
§ 8o (VETADO) (NR) (V. Lei nº 11.501, de vidência Social, o Conselho de Recursos
11.7.2007) da Previdência Social, o Conselho de
Art. 13. Ficam transferidos os cargos em Gestão da Previdência Complementar e
comissão e funções gratificadas da estrutura da até 2 (duas) Secretarias;
extinta Secretaria da Receita Previdenciária do ............................................. ” (NR)
Ministério da Previdência Social para a Secre- CAPÍTULO II
taria da Receita Federal do Brasil. DA PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA
Art. 14. Fica o Poder Executivo autori- NACIONAL
zado a proceder à transformação, sem au- Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do
o
mento de despesa, dos cargos em comissão e 2 (segundo) mês subseqüente ao da publi-
funções gratificadas existentes na Secretaria cação desta Lei, o débito original e seus
da Receita Federal do Brasil. acréscimos legais, além de outras multas
Parágrafo único. Sem prejuízo das situa- previstas em lei, relativos às contribuições
ções existentes na data de publicação desta Lei, de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei,
os cargos em comissão a que se refere o caput constituem dívida ativa da União.
deste artigo são privativos de servidores: § 1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o
I - ocupantes de cargos efetivos da Secreta- (décimo terceiro) mês subseqüente ao da
ria da Receita Federal do Brasil ou que tenham publicação desta Lei, o disposto no caput deste
obtido aposentadoria nessa condição; artigo se estende à dívida ativa do Instituto
II - alcançados pelo disposto no art. 12 Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo
desta Lei. Nacional de Desenvolvimento da Educação -
Art. 15. Os incisos XII e XVIII do ca- FNDE decorrente das contribuições a que se
put do art. 29 da Lei no 10.683, de 28 de referem os arts. 2o e 3o desta Lei.
maio de 2003, passam a vigorar com a § 2o Aplica-se à arrecadação da dívida
seguinte redação: ativa decorrente das contribuições de que
“Art. 29. ........................................... trata o art. 2o desta Lei o disposto no § 1o
......................................................... daquele artigo.
XII - do Ministério da Fazenda o Con- § 3o Compete à Procuradoria-Geral Fede-
selho Monetário Nacional, o Conselho ral representar judicial e extrajudicialmente:
Nacional de Política Fazendária, o Conse- I - o INSS e o FNDE, em processos que
tenham por objeto a cobrança de contribui-
ções previdenciárias, inclusive nos que
238
Este parágrafo foi regulamentado pelo Decreto nº pretendam a contestação do crédito tributá-
6.248, de 25 de outubro de 2007. rio, até a data prevista no § 1o deste artigo;
− 107/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
II - a União, nos processos da Justiça do Parágrafo único. Os cargos referidos no
Trabalho relacionados com a cobrança de caput deste artigo serão providos na medida
contribuições previdenciárias, de imposto de das necessidades do serviço e das disponibili-
renda retido na fonte e de multas impostas aos dades de recursos orçamentários, nos termos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das do § 1o do art. 169 da Constituição Federal.
relações do trabalho, mediante delegação da Art. 18-A. Compete ao Advogado-
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Geral da União e ao Ministro de Estado da
§ 4o A delegação referida no inciso II do § Fazenda, mediante ato conjunto, distribuir
o
3 deste artigo será comunicada aos órgãos os cargos de Procurador da Fazenda Nacio-
judiciários e não alcançará a competência nal pelas 3 (três) categorias da Carreira.
prevista no inciso II do art. 12 da Lei Comple- (Incluído pela Medida Provisória nº 369, de 7.5.2007,
mentar no 73, de 10 de fevereiro de 1993. convertida na Lei nº 11.518, de 5.9.2007)
§ 5o Recebida a comunicação aludida no § Art. 19. Ficam criadas, na Procuradoria-
4o deste artigo, serão destinadas à Procurado- Geral da Fazenda Nacional, 120 (cento e vinte)
ria-Geral Federal as citações, intimações e Procuradorias Seccionais da Fazenda Nacio-
notificações efetuadas em processos abrangi- nal, a serem instaladas por ato do Ministro de
dos pelo objeto da delegação. Estado da Fazenda em cidades-sede de Varas
§ 6o Antes de efetivar a transferência da Justiça Federal ou do Trabalho.
de atribuições decorrente do disposto no § Parágrafo único. Para estruturação das
1o deste artigo, a Procuradoria-Geral Fede- Procuradorias Seccionais a que se refere o
ral concluirá os atos que se encontrarem caput deste artigo, ficam criados 60 (sessenta)
pendentes. cargos em comissão do Grupo-Direção e
§ 7o A inscrição na dívida ativa da Uni- Assessoramento Superiores DAS-2 e 60 (ses-
ão das contribuições de que trata o art. 3o senta) DAS-1, a serem providos na medida das
desta Lei, na forma do caput e do § 1o deste necessidades do serviço e das disponibilidades
artigo, não altera a destinação final do pro- de recursos orçamentários, nos termos do § 1º
duto da respectiva arrecadação. do art. 169 da Constituição Federal.
Art. 17. O art. 39 da Lei no 8.212, de 24 Art. 20. (VETADO)
de julho de 1991, passa a vigorar com a Art. 21. Sem prejuízo do disposto no art.
seguinte redação: 49 desta Lei e da percepção da remuneração do
“Art. 39. O débito original e seus a- respectivo cargo, será fixado o exercício na
créscimos legais, bem como outras multas Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a
previstas em lei, constituem dívida ativa da partir da data fixada no § 1o do art. 16 desta
União, promovendo-se a inscrição em li- Lei, dos servidores que se encontrarem em
vro próprio daquela resultante das contri- efetivo exercício nas unidades vinculadas ao
buições de que tratam as alíneas a, b e c do contencioso fiscal e à cobrança da dívida ativa
parágrafo único do art. 11 desta Lei. na Coordenação Geral de Matéria Tributária da
.......................................................... Procuradoria-Geral Federal, na Procuradoria
§ 2o É facultado aos órgãos competen- Federal Especializada junto ao INSS, nos
tes, antes de ajuizar a cobrança da dívida respectivos órgãos descentralizados ou nas
ativa de que trata o caput deste artigo, unidades locais, e forem titulares de cargos
promover o protesto de título dado em ga- integrantes:
rantia, que será recebido pro solvendo. I - do Plano de Classificação de Cargos
§ 3o Serão inscritas como dívida a- instituído pela Lei no 5.645, de 10 dezembro
tiva da União as contribuições que não de 1970, ou do Plano Geral de Cargos do
tenham sido recolhidas ou parceladas re- Poder Executivo de que trata a Lei no
sultantes das informações prestadas no 11.357, de 19 de outubro de 2006; (Redação
documento a que se refere o inciso IV dada pela Lei nº 11.501, de 11.7.2007)
do art. 32 desta Lei.” (NR) II - das Carreiras:
Art. 18. Ficam criados na Carreira de a) Previdenciária, instituída pela Lei no
Procurador da Fazenda Nacional 1.200 (mil 10.355, de 26 de dezembro de 2001;
e duzentos) cargos efetivos de Procurador da b) da Seguridade Social e do Trabalho, insti-
Fazenda Nacional. tuída pela Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
− 108/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
c) do Seguro Social, instituída pela Lei nação e exigência de créditos tributários
no 10.855, de 1o de abril de 2004; referentes às contribuições de que tratam os
d) da Previdência, da Saúde e do Traba- arts. 2o e 3o desta Lei;
lho, instituída pela Lei no 11.355, de 19 de II - a partir da data fixada no caput do
outubro de 2006. art. 16 desta Lei, os processos administrati-
Parágrafo único. Fica o Poder Executivo vos de consulta relativos às contribuições
autorizado, de acordo com as necessidades do sociais mencionadas no art. 2o desta Lei.
serviço, a fixar o exercício dos servidores a que § 1o O Poder Executivo poderá antecipar
se refere o caput deste artigo no órgão ou ou postergar a data a que se refere o inciso I do
entidade ao qual estiverem vinculados. caput deste artigo, relativamente a:
Art. 22. As autarquias e fundações públi- I - procedimentos fiscais, instrumentos
cas federais darão apoio técnico, logístico e de formalização do crédito tributário e
financeiro, pelo prazo de 24 (vinte e quatro) prazos processuais;
meses a partir da publicação desta Lei, para II - competência para julgamento em 1a
que a Procuradoria-Geral Federal assuma, de (primeira) instância pelos órgãos de delibe-
forma centralizada, nos termos dos §§ 11 e 12 ração interna e natureza colegiada.
do art. 10 da Lei no 10.480, de 2 de julho de § 2o O disposto no inciso I do caput deste
2002, a execução de sua dívida ativa. 239 artigo não se aplica aos processos de restitui-
Art. 23. Compete à Procuradoria-Geral ção, compensação, reembolso, imunidade e
da Fazenda Nacional a representação judici- isenção das contribuições ali referidas.
al na cobrança de créditos de qualquer natu- § 3o Aplicam-se, ainda, aos processos a
reza inscritos em Dívida Ativa da União.240 que se refere o inciso II do caput deste
Art. 24. É obrigatório que seja proferida artigo os arts. 48 e 49 da Lei no 9.430, de 27
decisão administrativa no prazo máximo de de dezembro de 1996.
360 (trezentos e sessenta) dias a contar do Art. 26. O valor correspondente à com-
protocolo de petições, defesas ou recursos pensação de débitos relativos às contribuições
administrativos do contribuinte. de que trata o art. 2o desta Lei será repassado
§ 1o (VETADO) ao Fundo do Regime Geral de Previdência
§ 2o (VETADO) Social no máximo 2 (dois) dias úteis após a
data em que ela for promovida de ofício ou em
CAPÍTULO III
que for deferido o respectivo requerimento.
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Parágrafo único. O disposto no art. 74
Art. 25. Passam a ser regidos pelo De-
da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996,
creto no 70.235, de 6 de março de 1972:
não se aplica às contribuições sociais a que
I - a partir da data fixada no § 1o do art. se refere o art. 2o desta Lei.
16 desta Lei, os procedimentos fiscais e os Art. 27. Observado o disposto no art. 25
processos administrativo-fiscais de determi- desta Lei, os procedimentos fiscais e os
processos administrativo-fiscais referentes
239
Ver o art. 22 do Decreto nº 6.119, de 25.5.2007: às contribuições sociais de que tratam os
“Art. 2º O Advogado-Geral da União, no prazo de arts. 2o e 3o desta Lei permanecem regidos
sessenta dias, contado da data de publicação deste pela legislação precedente.
Decreto, editará os atos dispondo sobre a competência, Art. 28. Ficam criadas, na Secretaria da
a estrutura e o funcionamento da Procuradoria-Geral Receita Federal do Brasil, 5 (cinco) Delega-
Federal, no que se refere ao disposto no art. 22 da Lei nº cias de Julgamento e 60 (sessenta) Turmas
11.457, de 16 de março de 2007.”
240
de Julgamento com competência para julgar,
Ver o art. 12, I, da Lei Complementar nº 73, de 1993, em 1a (primeira) instância, os processos de
segundo o qual: exigência de tributos e contribuições arreca-
“Art. 12. À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacio-
dados pela Secretaria da Receita Federal do
nal, órgão administrativamente subordinado ao titular
do Ministério da Fazenda, compete especialmente:
Brasil, a serem instaladas mediante ato do
I - apurar a liquidez e certeza da dívida ativa da
Ministro de Estado da Fazenda.
União de natureza tributária, inscrevendo-a para fins de Parágrafo único. Para estruturação dos
cobrança, amigável ou judicial. órgãos de que trata o caput deste artigo,
II - representar privativamente a União, na execu- ficam criados 5 (cinco) cargos em comissão
ção de sua dívida ativa de caráter tributário”. do Grupo-Direção e Assessoramento Supe-
− 109/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
riores DAS-3 e 55 (cinqüenta e cinco) DAS- quarenta) prestações mensais e consecutivas.
2, a serem providos na medida das necessi- § 1o Os débitos referidos no caput deste
dades do serviço e das disponibilidades de artigo são aqueles originários de contribuições
recursos orçamentários, nos termos do § 1o sociais e obrigações acessórias, constituídos ou
do art. 169 da Constituição Federal. não, inscritos ou não em dívida ativa, incluídos
Art. 29. Fica transferida do Conselho de os que estiverem em fase de execução fiscal
Recursos da Previdência Social para o 2o ajuizada, e os que tenham sido objeto de parce-
Conselho de Contribuintes do Ministério da lamento anterior não integralmente quitado ou
Fazenda a competência para julgamento de cancelado por falta de pagamento.
recursos referentes às contribuições de que § 2o Os débitos ainda não constituídos
tratam os arts. 2o e 3o desta Lei. deverão ser confessados de forma irretratá-
§ 1o Para o exercício da competência a vel e irrevogável.
que se refere o caput deste artigo, serão insta- § 3o Poderão ser parcelados em até 60
ladas no 2o Conselho de Contribuintes, na (sessenta) prestações mensais e consecutivas
forma da regulamentação pertinente, Câmaras os débitos de que tratam o caput e os §§ 1o
especializadas, observada a composição pre- e 2o deste artigo com vencimento até o mês
vista na parte final do inciso VII do caput do anterior ao da entrada em vigor desta Lei,
art. 194 da Constituição Federal. relativos a contribuições não recolhidas:
§ 2o Fica autorizado o funcionamento I - descontadas dos segurados empregado,
das Câmaras dos Conselhos de Contribuin- trabalhador avulso e contribuinte individual;
tes nas sedes das Regiões Fiscais da Secreta- II - retidas na forma do art. 31 da Lei no
ria da Receita Federal do Brasil. 8.212, de 24 de julho de 1991;
Art. 30. No prazo de 30 (trinta) dias da III - decorrentes de sub-rogação.
publicação do ato de instalação das Câmaras § 4o Caso a prestação mensal não seja
previstas no § 1o do art. 29 desta Lei, os pro- paga na data do vencimento, serão retidos e
cessos administrativo-fiscais referentes às repassados à Secretaria da Receita Federal do
contribuições de que tratam os arts. 2o e 3o Brasil recursos do Fundo de Participação dos
desta Lei que se encontrarem no Conselho de Estados e do Distrito Federal suficientes para
Recursos da Previdência Social serão encami- sua quitação, acrescidos de juros equivalentes
nhados para o 2o Conselho de Contribuintes. à taxa referencial do Sistema Especial de
Parágrafo único. Fica prorrogada a Liquidação e de Custódia - Selic para títulos
competência do Conselho de Recursos da federais, acumulada mensalmente a partir do
Previdência Social durante o prazo a que se primeiro dia do mês subseqüente ao da con-
refere o caput deste artigo. solidação do débito até o mês anterior ao do
Art. 31. São transferidos, na data da publi- pagamento, acrescido de 1% (um por cento)
cação do ato a que se refere o caput do art. 30 no mês do pagamento da prestação.
desta Lei, 2 (dois) cargos em comissão do Art. 33. Até 90 (noventa) dias após a
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores entrada em vigor desta Lei, a opção pelo
DAS-101.2 e 2 (dois) DAS-101.1 do Conselho parcelamento será formalizada na Secretaria
de Recursos da Previdência Social para o 2o da Receita Federal do Brasil, que se respon-
Conselho de Contribuintes. sabilizará pela cobrança das prestações e
CAPÍTULO IV controle dos créditos originários dos parce-
DO PARCELAMENTO DOS DÉBITOS lamentos concedidos.241
PREVIDENCIÁRIOS DOS ESTADOS E DO Art. 34. A concessão do parcelamento
DISTRITO FEDERAL objeto deste Capítulo está condicionada:
Art. 32. Os débitos de responsabilidade I - à apresentação pelo Estado ou Distrito
dos Estados e do Distrito Federal, de suas Federal, na data da formalização do pedido, do
autarquias e fundações, relativos às contribui- demonstrativo referente à apuração da Receita
ções sociais de que tratam as alíneas a e c do Corrente Líquida Estadual, na forma do dispos-
parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de
24 de julho de 1991, com vencimento até o
mês anterior ao da entrada em vigor desta Lei, 241
Prazo prorrogado até 31 de dezembro de 2007, confor-
poderão ser parcelados em até 240 (duzentas e me o art. 3º da Lei nº 11.531, de 24 de outubro de 2007.
− 110/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
o o
to na Lei Complementar n 101, de 4 de maio Complementar n 101, de 4 de maio de 2000,
de 2000, referente ao ano-calendário imediata- sob pena de indeferimento do pleito, que só se
mente anterior ao da entrada em vigor desta Lei; confirma com o pagamento da prestação inicial.
II - ao adimplemento das obrigações § 2o A partir do mês seguinte à consoli-
vencidas a partir do primeiro dia do mês da dação, o valor da prestação será obtido medi-
entrada em vigor desta Lei. ante a divisão do montante do débito parcela-
Art. 35. Os débitos serão consolidados do, deduzidos os valores das prestações
por Estado e Distrito Federal na data do recolhidas nos termos do § 1o deste artigo,
pedido do parcelamento, reduzindo-se os pelo número de prestações restantes, obser-
valores referentes a juros de mora em 50% vado o valor mínimo de 1,5% (um inteiro e
(cinqüenta por cento). cinco décimos por cento) da média da Receita
Art. 36. Os débitos de que trata este Capí- Corrente Líquida do Estado e do Distrito
tulo serão parcelados em prestações mensais Federal prevista na Lei Complementar no
equivalentes a, no mínimo, 1,5% (um inteiro e 101, de 4 de maio de 2000.
cinco décimos por cento) da média da Receita Art. 38. O parcelamento será rescindido
Corrente Líquida do Estado e do Distrito na hipótese do inadimplemento:
Federal prevista na Lei Complementar nº 101, I - de 3 (três) meses consecutivos ou 6
de 4 de maio de 2000. (seis) meses alternados, prevalecendo o que
§ 1o A média de que trata o caput deste primeiro ocorrer;
artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) II - das obrigações correntes referentes
da Receita Corrente Líquida do ano anterior às contribuições sociais de que trata este
ao do vencimento da prestação. Capítulo;
§ 2o Para fins deste artigo, os Estados e III - da parcela da prestação que exceder
o Distrito Federal se obrigam a encaminhar à retenção dos recursos do Fundo de Partici-
à Secretaria da Receita Federal do Brasil o pação dos Estados e do Distrito Federal
demonstrativo de apuração da Receita Cor- promovida na forma deste Capítulo.
rente Líquida de que trata o inciso I do art. Art. 39. O Poder Executivo disciplinará,
53 da Lei Complementar nº 101, de 4 de em regulamento, os atos necessários à exe-
maio de 2000, até o último dia útil do mês cução do disposto neste Capítulo.
de fevereiro de cada ano. Parágrafo único. Os débitos referidos no
§ 3o A falta de apresentação das infor- caput deste artigo serão consolidados no âmbi-
mações a que se refere o § 2o deste artigo to da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
implicará, para fins de apuração e cobrança CAPÍTULO V
da prestação mensal, a aplicação da variação DISPOSIÇÕES GERAIS
do Índice Geral de Preços, Disponibilidade Art. 40. Sem prejuízo do disposto nas Leis
Interna - IGP-DI, acrescida de juros de 0,5% nos 4.516, de 1o de dezembro de 1964, e 5.615,
(cinco décimos por cento) ao mês, sobre a de 13 de outubro de 1970, a Empresa de Tec-
última Receita Corrente Líquida publicada nologia e Informações da Previdência Social -
nos termos da legislação. DATAPREV fica autorizada a prestar serviços
§ 4o Às prestações vencíveis em janei- de tecnologia da informação ao Ministério da
ro, fevereiro e março aplicar-se-á o valor Fazenda, necessários ao desempenho das
mínimo do ano anterior. atribuições abrangidas por esta Lei, observado
Art. 37. As prestações serão exigíveis o disposto no inciso VIII do art. 24 da Lei no
no último dia útil de cada mês, a contar do 8.666, de 21 de junho de 1993, nas condições
mês subseqüente ao da formalização do estabelecidas em ato do Poder Executivo.
pedido de parcelamento. Art. 41. Fica autorizada a transferência pa-
§ 1o No período compreendido entre a ra o patrimônio da União dos imóveis que
formalização do pedido e o mês da consolida- compõem o Fundo do Regime Geral de Previ-
ção, o ente beneficiário do parcelamento deverá dência Social identificados pelo Poder Execu-
recolher mensalmente prestações corresponden- tivo como necessários ao funcionamento da
tes a 1,5% (um inteiro e cinco décimos por Secretaria da Receita Federal do Brasil e da
cento) da média da Receita Corrente Líquida do Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Estado e do Distrito Federal prevista na Lei Parágrafo único. No prazo de 3 (três)
− 111/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
anos, de acordo com o resultado de avalia- rio-de-contribuição, na forma do art. 28 da
ção realizada nos termos da legislação apli- Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, oca-
cável, a União compensará financeiramente sionar perda de escala decorrente da atua-
o Fundo do Regime Geral de Previdência ção do órgão jurídico.” (NR)
Social pelos imóveis transferidos na forma “Art. 880. Requerida a execução, o ju-
do caput deste artigo. iz ou presidente do tribunal mandará expe-
Art. 42. A Consolidação das Leis do dir mandado de citação do executado, a
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei fim de que cumpra a decisão ou o acordo
no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a no prazo, pelo modo e sob as cominações
vigorar com a seguinte redação: estabelecidas ou, quando se tratar de pa-
“Art. 832. ......................................... gamento em dinheiro, inclusive de contri-
.......................................................... buições sociais devidas à União, para que
§ 4o A União será intimada das de- o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou ga-
cisões homologatórias de acordos que ranta a execução, sob pena de penhora.
contenham parcela indenizatória, na ..............................................” (NR)
forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 “Art. 889-A. .....................................
de dezembro de 2004, facultada a inter- § 1o Concedido parcelamento pela
posição de recurso relativo aos tributos Secretaria da Receita Federal do Brasil, o
que lhe forem devidos. devedor juntará aos autos a comprovação
§ 5o Intimada da sentença, a União do ajuste, ficando a execução da contri-
poderá interpor recurso relativo à discri- buição social correspondente suspensa até
minação de que trata o § 3o deste artigo. a quitação de todas as parcelas.
§ 6o O acordo celebrado após o trânsi- § 2o As Varas do Trabalho encami-
to em julgado da sentença ou após a elabo- nharão mensalmente à Secretaria da Re-
ração dos cálculos de liquidação de sen- ceita Federal do Brasil informações so-
tença não prejudicará os créditos da União. bre os recolhimentos efetivados nos au-
§ 7o O Ministro de Estado da Fazenda tos, salvo se outro prazo for estabelecido
poderá, mediante ato fundamentado, dis- em regulamento.” (NR)
pensar a manifestação da União nas deci- Art. 43. A Lei no 10.910, de 15 de julho
sões homologatórias de acordos em que o de 2004, passa a vigorar com a redação
montante da parcela indenizatória envolvi- seguinte, dando-se aos seus Anexos a forma
da ocasionar perda de escala decorrente da dos Anexos I e II desta Lei:
atuação do órgão jurídico.” (NR) “Art. 1o As Carreiras de Auditoria
“Art. 876. ......................................... da Receita Federal do Brasil e Audito-
Parágrafo único. Serão executadas ex- ria-Fiscal do Trabalho compõem-se de
officio as contribuições sociais devidas em cargos efetivos agrupados nas classes A,
decorrência de decisão proferida pelos Juí- B e Especial, compreendendo a 1a (pri-
zes e Tribunais do Trabalho, resultantes de meira) 5 (cinco) padrões, e as 2 (duas)
condenação ou homologação de acordo, últimas, 4 (quatro) padrões, na forma do
inclusive sobre os salários pagos durante o Anexo I desta Lei.” (NR)
período contratual reconhecido.” (NR) “Art. 3o A Gratificação de Desempe-
“Art. 879. ......................................... nho de Atividade Tributária - GDAT de
.......................................................... que trata o art. 15 da Lei no 10.593, de 6 de
§ 3o Elaborada a conta pela parte ou dezembro de 2002, devida aos integrantes
pelos órgãos auxiliares da Justiça do das Carreiras de Auditoria da Receita Fe-
Trabalho, o juiz procederá à intimação deral do Brasil e Auditoria-Fiscal do Tra-
da União para manifestação, no prazo de balho, é transformada em Gratificação de
10 (dez) dias, sob pena de preclusão. Atividade Tributária - GAT, em valor e-
.......................................................... quivalente a 75% (setenta e cinco por cen-
§ 5o O Ministro de Estado da Fazenda to) do vencimento básico do servidor.
poderá, mediante ato fundamentado, dis- I - (revogado pela Lei no 11.356, de 2006);
pensar a manifestação da União quando o II - (revogado pela Lei no 11.356, de 2006).
valor total das verbas que integram o salá- ................................................. (NR)
− 112/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
o
“Art. 4 Fica criada a Gratificação de sessão das respectivas câmaras subse-
Incremento da Fiscalização e da Arrecada- qüente à formalização do acórdão.
ção - GIFA, devida aos ocupantes dos car- § 8o Se os Procuradores da Fazenda
gos efetivos das Carreiras de Auditoria da Nacional não tiverem sido intimados
Receita Federal do Brasil e Auditoria- pessoalmente em até 40 (quarenta) dias
Fiscal do Trabalho, de que trata a Lei no contados da formalização do acórdão do
10.593, de 6 de dezembro de 2002, no per- Conselho de Contribuintes ou da Câma-
centual de até 95% (noventa e cinco por ra Superior de Recursos Fiscais, do Mi-
cento), incidente sobre o maior vencimen- nistério da Fazenda, os respectivos autos
to básico de cada cargo das Carreiras. serão remetidos e entregues, mediante
§ 1o A GIFA será paga aos Audito- protocolo, à Procuradoria da Fazenda
res-Fiscais da Receita Federal do Brasil Nacional, para fins de intimação.
e aos Analistas-Tributários da Receita § 9o Os Procuradores da Fazenda Na-
Federal do Brasil de acordo com os se- cional serão considerados intimados pes-
guintes parâmetros: soalmente das decisões do Conselho de
......................................................... Contribuintes e da Câmara Superior de
II - 2/3 (dois terços), no mínimo, em Recursos Fiscais, do Ministério da Fazen-
decorrência da avaliação do resultado ins- da, com o término do prazo de 30 (trinta)
titucional do conjunto de unidades da Se- dias contados da data em que os respecti-
cretaria da Receita Federal do Brasil no vos autos forem entregues à Procuradoria
cumprimento de metas de arrecadação, na forma do § 8o deste artigo.” (NR)
computadas em âmbito nacional e de Art. 45. As repartições da Secretaria da
forma individualizada para cada órgão. Receita Federal do Brasil deverão, durante seu
§ 8o .................................................. horário regular de funcionamento, dar vista dos
......................................................... autos de processo administrativo, permitindo a
II - ocupantes dos cargos efetivos da obtenção de cópias reprográficas, assim como
Carreira de Auditoria da Receita Federal receber requerimentos e petições.
do Brasil, em exercício nos seguintes Parágrafo único. A Secretaria da Recei-
órgãos do Ministério da Fazenda: ta Federal do Brasil adotará medidas para
......................................................... disponibilizar o atendimento a que se refere
III - ocupantes dos cargos de Auditor- o caput deste artigo por intermédio da rede
Fiscal da Receita Federal do Brasil da Car- mundial de computadores e o recebimento
reira de Auditoria da Receita Federal do de petições e requerimentos digitalizados.
Brasil, em exercício no Ministério da Pre- CAPÍTULO VI
vidência Social e órgãos vinculados; DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
IV - ocupantes dos cargos efetivos Art. 46. A Fazenda Nacional poderá ce-
da Carreira Auditoria-Fiscal do Traba- lebrar convênios com entidades públicas e
lho, em exercício no Ministério do Tra- privadas para a divulgação de informações
balho e Emprego, exclusivamente nas previstas nos incisos II e III do § 3o do art.
unidades não integrantes do Sistema Fe- 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de
deral de Inspeção do Trabalho definidas 1966 - Código Tributário Nacional - CTN.
em regulamento.” (NR) Art. 47. Fica o Poder Executivo autorizado a:
“Art. 6o (VETADO)” I - transferir, depois de realizado inventá-
Art. 44. O art. 23 do Decreto no 70.235, de rio, do INSS, do Ministério da Previdência
6 de março de 1972, passa a vigorar acrescido Social e da Procuradoria-Geral Federal para a
dos §§ 7o, 8o e 9o, com a seguinte redação: Secretaria da Receita Federal do Brasil e para a
“Art. 23. ............................................ Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
......................................................... acervos técnicos e patrimoniais, inclusive bens
§ 7o Os Procuradores da Fazenda imóveis, obrigações, direitos, contratos, con-
Nacional serão intimados pessoalmente vênios, processos administrativos e demais
das decisões do Conselho de Contribuin- instrumentos relacionados com as atividades
tes e da Câmara Superior de Recursos transferidas em decorrência desta Lei;
Fiscais, do Ministério da Fazenda na II - remanejar e transferir para a Secreta-
− 113/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007
ria da Receita Federal do Brasil dotações em ções de competência da Secretaria da Recei-
favor do Ministério da Previdência Social e ta Federal do Brasil;
do INSS aprovadas na Lei Orçamentária em IV - pela Secretaria da Receita Federal.
vigor, mantida a classificação funcional- Art. 49. (VETADO)
programática, subprojetos, subatividades e Art. 50. No prazo de 1 (um) ano da data de
grupos de despesas. publicação desta Lei, o Poder Executivo enca-
§ 1o Até que sejam implementados os a- minhará ao Congresso Nacional projeto de lei
justes necessários, o Ministério da Previdência orgânica das Auditorias Federais, dispondo
Social e o INSS continuarão a executar as sobre direitos, deveres, garantias e prerrogativas
despesas de pessoal e de manutenção relativas dos servidores integrantes das Carreiras de que
às atividades transferidas, inclusive as decor- trata a Lei no 10.593, de 6 de dezembro de 2002.
rentes do disposto no § 5o do art. 10 desta Lei. Art. 51. Esta Lei entra em vigor:
§ 2o Enquanto não ocorrerem as transfe- I - na data de sua publicação, para o dispos-
rências previstas no caput deste artigo, o to nos arts. 40, 41, 47, 48, 49 e 50 desta Lei;
Ministé rio da Previdência Social, o INSS e a II - no primeiro dia útil do segundo mês
Procuradoria-Geral Federal prestarão à Secre- subseqüente à data de sua publicação, em
taria da Receita Federal do Brasil e à Procura- relação aos demais dispositivos desta Lei.
doria-Geral da Fazenda Nacional o necessário Art. 52. Ficam revogados:
apoio técnico, financeiro e administrativo. I - (VETADO)
§ 3o Inclui-se no apoio de que trata o § II - a partir da data da publicação desta
o
2 deste artigo a manutenção dos espaços Lei, o parágrafo único do art. 5o da Lei no
físicos atualmente ocupados. 10.593, de 6 dezembro de 2002.
Art. 48. Fica mantida, enquanto não modi- Brasília, 16 de março de 2007; 186o da
ficados pela Secretaria da Receita Federal do Independência e 119o da República.
Brasil, a vigência dos convênios celebrados e LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
dos atos normativos e administrativos editados: Tarso Genro
I - pela Secretaria da Receita Previdenciária; Luiz Marinho
II - pelo Ministério da Previdência Soci- Paulo Bernardo Silva
al e pelo INSS relativos à administração das Dilma Rousseff
contribuições a que se referem os arts. 2o e José Antonio Dias Toffoli
3o desta Lei;
III - pelo Ministério da Fazenda relati-
vos à administração dos tributos e contribui-

ANEXO I
(Anexo I da Lei no 10.910, de 15 de julho de 2004)
“ANEXO I
ESTRUTURA DE CARGOS
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 16.3.2007)

CARGOS CLASSE PADRÃO


IV
III
ESPECIAL
II
I
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil IV
III
B
Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil II
I
Auditor-Fiscal do Trabalho V
IV
A III
II
I

− 114/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.457, de 2007

ANEXO II
(Anexo II da Lei no 10.910, de 15 de julho de 2004)
“ANEXO II
TABELAS DE VENCIMENTO BÁSICO
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 16.3.2007)
a) cargos de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e Auditor-Fiscal do Trabalho:
CATEGORIA PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO
IV 4.934,22
III 4.790,50
ESPECIAL
II 4.650,97
I 4.515,52
IV 4.142,67
B III 4.022,00
II 3.904,86
I 3.791,13
V 3.478,10
IV 3.376,79
A III 3.278,45
II 3.182,95
I 3.090,25
b) cargo de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil:
CATEGORIA PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO
IV 2.561,11
ESPECIAL III 2.486,51
II 2.414,09
I 2.343,78
IV 2.150,25
B III 2.087,61
II 2.026,83
I 1.967,78
V 1.805,31
IV 1.752,74
A III 1.701,68
II 1.652,11
I 1.603,99

− 115/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.526, de 2007

LEI Nº 11.526, DE 4 DE OUTUBRO DE 2007.


Fixa a remuneração dos cargos e funções comissio-
nadas da administração pública federal direta, au-
tárquica e fundacional; revoga dispositivos das Leis
nºs 10.470, de 25 de junho de 2002, 10.667, de 14 de
maio de 2003, 9.650, de 27 de maio de 1998,
11.344, de 8 de setembro de 2006, 11.355, de 19 de
outubro de 2006, 8.216, de 13 de agosto de 1991,
8.168, de 16 de janeiro de 1991, 10.609, de 20 de
dezembro de 2002, 9.030, de 13 de abril de 1995,
10.233, de 5 de junho de 2001, 9.986, de 18 de julho
de 2000, 10.869, de 13 de maio de 2004, 8.460, de
17 de setembro de 1992, e 10.871, de 20 de maio de
2004, e da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de
setembro de 2001; e dá outras providências.
Faço saber que o PRESIDENTE DA tuições Federais de Ensino, sendo-lhe facul-
REPÚBLICA adotou a Medida Provisória tado optar, quando ocupante de CD, nos
nº 375, de 2007, que o Congresso Nacional termos do inciso III do caput deste artigo.
aprovou, e eu, Renan Calheiros, Presidente § 2º O docente a que se refere o § 1ºeste
artigo cedido para órgãos e entidades da União,
da Mesa do Congresso Nacional, para os
para o exercício de cargo em comissão de
efeitos do disposto no art. 62 da Constitui- Natureza Especial ou do Grupo-Direção e
ção Federal, com a redação dada pela E- Assessoramento Superiores, de níveis DAS-4,
menda Constitucional nº 32, combinado DAS-5 ou DAS-6, ou equivalentes, quando
com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002- optante pela remuneração do cargo efetivo,
CN, promulgo a seguinte Lei: perceberá o vencimento acrescido da vantagem
Art. 1º A remuneração dos cargos em relativa ao regime de dedicação exclusiva.
comissão da administração pública federal § 3º O acréscimo previsto no § 2º deste
direta, autárquica e fundacional passa a ser a artigo poderá ser percebido, no caso de
constante do Anexo I desta Lei. docente cedido para o Ministério da Educa-
Art. 2º O servidor ocupante de cargo efeti- ção para o exercício de cargo em comissão
vo ou emprego em qualquer dos Poderes da do Grupo-Direção e Assessoramento Supe-
União, dos Estados, dos Municípios ou do riores, de nível DAS-3.
Distrito Federal, investido nos cargos a que se Art. 3º O valor da remuneração das Fun-
refere o art. 1º desta Lei, poderá optar por uma ções Comissionadas Técnicas, de que trata a
das remunerações a seguir discriminadas: Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setem-
I - a remuneração do cargo em comis- bro de 2001, das Gratificações Temporárias
são, acrescida dos anuênios; SIPAM - GTS, criadas pela Lei nº 10.667, de
II - a diferença entre a remuneração do 14 de maio de 2003, das Funções Comissiona-
cargo em comissão e a remuneração do das do INSS, de que trata a Lei nº 11.355, de
cargo efetivo ou emprego; ou 19 de outubro de 2006, das Funções Comis-
III - a remuneração do cargo efetivo ou sionadas do Banco Central-FCBC, de que trata
emprego, acrescida do percentual de 60% a Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, da
(sessenta por cento) do respectivo cargo em Gratificação por Serviço Extraordinário, de
comissão. que trata o Decreto-Lei nº 969, de 21 de de-
§ 1º O docente da Carreira de Magisté- zembro de 1938, e dos Cargos Comissionados
rio, integrante do Plano Único de Classifica- Técnicos das Agências Reguladoras - CCT
ção e Retribuição de Cargos e Empregos, a passa a ser o constante do Anexo II desta Lei.
que se refere a Lei no 7.596, de 10 de abril Parágrafo único. O servidor investido
de 1987, submetido ao regime de dedicação nas Funções Comissionadas Técnicas pode-
exclusiva, poderá ocupar Cargo de Direção rá optar por uma das remunerações a seguir
– CD ou Função Gratificada - FG, nas Insti- discriminadas:
− 116/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.526, de 2007
I - a remuneração do valor unitário total VI - o art. 155 e a terceira coluna do
da Função Comissionada Técnica, acrescida Anexo XXIX da Lei nº 11.355, de 19 de
dos anuênios; outubro de 2006;
II - a diferença entre a remuneração total VII - o art. 20 da Lei nº 8.216, de 13 de
da Função Comissionada Técnica e a remu- agosto de 1991;
neração do cargo efetivo; ou VIII - o § 2º do art. 1º e os Anexos I e II
III - a remuneração do cargo efetivo, a- da Lei nº 8.168, de 16 de janeiro de 1991;
crescida do valor de opção, conforme esta- IX - o § 3º do art. 4º e a segunda coluna
belece a Tabela a do Anexo II desta Lei. do Anexo da Lei nº 10.609, de 20 de de-
Art. 4º A remuneração total das Funções zembro de 2002;
Gratificadas de que trata a Lei nº 8.216, de 13 X - a Lei no 9.030, de 13 de abril de 1995;
de agosto de 1991, das Gratificações de Repre- XI - o art. 73, o parágrafo único do art.
sentação - GR da Presidência da República e 74 e as Tabelas V e VI do Anexo I da Lei nº
da Vice-Presidência da República e dos órgãos 10.233, de 5 de junho de 2001;
que a integram, das Funções Gratificadas das XII - o art. 17 e o Anexo II da Lei nº
Instituições Federais de Ensino e das Gratifica- 9.986, de 18 de julho de 2000;
ções pela Representação de Gabinete passa a XIII - o art. 12 da Lei nº 10.869, de 13
ser a constante do Anexo III desta Lei. de maio de 2004;
Art. 5º Ficam revogados: XIV - o Anexo X da Lei nº 8.460, de 17
I - os arts. 1º, 2º e 4º e o Anexo da Lei nº de setembro de 1992; e
10.470, de 25 de junho de 2002; XV - o parágrafo único do art. 33 da Lei
II - os §§ 2º e 3º do art. 58 e o Anexo nº 10.871, de 20 de maio de 2004.
XIII da Medida Provisória nºo 2.229-43, de Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data
6 de setembro de 2001; de sua publicação, produzindo efeitos finan-
III - o art. 2º e a terceira coluna do Anexo ceiros a partir de 1º de junho de 2007.
II da Lei nº 10.667, de 14 de maio de 2003; Congresso Nacional, em 4 de outubro de
IV - a terceira coluna do Anexo IV da 2007; 186o da Independência e 119o da
Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998; República
V - o art. 3º e o Anexo II da Lei nº Senador RENAN CALHEIROS
11.344, de 8 de setembro de 2006; Presidente da Mesa do Congresso Nacional

ANEXO I
CARGOS COMISSIONADOS DE NATUREZA ESPECIAL E DO GRUPO-DIREÇÃO E
ASSESSORAMENTO SUPERIORES, CARGOS DE DIREÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS
DE ENSINO, CARGOS COMISSIONADOS DE DIREÇÃO, DE GERÊNCIA EXECUTIVA, DE
ASSESSORIA E DE ASSISTÊNCIA E CARGOS ESPECIAIS DE TRANSIÇÃO
GOVERNAMENTAL
a) CARGOS DE NATUREZA ESPECIAL - NES
DENOMINAÇÃO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
Secretários Especiais da Presidência da República 10.748,43
Comandante da Marinha 10.684,00
Comandante do Exército 10.684,00
Comandante da Aeronáutica 10.684,00
Secretário-Geral de Contencioso 10.684,00
Secretário-Geral de Consultoria 10.684,00
Subdefensor Público Geral da União 10.448,00
Presidente da Agência Espacial Brasileira 10.448,00
Demais cargos de natureza especial da estrutura da Presidência
10.684,00
da República e dos Ministérios

− 117/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.526, de 2007

b) GRUPO-DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO SUPERIORES - DAS


CARGO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
DAS 101.6 e 102.6 10.448,00
DAS 101.5 e 102.5 8.400,00
DAS 101.4 e 102.4 6.396,04
DAS 101.3 e 102.3 3.777,63
DAS 101.2 e 102.2 2.518,42
DAS 101.1 e 102.1 1.977,31
c) CARGOS DE DIREÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO - CD
CARGO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
CD-1 8.307,96
CD-2 6.944,94
CD-3 5.452,10
CD-4 3.959,26
d) CARGOS COMISSIONADOS DE DIREÇÃO, DE GERÊNCIA EXECUTIVA, DE ASSESSORIA
E DE ASSISTÊNCIA DAS AGÊNCIAS REGULADORAS
CARGO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
CD I 10.748,43
CD II 10.211,01
CGE I 9.673,58
CGE II 8.598,74
CGE III 8.061,32
CGE IV 5.374,21
CA I 8.598,74
CA II 8.061,32
CA III 2.418,40
CAS I 2.015,34
CAS II 1.746,63
e) Cargos Especiais de Transição Governamental – CETG
CARGO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
CETG - VII 10.684,00
CETG - VI 10.448,00
CETG - V 8.400,00
CETG - IV 6.396,04
CETG - III 3.777,63
CETG - II 2.518,42
CETG - I 1.977,31

ANEXO II
FUNÇÕES COMISSIONADAS TÉCNICAS, GRATIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS DO SISTEMA DE
PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA, FUNÇÕES COMISSIONADAS DO INSS, FUNÇÕES
COMISSIONADAS DO BANCO CENTRAL, GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO

− 118/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.526, de 2007
EXTRAORDINÁRIO E CARGOS COMISSIONADOS TÉCNICOS DAS AGÊNCIAS
REGULADORAS

a) FUNÇÕES COMISSIONADAS TÉCNICAS - FCT


FUNÇÃO COMISSIONADA VALOR UNITÁRIO VALOR DA OPÇÃO
TÉCNICA (EM REAIS) (EM REAIS)
FCT 1 5.105,50 1.531,65
FCT 2 4.282,17 1.284,66
FCT 3 3.591,61 1.149,31
FCT 4 3.012,42 1.024,22
FCT 5 2.526,62 934,84
FCT 6 2.119,19 847,66
FCT 7 1.777,42 782,06
FCT 8 1.490,79 730,49
FCT 9 1.250,37 687,72
FCT 10 1.048,74 650,22
FCT 11 879,61 615,72
FCT 12 737,77 590,22
FCT 13 618,79 556,91
FCT 14 519,00 519,00
FCT 15 435,31 435,31
b) GRATIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA - SIPAM-GTS
NÍVEL VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
GTS - 3 2.985,67
GTS - 2 2.336,61
GTS - 1 1.947,18
c) FUNÇÕES COMISSIONADAS DO INSS
NÍVEL VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
FCINSS-1 1.186,39
FCINSS-2 1.511,05
FCINSS-3 2.266,58
d) FUNÇÕES COMISSIONADAS DO BANCO CENTRAL

DIREÇÃO/ASSESSORAMENTO
CÓDIGO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
FDS-1/FDJ-1 6.265,67
FDE-1/FCA-1 5.314,58
FDE-2/FCA-2 4.092,29
FDT-1/FCA-3 2.922,70
FDO-1/FCA-4 2.313,48
FCA-5 1.028,21
SUPORTE
CÓDIGO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)

− 119/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.526, de 2007
FST-1 706,90
FST-2 514,11
FST-3 385,58

e) GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO


VALOR UNITÁRIO
DENOMINAÇÃO CÓDIGO
(EM REAIS)
Coordenador Técnico GSE-1 969,54
Coordenador de Informática GSE-2 969,54
Assistente Técnico GSE-3 519,39
Coordenador de Área GSE-4 727,14
Coordenador de Sub-Área GSE-5 519,39
Agente de Coleta Municipal GSE-6 311,64
Coordenador Administrativo GSE-7 727,14
Assistente Administrativo GSE-8 519,39
f) CARGOS COMISSIONADOS TÉCNICOS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS
CCT V 2.043.55
CCT IV 1.493,35
CCT III 899,51
CCT II 792,97
CCT I 702,14

ANEXO III
FUNÇÃO GRATIFICADA, GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA E DOS ÓRGÃOS QUE A INTEGRAM, GRATIFICAÇÕES DE REPRESENTAÇÃO
DE GABINETE E FUNÇÕES GRATIFICADAS DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO
a) FUNÇÃO GRATIFICADA (Lei no 8.216, de 1991)
GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE PELO DESEMPENHO DE
NÍVEL VENCIMENTO TOTAL
FUNÇÃO (ART. 15 DA LEI DELEGADA No 13/1992)
FG-1 147,92 245,55 393,47
FG-2 113,79 188,89 302,68
FG-3 87,52 145,29 232,81
b) GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE PELO
NÍVEL VENCIMENTO DESEMPENHO DE FUNÇÃO (ART. 15 DA LEI TOTAL
DELEGADA No 13/1992)
I - Auxiliar 177,51 294,67 472,18
II - Especialista 212,99 353,56 566,55
III - Secretário 249,21 413,69 662,90
IV - Assistente 284,10 471,61 755,71
V - Supervisor 318,18 528,17 846,35
c) GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DOS ÓRGÃOS INTEGRANTES DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE PELO
NÍVEL VENCIMENTO DESEMPENHO DE FUNÇÃO (ART. 15 DA LEI TOTAL
DELEGADA No 13/1992)
Auxiliar 123,26 204,60 327,86
− 120/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.526, de 2007

Secretario/Especialista 147,92 245,55 393,47


Assistente 177,51 294,67 472,18
Supervisor 212,99 353,56 566,55
d) GRATIFICAÇÃO DE EXERCÍCIO EM CARGO DE CONFIANÇA NOS ÓRGÃOS DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, DEVIDA AOS SERVIDORES MILITARES (art. 11 da Lei no
8.460, de 17 de setembro de 1992)
GRUPO VALOR UNITÁRIO (EM REAIS)
A 1.269,86
B 1.154,10
C 1.048,43
D 952,81
E 867,26
F 788,41
e) GRATIFICAÇÃO PELA REPRESENTAÇÃO DE GABINETE
GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE PELO
NÍVEL VENCIMENTO DESEMPENHO DE FUNÇÃO (ART. 15 DA LEI TOTAL
DELEGADA No 13/1992)
Oficial de
30,67 50,91 81,58
Gabinete
Auxiliar de
31,16 51,72 82,88
Gabinete
f) FUNÇÕES GRATIFICADAS DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO
GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE PELO ADICIONAL DE
NÍVEL VENCIMENTO DESEMPENHO DE FUNÇÃO (ART. 15 DA GESTÃO TOTAL
LEI DELEGADA No 13/1992) EDUCACIONAL
FG - 1 100,47 166,78 446,77 714,02
FG - 2 85,81 142,44 252,09 480,34
FG - 3 71,09 118,00 200,34 389,43
FG - 4 51,99 86,31 68,98 207,28
FG - 5 40,00 66,40 54,45 160,85
FG - 6 29,63 49,18 39,14 117,95
FG - 7 28,28 46,94 - 75,22
FG - 8 20,92 34,73 - 55,65
FG - 9 16,97 28,16 - 45,13

− 121/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Lei nº 11.526, de 2007

− 122/L −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medidas Provisórias

MEDIDAS PROVISÓRIAS

− 1/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medidas Provisórias

− 2/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
o
MEDIDA PROVISÓRIA N 2.180-35, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.
Acresce e altera dispositivos das Leis nos 8.437,
de 30 de junho de 1992, 9.028, de 12 de abril de
1995, 9.494, de 10 de setembro de 1997, 7.347, de
24 de julho de 1985, 8.429, de 2 de junho de
1992, 9.704, de 17 de novembro de 1998, do
Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, das
Leis nos 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e 4.348,
de 26 de junho de 1964, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, liminar, se constatar, em juízo prévio, a
no uso da atribuição que lhe confere o art. plausibilidade do direito invocado e a
62 da Constituição, adota a seguinte Medida urgência na concessão da medida.
Provisória, com força de lei: § 8o As liminares cujo objeto seja
Art. 1o A Lei no 8.437, de 30 de junho de idêntico poderão ser suspensas em uma
1992, passa a vigorar com as seguintes alterações: única decisão, podendo o Presidente do
"Art. 1o ............................................ Tribunal estender os efeitos da suspen-
§ 4o Nos casos em que cabível me- são a liminares supervenientes, mediante
dida liminar, sem prejuízo da comunica- simples aditamento do pedido original.
ção ao dirigente do órgão ou entidade, o § 9o A suspensão deferida pelo Pre-
respectivo representante judicial dela se- sidente do Tribunal vigorará até o trânsi-
rá imediatamente intimado. to em julgado da decisão de mérito na
§ 5o Não será cabível medida limi- ação principal." (NR)
nar que defira compensação de créditos Art. 2o O art. 6o da Lei no 9.028, de 12
tributários ou previdenciários." (NR) de abril de 1995, passa a vigorar acrescido
"Art. 4o ............................................ do seguinte § 2o, renumerando-se o atual
§ 2o O Presidente do Tribunal pode- parágrafo único para § 1o:
rá ouvir o autor e o Ministério Público, "§ 2o As intimações a serem concre-
em setenta e duas horas. tizadas fora da sede do juízo serão fei-
§ 3o Do despacho que conceder ou ne- tas, necessariamente, na forma prevista
gar a suspensão, caberá agravo, no prazo no art. 237, inciso II, do Código de Pro-
de cinco dias, que será levado a julgamen- cesso Civil." (NR)
to na sessão seguinte a sua interposição. Art. 3o A Lei no 9.028, de 1995, passa a
§ 4o Se do julgamento do agravo de vigorar com as seguintes alterações:
que trata o § 3o resultar a manutenção ou "Art. 3o Os Procuradores Regionais
o restabelecimento da decisão que se da União exercerão a coordenação das
pretende suspender, caberá novo pedido atividades das Procuradorias da União
de suspensão ao Presidente do Tribunal localizadas em sua área de atuação.
competente para conhecer de eventual § 1o O Advogado-Geral da União,
recurso especial ou extraordinário. com o objetivo de racionalizar os servi-
§ 5o É cabível também o pedido de ços, poderá desativar Procuradoria da
suspensão a que se refere o § 4o, quando União situada em Capital de Unidade da
negado provimento a agravo de instru- Federação onde esteja instalada Procu-
mento interposto contra a liminar a que radoria Regional, hipótese em que esta
se refere este artigo. absorverá as atribuições daquela. (Ver §
§ 6o A interposição do agravo de 2o do art. 17 da Lei n° 10.480, de 2002.)
instrumento contra liminar concedida § 2o Ocorrendo a hipótese de que
nas ações movidas contra o Poder Públi- trata o § 1o, incumbirá ao Advogado-
co e seus agentes não prejudica nem Geral da União dispor sobre a reestrutu-
condiciona o julgamento do pedido de ração da Procuradoria Regional, poden-
suspensão a que se refere este artigo. do remanejar cargos e servidores da
§ 7o O Presidente do Tribunal pode- Procuradoria desativada. (Ver § 2o do art.
rá conferir ao pedido efeito suspensivo 17 da Lei n° 10.480, de 2002.)

− 3/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
o o
§ 3 A reestruturação e o remaneja- § 1 Ao Departamento de Cálculos e
mento de que trata o § 2o serão possíveis Perícias compete, especialmente:
inclusive na hipótese de coexistência das I - supervisionar, coordenar, realizar,
duas Procuradorias, se conveniente a rever e acompanhar os trabalhos técnicos,
utilização de estrutura de apoio única de cálculo e periciais, referentes aos feitos
para atender a ambas. de interesse da União, de suas autarquias e
§ 4o Com a mesma finalidade de ra- fundações públicas, às liquidações de sen-
cionalização de serviços, fica o Advogado- tença e aos processos de execução; e
Geral da União igualmente autorizado a II - examinar os cálculos constantes
desativar ou deixar de instalar Procurado- dos precatórios judiciários de responsa-
ria Seccional da União, aplicando-se à hi- bilidade da União, das autarquias e fun-
pótese, no que couber, o disposto na parte dações públicas federais, antes do pa-
final do § 1o e no § 2o deste artigo." (NR) gamento dos respectivos débitos.
(Ver § 1o do art. 17 da Lei n° 10.480, de 2002.) § 2o O Departamento de Cálculos e Pe-
"Art. 4o ............................................. rícias participará, nos aspectos de sua com-
§ 4o Mediante requisição do Advo- petência, do acompanhamento, controle e
gado-Geral da União ou de dirigente de centralização de precatórios, de interesse da
Procuradoria da Advocacia-Geral da Administração Federal direta e indireta, a-
União, e para os fins previstos no caput, tribuídos à Advocacia-Geral da União pela
os órgãos e as entidades da Administra- Lei no 9.995, de 25 de julho de 2000. 242
ção Federal designarão servidores para § 3o As unidades, das autarquias e
que atuem como peritos ou assistentes fundações públicas, que tenham a seu
técnicos em feitos específicos, aplicá- cargo as matérias de competência do
veis a esta requisição as disposições dos Departamento de Cálculos e Perícias, da
§§ 1o e 2o do presente artigo." (NR) Advocacia-Geral da União, atuarão sob
o
"Art. 8 -A” (Revogado pela Lei no 10.480, de 2002.) a supervisão técnica deste.
"Art. 8o-B. São instituídas na Advo- § 4o Os órgãos e entidades da Ad-
cacia-Geral da União, com funções de ministração Federal prestarão, ao Depar-
integração e coordenação, a Câmara de tamento de Cálculos e Perícias, o apoio
Atividades de Contencioso e a Câmara que se faça necessário ao desempenho
de Atividades de Consultoria. de suas atividades, inclusive colocando
Parágrafo único. As Câmaras objeto à sua disposição pessoal especializado.
do caput terão disciplinamento em ato § 5o O Advogado-Geral da União dis-
do Advogado-Geral da União." (NR) porá, nos termos do art. 45 da Lei Com-
"Art. 8o-C. O Advogado-Geral da U- plementar no 73, de 1993, sobre o Depar-
nião, na defesa dos interesses desta e em tamento de Cálculos e Perícias e editará os
hipóteses as quais possam trazer reflexos demais atos necessários ao cumprimento
de natureza econômica, ainda que indire- do disposto neste artigo." (NR)
tos, ao erário federal, poderá avocar, ou in-
tegrar e coordenar, os trabalhos a cargo de 242
Ver a seguir o art. 29 da Lei nº 11.178, de 20.9.2005,
órgão jurídico de empresa pública ou soci- que “Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da Lei
edade de economia mista, a se desenvolve- Orçamentária de 2006”:
rem em sede judicial ou extrajudicial. “Art. 29. Para fins de acompanhamento, controle e cen-
Parágrafo único. Poderão ser come- tralização, os órgãos e entidades da Administração Pública
tidas, à Câmara competente da Advoca- Federal direta e indireta submeterão os processos referentes
cia-Geral da União, as funções de exe- ao pagamento de precatórios à apreciação da Advocacia-
cutar a integração e a coordenação pre- Geral da União, pelo prazo de até 90 (noventa) dias, antes
vistas neste artigo." (NR) do atendimento da requisição judicial, observadas as normas
e orientações baixadas por aquela unidade.
"Art. 8o-D. É criado o Departamento
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput
de Cálculos e Perícias da Advocacia-Geral deste artigo, o Advogado-Geral da União poderá incumbir
da União, integrante da estrutura organiza- os órgãos jurídicos das autarquias e fundações públicas, que
cional da Procuradoria-Geral da União e ao lhe são vinculados, do exame dos processos pertinentes aos
titular desta imediatamente subordinado. precatórios devidos por essas entidades.”
− 4/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
o o
"Art. 8 -E. É criada, na Procuradoria- § 6 Os recursos eventualmente ne-
Geral da União, a Coordenadoria de Ações cessários à instalação e manutenção dos
de Recomposição do Patrimônio da União, Núcleos de Assessoramento Jurídico,
com a finalidade de recuperar perdas pa- correrão à conta de dotações orçamentá-
trimoniais sofridas pela União, à qual in- rias da Advocacia-Geral da União.
cumbe também a execução de títulos judi- § 7o O Advogado-Geral da União
ciais e extrajudiciais, inclusive os expedi- editará ato, nos termos do art. 45 da Lei
dos pelo Tribunal de Contas da União. Complementar no 73, de 1993, dispondo
Parágrafo único. As demais Procurado- sobre os Núcleos de Assessoramento Ju-
rias da União poderão ter unidades com rídico de que trata este artigo." (NR)
semelhantes atribuições, conforme dispuser "Art. 8o-G. São criadas, na Consultoria
ato do Advogado-Geral da União." (NR) Jurídica do Ministério da Defesa, as Con-
"Art. 8°-F. O Advogado-Geral da sultorias Jurídicas-Adjuntas dos Coman-
União poderá instalar Núcleos de Asses- dos da Marinha, do Exército e da Aeronáu-
soramento Jurídico nas Capitais dos Es- tica, ficando extintas as Consultorias Jurí-
tados e, quando o interesse do serviço dicas dos antigos Ministérios Militares.
recomendar, em outras cidades. § 1o As Consultorias Jurídicas-
§ 1o Incumbirão aos Núcleos ativida- Adjuntas objeto deste artigo terão com-
des de assessoramento jurídico aos órgãos petência especializada, cabendo-lhes, no
e autoridades da Administração Federal respectivo âmbito de atuação e no que
Direta localizados fora do Distrito Federal, couber, os poderes funcionais previstos
quanto às matérias de competência legal no art. 11 da Lei Complementar no 73,
ou regulamentar dos órgãos e autoridades de 1993, sem prejuízo da competência
assessorados, sem prejuízo das competên- geral da Consultoria Jurídica do Minis-
cias das Consultorias Jurídicas dos respec- tério da Defesa.
tivos Ministérios. § 2o Os cargos em comissão de Con-
§ 2o As matérias específicas do Minis- sultor Jurídico-Adjunto decorrentes do
tério ao qual pertença o órgão ou a autori- que dispõe este artigo serão DAS 101.4.
dade assessorados, que requeiram a mani- § 3o Na aplicação do disposto no §
festação da Consultoria Jurídica, serão a 2o, são remanejados, dos Comandos da
esta encaminhadas pelo Coordenador do Marinha, do Exército e da Aeronáutica
Núcleo de Assessoramento Jurídico. para a Secretaria de Gestão do Ministé-
§ 3o O Advogado-Geral da União rio do Planejamento, Orçamento e Ges-
providenciará a lotação, nos Núcleos de tão, três cargos DAS 101.5 das extintas
Assessoramento Jurídico, dos Assisten- Consultorias Jurídicas, e, da Secretaria
tes Jurídicos integrantes da Advocacia- de Gestão para o Ministério da Defesa,
Geral da União, inclusive do quadro su- três cargos DAS 101.4.
plementar, que estejam em exercício em § 4o O Advogado-Geral da União dis-
cidade sede dos referidos Núcleos, res- porá, em ato próprio, editado nos termos
peitados os casos de cessão a outros ór- do art. 45 da Lei Complementar no 73, de
gãos ou entidades, bem como os de de- 1993, sobre a competência, a estrutura e o
signação como representante judicial da funcionamento da Consultoria Jurídica do
União, de que trata o art. 69 da Lei Ministério da Defesa e respectivas Consul-
Complementar no 73, de 1993. torias Jurídicas-Adjuntas." (NR)
§ 4o Excepcionalmente, o Advoga- "Art. 11-A. Fica autorizada a Advo-
do-Geral da União poderá designar, para cacia-Geral da União a assumir, por suas
ter exercício nos Núcleos de Assessora- Procuradorias, temporária e excepcio-
mento Jurídico, outros membros efetivos nalmente, a representação judicial de au-
da Advocacia-Geral da União, bem co- tarquias ou fundações públicas nas se-
mo Procuradores Federais. guintes hipóteses: (Ver art. 14, parágrafo ú-
§ 5o Os Núcleos de Assessoramento nico, da Lei no 10.480, de 2002.)
Jurídico integram a Consultoria-Geral I - ausência de procurador ou ad-
da União. vogado;
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LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
II - impedimento dos integrantes do quanto aos assuntos de competência da
órgão jurídico. respectiva autarquia ou fundação.
§ 1o A representação judicial extra- § 3o As citações, intimações e noti-
ordinária prevista neste artigo poderá ficações das autarquias e fundações re-
ocorrer por solicitação do dirigente da lacionadas no Anexo V desta Lei, bem
entidade ou por iniciativa do Advogado- como nas hipóteses de que trata o art.
Geral da União. 11-A, serão feitas às respectivas Procu-
§ 2o A inexistência de órgão jurídico radorias da Advocacia-Geral da União,
integrante da respectiva Procuradoria ou asseguradas aos seus membros, no exer-
Departamento Jurídico, em cidade sede de cício da representação judicial de que
Órgão judiciário perante o qual corra feito trata o art. 11-A e este artigo, as prerro-
de interesse de autarquia ou fundação da gativas processuais previstas em lei.
União, configura a hipótese de ausência § 4o Os Órgãos Jurídicos das entidades de
prevista no inciso I deste artigo. que trata o caput, juntamente com os respec-
§ 3o O Advogado-Geral da União, tivos Órgãos da Advocacia-Geral da União,
com a finalidade de suprir deficiências o- no prazo de sessenta dias, farão o levantamen-
casionais de Órgãos Vinculados à Advo- to dos processos judiciais em andamento, in-
cacia-Geral da União, poderá designar pa- dicando a fase em que se encontram.
ra prestar-lhes colaboração temporária § 5o Até o advento da Lei referida no §
membros efetivos da Advocacia-Geral da 1o deste artigo, o Advogado-Geral da Uni-
União, Procuradores Autárquicos, Assis- ão, de ofício ou mediante proposta de diri-
tentes Jurídicos e Advogados de outras en- gente de Procuradoria da União, poderá
tidades, seja em atividades de representa- designar Procuradores Autárquicos, Ad-
ção judicial ou de consultoria e assessora- vogados e Assistentes Jurídicos das enti-
mento jurídicos, estando, enquanto durar a dades relacionadas no Anexo V desta Lei
colaboração temporária, investidos dos para terem exercício nas Procuradorias da
mesmos poderes conferidos aos integran- Advocacia-Geral da União.
tes do respectivo Órgão Vinculado." (NR) § 6o A Procuradoria-Geral da Fun-
"Art. 11-B. A representação judicial dação Nacional do Índio permanece res-
da União, quanto aos assuntos confiados ponsável pelas atividades judiciais que,
às autarquias e fundações federais rela- de interesse individual ou coletivo dos
cionadas no Anexo V a esta Lei, passa a índios, não se confundam com a repre-
ser feita diretamente pelos órgãos pró- sentação judicial da União.
prios da Advocacia-Geral da União, § 7o Na hipótese de coexistirem, em
permanecendo os Órgãos Jurídicos da- determinada ação, interesses da União e
quelas entidades responsáveis pelas res- de índios, a Procuradoria-Geral da Fun-
pectivas atividades de consultoria e as- dação Nacional do Índio ingressará no
sessoramento jurídicos. (Ver art. 14, pará- feito juntamente com a Procuradoria da
grafo único, da Lei no 10.480, de 2002.) Advocacia-Geral da União." (NR)
§ 1o Os Procuradores Autárquicos, As- "Art. 17. ...........................................
sistentes Jurídicos e Advogados integran- § 7o (Revogado pela Lei no 10.480, de 2002.)
tes dos quadros das entidades de que trata "Art. 19. ...........................................
o caput neles permanecerão, até que lei § 5o As transposições efetivadas por
disponha sobre a nova forma de represen- este artigo alcançaram tão-somente ser-
tação judicial, direta e indireta, da União, vidores estáveis no serviço público,
consideradas as suas entidades autárquicas mencionados no item I do caput." (NR)
e fundacionais, bem como sobre a presta- "Art. 19-A. São transpostos, para a Car-
ção de consultoria e assessoramento jurídi- reira de Assistente Jurídico da Advoca-
cos a essas entidades. cia-Geral da União, os atuais cargos efe-
§ 2o Os órgãos jurídicos das entidades tivos da Administração Federal direta,
relacionadas no Anexo V desta Lei conti- privativos de bacharel em Direito, cujas
nuarão, até 7 de julho de 2000, como co- atribuições, fixadas em ato normativo
responsáveis pela representação judicial hábil, tenham conteúdo eminentemente
− 6/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
o
jurídico e correspondam àquelas de as- § 7 Cada caso deverá ser instruído
sistência fixadas aos cargos da referida pelo órgão de recursos humanos do res-
Carreira, ou as abranjam, e os quais: pectivo Ministério ou Secretaria de Es-
I - estejam vagos; ou tado, com a documentação necessária a
II - tenham como titulares servido- comprovar que o servidor atende ao dis-
res, estáveis no serviço público, que: posto neste artigo, após o que deverá ser
a) anteriormente a 5 de outubro de encaminhado ao Advogado-Geral da
1988 já detinham cargo efetivo, ou em- União, na forma por ele regulamentada,
prego permanente, privativo de bacharel acompanhado de manifestação conclusi-
em Direito, de conteúdo eminentemente va do respectivo órgão de assessoramen-
jurídico, nos termos do caput, na Admi- to jurídico." (NR)
nistração Federal direta, autárquica ou "Art. 21. Aos titulares dos cargos de
fundacional, conforme as normas consti- Advogado da União, de Procurador da Fa-
tucionais e legais então aplicáveis; zenda Nacional e de Assistente Jurídico
b) investidos após 5 de outubro de das respectivas carreiras da Advocacia-
1988, o tenham sido em decorrência de a- Geral da União incumbe representá-la ju-
provação em concurso público ou da apli- dicial e extrajudicialmente, bem como e-
cação do § 3o do art. 41 da Constituição. xecutar as atividades de assessoramento
§ 1o Nas situações previstas no inci- jurídico do Poder Executivo, conforme
so II, a transposição objeto deste artigo dispuser ato normativo do Advogado-
abrange os cargos e seus titulares. Geral da União." (NR)
§ 2o A transposição de servidor egres- "Art. 24-A. A União, suas autarquias e
so de autarquia ou fundação pública fede- fundações, são isentas de custas e emolu-
ral, prevista no inciso II, alíneas "a" e "b", mentos e demais taxas judiciárias, bem
alcança tão-somente aquele que passou a como de depósito prévio e multa em ação
integrar a Administração direta em decor- rescisória, em quaisquer foros e instâncias.
rência da extinção ou da alteração da natu- Parágrafo único. Aplica-se o disposto
reza jurídica da entidade à qual pertencia, e neste artigo a todos os processos adminis-
desde que as atribuições da respectiva en- trativos e judiciais em que for parte o Fun-
tidade e o seu quadro de pessoal tenham do de Garantia do Tempo de Serviço -
sido, por lei, absorvidos por órgãos da FGTS, seja no pólo ativo ou passivo, ex-
Administração direta. tensiva a isenção à pessoa jurídica que o
§ 3o Às transposições disciplinadas representar em Juízo ou fora dele." (NR)
neste artigo aplicam-se, também, a cor- Art. 4o A Lei no 9.494, de 10 de setem-
relação e os procedimentos constantes bro de 1997, passa a vigorar acrescida dos
do art. 19 desta Lei (§§ 2o, 3o e 4o). seguintes artigos:
§ 4o As transposições de que trata este "Art. 1o-A. Estão dispensadas de de-
artigo serão formalizadas em ato declarató- pósito prévio, para interposição de re-
rio do Advogado-Geral da União. curso, as pessoas jurídicas de direito pú-
§ 5o Os eventuais efeitos financei- blico federais, estaduais, distritais e mu-
ros, das transposições em referência, nicipais." (NR)
somente serão devidos, aos seus benefi- "Art. 1o-B. O prazo a que se refere o
ciários, a partir da data em que publica- caput dos arts. 730 do Código de Pro-
do o ato declaratório, objeto do § 4o. cesso Civil, e 884 da Consolidação das
§ 6o Os titulares máximos dos órgãos Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre-
da Administração Federal direta, nos quais to-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943,
existam cargos na situação descrita no ca- passa a ser de trinta dias." (NR)
put e inciso I, deverão indicá-los à Advo- "Art. 1o-C. Prescreverá em cinco
cacia-Geral da União, por intermédio do anos o direito de obter indenização dos
Ministério do Planejamento, Orçamento e danos causados por agentes de pessoas
Gestão, explicitando, relativamente a cada jurídicas de direito público e de pessoas
cargo vago, sua origem, evolução, atribui- jurídicas de direito privado prestadoras
ções e regência normativa. de serviços públicos." (NR)
− 7/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
o
"Art. 1 -D. Não serão devidos hono- sões que envolvam tributos, contribui-
rários advocatícios pela Fazenda Pública ções previdenciárias, o Fundo de Garan-
nas execuções não embargadas." (NR) tia do Tempo de Serviço - FGTS ou ou-
"Art. 1o-E. São passíveis de revisão, tros fundos de natureza institucional cu-
pelo Presidente do Tribunal, de ofício ou a jos beneficiários podem ser individual-
requerimento das partes, as contas elabo- mente determinados." (NR)
radas para aferir o valor dos precatórios "Art. 2o .............................................
antes de seu pagamento ao credor." (NR) Parágrafo único. A propositura da
"Art. 1o-F. Os juros de mora, nas ação prevenirá a jurisdição do juízo pa-
condenações impostas à Fazenda Públi- ra todas as ações posteriormente inten-
ca para pagamento de verbas remunera- tadas que possuam a mesma causa de
tórias devidas a servidores e empregados pedir ou o mesmo objeto." (NR)
públicos, não poderão ultrapassar o per- Art. 7o O art. 17 da Lei no 8.429, de 2 de
centual de seis por cento ao ano." (NR) junho de 1992, passa a vigorar acrescido do
"Art. 2o-A. A sentença civil prolata- seguinte § 5o:
da em ação de caráter coletivo proposta "§ 5o A propositura da ação preveni-
por entidade associativa, na defesa dos rá a jurisdição do juízo para todas as a-
interesses e direitos dos seus associados, ções posteriormente intentadas que pos-
abrangerá apenas os substituídos que te- suam a mesma causa de pedir ou o mes-
nham, na data da propositura da ação, mo objeto." (NR)
domicílio no âmbito da competência ter- Art. 8o O art. 1o da Lei no 9.704, de 17
ritorial do órgão prolator. de novembro de 1998, passa a vigorar acres-
Parágrafo único. Nas ações coletivas cido dos seguintes §§ 2o e 3o, renumerando-
propostas contra a União, os Estados, o se o atual parágrafo único para § 1o:
Distrito Federal, os Municípios e suas au- "§ 2o Para a chefia de órgão jurídico
tarquias e fundações, a petição inicial de- de autarquia e de fundação federal será
verá obrigatoriamente estar instruída com preferencialmente indicado Procurador
a ata da assembléia da entidade associativa Federal, de reconhecidas idoneidade,
que a autorizou, acompanhada da relação capacidade e experiência para o cargo.
nominal dos seus associados e indicação § 3o Na hipótese de a indicação re-
dos respectivos endereços." (NR) cair sobre Bacharel em Direito que
"Art. 2o-B. A sentença que tenha por não seja Procurador Federal, deverá
objeto a liberação de recurso, inclusão em ser suficientemente justificada assim
folha de pagamento, reclassificação, equi- como atendidos todos os demais re-
paração, concessão de aumento ou exten- quisitos do § 2o." (NR)
são de vantagens a servidores da União, Art. 9o Os arts. 467, 836 e 884 da Con-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- solidação das Leis do Trabalho, aprovada
nicípios, inclusive de suas autarquias e pelo Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de
fundações, somente poderá ser executada 1943, passam a vigorar acrescidos dos se-
após seu trânsito em julgado." (NR) guintes parágrafos:
Art. 5o Os prazos referidos no art. 26 da "Art. 467. .........................................
Lei no 9.651, de 27 de maio de 1998, ficam Parágrafo único. O disposto no caput
prorrogados por mais quarenta e oito meses não se aplica à União, aos Estados, ao Dis-
a partir do seu término. trito Federal, aos Municípios e as suas au-
Art. 6o Os arts. 1o e 2o da Lei no 7.347, tarquias e fundações públicas." (NR)
de 24 de julho de 1985, passam a vigorar "Art. 836. .........................................
com as seguintes alterações: Parágrafo único. A execução da de-
"Art. 1o ............................................. cisão proferida em ação rescisória far-
V - por infração da ordem econômi- se-á nos próprios autos da ação que lhe
ca e da economia popular; deu origem, e será instruída com o acór-
VI - à ordem urbanística. dão da rescisória e a respectiva certidão
Parágrafo único. Não será cabível de trânsito em julgado." (NR)
ação civil pública para veicular preten- "Art. 884. .........................................
− 8/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
o o
§ 5 Considera-se inexigível o título § 2 O Advogado-Geral da União poderá
judicial fundado em lei ou ato normativo distribuir os cargos de trata o § 1o às unidades
declarados inconstitucionais pelo Su- da Advocacia-Geral da União, à medida de
premo Tribunal Federal ou em aplicação suas necessidades, sendo facultado ao Poder
ou interpretação tidas por incompatíveis Executivo alterar-lhes a denominação.
com a Constituição Federal." (NR) Art. 14. O art. 4o da Lei no 4.348, de 26
Art. 10. O art. 741 da Lei no 5.869, de de junho de 1964, passa a vigorar com as
11 de janeiro de 1973, com a redação dada seguintes alterações:
pela Lei no 8.953, de 13 de dezembro de "Art. 4o ............................................
1994, passa a vigorar acrescido do seguinte § 1o Indeferido o pedido de suspen-
parágrafo único: são ou provido o agravo a que se refere
"Parágrafo único. Para efeito do dis- o caput, caberá novo pedido de suspen-
posto no inciso II deste artigo, conside- são ao Presidente do Tribunal competen-
ra-se também inexigível o título judicial te para conhecer de eventual recurso es-
fundado em lei ou ato normativo decla- pecial ou extraordinário.
rados inconstitucionais pelo Supremo § 2o Aplicam-se à suspensão de se-
Tribunal Federal ou em aplicação ou in- gurança de que trata esta Lei, as disposi-
terpretação tidas por incompatíveis com ções dos §§ 5o a 8o do art. 4o da Lei no
a Constituição Federal." (NR) 8.437, de 30 de junho de 1992." (NR)
Art. 11. Estabelecida controvérsia de natu- Art. 15. Aplica-se à ação rescisória o
reza jurídica entre entidades da Administração poder geral de cautela de que trata o art. 798
Federal indireta, ou entre tais entes e a União, do Código de Processo Civil.
os Ministros de Estado competentes solicita- Art. 16. Respeitadas, quanto ao Advo-
rão, de imediato, ao Presidente da República, a gado-Geral da União, as exigências do § 1o
audiência da Advocacia-Geral da União. do art. 131 da Constituição, não serão exigi-
Parágrafo único. Incumbirá ao Advoga- dos requisitos atinentes à idade e ao tempo
do-Geral da União adotar todas as providên- de prática forense para a investidura em
cias necessárias a que se deslinde a contro- cargos privativos de Bacharel em Direito, de
vérsia em sede administrativa. natureza especial ou em comissão, da Advo-
Art. 12. Não estão sujeitas ao duplo grau cacia-Geral da União.
de jurisdição obrigatório as sentenças proferi- § 1o Às investiduras de que trata o caput
das contra a União, suas autarquias e funda- serão sempre indispensáveis o elevado saber
ções públicas, quando a respeito da controvér- jurídico e a reconhecida idoneidade.
sia o Advogado-Geral da União ou outro órgão § 2o O disposto neste artigo aplica-se à
administrativo competente houver editado investidura de titular de órgão jurídico
súmula ou instrução normativa determinando a vinculado à Advocacia-Geral da União.
não-interposição de recurso voluntário. Art. 17. A União não reivindicará o domí-
Art. 13. Fica reduzido para três o núme- nio de terras originárias de aldeamentos indí-
ro de cargos de Procurador Seccional da genas extintos anteriormente a 24 de fevereiro
União, DAS 101.4, criados pelo art. 8o, de 1891, ou confiscadas aos Jesuítas até aquela
parágrafo único, da Lei no 9.366, de 16 de data, e desistirá de reivindicações que tenham
dezembro de 1996, e acrescentado, ao Ane- como objeto referido domínio, salvo das áreas:
xo I da referida Lei, um cargo em comissão I - afetadas a uso público comum e a uso
de Adjunto do Advogado-Geral da União e especial da Administração Federal direta e
treze cargos em comissão de Coordenador- indireta, inclusive as reservadas;
Geral, DAS 101.4. II - cedidas pela União, ou por esta
§ 1o Os cargos em comissão de Coorde- submetidas ao regime enfitêutico;
nador-Geral, referidos no caput, e os cargos III - identificadas, como de domínio da
em comissão do Grupo-Direção e Assesso- União, em ato jurídico específico, adminis-
ramento Superiores - DAS, níveis 3, 2 e 1, trativo ou judicial.
de que tratam os Anexos III, IV e V da Lei Parágrafo único. A Secretaria do Patrimô-
no 9.366, de 1996, ficam localizados no nio da União do Ministério do Planejamento,
Gabinete do Advogado-Geral da União. Orçamento e Gestão, no prazo de cento e vinte
− 9/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001
dias, indicará à Advocacia-Geral da União as Art. 20. Esta Medida Provisória entra
áreas ou imóveis objeto da ressalva de que em vigor na data de sua publicação.
tratam os incisos I a III do caput. Art. 21. Fica revogado o art. 53 da Lei
Art. 18. Fica o Poder Executivo autoriza- no 10.257, de 10 de julho de 2001.
do a republicar leis alteradas por esta Medida Brasília, 24 de agosto de 2001; 180o da
Provisória, incorporando aos respectivos Independência e 113o da República.
textos as alterações nelas introduzidas. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 19. Ficam convalidados os atos pra- José Gregori
ticados com base na Medida Provisória no Martus Tavares
2.180-34, de 27 de julho de 2001. Gilmar Ferreira Mende

ANEXO
(Anexo V a que se refere o art. 11-B da Lei no 9.028, de 1995)
Entidades vinculadas ao Ministério da Educação:
1. Centro Federal de Educação Tecnológica "Celso Suckow da Fonseca"
2. Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia
3. Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba
4. Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas
5. Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos
6. Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás
7. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
8. Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas
9. Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco
10. Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina
11. Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis
12. Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo
13. Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará
14. Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo
15. Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão
16. Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará
17. Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
18. Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí
19. Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte
20. Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas
21. Escola Agrotécnica Federal Antônio José Teixeira
22. Escola Agrotécnica Federal de Alegre
23. Escola Agrotécnica Federal de Alegrete
24. Escola Agrotécnica Federal de Araguatins
25. Escola Agrotécnica Federal de Bambui
26. Escola Agrotécnica Federal de Barbacena
27. Escola Agrotécnica Federal de Barreiros
28. Escola Agrotécnica Federal de Belo Jardim
29. Escola Agrotécnica Federal de Cáceres
30. Escola Agrotécnica Federal de Castanhal
31. Escola Agrotécnica Federal de Catu
32. Escola Agrotécnica Federal de Ceres
33. Escola Agrotécnica Federal de Codó
34. Escola Agrotécnica Federal de Colatina

− 10/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001

35. Escola Agrotécnica Federal de Colorado do Oeste


36. Escola Agrotécnica Federal de Concórdia
37. Escola Agrotécnica Federal de Crato
38. Escola Agrotécnica Federal de Cuiabá
39. Escola Agrotécnica Federal de Iguatu
40. Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes
41. Escola Agrotécnica Federal de Januária
42. Escola Agrotécnica Federal de Machado
43. Escola Agrotécnica Federal de Manaus
44. Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho
45. Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul
46. Escola Agrotécnica Federal de Rio Pomba
47. Escola Agrotécnica Federal de Rio Verde
48. Escola Agrotécnica Federal de Salinas
49. Escola Agrotécnica Federal de Santa Inês
50. Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa
51. Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão
52. Escola Agrotécnica Federal de São Gabriel da Cachoeira
53. Escola Agrotécnica Federal de São João Evangelista
54. Escola Agrotécnica Federal de São Luís
55. Escola Agrotécnica Federal de São Vicente do Sul
56. Escola Agrotécnica Federal de Satuba
57. Escola Agrotécnica Federal de Senhor do Bonfim
58. Escola Agrotécnica Federal de Sertão
59. Escola Agrotécnica Federal de Sombrio
60. Escola Agrotécnica Federal de Sousa
61. Escola Agrotécnica Federal de Uberaba
62. Escola Agrotécnica Federal de Uberlândia
63. Escola Agrotécnica Federal de Urutai
64. Escola Agrotécnica Federal de Vitória de Santo Antão
65. Escola Agrotécnica Federal Presidente Juscelino Kubitschek
66. Escola Técnica Federal de Mato Grosso
67. Escola Técnica Federal de Ouro Preto
68. Escola Técnica Federal de Palmas
69. Escola Técnica Federal de Porto Velho
70. Escola Técnica Federal de Rolim de Moura
71. Escola Técnica Federal de Roraima
72. Escola Técnica Federal de Santa Catarina
73. Escola Técnica Federal de Santarém
74. Escola Técnica Federal de Sergipe
75. Colégio Pedro II
76. Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas
77. Escola Federal de Engenharia de Itajubá
78. Escola Superior de Agricultura de Mossoró
79. Faculdade de Ciências Agrárias do Pará
80. Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro
81. Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina
82. Fundação de Ensino Superior de São João del Rei
− 11/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001

83. Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre


84. Fundação Joaquim Nabuco
85. Universidade Federal de Pelotas
86. Universidade Federal do Piauí
87. Fundação Universidade Federal de Rondônia
Entidade vinculada ao Ministério do Esporte e Turismo:
88. EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
Entidades vinculadas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:
89. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA
90. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Entidade vinculada ao Ministério dos Transportes:
91. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER
Entidade vinculada ao Ministério da Justiça:
92. Fundação Nacional do Índio - FUNAI
Entidade vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:
93. Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA
Entidades vinculadas ao Ministério da Saúde:
94. Fundação Nacional de Saúde
95. Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
Entidade vinculada ao Ministério da Integração Nacional:
96. Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM

− 12/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
o
MEDIDA PROVISÓRIA N 2.229-43, DE 6 DE SETEMBRO DE 2001.
Dispõe sobre a criação, reestruturação e organi-
zação de carreiras, cargos e funções comissiona-
das técnicas no âmbito da Administração Pública
Federal direta, autárquica e fundacional, e dá ou-
tras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, requisitos fixados na legislação pertinente.
no uso da atribuição que lhe confere o art. Parágrafo único. O concurso referido no
62 da Constituição, adota a seguinte Medida caput poderá ser realizado por áreas de especi-
Provisória, com força de lei: alização, organizado em uma ou mais fases,
Art. 1o Esta Medida Provisória dispõe sobre incluindo, se for o caso, curso de formação,
a criação das Carreiras de Procurador Federal e conforme dispuser o edital de abertura do
de Fiscal Federal Agropecuário, reestrutura e certame, observada a legislação pertinente.
organiza as seguintes carreiras e cargos: Art. 4o O desenvolvimento do servidor nas
I - Analista de Finanças e Controle e carreiras e nos cargos de que tratam os arts. 1o
Técnico de Finanças e Controle; e 55 desta Medida Provisória ocorrerá median-
II - Analista de Planejamento e Orçamento te progressão funcional e promoção.
e Técnico de Planejamento e Orçamento; § 1o Para fins desta Medida Provisória,
III - Analista de Comércio Exterior; progressão é a passagem do servidor para o
IV - Especialista em Políticas Públicas e padrão de vencimento imediatamente supe-
Gestão Governamental; rior dentro de uma mesma classe ou catego-
V - Técnico de Planejamento e Pesquisa ria, e promoção, a passagem do servidor do
e demais cargos de nível superior e de nível último padrão de uma classe ou categoria
intermediário do Instituto de Pesquisa Eco- para o primeiro padrão da classe ou catego-
nômica Aplicada - IPEA; ria imediatamente superior.
VI - Técnico de Planejamento P-1501 § 2o A progressão funcional e a promo-
do Grupo P-1500; ção observarão os requisitos fixados em
VII - Analista, Procurador e Técnico do regulamento.
Banco Central do Brasil; § 3º O servidor em estágio probatório se-
VIII - Inspetor e Analista da Comissão rá objeto de avaliação específica, sem prejuí-
de Valores Mobiliários - CVM; zo da progressão funcional durante esse
IX - Analista Técnico da Superintendên- período, observados o interstício mínimo de 1
cia de Seguros Privados - SUSEP; (um) ano em cada padrão e o resultado de
X - Carreira de Pesquisa em Ciência e avaliação de desempenho efetuada para essa
Tecnologia; finalidade, na forma do regulamento. (NR)
XI - Carreira de Desenvolvimento Tec- (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
nológico; Art. 5o É de quarenta horas semanais a
XII - Carreira de Gestão, Planejamento e jornada de trabalho dos integrantes dos
Infra-Estrutura em Ciência e Tecnologia; e cargos e carreiras a que se refere esta Medi-
XIII - (Revogado a partir de 1.1.2002, pelo art. da Provisória, ressalvados os casos ampara-
8º da Lei nº 10.302, de 31.10.2001) dos por legislação específica.
Art. 2o As carreiras e os cargos a que se CARREIRAS E CARGOS DO GRUPO GESTÃO
referem o art. 1o são agrupados em classes Art. 6o Os cargos efetivos de que tratam
ou categorias e padrões, na forma dos Ane- os incisos I a VI do art. 1o da Lei no 9.625,
xos I, II e III. de 7 de abril de 1998, e o inciso II do art. 1o
Art. 3o O ingresso nos cargos de que trata da Lei no 9.620, de 2 de abril de 1998, rees-
esta Medida Provisória far-se-á no padrão truturados na forma do Anexo I, têm a sua
inicial da classe ou categoria inicial do respec- correlação de cargos estabelecida nos Ane-
tivo cargo, mediante concurso público de xos XVII, XVII-A e XVII-B. (NR) (Alterado
provas ou de provas e títulos, exigindo-se curso pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003)
superior ou médio, ou equivalente, concluído, Parágrafo único. Os cargos vagos de
conforme o nível do cargo, observados os Técnico de Planejamento e Orçamento
− 13/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
existentes em 30 de junho de 2000, e os que II - até vinte e cinco por cento, incidente
vagarem a partir dessa data, ficam automati- sobre o maior vencimento básico do cargo para
camente extintos. os ocupantes dos cargos referidos no art. 6o
Art. 7o Incumbe aos ocupantes dos car- desta Medida Provisória, em decorrência dos
gos de que trata o art. 6o o exercício das resultados da avaliação institucional. (NR)
atribuições previstas em leis e regulamentos (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003)
específicos, em especial o disposto nos arts. Art. 9o A Gratificação de Desempenho e
21 a 24 da Lei n° 9.625, de 1998, e no inciso Eficiência - GDE, de que trata o art. 10 da
II do art. 1° da Lei n° 9.620, de 1998. Lei n° 9.620, de 1998, não será devida aos
Art. 8o Ficam extintas a Gratificação de ocupantes do cargo de Analista de Comércio
Desempenho e Produtividade - GDP, de que Exterior, a partir de 30 de junho de 2000.
trata o art. 1° da Lei n° 9.625, de 1998, e a Art. 10. Os critérios de que tratam os
Gratificação de Planejamento, Orçamento e de arts. 1°, 7° e 8° da Lei n° 9.625, de 1998, e
Finanças e Controle, de que trata o art. 7° da os arts. 16 e 17 da Lei n° 9.620, de 1998,
Lei n° 8.538, de 21 de dezembro de 1992, e aplicam-se à GCG.
instituída a Gratificação de Desempenho de Parágrafo único. Os ocupantes dos car-
Atividade do Ciclo de Gestão - GCG, devida gos efetivos da Carreira de Finanças e Con-
aos integrantes dos cargos referidos no art. 6o trole, em exercício na Secretaria do Patri-
desta Medida Provisória, no percentual de até mônio da União, em 31 de dezembro de
cinqüenta por cento, incidente sobre o venci- 1998, fazem jus à GCG.
mento básico do servidor, conforme valores CARREIRAS E CARGOS DA CVM E DA SUSEP
estabelecidos nos Anexos VII e VIII. (Ver o art. Art. 11. Os cargos efetivos de Inspetor e
3º da Lei nº 11.094, de 2005) Analista da Comissão de Valores Mobiliá-
§ 1o A GCG será atribuída em função do rios - CVM e de Analista Técnico da Supe-
efetivo desempenho do servidor, bem assim de rintendência de Seguros Privados - SUSEP,
metas de desempenho institucional fixadas, na de que tratam o Voto do Conselho Monetá-
forma estabelecida em ato do Poder Executivo. rio Nacional - CMN no 401, de 28 de janeiro
§ 2o Até vinte pontos percentuais da de 1987, e a Resolução do Conselho Nacio-
GCG serão atribuídos em função do alcance nal de Seguros Privados - CNSP no 7, de 3
das metas institucionais. de outubro de 1988, reestruturados na forma
Art. 8o-A. A partir de 1o de dezembro de do Anexo I, têm sua correlação de cargos
2003, os valores de vencimento básico dos estabelecida no Anexo XVII e XVII-A.
cargos referidos no art. 6o desta Medida Provi- (NR) (Alterado pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003)
sória serão os constantes dos Anexos VII-A e Parágrafo único. Ficam criados trinta
VIII-A. (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) cargos de Analista Técnico no Quadro Geral
§ 1o Sobre os valores das tabelas cons- de Pessoal da SUSEP.
tantes dos Anexos VII-A e VIII-A, referidos Art. 12. Incumbe aos ocupantes dos car-
no caput, incidirá o índice concedido a gos de que trata o art. 11 o exercício das
título de revisão geral da remuneração dos atribuições previstas em leis e regulamentos
servidores públicos federais nos termos da específicos, em especial o disposto no art. 1°
Lei no 10.697, de 2 de julho de 2003, e é da Lei n° 9.015, de 30 de março de 1995.
mantida a vantagem pecuniária individual Art. 13. Ficam instituídas a Gratificação de
de que trata a Lei no 10.698, de 2 de julho de Desempenho de Atividade de Auditoria de
2003. (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) Valores Mobiliários - GDCVM, devida aos
§ 2o A GCG, instituída pelo art. 8o desta ocupantes dos cargos de Inspetor e Analista da
Medida Provisória, a partir de 1o de dezem- CVM, e a Gratificação de Desempenho de
bro de 2003, será paga com a observância Atividade de Auditoria de Seguros Privados -
dos seguintes percentuais e limites: (Incluído GDSUSEP, devida aos ocupantes dos cargos
pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) de Analista Técnico da SUSEP, no percentual
I - até trinta por cento, incidente sobre o de até cinqüenta por cento, incidente sobre o
vencimento básico do servidor, em decorrência vencimento básico do servidor, conforme
dos resultados da avaliação de desempenho valores estabelecidos no Anexo VII. (Ver os arts.
individual; e (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) 3º e 25 da Lei nº 11.094, de 2005)
− 14/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
o
§ 1 A GDCVM e a GDSUSEP serão a- 16 e 17 da Lei no 9.620, de 2 de abril de 1998,
tribuídas em função do efetivo desempenho aplicam-se à GDCVM e à GDSUSEP. (NR)
do servidor, bem assim de metas de desem- (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
penho institucional fixadas, na forma estabe- CARREIRAS DA ÁREA DE CIÊNCIA E
lecida em ato do Poder Executivo. TECNOLOGIA
§ 2o Até vinte pontos percentuais das Art. 17. Os cargos efetivos da Carreira
gratificações de que trata o caput deste de Pesquisa em Ciência e Tecnologia, da
artigo serão atribuídos em função do alcance Carreira de Desenvolvimento Tecnológico e
das metas institucionais. da Carreira de Gestão, Planejamento e Infra-
Art. 13-A. A partir de 1o de dezembro de Estrutura em Ciência e Tecnologia, de que
2003, os valores de vencimento básico dos trata a Lei n° 8.691, de 28 de julho de 1993,
cargos referidos no art. 11 desta Medida Provi- reestruturados na forma do Anexo II, têm
sória serão os constantes dos Anexos VII-A e sua correlação estabelecida no Anexo V.
VIII-A. (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.344, de 8.9.2006)
§ 1o Sobre os valores das tabelas constantes Art. 18. Ficam extintas a Gratificação de
dos Anexos VII-A e VIII-A, referidos no caput, Atividades em Ciência e Tecnologia - GCT, de
incidirá o índice concedido a título de revisão que trata o art. 22 da Lei n° 8.691, de 1993, e a
geral da remuneração dos servidores públicos Gratificação de Desempenho de Atividade de
federais nos termos da Lei no 10.697, de 2 de Ciência e Tecnologia - GDCT, de que tratam a
julho de 2003, e é mantida a vantagem pecuniária Lei n° 9.638, de 20 de maio de 1998, e a Lei n°
individual de que trata a Lei no 10.698, de 2 de 9.647, de 26 de maio de 1998.
julho de 2003. (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) Art. 19. Fica instituída a Gratificação de
§ 2o A GDCVM e a GDSUSEP, instituí- Desempenho de Atividade de Ciência e Tecno-
das pelo art. 13 desta Medida Provisória, a logia - GDACT, devida aos ocupantes dos
partir de 1o de dezembro de 2003, serão pagas cargos efetivos integrantes das carreiras de que
com a observância dos seguintes percentuais e trata o art. 17 desta Medida Provisória. (Ver o art.
limites: (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) 16 da Lei nº 11.094, de 2005 e a Lei nº 11.344, de 2006)
I - até trinta por cento, incidente sobre o Parágrafo único. Fazem jus à gratifica-
vencimento básico do servidor, em decorrência ção de que trata o caput os empregados de
dos resultados da avaliação de desempenho nível superior mencionados no art. 27 da Lei
individual; e (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) n° 8.691, de 28 de julho de 1993.
II - até vinte e cinco por cento, incidente Art. 20. O valor da GDACT será de até
sobre o maior vencimento básico do cargo trinta e cinco por cento para os cargos de nível
para os ocupantes dos cargos referidos no superior, de até quinze por cento para os cargos
art. 11 desta Medida Provisória, em decor- de nível intermediário e de até cinco por cento
rência dos resultados da avaliação institu- para os cargos de nível auxiliar, incidentes
cional. (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003) sobre o vencimento básico do servidor.
Art. 14. Os ocupantes dos cargos de Inspe- § 1o Os ocupantes dos cargos de que tra-
tor e Analista da CVM e de Analista Técnico ta o art. 17 somente farão jus à GDACT se
da SUSEP não fazem jus à percepção da Re- em exercício de atividades inerentes às
tribuição Variável da Comissão de Valores atribuições das respectivas carreiras nos
Mobiliários e da Retribuição Variável da órgãos e nas entidades a que se refere o § 1°
Superintendência de Seguros Privados, respec- do art. 1° da Lei n° 8.691, de 1993, e nas
tivamente, de que trata a Lei n° 9.015, de 1995. Organizações Sociais conforme disposto na
Art. 15. A GDCVM e a GDSUSEP serão Lei n° 9.637, de 15 de maio de 1998.
integralmente pagas, respectivamente, com os § 2o (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
recursos arrecadados na forma das Leis no § 3o (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
7.940 e no 7.944, ambas de 20 de dezembro de Art. 20-A. (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
1989, que instituíram a Taxa de Fiscalização Art. 21. A parcela da GDACT atribuída
do Mercado de Valores Mobiliários e a Taxa em função das metas institucionais será calcu-
de Fiscalização do Mercado de Seguros. (Ver o lada observando-se os seguintes limites:
art. 25 da Lei nº 11.094, de 2005) I - até quatorze pontos percentuais, para
Art. 16. Os critérios de que tratam os arts. os cargos de nível superior;
− 15/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
II - até seis pontos percentuais, para os dos cargos mencionados no caput deste artigo,
cargos de nível intermediário; e desde que sua investidura haja observado as
III - até dois pontos percentuais para os pertinentes normas constitucionais e ordinárias
cargos de nível auxiliar. anteriores a 5 de outubro de 1988, e, se poste-
Art. 22. O titular de cargo efetivo das car- rior a esta data, tenha decorrido de aprovação
reiras e dos cargos referidos no art. 17, quando em concurso público.
investido em cargo em comissão de Natureza § 2o Os atuais ocupantes do cargo de Mé-
Especial, DAS 6 e DAS 5, ou equivalentes, dico Veterinário - NS 910 que optarem por
fará jus ao valor máximo da GDACT. permanecer na situação atual deverão fazê-lo,
Art. 23. O titular de cargo efetivo das car- de forma irretratável, até 31 de julho de 2000,
reiras e dos cargos referidos no art. 17 que não ficando, neste caso, em quadro em extinção.
se encontre em exercício nos órgãos e nas § 3o Ficam criados quinhentos cargos de
entidades a que se refere o § 1° do art. 1° da Fiscal Federal Agropecuário na Carreira de
Lei n° 8.691, de 1993, excepcionalmente fará Fiscal Federal Agropecuário, no Quadro
jus à GDACT nas seguintes situações: Geral de Pessoal do Ministério da Agricultu-
I - quando cedido para a Presidência ou ra, Pecuária e Abastecimento.
Vice-Presidência da República, perceberá a Art. 29. Aos ocupantes do cargo de Fis-
GDACT calculada com base nas regras aplicá- cal Federal Agropecuário, não se aplica a
veis aos órgãos e às entidades cedentes; e jornada de trabalho a que se refere o § 2° e o
II - quando cedido para órgãos ou enti- caput do art. 1° da Lei n° 9.436, de 5 de
dades do Governo Federal, distintos dos fevereiro de 1997, não mais se admitindo a
indicados no § 1° do art. 1° da Lei n° 8.691, percepção de dois vencimentos básicos.
de 1993, e no inciso I, da seguinte forma: Art. 30. Fica instituída a Gratificação de
a) o servidor investido em cargo em co- Desempenho de Atividade de Fiscalização
missão de Natureza Especial, DAS 6, DAS 5, Agropecuária - GDAFA, devida aos ocupan-
ou equivalentes, perceberá a GDACT em valor tes dos cargos da Carreira de Fiscal Federal
calculado com base no disposto no art. 22; e Agropecuário, quando em exercício de ativi-
b) o servidor investido em cargo em dades inerentes às atribuições da respectiva
comissão DAS 4, ou equivalente, perceberá carreira no Ministério da Agricultura, Pecuá-
a GDACT no valor de setenta e cinco por ria e Abastecimento, no percentual de até
cento do valor máximo da GDACT. cinqüenta por cento incidente sobre o venci-
Art. 24. Revogado pelo Lei nº 11.094, de 2005 mento básico do servidor.
CARREIRA DE FISCAL FEDERAL Parágrafo único. A GDAFA será atribu-
AGROPECUÁRIO ída em função do efetivo desempenho do
Art. 25. Fica criada a Carreira de Fiscal servidor, bem como do desempenho institu-
Federal Agropecuário, composta de cargos cional do órgão, na forma estabelecida em
de igual denominação, no Quadro Geral de ato do Poder Executivo.
Pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuá- Art. 31. (Revogado pela Lei nº 10.883, de 2004)
ria e Abastecimento, regidos pela Lei nº Art. 32. O titular de cargo efetivo da car-
8.112, de 11 de dezembro de 1990. reira de que trata o art. 25 desta Medida Provi-
Art. 26. (Revogado pela Lei nº 10.883, de 2004) sória, quando investido em cargo de Natureza
Art. 27. (Revogado pela Lei nº 10.883, de 2004) Especial ou DAS 6 e DAS 5, ou equivalentes,
Art. 28. São transformados em cargos de em órgãos ou entidades do Governo Federal,
Fiscal Federal Agropecuário, os atuais cargos fará jus à respectiva gratificação calculada com
efetivos da Carreira de Fiscal de Defesa Agro- base no limite máximo.
pecuária e de Médico Veterinário - NS 910, Art. 33. O integrante da Carreira de Fiscal
cujos ocupantes estejam em efetivo exercício Federal Agropecuário, que não se encontre na
nas atividades de controle, inspeção, fiscaliza- situação prevista no art. 30 desta Medida
ção e defesa agropecuária, do Quadro de Provisória, somente fará jus à GDAFA:
Pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária I - quando cedido para a Presidência ou
e Abastecimento, na forma do Anexo IV. Vice-Presidência da República, perceberá a
§ 1o Serão enquadrados na Carreira de Fis- respectiva gratificação calculada como se
cal Federal Agropecuário os atuais ocupantes estivesse em exercício nos órgãos ou nas
− 16/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
entidades cedentes; ou assessorada no controle interno da legalida-
II - quando cedido para outros órgãos ou de dos atos a serem por ela praticados ou já
entidades do Governo Federal, se investido efetivados.
em cargo em comissão DAS 4, ou equiva- § 1o Os membros da Carreira de Procu-
lente, perceberá a respectiva gratificação em rador Federal são lotados e distribuídos pelo
valor correspondente a trinta por cento do Advogado-Geral da União.243
vencimento básico. § 2o A lotação de Procurador Federal
Art. 34. Não são devidas aos ocupantes nas autarquias e fundações públicas é pro-
da Carreira de Fiscal Federal Agropecuário posta pelos titulares destas.
a Gratificação a que se refere o art. 7° da Lei § 3o Para o desempenho de suas atribui-
n° 8.460, de 17 de setembro de 1992, a ções, aplica-se o disposto no art. 4o da Lei no
Gratificação de Desempenho de Atividade 9.028, de 12 de abril de 1995, aos membros
de Defesa Agropecuária, a que se referem as das carreiras de Procurador Federal e de
Leis nos 9.620, de 2 de abril de 1998, e
9.641, de 25 de maio de 1998, e a Gratifica- 243
Ver o art. 5º e o Anexo II da Lei nº 10.871, de 20 de
ção de Desempenho da Atividade de Fisca- maio de 2004:
lização, a que se refere a Lei n° 9.775, de 21 “Art. 5º O Procurador-Geral Federal definirá a
de dezembro de 1998. distribuição de cargos de Procurador Federal nas
CARREIRAS E CARGOS DA ÁREA Procuradorias das Agências Reguladoras, observados os
JURÍDICA quantitativos estabelecidos no Anexo II desta Lei.
§ 1º É vedada a remoção, a transferência ou a mu-
Art. 35. Fica criada a Carreira de Procu- dança de exercício a pedido, com ou sem mudança de
rador Federal no âmbito da Administração sede, de Procurador Federal designado para ter exercí-
Pública Federal, nas respectivas autarquias e cio nas entidades referidas no Anexo I desta Lei, nos
fundações, composta de cargos de igual primeiros 36 (trinta e seis) meses a contar da data da
denominação, regidos pela Lei n° 8.112, de investidura no cargo.
§ 2º Ficam criados, na Carreira de Procurador Fe-
1990, com a estrutura de cargo constante do
deral de que trata o art. 36 da Medida Provisória nº
Anexo III. 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, regidos pelas leis e
Art. 36. O ingresso nos cargos de que normas próprias aplicáveis a ela, 64 (sessenta e quatro)
trata o art. 35 far-se-á mediante concurso cargos efetivos de Procurador Federal, destinados ao
público, exigindo-se diploma de Bacharel exercício das atribuições estabelecidas no art. 37 da
em Direito, observados os requisitos fixados Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de
2001, no âmbito das respectivas unidades de exercício.”
na legislação pertinente. “ANEXO II
Parágrafo único. Os concursos serão disci- CARGOS DE PROCURADOR FEDERAL A SEREM
plinados pelo Advogado-Geral da União, DISTRIBUÍDOS ÀS AGÊNCIAS REGULADORAS
presente, nas bancas examinadoras respectivas, AUTARQUIA ESPECIAL QUANT.
a Ordem dos Advogados do Brasil. ANA 20
Art. 37. São atribuições dos titulares do ANATEL 70
ANCINE 15
cargo de Procurador Federal:
ANEEL 35
I - a representação judicial e extrajudici- ANP 40
al da União, quanto às suas atividades des- ANS 40
centralizadas a cargo de autarquias e funda- ANTAQ 20
ções públicas, bem como a representação ANTT 55
judicial e extrajudicial dessas entidades; ANVISA 40”
II - as atividades de consultoria e asses- A Medida Provisória nº 233, de 30 de dezembro de
2004, que criava 50 cargos de Procurador Federal [art.
soramento jurídicos à União, em suas referi- 24], para provimento por concurso público, teve o seu
das atividades descentralizadas, assim como prazo de vigência esgotado no dia 14 de junho de 2005,
às autarquias e às fundações federais; conforme o Ato declaratório do Presidente da Mesa do
III - a apuração da liquidez e certeza dos Congresso Nacional nº 24, de 2005.
créditos, de qualquer natureza, inerentes às Ver o art. 6º, III, da Lei nº 11.151, de 29 de julho de
suas atividades, inscrevendo-os em dívida 2005, que cria 134 cargos efetivos de técnico-
administrativo de nível superior no âmbito do Ministério
ativa, para fins de cobrança amigável ou da Educação, para redistribuição à UFRB − Universidade
judicial; e Federal do Recôncavo da Bahia, entre eles sete cargos de
IV - a atividade de assistir a autoridade “Advogado”, conforme o seu Anexo II.
− 17/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
o
Procurador do Banco Central do Brasil. § 1 Ao Procurador Federal é proibido:
(NR) (Incluído pela Lei nº 11.094, de 2005) I - exercer a advocacia fora das atribui-
Art. 38. Os integrantes da Carreira de ções do respectivo cargo;
Procurador Federal têm os direitos e deveres II - contrariar súmula, parecer normativo
que lhes prevê a Lei no 8.112, de 1990, e ou orientação técnica, adotados pelo Advo-
sujeitam-se às proibições e aos impedimen- gado-Geral da União;
tos estabelecidos nesta Medida Provisória.244 III - manifestar-se, por qualquer meio de
divulgação, sobre assunto conexo às suas
244
Ver o art. 23 da Lei no 10.871, de 20 de maio de 2004:
atribuições, salvo ordem, ou autorização
“Art. 23. Além dos deveres e das proibições previs- expressa, do Advogado-Geral da União;
tos na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, aplicam- IV - exercer suas atribuições em processo,
se aos servidores em efetivo exercício nas Agências judicial ou administrativo, em que seja parte ou
Reguladoras referidas no Anexo I desta Lei: interessado, ou haja atuado como advogado de
I - o dever de manter sigilo sobre as operações ativas e qualquer das partes, ou no qual seja interessado
passivas e serviços prestados pelas instituições reguladas de
que tiverem conhecimento em razão do cargo ou da função,
parente consangüíneo ou afim, em linha reta
conforme regulamentação de cada Agência Reguladora; ou colateral, até o segundo grau, bem como
II - as seguintes proibições: cônjuge ou companheiro, bem assim nas
a) prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa hipóteses da legislação, inclusive processual; e
cuja atividade seja controlada ou fiscalizada pela V - participar de comissão ou banca de
entidade, salvo os casos de designação específica;
concurso e intervir no seu julgamento, quando
b) firmar ou manter contrato com instituição regu-
lada, bem como com instituições autorizadas a funcionar concorrer parente consangüíneo ou afim, em
pela entidade, em condições mais vantajosas que as linha reta ou colateral, até o segundo grau, bem
usualmente ofertadas aos demais clientes; como cônjuge ou companheiro.
c) exercer outra atividade profissional, inclusive § 2o Devem, os Procuradores Federais,
gestão operacional de empresa, ou direção político- dar-se por impedidos nas hipóteses em que
partidária, excetuados os casos admitidos em lei;
d) contrariar súmula, parecer normativo ou orien-
tenham proferido manifestação favorável à
tação técnica, adotados pela Diretoria Colegiada da pretensão deduzida em juízo pela parte
respectiva entidade de lotação; e adversa e naquelas da legislação processual,
e) exercer suas atribuições em processo administra- cumprindo-lhes comunicar, de pronto, o seu
tivo, em que seja parte ou interessado, ou haja atuado impedimento ao respectivo superior hierár-
como representante de qualquer das partes, ou no qual quico, visando à designação de substituto.
seja interessado parente consangüíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o 2o (segundo grau), bem como
Art. 39. São transformados em cargos de
cônjuge ou companheiro, bem como nas hipóteses da Procurador Federal, os seguintes cargos
legislação, inclusive processual. efetivos, de autarquias e fundações federais:
§ 1o A não observância ao dever previsto no inciso I I - Procurador Autárquico;
do caput deste artigo é considerada falta grave, sujei- II - Procurador;
tando o infrator à pena de demissão ou de cassação de
III - Advogado;
aposentadoria ou disponibilidade, de que tratam os arts.
132 e 134 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990. IV - Assistente Jurídico; e
§ 2o As infrações das proibições estabelecidas no V - Procurador e Advogado da Superin-
inciso II do caput deste artigo são punidas com a pena tendência de Seguros Privados e da Comis-
de advertência, de suspensão, de demissão ou de cassa- são de Valores Mobiliários.
ção de aposentadoria, de acordo com a gravidade, Parágrafo único. O disposto neste artigo
conforme o disposto nos arts. 129, 130 e seu § 2o, 132 e
134 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
não se aplica ao Procurador do Banco Cen-
§ 3o Aplicam-se aos Procuradores Federais em e- tral do Brasil.
xercício nas entidades referidas no Anexo I desta Lei as Art. 40. São enquadrados na Carreira de
disposições deste artigo, exceto o disposto na alínea d do Procurador Federal os titulares dos cargos
inciso II deste artigo” de que trata o art. 39, cuja investidura nos
Ver a Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, que
cria a Agência Nacional de Aviação Civil − ANAC:
“Art. 9o A ANAC terá como órgão de deliberação má- prerrogativas processuais de Fazenda Pública, será
xima a Diretoria, contando, também, com uma Procuradori- exercida pela Procuradoria.”
a, uma Corregedoria, um Conselho Consultivo e uma “Art. 41. Ficam criados 50 (cinqüenta) cargos de
Ouvidoria, além das unidades especializadas.” Procurador Federal na ANAC, observado o disposto na
“Art. 17. A representação judicial da ANAC, com legislação específica.”
− 18/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
respectivos cargos haja observado as perti- reiras referidas no art. 41, que não se encontre
nentes normas constitucionais e ordinárias nas situações previstas nos arts. 41 e 42, somen-
anteriores a 5 de outubro de 1988, e, se te fará jus à GDAJ, nos termos deste artigo:
posterior a essa data, tenha decorrido de I - quando cedido para a Presidência ou Vi-
aprovação em concurso público. ce-Presidência da República, perceberá a respec-
§ 1o O enquadramento deve observar a tiva gratificação calculada com base nas mesmas
correlação estabelecida no Anexo VI. regras válidas como se estivesse em exercício
§ 2o À Advocacia-Geral da União in- nos órgãos ou nas entidades cedentes; e
cumbe verificar, caso a caso, a regularidade II - quando cedido para outros órgãos ou
da aplicação deste artigo, quanto aos enqua- entidades do Governo Federal, se investido
dramentos efetivados. em cargo em Comissão DAS 4, ou equiva-
Art. 41. Fica instituída a Gratificação de lente, perceberá a respectiva gratificação em
Desempenho de Atividade Jurídica - GDAJ, valor correspondente a vinte por cento do
devida aos integrantes das Carreiras de Advo- vencimento básico.
gado da União e de Assistente Jurídico da Art. 44. Os valores do vencimento dos
Advocacia-Geral da União, de Defensor Públi- cargos de Procurador Federal e dos cargos
co da União e de Procurador Federal, no per- das Carreiras de Advogado da União e de
centual de até trinta por cento, incidente sobre Assistente Jurídico da Advocacia-Geral da
o vencimento básico do servidor, quando em União e de Defensor Público da União são
exercício nas unidades jurídicas dos órgãos e os constantes do Anexo XI. (Ver os arts. 2º, 3º e
das entidades da Administração Pública Fede- 4º e os Anexos I, II e III da Lei nº 10.909, de 2004).
ral direta, autárquica e fundacional. (Ver as Leis Parágrafo único. Aplica-se aos cargos das
nos 10.909 e 10.910, de 2004 e o Decreto nº 5.207, de 2004). Carreiras de Advogado da União e de Assis-
§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.034, de 2004) tente Jurídico da Advocacia-Geral da União e
§ 2o A Gratificação Temporária de que de Defensor Público da União a correlação
trata o art. 17 da Lei no 9.028, de 12 de abril estabelecida no Anexo XIV. (Ver os arts. 2º, 3º e 4º
de 1995, atribuída exclusivamente a outros e os Anexos I, II e III da Lei nº 10.909, de 2004).
servidores, mantidos os fatores estabeleci- Art. 45. Não serão devidas as seguintes
dos no Anexo III da referida Lei, será paga vantagens aos ocupantes dos cargos de que
nos seguintes valores: trata o art. 44, inclusive àqueles colocados
I - GT-I, R$ 471,87 (quatrocentos e se- em quadros suplementares:
tenta e um reais e oitenta e sete centavos); I - Representação Mensal de que tratam
II - GT-II, R$ 340,79 (trezentos e qua- o Decreto-lei n° 2.333, de 11 de junho de
renta reais e setenta e nove centavos); 1987, e Decreto-lei n° 2.371, de 18 de no-
III - GT-III, R$ 209,72 (duzentos e nove vembro de 1987;
reais e setenta e dois centavos); e II - Gratificação de que trata o art. 7° da
IV - GT-IV, R$ 157,29 (cento e cin- Lei n° 8.460, de 1992;
qüenta e sete reais e vinte e nove centavos). III - Gratificação de Fiscalização e Ar-
Art. 42. O titular de cargo efetivo das carrei- recadação - GEFA de que trata a Lei n°
ras de que trata o art. 41, quando investido em 8.538, de 21 de dezembro de 1992;
cargo de Natureza Especial ou em comissão dos IV - Retribuição Variável da Comissão
níveis DAS 6 e DAS 5, ou equivalentes, em de Valores Mobiliários - RVCVM de que
órgãos ou entidades do Governo Federal, fará jus trata a Lei n° 9.015, de 1995;
à GDAJ calculada com base no limite máximo. V - Retribuição Variável da Superinten-
Parágrafo único. O beneficiário da GDAJ, dência de Seguros Privados - RVSUSEP de
quando em exercício nas unidades jurídicas que trata a Lei n° 9.015, de 1995;
dos órgãos e das entidades da Administração VI - Gratificação Temporária - GT de que tra-
Pública Federal direta, autárquica e fundacio- tam as Leis nos 9.028, de 1995, e 9.651, de 1998;
nal, se investido em cargo em comissão do VII - Gratificação Provisória - GP de
nível DAS 4, perceberá a referida Gratificação que trata a Lei n° 9.651, de 1998;
em valor não inferior a vinte por cento do VIII - Gratificação de Desempenho de
respectivo vencimento básico. Função Essencial à Justiça - GFJ de que
Art. 43. O titular de cargo efetivo das car- trata a Lei n° 9.651, de 1998;
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LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
IX - Representação Mensal de que trata a Art. 49. O exercício, por Procurador da
Lei n° 9.366, de 16 de dezembro de 1996;.e República, do direito de opção irretratável
X - Gratificação de Atividade - GAE de por Carreira da Advocacia-Geral da União,
que trata a Lei Delegada no 13, de 27 de facultado pelo § 2o do art. 29 do Ato das
agosto de 1992. Disposições Constitucionais Transitórias,
Art. 46. Os cargos efetivos da Administra- poderá ser manifestado ao Advogado-Geral
ção Federal direta, autárquica e fundacional, da União, no prazo de quinze dias estabele-
privativos de Bacharel em Direito, que não cido no art. 61 da Lei Complementar no 73,
foram transpostos pela Lei n° 9.028, de 1995, de 10 de fevereiro de 1993, contado da
nem por esta Medida Provisória, para as Car- publicação da lei de conversão desta Medida
reiras de Assistente Jurídico e de Procurador Provisória, e comunicado ao Procurador-
Federal, comporão quadros suplementares em Geral da República.
extinção. (Ver o art. 4º da Lei nº 10.907, de 2004). § 1o Ficam assegurados ao optante o in-
§ 1o O quadro suplementar relativo aos gresso em cargo compatível da Carreira da
servidores da Administração Federal direta Advocacia-Geral da União e a percepção dos
de que trata o caput inclui-se na Advocacia- vencimentos e vantagens do cargo antes ocu-
Geral da União. pado, salvo opção pela retribuição do novo
§ 2o O disposto neste artigo não se apli- cargo, respeitados o tempo de efetivo serviço e
ca aos integrantes da Carreira Policial Fede- o direito a promoções, assim como as garantias
ral, aos cargos de Procurador do Banco e prerrogativas próprias a membros do Minis-
Central do Brasil, Procurador da Procurado- tério Público Federal, no que não conflitar com
ria Especial da Marinha, Juiz-Presidente e a natureza da Advocacia-Geral da União.
Juiz do Tribunal Marítimo. § 2o A opção de que trata este artigo impli-
Art. 47. Os cargos de Advogado da Uni- ca a automática criação de cargo na carreira
ão e de Assistente Jurídico da Advocacia- escolhida pelo optante, o qual integrará Quadro
Geral da União serão distribuídos pelas três Especial, e será extinto quando vagar.
categorias das respectivas carreiras, median- Art. 50. O Advogado-Geral da União
te ato do Advogado-Geral da União. editará os atos necessários ao cumprimento
Art. 48. Aplicam-se aos Procuradores da do disposto nesta Medida Provisória, relati-
Procuradoria Especial da Marinha, de que vamente aos cargos de Advogado da União
trata a Lei no 7.642, de 18 de dezembro de e de Assistente Jurídico da Advocacia-Geral
1987, e aos ocupantes de cargos integrantes da União e àqueles dos integrantes de seus
dos quadros suplementares de que trata o órgãos vinculados.
art. 46 a tabela de vencimento constante do CARREIRAS E CARGOS DO BANCO
Anexo XI, observada a correlação do Anexo CENTRAL DO BRASIL246
VI e a gratificação de que trata o art. 41, Art. 51. A Lei no 9.650, de 27 de maio de
observado o disciplinamento estabelecido 1998, passa a vigorar com as seguintes alterações:
por esta Medida Provisória. “Art. 3º (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos "Art. 4o São atribuições dos titula-
de Juiz-Presidente e Juiz do Tribunal Marítimo res do cargo de Procurador do Banco
farão jus, a título de vencimentos, ao valor Central do Brasil:
correspondente ao padrão III da categoria I - a representação judicial e extra-
especial da tabela constante do Anexo XI e à judicial do Banco Central do Brasil;
gratificação de que trata o art. 41, conforme II - as atividades de consultoria e as-
disposto nesta Medida Provisória. 245 sessoramento jurídicos ao Banco Central
do Brasil;
245
III - a apuração da liquidez e certeza
Ver o art. 5º da Lei nº 11.319, de 6.7.2006, segundo o qual: dos créditos, de qualquer natureza, ine-
“Art. 5º Os titulares dos cargos referidos no art. 3º
rentes às suas atividades, inscrevendo-os
desta Lei não fazem jus, a partir de 1º de abril de 2004, à
Gratificação de Desempenho de Atividade Jurídica - GDAJ,
de que trata o art. 41 da Medida Provisória no 2.229-43, de 6
246
de setembro de 2001.” (Os cargos referidos no art. 3º da Lei Ver também o art. 3° e seguintes da Lei n° 10.769,
são os de Juiz-Presidente e Juiz do Tribunal Marítimo). de 19.11.2003.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
em dívida ativa, para fins de cobrança III - que requeiram profissionaliza-
amigável ou judicial; e ção específica." (NR)
IV - assistir aos administradores do "Art. 15. ...........................................
Banco Central do Brasil no controle in- § 1º (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
terno da legalidade dos atos a serem por "Art. 17-A. Além das proibições pre-
eles praticados ou já efetivados." (NR) vistas no art. 17, ao Procurador do Banco
"Art. 7o. ............................................ Central do Brasil também é proibido:
§ 1o Progressão funcional é a passa- I - exercer a advocacia fora das atri-
gem do servidor para o padrão de venci- buições do respectivo cargo;
mento imediatamente superior dentro de II - contrariar súmula, parecer norma-
uma mesma classe, observado o interstício tivo ou orientação técnica, adotadas pelo
de setecentos e trinta dias, redutível, medi- Procurador-Geral do Banco Central do
ante processo de avaliação de desempenho Brasil ou pelo Advogado-Geral da União;
em até cento e oitenta e dois dias. III - manifestar-se, por qualquer
..............................................." (NR) meio de divulgação, sobre assuntos co-
"Art. 11. É criada a Gratificação de nexos às suas atribuições, salvo ordem,
Atividade do Banco Central do Brasil - ou autorização expressa da Diretoria do
GABC, observados os seguintes crité- Banco Central do Brasil;
rios e percentuais: IV - exercer suas atribuições em
I - cargos de Analista do Banco Cen- processo, judicial ou administrativo, em
tral do Brasil e de Procurador do Banco que seja parte ou interessado, ou haja
Central do Brasil, incluídos nas classes D, atuado como advogado de qualquer das
C e B: setenta e cinco por cento, incidentes partes, ou no qual seja interessado pa-
sobre o vencimento básico do padrão onde rente consangüíneo ou afim, em linha
estiver posicionado o servidor; reta ou colateral, até o segundo grau,
II - cargos de Analista do Banco bem como cônjuge ou companheiro,
Central do Brasil e de Procurador do bem assim nas hipóteses da legislação,
Banco Central do Brasil, incluídos nos inclusive processual; e
padrões I, II e III da classe A: sessenta e V - participar de comissão ou banca
cinco por cento, incidentes sobre o ven- de concurso e intervir no seu julgamen-
cimento básico do padrão onde estiver to, quando concorrer parente consangüí-
posicionado o servidor; neo ou afim, em linha reta ou colateral,
III - cargos de Analista do Banco Cen- até o segundo grau, bem como cônjuge
tral do Brasil e de Procurador do Banco ou companheiro.
Central do Brasil, incluídos no padrão IV da Parágrafo único. Devem os Procu-
classe A: cinqüenta e cinco por cento, inci- radores do Banco Central do Brasil dar-
dentes sobre o vencimento básico do padrão se por impedidos nas hipóteses em que
onde estiver posicionado o servidor; e tenham proferido manifestação favorá-
IV - cargo de Técnico do Banco Cen- vel à pretensão deduzida em juízo pela
tral do Brasil: noventa por cento, inciden- parte adversa e naquelas da legislação
tes sobre o vencimento básico do padrão processual, cumprindo-lhes comunicar,
onde estiver posicionado o servidor. de pronto, o seu impedimento ao respec-
Parágrafo único. Os percentuais a que tivo superior hierárquico, visando à de-
se refere o caput deste artigo poderão ser signação de substituto." (NR)
acrescidos de até dez pontos percentuais, Art. 52. (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
nas condições a serem fixadas pela Direto- Art. 53. Os ocupantes dos cargos de
ria do BACEN, enquanto estiver o servi- Analista do Banco Central do Brasil da
dor em exercício de atividades: Carreira de Especialista do Banco Central
I - externas de fiscalização do Sis- do Brasil e de Procurador do Banco Central
tema Financeiro Nacional, inclusive de do Brasil da Carreira Jurídica do Banco
câmbio; Central do Brasil são enquadrados, a partir
II - que importem risco de quebra de de 1o de agosto de 2000, na forma do Anexo
caixa; e XV a esta Medida Provisória.
− 21/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
o
Art. 54. O ingresso nos cargos de Analista § 5 A Função Comissionada Técnica a
do Banco Central do Brasil da Carreira de que se refere este artigo, caracterizada pela
Especialista do Banco Central do Brasil, e de complexidade e responsabilidade, somente
Procurador do Banco Central do Brasil da poderá ser ocupada por servidor com quali-
Carreira Jurídica do Banco Central do Brasil ficação, capacidade e experiência, na forma
dos aprovados em concurso, cujo edital tenha definida em ato do Poder Executivo.
sido publicado até 29 de junho de 2000, dar-se- § 6o O preenchimento das Funções Co-
á, excepcionalmente, na classe D padrão III. missionadas Técnicas referidas no caput
PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO deste artigo deverá ser feito de forma gradu-
DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO al, observando-se a disponibilidade orça-
Art. 55. (Revogado a partir de 1.1.2002, pela mentária em cada exercício, e somente
Lei nº 10.302, de 31.10.2001) poderá ocorrer após a avaliação de cada
Art. 56. (Revogado a partir de 1.1.2002, pela posto de trabalho existente no órgão ou na
Lei nº 10.302, de 31.10.2001) entidade, de acordo com critérios a serem
Art. 57. (Revogado a partir de 1.1.2002, pela estabelecidos em regulamento.
Lei nº 10.302, de 31.10.2001) § 7o As Funções Comissionadas Técni-
FUNÇÕES COMISSIONADAS TÉCNICAS cas não se incorporam aos proventos da
Art. 58. Ficam criadas no Ministério do aposentadoria e às pensões.
Planejamento, Orçamento e Gestão, para DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
uso no âmbito do Poder Executivo Federal, Art. 59. Para fins de incorporação aos
oito mil setecentas e três Funções Comissio- proventos da aposentadoria ou às pensões, as
nadas Técnicas - FCT, cujos níveis e valores Gratificações de que tratam os arts. 8o, 13, 19,
são os constantes do Anexo XIII. 30, 41 e 56 desta Medida Provisória: 248
§ 1o As Funções Comissionadas Técnicas I - somente serão devidas, se percebidas
destinam-se exclusivamente a ocupantes de há pelo menos cinco anos; e
cargos efetivos, constantes do Anexo V da Lei II - serão calculadas pela média aritmé-
n° 9.367, de 16 de dezembro de 1996, que não tica dos últimos sessenta meses anteriores à
tenham sido estruturados em carreiras ou abran- aposentadoria ou instituição da pensão.
gidos pelo art. 1o desta Medida Provisória.247 § 1o A aplicação do disposto nesta Medida
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.526, de 4.10.2007) Provisória a aposentados e pensionistas não
§ 3o (Revogado pela Lei nº 11.526, de 4.10.2007) poderá implicar redução de proventos e pensões.
§ 4o As Funções Comissionadas Técnicas § 2o Constatada a redução de proventos
não são cumulativas com os cargos em comis- ou pensão decorrente da aplicação do dis-
são de Natureza Especial e do Grupo-Direção posto nesta Medida Provisória, a diferença
e Assessoramento Superiores, de que trata a será paga a título de vantagem pessoal no-
Lei n° 9.030, de 13 de abril de 1995, com as minalmente identificada.
Funções Gratificadas, criadas pelo art. 26 da § 3o (Revogado a partir de 1.1.2002, pela Lei nº
Lei n° 8.216, de 13 de agosto de 1991, com as 10.302, de 31.10.2001)
Gratificações de Representação da Presidência § 4o As vantagens pessoais de que tratam
da República e dos órgãos que a integram com os §§ 2o e 3o deste artigo serão calculadas
os cargos de Direção e Funções Gratificadas de
que trata o art. 1° da Lei n° 9.640, de 25 de
maio de 1998, e com os Cargos Comissiona- 248
Ver art. 20 da Lei n° 10.667, de 14 de maio de 2003:
dos de Direção, de Gerência Executiva, de “Art. 20. O período de afastamento do servidor para
Assessoria, de Assistência e Técnicos a que se servir em organismo internacional, de que o Brasil participe
refere a Lei n° 9.986, de 18 de julho de 2000. ou com o qual coopere, mantido o vínculo com o regime
próprio, será considerado para fins do interstício exigido
para incorporação aos proventos de aposentadoria ou
247
Ver art. 19 da Lei n° 10.677, de 14 de maio de 2003: pensão de vantagem decorrente de gratificações por desem-
“Art. 19. A restrição de que trata o § 1o do art. 58 penho ou produtividade, no âmbito da Administração
da Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de Pública Federal, considerando-se como pontuação do
2001, feita aos ocupantes de cargos efetivos estruturados período de afastamento a que vier a ser obtida pelo servidor
em carreiras não se aplica aos servidores abrangidos no primeiro processo de avaliação concluído após seu
pela Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001.” retorno ao exercício do cargo efetivo.”
− 22/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
quando da aplicação do disposto nesta Medida pensões concedidas ou instituídas após 29
Provisória e estarão sujeitas exclusivamente à de junho de 2000 e serão calculadas con-
atualização decorrente de revisão geral da forme o disposto no inciso II do caput do
remuneração dos servidores públicos federais. art. 59 desta Medida Provisória, desde que
Art. 60. Aplicam-se as disposições desta transcorridos pelo menos 60 (sessenta)
Medida Provisória às aposentadorias e meses de percepção das gratificações. (NR)
pensões, exceto as gratificações a que se (Incluído pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006)
refere os arts. 8o, 13, 19, 30 e 41, relativa- Art. 61. Enquanto não forem regulamen-
mente às aposentadorias e pensões concedi- tadas e até que sejam processados os resul-
das até 30 de junho de 2000. tados da avaliação de desempenho, as Grati-
Parágrafo único. (Revogado a partir de ficações referidas no art. 59 desta Medida
1.1.2002, pela Lei nº 10.302, de 31.10.2001) Provisória corresponderão aos seguintes
Art. 60-A. A partir de 1o de dezembro de percentuais incidentes sobre o vencimento
2003, as gratificações a que se referem os arts. básico de cada servidor:
8o, 13 e 19 desta Medida Provisória aplicam-se I - Gratificação de Desempenho de A-
às aposentadorias e às pensões concedidas ou tividade do Ciclo de Gestão, vinte e cinco
instituídas até 29 de junho de 2000, no valor por cento;
correspondente a trinta por cento do percentual II - Gratificação de Desempenho de Ati-
máximo aplicado ao padrão da classe em que o vidade de Auditoria de Valores Mobiliários,
servidor que lhes deu origem estivesse posi- vinte e cinco por cento;
cionado. (Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003. III - Gratificação de Desempenho de A-
Ver o art. 25 da Lei nº 11.094, de 2005) tividade de Auditoria de Seguros Privados,
§ 1o A hipótese prevista no caput aplica-se vinte e cinco por cento;
igualmente às aposentadorias e pensões conce- IV - Gratificação de Desempenho de A-
didas ou instituídas antes que o servidor que tividade de Ciência e Tecnologia, doze
lhes deu origem completasse sessenta meses de vírgula vinte e cinco por cento, cinco vírgula
percepção das gratificações. cinco por cento e dois vírgula cinco por
§ 2o As gratificações referidas no caput cento, para os cargos de níveis superior,
aplicam-se às aposentadorias e pensões conce- intermediário e auxiliar, respectivamente;
didas ou instituídas após 29 de junho de 2000 e V - Gratificação de Desempenho de A-
serão calculadas conforme o disposto no inciso tividade de Fiscalização Agropecuária, vinte
II do art. 59 desta Medida Provisória, desde e cinco por cento;
que transcorridos pelo menos sessenta meses VI - Gratificação de Desempenho de A-
de percepção das gratificações. (Incluído pela Lei tividade Jurídica, doze por cento; e
n° 10.769, de 19.11.2003) VII - Gratificação de Desempenho de
Art. 60-B. A partir de 1° de julho de Atividade Técnico-Administrativa Educa-
2006, as gratificações a que se referem os cional, cento e sessenta por cento. (Revogado a
arts. 8°, 13 e 19 desta Medida Provisória partir de 1.1.2002, pela Lei nº 10.302, de 31.10.2001)
aplicam-se às aposentadorias e às pensões § 1o O resultado da primeira avaliação gera
concedidas ou instituídas até 29 de junho de efeitos financeiros a partir do início do período
2000, no valor correspondente a 50% (cin- de avaliação, devendo ser compensadas even-
qüenta por cento) do percentual máximo tuais diferenças pagas a maior ou menor.
aplicado ao padrão da classe em que o ser- § 2o O disposto neste artigo aplica-se
vidor que lhes deu origem estivesse posicio- aos ocupantes de cargos ou funções comis-
nado. (Incluído pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006) sionadas que fazem jus às gratificações de
§ 1° A hipótese prevista no caput deste ar- que tratam os incisos I a VII.
tigo aplica-se igualmente às aposentadorias e Art. 62. Os valores dos vencimentos bási-
pensões concedidas ou instituídas antes que o cos constantes dos Anexos VII, VIII, IX, X,
servidor que lhes deu origem tenha completado XI, XII e XVIII não poderão servir de base de
60 (sessenta) meses de percepção das gratifica- cálculo para quaisquer outras gratificações ou
ções. (Incluído pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006) vantagens de quaisquer outros servidores.
§ 2° As gratificações referidas no caput Art. 63. Na hipótese de redução de re-
deste artigo aplicam-se às aposentadorias e muneração decorrente da aplicação do dis-
− 23/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
posto nesta Medida Provisória, a diferença ou fundação em cujo Quadro de Lotação de
será paga a título de vantagem pessoal no- Pessoal se incluam Procuradores Federais,
minalmente identificada, a ser absorvida por estes serão redistribuídos para outras entidades.
ocasião da reorganização ou reestruturação § 1o O disposto no caput deste artigo
dos cargos, carreiras ou tabelas remunerató- aplica-se, também, às extinções ocorridas no
rias, concessão de reajustes, adicionais, período compreendido entre a criação da
gratificações ou vantagem de qualquer Carreira de Procurador Federal e o início de
natureza ou do desenvolvimento no cargo ou vigência desta Medida Provisória.
na carreira." (NR) (Redação dada pela Medida § 2o Na hipótese de extinção de autarquia
Provisória no 43, de 2002, convertida na Lei n° 10.549, ou fundação ocorrida anteriormente à criação
de 2002. Ver o art. 8º da Lei nº 10.909, de 2004). da Carreira de Procurador Federal, será facul-
Parágrafo único. Em se tratando de nome- tado, aos que ocupavam na entidade extinta
ados para os cargos integrantes das Carreiras qualquer um dos cargos elencados no art. 39
da Advocacia-Geral da União, em decorrência desta Medida Provisória, o enquadramento na
de concursos públicos iniciados até 30 de Carreira de Procurador Federal, mediante
junho de 2000, a diferença será calculada tendo opção do interessado, manifestada até 31 de
em vista a remuneração inicial de maior valor janeiro de 2001, desde que atendidas todas as
indicado em edital, assim também se calculan- exigências necessárias ao enquadramento.
do para os demais integrantes das respectivas Art. 70. Aplica-se o disposto nos §§ 1o e
categorias iniciais das mencionadas Carreiras. 2o do art. 69 aos casos semelhantes de redis-
Art. 64. Os servidores alcançados por esta tribuição, independentemente de haver sido
Medida Provisória não fazem jus à percepção ou não extinta a entidade de origem.
da Gratificação de Atividade - GAE de que Art. 71. Os arts. 1° e 2° do Decreto-lei
trata a Lei Delegada no 13, de 1992. n° 2.194, de 26 de dezembro de 1984, al-
Art. 65. Até que seja aprovado o regu- cançam em seus efeitos os servidores do
lamento de que trata o § 2o do art. 4o desta Departamento Nacional de Estradas de
Medida Provisória, aplicam-se, para fins de Rodagem - DNER, ativos e inativos, e os
progressão funcional e promoção, as normas pensionistas que já estejam percebendo a
vigentes na data de sua publicação. vantagem deles decorrente.249
§ 1o Na contagem do interstício necessário § 1o O disposto no caput não se aplica aos
à promoção e à progressão será aproveitado o integrantes da Carreira de Procurador Federal.
tempo computado até a data em que tiver sido § 2o O disposto no art. 64 desta Medida
feito o enquadramento decorrente da aplicação Provisória não se aplica aos servidores do
do disposto nesta Media Provisória. DNER.
§ 2o Para fins do disposto neste artigo, não Art. 72. O art. 22 da Lei no 9.986, de 2000,
será considerado como progressão funcional passa a vigorar com a seguinte redação:
ou promoção o enquadramento decorrente da "Art. 22. Ficam as Agências auto-
aplicação desta Medida Provisória. rizadas a custear as despesas com re-
Art. 66. Nos casos de transposição ou moção e estada para os profissionais
novo enquadramento, as diferenças remune- que, em virtude de nomeação para
ratórias, decorrentes de alterações no ven- Cargos Comissionados de Direção, de
cimento básico, serão consideradas para Gerência Executiva e de Assessoria
todos os efeitos como parte integrante do dos níveis CD I e II, CGE I, II, III e
novo vencimento básico. IV, CA I e II, e para os Cargos Comis-
Art. 67. Será de cento e vinte dias, con- sionados Técnicos, nos níveis CCT V
tados a partir de 30 de junho de 2000, o
prazo para encaminhamento pelo Ministério 249
do Planejamento, Orçamento e Gestão à Ver a seguir o art. 29 da Lei nº 11.094, de 2004:
“Art. 29. Fica transformado em vantagem pessoal
Casa Civil da Presidência da República das
nominalmente identificada o valor devido em função das
propostas de regulamentação das Gratifica- disposições do art. 71 da Medida Provisória no 2.229-43,
ções de que trata o art. 59. de 6 de setembro de 2001, sujeito exclusivamente à
Art. 68. Revogado pelo art. 7o da Lei no 10.470, de 2002. atualização decorrente de revisão geral de remuneração
Art. 69. Caso venha a ser extinta autarquia dos servidores públicos federais”
− 24/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
e IV, vierem a ter exercício em cidade Chefe do Departamento Jurídico respectivo,
diferente da de seu domicílio, confor- o qual, logo que ultimados os trabalhos,
me disposto em regulamento de cada deve submetê-los ao conhecimento do Ad-
Agência, observados os limites de va- vogado-Geral da União. (Ver art. 11 da Lei no
lores estabelecidos para a Administra- 10.480, de 2002.)
ção Pública Federal direta." (NR) § 3o O Advogado-Geral da União dispo-
Art. 73. O Quadro IV da Lei nº 10.171, rá, em ato próprio e nos termos do § 3° do
de 5 de janeiro de 2001, fica acrescido das art. 45 da Lei Complementar n° 73, de 1993,
autorizações constantes no Anexo XIX desta sobre a aplicação deste artigo. (Ver art. 11 da
Medida Provisória. Lei no 10.480, de 2002.)
Art. 74. O art. 4o da Lei no 8.745, de 9 Art. 76. Ficam convalidados os atos pra-
de dezembro de 1993, passa a vigorar com a ticados com base na Medida Provisória no
seguinte redação: 2.150-42, de 24 de agosto de 2001, naquilo
"Art. 4° ............................................ em que não seja conflitante ou divergente
§ 7° Os contratos dos professores com o disposto nesta Medida Provisória.
substitutos prorrogados com base no in- Art. 77. Esta Medida Provisória entra
ciso III deste artigo poderão ser nova- em vigor na data de sua publicação.
mente prorrogados, pelo prazo de até Art. 78. Ficam revogados os arts. 4°, 9°,
doze meses, desde que o prazo final do 10 e 11 do Decreto-lei n° 2.266, de 12 de
contrato não ultrapasse 31 de dezembro março de 1985; a Lei n° 7.702, de 21 de
de 2002, e tenha sido aberto processo dezembro de 1988; o art. 7° da Lei n° 8.538,
seletivo simplificado, com ampla divul- de 21 de dezembro de 1992; o art. 22 da Lei
gação, sem a inscrição ou aprovação de n° 8.691, de 28 de julho de 1993; a Lei n°
candidatos." (NR) 9.638, de 20 de maio de 1998; a Lei n°
Art. 75. Os membros da Advocacia-Geral 9.647, de 26 de maio de 1998; o art. 11 da
da União, como os integrantes da Carreira de Lei n° 9.620, de 2 de abril de 1998; os arts.
Procurador Federal e de órgãos jurídicos vin- 1° e 10 da Lei n° 9.641, de 25 de maio de
culados à Instituição em geral, respondem, na 1998; o § 1° do art. 11, o § 2° do art. 12 e o
apuração de falta funcional praticada no exer- Anexo III da Lei no 9.650, de 27 de maio de
cício de suas atribuições específicas, institu- 1998; os arts. 1° e 13 da Lei n° 9.651, de 27
cionais e legais, exclusivamente perante a de maio de 1998; o Decreto n° 2.665, de 10
Advocacia-Geral da União, e sob as normas, de julho de 1998, e a Medida Provisória n°
inclusive disciplinares, da Lei Orgânica da 2.150-42, de 24 de agosto de 2001.
Instituição e dos atos legislativos que, no Brasília, 6 de setembro de 2001; 180o da
particular, a complementem. Independência e 113o da República.
§ 1o A apuração das faltas funcionais obje- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
to do caput, no que concerne aos membros da Amaury Guilherme Bier
Instituição, incumbe à Corregedoria-Geral da Eliseu Padilha
Advocacia da União250, observada, a cada Marcus Vinicius Pratini de Moraes
caso, a atribuição privativamente deferida ao Paulo Renato de Souza
Advogado-Geral da União pelo inciso XV do José Serra
art. 4º da Lei Complementar no 73, de 1993. Sérgio Silva do Amaral
§ 2o A apuração de falta funcional impu- Martus Tavares
tada a Procurador Federal, ou a integrante de Roberto Brant
órgão jurídico vinculado à Instituição em Ronaldo Mota Sardenberg
geral, incumbe ao Procurador-Geral, ou Gilmar Ferreira Mendes

250
Segundo o art. 2º, § 4º, do Decreto nº 5.480, de
30.6.2005, que “Dispõe sobre o Sistema de Correição
do Poder Executivo Federal, e dá outras providên-
cias”: “A unidade de correição da Advocacia-Geral
da União vincula-se tecnicamente ao Sistema de
Correição”, que tem a Controladoria-Geral da União
como Órgão Central do Sistema [art. 2º, I].
− 25/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
ANEXO I
(Revogado em parte pelo art. 9º da Lei nº 11.034, de 2004)

a) ESTRUTURA (DE CARGOS DA CARREIRA DE FISCAL FEDERAL AGROPECUÁRIO E − Revogado


pela Lei nº 11.034, de 2004) DOS CARGOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DAS INSTITUIÇÕES
FEDERAIS DE ENSINO VINCULADAS AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SITUAÇÃO NOVA
CARGO PADRÃO CLASSE
III
II ESPECIAL
I
VI
V
IV
C
III
II
I
Fiscal Federal Agropecuário (Revogado pela Lei nº 11.034, de 2004) VI
Técnicos-Administrativos das Instituições Federais de
Ensino vinculadas ao Ministério da Educação V
IV
B
III
II
I
V
IV
III A
II
I

b) ESTRUTURA DE CARGOS DAS CARREIRAS E CARGOS DO GRUPO GESTÃO E DE NÍVEL


SUPERIOR DA CVM E SUSEP
SITUAÇÃO NOVA
CARGO PADRÃO CLASSE
IV
III
ESPECIAL
II
I
VII
Analista de Finanças e Controle, Analista de Planejamento e Orçamento, VI
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Técnico de V
Planejamento P-1501 do Grupo P-1500, Técnico de Planejamento e IV C
Pesquisa e demais cargos de nível superior do Instituto de Pesquisa III
Econômica Aplicada – IPEA II
I
Analista de Comércio Exterior VII
Inspetor e Analista da CVM VI
V
Analista Técnico da SUSEP IV B
III
Técnico de Finanças e Controle, Técnico de Planejamento e Orçamento II
e cargos de nível intermediário do Instituto de Pesquisa Econômica I
Aplicada – IPEA VI
V
IV
A
III
II
I

− 26/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
b-1) ESTRUTURA DE CARGOS DAS CARREIRAS E CARGOS DO GRUPO GESTÃO E DE
NÍVEL SUPERIOR DA CVM E DA SUSEP VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003
(Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003)

SITUAÇÃO NOVA
CARGO CLASSE PADRÃO
IV
Analista de Finanças e Controle, Analista de Planejamento e Orçamento, Especialis- III
ESPECIAL
ta em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Técnico de Planejamento P-1501 II
do Grupo P-1500, Técnico de Planejamento e Pesquisa e demais cargos de nível I
superior do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA III
Analista de Comércio Exterior C II
Inspetor e Analista da CVM I
Analista Técnico da SUSEP III
Técnico de Finanças e Controle, Técnico de Planejamento e Orçamento e cargos de B II
nível intermediário do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA I
III
A II
I

ANEXO II
a) ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA DE PESQUISA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
NÍVEL CARGO PADRÃO CLASSE
III
II TITULAR
I
III
II ASSOCIADO
I
NS Pesquisador
III
II ADJUNTO
I
III
ASSISTENTE DE
II
PESQUISA
I
b) ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
NÍVEL CARGO PADRÃO CLASSE
III
II SÊNIOR
I
III
II PLENO 3
I
III
NS Tecnologista II PLENO 2
I
III
II PLENO 1
I
III
II JÚNIOR
I
− 27/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
III
II TÉCNICO 3
I
VI
V
IV
TÉCNICO 2
III
NI Técnico II
I
VI
V
IV
TÉCNICO 1
III
II
I
VI
V
IV
NA Auxiliar Técnico AUXILIAR TÉCNICO 2
III
II
I
VI
V
IV
AUXILIAR TÉCNICO 1
III
II
I

c) ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA DE GESTÃO, PLANEJAMENTO E INFRA-


ESTRUTURA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
NÍVEL CARGO PADRÃO CLASSE
III
II SÊNIOR
I
III
II PLENO 3
I
III
NS Analista em Ciência e Tecnologia II PLENO 2
I
III
II PLENO 1
I
III
II JÚNIOR
I
NI Assistente em Ciência e Tecnologia III
II ASSISTENTE 3
I
VI ASSISTENTE 2
V
IV
− 28/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
III
II
I
VI
V
IV
ASSISTENTE 1
III
II
I
VI
V
IV
AUXILIAR 2
III
II
I
NA Auxiliar em Ciência e Tecnologia
VI
V
IV
AUXILIAR 1
III
II
I

ANEXO III
ESTRUTURA DE CARGOS
CARGO PADRÃO CATEGORIA
III
II ESPECIAL
I
V
IV
III PRIMEIRA
II
Procurador Federal I
VII
VI
V
IV SEGUNDA
III
II
I

ANEXO IV
TABELA DE CORRELAÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
Cargo Classe Padrão Padrão Classe Cargo
Fiscal de Defesa III III Fiscal Federal Agropecuário
Agropecuária A II II ESPECIAL Técnicos-Administrativos das
Médico Veterinário I I Instituições Federais de Ensino
Técnicos- B VI VI C vinculadas ao Ministério da
Administrativos das V V Educação
Instituições Federais IV IV

− 29/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
de Ensino vincula- III III
das ao Ministério II II
da Educação I I
VI VI
V V
IV IV
C B
III III
II II
I I
V V
IV IV
D III III A
II II
I I

ANEXO V
a) TABELA DE CORRELAÇÃO DE CARGOS DA CARREIRA DE PESQUISA EM CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
Situação Atual Situação Nova
CLASSE PADRÃO PADRÃO CLASSE
III III
TITULAR II II TITULAR
I I
III III
ASSOCIADO II II ASSOCIADO
I I
III III
ADJUNTO II II ADJUNTO
I I
III III
ASSISTENTE DE PESQUISA II II ASSISTENTE DE PESQUISA
I I

b) TABELA DE CORRELAÇÃO DE CARGOS DA CARREIRA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO


Situação Atual Situação Nova
CLASSE PADRÃO PADRÃO CLASSE
III III
SÊNIOR II II SÊNIOR
I I
III III
PLENO 3 II II PLENO 3
I I
III III
PLENO 2 II II PLENO 2
I I
III III
PLENO 1 II II PLENO 1
I I
III III
JÚNIOR II II JÚNIOR
I I

− 30/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
III III
TÉCNICO 3 II II TÉCNICO 3
I I
VI VI
V V
IV IV
TÉCNICO 2 TÉCNICO 2
III III
II II
I I
VI VI
V V
IV IV
TÉCNICO 1 TÉCNICO 1
III III
II II
I I
VI VI
V V
IV IV
AUXILIAR TÉCNICO 2 AUXILIAR TÉCNICO 2
III III
II II
I I
VI VI
V V
IV IV
AUXILIAR TÉCNICO 1 AUXILIAR TÉCNICO 1
III III
II II
I I

c) TABELA DE CORRELAÇÃO DE CARGOS DA CARREIRA DE GESTÃO, PLANEJAMENTO E


INFRA-ESTRUTURA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Situação Atual Situação Nova


CLASSE PADRÃO PADRÃO CLASSE
III III
SÊNIOR II II SÊNIOR
I I
III III
PLENO 3 II II PLENO 3
I I
III III
PLENO 2 II II PLENO 2
I I
III III
PLENO 1 II II PLENO 1
I I
III III
JÚNIOR II II JÚNIOR
I I
III III
ASSISTENTE 3 II II ASSISTENTE 3
I I

− 31/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
VI VI
V V
IV IV
ASSISTENTE 2 ASSISTENTE 2
III III
II II
I I
VI VI
V V
IV IV
ASSISTENTE 1 ASSISTENTE 1
III III
II II
I I
VI VI
V V
IV IV
AUXILIAR 2 AUXILIAR 2
III III
II II
I I
VI VI
V V
IV IV
AUXILIAR 1 AUXILIAR 1
III III
II II
I I

ANEXO VI
(Ver art. 8o e Anexo I da Medida Provisória no 43, de 2002, convertida na Lei n° 10.549, de 2002)
TABELA DE CORRELAÇÃO DE CARGOS

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA


Cargos Categoria Padrão Padrão Categoria Cargo
Procurador Autárquico III III Procurador Federal
ESPECIAL
Procurador A II II
Advogado I I
Assistente Jurídico de VI V
Autarquias e Fundações V IV
Públicas Federais IV III PRIMEIRA
Procurador e Advogado B
III II
da Superintendência II I
de Seguros Privados e I SEGUNDA
da Comissão de Valo- VI
res Mobiliários V
VII
IV
C
III
II
I
VI
D V
IV
III
II
I V
IV
− 32/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
III
II
I

ANEXO VII
TABELA DE VENCIMENTO
CARGO CLASSE PADRÃO VALOR (EM R $)
IV 4.490,21
III 4.359,01
ESPECIAL
II 4.232,05
I 4.108,78
VII 3.950,75
VI 3.835,68
V 3.723,96
Analista de Finanças e Controle, Analista de C IV 3.615,50
Planejamento e Orçamento,
III 3.510,19
Analista de Comércio Exterior,
II 3.407,95
Especialista em Políticas Públicas e Gestão
I 3.308,69
Governamental,
VII 3.181,44
Técnico de Planejamento P-1501 do Grupo P-1500,
VI 3.112,95
Técnico de Planejamento e Pesquisa,
V 3.045,94
demais cargos de nível superior do Instituto de Pesquisa
B IV 2.980,37
Econômica Aplicada – IPEA
Inspetor e Analista da CVM III 2.916,22
Analista Técnico da SUSEP II 2.853,44
I 2.792,02
VI 2.684,63
V 2.603,91
IV 2.515,85
A
III 2.440,21
II 2.366,84
I 2.295,67

ANEXO VII-A
TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO
CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR DO CICLO DE GESTÃO, DA CVM E DA SUSEP
(Redação dada pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006)

EM R$
VENCIMENTO BÁSICO A PARTIR DE
CARGO CLASSE PADRÃO o
1 /07/2006 1o/07/2007 1o/07/2008 1o/07/2009
- Analista de Finanças IV 5.632,61 5.857,91 6.092,23 6.335,92
e Controle III 5.461,18 5.679,63 5.906,82 6.143,09
- Analista de Planeja- ESPECIAL II 5.302,12 5.514,20 5.734,77 5.964,16
mento e Orçamento I 5.147,69 5.353,60 5.567,74 5.790,45
- Analista de Comércio
III 4.722,65 4.911,56 5.108,02 5.312,34
Exterior
- Especialista em C II 4.585,08 4.768,48 4.959,22 5.157,59
Políticas Públicas e I 4.451,54 4.629,60 4.814,78 5.007,37
Gestão Governamental III 4.083,98 4.247,34 4.417,23 4.593,92
- Técnico de Planeja- B II 3.965,03 4.123,63 4.288,58 4.460,12
mento P-1501 do I 3.849,54 4.003,52 4.163,66 4.330,21

− 33/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
Grupo P-1500 III 3.737,44 3.886,94 4.042,42 4.204,12
- Técnico de Planeja- II 3.628,57 3.773,71 3.924,66 4.081,65
mento e Pesquisa
- Demais cargos de
nível superior do
Instituto de Pesquisa
A
Econômica Aplicada -
IPEA I 3.522,88 3.663,80 3.810,35 3.962,76
- Inspetor e Analista da
CVM
- Analista Técnico da
SUSEP

ANEXO VIII
TABELA DE VENCIMENTO
CARGO CLASSE PADRÃO VALOR (EM R $)
IV 1.467,80
III 1.441,85
ESPECIAL
II 1.417,75
I 1.395,42
VII 1.362,72
VI 1.338,62
V 1.316,25
C IV 1.295,52
III 1.276,37
II 1.258,75
I 1.241,37
Técnico de Finanças e Controle, Técnico de Planeja-
VII 1.211,09
mento e Orçamento e cargos de nível intermediário do
VI 1.189,68
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA
V 1.168,64
B IV 1.147,98
III 1.127,68
II 1.107,74
I 1.088,15
VI 1.056,46
V 1.032,71
IV 1.008,50
A
III 985,83
II 963,67
I 942,00

ANEXO VIII-A
TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO
CARGOS DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO DO CICLO DE GESTÃO, DA CVM E DA SUSEP
(Redação dada pela Lei nº 11.356, de 18.10.2006)

EM R$
VENCIMENTO BÁSICO A PARTIR DE
CARGO CLASSE PADRÃO o
1 /07/2006 1o/07/2007 1o/07/2008 1o/07/2009
- Técnico de Finanças e ESPECIAL IV 2.570,42 2.673,24 2.780,17 2.891,38
Controle III 2.495,54 2.595,36 2.699,17 2.807,14
- Técnico de Planejamento e II 2.422,87 2.519,78 2.620,57 2.725,39

− 34/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
Orçamento I 2.352,30 2.446,39 2.544,25 2.646,02
- Cargos de nível intermedi- III 2.158,08 2.244,40 2.334,18 2.427,55
ário do Instituto de Pesquisa C II 2.095,20 2.179,01 2.266,17 2.356,82
Econômica Aplicada -
I 2.034,19 2.115,56 2.200,18 2.288,19
IPEA
- Cargos efetivos de nível III 1.866,23 1.940,88 2.018,52 2.099,26
intermediário de Agente B II 1.811,88 1.884,36 1.959,73 2.038,12
Executivo da Comissão de I 1.759,12 1.829,48 1.902,66 1.978,77
Valores Mobiliários - CVM III 1.707,86 1.776,17 1.847,22 1.921,11
e da Superintendência de II 1.658,12 1.724,44 1.793,42 1.865,16
Seguros Privados - SUSEP
e demais cargos de nível
intermediário da SUSEP
(atividades de controle,
A
regulação e fiscalização dos
mercados de valores mobi- I 1.609,81 1.674,20 1.741,17 1.810,82
liários, seguros, previdência
privada e capitalização do
quadro permanente da
CVM e da SUSEP)

ANEXO IX
(Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)

ANEXO X
(Revogado pela Lei nº 11.034, de 2004)

ANEXO XI
(Ver art. 8o e Anexo II da Medida Provisória no 43, de 2002, convertida na Lei n° 10.549, de 2002.)
TABELA DE VENCIMENTO

CARGO CATEGORIA PADRÃO VALOR (EM REAIS)


III 5.446,34
ESPECIAL II 5.309,16
Procurador Federal I 5.176,14
Advogado da União V 4.883,15
Assistente Jurídico da Advocacia-Geral da IV 4.749,68
União PRIMEIRA III 4.619,86
Defensor Público da União II 4.493,59
Procurador da Procuradoria Especial da I 4.370,77
Marinha VII 4.123,37
VI 3.927,02
OBS.: Os integrantes das Carreiras de Procura-
V 3.740,02
dor Federal, Advogado da União e Defensor
Público passaram a ser remunerados por subsí- SEGUNDA IV 3.561,92
dio, conforme a Lei nº Lei nº 11.358, de 2006. III 3.392,31
II 3.230,77
I 3.076,92

− 35/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
ANEXO XII
(Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)

ANEXO XIII
(Revogado pela Lei nº 11.526, de 4.10.2007)

ANEXO XIV
(Ver art. 8o e Anexo I da Medida Provisória no 43, de 2002, convertida na Lei n° 10.549, de 2002.)

TABELA DE CORRELAÇÃO DE CARGOS

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA


Cargos Classe Padrão Categoria Cargos
ESPECIAL III
II ESPECIAL
I
PRIMEIRA V
IV
III PRIMEIRA
Advogado da União Advogado da União
II
Assistente Jurídico da Advo- Assistente Jurídico da Advoca-
I
cacia-Geral da União cia-Geral da União
SEGUNDA VII
Defensor Público da União Defensor Público da União
VI
V
IV SEGUNDA
III
II
I

ANEXO XV
TABELA DE CORRELAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA


Cargo Classe Padrão Padrão Classe Cargo
IV
IV
III
A
II III A
I II
IV I
III IV
B
II III Analista do Banco Cen-
Analista do Banco Cen-
I B tral do Brasil
tral do Brasil II
IV
III I Procurador do Banco
Procurador do Banco C
II IV Central do Brasil
Central do Brasil
I III
C
III II
II I
D I III
II D
I

− 36/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
ANEXO XVI
(Revogado pelo art. 7o da Lei no 10.470, de 2002.)

ANEXO XVII
TABELA DE CORRELAÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
Cargo Classe Padrão Padrão Classe Cargo
III IV
ESPECIAL II III
ESPECIAL
Analista de Finanças e Contro- I II
VI I Analista de Finanças e Controle,
le, Analista de Planejamento e
V VII Analista de Planejamento e Orça-
Orçamento, Especialista em
IV VI mento, Especialista em Políticas
Políticas Públicas e Gestão C
III V Públicas e Gestão Governamental,
Governamental, Técnico de
C Técnico de Planejamento P-1501
Planejamento P-1501 do Grupo II IV
do Grupo P-1500, Técnico de
P-1500, Técnico de Planeja- I III
Planejamento e Pesquisa e demais
mento e Pesquisa e demais VI II
cargos de nível superior do Instituto
cargos de nível superior do V I
de Pesquisa Econômica Aplicada –
Instituto de Pesquisa Econômi- IV VII
B IPEA
ca Aplicada – IPEA III VI
Técnico de Finanças e Contro- II V
Técnico de Finanças e Controle,
le, Técnico de Planejamento e I IV B
Técnico de Planejamento e Orça-
Orçamento e cargos de nível V III
mento e cargos de nível intermediá-
intermediário do Instituto de IV II rio do Instituto de Pesquisa Econô-
Pesquisa Econômica Aplicada – A III I mica Aplicada – IPEA
IPEA II VI Analista de Comércio Exterior
Analista de Comércio Exterior I V Inspetor e Analista da CVM
Inspetor e Analista da CVM IV
A Analista Técnico da SUSEP
Analista Técnico da SUSEP III
II
I

ANEXO XVII-A
(Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003)
TABELA DE CORRELAÇÃO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA


Cargo Classe Padrão Padrão Classe Cargo
Analista de Finanças e Contro- IV Analista de Finanças e
IV
le, Analista de Planejamento e III Controle, Analista de
ESPECIAL
Orçamento, Especialista em II III Planejamento e Orçamento,
ESPECIAL
Políticas Públicas e Gestão I II Especialista em Políticas
Governamental, Técnico de VII Públicas e Gestão Gover-
I
Planejamento P-1501 do VI namental, Técnico de
Grupo P-1500, Técnico de V Planejamento P-1501 do
Planejamento e Pesquisa e C IV III Grupo P-1500, Técnico de
demais cargos de nível superi- III Planejamento e Pesquisa e
or do Instituto de Pesquisa II demais cargos de nível
Econômica Aplicada – IPEA I II C superior do Instituto de
Analista de Comércio Exteri- VII Pesquisa Econômica
or VI Aplicada – IPEA
Inspetor e Analista da CVM V I Analista de Comércio
Analista Técnico da SUSEP B Exterior
IV
Inspetor e Analista da
III B
CVM
II III
Analista Técnico da
I

− 37/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
VI SUSEP
II
V
IV I
A
III III
II II A
I I

ANEXO XVII-B
(Incluído pela Lei n° 10.769, de 19.11.2003
TABELA DE CORRELAÇÃO VIGENTE A PARTIR DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA


Cargo Classe Padrão Padrão Classe Cargo
IV
IV
III
ESPECIAL
II III
ESPECIAL
I II
VII
I
VI
V
C IV III
III
Técnico de Finanças e Controle, II Técnico de Finanças e Controle,
Técnico de Planejamento e I II C Técnico de Planejamento e
Orçamento e cargos de nível VII Orçamento e cargos de nível
intermediário do Instituto de VI intermediário do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada – V I Pesquisa Econômica Aplicada –
IPEA B IV IPEA
III
II III
I
B
VI
II
V
IV I
A
III III
II II A
I I

ANEXO XVIII
TABELA DE VENCIMENTO
a) Cargos de Nível Superior
CARGO CLASSE PADRÃO VALOR (EM R $)
Técnicos-Administrativos das instituições federais de III 644,89
ensino vinculadas ao Ministério da Educação ESPECIAL II 603,40
I 563,87
VI 555,50
V 539,44
IV 523,92
C
III 508,85
II 494,21
I 480,01
B VI 466,21
V 452,82

− 38/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
IV 439,82
III 427,19
II 414,94
I 403,05
V 391,52
IV 380,29
A III 318,89
II 309,75
I 300,87

b) Cargos de Nível Médio


CARGO CLASSE PADRÃO VALOR (EM R $)
III 387,68
ESPECIAL II 371,53
I 356,01
VI 341,16
V 326,95
IV 313,36
C
III 300,34
II 287,84
I 275,92
Técnicos-Administrativos das instituições federais de VI 264,47
ensino vinculadas ao Ministério da Educação V 253,55
IV 243,08
B
III 233,04
II 223,44
I 214,25
V 205,47
IV 201,01
A III 198,40
II 196,40
I 194,40

c) Cargos de Nível Auxiliar


CARGO CLASSE PADRÃO VALOR (EM R $)
III 218,07
ESPECIAL II 207,70
I 203,81
VI 200,60
V 199,50
IV 198,40
C
III 197,30
II 196,20
I 195,10
VI 194,00
Técnicos-Administrativos das instituições federais de
V 192,90
ensino vinculadas ao Ministério da Educação
IV 191,80
B
III 190,70
II 189,60
I 188,50
V 187,40
IV 186,30
A III 185,20
II 184,10
I 183,00

− 39/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
ANEXO XIX
DEMONSTRATIVO DE QUE TRATA O ART. 62 DA LEI No 9.995, DE 2000, PARA ATENDI-
MENTO AO DISPOSTO NO ART. 169, § 1o, INCISO II, DA CONSTITUIÇÃO

"4 - PODER EXECUTIVO: de 30 cargos de Procurador do Banco Cen-


...................................................................... tral do Brasil;
III - Ministério da Agricultura, Pecuária e VI - Ministério do Desenvolvimento, Indús-
Abastecimento: tria e Comércio Exterior:
...................................................................... ......................................................................
b) criação de 500 cargos de Fiscal Federal b) provimento, mediante concurso público,
Agropecuário. de até 7 cargos de Pesquisador da Carreira
IV - Ministério da Ciência e Tecnologia: de Pesquisa em Ciência e Tecnologia do
...................................................................... Quadro de Pessoal do Instituto Nacional de
c) provimento, mediante concurso, no Qua- Metrologia, Normalização e Qualidade
dro de Pessoal do Instituto Nacional de Industrial - INMETRO;
Pesquisa da Amazônia: c) provimento, mediante concurso público,
i) de até 7 cargos de Pesquisador da Carreira de até 26 cargos de Tecnologista da Carreira
de Pesquisa em Ciência e Tecnologia; de Desenvolvimento Tecnológico do Qua-
ii) de até 5 cargos de Tecnologista da Car- dro de Pessoal do Instituto Nacional de
reira de Desenvolvimento Tecnológico; Metrologia, Normalização e Qualidade
iii) de até 3 cargos de Técnico da Carreira Industrial - INMETRO;
de Desenvolvimento Tecnológico; VII - Ministério da Justiça:
d) provimento, mediante concurso, no Qua- ......................................................................
dro de Pessoal do Instituto Nacional de d) concessão da Gratificação de Operações
Pesquisa Espacial: Especiais - GOE para os Policiais Rodoviá-
i) de até 11 cargos de Pesquisador da Carreira rios Federais.
de Pesquisa em Ciência e Tecnologia; ......................................................................
ii) de até 12 cargos de Tecnologista da IX - Ministério da Previdência e Assistência
Carreira de Desenvolvimento Tecnológico; Social:
iii) de até 3 cargos de Técnico da Carreira ......................................................................
de Desenvolvimento Tecnológico; b) criação de 5.000 empregos públicos no
e) provimento, mediante concurso, no Qua- Quadro de Pessoal do Instituto Nacional do
dro de Pessoal da Comissão Nacional de Seguro Social;
Energia Nuclear: ......................................................................
i) de até 20 cargos de Pesquisador da Carreira XVI - Ministério da Defesa:
de Pesquisa em Ciência e Tecnologia; ......................................................................
ii) de até 18 cargos de Tecnologista da b) implantação da Lei de Remuneração dos
Carreira de Desenvolvimento Tecnológico; Militares;
iii) de até 5 cargos de Técnico da Carreira c) provimento, mediante concurso público,
de Desenvolvimento Tecnológico; de até 8 cargos de Pesquisador Adjunto da
V - Ministério da Fazenda: Carreira de Ciência e Tecnologia no Co-
...................................................................... mando da Aeronáutica;
h) criação de 30 cargos de Analista Técnico d) provimento, mediante concurso público,
no Quadro de Pessoal da Superintendência de até 18 cargos de Assistente de Pesquisa
de Seguros Privados e provimento, mediante da Carreira de Ciência e Tecnologia no
concurso público, de até 31 cargos de Ana- Comando da Aeronáutica;
lista Técnico; e) provimento, mediante concurso público,
...................................................................... de até 3 cargos de Tecnologista Sênior da
l) provimento, mediante concurso público, Carreira de Ciência e Tecnologia no Co-
de 115 cargos de Analista do Banco Central mando da Aeronáutica;
do Brasil; e f) provimento, mediante concurso público,
m) provimento, mediante concurso público, de até 5 cargos de Tecnologista Pleno 2 da

− 40/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001
Carreira de Ciência e Tecnologia no Co- do da Aeronáutica;
mando da Aeronáutica; l) provimento, mediante concurso público,
g) provimento, mediante concurso público, de até 108 cargos de Técnico 1 da Carreira
de até 10 cargos de Tecnologista Pleno 1 da de Ciência e Tecnologia no Comando da
Carreira de Ciência e Tecnologia no Co- Aeronáutica;
mando da Aeronáutica; m) provimento, mediante concurso público,
h) provimento, mediante concurso público, de até 6 cargos de Professor de Ensino de 3o
de até 136 cargos de Tecnologista Júnior da Grau para o Instituto Militar de Engenharia
Carreira de Ciência e Tecnologia no Co- do Comando do Exército;
mando da Aeronáutica; n) provimento, mediante concurso público, de
i) provimento, mediante concurso público, até 39 cargos de Professor de Ensino de 1o e 2o
de até 48 cargos de Analista em Ciência e Graus no Comando da Marinha; e
Tecnologia da Carreira de Ciência e Tecno- o) provimento, mediante concurso público,
logia no Comando da Aeronáutica; de até 1.013 empregos diversos para o Hos-
j) provimento, mediante concurso público, pital das Forças Armadas.
de até 5 cargos de Técnico 3 da Carreira de XVII - Ministério da Educação:
Ciência e Tecnologia no Comando da Aero- a) reestruturação de cargos e carreiras integran-
náutica; tes do PUCRCE, Lei no 7.596, de 1987; e
k) provimento, mediante concurso públi- b) provimento, mediante concurso público,
co, de até 15 cargos de Técnico 2 da Car- de até 2000 cargos efetivos de Professor de
reira de Ciência e Tecnologia no Coman- Ensino de 3o Grau."

− 41/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Medida Provisória nº 2.229-43, de 2001

− 42/MP −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decretos

DECRETOS

− 1/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decretos

− 2/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 526, de 1992
o
DECRETO N 526, DE 20 DE MAIO DE 1992.
Dispõe sobre os procedimentos orçamentários pa-
ra o pagamento, pelo Tesouro Nacional, de vanta-
gens pecuniárias concedidas por decisões judiciais
não transitadas em julgado.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, III - a natureza da vantagem concedida;
no uso da atribuição que lhe confere o art. IV - a relação nominal dos beneficiários e
84, inciso IV, da Constituição, tendo em os valores mensalmente devidos a cada um;
vista o disposto nos arts. 40, 49, 50, 63 e 75 V - o total da despesa prevista, mensal-
da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964, mente e até o término do exercício financeiro;
DECRETA: VI - os recursos compensatórios a serem
Art. 1° As dotações consignadas na Lei obtidos mediante cancelamento de dotações
Orçamentária anual e suas alterações, para o orçamentárias.
pagamento de pessoal e encargos sociais, Art. 4° A solicitação a que se refere o arti-
somente poderão ser utilizadas para cobertu- go anterior será acompanhada de pareceres do
ra da despesa ordinária de pessoal. consultor ou Assessor Jurídico e do Secretário
Parágrafo único. Considera-se despesa or- de Controle Interno do Ministério ou da Secre-
dinária de pessoal a remuneração mensal habi- taria da Presidência da República a que estiver
tualmente devida, tal como salários, vencimen- vinculada a unidade orçamentária, quanto aos
tos, soldos, proventos e gratificações permanen- aspectos formais da ordem judicial e as provi-
tes, de acordo com os valores constantes das leis dências a que se refere o art. 5° deste decreto.
de remuneração, assim como as gratificações Art. 5° Os ordenadores de despesa de
pessoais e funcionais, bem como as vantagens pessoal que receberem notificação, intima-
não mensais, legalmente devidas, tais como ção, ou citação judicial para o pagamento de
abonos de férias e gratificação natalina. vantagens pecuniárias, darão dela imediato
Art. 2° Serão processados em folhas de conhecimento ao Consultor ou Assessor
pagamento e ordens bancárias distintas e Jurídico do Ministério ou da Secretaria da
objeto de rubricas específicas diferentes os Presidência da República, bem como ao
pagamentos referentes à despesa ordinária de responsável pela defesa judicial da União e
pessoal e os relativos a vantagens pecuniárias à Secretaria da Administração Federal do
concedidas individual ou coletivamente, medi- Ministério do Trabalho e da Administração.
ante decisões judiciais, ainda não incorporadas Art. 6° A Secretaria Nacional de Planeja-
em caráter definitivo às remunerações dos mento do Ministério da Economia, Fazenda e
beneficiários por força de decisão judicial de Planejamento adotará, com a adequada urgên-
mérito transitada em julgado. cia, as providências de natureza orçamentária
Art. 3° Para cobertura do pagamento de para a abertura do crédito adicional, observado
vantagens pecuniárias decorrentes de con- o disposto neste Decreto, ouvida a Procurado-
cessões judiciais, os órgãos e entidades ria-Geral da Fazenda Nacional.
constantes da Lei Orçamentária anual e suas Art. 7° Aberto o crédito adicional, o pa-
alterações solicitarão à Secretaria Nacional gamento será processado mediante ordem
de Planejamento do Ministério da Economi- bancária, folha de pagamento específicas e
a, Fazenda e Planejamento a abertura de rubricas individuais especiais, que conterão,
crédito adicional, informando: conforme instruções da Secretaria da Admi-
I - a autoridade judicial concedente da nistração Federal do Ministério do Trabalho
vantagem pecuniária; e da Administração, indicações que caracte-
II - a caracterização da ação judicial, pe- rizem a procedência da ordem judicial e o
lo seu título e número; processo administrativo correspondente.

− 3/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 526, de 1992

Art. 8° O disposto neste Decreto aplica- Art. 9.° Este Decreto entra em vigor na
se às situações em curso, devendo a Secreta- data de sua publicação.
ria da Administração Federal do Ministério Brasília, 20 de maio de 1992, 171° da
do Trabalho e da Administração expedir as Independência e 104° da República.
instruções necessárias, notadamente no que FERNANDO COLLOR
diz respeito ao desdobramento das folhas de Célio Borja
pagamento, ordens bancárias e das rubricas. Marcílio Marques Moreira
João Mellão Neto

− 4/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 767, de 1993
o
DECRETO N 767, DE 5 DE MARÇO 1993.
Dispõe sobre as atividades de controle interno
da Advocacia-Geral da União, e dá outras provi-
dências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, o art. 52 da Lei no 8.443, de 16 de julho de
no uso das atribuições que lhe confere o art. 1992, relativo às contas da extinta Consulto-
84, incisos IV e VI, da Constituição, ria Geral da República.
DECRETA: Art. 3o Ficam transferidos para a Advo-
Art. 1o As atividades de controle interno da cacia-Geral da União o acervo documental e
Advocacia-Geral da União, inclusive as de conta- os bens patrimoniais da extinta Consultoria
bilidade analítica, serão exercidas pela Secretaria Geral da República .
de Controle Interno da Secretaria-Geral da Presi- Art. 4o Este decreto entra em vigor na
dência da República, até que seja estruturado o data de sua publicação.
órgão específico previsto no art. 16 da Lei Com- Brasília, 5 de março de 1993; 172o da
plementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993. Independência e 105o da República.
Art. 2o Compete ao Advogado-Geral da ITAMAR FRANCO
União emitir o pronunciamento de que trata José de Castro Ferreira

− 5/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 869, de 1993
o (*)
DECRETO N 869, DE 13 DE JULHO DE 1993
Delega competência ao Advogado-Geral da União
para a prática dos atos que menciona.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, I - de cargos e funções de confiança dos
no uso da faculdade que lhe confere o níveis 1, 2, 3 e 4, do Grupo-Direção e As-
art. 84, parágrafo único, da Constituição, sessoramento Superiores (DAS);
e tendo em vista o art. 49, § 2 o , da Lei II - de funções ou gratificações Tempo-
Complementar n o 73, de 10 de fevereiro rária e de Representação de Gabinete;
de 1993, III - de cargos efetivos do respectivo
DECRETA: quadro, em decorrência de habilitação em
Art. 1o É delegada competência ao Advo- concurso público.
gado-Geral da União para, respeitado o dispos- Art. 2o Este decreto entra em vigor na
to no art. 49, incisos I e II, da Lei Complemen- data de sua publicação .
tar no 73, de 1993, e observadas as disposições Brasília, 13 de julho de 1993; 172o da
legais e regulamentares, praticar, no âmbito da Independência e 105o da República.
Advocacia-Geral da União, atos de provimento ITAMAR FRANCO
ou designação: Geraldo Magela da Cruz Quintão
(*)
Ver neste Caderno o Decreto no 4.734, de 2003)

− 6/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 1.016, de 1993
o
DECRETO N 1.016, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1993.
Fixa critérios para atribuição da Gratificação
Temporária de que trata a Medida Provisória no
377, de 26 de novembro de 1993.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, mentar no 73, de 10 de fevereiro de 1993, e a
no uso da atribuição que lhe confere o art. servidor por ele requisitado para exercer
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em atividade outra na Advocacia-Geral da
vista o disposto no art. 17, § 2o, da Medi- União, conforme os critérios fixados no
da Provisória no 377, de 26 de novembro anexo a este decreto.
de 1993, Art. 2o Este decreto entra em vigor na
DECRETA: data de sua publicação.
Art. 1o 0 Advogado-Geral da União, ob- Art. 3o Revoga-se o Decreto no 868, de
servado o disposto no art. 17 da Medida 13 de julho de 1993.
Provisória no 377, de 26 de novembro de Brasília, 22 de dezembro de 1993; 172o
1993, poderá atribuir Gratificação Temporá- da Independência e 105o da República.
ria a representante judicial da União desig- ITAMAR FRANCO
nado na forma do art. 69 da Lei Comple- Geraldo Magela da Cruz Quintão

ANEXO

NÍVEL BENEFICIÁRIOS
Representante judicial da União designado na forma do art. 69 da Lei Complementar nº 73, de 1993
GT – I
Servidor exercendo atividade de nível superior.
Servidor exercendo atividade técnica de nível intermediário.
GT – II
Servidor exercendo atividade de coordenação, direção ou assistência de nível intermediário.
GT – III Servidor exercendo atividade de apoio, de nível intermediário.
GT – IV Servidor exercendo atividade de nível auxiliar.

− 7/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 1.293, de 1994
DECRETO Nº 1.293, DE 24 DE OUTUBRO DE 1994.
Dispõe sobre a transferência para a Sucessora
União dos processos judiciais de interesse do ex-
tinto INAMPS, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, mentos dos órgãos jurídicos do extinto
no uso das atribuições que lhe confere o art. INAMPS, em todo o território nacional,
84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo serão cedidos para uso da AGU, mediante
em vista o disposto no art. 11 da Lei nº formalização a ser efetuada pelo inventa-
8.689, de 27 julho de 1993, riante daquela autarquia.
DECRETA: Art. 3º Este decreto entra em vigor na
Art. 1° Ficam transferidos para a Sucesso- data de sua publicação.
ra União, representada pela Advocacia-Geral Art. 4º Ficam revogadas as disposições
da União (AGU), os processos judiciais em em contrário, especialmente o art. 6º do
que é parte ou interessado o extinto Instituto Decreto nº 907, de 31 de agosto de 1993.
Nacional de Assistência Médica da Previdên- Brasília, 24 de outubro de 1994; 173º de
cia Social (INAMPS), na forma do art. 11 da Independência e 106º da República.
Lei nº 8.689, de 27 de julho de 1993. ITAMAR FRANCO
Art. 2º As instalações físicas, incluin- Romildo Canhim
do salas, mobiliário, máquinas e equipa- Geraldo Magela da Cruz Quintão

− 8/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 2.346, de 1997
o
DECRETO N 2.346, DE 10 DE OUTUBRO DE 1997.
Consolida normas de procedimentos a serem obser-
vadas pela Administração Pública Federal em razão
de decisões judiciais, regulamenta os dispositivos le-
gais que menciona, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, relativamente a matéria tributária, aplica-se
no uso da atribuição que lhe confere o art. o disposto no art. 151, inciso IV, da Lei no
84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo 5.172, de 25 de outubro de 1966, às normas
em vista o disposto nos arts. 131 da Lei no 8 regulamentares e complementares. (Incluído
213, de 24 de julho de 1991, alterada pela pelo Decreto nº 3.001, de 26.3.1999.)
Medida Provisória no 1.523-12, de 25 de Art. 2o Firmada jurisprudência pelos
setembro de 1997, 77 da Lei no 9 430, de 27 Tribunais Superiores, a Advocacia-Geral da
de dezembro de 1996, e 1o a 4o da Lei no União expedirá súmula a respeito da maté-
9.469, de 10 de julho de 1997, ria, cujo enunciado deve ser publicado no
DECRETA: Diário Oficial da União, em conformidade
CAPÍTULO I com o disposto no art. 43 da Lei Comple-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS mentar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.
Art. 1o As decisões do Supremo Tribu- Art. 3o À vista das súmulas de que trata o
nal Federal que fixem, de forma inequívoca artigo anterior, o Advogado-Geral da União
e definitiva, interpretação do texto constitu- poderá dispensar a propositura de ações ou a
cional deverão ser uniformemente observa- interposição de recursos judiciais.
das pela Administração Pública Federal Art. 4o Ficam o Secretário da Receita
direta e indireta, obedecidos aos procedi- Federal e o Procurador-Geral da Fazenda
mentos estabelecidos neste Decreto. Nacional, relativamente aos créditos tributá-
§ 1o Transitada em julgado decisão do Su- rios, autorizados a determinar, no âmbito de
premo Tribunal Federal que declare a inconsti- suas competências e com base em decisão
tucionalidade de lei ou ato normativo, em ação definitiva do Supremo Tribunal Federal que
direta, a decisão, dotada de eficácia ex tunc, declare a inconstitucionalidade de lei, trata-
produzirá efeitos desde a entrada em vigor da do ou ato normativo, que:
norma declarada inconstitucional, salvo se o I - não sejam constituídos ou que sejam
ato praticado com base na lei ou ato normativo retificados ou cancelados;
inconstitucional não mais for suscetível de II - não sejam efetivadas inscrições de
revisão administrativa ou judicial. débitos em dívida ativa da União;
§ 2o O disposto no parágrafo anterior a- III - sejam revistos os valores já inscri-
plica-se, igualmente, à lei ou ao ato norma- tos, para retificação ou cancelamento da
tivo que tenha sua inconstitucionalidade respectiva inscrição;
proferida, incidentalmente, pelo Supremo IV - sejam formuladas desistências de
Tribunal Federal, após a suspensão de sua ações de execução fiscal.
execução pelo Senado Federal. Parágrafo único. Na hipótese de crédito
§ 3o O Presidente da República, mediante tributário, quando houver impugnação ou
proposta de Ministro de Estado, dirigente de recurso ainda não definitivamente julgado
órgão integrante da Presidência da República contra a sua constituição, devem os órgãos
ou do Advogado-Geral da União, poderá julgadores, singulares ou coletivos, da Admi-
autorizar a extensão dos efeitos jurídicos de nistração Fazendária, afastar a aplicação da lei,
decisão proferida em caso concreto. tratado ou ato normativo federal, declarado
Art. 1o-A. Concedida cautelar em ação di- inconstitucional pelo Supremo Tribunal Fede-
reta de inconstitucionalidade contra lei ou ato ral.
normativo federal, ficará também suspensa a Art. 5o Nas causas em que a representação
aplicação dos atos normativos regulamenta- da União competir à Procuradoria-Geral da
dores da disposição questionada. (Incluído pelo Fazenda Nacional, havendo manifestação
Decreto nº 3.001, de 26.3.1999.) jurisprudencial reiterada e uniforme e decisões
Parágrafo único. Na hipótese do caput, definitivas do Supremo Tribunal Federal ou do
− 9/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 2.346, de 1997
o
Superior Tribunal de Justiça, em suas respecti- Art. 6 O Instituto Nacional do Seguro
vas áreas de competência, fica o Procurador- Social - INSS poderá ser autorizado pelo
Geral da Fazenda Nacional autorizado a decla- Ministro de Estado da Previdência e Assis-
rar, mediante parecer fundamentado, aprovado tência Social, ouvida a Consultoria Jurídica,
pelo Ministro de Estado da Fazenda, as maté- a desistir ou abster-se de propor ações e
rias em relação às quais é de ser dispensada a recursos em demandas judiciais sempre que
apresentação de recursos.251 a ação versar matéria sobre a qual haja
declaração de inconstitucionalidade proferi-
da pelo Supremo Tribunal Federal - STF,
251
Ver disposições da Lei nº 10.522, de 2002: súmula ou jurisprudência consolidada do
“Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Na- STF ou dos tribunais superiores.
cional autorizada a não contestar, a não interpor recurso ou
a desistir do que tenha sido interposto, desde que inexista § 1o Na hipótese prevista no caput, o Mi-
outro fundamento relevante, na hipótese de a decisão versar nistro de Estado da Previdência e Assistência
sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004) Social poderá determinar que os órgãos admi-
I - matérias de que trata o art. 18;
II - matérias que, em virtude de jurisprudência pa-
cífica do Supremo Tribunal Federal, ou do Superior limite indicado no caput deste artigo, será considerada a
Tribunal de Justiça, sejam objeto de ato declaratório do soma dos débitos consolidados das inscrições reunidas.
Procurador-Geral da Fazenda Nacional, aprovado pelo (Incluído pela Lei nº 11.033, de 2004)
Ministro de Estado da Fazenda. Art. 21. Fica isento do pagamento dos honorários de su-
§ 1o Nas matérias de que trata este artigo, o Procura- cumbência o autor da demanda de natureza tributária,
dor da Fazenda Nacional que atuar no feito deverá, proposta contra a União (Fazenda Nacional), que desistir da
expressamente, reconhecer a procedência do pedido, ação e renunciar ao direito sobre que ela se funda, desde que:
quando citado para apresentar resposta, hipótese em que I - a decisão proferida no processo de conhecimento
não haverá condenação em honorários, ou manifestar o não tenha transitado em julgado;
seu desinteresse em recorrer, quando intimado da decisão II - a renúncia e o pedido de conversão dos depósi-
judicial. (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004) tos judiciais em renda da União sejam protocolizados
§ 2o A sentença, ocorrendo a hipótese do § 1o, não até 15 de setembro de 1997.
se subordinará ao duplo grau de jurisdição obrigatório. Art. 22. O pedido poderá ser homologado pelo juiz,
§ 3o Encontrando-se o processo no Tribunal, pode- pelo relator do recurso, ou pelo presidente do tribunal,
rá o relator da remessa negar-lhe seguimento, desde ficando extinto o crédito tributário, até o limite dos
que, intimado o Procurador da Fazenda Nacional, haja depósitos convertidos.
manifestação de desinteresse. § 1o Na hipótese de a homologação ser da competência
§ 4o A Secretaria da Receita Federal não constitui- do relator ou do presidente do tribunal, incumbirá ao autor
rá os créditos tributários relativos às matérias de que peticionar ao juiz de primeiro grau que houver apreciado o
trata o inciso II do caput deste artigo. (Redação dada feito, informando a homologação da renúncia para que este
pela Lei nº 11.033, de 2004) determine, de imediato, a conversão dos depósitos em renda
§ 5o Na hipótese de créditos tributários já constituí- da União, independentemente do retorno dos autos do
dos, a autoridade lançadora deverá rever de ofício o processo ou da respectiva ação cautelar à vara de origem.
lançamento, para efeito de alterar total ou parcialmente § 2o A petição de que trata o § 1o deverá conter o
o crédito tributário, conforme o caso. (Redação dada número da conta a que os depósitos estejam vinculados e
pela Lei nº 11.033, de 2004) virá acompanhada de cópia da página do órgão oficial
Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribui- onde tiver sido publicado o ato homologatório.
ção, mediante requerimento do Procurador da Fazenda § 3o Com a renúncia da ação principal deverão ser
Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos extintas todas as ações cautelares a ela vinculadas, nas
inscritos como Dívida Ativa da União pela Procurado- quais não será devida verba de sucumbência.
ria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de Art. 23. O ofício para que o depositário proceda à
valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez conversão de depósito em renda deverá ser expedido no
mil reais). (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004) prazo máximo de 15 (quinze) dias, contado da data do
§ 1o Os autos de execução a que se refere este arti- despacho judicial que acolher a petição.
go serão reativados quando os valores dos débitos Art. 24. As pessoas jurídicas de direito público são
ultrapassarem os limites indicados. dispensadas de autenticar as cópias reprográficas de
§ 2o Serão extintas, mediante requerimento do Pro- quaisquer documentos que apresentem em juízo.
curador da Fazenda Nacional, as execuções que versem Art. 25. O termo de inscrição em Dívida Ativa da
exclusivamente sobre honorários devidos à Fazenda União, a Certidão de Dívida Ativa dele extraída e a
Nacional de valor igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil petição inicial em processo de execução fiscal poderão
reais). (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004) ser subscritos manualmente, ou por chancela mecânica
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica às execu- ou eletrônica, observadas as disposições legais.
ções relativas à contribuição para o Fundo de Garantia Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo
do Tempo de Serviço. aplica-se, também, à inscrição em Dívida Ativa e à
§ 4o No caso de reunião de processos contra o cobrança judicial da contribuição, multas e demais
mesmo devedor, na forma do art. 28 da Lei no 6.830, de encargos previstos na legislação respectiva, relativos ao
22 de setembro de 1980, para os fins de que trata o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.”
− 10/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 2.346, de 1997
o
nistrativos procedam à adequação de seus Art. 8 O Advogado-Geral da União e os
procedimentos à jurisprudência do Supremo dirigentes máximos das autarquias, fundações
Tribunal Federal ou dos tribunais superiores. ou empresas públicas federais poderão autori-
§ 2o O Ministro de Estado da Previdência zar a realização de acordos, homologáveis pelo
e Assistência Social, relativamente aos crédi- Juízo, nos autos dos processos ajuizados por
tos previdenciários, com base em lei ou ato essas entidades, para o recebimento de débitos
normativo federal declarado inconstitucional de valores não superiores a R$50.000,00
por decisão definitiva do Supremo Tribunal (cinqüenta mil reais), em parcelas mensais e
Federal, em ação processada e julgada origi- sucessivas até o máximo de trinta, observado o
nariamente ou mediante recurso extraordiná- disposto no § 2o do artigo anterior.
rio, conforme o caso, e ouvida a Consultoria § 1o O saldo devedor será atualizado pe-
Jurídica, poderá autorizar o INSS a: lo índice de variação da Unidade Fiscal de
a) não constituí-los ou, se constituí- Referência (UFIR), e sobre o valor da pres-
dos, revê-los, para a sua retificação ou tação mensal incidirão juros à taxa de doze
cancelamento; por cento ao ano.
b) não inscrevê-los em dívida ativa ou, § 2o Deixada de cumprir qualquer parce-
se inscritos, revê-los, para a sua retificação la, pelo prazo de trinta dias, instaurar-se-á o
ou cancelamento; processo de execução ou nele se prossegui-
c) abster-se de interpor recurso judicial rá, pelo saldo.
ou a desistir de ação de execução fiscal. Art. 9o As autoridades indicadas no ca-
CAPÍTULO II put do artigo anterior poderão concordar
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS com pedido de desistência da ação, nas
Art. 7o O Advogado-Geral da União e os causas de quaisquer valores, desde que o
dirigentes máximos das autarquias, das autor renuncie expressamente ao direito
fundações e das empresas públicas federais sobre que se funda a ação, ressalvadas as de
poderão autorizar a realização de acordos ou natureza fiscal, em que a competência será
transações, em juízo, para terminar o litígio, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
nas causas de valor até R$50.000,00 (cin- CAPÍTULO III
qüenta mil reais), a não-propositura de ações DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
e a não-interposição de recursos, assim Art. 10. Ao fim de cada trimestre, os ór-
como requerimento de extinção das ações gãos e as entidades da Administração Pública
em curso ou de desistência dos respectivos Federal direta e indireta encaminharão ao
recursos judiciais, para a cobrança de crédi- Ministro de Estado da Justiça, com cópias
tos, atualizados, de valor igual ou inferior a para o Ministro de Estado Chefe da Casa
R$1.000,00 (mil reais), em que interessadas Civil da Presidência da República e para o
essas entidades na qualidade de autoras, rés, Advogado-Geral da União, relatório circuns-
assistentes ou opoentes, nas condições aqui tanciado sobre a fiel execução deste Decreto.
estabelecidas. Art. 11. Este Decreto entra em vigor na
§ 1o Quando a causa envolver valores su- data de sua publicação.
periores ao limite fixado no caput, o acordo Art. 12 Ficam revogados os Decretos nos
ou a transação, sob pena de nulidade, depen- 73.529, de 21 de janeiro de 1974, 1.601, de
derá de prévia e expressa autorização do 23 de agosto de 1995, e 2.194, de 7 de abril
Ministro de Estado ou do titular de Secretaria de 1997.
da Presidência da República a cuja área de Brasília, 10 de outubro de 1997; 176o da
competência estiver afeto o assunto no caso Independência e 109o da República.
da União, ou da autoridade máxima da autar- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
quia, da fundação ou da empresa pública. Íris Rezende
§ 2o Não se aplica o disposto neste arti- Pedro Malan
go às causas relativas ao patrimônio imobi- Reinhold Stephanes
liário da União e às de natureza fiscal. Clovis de Barros Carvalho

− 11/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 2.752, de 1998
o
DECRETO N 2.752, DE 26 DE AGOSTO DE 1998.
Estabelece condições para prestação de assistên-
cia judicial aos servidores integrantes da Carrei-
ra Auditoria do Tesouro Nacional e aos titulares
de cargos de Direção e Assessoramento Superio-
res, em ações decorrentes do exercício de cargo
na Secretaria da Receita Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, mente, em decorrência de ato praticado ou
no uso da atribuição que lhe confere o art. conduta verificada no exercício de suas atri-
84, incisos IV, da Constituição, e tendo em buições legais, desde que:
vista o disposto no art. 6º da Lei nº 9.003, de I - as ações ou medidas judiciais contra
16 de março de 1995, si ajuizadas por órgão jurídico da União não
DECRETA: tenham resultado de iniciativa formal de
Art 1º A assistência judicial de que trata autoridade do Ministério ou órgão em que
o art. 6º da Lei nº 9.003, de 16 de março de exercer suas atribuições; (Redação dada pelo
1995, aos servidores ocupantes de cargos da Decreto nº 3.126, de 2.8.99)
Carreira Auditoria do Tesouro Nacional e II - não haja sido instaurado processo dis-
aos titulares de cargos do Grupo-Direção e ciplinar para apurar sua responsabilidade
Assessoramento Superiores, no âmbito da funcional por fato que tenha ensejado proposi-
Secretaria da Receita Federal do Ministério ção de ação penal pelo Ministério Público.
da Fazenda, em ações e medidas judiciais § 1º O ressarcimento correrá à conta do
decorrentes do exercício de suas atribuições Fundo Especial de Desenvolvimento e
legais, será efetivada nos termos e condições Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscali-
estabelecidos neste Decreto. zação - FUNDAF, criado pelo Decreto-lei nº
Parágrafo único. Em caráter excepcio- 1.437, de 17 de dezembro de 1975, cabendo
nal, desde que ocorra manifesto interesse ao Secretário da Receita autorizá-lo.
relevante da União em ação ou medida § 2º Não é devido ressarcimento de des-
judicial que envolva titulares de outros pesas com serviços advocatícios para inter-
órgãos da Administração Pública Federal pelação judicial de servidor público.
direta, poderá o Ministro de Estado da Fa- Art 3º O Ministro de Estado da Fazenda
zenda autorizar a prestação judicial de que disciplinará os procedimentos que se fize-
trata este artigo, mediante solicitação do rem necessários à execução deste Decreto.
titular do Ministério interessado ou da Casa Art 4º Fica revogadas o Decreto nº
Civil da Presidência da República. 1.908, de 20 de maio de 1996.
Art 2º O servidor será ressarcido das des- Art 5º Este Decreto entra em vigor na
pesas que realizar com serviços advocatícios, data de sua publicação.
até o valor fixado pelo Ministro de Estado da Brasília, 26 de agosto de 1998; 177º da
Fazenda em tabela própria, quando tiver que Independência e 110º da República.
responder a ação ou medida judicial, impetrar FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
mandato de segurança e interpelar judicial- Pedro Malan

− 12/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 2.839, de 1998
o
DECRETO N 2.839, DE 6 DE NOVEMBRO DE 1998.
Dispõe sobre o cadastramento, controle e acom-
panhamento integrado das ações judiciais e o
cumprimento das respectivas decisões pelos ór-
gãos da Advocacia-Geral da União, procuradori-
as e departamentos jurídicos das autarquias e das
fundações públicas e órgãos do SIPEC.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, VI - possibilitar a comunicação em
no uso da atribuição que lhe confere o art. tempo real com os órgãos envolvidos
84, inciso II, da Constituição, e tendo em para adoção das providências de sua
vista o disposto no art. 3o da Lei no 4.348, de competência;
26 de junho de 1964, nos arts. 47, § 2o, e VII - acompanhar e controlar as provi-
143 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de dências administrativas necessárias ao cum-
1990, e art. 5o da Lei no 9.469, de 10 de primento de decisões judiciais;
julho de 1997, VIII - dispor de informações gerenciais
D E C R E T A: atualizadas;
Art. 1o O cadastramento, controle e a- IX - imprimir eficácia no cumprimento
companhamento integrado das ações judiciais de decisões judiciais;
propostas contra a União, suas autarquias e X - promover a descentralização e a
fundações públicas, inclusive as movidas por homologação seletiva nos procedimentos
servidores públicos, aposentados e pensionis- necessários ao cumprimento de decisões
tas, assim como o cumprimento das respecti- judiciais;
vas decisões, observarão os procedimentos XI - uniformizar o cumprimento das de-
estabelecidos neste Decreto. cisões judiciais;
Art. 2o O Ministério da Administração Fe- XII - evitar pagamentos indevidos ou
deral e Reforma do Estado e a Advocacia- em duplicidade;
Geral da União implementarão, nesta última, XIII - permitir atualização periódica das
sistema informatizado para o cadastramento, previsões orçamentárias.
controle e acompanhamento integrado das Art. 3o No prazo de cento e oitenta dias a
ações judiciais de interesse da União, suas contar da implementação do SICAJ, serão
autarquias e fundações públicas, inclusive das cadastradas todas as ações judiciais propostas
movidas por servidores públicos, aposentados contra a União, suas autarquias e fundações
e pensionistas, que versem sobre o pagamento públicas, incluídas as movidas por servidores
de vantagens ou aumento de remuneração, públicos, aposentados e pensionistas, que
proventos ou pensão, a qualquer título. versem sobre pagamento de vantagens ou
Parágrafo único. O sistema de que trata aumento de remuneração, provento ou pensão,
o caput deste artigo será denominado Siste- a qualquer título, por meio de ação integrada
ma de Cadastro de Ações Judiciais - SICAJ pelos órgãos da Advocacia-Geral da União,
e terá por objetivo permitir aos órgãos e às pelas procuradorias e pelos departamentos
entidades responsáveis pela defesa, pelo jurídicos das autarquias e das fundações públi-
controle, acompanhamento e cumprimento cas e pelos órgãos do Sistema de Pessoal Civil
das decisões judiciais: da Administração Federal – SIPEC.
I - controlar e ter informações atualiza- Parágrafo único. O cadastramento das
das sobre as ações judiciais e o cumprimen- ações de que trata o caput deste artigo cons-
to das respectivas decisões; titui condição indispensável ao pagamento
II - identificar ações de mesmo autor, de vantagens ou aumento de remuneração,
pedido e causa de pedir; provento ou pensão, a qualquer título.
III - controlar prazos processuais; Art. 4o O titular de órgão ou entidade da
IV - identificar o advogado responsável administração pública federal e os ordenadores
pela defesa em cada etapa processual; de despesa que receberem notificação ou
V - apoiar a Advocacia-Geral da União intimação judicial que implique pagamento, a
nas correições ordinárias e especiais; qualquer título, em decorrência de liminares
− 13/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 2.839, de 1998
em mandado de segurança, cautelares ou que trata o artigo anterior somente poderá
antecipações de tutela, darão dela conhecimen- ser encaminhada à Secretaria do Tesouro
to, no prazo de quarenta e oito horas do rece- Nacional após atendidas às exigências pre-
bimento, aos órgãos da Advocacia-Geral da vistas naquele artigo.
União, às procuradorias e aos departamentos Art. 7o Observado o disposto do art. 5o, a
jurídicos das autarquias e das fundações públi- concessão de vantagens ou aumento de remu-
cas, para análise da sua força executória, en- neração deferida a qualquer título, individual
caminhando, na oportunidade, os elementos e ou coletivamente a servidores públicos, apo-
as informações necessários à instrução das sentados e pensionistas, mediante decisões
medidas judiciais eventualmente cabíveis. judiciais, serão processadas em rubricas espe-
Art. 5o O pagamento das despesas de que cíficas diferentes, criadas pelo órgão central do
trata este Decreto dependerá da existência de SIPEC no Sistema Integrado de Administração
disponibilidade orçamentária e será precedido de Recursos Humanos – SIAPE.
de parecer das Consultorias Jurídicas dos Parágrafo único. As incorporações remu-
Ministérios, da Secretaria-Geral e das demais neratórias não previstas na lei orçamentária
Secretarias da Presidência da República e do anual, relativas às decisões judiciais a que se
Estado-Maior das Forças Armadas, acerca do refere este artigo, deverão ser efetuadas em
cumprimento das providências de que trata o folha complementar processada no SIAPE.
artigo anterior e sobre a aplicação e os efeitos Art. 8o Os órgãos da Advocacia-Geral
da decisão judicial na esfera administrativa. da União, as procuradorias e os departamen-
§ 1o Entende-se por disponibilidade orça- tos jurídicos das autarquias e das fundações
mentária para os efeitos deste Decreto o saldo públicas, ao tomarem conhecimento de
disponível dos créditos orçamentários corres- decisão judicial que suspenda a execução,
pondentes, representado pela diferença entre a revogue, casse ou altere decisão judicial,
dotação disponível para movimentação e deverão comunicar o fato imediatamente ao
empenho e as respectivas despesas anualiza- órgão central do SIPEC e aos ordenadores
das, considerados nestas todos os acréscimos de despesa, com vistas à suspensão do pa-
previstos até o encerramento do exercício. gamento e, quando for o caso, à desativação
§ 2o A disponibilidade orçamentária de da rubrica ou do código de sentença.
que trata este artigo será atestada pelos dirigen- Art. 9o Verificada a suspensão de execu-
tes dos órgãos setoriais do Sistema de Orça- ção, revogação, cassação ou a revisão de deci-
mento Federal, ou equivalentes, mediante são judicial favorável, inclusive de servidor
solicitação do órgão ou da entidade, que deverá público, aposentado ou pensionista, os dirigen-
ser encaminhada com as devidas justificativas tes dos órgãos ou das entidades do SIPEC e os
e memórias de cálculo comprobatórias da ordenadores de despesa deverão adotar as
referida disponibilidade, bem como de cópia providências necessárias à reposição dos valo-
do parecer a que alude o caput deste artigo. res pagos, no prazo de trinta dias, contados da
§ 3o No caso de inexistência ou insufici- notificação do ex-beneficiário para fazê-la.
ência de dotação orçamentária para atender Art. 10. Na hipótese de redistribuição de
às despesas de que trata este Decreto, o cargo ocupado, o órgão ou a entidade em
órgão ou a entidade solicitará a abertura de que passou a ser lotado o servidor fica res-
créditos adicionais, indicando as dotações ponsável pelo pagamento de sua remunera-
disponíveis que deverão ser canceladas para ção, inclusive das vantagens ou aumentos
fazer face ao crédito solicitado. decorrentes de decisão judicial.
§ 4o Fica vedada a solicitação de créditos Parágrafo único. Ocorrendo o disposto no
suplementares para dotações orçamentárias artigo anterior, a autoridade que for notificada
que sofreram cancelamento para abertura dos deverá informar o fato ao órgão ou à entidade
créditos referidos no parágrafo anterior, ou para o qual o servidor foi redistribuído.
foram objeto de pagamento de despesas Art. 11. A autoridade que tiver ciência da
decorrentes de atestado de disponibilidade ocorrência de irregularidade em ações judiciais
orçamentária anteriormente concedido. de interesse da União, suas autarquias e funda-
Art. 6o A solicitação de recursos finan- ções públicas, inclusive nas que tratam de
ceiros para o pagamento das despesas de concessão de vantagens ou aumento de remu-
− 14/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 2.839, de 1998
neração, provento ou pensão a servidores nanceira ou de precedência que implique a
públicos, aposentados e pensionistas, especifi- possibilidade da adoção, de forma generali-
camente quanto ao cumprimento de prazos, zada, do mesmo pleito ou medida judicial,
adoção de medida judicial cabível, comunica- incluídas as ações propostas por servidores
ção de suspensão de execução, revogação, públicos, aposentados e pensionistas.
cassação ou revisão de decisão judicial, deverá Art. 13. Os órgãos do Sistema de Con-
determinar a instauração de sindicância ou trole Interno adotarão procedimentos desti-
processo administrativo disciplinar. nados a garantir o fiel cumprimento das
Parágrafo único. Independentemente da disposições contidas neste Decreto.
adoção da providência recomendada no Art. 14. Os Ministérios da Administração
caput, a autoridade deverá informar imedia- Federal e Reforma do Estado, da Fazenda e do
tamente ao Advogado-Geral da União sobre Planejamento e Orçamento e a Advocacia-
a irregularidade. Geral da União, no âmbito de suas atribuições,
Art. 12. Os órgãos de representação judi- expedirão instruções complementares para a
cial da União, as procuradorias e os departa- fiel execução deste Decreto.
mentos jurídicos das autarquias e das funda- Art. 15. Este Decreto entra em vigor na
ções públicas e os órgãos do SIPEC deverão data de sua publicação.
comunicar imediatamente ao Advogado- Art. 16. Revogam-se o parágrafo único
Geral da União, ao Ministério da Administra- do art. 5o e o art. 6o do Decreto no 2.028, de
ção Federal e Reforma do Estado, à Secreta- 11 de outubro de 1996, e o Decreto no 2.110,
ria do Tesouro Nacional e à Secretaria de de 26 de dezembro de 1996.
Orçamento Federal o recebimento de intima- Brasília, 6 de novembro de 1998; 177o
ção de ação judicial, individual ou coletiva, da Independência e 110o da República.
com potencial de relevante repercussão fi- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

− 15/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 3.035, de 1999
DECRETO Nº 3.035, DE 27 DE ABRIL DE 1999.
Delega competência para a prática dos atos que
menciona, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, mento de decisão judicial, transitada em julgado.
no uso das atribuições que lhe confere o art. § 1o O Chefe da Casa Civil da Presidên-
84, incisos IV e VI, e parágrafo único, da cia da República exercerá a delegação de
Constituição, e tendo em vista o disposto competência prevista neste artigo relativa-
nos arts. 11 e 12 do Decreto-Lei nº 200, de mente às Secretarias de Estado de Comuni-
27 de fevereiro de 1967, e na Lei nº 8.112, cação de Governo e Especial de Desenvol-
de 11 de dezembro de 1990. vimento Urbano da Presidência da Repúbli-
DECRETA: ca.(Redação dada pelo Decreto nº 4.071, de 3.1.2002)
Art. 1º Fica delegada competência aos § 2º O disposto neste artigo não se a-
Ministros de Estado e ao Advogado-Geral plica ao ocupante de cargo de natureza
da União, vedada a subdelegação, para, no especial e ao titular de autarquia ou fun-
âmbito dos órgãos da Administração Pública dação pública.
Federal direta, autárquica e fundacional que § 3o A vedação de que trata o caput não
lhes são subordinados ou vinculados, obser- se aplica à subdelegação de competência
vadas as disposições legais e regulamenta- pelo Ministro de Estado da Educação aos
res, especialmente a manifestação prévia e dirigentes das instituições federais de ensino
indispensável do órgão de assessoramento vinculadas àquele Ministério, nos termos da
jurídico, praticar os seguintes atos: legislação aplicável. (NR) (Incluído pelo Decre-
I - julgar processos administrativos dis- to nº 6.097, de 24.4.2007)
ciplinares e aplicar penalidades, nas hipóte- Art. 2º Fica o Ministério do Orçamento
ses de demissão e cassação de aposentadoria e Gestão autorizado a dirimir eventuais
ou disponibilidade de servidores; dúvidas na aplicação do disposto neste
II - exonerar de ofício os servidores o- Decreto, podendo, se necessário, expedir
cupantes de cargos de provimento efetivo ou atos complementares à sua execução.
converter a exoneração em demissão; Art. 3º Este Decreto entra em vigor na
III - destituir ou converter a exoneração em data de sua publicação.
destituição de cargo em comissão de integran- Brasília, 27 de abril de 1999; 178º da
tes do Grupo-Direção e Assessoramento Supe- Independência e 111º da República.
riores, níveis 5 e 6, e de Chefe de Assessoria FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Parlamentar, código DAS - 101.4; Clovis de Barros Carvalho
IV - reintegrar ex-servidores em cumpri- Pedro Parente

− 16/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 3.781, de 2001
o
DECRETO N 3.781, DE 2 DE ABRIL DE 2001.
Dispõe sobre a remessa, à Secretaria da Receita
Federal do Ministério da Fazenda, dos processos
administrativos disciplinares que especifica.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Receita Federal do Ministério da Fazenda,
no uso das atribuições que lhe confere o art. para fins de extração de cópias das peças de
84, inciso IV, da Constituição, interesse fiscal com vistas à instauração do
DECRETA: procedimento de fiscalização, em autos
Art. 1o A autoridade que instaurar inqué- apartados, e posterior devolução do processo
ritos administrativos disciplinares que resul- disciplinar à origem, no prazo de trinta dias
tarem na demissão, cassação de aposentado- contados do seu recebimento.
ria, destituição de cargo em comissão ou de Art. 2o Este Decreto entra em vigor na
função comissionada de servidores, por data de sua publicação.
infração aos incisos IX, X, XI, XII, XIII, Brasília, 2 de abril de 2001; 180o da In-
XIV e XVI do art. 117, e incisos I, IV, VIII, dependência e 113o da República.
IX, X, XI e XII do art. 132, todos da Lei no FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
8.112, de 11 de dezembro de 1990, encami- Pedro Malan
nhará os referidos processos à Secretaria da Martus Tavare

− 17/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.175, de 2002
o
DECRETO N 4.175, DE 27 DE MARÇO DE 2002.
Estabelece limites para o provimento de cargos
públicos efetivos no âmbito dos órgãos e entida-
des do Poder Executivo, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 3o O órgão ou entidade interessado
no uso de suas atribuições que lhe confere o em realizar concurso público ou nomear
art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Cons- candidato habilitado deverá apresentar à
tituição, Secretaria de Gestão do Ministério do Plane-
DECRETA: jamento, Orçamento e Gestão justificativa
Art. 1o A seleção de candidatos para o fundamentada, com indicação das vagas a
ingresso no serviço público federal ocorrerá serem providas e comprovação da disponibi-
de modo a permitir a renovação contínua do lidade orçamentária.
quadro de pessoal, observada a disponibili- § 1º O disposto neste artigo não se apli-
dade orçamentária. ca às carreiras de Diplomata, do Ministério
§ 1o A validade dos concursos públicos das Relações Exteriores, e às de Advogado
poderá ser de até um ano, prorrogável por da União, Procurador da Fazenda Nacional,
igual período. Assistente Jurídico e Procurador Federal, da
§ 2o O disposto no § 1o poderá aplicar-se Advocacia-Geral da União. (Renumerado pelo
aos concursos vigentes, a critério do Minis- Decreto nº 6.097, de 24.4.2007)
tério do Planejamento, Orçamento e Gestão, § 2o O disposto neste artigo não se apli-
desde que os respectivos editais não estabe- ca às universidades federais para provimen-
leçam prazo mais longo. to de cargo docente e contratação de profes-
§ 3o Durante o período de validade do sor substituto, observado o limite que cada
concurso público, o Ministério do Plane- instituição se encontra autorizada a manter
jamento, Orçamento e Gestão poderá em seu quadro docente, conforme norma
autorizar a nomeação de candidatos apro- conjunta dos Ministérios do Planejamento,
vados e não convocados até o limite de Orçamento e Gestão e da Educação. (NR)
cinqüenta por cento a mais do quantitativo (Incluído pelo Decreto nº 6.097, de 24.4.2007)
original de vagas. Art. 4o O Sistema de Controle Interno
Art. 2o Fica delegada competência ao do Poder Executivo Federal fiscalizará o
Ministro de Estado do Planejamento, Orça- cumprimento das disposições contidas neste
mento e Gestão para autorizar a realização Decreto.
de concursos públicos e a nomeação de Art. 5o Este Decreto entra em vigor na
candidatos, bem como estabelecer as respec- data de sua publicação.
tivas normas e procedimentos, exceto para Art. 6o Ficam revogados o art. 3o do De-
ingresso na carreira de Diplomata, que serão creto no 86.364, de 14 de setembro de 1981,
autorizados pelo Ministro de Estado das o Decreto no 88.376, de 10 de junho de
Relações Exteriores, e nas carreiras de 1983, e o Decreto no 2.373, de 10 de no-
Advogado da União, de Procurador da vembro de 1997.
Fazenda Nacional, de Assistente Jurídico da Brasília, de março de 2002; 181o da In-
Advocacia-Geral da União e de Procurador dependência e 114o da República.
Federal, que serão autorizados pelo Advo- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
gado-Geral da União. Martus Tavares

− 18/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
DECRETO N° 4.176, DE 28 DE MARÇO DE 2002.
Estabelece normas e diretrizes para a elabora-
ção, a redação, a alteração, a consolidação e o
encaminhamento ao Presidente da República de
projetos de atos normativos de competência dos
órgãos do Poder Executivo Federal, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, CAPÍTULO II
no uso das atribuições que lhe confere o DA ELABORAÇÃO, DA ARTICULAÇÃO,
art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da DA REDAÇÃO E DA ALTERAÇÃO DOS
Constituição, e tendo em vista o disposto ATOS NORMATIVOS
na Lei Complementar no 95, de 26 de feve- SEÇÃO I
reiro de 1998, DAS REGRAS GERAIS DE ELABORAÇÃO
DECRETA: Estrutura
OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO Art. 5o O projeto de ato normativo será
Art. 1o Este Decreto estabelece nor- estruturado em três partes básicas:
mas e diretrizes para a elaboração, a reda- I - parte preliminar, com a epígrafe, a
ção, a alteração e a consolidação de atos ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto
normativos a serem encaminhados ao e a indicação do âmbito de aplicação das
Presidente da República pelos Ministérios disposições normativas;
e órgãos da estrutura da Presidência da II - parte normativa, com as normas
República. que regulam o objeto definido na parte
Parágrafo único. Consideram-se atos preliminar; e
normativos para efeitos deste Decreto as III - parte final, com as disposições so-
leis, as medidas provisórias e os decretos. bre medidas necessárias à implementação
TÍTULO I das normas constantes da parte normativa,
DAS DISPOSIÇÕES as disposições transitórias, se for o caso, a
REGULAMENTARES cláusula de vigência e a cláusula de revoga-
Capítulo I ção, quando couber.
DA NUMERAÇÃO DOS ATOS Art. 6o A ementa explicitará, de modo
NORMATIVOS conciso e sob a forma de título, o objeto do
Leis ato normativo.
Art. 2o As leis complementares, ordi- Objeto e Assunto
nárias e delegadas terão numeração se- Art. 7o O primeiro artigo do texto do
qüencial em continuidade às séries inicia- projeto indicará o objeto e o âmbito de
das em 1946. aplicação do ato normativo a ser editado.
Medidas Provisórias § 1o O âmbito de aplicação do ato nor-
Art. 3o As medidas provisórias terão mativo será estabelecido de forma específi-
numeração seqüencial, iniciada a partir da ca, em conformidade com o conhecimento
publicação da Emenda Constitucional no 32, técnico ou científico da área respectiva.
de 11 de setembro de 2001. § 2o O projeto de ato normativo terá um
Decretos único objeto, exceto quando se tratar de
Art. 4o Somente os decretos de caráter projeto de codificação.
normativo terão numeração, que se dará § 3o Os projetos de atos normativos não
seqüencialmente em continuidade às séries conterão matéria estranha ao objeto a que
iniciadas em 1991. visa disciplinar, ou a este não vinculado por
§ 1o Os decretos pessoais e os de provi- afinidade, pertinência ou conexão.
mento ou de vacância de cargo público serão Art. 8o Idêntico assunto não será disci-
identificados apenas pela data. plinado por mais de um projeto de ato nor-
§ 2o Os demais decretos serão identifi- mativo da mesma espécie, salvo quando um
cados pela data e pela ementa, elaborada na se destinar, por remissão expressa, a com-
forma do art. 6o. plementar o outro, considerado básico.
− 19/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
o
Art. 9 Evitar-se-á projeto de ato normativo Decreto Autônomo
de caráter independente quando existir em vigor Art. 17. Serão disciplinadas exclusiva-
ato normativo que trate do mesmo assunto. mente por decretos as matérias sobre:
Parágrafo único. Na hipótese do caput I - extinção de funções ou cargos públi-
será preferível a inclusão dos novos disposi- cos, quando vagos; e
tivos no texto do ato normativo em vigor. II - organização e funcionamento da
Autorização Legislativa administração federal, quando não implicar
Art. 10. O projeto de lei não estabelecerá aumento de despesa nem criação ou extin-
autorização legislativa pura ou incondicionada. ção de órgãos públicos.
Lei Penal § 1o O projeto de decreto que dispuser
Art. 11. O projeto de lei penal manterá a sobre extinção de funções ou cargos públi-
harmonia da legislação em vigor sobre a cos, quando vagos, não disciplinará nenhu-
matéria, mediante: ma outra matéria.
I - a compatibilização das novas penas § 2o O projeto de decreto que tratar da
com aquelas já existentes, tendo em vista os matéria referida no inciso II do caput não
bens jurídicos protegidos e a semelhança deverá regulamentar disposições de lei ou de
dos tipos penais descritos; e medida provisória.
II - a definição clara e objetiva de crimes. § 3o Quando impossível ou inconveniente
Parágrafo único. A formulação de nor- a observância do disposto no § 2o, os dispositi-
mas penais em branco deverá ser evitada. vos que tratam da matéria referida no inciso II
Lei Tributária do caput serão separados daqueles que têm
Art. 12. No projeto de lei ou de medida natureza regulamentar e agrupados por meio
provisória que institua ou majore tributo, de especificação temática do seu conteúdo.
serão observados os princípios da irretroati- Remissão a Normas
vidade e da anterioridade tributárias, estabe- Art. 18. A remissão a normas de outros a-
lecidos, respectivamente, nas alíneas "a" e tos normativos far-se-á, de preferência, medi-
"b" do inciso III do art. 150 da Constituição. ante explicitação mínima de seu conteúdo e
Parágrafo único. O disposto no caput, quan- não apenas por meio da citação do dispositivo.
to ao princípio da anterioridade tributária, não se Vigência e Contagem de Prazo
aplicará aos projetos que visem à majoração dos Art. 19. O texto do projeto indicará de
impostos previstos nos arts. 153, incisos I, II, IV forma expressa a vigência do ato normativo.
e V, e 154, inciso II, da Constituição. § 1o A cláusula "entra em vigor na data de
Art. 13. No projeto de lei ou de medida sua publicação" somente será utilizada nos
provisória que institua ou majore contribuição projetos de ato normativo de menor repercussão.
social, incluir-se-á dispositivo com a previsão § 2o Nos projetos de ato normativo de
de cobrança do tributo somente após noventa maior repercussão, será:
dias da data da publicação do ato normativo. I - estabelecido período de vacância ra-
Art. 14. No projeto de lei ou de medida zoável para que deles se tenha amplo conhe-
provisória que institua ou majore taxa, o cimento; e
valor do tributo deverá ser proporcional ao II - utilizada a cláusula "esta lei entra em
custo do serviço público prestado ao contri- vigor após decorridos (o número de) dias de
buinte ou posto à sua disposição. sua publicação oficial".
Lei Processual Art. 20. A contagem do prazo para en-
Art. 15. As manifestações da Advoca- trada em vigor dos atos normativos que
cia-Geral da União serão obrigatórias quan- estabeleçam período de vacância far-se-á
do se tratar de projeto de lei processual. incluindo a data da publicação e o último dia
Regulamentação de Lei ou de do prazo, entrando em vigor no dia subse-
Medida Provisória qüente à sua consumação integral.
Art. 16. Os projetos de atos normativos re- Cláusula de Revogação
gulamentares não estabelecerão normas que Art. 21. A cláusula de revogação rela-
ampliem ou reduzam o âmbito de aplicação da cionará, de forma expressa, todas as disposi-
lei ou da medida provisória a ser regulamenta- ções que serão revogadas com a entrada em
da ou que sejam estranhas ao seu objeto. vigor do ato normativo proposto.
− 20/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
SEÇÃO II c) ponto, caso seja a última e anteceda
DA ARTICULAÇÃO artigo ou parágrafo;
Art. 22. Os textos dos projetos de ato XIII - a alínea desdobra-se em itens, in-
normativo observarão as seguintes regras: dicados por algarismos arábicos, seguidos
I - a unidade básica de articulação é o arti- de ponto e separados do texto por um espaço
go, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de em branco;
numeração ordinal até o nono e cardinal, XIV - o texto do item inicia-se com letra
acompanhada de ponto, a partir do décimo; minúscula, salvo quando se tratar de nome
II - a numeração do artigo é separada do próprio, e termina com:
texto por dois espaços em branco, sem a) ponto-e-vírgula; ou
traços ou outros sinais; b) ponto, caso seja o último e anteceda
III - o texto do artigo inicia-se com letra artigo ou parágrafo;
maiúscula e termina com ponto ou, nos XV - o agrupamento de artigos pode
casos em que se desdobrar em incisos, com constituir subseção; o de subseções, seção; o
dois-pontos; de seções, capítulo; o de capítulos, título; o
IV - o artigo desdobra-se em parágrafos de títulos, livro; e o de livros, parte;
ou em incisos e o parágrafo, em incisos; XVI - os capítulos, os títulos, os livros e
V - o parágrafo único de artigo é indica- as partes são grafados em letras maiúsculas
do pela expressão "Parágrafo único", segui- e identificados por algarismos romanos;
da de ponto e separada do texto normativo XVII - a parte pode subdividir-se em
por dois espaços em branco; parte geral e parte especial, ou em partes
VI - os parágrafos de artigo são indica- expressas em numeral ordinal, por extenso;
dos pelo símbolo "§", seguido de numeração XVIII - as subseções e seções são indi-
ordinal até o nono e cardinal, acompanhada cadas por algarismos romanos, grafadas em
de ponto, a partir do décimo; letras minúsculas e postas em negrito;
VII - a numeração do parágrafo é sepa- XIX - os agrupamentos referidos no in-
rada do texto por dois espaços em branco, ciso XV podem também ser subdivididos
sem traços ou outros sinais; em "Disposições Preliminares", "Disposi-
VIII - o texto do parágrafo único e dos ções Gerais", "Disposições Finais" e "Dis-
parágrafos inicia-se com letra maiúscula e posições Transitórias";
termina com ponto ou, nos casos em que se XX - utiliza-se um espaço simples entre
desdobrar em incisos, com dois-pontos; capítulos, seções, artigos, parágrafos, inci-
IX - os incisos são indicados por alga- sos, alíneas e itens;
rismos romanos seguidos de hífen, o qual é XXI - o texto deve ter dezoito centímetros
separado do algarismo e do texto por um de largura, com margem esquerda de dois
espaço em branco; centímetros e direita de um, ser digitado em
X - o texto do inciso inicia-se com letra "Times New Roman", corpo 12, em papel de
minúscula, salvo quando se tratar de nome tamanho A4 (vinte e nove centímetros e quatro
próprio, e termina com: milímetros por vinte e um centímetros);
a) ponto-e-vírgula; XXII - as palavras e as expressões em
b) dois pontos, quando se desdobrar em latim ou em outras línguas estrangeiras são
alíneas; ou grafadas em negrito;
c) ponto, caso seja o último; XXIII - a epígrafe, formada pelo título
XI - o inciso desdobra-se em alíneas, in- designativo da espécie normativa e pela data
dicadas com letra minúscula seguindo o de promulgação, é grafada em letras maiús-
alfabeto e acompanhada de parêntese, sepa- culas, sem negrito, de forma centralizada; e
rado do texto por um espaço em branco; XXIV - a ementa é alinhada à direita,
XII - o texto da alínea inicia-se com le- com nove centímetros de largura.
tra minúscula, salvo quando se tratar de SEÇÃO III
nome próprio, e termina com: DA REDAÇÃO
a) ponto-e-vírgula; Art. 23. As disposições normativas serão
b) dois pontos, quando se desdobrar em redigidas com clareza, precisão e ordem
itens; ou lógica, observado o seguinte:
− 21/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
o
I - para a obtenção da clareza: 2. 1 de maio de 1998 e não 1 de maio
a) usar as palavras e as expressões em de 1998;
seu sentido comum, salvo quando a norma l) grafar a remissão aos atos normativos
versar sobre assunto técnico, hipótese em das seguintes formas:
que se pode empregar a nomenclatura pró- 1. Lei no 8.112, de 11 de dezembro de
pria da área em que se está legislando; 1990, na ementa, no preâmbulo, na primeira
b) usar frases curtas e concisas; remissão e na cláusula de revogação; e
c) construir as orações na ordem direta, 2. Lei no 8.112, de 1990, nos demais casos; e
evitando preciosismo, neologismo e adjeti- m) grafar a indicação do ano sem o pon-
vações dispensáveis; to entre as casas do milhar e da centena;
d) buscar a uniformidade do tempo ver- III - para a obtenção da ordem lógica:
bal em todo o texto das normas legais, de a) reunir sob as categorias de agregação
preferência o tempo presente ou o futuro – subseção, seção, capítulo, título e livro –
simples do presente; e apenas as disposições relacionadas com a
e) usar os recursos de pontuação de forma ju- matéria nelas especificada;
diciosa, evitando os abusos de caráter estilístico; b) restringir o conteúdo de cada artigo a
II - para a obtenção da precisão: um único assunto ou princípio;
a) articular a linguagem, técnica ou co- c) expressar por meio dos parágrafos os
mum, com clareza, de modo que permita aspectos complementares à norma enuncia-
perfeita compreensão do objetivo, do conte- da no caput do artigo e as exceções à regra
údo e do alcance do ato normativo; por este estabelecida; e
b) expressar a idéia, quando repetida no d) promover as discriminações e enume-
texto, por meio das mesmas palavras, evi- rações por meio dos incisos, das alíneas e
tando o emprego de sinonímia com propósi- dos itens.
to meramente estilístico; SEÇÃO IV
c) evitar o emprego de expressão ou pa- DA ALTERAÇÃO
lavra que confira duplo sentido ao texto; Art. 24. A alteração de atos normativos
d) escolher termos que tenham o mesmo far-se-á mediante:
sentido e significado na maior parte do I - reprodução integral em um só texto,
território nacional, evitando o uso de ex- quando se tratar de alteração considerável;
pressões locais ou regionais; II - revogação parcial; ou
e) usar apenas siglas consagradas pelo III - substituição, supressão ou acrésci-
uso, observado o princípio de que a primeira mo de dispositivo.
referência no texto seja acompanhada de Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso
explicitação de seu significado; III, serão observadas as seguintes regras:
f) indicar, expressamente, o dispositivo I - a numeração dos dispositivos altera-
objeto de remissão, por meio do emprego da dos não pode ser modificada;
abreviatura "art." seguida do correspondente II - é vedada toda renumeração de arti-
número, ordinal ou cardinal; gos e de unidades superiores a artigo, referi-
g) utilizar as conjunções "e" ou "ou" no das no inciso XV do art. 22, devendo ser
penúltimo inciso, alínea ou item, conforme a utilizados, separados por hífen, o número do
seqüência de dispositivos seja, respectiva- artigo ou da unidade imediatamente anterior
mente, cumulativa ou disjuntiva; e as letras maiúsculas, em ordem alfabética,
h) grafar por extenso quaisquer referências tantas quantas forem necessárias para identi-
a números e percentuais, exceto data, número ficar os acréscimos;
de ato normativo e casos em que houver preju- III - é permitida a renumeração de pará-
ízo para a compreensão do texto; grafos, incisos, alíneas e itens, desde que
i) expressar valores monetários em alga- seja inconveniente o acréscimo da nova
rismos arábicos, seguidos de sua indicação unidade ao final da seqüência;
por extenso, entre parênteses; IV - é vedado o aproveitamento de nú-
j) empregar nas datas as seguintes formas: mero ou de letra de dispositivo revogado,
1. 4 de março de 1998 e não 04 de mar- vetado, declarado inconstitucional pelo
ço de 1998; e Supremo Tribunal Federal ou cuja execução
− 22/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
tenha sido suspensa pelo Senado Federal Alterações Admitidas
com fundamento no art. 52, inciso X, da Art. 27. Preservado o conteúdo normati-
Constituição; vo original dos dispositivos consolidados, os
V - nas publicações subseqüentes do projetos de lei de consolidação conterão
texto integral do ato normativo, o número ou apenas as seguintes alterações:
a letra de dispositivo revogado, vetado, I - introdução de novas divisões do texto
declarado inconstitucional ou cuja execução legal básico;
tenha sido suspensa devem ser acompanha- II - diferente colocação e numeração dos
dos tão-somente das expressões "revogado", artigos consolidados;
"vetado", "declarado inconstitucional, em III - fusão de dispositivos repetitivos ou
controle concentrado, pelo Supremo Tribu- de valor normativo idêntico;
nal Federal", ou "execução suspensa pelo IV - atualização da denominação de ór-
Senado Federal, na forma do art. 52, X, da gãos e de entidades da Administração Públi-
Constituição Federal"; ca Federal;
VI - nas hipóteses do inciso V, devem V - atualização de termos e de modos de
ser inseridas na publicação notas de rodapé escrita antiquados;
explicitando o dispositivo e a lei de revoga- VI - atualização do valor de multas e de
ção, a mensagem de veto do Presidente da penas pecuniárias, com base em indexador
República, a decisão declaratória de incons- padrão;
titucionalidade proferida pelo Supremo VII - eliminação de ambigüidades de-
Tribunal Federal ou a resolução de suspen- correntes do mau uso do vernáculo;
são da execução do dispositivo editada pelo VIII - homogeneização terminológica do texto;
Senado Federal; e IX - supressão de dispositivos declara-
VII - o artigo com alteração de reda- dos inconstitucionais pelo Supremo Tribunal
ção, supressão ou acréscimo no caput ou Federal, observada, no que couber, a sus-
em seus desdobramentos deve ser identi- pensão pelo Senado Federal de execução de
ficado, somente ao final da última unida- dispositivos, na forma do art. 52, inciso X,
de, com as letras "NR" maiúsculas, entre da Constituição;
parênteses. X - supressão de dispositivos não recep-
Art. 25. O projeto que alterar significa- cionados pela Constituição em vigor;
tivamente ato normativo existente conterá, XI - declaração expressa de revogação
ao final de seu texto, artigo determinando a de dispositivos implicitamente revogados
republicação do ato normativo alterado, com por leis posteriores; e
as modificações nele realizadas desde a sua XII - declaração expressa de revogação
entrada em vigor. de dispositivos de leis temporárias cuja
CAPÍTULO III vigência tenha expirado.
DA CONSOLIDAÇÃO DOS § 1o As providências a que se referem os
ATOS NORMATIVOS incisos IX, X, XI e XII serão expressamente
Definição de Consolidação da Legislação fundamentadas, com a indicação precisa das
Federal fontes de informação que lhes serviram de base.
Art. 26. As leis federais serão reunidas § 2o Os dispositivos de leis temporárias a-
em codificações e consolidações, compostas inda em vigor à época da consolidação serão
por volumes com as matérias conexas ou incluídos na parte das disposições transitórias.
afins, constituindo em seu todo a Consolida- Art. 28. Admitir-se-á projeto de lei de
ção da Legislação Federal. consolidação destinado exclusivamente à:
Parágrafo único. A consolidação con- I - declaração de revogação de leis e de
sistirá na reunião de todas as leis perti- dispositivos implicitamente revogados ou
nentes a determinada matéria em um cuja eficácia ou validade encontre-se com-
único diploma legal, com a revogação pletamente prejudicada; ou
formal das leis incorporadas à consolida- II - inclusão de dispositivos ou diplomas
ção e sem modificação do alcance nem esparsos em leis preexistentes, revogando-se
interrupção da força normativa dos dispo- as disposições assim consolidadas nos ter-
sitivos consolidados. mos do parágrafo único do art. 26.
− 23/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
Matriz de Consolidação V - zelar pela fiel observância dos pre-
Art. 29. Considera-se matriz de consolida- ceitos deste Decreto, podendo devolver aos
ção a lei geral básica, à qual se integrarão os órgãos de origem os atos em desacordo com
demais atos normativos de caráter extravagante as suas normas.
que disponham sobre matérias conexas ou Análise de Mérito
afins àquela disciplinada na matriz. Art. 35. Compete à Subchefia de Coorde-
Art. 30. Leis complementares e leis or- nação da Ação Governamental da Casa Civil:
dinárias não poderão ser consolidadas em I - examinar os projetos quanto ao méri-
uma mesma matriz. to, à oportunidade e à conveniência política,
Medida Provisória mesmo no tocante à compatibilização da
Art. 31. Não serão objeto de consolidação as matéria neles tratada com as políticas e
medidas provisórias ainda não convertidas em lei. diretrizes estabelecidas pelas Câmaras do
Decretos Conselho de Governo;
Art. 32. Na consolidação dos decretos II - articular com os órgãos interessados
observar-se-á o disposto nos arts. 27 e 28. para os ajustes necessários nos projetos de
TÍTULO II atos normativos; e
DAS DISPOSIÇÕES AUTÔNOMAS III - solicitar informações, quando julgar
CAPÍTULO I conveniente, a outros Ministérios e a órgãos
DA COMPETÊNCIA PARA PROPOR E da Administração Pública Federal, para
PARA EXAMINAR OS PROJETOS DE instruir o exame dos atos normativos sujei-
ATOS NORMATIVOS tos à apreciação do Presidente da República.
Órgãos Proponentes Parágrafo único. No caso do inciso III,
Art. 33. Compete aos Ministérios e aos ór- os Ministérios e os órgãos da Administração
gãos da estrutura da Presidência da República Pública Federal que não participaram da
a proposição de atos normativos, observadas as elaboração do projeto deverão examinar a
suas respectivas áreas de competências. matéria objeto da consulta, impreterivel-
Casa Civil da Presidência da República mente, no prazo fixado pela Subchefia de
Art. 34. Compete à Casa Civil da Presi- Coordenação da Ação Governamental da
dência da República: Casa Civil, sob pena de concordância tácita
I - examinar a constitucionalidade, a le- com a proposta de ato normativo.
galidade, o mérito, a oportunidade e a con- Análise Jurídica
veniência política das propostas de projeto Art. 36. Compete à Subchefia para As-
de ato normativo; suntos Jurídicos da Casa Civil emitir parecer
II - decidir sobre a ampla divulgação de final sobre a constitucionalidade e legalida-
texto básico de projeto de ato normativo de de dos projetos de ato normativo, observa-
especial significado político ou social, até das as atribuições do Advogado-Geral da
mesmo por meio da Rede Mundial de Compu- União previstas no art. 4o da Lei Comple-
tadores ou mediante a realização de audiência mentar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.
pública, tudo com o objetivo de receber suges- CAPÍTULO II
tões de órgãos, entidades ou pessoas; DO ENCAMINHAMENTO E DO EXAME
III - supervisionar a elaboração dos proje- DOS PROJETOS DE ATO NORMATIVO
tos de atos normativos e, no tocante à iniciativa Encaminhamento de Projetos
do Poder Executivo, solicitar a participação Art. 37. As propostas de projetos de ato
dos órgãos competentes nos casos de: normativo serão encaminhadas à Casa Civil
a) declaração de inconstitucionalidade, pe- por meio eletrônico, com observância do
lo Supremo Tribunal Federal, em ação direta disposto no Anexo I, mediante exposição de
de inconstitucionalidade por omissão; e motivos do titular do órgão proponente, à
b) deferimento de mandado de injunção qual se anexarão:
pelo Supremo Tribunal Federal; I - as notas explicativas e justificativas da
IV - na hipótese de regulamentação exi- proposição, em consonância com o Anexo II;
gida por lei, instar os Ministérios e os ór- II - o projeto do ato normativo; e
gãos da estrutura da Presidência da Repúbli- III - o parecer conclusivo sobre a consti-
ca ao cumprimento dessa determinação; e tucionalidade, a legalidade e a regularidade
− 24/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
formal do ato normativo proposto, elaborado d) planos plurianuais, diretrizes orça-
pela Consultoria Jurídica ou pelo órgão de mentárias, orçamento e créditos adicionais e
assessoramento jurídico do proponente. suplementares, ressalvada a hipótese de
§ 1o A exposição de motivos e o parecer jurí- abertura de crédito extraordinário, prevista
dico conclusivo serão assinados eletronicamente. no art. 167, § 3o, da Constituição;
§ 2o A proposta que tratar de assunto re- II - que vise a detenção ou seqüestro de
lacionado a dois ou mais órgãos será elabo- bens, de poupança popular ou qualquer
rada conjuntamente. outro ativo financeiro;
§ 3o Na hipótese do § 2o e sem prejuízo do III - reservada a lei complementar;
disposto no caput, os titulares dos órgãos IV - já disciplinada em projeto de lei apro-
envolvidos assinarão a exposição de motivos, à vado pelo Congresso Nacional e pendente de
qual se anexarão os pareceres conclusivos das sanção ou veto do Presidente da República; e
Consultorias Jurídicas e dos órgãos de assesso- V - que possa ser aprovada dentro dos pra-
ramento jurídico de todos os proponentes. zos estabelecidos pelo procedimento legislati-
§ 4o As Consultorias Jurídicas dos Mi- vo de urgência previsto na Constituição.
nistérios manterão permanente interlocução § 1o Caso se verifique demora na apreci-
com a Consultoria-Geral da União na elabo- ação de projetos de lei de iniciativa do Poder
ração de projetos de atos normativos, inclu- Executivo, poderá o órgão competente,
sive enviando-lhe cópia dos projetos enca- configuradas a relevância e a urgência,
minhados à Casa Civil. propor a edição de medida provisória.
Exposições de Motivos § 2o É vedada a adoção de medida provisó-
Art. 38. A exposição de motivos deverá: ria na regulamentação de artigo da Constitui-
I - justificar e fundamentar a edição do ção cuja redação tenha sido alterada por meio
ato normativo, de tal forma que possibilite a de emenda promulgada a partir de 1o de janeiro
sua utilização como defesa prévia em even- de 1995 até 11 de setembro de 2001.
tual argüição de inconstitucionalidade; Rejeição de Proposta
II - explicitar a razão de o ato proposto Art. 41. O ato normativo, objeto de pa-
ser o melhor instrumento normativo para recer contrário da Casa Civil quanto à lega-
disciplinar a matéria; lidade, à constitucionalidade ou ao mérito,
III - apontar as normas que serão afeta- será devolvido ao órgão de origem com a
das ou revogadas pela proposição; justificativa do não-seguimento da proposta.
IV - indicar a existência de prévia dota- CAPÍTULO III
ção orçamentária, quando a proposta de- DAS COMISSÕES E DO PROCEDIMENTO
mandar despesas; e DE CONSOLIDAÇÃO DOS ATOS
V - demonstrar, objetivamente, a rele- NORMATIVOS
vância e a urgência no caso de projeto de Coordenação das Consolidações
medida provisória. Art. 42. Até o prazo de trinta dias a con-
Projeto de Medida Provisória tar da publicação deste Decreto, o Chefe da
Art. 39. Os projetos de medida provisó- Casa Civil instituirá Grupo Executivo de
ria somente serão apreciados pela Presidên- Consolidação dos Atos Normativos, com a
cia da República quando devidamente de- atribuição de coordenar e implementar os
monstradas a relevância e a urgência da trabalhos de consolidação dos atos normati-
matéria objeto da proposta. vos no âmbito do Poder Executivo.
Art. 40. Não será disciplinada por medi- § 1o O Grupo Executivo de que trata o caput:
da provisória matéria: I - terá como supervisor o Subchefe para
I - relativa a: Assuntos Jurídicos da Casa Civil; e
a) nacionalidade, cidadania, direitos po- II - será composto por, no mínimo, cinco
líticos, partidos políticos e direito eleitoral; membros.
b) direito penal, processual penal e pro- § 2o O Grupo Executivo terá como coorde-
cessual civil; nador-executivo um bacharel em Direito em
c) organização do Poder Judiciário e do exercício na Subchefia para Assuntos Jurídicos da
Ministério Público, a carreira e a garantia de Casa Civil e um de seus membros será integrante
seus membros; e de carreira jurídica da Advocacia-Geral da União.
− 25/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
o
§ 3 Os membros do Grupo Executivo nistério ou órgão da estrutura da Presidência
terão dedicação exclusiva à coordenação e à da República proporá o encaminhamento de
implementação dos trabalhos de consolida- projeto de lei específico e independente do
ção dos atos normativos, sendo-lhes assegu- projeto de consolidação.
rado pela Casa Civil o apoio técnico e admi- Comissões de Especialistas
nistrativo necessário para o cumprimento de Art. 44. Poderá ser instituída comissão
suas atribuições. de especialistas, escolhidos entre juristas de
Comissões Permanentes de Consolidação e notável conhecimento sobre determinada
Revisão de Atos Normativos área, para elaborar projetos de consolidação
Art. 43. Até o prazo de trinta dias a contar em matérias que exijam maior nível de
da publicação deste Decreto, os Ministérios e especialização.
os órgãos da estrutura da Presidência da Repú- Comissões Mistas
blica instituirão Comissões Permanentes de Art. 45. Para a consolidação de leis que
Consolidação e Revisão de Atos Normativos, estejam na esfera de atuação de dois ou mais
com a atribuição de proceder ao levantamento Ministérios ou órgãos da estrutura da Presi-
dos atos normativos pertinentes à sua esfera de dência da República, o Grupo Executivo de
atuação e das entidades a eles vinculadas, com Consolidação dos Atos Normativos da Casa
vistas a consolidar os textos legais. Civil definirá a competência para a realiza-
§ 1o As Comissões Permanentes de ção do trabalho de consolidação ou a institu-
Consolidação e Revisão de Atos Normativos ição de grupo de trabalho misto, podendo
serão compostas por, no mínimo, quatro ser desmembrada a lei de uso interministeri-
membros, terão como coordenador um al, para aglutinação em diferentes matrizes
bacharel em Direito e um de seus membros de consolidação, conforme a matéria especí-
será integrante de carreira jurídica da Advo- fica a ser tratada.
cacia-Geral da União. Encaminhamento dos Projetos de Lei de
§ 2o Nos Ministérios, o coordenador será Consolidação
escolhido entre os bacharéis em Direito em Art. 46. As Comissões e as Subcomissões
exercício na respectiva Consultoria Jurídica. Permanentes de Consolidação e Revisão de
§ 3o A Comissão Permanente de Conso- Atos Normativos realizarão os trabalhos de
lidação e Revisão de Atos Normativos do consolidação de acordo com os parâmetros, os
Ministério da Justiça, além das matérias que prazos e a apresentação gráfica definidos pelo
lhe são diretamente afetas, terá competência Grupo Executivo de Consolidação dos Atos
residual para todas as matérias legais não Normativos da Casa Civil.
incluídas na esfera específica dos demais § 1o Após a conclusão dos trabalhos de
Ministérios e dos órgãos da estrutura da consolidação, serão eles encaminhados, com
Presidência da República. a respectiva exposição de motivos, ao Grupo
§ 4o Observado o disposto no caput e no § Executivo de Consolidação dos Atos Nor-
1o, as autarquias, fundações e empresas públi- mativos da Casa Civil, para revisão final.
cas instituirão Subcomissões Permanentes de § 2o Realizada a revisão final, o Grupo Exe-
Consolidação e Revisão de Atos Normativos, cutivo de Consolidação dos Atos Normativos
cujos trabalhos serão submetidos às Comissões submeterá o trabalho de consolidação à Subche-
Permanentes de Consolidação e Revisão de fia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, para
Atos Normativos dos Ministérios e dos órgãos emissão de parecer final sobre a matéria.
da estrutura da Presidência da República aos Fundamentação dos Projetos de
quais estão vinculadas. Consolidação
§ 5o Os membros das Comissões e das Art. 47. Ao projeto de consolidação será
Subcomissões de que trata este artigo deve- anexada a fundamentação de todas as su-
rão dedicar-se exclusivamente aos trabalhos pressões ou alterações realizadas nos textos
de consolidação dos atos normativos. dos atos normativos consolidados.
§ 6o Constatada a necessidade de altera- Art. 48. A justificação básica das altera-
ção de mérito na legislação vigente, a Co- ções indicará:
missão Permanente de Consolidação e Revi- I - o dispositivo da lei posterior que re-
são de Atos Normativos do respectivo Mi- vogou expressamente a lei anterior;
− 26/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
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II - o dispositivo da lei posterior que es- § 2 Quando necessárias informações do
taria em conflito com a lei anterior, revo- Poder Judiciário e do Ministério Público,
gando-a implicitamente; compete ao Chefe da Casa Civil da Presi-
III - o dispositivo da Constituição em dência da República solicitá-las, com indi-
vigor que estaria em conflito com a lei cação da data em que a proposta de sanção
anterior, revogando-a implicitamente; ou veto deve ser apresentada ao Presidente
IV - a decisão do Supremo Tribunal Fe- da República.
deral que declarou a inconstitucionalidade § 3o A proposição de veto por inconsti-
ou a revogação de dispositivo de lei; tucionalidade será fundamentada em afronta
V - a resolução do Senado Federal que flagrante e inequívoca à Constituição.
suspendeu a execução de lei na forma do art. § 4o A Secretaria de Assuntos Parlamen-
52, inciso X, da Constituição; e tares da Secretaria-Geral da Presidência da
VI - as medidas provisórias ainda não con- República encaminhará à Advocacia-Geral
vertidas que tratam da matéria consolidada. da União cópia dos projetos de lei referidos
Solução de Controvérsias pela no caput.
Advocacia-Geral da União CAPÍTULO V
Art. 49. As controvérsias existentes sobre a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
constitucionalidade ou a revogação tácita de Comissões Autorizadas pelo Presidente da
dispositivos legais objeto de consolidação República
serão submetidas à Advocacia-Geral da União. Art. 53. A criação de delegações, comis-
Consulta Pública e Encaminhamento dos sões, comitês ou grupos de trabalho, que
Projetos de Consolidação dependa de autorização ou aprovação do
Art. 50. A critério do Chefe da Casa Ci- Presidente da República, far-se-á:
vil, as matrizes de consolidação de leis I - mediante exposição de motivos; ou
federais já concluídas poderão ser divulga- II - por decreto, nos casos de a criação
das para consulta pública, por meio da Rede ter sido determinada em lei ou em despacho
Mundial de Computadores, pelo prazo do Presidente da República.
máximo de trinta dias. § 1o A exposição de motivos, devida-
Parágrafo único. Findo o prazo da consulta mente fundamentada e instruída com os
pública e após a análise das sugestões recebi- anexos, indicará:
das, a versão final do projeto de consolidação I - a autoridade encarregada de presidir
será encaminhada ao Congresso Nacional. ou de coordenar os trabalhos;
Consolidação de Decretos II - a composição do colegiado; e
Art. 51. Concluída a consolidação dos III - quando for o caso, os membros, o
decretos, a Casa Civil fará publicar no Diá- órgão encarregado de prestar apoio adminis-
rio Oficial da União a relação dos decretos trativo, a autoridade encarregada de estabe-
em vigor. lecer o regimento interno ou as normas de
CAPÍTULO IV funcionamento, o custeio das despesas e o
DA SANÇÃO E DO VETO DE prazo de duração dos trabalhos.
PROJETO DE LEI § 2o Terminado o prazo para a conclusão
Art. 52. Na apreciação de projetos de dos trabalhos, será obrigatória a apresenta-
lei, enviados pelo Congresso Nacional ao ção de relatório circunstanciado das ativida-
Presidente da República para sanção, com- des desenvolvidas à Casa Civil ou à Câmara
pete à Secretaria de Assuntos Parlamentares do Conselho de Governo de que trata o § 4o.
da Secretaria-Geral da Presidência da Repú- § 3o O decreto de criação dos colegiados
blica solicitar aos Ministérios e aos demais referidos no caput não será numerado e
órgãos da Administração Pública Federal as conterá as indicações referidas no § 1o.
informações que julgar convenientes, para § 4o As comissões, comitês ou grupos de
instruir o exame do projeto. trabalho serão vinculados a uma Câmara do
§ 1o Salvo determinação em contrário, os Conselho de Governo sempre que tiverem
Ministérios e demais órgãos da Administração por finalidade a elaboração de proposta de
Pública Federal examinarão o pedido de in- diretrizes e políticas públicas, ou a ação
formações no prazo máximo de dez dias. integrada de órgãos do governo.
− 27/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
o
§ 5 É vedada a divulgação, pelos mem- I - que tenham sofrido sucessivas altera-
bros dos colegiados criados na forma deste ções de comandos normativos, com o fim de
artigo, das discussões em curso ou dos facilitar o conhecimento de seu conteúdo
resultados finais dos trabalhos, sem a prévia integral; ou
anuência das autoridades que propuseram a II - regulamentadores de medidas provi-
sua criação. sórias que tenham sido convertidas em lei,
§ 6o Será obrigatória a participação da para atualizar a sua fundamentação e as suas
Advocacia-Geral da União nas delegações, remissões.
comissões, comitês ou grupos de trabalho Retificação
criados com a finalidade de elaborar suges- Art. 58. A correção de erro material que
tões ou propostas de atos normativos da não afete a substância do ato singular de
competência ou iniciativa do Presidente da caráter pessoal far-se-á mediante apostila.
República. Elaboração dos Demais Atos Normativos
§ 7o A participação de delegações, co- do Poder Executivo
missões, comitês ou grupos de trabalho na Art. 59. As disposições deste Decreto
elaboração de propostas de atos normativos aplicam-se, no que couber, à elaboração dos
terminará com a apresentação dos trabalhos demais atos normativos de competência dos
à autoridade que os tenha criado, os quais órgãos do Poder Executivo.
serão recebidos como sugestões, podendo Manual de Redação da Presidência da Re-
ser aceitos, no todo ou em parte, alterados pública
ou não considerados pela respectiva autori- Art. 60. As regras do Manual de Reda-
dade ou seus superiores, independentemente ção da Presidência da República aplicam-se,
de notificação ou consulta aos seus autores. no que couber, à elaboração dos atos norma-
§ 8o Serão considerados relevantes os tivos de que trata este Decreto.
serviços prestados pelos membros dos cole- Disposições Transitórias
giados referidos neste artigo. Art. 61. Enquanto não constituído o
Comissões para Elaboração de Projetos de Lei Grupo Executivo de Consolidação dos
Art. 54. É facultada aos Ministérios e Atos Normativos de que trata o art. 42, as
aos órgãos da estrutura da Presidência da suas atribuições serão exercidas pela
República a criação de comissões de especi- Subchefia para Assuntos Jurídicos da
alistas para elaboração de projetos de atos Casa Civil.
normativos. Art. 62. Enquanto não constituídas as
§ 1o O trabalho das comissões poderá Comissões e as Subcomissões Permanentes
ser acolhido, no todo ou em parte, ou altera- de Consolidação e Revisão de Atos Norma-
do pela autoridade que os criou. tivos de que trata o art. 43, as suas atribui-
§ 2o Às comissões aplica-se o disposto ções serão exercidas pelas Comissões de
nos §§ 5o e 6o do art. 53. Consolidação e Revisão de Atos Normativos
Divulgação de Projetos criadas pelos Ministérios e pelos órgãos da
Art. 55. Compete à Subchefia para As- estrutura da Presidência da República.
suntos Jurídicos da Casa Civil divulgar, por Vigência
meio da Rede Mundial de Computadores, os Art. 63. Este Decreto entra em vigor na
textos das medidas provisórias em vigor, da data de sua publicação.
legislação básica e dos projetos de consoli- Revogações
dação elaborados. Art. 64. Ficam revogados os Decretos
Art. 56. Compete à Secretaria de Assuntos nos 2.954, de 29 de janeiro de 1999, 3.495,
Parlamentares da Secretaria-Geral da Presi- de 30 de maio de 2000, 3.585, de 5 de se-
dência da República divulgar, por intermédio tembro de 2000, 3.723, de 10 de janeiro de
da Rede Mundial de Computadores, os proje- 2001, e 3.930, de 19 de setembro de 2001.
tos de lei de iniciativa do Poder Executivo em Brasília, 28 de março de 2002; 181o da
tramitação no Congresso Nacional. Independência e 114o da República.
Republicação de Decretos FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 57. O Chefe da Casa Civil fica autori- Pedro Parente
zado a ordenar a republicação de decretos:
− 28/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
ANEXO I dos interessados e dos responsáveis pela
QUESTÕES QUE DEVEM SER ANALISADAS execução;
NA ELABORAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS • possibilidade de impugnação no
NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO Judiciário.
1. Deve ser tomada alguma providência? 3. Deve a União tomar alguma provi-
1.1. Qual o objetivo pretendido? dência? Dispõe ela de competência constitu-
1.2. Quais as razões que determinaram a cional ou legal para fazê-lo?
iniciativa? 3.1. Trata-se de competência privativa?
1.3. Neste momento, como se apresenta a 3.2. Tem-se caso de competência con-
situação no plano fático e no plano jurídico? corrente?
1.4. Que falhas ou distorções foram i- 3.3. Na hipótese de competência concor-
dentificadas? rente, está a proposta formulada de modo
1.5. Que repercussões tem o problema que assegure a competência substancial do
que se apresenta no âmbito da economia, da Estado-membro?
ciência, da técnica e da jurisprudência? 3.4. A proposta não apresenta formula-
1.6. Qual é o conjunto de destinatários ção extremamente detalhada que acaba por
alcançados pelo problema, e qual o número exaurir a competência estadual?
de casos a resolver? 3.5. A matéria é de fato de iniciativa do
1.7. O que poderá acontecer se nada for Poder Executivo? Ou estaria ela afeta à
feito? (Exemplo: o problema tornar-se-á mais iniciativa exclusiva do Supremo Tribunal
grave? Permanecerá estável? Poderá ser supe- Federal, dos Tribunais Superiores ou do
rado pela própria dinâmica social, sem a inter- Procurador-Geral da República?
venção do Estado? Com que conseqüências?) 4. Deve ser proposta edição de lei?
2. Quais as alternativas disponíveis? 4.1. A matéria a ser regulada está sub-
2.1. Qual foi o resultado da análise do metida ao princípio da reserva legal?
problema? Onde se situam as causas do 4.2. Por que deve a matéria ser regulada
problema? Sobre quais causas pode incidir a pelo Congresso Nacional?
ação que se pretende executar? 4.3. Se não for o caso de se propor edição
2.2. Quais os instrumentos da ação que pa- de lei, deve a matéria ser disciplinada por
recem adequados para alcançar os objetivos decreto? Por que não seria suficiente portaria?
pretendidos, no todo ou em parte? (Exemplo: 4.4. Existe fundamento legal suficiente
medidas destinadas à aplicação e execução de para a edição de ato normativo secundário?
dispositivos já existentes; trabalhos junto à Qual?
opinião pública; amplo entendimento; acordos; 4.5. Destina-se a regra a atingir objetivo
investimentos; programas de incentivo; auxílio previsto na Constituição?
para que os próprios destinatários alcançados 4.6. A disciplina proposta é adequada
pelo problema envidem esforços que contribu- para consecução dos fins pretendidos?
am para sua resolução; instauração de processo 4.7. A regra proposta é necessária ou se-
judicial com vistas à resolução do problema.) ria suficiente fórmula menos gravosa?
2.3. Quais os instrumentos de ação que 4.8. A disciplina proposta não produz
parecem adequados, considerando-se os resultados intoleráveis ou insuportáveis para
seguintes aspectos: o destinatário?
• desgaste e encargos para os cida- 5. Deve a lei ter prazo de vigência limitado?
dãos e a economia; 5.1. É a lei necessária apenas por perío-
• eficácia (precisão, grau de probabilida- do limitado?
de de consecução do objetivo pretendido); 5.2. Não seria o caso de editar-se lei
• custos e despesas para o orçamento temporária?
público; 6. Deve ser editada medida provisória?
• efeitos sobre o ordenamento jurídi- 6.1. Em se tratando de proposta de me-
co e sobre metas já estabelecidas; dida provisória, há justificativas plausíveis
• efeitos colaterais e outras conse- para a sua edição?
qüências; 6.2. O que acontecerá se nada for feito?
• entendimento e aceitação por parte A proposta não poderia ser submetida ao
− 29/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
Congresso em regime de urgência? podem ser afetados?
6.3. Trata-se de matéria que pode ser ob- • Qual é o âmbito de proteção do di-
jeto de medida provisória, tendo em vista as reito fundamental afetado?
vedações do § 1o do art. 62 da Constituição? • O âmbito de proteção sofre restrição?
6.4. A medida provisória estaria regula- • A proposta preserva o núcleo essencial
mentando artigo da Constituição cuja reda- dos direitos fundamentais afetados?
ção tenha sido alterada por meio de emenda • Cuida-se de direito individual sub-
constitucional promulgada a partir de 1o de metido a simples reserva legal?
janeiro de 1995 e até 11 de setembro de • Cuida-se de direito individual sub-
2001 (art. 246 da Constituição)? metido a reserva legal qualificada?
6.5. Estão caracterizadas a relevância e a • Qual seria o outro fundamento consti-
urgência necessárias para ser editada medida tucional para a aprovação da lei (exemplo:
provisória? regulação de colisão de direitos)?
7. Deve ser tomada alguma providência • A proposta não abusa de formula-
neste momento? ções genéricas (conceitos jurídicos inde-
7.1. Quais as situações-problema e os outros terminados)?
contextos correlatos que devem ainda ser consi- • A fórmula proposta não se afigura
derados e pesquisados? Por que, então, deve ser extremamente casuística?
tomada alguma providência neste momento? • Observou-se o princípio da propor-
7.2. Por que não podem ser aguardadas cionalidade ou do devido processo legal
outras alterações necessárias, que se possam substantivo?
prever, para que sejam contempladas em um • Pode o cidadão prever e aferir as limita-
mesmo ato normativo? ções ou encargos que lhe poderão advir?
8. A densidade que se pretende conferir • As normas previstas preservam o
ao ato normativo é a apropriada? direito ao contraditório e à ampla defesa
8.1. O projeto de ato normativo está i- no processo judicial e administrativo?
sento de disposições programáticas? 9.2. Os direitos de igualdade foram afetados?
8.2. É possível e conveniente que a den- • Observaram-se os direitos de i-
sidade da norma (diferenciação e detalha- gualdade especiais (proibição absoluta
mento) seja flexibilizada por fórmulas gené- de diferenciação)?
ricas (tipificação e utilização de conceitos • O princípio geral de igualdade foi
jurídicos indeterminados ou atribuição de observado?
competência discricionária)? • Quais são os pares de comparação?
8.3. Podem os detalhes ou eventuais al- • Os iguais foram tratados de forma
terações ser confiados ao poder regulamen- igual e os desiguais de forma desigual?
tador do Estado ou da União? • Existem razões que justifiquem as
8.4. A matéria já não teria sido regulada diferenças decorrentes ou da natureza
em outras disposições de hierarquia superior das coisas ou de outros fundamentos de
(regras redundantes que poderiam ser evita- índole objetiva?
das)? Por exemplo, em: • As diferenças existentes justificam o
• tratado aprovado pelo Congresso tratamento diferenciado? Os pontos em co-
Nacional; mum legitimam o tratamento igualitário?
• lei federal (em relação a regulamento); 9.3. A proposta pode afetar situações
• regulamento (em relação a portaria). consolidadas? Há ameaça de ruptura ao
8.5. Quais as regras já existentes que se- princípio de segurança jurídica?
rão afetadas pela disposição pretendida? São • Observou-se o princípio que determina
regras dispensáveis? a preservação de direito adquirido?
9. As regras propostas afetam direitos • A proposta pode afetar o ato jurídi-
fundamentais? As regras propostas afetam co perfeito?
garantias constitucionais? • A proposta contém possível afronta
9.1. Os direitos de liberdade podem ser à coisa julgada?
afetados? • Trata-se de situação jurídica suscetí-
• Direitos fundamentais especiais vel de mudança (institutos jurídicos, situa-
− 30/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
ções estatutárias, garantias institucionais)? • comparecimento obrigatório peran-
• Não seria recomendável a adoção te autoridade;
de cláusula de transição entre o regime • indispensabilidade de requerimento;
vigente e o regime proposto? • dever de prestar informações;
9.4. Trata-se de norma de caráter penal? • imposição de multas e penas;
• A pena proposta é compatível com • outras sanções.
outras figuras penais existentes no orde- 10.3. Podem as medidas restritivas ser
namento jurídico? substituídas por outras?
• Tem-se agravamento ou melhoria 10.4. Em que medida os requisitos ne-
da situação do destinatário da norma? cessários à formulação de pedidos perante
• Trata-se de pena mais grave? autoridades poderia ser reduzido a um mí-
• Trata-se de norma que propicia a nimo aceitável?
despenalização da conduta? 10.5. Podem os destinatários da norma
• Eleva-se o prazo de prescrição do entender o vocabulário utilizado, a organi-
crime? zação e a extensão das frases e das disposi-
• A proposta ressalva expressamente ções, a sistemática, a lógica e a abstração?
a aplicação da lei nova somente aos fa- 11. O ato normativo é exeqüível?
tos supervenientes a partir de sua entra- 11.1. Por que não se renuncia a um novo sis-
da em vigor? tema de controle por parte da administração?
9.5. Pretende-se instituir ou aumentar tribu- 11.2. As disposições podem ser aplica-
to? Qual é o fundamento constitucional? das diretamente?
• A lei não afeta fatos geradores ocorridos 11.3. Podem as disposições administra-
antes de sua vigência (lei retroativa)? tivas que estabelecem normas de conduta ou
• A cobrança de tributos vai-se reali- proíbem determinadas práticas ser aplicadas
zar no mesmo exercício financeiro da com os meios existentes?
publicação da lei? 11.4. É necessário incluir disposições
• O princípio da imunidade recíproca sobre proteção jurídica? Por que as disposi-
está sendo observado? ções gerais não são suficientes?
• As demais imunidades tributárias 11.5. Por que não podem ser dispensadas:
foram observadas? • as regras sobre competência e organização?
• O projeto que institui contribuição • a criação de novos órgãos e comis-
social contém disposição que assegura o sões consultivas?
princípio da anterioridade especial (co- • a intervenção da autoridade?
brança apenas após noventa dias a con- • exigências relativas à elaboração de
tar da publicação)? relatórios?
• O tributo que se pretende instituir • outras exigências burocráticas?
não tem caráter confiscatório? 11.6. Quais órgãos ou instituições que
• Em se tratando de taxa, cuida-se de devem assumir a responsabilidade pela
exação a ser cobrada em razão do exercí- execução das medidas?
cio de poder de polícia ou da prestação de 11.7. Com que conflitos de interesse po-
serviço público específico e divisível pres- de-se prever que o executor das medidas
tados ou postos à disposição do contribuin- ver-se-á confrontado?
te? Há equivalência razoável entre o custo 11.8. Dispõe o executor das medidas da
da atividade estatal e a prestação cobrada? necessária discricionariedade?
10. O ato normativo corresponde às expecta- 11.9. Qual é a opinião das autoridades
tivas dos cidadãos e é inteligível para todos? incumbidas de executar as medidas quanto à
10.1. O ato normativo proposto será en- clareza dos objetivos pretendidos e à possi-
tendido e aceito pelos cidadãos? bilidade de sua execução?
10.2. As limitações à liberdade indivi- 11.10. A regra pretendida foi submetida
dual e demais restrições impostas são indis- a testes sobre a possibilidade de sua execu-
pensáveis? Por exemplo: ção com a participação das autoridades
• proibições, necessidades de autori- encarregadas de aplicá-la? Por que não? A
zações; que conclusão se chegou?
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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
12. Existe uma relação equilibrada entre dos Estados e dos Municípios? Quais as
custos e benefícios? possibilidades existentes para enfrentarem
12.1. Qual o ônus a ser imposto aos des- esses custos adicionais?
tinatários da norma (calcular ou, ao menos, 12.4. Procedeu-se à análise da relação
avaliar a dimensão desses custos)? custo-benefício? A que conclusão se
12.2. Podem os destinatários da norma, chegou?
em particular as pequenas e médias empre- 12.5. De que fma serão avaliados a efi-
sas, suportar esses custos adicionais? cácia, o desgaste e os eventuais efeitos
12.3. As medidas pretendidas impõem colaterais do novo ato normativo após sua
despesas adicionais ao orçamento da União, entrada em vigor?

ANEXO II
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou Secretaria da Presidência
da República) no , de de de 20 .

1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências

2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta

3. Alternativas existentes às medidas propostas


Mencionar:
• se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
• se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
• outras possibilidades de resolução do problema.

4. Custos
Mencionar:
• se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orçamentária anual; se não,
quais as alternativas para custeá-la;
• se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário, especial ou suplementar;
• valor a ser despendido em moeda corrente;

5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente se o ato proposto for
medida provisória ou projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência)
Mencionar:
• se o problema configura calamidade pública;
• por que é indispensável a vigência imediata;
• se se trata de problema cuja causa ou agravamento não tenham sido previstos;
• se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista.

− 32/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.176, de 2002
6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medida proposta possa vir a tê-lo)

7. Alterações propostas
Texto atual Texto proposto

8. Síntese do parecer do órgão jurídico


• Com base em avaliação do ato normativo ou da medida proposta à luz das ques-
tões levantadas no Anexo I.
Observação: A falta ou insuficiência das informações prestadas poderá acarretar, a critério
da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, a devolução do projeto de ato normati-
vo para que se complete o exame ou se reformule a proposta.

− 33/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.250, de 2002
o
DECRETO N 4.250, DE 27 DE MAIO DE 2002.
Regulamenta a representação judicial da União,
autarquias, fundações e empresas públicas federais
perante os Juizados Especiais Federais, instituídos
pela Lei no 10.259, de 12 de julho de 2001.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, § 2o As empresas públicas da União ob-
no uso da atribuição que lhe confere o art. servarão as instruções e diretrizes fixadas
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em pelo Advogado-Geral da União para atuação
vista o disposto na Lei no 10.259, de 12 de nos Juizados Especiais Federais, podendo
julho de 2001, propor a este normas específicas e adaptadas
DECRETA: a seus estatutos e à sua natureza jurídica.
Art. 1o Nas causas de competência dos Art. 3o Os Ministérios, autarquias e funda-
Juizados Especiais Federais, a União será ções federais deverão prestar todo o suporte
representada pelas Procuradorias da União e, técnico e administrativo necessário à atuação
nas causas previstas no inciso V e parágrafo da Advocacia-Geral da União, e de seus órgãos
único do art. 12 da Lei Complementar no 73, vinculados, na defesa judicial das ações de
de 10 de fevereiro de 1993, pelas Procurado- competência dos Juizados Especiais Federais.
rias da Fazenda Nacional, e as autarquias, Art. 4o O Advogado-Geral da União po-
fundações e empresas públicas federais, pelas derá requisitar servidores da Administração
respectivas procuradorias e departamentos Pública Federal para examinar e emitir
jurídicos, ressalvada a representação extraor- pareceres técnicos e participar das respecti-
dinária prevista nos arts. 11-A e 11-B da Lei vas audiências nos processos em trâmite nos
no 9.028, de 12 de abril de 1995. Juizados Especiais Federais.
§ 1o O Procurador-Geral da União, o Pro- Parágrafo único. O Procurador-Geral da
curador-Geral da Fazenda Nacional, os Pro- União, o Procurador-Geral da Fazenda
curadores-Gerais, os Chefes de procuradorias Nacional, no âmbito do Ministério da Fa-
ou de departamentos jurídicos de autarquias e zenda, os Procuradores-Gerais, os Chefes de
fundações federais e os dirigentes das empre- procuradorias ou de departamentos jurídi-
sas públicas poderão designar servidores não cos, no âmbito das respectivas autarquias e
integrantes de carreiras jurídicas, que tenham fundações, e os dirigentes das empresas
completo conhecimento do caso, como auxi- públicas poderão designar servidores para
liares da representação das respectivas enti- exercer as atividades previstas no caput,
dades, na forma do art. 10 da Lei no 10.259, conforme dispuser ato editado pelo titular do
de 12 de julho de 2001. Ministério ou entidade envolvida.
§ 2o O ato de designação deverá conter, Art. 5o Aplica-se o disposto no art. 4o da
quando pertinentes, poderes expressos para Lei no 9.028, de 1995, às solicitações das
conciliar, transigir e desistir, inclusive de procuradorias e departamentos jurídicos das
recurso, se interposto. autarquias e fundações, inclusive às destinadas
Art. 2o Compete ao Advogado-Geral da a fornecer informações técnicas nos processos
União expedir instruções referentes à atuação em trâmite nos Juizados Especiais Federais.
da Advocacia-Geral da União e dos órgãos Parágrafo único. O órgão da Adminis-
jurídicos das autarquias e fundações nas tração Pública Federal que receber pedido
causas de competência dos Juizados Especi- de subsídios para a defesa da União, de suas
ais Federais, bem como fixar as diretrizes autarquias ou fundações, nos termos do art.
básicas para conciliação, transação, desistên- 4o da Lei no 9.028, de 1995, além de atendê-
cia do pedido e do recurso, se interposto. lo no prazo assinalado:
§ 1o Respeitadas as instruções e diretrizes I - verificando a plausibilidade da pretensão
fixadas pelo Advogado-Geral da União, os deduzida em juízo e a possibilidade de solução
Procuradores-Gerais da União, da Fazenda administrativa, converterá o pedido em proces-
Nacional e do Instituto Nacional do Seguro so administrativo, nos termos do art. 5o da Lei
Social poderão expedir instruções específicas no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, para exame
para as respectivas procuradorias. no prazo improrrogável de trinta dias;
− 34/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.250, de 2002
II - comunicará ao órgão solicitante a as procuradorias ou departamentos jurídicos
providência adotada no inciso I; e de autarquias e fundações federais poderão
III - providenciará a verificação da existência organizar jornada de trabalho compensatória
de requerimentos administrativos semelhantes, para atender aos processos em trâmite nos
com a finalidade de dar tratamento isonômico. Juizados Especiais Federais.
Art. 6o O Procurador-Geral da União, o Art. 9o A Advocacia-Geral da União
Procurador-Geral da Fazenda Nacional, os promoverá cursos especiais destinados à
Procuradores-Gerais, os Chefes de procurado- capacitação e ao treinamento de servidores
rias ou de departamentos jurídicos de autarqui- designados para atuar nos Juizados Especi-
as e fundações e os dirigentes das empresas ais Federais.
públicas poderão delegar as competências Parágrafo único. Os órgãos da Adminis-
previstas no § 1o do art. 1o e do parágrafo único tração Pública Federal fornecerão pessoal
do art. 4o, vedada a subdelegação. para ministrar os cursos previstos no caput,
Art. 7o O Ministério da Fazenda, o Mi- prestando o apoio necessário à sua realização.
nistério da Previdência e Assistência Social, Art. 10. Este Decreto entra em vigor na
o Ministério do Planejamento, Orçamento e data de sua publicação.
Gestão e a Advocacia-Geral da União pode- Brasília, 27 de maio de 2002; 181o da
rão manter núcleos de atendimento junto aos Independência e 114o da República.
Juizados Especiais Federais para prestar FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
informações aos órgãos do Poder Judiciário, Pedro Malan
quando solicitados por estes. Guilherme Gomes Dias
Art. 8o A Procuradoria-Geral da União, José Cechin
a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e Gilmar Ferreira Mendes

− 35/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.285, de 2002

DECRETO Nº 4.285, DE 26 DE JUNHO DE 2002.


Dispõe sobre o remanejamento de cargos vagos
da Carreira de Procurador Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 2o O Advogado-Geral da União fará
no uso das atribuições que lhe confere o art. a distribuição dos cargos vagos para os
84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, quadros de autarquias e fundações, observa-
DECRETA: da a necessidade do serviço.
Art. 1o São remanejados da Categoria Art. 3o Este Decreto entra em vigor na
Especial para a 2ª Categoria da Carreira data de sua publicação.
de Procurador Federal quinhentos e ses- Brasília, 26 de junho de 2002; 181o da
senta e cinco cargos de Procurador Fede- Independência e 114o da República.
ral que se encontram vagos nos quadros FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
dos órgãos e entidades relacionados no Guilherme Gomes Dias
anexo a este Decreto. José Bonifácio Borges de Andrada

ANEXO
(Decreto no 4.285, de 26 de junho de 2002)
ÓRGÃO/ENTIDADE No DE CARGOS
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ 3
Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos - CEFET/Campos 1
Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás - CEFET/GO 1
Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE 1
Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis – CEFETQ/RJ 1
Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo – CEFET/ES 1
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná - CEFET/PR 1
Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte - CEFET/RN 1
Colégio Pedro II 9
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN 4
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ 1
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS 39
Escola Agrotécnica Federal de Barbacena 1
Escola Agrotécnica Federal de Catu 1
Escola Técnica Federal do Amazonas 2
Faculdade de Ciências Agrárias do Pará 1
Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro 5
Fundação Biblioteca Nacional 3
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES 1
Fundação Cultural Palmares 1
Fundação Escola Nacional de Administração Pública – ENAP 1
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE 2
Fundação Joaquim Nabuco 5
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho 1
Fundação Nacional de Saúde – FUNASA 11
Fundação Nacional do Índio – FUNAI 8
Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ 5
Fundação Universidade de Brasília 6
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso 6
Fundação Universidade Federal de Ouro Preto – FUFOP 3
Fundação Universidade Federal de Sergipe - FUFS 1
Fundação Universidade Federal de Uberlândia 5

− 36/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.285, de 2002
Fundação Universidade Federal do Acre 2
Fundação Universidade Federal do Amazonas – FUAM 5
Fundação Universidade Federal do Maranhão – FUMA 9
Fundação Universidade Federal do Mato Grosso do Sul 2
Instituto Benjamin Constant 2
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA 32
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN 9
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 164
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO 5
Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI 1
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 10
Ministério da Ciência e Tecnologia 4
Ministério da Fazenda 14
Ministério da Justiça 1
Ministério da Saúde 8
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (extinta SUDAM) 6
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (extinta SUDENE) 52
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (extinto MARE) 8
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA 1
Universidade Federal da Bahia 3
Universidade Federal da Paraíba 11
Universidade Federal de Goiás 17
Universidade Federal de Santa Catarina 8
Universidade Federal do Ceará 3
Universidade Federal do Espírito Santo 2
Universidade Federal do Pará 13
Universidade Federal do Paraná 1
Universidade Federal do Piauí 5
Universidade Federal do Rio de Janeiro 13
Universidade Federal do Rio Grande do Sul 12
Universidade Federal Fluminense 10
TOTAL 565

− 37/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.294, de 2002

DECRETO Nº 4.294, DE 3 DE JULHO DE 2002.


Dispõe sobre a extinção de atividades desenvol-
vidas na Imprensa Nacional, disciplina a destina-
ção dos bens utilizados nessas atividades, e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 5o Compete à Casa Civil da Presi-
no uso da atribuição que lhe confere o art. dência da República, por intermédio da
84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, Secretaria de Administração, a coordenação
DECRETA: das ações relativas à instalação da unidade
Art. 1o Ficam extintos o Núcleo de Re- da Imprensa Nacional responsável pela
cuperação de Obras Raras da Imprensa editoração e divulgação eletrônica dos jor-
Nacional e as atribuições do Gabinete da nais oficiais e do Instituto Nacional de
Imprensa Nacional referentes à biblioteca. Tecnologia da Informação - ITI em Brasília-
Art. 2o Os bens relacionados às atividades: DF no Anexo IV do Palácio do Planalto.252
I - do Núcleo de Recuperação de Obras Parágrafo único. As ações destinadas à
Raras da Imprensa Nacional serão entregues adequação do espaço físico da unidade da
ao Arquivo Nacional; Imprensa Nacional responsável pela editoração
II - da biblioteca da Imprensa Nacional se- e divulgação eletrônica dos jornais oficiais
rão entregues à Advocacia-Geral da União. observará a segurança e o sigilo necessários ao
Parágrafo único. Compete ao Diretor-Geral trato da informação oficial desde seu recebi-
da Imprensa Nacional tomar as medidas neces- mento até o momento de sua efetiva disponibi-
sárias ao cumprimento do disposto neste artigo. lização em meio eletrônico.
Art. 3o A Coordenação-Geral de Produ- Art. 6o Ficam convalidados todos os a-
ção Industrial, constante do Anexo II ao tos já praticados relativos à ocupação do
Decreto no 3.815, de 9 de maio de 2001, imóvel descrito no art. 4o deste Decreto pela
passa a denominar-se Coordenação-Geral de Advocacia-Geral da União, bem como
Publicação e Divulgação. àqueles destinados à reestruturação física da
Art. 4o Cabe à Secretaria de Patrimônio da Imprensa Nacional e acomodação do Institu-
União tomar as medidas necessárias à formali- to Nacional de Tecnologia da Informação.
zação da entrega do prédio administrativo da Art. 7o Fica a cargo do Ministério do
Imprensa Nacional, localizado em Brasília-DF Planejamento, Orçamento e Gestão o apro-
no Setor de Indústrias Gráficas, Quadra 6, Lote veitamento e a redistribuição dos servidores
800, à Advocacia-Geral da União. em exercício na Imprensa Nacional relati-
§ 1º O disposto no caput não impede que vamente às atividades da biblioteca.
a Advocacia-Geral da União exerça, desde Art. 8o O Chefe da Casa Civil da Presi-
logo, suas atividades no imóvel a que se refe- dência da República aprovará os novos
re.(Renumerado pelo Decreto nº 4.482, de 25.11.2002) regimentos internos da Imprensa Nacional e
§ 2º Até que se finalize a formalização de do Arquivo Nacional, adequando-os ao
entrega do imóvel a que se refere o caput, fica disposto neste Decreto.
a Imprensa Nacional, mediante destaque or- Art. 9o Este Decreto entra em vigor na
çamentário e transferência de recursos para a data de sua publicação.
Advocacia-Geral da União ou mediante execu- Brasília, 3 de julho de 2002, 181o da In-
ção direta, autorizada a custear as despesas de dependência e 114o da República.
administração e manutenção prediais e as FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
obras de adaptação do referido imóvel.(Incluído Pedro Parente
pelo Decreto nº 4.482, de 25.11.2002)
§ 3º Sem prejuízo do disposto no caput,
fica a Imprensa Nacional autorizada a ceder
novas áreas e instalações físicas para uso da 252
Metade do Anexo IV do Palácio do Planalto foi ocupa-
Advocacia-Geral da União, aplicando-se a do pela antiga Consultoria-Geral da República desde 1979
estas o contido nos §§ 1º e 2º.(Incluído pelo e depois, pela Advocacia-Geral da União até 4 de fevereiro
Decreto nº 4.482, de 25.11.2002) de 2002, quando transferiu-se para o prédio administrativo
da Imprensa Nacional referido no art. 4º deste Decreto.
− 38/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.341, de 2002
DECRETO Nº 4.341, DE 22 DE AGOSTO DE 2002.
Institui a carteira de identidade funcional dos
membros das carreiras de Advogado da União e
Procurador Federal e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Parágrafo único. Na carteira do Advo-
no uso da atribuição que lhe confere o art. gado da União e do Procurador Federal
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em aposentado, não se fará referência às garan-
vista o disposto na Lei Complementar no 73, tias previstas no caput.
de 10 de fevereiro de 1993, e na Lei no Art. 3o O Advogado-Geral da União a-
10.480, de 2 de julho de 2002, provará as características e critérios para a
DECRETA: emissão e uso da carteira de identidade
Art. 1o Fica instituída a carteira de iden- funcional de que trata este Decreto.
tidade funcional dos membros das carreiras Art. 4o A perda do cargo obriga o titular
de Advogado da União e de Procurador da carteira à sua restituição imediata à Ad-
Federal, com validade em todo o território vocacia-Geral da União.
nacional, a ser expedida pela Advocacia- Art. 5o Este Decreto entra em vigor na
Geral da União. data da sua publicação.
Art. 2o Ao titular da carteira a que se refere Brasília, 22 de agosto de 2002; 181º da
o art. 1o são asseguradas, quando em serviço, Independência e 114º da República.
as prerrogativas previstas em lei para o desem- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
penho de sua missão institucional. José Bonifácio Borges de Andrada

− 39/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.368, de 2002
DECRETO Nº 4.368, DE 10 DE SETEMBRO DE 2002.
Aprova a Estrutura e o Quadro Demonstrativo
dos Cargos em Comissão da Advocacia-Geral da
União, na parte referente à organização de sua
Secretaria-Geral, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro
no uso das atribuições que lhe confere o de 1993, e publicado no Diário Oficial da
art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da União, no prazo de até cento e vinte dias,
Constituição, contado da data de publicação deste Decreto.
DECRETA: Art. 6º Este Decreto entra em vigor na
Art. 1º Ficam aprovados, na forma dos data de sua publicação.
Anexos I e II a este Decreto, a Estrutura e o Art. 7º Fica Revogado o Decreto nº
Quadro Demonstrativo dos Cargos em 3.830, de 31 de maio de 2001.
Comissão da Advocacia-Geral da União, na Brasília, 10 de setembro de 2002; 181º
parte referente à organização de sua Secreta- da Independência e 114º da República.
ria-Geral. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 2º Em decorrência do disposto no Guilherme Gomes Dias
art. 1º, ficam remanejados, na forma do José Bonifácio Borges de Andrada
Anexo III a este Decreto, os seguintes car-
gos em comissão do Grupo-Direção e As- ANEXO I
sessoramento Superiores - DAS:
I - da Secretaria de Gestão, do Ministério ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA
do Planejamento, Orçamento e Gestão, pro- SECRETARIA-GERAL DA
venientes de órgãos extintos da Administra- ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
ção Pública Federal, para a Advocacia-Geral CAPÍTULO I
da União, um DAS 101.6, um DAS 101.5, DA NATUREZA E COMPETÊNCIA
dois DAS 101.3, dois DAS 101.1, um DAS Art. 1º À Secretaria-Geral, órgão de as-
102.4, dois DAS 102.3 e um DAS 102.2; e sistência direta e imediata ao substituto do
II - da Advocacia-Geral da União para a Advogado-Geral da União, designado na
Secretaria de Gestão, do Ministério do forma do § 2º do art. 3º da Lei Complementar
Planejamento, Orçamento e Gestão, um nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, compete:
DAS 101.4 e um DAS 101.2. I - administrar, planejar, coordenar e su-
Art. 3º O Quadro Resumo de Custos dos pervisionar a execução das atividades de
Cargos em Comissão da Advocacia-Geral organização e modernização administrativa,
da União passa a ser o constante do Anexo bem como as relacionadas com os sistemas
IV a este Decreto. federais de planejamento e de orçamento, de
Art. 4º Os apostilamentos decorrentes da administração financeira, de contabilidade, de
aprovação da Estrutura de que trata o art. 1º administração dos recursos de informação e
deverão ocorrer no prazo de vinte dias, con- informática, de recursos humanos, de servi-
tado da data de publicação deste Decreto. ços gerais e de documentação e arquivos, no
Parágrafo único. Após os apostilamentos âmbito da Advocacia-Geral da União;
previstos no caput deste artigo, o Advoga- II - coordenar e supervisionar a execu-
do-Geral da União fará publicar, no Diário ção das atividades de organização e moder-
Oficial da União, no prazo de sessenta dias, nização administrativa, bem como as rela-
contado da data de publicação deste Decre- cionadas com os sistemas citados no inciso
to, a relação nominal dos titulares dos car- I, no âmbito dos órgãos vinculados à Advo-
gos em comissão a que se refere o Anexo II, cacia-Geral da União;
indicando, inclusive, o número de cargos III - promover a articulação com os ór-
vagos, sua denominação e respectivo nível. gãos responsáveis pela coordenação central
Art. 5º O regimento interno da Secretaria- das atividades de organização e moderniza-
Geral será aprovado pelo Advogado-Geral da ção administrativa e dos sistemas federais
União, nos termos do art. 45, caput e § 1º, da referidos no inciso I e informar e orientar os
− 40/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.368, de 2002
órgãos da Advocacia-Geral da União e rea de atuação; e
órgãos vinculados quanto ao cumprimento II - planejar, coordenar, orientar e su-
das normas administrativas estabelecidas; pervisionar, no âmbito da Instituição, a
IV - coordenar a elaboração e a consoli- execução das atividades setoriais relaciona-
dação dos planos e programas das atividades das com os Sistemas Federais de Planeja-
finalísticas da Advocacia-Geral da União e mento e de Orçamento, de Contabilidade e
órgãos vinculados, e submetê-los à decisão de Administração Financeira.
superior; Art. 5º À Diretoria de Recursos Huma-
V - examinar e manifestar-se sobre os nos e Tecnologia da Informação compete:
regimentos internos e estrutura dos órgãos I - assistir ao Secretário-Geral na sua á-
da Advocacia-Geral da União e órgãos rea de atuação; e
vinculados; II - planejar, coordenar, orientar e supervi-
VI - desenvolver as atividades de execu- sionar, no âmbito da Instituição, a execução
ção orçamentária, financeira e contábil, no das atividades setoriais relacionadas com:
âmbito da Advocacia-Geral da União; a) o Sistema de Pessoal Civil da Admi-
VII - realizar tomadas de contas dos orde- nistração Federal, especialmente aquelas
nadores de despesa e demais responsáveis por decorrentes da administração e pagamento
bens e valores públicos e de todo aquele que de pessoal, dos procedimentos de recruta-
der causa a perda, extravio ou outra irregulari- mento, seleção e avaliação, e da administra-
dade que resulte em dano ao erário; e ção de benefícios e assistência à saúde; e
VIII - supervisionar, coordenar e orien- b) o Sistema de Administração dos Re-
tar os órgãos e unidades descentralizadas da cursos de Informação e Informática.
Advocacia-Geral da União e órgãos vincu- Art. 6º Às Unidades Regionais de Aten-
lados. (NR) (Redação de todo o art. 1º dada pelo dimento, localizadas nos Estados do Rio
Decreto nº 6.120, de 29.5.2007) Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e
Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto nº Pernambuco compete, sob a supervisão e a
6.120, de 29.5.2007) orientação das Diretorias, nas respectivas
CAPÍTULO II áreas de atuação:
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL I - programar, coordenar e executar as ati-
Art. 2º A Secretaria-Geral tem a seguin- vidades descentralizadas relacionadas às áreas
te estrutura organizacional: de licitações, compras e contratos, material de
I - Diretoria de Orçamento e Finanças; consumo e permanente, obras e serviços de
II - Diretoria de Recursos Humanos e engenharia, transporte, almoxarifado e patrimô-
Tecnologia da Informação; e nio, comunicações, reprografia, arquivo e
III - Unidades Regionais de Atendimento. documentação, orçamento, finanças e contabili-
CAPÍTULO III dade, informática, administração predial e
DA COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS serviços gerais, diárias e passagens, observando:
Art. 3º À Secretaria-Geral, por intermédio a) as determinações e padrões de des-
da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos, centralização administrativa adotados pelas
compete planejar, coordenar, orientar e super- Diretorias e contidos nas orientações técni-
visionar, no âmbito da Instituição, a execução cas expedidas em suas respectivas áreas de
das atividades setoriais relacionadas com os atuação;
sistema federais de serviços gerais e de docu- b) a existência de delegação de compe-
mentação e arquivo, especialmente aquelas tência para que a solicitação seja processada
afetas às áreas de licitações, compras e contra- diretamente na localidade em que está situa-
tos, material de consumo e permanente, obras e do o órgão ou unidade descentralizada;
serviços de engenharia, transporte, almoxarifa- c) a adoção de padrões de editais de licita-
do e patrimônio, comunicações, reprografia, ção, contratos, convênios, acordos, ajustes ou
arquivo e documentação, administração predial de instrumentos congêneres, aprovados no
e serviços gerais, diárias e passagens. âmbito da Consultoria-Geral da União; e
Art. 4º À Diretoria de Orçamento e Fi- d) os preços de referência estabelecidos
nanças compete: pela Diretoria de Orçamento e Administração;
I - assistir ao Secretário-Geral na sua á- II - manter a Secretaria-Geral informada
− 41/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.368, de 2002
sobre os resultados das ações que lhes forem des que lhe são subordinadas, ministrando-lhes
atribuídas ou solicitadas; instruções e expedindo atos normativos; e
III - relacionar-se, diretamente, com a II - exercer outras atribuições que lhe fo-
Coordenação-Geral de Atendimento aos rem cometidas pelo Advogado-Geral da União
Órgãos e Unidades Descentralizadas; e ou pelo seu substituto. (NR) (Redação de todo o
IV - exercer outras atribuições que lhes art. 7º dada pelo Decreto nº 6.120, de 29.5.2007)
forem cometidas pelo Secretário-Geral. Art. 8º Aos Diretores e demais dirigen-
CAPÍTULO IV tes incumbe planejar, dirigir, coordenar,
DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES orientar e controlar a execução das ativida-
Art. 7º Ao Secretário-Geral incumbe: des das respectivas unidades e exercer ou-
I - planejar, dirigir, orientar, supervisionar, tras atribuições que lhes forem cometidas
coordenar e fiscalizar as atividades das unida- em suas áreas de competência.
ANEXO II
a) QUADRO DEMONSTRATIVO DOS CARGOS EM COMISSÃO DA SECRETARIA-GERAL DA
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
UNIDADE CARGOS Nº DENOMINAÇÃO DAS
CARGO
SECRETARIA-GERAL 1 Secretário-Geral 101.6
1 Assessor do Secretário 102.4
4 Coordenador 101.3
4 Assessor 102.3
1 Assistente 102.2
Serviço 1 Chefe 101.1
Gabinete 1 Chefe 101.4
Coordenação-Geral de Atendimento aos Órgãos e 1 Coordenador-Geral 101.4
Unidades Descentralizadas
1 Assistente 102.2

Coordenação-Geral de Recursos Logísticos 1 Coordenador-Geral 101.4


Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 6 Chefe 101.2
Serviço 5 Chefe 101.1
DIRETORIA DE ORÇAMENTO E FINANÇAS 1 Diretor 101.5
Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 3 Coordenador 101.3
Divisão 4 Chefe 101.2
Serviço 7 Chefe 101.1
DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS E 1 Diretor 101.5
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Coordenação-Geral de Recursos Humanos 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 5 Chefe 101.2
Serviço 4 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Recursos Tecnológicos e Informação 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 5 Chefe 101.2
Serviço 5 Chefe 101.1
UNIDADES REGIONAIS DE ATENDIMENTO 4 Coordenador Regional 101.4
nos Estados do RS, SP, RJ e PE

− 42/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.368, de 2002
b) QUADRO RESUMO DE CUSTOS DOS CARGOS EM COMISSÃO DA SECRETARIA-GERAL
DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
CÓDIGO DAS-UNITÁRIO QTDE. VALOR TOTAL
DAS 101.6 6,52 1 6,52
DAS 101.5 4,94 2 9,88
DAS 101.4 3,08 10 30,80
DAS 101.3 1,24 13 16,12
DAS 101.2 1,11 20 22,20
DAS 101.1 1,00 22 22,00
DAS 102.4 3,08 1 3,08
DAS 102.3 1,24 4 4,96
DAS 102.2 1,11 2 2,22
TOTAL 75 117,78

ANEXO III
REMANEJAMENTO DE CARGOS
DA SEGES/MP P/ A AGU (a) DA AGU P/ SEGES/MP (b)
CÓDIGO DAS-UNITÁRIO VALOR VALOR
QTDE. QTDE.
TOTAL TOTAL
DAS 101.6 6,52 1 6,52 - -
DAS 101.5 4,94 1 4,94 - -
DAS 101.4 3,08 - - 1 3,08
DAS 101.3 1,24 2 2,48
DAS 101.2 1,11 - - 1 1,11
DAS 101.1 1,00 2 2,00
DAS 102.4 3,08 1 3,08 - -
DAS 102.3 1,24 2 2,48 - -
DAS 102.2 1,11 1 1,11 - -
TOTAL 10 22,61 2 4,19
Saldo do Remanejamento (a - b) 8 18,42 - -

ANEXO IV
(Revogado pelo art. 5° do Decreto n° 4.697, de 16 de maio de 2003)

− 43/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.434, de 2002
DECRETO N° 4.434, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002.
Dispõe sobre a apuração da antigüidade dos in-
tegrantes das Carreiras Jurídicas da Advocacia-
Geral da União.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, do mais antigo o melhor classificado no
no uso das atribuições que lhe confere o art. concurso público de ingresso na Carreira, se
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, provenientes do mesmo certame.
DECRETA: Art. 4o Na apuração da antigüidade será
Art. 1o A antigüidade dos membros das considerado, exclusivamente, o tempo de
Carreiras Jurídicas da Advocacia-Geral da efetivo exercício do servidor, assim definido
União, bem assim dos Procuradores Federais, na Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
será apurada por categoria e padrão da respec- Art. 5o Apurada a antigüidade, segundo os
tiva Carreira, contada em dias, que serão con- critérios fixados neste Decreto, serão organiza-
vertidos em anos, considerado o ano como de das as respectivas listas de classificação em
trezentos e sessenta e cinco dias. ordem decrescente de antigüidade nas respec-
Parágrafo único. A antigüidade será aferi- tivas Carreiras, e publicadas, no Diário Oficial
da na primeira quinzena do mês de fevereiro da União, na segunda quinzena do mês de
de cada ano, considerado o tempo decorrido fevereiro de cada ano. (Prazo prorrogado até
até o dia 31 de dezembro do ano precedente. 28.2.2004, pelo Decreto n° 4.657, de 28.3.2003.)
Art. 2o Consideram-se mais antigos, nas § 1o São admitidos pedidos de revisão,
respectivas Carreiras, os posicionados, em quanto a classificação, nos dez dias seguin-
ordem decrescente, na Categoria Especial, tes à publicação.
na 1a Categoria e na 2a Categoria. § 2o Havendo acolhimento de pedido de
Parágrafo único. Em cada categoria são revisão, a lista será republicada.
mais antigos os posicionados nos padrões Art. 6o A aferição da antigüidade de que
mais elevados da categoria. trata este Decreto incumbirá à Advocacia-
Art. 3o Havendo empate na categoria e Geral da União, a qual também apreciará e
no padrão, considera-se mais antigo, suces- julgará os pedidos de revisão e os recursos.
sivamente: § 1o Os pedidos de revisão serão dirigi-
I - o de maior tempo no padrão da categoria; dos ao órgão de pessoal responsável pela
II - o de maior tempo na categoria; organização das listas e os recursos hierár-
III - o de maior tempo na Carreira; quicos, ao Advogado-Geral da União.
IV - o de classe, categoria, nível ou pa- § 2o Somente será conhecido recurso hi-
drão mais elevado da categoria funcional erárquico se precedido de pedido de revisão
que precedeu a Carreira; não acolhido, e se apresentado nos cinco
V - o de maior tempo na categoria fun- dias seguintes à ciência do indeferimento ou
cional que precedeu a Carreira; à republicação da lista de classificação.
VI - o de maior tempo de serviço em ou- § 3o Caso haja provimento de recurso hie-
tras carreiras ou cargos efetivos privativos rárquico, voltará a ser republicada, em definiti-
de bacharel em Direito de órgãos e entida- vo, a lista de classificação por antigüidade.
des da Administração Federal direta, autár- Art. 7o Os órgãos de recursos humanos
quica e fundacional; dos Ministérios, autarquias e fundações
VII - o de maior tempo de serviço públi- federais de origem ou de lotação dos servi-
co federal; e dores de que trata este Decreto fornecerão à
VIII - o mais idoso. Advocacia-Geral da União, no mês de janei-
Parágrafo único. No padrão inicial da 2a ro de 2003, os dados e informações necessá-
Categoria, havendo empate, será considera- rios à organização das primeiras listas de

− 44/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.434, de 2002
o
classificação por antigüidade nas respectivas Art. 9 Este Decreto entra em vigor na
carreiras. (Prazo prorrogado até 28.2.2004, pelo data de sua publicação.
Decreto n° 4.657, de 28.3.2003.) Brasília, 21 de outubro de 2002; 181o da
Art. 8o O Advogado-Geral da União Independência e 114o da República.
baixará atos complementares para o cum- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
primento do disposto neste Decreto e resol- Pedro Malan
verá os casos omissos. José Bonifácio Borges de Andrada
_________________________
Eis o inteiro teor do art. 1º do Decreto nº 4.657, de 2003:
“Art. 1º Fica prorrogado, para até 28 de fevereiro de 2004, o prazo de publicação das primeiras listas de classi-
ficação por antigüidade das carreiras jurídicas da Advocacia-Geral da União, bem assim dos Procuradores Federais,
de que tratam os arts. 5o e 7o do Decreto no 4.434, de 21 de outubro de 2002.
Parágrafo único. As promoções e progressões dos servidores alcançados pelo caput deste artigo serão retoma-
das ao final do transcurso da prorrogação.”

− 45/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.697, de 2003
DECRETO Nº 4.697, DE 16 DE MAIO DE 2003.
Dispõe sobre o remanejamento de cargos em comis-
são do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores
– DAS que menciona e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, código DAS 101.6, para código DAS 101.5;
no uso das atribuições que lhe confere o art. II - de Subprocurador-Regional da União,
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constitui- código DAS 101.5, para código DAS 101.4;
ção, e tendo em vista o disposto no art. 50 III - de Procurador-Chefe da União, có-
da Medida Provisória nº 103, de 1º de janei- digo DAS 101.5, para código DAS 101.4;
ro de 2003, IV - de Procurador-Seccional da União,
DECRETA: código DAS 101.4, para código DAS 101.3;
Art. 1º Ficam remanejados, na forma do V - de Corregedor-Auxiliar, código
Anexo II a este Decreto, os seguintes cargos DAS 101.6, para código DAS 101.5; e
em comissão do Grupo-Direção e Assesso- VI - de Consultor da União, código
ramento Superiores - DAS: DAS 102.6, para código DAS 102.5.
I - da Advocacia-Geral da União para a Art. 3º A Estrutura Regimental da Ad-
Secretaria de Gestão, do Ministério do Plane- vocacia-Geral da União será revista no
jamento, Orçamento e Gestão, dez DAS 101.6; prazo de sessenta dias, contado da data de
dezesseis DAS 101.5; e dez DAS 102.6; e publicação deste Decreto.
II - da Secretaria de Gestão, do Ministério Art. 4º Este Decreto entra em vigor na
do Planejamento, Orçamento e Gestão, para a data de sua publicação.
Advocacia-Geral da União, um DAS 101.4; Art. 5º Fica revogado o Anexo IV ao De-
vinte e sete DAS 101.3; e dez DAS 102.5. creto nº 4.368, de 10 de setembro de 2002.
Art. 2º Em decorrência do remanejamento Brasília, 16 de maio de 2003; 182º da
de que trata o art. 1º ficam alterados, no âmbito Independência e 115º da República.
da Advocacia-Geral da União, os níveis dos LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
seguintes cargos em comissão: Alvaro Augusto Ribeiro Costa
I - de Procurador-Regional da União, Guido Mantega

ANEXO I
(Revogado pelo art. 6º do Decreto nº 5.255, de 27.10.2004)

ANEXO II
REMANEJAMENTO DE CARGOS
DA AGU P/ A SEGES/MP (a) DA SEGES/MP P/ A AGU (b)
CÓDIGO DAS-UNITÁRIO
QTDE. VALOR TOTAL QTDE. VALOR TOTAL
DAS 101.6 6,15 10 61,50 -
DAS 101.5 5,16 16 82,56 -
DAS 101.4 3,98 - 1 3,98
DAS 101.3 1,28 - 27 34,56
DAS 102.6 6,15 10 61,50 -
DAS 102.5 5,16 - 10 51,60
TOTAL 36 205,56 38 90,14
SALDO DO REMANEJAMENTO (a - b) -2 115,42

− 46/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 4.734, de 2003
(*)
DECRETO Nº 4.734, DE 11 DE JUNHO DE 2003.
Delega competência para a prática de atos de
provimento no âmbito da Administração Pública
Federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 3o A delegação prevista neste De-
no uso das atribuições que lhe confere o art. creto não se aplica aos cargos objeto de
84, incisos IV e VI, alínea "a", e parágrafo legislação específica.
único, da Constituição, e tendo em vista o Art. 4o A competência prevista neste De-
disposto nos arts. 11 e 12 do Decreto-Lei no creto poderá ser subdelegada. (Ver neste Caderno
200, de 25 de fevereiro de 1967, a Portaria/Casa Civil n° 1.056, de 2003, de subdelegação.)
DECRETA: Parágrafo único. Na hipótese do caput
Art. 1o Fica delegada competência ao deste artigo:
Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da I - verificada necessidade administrati-
Presidência da República para, observadas va, o Ministro de Estado Chefe da Casa
as disposições legais e regulamentares, Civil da Presidência da República poderá
praticar os atos de provimento de cargos em exercer, a qualquer tempo, a competência de
comissão do Grupo-Direção e Assessora- que trata o caput e o § 1o do art. 1o;
mento Superiores - DAS no âmbito da Ad- II - quando exercida a competência de
ministração Pública Federal. que trata o inciso I, a autoridade que receber
§ 1º O Ministro de Estado Chefe da Ca- a subdelegação somente poderá proceder ao
sa Civil da Presidência da República exerce- respectivo ato de exoneração mediante
rá, ainda, a delegação de competência de consulta prévia à Casa Civil da Presidência
que trata este artigo relativamente às Secre- da República.
tarias Especiais da Presidência da Repúbli- Art. 5o Sem prejuízo da delegação prevista
ca, ao Gabinete Pessoal do Presidente da neste Decreto, as indicações para provimento
República, ao Núcleo de Assuntos Estraté- de cargos de titulares de órgãos jurídicos
gicos e à Assessoria Especial do Presidente deverão ser previamente submetidas ao Advo-
da República. (NR) (Redação dada pelo Decreto gado-Geral da União, acompanhadas dos
nº 6.125, de 13.6.2007) documentos e informações que comprovem o
§ 2o Para os fins do disposto no caput, os atendimento dos seguintes requisitos:
Ministros de Estado e as autoridades referidas I - ser Bacharel em Direito, de elevado
no § 1o encaminharão à Casa Civil da Presi- saber jurídico e reconhecida idoneidade, no
dência da República, mediante Aviso, as caso dos cargos de Procurador-Geral da
propostas para o provimento de cargos, acom- União, Procurador-Geral da Fazenda Nacio-
panhadas das respectivas minutas de portaria. nal, Consultor-Geral da União e Corregedor-
Art. 2o Fica delegada competência aos Geral da Advocacia da União;
Ministros de Estado para, observadas as II - ser Bacharel em Direito de provada ca-
disposições legais e regulamentares, praticar pacidade e experiência, e reconhecida idonei-
os atos de provimento: dade, no caso do cargo de Consultor Jurídico.
I - das Funções Gratificadas - FG de que Art. 6o Este Decreto entra em vigor na
trata o art. 26 da Lei no 8.216, de 13 de data de sua publicação.
agosto de 1991; Art. 7o Fica revogado o Decreto no
II - das Gratificações de Representação de 4.676, de 17 de abril de 2003.
que trata o art. 20 da Lei no 8.216, de 1991; e Brasília, 11 de junho de 2003; 182o da
III - de cargos efetivos dos respectivos Independência e 115o da República.
Quadros de Pessoal, em decorrência de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
habilitação em concurso público, salvo os José Dirceu de Oliveira e Silva
casos previstos em lei. (*)
Ver neste Caderno o Decreto m° 869, de 1993.

− 47/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.255, de 2004

DECRETO Nº 5.255, DE 27 DE OUTUBRO DE 2004.


Dispõe sobre o remanejamento de cargos em co-
missão e das funções gratificadas que menciona, e
dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, V - um cargo de Chefe da Divisão de
no uso das atribuições que lhe confere o art. Consultoria em Cobrança e Recuperação de
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constitui- Créditos, código DAS 101.2; (Redação dada
ção, e tendo em vista o disposto na Medida pelo Decreto nº 6.119, de 25.5.2007)
Provisória no 222, de 4 de outubro de 2004, VI - oito cargos de Chefe de Divisão da
(A Medida Provisória nº 222, de 2004 foi convertida Procuradoria-Geral Federal, código DAS
na Lei nº 11.098, de 13 de janeiro de 2005. ) 101.2; (Redação dada pelo Decreto nº 6.119, de
DECRETA: 25.5.2007)
Art. 1o Ficam remanejados, na forma do VII - cinco cargos de Chefe de Serviço
Anexo I deste Decreto, da Secretaria de Ges- de Cobrança e Recuperação de Créditos
tão, do Ministério do Planejamento, Orçamen- junto a Tribunais, código DAS 101.1; (Reda-
to e Gestão, para a Procuradoria-Geral Federal, ção dada pelo Decreto nº 6.119, de 25.5.2007)
órgão vinculado da Advocacia-Geral da União, VIII - quatorze cargos de Chefe de Ser-
os seguintes cargos em comissão do Grupo- viço, código DAS 101.1;
Direção e Assessoramento Superiores - DAS e IX - cento e dezesseis funções de Chefe
Funções Gratificadas - FG: um DAS 101.4; de Seção, código FG-1; e
doze DAS 101.2; dezenove DAS 101.1; cento X - cento e setenta e seis funções de
e dezesseis FG-1; e cento e setenta e seis FG-2. Chefe de Setor, código FG-2.
Art. 2o Os cargos e funções de que trata Art. 3o O Advogado-Geral da União, no
o art. 1o ficam, no âmbito da Procuradoria- prazo de sessenta dias, contado da data de
Geral Federal, assim nominados: publicação deste Decreto, editará os atos
I - um cargo de Coordenador-Geral de dispondo sobre a competência, a estrutura e
Cobrança e Recuperação de Créditos, códi- o funcionamento do órgão de arrecadação da
go DAS 101.4; (Redação dada pelo Decreto nº Procuradoria-Geral Federal.
6.119, de 25.5.2007) Art. 4º O Quadro Resumo de Custos
II - um cargo de Chefe da Divisão de dos Cargos em Comissão da Advocacia-
Gerenciamento da Dívida Ativa das Autar- Geral da União passa a ser o constante do
quias e Fundações Públicas Federais, código Anexo II deste Decreto.
DAS 101.2; (Redação dada pelo Decreto nº 6.119, Art. 5º Este Decreto entra em vigor na
de 25.5.2007) data de sua publicação.
III - um cargo de Chefe da Divisão de Art. 6º Fica revogado o Anexo I ao De-
Gerenciamento de Ações Prioritárias, códi- creto no 4.697, de 16 de maio de 2003.
go DAS 101.2; (Redação dada pelo Decreto nº Brasília, 27 de outubro de 2004; 183o da
6.119, de 25.5.2007) Independência e 116o da República.
IV - um cargo de Chefe da Divisão de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Gerenciamento de Execução na Justiça do Guido Mantega
Trabalho, código DAS 101.2; (Redação dada Amir Lando
pelo Decreto nº 6.119, de 25.5.2007) Alvaro Augusto Ribeiro Costa

ANEXO I
REMANEJAMENTO DE CARGOS E FUNÇÕES
DA SEGES/MP PARA A PGF/AGU
CÓDIGO DAS-UNITÁRIO
QTDE. VALOR TOTAL
DAS 101.4 3,98 1 3,98
DAS 101.2 1,14 12 13,68
DAS 101.1 1,00 19 19,00
SUBTOTAL 1 32 36,66
− 48/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.255, de 2004

FG-1 0,20 116 23,20


FG-2 0,15 176 26,40
SUBTOTAL 2 292 49,60
TOTAL 324 86,26
ANEXO II
QUADRO RESUMO DE CUSTOS DOS CARGOS EM COMISSÃO DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
CÓDIGO DAS-UNITÁRIO
QTDE. VALOR TOTAL QTDE. VALOR TOTAL
NES 6,56 6 39,36 6 39,36
DAS 101.6 6,15 2 12,30 2 12,30
DAS 101.5 5,16 17 87,72 17 87,72
DAS 101.4 3,98 69 274,62 70 278,60
DAS 101.3 1,28 86 110,08 86 110,08
DAS 101.2 1,14 54 61,56 66 75,24
DAS 101.1 1,00 89 89,00 108 108,00

DAS 102.6 6,15 4 24,60 4 24,60


DAS 102.5 5,16 17 87,72 17 87,72
DAS 102.4 3,98 7 27,86 7 27,86
DAS 102.3 1,28 79 101,12 79 101,12
DAS 102.2 1,14 102 116,28 102 116,28
SUBTOTAL 1 532 1.032,22 564 1.068,88
FG-1 0,20 - - 116 23,20
FG-2 0,15 - - 176 26,40
SUBTOTAL 2 - - 292 49,60
TOTAL 532 1.032,22 856 1.118,48

− 49/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.421, de 2005

DECRETO Nº 5.421, DE 13 DE ABRIL DE 2005.


Institui a carteira de identidade funcional dos
membros da Carreira de Procurador do Banco
Central do Brasil.
O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Parágrafo único. Na carteira de identidade
no exercício do cargo de Presidente da funcional do Procurador aposentado do Banco
República, usando da atribuição que lhe Central do Brasil, não se fará referência às
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, prerrogativas legais de que trata o caput.
e tendo em vista o disposto no art. 4o da Lei Art. 3o O Presidente do Banco Central do
no 9.650, de 27 de maio de 1998, e no § 3o Brasil aprovará as características da carteira de
do art. 37 da Medida Provisória no 2.229-43, identidade funcional de que trata este Decreto,
de 6 de setembro de 2001, segundo o modelo adotado para os membros
DECRETA: da Advocacia-Geral da União.
Art. 1o Fica instituída a carteira de iden- Art. 4o A perda do cargo de Procurador
tidade funcional dos membros da Carreira do Banco Central do Brasil obriga a imedia-
de Procurador do Banco Central do Brasil, ta restituição da carteira de identidade fun-
com validade em todo o território nacional, cional.
a ser expedida pela referida autarquia. Art. 5o Este Decreto entra em vigor na
Art. 2o Ao titular da carteira de identidade data da sua publicação.
funcional de Procurador do Banco Central do Brasília, 13 de abril de 2005; 184o da
Brasil são asseguradas, no exercício do cargo, Independência e 117o da República.
as prerrogativas previstas em lei para o desem- JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
penho de sua missão institucional. Antonio Palocci Filho

− 50/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.870, de 2006

DECRETO Nº 5.870, DE 8 DE AGOSTO DE 2006.


Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro De-
monstrativo dos Cargos em Comissão, das Fun-
ções Gratificadas e das Funções Comissionadas
do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, e
dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, de 2006. (Convertida na Lei nº 11.355, de 19.10.2006)
no uso das atribuições que lhe confere o art. Art. 4o Os apostilamentos decorrentes da
84, incisos IV e VI, alínea “a”, da aprovação da Estrutura Regimental de que trata
Constituição, e tendo em vista o disposto no o art. 1o deverão ocorrer no prazo de vinte dias,
art. 136 da Medida Provisória no 301, de 29 contado da data de publicação deste Decreto.
de junho de 2006, (Convertida na Lei nº 11.355, de Parágrafo único. Após os apostilamentos
19.10.2006) previstos no caput, o Presidente do INSS fará
DECRETA: publicar no Diário Oficial da União, no prazo
Art. 1o Ficam aprovados a Estrutura de trinta dias, contado da data de publicação
Regimental e o Quadro Demonstrativo dos deste Decreto, relação nominal dos titulares
Cargos em Comissão, das Funções dos cargos em comissão do Grupo-Direção e
Gratificadas e das Funções Comissionadas Assessoramento Superiores -DAS e das
do Instituto Nacional do Seguro Social - Funções Comissionadas do INSS - FCINSS, a
INSS, na forma dos Anexos I e II. que se refere o Anexo II, indicando, inclusive,
Art. 2o Em decorrência do disposto no art. o número de cargos e funções vagos, sua
1o, ficam remanejados, na forma do Anexo III, denominação e respectivo nível.
os seguintes cargos em comissão do Grupo- Art. 5o O regimento interno do INSS será
Direção e Assessoramento Superiores - DAS: aprovado pelo Ministro de Estado da
I - da Secretaria de Gestão, do Previdência Social e publicado no Diário
Ministério do Planejamento, Orçamento Oficial da União, no prazo de noventa dias,
e Gestão, para o INSS: dois DAS 102.4, contado da data de publicação deste Decreto.
um DAS 102.3, três DAS 102.2 e seis Art. 6o Este Decreto entra em vigor na
DAS 102.1; e data de sua publicação, produzindo efeitos a
II - do INSS para a Secretaria de Gestão, partir de 18 de agosto de 2006.
do Ministério do Planejamento, Orçamento Art. 7o Fica revogado o Decreto no
e Gestão: dois DAS 101.4, quatorze DAS 5.513, de 16 de agosto de 2005.
101.3 e cinco DAS 101.1. Brasília, 8 de agosto de 2006; 185o da
Art. 3o Ficam incorporados na Estrutura Independência e 118o da República.
Regimental de que trata este Decreto mil e setenta LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
e seis FCINSS-1, cento e cinqüenta e uma Paulo Bernardo Silva
FCINSS-2 e cem FCINSS-3, a que se refere o art. Nelson Machado
136 da Medida Provisória no 301, de 29 de junho

ANEXO I
ESTRUTURA REGIMENTAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
[SOMENTE DISPOSITIVOS QUE DIGAM RESPEITO OU TENHAM RELAÇÃO COM A PROCURADORIA FEDERAL
ESPECIAIZADA JUNTO AO INSS]

CAPÍTULO I to de benefícios por ela administrados,


DA NATUREZA, SEDE E COMPETÊNCIA assegurando agilidade, comodidade aos seus
Art. 1o O Instituto Nacional do Seguro usuários e ampliação do controle social.
Social - INSS, autarquia federal, com sede CAPÍTULO II
em Brasília - Distrito Federal, vinculada ao DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Ministério da Previdência Social, instituída Art. 2o O INSS tem a seguinte estrutura
com fundamento no disposto no art. 17 da organizacional:
Lei no 8.029, de 12 de abril de 1990, tem por ................................................................
finalidade promover o reconhecimento, pela II - órgãos seccionais:
Previdência Social, de direito ao recebimen- a) Procuradoria Federal Especializada:

− 51/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.870, de 2006
1. Procuradorias Regionais; e lação com os órgãos componentes do INSS;
2. Procuradorias Seccionais; V - coordenar e supervisionar, técnica e
................................................................ administrativamente, as Procuradorias Regi-
CAPÍTULO III onais e Seccionais;
DA DIREÇÃO E NOMEAÇÃO VI - encaminhar à Procuradoria-Geral Fe-
Art. 3o O INSS é dirigido por um Presi- deral ou à Advocacia-Geral da União, confor-
dente e quatro Diretores, nomeados na me o caso, pedido de apuração de falta funcio-
forma da legislação. nal praticada, no exercício de suas atribuições,
Art. 4o As nomeações para os cargos por seus respectivos membros; e
em comissão, as funções comissionadas e as VII - encaminhar ao Presidente proposta
funções gratificadas integrantes da estrutura de estruturação e localização das Procurado-
regimental do INSS serão efetuadas em rias Regionais e Seccionais, ouvida previa-
conformidade com a legislação vigente. mente a Procuradoria-Geral Federal.
................................................................ Art. 7o Às Procuradorias Regionais compete:
§ 3o Os cargos em comissão, as funções I - quando atuarem junto a órgão de segun-
comissionadas e as funções gratificadas, de do grau, acompanhar os processos judiciais no
natureza jurídica, no âmbito da Procuradoria âmbito do Tribunal Regional Federal e da Tur-
Federal Especializada serão providos por ma de Uniformização Regional do Juizado
membros da Procuradoria-Geral Federal e, Especial Federal respectivos, bem como do
excepcionalmente, da Advocacia-Geral da Tribunal Regional do Trabalho, do Tribunal de
União, na forma do caput, ouvido o Procu- Justiça e da Turma Recursal do Juizado Especi-
rador-Chefe. al Federal na sua área de atuação, além de esta-
§ 4o Os demais cargos em comissão, as belecer uniformidade de procedimentos nos
funções comissionadas e as funções gratifica- processos de interesse do INSS que tramitem em
das no âmbito da Procuradoria Federal Especi- grau de recurso perante esses órgãos judiciais;
alizada serão providos por servidores públicos II - quando atuarem junto a órgão judi-
ocupantes de cargos efetivos, nomeados pelo cial de primeiro grau, representar o INSS e
Presidente, ouvido o Procurador-Chefe. outras entidades, mediante designação do
CAPÍTULO IV Procurador-Geral Federal; e
DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS III - exercer as atividades de consultoria e
Seção I assessoramento jurídicos ao INSS e às entida-
...................................................................... des designadas pelo Procurador-Geral Federal,
Seção II aplicando-se, no que couber, o disposto no art.
Dos Órgãos Seccionais 11 da Lei Complementar no 73, de 1993.
Art. 6o À Procuradoria Federal Especia- Art. 8o Às Procuradorias Seccionais
lizada, órgão de execução da Procuradoria- compete representar judicial e extrajudici-
Geral Federal, compete: almente o INSS e outras entidades, mediante
I - representar judicial e extrajudicial- designação do Procurador-Geral Federal,
mente o INSS e outras entidades, mediante além de exercer atividades de consultoria e
designação da Procuradoria-Geral Federal; assessoramento jurídicos, aplicando-se, no
II - zelar pela observância da Constitui- que couber, o disposto no art. 11 da Lei
ção, das leis e dos atos emanados pelos Complementar no 73, de 1993
Poderes Públicos, sob a orientação normati- ................................................................
va da Procuradoria-Geral Federal e da Seção IV
Advocacia-Geral da União; Das Competências Comuns dos Órgãos de
III - exercer as atividades de consultoria Assistência Direta e Imediata ao
e assessoramento jurídicos no âmbito do Presidente, Seccionais e Específicos Singulares
INSS, aplicando-se, no que couber, o disposto Art. 15. Aos órgãos de assistência direta
no art. 11 da Lei Complementar no 73, de 10 e imediata ao Presidente, aos órgãos seccio-
de fevereiro de 1993; nais e aos específicos singulares, observadas
IV - fixar a orientação jurídica do INSS, suas respectivas áreas de atuação, compete:
intervindo na elaboração e edição de seus I - submeter ao Presidente proposta de:
atos normativos e interpretativos, em articu- a) diretrizes para a elaboração do Plano
− 52/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.870, de 2006
Anual de Ação do INSS e, a partir de sua VIII - responder as solicitações de informa-
aprovação, seus planos e programas; ções dos órgãos de controle externos e subsidiar
b) instrumentos legais visando à melho- a elaboração do relatório de prestação de contas
ria da atuação jurídica, da gestão orçamentá- anual, observando-se os prazos legais;
ria, financeira, contábil e dos ativos imobili- IX - encaminhar à Diretoria de Orça-
ários, do reconhecimento inicial, manuten- mento, Finanças e Logística processos para
ção, recurso e revisão de direitos ao recebi- tomada de contas especial;
mento de benefícios previdenciários e assis- X - apoiar a realização do processo de
tenciais e consignações em benefícios; e seleção interna para a escolha dos ocupantes
c) planos, programas e metas de inova- dos cargos de Gerente-Executivo;
ção tecnológica em processos e sistemas XI - gerenciar, em articulação com a Ouvi-
utilizados em suas atividades, em articula- doria-Geral da Previdência Social, a resolubili-
ção com a Coordenação-Geral de Tecnolo- dade das demandas referentes à sua área de
gia da Informação; atuação, com o objetivo de melhorar a qualidade
II - subsidiar a Diretoria de Atendimento da prestação dos serviços previdenciários; e
na proposição de padrões, sistemas e méto- XII - fazer cumprir as deliberações do
dos de avaliação e acompanhamento da Presidente.
qualidade e produtividade de suas atividades Seção V
e serviços, bem assim nas ações voltadas Dos Órgãos e Unidades Descentralizados
para a modernização administrativa institu- Art. 16. Às Gerências Regionais, su-
cional, sem prejuízo das atribuições dos bordinadas ao Presidente, compete:
demais órgãos envolvidos; ................................................................
III - manter informado o Presidente sobre: Art. 18. Às Agências da Previdência
a) os resultados dos processos do con- Social compete:
tencioso técnico-administrativo, especial- ................................................................
mente aqueles decorrentes da administração V - prestar as informações requisitadas
do patrimônio imobiliário; pela Procuradoria para subsidiar a defesa do
b) auditorias preventivas e corretivas e INSS em juízo e cumprir, sob orientação da
seus resultados; Procuradoria, as decisões judiciais; e
c) as ações de gestão interna; e VI - executar as atividades de orientação,
d) as ações de reconhecimento inicial, ma- informação e conscientização da sociedade,
nutenção, recurso e revisão de direitos ao rece- inclusive aquelas decorrentes das parcerias
bimento de benefícios previdenciários e assis- locais, regionais ou nacionais, de acordo com
tenciais, consignações em benefícios, bem como as diretrizes estabelecidas no Programa de
em relação à compensação previdenciária; Educação Previdenciária - PEP, em articulação
IV - fornecer à Coordenação-Geral de com a Gerência-Executiva.
Planejamento e Gestão Estratégica informa- ................................................................
ções necessárias para a elaboração e o a- Art. 20. Às Agências da Previdência
companhamento do processo de planeja- Social de Atendimento de Demandas Judici-
mento do INSS; ais compete:
V - fornecer à Diretoria de Atendimento as ................................................................
informações necessárias ao acompanhamento de II - propor consulta formal às Divisões
resultados e avaliação da rede de atendimento; ou Serviços de Benefícios e à Procuradoria
VI - sistematizar e difundir orientações pa- da Gerência-Executiva à qual se vincula; e
ra a geração de informações institucionais; III - prestar informações e esclarecimen-
VII - coordenar e supervisionar as Pro- tos à Procuradoria Federal Especializada e
curadorias Regionais e Seccionais, as Audi- ao Poder Judiciário.
torias Regionais, as Corregedorias Regio- ................................................................
nais, bem como o reconhecimento inicial, CAPÍTULO V
manutenção, recurso e revisão de direitos ao DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES
recebimento de benefícios previdenciários e Seção I
assistenciais, compensação previdenciária e Do Presidente
controle interno de benefícios; Art. 23. Ao Presidente incumbe:
− 53/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.870, de 2006
................................................................ suas áreas de atuação, pelo Presidente.
VII - encaminhar ao Ministro de Estado CAPÍTULO VI
da Previdência Social as propostas de: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E
a) criação, extinção, alteração da localiza- TRANSITÓRIAS
ção e instalação de novas Gerências Regionais, Art. 25. As normas de organização e
Gerências-Executivas, Auditorias Regionais, funcionamento dos órgãos e unidades inte-
Corregedorias Regionais, Procuradorias Regi- grantes da Estrutura Regimental do INSS
onais e Procuradorias Seccionais; serão estabelecidas no regimento interno.
................................................................ Art. 26. O INSS, em razão do disposto
VIII - encaminhar ao Procurador-Geral na Lei no 11.098, de 13 de janeiro de 2005,
Federal e ao Advogado-Geral da União permanece incumbido de:
solicitação de correição ou apuração de falta I - executar as despesas de pessoal e de
funcional de que trata o inciso IX do art. 9o; manutenção relativas às atividades transferidas
................................................................ ao Ministério da Previdência Social, inclusive
Seção II as referentes a planos de saúde de seus servido-
Dos demais Dirigentes res, e à Procuradoria-Geral Federal, até que
Art. 24. Aos Diretores, ao Procurador- sejam implementados os ajustes orçamentários
Chefe, ao Chefe de Gabinete, aos Gerentes de necessários para que o Ministério da Previdên-
Projeto, ao Auditor-Geral, ao Corregedor- cia Social e a Procuradoria-Geral Federal
Geral, ao Subprocurador-Chefe, aos Coorde- possam arcar com essas despesas; e
nadores-Gerais, aos Gerentes Regionais, aos II - dar apoio técnico, financeiro e ad-
Gerentes-Executivos, aos Auditores- ministrativo ao Ministério da Previdência
Regionais, aos Corregedores Regionais, aos Social e à Procuradoria-Geral Federal até
Procuradores Regionais, aos Procuradores implantação de suas estruturas definitivas.
Seccionais e aos demais dirigentes incumbe Art. 27. Até a total instalação das Gerên-
planejar, dirigir, coordenar, orientar, acompa- cias Regionais, as atividades de que trata o
nhar e avaliar a execução das atividades inciso III do art. 16 serão executadas pelas
afetas às respectivas unidades e exercer ou- Gerências-Executivas, sob a coordenação dos
tras atribuições que lhes forem cometidas, em respectivos Gerentes Regionais.

ANEXO II
a) QUADRO DEMONSTRATIVO DOS CARGOS EM COMISSÃO, DAS FUNÇÕES GRATIFICADAS
E DAS FUNÇÕES COMISSIONADAS DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL.
CARGO/ DENOMINAÇÃO
UNIDADE DAS/FG
FUNÇÃO No CARGO/FUNÇÃO
253
................... ....... ........................... .........
PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA 1 Procurador-Chefe 101.5
1 Assistente 102.2
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 1 Chefe 101.1
3 FG-2
Subprocuradoria 1 Subprocurador-Chefe 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Serviço 2 Chefe 101.1
1 FG-1
3 FG-2
Coordenação-Geral de Matéria Administrativa 1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 3 Chefe 101.2

253
Foram suprimidas as estruturas dos outros órgãos do INSS.
− 54/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.870, de 2006
CARGO/ DENOMINAÇÃO
UNIDADE DAS/FG
FUNÇÃO No CARGO/FUNÇÃO
2 FG-1
2 FG-2
Coordenação-Geral de Matéria de Benefícios 1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 3 Chefe 101.2
3 FG-1
1 FG-2
Coordenação-Geral de Administração das Procuradorias 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
2 FG-1
2 FG-2
Procuradoria Regional 5 Chefe 101.2
Divisão 5 Chefe 101.2
Serviço 15 Chefe 101.1
Seção 30 Chefe FG-1
Setor 5 Chefe FG-2
Procuradoria Seccional “A” 6 Chefe 101.2
Serviço 6 Chefe 101.1
Seção 12 Chefe FG-1
Setor 12 Chefe FG-2
Procuradoria Seccional “B” 70 Chefe 101.1
Seção 140 Chefe FG-1
Setor 90 Chefe FG-2
Procuradoria Seccional “C” 15 Chefe 101.1
15 FG-1
15 FG-2
Total254 481 ............. .......
..................................................................................................................................................

254
Esta linha não consta do Anexo.
− 55/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.989, de 2006
DECRETO Nº 5.989, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.
Dispõe sobre o remanejamento de Funções Co-
missionadas Técnicas – FCT para a Advocacia-
Geral da União - AGU.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, I - ocupantes de cargos efetivos constan-
no uso da atribuição que lhe confere o art. tes do Anexo V da Lei nº 9.367, de 16 de
84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constitui- dezembro de 1996, que não tenham sido
ção, e tendo em vista o disposto no art. 58 estruturados em carreiras ou abrangidos pelo
da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de art. 1º da Medida Provisória nº 2.229-43, de
setembro de 2001, e no art. 6º do Decreto nº 6 de setembro de 2001;
4.941, de 29 de dezembro de 2003, II - ocupantes de cargos efetivos da Car-
DECRETA: reira Previdenciária e da Carreira de Seguri-
Art. 1º Ficam remanejadas, do Ministério dade Social e do Trabalho.
do Planejamento, Orçamento e Gestão para a Art. 2º Este Decreto entra em vigor na
Advocacia-Geral da União - AGU, cento e data de sua publicação.
quinze Funções Comissionadas Técnicas - Brasília, 19 de dezembro de 2006; 185º
FCT, correspondentes aos níveis e escalona- da Independência e 118º da República
mento contidos no Anexo a este Decreto. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Parágrafo único. As FCT a que se refere João Bernardo de Azevedo Bringel,
o caput destinam-se exclusivamente a: Álvaro Augusto Ribeiro Costa

ANEXO
FUNÇÃO COMISSIONADA
DENOMINAÇÃO DO
UNIDADE DE DESTINO TÉCNICA
POSTO DE TRABALHO
NÍVEL TOTAL
Técnico em Contratos e
Secretaria-Geral 07 10
Convênios
Técnico em Contratos e URA (Unidades Regionais de Atendimento) de São
07 15
Convênios Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Brasília
Analista em Comunicação
Gabinete do Ministro 05 01
Social
Analista em Legislação de Secretaria-Geral
05 10
Compras
URA (Unidades Regionais de Atendimento)
Analista em Legislação de
de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto 05 10
Compras
Alegre e Brasília
Analista em Gestão de Pessoas Secretaria-Geral 05 10
PRU (Procuradoria Regional da União), PRF (Procu-
Analista em Gestão Adminis- radoria Regional Federal) em São Paulo, Rio de
05 40
trativa Janeiro, Recife, Porto Alegre e Brasília; e PF (Procu-
radoria Federal) nas demais Unidades da Federação.
Técnico em Logística Secretaria-Geral 07 09
URA (Unidades Regionais de Atendimento)
Técnico em Logística de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto 07 10
Alegre e Brasília.
TOTAL 115

− 56/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.992, de 2006
DECRETO Nº 5.992, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.
Dispõe sobre a concessão de diárias no âmbito
da administração federal direta, autárquica e funda-
cional, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, e) quando designado para compor equi-
no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, pe de apoio às viagens do Presidente ou do
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o Vice-Presidente da República;
disposto nos arts. 33 a 36 da Lei no 5.809, de 10 II - nos deslocamentos para o exterior:
de outubro de 1972, nos arts. 58 e 59 da Lei no a) quando o deslocamento não exigir
8.112, de 11 de dezembro de 1990, no art. 4o da pernoite fora da sede;
Lei no 8.162, de 8 de janeiro de 1991, e no art. b) no dia da partida do território nacional,
16 da Lei no 8.216, de 13 de agosto de 1991, quando houver mais de um pernoite fora do
DECRETA: país; (Redação dada pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007)
Art. 1o O servidor civil da administração c) no dia da chegada ao território nacional;
federal direta, autárquica e fundacional que se d) quando a União custear, por meio di-
deslocar a serviço, da localidade onde tem verso, as despesas de pousada;
exercício para outro ponto do território nacio- e) quando o servidor ficar hospedado em
nal, ou para o exterior, fará jus à percepção de imóvel pertencente à União ou que esteja
diárias segundo as disposições deste Decreto. sob administração do Governo brasileiro ou
§ 1o Os valores das diárias no País são de suas entidades;
os constantes do Anexo a este Decreto. f) quando governo estrangeiro ou orga-
§ 2o Os valores das diárias no exterior são nismo internacional de que o Brasil participe
os constantes do Anexo III do Decreto no ou com o qual coopere custear as despesas
71.733, de 18 de janeiro de 1973, que serão com pousada; ou
pagos em dólares norte-americanos, ou, por g) (Revogada pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007)
solicitação do servidor, por seu valor equiva- § 2o Quando a missão no exterior a-
lente em moeda nacional ou em euros. branger mais de um país, adotar-se-á a diária
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica: aplicável ao país onde houver o pernoite; no
I - aos casos em que o deslocamento da retorno ao Brasil, prevalecerá a diária refe-
sede constitua exigência permanente do rente ao país onde o servidor haja cumprido
cargo ou ocorra dentro da mesma região a última etapa da missão.
metropolitana; e Art. 3o Nos casos de afastamento da se-
II - aos servidores nomeados ou desig- de do serviço para acompanhar, na qualida-
nados para servir no exterior. de de assessor, titular de cargo de natureza
Art. 2o As diárias serão concedidas por dia especial ou dirigente máximo de autarquia
de afastamento da sede do serviço, destinando- ou fundação pública federal, o servidor fará
se a indenizar o servidor por despesas extraor- jus a diárias no mesmo valor atribuído à
dinárias com pousada, alimentação e locomo- autoridade acompanhada.
ção urbana. Parágrafo único. Na hipótese da alínea
§ 1o O servidor fará jus somente à me- "e" do inciso I do § 1º do art. 2º, a base de
tade do valor da diária nos seguintes casos: cálculo será o valor atribuído a titular de
I - nos deslocamentos dentro do territó- cargo de natureza especial. (NR) (Redação
rio nacional: dada pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007)
a) quando o afastamento não exigir per- Art. 4o A indenização de que trata o art.
noite fora da sede; 16 da Lei no 8.216, de 13 de agosto de 1991,
b) no dia do retorno à sede de serviço; será devida aos servidores de toda e qual-
c) quando a União custear, por meio di- quer categoria funcional que se afastar da
verso, as despesas de pousada; zona considerada urbana de seu município
d) quando o servidor ficar hospedado de sede para execução de atividades de
em imóvel pertencente à União ou que campanhas de combate e controle de ende-
esteja sob administração do Governo brasi- mias, marcação, inspeção e manutenção de
leiro ou de suas entidades; ou marcos divisórios, topografia, pesquisa,
− 57/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.992, de 2006
saneamento básico, inspeção e fiscalização Art. 9º Nos deslocamentos do Presidente
de fronteiras internacionais. da República, do Vice-Presidente da República
Art. 5o As diárias serão pagas antecipa- e dos Ministros de Estado, no território nacio-
damente, de uma só vez, exceto nas seguintes nal, as despesas correrão à conta dos recursos
situações, a critério da autoridade concedente: orçamentários consignados, respectivamente, à
I - situações de urgência, devidamente Presidência da República, Vice-Presidência da
caracterizadas; e República, e aos Ministérios. (Redação dada pelo
II - quando o afastamento compreender Decreto nº 6.258, de 19.11.2007)
período superior a quinze dias, caso em que § 1o Correrão também à conta dos re-
poderão ser pagas parceladamente. cursos orçamentários consignados à Presi-
§ 1o As diárias, inclusive as que se refe- dência da República e à Vice-Presidência da
rem ao seu próprio afastamento, serão con- República as despesas das autoridades inte-
cedidas pelo dirigente do órgão ou entidade grantes das respectivas comitivas oficiais.
a quem estiver subordinado o servidor, ou a § 2º Poderão, ainda, correr à conta dos
quem for delegada tal competência. recursos orçamentários consignados ao
§ 2o As propostas de concessão de diá- respectivo Ministério, as despesas relativas a
rias, quando o afastamento iniciar-se em assessor de Ministro de Estado, que fará jus
sextas-feiras, bem como os que incluam a diárias na mesma condição estabelecida
sábados, domingos e feriados, serão expres- para os servidores a que se referem à alínea
samente justificadas, configurando, a autori- "e" do inciso I do § 1º do art. 2º. (Redação
zação do pagamento pelo ordenador de dada pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007)
despesas, a aceitação da justificativa. § 3º As despesas de que trata o caput
§ 3o Quando o afastamento se estender serão realizadas mediante a concessão de
por tempo superior ao previsto, o servidor suprimento de fundos a servidor designado
fará jus, ainda, às diárias correspondentes ao pelo ordenador de despesas competente,
período prorrogado, desde que autorizada obedecido ao disposto no art. 47 do Decreto
sua prorrogação. nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986. (NR)
§ 4o Serão de inteira responsabilidade do (Incluído pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007)
servidor eventuais alterações de percurso ou de Art. 10. As despesas de alimentação e
datas e horários de deslocamento, quando não pousada de colaboradores eventuais, previstas
autorizados ou determinados pela administração. no art. 4o da Lei no 8.162, de 8 de janeiro de
Art. 6o Os atos de concessão de diárias 1991, serão indenizadas mediante a concessão
serão publicados no boletim interno ou de de diárias correndo à conta do órgão interessa-
pessoal do órgão ou entidade concedente. do, imputando-se a despesa à dotação consig-
Art. 7o Serão restituídas pelo servidor, nada sob a classificação de serviços.
em cinco dias contados da data do retorno à § 1o O dirigente do órgão concedente da
sede originária de serviço, as diárias recebi- diária estabelecerá o nível de equivalência
das em excesso. da atividade a ser cumprida pelo colabora-
Parágrafo único. Serão, também, resti- dor eventual com a tabela de diárias.
tuídas, em sua totalidade, no prazo estabele- § 2o É vedada a concessão de diárias
cido neste artigo, as diárias recebidas pelo para o exterior a pessoas sem vínculo com a
servidor quando, por qualquer circunstância, administração pública federal, ressalvadas
não ocorrer o afastamento. aquelas designadas ou nomeadas pelo Presi-
Art. 8º Será concedido um adicional cor- dente da República.
respondente a oitenta por cento do valor Art. 11. Responderão solidariamente pelos
básico da diária de nível superior, item C do atos praticados em desacordo com o disposto
Anexo a este Decreto, por localidade de neste Decreto a autoridade proponente, a
destino, nos deslocamentos dentro do terri- autoridade concedente, o ordenador de despe-
tório nacional, destinado a cobrir despesas sas e o servidor que houver recebido as diárias.
de deslocamento até o local de embarque e Art. 12. Compete ao Ministério do Pla-
do desembarque até o local de trabalho ou nejamento, Orçamento e Gestão instituir e
de hospedagem e vice-versa. (NR) (Redação alterar, quando necessário, o formulário de
dada pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007) pedido e concessão de diária.
− 58/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.992, de 2006
Art. 12-A. O Sistema de Concessão de Diá- organismo internacional de que o Brasil
rias e Passagens - SCDP do Ministério do participe ou com o qual coopere custear
Planejamento, Orçamento e Gestão é de utiliza- as despesas com pousada; ou
ção obrigatória pelos órgãos da administração VI - quando designado para compor
pública federal direta, autárquica e fundacional equipe de apoio às viagens do Presiden-
Parágrafo único. Todos os órgãos da adminis- te ou do Vice-Presidente da República.
tração pública federal direta, autárquica e § 2o Caso o deslocamento exija que o
fundacional deverão estar adaptados ao dispos- servidor fique mais de um dia em trânsito,
to no caput até 31 de dezembro de 2008. (NR) quer na ida ao exterior, quer no retorno ao
(Incluído pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007) Brasil, a concessão de diárias excedentes
Art. 13. Os arts. 22 e 23 do Decreto no deve ser devidamente justificada.
71.733, de 18 de janeiro de 1973, passam a § 3o Quando a missão no exterior a-
vigorar com a seguinte redação: branger mais de um país, adotar-se-á a diá-
“Art. 22. Os valores das diárias no exte- ria aplicável ao país onde houver o pernoi-
rior são os constantes da Tabela que constitui te; no retorno ao Brasil, prevalecerá a diá-
o Anexo III a este Decreto, que serão pagos ria referente ao país onde o servidor haja
em dólares norte-americanos, ou, por solici- cumprido a última etapa da missão.” (NR)
tação do servidor, por seu valor equivalente Art. 14. Este Decreto entra em vigor
em moeda nacional ou em euros.” (NR) trinta dias após a data de sua publicação.
“Art. 23. As diárias serão concedidas Art. 15. Ficam revogados o art. 11 do De-
por dia de afastamento da sede do serviço. creto nº 91.800, de 18 de outubro de 1985, o
§ 1o O servidor fará jus somente à me- Decreto nº 343, de 19 de novembro de 1991, o
tade do valor da diária nos seguintes casos: Decreto nº 1.121, de 26 de abril de 1994, o
I - quando o deslocamento não exi- Decreto nº 1.656, de 3 de outubro de 1995, o
gir pernoite fora da sede; art. 4º do Decreto no 1.840, de 20 de março de
II - no dia da partida e no dia da che- 1996, e o art. 1º do Decreto no 3.643, de 26 de
gada; outubro de 2000, na parte referente à nova
III - quando a União custear, por redação dada aos arts. 22 e 23 do Decreto nº
meio diverso, as despesas de pousada; 71.733, de 18 de janeiro de 1973.
IV - quando o servidor ficar hospedado Brasília, 19 de dezembro de 2006; 185o
em imóvel pertencente à União ou que este- da Independência e 118o da República.
ja sob administração do Governo brasileiro; LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
V - quando governo estrangeiro ou Paulo Bernardo Silva

ANEXO
(Redação dada pelo Decreto nº 6.258, de 19.11.2007)
VALOR DA INDENIZAÇÃO DE DIÁRIAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO PAÍS
(Anexo ao Decreto no 5.992, de 19 de dezembro de 2006)
(Art. 58 da Lei nº 8.112, de 1990, art. 16 da Lei nº 8.216, de 1991, e art. 15 da Lei nº 8.270, de 1991)
CLASSIFICAÇÃO DO CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO VALOR DA DIÁRIA EM R$
A) Cargos de Natureza Especial, DAS-6 e CD-1; e
98,86
- Presidentes, Diretores e FDS-1 do BACEN
B) DAS-5, DAS-4, DAS-3 e CD-2, CD-3 e CD-4;
- FDE-1, FDE-2, FDT-1, FCA-1, FCA-2, FCA-3;
- Cargos Comissionados Temporários do BACEN; 82,47
- FCT1, FCT2, FCT3; e
- GTS1, GTS2, GTS3.
C) DAS-2 e DAS-1;
- FDO-1, FCA-4 e FCA-5 do BACEN;
68,72
- Cargos de Nível Superior; e
- FCT4, FCT5, FCT6, FCT7.

− 59/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 5.992, de 2006
D) FG-1, FG-2, FG-3 e GR;
- FST-1, FST-2 e FST-3 do BACEN;
57,28
- Cargos de Nível Médio (BACEN), de Nível Intermediário e de Nível Auxiliar; e
- FCT8, FCT9, FCT10, FCT11, FCT12, FCT13, FCT14, FCT15.
E) Indenização de que trata o art. 16 da Lei no 8.216/91, e o art. 15 da Lei no 8.270/91. 26,85
O valor da diária dos grupos “A”, “B”, “C” e “D” será acrescido da importância correspondente a:
% LOCAIS
90 Nos deslocamentos para as cidades de Brasília-DF e Manaus-AM.
Nos deslocamentos para as cidades de São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Recife-PE,
80
Belo Horizonte-MG, Porto Alegre-RS, Belém-PA, Fortaleza-CE e Salvador-BA.
70 Nos deslocamentos para as demais capitais dos Estados.
50 Nos demais deslocamentos.

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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.018, de 2007
DECRETO Nº 6.018, DE 22 DE JNEIRO DE 2007.
Regulamenta a Medida Provisória no 353, de 22
de janeiro de 2007, que dispõe sobre o término do
processo de liquidação e a extinção da Rede Fer-
roviária Federal S.A. - RFFSA, altera dispositivos
da Lei no 10.233, de 5 de junho de 2001, e dá ou-
tras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
no uso das atribuições que lhe confere o art. Parágrafo único. O agente operador do FC enca-
84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constitui- minhará à Advocacia-Geral da União as informações e
os documentos necessários a eventual cobrança judicial
ção, e tendo em vista o disposto na Medida do produto da venda dos imóveis, bem como à defesa dos
Provisória no 353, de 22 de janeiro de interesses da União.
2007255, Art. 16. Na alienação dos imóveis referidos nos
arts. 12, 13 e 14, os contratos celebrados mediante
DECRETA: instrumento particular terão força de escritura pública.
Art. 1o Compete ao Ministério dos Art. 17. Ficam transferidos à VALEC:
I - os contratos de trabalho dos empregados ativos inte-
Transportes a coordenação e a supervisão grantes do quadro de pessoal próprio da extinta RFFSA,
dos procedimentos administrativos relativos ficando alocados em quadro de pessoal em extinção; e
II - as ações judiciais relativas aos empregados a que se
à Inventariança da extinta Rede Ferroviária refere o inciso I do caput em que a extinta RFFSA seja
Federal S.A. - RFFSA. autora, ré, assistente, opoente ou terceira interessada.
Art. 2o As atividades da Inventariança se- § 1o A transferência de que trata o inciso I do ca-
put dar-se-á por sucessão trabalhista e não caracteriza-
rão conduzidas por Inventariante indicado pelo rá rescisão contratual, preservados aos empregados os
Ministro de Estado dos Transportes, para direitos garantidos pelas Leis nos 8.186, de 21 de maio de
1991, e 10.478, de 28 de junho de 2002.
ocupar cargo em comissão do Grupo-Direção e § 2o Os empregados transferidos na forma do disposto
Assessoramento Superior, DAS 101.6. no inciso I do caput terão seus valores remuneratórios
inalterados no ato da sucessão e seu desenvolvimento na
Parágrafo único. O assessoramento jurídi- carreira observará o estabelecido no plano de cargos e
co necessário aos atos relativos ao processo de salários da extinta RFFSA, não se comunicando, em qual-
inventariança será prestado pela Advocacia- quer hipótese, com o plano de cargos e salários da VALEC.
§ 3o Em caso de demissão, dispensa, aposentadoria
Geral da União, conforme dispuser o Advoga- ou falecimento do empregado fica extinto o emprego por
do-Geral da União em ato próprio. 256 ele ocupado.
§ 4o Os empregados de que trata o inciso I do ca-
put, excetuados aqueles que se encontram cedidos para
outros órgãos ou entidades da administração pública,
255
ficarão à disposição da Inventariança, enquanto neces-
A Medida Provisória nº 353, de 2007, foi convertida sários para a realização dos trabalhos ou até que o
na Lei nº 11. 483, de 31 de maio de 2007. Inventariante decida pelo seu retorno à VALEC.
256
Ver disposições da Medida Provisória nº 353, de 22 § 5o Os empregados de que trata o inciso I do ca-
de janeiro de 2007, que “dispõe sobre o término do put poderão ser cedidos para prestar serviço na Advoca-
processo de liquidação e a extinção da Rede Ferroviária cia-Geral da União, no Ministério do Planejamento,
Federal S.A. - RFFSA, altera dispositivos da Lei no Orçamento e Gestão, no Ministério dos Transportes,
10.233, de 5 de junho de 2001, e dá outras providências” inclusive no DNIT, na Agência Nacional de Transportes
“Art. 2o Na data de publicação desta Medida Pro- Terrestres - ANTT e na Agência Nacional de Transportes
visória: Aquaviários - ANTAQ, e no IPHAN, independentemente
I - a União sucederá a extinta RFFSA nos direitos, de designação para o exercício de cargo comissionado,
obrigações e ações judiciais em que esta seja autora, ré, sem ônus para o cessionário, desde que seja para o
assistente, opoente ou terceira interessada, ressalvadas exercício das atividades que foram transferidas para
as ações de que trata o inciso II do caput do art. 17; e aqueles órgãos e entidades por esta Medida Provisória,
II - os bens imóveis da extinta RFFSA ficam transferidos ouvido previamente o Inventariante.
para a União, ressalvado o disposto no inciso I do art. 8o. § 6o Os advogados ou escritórios de advocacia que
Parágrafo único. Os advogados ou escritórios de ad- representavam judicialmente a extinta RFFSA nas ações
vocacia que representavam judicialmente a extinta RFFSA a que se refere o inciso II do caput deverão, imediata-
deverão, imediatamente, sob pena de responsabilização mente, sob pena de responsabilização pessoal pelos
pessoal pelos eventuais prejuízos que a União sofrer, em eventuais prejuízos causados:
relação às ações a que se refere o inciso I do caput: I - peticionar em juízo, comunicando a extinção da
I - peticionar em juízo, comunicando a extinção da RFFSA e a transferência dos contratos de trabalho para
RFFSA e requerendo que todas as citações e intimações a VALEC, requerendo que todas as citações e intimações
passem a ser dirigidas à Advocacia-Geral da União; e passem a ser dirigidas a esta empresa; e
II - repassar às unidades da Advocacia-Geral da II - repassar à VALEC as respectivas informações e do-
União as respectivas informações e documentos. cumentos sobre as ações de que trata o inciso II do caput.
................................................................................. § 7o Não havendo mais integrantes no quadro em
Art. 15. O agente operador do FC representará a Uni- extinção de que trata o inciso I do caput deste artigo, em
ão na celebração dos contratos de compra e venda dos virtude de desligamento por demissão, dispensa, aposen-
imóveis de que trata o inciso II do caput do art. 6o, efetuando tadoria ou falecimento do último empregado ativo
a cobrança administrativa e recebendo o produto da venda. oriundo da extinta RFFSA, a complementação de
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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.018, de 2007
o
Art. 3 Constituem atribuições do In- de ocupantes de cargos em comissão na
ventariante: Inventariança;
I - representar a União, na qualidade de X - praticar os atos necessários à instaura-
sucessora da extinta RFFSA, nos atos admi- ção de sindicâncias e processos administrativos
nistrativos necessários à Inventariança, disciplinares, assim como adotar os procedi-
podendo também celebrar, prorrogar e mentos necessários para a conclusão e o a-
rescindir contratos administrativos, convê- companhamento dos processos em andamento,
nios e outros instrumentos, quando houver encaminhando à autoridade competente os
interesse da administração; respectivos relatórios conclusivos;
II - praticar atos de gestão patrimonial, XI - encaminhar ao Ministro de Estado
contábil, financeira e administrativa, inclu- dos Transportes relatórios trimestrais sobre
sive de pessoal; o andamento das atividades, atualizando em
III - elaborar e publicar o balanço patri- cada relatório o cronograma de atividades
monial de extinção da RFFSA referente à básicas em andamento, bem como relatório
data de publicação da Medida Provisória no final quando da conclusão do processo de
353, de 2007; inventariança;
IV - apurar os direitos e obrigações, as- XII - adotar as medidas necessárias para
sim como relacionar documentos, livros viabilizar o cumprimento do disposto na Lei
contábeis, contratos e convênios da extinta no 8.693, de 3 de agosto de 1993;
RFFSA, dando-lhes as destinações previstas XIII - realizar os encontros de contas
neste Decreto; com as empresas devedoras ou credoras da
V - identificar, localizar e relacionar os extinta RFFSA, observado o disposto na
bens móveis e imóveis, dando-lhes as desti- alínea “b” do inciso II do art. 5o;
nações previstas em lei, podendo, para tanto, XIV - transferir ao Departamento Na-
designar comissões específicas; cional de Infra-Estrutura de Transportes -
VI - encaminhar, de imediato, ao Minis- DNIT o acervo documental relativo aos
tério do Planejamento, Orçamento e Gestão, bens de que trata o art. 8º da Medida Provi-
a documentação disponível de titularidade sória nº 353 , de 2007;
dos imóveis referidos no § 2o do art. 6o da XV - dar prosseguimento, durante o pro-
Medida Provisória no 353, de 2007, para cesso de inventariança, ao pagamento das
análise prévia, elaboração do ato formal de obrigações decorrentes de acordos administra-
indicação e remessa ao agente operador do tivos e judiciais firmados pela extinta RFFSA;
Fundo Contingente da Extinta RFFSA - FC; XVI - transferir para o Ministério do
VII - providenciar o tratamento dos a- Planejamento, Orçamento e Gestão o acervo
cervos técnicos, bibliográficos, documentais documental e os registros funcionais de
e de pessoal, observadas as normas específi- empregados aposentados e pensionistas de
cas, transferindo-os, mediante termo pró- que trata o art. 118 da Lei no 10.233, de 5 de
prio, ao Arquivo Nacional ou aos órgãos e junho de 2001;
entidades que tiverem absorvido as corres- XVII - transferir para o Ministério do
pondentes atribuições da extinta RFFSA; Planejamento, Orçamento e Gestão a docu-
VIII - providenciar a regularização con- mentação e as informações disponíveis
tábil dos atos administrativos pendentes, referentes aos imóveis não-operacionais
inclusive a análise das prestações de contas oriundos da extinta RFFSA;
dos convênios e instrumentos similares da XVIII - adotar as providências decorren-
extinta RFFSA, podendo, para tanto, desig- tes da rescisão dos contratos de prestação de
nar comissões específicas; serviços advocatícios;
IX - submeter ao Ministro de Estado dos XIX - rescindir os contratos de presta-
Transportes proposta com vistas à nomeação ção de serviços que tenham por objeto a
venda de bens móveis e imóveis da extinta
RFFSA;
aposentadoria instituída pelas Leis nos 8.186, de 1991, e XX - rescindir os contratos de trabalho
10.478, de 2002, terá como referência, para reajuste, os
índices e a periodicidade aplicados aos aposentados do
formalizados com base no disposto no § 3o
Regime Geral da Previdência Social - RGPS.” do art. 3o do Decreto no 3.277, de 7 de de-
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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.018, de 2007
zembro de 1999, bem como apurar e liqui- XXX - dar prosseguimento ao pagamen-
dar as obrigações deles decorrentes; to das obrigações da extinta RFFSA junto à
XXI - informar à Chefia do Gabinete do Fundação Rede Ferroviária de Seguridade
Advogado-Geral da União quando da efeti- Social - REFER, referentes às contribuições
vação das transferências para as unidades dos empregados já desligados em virtude de
descentralizadas daquele Órgão dos acervos adesão a planos de incentivo ao desligamen-
documentais relativos aos processos judici- to voluntário, nos quais a extinta RFFSA
ais de que trata o art. 2º da Medida Provisó- obrigou-se a mantê-los na condição de
ria nº 353, de 2007; participantes ativos, pelo prazo pactuado;
XXII - indicar, quando solicitado pela Ad- XXXI - proceder ao encerramento dos
vocacia-Geral da União ou pela VALEC - registros da extinta RFFSA junto aos órgãos
Engenharia Construções e Ferrovias S.A., os públicos federais, estaduais e municipais; e
prepostos e testemunhas que tenham conheci- XXXII - desempenhar outras funções
mento do fato objeto da ação judicial; que lhe forem atribuídas pelo Ministério dos
XXIII - dar continuidade à elaboração Transportes.
da folha de pagamento do pessoal ativo, Parágrafo único. O Inventariante poderá
bem como aos procedimentos operacionais delegar atribuições contidas neste artigo.
no que diz respeito à apuração da parcela Art. 4o Os cargos em comissão do Grupo-
sob encargo da União relativamente aos Direção e Assessoramento Superiores - DAS
proventos de inatividade de que trata o criados pelo art. 23 da Medida Provisória nº
inciso II do art. 118 da Lei nº 10.233, de 353, de 2007, ficam assim distribuídos:
2001, até que a VALEC e o Ministério do I - no Ministério dos Transportes, para
Planejamento, Orçamento e Gestão tenham exercício na Inventariança: um DAS 101.6,
concluído os trabalhos de absorção dessas para o cargo de Inventariante, quatro asses-
atividades em sistemas informatizados; sores diretos, DAS 102.5, a serem indicados,
XXIV - transferir para a VALEC a do- respectivamente, pelos titulares dos Ministé-
cumentação referente aos contratos de traba- rios do Planejamento, Orçamento e Gestão,
lho dos empregados ativos mencionados no da Fazenda e dos Transportes e da Advoca-
inciso I do caput do art. 17 da Medida Pro- cia-Geral da União, bem como nove DAS
visória nº 353, de 2007; 101.4, dezesseis DAS 101.3, treze DAS
XXV - fornecer à Advocacia-Geral da 101.2 e vinte e quatro DAS 101.1;
União e à VALEC os elementos necessários II - na Advocacia-Geral da União, para
à defesa judicial dos seus interesses; o desempenho das atividades decorrentes do
XXVI - liquidar as demais obrigações con- disposto no inciso I do art. 2º da Medida
tratuais cujo valor não ultrapasse R$ Provisória nº 353, de 2007: um DAS 101.5,
250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais) e dois DAS 101.4, cinco DAS 101.3 e deze-
encaminhar à Secretaria do Tesouro Nacional nove DAS 101.2; e
do Ministério da Fazenda os processos relati- III - no Ministério do Planejamento, Or-
vos às obrigações com valor superior; çamento e Gestão, para a realização das
XXVII - adotar medidas visando pro- atividades decorrentes do disposto no art.
mover as adaptações necessárias no Regu- 118 da Lei nº 10.233, de 2001, bem como de
lamento do Serviço Social das Estradas de outras relativas à incorporação ao patrimô-
Ferro - SESEF, em decorrência da extinção nio da União de imóveis não-operacionais
da RFFSA; oriundos da extinta RFFSA: dois DAS
XXVIII - elaborar proposta de estrutura 101.5, seis DAS 101.4, sete DAS 101.3,
organizacional de funcionamento das unida- quatro DAS 101.2 e dezesseis DAS 101.1.
des regionais da Inventariança e submeter à Art. 5o Durante o processo de inventari-
aprovação do Ministério dos Transportes; ança serão transferidos:
XXIX - promover, em conjunto com o I - à Advocacia-Geral da União, na quali-
Ministério do Planejamento, Orçamento e dade de representante judicial da União, à
Gestão, a atualização dos dados cadastrais medida que forem requisitados, os arquivos e
de aposentados e pensionistas sob responsa- acervos documentais relativos às ações judici-
bilidade da extinta RFFSA; ais, em que a extinta RFFSA seja autora, ré,
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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.018, de 2007
assistente, opoente ou terceira interessada, que outros fins, considerando o disposto na Medida
estejam tramitando em qualquer instância, Provisória nº 353, de 2007;
inclusive aquelas em fase de execução, ressal- d) o acervo documental e sistemas in-
vado o disposto no inciso II do art. 17 da formatizados referentes às alíneas “a”, “b” e
Medida Provisória nº 353, de 2007; “c”, mediante termo específico a ser firmado
II - à Secretaria do Tesouro Nacional do com a Inventariança, dando ciência à Agên-
Ministério da Fazenda: cia Nacional de Transportes Terrestres -
a) as obrigações financeiras decorren- ANTT, por força do disposto no §4º do art.
tes de financiamentos contraídos pela 82 da Lei nº 10.233, de 2001; e
extinta RFFSA com instituições nacionais e) as informações e documentos referen-
e internacionais; tes aos Termos de Ajuste de Conduta
b) os haveres financeiros e demais crédi- (TAC), celebrados entre a extinta RFFSA e
tos da extinta RFFSA perante terceiros; o Ministério Público;
c) as obrigações decorrentes de tributos; e VI - à VALEC:
d) as obrigações contratuais com valores a) os contratos de trabalho dos empregados
superiores a R$ 250.000,00 (duzentos e ativos do quadro próprio da extinta RFFSA, na
cinqüenta mil reais); forma do disposto no inciso I do caput do art.
III - ao Ministério do Planejamento, 17 da Medida Provisória nº 353, de 2007, bem
Orçamento e Gestão: como os documentos necessários à gestão da
a) a documentação e as informações so- respectiva folha de pagamento;
bre os bens imóveis não-operacionais oriun- b) as informações e os documentos refe-
dos da extinta RFFSA transferidos à União; rentes às ações judiciais referidas no inciso
b) a base de dados cadastrais dos imó- II do caput do art. 17 da Medida Provisória
veis não-operacionais oriundos da extinta nº 353, de 2007; e
RFFSA transferidos à União, para fins de c) o acervo documental e demais infor-
inclusão no sistema informatizado da Secre- mações referentes ao patrocínio da REFER,
taria do Patrimônio da União; e nos termos do art. 18 da Medida Provisória
c) a gestão da complementação de aposen- no 353, de 2007;
tadoria instituída pela Lei no 8.186, de 21 de VII - à ANTT, os contratos de arrenda-
maio de 1991, e pela Lei no 10.478, de 28 de mento e demais informações necessárias às
junho de 2002, bem como os respectivos atividades de gestão dos referidos contratos,
acervos documentais, em consonância com o mediante termo específico a ser firmado
disposto no art. 118 da Lei nº 10.233, de 2001; com a Inventariança, dando ciência ao
IV - ao Instituto do Patrimônio Histórico DNIT, por força do disposto no § 4º do art.
e Artístico Nacional - IPHAN: 82 da Lei nº 10.233, de 2001.
a) os bens móveis de valor artístico, histó- Art. 6o O termo de entrega provisório pre-
rico e cultural, oriundos da extinta RFFSA; e visto no art. 21 da Medida Provisória no 353,
b) os convênios firmados com entidades de 2007, será formalizado quando houver
de direito público ou privado que tenham urgência na entrega, em razão da necessidade
por objeto a exploração e administração de de proteção ou manutenção do imóvel, regula-
museus ferroviários e de outros bens de rização dominial ou interesse público.
interesse artístico, histórico e cultural; § 1o A formalização referida no caput será
V - ao DNIT: feita com base em ato fundamentado da auto-
a) a propriedade dos bens móveis e imó- ridade competente, e o instrumento deverá
veis operacionais da extinta RFFSA; conter cláusula resolutiva para o caso de neces-
b) os bens móveis não-operacionais uti- sidade ou interesse público superveniente.
lizados pela Administração Geral e Escritó- § 2o Após a celebração do termo de en-
rios Regionais, ressalvados aqueles necessá- trega provisório, o Ministério do Planeja-
rios às atividades da Inventariança; mento, Orçamento e Gestão adotará as
c) os demais bens móveis não- providências necessárias à substituição por
operacionais, incluindo trilhos, material rodan- instrumento definitivo.
te, peças, partes e componentes, almoxarifados § 3o Fica autorizada a substituição dos
e sucatas, que não tenham sido destinados a contratos de utilização de imóveis não-
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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.018, de 2007
operacionais oriundos da extinta RFFSA, II - original ou cópia autenticada da do-
celebrados com órgãos e entidades públicas cumentação comprobatória da dívida; e
federais, estaduais, do Distrito Federal e III - manifestação da Secretaria Federal
municipais, por termos de entrega ou contra- de Controle Interno, da Controladoria-Geral
tos de cessão de uso, mantendo-se as condi- da União, sobre a regularidade das contrata-
ções originalmente pactuadas. ções e a exatidão dos valores devidos, quan-
§ 4o Fica autorizada a substituição dos do o montante for superior a R$ 250.000,00
contratos de utilização de imóveis não- (duzentos e cinqüenta mil reais).
operacionais oriundos da extinta RFFSA, Art. 10. Ato do Ministro de Estado da
celebrados com particulares, por contratos Fazenda disciplinará o Fundo Contingente
de cessão de uso, mantendo-se as condições da Extinta RFFSA - FC, de que trata o art.
originalmente pactuadas, quando não colidi- 5º da Medida Provisória nº 353, de 2007.
rem com os interesses da União ou com as § 1o A Caixa Econômica Federal é de-
normas vigentes. signada o agente operador do FC, e será
§ 5o O Ministério do Planejamento, Or- responsável pela elaboração do seu regula-
çamento e Gestão adotará providências para mento, que conterá as normas e os procedi-
regularização fundiária, urbanística e ambiental mentos para o seu funcionamento.
e a destinação dos imóveis não-operacionais de § 2o As disponibilidades financeiras do
que trata este Decreto, excetuando-se aqueles FC serão depositadas na Conta Única do
previstos no § 2º do art. 6º da Medida Provisó- Tesouro Nacional.
ria nº 353, de 2007, podendo, para tanto, cele- § 3o A remuneração da Caixa Econômica
brar contrato de prestação de serviços técnicos Federal pela prestação dos serviços relativos à
especializados. operacionalização do FC será definida em ato
Art. 7o O IPHAN deverá solicitar ao Mi- do Ministro de Estado da Fazenda.
nistério do Planejamento, Orçamento e Gestão § 4o A Caixa Econômica Federal presta-
a cessão de uso dos imóveis que forem de seu rá contas trimestralmente ao Ministério da
interesse, para o cumprimento do disposto no Fazenda, até o trigésimo dia útil após o
art. 9º da Medida Provisória nº 353, de 2007. encerramento do trimestre, das operações
Parágrafo único. O IPHAN poderá soli- realizadas sob sua responsabilidade.
citar a cessão de bens imóveis de valor Art. 11. As despesas com regularização,
artístico, histórico e cultural, para utilização administração, avaliação e venda dos imó-
por outras entidades de direito público ou veis de que trata o inciso IV do caput do art.
privado com o objetivo de perpetuar a me- 5º da Medida Provisória nº 353, de 2007,
mória ferroviária e contribuir para o desen- correrão à conta do FC.
volvimento da cultura e do turismo. § 1o A Caixa Econômica Federal dispo-
Art. 8o Cabe à Secretaria do Tesouro nibilizará pessoal capacitado e suficiente
Nacional receber e dar quitação das parcelas para a pronta conclusão das regularizações,
oriundas dos contratos de arrendamento avaliações e vendas referidas no caput.
firmados pela extinta RFFSA, e informar à § 2o A Caixa Econômica Federal pro-
ANTT eventuais inadimplências. cederá à regularização dos títulos domini-
Parágrafo único. No caso dos pagamen- ais dos imóveis vinculados ao FC, perante
tos relativos às parcelas de arrendamentos os órgãos administrativos federais, esta-
referidas no inciso III do caput do art. 6º da duais, do Distrito Federal ou municipais,
Medida Provisória nº 353, de 2007, a Secre- Cartórios de Notas e Cartórios de Registro
taria do Tesouro Nacional providenciará a de Imóveis, mantendo a Secretaria do
transferência dos respectivos valores ao FC Patrimônio da União informada sobre o
e dará conhecimento ao agente operador. andamento dos trabalhos.
Art. 9o Os processos relativos ao reconhe- Art. 12. Os pagamentos a cargo do FC
cimento de dívidas oriundas da extinta RFFSA serão realizados exclusivamente por solici-
serão obrigatoriamente instruídos com: tações encaminhadas à Caixa Econômica
I - declaração expressa do Inventariante Federal, por intermédio:
quanto à certeza, liquidez e exatidão das I - da VALEC, nos casos previstos no
obrigações; inciso II do art. 5º da Medida Provisória nº
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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.018, de 2007
353, de 2007, acompanhada da respectiva as demandas de que tratam os arts. 13 e 14 da
decisão judicial; e Medida Provisória no 353, de 2007, para
II - da Advocacia-Geral da União, nos operacionalização da alienação e regularização
casos previstos no inciso III do art. 5º da dos imóveis não-operacionais, com observân-
Medida Provisória nº 353, de 2007, acom- cia ao disposto no Convênio celebrado em 11
panhada da respectiva decisão judicial. de maio de 2004 e seus termos aditivos.
Parágrafo único. As demais hipóteses Art. 15. Em todos os atos ou operações,
de pagamento serão disciplinadas no regu- o Inventariante deverá usar a denominação
lamento do FC. “Inventariante da extinta Rede Ferroviária
Art. 13. O prazo para a conclusão dos Federal S.A. - RFFSA”.
trabalhos de inventariança será de um ano, Art. 16. Este Decreto entra em vigor na
contado da data de publicação deste Decre- data de sua publicação.
to, podendo ser prorrogado, a critério do Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da
Ministro de Estado dos Transportes, medi- Independência e 119o da República.
ante proposta do Inventariante. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 14. Os Ministérios das Cidades e dos Guido Mantega
Transportes, a Caixa Econômica Federal e o Paulo Sérgio Oliveira Passo
IPHAN, por intermédio do Grupo de Trabalho João Bernardo de Azevedo Bringel
instituído em 30 de junho de 2004, analisarão Álvaro Augusto Ribeiro Costa

− 66/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.119, de 2007
DECRETO Nº 6.119, DE 25 DE MAIO DE 2007.
Dá nova redação ao art. 2º do Decreto nº 5.255, de
27 de outubro de 2004, que dispõe sobre o remaneja-
mento de cargos em comissão e das funções gratifica-
das que menciona, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, V - um cargo de Chefe da Divisão
no uso das atribuições que lhe confere o art. de Consultoria em Cobrança e Recupe-
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constitui- ração de Créditos, código DAS 101.2;
ção, e tendo em vista o disposto no art. 22 VI - oito cargos de Chefe de Divisão
da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, da Procuradoria-Geral Federal, código
DECRETA: DAS 101.2;
Art. 1º O art. 2º do Decreto nº 5.255, de VII - cinco cargos de Chefe de Serviço
27 de outubro de 2004, passa a vigorar com de Cobrança e Recuperação de Créditos
a seguinte redação: junto a Tribunais, código DAS 101.1;
"Art. 2º ............................................ ........................................... " (NR)
I - um cargo de Coordenador-Geral Art. 2º O Advogado-Geral da União, no
de Cobrança e Recuperação de Créditos, prazo de sessenta dias, contado da data de
código DAS 101.4; (Redação dada pelo publicação deste Decreto, editará os atos
Decreto nº 6.119, de 25.5.2007 dispondo sobre a competência, a estrutura e o
II - um cargo de Chefe da Divisão funcionamento da Procuradoria-Geral Fede-
de Gerenciamento da Dívida Ativa das ral, no que se refere ao disposto no art. 22 da
Autarquias e Fundações Públicas Fede- Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007.
rais, código DAS 101.2; Art. 3º Este Decreto entra em vigor na
III - um cargo de Chefe da Divisão data de sua publicação.
de Gerenciamento de Ações Prioritárias, Brasília, 25 de maio de 2007; 186º da
código DAS 101.2; Independência e 119o da República.
IV - um cargo de Chefe da Divisão LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
de Gerenciamento de Execução na Justi- Paulo Bernardo Silva
ça do Trabalho, código DAS 101.2; José Antonio Dias Toffoli

− 67/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.120, de 2007

DECRETO Nº 6.120, DE 29 DE MAIO DE 2007.


Fixa atribuições para o substituto do Advogado-
Geral da União e altera o Anexo I ao Decreto nº
4.368, de 10 de setembro de 2002, que aprova a Es-
trutura e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Comissão da Advocacia-Geral da União, na parte
referente à organização de sua Secretaria-Geral.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 2º Ao substituto do Advogado-
no uso da atribuição que lhe confere o art. Geral da União incumbe:
84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, I - coordenar, consolidar e submeter ao
DECRETA: Advogado-Geral da União o plano de ação
Art. 1º Ao Gabinete do substituto do Ad- global da Advocacia-Geral da União e de
vogado-Geral da União, designado na forma seus órgãos vinculados;
do §2º do art. 3º da Lei Complementar nº 73, II - supervisionar e avaliar a execução
de 10 de fevereiro de 1993, compete: dos projetos e atividades da Advocacia-
I - assistir ao Advogado-Geral da União Geral da União;
na supervisão e coordenação das atividades III - supervisionar e coordenar a articu-
dos órgãos de direção superior, de execução lação entre os órgãos de direção superior, de
e vinculados à Advocacia-Geral da União, execução e vinculados à Advocacia-Geral
assim como dos demais órgãos subordina- da União, assim como destes com os demais
dos ao Advogado-Geral da União; órgãos e entidades do Poder Executivo;
II - coordenar e supervisionar as ativi- IV - substituir o Advogado-Geral da União
dades de organização e modernização admi- na presidência do Conselho Superior da Advo-
nistrativa, bem como as relacionadas com os cacia-Geral da União, quando necessário; e
sistemas federais de planejamento e de V - exercer outras atribuições que lhe fo-
orçamento, de administração financeira, de rem cometidas pelo Advogado-Geral da União.
contabilidade, de administração dos recursos Art. 3º Os arts. 1º e 7º do Anexo I ao De-
de informação e informática, de recursos creto nº 4.368, de 10 de setembro de 2002,
humanos, de serviços gerais e de documen- passam a vigorar com a seguinte redação:
tação e arquivos, no âmbito da Advocacia- "Art. 1º À Secretaria-Geral, órgão de
Geral da União; assistência direta e imediata ao substitu-
III - auxiliar o Advogado-Geral da Uni- to do Advogado-Geral da União, desig-
ão na definição de diretrizes e na implemen- nado na forma do § 2º do art. 3º da Lei
tação das ações da área de competência da Complementar nº 73, de 10 de fevereiro
Advocacia-Geral da União; e de 1993, compete:
IV - assistir ao Advogado-Geral da Uni- I - administrar, planejar, coordenar e
ão nos estudos e procedimentos relaciona- supervisionar a execução das atividades
dos com projetos de leis, medidas provisó- de organização e modernização adminis-
rias, decretos e outros atos normativos. trativa, bem como as relacionadas com
Parágrafo único. O Gabinete do substi- os sistemas federais de planejamento e
tuto do Advogado-Geral da União exerce, de orçamento, de administração finan-
ainda, o papel de órgão setorial dos Sistemas ceira, de contabilidade, de administração
de Pessoal Civil da Administração Federal - dos recursos de informação e informáti-
SIPEC, de Organização e Modernização ca, de recursos humanos, de serviços ge-
Administrativa - SOMAD, de Administra- rais e de documentação e arquivos, no
ção dos Recursos de Informação e Informá- âmbito da Advocacia-Geral da União;
tica - SISP, de Serviços Gerais - SISG, de II - coordenar e supervisionar a exe-
Documentação e Arquivo - SINAR, de cução das atividades de organização e
Planejamento e de Orçamento Federal, de modernização administrativa, bem como
Contabilidade Federal e de Administração as relacionadas com os sistemas citados
Financeira Federal, por intermédio da Secre- no inciso I, no âmbito dos órgãos vincu-
taria-Geral da Advocacia-Geral da União. lados à Advocacia-Geral da União;
− 68/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.120, de 2007
III - promover a articulação com os extravio ou outra irregularidade que re-
órgãos responsáveis pela coordenação sulte em dano ao erário; e
central das atividades de organização e VIII - supervisionar, coordenar e o-
modernização administrativa e dos sis- rientar os órgãos e unidades descentrali-
temas federais referidos no inciso I e in- zadas da Advocacia-Geral da União e
formar e orientar os órgãos da Advoca- órgãos vinculados." (NR)
cia-Geral da União e órgãos vinculados "Art. 7º Ao Secretário-Geral incumbe:
quanto ao cumprimento das normas ad- I - planejar, dirigir, orientar, super-
ministrativas estabelecidas; visionar, coordenar e fiscalizar as ativi-
IV - coordenar a elaboração e a con- dades das unidades que lhe são subordi-
solidação dos planos e programas das a- nadas, ministrando-lhes instruções e ex-
tividades finalísticas da Advocacia- pedindo atos normativos; e
Geral da União e órgãos vinculados, e II - exercer outras atribuições que lhe
submetê-los à decisão superior; forem cometidas pelo Advogado-Geral da
V - examinar e manifestar-se sobre União ou pelo seu substituto." (NR)
os regimentos internos e estrutura dos Art. 4º Este Decreto entra em vigor na
órgãos da Advocacia-Geral da União e data de sua publicação.
órgãos vinculados; Art. 5º Fica revogado o parágrafo único
VI - desenvolver as atividades de exe- do art. 1º do Anexo I ao Decreto nº 4.368,
cução orçamentária, financeira e contábil, de 10 de setembro de 2002.
no âmbito da Advocacia-Geral da União; Brasília, 29 de maio de 2007; 186º da
VII - realizar tomadas de contas dos Independência e 119o da República.
ordenadores de despesa e demais res- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
ponsáveis por bens e valores públicos e Paulo Bernardo Silva
de todo aquele que der causa a perda, José Antonio Dias Toffoli

− 69/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.216, de 2007

DECRETO Nº 6.216, DE 4 DE OUTUBRO DE 2007.(*)


Dispõe sobre a substituição de Ministros de Esta-
do em suas ausências do território nacional, nos
seus afastamentos ou em outros impedimentos le-
gais ou regulamentares.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, te de Segurança Institucional da Presidência
no uso da atribuição que lhe confere o art. da República, pelo Subchefe-Executivo;
84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, V - o Ministro de Estado Extraordinário
DECRETA: de Assuntos Estratégicos, pelo Chefe-
Art. 1o Na falta de nomeação presidencial Executivo do Núcleo de Assuntos Estratégi-
específica, os Ministros de Estado serão substi- cos da Presidência da República;
tuídos, interinamente, em suas ausências do VI - o Advogado-Geral da União, pelo
território nacional, nos seus afastamentos ou substituto designado na forma do § 2o do art.
em outros impedimentos legais ou regulamen- 3o da Lei Complementar 73, de 10 de feve-
tares, pelas seguintes autoridades: reiro de 1973; e (**)
I - os Ministros de Estado, titulares de VII - o Presidente do Banco Central do
Ministérios, Chefes da Casa Civil e da Brasil, por um dos diretores, por ele designado.
Secretaria-Geral da Presidência da Repúbli- Art. 2o Este Decreto entra em vigor na
ca, e do Controle da Transparência, pelos data de sua publicação.
respectivos Secretários-Executivos; Art. 3o Ficam revogados os Decreto nos
II - o Ministro de Estado da Defesa, por um 5.204, de 13 de setembro de 2004, e 5.243,
dos Comandantes das Forças, por ele designado; de 14 de outubro de 2004.
III - o Ministro de Estado das Relações Brasília, 4 de outubro de 2007; 186o da
Exteriores, pelo Secretário-Geral das Rela- Independência e 119o da República.
ções Exteriores; LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
IV - os Ministros de Estado Chefe da Dilma Rousseff
(*)
Secretaria de Comunicação Social, da Secre- Republicado por ter saído com incorreção no DOU de
taria de Relações Institucionais e do Gabine- 4.10.2007 - Seção 1 - Edição Extra
________________________________________

(**)
Por Decreto de 10 de abril de 2007 (D. O. de 11.4.2007, pág. 1), o Presidente da República designou o Secretário-
Geral de Consultoria da Advocacia-Geral da União para substituto eventual do Advogado-Geral da União em seus
afastamentos legais e regulamentares.

− 70/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
DECRETO Nº 6.313, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2007.
Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro De-
monstrativo dos Cargos em Comissão e das Fun-
ções Gratificadas do Ministério da Fazenda, e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no 11.457, de 16 de março de 2007, um DAS
no uso das atribuições que lhe confere o art. 101.1 e cinco FG-3 em oito FG-1.
84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constitui- Art. 4o Os apostilamentos decorrentes da
ção, e tendo em vista o disposto na Lei no aprovação da Estrutura Regimental, de que trata
11.457, de 16 de março de 2007, e no art. 50 o art. 1o, deverão ocorrer no prazo de trinta dias,
da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, contado da data de publicação deste Decreto.
DECRETA: Parágrafo único. Após os apostilamen-
Art. 1o Ficam aprovados a Estrutura Re- tos previstos no caput, o Ministro de Estado
gimental e o Quadro Demonstrativo dos Car- da Fazenda fará publicar, no Diário Oficial
gos em Comissão e das Funções Gratificadas da União, no prazo de sessenta dias, contado
do Ministério da Fazenda, na forma dos Ane- da data de publicação deste Decreto, relação
xos I e II a este Decreto. nominal dos titulares dos cargos em comis-
Art. 2o Em decorrência do disposto no art. são do Grupo-Direção e Assessoramento
o
1 , ficam remanejados, na forma dos Anexos Superiores - DAS, a que se refere o Anexo
III e IV, os seguintes cargos em comissão do II, indicando, inclusive, o número de cargos
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - vagos, sua denominação e respectivo nível.
DAS e Funções Gratificadas - FG: Art. 5o Os Regimentos Internos dos órgãos
I - do Ministério da Fazenda para a Secre- do Ministério da Fazenda serão aprovados pelo
taria de Gestão, do Ministério do Planejamen- Ministro de Estado e publicados no Diário
to, Orçamento e Gestão, seis DAS 102.4, um Oficial da União no prazo de noventa dias,
DAS 102.3, dois DAS 102.1 e cinco FG-3; contado da data de publicação deste Decreto.
II - da Secretaria de Gestão, do Ministé- Art. 6o Este Decreto entra em vigor na
rio do Planejamento, Orçamento e Gestão, data de sua publicação, produzindo efeitos a
para o Ministério da Fazenda, seis DAS partir de 2 de janeiro de 2008.
101.4, um DAS 101.3, dois DAS 101.2, três Art. 7o Fica revogado o Decreto no
DAS 101.1 e oito FG-1; e 6.102, de 30 de abril de 2007.
III - do Ministério da Previdência Social Brasília, 19 de dezembro de 2007; 186o
para a Secretaria de Gestão, do Ministério da Independência e 119o da República.
do Planejamento, Orçamento e Gestão, dois LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
DAS 101.2 e dois DAS 101.1. Guido Mantega
Art. 3o Ficam transformados na forma Paulo Bernardo Silva
do Anexo V e nos termos do art. 14 da Lei Luiz Marinho

ANEXO I
ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DA FAZENDA
CAPÍTULO I IV - administração financeira e contabi-
DA NATUREZA E COMPETÊNCIA lidade públicas;
Art. 1o O Ministério da Fazenda, órgão V - administração das dívidas públicas
da administração federal direta, tem como interna e externa;
área de competência os seguintes assuntos: VI - negociações econômicas e financei-
I - moeda, crédito, instituições financei- ras com governos, organismos multilaterais
ras, capitalização, poupança popular, segu-
e agências governamentais;
ros privados e previdência privada aberta;
VII - preços em geral e tarifas públicas e
II - política, administração, fiscalização
e arrecadação tributária federal, inclusive a administradas;
destinada à previdência social, e aduaneira; VIII - fiscalização e controle do comér-
III - atualização do plano de custeio da cio exterior;
seguridade social, em articulação com os IX - realização de estudos e pesquisas para
demais órgãos envolvidos; acompanhamento da conjuntura econômica; e
− 71/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
X - autorização, ressalvadas as compe- a) Conselho Monetário Nacional;
tências do Conselho Monetário Nacional: b) Conselho Nacional de Política Fazendária;
a) da distribuição gratuita de prêmios a c) Conselho de Recursos do Sistema Fi-
título de propaganda quando efetuada medi- nanceiro Nacional;
ante sorteio, vale-brinde, concurso ou ope- d) Conselho Nacional de Seguros Privados;
ração assemelhada; e) Conselho de Recursos do Sistema
b) das operações de consórcio, fundo Nacional de Seguros Privados, de Previdên-
mútuo e outras formas associativas asseme- cia Privada Aberta e de Capitalização;
lhadas, que objetivem a aquisição de bens de f) Conselho de Controle de Atividades
qualquer natureza; Financeiras;
c) da venda ou promessa de venda de g) Câmara Superior de Recursos Fiscais;
mercadorias a varejo, mediante oferta públi- h) 1o, 2o e 3o Conselhos de Contribuintes;
ca e com recebimento antecipado, parcial ou i) Comitê Brasileiro de Nomenclatura;
total, do respectivo preço; j) Comitê de Avaliação de Créditos ao
d) da venda ou promessa de venda de di- Exterior; e
reitos, inclusive cotas de propriedade de l) Comitê de Coordenação Gerencial das
entidades civis, tais como hospital, motel, Instituições Financeiras Públicas Federais;
clube, hotel, centro de recreação ou aloja- IV - entidades vinculadas:
mento e organização de serviços de qualquer a) autarquias:
natureza com ou sem rateio de despesas de 1. Banco Central do Brasil;
manutenção, mediante oferta pública e com 2. Comissão de Valores Mobiliários; e
pagamento antecipado do preço; 3. Superintendência de Seguros Privados;
e) da venda ou promessa de venda de ter- b) empresas públicas:
renos loteados a prestações mediante sorteio; 1. Casa da Moeda do Brasil;
f) de qualquer outra modalidade de capta- 2. Serviço Federal de Processamento de
ção antecipada de poupança popular, mediante Dados;
promessa de contraprestação em bens, direitos 3. Caixa Econômica Federal; e
ou serviços de qualquer natureza; e 4. Empresa Gestora de Ativos;
g) da exploração de loterias, inclusive os c) sociedades de economia mista:
sweepstakes e outras modalidades de loteri- 1. Banco do Brasil S.A.;
as realizadas por entidades promotoras de 2. IRB - Brasil Resseguros S.A.;
corridas de cavalos. 3. Banco da Amazônia S.A.;
CAPÍTULO II 4. Banco do Nordeste do Brasil S.A.;
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 5. Banco do Estado do Piauí S.A.;
Art. 2o O Ministério da Fazenda tem a 6. Banco do Estado de Santa Catarina S.A.; e
seguinte Estrutura Organizacional: 7. BESC S.A. Crédito Imobiliário - BESCRI.
I - órgãos de assistência direta e imedia- CAPÍTULO III
ta ao Ministro de Estado: DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS
a) Gabinete; e Seção I
b) Secretaria-Executiva: Dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao
1. Subsecretaria para Assuntos Econômicos; Ministro de Estado
2. Subsecretaria de Planejamento, Or- Art. 3o Ao Gabinete compete:
çamento e Administração; e I - assistir ao Ministro de Estado em sua
3. Diretoria de Gestão Estratégica; representação política e social, ocupar-se
II - órgãos específicos singulares: das relações públicas e do preparo e despa-
a) Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; cho de seu expediente pessoal;
b) Secretaria da Receita Federal do Brasil;
II - acompanhar o andamento dos proje-
c) Secretaria do Tesouro Nacional;
d) Secretaria de Política Econômica; tos de interesse do Ministério, em tramita-
e) Secretaria de Acompanhamento Econômico; ção no Congresso Nacional;
f) Secretaria de Assuntos Internacionais; e III - providenciar o atendimento às con-
g) Escola de Administração Fazendária; sultas e aos requerimentos formulados pelo
III - órgãos colegiados: Congresso Nacional;
− 72/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
IV - providenciar a publicação oficial e tes do Poder Legislativo, do Poder Judiciá-
a divulgação das matérias relacionadas com rio, de outras esferas de governo, da impren-
a área de atuação do Ministério; e sa e da sociedade civil organizada.
V - exercer outras atribuições que lhe Art. 6o À Subsecretaria de Planejamen-
forem cometidas pelo Ministro de Estado. to, Orçamento e Administração compete:
Art. 4o À Secretaria-Executiva compete: I - administrar, planejar, coordenar e su-
I - assistir ao Ministro de Estado na su- pervisionar a execução das atividades de orga-
pervisão e coordenação das atividades das nização e modernização administrativa, bem
Secretarias integrantes da estrutura do Mi- como as relacionadas com os sistemas federais
nistério e das entidades a ele vinculadas; de planejamento e de orçamento, de adminis-
II - planejar, coordenar, promover e dis- tração financeira, de contabilidade, de adminis-
seminar melhores práticas de gestão e de tração dos recursos de informação e informáti-
modernização institucional; ca, de recursos humanos, de serviços gerais e
III - coordenar e supervisionar as atividades de documentação e arquivos, no âmbito do
de organização e modernização administrativa, Ministério;
bem como as relacionadas com os sistemas II - coordenar e supervisionar a execução
federais de planejamento e de orçamento, de das atividades de organização e modernização
administração financeira, de contabilidade, de administrativa, bem como as relacionadas com
administração dos recursos de informação e os sistemas citados no inciso I, no âmbito das
informática, de recursos humanos, de serviços entidades vinculadas do Ministério;
gerais e de documentação e arquivos, no âmbi- III - promover a articulação com os ór-
to do Ministério e entidades vinculadas; gãos responsáveis pela coordenação central
IV - auxiliar o Ministro de Estado na de- das atividades de organização e moderniza-
finição de diretrizes e na implementação das ção administrativa e dos sistemas federais
ações da área de competência do Ministério; referidos no inciso I e informar e orientar os
V - coordenar, no âmbito do Ministério, órgãos do Ministério e entidades vinculadas
os estudos relacionados com projetos de quanto ao cumprimento das normas admi-
leis, medidas provisórias, decretos e outros nistrativas estabelecidas;
atos normativos; e IV - coordenar a elaboração e a consoli-
VI - coordenar, no âmbito do Ministério, dação dos planos e programas das atividades
as atividades relacionadas à ouvidoria. finalísticas do Ministério e entidades vincu-
Parágrafo único. A Secretaria-Executiva ladas, e submetê-los à decisão superior;
exerce, ainda, o papel de órgão setorial dos V - examinar e manifestar-se sobre os re-
Sistemas de Pessoal Civil da Administração gimentos internos dos órgãos do Ministério,
Federal - SIPEC, de Administração dos Recur- bem como das estruturas ou estatutos das
sos de Informação e Informática - SISP, de entidades vinculadas, exceto as empresas
Serviços Gerais - SISG, Nacional de Arqui- públicas e sociedades de economia mista;
vos - SINAR, de Planejamento e de Orçamen- VI - desenvolver as atividades de execu-
to Federal, de Administração Financeira Fede- ção orçamentária, financeira e contábil, no
ral e de Contabilidade Federal, por intermédio âmbito do Ministério;
da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento VII - realizar tomadas de contas dos orde-
e Administração. nadores de despesa e demais responsáveis por
Art. 5o À Subsecretaria para Assuntos bens e valores públicos e de todo aquele que
Econômicos compete: der causa a perda, extravio ou outra irregulari-
I - acompanhar e supervisionar os traba- dade que resulte em dano ao erário; e
lhos relativos a assuntos econômicos no VIII - supervisionar, coordenar e orien-
âmbito da Secretaria-Executiva, estabele- tar as Gerências Regionais de Administra-
cendo diretrizes para a programação, a ção do Ministério.
organização, a implementação e a avaliação Art. 7o À Diretoria de Gestão Estratégi-
das tarefas por ela desenvolvidas; e ca compete:
II - coordenar, no âmbito da Secretaria- I - coordenar, orientar e supervisionar a
Executiva, em articulação com a Assessoria elaboração de políticas e diretrizes de gestão
de Comunicação Social e a Assessoria para estratégica ministerial;
Assuntos Parlamentares do Ministério, II - formular, propor, coordenar e apoiar a
ações e resoluções às demandas provenien- implementação de programas, projetos e ações
− 73/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
sistêmicas de transformação da gestão, volta- IV - representar a União nas causas de
dos ao fortalecimento institucional do Ministé- natureza fiscal, assim entendidas as relativas
rio e de seus órgãos específicos e singulares; a tributos de competência da União, inclusive
III - promover a capacidade de formula- infrações referentes à legislação tributária,
ção estratégica, observadas as prioridades de empréstimos compulsórios, apreensão de
governo, definição, mensuração, acompa- mercadorias, nacionais ou estrangeiras, deci-
nhamento, avaliação e divulgação de resul- sões de órgãos do contencioso administrativo
tados e do desempenho organizacional; fiscal, benefícios e isenções fiscais, créditos e
IV - avaliar e disseminar práticas rele- estímulos fiscais à exportação, responsabili-
vantes em modelos estruturantes de gestão e dade tributária de transportadores e agentes
concepções de estruturas organizacionais marítimos, e incidentes processuais suscita-
voltados para a melhoria da eficiência, dos em ações de natureza fiscal;
eficácia e efetividade no cumprimento das V - fixar a interpretação da Constituição,
atividades ministeriais; das leis, dos tratados e demais atos normati-
V - promover o desenvolvimento e aper- vos a serem uniformemente seguidos em
feiçoamento de sistemas de informações, suas áreas de atuação e coordenação, quan-
aprendizagem e conhecimentos necessários do não houver orientação normativa do
à execução dos processos organizacionais; e Advogado-Geral da União;
VI - executar as ações, a cargo do Mi- VI - representar e defender os interesses
nistério, na condução dos programas e pro- da Fazenda Nacional:
jetos de cooperação. a) nos contratos, inclusive de concessões,
Seção II acordos ou ajustes de natureza fiscal ou finan-
Dos Órgãos Específicos Singulares ceira em que intervenham ou sejam parte de
Art. 8o À Procuradoria-Geral da Fazen- um lado a União e, de outro, os Estados, o
da Nacional compete: Distrito Federal, os Municípios, as autarquias,
I - apurar a liquidez e certeza da dívida as empresas públicas, as sociedades de econo-
ativa da União, tributária ou de qualquer mia mista ou entidades estrangeiras;
outra natureza, inscrevendo-a para fins de b) em instrumentos, contratos de em-
cobrança, amigável ou judicial;257 préstimo, garantia, contragarantia, aquisição
II - representar privativamente a União, financiada de bens e financiamento, contra-
na execução de sua dívida ativa;258 tados no País ou no exterior, em que seja
III - examinar previamente a legalidade parte ou intervenha a União;
dos contratos, concessões, acordos, ajustes c) junto à Câmara Superior de Recursos
ou convênios que interessem à Fazenda Fiscais, aos Conselhos de Contribuintes, ao
Nacional, inclusive os referentes à dívida Conselho de Recursos do Sistema Financei-
pública externa e, quando for o caso, promo- ro Nacional, ao Conselho de Recursos do
ver a respectiva rescisão ou declaração de Sistema Nacional de Seguros Privados, de
Previdência Privada Aberta e de Capitaliza-
caducidade, por via administrativa ou judicial;
ção, ao Conselho de Controle de Atividades
Financeiras - COAF e em outros órgãos de
257
Ver o art. 12, I, da Lei Complementar nº 73, de 1993, deliberação coletiva;
segundo o qual: d) nos atos relativos à aquisição e aliena-
“Art. 12. À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacio- ção de imóveis do patrimônio da União junto
nal, órgão administrativamente subordinado ao titular aos Cartórios de Registro de Imóveis, reque-
do Ministério da Fazenda, compete especialmente: rendo a matrícula, inscrição, transcrição ou
I - apurar a liquidez e certeza da dívida ativa da União averbação de títulos relativos a estes imóveis e,
de natureza tributária, inscrevendo-a para fins de quando for o caso, manifestando recusa ou
cobrança, amigável ou judicial.” impossibilidade de atender à exigência do
258
Ver o art. 12, II, da Lei Complementar nº 73, de 1993, Oficial, requerendo certidões no interesse do
segundo o qual: referido patrimônio e, ainda, promovendo o
“Art. 12. À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
registro de propriedade dos bens imóveis da
órgão administrativamente subordinado ao titular do
União discriminados administrativamente,
Ministério da Fazenda, compete especialmente:
.................................................................................
possuídos ou ocupados por órgãos da adminis-
II - representar privativamente a União, na execução de tração federal e por unidades militares, nas
sua dívida ativa de caráter tributário”. hipóteses previstas na legislação pertinente; e
− 74/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
o
e) nos atos constitutivos e em assembléias § 2 A Procuradoria-Geral da Fazenda
das sociedades de economia mista e de outras Nacional desempenha as atividades de consul-
entidades de cujo capital participe o Tesouro toria e assessoramento jurídicos no âmbito do
Nacional, e nos atos de subscrição, compra, Ministério e entidades vinculadas, regendo-se,
venda ou transferência de ações de sociedade; no desempenho dessas atividades, pelas dispo-
VII - aceitar as doações, sem encargos, sições do Decreto-Lei no 147, de 3 de fevereiro
em favor da União; de 1967, e da Lei Complementar no 73, de 10
VIII - gerir a subconta especial do Fun- de fevereiro de 1993.
do Especial de Desenvolvimento e Aperfei- Art. 9o À Secretaria da Receita Federal
çoamento das Atividades de Fiscalização - do Brasil compete:
FUNDAF, de que tratam o Decreto-Lei no I - planejar, coordenar, supervisionar,
1.437, de 17 de dezembro de 1975, e a Lei executar, controlar e avaliar as atividades de
no 7.711, de 22 de dezembro de 1988, desti- administração tributária federal, inclusive as
nada a atender ao Programa de Incentivo à relativas às contribuições sociais destinadas
ao financiamento da previdência social e de
Arrecadação da Dívida Ativa da União;
outras entidades e fundos, na forma da
IX - planejar, coordenar, orientar, su-
legislação em vigor;
pervisionar, controlar e avaliar as atividades
II - propor medidas de aperfeiçoamento
relacionadas com recursos materiais e pa- e regulamentação e a consolidação da legis-
trimoniais, convênios, licitações, contratos e lação tributária federal;
serviços gerais, observadas as políticas, III - interpretar e aplicar a legislação tri-
diretrizes, normas e recomendações dos butária, aduaneira, de custeio previdenciário
órgãos dos Sistemas de Serviços Gerais e de e correlata, editando os atos normativos e as
Documentação e Arquivos; instruções necessárias à sua execução;259
X - representar e defender em juízo o IV - estabelecer obrigações tributárias
Conselho Diretor do Fundo de Participação acessórias, inclusive disciplinar a entrega de
PIS-PASEP; declarações;
XI - inscrever em Dívida Ativa os débitos V - preparar e julgar, em primeira ins-
decorrentes de contribuições, multas e encar- tância, processos administrativos de deter-
gos para com o Fundo de Garantia do Tempo minação e exigência de créditos tributários
de Serviço - FGTS e promover a respectiva da União, relativos aos tributos e contribui-
cobrança, judicial e extrajudicialmente; e ções por ela administrados;
XII - planejar, coordenar, orientar apoiar VI - acompanhar a execução das políti-
e executar atividades acadêmico-científicas cas tributária e aduaneira e estudar seus
e culturais, em especial, com relação: efeitos na economia do País;
a) à formação de novos integrantes da VII - dirigir, supervisionar, orientar, coorde-
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no nar e executar os serviços de fiscalização, lan-
desempenho de suas funções institucionais; çamento, cobrança, arrecadação, recolhimento e
b) ao aperfeiçoamento e atualização téc- controle dos tributos e contribuições e demais
nico-profissional dos membros, servidores e receitas da União, sob sua administração;
estagiários do Órgão; VIII - realizar a previsão, o acompa-
c) ao desenvolvimento de projetos, cur- nhamento, a análise e o controle das receitas
sos, seminários e outras modalidades de sob sua administração, bem como coordenar
estudo e troca de informações, podendo, e consolidar as previsões das demais receitas
para essas finalidades, celebrar convênios
com órgãos da Administração e entidades
259
públicas e privadas de ensino e pesquisa; e Ver a competência da Procuradoria-Geral da Fazenda
d) à criação de condições visando ao Nacional no art. 13 c/c art. 11 da Lei Complementar nº
cumprimento do disposto no art. 39, § 2o, da 73, de 1993, e no art. 8°, V e § 2º, deste Decreto nº
6.313, de 2007. Ver também a Instrução Normativa nº
Constituição.
740, de 2.5.2007 (D. O. de 4.5.2007), do Secretário da
§ 1o No exercício das atividades previs- Receita Federal do Brasil, que “dispõe sobre o processo
tas no inciso XII será utilizada a estrutura de consulta relativa à interpretação da legislação
física disponibilizada pela Escola de Admi- tributária e aduaneira e à classificação de mercadorias
nistração Fazendária. no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil”.
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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
federais, para subsidiar a elaboração da minho e ao tráfico ilícito de entorpecentes e
proposta orçamentária da União; de drogas afins, e à lavagem de dinheiro;
IX - propor medidas destinadas a com- XX - administrar, controlar, avaliar e
patibilizar os valores previstos na programa- normatizar o Sistema Integrado de Comér-
ção financeira federal com a receita a ser cio Exterior - SISCOMEX, ressalvadas as
arrecadada; competências de outros órgãos;
X - estimar e quantificar a renúncia de XXI - articular-se com entidades e orga-
receitas administradas e avaliar os efeitos nismos internacionais e estrangeiros com
das reduções de alíquotas, das isenções atuação no campo econômico-tributário e
tributárias e dos incentivos ou estímulos econômico-previdenciário, para realização
fiscais, ressalvada a competência de outros de estudos, conferências técnicas, congres-
órgãos que também tratam desses assuntos; sos e eventos semelhantes;
XI - promover atividades de integração, XXII - elaborar proposta de atualização
entre o fisco e o contribuinte, e de educação do plano de custeio da seguridade social, em
tributária, bem assim preparar, orientar e articulação com os demais órgãos envolvi-
divulgar informações tributárias; dos; e
XII - formular e estabelecer política de XXIII - orientar, supervisionar e coor-
informações econômico-fiscais e implemen- denar as atividades de produção e disse-
tar sistemática de coleta, tratamento e divul- minação de informações estratégicas na
gação dessas informações; área de sua competência, destinadas ao
XIII - celebrar convênios com os ór- gerenciamento de riscos ou à utilização
gãos e entidades da administração federal por órgãos e entidades participantes de
e entidades de direito público ou privado, operações conjuntas, visando à prevenção
para permuta de informações, racionaliza- e ao combate às fraudes e práticas delitu-
ção de atividades e realização de opera- osas, no âmbito da administração tributá-
ções conjuntas; ria federal e aduaneira.
XIV - gerir o Fundo Especial de Desen- Art. 10. À Secretaria do Tesouro Na-
volvimento e Aperfeiçoamento das Ativida- cional, órgão central dos Sistemas de Admi-
des de Fiscalização - FUNDAF, a que se nistração Financeira Federal e de Contabili-
refere o Decreto-Lei no 1.437, de 1975; dade Federal, compete:
XV - negociar e participar de implemen- I - elaborar a programação financeira
tação de acordos, tratados e convênios inter- mensal e anual do Tesouro Nacional, geren-
nacionais pertinentes à matéria tributária e ciar a Conta Única do Tesouro Nacional e
aduaneira; subsidiar a formulação da política de finan-
XVI - dirigir, supervisionar, orientar, ciamento da despesa pública;
coordenar e executar os serviços de adminis- II - zelar pelo equilíbrio financeiro do
tração, fiscalização e controle aduaneiros, Tesouro Nacional;
inclusive no que diz respeito a alfandega- III - administrar os haveres financeiros e
mento de áreas e recintos; mobiliários do Tesouro Nacional;
XVII - dirigir, supervisionar, orientar, IV - manter controle dos compromissos
coordenar e executar o controle do valor que onerem, direta ou indiretamente, a
aduaneiro e de preços de transferência de União junto a entidades ou a organismos
mercadorias importadas ou exportadas, internacionais;
ressalvadas as competências do Comitê V - administrar as dívidas públicas mo-
Brasileiro de Nomenclatura; biliária e contratual, interna e externa, de
XVIII - dirigir, supervisionar, orientar, responsabilidade direta ou indireta do Te-
coordenar e executar as atividades relacio- souro Nacional;
nadas com nomenclatura, classificação VI - gerir os fundos e os programas ofi-
fiscal e origem de mercadorias, inclusive ciais que estejam sob responsabilidade do
representando o País em reuniões interna- Tesouro Nacional, avaliando e acompa-
cionais sobre a matéria; nhando os eventuais riscos fiscais;
XIX - participar, observada a competên- VII - editar normas sobre a programação
cia específica de outros órgãos, das ativida- financeira e a execução orçamentária e
des de repressão ao contrabando, ao desca- financeira, bem como promover o acompa-

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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
nhamento, a sistematização e a padronização convênios celebrados pela União com orga-
da execução da despesa pública; nismos ou entidades internacionais;
VIII - implementar as ações necessárias XX - verificar o cumprimento dos limi-
à regularização de obrigações financeiras da tes e condições relativos à realização de
União, inclusive daquelas assumidas em operações de crédito dos Estados, do Distri-
decorrência de lei; to Federal e dos Municípios, compreenden-
IX - estabelecer normas e procedimentos do as respectivas administrações diretas,
contábeis para o adequado registro dos atos fundos, autarquias, fundações e empresas
e fatos da gestão orçamentária, financeira e estatais dependentes;
patrimonial dos órgãos e entidades da admi- XXI - divulgar, mensalmente, a relação
nistração federal, promovendo o acompa- dos entes que tenham ultrapassado os limites
nhamento, a sistematização e a padronização das dívidas consolidada e mobiliária, nos
da execução contábil; termos da legislação vigente;
X - manter e aprimorar o Plano de Con- XXII - assessorar e subsidiar tecnica-
tas e o Manual de Procedimentos Contábeis mente o Ministro de Estado em sua partici-
da Administração Federal; pação em instâncias deliberatórias sobre
XI - instituir, manter e aprimorar siste- questões relacionadas a investimentos públi-
mas de registros contábeis para os atos e cos, incluindo aqueles realizados sob a
fatos relativos à gestão orçamentária, finan- modalidade de investimento direto, parceria
ceira e patrimonial; público-privada e concessão tradicional, em
XII - instituir, manter e aprimorar siste- especial nos processos referentes às etapas
mas de informação que permitam produzir de seleção, implementação, monitoramento
informações gerenciais necessárias à tomada e avaliação de projetos;
de decisão e à supervisão ministerial; XXIII - verificar a adequação dos proje-
XIII - estabelecer normas e procedimen- tos de parceria público-privada aos requisi-
tos para elaboração de processos de tomadas tos fiscais estabelecidos na Lei no 11.079, de
de contas dos ordenadores de despesa e 30 de dezembro de 2004, e na Lei Comple-
demais responsáveis por bens e valores mentar no 101, de 4 de maio de 2000, bem
públicos e de todo aquele que der causa a como nos demais normativos correlatos;
perda, extravio ou outra irregularidade que XXIV - operacionalizar e acompanhar a
resulte dano ao erário, e promover os cor- gestão de Fundo Garantidor de Parcerias
respondentes registros contábeis de respon- Público-Privadas - FGP, com vistas a zelar
sabilização dos agentes; pela valorização dos recursos públicos lá
XIV - elaborar as demonstrações contábeis depositados, e elaborar parecer prévio e
e relatórios destinados a compor a prestação de fundamentado quanto à viabilidade da con-
contas anual do Presidente da República; cessão de garantias e à sua forma, relativa-
XV - editar normas gerais para consoli- mente aos riscos para o Tesouro Nacional, e
dação das contas públicas nacionais; ao cumprimento do limite de que trata o art.
XVI - consolidar as contas públicas na- 22 da Lei no 11.079, de 2004, para a contra-
cionais, mediante a agregação dos dados dos tação de parceria público-privada, consoante
balanços da União, dos Estados, do Distrito o inciso II do § 3o do art. 14 da citada Lei;
Federal e dos Municípios; XXV - estruturar e articular o sistema fe-
XVII - promover a integração com os deral de programação financeira, envolvendo
demais Poderes da União e das demais os órgãos setoriais de programação financeira,
esferas de governo em assuntos contábeis com o objetivo de dar suporte à execução
relativos à execução orçamentária, financei- eficiente da despesa pública em geral, e dos
ra e patrimonial; projetos de investimento em particular;
XVIII - administrar, controlar, avaliar e XXVI - estruturar e participar de experiên-
normatizar o Sistema Integrado de Adminis- cias inovadoras associadas ao gasto público,
tração Financeira do Governo Federal - SIAFI; com o intuito de viabilizar a melhoria das condi-
XIX - elaborar e divulgar, no âmbito de ções de sustentabilidade das contas públicas;
sua competência, estatísticas fiscais, de- XXVII - promover avaliação periódica
monstrativos e relatórios, em atendimento a das estatísticas e indicadores fiscais, visando
dispositivos legais e acordos, tratados e adequar o sistema de estatísticas fiscais

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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
brasileiro às melhores práticas internacio- orçamentária e avaliar os seus impactos
nais e aos requisitos locais; sobre a economia;
XXVIII - estabelecer normas e procedi- V - definir o conjunto de parâmetros
mentos sobre aspectos da gestão dos inves- macroeconômicos utilizados na elaboração
timentos públicos, incluindo aqueles reali- do Orçamento Geral da União;
zados sob a modalidade de parceria público- VI - avaliar e elaborar, em articulação
privada, no que tange à programação finan- com demais órgãos envolvidos, propostas de
ceira, à execução orçamentária e financeira, políticas relativas ao setor produtivo, inclu-
à contabilidade e registro fiscal, ao cálculo e indo, políticas tributária, cambial, comercial,
acompanhamento de limites de endivida- tarifária e de crédito;
mento, à verificação de capacidade de pa- VII - acompanhar e avaliar os indicado-
gamento, à ocorrência de compromissos res econômicos do País, elaborando relató-
contingentes; a sistema de informações rios sobre a evolução da economia;
gerenciais, à administração de haveres e VIII - contribuir para promover o aper-
obrigações sob a responsabilidade do Tesou- feiçoamento, expansão e ampliação do
ro Nacional, bem como às demais compe- acesso ao crédito no âmbito do Sistema
tências atribuídas institucionalmente à Se- Financeiro Nacional;
cretaria do Tesouro Nacional. IX - promover estudos e avaliar medidas
§ 1o No que se refere à despesa pública, para o desenvolvimento dos setores de previ-
inclusive aspectos associados à programação dência complementar, seguros e capitalização;
orçamentária, monitoramento e avaliação, X - avaliar e propor medidas para o de-
conforme mencionado nos incisos VII, XII, senvolvimento do mercado de capitais brasi-
XXIV, XXV, XXVI e XXVII, a Secretaria do leiro;
Tesouro Nacional deverá executar suas atribui- XI - propor alternativas e avaliar, em ar-
ções em estreita colaboração com o Ministério ticulação com demais órgãos envolvidos, as
do Planejamento, Orçamento e Gestão, visan- políticas públicas para o sistema habitacio-
do suprir eventuais lacunas e aprimorar os nal, visando o aprimoramento dos mecanis-
procedimentos usuais nessa área. mos regulatórios e operacionais;
§ 2o Os produtos gerados em decorrên- XII - propor, avaliar e acompanhar a for-
cia da atuação da Secretaria do Tesouro mulação e implementação de normativos e de
Nacional na área da despesa pública, em instrumentos de políticas públicas para os
especial no que se refere às atividades de setores agrícola e agroindustrial, especialmente
monitoramento e avaliação, deverão ser no que diz respeito ao crédito, aos mecanismos
compartilhados com o Ministério do Plane- de proteção da produção e de preços, à comer-
jamento, Orçamento e Gestão, de modo a cialização e ao abastecimento;
permitir sua plena integração com o Sistema XIII - apreciar, nos seus aspectos eco-
de Planejamento e de Orçamento Federal. nômicos, projetos de legislação ou regula-
Art. 11. À Secretaria de Política Eco- mentação em sua área de atuação, emitindo
nômica compete: pareceres técnicos;
I - assessorar o Ministro de Estado na XIV - assessorar o Ministro de Estado, nos
formulação, acompanhamento e coordena- aspectos econômicos e financeiros, na política
ção da política econômica; de relacionamento com organismos e entes
II - propor diretrizes de médio e longo internacionais de financiamento e de comércio;
prazos para a política fiscal e acompanhar, XV - assessorar o Ministro de Estado no Con-
em articulação com demais órgãos envolvi- selho Nacional de Seguros Privados (CNSP); e
dos, a sua condução; XVI - participar da Comissão Técnica da
III - elaborar, em articulação com de- Moeda e do Crédito e assessorar o Ministro de
mais órgãos envolvidos, propostas de aper- Estado no Conselho Monetário Nacional.
feiçoamento de políticas públicas, visando o Art. 12. À Secretaria de Acompanha-
equilíbrio fiscal, a eficiência econômica e o mento Econômico compete:
crescimento de longo prazo; I - propor, coordenar e executar as ações
IV - analisar e elaborar, em articulação do Ministério, relativas à gestão das políti-
com demais órgãos envolvidos, propostas de cas de regulação de mercados, de concor-
aperfeiçoamento da legislação tributária e rência e de defesa da ordem econômica;

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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
II - assegurar a defesa da ordem econô- para assegurar a livre concorrência na pro-
mica, em articulação com os demais órgãos dução, comercialização e distribuição de
do Governo encarregados de garantir a bens e serviços;
defesa da concorrência, e para tanto: d) compatibilizar as práticas internas de
a) emitir pareceres econômicos relativos defesa da concorrência e de defesa comerci-
a atos de concentração no contexto da Lei no al com as práticas internacionais;
8.884, de 11 de junho de 1994; e) avaliar e manifestar-se acerca dos a-
b) proceder a análises econômicas de tos normativos e instrumentos legais que
práticas ou condutas limitadoras da concor- afetem as condições de concorrência e
rência, instruindo procedimentos no contex- eficiência na prestação de serviços, produ-
to da Lei no 8.884, de 1994; e ção e distribuição de bens; e
c) realizar investigações de atos ou condu- f) propor, avaliar e analisar a implemen-
tas limitadores da concorrência no contexto da tação das políticas de desenvolvimento
Lei no 9.021, de 30 de março de 1995, e da Lei setorial e regional;
no 10.149, de 21 de dezembro de 2000; VIII - formular representação perante o
III - acompanhar a implantação dos mode- órgão competente, quando identificada
los de regulação e gestão desenvolvidos pelas norma ilegal e/ou inconstitucional que tenha
agências reguladoras, pelos ministérios setori- caráter anticompetitivo;
ais e pelos demais órgãos afins, manifestando- IX - acompanhar o desenvolvimento de
se, dentre outros aspectos, acerca: setores e programas estratégicos de desen-
a) dos reajustes e das revisões de tarifas volvimento e para isso:
de serviços públicos e de preços públicos; a) acompanhar estrategicamente os seto-
b) dos processos licitatórios que envol- res e atividades produtivas da economia
vam a privatização de empresas pertencen- brasileira; e
tes à União; e b) representar o Ministério da Fazenda
c) da evolução dos mercados, especial- em ações interministeriais, associações e nos
mente no caso de serviços públicos sujeitos seminários dos programas estratégicos de
aos processos de desestatização e de descen- desenvolvimento econômico;
tralização administrativa; X - desenvolver os instrumentos neces-
IV - autorizar e fiscalizar, salvo hipótese sários à execução das atribuições menciona-
de atribuição de competência a outro órgão das nos incisos I a VIII deste artigo; e
ou entidade, as atividades de distribuição XI - promover a articulação com órgãos
gratuita de prêmios, a título de propaganda, públicos, setor privado e entidades não-
mediante sorteio, vale-brinde, concurso ou governamentais também envolvidos nas
operação assemelhada, e de captação de atribuições mencionadas nos incisos I a VIII
poupança popular, nos termos da Lei no deste artigo.
5.768, de 20 de dezembro de 1971; Art. 13. À Secretaria de Assuntos Inter-
V - autorizar, acompanhar, monitorar e nacionais compete:
fiscalizar as atividades de que tratam os I - acompanhar as negociações econô-
Decretos-Leis nos 6.259, de 10 de fevereiro micas e financeiras com governos e entida-
de 1944, e 204, de 27 de fevereiro de 1967; des estrangeiras ou internacionais;
VI - autorizar e fiscalizar as atividades II - analisar as políticas dos organismos
de que trata o art. 14 da Lei no 7.291, de 19 financeiros internacionais, bem como a
de dezembro de 1984; conjuntura da economia internacional e de
VII - promover o funcionamento ade- economias estratégicas para o Brasil;
quado do mercado, e para tanto: III - analisar as políticas financeiras de
a) acompanhar e analisar a evolução de instituições internacionais e acompanhar
variáveis de mercado relativas a setores e iniciativas em matéria de cooperação mone-
produtos ou a grupo de produtos; tária e financeira;
b) acompanhar e analisar a execução da IV - acompanhar temas relacionados ao
política nacional de tarifas de importação e endividamento externo brasileiro junto a
exportação, interagindo com órgãos envol- credores oficiais e privados;
vidos com a política de comércio exterior; V - participar, no âmbito do Comitê de
c) adotar, quando cabível, medidas Financiamento e Garantia das Exportações -
normativas sobre condições de concorrência COFIG, das decisões relativas à concessão

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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
de assistência financeira às exportações, processo de integração econômica do Brasil
com recursos do Programa de Financiamen- no Mercado Comum do Sul - MERCOSUL,
to às Exportações - PROEX, e de prestação incluindo a participação na coordenação de
de garantia da União, amparada pelo Fundo políticas macroeconômicas;
de Garantia à Exportação - FGE; XVII - participar das negociações co-
VI - assessorar a Presidência e exercer a merciais relativas ao MERCOSUL e demais
Secretaria-Executiva do COFIG; blocos econômicos e pronunciar-se sobre a
VII - autorizar a garantia da cobertura dos conveniência da participação do Brasil em
riscos comerciais e dos riscos políticos e extra- acordos ou convênios internacionais rela-
ordinários assumidos pela União, em virtude cionados com o comércio exterior;
do Seguro de Crédito à Exportação - SCE, nos XVIII - acompanhar e coordenar, no
termos da Lei no 6.704, de 26 de outubro de âmbito do Ministério, as ações necessárias à
1979, e da regulamentação em vigor; participação do Brasil na Organização Mun-
VIII - exercer atribuições relativas ao dial do Comércio - OMC e em outros orga-
SCE, além daquela mencionada no inciso nismos internacionais em matéria de comér-
anterior, incluindo a contratação de institui- cio exterior, incluindo serviços, investimen-
ção habilitada a operar o SCE, para execu- tos e compras governamentais;
ção de todos os serviços a ele relacionados, XIX - participar, no âmbito da OMC e
inclusive análise, acompanhamento, gestão de outros organismos internacionais, de
das operações de prestação de garantia e de negociações em matéria de comércio exteri-
recuperação de créditos sinistrados; or, incluindo serviços, investimentos e
IX - adotar, dentro de sua competência, to- compras governamentais;
das as medidas administrativas necessárias à XX - acompanhar a execução da política
execução das atividades relacionadas ao SCE; nacional de tarifas de importação e de ex-
X - adotar as providências necessárias, portação, em conjunto com os demais ór-
como mandatária da União, para a cobrança gãos encarregados da elaboração da política
judicial e extrajudicial, no exterior, dos crédi- de comércio exterior;
tos da União, decorrentes de indenizações XXI - acompanhar e coordenar, no âmbito
pagas, no âmbito do SCE, com recursos do do Ministério, as políticas e ações do Governo
Fundo de garantia à Exportação - FGE; brasileiro nas áreas de salvaguardas e direitos
XI - contratar, a critério da Secretaria, antidumping e compensatório; e
instituição habilitada a operar o SCE ou XXII - participar de negociações em
advogado, no País ou no exterior, para a matéria de salvaguardas e direitos anti-
prática de todos os atos necessários à execu- dumping e compensatório, no âmbito dos
ção do disposto no inciso X; acordos comerciais, da OMC e de outros
XII - participar, no âmbito do Comitê de organismos internacionais.
Avaliação de Créditos ao Exterior - Art. 14. À Escola de Administração Fa-
COMACE, das decisões relativas ao plane- zendária compete:
jamento e acompanhamento da política de I - planejar, promover e intensificar pro-
avaliação, negociação e recuperação de gramas de treinamento sistemático, progres-
créditos brasileiros ao exterior; sivo e ajustado às necessidades do Ministé-
XIII - participar, no âmbito do COMA- rio nas suas diversas áreas;
CE, das negociações de créditos brasileiros II - promover a formação e o aperfeiço-
ao exterior, inclusive aquelas realizadas pelo amento técnico-profissional dos servidores
Clube de Paris; do Ministério;
XIV - assessorar a Presidência e exercer III - sistematizar, planejar, supervisio-
a Secretaria-Executiva do COMACE; nar, orientar e controlar o recrutamento e a
XV - participar, no âmbito da Comissão de seleção de pessoal para preenchimento de
Financiamentos Externos - COFIEX, das deci- cargos do Ministério;
sões relativas à autorização da preparação de IV - planejar e promover pesquisa bási-
projetos ou programas do setor público com ca e aplicada, bem assim desenvolver e
apoio de natureza financeira de fontes externas; manter programas de cooperação técnica
XVI - acompanhar e coordenar, no âm- com organismos nacionais e internacionais
bito do Ministério, as ações necessárias ao sobre matéria de interesse do Ministério;

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LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
V - planejar cursos não integrados no cur- do Distrito Federal, para cumprimento da
rículo normal da Escola e executar projetos e legislação pertinente, e na orientação das
atividades de recrutamento, seleção e treina- instituições financeiras públicas estaduais,
mento que venham a ser conveniados com propiciando sua maior eficiência como
órgãos e entidades da administração pública suporte básico dos Governos estaduais.
direta e indireta da União, dos Estados, do Art. 17. Ao Conselho de Recursos do
Distrito Federal e dos Municípios, e com Sistema Financeiro Nacional cabe exercer as
organismos nacionais e internacionais; e competências estabelecidas no art. 2o do
VI - administrar o Fundo Especial de Decreto no 1.935, de 20 de junho de 1996.
Treinamento e Desenvolvimento, de nature- Art. 18. Ao Conselho Nacional de
za contábil, de que trata o Decreto no Seguros Privados cabe exercer as compe-
73.115, de 8 de novembro de 1973. tências estabelecidas no Decreto-Lei no
Seção III 73, de 21 de novembro de 1966, regula-
Dos Órgãos Colegiados mentado pelo Decreto no 60.459, de 13 de
Art. 15. Ao Conselho Monetário Na- março de 1967.
cional compete exercer as atribuições de que Art. 19. Ao Conselho de Recursos do
trata a Lei no 4.595, de 31 de dezembro de Sistema Nacional de Seguros Privados, de
1964, e legislação especial superveniente. Previdência Privada Aberta e de Capitali-
Art. 16. Ao Conselho Nacional de Polí- zação cabe exercer as competências esta-
tica Fazendária compete: belecidas no Decreto no 2.824, de 27 de
I - promover a celebração de convê- outubro de 1998.
nios, para efeito de concessão ou revoga- Art. 20. As competências do Conselho
ção de incentivos e benefícios fiscais do de Controle de Atividades Financeiras são
imposto de que trata o inciso II do art. as definidas no art. 14 da Lei no 9.613, de 3
155 da Constituição, de acordo com o de março de 1998, regulamentada pelo
previsto no § 2o, inciso XII, alínea “g”, do Decreto no 2.799, de 8 de outubro de 1998.
mesmo artigo e na Lei Complementar no Art. 21. À Câmara Superior de Recur-
24, de 7 de janeiro de 1975; sos Fiscais compete julgar:
II - promover a celebração de atos vi- I - recurso especial interposto contra:
sando o exercício das prerrogativas previstas a) decisão não-unânime de Câmara de
nos arts. 102 e 199 da Lei no 5.172, de 25 de Conselho de Contribuintes, quando contrária
outubro de 1966 (Código Tributário Nacio- à lei ou à evidência da prova; e
nal), como também sobre outras matérias de b) decisão que der à lei tributária in-
interesse dos Estados e do Distrito Federal; terpretação divergente da que lhe tenha
III - sugerir medidas com vistas à sim- dado outra Câmara de Conselho de Con-
plificação e à harmonização de exigências tribuintes ou a própria Câmara Superior
legais; de Recursos Fiscais; e
IV - promover a gestão do Sistema Na- II - recurso voluntário interposto de
cional Integrado de Informações Econômi- decisão das Câmaras dos Conselhos de
co-Fiscais - SINIEF, para coleta, elaboração Contribuintes no julgamento de recurso de
e distribuição de dados básicos essenciais à ofício.
formação de políticas econômico-fiscais e Art. 22. Aos 1o, 2o e 3o Conselhos de
ao aperfeiçoamento permanente das admi- Contribuintes, observada sua competência e
nistrações tributárias; dentro de limites de alçada fixados pelo
V - promover estudos com vistas ao a- Ministro de Estado, compete julgar recursos
perfeiçoamento da Administração Tributária de ofício e voluntários de decisão de primei-
e do Sistema Tributário Nacional como ra instância sobre a aplicação da legislação
mecanismo de desenvolvimento econômico referente a tributos, inclusive adicionais, e
e social, nos aspectos de inter-relação da empréstimos compulsórios e contribuições
tributação federal e estadual; e administradas pela Secretaria da Receita
VI - colaborar com o Conselho Monetá- Federal do Brasil.
rio Nacional na fixação da Política de Dívi- Art. 23. Ao Comitê Brasileiro de No-
da Pública Interna e Externa dos Estados e menclatura cabe exercer as competências
− 81/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
o
estabelecidas no art. 156 do Decreto-Lei n Parágrafo único. As atribuições, a re-
37, de 18 de novembro de 1966, que cria o presentação judicial e extrajudicial260 e as
referido Comitê. delegações de competência anteriormente
Art. 24. Ao Comitê de Avaliação de conferidas ao Secretário da Receita Federal
Créditos ao Exterior cabe exercer as compe- ou ao Secretário da Receita Previdenciária,
tências estabelecidas no Decreto no 2.297, previstas em lei ou ato inferior e relativas ao
de 11 de agosto de 1997. exercício dos respectivos cargos, transfe-
Art. 25. Ao Comitê de Coordenação Ge- rem-se automaticamente para o Secretário
rencial das Instituições Financeiras Públicas da Receita Federal do Brasil.
Federais cabe exercer as competências estabe- Seção IV
lecidas no Decreto de 30 de novembro de Dos Secretários
1993, que cria o referido Comitê. Art. 29. Aos Secretários incumbe plane-
CAPÍTULO IV jar, dirigir, coordenar, orientar a execução,
DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES acompanhar e avaliar as atividades das
Seção I unidades que integram suas respectivas
Do Secretário-Executivo secretarias e exercer outras atribuições que
Art. 26. Ao Secretário-Executivo in- lhes forem cometidas em regimento interno.
cumbe: Seção V
I - coordenar, consolidar e submeter ao Do Ouvidor-Geral
Ministro de Estado o plano de ação global Art. 30. Ao Ouvidor-Geral incumbe a-
do Ministério; companhar o andamento e a solução dos plei-
II - supervisionar e avaliar a execução tos dos clientes, no âmbito do Ministério.
dos projetos e atividades do Ministério; Seção VI
III - supervisionar e coordenar a articu- Dos demais Dirigentes
lação dos órgãos do Ministério com os Art. 31. Ao Chefe de Gabinete do Minis-
órgãos centrais dos sistemas afetos à área de tro de Estado, aos Subsecretários, ao Diretor-
competência da Secretaria-Executiva; e Geral da Escola de Administração Fazendária,
IV - exercer outras atribuições que lhe aos Diretores e aos demais dirigentes incumbe
forem cometidas pelo Ministro de Estado. planejar, dirigir, coordenar e orientar a execu-
Seção II ção, acompanhar e avaliar as atividades de suas
Do Procurador-Geral da Fazenda Nacional respectivas unidades e exercer outras atribui-
Art. 27. Ao Procurador-Geral da Fa- ções que lhes forem cometidas, em suas res-
zenda Nacional incumbe dirigir, orientar, pectivas áreas de competência.
supervisionar, coordenar e fiscalizar as CAPÍTULO V
atividades das unidades que lhe são subordi- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
nadas, ministrando-lhes instruções e expe- Art. 32. Os regimentos internos defini-
dindo atos normativos e ordens de serviço, rão o detalhamento dos órgãos integrantes
na forma do Decreto-Lei no 147, de 1967, e da Estrutura Regimental, as competências
da Lei Complementar no 73, de 1993. das respectivas unidades, as atribuições de
Parágrafo único. O Procurador-Geral seus dirigentes, a descentralização dos
da Fazenda Nacional prestará assistência serviços e as áreas de jurisdição dos órgãos
direta e imediata ao Ministro de Estado da descentralizados.
Fazenda.
Seção III
Do Secretário da Receita Federal do Brasil
Art. 28. Ao Secretário da Receita Fede-
ral do Brasil incumbe dirigir, orientar, su-
pervisionar, coordenar e fiscalizar as ativi- 260
Ver o art. 131 da Constituição que confere à
dades das unidades que lhe são subordina-
Advocacia-Geral da União a representação judicial e
das, expedir atos normativos, administrati- extrajudicial da União. Ver também a Lei Comple-
vos de caráter genérico e exercer outras mentar nº 73, de 1993, especialmente as atribuições
atribuições que lhe forem cometidas em da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (órgão de
regimento interno. direção superior da AGU).
− 82/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007
ANEXO II
a) QUADRO DEMONSTRATIVO DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS FUNÇÕES
GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DA FAZENDA

CARGO/ DENOMINAÇÃO
UNIDADE NE/DAS/FG
FUNÇÃO No CARGO/FUNÇÃO
................................261 ............... ................................. ................
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL 1 Procurador-Geral NE
4 Procurador-Geral Adjunto 101.5
8 Assistente 102.2
7 Assistente Técnico 102.1
8 FG-1
2 FG-3
Divisão 12 Chefe 101.2
Serviço 5 Chefe 101.1
Coordenação-Geral da Representação Extrajudicial da
Coordenador-Geral
Fazenda Nacional 1 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral da Representação Judicial da
Coordenador-Geral
Fazenda Nacional 1 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral da Dívida Ativa da União 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Operações Financeiras da União 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Assuntos Tributários 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral Jurídica 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 3 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 2 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Assuntos Financeiros 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Administração e Planejamento 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 5 Chefe 101.2
Serviço 7 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Grandes Devedores 1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 1 Chefe 101.1

261
Foram suprimidas as estruturas dos outros órgãos do Ministério da Fazenda.
− 83/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.313, de 2007

CARGO/ DENOMINAÇÃO
UNIDADE NE/DAS/FG
FUNÇÃO No CARGO/FUNÇÃO
Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação 1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 1 Chefe 101.1
Procuradorias Regionais da Fazenda Nacional no DF, PE,
Procurador Regional
RJ, RS e SP 5 101.4
Divisão 5 Chefe 101.2
Serviço 5 Chefe 101.1
7 FG-1
Procuradorias da Fazenda Nacional
a) em SP e RJ 2 Procurador-Chefe 101.3
2 Subprocurador-Chefe 101.2
Divisão 17 Chefe 101.2
Serviço 17 Chefe 101.1
7 FG-1
9 FG-2
b) no DF, MG e RS 3 Procurador-Chefe 101.3
3 Subprocurador-Chefe 101.2
Divisão 12 Chefe 101.2
Serviço 7 Chefe 101.1
6 FG-1
8 FG-2
7 FG-3
c) na BA, CE, GO, PR, PE e SC 6 Procurador-Chefe 101.3
6 Subprocurador-Chefe 101.2
Divisão 4 Chefe 101.2
Serviço 12 Chefe 101.1
12 FG-1
8 FG-2
12 FG-3
d) no AC, AL, AM, AP, ES, MA, MT, MS, PA, PB, PI, RN,
Procurador-Chefe
RO, RR, SE e TO 16 101.3
Serviço 16 Chefe 101.1
9 FG-1
5 FG-2
7 FG-3
Procuradorias Seccionais da Fazenda Nacional 101 Procurador-Seccional 101.2
Serviço 110 Chefe 101.1
37 FG-3
Total262 461
..................................................................................................................................................

262
Esta linha não consta do Anexo.
− 84/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decreto nº 6.328, de 2007

DECRETO Nº 6.328, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007.


Prorroga, em caráter excepcional, o prazo de re-
manejamento dos cargos que menciona.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 2o Findo o prazo estabelecido no art.
no uso da atribuição que lhe confere o art. 1o, os cargos em comissão mencionados no
84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, Anexo a este Decreto serão restituídos à Secre-
DECRETA: taria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Art. 1o Fica prorrogado, excepcionalmente, Orçamento e Gestão, sendo considerados
até 31 de julho de 2008, o prazo de remaneja- exonerados os titulares neles investidos.
mento dos cargos em comissão do Grupo- Art. 3o Este Decreto entra em vigor na
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, data da sua publicação.
relacionados no Anexo a este Decreto. Art. 4º Fica revogado o Decreto nº
Parágrafo único. Os cargos de que trata es- 6.070, de 29 de março de 2007.
te Decreto não integrarão a estrutura dos órgãos Brasília, 27 de dezembro de 2007; 186º
e da entidade a que se acham alocados, devendo da Independência e 119º da República.
constar, dos atos de nomeação, seu caráter de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
transitoriedade, mediante remissão a este artigo. Paulo Bernardo Silva

ANEXO
DAS DAS DAS DAS DAS DAS DAS DAS DAS DAS
ÓRGÃO/ENTIDADE TOTAL
101.5 101.4 101.3 101.2 101.1 102.5 102.4 102.3 102.2 102.1
Advocacia-Geral da União - 8 - - 2 1 - - - - 11
Ministério da Saúde - - 19 18 4 - - - 2 2 45
Fundação Instituto Brasileiro
- 1 - - - - - - - - 1
de Geografia e Estatística
Ministério da Fazenda - - - 2 3 - - - - - 5
Ministério dos Transportes 1 2 2 - - - 1 - - 13 19
Ministério de Minas e Energia - - - - - 13 13 10 - - 36
Ministério do Planejamento,
- - - - - - - 1 1 9 11
Orçamento e Gestão
Casa Civil da Presidência da
1 - - - - - - - 1 1 3
República

− 85/D −
LEGISLAÇÃO DA AGU Decretos

− 1/P −
LEGISLAÇÃO DA AGU Portarias Diversas

PORTARIAS DIVERSAS

− 1/P −
LEGISLAÇÃO DA AGU Portarias Diversas

− 2/P −
LEGISLAÇÃO DA AGU Portaria/C. Civil/n° 1.056, de 2003
PORTARIA Nº 1.056, DE 11 DE JUNHO DE 2003.
Subdelega competência para a prática de atos de
provimento no âmbito da Administração Pública
Federal, e dá outras providências.
O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA nhada à apreciação prévia da Presidência da
CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚ- República, por intermédio da Casa Civil.
BLICA, no uso de suas atribuições e tendo § 3º Os Ministros de Estado Chefes da Se-
em vista o disposto no caput do art. 4º do cretaria-Geral da Presidência da República, do
Decreto nº 4.734, de 11 de junho de 2003, Gabinete de Segurança Institucional da Presi-
RESOLVE: dência da República, da Secretaria de Comuni-
Art. 1º Fica subdelegada competência cação de Governo e Gestão Estratégica da
aos Ministros de Estado para, observadas Presidência da República e da Controladoria-
as disposições legais e regulamentares, Geral da União, para o exercício da subdelega-
praticar os atos de provimento de cargos ção de competência de que trata este artigo,
em comissão: deverão confirmar previamente, na Secretaria
I - do Grupo-Direção e Assessoramento de Administração da Casa Civil da Presidência
Superiores - DAS, níveis 1 a 4, ressalvado os da República, e existência de vaga e de dispo-
de cargos de Chefe de Assessoria Parlamentar, nibilidade orçamentária. (Ver a Portaria nº 590, de
código DAS 101.4, e de titulares de órgãos 13.6.2007, da Casa Civil da Presidência da República.)
jurídicos da Procuradoria-Geral Federal insta- Art. 2º A subdelegação prevista nesta
lados junto às autarquias, de qualquer natureza, Portaria não se aplica aos cargos objeto de
e fundações públicas federais; legislação específica.
II- referidos no inciso I, e equivalentes, Art. 3º A competência prevista no art. 1º
funções de confiança, funções gratificadas e poderá ser subdelegada.
gratificações de representação de órgãos Art. 3o-A. Ficam convalidados os atos de
jurídicos integrantes da Procuradoria-Geral provimento praticados pelas autoridades de
Federal, instalados em autarquia, de qual- que tratam o art. 1o da Portaria no 9, de 23 de
quer natureza, ou fundação pública vincula- abril de 2001, e os incisos I, II e III do art. 1o
da ao respectivo Ministério, à exceção de da Portaria no 832, de 22 de abril de 2003, no
seus titulares. período de 12 a 20 de junho de 2003. (Artigo
§ 1º Os titulares dos órgãos jurídicos da incluído pela Portaria nº 1.100, de 18.6.2003)
Procuradoria-Geral Federal instalados nas Art. 3o-B. Permanecem válidas as dele-
autarquias de qualquer natureza, e nas fun- gações objeto das Portarias nos 9, de 23 de
dações públicas federais, serão indicados abril de 2001, e 832, de 22 de abril de 2003,
pelo Advogado-Geral da União, na forma do ambas da Casa Civil da Presidência da
disposto no § 3º do art. 12 da Lei nº 10.480, República. (Artigo incluído pela Portaria nº 1.100,
de 2 de julho de 2002. de 18.6.2003)
§ 2º A indicação para provimento dos car- Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na
gos de que trata o inciso I, código DAS 101, data de sua publicação.
níveis 3 e 4, e equivalentes, deverá ser encami- JOSÉ DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVA

− 3/P −
LEGISLAÇÃO DA AGU Portaria/MPS-SE/n° 113, de 2005
PORTARIA Nº 113, DE 18 DE ABRIL DE 2005.(*)
Dispõe sobre acesso a dados, informações e sis-
temas informatizados da Previdência Social por
servidores e procuradores em exercício no Órgão
de Arrecadação da PGF.
A SECRETÁRIA EXECUTIVA DO MI- depende dos sistemas informatizados da
NISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, no Previdência Social, resolve:
uso das atribuições que lhe foram conferi- Art. 1° - O acesso de usuários lotados nas
das pelo art. 16 da Portaria MPAS n° 862, unidades locais do Órgão de Arrecadação da
de 23 de março de 2001 - DOU de Procuradoria-Geral Federal, devidamente cadas-
26/03/2001 e considerando a necessidade trados nos moldes da Portaria MPAS n°
de estabelecer norma relativa ao controle 862/2001, será dado e renovado para todas as
de acesso a dados, informações e sistemas funções e aplicações necessárias à administra-
informatizados da Previdência Social por ção da Dívida Ativa, não se aplicando a limita-
parte dos servidores e procuradores lotados ção de informações classificadas como públicas.
na Procuradoria Geral Federal, bem como a Art. 2° - Esta portaria entra em vigor na
necessidade de manter a continuidade dos data de sua publicação.
serviços ligados à Divida Ativa, no que LIÊDA AMARAL DE SOUZA
___________________________
(*)
Ver a NOTA de rodapé referente à Lei nº 11.098, de 2005, e ao Decreto nº 5.255, de 27 de outubro de 2005.

− 4/P −
LEGISLAÇÃO DA AGU Portaria/MPS n° 296, de 2007
PORTARIA Nº 296, DE 8 DE AGOSTO DE 2007.
O MINISTRO DE ESTADO DA PREVI- consolidado igual ou inferior a R$
DÊNCIA SOCIAL, no uso da atribuição que 10.000,00 (dez mil reais).
lhe confere o art. 54 da Lei nº 8.212, de 24 § 1º A Procuradoria Federal provi-
de julho de 1991, resolve: denciará a reativação das execuções fis-
Art. 1º O art. 4º da Portaria nº 4.943, de cais a que se refere este artigo quando os
4 de janeiro de 1999, passa a vigorar com a valores dos débitos ultrapassarem os limi-
seguinte redação: tes indicados nos incisos I ou II do caput.
"Art. 4º Autorizar: § 2º No caso de reunião de proces-
I - o não ajuizamento das execuções sos contra o mesmo devedor, na forma
fiscais de dívida ativa do INSS de valor até do art. 28 da Lei nº 6.830, de 22 de se-
R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerada tembro de 1980, para os fins de que trata
por devedor, exceto quando, em face da o limite indicado no caput deste artigo,
mesma pessoa, existirem outras dívidas será considerada a soma dos débitos
que, somadas, superem esse montante; e consolidados das inscrições reunidas.
II - o pedido de arquivamento, sem § 3º O disposto neste artigo não se
baixa na distribuição, mediante requeri- aplica aos créditos originários de crime."
mento do Procurador Federal, dos autos Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na
das execuções fiscais de débitos inscri- data de sua publicação.
tos como dívida ativa do INSS de valor LUIZ MARINHO
D. O. de 9.8.2007.

− 5/P −
LEGISLAÇÃO DA AGU Portarias Diversas

− 6/P −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS

OUTRAS NORMAS

− 1/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS

− 2/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.


Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais.
PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990,
DETERMINADA PELO ART. 13 DA LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, concurso público para provimento de cargo
Faço saber que o Congresso Nacional decre- cujas atribuições sejam compatíveis com a
ta e eu sanciono a seguinte Lei: deficiência de que são portadoras; para tais
TÍTULO I pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
CAPÍTULO ÚNICO cento) das vagas oferecidas no concurso.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES § 3o As universidades e instituições de pes-
o
Art. 1 Esta Lei institui o Regime Jurídi- quisa científica e tecnológica federais poderão
co dos Servidores Públicos Civis da União, prover seus cargos com professores, técnicos e
das autarquias, inclusive as em regime espe- cientistas estrangeiros, de acordo com as nor-
cial, e das fundações públicas federais. mas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a Lei nº 9.515, de 20.11.97)
pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 6o O provimento dos cargos públi-
o
Art. 3 Cargo público é o conjunto de a- cos far-se-á mediante ato da autoridade
tribuições e responsabilidades previstas na competente de cada Poder.
estrutura organizacional que devem ser Art. 7o A investidura em cargo público
cometidas a um servidor. ocorrerá com a posse.
Parágrafo único. Os cargos públicos, a- Art. 8o São formas de provimento de
cessíveis a todos os brasileiros, são criados cargo público:
por lei, com denominação própria e venci- I - nomeação;
mento pago pelos cofres públicos, para pro- II - promoção;
vimento em caráter efetivo ou em comissão. III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 4o É proibida a prestação de serviços IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
gratuitos, salvo os casos previstos em lei. V - readaptação;
TÍTULO II VI - reversão;
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, VII - aproveitamento;
REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO VIII - reintegração;
CAPÍTULO I IX - recondução.
DO PROVIMENTO SEÇÃO II
SEÇÃO I DA NOMEAÇÃO
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 9o A nomeação far-se-á:
o
Art. 5 São requisitos básicos para inves- I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo
tidura em cargo público: isolado de provimento efetivo ou de carreira;
I - a nacionalidade brasileira; II - em comissão, inclusive na condição
II - o gozo dos direitos políticos; de interino, para cargos de confiança vagos.
III - a quitação com as obrigações milita- (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
res e eleitorais; Parágrafo único. O servidor ocupante de car-
IV - o nível de escolaridade exigido para go em comissão ou de natureza especial poderá
o exercício do cargo; ser nomeado para ter exercício, interinamente, em
V - a idade mínima de dezoito anos; outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribu-
VI - aptidão física e mental. ições do que atualmente ocupa, hipótese em que
§ 1o As atribuições do cargo podem justi- deverá optar pela remuneração de um deles
ficar a exigência de outros requisitos estabe- durante o período da interinidade. (Redação dada
lecidos em lei. pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou
é assegurado o direito de se inscrever em cargo isolado de provimento efetivo depende de

− 3/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o
prévia habilitação em concurso público de provas § 4 Só haverá posse nos casos de pro-
ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de vimento de cargo por nomeação. (Redação
classificação e o prazo de sua validade. dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Os demais requisitos § 5o No ato da posse, o servidor apresentará
para o ingresso e o desenvolvimento do declaração de bens e valores que constituem seu
servidor na carreira, mediante promoção, patrimônio e declaração quanto ao exercício ou
serão estabelecidos pela lei que fixar as não de outro cargo, emprego ou função pública.
diretrizes do sistema de carreira na Adminis- § 6o Será tornado sem efeito o ato de
tração Pública Federal e seus regulamentos. provimento se a posse não ocorrer no prazo
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) previsto no § 1o deste artigo.
SEÇÃO III Art. 14. A posse em cargo público de-
DO CONCURSO PÚBLICO penderá de prévia inspeção médica oficial.
Art. 11. O concurso será de provas ou de Parágrafo único. Só poderá ser empossa-
provas e títulos, podendo ser realizado em duas do aquele que for julgado apto física e men-
etapas, conforme dispuserem a lei e o regula- talmente para o exercício do cargo.
mento do respectivo plano de carreira, condi- Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das
cionada a inscrição do candidato ao pagamento atribuições do cargo público ou da função de
do valor fixado no edital, quando indispensável confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de § 1o É de quinze dias o prazo para o ser-
isenção nele expressamente previstas. (Redação vidor empossado em cargo público entrar em
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) exercício, contados da data da posse. (Redação
Art. 12. O concurso público terá validade dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado § 2o O servidor será exonerado do cargo
uma única vez, por igual período. ou será tornado sem efeito o ato de sua de-
§ 1o O prazo de validade do concurso e as signação para função de confiança, se não
condições de sua realização serão fixados em entrar em exercício nos prazos previstos
edital, que será publicado no Diário Oficial da neste artigo, observado o disposto no art. 18.
União e em jornal diário de grande circulação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto § 3o À autoridade competente do órgão
houver candidato aprovado em concurso ante- ou entidade para onde for nomeado ou de-
rior com prazo de validade não expirado. signado o servidor compete dar-lhe exercí-
SEÇÃO IV cio. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
DA POSSE E DO EXERCÍCIO § 4o O início do exercício de função de
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura confiança coincidirá com a data de publicação
do respectivo termo, no qual deverão constar do ato de designação, salvo quando o servidor
as atribuições, os deveres, as responsabilida- estiver em licença ou afastado por qualquer
des e os direitos inerentes ao cargo ocupado, outro motivo legal, hipótese em que recairá no
que não poderão ser alterados unilateralmente, primeiro dia útil após o término do impedimen-
por qualquer das partes, ressalvados os atos de to, que não poderá exceder a trinta dias da
ofício previstos em lei. publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta di- Art. 16. O início, a suspensão, a interrup-
as contados da publicação do ato de provimen- ção e o reinício do exercício serão registrados
to. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) no assentamento individual do servidor.
§ 2o Em se tratando de servidor, que es- Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o
teja na data de publicação do ato de provi- servidor apresentará ao órgão competente os
mento, em licença prevista nos incisos I, III e elementos necessários ao seu assentamento
V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos individual.
incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", Art. 17. A promoção não interrompe o
"e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será tempo de exercício, que é contado no novo
contado do término do impedimento. (Redação posicionamento na carreira a partir da data
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de publicação do ato que promover o servi-
§ 3o A posse poderá dar-se mediante dor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
procuração específica. Art. 18. O servidor que deva ter exercício
− 4/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

em outro município em razão de ter sido remo- idade de apuração dos fatores enumerados nos
vido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto incisos I a V deste artigo.
em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, § 2o O servidor não aprovado no estágio
no máximo, trinta dias de prazo, contados da probatório será exonerado ou, se estável, recon-
publicação do ato, para a retomada do efetivo duzido ao cargo anteriormente ocupado, obser-
desempenho das atribuições do cargo, incluído vado o disposto no parágrafo único do art. 29.
nesse prazo o tempo necessário para o deslo- § 3o O servidor em estágio probatório po-
camento para a nova sede. (Redação dada pela Lei derá exercer quaisquer cargos de provimento
nº 9.527, de 10.12.97) em comissão ou funções de direção, chefia ou
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se assessoramento no órgão ou entidade de lota-
em licença ou afastado legalmente, o prazo a ção, e somente poderá ser cedido a outro órgão
que se refere este artigo será contado a partir do ou entidade para ocupar cargos de Natureza
término do impedimento. (Renumerado e alterado Especial, cargos de provimento em comissão
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) do Grupo-Direção e Assessoramento Superio-
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos res - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.
prazos estabelecidos no caput. (Incluído pela (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 4o Ao servidor em estágio probatório
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada somente poderão ser concedidas as licenças e
de trabalho fixada em razão das atribuições os afastamentos previstos nos arts. 81, inci-
pertinentes aos respectivos cargos, respeitada sos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afasta-
a duração máxima do trabalho semanal de mento para participar de curso de formação
quarenta horas e observados os limites mí- decorrente de aprovação em concurso para
nimo e máximo de seis horas e oito horas outro cargo na Administração Pública Fede-
diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei ral. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamentado pelo Decreto nº § 5o O estágio probatório ficará suspenso
1.590, de 10.8.1995.) durante as licenças e os afastamentos previstos
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na
função de confiança submete-se a regime de hipótese de participação em curso de formação,
integral dedicação ao serviço, observado o e será retomado a partir do término do impedi-
disposto no art. 120, podendo ser convocado mento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
sempre que houver interesse da Administração. SEÇÃO V
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) DA ESTABILIDADE
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a Art. 21. O servidor habilitado em concurso
duração de trabalho estabelecida em leis espe- público e empossado em cargo de provimento
ciais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) efetivo adquirirá estabilidade no serviço públi-
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor co ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercí-
nomeado para cargo de provimento efetivo cio. (Prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
ficará sujeito a estágio probatório por período Art. 22. O servidor estável só perderá o car-
de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a go em virtude de sentença judicial transitada em
sua aptidão e capacidade serão objeto de avali- julgado ou de processo administrativo disciplinar
ação para o desempenho do cargo, observados no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) SEÇÃO VI
I - assiduidade; DA TRANSFERÊNCIA
II - disciplina; Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - capacidade de iniciativa; SEÇÃO VII
IV - produtividade; DA READAPTAÇÃO
V- responsabilidade. Art. 24. Readaptação é a investidura do
§ 1o Quatro meses antes de findo o período servidor em cargo de atribuições e responsa-
do estágio probatório, será submetida à homo- bilidades compatíveis com a limitação que
logação da autoridade competente a avaliação tenha sofrido em sua capacidade física ou
do desempenho do servidor, realizada de acor- mental verificada em inspeção médica.
do com o que dispuser a lei ou o regulamento § 1o Se julgado incapaz para o serviço
do sistema de carreira, sem prejuízo da continu- público, o readaptando será aposentado.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o o
§ 2 A readaptação será efetivada em cargo § 5 O servidor de que trata o inciso II
de atribuições afins, respeitada a habilitação somente terá os proventos calculados com
exigida, nível de escolaridade e equivalência de base nas regras atuais se permanecer pelo
vencimentos e, na hipótese de inexistência de menos cinco anos no cargo. (Incluído pela
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
como excedente, até a ocorrência de vaga. § 6o O Poder Executivo regulamentará o
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) disposto neste artigo. (Incluído pela Medida
SEÇÃO VIII Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
DA REVERSÃO Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000) 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que
de servidor aposentado: (Redação dada pela já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 263 SEÇÃO IX
I - por invalidez, quando junta médica o- DA REINTEGRAÇÃO
ficial declarar insubsistentes os motivos da Art. 28. A reintegração é a reinvestidura
aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisó- do servidor estável no cargo anteriormente
ria nº 2.225-45, de 4.9.2001) ocupado, ou no cargo resultante de sua trans-
II - no interesse da administração, desde formação, quando invalidada a sua demissão
que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) por decisão administrativa ou judicial, com
a) tenha solicitado a reversão; (Incluída pe- ressarcimento de todas as vantagens.
la Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) § 1o Na hipótese de o cargo ter sido ex-
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; tinto, o servidor ficará em disponibilidade,
(Incluída pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) observado o disposto nos arts. 30 e 31.
c) estável quando na atividade; (Incluída § 2o Encontrando-se provido o cargo, o
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) seu eventual ocupante será reconduzido ao
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cargo de origem, sem direito à indenização
cinco anos anteriores à solicitação; (Incluída ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) posto em disponibilidade.
e) haja cargo vago. (Alínea incluída pela Me- SEÇÃO X
dida Provisória nº 2.225-45, de 49.2001) DA RECONDUÇÃO
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo Art. 29. Recondução é o retorno do ser-
ou no cargo resultante de sua transformação. vidor estável ao cargo anteriormente ocupa-
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) do e decorrerá de:
§ 2o O tempo em que o servidor estiver I - inabilitação em estágio probatório re-
em exercício será considerado para conces- lativo a outro cargo;
são da aposentadoria. (Incluído pela Medida II - reintegração do anterior ocupante.
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) Parágrafo único. Encontrando-se provido o
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se cargo de origem, o servidor será aproveitado
provido o cargo, o servidor exercerá suas atribui- em outro, observado o disposto no art. 30.
ções como excedente, até a ocorrência de vaga. SEÇÃO XI
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) DA DISPONIBILIDADE E DO
§ 4o O servidor que retornar à atividade por APROVEITAMENTO
interesse da administração perceberá, em subs- Art. 30. O retorno à atividade de servidor
tituição aos proventos da aposentadoria, a em disponibilidade far-se-á mediante apro-
remuneração do cargo que voltar a exercer, veitamento obrigatório em cargo de atribui-
inclusive com as vantagens de natureza pessoal ções e vencimentos compatíveis com o
que percebia anteriormente à aposentadoria. anteriormente ocupado.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 31. O órgão Central do Sistema de
Pessoal Civil determinará o imediato apro-
veitamento de servidor em disponibilidade
263
Decreto no 3.644, de 30 de outubro de 2000, que em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou
“Regulamenta o instituto da reversão de que trata o art. entidades da Administração Pública Federal.
25 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.” Parágrafo único. Na hipótese prevista no §
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o
3 do art. 37, o servidor posto em disponibili- artigo, entende-se por modalidades de remoção:
dade poderá ser mantido sob responsabilidade (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da I - de ofício, no interesse da Administração;
Administração Federal - SIPEC, até o seu (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
adequado aproveitamento em outro órgão ou II - a pedido, a critério da Administração;
entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 264 (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aprovei- III - a pedido, para outra localidade, inde-
tamento e cassada a disponibilidade se o servidor pendentemente do interesse da Administração:
não entrar em exercício no prazo legal, salvo (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
doença comprovada por junta médica oficial. a) para acompanhar cônjuge ou compa-
CAPÍTULO II nheiro, também servidor público civil ou mili-
DA VACÂNCIA tar, de qualquer dos Poderes da União, dos
Art. 33. A vacância do cargo público de- Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
correrá de: que foi deslocado no interesse da Administra-
I - exoneração; ção; (Incluída pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - demissão; b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge,
III - promoção; companheiro ou dependente que viva às suas
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) expensas e conste do seu assentamento funcional,
V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) condicionada à comprovação por junta médica
VI - readaptação; oficial; (Incluída pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VII - aposentadoria; c) em virtude de processo seletivo promo-
VIII - posse em outro cargo inacumulável; vido, na hipótese em que o número de interes-
IX - falecimento. sados for superior ao número de vagas, de
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo acordo com normas preestabelecidas pelo
dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. órgão ou entidade em que aqueles estejam
Parágrafo único. A exoneração de ofício lotados. (Alínea incluída pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
dar-se-á: SEÇÃO II
I - quando não satisfeitas as condições do DA REDISTRIBUIÇÃO
estágio probatório; Art. 37. Redistribuição é o deslocamento
II - quando, tendo tomado posse, o servidor de cargo de provimento efetivo, ocupado ou
não entrar em exercício no prazo estabelecido. vago no âmbito do quadro geral de pessoal,
Art. 35. A exoneração de cargo em comis- para outro órgão ou entidade do mesmo Po-
são e a dispensa de função de confiança dar-se- der, com prévia apreciação do órgão central
á: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) do SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I - a juízo da autoridade competente; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - a pedido do próprio servidor. I - interesse da administração; (Incluído pe-
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) la Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO III II - equivalência de vencimentos; (Incluído
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO I III - manutenção da essência das atribui-
DA REMOÇÃO ções do cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 36. Remoção é o deslocamento do IV - vinculação entre os graus de responsa-
servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do bilidade e complexidade das atividades; (Incluído
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Para fins do disposto neste V - mesmo nível de escolaridade, especi-
alidade ou habilitação profissional; (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
264
Ver o Decreto no 3.151, de 23 de agosto de 1999, que VI - compatibilidade entre as atribuições do
“Disciplina a prática dos atos de extinção e de declaração de
cargo e as finalidades institucionais do órgão ou
desnecessidade de cargos públicos, bem assim a dos atos de
colocação em disponibilidade remunerada e de aproveita-
entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
mento de servidores públicos em decorrência da extinção ou § 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para
da reorganização de órgãos ou entidades da Administração ajustamento de lotação e da força de trabalho às
Pública Federal direta, autárquica e fundacional.” necessidades dos serviços, inclusive nos casos de
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

reorganização, extinção ou criação de órgão ou dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)


entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 39. O disposto no artigo anterior a-
§ 2o A redistribuição de cargos efetivos va- plica-se aos titulares de unidades administra-
gos se dará mediante ato conjunto entre o órgão tivas organizadas em nível de assessoria.
central do SIPEC e os órgãos e entidades da TÍTULO III
Administração Pública Federal envolvidos. DOS DIREITOS E VANTAGENS
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) CAPÍTULO I
§ 3o Nos casos de reorganização ou extin- DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
ção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou Art. 40. Vencimento é a retribuição pe-
declarada sua desnecessidade no órgão ou cuniária pelo exercício de cargo público,
entidade, o servidor estável que não for redis- com valor fixado em lei.
tribuído será colocado em disponibilidade, até Parágrafo único. Nenhum servidor rece-
seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. berá, a título de vencimento, importância
(Renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 265 inferior ao salário-mínimo.
§ 4o O servidor que não for redistribuído ou Art. 41. Remuneração é o vencimento do
colocado em disponibilidade poderá ser manti- cargo efetivo, acrescido das vantagens pecu-
do sob responsabilidade do órgão central do niárias permanentes estabelecidas em lei.
SIPEC, e ter exercício provisório, em outro § 1o A remuneração do servidor investi-
órgão ou entidade, até seu adequado aprovei- do em função ou cargo em comissão será
tamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) paga na forma prevista no art. 62.
CAPÍTULO IV § 2o O servidor investido em cargo em
DA SUBSTITUIÇÃO comissão de órgão ou entidade diversa da de
Art. 38. Os servidores investidos em car- sua lotação receberá a remuneração de acordo
go ou função de direção ou chefia e os ocu- com o estabelecido no § 1o do art. 93.
pantes de cargo de Natureza Especial terão § 3o O vencimento do cargo efetivo, a-
substitutos indicados no regimento interno crescido das vantagens de caráter permanen-
ou, no caso de omissão, previamente desig- te, é irredutível.
nados pelo dirigente máximo do órgão ou § 4o É assegurada a isonomia de venci-
entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) mentos para cargos de atribuições iguais ou
§ 1o O substituto assumirá automática e assemelhadas do mesmo Poder, ou entre
cumulativamente, sem prejuízo do cargo que servidores dos três Poderes, ressalvadas as
ocupa, o exercício do cargo ou função de dire- vantagens de caráter individual e as relativas
ção ou chefia e os de Natureza Especial, nos à natureza ou ao local de trabalho.
afastamentos, impedimentos legais ou regula- Art. 42. Nenhum servidor poderá perce-
mentares do titular e na vacância do cargo, ber, mensalmente, a título de remuneração,
hipóteses em que deverá optar pela remunera- importância superior à soma dos valores
ção de um deles durante o respectivo período. percebidos como remuneração, em espécie, a
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) qualquer título, no âmbito dos respectivos
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo Poderes, pelos Ministros de Estado, por
exercício do cargo ou função de direção ou membros do Congresso Nacional e Ministros
chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos do Supremo Tribunal Federal.
casos dos afastamentos ou impedimentos legais Parágrafo único. Excluem-se do teto de
do titular, superiores a trinta dias consecutivos, remuneração as vantagens previstas nos
paga na proporção dos dias de efetiva substitui- incisos II a VII do art. 61.
ção, que excederem o referido período. (Redação Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98)
Art. 44. O servidor perderá:
265
I - a remuneração do dia em que faltar ao
Ver o Decreto no 3.151, de 23 de agosto de 1999, que serviço, sem motivo justificado; (Redação dada
“Disciplina a prática dos atos de extinção e de declaração de
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
desnecessidade de cargos públicos, bem assim a dos atos de
colocação em disponibilidade remunerada e de aproveita-
II - a parcela de remuneração diária, pro-
mento de servidores públicos em decorrência da extinção ou porcional aos atrasos, ausências justificadas,
da reorganização de órgãos ou entidades da Administração ressalvadas as concessões de que trata o art. 97,
Pública Federal direta, autárquica e fundacional.” e saídas antecipadas, salvo na hipótese de
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

compensação de horário, até o mês subseqüente CAPÍTULO II


ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia DAS VANTAGENS
imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 49. Além do vencimento, poderão ser
Parágrafo único. As faltas justificadas de- pagas ao servidor as seguintes vantagens:
correntes de caso fortuito ou de força maior I - indenizações;
poderão ser compensadas a critério da chefia II - gratificações;
imediata, sendo assim consideradas como III - adicionais.
efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 1o As indenizações não se incorporam ao
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou vencimento ou provento para qualquer efeito.
mandado judicial, nenhum desconto incidirá § 2o As gratificações e os adicionais in-
sobre a remuneração ou provento. (Regulamenta- corporam-se ao vencimento ou provento, nos
do pelo Decreto no 6.386, de 29 de fevereiro de 2008.) casos e condições indicados em lei.
Parágrafo único. Mediante autorização Art. 50. As vantagens pecuniárias não
do servidor, poderá haver consignação em serão computadas, nem acumuladas, para
folha de pagamento a favor de terceiros, a efeito de concessão de quaisquer outros
critério da administração e com reposição de acréscimos pecuniários ulteriores, sob o
custos, na forma definida em regulamento. mesmo título ou idêntico fundamento.
Art. 46 As reposições e indenizações ao erá- SEÇÃO I
rio, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão DAS INDENIZAÇÕES
previamente comunicadas ao servidor ativo, Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, I - ajuda de custo;
no prazo máximo de trinta dias, podendo ser II - diárias;
parceladas, a pedido do interessado. (Redação dada III – transporte;
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) IV - auxílio-moradia. (Incluído pela Lei nº
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser 11.355, de 2006)
inferior ao correspondente a dez por cento da Art. 52. Os valores das indenizações es-
remuneração, provento ou pensão. (Redação dada tabelecidas nos incisos I a III do art. 51,
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) assim como as condições para a sua conces-
§ 2o Quando o pagamento indevido houver são, serão estabelecidos em regulamento.
ocorrido no mês anterior ao do processamento da (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
folha, a reposição será feita imediatamente, em SUBSEÇÃO I
uma única parcela. (Redação dada pela Medida Provi- DA AJUDA DE CUSTO
sória nº 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 53. A ajuda de custo destina-se a
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em compensar as despesas de instalação do
decorrência de cumprimento a decisão limi- servidor que, no interesse do serviço, passar
nar, a tutela antecipada ou a sentença que a ter exercício em nova sede, com mudança
venha a ser revogada ou rescindida, serão eles de domicílio em caráter permanente, vedado
atualizados até a data da reposição. (Redação o duplo pagamento de indenização, a qual-
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) quer tempo, no caso de o cônjuge ou compa-
Art. 47. O servidor em débito com o erá- nheiro que detenha também a condição de
rio, que for demitido, exonerado ou que tiver servidor, vier a ter exercício na mesma sede.
sua aposentadoria ou disponibilidade cassa- (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
da, terá o prazo de sessenta dias para quitar o § 1o Correm por conta da administração as despe-
débito. (Redação dada pela Medida Provisória nº sas de transporte do servidor e de sua família, compre-
2.225-45, de 4.9.2001) endendo passagem, bagagem e bens pessoais.
Parágrafo único. A não quitação do débi- § 2o À família do servidor que falecer na
to no prazo previsto implicará sua inscrição nova sede são assegurados ajuda de custo e
em dívida ativa. (Redação dada pela Medida transporte para a localidade de origem, dentro
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre
provento não serão objeto de arresto, seqües- a remuneração do servidor, conforme se dispu-
tro ou penhora, exceto nos casos de prestação ser em regulamento, não podendo exceder a
de alimentos resultante de decisão judicial. importância correspondente a 3 (três) meses.
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Art. 55. Não será concedida ajuda de SUBSEÇÃO III


custo ao servidor que se afastar do cargo, ou DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 60. Conceder-se-á indenização de
Art. 56. Será concedida ajuda de custo transporte ao servidor que realizar despesas
àquele que, não sendo servidor da União, for com a utilização de meio próprio de locomoção
nomeado para cargo em comissão, com para a execução de serviços externos, por força
mudança de domicílio. das atribuições próprias do cargo, conforme se
Parágrafo único. No afastamento previsto dispuser em regulamento.
no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será SUBSEÇÃO IV
paga pelo órgão cessionário, quando cabível. (Incluída pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 57. O servidor ficará obrigado a res- DO AUXÍLIO-MORADIA
tituir a ajuda de custo quando, injustificada- Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no
mente, não se apresentar na nova sede no ressarcimento das despesas comprovadamente
prazo de 30 (trinta) dias. realizadas pelo servidor com aluguel de mora-
SUBSEÇÃO II dia ou com meio de hospedagem administrado
DAS DIÁRIAS por empresa hoteleira, no prazo de um mês
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar- após a comprovação da despesa pelo servidor.
se da sede em caráter eventual ou transitório (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
para outro ponto do território nacional ou para o Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia
exterior, fará jus a passagens e diárias destina- ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:
das a indenizar as parcelas de despesas extraor- (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
dinária com pousada, alimentação e locomoção I - não exista imóvel funcional disponí-
urbana, conforme dispuser em regulamento. vel para uso pelo servidor; (Incluído pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 11.355, de 2006)
§ 1o A diária será concedida por dia de a- II - o cônjuge ou companheiro do servi-
fastamento, sendo devida pela metade quando o dor não ocupe imóvel funcional; (Incluído pela
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, Lei nº 11.355, de 2006)
ou quando a União custear, por meio diverso, III - o servidor ou seu cônjuge ou compa-
as despesas extraordinárias cobertas por diárias. nheiro não seja ou tenha sido proprietário,
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) promitente comprador, cessionário ou promi-
§ 2o Nos casos em que o deslocamento tente cessionário de imóvel no Município
da sede constituir exigência permanente do aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese
cargo, o servidor não fará jus a diárias. de lote edificado sem averbação de construção,
§ 3o Também não fará jus a diárias o servi- nos doze meses que antecederem a sua nomea-
dor que se deslocar dentro da mesma região ção; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
metropolitana, aglomeração urbana ou microrre- IV - nenhuma outra pessoa que resida
gião, constituídas por municípios limítrofes e com o servidor receba auxílio-moradia;
regularmente instituídas, ou em áreas de controle (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
integrado mantidas com países limítrofes, cuja V - o servidor tenha se mudado do local de
jurisdição e competência dos órgãos, entidades e residência para ocupar cargo em comissão ou
servidores brasileiros considera-se estendida, função de confiança do Grupo-Direção e Asses-
salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses soramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de
em que as diárias pagas serão sempre as fixadas Natureza Especial, de Ministro de Estado ou
para os afastamentos dentro do território nacio- equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
nal. (Incluído dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) VI - o Município no qual assuma o cargo
Art. 59. O servidor que receber diárias e em comissão ou função de confiança não se
não se afastar da sede, por qualquer motivo, enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em
fica obrigado a restituí-las integralmente, no relação ao local de residência ou domicílio do
prazo de 5 (cinco) dias. servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor re- VII - o servidor não tenha sido domiciliado
tornar à sede em prazo menor do que o previsto ou tenha residido no Município, nos últimos
para o seu afastamento, restituirá as diárias recebi- doze meses, aonde for exercer o cargo em co-
das em excesso, no prazo previsto no caput. missão ou função de confiança, desconsideran-
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do-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse IX - gratificação por encargo de curso ou
período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) concurso. (NR) (Incluído pela Lei nº 11.314, de 3.7.2006)
VIII - o deslocamento não tenha sido por SUBSEÇÃO I
força de alteração de lotação ou nomeação para DA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO
cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO, CHEFIA E
IX - o deslocamento tenha ocorrido após ASSESSORAMENTO
30 de junho de 2006. (NR) (Incluído pela Lei nº (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
11.490, de 20.6.2007) Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não investido em função de direção, chefia ou assesso-
será considerado o prazo no qual o servidor estava ramento, cargo de provimento em comissão ou de
ocupando outro cargo em comissão relacionado no Natureza Especial é devida retribuição pelo seu
inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será con- Parágrafo único. Lei específica estabele-
cedido por prazo superior a cinco anos dentro de cerá a remuneração dos cargos em comissão
cada período de oito anos, ainda que o servidor de que trata o inciso II do art. 9o. (Redação
mude de cargo ou de Município de exercício do dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cargo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem
Parágrafo único. Transcorrido o prazo de Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a
cinco anos de concessão, o pagamento somente incorporação da retribuição pelo exercício de
será retomado se observados, além do disposto função de direção, chefia ou assessoramento,
no caput, os requisitos do caput do art. 60-B, não cargo de provimento em comissão ou de Nature-
se aplicando, no caso, o parágrafo único do za Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da
citado art. 60-B. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o
Art. 60-D. O valor do auxílio-moradia é da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído
limitado a vinte e cinco por cento do valor do pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
cargo em comissão ocupado pelo servidor e, Parágrafo único. A VPNI de que trata o
em qualquer hipótese, não poderá ser superior caput deste artigo somente estará sujeita às
ao auxílio-moradia recebido por Ministro de revisões gerais de remuneração dos servido-
Estado. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) res públicos federais. (Incluído pela Medida
Art. 60-E. No caso de falecimento, exone- Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
ração, colocação de imóvel funcional à disposi- SEÇÃO II
ção do servidor ou aquisição de imóvel, o DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
auxílio-moradia continuará sendo pago por um Art. 63. A gratificação natalina corresponde
mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o
SEÇÃO II servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS de exercício no respectivo ano.
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens Parágrafo único. A fração igual ou supe-
previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores rior a 15 (quinze) dias será considerada
as seguintes retribuições, gratificações e adicio- como mês integral.
nais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 64. A gratificação será paga até o dia
I - retribuição pelo exercício de função 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.
de direção, chefia e assessoramento; (Redação Parágrafo único. (VETADO).
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 65. O servidor exonerado perceberá
II - gratificação natalina; sua gratificação natalina, proporcionalmente
III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) aos meses de exercício, calculada sobre a
IV - adicional pelo exercício de ativida- remuneração do mês da exoneração.
des insalubres, perigosas ou penosas; Art. 66. A gratificação natalina não será
V - adicional pela prestação de serviço considerada para cálculo de qualquer vanta-
extraordinário; gem pecuniária.
VI - adicional noturno; SUBSEÇÃO III
VII - adicional de férias; DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
VIII - outros, relativos ao local ou à na- Art. 67 e seu parágrafo único (Revogados
tureza do trabalho. pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
− 11/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

SUBSEÇÃO IV SUBSEÇÃO VI
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, DO ADICIONAL NOTURNO
PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS Art. 75. O serviço noturno, prestado em ho-
Art. 68. Os servidores que trabalhem rário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas
com habitualidade em locais insalubres ou de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá
em contato permanente com substâncias o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por
tóxicas, radioativas ou com risco de vida, cento), computando-se cada hora como cinqüen-
fazem jus a um adicional sobre o vencimento ta e dois minutos e trinta segundos.
do cargo efetivo. Parágrafo único. Em se tratando de serviço
§ 1o O servidor que fizer jus aos adicio- extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo
nais de insalubridade e de periculosidade incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.
deverá optar por um deles. SUBSEÇÃO VII
§ 2o O direito ao adicional de insalubri- DO ADICIONAL DE FÉRIAS
dade ou periculosidade cessa com a elimina- Art. 76. Independentemente de solicitação,
ção das condições ou dos riscos que deram será pago ao servidor, por ocasião das férias,
causa a sua concessão. um adicional correspondente a 1/3 (um terço)
Art. 69. Haverá permanente controle da a- da remuneração do período das férias.
tividade de servidores em operações ou locais Parágrafo único. No caso de o servidor
considerados penosos, insalubres ou perigosos. exercer função de direção, chefia ou assesso-
Parágrafo único. A servidora gestante ou ramento, ou ocupar cargo em comissão, a
lactante será afastada, enquanto durar a respectiva vantagem será considerada no
gestação e a lactação, das operações e locais cálculo do adicional de que trata este artigo.
previstos neste artigo, exercendo suas ativi- SUBSEÇÃO VIII
dades em local salubre e em serviço não (Incluída pela Lei nº 11.314, de 3.7.2006)
penoso e não perigoso. DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE
Art. 70. Na concessão dos adicionais de CURSO OU CONCURSO
atividades penosas, de insalubridade e de Art. 76-A. A Gratificação por Encargo
periculosidade, serão observadas as situações de Curso ou Concurso é devida ao servidor
estabelecidas em legislação específica. que, em caráter eventual:266
Art. 71. O adicional de atividade penosa I - atuar como instrutor em curso de for-
será devido aos servidores em exercício em mação, de desenvolvimento ou de treinamen-
zonas de fronteira ou em localidades cujas to regularmente instituído no âmbito da
condições de vida o justifiquem, nos termos, administração pública federal;
condições e limites fixados em regulamento. II - participar de banca examinadora ou de
Art. 72. Os locais de trabalho e os servi- comissão para exames orais, para análise curri-
dores que operam com Raios X ou substân- cular, para correção de provas discursivas, para
cias radioativas serão mantidos sob controle elaboração de questões de provas ou para julga-
permanente, de modo que as doses de radia- mento de recursos intentados por candidatos;
ção ionizante não ultrapassem o nível máxi- III - participar da logística de preparação e
mo previsto na legislação própria. de realização de concurso público envolvendo
Parágrafo único. Os servidores a que se atividades de planejamento, coordenação,
refere este artigo serão submetidos a exames supervisão, execução e avaliação de resultado,
médicos a cada 6 (seis) meses. quando tais atividades não estiverem incluídas
SUBSEÇÃO V
DO ADICIONAL POR SERVIÇO
266
EXTRAORDINÁRIO Este artigo 76-A foi regulamentado pelo Decreto nº
Art. 73. O serviço extraordinário será remu- 6.114,de 15.5.2007. Antes disso, a Medida Provisória nº 292,
nerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por de 26.4.2006, rejeitada pelo Ato do Presidente da Mesa do
Congresso Nacional nº 45, de 28.8.2006, estabelecia que:
cento) em relação à hora normal de trabalho.
“Art. 12. Até que seja regulamentado o disposto no art.
Art. 74. Somente será permitido serviço 76-A da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, serão
extraordinário para atender a situações excep- mantidos os procedimentos estabelecidos pelos Decretos-Leis
cionais e temporárias, respeitado o limite nos 1.341, de 22 de agosto de 1974, 1.604, de 22 de fevereiro
máximo de 2 (duas) horas por jornada. de 1978, e 1.746, de 27 de dezembro de 1979.”
− 12/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

entre as suas atribuições permanentes; em que haja legislação específica. (Redação


267
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou a- dada pela Lei nº 9.525, de 3.12.97)
valiar provas de exame vestibular ou de concurso § 1o Para o primeiro período aquisitivo de fé-
público ou supervisionar essas atividades. rias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 1o Os critérios de concessão e os limi- § 2o É vedado levar à conta de férias
tes da gratificação de que trata este artigo qualquer falta ao serviço.
serão fixados em regulamento, observados os § 3o As férias poderão ser parceladas em
seguintes parâmetros: até três etapas, desde que assim requeridas
I - o valor da gratificação será calculado pelo servidor, e no interesse da administra-
em horas, observadas a natureza e a comple- ção pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 3.12.97)
xidade da atividade exercida; Art. 78. O pagamento da remuneração
II - a retribuição não poderá ser superior ao das férias será efetuado até 2 (dois) dias
equivalente a 120 (cento e vinte) horas de traba- antes do início do respectivo período, obser-
lho anuais, ressalvada situação de excepcionali- vando-se o disposto no § 1o deste artigo.
dade, devidamente justificada e previamente § 1o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
aprovada pela autoridade máxima do órgão ou § 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até § 3o O servidor exonerado do cargo efetivo,
120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; ou em comissão, perceberá indenização relativa ao
III - o valor máximo da hora trabalhada período das férias a que tiver direito e ao incom-
corresponderá aos seguintes percentuais, pleto, na proporção de um doze avos por mês de
incidentes sobre o maior vencimento básico efetivo exercício, ou fração superior a quatorze
da administração pública federal: dias. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por § 4o A indenização será calculada com base
cento), em se tratando de atividades previstas na remuneração do mês em que for publicado o
nos incisos I e II do caput deste artigo; (Reda- ato exoneratório. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
ção dada pela Medida Provisória nº 359, de 16.3.2007, § 5o Em caso de parcelamento, o servidor
convertida na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) receberá o valor adicional previsto no inciso
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por XVII do art. 7o da Constituição Federal
cento), em se tratando de atividade prevista quando da utilização do primeiro período.
nos incisos III e IV do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 3.12.97)
(Redação dada pela Medida Provisória nº 359, de Art. 79. O servidor que opera direta e per-
16.3.2007, convertida na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) manentemente com Raios X ou substâncias
§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos
ou Concurso somente será paga se as atividades de férias, por semestre de atividade profissional,
referidas nos incisos do caput deste artigo proibida em qualquer hipótese a acumulação.
forem exercidas sem prejuízo das atribuições Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
do cargo de que o servidor for titular, devendo Art. 80. As férias somente poderão ser inter-
ser objeto de compensação de carga horária rompidas por motivo de calamidade pública,
quando desempenhadas durante a jornada de comoção interna, convocação para júri, serviço
trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço
§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou declarada pela autoridade máxima do órgão ou
Concurso não se incorpora ao vencimento ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
salário do servidor para qualquer efeito e não Parágrafo único. O restante do período inter-
poderá ser utilizada como base de cálculo para rompido será gozado de uma só vez, observado o
quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de disposto no art. 77. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cálculo dos proventos da aposentadoria e das
pensões. (Subseção incluída pela Lei nº 11.314, de 3.7.2006) 267 o
CAPÍTULO III Ver o art. 2º da Lei n 9.525, de 3.12.1997, com a redação
dada pela Medida provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001:
DAS FÉRIAS
"Art. 2o Aplica-se aos Ministros de Estado o disposto
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias nos arts. 77, 78 e 80 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de
de férias, que podem ser acumuladas, até o 1990, exceto quanto ao limite de parcelamento das férias,
máximo de dois períodos, no caso de neces- cabendo àquelas autoridades dar ciência prévia ao Presiden-
sidade do serviço, ressalvadas as hipóteses te da República de cada período a ser utilizado."
− 13/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

CAPÍTULO IV Executivo e Legislativo.


DAS LICENÇAS § 1o A licença será por prazo indetermi-
SEÇÃO I nado e sem remuneração.
DISPOSIÇÕES GERAIS § 2o No deslocamento de servidor cujo cônju-
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: ge ou companheiro também seja servidor público,
I - por motivo de doença em pessoa da família; civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União,
II - por motivo de afastamento do cônju- dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
ge ou companheiro; poderá haver exercício provisório em órgão ou
III - para o serviço militar; entidade da Administração Federal direta, autár-
IV - para atividade política; quica ou fundacional, desde que para o exercício
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei de atividade compatível com o seu cargo. (Redação
nº 9.527, de 10.12.97) dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - para tratar de interesses particulares; SEÇÃO IV
VII - para desempenho de mandato classista. DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
§ 1o A licença prevista no inciso I será prece- Art. 85. Ao servidor convocado para o ser-
dida de exame por médico ou junta médica oficial. viço militar será concedida licença, na forma e
§ 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) condições previstas na legislação específica.
§ 3o É vedado o exercício de atividade Parágrafo único. Concluído o serviço militar,
remunerada durante o período da licença o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remunera-
prevista no inciso I deste artigo. ção para reassumir o exercício do cargo.
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 SEÇÃO V
(sessenta) dias do término de outra da mesma DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
espécie será considerada como prorrogação. Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem
SEÇÃO II remuneração, durante o período que mediar entre
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA a sua escolha em convenção partidária, como
EM PESSOA DA FAMÍLIA candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao ser- de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
vidor por motivo de doença do cônjuge ou com- § 1o O servidor candidato a cargo eletivo na
panheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou localidade onde desempenha suas funções e
madrasta e enteado, ou dependente que viva às que exerça cargo de direção, chefia, assessora-
suas expensas e conste do seu assentamento mento, arrecadação ou fiscalização, dele será
funcional, mediante comprovação por junta médi- afastado, a partir do dia imediato ao do registro
ca oficial. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral,
§ 1o A licença somente será deferida se a as- até o décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação
sistência direta do servidor for indispensável e dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
não puder ser prestada simultaneamente com o § 2o A partir do registro da candidatura e até
exercício do cargo ou mediante compensação de o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor
horário, na forma do disposto no inciso II do art. fará jus à licença, assegurados os vencimentos do
44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) cargo efetivo, somente pelo período de três
§ 2o A licença será concedida sem prejuízo da meses. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
remuneração do cargo efetivo, até trinta dias, SEÇÃO VI
podendo ser prorrogada por até trinta dias, medi- DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO
ante parecer de junta médica oficial e, excedendo (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
estes prazos, sem remuneração, por até noventa Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo
dias. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) exercício, o servidor poderá, no interesse da
SEÇÃO III Administração, afastar-se do exercício do
DA LICENÇA POR MOTIVO DE cargo efetivo, com a respectiva remuneração,
AFASTAMENTO DO CÔNJUGE por até três meses, para participar de curso
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao de capacitação profissional. (Redação dada pela
servidor para acompanhar cônjuge ou com- Lei nº 9.527, de 10.12.97) 268
panheiro que foi deslocado para outro ponto
do território nacional, para o exterior ou para
o exercício de mandato eletivo dos Poderes 268 Regulamentado pelo Decreto nº 5.707, de 2006.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

Parágrafo único. Os períodos de licença CAPÍTULO V


de que trata o caput não são acumuláveis. DOS AFASTAMENTOS
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) SEÇÃO I
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE
Art. 90. (VETADO). Art. 93. O servidor poderá ser cedido pa-
SEÇÃO VII ra ter exercício em outro órgão ou entidade
DA LICENÇA PARA TRATAR DE IN- dos Poderes da União, dos Estados, ou do
TERESSES PARTICULARES Distrito Federal e dos Municípios, nas se-
Art. 91. A critério da Administração, po- guintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº
derão ser concedidas ao servidor ocupante de 8.270, de 17.12.91) (Regulamentado pelo Decreto n°
cargo efetivo, desde que não esteja em estágio 4.050, de 12.12.2001, alterado este pelos Decretos n°
probatório, licenças para o trato de assuntos 4.493, de 3.12.2002, e n° 4.587, de 7.2.2003.)
particulares pelo prazo de até três anos conse- I - para exercício de cargo em comissão
cutivos, sem remuneração. (Redação dada pela ou função de confiança; (Redação dada pela Lei
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) nº 8.270, de 17.12.91)
Parágrafo único. A licença poderá ser in- II - em casos previstos em leis específicas.
terrompida, a qualquer tempo, a pedido do (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
servidor ou no interesse do serviço. (Redação § 1o Na hipótese do inciso I, sendo a ces-
são para órgãos ou entidades dos Estados, do
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
SEÇÃO VIII Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE da remuneração será do órgão ou entidade
MANDATO CLASSISTA cessionária, mantido o ônus para o cedente
Art. 92. É assegurado ao servidor o direi- nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº
to à licença sem remuneração para o desem- 8.270, de 17.12.91)
penho de mandato em confederação, federa- § 2º Na hipótese de o servidor cedido a em-
ção, associação de classe de âmbito nacional, presa pública ou sociedade de economia mista,
sindicato representativo da categoria ou nos termos das respectivas normas, optar pela
entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, remuneração do cargo efetivo ou pela remunera-
para participar de gerência ou administração ção do cargo efetivo acrescida de percentual da
em sociedade cooperativa constituída por retribuição do cargo em comissão, a entidade
servidores públicos para prestar serviços a cessionária efetuará o reembolso das despesas
seus membros, observado o disposto na realizadas pelo órgão ou entidade de origem.
alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
conforme disposto em regulamento e obser- § 3o A cessão far-se-á mediante Portaria
vados os seguintes limites: (NR) (Redação publicada no Diário Oficial da União. (Reda-
dada pela Lei nº 11.094, de 2005) (Regulamentado pelo ção dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
Decreto n° 2.066, de 2.11.1996.) § 4o Mediante autorização expressa do
I - para entidades com até 5.000 associados, Presidente da República, o servidor do Poder
um servidor; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Executivo poderá ter exercício em outro
II - para entidades com 5.001 a 30.000 órgão da Administração Federal direta que
associados, dois servidores; (Incluído pela Lei nº não tenha quadro próprio de pessoal, para
9.527, de 10.12.97) fim determinado e a prazo certo. (Incluído pela
III - para entidades com mais de 30.000 Lei nº 8.270, de 17.12.91)
associados, três servidores. (Incluído pela Lei nº § 5º Aplica-se à União, em se tratando de
9.527, de 10.12.97) empregado ou servidor por ela requisitado, as
§ 1o Somente poderão ser licenciados disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação
servidores eleitos para cargos de direção ou dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
representação nas referidas entidades, desde § 6º As cessões de empregados de empresa
que cadastradas no Ministério da Adminis- pública ou de sociedade de economia mista,
tração Federal e Reforma do Estado. (Redação que receba recursos de Tesouro Nacional para o
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) custeio total ou parcial da sua folha de paga-
§ 2o (VETADO) (V. Lei nº 11.501, de 11.7.2007) mento de pessoal, independem das disposições
− 15/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste posto neste artigo não será concedida exone-
artigo, ficando o exercício do empregado cedi- ração ou licença para tratar de interesse
do condicionado a autorização específica do particular antes de decorrido período igual ao
Ministério do Planejamento, Orçamento e do afastamento, ressalvada a hipótese de
Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo ressarcimento da despesa havida com seu
em comissão ou função gratificada. (Incluído pela afastamento.
Lei nº 10.470, de 25.6.2002) § 3o O disposto neste artigo não se aplica
§ 7° O Ministério do Planejamento, Or- aos servidores da carreira diplomática.
çamento e Gestão, com a finalidade de pro- § 4o As hipóteses, condições e formas
mover a composição da força de trabalho dos para a autorização de que trata este artigo,
órgãos e entidades da Administração Pública inclusive no que se refere à remuneração do
Federal, poderá determinar a lotação ou o servidor, serão disciplinadas em regulamen-
exercício de empregado ou servidor, inde- to. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
pendentemente da observância do constante Art. 96. O afastamento de servidor para
no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. servir em organismo internacional de que o
(Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) Brasil participe ou com o qual coopere dar-
SEÇÃO II se-á com perda total da remuneração. 269
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE CAPÍTULO VI
MANDATO ELETIVO DAS CONCESSÕES
Art. 94. Ao servidor investido em mandato Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o
eletivo aplicam-se as seguintes disposições: servidor ausentar-se do serviço:
I - tratando-se de mandato federal, esta- I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
dual ou distrital, ficará afastado do cargo; II - por 2 (dois) dias, para se alistar como
II - investido no mandato de Prefeito, se- eleitor;
rá afastado do cargo, sendo-lhe facultado III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
optar pela sua remuneração; a) casamento;
III - investido no mandato de vereador: b) falecimento do cônjuge, companheiro,
a) havendo compatibilidade de horário, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,
perceberá as vantagens de seu cargo, sem menor sob guarda ou tutela e irmãos.
prejuízo da remuneração do cargo eletivo; Art. 98. Será concedido horário espe-
b) não havendo compatibilidade de horá- cial ao servidor estudante, quando com-
rio, será afastado do cargo, sendo-lhe facul- provada a incompatibilidade entre o horá-
tado optar pela sua remuneração. rio escolar e o da repartição, sem prejuízo
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o do exercício do cargo.
servidor contribuirá para a seguridade social § 1o Para efeito do disposto neste artigo, se-
como se em exercício estivesse. rá exigida a compensação de horário no órgão
§ 2o O servidor investido em mandato e- ou entidade que tiver exercício, respeitada a
letivo ou classista não poderá ser removido duração semanal do trabalho. (Renumerado e
ou redistribuído de ofício para localidade alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
diversa daquela onde exerce o mandato. § 2o Também será concedido horário espe-
SEÇÃO III cial ao servidor portador de deficiência, quando
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU comprovada a necessidade por junta médica
MISSÃO NO EXTERIOR oficial, independentemente de compensação de
Art. 95. O servidor não poderá ausentar- horário. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
se do País para estudo ou missão oficial, sem § 3o As disposições do parágrafo anterior
autorização do Presidente da República, são extensivas ao servidor que tenha cônjuge,
Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo filho ou dependente portador de deficiência
e Presidente do Supremo Tribunal Federal. física, exigindo-se, porém, neste caso, compen-
§ 1o A ausência não excederá a 4 (qua- sação de horário na forma do inciso II do art.
tro) anos, e finda a missão ou estudo, somen- 44. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
te decorrido igual período, será permitida
nova ausência.
§ 2o Ao servidor beneficiado pelo dis- 269
Ver o Decreto nº 3.456, de 10.5. 2000.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o
§ 4 Será igualmente concedido horário dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei
especial, vinculado à compensação de horário a nº 9.527, de 10.12.97) 271
ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao VIII - licença:
servidor que desempenhe atividade prevista nos a) à gestante, à adotante e à paternidade;
incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. b) para tratamento da própria saúde, até o
(NR)) (Redação dada pela Medida Provisória nº 359, de limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao
16.3.2007, convertida na Lei nº 11.501, de 11.7.2007) longo do tempo de serviço público prestado
Art. 99. Ao servidor estudante que mu- à União, em cargo de provimento efetivo;
dar de sede no interesse da administração é (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
assegurada, na localidade da nova residência c) para o desempenho de mandato clas-
ou na mais próxima, matrícula em instituição sista ou participação de gerência ou adminis-
de ensino congênere, em qualquer época, tração em sociedade cooperativa constituída
independentemente de vaga. por servidores para prestar serviços a seus
Parágrafo único. O disposto neste artigo membros, exceto para efeito de promoção
estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos por merecimento; (NR) (Redação dada pela Lei
filhos, ou enteados do servidor que vivam na nº 11.094, de 2005)
sua companhia, bem como aos menores sob d) por motivo de acidente em serviço ou
sua guarda, com autorização judicial. doença profissional;
CAPÍTULO VII e) para capacitação, conforme dispuser o
DO TEMPO DE SERVIÇO regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
Art. 100. É contado para todos os efeitos 10.12.97)
o tempo de serviço público federal, inclusive f) por convocação para o serviço militar;
o prestado às Forças Armadas. IX - deslocamento para a nova sede de
Art. 101. A apuração do tempo de servi- que trata o art. 18;
ço será feita em dias, que serão convertidos X - participação em competição despor-
em anos, considerado o ano como de trezen- tiva nacional ou convocação para integrar
tos e sessenta e cinco dias. representação desportiva nacional, no País
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ou no exterior, conforme disposto em lei
Art. 102. Além das ausências ao serviço específica;
previstas no art. 97, são considerados como de XI - afastamento para servir em orga-
efetivo exercício os afastamentos em virtude de: nismo internacional de que o Brasil participe
I - férias; ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº
II - exercício de cargo em comissão ou 9.527, de 10.12.97)272
equivalente, em órgão ou entidade dos Pode- Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito
res da União, dos Estados, Municípios e de aposentadoria e disponibilidade:
Distrito Federal; I - o tempo de serviço público prestado
III - exercício de cargo ou função de go- aos Estados, Municípios e Distrito Federal;
verno ou administração, em qualquer parte II - a licença para tratamento de saúde de
do território nacional, por nomeação do pessoa da família do servidor, com remuneração;
Presidente da República;
IV - participação em programa de trei- 271 Regulamentado pelo Decreto nº 5.707, de 23 de
namento regularmente instituído, conforme fevereiro de 2006.
dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei 272 Ver o art. 20 da Lei n° 10.667, de 14 de maio de 2003:
nº 9.527, de 10.12.97) 270 “Art. 20. O período de afastamento do servidor para
V - desempenho de mandato eletivo fede- servir em organismo internacional, de que o Brasil partici-
ral, estadual, municipal ou do Distrito Federal, pe ou com o qual coopere, mantido o vínculo com o regime
exceto para promoção por merecimento; próprio, será considerado para fins do interstício exigido
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; para incorporação aos proventos de aposentadoria ou
pensão de vantagem decorrente de gratificações por
VII - missão ou estudo no exterior,
desempenho ou produtividade, no âmbito da Administração
quando autorizado o afastamento, conforme Pública Federal, considerando-se como pontuação do
período de afastamento a que vier a ser obtida pelo servi-
dor no primeiro processo de avaliação concluído após seu
270
Regulamentado pelo Decreto nº 5.707, de 23.2.2006. retorno ao exercício do cargo efetivo.”
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o
III - a licença para atividade política, no § 2 O recurso será encaminhado por in-
caso do art. 86, § 2o; termédio da autoridade a que estiver imedia-
IV - o tempo correspondente ao desem- tamente subordinado o requerente.
penho de mandato eletivo federal, estadual, Art. 108. O prazo para interposição de
municipal ou distrital, anterior ao ingresso pedido de reconsideração ou de recurso é
no serviço público federal; de 30 (trinta) dias, a contar da publicação
V - o tempo de serviço em atividade pri- ou da ciência, pelo interessado, da decisão
vada, vinculada à Previdência Social; recorrida.
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; Art. 109. O recurso poderá ser recebido
VII - o tempo de licença para tratamento com efeito suspensivo, a juízo da autoridade
da própria saúde que exceder o prazo a que competente.
se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. Parágrafo único. Em caso de provimento
102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) do pedido de reconsideração ou do recurso,
§ 1o O tempo em que o servidor esteve os efeitos da decisão retroagirão à data do
aposentado será contado apenas para nova ato impugnado.
aposentadoria. Art. 110. O direito de requerer prescreve:
§ 2o Será contado em dobro o tempo de I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de
serviço prestado às Forças Armadas em demissão e de cassação de aposentadoria ou
operações de guerra. disponibilidade, ou que afetem interesse
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de patrimonial e créditos resultantes das rela-
tempo de serviço prestado concomitantemen- ções de trabalho;
te em mais de um cargo ou função de órgão II - em 120 (cento e vinte) dias, nos de-
ou entidades dos Poderes da União, Estado, mais casos, salvo quando outro prazo for
Distrito Federal e Município, autarquia, fixado em lei.
fundação pública, sociedade de economia Parágrafo único. O prazo de prescrição
mista e empresa pública. será contado da data da publicação do ato
CAPÍTULO VIII impugnado ou da data da ciência pelo inte-
DO DIREITO DE PETIÇÃO ressado, quando o ato não for publicado.
Art. 104. É assegurado ao servidor o di- Art. 111. O pedido de reconsideração e o
reito de requerer aos Poderes Públicos, em recurso, quando cabíveis, interrompem a
defesa de direito ou interesse legítimo. prescrição.
Art. 105. O requerimento será dirigido à Art. 112. A prescrição é de ordem pública,
autoridade competente para decidi-lo e encami- não podendo ser relevada pela administração.
nhado por intermédio daquela a que estiver Art. 113. Para o exercício do direito de
imediatamente subordinado o requerente. petição, é assegurada vista do processo ou
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração documento, na repartição, ao servidor ou a
à autoridade que houver expedido o ato ou procurador por ele constituído.
proferido a primeira decisão, não podendo Art. 114. A administração deverá rever
ser renovado. seus atos, a qualquer tempo, quando eivados
Parágrafo único. O requerimento e o pe- de ilegalidade.
dido de reconsideração de que tratam os Art. 115. São fatais e improrrogáveis os
artigos anteriores deverão ser despachados prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo
no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro motivo de força maior.
de 30 (trinta) dias. TÍTULO IV
Art. 107. Caberá recurso: DO REGIME DISCIPLINAR
I - do indeferimento do pedido de recon- CAPÍTULO I
sideração; DOS DEVERES
II - das decisões sobre os recursos suces- Art. 116. São deveres do servidor:
sivamente interpostos. I - exercer com zelo e dedicação as atri-
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade buições do cargo;
imediatamente superior à que tiver expedido o II - ser leal às instituições a que servir;
ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, III - observar as normas legais e regula-
em escala ascendente, às demais autoridades. mentares;
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IV - cumprir as ordens superiores, exceto IX - valer-se do cargo para lograr provei-


quando manifestamente ilegais; to pessoal ou de outrem, em detrimento da
V - atender com presteza: dignidade da função pública;
a) ao público em geral, prestando as in- X - participar de gerência ou administra-
formações requeridas, ressalvadas as prote- ção de sociedade privada, personificada ou
gidas por sigilo; não personificada, salvo a participação nos
b) à expedição de certidões requeridas conselhos de administração e fiscal de em-
para defesa de direito ou esclarecimento de presas ou entidades em que a União detenha,
situações de interesse pessoal; direta ou indiretamente, participação no
c) às requisições para a defesa da Fazen- capital social ou em sociedade cooperativa
da Pública. constituída para prestar serviços a seus
VI - levar ao conhecimento da autoridade membros, e exercer o comércio, exceto na
superior as irregularidades de que tiver qualidade de acionista, cotista ou comanditá-
ciência em razão do cargo; rio; (NR) (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
VII - zelar pela economia do material e a XI - atuar, como procurador ou interme-
conservação do patrimônio público; diário, junto a repartições públicas, salvo
VIII - guardar sigilo sobre assunto da re- quando se tratar de benefícios previdenciá-
partição; rios ou assistenciais de parentes até o segun-
IX - manter conduta compatível com a do grau, e de cônjuge ou companheiro;
moralidade administrativa; XII - receber propina, comissão, presente
X - ser assíduo e pontual ao serviço; ou vantagem de qualquer espécie, em razão
XI - tratar com urbanidade as pessoas; de suas atribuições;
XII - representar contra ilegalidade, o- XIII - aceitar comissão, emprego ou pen-
missão ou abuso de poder. são de estado estrangeiro;
Parágrafo único. A representação de que XIV - praticar usura sob qualquer de su-
trata o inciso XII será encaminhada pela via as formas;
hierárquica e apreciada pela autoridade superior XV - proceder de forma desidiosa;
àquela contra a qual é formulada, assegurando- XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da
se ao representando ampla defesa. repartição em serviços ou atividades particulares;
CAPÍTULO II XVII - cometer a outro servidor atribui-
DAS PROIBIÇÕES ções estranhas ao cargo que ocupa, exceto
Art. 117. Ao servidor é proibido: em situações de emergência e transitórias;
I - ausentar-se do serviço durante o expedi- XVIII - exercer quaisquer atividades que
ente, sem prévia autorização do chefe imediato; sejam incompatíveis com o exercício do cargo
II - retirar, sem prévia anuência da auto- ou função e com o horário de trabalho;
ridade competente, qualquer documento ou XIX - recusar-se a atualizar seus dados
objeto da repartição; cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei
III - recusar fé a documentos públicos; nº 9.527, de 10.12.97)
IV - opor resistência injustificada ao an- CAPÍTULO III
damento de documento e processo ou execu- DA ACUMULAÇÃO
ção de serviço; Art. 118. Ressalvados os casos previstos
V - promover manifestação de apreço ou na Constituição, é vedada a acumulação
desapreço no recinto da repartição; remunerada de cargos públicos.
VI - cometer a pessoa estranha à reparti- § 1o A proibição de acumular estende-se a
ção, fora dos casos previstos em lei, o de- cargos, empregos e funções em autarquias, funda-
sempenho de atribuição que seja de sua ções públicas, empresas públicas, sociedades de
responsabilidade ou de seu subordinado; economia mista da União, do Distrito Federal, dos
VII - coagir ou aliciar subordinados no Estados, dos Territórios e dos Municípios.
sentido de filiarem-se a associação profissio- § 2o A acumulação de cargos, ainda que
nal ou sindical, ou a partido político; lícita, fica condicionada à comprovação da
VIII - manter sob sua chefia imediata, em compatibilidade de horários.
cargo ou função de confiança, cônjuge, compa- § 3o Considera-se acumulação proibida a
nheiro ou parente até o segundo grau civil; percepção de vencimento de cargo ou emprego
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

público efetivo com proventos da inatividade, Art. 125. As sanções civis, penais e ad-
salvo quando os cargos de que decorram essas ministrativas poderão cumular-se, sendo
remunerações forem acumuláveis na atividade. independentes entre si.
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 126. A responsabilidade administra-
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais tiva do servidor será afastada no caso de
de um cargo em comissão, exceto no caso previsto absolvição criminal que negue a existência
no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado do fato ou sua autoria.
pela participação em órgão de deliberação coleti- CAPÍTULO V
va. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) DAS PENALIDADES
Parágrafo único. O disposto neste artigo Art. 127. São penalidades disciplinares:
não se aplica à remuneração devida pela parti- I - advertência;
cipação em conselhos de administração e fiscal II - suspensão;
das empresas públicas e sociedades de econo- III - demissão;
mia mista, suas subsidiárias e controladas, bem IV - cassação de aposentadoria ou dispo-
como quaisquer empresas ou entidades em que nibilidade;
a União, direta ou indiretamente, detenha V - destituição de cargo em comissão;
participação no capital social, observado o que, VI - destituição de função comissionada.
a respeito, dispuser legislação específica (Reda- Art. 128. Na aplicação das penalidades
ção dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) serão consideradas a natureza e a gravidade
Art. 120. O servidor vinculado ao regime da infração cometida, os danos que dela
desta Lei, que acumular licitamente dois cargos provierem para o serviço público, as circuns-
efetivos, quando investido em cargo de provi- tâncias agravantes ou atenuantes e os antece-
mento em comissão, ficará afastado de ambos dentes funcionais.
os cargos efetivos, salvo na hipótese em que Parágrafo único. O ato de imposição da
houver compatibilidade de horário e local com o penalidade mencionará sempre o fundamento
exercício de um deles, declarada pelas autorida- legal e a causa da sanção disciplinar. (Incluído
des máximas dos órgãos ou entidades envolvi- pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
dos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 129. A advertência será aplicada por
CAPÍTULO IV escrito, nos casos de violação de proibição
DAS RESPONSABILIDADES constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX,
Art. 121. O servidor responde civil, pe- e de inobservância de dever funcional previs-
nal e administrativamente pelo exercício to em lei, regulamentação ou norma interna,
irregular de suas atribuições. que não justifique imposição de penalidade
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, 10.12.97)
que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Art. 130. A suspensão será aplicada em
§ 1o A indenização de prejuízo dolosa- caso de reincidência das faltas punidas com
mente causado ao erário somente será liqui- advertência e de violação das demais proibi-
dada na forma prevista no art. 46, na falta de ções que não tipifiquem infração sujeita a
outros bens que assegurem a execução do penalidade de demissão, não podendo exce-
débito pela via judicial. der de 90 (noventa) dias.
§ 2o Tratando-se de dano causado a ter- § 1o Será punido com suspensão de até
ceiros, responderá o servidor perante a Fa- 15 (quinze) dias o servidor que, injustifica-
zenda Pública, em ação regressiva. damente, recusar-se a ser submetido a inspe-
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende- ção médica determinada pela autoridade
se aos sucessores e contra eles será executada, competente, cessando os efeitos da penalida-
até o limite do valor da herança recebida. de uma vez cumprida a determinação.
Art. 123. A responsabilidade penal a- § 2o Quando houver conveniência para o
brange os crimes e contravenções imputadas serviço, a penalidade de suspensão poderá
ao servidor, nessa qualidade. ser convertida em multa, na base de 50%
Art. 124. A responsabilidade civil- (cinqüenta por cento) por dia de vencimento
administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo ou remuneração, ficando o servidor obrigado
praticado no desempenho do cargo ou função. a permanecer em serviço.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o
Art. 131. As penalidades de advertência § 1 A indicação da autoria de que trata o
e de suspensão terão seus registros cancela- inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do
dos, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) servidor, e a materialidade pela descrição
anos de efetivo exercício, respectivamente, dos cargos, empregos ou funções públicas
se o servidor não houver, nesse período, em situação de acumulação ilegal, dos ór-
praticado nova infração disciplinar. gãos ou entidades de vinculação, das datas
Parágrafo único. O cancelamento da pe- de ingresso, do horário de trabalho e do
nalidade não surtirá efeitos retroativos. correspondente regime jurídico. (Redação dada
Art. 132. A demissão será aplicada nos pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
seguintes casos: § 2o A comissão lavrará, até três dias após
I - crime contra a administração pública; a publicação do ato que a constituiu, termo de
II - abandono de cargo; indiciação em que serão transcritas as infor-
III - inassiduidade habitual; mações de que trata o parágrafo anterior, bem
IV - improbidade administrativa; como promoverá a citação pessoal do servidor
V - incontinência pública e conduta es- indiciado, ou por intermédio de sua chefia
candalosa, na repartição; imediata, para, no prazo de cinco dias, apre-
VI - insubordinação grave em serviço; sentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista
VII - ofensa física, em serviço, a servidor do processo na repartição, observado o dispos-
ou a particular, salvo em legítima defesa to nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº
própria ou de outrem; 9.527, de 10.12.97)
VIII - aplicação irregular de dinheiros § 3o Apresentada a defesa, a comissão ela-
públicos; borará relatório conclusivo quanto à inocência
IX - revelação de segredo do qual se a- ou à responsabilidade do servidor, em que
propriou em razão do cargo; resumirá as peças principais dos autos, opinará
X - lesão aos cofres públicos e dilapida- sobre a licitude da acumulação em exame,
ção do patrimônio nacional; indicará o respectivo dispositivo legal e remete-
XI - corrupção; rá o processo à autoridade instauradora, para
XII - acumulação ilegal de cargos, em- julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
pregos ou funções públicas; § 4o No prazo de cinco dias, contados do
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI recebimento do processo, a autoridade julga-
do art. 117. dora proferirá a sua decisão, aplicando-se,
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a a- quando for o caso, o disposto no § 3o do art.
cumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ções públicas, a autoridade a que se refere o art. § 5o A opção pelo servidor até o último dia
143 notificará o servidor, por intermédio de sua de prazo para defesa configurará sua boa-fé,
chefia imediata, para apresentar opção no prazo hipótese em que se converterá automaticamente
improrrogável de dez dias, contados da data da em pedido de exoneração do outro cargo.
ciência e, na hipótese de omissão, adotará (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
procedimento sumário para a sua apuração e § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e
regularização imediata, cujo processo adminis- provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demis-
trativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes são, destituição ou cassação de aposentadoria
fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ou disponibilidade em relação aos cargos,
I - instauração, com a publicação do ato empregos ou funções públicas em regime de
que constituir a comissão, a ser composta por acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos
dois servidores estáveis, e simultaneamente ou entidades de vinculação serão comunicados.
indicar a autoria e a materialidade da trans- (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
gressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº § 7o O prazo para a conclusão do processo
9.527, de 10.12.97) administrativo disciplinar submetido ao rito
II - instrução sumária, que compreende sumário não excederá trinta dias, contados da
indiciação, defesa e relatório; (Incluído pela Lei data de publicação do ato que constituir a
nº 9.527, de 10.12.97) comissão, admitida a sua prorrogação por até
III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, quinze dias, quando as circunstâncias o exigi-
de 10.12.97) rem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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§ 8 O procedimento sumário rege-se pe- rior a sessenta dias interpoladamente, duran-
las disposições deste artigo, observando-se, te o período de doze meses; (Incluída pela Lei
no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as nº 9.527, de 10.12.97)
disposições dos Títulos IV e V desta Lei. II - após a apresentação da defesa a comis-
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) são elaborará relatório conclusivo quanto à
Art. 134. Será cassada a aposentadoria inocência ou à responsabilidade do servidor,
ou a disponibilidade do inativo que houver em que resumirá as peças principais dos autos,
praticado, na atividade, falta punível com a indicará o respectivo dispositivo legal, opinará,
demissão. na hipótese de abandono de cargo, sobre a
Art. 135. A destituição de cargo em comis- intencionalidade da ausência ao serviço superi-
são exercido por não ocupante de cargo efetivo or a trinta dias e remeterá o processo à autori-
será aplicada nos casos de infração sujeita às dade instauradora para julgamento. (Incluído pela
penalidades de suspensão e de demissão. Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Constatada a hipótese Art. 141. As penalidades disciplinares
de que trata este artigo, a exoneração efetua- serão aplicadas:
da nos termos do art. 35 será convertida em I - pelo Presidente da República, pelos
destituição de cargo em comissão. Presidentes das Casas do Poder Legislativo e
Art. 136. A demissão ou a destituição de dos Tribunais Federais e pelo Procurador-
cargo em comissão, nos casos dos incisos Geral da República, quando se tratar de
IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indis- demissão e cassação de aposentadoria ou
ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao disponibilidade de servidor vinculado ao
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. respectivo Poder, órgão, ou entidade;
Art. 137. A demissão ou a destituição de II - pelas autoridades administrativas de hi-
cargo em comissão, por infringência do art. erarquia imediatamente inferior àquelas men-
117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex- cionadas no inciso anterior quando se tratar de
servidor para nova investidura em cargo públi- suspensão superior a 30 (trinta) dias;
co federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. III - pelo chefe da repartição e outras au-
Parágrafo único. Não poderá retornar ao toridades na forma dos respectivos regimen-
serviço público federal o servidor que for tos ou regulamentos, nos casos de advertên-
demitido ou destituído do cargo em comissão cia ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
por infringência do art. 132, incisos I, IV, IV - pela autoridade que houver feito a
VIII, X e XI. nomeação, quando se tratar de destituição de
Art. 138. Configura abandono de cargo a cargo em comissão.
ausência intencional do servidor ao serviço Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
por mais de trinta dias consecutivos. I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações
Art. 139. Entende-se por inassiduidade puníveis com demissão, cassação de aposen-
habitual a falta ao serviço, sem causa justifi- tadoria ou disponibilidade e destituição de
cada, por sessenta dias, interpoladamente, cargo em comissão;
durante o período de doze meses. II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
Art. 140. Na apuração de abandono de car- III - em 180 (cento e oitenta) dias, quan-
go ou inassiduidade habitual, também será to á advertência.
adotado o procedimento sumário a que se refere § 1o O prazo de prescrição começa a correr
o art. 133, observando-se especialmente que: da data em que o fato se tornou conhecido.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2o Os prazos de prescrição previstos na
I - a indicação da materialidade dar-se-á: lei penal aplicam-se às infrações disciplina-
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) res capituladas também como crime.
a) na hipótese de abandono de cargo, pe- § 3o A abertura de sindicância ou a ins-
la indicação precisa do período de ausência tauração de processo disciplinar interrompe a
intencional do servidor ao serviço superior a prescrição, até a decisão final proferida por
trinta dias; (Incluída pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) autoridade competente.
b) no caso de inassiduidade habitual, pe- § 4o Interrompido o curso da prescrição,
la indicação dos dias de falta ao serviço sem o prazo começará a correr a partir do dia em
causa justificada, por período igual ou supe- que cessar a interrupção.
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TÍTULO V CAPÍTULO II
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
DISCIPLINAR Art. 147. Como medida cautelar e a fim
CAPÍTULO I de que o servidor não venha a influir na
DISPOSIÇÕES GERAIS apuração da irregularidade, a autoridade
Art. 143. A autoridade que tiver ciência instauradora do processo disciplinar poderá
de irregularidade no serviço público é obri- determinar o seu afastamento do exercício do
gada a promover a sua apuração imediata, cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias,
mediante sindicância ou processo adminis- sem prejuízo da remuneração.
trativo disciplinar, assegurada ao acusado Parágrafo único. O afastamento poderá
ampla defesa. ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005) cessarão os seus efeitos, ainda que não con-
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005) cluído o processo.
§ 3o A apuração de que trata o caput, CAPÍTULO III
por solicitação da autoridade a que se DO PROCESSO DISCIPLINAR
refere, poderá ser promovida por autorida- Art. 148. O processo disciplinar é o ins-
de de órgão ou entidade diverso daquele trumento destinado a apurar responsabilidade
em que tenha ocorrido a irregularidade, de servidor por infração praticada no exercí-
mediante competência específica para tal cio de suas atribuições, ou que tenha relação
finalidade, delegada em caráter permanen- com as atribuições do cargo em que se en-
te ou temporário pelo Presidente da Repú- contre investido.
blica, pelos presidentes das Casas do Po- Art. 149. O processo disciplinar será con-
der Legislativo e dos Tribunais Federais e duzido por comissão composta de três servido-
pelo Procurador-Geral da República, no res estáveis designados pela autoridade compe-
âmbito do respectivo Poder, órgão ou tente, observado o disposto no § 3o do art. 143,
entidade, preservadas as competências que indicará, dentre eles, o seu presidente, que
para o julgamento que se seguir à apura- deverá ser ocupante de cargo efetivo superior
ção. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
Art. 144. As denúncias sobre irregulari- igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada
dades serão objeto de apuração, desde que pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
contenham a identificação e o endereço do § 1o A Comissão terá como secretário ser-
denunciante e sejam formuladas por escrito, vidor designado pelo seu presidente, podendo a
confirmada a autenticidade. indicação recair em um de seus membros.
Parágrafo único. Quando o fato narrado § 2o Não poderá participar de comissão
não configurar evidente infração disciplinar de sindicância ou de inquérito, cônjuge,
ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, companheiro ou parente do acusado, consan-
por falta de objeto. güíneo ou afim, em linha reta ou colateral,
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: até o terceiro grau.
I - arquivamento do processo; Art. 150. A Comissão exercerá suas ativi-
II - aplicação de penalidade de advertên- dades com independência e imparcialidade,
cia ou suspensão de até 30 (trinta) dias; assegurado o sigilo necessário à elucidação do
III - instauração de processo disciplinar. fato ou exigido pelo interesse da administração.
Parágrafo único. O prazo para conclusão Parágrafo único. As reuniões e as audiên-
da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, cias das comissões terão caráter reservado.
podendo ser prorrogado por igual período, a Art. 151. O processo disciplinar se de-
critério da autoridade superior. senvolve nas seguintes fases:
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado I - instauração, com a publicação do ato
pelo servidor ensejar a imposição de penali- que constituir a comissão;
dade de suspensão por mais de 30 (trinta) II - inquérito administrativo, que com-
dias, de demissão, cassação de aposentadoria preende instrução, defesa e relatório;
ou disponibilidade, ou destituição de cargo III - julgamento.
em comissão, será obrigatória a instauração Art. 152. O prazo para a conclusão do
de processo disciplinar. processo disciplinar não excederá 60 (ses-
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

senta) dias, contados da data de publicação dia e hora marcados para inquirição.
do ato que constituir a comissão, admitida a Art. 158. O depoimento será prestado o-
sua prorrogação por igual prazo, quando as ralmente e reduzido a termo, não sendo lícito
circunstâncias o exigirem. à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1o Sempre que necessário, a comissão § 1o As testemunhas serão inquiridas se-
dedicará tempo integral aos seus trabalhos, paradamente.
ficando seus membros dispensados do ponto, § 2o Na hipótese de depoimentos contra-
até a entrega do relatório final. ditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à
§ 2o As reuniões da comissão serão re- acareação entre os depoentes.
gistradas em atas que deverão detalhar as Art. 159. Concluída a inquirição das tes-
deliberações adotadas. temunhas, a comissão promoverá o interro-
SEÇÃO I gatório do acusado, observados os procedi-
DO INQUÉRITO mentos previstos nos arts. 157 e 158.
Art. 153. O inquérito administrativo obede- § 1o No caso de mais de um acusado, ca-
cerá ao princípio do contraditório, assegurada da um deles será ouvido separadamente, e
ao acusado ampla defesa, com a utilização dos sempre que divergirem em suas declarações
meios e recursos admitidos em direito. sobre fatos ou circunstâncias, será promovi-
Art. 154. Os autos da sindicância inte- da a acareação entre eles.
grarão o processo disciplinar, como peça § 2o O procurador do acusado poderá as-
informativa da instrução. sistir ao interrogatório, bem como à inquiri-
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório ção das testemunhas, sendo-lhe vedado
da sindicância concluir que a infração está interferir nas perguntas e respostas, facultan-
capitulada como ilícito penal, a autoridade do-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermé-
competente encaminhará cópia dos autos ao dio do presidente da comissão.
Ministério Público, independentemente da Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sa-
imediata instauração do processo disciplinar. nidade mental do acusado, a comissão proporá à
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão autoridade competente que ele seja submetido a
promoverá a tomada de depoimentos, acarea- exame por junta médica oficial, da qual partici-
ções, investigações e diligências cabíveis, objeti- pe pelo menos um médico psiquiatra.
vando a coleta de prova, recorrendo, quando Parágrafo único. O incidente de sanidade
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permi- mental será processado em auto apartado e
tir a completa elucidação dos fatos. apenso ao processo principal, após a expedi-
Art. 156. É assegurado ao servidor o di- ção do laudo pericial.
reito de acompanhar o processo pessoalmen- Art. 161. Tipificada a infração discipli-
te ou por intermédio de procurador, arrolar e nar, será formulada a indiciação do servidor,
reinquirir testemunhas, produzir provas e com a especificação dos fatos a ele imputa-
contraprovas e formular quesitos, quando se dos e das respectivas provas.
tratar de prova pericial. § 1o O indiciado será citado por mandado
§ 1o O presidente da comissão poderá expedido pelo presidente da comissão para
denegar pedidos considerados impertinentes, apresentar defesa escrita, no prazo de 10
meramente protelatórios, ou de nenhum (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do pro-
interesse para o esclarecimento dos fatos. cesso na repartição.
§ 2o Será indeferido o pedido de prova pe- § 2o Havendo dois ou mais indiciados, o
ricial, quando a comprovação do fato indepen- prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
der de conhecimento especial de perito. § 3o O prazo de defesa poderá ser pror-
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a rogado pelo dobro, para diligências reputa-
depor mediante mandado expedido pelo presiden- das indispensáveis.
te da comissão, devendo a segunda via, com o § 4o No caso de recusa do indiciado em
ciente do interessado, ser anexado aos autos. apor o ciente na cópia da citação, o prazo
Parágrafo único. Se a testemunha for para defesa contar-se-á da data declarada, em
servidor público, a expedição do mandado termo próprio, pelo membro da comissão
será imediatamente comunicada ao chefe da que fez a citação, com a assinatura de (2)
repartição onde serve, com a indicação do duas testemunhas.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

Art. 162. O indiciado que mudar de resi- de que trata o inciso I do art. 141.
dência fica obrigado a comunicar à comissão § 4o Reconhecida pela comissão a ino-
o lugar onde poderá ser encontrado. cência do servidor, a autoridade instauradora
Art. 163. Achando-se o indiciado em lu- do processo determinará o seu arquivamento,
gar incerto e não sabido, será citado por salvo se flagrantemente contrária à prova dos
edital, publicado no Diário Oficial da União autos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
e em jornal de grande circulação na localida- Art. 168. O julgamento acatará o relató-
de do último domicílio conhecido, para rio da comissão, salvo quando contrário às
apresentar defesa. provas dos autos.
Parágrafo único. Na hipótese deste arti- Parágrafo único. Quando o relatório da
go, o prazo para defesa será de 15 (quinze) comissão contrariar as provas dos autos, a
dias a partir da última publicação do edital. autoridade julgadora poderá, motivadamente,
Art. 164. Considerar-se-á revel o indici- agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou
ado que, regularmente citado, não apresentar isentar o servidor de responsabilidade.
defesa no prazo legal. Art. 169. Verificada a ocorrência de vício
§ 1o A revelia será declarada, por termo, nos au- insanável, a autoridade que determinou a instau-
tos do processo e devolverá o prazo para a defesa. ração do processo ou outra de hierarquia superi-
§ 2o Para defender o indiciado revel, a or declarará a sua nulidade, total ou parcial, e
autoridade instauradora do processo designa- ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra
rá um servidor como defensor dativo, que comissão para instauração de novo processo.
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ou de mesmo nível, ou ter nível de escolari- § 1o O julgamento fora do prazo legal
dade igual ou superior ao do indiciado. (Reda- não implica nulidade do processo.
ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2o A autoridade julgadora que der cau-
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão ela- sa à prescrição de que trata o art. 142, § 2o,
borará relatório minucioso, onde resumirá as será responsabilizada na forma do Capítulo
peças principais dos autos e mencionará as provas IV do Título IV.
em que se baseou para formar a sua convicção. Art. 170. Extinta a punibilidade pela
§ 1o O relatório será sempre conclusivo quan- prescrição, a autoridade julgadora determina-
to à inocência ou à responsabilidade do servidor. rá o registro do fato nos assentamentos indi-
§ 2o Reconhecida a responsabilidade do viduais do servidor.
servidor, a comissão indicará o dispositivo legal Art. 171. Quando a infração estiver capi-
ou regulamentar transgredido, bem como as tulada como crime, o processo disciplinar
circunstâncias agravantes ou atenuantes. será remetido ao Ministério Público para
Art. 166. O processo disciplinar, com o instauração da ação penal, ficando trasladado
relatório da comissão, será remetido à auto- na repartição.
ridade que determinou a sua instauração, Art. 172. O servidor que responder a
para julgamento. processo disciplinar só poderá ser exonerado
SEÇÃO II a pedido, ou aposentado voluntariamente,
DO JULGAMENTO após a conclusão do processo e o cumpri-
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, mento da penalidade, acaso aplicada.
contados do recebimento do processo, a Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de
autoridade julgadora proferirá a sua decisão. que trata o parágrafo único, inciso I do art. 34, o
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exce- ato será convertido em demissão, se for o caso.
der a alçada da autoridade instauradora do Art. 173. Serão assegurados transporte e
processo, este será encaminhado à autoridade diárias:
competente, que decidirá em igual prazo. I - ao servidor convocado para prestar depo-
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversi- imento fora da sede de sua repartição, na condi-
dade de sanções, o julgamento caberá à autoridade ção de testemunha, denunciado ou indiciado;
competente para a imposição da pena mais grave. II - aos membros da comissão e ao secretá-
§ 3o Se a penalidade prevista for a demis- rio, quando obrigados a se deslocarem da sede
são ou cassação de aposentadoria ou disponi- dos trabalhos para a realização de missão es-
bilidade, o julgamento caberá às autoridades sencial ao esclarecimento dos fatos.
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SEÇÃO III TÍTULO VI


DA REVISÃO DO PROCESSO DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR
Art. 174. O processo disciplinar poderá (Ver o art. 40 da Constituição, as Emendas Constitucio-
ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de nais nos 19 e 20, de 1998, 41, de 2003, e 47, de 2005, as Lei
ofício, quando se aduzirem fatos novos ou nos 9.717, de 27.11.1998, e 10.887, de 18.6.2004, e a Medida
circunstâncias suscetíveis de justificar a Provisória n º 2.187-13, de 24.8.2001)
inocência do punido ou a inadequação da CAPÍTULO I
penalidade aplicada. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1o Em caso de falecimento, ausência ou de- Art. 183. A União manterá Plano de Segu-
saparecimento do servidor, qualquer pessoa da ridade Social para o servidor e sua família.
família poderá requerer a revisão do processo. § 1o O servidor ocupante de cargo em
§ 2o No caso de incapacidade mental do comissão que não seja, simultaneamente,
servidor, a revisão será requerida pelo res- ocupante de cargo ou emprego efetivo na
pectivo curador. administração pública direta, autárquica e
Art. 175. No processo revisional, o ônus fundacional não terá direito aos benefícios
da prova cabe ao requerente. do Plano de Seguridade Social, com exceção
Art. 176. A simples alegação de injustiça da assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº 8.647,
da penalidade não constitui fundamento para de 13 de abril de 1993, e renumerado pelo art. 3° da
a revisão, que requer elementos novos, ainda Lei n° 10.667, de 14 de maio de 2003)
não apreciados no processo originário. § 2o O servidor afastado ou licenciado do
Art. 177. O requerimento de revisão do cargo efetivo, sem direito à remuneração,
processo será dirigido ao Ministro de Estado inclusive para servir em organismo oficial
ou autoridade equivalente, que, se autorizar a internacional do qual o Brasil seja membro
revisão, encaminhará o pedido ao dirigente efetivo ou com o qual coopere, ainda que
do órgão ou entidade onde se originou o contribua para regime de previdência social
processo disciplinar. no exterior, terá suspenso o seu vínculo com
Parágrafo único. Deferida a petição, a auto- o regime do Plano de Seguridade Social do
ridade competente providenciará a constituição Servidor Público enquanto durar o afasta-
de comissão, na forma do art. 149. mento ou a licença, não lhes assistindo, neste
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao período, os benefícios do mencionado regi-
processo originário. me de previdência. (Incluído pelo art. 3° da Lei n°
Parágrafo único. Na petição inicial, o reque- 10.667, de 14 de maio de 2003)
rente pedirá dia e hora para a produção de provas § 3o Será assegurada ao servidor licenciado
e inquirição das testemunhas que arrolar. ou afastado sem remuneração a manutenção da
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (ses- vinculação ao regime do Plano de Seguridade
senta) dias para a conclusão dos trabalhos. Social do Servidor Público, mediante o reco-
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da lhimento mensal da respectiva contribuição, no
comissão revisora, no que couber, as normas mesmo percentual devido pelos servidores em
e procedimentos próprios da comissão do atividade, incidente sobre a remuneração total
processo disciplinar. do cargo a que faz jus no exercício de suas
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade atribuições, computando-se, para esse efeito,
que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141. inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído pelo art.
Parágrafo único. O prazo para julgamento 3° da Lei n° 10.667, de 14 de maio de 2003)
será de 20 (vinte) dias, contados do recebimen- § 4o O recolhimento de que trata o § 3o
to do processo, no curso do qual a autoridade deve ser efetuado até o segundo dia útil após
julgadora poderá determinar diligências. a data do pagamento das remunerações dos
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será servidores públicos, aplicando-se os proce-
declarada sem efeito a penalidade aplicada, dimentos de cobrança e execução dos tribu-
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, tos federais quando não recolhidas na data de
exceto em relação à destituição do cargo em vencimento.” (Incluído pelo art. 3° da Lei n°
comissão, que será convertida em exoneração. 10.667, de 14 de maio de 2003) (NR)
Parágrafo único. Da revisão do processo não Art. 184. O Plano de Seguridade Social
poderá resultar agravamento de penalidade. visa a dar cobertura aos riscos a que estão
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

sujeitos o servidor e sua família, e compre- III - voluntariamente:


ende um conjunto de benefícios e ações que a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço,
atendam às seguintes finalidades: se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com
I - garantir meios de subsistência nos even- proventos integrais;
tos de doença, invalidez, velhice, acidente em b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercí-
serviço, inatividade, falecimento e reclusão; cio em funções de magistério se professor, e
II - proteção à maternidade, à adoção e à 25 (vinte e cinco) se professora, com proven-
paternidade; tos integrais;
III - assistência à saúde. c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se ho-
Parágrafo único. Os benefícios serão concedi- mem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher,
dos nos termos e condições definidos em regula- com proventos proporcionais a esse tempo;
mento, observadas as disposições desta Lei. d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
Art. 185. Os benefícios do Plano de Se- se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com
guridade Social do servidor compreendem: proventos proporcionais ao tempo de serviço.
I - quanto ao servidor: § 1o Consideram-se doenças graves, conta-
a) aposentadoria; giosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I
b) auxílio-natalidade; deste artigo, tuberculose ativa, alienação men-
c) salário-família; tal, esclerose múltipla, neoplasia maligna,
d) licença para tratamento de saúde; cegueira posterior ao ingresso no serviço públi-
e) licença à gestante, à adotante e licen- co, hanseníase, cardiopatia grave, doença de
ça-paternidade; Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
f) licença por acidente em serviço; espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
g) assistência à saúde; estados avançados do mal de Paget (osteíte
h) garantia de condições individuais e deformante), Síndrome de Imunodeficiência
ambientais de trabalho satisfatórias; Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar,
II - quanto ao dependente: com base na medicina especializada.
a) pensão vitalícia e temporária; § 2o Nos casos de exercício de atividades
b) auxílio-funeral; consideradas insalubres ou perigosas, bem
c) auxílio-reclusão; como nas hipóteses previstas no art. 71, a
d) assistência à saúde. aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e
§ 1o As aposentadorias e pensões serão con- "c", observará o disposto em lei específica.
cedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos § 3o Na hipótese do inciso I o servidor
quais se encontram vinculados os servidores, será submetido à junta médica oficial, que
observado o disposto nos arts. 189 e 224. atestará a invalidez quando caracterizada a
§ 2o O recebimento indevido de benefí- incapacidade para o desempenho das atribui-
cios havidos por fraude, dolo ou má-fé, ções do cargo ou a impossibilidade de se
implicará devolução ao erário do total aufe- aplicar o disposto no art. 24. (Incluído pela Lei
rido, sem prejuízo da ação penal cabível. nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO II Art. 187. A aposentadoria compulsória
DOS BENEFÍCIOS será automática, e declarada por ato, com
SEÇÃO I vigência a partir do dia imediato àquele em
DA APOSENTADORIA que o servidor atingir a idade-limite de per-
(Ver o art. 40 da Constituição, as Emendas Constitucionais manência no serviço ativo.
nos 20, de 1998 e 41, de 2003, e a Lei nº 10.887, de 2004) Art. 188. A aposentadoria voluntária ou
Art. 186. O servidor será aposentado: por invalidez vigorará a partir da data da
I - por invalidez permanente, sendo os pro- publicação do respectivo ato.
ventos integrais quando decorrente de acidente § 1o A aposentadoria por invalidez será
em serviço, moléstia profissional ou doença precedida de licença para tratamento de
grave, contagiosa ou incurável, especificada em saúde, por período não excedente a 24 (vinte
lei, e proporcionais nos demais casos; e quatro) meses.
II - compulsoriamente, aos setenta anos § 2o Expirado o período de licença e não
de idade, com proventos proporcionais ao estando em condições de reassumir o cargo ou
tempo de serviço; de ser readaptado, o servidor será aposentado.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o
§ 3 O lapso de tempo compreendido en- Parágrafo único. Consideram-se depen-
tre o término da licença e a publicação do ato dentes econômicos para efeito de percepção
da aposentadoria será considerado como de do salário-família:
prorrogação da licença. I - o cônjuge ou companheiro e os filhos,
Art. 189. O provento da aposentadoria inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos
será calculado com observância do disposto de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e qua-
no § 3o do art. 41, e revisto na mesma data e tro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
proporção, sempre que se modificar a remu- II - o menor de 21 (vinte e um) anos que,
neração dos servidores em atividade. mediante autorização judicial, viver na compa-
Parágrafo único. São estendidos aos inati- nhia e às expensas do servidor, ou do inativo;
vos quaisquer benefícios ou vantagens posteri- III - a mãe e o pai sem economia própria.
ormente concedidas aos servidores em ativida- Art. 198. Não se configura a dependência
de, inclusive quando decorrentes de transfor- econômica quando o beneficiário do salário-
mação ou reclassificação do cargo ou função família perceber rendimento do trabalho ou de
em que se deu a aposentadoria. qualquer outra fonte, inclusive pensão ou pro-
Art. 190. O servidor aposentado com vento da aposentadoria, em valor igual ou
provento proporcional ao tempo de serviço, superior ao salário-mínimo.
se acometido de qualquer das moléstias Art. 199. Quando o pai e mãe forem servi-
especificadas no art. 186, § 1o, passará a dores públicos e viverem em comum, o salário-
perceber provento integral. família será pago a um deles; quando separa-
Art. 191. Quando proporcional ao tempo dos, será pago a um e outro, de acordo com a
de serviço, o provento não será inferior a 1/3 distribuição dos dependentes.
(um terço) da remuneração da atividade. Parágrafo único. Ao pai e à mãe equipa-
Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ram-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes,
Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) os representantes legais dos incapazes.
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a Art. 200. O salário-família não está su-
gratificação natalina, até o dia vinte do mês de jeito a qualquer tributo, nem servirá de base
dezembro, em valor equivalente ao respectivo para qualquer contribuição, inclusive para a
provento, deduzido o adiantamento recebido. Previdência Social.
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha Art. 201. O afastamento do cargo efeti-
efetivamente participado de operações béli- vo, sem remuneração, não acarreta a suspen-
cas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos são do pagamento do salário-família.
termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de SEÇÃO IV
1967, será concedida aposentadoria com DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos Art. 202. Será concedida ao servidor li-
de serviço efetivo. cença para tratamento de saúde, a pedido ou
SEÇÃO II de ofício, com base em perícia médica, sem
DO AUXÍLIO-NATALIDADE prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à Art. 203. Para licença até 30 (trinta) dias,
servidora por motivo de nascimento de filho, em a inspeção será feita por médico do setor de
quantia equivalente ao menor vencimento do assistência do órgão de pessoal e, se por
serviço público, inclusive no caso de natimorto. prazo superior, por junta médica oficial.
§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o va- § 1o Sempre que necessário, a inspeção
lor será acrescido de 50% (cinqüenta por médica será realizada na residência do servi-
cento), por nascituro. dor ou no estabelecimento hospitalar onde se
§ 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou encontrar internado.
companheiro servidor público, quando a § 2o Inexistindo médico no órgão ou en-
parturiente não for servidora. tidade no local onde se encontra ou tenha
SEÇÃO III exercício em caráter permanente o servidor,
DO SALÁRIO-FAMÍLIA e não se configurando as hipóteses previstas
Art. 197. O salário-família é devido ao nos parágrafos do art. 230, será aceito ates-
servidor ativo ou ao inativo, por dependente tado passado por médico particular. (Redação
econômico. dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990
o
§ 3 No caso do parágrafo anterior, o ates- Art. 210. À servidora que adotar ou obti-
tado somente produzirá efeitos depois de ver guarda judicial de criança até 1 (um) ano
homologado pelo setor médico do respectivo de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias
órgão ou entidade, ou pelas autoridades ou de licença remunerada.
pessoas de que tratam os parágrafos do art. Parágrafo único. No caso de adoção ou
230. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) guarda judicial de criança com mais de 1
§ 4o O servidor que durante o mesmo (um) ano de idade, o prazo de que trata este
exercício atingir o limite de trinta dias de artigo será de 30 (trinta) dias.
licença para tratamento de saúde, consecu- SEÇÃO VI
tivos ou não, para a concessão de nova DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
licença, independentemente do prazo de Art. 211. Será licenciado, com remunera-
sua duração, será submetido a inspeção ção integral, o servidor acidentado em serviço.
por junta médica oficial. (Incluído pela Lei nº Art. 212. Configura acidente em serviço o
9.527, de 10.12.97) dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que
Art. 204. Findo o prazo da licença, o servi- se relacione, mediata ou imediatamente, com as
dor será submetido a nova inspeção médica, atribuições do cargo exercido.
que concluirá pela volta ao serviço, pela pror- Parágrafo único. Equipara-se ao acidente
rogação da licença ou pela aposentadoria. em serviço o dano:
Art. 205. O atestado e o laudo da junta I - decorrente de agressão sofrida e não
médica não se referirão ao nome ou natureza provocada pelo servidor no exercício do cargo;
da doença, salvo quando se tratar de lesões II - sofrido no percurso da residência pa-
produzidas por acidente em serviço, doença ra o trabalho e vice-versa.
profissional ou qualquer das doenças especi- Art. 213. O servidor acidentado em ser-
ficadas no art. 186, § 1o. viço que necessite de tratamento especializa-
Art. 206. O servidor que apresentar indí- do poderá ser tratado em instituição privada,
cios de lesões orgânicas ou funcionais será à conta de recursos públicos.
submetido a inspeção médica. Parágrafo único. O tratamento recomen-
SEÇÃO V dado por junta médica oficial constitui medi-
DA LICENÇA À GESTANTE, À A DOTANTE E da de exceção e somente será admissível
DA LICENÇA-PATERNIDADE quando inexistirem meios e recursos ade-
Art. 207. Será concedida licença à servi- quados em instituição pública.
dora gestante por 120 (cento e vinte) dias Art. 214. A prova do acidente será feita
consecutivos, sem prejuízo da remuneração. no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quan-
§ 1o A licença poderá ter início no pri- do as circunstâncias o exigirem.
meiro dia do nono mês de gestação, salvo SEÇÃO VII
antecipação por prescrição médica. DA PENSÃO
§ 2o No caso de nascimento prematuro, a Art. 215. Por morte do servidor, os de-
licença terá início a partir do parto. pendentes fazem jus a uma pensão mensal de
§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 valor correspondente ao da respectiva remu-
(trinta) dias do evento, a servidora será neração ou provento, a partir da data do óbito,
submetida a exame médico, e se julgada observado o limite estabelecido no art. 42.
apta, reassumirá o exercício. Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto
§ 4o No caso de aborto atestado por mé- à natureza, em vitalícias e temporárias.
dico oficial, a servidora terá direito a 30 § 1o A pensão vitalícia é composta de cota ou
(trinta) dias de repouso remunerado. cotas permanentes, que somente se extinguem ou
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de revertem com a morte de seus beneficiários.
filhos, o servidor terá direito à licença- § 2o A pensão temporária é composta de
paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos. cota ou cotas que podem se extinguir ou
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, reverter por motivo de morte, cessação de
até a idade de seis meses, a servidora lactante invalidez ou maioridade do beneficiário.
terá direito, durante a jornada de trabalho, a Art. 217. São beneficiários das pensões:
uma hora de descanso, que poderá ser parcela- I - vitalícia:
da em dois períodos de meia hora. a) o cônjuge;
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

b) a pessoa desquitada, separada judici- tardia que implique exclusão de beneficiário


almente ou divorciada, com percepção de ou redução de pensão só produzirá efeitos a
pensão alimentícia; partir da data em que for oferecida.
c) o companheiro ou companheira desig- Art. 220. Não faz jus à pensão o bene-
nado que comprove união estável como ficiário condenado pela prática de crime
entidade familiar; doloso de que tenha resultado a morte do
d) a mãe e o pai que comprovem depen- servidor.
dência econômica do servidor; Art. 221. Será concedida pensão provisó-
e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) ria por morte presumida do servidor, nos
anos e a pessoa portadora de deficiência, que seguintes casos:
vivam sob a dependência econômica do servidor; I - declaração de ausência, pela autorida-
II - temporária: de judiciária competente;
a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e II - desaparecimento em desabamento,
um) anos de idade, ou, se inválidos, enquan- inundação, incêndio ou acidente não caracte-
to durar a invalidez; rizado como em serviço;
b) o menor sob guarda ou tutela até 21 III - desaparecimento no desempenho das a-
(vinte e um) anos de idade; tribuições do cargo ou em missão de segurança.
c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o Parágrafo único. A pensão provisória se-
inválido, enquanto durar a invalidez, que compro- rá transformada em vitalícia ou temporária,
vem dependência econômica do servidor; conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos
d) a pessoa designada que viva na de- de sua vigência, ressalvado o eventual reapa-
pendência econômica do servidor, até 21 recimento do servidor, hipótese em que o
(vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto benefício será automaticamente cancelado.
durar a invalidez. Art. 222. Acarreta perda da qualidade de
§ 1o A concessão de pensão vitalícia aos be- beneficiário:
neficiários de que tratam as alíneas "a" e "c" do I - o seu falecimento;
inciso I deste artigo exclui desse direito os demais II - a anulação do casamento, quando a
beneficiários referidos nas alíneas "d" e "e". decisão ocorrer após a concessão da pensão
§ 2o A concessão da pensão temporária ao cônjuge;
aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" III - a cessação de invalidez, em se tra-
e "b" do inciso II deste artigo exclui desse tando de beneficiário inválido;
direito os demais beneficiários referidos nas IV - a maioridade de filho, irmão órfão
alíneas "c" e "d". ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um)
Art. 218. A pensão será concedida integral- anos de idade;
mente ao titular da pensão vitalícia, exceto se V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
existirem beneficiários da pensão temporária. VI - a renúncia expressa.
§ 1o Ocorrendo habilitação de vários titu- Art. 223. Por morte ou perda da qualidade
lares à pensão vitalícia, o seu valor será de beneficiário, a respectiva cota reverterá:
distribuído em partes iguais entre os benefi- I - da pensão vitalícia para os remanes-
ciários habilitados. centes desta pensão ou para os titulares da
§ 2o Ocorrendo habilitação às pensões vita- pensão temporária, se não houver pensionista
lícia e temporária, metade do valor caberá ao remanescente da pensão vitalícia;
titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a II - da pensão temporária para os co-
outra metade rateada em partes iguais, entre os beneficiários ou, na falta destes, para o bene-
titulares da pensão temporária. ficiário da pensão vitalícia.
§ 3o Ocorrendo habilitação somente à pensão Art. 224. As pensões serão automatica-
temporária, o valor integral da pensão será ratea- mente atualizadas na mesma data e na mes-
do, em partes iguais, entre os que se habilitarem. ma proporção dos reajustes dos vencimentos
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a dos servidores, aplicando-se o disposto no
qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as parágrafo único do art. 189.
prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos. Art. 225. Ressalvado o direito de opção,
Parágrafo único. Concedida a pensão, é vedada a percepção cumulativa de mais de
qualquer prova posterior ou habilitação duas pensões.
− 30/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

SEÇÃO VIII ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensio-


DO AUXÍLIO-FUNERAL nistas com planos ou seguros privados de assis-
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à tência à saúde, na forma estabelecida em regula-
família do servidor falecido na atividade ou mento. (Redação dada pela Lei nº 11.302, de 10.5.2006).
aposentado, em valor equivalente a um mês Regulamentado pelo Decreto n° 4.978, de 3.2.2004, alterado
da remuneração ou provento. este pelo Decreto n° 5.010, de 9.3.2004.)
§ 1o No caso de acumulação legal de § 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em
cargos, o auxílio será pago somente em razão que seja exigida perícia, avaliação ou inspeção
do cargo de maior remuneração. médica, na ausência de médico ou junta médica
§ 2o (VETADO). oficial, para a sua realização o órgão ou entida-
§ 3o O auxílio será pago no prazo de 48 de celebrará, preferencialmente, convênio com
(quarenta e oito) horas, por meio de proce- unidades de atendimento do sistema público de
dimento sumaríssimo, à pessoa da família saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas
que houver custeado o funeral. de utilidade pública, ou com o Instituto Nacio-
Art. 227. Se o funeral for custeado por nal do Seguro Social - INSS. (Incluído pela Lei nº
terceiro, este será indenizado, observado o 9.527, de 10.12.97)
disposto no artigo anterior. § 2o Na impossibilidade, devidamente justi-
Art. 228. Em caso de falecimento de servi- ficada, da aplicação do disposto no parágrafo
dor em serviço fora do local de trabalho, inclu- anterior, o órgão ou entidade promoverá a
sive no exterior, as despesas de transporte do contratação da prestação de serviços por pessoa
corpo correrão à conta de recursos da União, jurídica, que constituirá junta médica especifi-
autarquia ou fundação pública. camente para esses fins, indicando os nomes e
SEÇÃO IX especialidades dos seus integrantes, com a
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO comprovação de suas habilitações e de que não
Art. 229. À família do servidor ativo é de- estejam respondendo a processo disciplinar
vido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores: junto à entidade fiscalizadora da profissão.
I - dois terços da remuneração, quando (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
afastado por motivo de prisão, em flagrante § 3o Para os fins do disposto no caput
ou preventiva, determinada pela autoridade deste artigo, ficam a União e suas entidades
competente, enquanto perdurar a prisão; autárquicas e fundacionais autorizadas a:
II - metade da remuneração, durante o (Incluído pela Lei nº 11.302, de 10.5.2006).
afastamento, em virtude de condenação, por I - celebrar convênios exclusivamente para a
sentença definitiva, a pena que não determi- prestação de serviços de assistência à saúde para
ne a perda de cargo. os seus servidores ou empregados ativos, aposen-
§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste tados, pensionistas, bem como para seus respecti-
artigo, o servidor terá direito à integralização vos grupos familiares definidos, com entidades de
da remuneração, desde que absolvido. autogestão por elas patrocinadas por meio de
§ 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e
a partir do dia imediato àquele em que o servidor publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que
for posto em liberdade, ainda que condicional. possuam autorização de funcionamento do órgão
CAPÍTULO III regulador, sendo certo que os convênios celebra-
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE dos depois dessa data somente poderão sê-lo na
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, forma da regulamentação específica sobre patro-
ativo ou inativo, e de sua família compreende cínio de autogestões, a ser publicada pelo mesmo
assistência médica, hospitalar, odontológica, órgão regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta)
psicológica e farmacêutica, terá como diretriz dias da vigência desta Lei, normas essas também
básica o implemento de ações preventivas volta- aplicáveis aos convênios existentes até 12 de
das para a promoção da saúde e será prestada fevereiro de 2006;
pelo Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente II - contratar, mediante licitação, na forma
pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, opera-
o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou doras de planos e seguros privados de assistên-
ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimen- cia à saúde que possuam autorização de funcio-
to parcial do valor despendido pelo servidor, namento do órgão regulador;
− 31/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

III - (VETADO) 273


TÍTULO VIII
§ 4o (VETADO)274 CAPÍTULO ÚNICO
§ 5o O valor do ressarcimento fica limitado DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
ao total despendido pelo servidor ou pensionista Art. 236. O Dia do Servidor Público será
civil com plano ou seguro privado de assistência à comemorado a vinte e oito de outubro.
saúde. (NR) (Incluído pela Lei nº 11.302, de 10.5.2006) Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito
CAPÍTULO IV dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
DO CUSTEIO os seguintes incentivos funcionais, além daqueles
Art. 231. (Revogado pela Lei nº 9.783, de 28.01.99) já previstos nos respectivos planos de carreira:
TÍTULO VII I - prêmios pela apresentação de idéias,
CAPÍTULO ÚNICO inventos ou trabalhos que favoreçam o au-
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EX- mento de produtividade e a redução dos
CEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO custos operacionais;
Art. 232. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) II - concessão de medalhas, diplomas de
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) honra ao mérito, condecoração e elogio.
Art. 234. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei
Art. 235. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) serão contados em dias corridos, excluindo-
se o dia do começo e incluindo-se o do ven-
273 cimento, ficando prorrogado, para o primeiro
MENSAGEM Nº 347, DE 10.4.2006
Ouvidos, o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em
União manifestaram-se pelo veto aos seguintes dispositivos: que não haja expediente.
Inciso III do § 3o e § 4o do art. 230, alterados pelo art. 9o Art. 239. Por motivo de crença religiosa
do projeto de lei de conversão: ou de convicção filosófica ou política, o
“Art. 230. .........................................................
§ 3o. ................................................................. servidor não poderá ser privado de quaisquer
......................................................................... dos seus direitos, sofrer discriminação em
III - conceder, quando não adotada qualquer das sua vida funcional, nem eximir-se do cum-
opções previstas nos incisos I e II deste parágrafo, res- primento de seus deveres.
sarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, a-
tivo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com Art. 240. Ao servidor público civil é asse-
plano ou seguro privado de assistência à saúde. gurado, nos termos da Constituição Federal, o
................................................................................. direito à livre associação sindical e os seguintes
Razões dos vetos direitos, entre outros, dela decorrentes:
“A redação do inciso III do art. 3o não deixa claro se
a opção é do servidor ou da Administração, podendo a) de ser representado pelo sindicato, in-
ensejar sérias dúvidas quanto à sua aplicabilidade. ...” clusive como substituto processual;
274
MENSAGEM Nº 347, DE 10.4.2006 b) de inamovibilidade do dirigente sindi-
Ouvidos, o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da cal, até um ano após o final do mandato,
União manifestaram-se pelo veto aos seguintes dispositivos:
Inciso III do § 3o e § 4o do art. 230, alterados pelo exceto se a pedido;
art. 9o do projeto de lei de conversão: c) de descontar em folha, sem ônus para
“Art. 230. ......................................................... a entidade sindical a que for filiado, o valor
o
§ 4 O órgão central do Sistema de Pessoal Civil das mensalidades e contribuições definidas
fixará anualmente, no âmbito do Poder Executivo, medi-
ante portaria, o valor básico mensal do ressarcimento por em assembléia geral da categoria.
beneficiário a que se refere o caput deste artigo, de acor- d) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
do com a dotação específica consignada no Orçamento e) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
da União, com o número total de beneficiários e com a Art. 241. Consideram-se da família do
remuneração dos servidores.
............................................................. .” (NR) servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer
Razões dos vetos pessoas que vivam às suas expensas e cons-
“.... Já o § 4o institui razão entre o valor do res- tem do seu assentamento individual.
sarcimento e o salário do servidor, não esclarecendo Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge
se a proporcionalidade é direta ou indireta. Ademais,
tratam-se de dispositivos de caráter regulamentar, o a companheira ou companheiro, que com-
que torna adequado o seu veto, uma vez que na nova prove união estável como entidade familiar.
redação do caput do art. 230 da Lei no 8.112, de Art. 242. Para os fins desta Lei, conside-
1990, constante do projeto de lei de conversão, já há ra-se sede o município onde a repartição
a previsão expressa de que o Poder Executivo deverá
regulamentar todas as possibilidades de assistência à estiver instalada e onde o servidor tiver
saúde do servidor ali previstas.” exercício, em caráter permanente.
− 32/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 8.112, de 1990

TÍTULO IX ções isentas os pagamentos efetuados a título


CAPÍTULO ÚNICO de indenização prevista no parágrafo anteri-
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS or. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurí- § 9o Os cargos vagos em decorrência da a-
dico instituído por esta Lei, na qualidade de plicação do disposto no § 7o poderão ser extintos
servidores públicos, os servidores dos Poderes pelo Poder Executivo quando considerados
da União, dos ex-Territórios, das autarquias, desnecessários. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
inclusive as em regime especial, e das funda- Art. 244. Os adicionais por tempo de servi-
ções públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 ço, já concedidos aos servidores abrangidos por
de outubro de 1952 - Estatuto dos Funcionários esta Lei, ficam transformados em anuênio.
Públicos Civis da União, ou pela Consolidação Art. 245. A licença especial disciplinada
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto- pelo art. 116 da Lei nº 1.711, de 1952, ou por
Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, exceto os outro diploma legal, fica transformada em
contratados por prazo determinado, cujos licença-prêmio por assiduidade, na forma
contratos não poderão ser prorrogados após o prevista nos arts. 87 a 90.
vencimento do prazo de prorrogação. Art. 246. (VETADO).
§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores in- Art. 247. Para efeito do disposto no Títu-
cluídos no regime instituído por esta Lei ficam lo VI desta Lei, haverá ajuste de contas com
transformados em cargos, na data de sua publicação. a Previdência Social, correspondente ao
§ 2o As funções de confiança exercidas por período de contribuição por parte dos servi-
pessoas não integrantes de tabela permanente do dores celetistas abrangidos pelo art. 243.
órgão ou entidade onde têm exercício ficam (Redação dada pela Lei nº 8.162, de 8.1.91)
transformadas em cargos em comissão, e man- Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas
tidas enquanto não for implantado o plano de até a vigência desta Lei, passam a ser mantidas
cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei. pelo órgão ou entidade de origem do servidor.
§ 3o As Funções de Assessoramento Su- Art. 249. Até a edição da lei prevista no §
perior - FAS, exercidas por servidor inte- 1o do art. 231, os servidores abrangidos por esta
grante de quadro ou tabela de pessoal, ficam Lei contribuirão na forma e nos percentuais
extintas na data da vigência desta Lei. atualmente estabelecidos para o servidor civil
§ 4o (VETADO). da União conforme regulamento próprio.
§ 5o O regime jurídico desta Lei é exten- Art. 250. O servidor que já tiver satisfei-
sivo aos serventuários da Justiça, remunera- to ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano,
dos com recursos da União, no que couber. as condições necessárias para a aposentado-
§ 6o Os empregos dos servidores estrangei- ria nos termos do inciso II do art. 184 do
ros com estabilidade no serviço público, en- antigo Estatuto dos Funcionários Públicos
quanto não adquirirem a nacionalidade brasilei- Civis da União, Lei nº 1.711, de 28 de outu-
ra, passarão a integrar tabela em extinção, do bro de 1952, aposentar-se-á com a vantagem
respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo dos prevista naquele dispositivo. (Vetado pelo
direitos inerentes aos planos de carreira aos Presidente da República, mantido pelo Congresso
quais se encontrem vinculados os empregos. Nacional e promulgado no D.O.U. de 19.4.91)
§ 7o Os servidores públicos de que trata o Art. 251. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
caput deste artigo, não amparados pelo art. 19 Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data
de sua publicação, com efeitos financeiros a
do Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias, poderão, no interesse da Administração e
partir do primeiro dia do mês subseqüente.
conforme critérios estabelecidos em regula- Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº
mento, ser exonerados mediante indenização de1.711, de 28 de outubro de 1952, e respecti-
um mês de remuneração por ano de efetivo va legislação complementar, bem como as
exercício no serviço público federal. (Incluído
demais disposições em contrário.
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169o
§ 8o Para fins de incidência do imposto da Independência e 102o da República.
de renda na fonte e na declaração de rendi- FERNANDO COLLOR
mentos, serão considerados como indeniza- Jarbas Passarinho

− 33/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.051, de 1995

LEI Nº 9.051, DE 18 DE MAIO DE 1995.


Dispõe sobre a expedição de certidões para a de-
fesa de direitos e esclarecimentos de situações.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 2º Nos requerimentos que objeti-


Faço saber que o Congresso Nacional decre- vam a obtenção das certidões a que se refere
ta e eu sanciono a seguinte lei: esta lei, deverão os interessados fazer cons-
Art. 1º As certidões para a defesa de di- tar esclarecimentos relativos aos fins e
reitos e esclarecimentos de situações, reque- razões do pedido.
ridas aos órgãos da administração centrali- Art. 3º (Vetado).
zada ou autárquica, às empresas públicas, às Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de
sociedades de economia mista e às funda- sua publicação.
ções públicas da União, dos Estados, do Art. 5º Revogam-se as disposições em
Distrito Federal e dos Municípios, deverão contrário.
ser expedidas no prazo improrrogável de Brasília, 18 de maio de 1995; 174º da
quinze dias, contado do registro do pedido Independência e 107º da República.
no órgão expedidor. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

− 34/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.099, de 1995

LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.


Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e
Criminais e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 4º É competente, para as causas
Faço saber que o Congresso Nacional decre- previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
ta e eu sanciono a seguinte Lei: I - do domicílio do réu ou, a critério do
CAPÍTULO I autor, do local onde aquele exerça ativida-
DISPOSIÇÕES GERAIS des profissionais ou econômicas ou mante-
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e nha estabelecimento, filial, agência, sucursal
Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, ou escritório;
serão criados pela União, no Distrito Federal II - do lugar onde a obrigação deva ser
e nos Territórios, e pelos Estados, para satisfeita;
conciliação, processo, julgamento e execu- III - do domicílio do autor ou do local
ção, nas causas de sua competência. do ato ou fato, nas ações para reparação de
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos dano de qualquer natureza.
critérios da oralidade, simplicidade, infor- Parágrafo único. Em qualquer hipótese,
malidade, economia processual e celeridade, poderá a ação ser proposta no foro previsto
buscando, sempre que possível, a concilia- no inciso I deste artigo.
ção ou a transação. SEÇÃO II
CAPÍTULO II DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E DOS
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS JUÍZES LEIGOS
SEÇÃO I Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liber-
DA COMPETÊNCIA dade para determinar as provas a serem produzi-
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem das, para apreciá-las e para dar especial valor às
competência para conciliação, processo e regras de experiência comum ou técnica.
julgamento das causas cíveis de menor Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a
complexidade, assim consideradas: decisão que reputar mais justa e equânime,
I - as causas cujo valor não exceda a atendendo aos fins sociais da lei e às exi-
quarenta vezes o salário mínimo; gências do bem comum.
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são
do Código de Processo Civil; auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros,
III - a ação de despejo para uso próprio; preferentemente, entre os bacharéis em Direito,
IV - as ações possessórias sobre bens e os segundos, entre advogados com mais de
imóveis de valor não excedente ao fixado no cinco anos de experiência.
inciso I deste artigo. Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão
§ 1º Compete ao Juizado Especial pro- impedidos de exercer a advocacia perante os
mover a execução: Juizados Especiais, enquanto no desempe-
I - dos seus julgados; nho de suas funções.
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no SEÇÃO III
valor de até quarenta vezes o salário mínimo, DAS PARTES
observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. Art. 8º Não poderão ser partes, no pro-
§ 2º Ficam excluídas da competência cesso instituído por esta Lei, o incapaz, o
do Juizado Especial as causas de natureza preso, as pessoas jurídicas de direito públi-
alimentar, falimentar, fiscal e de interesse co, as empresas públicas da União, a massa
da Fazenda Pública, e também as relativas falida e o insolvente civil.
a acidentes de trabalho, a resíduos e ao § 1º Somente as pessoas físicas capazes
estado e capacidade das pessoas, ainda que serão admitidas a propor ação perante o
de cunho patrimonial. Juizado Especial, excluídos os cessionários
§ 3º A opção pelo procedimento previsto de direito de pessoas jurídicas.
nesta Lei importará em renúncia ao crédito § 2º O maior de dezoito anos poderá ser
excedente ao limite estabelecido neste arti- autor, independentemente de assistência,
go, excetuada a hipótese de conciliação. inclusive para fins de conciliação.
− 35/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.099, de 1995

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários § 1º Do pedido constarão, de forma sim-
mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, ples e em linguagem acessível:
podendo ser assistidas por advogado; nas de I - o nome, a qualificação e o endereço
valor superior, a assistência é obrigatória. das partes;
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma II - os fatos e os fundamentos, de forma
das partes comparecer assistida por advogado, ou sucinta;
se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, III - o objeto e seu valor.
terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária § 2º É lícito formular pedido genérico
prestada por órgão instituído junto ao Juizado quando não for possível determinar, desde
Especial, na forma da lei local. logo, a extensão da obrigação.
§ 2º O Juiz alertará as partes da conve- § 3º O pedido oral será reduzido a escrito
niência do patrocínio por advogado, quando pela Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado
a causa o recomendar. o sistema de fichas ou formulários impressos.
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser Art. 15. Os pedidos mencionados no art.
verbal, salvo quanto aos poderes especiais. 3º desta Lei poderão ser alternativos ou
§ 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titu- cumulados; nesta última hipótese, desde que
lar de firma individual, poderá ser represen- conexos e a soma não ultrapasse o limite
tado por preposto credenciado. fixado naquele dispositivo.
Art. 10. Não se admitirá, no processo, Art. 16. Registrado o pedido, independen-
qualquer forma de intervenção de terceiro nem temente de distribuição e autuação, a Secretaria
de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. do Juizado designará a sessão de conciliação, a
Art. 11. O Ministério Público intervirá realizar-se no prazo de quinze dias.
nos casos previstos em lei. Art. 17. Comparecendo inicialmente
SEÇÃO IV ambas as partes, instaurar-se-á, desde logo,
DOS ATOS PROCESSUAIS a sessão de conciliação, dispensados o regis-
Art. 12. Os atos processuais serão públi- tro prévio de pedido e a citação.
cos e poderão realizar-se em horário notur- Parágrafo único. Havendo pedidos con-
no, conforme dispuserem as normas de trapostos, poderá ser dispensada a contesta-
organização judiciária. ção formal e ambos serão apreciados na
Art. 13. Os atos processuais serão váli- mesma sentença.
dos sempre que preencherem as finalidades SEÇÃO VI
para as quais forem realizados, atendidos os DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
critérios indicados no art. 2º desta Lei. Art. 18. A citação far-se-á:
§ 1º Não se pronunciará qualquer nuli- I - por correspondência, com aviso de
dade sem que tenha havido prejuízo. recebimento em mão própria;
§ 2º A prática de atos processuais em II - tratando-se de pessoa jurídica ou
outras comarcas poderá ser solicitada por firma individual, mediante entrega ao encar-
qualquer meio idôneo de comunicação. regado da recepção, que será obrigatoria-
§ 3º Apenas os atos considerados essen- mente identificado;
ciais serão registrados resumidamente, em III - sendo necessário, por oficial de jus-
notas manuscritas, datilografadas, taquigra- tiça, independentemente de mandado ou
fadas ou estenotipadas. Os demais atos carta precatória.
poderão ser gravados em fita magnética ou § 1º A citação conterá cópia do pedido ini-
equivalente, que será inutilizada após o cial, dia e hora para comparecimento do citan-
trânsito em julgado da decisão. do e advertência de que, não comparecendo
§ 4º As normas locais disporão sobre a este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações
conservação das peças do processo e demais iniciais, e será proferido julgamento, de plano.
documentos que o instruem. § 2º Não se fará citação por edital.
SEÇÃO V § 3º O comparecimento espontâneo su-
DO PEDIDO prirá a falta ou nulidade da citação.
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a Art. 19. As intimações serão feitas na
apresentação do pedido, escrito ou oral, à forma prevista para citação, ou por qualquer
Secretaria do Juizado. outro meio idôneo de comunicação.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.099, de 1995

§ 1º Dos atos praticados na audiên- SEÇÃO IX


cia, considerar-se-ão desde logo cientes DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
as partes. Art. 27. Não instituído o juízo arbitral,
§ 2º As partes comunicarão ao juízo as proceder-se-á imediatamente à audiência de
mudanças de endereço ocorridas no curso do instrução e julgamento, desde que não resul-
processo, reputando-se eficazes as intima- te prejuízo para a defesa.
ções enviadas ao local anteriormente indica- Parágrafo único. Não sendo possível a
do, na ausência da comunicação. sua realização imediata, será a audiência
SEÇÃO VII designada para um dos quinze dias subse-
DA REVELIA qüentes, cientes, desde logo, as partes e
Art. 20. Não comparecendo o deman- testemunhas eventualmente presentes.
dado à sessão de conciliação ou à audiên- Art. 28. Na audiência de instrução e jul-
cia de instrução e julgamento, reputar-se- gamento serão ouvidas as partes, colhida a
ão verdadeiros os fatos alegados no pedi- prova e, em seguida, proferida a sentença.
do inicial, salvo se o contrário resultar da Art. 29. Serão decididos de plano todos
convicção do Juiz. os incidentes que possam interferir no regu-
SEÇÃO VIII lar prosseguimento da audiência. As demais
DA CONCILIAÇÃO E DO JUÍZO ARBITRAL questões serão decididas na sentença.
Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado Parágrafo único. Sobre os documentos
ou leigo esclarecerá as partes presentes apresentados por uma das partes, manifes-
sobre as vantagens da conciliação, mostran- tar-se-á imediatamente a parte contrária,
do-lhes os riscos e as conseqüências do sem interrupção da audiência.
litígio, especialmente quanto ao disposto no SEÇÃO X
§ 3º do art. 3º desta Lei. DA RESPOSTA DO RÉU
Art. 22. A conciliação será conduzida Art. 30. A contestação, que será oral ou
pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador escrita, conterá toda matéria de defesa,
sob sua orientação. exceto argüição de suspeição ou impedi-
Parágrafo único. Obtida a conciliação, mento do Juiz, que se processará na forma
esta será reduzida a escrito e homologada da legislação em vigor.
pelo Juiz togado, mediante sentença com Art. 31. Não se admitirá a reconvenção.
eficácia de título executivo. É lícito ao réu, na contestação, formular
Art. 23. Não comparecendo o demanda- pedido em seu favor, nos limites do art. 3º
do, o Juiz togado proferirá sentença. desta Lei, desde que fundado nos mesmos
Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes fatos que constituem objeto da controvérsia.
poderão optar, de comum acordo, pelo juízo Parágrafo único. O autor poderá res-
arbitral, na forma prevista nesta Lei. ponder ao pedido do réu na própria audi-
§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á ência ou requerer a designação da nova
instaurado, independentemente de termo data, que será desde logo fixada, cientes
de compromisso, com a escolha do árbi- todos os presentes.
tro pelas partes. Se este não estiver pre- SEÇÃO XI
sente, o Juiz convocá-lo-á e designará, DAS PROVAS
de imediato, a data para a audiência de Art. 32. Todos os meios de prova mo-
instrução. ralmente legítimos, ainda que não especifi-
§ 2º O árbitro será escolhido dentre os cados em lei, são hábeis para provar a vera-
juízes leigos. cidade dos fatos alegados pelas partes.
Art. 25. O árbitro conduzirá o processo Art. 33. Todas as provas serão produzidas
com os mesmos critérios do Juiz, na forma na audiência de instrução e julgamento, ainda
dos arts. 5º e 6º desta Lei, podendo decidir que não requeridas previamente, podendo o
por eqüidade. Juiz limitar ou excluir as que considerar exces-
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos sivas, impertinentes ou protelatórias.
cinco dias subseqüentes, o árbitro apresenta- Art. 34. As testemunhas, até o máximo
rá o laudo ao Juiz togado para homologação de três para cada parte, comparecerão à
por sentença irrecorrível. audiência de instrução e julgamento levadas
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pela parte que as tenha arrolado, indepen- Art. 42. O recurso será interposto no
dentemente de intimação, ou mediante esta, prazo de dez dias, contados da ciência da
se assim for requerido. sentença, por petição escrita, da qual consta-
§ 1º O requerimento para intimação das rão as razões e o pedido do recorrente.
testemunhas será apresentado à Secretaria § 1º O preparo será feito, independentemen-
no mínimo cinco dias antes da audiência de te de intimação, nas quarenta e oito horas se-
instrução e julgamento. guintes à interposição, sob pena de deserção.
§ 2º Não comparecendo a testemunha § 2º Após o preparo, a Secretaria intima-
intimada, o Juiz poderá determinar sua rá o recorrido para oferecer resposta escrita
imediata condução, valendo-se, se necessá- no prazo de dez dias.
rio, do concurso da força pública. Art. 43. O recurso terá somente efeito de-
Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o volutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspen-
Juiz poderá inquirir técnicos de sua confian- sivo, para evitar dano irreparável para a parte.
ça, permitida às partes a apresentação de Art. 44. As partes poderão requerer a
parecer técnico. transcrição da gravação da fita magnética a que
Parágrafo único. No curso da audiência, alude o § 3º do art. 13 desta Lei, correndo por
poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento conta do requerente as despesas respectivas.
das partes, realizar inspeção em pessoas ou Art. 45. As partes serão intimadas da da-
coisas, ou determinar que o faça pessoa de ta da sessão de julgamento.
sua confiança, que lhe relatará informalmen- Art. 46. O julgamento em segunda ins-
te o verificado. tância constará apenas da ata, com a indica-
Art. 36. A prova oral não será reduzida a ção suficiente do processo, fundamentação
escrito, devendo a sentença referir, no essenci- sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for
al, os informes trazidos nos depoimentos. confirmada pelos próprios fundamentos, a
Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por súmula do julgamento servirá de acórdão.
Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado. Art. 47. (VETADO)
SEÇÃO XII SEÇÃO XIII
DA SENTENÇA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 38. A sentença mencionará os ele- Art. 48. Caberão embargos de declaração
mentos de convicção do Juiz, com breve quando, na sentença ou acórdão, houver obscu-
resumo dos fatos relevantes ocorridos em ridade, contradição, omissão ou dúvida.
audiência, dispensado o relatório. Parágrafo único. Os erros materiais po-
Parágrafo único. Não se admitirá sen- dem ser corrigidos de ofício.
tença condenatória por quantia ilíquida, Art. 49. Os embargos de declaração serão
ainda que genérico o pedido. interpostos por escrito ou oralmente, no prazo
Art. 39. É ineficaz a sentença condena- de cinco dias, contados da ciência da decisão.
tória na parte que exceder a alçada estabele- Art. 50. Quando interpostos contra sen-
cida nesta Lei. tença, os embargos de declaração suspende-
Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a rão o prazo para recurso.
instrução proferirá sua decisão e imediatamen- SEÇÃO XIV
te a submeterá ao Juiz togado, que poderá DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
homologá-la, proferir outra em substituição ou, JULGAMENTO DO MÉRITO
antes de se manifestar, determinar a realização Art. 51. Extingue-se o processo, além
de atos probatórios indispensáveis. dos casos previstos em lei:
Art. 41. Da sentença, excetuada a homo- I - quando o autor deixar de comparecer
logatória de conciliação ou laudo arbitral, a qualquer das audiências do processo;
caberá recurso para o próprio Juizado. II - quando inadmissível o procedimento
§ 1º O recurso será julgado por uma instituído por esta Lei ou seu prosseguimen-
turma composta por três Juízes togados, em to, após a conciliação;
exercício no primeiro grau de jurisdição, III - quando for reconhecida a incompe-
reunidos na sede do Juizado. tência territorial;
§ 2º No recurso, as partes serão obriga- IV - quando sobrevier qualquer dos im-
toriamente representadas por advogado. pedimentos previstos no art. 8º desta Lei;
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V - quando, falecido o autor, a habilita- VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz
ção depender de sentença ou não se der no poderá autorizar o devedor, o credor ou tercei-
prazo de trinta dias; ra pessoa idônea a tratar da alienação do bem
VI - quando, falecido o réu, o autor não penhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até
promover a citação dos sucessores no prazo a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o
de trinta dias da ciência do fato. preço inferior ao da avaliação, as partes serão
§ 1º A extinção do processo independe- ouvidas. Se o pagamento não for à vista, será
rá, em qualquer hipótese, de prévia intima- oferecida caução idônea, nos casos de aliena-
ção pessoal das partes. ção de bem móvel, ou hipotecado o imóvel;
§ 2º No caso do inciso I deste artigo, VIII - é dispensada a publicação de edi-
quando comprovar que a ausência decorre tais em jornais, quando se tratar de alienação
de força maior, a parte poderá ser isentada, de bens de pequeno valor;
pelo Juiz, do pagamento das custas. IX - o devedor poderá oferecer embar-
SEÇÃO XV gos, nos autos da execução, versando sobre:
DA EXECUÇÃO a) falta ou nulidade da citação no pro-
Art. 52. A execução da sentença proces- cesso, se ele correu à revelia;
sar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no b) manifesto excesso de execução;
que couber, o disposto no Código de Proces- c) erro de cálculo;
so Civil, com as seguintes alterações: d) causa impeditiva, modificativa ou extin-
I - as sentenças serão necessariamente lí- tiva da obrigação, superveniente à sentença.
quidas, contendo a conversão em Bônus do Art. 53. A execução de título executivo extraju-
Tesouro Nacional - BTN ou índice equivalente; dicial, no valor de até quarenta salários mínimos,
II - os cálculos de conversão de índices, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil,
de honorários, de juros e de outras parcelas com as modificações introduzidas por esta Lei.
serão efetuados por servidor judicial; § 1º Efetuada a penhora, o devedor será
III - a intimação da sentença será feita, intimado a comparecer à audiência de conci-
sempre que possível, na própria audiência em liação, quando poderá oferecer embargos
que for proferida. Nessa intimação, o vencido (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.
será instado a cumprir a sentença tão logo § 2º Na audiência, será buscado o meio
ocorra seu trânsito em julgado, e advertido dos mais rápido e eficaz para a solução do lití-
efeitos do seu descumprimento (inciso V); gio, se possível com dispensa da alienação
IV - não cumprida voluntariamente a judicial, devendo o conciliador propor, entre
sentença transitada em julgado, e tendo outras medidas cabíveis, o pagamento do
havido solicitação do interessado, que pode- débito a prazo ou a prestação, a dação em
rá ser verbal, proceder-se-á desde logo à pagamento ou a imediata adjudicação do
execução, dispensada nova citação; bem penhorado.
V - nos casos de obrigação de entregar, § 3º Não apresentados os embargos
de fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença em audiência, ou julgados improcedentes,
ou na fase de execução, cominará multa qualquer das partes poderá requerer ao
diária, arbitrada de acordo com as condições Juiz a adoção de uma das alternativas do
econômicas do devedor, para a hipótese de parágrafo anterior.
inadimplemento. Não cumprida a obrigação, § 4º Não encontrado o devedor ou ine-
o credor poderá requerer a elevação da xistindo bens penhoráveis, o processo será
multa ou a transformação da condenação em imediatamente extinto, devolvendo-se os
perdas e danos, que o Juiz de imediato documentos ao autor.
arbitrará, seguindo-se a execução por quan- SEÇÃO XVI
tia certa, incluída a multa vencida de obriga- DAS DESPESAS
ção de dar, quando evidenciada a malícia do Art. 54. O acesso ao Juizado Especial in-
devedor na execução do julgado; dependerá, em primeiro grau de jurisdição, do
VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode pagamento de custas, taxas ou despesas.
determinar o cumprimento por outrem, Parágrafo único. O preparo do recurso,
fixado o valor que o devedor deve depositar na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, com-
para as despesas, sob pena de multa diária; preenderá todas as despesas processuais,
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inclusive aquelas dispensadas em primeiro e continência, observar-se-ão os institutos da


grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de transação penal e da composição dos danos
assistência judiciária gratuita. civis. (NR) (Incluído pela Lei nº 11.313, de 28.6.2006)
Art. 55. A sentença de primeiro grau não Art. 61. Consideram-se infrações penais
condenará o vencido em custas e honorários de menor potencial ofensivo, para os efeitos
de advogado, ressalvados os casos de liti- desta Lei, as contravenções penais e os crimes
gância de má-fé. Em segundo grau, o recor- a que a lei comine pena máxima não superior a
rente, vencido, pagará as custas e honorários 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
de advogado, que serão fixados entre dez (NR) (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 28.6.2006)
por cento e vinte por cento do valor de Art. 62. O processo perante o Juizado Es-
condenação ou, não havendo condenação, pecial orientar-se-á pelos critérios da oralidade,
do valor corrigido da causa. informalidade, economia processual e celeri-
Parágrafo único. Na execução não se- dade, objetivando, sempre que possível, a
rão contadas custas, salvo quando: reparação dos danos sofridos pela vítima e a
I - reconhecida a litigância de má-fé; aplicação de pena não privativa de liberdade.
II - improcedentes os embargos do devedor; SEÇÃO I
III - tratar-se de execução de sentença DA COMPETÊNCIA E DOS ATOS
que tenha sido objeto de recurso improvi- PROCESSUAIS
do do devedor. Art. 63. A competência do Juizado será
SEÇÃO XVII determinada pelo lugar em que foi praticada
DISPOSIÇÕES FINAIS a infração penal.
Art. 56. Instituído o Juizado Especial, Art. 64. Os atos processuais serão públicos
serão implantadas as curadorias necessá- e poderão realizar-se em horário noturno e em
rias e o serviço de assistência judiciária. qualquer dia da semana, conforme dispuserem
Art. 57. O acordo extrajudicial, de as normas de organização judiciária.
qualquer natureza ou valor, poderá ser Art. 65. Os atos processuais serão váli-
homologado, no juízo competente, inde- dos sempre que preencherem as finalidades
pendentemente de termo, valendo a sen- para as quais foram realizados, atendidos os
tença como título executivo judicial. critérios indicados no art. 62 desta Lei.
Parágrafo único. Valerá como título extra- § 1º Não se pronunciará qualquer nuli-
judicial o acordo celebrado pelas partes, por dade sem que tenha havido prejuízo.
instrumento escrito, referendado pelo órgão § 2º A prática de atos processuais em
competente do Ministério Público. outras comarcas poderá ser solicitada por
Art. 58. As normas de organização ju- qualquer meio hábil de comunicação.
diciária local poderão estender a concilia- § 3º Serão objeto de registro escrito ex-
ção prevista nos arts. 22 e 23 a causas não clusivamente os atos havidos por essenciais.
abrangidas por esta Lei. Os atos realizados em audiência de instrução
Art. 59. Não se admitirá ação rescisó- e julgamento poderão ser gravados em fita
ria nas causas sujeitas ao procedimento magnética ou equivalente.
instituído por esta Lei. Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á
CAPÍTULO III no próprio Juizado, sempre que possível, ou
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS por mandado.
DISPOSIÇÕES GERAIS Parágrafo único. Não encontrado o acu-
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, sado para ser citado, o Juiz encaminhará as
provido por juízes togados ou togados e peças existentes ao Juízo comum para ado-
leigos, tem competência para a conciliação, ção do procedimento previsto em lei.
o julgamento e a execução das infrações Art. 67. A intimação far-se-á por corres-
penais de menor potencial ofensivo, respei- pondência, com aviso de recebimento pes-
tadas as regras de conexão e continên- soal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou
cia. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 28.6.2006) firma individual, mediante entrega ao encar-
Parágrafo único. Na reunião de processos, regado da recepção, que será obrigatoria-
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, mente identificado, ou, sendo necessário,
decorrentes da aplicação das regras de conexão por oficial de justiça, independentemente de
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mandado ou carta precatória, ou ainda por mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de
qualquer meio idôneo de comunicação. título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Dos atos praticados em Parágrafo único. Tratando-se de ação
audiência considerar-se-ão desde logo cien- penal de iniciativa privada ou de ação penal
tes as partes, os interessados e defensores. pública condicionada à representação, o
Art. 68. Do ato de intimação do autor do acordo homologado acarreta a renúncia ao
fato e do mandado de citação do acusado, direito de queixa ou representação.
constará a necessidade de seu compareci- Art. 75. Não obtida a composição dos da-
mento acompanhado de advogado, com a nos civis, será dada imediatamente ao ofendido
advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á a oportunidade de exercer o direito de repre-
designado defensor público. sentação verbal, que será reduzida a termo.
SEÇÃO II Parágrafo único. O não oferecimento da
DA FASE PRELIMINAR representação na audiência preliminar não
Art. 69. A autoridade policial que tomar implica decadência do direito, que poderá
conhecimento da ocorrência lavrará termo ser exercido no prazo previsto em lei.
circunstanciado e o encaminhará imediata- Art. 76. Havendo representação ou tratan-
mente ao Juizado, com o autor do fato e a do-se de crime de ação penal pública incondi-
vítima, providenciando-se as requisições dos cionada, não sendo caso de arquivamento, o
exames periciais necessários. Ministério Público poderá propor a aplicação
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após imediata de pena restritiva de direitos ou mul-
a lavratura do termo, for imediatamente enca- tas, a ser especificada na proposta.
minhado ao juizado ou assumir o compromisso § 1º Nas hipóteses de ser a pena de mul-
de a ele comparecer, não se imporá prisão em ta a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la
flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de até a metade.
violência doméstica, o juiz poderá determinar, § 2º Não se admitirá a proposta se ficar
como medida de cautela, seu afastamento do comprovado:
lar, domicílio ou local de convivência com a I - ter sido o autor da infração condena-
vítima. (Alterado pela Lei n° 10.455, de 2002) do, pela prática de crime, à pena privativa de
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a liberdade, por sentença definitiva;
vítima, e não sendo possível a realização ime- II - ter sido o agente beneficiado anterior-
diata da audiência preliminar, será designada mente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de
data próxima, da qual ambos sairão cientes. pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
Art. 71. Na falta do comparecimento de III - não indicarem os antecedentes, a con-
qualquer dos envolvidos, a Secretaria providen- duta social e a personalidade do agente, bem
ciará sua intimação e, se for o caso, a do respon- como os motivos e as circunstâncias, ser ne-
sável civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. cessária e suficiente a adoção da medida.
Art. 72. Na audiência preliminar, pre- § 3º Aceita a proposta pelo autor da in-
sente o representante do Ministério Público, fração e seu defensor, será submetida à
o autor do fato e a vítima e, se possível, o apreciação do Juiz.
responsável civil, acompanhados por seus § 4º Acolhendo a proposta do Ministério
advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possi- Público aceita pelo autor da infração, o Juiz
bilidade da composição dos danos e da aplicará a pena restritiva de direitos ou multa,
aceitação da proposta de aplicação imediata que não importará em reincidência, sendo
de pena não privativa de liberdade. registrada apenas para impedir novamente o
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo mesmo benefício no prazo de cinco anos.
Juiz ou por conciliador sob sua orientação. § 5º Da sentença prevista no parágrafo anteri-
Parágrafo único. Os conciliadores são or caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
auxiliares da Justiça, recrutados, na forma § 6º A imposição da sanção de que trata
da lei local, preferentemente entre bacharéis o § 4º deste artigo não constará de certidão
em Direito, excluídos os que exerçam fun- de antecedentes criminais, salvo para os fins
ções na administração da Justiça Criminal. previstos no mesmo dispositivo, e não terá
Art. 74. A composição dos danos civis será efeitos civis, cabendo aos interessados
reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz propor ação cabível no juízo cível.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.099, de 1995

SEÇÃO III Art. 80. Nenhum ato será adiado, determi-


DO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO nando o Juiz, quando imprescindível, a condu-
Art. 77. Na ação penal de iniciativa públi- ção coercitiva de quem deva comparecer.
ca, quando não houver aplicação de pena, pela Art. 81. Aberta a audiência, será dada a pa-
ausência do autor do fato, ou pela não ocorrên- lavra ao defensor para responder à acusação,
cia da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia
Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imedi- ou queixa; havendo recebimento, serão ouvi-
ato, denúncia oral, se não houver necessidade das a vítima e as testemunhas de acusação e
de diligências imprescindíveis. defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, presente, passando-se imediatamente aos
que será elaborada com base no termo de debates orais e à prolação da sentença.
ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com § 1º Todas as provas serão produzidas na
dispensa do inquérito policial, prescindir-se- audiência de instrução e julgamento, podendo
á do exame do corpo de delito quando a o Juiz limitar ou excluir as que considerar
materialidade do crime estiver aferida por excessivas, impertinentes ou protelatórias.
boletim médico ou prova equivalente. § 2º De todo o ocorrido na audiência será
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas
do caso não permitirem a formulação da denún- partes, contendo breve resumo dos fatos rele-
cia, o Ministério Público poderá requerer ao vantes ocorridos em audiência e a sentença.
Juiz o encaminhamento das peças existentes, na § 3º A sentença, dispensado o relató-
forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. rio, mencionará os elementos de convic-
§ 3º Na ação penal de iniciativa do o- ção do Juiz.
fendido poderá ser oferecida queixa oral, Art. 82. Da decisão de rejeição da denún-
cabendo ao Juiz verificar se a complexidade cia ou queixa e da sentença caberá apelação,
e as circunstâncias do caso determinam a que poderá ser julgada por turma composta de
adoção das providências previstas no pará- três Juízes em exercício no primeiro grau de
grafo único do art. 66 desta Lei. jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, § 1º A apelação será interposta no prazo
será reduzida a termo, entregando-se cópia de dez dias, contados da ciência da sentença
ao acusado, que com ela ficará citado e pelo Ministério Público, pelo réu e seu
imediatamente cientificado da designação de defensor, por petição escrita, da qual consta-
dia e hora para a audiência de instrução e rão as razões e o pedido do recorrente.
julgamento, da qual também tomarão ciên- § 2º O recorrido será intimado para ofe-
cia o Ministério Público, o ofendido, o recer resposta escrita no prazo de dez dias.
responsável civil e seus advogados. § 3º As partes poderão requerer a trans-
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será crição da gravação da fita magnética a que
citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e alude o § 3º do art. 65 desta Lei.
cientificado da data da audiência de instrução e § 4º As partes serão intimadas da data da
julgamento, devendo a ela trazer suas testemu- sessão de julgamento pela imprensa.
nhas ou apresentar requerimento para intimação, § 5º Se a sentença for confirmada pelos
no mínimo cinco dias antes de sua realização. próprios fundamentos, a súmula do julga-
§ 2º Não estando presentes o ofendido e mento servirá de acórdão.
o responsável civil, serão intimados nos Art. 83. Caberão embargos de declaração
termos do art. 67 desta Lei para comparece- quando, em sentença ou acórdão, houver
rem à audiência de instrução e julgamento. obscuridade, contradição, omissão ou dúvida.
§ 3º As testemunhas arroladas serão inti- § 1º Os embargos de declaração serão o-
madas na forma prevista no art. 67 desta Lei. postos por escrito ou oralmente, no prazo de
Art. 79. No dia e hora designados para a cinco dias, contados da ciência da decisão.
audiência de instrução e julgamento, se na fase § 2º Quando opostos contra sentença, os
preliminar não tiver havido possibilidade de embargos de declaração suspenderão o
tentativa de conciliação e de oferecimento de prazo para o recurso.
proposta pelo Ministério Público, proceder-se- § 3º Os erros materiais podem ser corri-
á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. gidos de ofício.
− 42/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.099, de 1995

SEÇÃO IV § 2º O Juiz poderá especificar outras


DA EXECUÇÃO condições a que fica subordinada a suspen-
Art. 84. Aplicada exclusivamente pena são, desde que adequadas ao fato e à situa-
de multa, seu cumprimento far-se-á median- ção pessoal do acusado.
te pagamento na Secretaria do Juizado. § 3º A suspensão será revogada se, no
Parágrafo único. Efetuado o pagamento, curso do prazo, o beneficiário vier a ser
o Juiz declarará extinta a punibilidade, processado por outro crime ou não efetuar,
determinando que a condenação não fique sem motivo justificado, a reparação do dano.
constando dos registros criminais, exceto § 4º A suspensão poderá ser revogada se
para fins de requisição judicial. o acusado vier a ser processado, no curso do
Art. 85. Não efetuado o pagamento de prazo, por contravenção, ou descumprir
multa, será feita a conversão em pena priva- qualquer outra condição imposta.
tiva da liberdade, ou restritiva de direitos, § 5º Expirado o prazo sem revogação, o
nos termos previstos em lei. Juiz declarará extinta a punibilidade.
Art. 86. A execução das penas privativas § 6º Não correrá a prescrição durante o
de liberdade e restritivas de direitos, ou de prazo de suspensão do processo.
multa cumulada com estas, será processada § 7º Se o acusado não aceitar a proposta
perante o órgão competente, nos termos da lei. prevista neste artigo, o processo prosseguirá
SEÇÃO V em seus ulteriores termos.
DAS DESPESAS PROCESSUAIS Art. 90. As disposições desta Lei não se
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo aplicam aos processos penais cuja instrução
civil e aplicação de pena restritiva de direitos ou já estiver iniciada.
multa (arts. 74 e 76, § 4º), as despesas processuais Art. 90-A. As disposições desta Lei não
serão reduzidas, conforme dispuser lei estadual. se aplicam no âmbito da Justiça Militar.
(Incluído pela Lei n° 9.839, de 1999)
SEÇÃO VI
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a
DISPOSIÇÕES FINAIS
exigir representação para a propositura da ação
Art. 88. Além das hipóteses do Código penal pública, o ofendido ou seu representante
Penal e da legislação especial, dependerá de legal será intimado para oferecê-la no prazo de
representação a ação penal relativa aos crimes trinta dias, sob pena de decadência.
de lesões corporais leves e lesões culposas. Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as dis-
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima posições dos Códigos Penal e de Processo Penal,
cominada for igual ou inferior a um ano, abrangi- no que não forem incompatíveis com esta Lei.
das ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao CAPÍTULO IV
oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
processo, por dois a quatro anos, desde que o Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sis-
acusado não esteja sendo processado ou não tenha tema de Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
sido condenado por outro crime, presentes os sua organização, composição e competência.
demais requisitos que autorizariam a suspensão Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser
condicional da pena (art. 77 do Código Penal). prestados, e as audiências realizadas fora da sede da
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e Comarca, em bairros ou cidades a ela pertencentes,
seu defensor, na presença do Juiz, este, ocupando instalações de prédios públicos, de acordo
recebendo a denúncia, poderá suspender o com audiências previamente anunciadas.
processo, submetendo o acusado a período Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territó-
de prova, sob as seguintes condições: rios criarão e instalarão os Juizados Especiais no
I - reparação do dano, salvo impossibili- prazo de seis meses, a contar da vigência desta Lei.
dade de fazê-lo; Art. 96. Esta Lei entra em vigor no pra-
II - proibição de freqüentar determina- zo de sessenta dias após a sua publicação.
dos lugares; Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611,
III - proibição de ausentar-se da comar- de 2 de abril de 1965 e a Lei nº 7.244, de 7
ca onde reside, sem autorização do Juiz; de novembro de 1984.
IV - comparecimento pessoal e obrigató- Brasília, 26 de setembro de 1995; 174º
rio a juízo, mensalmente, para informar e da Independência e 107º da República.
justificar suas atividades. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.527, de 1997

LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.


Altera dispositivos das Leis nos 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, 8.460, de 17 de setembro de
1992, e 2.180, de 5 de fevereiro de 1954, e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, § 2º O servidor que acumule cargo
Faço saber que o Congresso Nacional decre- ou emprego na forma da Constituição
ta e eu sanciono a seguinte Lei: fará jus a percepção de um único auxí-
Art. 1º Os arts. 9º, 10, 11, 13, 15, 17, 18, lio-alimentação, mediante opção.
19, 20, 24, 31, 35, 36, 37, 38, 44, 46, 47, 53, § 3º O auxílio-alimentação não será:
58, 61, 62, 67, 80, 81, 83, 84, 86, 87, 91, 92, a) incorporado ao vencimento, re-
93, 95, 98, 102, 103, 117, 118, 119, 120, muneração, provento ou pensão;
128, 129, 133, 140, 143, 149, 164, 167, 169, b) configurado como rendimento
186, 203, 230 e 243 da Lei nº 8.112, de 11 tributável e nem sofrerá incidência de
de dezembro de 1990, passam a vigorar com contribuição para o Plano de Seguridade
as seguintes alterações: Social do servidor público;
(Alterações já incorporadas ao texto da Lei n° 8.112, de 1990) c) caracterizado como salário-
Art. 2º Ficam extintas as gratificações a utilidade ou prestação salarial in natura.
que se referem o item VI do Anexo II do § 4º O auxílio-alimentação será cus-
Decreto-Lei nº 1.341, de 22 de agosto de 1974, teado com recursos do órgão ou entida-
o item V do Anexo IV da Lei nº 6.861, de 26 de em que o servidor estiver em exercí-
de novembro de 1980, o Anexo I do Decreto- cio, ressalvado o direito de opção pelo
Lei nº 1.873, de 27 de maio de 1981, e o art. 17 órgão ou entidade de origem.
da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991. § 5º O auxílio-alimentação é inacumu-
§ 1º A importância paga em razão da lável com outros de espécie semelhante,
concessão das gratificações a que se refere o tais como auxílio para a cesta básica ou
caput deste artigo passa a constituir, a partir vantagem pessoal originária de qualquer
da publicação desta Lei e em caráter transi- forma de auxílio ou benefício alimentação.
tório, vantagem pessoal nominalmente § 6º Considerar-se-á para o desconto
identificada, sujeita exclusivamente a atuali- do auxílio-alimentação, por dia não tra-
zação decorrente de revisão geral da remu- balhado, a proporcionalidade de 22 dias.
neração dos servidores públicos federais. § 7º Para os efeitos deste artigo,
§ 2º A vantagem a que se refere o pará- considera-se como dia trabalhado a par-
grafo anterior não se incorpora aos proven- ticipação do servidor em programa de
tos de aposentadoria e pensões, extinguindo- treinamento regularmente instituído,
se o seu pagamento na hipótese em que o conferências, congressos, treinamentos,
servidor passar a ter exercício, em caráter ou outros eventos similares, sem deslo-
permanente, em outra localidade não dis- camento da sede.
criminada expressamente nas normas vigen- § 8º As diárias sofrerão desconto
tes a época de sua concessão. correspondente ao auxílio-alimentação a
Art. 3º O art. 22 da Lei nº 8.460, de 17 que fizer jus o servidor, exceto aquelas
de setembro de 1992, passa a vigorar com a eventualmente pagas em finais de sema-
seguinte redação: na e feriados, observada a proporciona-
"Art. 22. O Poder Executivo disporá lidade prevista no § 6º."
sobre a concessão mensal do auxílio- Art. 4º As disposições constantes do
alimentação por dia trabalhado, aos ser- Capítulo V, Título I, da Lei nº 8.906, de 4 de
vidores públicos federais civis ativos da julho de 1994, não se aplicam à Administra-
Administração Pública Federal direta, ção Pública direta da União, dos Estados, do
autárquica e fundacional. Distrito Federal e dos Municípios, bem
§ 1º A concessão do auxílio- como às autarquias, às fundações instituídas
alimentação será feita em pecúnia e terá pelo Poder Público, às empresas públicas e
caráter indenizatório. às sociedades de economia mista.

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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.527, de 1997

Art. 5º Aos servidores ocupantes de car- Parágrafo único. As procurações pode-


go efetivo de advogado, assistente jurídico, rão ser revalidadas por igual período, não
procurador e demais integrantes do Grupo superior a seis meses, mediante ato do diri-
Jurídico, da Administração Pública Federal gente de recursos humanos do órgão ou
direta, autárquica, fundacional, empresas entidade a que estiver vinculado o benefício.
públicas e sociedades de economia mista Art. 11. O servidor colocado à disposi-
serão concedidos trinta dias de férias anuais, ção do Sistema Único de Saúde, na forma
a partir do período aquisitivo de 1997. do disposto no artigo 20 da Lei nº 8.270, de
Art. 6º O servidor em licença para o de- 17 de dezembro de 1991, ainda que investi-
sempenho de mandato classista em 15 de do em cargo em comissão ou função de
outubro de 1996 terá assegurada sua licença confiança no âmbito daquele Sistema, terá a
e garantida sua remuneração até o final do remuneração relativa ao cargo efetivo por
respectivo mandato. conta do órgão ou entidade de origem.
Art. 7º Os períodos de licença-prêmio, ad- Parágrafo único. A colocação de servi-
quiridos na forma da Lei nº 8.112, de 1990, até dor à disposição do Sistema Único de Saúde
15 de outubro de 1996, poderão ser usufruídos será formalizada mediante Portaria publica-
ou contados em dobro para efeito de aposenta- da no Diário Oficial da União.
doria ou convertidos em pecúnia no caso de Art. 12. O Poder Executivo regulamen-
falecimento do servidor, observada a legislação tará o disposto nos arts. 9º e 10 desta Lei.
em vigor até 15 de outubro de 1996. Art. 13. O Poder Executivo fará publicar
Parágrafo único. Fica resguardado o direito no Diário Oficial da União, no prazo de
ao cômputo do tempo de serviço residual para trinta dias, após a publicação desta Lei,
efeitos de concessão da licença capacitação. texto consolidado da Lei nº 8.112, de 1990.
Art. 8º Os contratos referentes à concessão Art. 14. Os arts. 2º e 152 da Lei nº
do auxílio-alimentação, em qualquer de suas 2.180, de 5 de fevereiro de 1954, passam a
formas, vigentes em 15 de outubro de 1996, serão vigorar com as seguintes alterações:
mantidos até o seu termo, vedada a prorrogação. "Art. 2º .............................................
Art. 9º Os Ministérios da Administração § 6º Os Juízes Militares, referidos na
Federal e Reforma do Estado e da Fazenda letra "b" do caput deste artigo, terão
promoverão a atualização cadastral dos apo- mandato de quatro anos, podendo ser re-
sentados e dos pensionistas da União, que conduzidos, respeitado, porém, o limite
recebam proventos e pensões à conta do Te- de idade estabelecido para a permanên-
souro Nacional, constantes do Sistema Inte- cia no serviço público.
grado de Administração de Pessoal - SIAPE. .........................................................
§ 1º A atualização cadastral dar-se-á a- § 9º Os Juízes Civis, referidos na letra
nualmente e será sempre condição básica "c" do caput deste artigo, conservar-se-ão
para a continuidade do recebimento do em seus cargos até atingirem a idade limite
provento ou pensão. para permanência no serviço público."
§ 2º Os aposentados e os pensionistas que "Art. 152...........................................
não se apresentarem para fins de atualização Parágrafo único. O período de trinta
dos dados cadastrais, até a data fixada para o dias, contado a partir do primeiro dia útil
seu término, terão o pagamento de seus benefí- do mês de janeiro, será de férias para o
cios suspensos a partir do mês subseqüente. Tribunal, que somente se reunirá para as-
§ 3º Admitir-se-á a realização da atuali- suntos de alta relevância, por convocação
zação cadastral mediante procuração, nos extraordinária do Juiz-Presidente."
casos de moléstia grave, ausência ou impos- Art. 15. Fica extinta a incorporação da
sibilidade de locomoção do titular do bene- retribuição pelo exercício de função de
fício, devidamente comprovados. direção, chefia ou assessoramento, cargo de
Art. 10. A aposentadoria ou pensão será provimento em comissão ou de Natureza
paga diretamente aos seus titulares, ou aos Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da
seus representantes legalmente constituídos, Lei nº 8.911, de 11 de julho de 1994.
não se admitindo o recebimento por inter- § 1º A importância paga em razão da in-
médio de conta corrente conjunta. corporação a que se refere este artigo passa
− 45/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.527, de 1997

a constituir, a partir de 11 de novembro de parágrafo único do art. 17 da Lei nº 4.069,


1997, vantagem pessoal nominalmente de 11 de junho de 1962, o parágrafo único
identificada, sujeita exclusivamente à atuali- do art. 3º da Lei nº 5.645, de 10 de dezem-
zação decorrente da revisão geral da remu- bro de 1970, o § 2º do art. 2º da Lei nº
neração dos servidores públicos federais. 5.845, de 6 de dezembro de 1972, os incisos
§ 2º É assegurado o direito à incorpora- III e IV do art. 8º, o art. 23, os incisos IV e
ção ou atualização de parcela ao servidor V do art. 33, o parágrafo único do art. 35, os
que, em 11 de novembro de 1997, tiver §§ 1º e 2º do art. 78, o parágrafo único do
cumprido todos os requisitos legais para a art. 79, o § 2º do art. 81, os arts. 88, 89, o §
concessão ou atualização a ela referente. 3º do art. 91, o parágrafo único do art. 101,
Art. 16. Ficam convalidados os atos pra- os arts. 192, 193, as alíneas "d" e "e" do art.
ticados com base na Medida Provisória nº 240 e o art. 251 da Lei nº 8.112, de 11 de
1.573-13, de 27 de outubro de 1997, e na dezembro de 1990, o art. 5º da Lei nº 8.162,
Medida Provisória nº 1.595-14, de 10 de de 8 de janeiro de 1991, o art. 4º da Lei nº
novembro de 1997. 8.889, de 21 de junho de 1994, os arts. 3º e
Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data 10 da Lei nº 8.911, de 11 de julho de 1994.
de sua publicação. Brasília, 10 de dezembro de 1997; 176º
Art. 18. Ficam revogados o art. 1º da Lei da Independência e 109º da República.
nº 2.123, de 1º de dezembro de 1953, o FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.717, de 1998

LEI Nº 9.717, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998.


Dispõe sobre regras gerais para a organização e
o funcionamento dos regimes próprios de
previdência social dos servidores públicos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos militares dos Estados e do
Distrito Federal e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA VI - pleno acesso dos segurados às in-
Faço saber que o Congresso Nacional decre- formações relativas à gestão do regime e
ta e eu sanciono a seguinte Lei: participação de representantes dos servido-
Art. 1º Os regimes próprios de previdên- res públicos e dos militares, ativos e inati-
cia social dos servidores públicos da União, vos, nos colegiados e instâncias de decisão
dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- em que os seus interesses sejam objeto de
cípios, dos militares dos Estados e do Distrito discussão e deliberação;
Federal deverão ser organizados, baseados VII - registro contábil individualizado
em normas gerais de contabilidade e atuária, das contribuições de cada servidor e dos
de modo a garantir o seu equilíbrio financeiro entes estatais, conforme diretrizes gerais;
e atuarial, observados os seguintes critérios: VIII - identificação e consolidação em
I - realização de avaliação atuarial inici- demonstrativos financeiros e orçamentários
al e em cada balanço utilizando-se parâme- de todas as despesas fixas e variáveis com
tros gerais, para a organização e revisão do pessoal inativo civil, militar e pensionistas,
plano de custeio e benefícios; (Redação dada bem como dos encargos incidentes sobre os
pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001) proventos e pensões pagos;
II - financiamento mediante recursos pro- IX - sujeição às inspeções e auditorias
venientes da União, dos Estados, do Distrito de natureza atuarial, contábil, financeira,
Federal e dos Municípios e das contribuições orçamentária e patrimonial dos órgãos de
do pessoal civil e militar, ativo, inativo e dos controle interno e externo.
pensionistas, para os seus respectivos regimes; X - vedação de inclusão nos benefícios,
III - as contribuições e os recursos vincu- para efeito de percepção destes, de parcelas
lados ao Fundo Previdenciário da União, dos remuneratórias pagas em decorrência de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios local de trabalho, de função de confiança ou
e as contribuições do pessoal civil e militar, de cargo em comissão, exceto quando tais
ativo, inativo, e dos pensionistas, somente parcelas integrarem a remuneração de con-
poderão ser utilizadas para pagamento de tribuição do servidor que se aposentar com
benefícios previdenciários dos respectivos fundamento no art. 40 da Constituição Fede-
regimes, ressalvadas as despesas administra- ral, respeitado, em qualquer hipótese, o
tivas estabelecidas no art. 6º, inciso VIII, limite previsto no § 2o do citado artigo;
desta Lei, observado os limites de gastos (Alterado pela Medida Provisória n° 2.187-13, de
estabelecidos em parâmetros gerais; (Redação 2001 e redação atual dada pela Lei n° 10.887, de 2004)
dada pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001) XI - vedação de inclusão nos benefícios,
IV - cobertura de um número mínimo de para efeito de percepção destes, do abono de
segurados, de modo que os regimes possam permanência de que tratam o § 19 do art. 40
garantir diretamente a totalidade dos riscos da Constituição Federal, o § 5o do art. 2o e o
cobertos no plano de benefícios, preservan- § 1o do art. 3o da Emenda Constitucional no
do o equilíbrio atuarial sem necessidade de 41, de 19 de dezembro de 2003. (Alterado pela
resseguro, conforme parâmetros gerais; Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001 e redação
V - cobertura exclusiva a servidores públicos atual dada pela Lei n° 10.887,, de 2004)
titulares de cargos efetivos e a militares, e a seus Parágrafo único. Aplicam-se, adicio-
respectivos dependentes, de cada ente estatal, nalmente, aos regimes próprios de previdên-
vedado o pagamento de benefícios, mediante cia social dos entes da Federação os incisos
convênios ou consórcios entre Estados, entre II, IV a IX do art. 6o. (NR) (Redação dada pela
Estados e Municípios e entre Municípios; Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001)

− 47/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.717, de 1998
o
Art. 1 -A. O servidor público titular de Previdência Social, de que trata a Lei nº
cargo efetivo da União, dos Estados, do 8.213, de 24 de julho de 1991, salvo disposi-
Distrito Federal e dos Municípios ou o ção em contrário da Constituição Federal.
militar dos Estados e do Distrito Federal Parágrafo único. Fica vedada a conces-
filiado a regime próprio de previdência são de aposentadoria especial, nos termos do
social, quando cedido a órgão ou entidade § 4o do art. 40 da Constituição Federal, até
de outro ente da federação, com ou sem que lei complementar federal discipline a
ônus para o cessionário, permanecerá vincu- matéria. (NR) (Redação dada pela Medida Provi-
lado ao regime de origem. (NR) (Redação dada sória n° 2.187-13, de 2001)
pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001) Art. 6º Fica facultada à União, aos Esta-
Art. 2o A contribuição da União, dos Es- dos, ao Distrito Federal e aos Municípios, a
tados, do Distrito Federal e dos Municípios, constituição de fundos integrados de bens,
incluídas suas autarquias e fundações, aos direitos e ativos, com finalidade previdenci-
regimes próprios de previdência social a que ária, desde que observados os critérios de
estejam vinculados seus servidores não que trata o artigo 1º e, adicionalmente, os
poderá ser inferior ao valor da contribuição seguintes preceitos:
do servidor ativo, nem superior ao dobro I - (Revogado pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001)
desta contribuição. (NR) (Redação dada pela Lei II - existência de conta do fundo distinta
n° 10.887, de 2004) da conta do Tesouro da unidade federativa;
§ 1o A União, os Estados, o Distrito Fede- III - (Revogado pela Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001)
ral e os Municípios são responsáveis pela IV - aplicação de recursos, conforme esta-
cobertura de eventuais insuficiências financei- belecido pelo Conselho Monetário Nacional;
ras do respectivo regime próprio, decorrentes V - vedação da utilização de recursos do
do pagamento de benefícios previdenciários. fundo de bens, direitos e ativos para emprés-
(NR) (Redação dada pela Lei n° 10.887, de 2004) timos de qualquer natureza, inclusive à
§ 2o A União, os Estados, o Distrito Fede- União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
ral e os Municípios publicarão, até 30 (trinta) Municípios, a entidades da administração
dias após o encerramento de cada bimestre, indireta e aos respectivos segurados;
demonstrativo financeiro e orçamentário da VI - vedação à aplicação de recursos em
receita e despesa previdenciárias acumuladas títulos públicos, com exceção de títulos do
no exercício financeiro em curso. (NR) (Redação Governo Federal;
dada pela Lei n° 10.887, de 2004) VII - avaliação de bens, direitos e ativos
§§ 3° a 7° Revogados pela Lei n° 10.887, de 2004 de qualquer natureza integrados ao fundo,
Art. 2°-A. (Revogado pela Lei n° 10.887, de 2004) em conformidade com a Lei 4.320, de 17 de
Art. 3o As alíquotas de contribuição dos março de 1964 e alterações subseqüentes;
servidores ativos dos Estados, do Distrito VIII - estabelecimento de limites para a
Federal e dos Municípios para os respecti- taxa de administração, conforme parâme-
vos regimes próprios de previdência social tros gerais;
não serão inferiores às dos servidores titula- IX - constituição e extinção do fundo
res de cargos efetivos da União, devendo mediante lei.
ainda ser observadas, no caso das contribui- Art. 7º O descumprimento do disposto
ções sobre os proventos dos inativos e sobre nesta Lei pelos Estados, Distrito Federal e
as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas Municípios e pelos respectivos fundos,
às remunerações dos servidores em ativida- implicará, a partir de 1º de julho de 1999:
de do respectivo ente estatal." (NR) (Redação I - suspensão das transferências voluntá-
dada pela Lei n° 10.887, de 2004) rias de recursos pela União;
Art. 4° (Revogado pela Lei n° 10.887, de 2004) II - impedimento para celebrar acordos,
Art. 5º Os regimes próprios de previdên- contratos, convênios ou ajustes, bem como
cia social dos servidores públicos da União, receber empréstimos, financiamentos, avais e
dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- subvenções em geral de órgãos ou entidades
cípios, dos militares dos Estados e do Distrito da Administração direta e indireta da União;
Federal não poderão conceder benefícios III - suspensão de empréstimos e financi-
distintos dos previstos no Regime Geral de amentos por instituições financeiras federais.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.717, de 1998

IV - suspensão do pagamento dos valo- II - o estabelecimento e a publicação dos


res devidos pelo Regime Geral de Previdên- parâmetros e das diretrizes gerais previstos
cia Social em razão da Lei no 9.796, de 5 de nesta Lei.
maio de 1999. (NR) (Redação dada pela Medida III - a apuração de infrações, por servi-
Provisória n° 2.187-13, de 2001) dor credenciado, e a aplicação de penalida-
Art. 8º Os dirigentes do órgão ou da en- des, por órgão próprio, nos casos previstos
tidade gestora do regime próprio de previ- no art. 8o desta Lei. (Redação dada pela Medida
dência social dos entes estatais, bem como Provisória n° 2.187-13, de 2001)
os membros dos conselhos administrativo e Parágrafo único. A União, os Estados, o
fiscal dos fundos de que trata o art. 6º, res- Distrito Federal e os Municípios prestarão
pondem diretamente por infração ao dispos- ao Ministério da Previdência e Assistência
to nesta Lei, sujeitando-se, no que couber, Social, quando solicitados, informações
ao regime repressivo da Lei no 6.435, de 15 sobre regime próprio de previdência social e
de julho de 1977, e alterações subseqüentes, fundo previdenciário previsto no art. 6o
conforme diretrizes gerais. desta Lei. (NR) (Redação dada pela Medida
Parágrafo único. As infrações serão apura- Provisória n° 2.187-13, de 2001)
das mediante processo administrativo que tenha Art. 10. No caso de extinção de regime
por base o auto, a representação ou a denúncia próprio de previdência social, a União, o Esta-
positiva dos fatos irregulares, em que se assegu- do, o Distrito Federal e os Municípios assumi-
re ao acusado o contraditório e a ampla defesa, rão integralmente a responsabilidade pelo
em conformidade com diretrizes gerais. pagamento dos benefícios concedidos durante
Art. 9º Compete à União, por intermé- a sua vigência, bem como daqueles benefícios
dio do Ministério da Previdência e Assis- cujos requisitos necessários a sua concessão
tência Social: foram implementados anteriormente à extinção
I - a orientação, supervisão e o acompa- do regime próprio de previdência social.
nhamento dos regimes próprios de previ- Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data
dência social dos servidores públicos e dos de sua publicação.
militares da União, dos Estados, do Distrito Brasília, 27 de novembro de 1998; 177o
Federal e dos Municípios, e dos fundos a da Independência e 110o da República.
que se refere o art. 6º, para o fiel cumpri- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
mento dos dispositivos desta Lei; Waldeck Ornélas

− 49/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.784, de 1999

LEI N.º 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.


Regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, VIII - observância das formalidades essen-
Faço saber que o Congresso Nacional decre- ciais à garantia dos direitos dos administrados;
ta e eu sanciono a seguinte Lei: IX - adoção de formas simples, suficientes
CAPÍTULO I para propiciar adequado grau de certeza, segu-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS rança e respeito aos direitos dos administrados;
Art. 1o Esta Lei estabelece normas bási- X - garantia dos direitos à comunicação,
cas sobre o processo administrativo no à apresentação de alegações finais, à produ-
âmbito da Administração Federal direta e ção de provas e à interposição de recursos,
indireta, visando, em especial, à proteção nos processos de que possam resultar san-
dos direitos dos administrados e ao melhor ções e nas situações de litígio;
cumprimento dos fins da Administração. XI - proibição de cobrança de despesas
§ 1o Os preceitos desta Lei também se processuais, ressalvadas as previstas em lei;
aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo XII - impulsão, de ofício, do processo
e Judiciário da União, quando no desempe- administrativo, sem prejuízo da atuação dos
nho de função administrativa. interessados;
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: XIII - interpretação da norma administrati-
I - órgão - a unidade de atuação inte- va da forma que melhor garanta o atendimento
grante da estrutura da Administração direta do fim público a que se dirige, vedada aplica-
e da estrutura da Administração indireta; ção retroativa de nova interpretação.
II - entidade - a unidade de atuação do- CAPÍTULO II
tada de personalidade jurídica; DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
III - autoridade - o servidor ou agente Art. 3o O administrado tem os seguintes
público dotado de poder de decisão. direitos perante a Administração, sem preju-
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, ízo de outros que lhe sejam assegurados:
dentre outros, aos princípios da legalidade, finali- I - ser tratado com respeito pelas autoridades
dade, motivação, razoabilidade, proporcionalida- e servidores, que deverão facilitar o exercício de
de, moralidade, ampla defesa, contraditório, seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
segurança jurídica, interesse público e eficiência. II - ter ciência da tramitação dos proces-
Parágrafo único. Nos processos adminis- sos administrativos em que tenha a condição
trativos serão observados, entre outros, os de interessado, ter vista dos autos, obter
critérios de: cópias de documentos neles contidos e
I - atuação conforme a lei e o Direito; conhecer as decisões proferidas;
II - atendimento a fins de interesse geral, III - formular alegações e apresentar do-
vedada a renúncia total ou parcial de poderes cumentos antes da decisão, os quais serão
ou competências, salvo autorização em lei; objeto de consideração pelo órgão competente;
III - objetividade no atendimento do in- IV - fazer-se assistir, facultativamente,
teresse público, vedada a promoção pessoal por advogado, salvo quando obrigatória a
de agentes ou autoridades; representação, por força de lei.
IV - atuação segundo padrões éticos de CAPÍTULO III
probidade, decoro e boa-fé; DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
V - divulgação oficial dos atos adminis- Art. 4o São deveres do administrado pe-
trativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo rante a Administração, sem prejuízo de
previstas na Constituição; outros previstos em ato normativo:
VI - adequação entre meios e fins, vedada a I - expor os fatos conforme a verdade;
imposição de obrigações, restrições e sanções II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
em medida superior àquelas estritamente ne- III - não agir de modo temerário;
cessárias ao atendimento do interesse público; IV - prestar as informações que lhe fo-
VII - indicação dos pressupostos de fato rem solicitadas e colaborar para o esclare-
e de direito que determinarem a decisão; cimento dos fatos.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.784, de 1999

CAPÍTULO IV CAPÍTULO VI
DO INÍCIO DO PROCESSO DA COMPETÊNCIA
Art. 5o O processo administrativo pode i- Art. 11. A competência é irrenunciá-
niciar-se de ofício ou a pedido de interessado. vel e se exerce pelos órgãos administrati-
Art. 6o O requerimento inicial do inte- vos a que foi atribuída como própria,
ressado, salvo casos em que for admitida salvo os casos de delegação e avocação
solicitação oral, deve ser formulado por legalmente admitidos.
escrito e conter os seguintes dados: Art. 12. Um órgão administrativo e
I - órgão ou autoridade administrativa a seu titular poderão, se não houver impe-
que se dirige; dimento legal, delegar parte da sua com-
II - identificação do interessado ou de petência a outros órgãos ou titulares,
quem o represente; ainda que estes não lhe sejam hierarqui-
III - domicílio do requerente ou local pa- camente subordinados, quando for conve-
ra recebimento de comunicações; niente, em razão de circunstâncias de
IV - formulação do pedido, com exposi- índole técnica, social, econômica, jurídica
ção dos fatos e de seus fundamentos; ou territorial.
V - data e assinatura do requerente ou de Parágrafo único. O disposto no caput
seu representante. deste artigo aplica-se à delegação de compe-
Parágrafo único. É vedada à Adminis- tência dos órgãos colegiados aos respectivos
tração a recusa imotivada de recebimento de presidentes.
documentos, devendo o servidor orientar o Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
interessado quanto ao suprimento de even- I - a edição de atos de caráter normativo;
tuais falhas. II - a decisão de recursos administrativos;
Art. 7o Os órgãos e entidades adminis- III - as matérias de competência exclu-
trativas deverão elaborar modelos ou formu- siva do órgão ou autoridade.
lários padronizados para assuntos que im- Art. 14. O ato de delegação e sua revoga-
portem pretensões equivalentes. ção deverão ser publicados no meio oficial.
Art. 8o Quando os pedidos de uma plu- § 1o O ato de delegação especificará as
ralidade de interessados tiverem conteúdo e matérias e poderes transferidos, os limites
fundamentos idênticos, poderão ser formu- da atuação do delegado, a duração e os
lados em um único requerimento, salvo objetivos da delegação e o recurso cabível,
preceito legal em contrário. podendo conter ressalva de exercício da
CAPÍTULO V atribuição delegada.
DOS INTERESSADOS § 2o O ato de delegação é revogável a
Art. 9o São legitimados como interessa- qualquer tempo pela autoridade delegante.
dos no processo administrativo: § 3o As decisões adotadas por delega-
I - pessoas físicas ou jurídicas que o ini- ção devem mencionar explicitamente esta
ciem como titulares de direitos ou interesses qualidade e considerar-se-ão editadas pelo
individuais ou no exercício do direito de delegado.
representação; Art. 15. Será permitida, em caráter ex-
II - aqueles que, sem terem iniciado o pro- cepcional e por motivos relevantes devida-
cesso, têm direitos ou interesses que possam mente justificados, a avocação temporária
ser afetados pela decisão a ser adotada; de competência atribuída a órgão hierarqui-
III - as organizações e associações re- camente inferior.
presentativas, no tocante a direitos e interes- Art. 16. Os órgãos e entidades adminis-
ses coletivos; trativas divulgarão publicamente os locais
IV - as pessoas ou as associações legal- das respectivas sedes e, quando conveniente,
mente constituídas quanto a direitos ou a unidade fundacional competente em maté-
interesses difusos. ria de interesse especial.
Art. 10. São capazes, para fins de pro- Art. 17. Inexistindo competência legal
cesso administrativo, os maiores de dezoito específica, o processo administrativo deverá
anos, ressalvada previsão especial em ato ser iniciado perante a autoridade de menor
normativo próprio. grau hierárquico para decidir.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.784, de 1999

CAPÍTULO VII cujo adiamento prejudique o curso regular


DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO do procedimento ou cause dano ao interes-
Art. 18. É impedido de atuar em processo sado ou à Administração.
administrativo o servidor ou autoridade que: Art. 24. Inexistindo disposição específica,
I - tenha interesse direto ou indireto na os atos do órgão ou autoridade responsável
matéria; pelo processo e dos administrados que dele
II - tenha participado ou venha a partici- participem devem ser praticados no prazo de
par como perito, testemunha ou representan- cinco dias, salvo motivo de força maior.
te, ou se tais situações ocorrem quanto ao Parágrafo único. O prazo previsto neste
cônjuge, companheiro ou parente e afins até artigo pode ser dilatado até o dobro, median-
o terceiro grau; te comprovada justificação.
III - esteja litigando judicial ou adminis- Art. 25. Os atos do processo devem rea-
trativamente com o interessado ou respecti- lizar-se preferencialmente na sede do órgão,
vo cônjuge ou companheiro. cientificando-se o interessado se outro for o
Art. 19. A autoridade ou servidor que in- local de realização.
correr em impedimento deve comunicar o fato CAPÍTULO IX
à autoridade competente, abstendo-se de atuar. DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
Parágrafo único. A omissão do dever de Art. 26. O órgão competente perante o
comunicar o impedimento constitui falta qual tramita o processo administrativo deter-
grave, para efeitos disciplinares. minará a intimação do interessado para ciência
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de de decisão ou a efetivação de diligências.
autoridade ou servidor que tenha amizade § 1o A intimação deverá conter:
íntima ou inimizade notória com algum dos I - identificação do intimado e nome do
interessados ou com os respectivos cônju- órgão ou entidade administrativa;
ges, companheiros, parentes e afins até o II - finalidade da intimação;
terceiro grau. III - data, hora e local em que deve
Art. 21. O indeferimento de alegação de comparecer;
suspeição poderá ser objeto de recurso, sem IV - se o intimado deve comparecer pes-
efeito suspensivo. soalmente, ou fazer-se representar;
CAPÍTULO VIII V - informação da continuidade do pro-
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS cesso independentemente do seu compare-
DO PROCESSO cimento;
Art. 22. Os atos do processo administra- VI - indicação dos fatos e fundamentos
tivo não dependem de forma determinada legais pertinentes.
senão quando a lei expressamente a exigir. § 2o A intimação observará a antecedên-
§ 1o Os atos do processo devem ser pro- cia mínima de três dias úteis quanto à data
duzidos por escrito, em vernáculo, com a de comparecimento.
data e o local de sua realização e a assinatu- § 3o A intimação pode ser efetuada por ci-
ra da autoridade responsável. ência no processo, por via postal com aviso de
§ 2o Salvo imposição legal, o reconhe- recebimento, por telegrama ou outro meio que
cimento de firma somente será exigido assegure a certeza da ciência do interessado.
quando houver dúvida de autenticidade. § 4o No caso de interessados indetermi-
§ 3o A autenticação de documentos exi- nados, desconhecidos ou com domicílio
gidos em cópia poderá ser feita pelo órgão indefinido, a intimação deve ser efetuada
administrativo. por meio de publicação oficial.
§ 4o O processo deverá ter suas páginas § 5o As intimações serão nulas quando
numeradas seqüencialmente e rubricadas. feitas sem observância das prescrições
Art. 23. Os atos do processo devem rea- legais, mas o comparecimento do adminis-
lizar-se em dias úteis, no horário normal de trado supre sua falta ou irregularidade.
funcionamento da repartição na qual trami- Art. 27. O desatendimento da intimação
tar o processo. não importa o reconhecimento da verdade
Parágrafo único. Serão concluídos de- dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
pois do horário normal os atos já iniciados, administrado.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.784, de 1999

Parágrafo único. No prosseguimento do Art. 34. Os resultados da consulta e audi-


processo, será garantido direito de ampla ência pública e de outros meios de participação
defesa ao interessado. de administrados deverão ser apresentados
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os com a indicação do procedimento adotado.
atos do processo que resultem para o interessa- Art. 35. Quando necessária à instrução
do em imposição de deveres, ônus, sanções ou do processo, a audiência de outros órgãos ou
restrição ao exercício de direitos e atividades e entidades administrativas poderá ser realiza-
os atos de outra natureza, de seu interesse. da em reunião conjunta, com a participação
CAPÍTULO X de titulares ou representantes dos órgãos
DA INSTRUÇÃO competentes, lavrando-se a respectiva ata, a
Art. 29. As atividades de instrução des- ser juntada aos autos.
tinadas a averiguar e comprovar os dados Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos
necessários à tomada de decisão realizam-se fatos que tenha alegado, sem prejuízo do
de ofício ou mediante impulsão do órgão dever atribuído ao órgão competente para a
responsável pelo processo, sem prejuízo do instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.
direito dos interessados de propor atuações Art. 37. Quando o interessado declarar que
probatórias. fatos e dados estão registrados em documentos
§ 1o O órgão competente para a instru- existentes na própria Administração responsá-
ção fará constar dos autos os dados necessá- vel pelo processo ou em outro órgão adminis-
rios à decisão do processo. trativo, o órgão competente para a instrução
§ 2o Os atos de instrução que exijam a proverá, de ofício, à obtenção dos documentos
atuação dos interessados devem realizar-se ou das respectivas cópias.
do modo menos oneroso para estes. Art. 38. O interessado poderá, na fase ins-
Art. 30. São inadmissíveis no processo trutória e antes da tomada da decisão, juntar
administrativo as provas obtidas por meios documentos e pareceres, requerer diligências e
ilícitos. perícias, bem como aduzir alegações referentes
Art. 31. Quando a matéria do processo à matéria objeto do processo.
envolver assunto de interesse geral, o órgão § 1o Os elementos probatórios deverão
competente poderá, mediante despacho ser considerados na motivação do relatório e
motivado, abrir período de consulta pública da decisão.
para manifestação de terceiros, antes da § 2o Somente poderão ser recusadas, me-
decisão do pedido, se não houver prejuízo diante decisão fundamentada, as provas pro-
para a parte interessada. postas pelos interessados quando sejam ilícitas,
§ 1o A abertura da consulta pública será impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
objeto de divulgação pelos meios oficiais, a Art. 39. Quando for necessária a prestação
fim de que pessoas físicas ou jurídicas pos- de informações ou a apresentação de provas
sam examinar os autos, fixando-se prazo pelos interessados ou terceiros, serão expedi-
para oferecimento de alegações escritas. das intimações para esse fim, mencionando-se
§ 2o O comparecimento à consulta pú- data, prazo, forma e condições de atendimento.
blica não confere, por si, a condição de Parágrafo único. Não sendo atendida a in-
interessado do processo, mas confere o timação, poderá o órgão competente, se enten-
direito de obter da Administração resposta der relevante a matéria, suprir de ofício a omis-
fundamentada, que poderá ser comum a são, não se eximindo de proferir a decisão.
todas as alegações substancialmente iguais. Art. 40. Quando dados, atuações ou do-
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juí- cumentos solicitados ao interessado forem
zo da autoridade, diante da relevância da necessários à apreciação de pedido formula-
questão, poderá ser realizada audiência pública do, o não atendimento no prazo fixado pela
para debates sobre a matéria do processo. Administração para a respectiva apresenta-
Art. 33. Os órgãos e entidades administra- ção implicará arquivamento do processo.
tivas, em matéria relevante, poderão estabele- Art. 41. Os interessados serão intimados
cer outros meios de participação de adminis- de prova ou diligência ordenada, com ante-
trados, diretamente ou por meio de organiza- cedência mínima de três dias úteis, mencio-
ções e associações legalmente reconhecidas. nando-se data, hora e local de realização.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.784, de 1999

Art. 42. Quando deva ser obrigatoria- CAPÍTULO XII


mente ouvido um órgão consultivo, o pare- DA MOTIVAÇÃO
cer deverá ser emitido no prazo máximo de Art. 50. Os atos administrativos deverão
quinze dias, salvo norma especial ou com- ser motivados, com indicação dos fatos e
provada necessidade de maior prazo. dos fundamentos jurídicos, quando:
§ 1o Se um parecer obrigatório e vincu- I - neguem, limitem ou afetem direitos
lante deixar de ser emitido no prazo fixado, ou interesses;
o processo não terá seguimento até a respec- II - imponham ou agravem deveres, en-
tiva apresentação, responsabilizando-se cargos ou sanções;
quem der causa ao atraso. III - decidam processos administrativos
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vincu- de concurso ou seleção pública;
lante deixar de ser emitido no prazo fixado, o IV - dispensem ou declarem a inexigibi-
processo poderá ter prosseguimento e ser decidi- lidade de processo licitatório;
do com sua dispensa, sem prejuízo da responsabi- V - decidam recursos administrativos;
lidade de quem se omitiu no atendimento. VI - decorram de reexame de ofício;
Art. 43. Quando por disposição de ato nor- VII - deixem de aplicar jurisprudência fir-
mativo devam ser previamente obtidos laudos mada sobre a questão ou discrepem de parece-
técnicos de órgãos administrativos e estes não res, laudos, propostas e relatórios oficiais;
cumprirem o encargo no prazo assinalado, o VIII - importem anulação, revogação, sus-
órgão responsável pela instrução deverá solicitar pensão ou convalidação de ato administrativo.
laudo técnico de outro órgão dotado de qualifica- § 1o A motivação deve ser explícita, cla-
ção e capacidade técnica equivalentes. ra e congruente, podendo consistir em decla-
Art. 44. Encerrada a instrução, o interes- ração de concordância com fundamentos de
sado terá o direito de manifestar-se no prazo anteriores pareceres, informações, decisões
máximo de dez dias, salvo se outro prazo for ou propostas, que, neste caso, serão parte
legalmente fixado. integrante do ato.
Art. 45. Em caso de risco iminente, a § 2o Na solução de vários assuntos da
Administração Pública poderá motivada- mesma natureza, pode ser utilizado meio
mente adotar providências acauteladoras mecânico que reproduza os fundamentos das
sem a prévia manifestação do interessado. decisões, desde que não prejudique direito
Art. 46. Os interessados têm direito à vista ou garantia dos interessados.
do processo e a obter certidões ou cópias § 3o A motivação das decisões de órgãos
reprográficas dos dados e documentos que o colegiados e comissões ou de decisões orais
integram, ressalvados os dados e documentos constará da respectiva ata ou de termo escrito.
de terceiros protegidos por sigilo ou pelo CAPÍTULO XIII
direito à privacidade, à honra e à imagem. DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE
Art. 47. O órgão de instrução que não EXTINÇÃO DO PROCESSO
for competente para emitir a decisão final Art. 51. O interessado poderá, mediante
elaborará relatório indicando o pedido inici- manifestação escrita, desistir total ou parci-
al, o conteúdo das fases do procedimento e almente do pedido formulado ou, ainda,
formulará proposta de decisão, objetivamen- renunciar a direitos disponíveis.
te justificada, encaminhando o processo à § 1o Havendo vários interessados, a de-
autoridade competente. sistência ou renúncia atinge somente quem a
CAPÍTULO XI tenha formulado.
DO DEVER DE DECIDIR § 2o A desistência ou renúncia do interessa-
Art. 48. A Administração tem o dever de do, conforme o caso, não prejudica o prossegui-
explicitamente emitir decisão nos processos mento do processo, se a Administração conside-
administrativos e sobre solicitações ou recla- rar que o interesse público assim o exige.
mações, em matéria de sua competência. Art. 52. O órgão competente poderá de-
Art. 49. Concluída a instrução de processo clarar extinto o processo quando exaurida
administrativo, a Administração tem o prazo sua finalidade ou o objeto da decisão se
de até trinta dias para decidir, salvo prorroga- tornar impossível, inútil ou prejudicado por
ção por igual período expressamente motivada. fato superveniente.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.784, de 1999

CAPÍTULO XIV explicitar, antes de encaminhar o recurso à


DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E autoridade superior, as razões da aplicabilidade
CONVALIDAÇÃO ou inaplicabilidade da súmula, conforme o
Art. 53. A Administração deve anular caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 19.12. 2006)
seus próprios atos, quando eivados de vício Art. 57. O recurso administrativo trami-
de legalidade, e pode revogá-los por motivo tará no máximo por três instâncias adminis-
de conveniência ou oportunidade, respeita- trativas, salvo disposição legal diversa.
dos os direitos adquiridos. Art. 58. Têm legitimidade para interpor
Art. 54. O direito da Administração de a- recurso administrativo:
nular os atos administrativos de que decorram I - os titulares de direitos e interesses
efeitos favoráveis para os destinatários decai que forem parte no processo;
em cinco anos, contados da data em que foram II - aqueles cujos direitos ou interesses forem
praticados, salvo comprovada má-fé.275 indiretamente afetados pela decisão recorrida;
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais III - as organizações e associações re-
contínuos, o prazo de decadência contar-se-á presentativas, no tocante a direitos e interes-
da percepção do primeiro pagamento. ses coletivos;
§ 2o Considera-se exercício do direito de anu- IV - os cidadãos ou associações, quanto
lar qualquer medida de autoridade administrativa a direitos ou interesses difusos.
que importe impugnação à validade do ato. Art. 59. Salvo disposição legal específica, é
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie de dez dias o prazo para interposição de recurso
não acarretarem lesão ao interesse público administrativo, contado a partir da ciência ou
nem prejuízo a terceiros, os atos que apre- divulgação oficial da decisão recorrida.
sentarem defeitos sanáveis poderão ser § 1o Quando a lei não fixar prazo diferente,
convalidados pela própria Administração. o recurso administrativo deverá ser decidido no
CAPÍTULO XV prazo máximo de trinta dias, a partir do rece-
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA bimento dos autos pelo órgão competente.
REVISÃO § 2o O prazo mencionado no parágrafo
Art. 56. Das decisões administrativas cabe re- anterior poderá ser prorrogado por igual
curso, em face de razões de legalidade e de mérito. período, ante justificativa explícita.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de
que proferiu a decisão, a qual, se não a requerimento no qual o recorrente deverá expor
reconsiderar no prazo de cinco dias, o en- os fundamentos do pedido de reexame, podendo
caminhará à autoridade superior. juntar os documentos que julgar convenientes.
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição Art. 61. Salvo disposição legal em con-
de recurso administrativo independe de caução. trário, o recurso não tem efeito suspensivo.
§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão Parágrafo único. Havendo justo receio de
administrativa contraria enunciado da súmula prejuízo de difícil ou incerta reparação decor-
vinculante, caberá à autoridade prolatora da rente da execução, a autoridade recorrida ou a
decisão impugnada, se não a reconsiderar, imediatamente superior poderá, de ofício ou a
pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
275
Segundo a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão com-
“dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência petente para dele conhecer deverá intimar os
Social e dá outras providências”: demais interessados para que, no prazo de
“Art. 103-A. O direito da Previdência Social de cinco dias úteis, apresentem alegações.
anular os atos administrativos de que decorram efeitos Art. 63. O recurso não será conhecido
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, quando interposto:
contados da data em que foram praticados, salvo com- I - fora do prazo;
provada má-fé. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004) II - perante órgão incompetente;
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o
III - por quem não seja legitimado;
prazo decadencial contar-se-á da percepção do primeiro
pagamento. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004)
IV - após exaurida a esfera administrativa.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qual- § 1o Na hipótese do inciso II, será indi-
quer medida de autoridade administrativa que importe cada ao recorrente a autoridade competente,
impugnação à validade do ato.” (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004) sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.
− 55/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 9.784, de 1999
o
§ 2 O não conhecimento do recurso não CAPÍTULO XVI
impede a Administração de rever de ofício o DOS PRAZOS
ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão Art. 66. Os prazos começam a correr a
administrativa. partir da data da cientificação oficial, exclu-
Art. 64. O órgão competente para decidir o indo-se da contagem o dia do começo e
recurso poderá confirmar, modificar, anular ou incluindo-se o do vencimento.
revogar, total ou parcialmente, a decisão recor- § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o
rida, se a matéria for de sua competência. primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto em dia em que não houver expediente ou este
neste artigo puder decorrer gravame à situação do for encerrado antes da hora normal.
recorrente, este deverá ser cientificado para que § 2o Os prazos expressos em dias con-
formule suas alegações antes da decisão. tam-se de modo contínuo.
Art. 64-A. Se o recorrente alegar viola- § 3o Os prazos fixados em meses ou anos con-
ção de enunciado da súmula vinculante, o tam-se de data a data. Se no mês do vencimento
órgão competente para decidir o recurso não houver o dia equivalente àquele do início do
explicitará as razões da aplicabilidade ou prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
inaplicabilidade da súmula, conforme o Art. 67. Salvo motivo de força maior
caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). devidamente comprovado, os prazos proces-
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tri- suais não se suspendem.
bunal Federal a reclamação fundada em CAPÍTULO XVII
violação de enunciado da súmula vinculante, DAS SANÇÕES
dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por
órgão competente para o julgamento do autoridade competente, terão natureza pecuniária
recurso, que deverão adequar as futuras ou consistirão em obrigação de fazer ou de não
decisões administrativas em casos seme- fazer, assegurado sempre o direito de defesa.
lhantes, sob pena de responsabilização CAPÍTULO XVIII
pessoal nas esferas cível, administrativa e DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Art. 69. Os processos administrativos
Art. 65. Os processos administrativos de específicos continuarão a reger-se por lei
que resultem sanções poderão ser revistos, a própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiari-
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, amente os preceitos desta Lei.
quando surgirem fatos novos ou circunstân- Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data
cias relevantes suscetíveis de justificar a de sua publicação.
inadequação da sanção aplicada. Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da
Parágrafo único. Da revisão do processo Independência e 111o da República.
não poderá resultar agravamento da sanção. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

− 56/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 10.887, de 2004
o
LEI N 10.887, DE 18 DE JUNHO DE 2004.
Dispõe sobre a aplicação de disposições da Emenda Consti-
o
tucional n 41, de 19 de dezembro de 2003, altera dis-
positivos das Leis nos 9.717, de 27 de novembro de
1998, 8.213, de 24 de julho de 1991, 9.532, de 10 de
dezembro de 1997, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, § 5o Os proventos, calculados de acordo
Faço saber que o Congresso Nacional decre- com o caput deste artigo, por ocasião de sua
ta e eu sanciono a seguinte Lei: concessão, não poderão ser inferiores ao
Art. 1o No cálculo dos proventos de aposen- valor do salário-mínimo nem exceder a
tadoria dos servidores titulares de cargo efetivo remuneração do respectivo servidor no
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.
do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas Art. 2o Aos dependentes dos servidores
suas autarquias e fundações, previsto no § 3o do titulares de cargo efetivo e dos aposentados
art. 40 da Constituição Federal e no art. 2o da de qualquer dos Poderes da União, dos
Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezem- Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
bro de 2003, será considerada a média aritméti- pios, incluídas suas autarquias e fundações,
ca simples das maiores remunerações, utilizadas falecidos a partir da data de publicação desta
como base para as contribuições do servidor aos Lei, será concedido o benefício de pensão
regimes de previdência a que esteve vinculado, por morte, que será igual:
correspondentes a 80% (oitenta por cento) de I - à totalidade dos proventos percebidos
todo o período contributivo desde a competên- pelo aposentado na data anterior à do óbito,
cia julho de 1994 ou desde a do início da contri- até o limite máximo estabelecido para os
buição, se posterior àquela competência. benefícios do regime geral de previdência
§ 1o As remunerações consideradas no social, acrescida de 70% (setenta por cento)
cálculo do valor inicial dos proventos terão os da parcela excedente a este limite; ou
seus valores atualizados mês a mês de acordo II - à totalidade da remuneração do ser-
com a variação integral do índice fixado para vidor no cargo efetivo na data anterior à do
a atualização dos salários-de-contribuição óbito, até o limite máximo estabelecido para
considerados no cálculo dos benefícios do os benefícios do regime geral de previdência
regime geral de previdência social. social, acrescida de 70% (setenta por cento)
§ 2o A base de cálculo dos proventos se- da parcela excedente a este limite, se o
rá a remuneração do servidor no cargo falecimento ocorrer quando o servidor ainda
efetivo nas competências a partir de julho de estiver em atividade.
1994 em que não tenha havido contribuição Parágrafo único. Aplica-se ao valor das
para regime próprio. pensões o limite previsto no art. 40, § 2o, da
§ 3o Os valores das remunerações a serem Constituição Federal.
utilizadas no cálculo de que trata este artigo Art. 3o Para os fins do disposto no inciso
serão comprovados mediante documento XI do art. 37 da Constituição Federal, a
fornecido pelos órgãos e entidades gestoras União, os Estados, o Distrito Federal e os
dos regimes de previdência aos quais o servi- Municípios instituirão sistema integrado de
dor esteve vinculado ou por outro documento dados relativos às remunerações, proventos
público, na forma do regulamento. e pensões pagos aos respectivos servidores e
§ 4o Para os fins deste artigo, as remune- militares, ativos e inativos, e pensionistas,
rações consideradas no cálculo da aposenta- na forma do regulamento.
doria, atualizadas na forma do § 1o deste Art. 4o A contribuição social do servidor
artigo, não poderão ser: público ativo de qualquer dos Poderes da
I - inferiores ao valor do salário-mínimo; União, incluídas suas autarquias e funda-
II - superiores ao limite máximo do salá- ções, para a manutenção do respectivo
rio-de-contribuição, quanto aos meses em regime próprio de previdência social, será
que o servidor esteve vinculado ao regime de 11% (onze por cento), incidente sobre a
geral de previdência social. totalidade da base de contribuição.
− 57/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 10.887, de 2004
o
§ 1 Entende-se como base de contribuição ventos de aposentadorias e pensões que
o vencimento do cargo efetivo, acrescido das supere 60% (sessenta por cento) do limite
vantagens pecuniárias permanentes estabeleci- máximo estabelecido para os benefícios do
das em lei, os adicionais de caráter individual regime geral de previdência social.
ou quaisquer outras vantagens, excluídas: Parágrafo único. A contribuição de que trata
I - as diárias para viagens; o caput deste artigo incidirá sobre os proventos
II - a ajuda de custo em razão de mu- de aposentadorias e pensões concedidas aos
dança de sede; servidores e seus dependentes que tenham
III - a indenização de transporte; cumprido todos os requisitos para obtenção
IV - o salário-família; desses benefícios com base nos critérios da
V - o auxílio-alimentação; legislação vigente até 31 de dezembro de 2003.
VI - o auxílio-creche; Art. 7o O servidor ocupante de cargo e-
VII - as parcelas remuneratórias pagas fetivo que tenha completado as exigências
em decorrência de local de trabalho; para aposentadoria voluntária estabelecidas
VIII - a parcela percebida em decorrên- na alínea a do inciso III do § 1o do art. 40 da
cia do exercício de cargo em comissão ou de Constituição Federal, no § 5o do art. 2o ou
função de confiança; e no § 1o do art. 3o da Emenda Constitucional
IX - o abono de permanência de que tra- no 41, de 19 de dezembro de 2003, e que
tam o § 19 do art. 40 da Constituição Fede- opte por permanecer em atividade fará jus a
ral, o § 5o do art. 2o e o § 1o do art. 3o da abono de permanência equivalente ao valor
Emenda Constitucional no 41, de 19 de da sua contribuição previdenciária até com-
dezembro de 2003. pletar as exigências para aposentadoria
§ 2o O servidor ocupante de cargo efeti- compulsória contidas no inciso II do § 1o do
vo poderá optar pela inclusão na base de art. 40 da Constituição Federal.
contribuição de parcelas remuneratórias Art. 8o A contribuição da União, de suas
percebidas em decorrência de local de traba- autarquias e fundações para o custeio do
lho, do exercício de cargo em comissão ou regime de previdência, de que trata o art. 40
de função de confiança, para efeito de cálcu- da Constituição Federal, será o dobro da
lo do benefício a ser concedido com funda- contribuição do servidor ativo, devendo o
mento no art. 40 da Constituição Federal e produto de sua arrecadação ser contabiliza-
art. 2o da Emenda Constitucional no 41, de do em conta específica.
19 de dezembro de 2003, respeitada, em Parágrafo único. A União é responsável
qualquer hipótese, a limitação estabelecida pela cobertura de eventuais insuficiências
no § 2o do art. 40 da Constituição Federal. financeiras do regime decorrentes do paga-
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas mento de benefícios previdenciários.
de qualquer dos Poderes da União, incluídas Art. 9o A unidade gestora do regime pró-
suas autarquias e fundações, contribuirão prio de previdência dos servidores, prevista
com 11% (onze por cento), incidentes sobre no art. 40, § 20, da Constituição Federal:
o valor da parcela dos proventos de aposen- I - contará com colegiado, com partici-
tadorias e pensões concedidas de acordo pação paritária de representantes e de servi-
com os critérios estabelecidos no art. 40 da dores dos Poderes da União, cabendo-lhes
Constituição Federal e nos arts. 2o e 6o da acompanhar e fiscalizar sua administração,
Emenda Constitucional no 41, de 19 de na forma do regulamento;
dezembro de 2003, que supere o limite II - procederá, no mínimo a cada 5 (cin-
máximo estabelecido para os benefícios do co) anos, a recenseamento previdenciário,
regime geral de previdência social. abrangendo todos os aposentados e pensio-
Art. 6o Os aposentados e os pensionistas nistas do respectivo regime;
de qualquer dos Poderes da União, incluídas III - disponibilizará ao público, inclusive
suas autarquias e fundações, em gozo desses por meio de rede pública de transmissão de
benefícios na data de publicação da Emenda dados, informações atualizadas sobre as
Constitucional no 41, de 19 de dezembro de receitas e despesas do respectivo regime, bem
2003, contribuirão com 11% (onze por como os critérios e parâmetros adotados para
cento), incidentes sobre a parcela dos pro- garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial.
− 58/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 10.887, de 2004
o
Art. 10. A Lei n 9.717, de 27 de no- "Art. 3o As alíquotas de contribuição
vembro de 1998, com a redação dada pela dos servidores ativos dos Estados, do
Medida Provisória no 2.187-13, de 24 de Distrito Federal e dos Municípios para
agosto de 2001, passa a vigorar com as os respectivos regimes próprios de pre-
seguintes alterações: vidência social não serão inferiores às
"Art. 1o ............................................ dos servidores titulares de cargos efeti-
......................................................... vos da União, devendo ainda ser obser-
X - vedação de inclusão nos benefí- vadas, no caso das contribuições sobre
cios, para efeito de percepção destes, de os proventos dos inativos e sobre as
parcelas remuneratórias pagas em decor- pensões, as mesmas alíquotas aplicadas
rência de local de trabalho, de função de às remunerações dos servidores em ati-
confiança ou de cargo em comissão, ex- vidade do respectivo ente estatal." (NR)
ceto quando tais parcelas integrarem a Art. 11. A Lei no 8.212, de 24 de julho
remuneração de contribuição do servi- de 1991, passa a vigorar com as seguintes
dor que se aposentar com fundamento alterações:
no art. 40 da Constituição Federal, res- "Art. 12. ...........................................
peitado, em qualquer hipótese, o limite I - .....................................................
previsto no § 2o do citado artigo; .........................................................
XI - vedação de inclusão nos benefí- j) o exercente de mandato eletivo
cios, para efeito de percepção destes, do federal, estadual ou municipal, desde
abono de permanência de que tratam o § que não vinculado a regime próprio de
19 do art. 40 da Constituição Federal, o previdência social;
§ 5o do art. 2o e o § 1o do art. 3o da E- .............................................. " (NR)
menda Constitucional no 41, de 19 de "Art. 69. ...........................................
dezembro de 2003. .........................................................
..............................................." (NR) § 4o Para efeito do disposto no caput
"Art. 2o A contribuição da União, deste artigo, o Ministério da Previdência
dos Estados, do Distrito Federal e dos Social e o Instituto Nacional do Seguro
Municípios, incluídas suas autarquias Social - INSS procederão, no mínimo a
e fundações, aos regimes próprios de cada 5 (cinco) anos, ao recenseamento
previdência social a que estejam vin- previdenciário, abrangendo todos os apo-
culados seus servidores não poderá ser sentados e pensionistas do regime geral
inferior ao valor da contribuição do de previdência social." (NR)
servidor ativo, nem superior ao dobro "Art. 80. ...........................................
desta contribuição. .........................................................
§ 1o A União, os Estados, o Distrito VII - disponibilizará ao público, in-
Federal e os Municípios são responsá- clusive por meio de rede pública de
veis pela cobertura de eventuais insufi- transmissão de dados, informações atua-
ciências financeiras do respectivo regi- lizadas sobre as receitas e despesas do
me próprio, decorrentes do pagamento regime geral de previdência social, bem
de benefícios previdenciários. como os critérios e parâmetros adotados
§ 2o A União, os Estados, o Distrito para garantir o equilíbrio financeiro e
Federal e os Municípios publicarão, até atuarial do regime." (NR)
30 (trinta) dias após o encerramento de Art. 12. A Lei no 8.213, de 24 de julho de
cada bimestre, demonstrativo financeiro 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:
e orçamentário da receita e despesa pre- "Art. 11. ...........................................
videnciárias acumuladas no exercício fi- I – ....................................................
nanceiro em curso. .........................................................
§ 3o (Revogado) j) o exercente de mandato eletivo
§ 4o (Revogado) federal, estadual ou municipal, desde
§ 5o (Revogado) que não vinculado a regime próprio de
§ 6o (Revogado) previdência social;
§ 7o (Revogado)" (NR) .............................................. " (NR)
− 59/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 10.887, de 2004

"Art. 29-B. Os salários-de-contribuição § 3o O somatório das contribuições


considerados no cálculo do valor do bene- que exceder o valor a que se refere o §
fício serão corrigidos mês a mês de acordo 2o deste artigo deverá ser adicionado
com a variação integral do Índice Nacional ao lucro líquido para efeito de deter-
de Preços ao Consumidor - INPC, calcula- minação do lucro real e da base de
do pela Fundação Instituto Brasileiro de cálculo da contribuição social sobre o
Geografia e Estatística - IBGE." lucro líquido.
Art. 13. O art. 11 da Lei no 9.532, de 10 § 4o O disposto neste artigo não eli-
de dezembro de 1997, passa a vigorar com a de a observância das normas do art. 7o
seguinte redação: da Lei no 9.477, de 24 de julho de 1997.
"Art. 11. As deduções relativas às § 5o Excetuam-se da condição de
contribuições para entidades de previdên- que trata o caput deste artigo os benefi-
cia privada, a que se refere a alínea e do ciários de aposentadoria ou pensão con-
inciso II do art. 8o da Lei no 9.250, de 26 cedidas por regime próprio de previdên-
de dezembro de 1995, e às contribuições cia ou pelo regime geral de previdência
para o Fundo de Aposentadoria Progra- social." (NR)
mada Individual - FAPI, a que se refere a Art. 14. O art. 12 da Lei no 10.666, de 8
Lei no 9.477, de 24 de julho de 1997, cujo de maio de 2003, passa a vigorar com a
ônus seja da própria pessoa física, ficam seguinte redação:
condicionadas ao recolhimento, também, "Art. 12. Para fins de compensa-
de contribuições para o regime geral de ção financeira entre o regime geral de
previdência social ou, quando for o caso, previdência social e os regimes pró-
para regime próprio de previdência social prios de previdência social dos servi-
dos servidores titulares de cargo efetivo dores da União, dos Estados, do Dis-
da União, dos Estados, do Distrito Fede- trito Federal e dos Municípios, os re-
ral ou dos Municípios, observada a con- gimes instituidores apresentarão aos
tribuição mínima, e limitadas a 12% (do- regimes de origem até o mês de maio
ze por cento) do total dos rendimentos de 2007 os dados relativos aos benefí-
computados na determinação da base de cios em manutenção em 5 de maio de
cálculo do imposto devido na declaração 1999 concedidos a partir da promul-
de rendimentos. gação da Constituição Federal." (NR)
§ 1o Aos resgates efetuados pelos Art. 15. Os proventos de aposentadoria e
quotistas de Fundo de Aposentadoria as pensões de que tratam os arts. 1o e 2o
Programada Individual - FAPI aplicam- desta Lei serão reajustados na mesma data
se, também, as normas de incidência do em que se der o reajuste dos benefícios do
imposto de renda de que trata o art. 33 da regime geral de previdência social.
Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995. Art. 16. As contribuições a que se refe-
§ 2o Na determinação do lucro real rem os arts. 4o, 5o e 6o desta Lei serão exigí-
e da base de cálculo da contribuição veis a partir de 20 de maio de 2004.
social sobre o lucro líquido, o valor das § 1o Decorrido o prazo estabelecido
despesas com contribuições para a pre- no caput deste artigo, os servidores a-
vidência privada, a que se refere o inci- brangidos pela isenção de contribuição
so V do art. 13 da Lei no 9.249, de 26 referida no § 1o do art. 3o e no § 5o do art.
de dezembro de 1995, e para os Fundos 8o da Emenda Constitucional no 20, de 15
de Aposentadoria Programada Indivi- de dezembro de 1998, passarão a recolher
dual - Fapi, a que se refere a Lei no contribuição previdenciária corresponden-
9.477, de 24 de julho de 1997, cujo ô- te, fazendo jus ao abono a que se refere o
nus seja da pessoa jurídica, não poderá art. 7o desta Lei.
exceder, em cada período de apuração, § 2o A contribuição de que trata o art. 1o
a 20% (vinte por cento) do total dos sa- da Lei no 9.783, de 28 de janeiro de 1999,
lários dos empregados e da remunera- fica mantida até o início do recolhimento da
ção dos dirigentes da empresa, vincula- contribuição a que se refere o caput deste
dos ao referido plano. artigo, para os servidores ativos.
− 60/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Lei n° 10.887, de 2004

Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data 2 e ao art. 2o-A da Lei no 9.717, de 27 de
o

de sua publicação. novembro de 1998, e a Lei no 9.783, de 28


Art. 18. Ficam revogados os §§ 3o, 4o, de janeiro de 1999.
5o, 6o e 7o do art. 2o, o art. 2o-A e o art. 4o da Brasília, 18 de junho de 2004; 183o da
Lei no 9.717, de 27 de novembro de 1998, o Independência e 116o da República.
art. 8o da Medida Provisória no 2.187-13, de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
24 de agosto de 2001, na parte em que dá Guido Mantega
nova redação ao inciso X do art. 1o, ao art. Amir Lando

− 61/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001
o
MEDIDA PROVISÓRIA N 2.187-13, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.
Dispõe sobre o reajuste dos benefícios mantidos
pela Previdência Social, e altera dispositivos das
Leis nos 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.212
e 8.213, de 24 de julho de 1991, 8.742, de 7 de
dezembro de 1993, 9.604, de 5 de fevereiro de
1998, 9.639, de 25 de maio de 1998, 9.717, de 27
de novembro de 1998, e 9.796, de 5 de maio de
1999, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, nal do Seguro Social - INSS do valor cor-
no uso da atribuição que lhe confere o art. respondente à mora, por ocasião da primei-
62 da Constituição, adota a seguinte Medida ra transferência que ocorrer após a comu-
Provisória, com força de lei: nicação da autarquia previdenciária ao Mi-
Art. 1o Os benefícios mantidos pela Pre- nistério da Fazenda.
vidência Social serão reajustados, em 1o de ..........................................................
junho de 2000, em cinco vírgula oitenta e § 12. O acordo previsto neste artigo
um por cento. conterá cláusula em que o Estado, o Distri-
Parágrafo único. Para os benefícios conce- to Federal e o Município autorize a reten-
didos pela Previdência Social a partir de 1o de ção do FPE e do FPM e o repasse à autar-
julho de 1999, o reajuste nos termos do caput quia previdenciária do valor corresponden-
dar-se-á de acordo com os percentuais indica- te às obrigações previdenciárias correntes
dos no Anexo a esta Medida Provisória. do mês anterior ao do recebimento do res-
Art. 2o O art. 80 da Lei no 6.015, de 31 pectivo Fundo de Participação.
de dezembro de 1973, passa a vigorar acres- § 13. Constará, ainda, no acordo
cido do seguinte dispositivo: mencionado neste artigo, cláusula em
"12) pelo menos uma das informações a que o Estado, o Distrito Federal ou o
seguir arroladas: número de inscrição do Município autorize a retenção pelas ins-
PIS/PASEP; número de inscrição no Institu- tituições financeiras de outras receitas
to Nacional do Seguro Social - INSS, se estaduais, distritais ou municipais nelas
contribuinte individual; número de benefício depositadas e o repasse ao INSS do res-
previdenciário - NB, se a pessoa falecida for tante da dívida previdenciária apurada,
titular de qualquer benefício pago pelo na hipótese em que os recursos oriundos
INSS; número do CPF; número de registro do FPE e do FPM não forem suficientes
da Carteira de Identidade e respectivo órgão para a quitação do parcelamento e das
emissor; número do título de eleitor; número obrigações previdenciárias correntes.
do registro de nascimento, com informação § 14. O valor mensal das obrigações
do livro, da folha e do termo; número e série previdenciárias correntes, para efeito deste
da Carteira de Trabalho." (NR) artigo, será apurado com base na respectiva
Art. 3o Os dispositivos adiante indicados Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia
da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, do Tempo de Serviço e de Informações à
passam a vigorar com a seguinte redação: Previdência Social - GFIP ou, no caso de sua
"Art. 38. ........................................... não-apresentação no prazo legal, estimado,
.......................................................... utilizando-se a média das últimas doze com-
§ 10. O acordo celebrado com o Esta- petências recolhidas anteriores ao mês da re-
do, o Distrito Federal ou o Município con- tenção prevista no § 12 deste artigo, sem pre-
terá, ainda, cláusula em que estes autori- juízo da cobrança ou restituição ou compen-
zem, quando houver a falta de pagamento sação de eventuais diferenças." (NR)
de débitos vencidos ou de prestações de "Art.55. ............................................
acordos de parcelamento, a retenção do ..........................................................
Fundo de Participação dos Estados - FPE II - seja portadora do Registro e do
ou do Fundo de Participação dos Municí- Certificado de Entidade Beneficente de
pios - FPM e o repasse ao Instituto Nacio- Assistência Social, fornecidos pelo Con-

− 62/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001

selho Nacional de Assistência Social, "Art. 41. (Revogado pela Lei nº 11.430, de
renovado a cada três anos; 26.12.2006)
......................................................... "Art.96. ............................................
§ 6o A inexistência de débitos em re- .........................................................
lação às contribuições sociais é condição IV - o tempo de serviço anterior ou
necessária ao deferimento e à manuten- posterior à obrigatoriedade de filiação à
ção da isenção de que trata este artigo, Previdência Social só será contado me-
em observância ao disposto no § 3o do diante indenização da contribuição cor-
art. 195 da Constituição." (NR) respondente ao período respectivo, com
"Art. 68. .......................................... acréscimo de juros moratórios de zero
......................................................... vírgula cinco por cento ao mês, capitali-
§ 3o A comunicação deverá ser feita zados anualmente, e multa de dez por
por meio de formulários para cadastra- cento." (NR)
mento de óbito, conforme modelo apro- "Art. 134. Os valores expressos em
vado pelo Ministério da Previdência e moeda corrente nesta Lei serão reajusta-
Assistência Social. dos nas mesmas épocas e com os mes-
§ 4o No formulário para cadastra- mos índices utilizados para o reajusta-
mento de óbito deverá constar, além mento dos valores dos benefícios." (NR)
dos dados referentes à identificação Art. 5o A Lei no 8.742, de 7 de dezem-
do Cartório de Registro Civil de Pes- bro de 1993, passa a vigorar com as seguin-
soas Naturais, pelo menos uma das tes alterações:
seguintes informações relativas à pes- "Art.9o ..............................................
soa falecida: .........................................................
a) número de inscrição do PIS/PASEP; § 3o A inscrição da entidade no Conse-
b) número de inscrição no Instituto lho Municipal de Assistência Social, ou no
Nacional do Seguro Social - INSS, se Conselho de Assistência Social do Distrito
contribuinte individual, ou número de Federal, é condição essencial para o enca-
benefício previdenciário - NB, se a pes- minhamento de pedido de registro e de
soa falecida for titular de qualquer bene- certificado de entidade beneficente de as-
fício pago pelo INSS; sistência social junto ao Conselho Nacio-
c) número do CPF; nal de Assistência Social - CNAS.
d) número de registro da Carteira de ............................................. " (NR)
Identidade e respectivo órgão emissor; "Art.18. ............................................
e) número do título de eleitor; .........................................................
f) número do registro de nascimento III - observado o disposto em regu-
ou casamento, com informação do livro, lamento, estabelecer procedimentos para
da folha e do termo; concessão de registro e certificado de
g) número e série da Carteira de Tra- entidade beneficente de assistência soci-
balho." (NR) al às instituições privadas prestadoras de
"Art. 102. Os valores expressos em serviços e assessoramento de assistência
moeda corrente nesta Lei serão reajusta- social que prestem serviços relacionados
dos nas mesmas épocas e com os mes- com seus objetivos institucionais;
mos índices utilizados para o reajusta- IV - conceder registro e certificado de
mento dos benefícios de prestação con- entidade beneficente de assistência social;
tinuada da Previdência Social. ............................................. " (NR)
Parágrafo único. O reajuste dos valo- "Art. 28-A. Constitui receita do Fun-
res dos salários-de-contribuição em decor- do Nacional de Assistência Social, o
rência da alteração do salário mínimo será produto da alienação dos bens imóveis
descontado quando da aplicação dos índi- da extinta Fundação Legião Brasileira
ces a que se refere o caput." (NR) de Assistência." (NR)
Art. 4o Os dispositivos adiante indicados Art. 6o A Lei no 9.604, de 5 de fevereiro
da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, de 1998, passa a vigorar acrescida do se-
passam a vigorar com a seguinte redação: guinte artigo:
− 63/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001
o
"Art. 2 -A. O Fundo Nacional de As- aplicáveis às empresas desta natureza.
sistência Social - FNAS poderá transferir § 3o A inclusão das dívidas das socie-
recursos financeiros para o desenvolvi- dades de economia mista na amortização
mento das ações continuadas de assistência prevista neste artigo dependerá de lei auto-
social diretamente às entidades privadas de rizativa estadual, distrital ou municipal.
assistência social, a partir da competência § 4o O prazo de amortização será de
do mês de dezembro de 1999, independen- duzentos e quarenta meses, limitados
temente da celebração de acordo, convê- aos percentuais previstos no caput deste
nio, ajuste ou contrato, em caráter excep- artigo e no art. 3o.
cional, quando o repasse não puder ser efe- § 5o Na hipótese de aplicação dos
tuado diretamente ao Estado, Distrito Fe- limites percentuais a que se refere o § 4o
deral ou Município em decorrência de ina- o saldo remanescente será repactuado ao
dimplência desses entes com o Sistema da final do acordo.
Seguridade Social. § 6o A dívida consolidada na forma
Parágrafo único. O Poder Executivo deste artigo sujeitar-se-á, a partir da data
regulamentará as ações continuadas de da consolidação, a juros correspondentes
assistência social, de que trata este arti- à variação mensal da Taxa de Juros de
go, no prazo de trinta dias, a partir de 10 Longo Prazo - TJLP, vedada a imposi-
de dezembro de 1999." (NR) ção de qualquer outro acréscimo.
Art. 7o Os dispositivos adiante indicados § 7o O prazo de amortização nas hi-
da Lei no 9.639, de 25 de maio de 1998, póteses dos §§ 1o e 2o não poderá ser in-
passam a vigorar com a seguinte redação: ferior a noventa e seis meses, observan-
"Art. 1o Os Estados, o Distrito Federal do-se, em cada caso, os limites percen-
e os Municípios, até 31 de agosto de 2001, tuais estabelecidos." (NR)
poderão optar pela amortização de suas dí- "Art. 2o..............................................
vidas para com o Instituto Nacional do Se- Parágrafo único. O parcelamento cele-
guro Social - INSS, oriundas de contribui- brado na forma deste artigo conterá cláusu-
ções sociais, bem como as decorrentes de la em que o Estado, o Distrito Federal ou o
obrigações acessórias, até a competência Município autorize a retenção do FPE ou
junho de 2001, mediante o emprego de do FPM e o repasse ao INSS do valor cor-
quatro pontos percentuais do Fundo de respondente a cada prestação mensal, por
Participação dos Estados - FPE e de nove ocasião do vencimento desta." (NR)
pontos percentuais do Fundo de Participa- "Art. 5o O acordo celebrado com ba-
ção dos Municípios - FPM. se nos arts. 1o e 3o conterá cláusula em
§ 1o As unidades federativas mencio- que o Estado, o Distrito Federal ou o
nadas neste artigo poderão optar por inclu- Município autorize a retenção do FPE e
ir nessa espécie de amortização as dívidas, do FPM e o repasse à autarquia previ-
até a competência junho de 2001, de suas denciária do valor correspondente às o-
autarquias e das fundações por elas institu- brigações previdenciárias correntes do
ídas e mantidas, hipótese em que haverá o mês anterior ao do recebimento do res-
acréscimo de três pontos nos percentuais pectivo Fundo de Participação.
do FPE e de três pontos nos percentuais do § 1o Às parcelas das obrigações previ-
FPM referidos no caput. denciárias correntes quitadas na forma do
§ 2o Mediante o emprego de mais qua- caput deste artigo, não se aplica o disposto
tro pontos percentuais do respectivo Fundo nos arts. 30, inciso I, alínea "b", e 34 da
de Participação, as unidades federativas a Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
que se refere este artigo poderão optar por § 2o Constará, ainda, no acordo men-
incluir, nesta espécie de amortização, as cionado neste artigo, cláusula em que o Es-
dívidas constituídas até a competência ju- tado, o Distrito Federal ou o Município au-
nho de 2001 para com o INSS, de suas torize a retenção pelas instituições finan-
empresas públicas e sociedades de econo- ceiras de outras receitas estaduais, distritais
mia mista, mantendo-se os critérios de atu- ou municipais nelas depositadas e o repas-
alização e incidência de acréscimos legais se ao INSS do restante da dívida previden-
− 64/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001

ciária apurada, na hipótese em que os re- ..........................................................


cursos oriundos do FPE e do FPM não fo- X – (Revogado pela Lei nº 10.887, de 18.6.2004)
rem suficientes para a quitação da amorti- Parágrafo único. Aplicam-se, adicio-
zação prevista no art. 1o e das obrigações nalmente, aos regimes próprios de previ-
previdenciárias correntes. dência social dos entes da Federação os in-
§ 3o O valor mensal das obrigações cisos II, IV a IX do art. 6o." (NR)
previdenciárias correntes, para efeito deste "Art. 1o-A. O servidor público titu-
artigo, será apurado com base na respecti- lar de cargo efetivo da União, dos Es-
va Guia de Recolhimento do Fundo de Ga- tados, do Distrito Federal e dos Muni-
rantia do Tempo de Serviço e de Informa- cípios ou o militar dos Estados e do
ções à Previdência Social - GFIP ou, no Distrito Federal filiado a regime pró-
caso de sua não-apresentação no prazo le- prio de previdência social, quando ce-
gal, estimado, utilizando-se a média das úl- dido a órgão ou entidade de outro ente
timas doze competências recolhidas ante- da federação, com ou sem ônus para o
riores ao mês da retenção, sem prejuízo da cessionário, permanecerá vinculado ao
cobrança ou restituição ou compensação regime de origem." (NR)
de eventuais diferenças. "Art.2o ..............................................
§ 4o A amortização referida no art. 1o .........................................................
desta Lei, acrescida das obrigações previ- § 3° (Revogado pela Lei nº 10.887, de 18.6.2004)
denciárias correntes, poderá, mensalmente, .........................................................
comprometer até quinze pontos percentu- IV – (Revogado pela Lei nº 10.887, de 18.6.2004)
ais da Receita Corrente Líquida Municipal. .........................................................
§ 5o Os valores devidos ao INSS a VIII – (Revogado pela Lei nº 10.887, de 18.6.2004)
título de amortização e não recolhidos, a §§ 4° a 7° (Revogados pela Lei nº 10.887, de 18.6.2004)
cada mês, em razão da aplicação do § 4o Art. 2°-A (Revogado pela Lei nº 10.887, de 18.6.2004)
serão repactuados ao final da vigência "Art. 5o ...........................................
do acordo previsto neste artigo. Parágrafo único. Fica vedada a con-
§ 6o Para fins do disposto neste arti- cessão de aposentadoria especial, nos
go, entende-se como Receita Corrente termos do § 4o do art. 40 da Constituição
Líquida Municipal a receita calculada Federal, até que lei complementar fede-
conforme a Lei Complementar no 101, ral discipline a matéria." (NR)
de 4 de maio de 2000." (NR) "Art.7o ..............................................
Art. 8o A Lei no 9.717, de 27 de novem- .........................................................
bro de 1998, passa a vigorar com as seguin- IV - suspensão do pagamento dos
tes alterações: valores devidos pelo Regime Geral de
"Art. 1o ............................................. Previdência Social em razão da Lei no
I - realização de avaliação atuarial 9.796, de 5 de maio de 1999." (NR)
inicial e em cada balanço utilizando-se "Art.9o ..............................................
parâmetros gerais, para a organização e .........................................................
revisão do plano de custeio e benefícios; III - a apuração de infrações, por
......................................................... servidor credenciado, e a aplicação de
III - as contribuições e os recursos penalidades, por órgão próprio, nos ca-
vinculados ao Fundo Previdenciário da sos previstos no art. 8o desta Lei.
União, dos Estados, do Distrito Federal Parágrafo único. A União, os Esta-
e dos Municípios e as contribuições do dos, o Distrito Federal e os Municípios
pessoal civil e militar, ativo, inativo, e prestarão ao Ministério da Previdência e
dos pensionistas, somente poderão ser Assistência Social, quando solicitados,
utilizadas para pagamento de benefícios informações sobre regime próprio de
previdenciários dos respectivos regimes, previdência social e fundo previdenciá-
ressalvadas as despesas administrativas rio previsto no art. 6o desta Lei." (NR)
estabelecidas no art. 6º, inciso VIII, des- Art. 9o A Lei no 9.796, de 5 de maio de
ta Lei, observado os limites de gastos 1999, passa a vigorar com as seguintes
estabelecidos em parâmetros gerais; alterações:
− 65/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001
o
"Art. 5 Os regimes instituidores § 3o Da aplicação do disposto neste arti-
apresentarão aos regimes de origem, go não resultará prestação inferior a R$
no prazo máximo de trinta e seis me- 500,00 (quinhentos reais), reduzindo-se o
ses a contar da data da entrada em vi- número de parcelas, se for o caso, para se
gor desta Lei, os dados relativos aos adequar o parcelamento a este limite.
benefícios em manutenção nessa data, § 4o O deferimento do parcelamento pe-
concedidos a partir da promulgação da lo INSS fica condicionado ao pagamento da
Constituição Federal. primeira parcela.
............................................... " (NR) § 5o Para os contribuintes que tenham
"Art. 8o-A. A compensação financei- parcelamento de contribuições sociais no
ra entre os regimes próprios de previ- INSS, fica autorizada a conversão para o
dência social da União, dos Estados, do parcelamento de que trata este artigo, desde
Distrito Federal e dos Municípios, na que o número de parcelas vincendas seja
hipótese de contagem recíproca de tem- reduzido pela metade, respeitados os limites
pos de contribuição, obedecerá, no que do caput deste artigo e dos §§ 1o e 3o.
couber, às disposições desta Lei." (NR) § 6º O parcelamento será rescindido au-
Art. 10. Fica o Instituto Nacional do Se- tomaticamente, caso ocorra atraso igual ou
guro Social - INSS autorizado a rever as superior a trinta e um dias no pagamento da
parcelas pagas no período de 5 de outubro parcela, hipótese em que:
de 1988 a abril de 1993, decorrentes dos I - o saldo devedor será encontrado to-
benefícios concedidos com base na Lei no mando-se o valor da dívida na data da ade-
7.070, de 20 de dezembro de 1982, utilizan- são ao parcelamento e subtraindo-se as
do os mesmos critérios, forma, datas e índi- parcelas pagas, sem correção monetária; e
ces adotados para o reajuste dos benefícios II - incidirá juros sobre o novo saldo deve-
de prestação continuada mantidos pela dor, equivalente à taxa referencial do Sistema
Previdência Social. Especial de Liquidação e Custódia - SELIC,
Parágrafo único. A diferença apurada apurada entre a data da concessão e rescisão do
com a aplicação do disposto neste artigo parcelamento, e multa de dez por cento.
será paga aos beneficiários até 31 de outu- § 7º Em caso de atraso inferior a trinta e
bro de 2000. um dias será cobrada multa no valor de dez
Art. 11. As contribuições sociais arrecada- por cento sobre a parcela em atraso.
das pelo INSS, incluídas ou não em notificação § 8º Na hipótese de inclusão de dívida
fiscal, cujos fatos geradores tenham ocorrido ajuizada no parcelamento, os honorários
até março de 1999, poderão, após verificadas e advocatícios ficam reduzidos para cinco por
confessadas, ser pagas em até vinte e quatro cento, observado que:
parcelas mensais fixas. I - a execução fiscal ficará suspensa até
§ 1º O parcelamento de que trata este ar- quitação total da dívida ajuizada, permane-
tigo será: cendo, nesse período, a penhora dos bens já
I - de até doze meses para as contribui- efetuada; e
ções sociais cujos fatos geradores tenham II - havendo rescisão do parcelamento,
ocorrido no período de abril de 1999 até será dado seguimento a execução fiscal, não
março de 2000; e se aplicando a redução dos honorários advo-
II - concedido independentemente de ga- catícios.
rantias, aplicando-se-lhe o disposto no art. § 9o Os contribuintes poderão aderir ao
206 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de parcelamento de que trata este artigo até 1º
1966 - Código Tributário Nacional. de março de 2001.
§ 2º Não poderão ser objeto de parcela- Art. 12. Fica o INSS autorizado, a partir de
mento as contribuições sociais descontadas fevereiro de 2001, a arredondar, para a unidade
dos empregados, inclusive dos domésticos, de real imediatamente superior, os valores em
dos trabalhadores avulsos, as decorrentes de centavos dos benefícios de prestação continua-
sub-rogação e as importâncias retidas na da pagos mensalmente a seus segurados.
forma do art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de Parágrafo único. Os valores recebidos
julho de 1991. a maior pelo segurado serão descontados
− 66/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Medida Provisória n° 2.187-13, de 2001

no pagamento da gratificação natalina ou ticados com base na Medida Provisória no


no último benefício, na hipótese de sua 2.187-12, de 27 de julho de 2001.
cessação. Art. 15. Esta Medida Provisória entra
Art. 13. O art. 3º da Lei nº 7.070, de 20 em vigor na data de sua publicação.
de dezembro de 1982, passa a vigorar acres- Art. 16. Revogam-se o parágrafo único
cido do seguinte § 2º, renumerando-se o do art. 56 e o art. 101 da Lei no 8.212, de 24
atual parágrafo único para § 1º: de julho de 1991, os §§ 1o e 2o do art. 41, o
"§ 2º O beneficiário desta pensão espe- art. 95 e os arts. 144 a 147 da Lei no 8.213,
cial, maior de trinta e cinco anos, que neces- de 24 de julho de 1991, os arts. 7o a 9o e 12
site de assistência permanente de outra a 17 da Lei no 9.711, de 20 de novembro de
pessoa e que tenha recebido pontuação 1998, e os incisos I e III do art. 6o da Lei no
superior ou igual a seis, conforme estabele- 9.717, de 27 de novembro de 1998.
cido no § 2º do art. 1º desta Lei, fará jus a Brasília, 24 de agosto de 2001; 180o da
um adicional de vinte e cinco por cento Independência e 113o da República.
sobre o valor deste benefício." (NR) FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 14. Ficam convalidados os atos pra- Roberto Brant

ANEXO
FATOR DE REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS DE
ACORDO COM AS RESPECTIVAS DATAS DE INÍCIO
DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO REAJUSTE (%)
até junho/1999 5,81
em julho/1999 5,31
em agosto/1999 4,82
em setembro/1999 4,33
em outubro/1999 3,84
em novembro/1999 3,35
em dezembro/1999 2,86
em janeiro/2000 2,38
em fevereiro/2000 1,90
em março/2000 1,42
em abril/2000 0,95
em maio/2000 0,47

− 67/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 1.590, de 1995
o
MEDIDA PROVISÓRIA N 2.225-45, DE 4 DE SETEMBRO DE 2001.
Altera as Leis nos 6.368, de 21 de outubro de
1976, 8.112, de 11 de dezembro de 1990, 8.429,
de 2 de junho de 1992, e 9.525, de 3 de dezembro
de 1997, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, § 4o O servidor que retornar à ativi-
no uso da atribuição que lhe confere o art. dade por interesse da administração per-
62 da Constituição, adota a seguinte Medida ceberá, em substituição aos proventos da
Provisória, com força de lei: aposentadoria, a remuneração do cargo
Art. 1o O art. 3o da Lei no 6.368, de 21 de outu- que voltar a exercer, inclusive com as
bro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação: vantagens de natureza pessoal que per-
"Art. 3o Fica instituído o Sistema cebia anteriormente à aposentadoria.
Nacional Antidrogas, constituído pelo § 5o O servidor de que trata o inciso
conjunto de órgãos que exercem, nos II somente terá os proventos calculados
âmbitos federal, estadual, distrital e mu- com base nas regras atuais se permane-
nicipal, atividades relacionadas com: cer pelo menos cinco anos no cargo.
I - a prevenção do uso indevido, o § 6o O Poder Executivo regulamen-
tratamento, a recuperação e a reinserção tará o disposto neste artigo." (NR)
social de dependentes de substâncias en- "Art. 46. As reposições e indeniza-
torpecentes e drogas que causem depen- ções ao erário, atualizadas até 30 de ju-
dência física ou psíquica; e nho de 1994, serão previamente comu-
II - a repressão ao uso indevido, a nicadas ao servidor ativo, aposentado ou
prevenção e a repressão do tráfico ilícito ao pensionista, para pagamento, no pra-
e da produção não autorizada de subs- zo máximo de trinta dias, podendo ser
tâncias entorpecentes e drogas que cau- parceladas, a pedido do interessado.
sem dependência física ou psíquica. § 1o O valor de cada parcela não poderá
............................................... " (NR) ser inferior ao correspondente a dez por cento
Art. 2o Os arts. 25, 46, 47, 91, 117 e 119 da remuneração, provento ou pensão.
da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, § 2o Quando o pagamento indevido
passam a vigorar com as seguintes alterações: houver ocorrido no mês anterior ao do pro-
"Art. 25. Reversão é o retorno à ati- cessamento da folha, a reposição será feita
vidade de servidor aposentado: imediatamente, em uma única parcela.
I - por invalidez, quando junta mé- § 3o Na hipótese de valores recebi-
dica oficial declarar insubsistentes os dos em decorrência de cumprimento a
motivos da aposentadoria; ou decisão liminar, a tutela antecipada ou a
II - no interesse da administração, sentença que venha a ser revogada ou
desde que: rescindida, serão eles atualizados até a
a) tenha solicitado a reversão; data da reposição." (NR)
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; "Art. 47. O servidor em débito com
c) estável quando na atividade; o erário, que for demitido, exonerado ou
d) a aposentadoria tenha ocorrido que tiver sua aposentadoria ou disponi-
nos cinco anos anteriores à solicitação; bilidade cassada, terá o prazo de sessen-
e) haja cargo vago. ta dias para quitar o débito.
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo Parágrafo único. A não quitação do
ou no cargo resultante de sua transformação. débito no prazo previsto implicará sua
§ 2o O tempo em que o servidor es- inscrição em dívida ativa." (NR)
tiver em exercício será considerado para "Art. 91. A critério da Administração,
concessão da aposentadoria. poderão ser concedidas ao servidor ocupan-
§ 3o No caso do inciso I, encontran- te de cargo efetivo, desde que não esteja em
do-se provido o cargo, o servidor exer- estágio probatório, licenças para o trato de
cerá suas atribuições como excedente, assuntos particulares pelo prazo de até três
até a ocorrência de vaga. anos consecutivos, sem remuneração.
− 68/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 1.590, de 1995

Parágrafo único. A licença poderá § 8o Recebida a manifestação, o ju-


ser interrompida, a qualquer tempo, a iz, no prazo de trinta dias, em decisão
pedido do servidor ou no interesse do fundamentada, rejeitará a ação, se con-
serviço." (NR) vencido da inexistência do ato de im-
“Art. 117. ........................................ probidade, da improcedência da ação ou
......................................................... da inadequação da via eleita.
X - (Revogado pela Lei nº 11.094, 2005) § 9o Recebida a petição inicial, será
"Art. 119. ......................................." o réu citado para apresentar contestação.
Parágrafo único. O disposto neste ar- § 10. Da decisão que receber a petição
tigo não se aplica à remuneração devida inicial, caberá agravo de instrumento.
pela participação em conselhos de admi- § 11. Em qualquer fase do processo,
nistração e fiscal das empresas públicas e reconhecida a inadequação da ação de
sociedades de economia mista, suas subsi- improbidade, o juiz extinguirá o proces-
diárias e controladas, bem como quaisquer so sem julgamento do mérito.
empresas ou entidades em que a União, di- § 12. Aplica-se aos depoimentos ou
reta ou indiretamente, detenha participação inquirições realizadas nos processos re-
no capital social, observado o que, a res- gidos por esta Lei o disposto no art. 221,
peito, dispuser legislação específica." (NR) caput e § 1o, do Código de Processo Pe-
Art. 3o Fica acrescido à Lei no 8.112, de nal." (NR)
1990, o art. 62-A, com a seguinte redação: Art. 5o O art. 2o da Lei no 9.525, de 3 de
"Art. 62-A. Fica transformada em dezembro de 1997, passa a vigorar com a
Vantagem Pessoal Nominalmente Identifi- seguinte redação:
cada - VPNI a incorporação da retribuição "Art. 2o Aplica-se aos Ministros de
pelo exercício de função de direção, chefia Estado o disposto nos arts. 77, 78 e 80 da
ou assessoramento, cargo de provimento Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
em comissão ou de Natureza Especial a exceto quanto ao limite de parcelamento
que se referem os arts. 3o e 10 da Lei no das férias, cabendo àquelas autoridades dar
8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o ciência prévia ao Presidente da República
da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. de cada período a ser utilizado." (NR)
Parágrafo único. A VPNI de que trata Art. 6o Os titulares de cargos de Minis-
o caput deste artigo somente estará sujeita tro de Estado, de Natureza Especial e do
às revisões gerais de remuneração dos ser- Grupo- Direção e Assessoramento Superio-
vidores públicos federais." (NR) res - DAS, nível 6, bem assim as autoridades
Art. 4o O art. 17 da Lei no 8.429, de 2 equivalentes, que tenham tido acesso a
de junho de 1992, passa a vigorar com as informações que possam ter repercussão
seguintes alterações: econômica, na forma definida em regula-
"Art. 17. ........................................" mento, ficam impedidos de exercer ativida-
. ......................................................." des ou de prestar qualquer serviço no setor
§ 6o A ação será instruída com do- de sua atuação, por um período de quatro
cumentos ou justificação que contenham meses, contados da exoneração, devendo,
indícios suficientes da existência do ato ainda, observar o seguinte: (Vide Decreto nº
de improbidade ou com razões funda- 4.187, de 8.4.2002)
mentadas da impossibilidade de apre- I - não aceitar cargo de administrador ou
sentação de qualquer dessas provas, ob- conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional
servada a legislação vigente, inclusive com pessoa física ou jurídica com a qual tenha
as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 mantido relacionamento oficial direto e rele-
do Código de Processo Civil. vante nos seis meses anteriores à exoneração;
§ 7o Estando a inicial em devida for- II - não intervir, em benefício ou em
ma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a nome de pessoa física ou jurídica, junto a
notificação do requerido, para oferecer órgão ou entidade da Administração Pública
manifestação por escrito, que poderá ser Federal com que tenha tido relacionamento
instruída com documentos e justificações, oficial direto e relevante nos seis meses
dentro do prazo de quinze dias. anteriores à exoneração.
− 69/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 1.590, de 1995

Parágrafo único. Incluem-se no período agosto e dezembro, a partir de dezembro de 2002.


276
a que se refere o caput deste artigo eventu- (Ver Resolução do Senado Federal nº 52, de 2005)
ais períodos de férias não gozadas. Parágrafo único. Excepcionalmente e ob-
Art. 7o Durante o período de impedi- servada a disponibilidade orçamentária e a
mento, as pessoas referidas no art. 6o desta definição de critérios objetivos, o Ministro de
Medida Provisória ficarão vinculadas ao Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
órgão ou à entidade em que atuaram, fazen- poderá autorizar a antecipação de pagamento
do jus a remuneração compensatória equiva- dos passivos de que trata o caput.
lente à do cargo em comissão que exerce- Art. 12. O Poder Executivo da União
ram. (Vide Decreto nº 4.187, de 8.4.2002) publicará até 30 de novembro de 2001 os
§ 1o Em se tratando de servidor novos valores das Tabelas de Vencimentos e
público, este poderá optar pelo retorno ao das Tabelas de Cargos Comissionados,
desempenho das funções de seu cargo efeti- Funções de Confiança, Funções Gratifica-
vo nos casos em que não houver conflito de das, Gratificações e Adicionais.
interesse, não fazendo jus à remuneração a Art. 13. Ficam convalidados os atos
que se refere o caput. praticados com base na Medida Provisória
§ 2o O disposto neste artigo e no art. 6o no 2.171-44, de 24 de agosto de 2001.
aplica-se, também, aos casos de exoneração Art. 14. Esta Medida Provisória entra
a pedido, desde que cumprido o interstício em vigor na data de sua publicação.
de seis meses no exercício do cargo. Art. 15. Revogam-se:
§ 3o A nomeação para outro cargo de Mi- I - o art. 26 da Lei no 8.112, de 11 de de-
nistro de Estado ou cargo em comissão faz zembro de 1990;
cessar todos os efeitos do impedimento, inclu- II - o inciso III do art. 61 e o art. 67 da
sive o pagamento da remuneração compensa- Lei no 8.112, de 1990, respeitadas as situa-
tória a que se refere o caput deste artigo. ções constituídas até 8 de março de 1999; e
Art. 8º Aplica-se aos servidores civis do III - a Medida Provisória no 2.171-44, de
Poder Executivo Federal, extensivo aos 24 de agosto de 2001.
proventos da inatividade e às pensões, nos Brasília, 4 de setembro de 2001; 180o da
termos do art. 28 da Lei nº 8.880, de 27 de Independência e 113o da República.
maio de 1994, a partir de janeiro de 1995, o FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
reajuste de vinte e cinco vírgula noventa e José Gregori
Pedro Malan
quatro por cento concedido aos servidores Martus Tavares
dos demais Poderes da União e aos Milita- Pedro Parente
res, deduzido o percentual já recebido de Alberto Mendes Cardoso
vinte e dois vírgula zero sete por cento. Gilmar Ferreira Mendes
Art. 9º A incorporação mensal do rea-
juste de que trata o art. 8º ocorrerá nos
276
vencimentos dos servidores a partir de 1º de RESOLUÇÃO Nº 52, DE 2005
janeiro de 2002. Suspende parcialmente, sem redução de texto, a e-
xecução do art. 11 da Medida Provisória Federal nº
Art. 10. Na hipótese de reorganização ou
2.225-45, de 4 de junho de 2001.
reestruturação de cargos e carreiras, concessão O Senado Federal resolve:
de adicionais, gratificações ou qualquer outra Art. 1º É parcialmente suspensa, sem redução de texto, a
vantagem de qualquer natureza, o reajuste de execução do art. 11 da Medida Provisória Federal nº 2.225-
que trata o art. 8º somente será devido até a 45, de 4 de junho de 2001, ficando excluído do seu alcance as
data da vigência da reorganização ou reestrutu- hipóteses em que o servidor se recuse, explícita ou tacitamen-
ração efetivada, exceto em relação às parcelas te, a aceitar o parcelamento previsto no dispositivo, em
da remuneração incorporadas a título de vanta- virtude de declaração de inconstitucionalidade em decisão
gem pessoal e de quintos e décimos até o mês definitiva do Supremo Tribunal Federal, nos autos do
Recurso Extraordinário nº 401.436-0 - Goiás.
de dezembro de 1994.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Art. 11. Os valores devidos até 31 de dezem- publicação.
bro de 2001, em decorrência da aplicação desta Senado Federal, em 13 de julho de 2005
Medida Provisória, passam a constituir passivos Senador RENAN CALHEIROS
que serão pagos em até sete anos, nos meses de Presidente do Senado Federal
− 70/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 1.590, de 1995

DECRETO Nº 1.590, DE 10 DE AGOSTO DE 1995.


Dispõe sobre a jornada de trabalho dos servido-
res da Administração Pública Federal direta, das
autarquias e das fundações públicas federais, e
dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, § 2o Os dirigentes máximos dos órgãos
no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, ou entidades que autorizarem a flexibiliza-
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o ção da jornada de trabalho a que se refere o
disposto no art. 19 da Lei nº 8.112, de 11 de caput deste artigo deverão determinar a
dezembro de 1990, com a relação dada pelo art. afixação, nas suas dependências, em local
22 da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, visível e de grande circulação de usuários
DECRETA: dos serviços, de quadro, permanentemente
Art. 1º A jornada de trabalho dos servi- atualizado, com a escala nominal dos servi-
dores da Administração Pública Federal dores que trabalharem neste regime, cons-
direta, das autarquias e das fundações públi- tando dias e horários dos seus expedientes.
cas federais, será de oito horas diárias e: (Redação dada pelo Decreto nº 4.836, de 9.9.2003)
I - carga horária de quarenta horas se- Art. 4º Aos Ministros de Estado e aos titula-
manais, exceto nos casos previstos em lei res de órgãos essenciais da Presidência da Re-
específica, para os ocupantes de cargos de pública, bem como a seus respectivos Chefes de
provimento efetivo; Gabinete e, também, aos titulares de cargos de
II - regime de dedicação integral, quando Natureza Especial e respectivos Chefes de
se tratar de servidores ocupantes de cargos em Gabinete é facultado autorizar jornada de traba-
comissão ou função de direção, chefia e asses- lho de seis horas e carga horária de trinta horas
soramento superiores, cargos de direção, fun- semanais às secretárias que os atendam direta-
ção gratificada e gratificação de representação. mente, limitadas, em cada caso, a quatro.
Parágrafo único. Sem prejuízo da jorna- Art. 5º Os Ministros de Estado e os diri-
da a que se encontram sujeitos, os servidores gentes máximos de autarquias e fundações
referidos no inciso II poderão, ainda, ser públicas federais fixarão o horário de fun-
convocados sempre que presente interesse cionamento dos órgãos e entidades sob cuja
ou necessidade de serviço. supervisão se encontrem.
Art. 2º Para os serviços que exigirem a- § 1º Os horários de início e de término da
tividades contínuas de 24 horas, é facultada jornada de trabalho e dos intervalos de refeição
a adoção do regime de turno ininterrupto de e descanso, observado o interesse do serviço,
revezamento. deverão ser estabelecidos previamente e ade-
Art. 3º Quando os serviços exigirem ativi- quados às conveniências e às peculiaridades de
dades contínuas de regime de turnos ou esca- cada órgão ou entidade, unidade administrativa
las, em período igual ou superior a doze horas ou atividade, respeitada a carga horária corres-
ininterruptas, em função de atendimento ao pondente aos cargos.
público ou trabalho no período noturno, é § 2º O intervalo para refeição não pode-
facultado ao dirigente máximo do órgão ou da rá ser inferior a uma hora nem superior a
entidade autorizar os servidores a cumprir três horas.
jornada de trabalho de seis horas diárias e Art. 6º O controle de assiduidade e pon-
carga horária de trinta horas semanais, deven- tualidade poderá ser exercido mediante:
do-se, neste caso, dispensar o intervalo para I - controle mecânicos;
refeições. (Redação dada pelo Decreto nº 4.836, de 9.9.2003) II - controle eletrônico;
§ 1o Entende-se por período noturno III - folha de ponto.
aquele que ultrapassar às vinte e uma horas. § 1º Nos casos em que o controle seja feito
(Redação dada pelo Decreto nº 4.836, de 9.9.2003) por intermédio de assinatura em folha de ponto,

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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 1.590, de 1995

esta deverá ser distribuída e recolhida diariamente Art. 7º Eventuais atrasos ou saídas ante-
pelo chefe imediato, após confirmados os regis- cipadas decorrentes de interesse do serviço
tros de presença, horários de entrada e saída, bem poderão ser abonados pela chefia imediata.
como as ocorrências de que trata o art. 7º. Art. 8º A freqüência do mês deverá ser en-
§ 2º Na folha de ponto de cada servidor, caminhada às unidades de recursos humanos
deverá constar a jornada de trabalho a que o do respectivo órgão ou entidade até o quinto
mesmo estiver sujeito. dia útil do mês subseqüente, contendo as
§ 3º As chefias imediatas dos servidores informações das ocorrências verificadas.
beneficiados pelo art. 98 da Lei nº 8.112, de Art. 9º No prazo de trinta dias, contados
11 de dezembro de 1990, deverão compati- da publicação deste Decreto, o dirigente
bilizar o disposto naquele artigo com as máximo do órgão ou entidade fixará os
normas relativas às jornadas de trabalho critérios complementares necessários à sua
regulamentadas por este Decreto. implementação, com vistas a adequá-lo às
§ 4º Os servidores, cujas atividades se- peculiaridades de cada unidade administra-
jam executadas fora da sede do órgão ou tiva e atividades correspondentes.
entidade em que tenha exercício e em con- Art. 10. O Ministério da Administração
dições materiais que impeçam o registro Federal e Reforma do Estado fará publicar o
diário de ponto, preencherão boletim sema- modelo de folha de ponto para registro de
nal em que se comprove a respectiva assidu- freqüência dos servidores, bem como a relação
idade e efetiva prestação de serviço. dos cargos efetivos cuja carga horária seja
§ 5º O desempenho das atividades afetas distinta da referida no inciso I do art. 1º.
aos servidores de que trata o parágrafo Art. 11. Às unidades de controle interno
anterior será controlado pelas respectivas e ao Ministério da Administração Federal e
chefias imediatas. Reforma do Estado compete zelar pelo fiel
§ 6º Em situações especiais em que os re- cumprimento do disposto neste Decreto.
sultados possam ser efetivamente mensuráveis,
Art. 12. O desempenho das normas es-
o Ministro de Estado poderá autorizar a unida-
tabelecidas neste Decreto sujeitará o servi-
de administrativa a realizar programa de ges-
dor e o chefe imediato ao disposto no Título
tão, cujo teor e acompanhamento trimestral
V da Lei nº 8.112, de 1990.
deverão ser publicado no Diário Oficial da
Art. 13. Este Decreto entra em vigor na
União, ficando os servidores envolvidos dis-
data de sua publicação.
pensados do controle de assiduidade.
§ 7º São dispensados do controle de fre- Art. 14. Revogam-se os Decretos nºs
qüência os ocupantes de cargos: 50.350, de 17 de março de 1961, e 373, de
a) de Natureza Especial; 23 de dezembro de 1991.
b) do Grupo-Direção e Assessoramento Su- Brasília, 10 de agosto de 1995; 174º da
periores - DAS, iguais ou superiores ao nível 4; Independência e 107º da República.
c) de Cargos Direção - CD, iguais ou FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
superiores ao nível 3. Luiz Carlos Bresser Pereira

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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 2.258, de 1997

DECRETO Nº 2.066, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1996.


Regulamento o art. 92, da lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, que dispõe sobre a licença pa-
ra Desempenho de Mandato Classista.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , III - para entidades com mais de 30.000
no uso da atribuição que lhe confere o art. associados, três servidores.
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em Art. 3º As entidades referidas no art. 1º indi-
vista o disposto no art. 92 da Lei n 8.112, de carão, para fins da licença e observados os limites
11 de dezembro de 1990, de que trata o art. 22, os servidores eleitos.
DECRETA: Art. 4º A concessão da licença é condi-
Art. 1º Ao servidor eleito para cumprimen- cionada ao cadastramento da entidade no
to de mandato em cargo de direção ou repre- Sistema Integrado de Administração de
sentação em confederação, federação, associa- Recursos Humanos - SIAPE.
ção de classe de âmbito nacional, sindicato Art. 5º Fica assegurada ao servidor licenci-
representativo da categoria ou entidades fisca- ado até 15 de outubro de 1996 a continuidade
lizadoras da profissão poderá ser concedida da licença para desempenho de mandato clas-
licença sem remuneração do cargo efetivo, sista até o final do respectivo mandato, na
sendo-lhe assegurada a contagem do tempo de forma da legislação anteriormente vigente.
serviço como se em efetivo exercício estivesse, Art. 6º O Ministério da Administração
exceto para promoção por merecimento. Federal e Reforma do Estado baixará as
Parágrafo único. A licença será concedida orientações necessárias ao cumprimento das
por prazo igual ao do respectivo mandato. disposições contidas neste Decreto.
Art. 2º Para a concessão da licença, de- Art. 7º Este Decreto entra em vigor na
verão ser observados os seguintes limites: data de sua publicação.
I - para entidades com 1.000 a 10.000 Brasília, 12 de novembro de 1996; 175º
associados, um servidor; da Independência e 108º da República.
II - para entidades com 10.001 a 30.000 FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
associados, dois servidores; Luiz Carlos Bresser Pereira

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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 2.258, de 1997

DECRETO Nº 2.258, DE 20 DE JUNHO DE 1997.


Institui o Programa de Racionalização das Uni-
dades Descentralizadas do Governo Federal e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, VII - absorção e unificação gradual da
no uso da atribuição que lhe confere o art. gestão dos serviços de suporte administrati-
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vo pelo Ministério da Administração Fede-
vista o disposto no art. 30 do Decreto-lei nº ral e Reforma do Estado.
200, de 25 de fevereiro de 1967, e no art. 53 Art 3º Para os fins de que trata este De-
da Medida Provisória nº 1.549-31, de 13 de creto, são considerados serviços de suporte
junho de 1997, administrativo as atividades exercidas no
DECRETA: âmbito dos órgãos da Administração Pública
Art 1º Fica instituído o Programa de Ra- Federal direta relativas a:
cionalização das Unidades Descentralizadas do I - administração de pessoal, inclusive
Governo Federal, com a finalidade de promo- no tocante à gestão de serviços de saúde e
ver a melhoria dos serviços prestados, o forta- assistência aos servidores;
lecimento das atividades finalísticas e a otimi- II - operacionalização de processos para
zação dos recursos alocados às unidades civis compras e contratações;
da Administração Pública Federal direta. III - administração patrimonial, de con-
Art 2º O Programa será implementado por tratos e de serviços de apoio logístico;
intermédio de projetos específicos, desenvol- IV - outras atividades desenvolvidas nas
vidos em conformidade com as características áreas de competência dos sistemas de ativi-
locais de cada unidade federativa, devendo dades auxiliares de que trata o art. 30 do
suas ações observar as seguintes diretrizes: Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de
I - reestruturação das unidades organiza- 1967, quando verificada a possibilidade de
cionais voltadas para a execução de ativida- obtenção de ganhos de escala.
des de suporte administrativo, dando priori- Art 4º Ao Ministro de Estado da Admi-
dade ao compartilhamento dos recursos nistração Federal e Reforma do Estado
humanos, materiais e patrimoniais; competirá a coordenação geral do Programa.
II - reavaliação de estruturas responsáveis Parágrafo único. Para o exercício da
por atividades finalísticas que não representem competência prevista no caput, o Ministro
competência exclusiva da União; de Estado poderá:
III - gradualismo na implementação de a) instituir grupos de trabalho regionais,
quaisquer medidas que possam afetar a inclusive com o aproveitamento temporário
continuidade de serviços; de cargos em comissão e funções gratifica-
IV - estímulo à participação constante das de órgãos extintos em decorrência das
dos usuários na avaliação dos serviços de medidas previstas neste Decreto;
suporte administrativo prestados de forma b) requerer informações diretamente aos
descentralizada; titulares das unidades, quando necessário à
V - profissionalização da gestão das u- elaboração e à implantação de projetos;
nidades prestadoras de serviços de suporte c) determinar aos órgãos envolvidos na im-
administrativo; plementação do Programa os procedimentos a
VI - utilização dos mecanismos de redis- serem adotados para garantir a compatibilidade
tribuição de pessoal e realocação de recursos dos sistemas de processamento e informação que
materiais e patrimoniais entre os diferentes venham a ser utilizados de forma compartilhada;
órgãos, com vistas a suprir carências e d) orientar sobre o uso e a ocupação dos
garantir maior racionalidade na distribuição espaços físicos pelos órgãos da Administra-
de recursos; ção Pública Federal direta;
− 74/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 2.258, de 1997

e) definir o cronograma de implementa- a unificação da gestão dos serviços de su-


ção do Programa com base nas condições porte administrativo, nos termos dispostos
dos projetos locais específicos; no inciso VII do art. 2º.
f) propor os atos administrativos e normati- Art 7º Os órgãos setoriais dos Sistemas de
vos necessários à implementação do Programa. Planejamento, Orçamento e Programação
Art 5º Fica instituído Grupo de Assesso- Financeira, em cada Ministério civil, promove-
ramento Técnico com a finalidade de asses- rão a descentralização, para as unidades de que
sorar o Ministro de Estado da Administração trata o art. 6º, dos créditos orçamentários
Federal e Reforma do Estado nos processos destinados ao atendimento de todas as despe-
de planejamento, implementação e avaliação sas de suas respectivas unidades descentraliza-
do Programa de que trata este Decreto. das com as atividades de suporte administrati-
§ 1º O Grupo de Assessoramento Técni- vo que, no âmbito do Programa, venham a ter
co de que trata o caput será composto por sua gestão unificada.
três representantes do Ministério da Admi- Parágrafo único. A Secretaria do Tesou-
nistração Federal e Reforma do Estado, três ro Nacional do Ministério da Fazenda e a
do Ministério da Fazenda e dois do Ministé- Secretaria de Orçamento Federal do Minis-
rio do Planejamento e Orçamento, indicados tério do Planejamento e Orçamento deverão
pelos respectivos Secretários-Executivos. adotar as providências necessárias para o
§ 2º Os membros do Grupo de Assesso- fiel cumprimento do disposto no caput.
ramento Técnico serão designados pelo Art 8º Este Decreto entra em vigor na
Ministro de Estado da Administração Fede- data de sua publicação.
ral e Reforma do Estado, a quem caberá Brasília, 20 de junho de 1997; 176º da
indicar o coordenador do colegiado. Independência e 109º da República.
Art 6º As Delegacias de Administração FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
do Ministério da Fazenda prestarão o apoio Pedro Malan
logístico necessário às atividades desenvol- Antonio Kandir
vidas no âmbito do Programa ora instituído, Luiz Carlos Bresser Pereira
enquanto não forem criadas condições para Clovis de Barros Carvalho

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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 3.151, de 1999
o
DECRETO N 3.151, DE 23 DE AGOSTO DE 1999.
Disciplina a prática dos atos de extinção e de decla-
ração de desnecessidade de cargos públicos, bem as-
sim a dos atos de colocação em disponibilidade re-
munerada e de aproveitamento de servidores públi-
cos em decorrência da extinção ou da reorganização
de órgãos ou entidades da Administração Pública
Federal direta, autárquica e fundacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 6o A remuneração do servidor em
no uso das atribuições que lhe conferem os disponibilidade será proporcional a seu tempo
arts. 84, inciso IV, e 41, § 3o, da Constitui- de serviço, considerando-se, para o respectivo
ção, e tendo em vista o disposto nos arts. 31 cálculo, um trinta e cinco avos da respectiva
e 37 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de remuneração mensal, por ano de serviço, se
1990, com a redação dada pela Lei no 9.527, homem, e um trinta avos, se mulher.
de 10 de dezembro de 1997, § 1o No caso de servidor cujo trabalho
DECRETA: lhe assegure o direito à aposentadoria espe-
Art. 1o Este Decreto disciplina a prática dos cial, definida em lei, o valor da remuneração
atos de extinção e de declaração de desnecessi- a ele devida, durante a disponibilidade, terá
dade de cargos públicos, bem assim a dos atos por base a proporção anual correspondente
de colocação em disponibilidade remunerada e ao respectivo tempo mínimo para a conces-
de aproveitamento de servidores públicos em são da aposentadoria integral.
decorrência da extinção ou da reorganização de § 2o Nos termos do art. 1o da Lei no
órgãos ou entidades da Administração Pública 8.852, de 4 de fevereiro de 1994, e exclusi-
Federal direta, autárquica e fundacional. vamente para o cálculo da proporcionalida-
Art. 2o Respeitados o interesse público de, considerar-se-á, como remuneração
e a conveniência da administração, os car- mensal do servidor, o vencimento básico,
gos públicos podem ser declarados desne- acrescido das vantagens pecuniárias perma-
cessários, nos casos de extinção ou de reor- nentes relativas ao cargo público.
ganização de órgãos ou de entidades. § 3o Não se incluem no cálculo da re-
Art. 3o Caracterizada a existência de car- muneração proporcional:
gos sujeitos à declaração de desnecessidade, I - o adicional pela prestação de serviço
em decorrência da extinção ou da reorganiza- extraordinário;
ção de órgão ou de entidade, a administração II - o adicional noturno;
deverá adotar, separada ou cumulativamente, III - o adicional de insalubridade, de pe-
os seguintes critérios de análise, pertinentes à riculosidade ou pelo exercício de atividades
situação pessoal dos respectivos ocupantes, penosas;
para fins de disponibilidade: IV - o adicional de férias;
I - menor tempo de serviço; V - a retribuição pelo exercício de função
II - maior remuneração; ou cargo de direção, chefia ou assessoramento;
III - idade menor; VI - a gratificação natalina;
IV - menor número de dependentes. VII - o salário-família;
Art. 4o Autorizada por lei, a extinção de VIII - o auxílio funeral;
cargo público far-se-á mediante ato privati- IX - o auxílio natalidade;
vo do Presidente da República. X - o auxílio alimentação;
Art. 5o Extinto o cargo ou declarada sua desne- XI - o auxílio transporte;
cessidade, o servidor estável nele investido será XII - o auxílio pré-escolar;
imediatamente posto em disponibilidade, com remu- XIII - as indenizações;
neração proporcional ao respectivo tempo de serviço. XIV - as diárias;
− 76/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 3.151, de 1999

XV - a ajuda de custo em razão de mu- Art. 10. Fica delegada competência aos
dança de sede; e Ministros de Estado e ao Advogado-Geral
XVI - o custeio de moradia. da União para a prática dos atos de declara-
§ 4o Além da remuneração proporcional, o ção de desnecessidade de cargos públicos e
servidor em disponibilidade perceberá, inte- de colocação dos respectivos ocupantes em
gralmente, as vantagens pessoais nominalmen- disponibilidade remunerada.
te identificadas, por ele já incorporadas. Parágrafo único. A delegação prevista
Art. 7o O servidor em disponibilidade neste artigo não admite subdelegação.
contribuirá para o regime próprio de previ- Art. 11. O ato que colocar em disponi-
dência do servidor público federal, e o bilidade servidor que se encontre regular-
tempo de contribuição, correspondente ao mente licenciado ou afastado somente pro-
período em que permanecer em disponibili- duzirá efeitos após o término da licença ou
dade, será contado para efeito de aposenta- do afastamento.
doria e nova disponibilidade. Art. 12. Mediante ato conjunto, previsto
Art. 8o O servidor em disponibilidade no § 2o do art. 37 da Lei no 8.112, de 1990,
poderá participar de programa de treina- poderão ser redistribuídos, dos órgãos e das
mento dirigido para o exercício de novas entidades da Administração Pública Federal
funções na Administração Pública Fede- direta, autárquica e fundacional, para o
ral, sob a coordenação do Ministério do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Planejamento, Orçamento e Gestão e da Gestão, os cargos declarados desnecessários,
Escola Nacional de Administração Públi- vagos ou que vierem a vagar.
ca - ENAP. Art. 13. O Ministério do Planejamento,
Art. 9o Presente a necessidade da admi- Orçamento e Gestão fica autorizado a expe-
nistração e observados os critérios a serem dir atos complementares para a fiel execu-
definidos pelo Ministério do Planejamento, ção deste Decreto.
Orçamento e Gestão, o aproveitamento de Art. 14. Este Decreto entra em vigor na
servidor posto em disponibilidade dar-se-á data de sua publicação.
em cargo de atribuições, vencimentos, nível Brasília, 23 de agosto de 1999; 178o da
de escolaridade, especialidade ou habilita- Independência e 111o da República.
ção profissional compatíveis com o anteri- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
ormente por ele ocupado. Martus Tavares

− 77/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 3.505, de 2000
o
DECRETO N 3.505, DE 13 DE JUNHO DE 2000.
Institui a Política de Segurança da Informação nos ór-
gãos e entidades da Administração Pública Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, nal, assim como as destinadas a prevenir,
no uso da atribuição que lhe confere o art. detectar, deter e documentar eventuais amea-
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em ças a seu desenvolvimento.
vista o disposto na Lei no 8.159, de 8 de Art. 3o São objetivos da Política da In-
janeiro de 1991, e no Decreto no 2.910, de formação:
29 de dezembro de 1998, I - dotar os órgãos e as entidades da Admi-
DECRETA: nistração Pública Federal de instrumentos
Art. 1o Fica instituída a Política de Se- jurídicos, normativos e organizacionais que os
gurança da Informação nos órgãos e nas capacitem científica, tecnológica e administra-
entidades da Administração Pública Federal, tivamente a assegurar a confidencialidade, a
que tem como pressupostos básicos: integridade, a autenticidade, o não-repúdio e a
I - assegurar a garantia ao direito indivi- disponibilidade dos dados e das informações
dual e coletivo das pessoas, à inviolabilida- tratadas, classificadas e sensíveis;
de da sua intimidade e ao sigilo da corres- II - eliminar a dependência externa em
pondência e das comunicações, nos termos relação a sistemas, equipamentos, dispositi-
previstos na Constituição; vos e atividades vinculadas à segurança dos
II - proteção de assuntos que mereçam sistemas de informação;
tratamento especial; III - promover a capacitação de recursos
III - capacitação dos segmentos das tec- humanos para o desenvolvimento de compe-
nologias sensíveis; tência científico-tecnológica em segurança
IV - uso soberano de mecanismos de se- da informação;
gurança da informação, com o domínio de IV - estabelecer normas jurídicas neces-
tecnologias sensíveis e duais; sárias à efetiva implementação da segurança
V - criação, desenvolvimento e manu- da informação;
tenção de mentalidade de segurança da V - promover as ações necessárias à im-
informação; plementação e manutenção da segurança da
VI - capacitação científico-tecnológica informação;
do País para uso da criptografia na seguran- VI - promover o intercâmbio científico-
ça e defesa do Estado; e tecnológico entre os órgãos e as entidades
VII - conscientização dos órgãos e das da Administração Pública Federal e as
entidades da Administração Pública Federal instituições públicas e privadas, sobre as
sobre a importância das informações proces- atividades de segurança da informação;
sadas e sobre o risco da sua vulnerabilidade. VII - promover a capacitação industrial do
Art. 2o Para efeitos da Política de Segu- País com vistas à sua autonomia no desenvol-
rança da Informação, ficam estabelecidas as vimento e na fabricação de produtos que in-
seguintes conceituações: corporem recursos criptográficos, assim como
I - Certificado de Conformidade: garantia estimular o setor produtivo a participar compe-
formal de que um produto ou serviço, devi- titivamente do mercado de bens e de serviços
damente identificado, está em conformidade relacionados com a segurança da informação; e
com uma norma legal; VIII - assegurar a interoperabilidade en-
II - Segurança da Informação: proteção tre os sistemas de segurança da informação.
dos sistemas de informação contra a negação Art. 4o Para os fins deste Decreto, cabe
de serviço a usuários autorizados, assim como à Secretaria-Executiva do Conselho de
contra a intrusão, e a modificação desautoriza- Defesa Nacional, assessorada pelo Comitê
da de dados ou informações, armazenados, em Gestor da Segurança da Informação de que
processamento ou em trânsito, abrangendo, trata o art. 6o, adotar as seguintes diretrizes:
inclusive, a segurança dos recursos humanos, I - elaborar e implementar programas
da documentação e do material, das áreas e destinados à conscientização e à capacitação
instalações das comunicações e computacio- dos recursos humanos que serão utilizados
− 78/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 3.505, de 2000

na consecução dos objetivos de que trata o XI - estabelecer as normas inerentes à


artigo anterior, visando garantir a adequada implantação dos instrumentos e mecanismos
articulação entre os órgãos e as entidades da necessários à emissão de certificados de
Administração Pública Federal; conformidade no tocante aos produtos que
II - estabelecer programas destinados à incorporem recursos criptográficos;
formação e ao aprimoramento dos recursos XII - desenvolver sistema de classifica-
humanos, com vistas à definição e à imple- ção de dados e informações, com vistas à
mentação de mecanismos capazes de fixar e garantia dos níveis de segurança desejados,
fortalecer as equipes de pesquisa e desen- assim como à normatização do acesso às
volvimento, especializadas em todos os informações;
campos da segurança da informação; XIII - estabelecer as normas relativas à
III - propor regulamentação sobre maté- implementação dos Sistemas de Segurança
rias afetas à segurança da informação nos da Informação, com vistas a garantir a sua
órgãos e nas entidades da Administração interoperabilidade e a obtenção dos níveis
Pública Federal; de segurança desejados, assim como assegu-
IV - estabelecer normas relativas à im- rar a permanente disponibilização dos dados
plementação da Política Nacional de Tele- e das informações de interesse para a defesa
comunicações, inclusive sobre os serviços nacional; e
prestados em telecomunicações, para asse- XIV - conceber, especificar e coordenar a
gurar, de modo alternativo, a permanente implementação da infra-estrutura de chaves
disponibilização dos dados e das informa- públicas a serem utilizadas pelos órgãos e pelas
ções de interesse para a defesa nacional; entidades da Administração Pública Federal.
V - acompanhar, em âmbito nacional e Art. 5o À Agência Brasileira de Inteligên-
internacional, a evolução doutrinária e cia - ABIN, por intermédio do Centro de
tecnológica das atividades inerentes à segu- Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança
rança da informação; das Comunicações - CEPESC, competirá:
VI - orientar a condução da Política de I - apoiar a Secretaria-Executiva do
Segurança da Informação já existente ou a Conselho de Defesa Nacional no tocante a
ser implementada; atividades de caráter científico e tecnológico
VII - realizar auditoria nos órgãos e nas en- relacionadas à segurança da informação; e
tidades da Administração Pública Federal, II - integrar comitês, câmaras técnicas,
envolvidas com a política de segurança da permanentes ou não, assim como equipes e
informação, no intuito de aferir o nível de segu- grupos de estudo relacionados ao desenvolvi-
rança dos respectivos sistemas de informação; mento das suas atribuições de assessoramento.
VIII - estabelecer normas, padrões, níveis, Art. 6o Fica instituído o Comitê Gestor
tipos e demais aspectos relacionados ao em- da Segurança da Informação, com atribuição
prego dos produtos que incorporem recursos de assessorar a Secretaria-Executiva do
critptográficos, de modo a assegurar a confi- Conselho de Defesa Nacional na consecução
dencialidade, a autenticidade, a integridade e o das diretrizes da Política de Segurança da
não-repúdio, assim como a interoperabilidade Informação nos órgãos e nas entidades da
entre os Sistemas de Segurança da Informação; Administração Pública Federal, bem como
IX - estabelecer as normas gerais para o na avaliação e análise de assuntos relativos
uso e a comercialização dos recursos cripto- aos objetivos estabelecidos neste Decreto.
gráficos pelos órgãos e pelas entidades da Art. 7o O Comitê será integrado por um
Administração Pública Federal, dando-se representante de cada Ministério e órgãos a
preferência, em princípio, no emprego de seguir indicados:
tais recursos, a produtos de origem nacional; I - Ministério da Justiça;
X - estabelecer normas, padrões e de- II - Ministério da Defesa;
mais aspectos necessários para assegurar a III - Ministério das Relações Exteriores;
confidencialidade dos dados e das informa- IV - Ministério da Fazenda;
ções, em vista da possibilidade de detecção V - Ministério da Previdência e Assis-
de emanações eletromagnéticas, inclusive as tência Social;
provenientes de recursos computacionais; VI - Ministério da Saúde;
− 79/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 3.505, de 2000

VII - Ministério do Desenvolvimento, der aos interesses da defesa nacional e após


Indústria e Comércio Exterior; aprovação pelo Gabinete de Segurança
VIII - Ministério do Planejamento, Or- Institucional da Presidência da República.
çamento e Gestão; § 3o A participação no Comitê não en-
IX - Ministério das Comunicações; seja remuneração de qualquer espécie, sendo
X - Ministério da Ciência e Tecnologia; considerada serviço público relevante.
XI - Casa Civil da Presidência da República; e § 4o A organização e o funcionamento
XII - Gabinete de Segurança Institucio- do Comitê serão dispostos em regimento
nal da Presidência da República, que o interno por ele aprovado.
coordenará. § 5o Caso necessário, o Comitê Gestor
XIII - Secretaria de Comunicação de Go- poderá propor a alteração de sua composição.
verno e Gestão Estratégica da Presidência da Art. 8o Este Decreto entra em vigor na
República. (Incluído pelo Decreto nº 5.110, de 2004) data de sua publicação.
XIV - Ministério de Minas e Energia; Brasília, 13 de junho de 2000; 179o da
(Incluído pelo Decreto nº 5.495, de 2005) Independência e 112o da República.
XV - Controladoria-Geral da União; e FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
(Incluído pelo Decreto nº 5.495, de 2005) José Gregori
XVI - Advocacia-Geral da União. (Inclu- Geraldo Magela da Cruz Quintão
ído pelo Decreto nº 5.495, de 2005) Luiz Felipe Lampreia
§ 1o Os membros do Comitê Gestor se- Pedro Malan
rão designados pelo Chefe do Gabinete de Waldeck Ornélas
Segurança Institucional da Presidência da José Serra
República, mediante indicação dos titulares Alcides Lopes Tápias
dos Ministérios e órgãos representados. Martus Tavares
§ 2o Os membros do Comitê Gestor não Pimenta da Veiga
poderão participar de processos similares de Ronaldo Mota Sardenberg
iniciativa do setor privado, exceto nos casos Pedro Parente
por ele julgados imprescindíveis para aten- Alberto Mendes Cardoso

− 80/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 3.644, de 2000
o
DECRETO N 3.644, DE 30 DE OUTUBRO DE 2000.
Regulamenta o instituto da reversão de que trata o
art. 25 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 4º Compete ao Ministro de Estado


no uso da atribuição que lhe confere o art. ou à autoridade por ele delegada:
84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo I - publicar previamente, no Diário Ofi-
em vista o disposto no art. 25 da Lei no cial da União, o quantitativo das vagas dos
8.112, de 11 de dezembro de 1990, cargos que se destinam à reversão, no inte-
DECRETA: resse da administração;
Art. 1º O instituto da reversão de que II - expedir o ato de reversão, que deverá
trata o art. 25 da Lei nº 8.112, de 11 de ser publicado no Diário Oficial da União; e
dezembro de 1990, fica regulamentado pelas III - baixar instruções complementares re-
disposições deste Decreto. lativas à execução da reversão, de acordo com
Art. 2º A reversão dar-se-á: a especificidade de cada órgão ou entidade.
I - quando cessada a invalidez, por decla- Art. 5º Efetivada a reversão, o servidor se-
ração de junta médica oficial, que torne insub- rá lotado conforme as necessidades do órgão.
sistentes os motivos da aposentadoria; ou Art. 6º Na hipótese de que trata o in-
II - no interesse da administração, desde ciso II do art. 2º, inexistindo vaga na
que seja certificada pelo órgão ou entidade a unidade do órgão ou da entidade requeri-
aptidão física e mental do servidor para o da pelo servidor, este poderá optar por ser
exercício das atribuições inerentes ao cargo. lotado em outra, dentre as oferecidas pela
§ 1º Na hipótese do inciso I deste artigo, en- administração, ficando para este fim ve-
contrando-se provido o cargo, o servidor exercerá dado o pagamento de ajuda de custo para
suas atribuições como excedente de lotação. deslocamento.
§ 2º A reversão de que trata o inciso II Art. 7º Será tornado sem efeito o ato de
deste artigo somente poderá ocorrer median- reversão se o exercício não ocorrer no prazo
te solicitação do servidor e desde que: de quinze dias.
a) a aposentadoria tenha sido voluntária e Art. 8º São assegurados ao servidor que
ocorrida nos cinco anos anteriores à solicitação; reverter à atividade os mesmos direitos,
b) estável quando na atividade; e garantias, vantagens e deveres aplicáveis aos
c) haja cargo vago. servidores em atividade.
Art. 3º A reversão poderá ocorrer em qual- Art. 9º O servidor que reverter à atividade,
quer órgão ou entidade da Administração Pública no interesse da administração, somente terá
Federal direta, autárquica e fundacional, desde nova aposentadoria com os proventos calcula-
que seja no mesmo cargo, nível, classe e padrão dos com base nas regras atuais, se permanecer
em que ocorreu a aposentadoria ou em outro em atividade por, no mínimo, cinco anos.
cargo, quando reorganizado ou transformado. Art. 10. Este Decreto entra em vigor na
Parágrafo único. A reversão, no interesse data de sua publicação.
da administração, fica sujeita à existência de Brasília, 30 de outubro de 2000; 179º da
dotação orçamentária e financeira, devendo ser Independência e 112º da República.
observado o disposto na Lei Complementar nº FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
101, de 4 de maio de 2000. Martus Tavares

− 81/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.050, de 2001

DECRETO Nº 4.050, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2001.


Regulamenta o art. 93 da Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, que dispõe sobre a cessão de
servidores de órgãos e entidades da Administra-
ção Pública Federal, direta, autárquica e funda-
cional, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, dade dos Poderes da União, dos Estados, do
no uso da atribuição que lhe confere o art. Distrito Federal e dos Municípios, incluindo as
84, inciso IV, da Constituição, e conside- empresas públicas e sociedades de economia
rando o disposto no art. 93 da Lei no 8.112, mista, para o exercício de cargo em comissão
de 11 de dezembro de 1990, e no art. 1o da ou função de confiança e, ainda, para atender a
Lei no 9.527, de 10 de dezembro de 1997, situações previstas em leis específicas.
DECRETA: Parágrafo único. Ressalvadas as cessões
Art. 1º Para fins deste Decreto consi- no âmbito do Poder Executivo e os casos
dera-se: previstos em leis específicas, a cessão será
I - requisição: ato irrecusável, que implica concedida pelo prazo de até um ano, poden-
a transferência do exercício do servidor ou do ser prorrogado no interesse dos órgãos ou
empregado, sem alteração da lotação no órgão das entidades cedentes e cessionários.
de origem e sem prejuízo da remuneração ou Art. 3º Ressalvada a hipótese contida no
salário permanentes, inclusive encargos soci- § 4º do art. 93 da Lei no 8.112, de 11 de
ais, abono pecuniário, gratificação natalina, dezembro de 1990, a cessão obedecerá aos
férias e adicional de um terço; seguintes procedimentos:
II - cessão: ato autorizativo para o exer- I - quando ocorrer no âmbito do Poder
cício de cargo em comissão ou função de Executivo, será autorizada pelo Ministro de
confiança, ou para atender situações previs- Estado ou autoridade competente de órgão
tas em leis específicas, em outro órgão ou integrante da Presidência da República a que
entidade dos Poderes da União, dos Estados, pertencer o servidor; e
do Distrito Federal e dos Municípios, sem II - quando ocorrer para órgão ou enti-
alteração da lotação no órgão de origem; dade dos Estados, do Distrito Federal, dos
III - reembolso: restituição ao cedente das Municípios ou de outro Poder da União, será
parcelas da remuneração ou salário, já incorpo- autorizada pelo Órgão Central do Sistema de
radas à remuneração ou salário do cedido, de Pessoal Civil - SIPEC, ficando condicionada
natureza permanente, inclusive encargos soci- à anuência do Ministro de Estado ou autori-
ais; (Redação dada pelo Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) dade competente de órgão integrante da
IV - órgão cessionário: o órgão onde o Presidência da República ao qual o servidor
servidor irá exercer suas atividades; e estiver lotado.
V - órgão cedente: o órgão de origem e Art. 4º Na hipótese do inciso II do art. 3º,
lotação do servidor cedido. quando a cessão ocorrer para os Poderes dos
Parágrafo único. Ressalvadas as gratifi- Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
cações relativas ao exercício de cargos co- o ônus da remuneração do servidor cedido,
missionados ou função de confiança e chefia acrescido dos respectivos encargos sociais,
na entidade de origem, poderão ser objeto de será do órgão ou da entidade cessionária.
reembolso de que trata o inciso III outras § 1º O valor a ser reembolsado será a-
parcelas decorrentes de legislação específica presentado mensalmente ao cessionário pelo
ou resultantes do vínculo de trabalho, tais cedente, discriminado por parcela remunera-
como: gratificação natalina, abono pecuniá- tória e servidor, e o reembolso será efetuado
rio, férias e seu adicional, provisões, gratifi- no mês subseqüente.
cação semestral e licença prêmio. (Incluído § 2º O descumprimento do disposto no
pelo Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) § 1º implicará o término da cessão, devendo
Art. 2º O servidor da Administração Pú- o servidor cedido apresentar-se ao seu órgão
blica Federal direta, suas autarquias e funda- de origem a partir de notificação pessoal
ções poderá ser cedido a outro órgão ou enti- expedida pelo órgão ou entidade cedente.
− 82/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.050, de 2001

§ 3º O dirigente máximo do órgão ou enti- IV - para o exercício de outros cargos


dade cedente é o responsável pelo cumprimento cujas funções estratégicas sejam considera-
das determinações contidas nos §§ 1o e 2o. das de relevante interesse para a Adminis-
Art. 5º Observada a disponibilidade or- tração Pública Federal, a critério do respec-
çamentária, a Administração Pública Fede- tivo Ministro de Estado; e
ral direta, autárquica e fundacional poderá V - para atender a leis específicas.
solicitar a cessão de servidor ou empregado Art. 9o A cessão de servidor da Carreira
oriundo de órgão ou entidade de qualquer Auditoria da Receita Federal para Estados,
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios somente ocorrerá
Distrito Federal e dos Municípios, suas para o exercício de cargo de Secretário de
empresas públicas e sociedades de economia Estado, Presidente de autarquia, empresa
mista, para o exercício de cargo em comis- pública ou sociedade de economia mista esta-
são ou função de confiança e, ainda, requisi- dual. (Redação dada pelo Decreto nº 4.587, de 7.2.2003)
tar nos casos previstos em leis específicas. Parágrafo único. A cessão prevista no
Art. 6º É do órgão ou da entidade ces- caput, na hipótese de Município, apenas
sionária, observada a disponibilidade orça- será autorizada para capital de Estado.
mentária e financeira, o ônus pela remune- Art. 10. Na hipótese do não reembolso
ração ou salário do servidor ou empregado pelos cessionários, os órgãos ou as entidades
cedido ou requisitado dos Poderes dos Esta- cedentes do Poder Executivo Federal deve-
dos, do Distrito Federal, dos Municípios ou rão adotar as providências necessárias para o
das empresas públicas e sociedades de retorno do servidor, mediante notificação.
economia mista, acrescidos dos respectivos Parágrafo único. O não-atendimento da
encargos sociais definidos em lei. notificação de que trata o caput implicará
Parágrafo único. O ônus da cessão ou suspensão do pagamento da remuneração, a
requisição prevista no caput não se aplica partir do mês subseqüente.
no caso de o cedente ser empresa pública ou Art. 11. As cessões ou requisições que impli-
sociedade de economia mista que receba quem reembolso pela Administração Pública
recursos financeiros do Tesouro Nacional Federal direta, autárquica e fundacional, inclusive
para o custeio total ou parcial da sua folha empresas públicas e sociedades de economia mista,
de pagamento de pessoal, bem assim do à exceção da Presidência e da Vice-Presidência da
Governo do Distrito Federal em relação aos República, somente ocorrerão para o exercício de:
servidores custeados pela União. (Redação dada pelo Decreto nº 5.213, de 2004)277
Art. 7º O período de afastamento cor- I - cargo em comissão do Grupo-Direção e
respondente à cessão ou à requisição, de que Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5
trata este Decreto, é considerado para todos e 6, e de Natureza Especial ou equivalentes; e
os efeitos legais, inclusive para promoção e (Incluído pelo Decreto nº 5.213, de 2004)
progressão funcional.
Art. 8º Até 31 de dezembro de 2002, as 277
cessões de servidores da Administração pública Ver outras disposições do Decreto nº 5.213, de 2004:
“Art. 2o No caso das empresas públicas e sociedades de
Federal direta, autárquica e fundacional para os
economia mista que deixaram de receber recursos do Tesouro
Estados, Distrito Federal, Municípios ou para Nacional para custear as respectivas folhas de pagamento de
outros Poderes da União somente ocorrerão: pessoal no exercício-financeiro de 2004, o prazo para o início
I - para o exercício de cargo em comissão dos procedimentos administrativos necessários ao cumpri-
ou função de confiança, equivalentes aos cargos mento do disposto neste Decreto será de sessenta dias a
em comissão do Grupo Direção e Assessora- contar da data de publicação deste Decreto.
mento Superiores - DAS, de nível 6, e de Natu- Art. 3o Ficam convalidados os atos praticados nas
reza Especial, do Poder Executivo Federal; cessões já realizadas, em caso de defeito decorrente de
II - para o exercício de cargo de Secretá- mera irregularidade formal afastada por este Decreto,
ou que por ele estejam autorizados, observado o disposto
rio de Estado e Secretário Municipal ou
no art. 55 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
equivalentes; Parágrafo único. A convalidação abrange os
III - para o exercício de cargo de presi- reembolsos realizados em consonância com o disposto
dente de autarquia ou de fundação pública no § 2º do art. 11 do Decreto nº 4.050, de 2001, com a
estadual, distrital e municipal; redação dada pelo art. 1º deste Decreto.”
− 83/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.050, de 2001

II - cargo em comissão do Grupo-Direção partir da data que deixaram de receber re-


e Assessoramento Superiores - DAS, nível 3, cursos do Tesouro Nacional para custear sua
ou equivalente, destinado a chefia de superin- folha de pagamento de pessoal, cujos em-
tendência, de gerência regional, de delegacia, pregados, na mesma data, independentemen-
de agência ou de escritório de unidades des- te do exercício de cargo em comissão do
centralizadas regionais ou estaduais. (Incluído Grupo-Direção e Assessoramento Superio-
pelo Decreto nº 5.213, de 2004) res - DAS: (Incluído pelo Decreto nº 5.213, de 2004)
§ 1º As cessões já autorizadas sob a é- I - estejam em atividade em órgão da Ad-
gide do Decreto nº 925, de 10 de setembro ministração Federal direta, autárquica e funda-
de l983, poderão ser mantidas, desde que cional; ou (Incluído pelo Decreto nº 5.213, de 2004)
manifestado o interesse pelo órgão cessioná- II - tenham respectivo processo de cessão
rio e observado, quanto ao reembolso, as em andamento. (Incluído pelo Decreto nº 5.213, de 2004)
disposições deste Decreto. (Incluído pelo § 4º Na hipótese do inciso I do § 3º, os
Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) procedimentos administrativos necessários
§ 2º O reembolso de que trata o inciso III ao cumprimento do disposto neste Decreto
do art. 1º contemplará, tão-somente, as parce- deverão ser iniciados no prazo máximo de
las de natureza permanente, inclusive vanta- sessenta dias a partir da data em que cessou
gens pessoais, decorrentes do cargo efetivo o recebimento de recursos do Tesouro Na-
ou emprego permanente, nos órgãos ou enti- cional. (Incluído pelo Decreto nº 5.213, de 2004)
dades cedentes e, ainda, as parcelas devidas Art. 12. Este Decreto entra em vigor na
em virtude de cessão, neste último caso data de sua publicação.
quando instituídas em contrato de trabalho ou Art. 13. Ficam revogados os Decretos
regulamento de empresa pública ou sociedade no 925, de 10 de setembro de 1993, e no
de economia mista até 31 de dezembro de 3.699, de 22 de dezembro de 2000.
2003. (Redação dada pelo Decreto nº 5.213, de 2004) Brasília, 12 de dezembro de 2001; 180o
§ 3º A limitação contida no caput deste da Independência e 113o da República.
artigo não se aplica às cessões de empresas FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
públicas e sociedades de economia mista a Martus Tavares

− 84/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.187, de 2002

DECRETO Nº 4.187, DE 8 DE ABRIL DE 2002.


Regulamenta os arts. 6o e 7o da Medida Provisó-
ria no 2.225-45, de 4 de setembro de 2001, que
dispõem sobre o impedimento de autoridades e-
xercerem atividades ou prestarem serviços após a
exoneração do cargo que ocupavam e sobre a
remuneração compensatória a elas devida pela
União, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Câmara de Política Econômica e da Câmara de
no uso da atribuição que lhe confere o art. Comércio Exterior do Conselho de Governo,
84, inciso IV, da Constituição, do Comitê de Gestão da Câmara de Comércio
DECRETA: Exterior e do Comitê de Política Monetária do
Art. 1o Este Decreto regulamenta os arts. Banco Central do Brasil. (Redação dada pelo
6o e 7o da Medida Provisória no 2.225-45, de 4 Decreto nº 4.405, de 3.10.2002)
de setembro de 2001, que dispõem sobre o Art. 3o-A. Compete à Comissão de Ética
impedimento de autoridades exercerem ativi- Pública, criada pelo Decreto de 26 de maio de
dades ou prestarem serviços após a exoneração 1999, decidir, em cada caso, sobre a ocorrência
do cargo que ocupavam e sobre a remuneração dos impedimentos a que se refere o art. 2o e
compensatória a elas devida pela União. comunicar a sua decisão à autoridade interes-
Art. 2o Os titulares de cargos de Ministro sada e ao órgão ao qual está ela vinculado.
de Estado, de Natureza Especial e do Grupo- (Incluído pelo Decreto nº 4.405, de 3.10.2002)
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, Parágrafo único. As autoridades referidas
nível 6, e as autoridades equivalentes, que no art. 3o devem comunicar, imediatamente, à
tenham tido acesso a informações que possam Comissão de Ética Pública as atividades ou os
ter repercussão econômica, ficam impedidos serviços que pretendem exercer ou prestar no
de exercer atividades ou de prestar qualquer período estabelecido no caput do art. 2o. (Inclu-
serviço no setor de sua atuação, por um perío- ído pelo Decreto nº 4.405, de 3.10.2002)
do de quatro meses, contados da exoneração. Art. 4o Durante o período de impedi-
§ 1o As autoridades referidas no caput, mento, as autoridades referidas no art. 2o
e dentro do prazo nele estabelecido, estão ficam vinculadas ao órgão ou à autarquia em
ainda impedidas de:(Redação dada pelo Decreto que atuaram e somente fazem jus a remune-
nº 4.405, de 3.10.2002) ração compensatória equivalente à do cargo
I - aceitar cargo de administrador ou que ocupavam, cujas despesas correrão por
conselheiro, ou estabelecer vínculo profis- conta dos respectivos orçamentos de custeio.
sional com pessoa física ou jurídica com a § 1o O servidor público federal pode optar
qual tenham mantido relacionamento oficial pelo retorno ao desempenho das funções de
direto e relevante nos seis meses anteriores à seu cargo efetivo nos casos em que não houver
exoneração; e conflito de interesse, hipótese em que não faz
II - patrocinar, direta ou indiretamente, jus à remuneração a que se refere o caput.
interesse de pessoa física ou jurídica perante § 2o A opção a que se refere o § 1o deve
órgão ou entidade da Administração Pública ser comunicada à unidade de pessoal do
Federal com que tenham tido relacionamen- órgão ou da autarquia em que o servidor
to oficial direto e relevante nos seis meses exerceu o cargo de Ministro de Estado ou o
anteriores à exoneração. cargo em comissão.
§ 2o Incluem-se no período a que se re- § 3o O servidor que não fizer a opção pre-
fere o caput eventuais períodos de férias vista no § 1o tem apenas o direito de receber a
não gozadas. remuneração equivalente àquela que percebia à
Art. 3o Para fins deste Decreto, autorida- época em que exercia o cargo de Ministro de
des que tenham tido acesso a informações que Estado ou o cargo em comissão.
possam ter repercussão econômica são exclu- Art. 5o O servidor público federal exone-
sivamente os membros do Conselho de Gover- rado ou aposentado de seu cargo efetivo após
no, do Conselho Monetário Nacional, da ter feito a opção prevista no § 1o do art. 4o:
− 85/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.187, de 2002

I - deve comunicar tal fato ao órgão ou à se, também, aos casos de exoneração a
autarquia em que exerceu o cargo de Minis- pedido, desde que cumprido o interstício de
tro de Estado ou o cargo em comissão; e seis meses no exercício dos cargos a que se
II - fica submetido ao impedimento es- refere o art. 3o.
tabelecido no art. 2o e faz jus à remuneração Art. 9o A nomeação para cargo de Ministro
compensatória prevista no art. 4o pelo perío- de Estado ou cargo em comissão da Administra-
do que restou dos quatro meses, contado da ção Pública federal faz cessar todos os efeitos do
exoneração do cargo de Ministro de Estado impedimento, inclusive o pagamento da remune-
ou do cargo em comissão. ração compensatória a que se refere o art. 4o.
Art. 6o O disposto nos arts. 4o e 5o não Art. 10. As instituições financeiras pú-
se aplica aos membros do Poder Legislativo blicas federais poderão estabelecer o impe-
de qualquer ente da Federação, nem aos dimento e a remuneração compensatória de
membros do Ministério Público da União e que tratam os arts. 2o e 4o para os seus dire-
dos Estados, e nem aos servidores públicos tores, observado o disposto neste Decreto.
estaduais, distritais e municipais. Art. 11. Este Decreto entra em vigor na
Art. 7o Durante o período de impedi- data de sua publicação.
mento, a autoridade não pode utilizar os Brasília, 8 de abril de 2002; 181o da In-
bens, os serviços e o pessoal que estavam à dependência e 114o da República.
sua disposição quando ocupava o cargo de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Ministro de Estado ou o cargo em comissão. Guilherme Gomes Dias
Art. 8o O disposto neste Decreto aplica- Pedro Parente

− 86/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.334, de 2002

DECRETO N° 4.334, DE 12 DE AGOSTO DE 2002.


Dispõe sobre as audiências concedidas a particu-
lares por agentes públicos em exercício na Admi-
nistração Pública Federal direta, nas autarquias
e fundações públicas federais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, I - estar acompanhado nas audiências de
no uso das atribuições que lhe confere o art. pelo menos um outro servidor público ou
84, incisos II e VI, alínea "a", da Constituição, militar; e
DECRETA: II - manter registro específico das audi-
Art. 1° Este Decreto disciplina as audi- ências, com a relação das pessoas presentes
ências concedidas a particulares por agentes e os assuntos tratados.
públicos em exercício na Administração Parágrafo único. Na audiência a se rea-
Pública Federal direta, nas autarquias e nas lizar fora do local de trabalho, o agente
fundações públicas federais. público pode dispensar o acompanhamento
I - agente público todo aquele, civil ou de servidor público ou militar, sempre que
militar, que por força de lei, contrato ou reputar desnecessário, em função do tema a
qualquer outro ato jurídico detenha atribui- ser tratado.
ção de se manifestar ou decidir sobre ato ou Art. 4° As normas deste Decreto não
fato sujeito à sua área de atuação; e geram direito a audiência.
II - particular todo aquele que, mesmo Art. 5° Este Decreto não se aplica:
ocupante de cargo ou função pública, solici- I - às audiências realizadas para tratar de
te audiência para tratar de interesse privado matérias relacionadas à administração tribu-
seu ou de terceiros. tária, à supervisão bancária, à segurança e a
Art. 2° O pedido de audiência efetuado outras sujeitas a sigilo legal; e
por particular deverá ser dirigido ao agente II - às hipóteses de atendimento aberto
público, por escrito, por meio de fax ou ao público.
meio eletrônico, indicando: Art. 6° Este Decreto entra em vigor
I - a identificação do requerente; trinta dias após sua publicação.
II - data e hora em que pretende ser ouvido Art. 7° Ficam revogados os Decretos
e, quando for o caso, as razões da urgência; nos 4.232, de 14 de maio de 2002, 4.268, de
III - o assunto a ser abordado; e 12 de junho de 2002, e o parágrafo único do
IV - a identificação de acompanhantes, art. 12 do Decreto no 4.081, de 11 de janeiro
se houver, e seu interesse no assunto. de 2002.
Art. 3° As audiências de que trata este Brasília, 12 de agosto de 2002; 181o da
Decreto terão sempre caráter oficial, ainda Independência e 114o da República.
que realizadas fora do local de trabalho, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
devendo o agente público: Pedro Parente

− 87/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.596, de 2003

DECRETO Nº 4.596, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2003.


Dispõe sobre o Sistema de Acompanhamento
Legislativo - SIAL e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, denar as ações das unidades administrativas
no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, que o integram, por intermédio da sua Sub-
inciso VI, alínea "a", da Constituição, e tendo chefia de Assuntos Parlamentares. (Redação
em vista o disposto no art. 2o da Medida Provi- dada pelo Decreto nº 5.001, de 2004)
sória no 103, de 1o de janeiro de 2003, Art. 4o Integram o SIAL as Assessorias
DECRETA: Parlamentares dos Ministérios, a Secretaria
Art. 1o O Sistema de Acompanhamento de Assuntos Legislativos do Ministério da
Legislativo - SIAL, instituído no âmbito da Justiça, a Assessoria de Relações com o
Administração Pública Federal, passa a Congresso, do Ministério das Relações
reger-se pelas disposições deste Decreto. Exteriores, bem como as demais unidades
Art. 2o O SIAL tem por objetivo: administrativas de órgãos e entidades da
I - atender às necessidades de assesso- Administração Pública Federal com atribui-
ramento e informação do Presidente da ções análogas às mencionadas no art. 2o.
República e dos dirigentes de órgãos e Art. 5o Os titulares das unidades admi-
entidades da Administração Pública Federal, nistrativas referidas no art. 4o subordinam-
quanto às atividades do Congresso Nacional se, para efeito deste Decreto, diretamente ao
relativas a matérias e proposições de interes- Gabinete do Ministro de Estado ou ao diri-
se do Poder Executivo; gente máximo dos demais órgãos ou entida-
II - coordenar o fluxo de informações e des a que pertençam.
mensagens do Poder Executivo ao Congres- Parágrafo único. Os Ministros de Estado
so Nacional, tendo em vista os objetivos e os dirigentes de órgãos e entidades da
gerais e a uniformidade das ações do Go- Administração Pública Federal instruirão as
verno sobre matéria legislativa; respectivas unidades administrativas, inte-
III - acompanhar as proposições em grantes do SIAL, no sentido de assegurar-
tramitação no Congresso Nacional; lhes o apoio indispensável ao pronto aten-
IV - diligenciar quanto ao atendimento dimento das solicitações por elas recebidas.
de requerimentos de informação, indicações, Art. 6o Este Decreto entra em vigor na
consultas e outras solicitações formuladas data de sua publicação.
pelos membros do Congresso Nacional ao Art. 7o Revoga-se o Decreto no 3.132, de
Poder Executivo. 9 de agosto de 1999.
Art. 3o A Secretaria de Coordenação Brasília, 17 de fevereiro de 2003; 182o
Política e Assuntos Institucionais da Presi- da Independência e 115o da República.
dência da República é o órgão central do LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
SIAL, com a atribuição de orientar e coor- José Dirceu de Oliveira e Silva

− 88/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.896, de 2003

DECRETO Nº 4.896, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2003.


Dispõe sobre a institucionalização do Sistema de
Informações Organizacionais do Governo Federal -
SIORG, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 5º À Secretaria de Gestão, do Mi-
no uso da atribuição que lhe confere o art. nistério do Planejamento, Orçamento e
84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, Gestão, na qualidade de órgão gestor do
DECRETA: SIORG, compete:
Art. 1º Fica institucionalizado o Sistema I - promover sua implantação e adminis-
de Informações Organizacionais do Governo tração;
Federal - SIORG, com a finalidade de dotar II - editar normas sobre operacionaliza-
os órgãos e entidades do Poder Executivo ção, bem como fiscalizar o seu cumprimento;
Federal de instrumento para: III - supervisionar as atividades desenvol-
I - elaboração e controle sistêmico das vidas com vistas a garantir a consistência das
estruturas regimentais, estatutos, regulamen- informações e o funcionamento do SIORG;
tos e regimentos internos; IV - prestar assistência, orientação e apoio
II - manutenção e normalização sistemá- técnico aos órgãos e entidades integrantes do
tica das denominações, subordinação hierár- SIORG, bem como promover a disseminação das
quica entre unidades, competências e atribu- informações necessárias à sua utilização;
ições institucionais; V - promover a elaboração de planos de
III - remanejamento de cargos comissio- desenvolvimento e treinamento de pessoal;
nados e funções de confiança; e VI - gerenciar o cadastramento de usuá-
IV - nomeação, exoneração, designação e rios, definindo perfil de acesso para os
dispensa de cargos e funções comissionadas, responsáveis ou prepostos dos órgãos e
em integração com o Sistema Integrado de entidades que integram o SIORG;
Administração de Recursos Humanos - SIAPE. VII - garantir a operacionalização de
Art. 2º São integrantes do SIORG os órgãos e forma descentralizada; e
entidades da administração direta, autárquica e VIII - manter banco de informações com
fundacional do Poder Executivo federal. indicadores para gestão.
Art. 3º Os órgãos e entidades integrantes Art. 6º À Secretaria de Recursos Huma-
do SIORG deverão validar diretamente no nos, do Ministério do Planejamento, Orça-
Sistema as informações já existentes relati- mento e Gestão, compete gerenciar e super-
vas às suas estruturas organizacionais e seus visionar o módulo de acompanhamento de
quadros de cargos comissionados e funções nomeação, exoneração, dispensa e designa-
de confiança, inseridas pelo Ministério do ção para cargos em comissão e funções de
Planejamento, Orçamento e Gestão. confiança, correspondentes às estruturas
Art. 4º Os órgãos e entidades referidos organizacionais existentes no SIORG.
no art. 2º terão os seguintes prazos para a Parágrafo único. A operacionalização do
validação das informações no SIORG: módulo de acompanhamento de nomeação,
I - até 30 de dezembro de 2003, para os exoneração, dispensa e designação de cargos
órgãos da administração direta; em comissão e funções de confiança dar-se-
II - até 30 de janeiro de 2004, para as á no âmbito das unidades setoriais e seccio-
autarquias e fundações; e nais de recursos humanos dos órgãos e
III - até 5 de março de 2004, para as ins- entidades do Poder Executivo federal.
tituições federais de ensino. Art. 7º As empresas estatais federais, su-
Parágrafo único. Findo os prazos de que jeitas ao controle estabelecido pelo Decreto
tratam os incisos I a III, somente por inter- nº 3.735, de 24 de janeiro de 2001, serão
médio do SIORG os órgãos e as entidades cadastradas no SIORG.
referidos no art. 2o poderão encaminhar Parágrafo único. Ao Departamento de
propostas de alteração das respectivas estru- Coordenação e Controle das Empresas Esta-
turas organizacionais e de quadros de cargos tais, do Ministério do Planejamento, Orça-
em comissão e funções de confiança. mento e Gestão, compete disponibilizar no
− 89/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.896, de 2003

SIORG, para fins informativos, as estruturas refere o caput procederão às ações necessá-
organizacionais das empresas referidas no rias à integração até 30 de julho de 2004.
caput, relativamente às respectivas diretorias § 2º Compete à Secretaria de Logística e
executivas e respectivos conselhos de admi- Tecnologia da Informação do Ministério do
nistração e fiscal, até 31 de março de 2004. Planejamento, Orçamento e Gestão editar
Art. 8º Os Sistemas Integrado de Adminis- normas para integração dos sistemas de
tração de Recursos Humanos, Integrado de gestão do Poder Executivo federal.
Administração de Serviços Gerais, Integrado de Art. 9º Este Decreto entra em vigor na
Dados Orçamentários, de Administração Finan- data de sua publicação.
ceira do Governo Federal, e de Informações Art. 10. Fica revogado o Decreto nº
Gerenciais e de Planejamento deverão utilizar a 1.039, de 10 de janeiro de 1994.
tabela de órgãos do SIORG, como única refe- Brasília, 25 de novembro de 2003; 182º
rência para o cadastro de dados e processos. da Independência e 115º da República.
§ 1º Os órgãos responsáveis pela admi- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
nistração dos Sistemas de gestão a que se Guido Mantega

− 90/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.915, de 2003

DECRETO Nº 4.915, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003.


Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos
de Arquivo - SIGA, da administração pública
federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, VI - preservar o patrimônio documental
no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, arquivístico da administração pública federal;
incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e VII - articular-se com os demais siste-
tendo em vista o disposto no art. 30 do Decreto- mas que atuam direta ou indiretamente na
Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, no art. gestão da informação pública federal.
18 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e Art. 3o Integram o SIGA:
no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002, I - como órgão central, o Arquivo Nacional;
DECRETA: II - como órgãos setoriais, as unidades
Art. 1o Ficam organizadas sob a forma responsáveis pela coordenação das ativida-
de sistema, com a denominação de Sistema des de gestão de documentos de arquivo nos
de Gestão de Documentos de Arquivo - Ministérios e órgãos equivalentes;
SIGA, as atividades de gestão de documen- III - como órgãos seccionais, as unidades
tos no âmbito dos órgãos e entidades da vinculadas aos Ministérios e órgãos equivalentes.
administração pública federal. Art. 4o Compete ao órgão central:
§ 1o Para os fins deste Decreto, conside- I - acompanhar e orientar, junto aos ór-
ram-se documentos de arquivo aqueles pro- gãos setoriais do SIGA, a aplicação das
duzidos e recebidos por órgãos e entidades da normas relacionadas à gestão de documen-
administração pública federal, em decorrên- tos de arquivos aprovadas pelo Chefe da
cia do exercício de funções e atividades Casa Civil da Presidência da República;
específicas, qualquer que seja o suporte da II - orientar a implementação, coordena-
informação ou a natureza dos documentos. ção e controle das atividades e rotinas de
§ 2o Considera-se gestão de documen- trabalho relacionadas à gestão de documen-
tos, com base no art. 3o da Lei no 8.159, de 8 tos nos órgãos setoriais;
de janeiro de 1991, o conjunto de procedi- III - promover a disseminação de nor-
mentos e operações técnicas referentes à mas técnicas e informações de interesse para
produção, tramitação, uso, avaliação e ar- o aperfeiçoamento do sistema junto aos
quivamento dos documentos, em fase cor- órgãos setoriais do SIGA;
rente e intermediária, independente do IV - promover e manter intercâmbio de
suporte, visando a sua eliminação ou reco- cooperação técnica com instituições e siste-
lhimento para guarda permanente. mas afins, nacionais e internacionais;
Art. 2o O SIGA tem por finalidade: V - estimular e promover a capacitação,
I - garantir ao cidadão e aos órgãos e en- o aperfeiçoamento, o treinamento e a reci-
tidades da administração pública federal, de clagem dos servidores que atuam na área de
forma ágil e segura, o acesso aos documen- gestão de documentos de arquivo.
tos de arquivo e às informações neles conti- Art. 5o Compete aos órgãos setoriais:
das, resguardados os aspectos de sigilo e as I - implantar, coordenar e controlar as
restrições administrativas ou legais; atividades de gestão de documentos de
II - integrar e coordenar as atividades de arquivo, em seu âmbito de atuação e de seus
gestão de documentos de arquivo desenvol- seccionais, em conformidade com as normas
vidas pelos órgãos setoriais e seccionais que aprovadas pelo Chefe da Casa Civil da
o integram; Presidência da República;
III - disseminar normas relativas à ges- II - implementar e acompanhar rotinas
tão de documentos de arquivo; de trabalho desenvolvidas, no seu âmbito de
IV - racionalizar a produção da docu- atuação e de seus seccionais, visando à
mentação arquivística pública; padronização dos procedimentos técnicos
V - racionalizar e reduzir os custos ope- relativos às atividades de produção, classifi-
racionais e de armazenagem da documenta- cação, registro, tramitação, arquivamento,
ção arquivística pública; preservação, empréstimo, consulta, expedi-
− 91/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.915, de 2003

ção, avaliação, transferência e recolhimento II - um representante do órgão central,


ou eliminação de documentos de arquivo e responsável pela coordenação do SIGA,
ao acesso e às informações neles contidas; designado pelo Diretor-Geral do Arquivo
III - coordenar a elaboração de código Nacional;
de classificação de documentos de arquivo, III - um representante do Sistema de Ad-
com base nas funções e atividades desempe- ministração dos Recursos de Informação e
nhadas pelo órgão ou entidade, e acompa- Informática - SISP, indicado pelo Ministro de
nhar a sua aplicação no seu âmbito de atua- Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão;
ção e de seus seccionais; IV - um representante do Sistema de Ser-
IV - coordenar a aplicação do código de viços Gerais - SISG, indicado pelo Ministro
classificação e da tabela de temporalidade e do Planejamento, Orçamento e Gestão;
destinação de documentos de arquivo relati- V - os coordenadores das subcomissões
vos as atividades-meio, instituída para a dos Ministérios e órgãos equivalentes.
administração pública federal, no seu âmbito § 1o Poderão participar das reuniões como
de atuação e de seus seccionais; membros ad-hoc, por solicitação de seu Presi-
V - elaborar, por intermédio da Comissão dente, especialistas e consultores com direito a
Permanente de Avaliação de Documentos e voz e não a voto, quando julgado necessário
de que trata o art. 18 do Decreto no 4.073, de pela maioria absoluta de seus membros.
3 de janeiro de 2002, e aplicar, após aprova- § 2o O Arquivo Nacional promoverá,
ção do Arquivo Nacional, a tabela de tempo- quarenta e cinco dias após a publicação
ralidade e destinação de documentos de deste Decreto, a instalação da Comissão de
arquivo relativos às atividades-fim; Coordenação do SIGA, em Brasília, para
VI - promover e manter intercâmbio de discussão e deliberação, por maioria absolu-
cooperação técnica com instituições e siste- ta de seus membros, de seu regimento inter-
mas afins, nacionais e internacionais; no a ser encaminhado pelo órgão central do
VII - proporcionar aos servidores que SIGA para a aprovação do Chefe da Casa
atuam na área de gestão de documentos de Civil da Presidência da República.
arquivo a capacitação, o aperfeiçoamento, o Art. 8o Deverão ser constituídas nos Mi-
treinamento e a reciclagem garantindo cons- nistérios e nos órgãos equivalentes, no prazo
tante atualização. máximo de trinta dias após a publicação
Art. 6o Fica instituída, junto ao órgão deste Decreto, subcomissões de coordena-
central, a Comissão de Coordenação do ção que reúnam representantes dos órgãos
SIGA, cabendo-lhe: seccionais de seu âmbito de atuação com
I - assessorar o órgão central no cum- vistas a identificar necessidades e harmoni-
primento de suas atribuições; zar as proposições a serem apresentadas à
II - propor políticas, diretrizes e normas Comissão de Coordenação do SIGA.
relativas à gestão de documentos de arquivo, Parágrafo único. As subcomissões serão
a serem implantadas nos órgãos e entidades presididas por representante designado pelo
da administração pública federal, após respectivo Ministro.
aprovação do Chefe da Casa Civil da Presi- Art. 9o Os órgãos setoriais do SIGA vin-
dência da República; culam-se ao órgão central para os estritos
III - propor aos órgãos integrantes do efeitos do disposto neste Decreto, sem pre-
SIGA as alterações ou adaptações necessá- juízo da subordinação ou vinculação admi-
rias ao aperfeiçoamento dos mecanismos de nistrativa decorrente de sua posição na
gestão de documentos de arquivo; estrutura organizacional dos órgãos e enti-
IV - avaliar os resultados da aplicação dades da administração pública federal.
das normas e propor os ajustamentos que se Art. 10. Fica instituído sistema de in-
fizerem necessários, visando à moderniza- formações destinado à operacionalização do
ção e ao aprimoramento do SIGA. SIGA, com a finalidade de integrar os servi-
Art. 7o Compõem a Comissão de Coor- ços arquivísticos dos órgãos e entidades da
denação do SIGA: administração pública federal.
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, Parágrafo único. Os órgãos setoriais e
que a presidirá; seccionais são responsáveis pela alimenta-
− 92/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.915, de 2003

ção e processamento dos dados necessários este Decreto, deliberadas pela Comissão
ao desenvolvimento e manutenção do siste- de Coordenação do SIGA.
ma de que trata o caput deste artigo. Art. 12. Este Decreto entra em vigor na
Art. 11. Compete ao Arquivo Nacio- data de sua publicação.
nal, como órgão central do SIGA, o en- Brasília, 12 de dezembro de 2003; 182o
caminhamento, para aprovação do Minis- da Independência e 115o da República.
tro Chefe da Casa Civil da Presidência da LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
República, das normas complementares a José Dirceu de Oliveira e Silva

− 93/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 4.978, de 2004

DECRETO Nº 4.978, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2004.


Regulamenta o art. 230 da Lei nº 8.112, de11 de
dezembro de 1990, que dispõe sobre a assistência
à saúde do servidor, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, plano de assistência à saúde custeado, mes-
no uso da atribuição que lhe confere o art. mo que parcialmente, com recursos proveni-
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em entes dos Orçamentos Fiscal e da Segurida-
vista o disposto no art. 230 da Lei nº 8.112, de Social da União.
de 11 de dezembro de 1990, Art. 2º Fica autorizada a inclusão de
DECRETA: pensionistas de servidores abrangidos por
“Art. 1º A assistência à saúde do servidor este Decreto nos respectivos planos de
ativo ou inativo e de sua família, de responsa- assistência à saúde, desde que integralmente
bilidade do Poder Executivo da União, de suas custeada pelo beneficiário.
autarquias e fundações, será prestada mediante: Art. 3º Compete à Secretaria de Recur-
I - convênios com entidades fechadas de sos Humanos do Ministério do Planejamen-
autogestão, sem fins lucrativos, asseguran- to, Orçamento e Gestão supervisionar os
do-se a gestão participativa; ou convênios celebrados na forma do art. 1º e
II - contratos, respeitado o disposto na expedir as normas complementares à execu-
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.” ção deste Decreto.
(Redação dada pelo Decreto nº 5.010, de 2004) Art. 4º Os atuais contratos e convênios
§ 1º O custeio da assistência à saúde do de assistência à saúde que não se encontrem
servidor de que trata o caput deste artigo é amparados pelas disposições deste Decreto
de responsabilidade da União, de suas au- não serão renovados.
tarquias e fundações e de seus servidores. Art. 5º Este Decreto entra em vigor na
§ 2º O valor a ser despendido pelos órgãos data de sua publicação.
e entidades da administração pública federal, Art. 6º Fica revogado o Decreto nº
suas autarquias e fundações públicas, com 2.383, de 12 de novembro de 1997.
assistência à saúde de seus servidores e depen- Brasília, 3 de fevereiro de 2004; 183º da
dentes, não poderá exceder à dotação específi- Independência e 116º da República.
ca consignada nos respectivos orçamentos. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
§ 3º Em nenhuma hipótese poderá Guido Mantega
qualquer beneficiário usufruir mais de um José Dirceu de Oliveira e Silva

− 94/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 5.378, de 2005

DECRETO Nº 5.378, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2005.


Institui o Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização - GESPÚBLICA e o Comitê
Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública
e Desburocratização, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, IV - desenvolver modelo de excelência em
no uso da atribuição que lhe confere o art. gestão pública, fixando parâmetros e critérios
84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, para a avaliação e melhoria da qualidade da
DECRETA: gestão pública, da capacidade de atendimento
Art. 1º Fica instituído o Programa Na- ao cidadão e da eficiência e eficácia dos atos
cional de Gestão Pública e Desburocratiza- da administração pública federal.
ção - GESPÚBLICA, com a finalidade de Art. 4º Os critérios para avaliação da
contribuir para a melhoria da qualidade dos gestão de que trata este Decreto serão esta-
serviços públicos prestados aos cidadãos e belecidos em consonância com o modelo de
para o aumento da competitividade do País. excelência em gestão pública.
Art. 2º O GESPÚBLICA deverá con- Art. 5º A participação dos órgãos e entida-
templar a formulação e implementação de des da administração pública no GESPÚBLI-
medidas integradas em agenda de transfor- CA dar-se-á mediante adesão ou convocação.
mações da gestão, necessárias à promoção § 1º Considera-se adesão para os efeitos
dos resultados preconizados no plano pluri- deste Decreto o engajamento voluntário do
anual, à consolidação da administração órgão ou entidade da administração pública no
pública profissional voltada ao interesse do alcance da finalidade do GESPÚBLICA, que,
cidadão e à aplicação de instrumentos e por meio da auto-avaliação contínua, obtenha
abordagens gerenciais, que objetivem: validação dos resultados da sua gestão.
I - eliminar o déficit institucional, visando § 2º Considera-se convocação a assinatura
ao integral atendimento das competências por órgão ou entidade da administração públi-
constitucionais do Poder Executivo Federal; ca direta, autárquica ou fundacional, em decor-
II - promover a governança, aumentando rência da legislação aplicável, de contrato de
a capacidade de formulação, implementação gestão ou desempenho, ou o engajamento no
e avaliação das políticas públicas; GESPÚBLICA, por solicitação do Ministro de
III - promover a eficiência, por meio de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão,
melhor aproveitamento dos recursos, relati- em decorrência do exercício de competências
vamente aos resultados da ação pública; vinculadas a programas prioritários, definidos
IV - assegurar a eficácia e efetividade da pelo Presidente da República.
ação governamental, promovendo a adequação Art. 6 º Poderão participar, voluntaria-
entre meios, ações, impactos e resultados; e mente, das ações do GESPÚBLICA pessoas
V - promover a gestão democrática, par- e organizações, públicas ou privadas.
ticipativa, transparente e ética. Parágrafo único. A atuação voluntária
Art. 3º Para consecução do disposto nos das pessoas é considerada serviço público
arts. 1º e 2º , o GESPÚBLICA, por meio do relevante, não remunerado.
Comitê Gestor de que trata o art. 7º , deverá: Art. 7º Fica instituído o Comitê Gestor
I - mobilizar os órgãos e entidades da do Programa Nacional de Gestão Pública e
administração pública para a melhoria da Desburocratização, no âmbito do Ministério
gestão e para a desburocratização; do Planejamento, Orçamento e Gestão, com
II - apoiar tecnicamente os órgãos e en- o objetivo de formular o planejamento das
tidades da administração pública na melho- ações do GESPÚBLICA, bem como coor-
ria do atendimento ao cidadão e na simplifi- denar e avaliar a execução dessas ações.
cação de procedimentos e normas; Art. 8º O Comitê Gestor terá a seguinte
III - orientar e capacitar os órgãos e en- composição:
tidades da administração publica para a I - um representante do Ministério do
implantação de ciclos contínuos de avalia- Planejamento, Orçamento e Gestão, que o
ção e de melhoria da gestão; e coordenará; e
− 95/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto n° 5.378, de 2005

II - um representante da Casa Civil da VI - reconhecer e premiar os órgãos e


Presidência da República. entidades da administração pública, partici-
§ 1º O Ministro de Estado do Planeja- pantes do GESPÚBLICA, que demonstrem
mento, Orçamento e Gestão indicará quinze qualidade em gestão, medida pelos resulta-
órgãos ou entidades da administração públi- dos institucionais obtidos.
ca, com notório engajamento em ações Art. 10. Ao Coordenador do Comitê
ligadas à qualidade da gestão e à desburo- Gestor compete:
cratização, cujos representantes integrarão o I - cumprir e fazer cumprir este Decreto
Comitê Gestor. e as decisões do Colegiado;
§ 2º Os membros a que se referem o caput II - constituir grupos de trabalho temáti-
e o § 1º, titulares e suplentes, serão indicados cos temporários;
pelos dirigentes dos órgãos ou entidades repre- III - convocar e coordenar as reuniões
sentados e designados pelo Ministro de Estado do Comitê; e
do Planejamento, Orçamento e Gestão. IV - exercer o voto de qualidade no caso
§ 3º O mandato dos membros do Co- de empate nas deliberações.
mitê Gestor será de dois anos, permitida a Art. 11. A participação nas atividades do
recondução. Comitê Gestor, das comissões e dos grupos
Art. 9º Ao Comitê Gestor compete: de trabalho será considerada serviço público
I - propor ao Ministro de Estado do Pla- relevante, não remunerado.
nejamento, Orçamento e Gestão o planeja- Art. 12. A Secretaria de Gestão do Mi-
mento estratégico do GESPÚBLICA; nistério do Planejamento, Orçamento e
II - articular-se para a identificação de Gestão exercerá as funções de Secretaria
mecanismos que possibilitem a obtenção de Executiva do Comitê Gestor.
recursos e demais meios para a execução Art. 13. Este Decreto entra em vigor na
das ações do GESPÚBLICA; data de sua publicação.
III - constituir comissões setoriais e re- Art. 14. Ficam revogados os Decretos
gionais, com a finalidade de descentralizar a nºs 83.740, de 18 de julho de 1979, e 3.335,
gestão do GESPÚBLICA; de 11 de janeiro de 2000.
IV - monitorar, avaliar e divulgar os re- Brasília, 23 de fevereiro de 2005; 184º
sultados do GESPÚBLICA; da Independência e 117º da República.
V - certificar a validação dos resultados LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
da auto-avaliação dos órgãos e entidades Nelson Machado
participantes do GESPÚBLICA; e José Dirceu de Oliveira e Silva

− 96/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.450, de 2005

DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005.


Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para
aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, gia da Informação do Ministério do Plane-
no uso da atribuição que lhe confere o art. jamento, Orçamento e Gestão, que atuará
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em como provedor do sistema eletrônico para os
vista o disposto na Lei no 10.520, de 17 de órgãos integrantes do Sistema de Serviços
julho de 2002, Gerais - SISG.
DECRETA: § 5o A Secretaria de Logística e Tecno-
Art. 1o A modalidade de licitação pre- logia da Informação poderá ceder o uso do
gão, na forma eletrônica, de acordo com o seu sistema eletrônico a órgão ou entidade
disposto no § 1o do art. 2o da Lei no 10.520, dos Poderes da União, Estados, Distrito
de 17 de julho de 2002, destina-se à aquisi- Federal e Municípios, mediante celebração
ção de bens e serviços comuns, no âmbito de termo de adesão.
da União, e submete-se ao regulamento Art. 3o Deverão ser previamente cre-
estabelecido neste Decreto. denciados perante o provedor do sistema
Parágrafo único. Subordinam-se ao dis- eletrônico a autoridade competente do órgão
posto neste Decreto, além dos órgãos da admi- promotor da licitação, o pregoeiro, os mem-
nistração pública federal direta, os fundos bros da equipe de apoio e os licitantes que
especiais, as autarquias, as fundações públicas, participam do pregão na forma eletrônica.
as empresas públicas, as sociedades de econo- § 1o O credenciamento dar-se-á pela a-
mia mista e as demais entidades controladas tribuição de chave de identificação e de
direta ou indiretamente pela União. senha, pessoal e intransferível, para acesso
Art. 2o O pregão, na forma eletrônica, ao sistema eletrônico.
como modalidade de licitação do tipo menor § 2o No caso de pregão promovido por órgão
preço, realizar-se-á quando a disputa pelo integrante do SISG, o credenciamento do licitan-
fornecimento de bens ou serviços comuns te, bem assim a sua manutenção, dependerá de
for feita à distância em sessão pública, por registro atualizado no Sistema de Cadastramento
meio de sistema que promova a comunica- Unificado de Fornecedores - SICAF.
ção pela internet. § 3o A chave de identificação e a senha
§ 1o Consideram-se bens e serviços co- poderão ser utilizadas em qualquer pregão na
muns, aqueles cujos padrões de desempenho forma eletrônica, salvo quando cancelada por
e qualidade possam ser objetivamente defi- solicitação do credenciado ou em virtude de
nidos pelo edital, por meio de especificações seu descadastramento perante o SICAF.
usuais do mercado. § 4o A perda da senha ou a quebra de
§ 2o Para o julgamento das propostas, sigilo deverá ser comunicada imediatamente
serão fixados critérios objetivos que permi- ao provedor do sistema, para imediato blo-
tam aferir o menor preço, devendo ser con- queio de acesso.
siderados os prazos para a execução do § 5o O uso da senha de acesso pelo lici-
contrato e do fornecimento, as especifica- tante é de sua responsabilidade exclusiva,
ções técnicas, os parâmetros mínimos de incluindo qualquer transação efetuada dire-
desempenho e de qualidade e as demais tamente ou por seu representante, não ca-
condições definidas no edital. bendo ao provedor do sistema ou ao órgão
§ 3o O sistema referido no caput será promotor da licitação responsabilidade por
dotado de recursos de criptografia e de eventuais danos decorrentes de uso indevido
autenticação que garantam condições de da senha, ainda que por terceiros.
segurança em todas as etapas do certame. § 6o O credenciamento junto ao provedor
§ 4o O pregão, na forma eletrônica ,será do sistema implica a responsabilidade legal do
conduzido pelo órgão ou entidade promoto- licitante e a presunção de sua capacidade
ra da licitação, com apoio técnico e opera- técnica para realização das transações inerentes
cional da Secretaria de Logística e Tecnolo- ao pregão na forma eletrônica.
− 97/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.450, de 2005
o
Art. 4 Nas licitações para aquisição de VI - homologar o resultado da licitação; e
bens e serviços comuns será obrigatória a VII - celebrar o contrato.
modalidade pregão, sendo preferencial a Art. 9o Na fase preparatória do pregão, na
utilização da sua forma eletrônica. forma eletrônica, será observado o seguinte:
§ 1o O pregão deve ser utilizado na I - elaboração de termo de referência pe-
forma eletrônica, salvo nos casos de com- lo órgão requisitante, com indicação do
provada inviabilidade, a ser justificada pela objeto de forma precisa, suficiente e clara,
autoridade competente. vedadas especificações que, por excessivas,
§ 2o Na hipótese de aquisições por dis- irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou
pensa de licitação, fundamentadas no inciso frustrem a competição ou sua realização;
II do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho II - aprovação do termo de referência
de 1993, as unidades gestoras integrantes do pela autoridade competente;
SISG deverão adotar, preferencialmente, o III - apresentação de justificativa da ne-
sistema de cotação eletrônica, conforme cessidade da contratação;
disposto na legislação vigente. IV - elaboração do edital, estabelecendo
Art. 5o A licitação na modalidade de pre- critérios de aceitação das propostas;
gão é condicionada aos princípios básicos da V - definição das exigências de habilitação,
legalidade, impessoalidade, moralidade, igual- das sanções aplicáveis, inclusive no que se refere
dade, publicidade, eficiência, probidade admi- aos prazos e às condições que, pelas suas parti-
nistrativa, vinculação ao instrumento convoca- cularidades, sejam consideradas relevantes para
tório e do julgamento objetivo, bem como aos a celebração e execução do contrato e o atendi-
princípios correlatos da razoabilidade, compe- mento das necessidades da administração; e
titividade e proporcionalidade. VI - designação do pregoeiro e de sua
Parágrafo único. As normas disciplinado- equipe de apoio.
ras da licitação serão sempre interpretadas em § 1o A autoridade competente motivará os
favor da ampliação da disputa entre os interes- atos especificados nos incisos II e III, indican-
sados, desde que não comprometam o interesse do os elementos técnicos fundamentais que o
da administração, o princípio da isonomia, a apóiam, bem como quanto aos elementos
finalidade e a segurança da contratação. contidos no orçamento estimativo e no crono-
Art. 6o A licitação na modalidade de pre- grama físico-financeiro de desembolso, se for
gão, na forma eletrônica, não se aplica às con- o caso, elaborados pela administração.
tratações de obras de engenharia, bem como às § 2o O termo de referência é o documento
locações imobiliárias e alienações em geral. que deverá conter elementos capazes de propi-
Art. 7o Os participantes de licitação na ciar avaliação do custo pela administração
modalidade de pregão, na forma eletrônica, diante de orçamento detalhado, definição dos
têm direito público subjetivo à fiel obser- métodos, estratégia de suprimento, valor esti-
vância do procedimento estabelecido neste mado em planilhas de acordo com o preço de
Decreto, podendo qualquer interessado mercado, cronograma físico-financeiro, se for
acompanhar o seu desenvolvimento em o caso, critério de aceitação do objeto, deveres
tempo real, por meio da internet. do contratado e do contratante, procedimentos
Art. 8o À autoridade competente, de acor- de fiscalização e gerenciamento do contrato,
do com as atribuições previstas no regimento prazo de execução e sanções, de forma clara,
ou estatuto do órgão ou da entidade, cabe: concisa e objetiva.
I - designar e solicitar, junto ao provedor Art. 10. As designações do pregoeiro e da
do sistema, o credenciamento do pregoeiro e equipe de apoio devem recair nos servidores
dos componentes da equipe de apoio; do órgão ou entidade promotora da licitação,
II - indicar o provedor do sistema; ou de órgão ou entidade integrante do SISG.
III - determinar a abertura do processo § 1o A equipe de apoio deverá ser integra-
licitatório; da, em sua maioria, por servidores ocupantes
IV - decidir os recursos contra atos do de cargo efetivo ou emprego da administração
pregoeiro quando este mantiver sua decisão; pública, pertencentes, preferencialmente, ao
V - adjudicar o objeto da licitação, quadro permanente do órgão ou entidade
quando houver recurso; promotora da licitação.
− 98/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.450, de 2005
o
§ 2 No âmbito do Ministério da Defesa, as dos diretamente ou por seu representante,
funções de pregoeiro e de membro da equipe de não cabendo ao provedor do sistema ou ao
apoio poderão ser desempenhadas por militares. órgão promotor da licitação responsabilida-
§ 3o A designação do pregoeiro, a crité- de por eventuais danos decorrentes de uso
rio da autoridade competente, poderá ocor- indevido da senha, ainda que por terceiros;
rer para período de um ano, admitindo-se IV - acompanhar as operações no siste-
reconduções, ou para licitação específica. ma eletrônico durante o processo licitatório,
§ 4o Somente poderá exercer a função de responsabilizando-se pelo ônus decorrente
pregoeiro o servidor ou o militar que reúna da perda de negócios diante da inobservân-
qualificação profissional e perfil adequados, cia de quaisquer mensagens emitidas pelo
aferidos pela autoridade competente. sistema ou de sua desconexão;
Art. 11. Caberá ao pregoeiro, em especial: V - comunicar imediatamente ao provedor
I - coordenar o processo licitatório; do sistema qualquer acontecimento que possa
II - receber, examinar e decidir as im- comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso
pugnações e consultas ao edital, apoiado da senha, para imediato bloqueio de acesso;
pelo setor responsável pela sua elaboração; VI - utilizar-se da chave de identificação
III - conduzir a sessão pública na internet; e da senha de acesso para participar do
IV - verificar a conformidade da propos- pregão na forma eletrônica; e
ta com os requisitos estabelecidos no ins- VII - solicitar o cancelamento da chave
trumento convocatório; de identificação ou da senha de acesso por
V - dirigir a etapa de lances; interesse próprio.
VI - verificar e julgar as condições de Parágrafo único. O fornecedor descre-
habilitação; denciado no SICAF terá sua chave de identi-
VII - receber, examinar e decidir os re- ficação e senha suspensas automaticamente.
cursos, encaminhando à autoridade compe- Art. 14. Para habilitação dos licitantes,
tente quando mantiver sua decisão; será exigida, exclusivamente, a documenta-
VIII - indicar o vencedor do certame; ção relativa:
IX - adjudicar o objeto, quando não I - à habilitação jurídica;
houver recurso; II - à qualificação técnica;
X - conduzir os trabalhos da equipe de III - à qualificação econômico-financeira;
apoio; e IV - à regularidade fiscal com a Fazenda
XI - encaminhar o processo devidamen- Nacional, o sistema da seguridade social e o
te instruído à autoridade superior e propor a Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -
homologação. FGTS;
Art. 12. Caberá à equipe de apoio, den- V - à regularidade fiscal perante as Fazendas
tre outras atribuições, auxiliar o pregoeiro Estaduais e Municipais, quando for o caso; e
em todas as fases do processo licitatório. VI - ao cumprimento do disposto no inciso
Art. 13. Caberá ao licitante interessado em XXXIII do art. 7o da Constituição e no inciso
participar do pregão, na forma eletrônica: XVIII do art. 78 da Lei no 8.666, de 1993.
I - credenciar-se no SICAF para certa- Parágrafo único. A documentação exi-
mes promovidos por órgãos da administra- gida para atender ao disposto nos incisos I,
ção pública federal direta, autárquica e III, IV e V deste artigo poderá ser substituí-
fundacional, e de órgão ou entidade dos da pelo registro cadastral no SICAF ou, em
demais Poderes, no âmbito da União, Esta- se tratando de órgão ou entidade não abran-
dos, Distrito Federal e Municípios, que gida pelo referido Sistema, por certificado
tenham celebrado termo de adesão; de registro cadastral que atenda aos requisi-
II - remeter, no prazo estabelecido, exclu- tos previstos na legislação geral.
sivamente por meio eletrônico, via internet, a Art. 15. Quando permitida a participação
proposta e, quando for o caso, seus anexos; de empresas estrangeiras na licitação, as exi-
III - responsabilizar-se formalmente pe- gências de habilitação serão atendidas median-
las transações efetuadas em seu nome, as- te documentos equivalentes, autenticados pelos
sumindo como firmes e verdadeiras suas respectivos consulados ou embaixadas e tradu-
propostas e lances, inclusive os atos pratica- zidos por tradutor juramentado no Brasil.
− 99/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.450, de 2005
o
Art. 16. Quando permitida a participação § 1 Os órgãos ou entidades integrantes do
de consórcio de empresas, serão exigidos: SISG e os que aderirem ao sistema do Gover-
I - comprovação da existência de com- no Federal disponibilizarão a íntegra do edital,
promisso público ou particular de constituição em meio eletrônico, no Portal de Compras do
de consórcio, com indicação da empresa-líder, Governo Federal - COMPRASNET, sítio
que deverá atender às condições de liderança www.comprasnet.gov.br.
estipuladas no edital e será a representante das § 2o O aviso do edital conterá a definição
consorciadas perante a União; precisa, suficiente e clara do objeto, a indica-
II - apresentação da documentação de ção dos locais, dias e horários em que poderá
habilitação especificada no instrumento ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem
convocatório por empresa consorciada; como o endereço eletrônico onde ocorrerá a
III - comprovação da capacidade técnica do sessão pública, a data e hora de sua realização
consórcio pelo somatório dos quantitativos de e a indicação de que o pregão, na forma eletrô-
cada consorciado, na forma estabelecida no edital; nica, será realizado por meio da internet.
IV - demonstração, por empresa consor- § 3o A publicação referida neste artigo
ciada, do atendimento aos índices contábeis poderá ser feita em sítios oficiais da adminis-
definidos no edital, para fins de qualificação tração pública, na internet, desde que certifica-
econômico-financeira; do digitalmente por autoridade certificadora
V - responsabilidade solidária das em- credenciada no âmbito da Infra-Estrutura de
presas consorciadas pelas obrigações do Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
consórcio, nas fases de licitação e durante a § 4o O prazo fixado para a apresentação
vigência do contrato; das propostas, contado a partir da publicação
VI - obrigatoriedade de liderança por do aviso, não será inferior a oito dias úteis.
empresa brasileira no consórcio formado por § 5o Todos os horários estabelecidos no
empresas brasileiras e estrangeiras, observa- edital, no aviso e durante a sessão pública
do o disposto no inciso I; e observarão, para todos os efeitos, o horário de
VII - constituição e registro do consór- Brasília, Distrito Federal, inclusive para conta-
cio antes da celebração do contrato. gem de tempo e registro no sistema eletrônico
Parágrafo único. Fica impedida a parti- e na documentação relativa ao certame.
cipação de empresa consorciada, na mesma § 6o Na divulgação de pregão realizado
licitação, por intermédio de mais de um para o sistema de registro de preços, inde-
consórcio ou isoladamente. pendentemente do valor estimado, será
Art. 17. A fase externa do pregão, na forma adotado o disposto no inciso III.
eletrônica, será iniciada com a convocação dos Art. 18. Até dois dias úteis antes da data
interessados por meio de publicação de aviso, fixada para abertura da sessão pública, qual-
observados os valores estimados para contrata- quer pessoa poderá impugnar o ato convocató-
ção e os meios de divulgação a seguir indicados: rio do pregão, na forma eletrônica.
I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cin- § 1o Caberá ao pregoeiro, auxiliado pe-
qüenta mil reais): lo setor responsável pela elaboração do
a) Diário Oficial da União; e edital, decidir sobre a impugnação no prazo
b) meio eletrônico, na internet; de até vinte e quatro horas.
II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos § 2o Acolhida a impugnação contra o
e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 ato convocatório, será definida e publicada
(um milhão e trezentos mil reais): nova data para realização do certame.
a) Diário Oficial da União; Art. 19. Os pedidos de esclarecimentos re-
b) meio eletrônico, na internet; e ferentes ao processo licitatório deverão ser
c) jornal de grande circulação local; enviados ao pregoeiro, até três dias úteis ante-
III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um riores à data fixada para abertura da sessão
milhão e trezentos mil reais): pública, exclusivamente por meio eletrônico
a) Diário Oficial da União; via internet, no endereço indicado no edital.
b) meio eletrônico, na internet; e Art. 20. Qualquer modificação no edital
c) jornal de grande circulação regional exige divulgação pelo mesmo instrumento de
ou nacional. publicação em que se deu o texto original,
− 100/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.450, de 2005

reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, Art. 24. Classificadas as propostas, o


exceto quando, inquestionavelmente, a altera- pregoeiro dará início à fase competitiva,
ção não afetar a formulação das propostas. quando então os licitantes poderão encami-
Art. 21. Após a divulgação do edital no nhar lances exclusivamente por meio do
endereço eletrônico, os licitantes deverão sistema eletrônico.
encaminhar proposta com a descrição do § 1o No que se refere aos lances, o licitan-
objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o te será imediatamente informado do seu rece-
respectivo anexo, até a data e hora marcadas bimento e do valor consignado no registro.
para abertura da sessão, exclusivamente por § 2o Os licitantes poderão oferecer lan-
meio do sistema eletrônico, quando, então, ces sucessivos, observados o horário fixado
encerrar-se-á, automaticamente, a fase de para abertura da sessão e as regras estabele-
recebimento de propostas. cidas no edital.
§ 1o A participação no pregão eletrôni- § 3o O licitante somente poderá oferecer
co dar-se-á pela utilização da senha privati- lance inferior ao último por ele ofertado e
va do licitante. registrado pelo sistema.
§ 2o Para participação no pregão eletrô- § 4o Não serão aceitos dois ou mais lan-
nico, o licitante deverá manifestar, em cam- ces iguais, prevalecendo aquele que for
po próprio do sistema eletrônico, que cum- recebido e registrado primeiro.
pre plenamente os requisitos de habilitação e § 5o Durante a sessão pública, os lici-
que sua proposta está em conformidade com tantes serão informados, em tempo real, do
as exigências do instrumento convocatório. valor do menor lance registrado, vedada a
§ 3o A declaração falsa relativa ao identificação do licitante.
cumprimento dos requisitos de habilitação e § 6o A etapa de lances da sessão pública
proposta sujeitará o licitante às sanções será encerrada por decisão do pregoeiro.
previstas neste Decreto. § 7o O sistema eletrônico encaminhará
§ 4o Até a abertura da sessão, os licitan- aviso de fechamento iminente dos lances,
tes poderão retirar ou substituir a proposta após o que transcorrerá período de tempo de
anteriormente apresentada. até trinta minutos, aleatoriamente determi-
Art. 22. A partir do horário previsto no nado, findo o qual será automaticamente
edital, a sessão pública na internet será encerrada a recepção de lances.
aberta por comando do pregoeiro com a § 8o Após o encerramento da etapa de
utilização de sua chave de acesso e senha. lances da sessão pública, o pregoeiro
§ 1o Os licitantes poderão participar da poderá encaminhar, pelo sistema eletrôni-
sessão pública na internet, devendo utilizar co, contraproposta ao licitante que tenha
sua chave de acesso e senha. apresentado lance mais vantajoso, para
§ 2o O pregoeiro verificará as propostas que seja obtida melhor proposta, observa-
apresentadas, desclassificando aquelas que do o critério de julgamento, não se admi-
não estejam em conformidade com os requi- tindo negociar condições diferentes da-
sitos estabelecidos no edital. quelas previstas no edital.
§ 3o A desclassificação de proposta será § 9o A negociação será realizada por
sempre fundamentada e registrada no siste- meio do sistema, podendo ser acompanhada
ma, com acompanhamento em tempo real pelos demais licitantes.
por todos os participantes. § 10. No caso de desconexão do prego-
§ 4o As propostas contendo a descrição eiro, no decorrer da etapa de lances, se o
do objeto, valor e eventuais anexos estarão sistema eletrônico permanecer acessível aos
disponíveis na internet. licitantes, os lances continuarão sendo rece-
§ 5o O sistema disponibilizará campo bidos, sem prejuízo dos atos realizados.
próprio para troca de mensagens entre o § 11. Quando a desconexão do pregoei-
pregoeiro e os licitantes. ro persistir por tempo superior a dez minu-
Art. 23. O sistema ordenará, automati- tos, a sessão do pregão na forma eletrônica
camente, as propostas classificadas pelo será suspensa e reiniciada somente após
pregoeiro, sendo que somente estas partici- comunicação aos participantes, no endereço
parão da fase de lance. eletrônico utilizado para divulgação.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.450, de 2005

Art. 25. Encerrada a etapa de lances, o Art. 26. Declarado o vencedor, qualquer
pregoeiro examinará a proposta classificada licitante poderá, durante a sessão pública, de
em primeiro lugar quanto à compatibilidade forma imediata e motivada, em campo próprio
do preço em relação ao estimado para con- do sistema, manifestar sua intenção de recor-
tratação e verificará a habilitação do licitan- rer, quando lhe será concedido o prazo de três
te conforme disposições do edital. dias para apresentar as razões de recurso,
§ 1o A habilitação dos licitantes será ve- ficando os demais licitantes, desde logo, inti-
rificada por meio do SICAF, nos documen- mados para, querendo, apresentarem contra-
tos por ele abrangidos, quando dos procedi- razões em igual prazo, que começará a contar
mentos licitatórios realizados por órgãos do término do prazo do recorrente, sendo-lhes
integrantes do SISG ou por órgãos ou enti- assegurada vista imediata dos elementos indis-
dades que aderirem ao SICAF. pensáveis à defesa dos seus interesses.
§ 2o Os documentos exigidos para habilita- § 1o A falta de manifestação imediata e
ção que não estejam contemplados no SICAF, motivada do licitante quanto à intenção de
inclusive quando houver necessidade de envio recorrer, nos termos do caput, importará na
de anexos, deverão ser apresentados inclusive decadência desse direito, ficando o pregoei-
via fax, no prazo definido no edital, após solici- ro autorizado a adjudicar o objeto ao licitan-
tação do pregoeiro no sistema eletrônico. te declarado vencedor.
§ 3o Os documentos e anexos exigidos, § 2o O acolhimento de recurso importa-
quando remetidos via fax, deverão ser apre- rá na invalidação apenas dos atos insuscetí-
sentados em original ou por cópia autentica- veis de aproveitamento.
da, nos prazos estabelecidos no edital. § 3o No julgamento da habilitação e das pro-
§ 4o Para fins de habilitação, a verificação postas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas
pelo órgão promotor do certame nos sítios que não alterem a substância das propostas, dos
oficiais de órgãos e entidades emissores de documentos e sua validade jurídica, mediante
certidões constitui meio legal de prova. despacho fundamentado, registrado em ata e
§ 5o Se a proposta não for aceitável ou se acessível a todos, atribuindo-lhes validade e
o licitante não atender às exigências habilitató- eficácia para fins de habilitação e classificação.
rias, o pregoeiro examinará a proposta subse- Art. 27. Decididos os recursos e consta-
qüente e, assim sucessivamente, na ordem de tada a regularidade dos atos praticados, a
classificação, até a apuração de uma proposta autoridade competente adjudicará o objeto e
que atenda ao edital. homologará o procedimento licitatório.
§ 6o No caso de contratação de serviços § 1o Após a homologação referida no
comuns em que a legislação ou o edital exija caput, o adjudicatário será convocado para
apresentação de planilha de composição de assinar o contrato ou a ata de registro de
preços, esta deverá ser encaminhada de ime- preços no prazo definido no edital.
diato por meio eletrônico, com os respectivos § 2o Na assinatura do contrato ou da ata
valores readequados ao lance vencedor. de registro de preços, será exigida a com-
§ 7o No pregão, na forma eletrônica, reali- provação das condições de habilitação con-
zado para o sistema de registro de preços, quan- signadas no edital, as quais deverão ser
do a proposta do licitante vencedor não atender mantidas pelo licitante durante a vigência do
ao quantitativo total estimado para a contratação, contrato ou da ata de registro de preços.
respeitada a ordem de classificação, poderão ser § 3o O vencedor da licitação que não fi-
convocados tantos licitantes quantos forem zer a comprovação referida no § 2o ou quan-
necessários para alcançar o total estimado, do, injustificadamente, recusar-se a assinar o
observado o preço da proposta vencedora. contrato ou a ata de registro de preços,
§ 8o Os demais procedimentos referen- poderá ser convocado outro licitante, desde
tes ao sistema de registro de preços ficam que respeitada a ordem de classificação,
submetidos à norma específica que regula- para, após comprovados os requisitos habili-
menta o art. 15 da Lei no 8.666, de 1993. tatórios e feita a negociação, assinar o con-
§ 9o Constatado o atendimento às exi- trato ou a ata de registro de preços, sem
gências fixadas no edital, o licitante será prejuízo das multas previstas em edital e no
declarado vencedor. contrato e das demais cominações legais.
− 102/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.450, de 2005
o
§ 4 O prazo de validade das propostas VI - designação do pregoeiro e equipe de apoio;
será de sessenta dias, salvo disposição espe- VII - edital e respectivos anexos, quando
cífica do edital. for o caso;
Art. 28. Aquele que, convocado dentro do VIII - minuta do termo do contrato ou
prazo de validade de sua proposta, não assinar instrumento equivalente, ou minuta da ata
o contrato ou ata de registro de preços, deixar de registro de preços, conforme o caso;
de entregar documentação exigida no edital, IX - parecer jurídico;
apresentar documentação falsa, ensejar o X - documentação exigida para a habilitação;
retardamento da execução de seu objeto, não XI - ata contendo os seguintes registros:
mantiver a proposta, falhar ou fraudar na a) licitantes participantes;
execução do contrato, comportar-se de modo b) propostas apresentadas;
inidôneo, fizer declaração falsa ou cometer c) lances ofertados na ordem de classificação;
fraude fiscal, garantido o direito à ampla defe- d) aceitabilidade da proposta de preço;
sa, ficará impedido de licitar e de contratar e) habilitação; e
com a União, e será descredenciado no SICAF, f) recursos interpostos, respectivas aná-
pelo prazo de até cinco anos, sem prejuízo das lises e decisões;
multas previstas em edital e no contrato e das XII - comprovantes das publicações:
demais cominações legais. a) do aviso do edital;
Parágrafo único. As penalidades serão b) do resultado da licitação;
obrigatoriamente registradas no SICAF. c) do extrato do contrato; e
Art. 29. A autoridade competente para a- d) dos demais atos em que seja exigida a
provação do procedimento licitatório somente publicidade, conforme o caso.
poderá revogá-lo em face de razões de interes- § 1o O processo licitatório poderá ser
se público, por motivo de fato superveniente realizado por meio de sistema eletrônico,
devidamente comprovado, pertinente e sufici- sendo que os atos e documentos referidos
ente para justificar tal conduta, devendo anulá- neste artigo constantes dos arquivos e regis-
lo por ilegalidade, de ofício ou por provocação tros digitais serão válidos para todos os
de qualquer pessoa, mediante ato escrito e efeitos legais, inclusive para comprovação e
fundamentado. prestação de contas.
§ 1o A anulação do procedimento licita- § 2o Os arquivos e registros digitais, relati-
tório induz à do contrato ou da ata de regis- vos ao processo licitatório, deverão permanecer à
tro de preços. disposição das auditorias internas e externas.
§ 2o Os licitantes não terão direito à in- § 3o A ata será disponibilizada na inter-
denização em decorrência da anulação do net para acesso livre, imediatamente após o
procedimento licitatório, ressalvado o direi- encerramento da sessão pública.
to do contratado de boa-fé de ser ressarcido Art. 31. O Ministério do Planejamento,
pelos encargos que tiver suportado no cum- Orçamento e Gestão estabelecerá instruções
primento do contrato. complementares ao disposto neste Decreto.
Art. 30. O processo licitatório será ins- Art. 32. Este Decreto entra em vigor em
truído com os seguintes documentos: 1o de julho de 2005.
I - justificativa da contratação; Art. 33. Fica revogado o Decreto no
II - termo de referência; 3.697, de 21 de dezembro de 2000.
III - planilhas de custo, quando for o caso; Brasília, 31 de maio de 2005; 184o da
IV - previsão de recursos orçamentários, Independência e 117o da República.
com a indicação das respectivas rubricas; LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
V - autorização de abertura da licitação; Paulo Bernardo Silva

− 103/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.452, de 2005

DECRETO Nº 5.452, DE 1º DE JUNHO DE 2005.


Divulga o custo unitário dos cargos em comissão e
das funções gratificadas, aprova o quantitativo das
gratificações de que tratam o art. 20 da Lei no 8.216,
de l3 de agosto de l991, e o art. 29-B da Lei no 9.649,
de 27 de maio de 1998, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Ministérios e suas entidades vinculadas, na
no uso das atribuições que lhe confere o art. proposição de revisão de suas respectivas
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constitui- estruturas regimentais, deverão tomar como
ção, e tendo em vista o disposto nos arts. 20, referência, para cálculo da despesa, o custo
parágrafo único, da Lei no 8.216, de 13 de unitário efetivo expresso em DAS-Unitário,
agosto de 1991, e 29-B da Lei no 9.649, de constante do Anexo II a este Decreto.
27 de maio de 1998, Art. 3o Este Decreto entra em vigor na
DECRETA: data de sua publicação.
Art. 1o Fica aprovado o quantitativo das Art. 4o Ficam revogados os Decretos nos
gratificações de exercício de cargo de confi- 234, de 22 de outubro de 1991, 419, de 10 de
ança devidas a militares e das gratificações janeiro de 1992, 464, de 27 de fevereiro de
de representação, no âmbito do Ministério 1992, 596, de 7 de julho de 1992, e o Anexo II
da Defesa, dos órgãos da Presidência da do Decreto no 4.567, de 1o de janeiro de 2003.
República e da Vice-Presidência da Repú- Brasília, 1º de junho de 2005; 184o da
blica, na forma do Anexo I a este Decreto. Independência e 117o da República.
Art. 2o Os órgãos da Presidência da Re- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
pública, a Vice-Presidência da República, os Paulo Bernardo Silva

ANEXO I
GRATIFICAÇÕES DE EXERCÍCIO DE CARGO DE CONFIANÇA DEVIDA A MILITARES E
GRATIFICAÇÕES DE REPRESENTAÇÃO NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO DA DEFESA, DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E DA VICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
GRATIFICAÇÕES DE EXERCÍCIO DE CARGO DE CONFIANÇA DEVIDAS A MILITARES
NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO DA DEFESA
NÍVEL/ESPÉCIE QUANTIDADE
RMP - Grupo 1 (A) 17
RMP - Grupo 2 (B) 166
RMP - Grupo 5 (E) 48
TOTAL 231

GRATIFICAÇÕES DE REPRESENTAÇÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA


NÍVEL/ESPÉCIE QUANTIDADE
RMA-5 177
RMA-2 162
SUBTOTAL 339
GR-4 32
GR-3 29
GR-2 74
GR-1 48
SUBTOTAL 183
TOTAL 522

− 104/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.452, de 2005

GRATIFICAÇÕES DE EXERCÍCIO DE CARGO DE CONFIANÇA DEVIDAS A MILITARES


NO ÂMBITO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E DA VICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
NÍVEL/ESPÉCIE QUANTIDADE
RMP - Grupo 1 (A) 23
RMP - Grupo 2 (B) 46
RMP - Grupo 3 (C) 58
RMP - Grupo 4 (D) 67
RMP - Grupo 5 (E) 67
TOTAL 261

GRATIFICAÇÕES DE REPRESENTAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E DA VI-


CE- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
NÍVEL/ESPÉCIE QUANTIDADE
RGA-5/RMA-5 573
RGA-4/RMA-4 739
RGA-3/RMA-3 112
RGA-2/RMA-2 827
RGA-1/RMA-1 508
TOTAL 2.759
ANEXO II
(Redação dada pelo Decreto nº 6.133, de 2007)
QUADRO DE CUSTOS UNITÁRIOS DE REMUNERAÇÃO E QUANTITATIVO EQUIVA-
LENTE DE DAS-UNITÁRIO.
CÓDIGO CUSTO UNITÁRIO (R$) DAS-UNITÁRIO
Cargo de Natureza Especial 10.684,00 5,40
DAS 101.6 e 102.6 10.448,00 5,28
DAS 101.5 e 102.5 8.400,00 4,25
DAS 101.4 e 102.4 6.396,04 3,23
DAS 101.3 e 102.3 3.777,63 1,91
DAS 101.2 e 102.2 2.518,42 1,27
DAS 101.1 e 102.1 1.977,31 1,00
FG-1 393,47 0,20
FG-2 302,68 0,15
FG-3 232,81 0,12

CUSTO
GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DAS-UNITÁRIO
UNITÁRIO(R$)
Supervisor (V) 846,35 0,43
Assistente (IV) 755,70 0,38
Secretário (III) 662,90 0,34
Especialista (II) 566,56 0,29
Auxiliar (I) 472,18 0,24

− 105/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.452, de 2005

GRATIFICAÇÃO DE EXERCÍCIO DE CARGO EM


CUSTO
CONFIANÇA NOS ÓRGÃOS DA PRESIDÊNCIA DA DAS-UNITÁRIO
UNITÁRIO (R$)
REPÚBLICA, DEVIDA A MILITARES
Grupo 1 (A) 1.269,86 0,64
Grupo 2 (B) 1.154,10 0,58
Grupo 3 (C) 1.048,43 0,53
Grupo 4 (D) 952,81 0,48
Grupo 5 (E) 867,26 0,44
Grupo 6 (F) 788,26 0,40

GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DOS ÓR- CUSTO


DAS-UNITÁRIO
GÃOS INTEGRANTES DA PR UNITÁRIO (R$)
Auxiliar 327,86 0,17
Secretário/Especialista 393,47 0,20
Assistente 472,18 0,24
Supervisor 566,55 0,29

− 106/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.480, de 2005

DECRETO Nº 5.480, DE 30 DE JUNHO DE 2005.


Dispõe sobre o Sistema de Correição do Poder
Executivo Federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, § 4o A unidade de correição da Advo-
no uso das atribuições que lhe confere o art. cacia-Geral da União vincula-se tecnica-
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constitui- mente ao Sistema de Correição.278
ção, e tendo em vista o disposto nos arts. 47 Art. 3o A Comissão de Coordenação de
e 50 da Lei no 10.683, de 28 de maio de Correição, instância colegiada com funções
2003, e no art. 30 do Decreto-Lei no 200, de consultivas, com o objetivo de fomentar a
25 de fevereiro de 1967, integração e uniformizar entendimentos dos
DECRETA: órgãos e unidades que integram o Sistema
Art. 1o São organizadas sob a forma de de Correição, é composta:
sistema as atividades de correição do Poder I - pelo Ministro de Estado do Controle
Executivo Federal, a fim de promover sua e da Transparência, que a presidirá;
coordenação e harmonização. II - pelo Subcontrolador-Geral da Con-
§ 1o O Sistema de Correição do Poder troladoria-Geral da União;
Executivo Federal compreende as atividades III - pelos Corregedores do Órgão Cen-
relacionadas à prevenção e apuração de tral do Sistema;
irregularidades, no âmbito do Poder Execu- IV - por três titulares das unidades setoriais; e
tivo Federal, por meio da instauração e V - por três titulares das unidades seccionais.
condução de procedimentos correcionais. Parágrafo único. Os membros referidos
§ 2o A atividade de correição utilizará nos incisos IV e V serão designados pelo
como instrumentos a investigação prelimi- titular do Órgão Central do Sistema.
nar, a inspeção, a sindicância, o processo Art. 4o Compete ao Órgão Central do Sistema:
administrativo geral e o processo adminis- I - definir, padronizar, sistematizar e
trativo disciplinar. normatizar, mediante a edição de enuncia-
Art. 2o Integram o Sistema de Correição: dos e instruções, os procedimentos atinentes
I - a Controladoria-Geral da União, co- às atividades de correição;
mo Órgão Central do Sistema; II - aprimorar os procedimentos relati-
II - as unidades específicas de correição vos aos processos administrativos discipli-
para atuação junto aos Ministérios, como nares e sindicâncias;
unidades setoriais; III - gerir e exercer o controle técnico
III - as unidades específicas de correição das atividades desempenhadas pelas unida-
nos órgãos que compõem a estrutura dos Mi- des integrantes do Sistema de Correição;
nistérios, bem como de suas autarquias e fun- IV - coordenar as atividades que exijam
dações públicas, como unidades seccionais; e ações conjugadas das unidades integrantes
IV - a Comissão de Coordenação de do Sistema de Correição;
Correição de que trata o art. 3o. V - avaliar a execução dos procedimen-
§ 1o As unidades setoriais integram a tos relativos às atividades de correição;
estrutura da Controladoria-Geral da União e VI - definir procedimentos de integração
estão a ela subordinadas. de dados, especialmente no que se refere aos
§ 2o As unidades seccionais ficam sujei- resultados das sindicâncias e processos
tas à orientação normativa do Órgão Central administrativos disciplinares, bem como às
do Sistema e à supervisão técnica das res- penalidades aplicadas;
pectivas unidades setoriais. VII - propor medidas que visem a inibir,
§ 3o Caberá à Secretaria de Controle In- a reprimir e a diminuir a prática de faltas ou
terno da Casa Civil da Presidência da Repú-
blica exercer as atribuições de unidade 278
A “unidade de correição da Advocacia-Geral da União”
seccional de correição dos órgãos integran-
vem a ser a Corregedoria-Geral da Advocacia da União,
tes da Presidência da República e da Vice- órgão de direção superior da Instituição, diretamente subordi-
Presidência da República, com exceção da nada ao Advogado-Geral da União, nos termos do art. 2º, I, e,
Controladoria-Geral da União. e § 2º, da Lei Complementar nº 73, de 1993.
− 107/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.480, de 2005

irregularidades cometidas por servidores ção, sistematização e normatização dos


contra o patrimônio público; procedimentos operacionais atinentes à
VIII - instaurar ou avocar, a qualquer atividade de correição;
tempo, os processos administrativos e sindi- II - participar de atividades que exijam
câncias, em razão: ações conjugadas das unidades integrantes
a) da inexistência de condições objetivas do Sistema de Correição, com vistas ao
para sua realização no órgão de origem; aprimoramento do exercício das atividades
b) da complexidade e relevância da matéria; que lhes são comuns;
c) da autoridade envolvida; ou III - sugerir ao Órgão Central do Sistema
d) do envolvimento de servidores de procedimentos relativos ao aprimoramento das
mais de um órgão ou entidade; atividades relacionadas às sindicâncias e aos
IX - requisitar, em caráter irrecusável, ser- processos administrativos disciplinares;
vidores para compor comissões disciplinares; e IV - instaurar ou determinar a instaura-
X - realizar inspeções nas unidades de ção de procedimentos e processos discipli-
correição. nares, sem prejuízo de sua iniciativa pela
§ 1o Compete ao Ministro de Estado do autoridade a que se refere o art. 143 da Lei
Controle e da Transparência, quando constata- no 8.112, de 1990;
da a omissão da autoridade responsável, requi- V - manter registro atualizado da trami-
sitar a instauração de sindicância, procedimen- tação e resultado dos processos e expedien-
tos e processos administrativos, e avocar aque- tes em curso;
les já em curso, para corrigir-lhes o andamento, VI - encaminhar ao Órgão Central do Sis-
inclusive promovendo a aplicação da penali- tema dados consolidados e sistematizados,
dade administrativa cabível. relativos aos resultados das sindicâncias e
§ 2o Compete à Controladoria-Geral da processos administrativos disciplinares, bem
União, nas hipóteses do § 1o, instaurar sin- como à aplicação das penas respectivas;
dicância ou processo administrativo ou, VII - auxiliar o Órgão Central do Siste-
conforme o caso, representar ao Presidente ma na supervisão técnica das atividades
da República para apurar a omissão da desempenhadas pelas unidades integrantes
autoridade responsável. do Sistema de Correição;
§ 3o Incluem-se dentre os procedimen- VIII - prestar apoio ao Órgão Central do
tos e processos administrativos de instaura- Sistema na instituição e manutenção de
ção e avocação facultadas à Controladoria- informações, para o exercício das atividades
Geral da União aqueles objeto do Título V de correição; e
da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, IX - propor medidas ao Órgão Central
e do Capítulo V da Lei no 8.429, de 2 junho do Sistema visando à criação de condições
de 1992, assim como outros a ser desenvol- melhores e mais eficientes para o exercício
vidos, ou já em curso, em órgão ou entidade da atividade de correição.
da administração pública federal, desde que Art. 6o Compete à Comissão de Coor-
relacionados a lesão ou ameaça de lesão ao denação de Correição:
patrimônio público. I - realizar estudos e propor medidas que
§ 4o O julgamento dos processos e sindi- visem à promoção da integração operacional
câncias resultantes da instauração ou avocação do Sistema de Correição, para atuação de
prevista no inciso VIII do caput compete: forma harmônica, cooperativa, ágil e livre de
I - ao Ministro de Estado do Controle e vícios burocráticos e obstáculos operacionais;
da Transparência, nas hipóteses de demis- II - sugerir procedimentos para promo-
são, suspensão superior a trinta dias, cassa- ver a integração com outros órgãos de fisca-
ção de aposentadoria e destituição de cargo; e lização e auditoria;
II - aos corregedores do Órgão Central III - propor metodologias para uni-
do Sistema, nos demais casos. formização e aperfeiçoamento de proce-
Art. 5o Compete às unidades setoriais e dimentos relativos às atividades do Siste-
seccionais do Sistema de Correição: ma de Correição;
I - propor ao Órgão Central do Sistema IV - realizar análise e estudo de casos
medidas que visem a definição, padroniza- propostos pelo titular do Órgão Central do
− 108/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.480, de 2005

Sistema, com vistas à solução de problemas dois anos, se de modo diverso não estabele-
relacionados à lesão ou ameaça de lesão ao cer a legislação específica.
patrimônio público; e § 2o Ao servidor da administração pú-
V - outras atividades demandadas pelo blica federal em exercício em cargo ou
titular do Órgão Central do Sistema. função de corregedoria ou correição são
Art. 7o Para fins do disposto neste De- assegurados todos os direitos e vantagens a
creto, os Ministros de Estado encaminharão, que faça jus na respectiva carreira, conside-
ao Ministério do Planejamento, Orçamento e rando-se o período de desempenho das
Gestão, no prazo de trinta dias, a contar da atividades de que trata este Decreto, para
publicação deste Decreto, proposta de ade- todos os efeitos da vida funcional, como
quação de suas estruturas regimentais, sem efetivo exercício no cargo ou emprego que
aumento de despesas, com vistas a destinar ocupe no órgão ou entidade de origem.
um cargo em comissão do Grupo-Direção e § 3o A exigência contida no caput deste
Assessoramento Superiores - DAS, nível 4, artigo não se aplica aos titulares das unida-
para as respectivas unidades integrantes do des de correição em exercício na data de
Sistema de Correição. publicação deste Decreto.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades Art. 9o O regimento interno da Comis-
referidos neste Decreto darão o suporte são de Coordenação de Correição será apro-
administrativo necessário à instalação e ao vado pelo titular do Órgão Central do Sis-
funcionamento das unidades integrantes do tema, por proposta do colegiado.
Sistema de Correição. Art. 10. O Órgão Central do Sistema ex-
Art. 8o Os cargos dos titulares das uni- pedirá as normas regulamentares que se fize-
dades de correição são privativos de servi- rem necessárias ao funcionamento do Sistema
dores públicos ocupantes de cargo efetivo de de Correição do Poder Executivo Federal.
nível superior, que tenham, preferencial- Art. 11. Este Decreto entra em vigor na
mente, formação em Direito. data de sua publicação.
§ 1o Os titulares das unidades seccio- Brasília, 30 de junho de 2005; 184o da
nais terão sua indicação para o cargo subme- Independência e 117o da República.
tida à prévia apreciação do Órgão Central do LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Sistema e serão nomeados para mandato de Waldir Pires

− 109/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.483, de 2005

DECRETO Nº 5.483, DE 30 DE JUNHO DE 2005.


Regulamenta, no âmbito do Poder Executivo Fe-
deral, o art. 13 da Lei no 8.429, de 2 de junho de
1992, institui a sindicância patrimonial e dá ou-
tras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, ções previstas neste Decreto até cinco anos
no uso das atribuições que lhe confere o art. após a data em que o agente público deixar
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constitui- o cargo, emprego ou função.
ção, e tendo em vista o disposto na Lei no Art. 5o Será instaurado processo admi-
8.429, de 2 de junho de 1992, nistrativo disciplinar contra o agente público
DECRETA: que se recusar a apresentar declaração dos
Art. 1o A declaração dos bens e valores bens e valores na data própria, ou que a pres-
que integram o patrimônio privado de agente tar falsa, ficando sujeito à penalidade prevista
público, no âmbito do Poder Executivo Fede- no § 3o do art. 13 da Lei no 8.429, de 1992.
ral, bem como sua atualização, conforme Art. 6o Os órgãos de controle interno
previsto na Lei no 8.429, de 2 de junho de fiscalizarão o cumprimento da exigência de
1992, observarão as normas deste Decreto. entrega das declarações regulamentadas por
Art. 2o A posse e o exercício de agente este Decreto, a ser realizado pelo serviço de
público em cargo, emprego ou função da pessoal competente.
administração pública direta ou indireta Art. 7o A Controladoria-Geral da União,
ficam condicionados à apresentação, pelo no âmbito do Poder Executivo Federal, poderá
interessado, de declaração dos bens e valo- analisar, sempre que julgar necessário, a evo-
res que integram o seu patrimônio, bem lução patrimonial do agente público, a fim de
como os do cônjuge, companheiro, filhos ou verificar a compatibilidade desta com os recur-
outras pessoas que vivam sob a sua depen- sos e disponibilidades que compõem o seu
dência econômica, excluídos apenas os patrimônio, na forma prevista na Lei no 8.429,
objetos e utensílios de uso doméstico. de 1992, observadas as disposições especiais
Parágrafo único. A declaração de que trata da Lei no 8.730, de 10 de novembro de 1993.
este artigo compreenderá imóveis, móveis, Parágrafo único. Verificada a incompa-
semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer tibilidade patrimonial, na forma estabelecida
outra espécie de bens e valores patrimoniais no caput, a Controladoria-Geral da União
localizados no País ou no exterior. instaurará procedimento de sindicância
Art. 3o Os agentes públicos de que trata patrimonial ou requisitará sua instauração ao
este Decreto atualizarão, em formulário pró- órgão ou entidade competente.
prio, anualmente e no momento em que deixa- Art. 8o Ao tomar conhecimento de funda-
rem o cargo, emprego ou função, a declaração da notícia ou de indícios de enriquecimento
dos bens e valores, com a indicação da respec- ilícito, inclusive evolução patrimonial incom-
tiva variação patrimonial ocorrida. patível com os recursos e disponibilidades do
§ 1o A atualização anual de que trata o agente público, nos termos do art. 9o da Lei no
caput será realizada no prazo de até quinze 8.429, de 1992, a autoridade competente de-
dias após a data limite fixada pela Secretaria terminará a instauração de sindicância patri-
da Receita Federal do Ministério da Fazenda monial, destinada à apuração dos fatos.
para a apresentação da Declaração de Ajuste Parágrafo único. A sindicância patrimo-
Anual do Imposto de Renda Pessoa Física. nial de que trata este artigo será instaurada,
§ 2o O cumprimento do disposto no § 4o mediante portaria, pela autoridade competen-
do art. 13 da Lei no 8.429, de 1992, poderá, te ou pela Controladoria-Geral da União.
a critério do agente público, realizar-se Art. 9o A sindicância patrimonial constitu-
mediante autorização de acesso à declaração ir-se-á em procedimento sigiloso e meramente
anual apresentada à Secretaria da Receita investigatório, não tendo caráter punitivo.
Federal, com as respectivas retificações. § 1o O procedimento de sindicância pa-
Art. 4o O serviço de pessoal competente trimonial será conduzido por comissão
manterá arquivo das declarações e autoriza- composta por dois ou mais servidores ou
− 110/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.483, de 2005

empregados efetivos de órgãos ou entidades número de inscrição no Cadastro de Pessoas


da administração federal. Físicas e o exercício ao qual correspondem
§ 2o O prazo para conclusão do procedi- as mencionadas declarações.
mento de sindicância patrimonial será de trinta § 2o Caberá à Controladoria-Geral da U-
dias, contados da data da publicação do ato que nião adotar medidas que garantam a preserva-
constituir a comissão, podendo ser prorrogado, ção do sigilo das informações recebidas, relati-
por igual período ou por período inferior, pela vas à situação econômica ou financeira do
autoridade competente pela instauração, desde agente público ou de terceiros e à natureza e ao
que justificada a necessidade. estado de seus negócios ou atividades.
§ 3o Concluídos os trabalhos da sindi- Art. 12. Para a realização dos procedimen-
cância patrimonial, a comissão responsável tos previstos neste Decreto, poderão ser utili-
por sua condução fará relatório sobre os zados recursos de tecnologia da informação.
fatos apurados, opinando pelo seu arquiva- Art. 13. A Controladoria-Geral da Uni-
mento ou, se for o caso, por sua conversão ão e o Ministério do Planejamento, Orça-
em processo administrativo disciplinar. mento e Gestão expedirão, no prazo de
Art. 10. Concluído o procedimento de noventa dias, as instruções necessárias para
sindicância nos termos deste Decreto, dar-se- o cumprimento deste Decreto no âmbito do
á imediato conhecimento do fato ao Ministé- Poder Executivo Federal, salvo em relação
rio Público Federal, ao Tribunal de Contas da ao convênio a que se refere o art. 11.
União, à Controladoria-Geral da União, à Art. 14. Caberá aos titulares dos órgãos
Secretaria da Receita Federal e ao Conselho e entidades da administração pública federal
de Controle de Atividades Financeiras. direta ou indireta, sob pena de responsabili-
Art. 11. Nos termos e condições a se- dade, velar pela estrita observância do dis-
rem definidos em convênio, a Secretaria da posto neste Decreto.
Receita Federal poderá fornecer à Controla- Art. 15. Este Decreto entra em vigor na
doria-Geral da União, em meio eletrônico, data de sua publicação.
cópia da declaração anual do agente público Art. 16. Fica revogado o Decreto no 978,
que houver optado pelo cumprimento da de 10 de novembro de 1993.
obrigação, na forma prevista no § 2o do art. Brasília, 30 de junho de 2005; 184o da
3o deste Decreto. Independência e 117o da República.
§ 1o Compete à Controladoria-Geral da LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
União informar à Secretaria da Receita Murilo Portugal Filho
Federal o rol dos optantes, nos termos do § Paulo Bernardo Silva
2o do art. 3o deste Decreto, com o respectivo Waldir Pires

− 111/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.497, de 2005

DECRETO Nº 5.497, DE 21 DE JULHO DE 2005.


Dispõe sobre o provimento de cargos em comis-
são do Grupo-Direção e Assessoramento Superi-
ores - DAS, níveis 1 a 4, por servidores de carrei-
ra, no âmbito da administração pública federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, número fracionário de cargos, deverá ser consi-
no uso das atribuições que lhe confere o art. derado o número inteiro imediatamente superior.
84, incisos II e VI, alínea "a", da Constituição, § 6o O disposto neste Decreto não afasta a
DECRETA: aplicação de normas mais restritivas, inclusive
Art. 1o Serão ocupados exclusivamente por constantes de atos internos do órgão ou entida-
servidores de carreira os seguintes cargos em de, referentes à nomeação de não servidores de
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento carreira para cargos em comissão.
Superiores - DAS da administração pública Art. 2o Para os fins deste Decreto, con-
federal direta, autárquica e fundacional:279 sidera-se como servidor de carreira os servi-
I - setenta e cinco por cento dos cargos dores, ativos ou inativos, oriundos de órgão
em comissão DAS, níveis 1, 2 e 3; e ou entidade de qualquer dos Poderes da
II - cinqüenta por cento dos cargos em União, dos Estados, do Distrito Federal e
comissão DAS, nível 4. dos Municípios, suas empresas públicas e
§ 1o A partir da vigência deste decreto sociedades de economia mista, ocupante de
não serão providos cargos em comissão em cargo ou emprego permanente no qual
desacordo com o disposto no caput. ingressou mediante concurso público ou, se
§ 2o Caberá ao Ministério do Planeja- em data anterior a 5 de outubro de 1988,
mento, Orçamento e Gestão normatizar, mediante forma de provimento permitida
acompanhar e controlar o cumprimento dos pelo ordenamento da época de ingresso.
percentuais fixados no caput.
§ 3o Enquanto não for implementado Parágrafo único. O disposto no caput apli-
sistema informatizado de controle para essa ca-se ao militar das Forças Armadas, agregado
finalidade, a nomeação de não servidores de ou inativo, e ao militar do Distrito Federal.
carreira para os cargos referidos no caput Art. 3o Os órgãos, autarquias e fundações
será precedida de consulta ao Ministério do da administração pública federal deverão inclu-
Planejamento, Orçamento e Gestão. ir em seus planos de capacitação ações voltadas
§ 4o A nomeação de não servidores de car- à habilitação de seus servidores para o exercício
reira somente poderá ser efetivada mediante a de cargos de direção e assessoramento superio-
comprovação de que o percentual de cargos res, as quais terão, na forma do art. 9o da Lei no
providos por servidores de carreira, aferido para 7.834, de 6 de outubro de 1989, prioridade nos
o conjunto dos órgãos e entidades sujeitos ao programas de desenvolvimento de recursos
disposto no caput, é igual ou superior aos per- humanos na administração pública federal.
centuais ali estabelecidos na data da consulta. Parágrafo único. Caberá à Fundação Es-
§ 5o Na hipótese de o cômputo dos percen- cola Nacional de Administração Pública -
tuais de que tratam os incisos I e II resultar ENAP promover, elaborar e executar progra-
mas de capacitação para os fins do disposto no
caput, bem assim a coordenação e supervisão
279
dos programas de capacitação gerencial de
Ver a respeito o art. 14 da Lei nº 8.460, de 17.9.1992:
“Art. 14. Os dirigentes dos órgãos do Poder Execu-
pessoal civil executados pelas demais escolas
tivo deverão destinar, no mínimo, 50% (cinqüenta por de governo da administração pública federal.
cento) dos cargos de Direção e Assessoramento Superior Art. 4o Este Decreto entra em vigor na
de níveis DAS-1, DAS-2 e DAS-3 a ocupantes de cargo data de sua publicação.
efetivo lotados e em exercício nos respectivos órgãos.”
E o art. 12 da Lei nº 9.028, de 1993:
Brasília, 21 de julho de 2005; 184o da
“Art. 12. O disposto no art. 14 da Lei no 8.460, de 17 de Independência e 117o da República.
dezembro de 1992, não se aplica à escolha dos ocupantes LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
dos cargos em comissão da AGU, até que tenha sido organi- Paulo Bernardo Silva
zado seu quadro de cargos efetivos e regularmente investidos
os titulares de sessenta por cento destes.”
− 112/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.707, de 2006

DECRETO Nº 5.707, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2006.


Institui a Política e as Diretrizes para o Desen-
volvimento de Pessoal da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional, e regu-
lamenta dispositivos da Lei no 8.112, de 11 de de-
zembro de 1990.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Diretrizes
no uso das atribuições que lhe confere o art. Art. 3o São diretrizes da Política Nacio-
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constitui- nal de Desenvolvimento de Pessoal:
ção, e tendo em vista o disposto nos arts. 87 I - incentivar e apoiar o servidor público
e 102, incisos IV e VII, da Lei no 8.112, de em suas iniciativas de capacitação voltadas
11 de dezembro de 1990, para o desenvolvimento das competências
DECRETA: institucionais e individuais;
Objeto e Âmbito de Aplicação II - assegurar o acesso dos servidores a
Art. 1o Fica instituída a Política Nacional eventos de capacitação interna ou externa-
de Desenvolvimento de Pessoal, a ser imple- mente ao seu local de trabalho;
mentada pelos órgãos e entidades da adminis- III - promover a capacitação gerencial do
tração pública federal direta, autárquica e servidor e sua qualificação para o exercício de
fundacional, com as seguintes finalidades: atividades de direção e assessoramento;
I - melhoria da eficiência, eficácia e quali- IV - incentivar e apoiar as iniciativas de
dade dos serviços públicos prestados ao cidadão; capacitação promovidas pelas próprias
II - desenvolvimento permanente do instituições, mediante o aproveitamento de
servidor público; habilidades e conhecimentos de servidores
III - adequação das competências reque- de seu próprio quadro de pessoal;
ridas dos servidores aos objetivos das insti- V - estimular a participação do servidor
tuições, tendo como referência o plano em ações de educação continuada, entendida
plurianual; como a oferta regular de cursos para o apri-
IV - divulgação e gerenciamento das a- moramento profissional, ao longo de sua
ções de capacitação; e vida funcional;
V - racionalização e efetividade dos gas- VI - incentivar a inclusão das atividades
tos com capacitação. de capacitação como requisito para a pro-
Art. 2o Para os fins deste Decreto, en- moção funcional do servidor nas carreiras da
tende-se por: administração pública federal direta, autár-
I - capacitação: processo permanente e de- quica e fundacional, e assegurar a ele a
liberado de aprendizagem, com o propósito de participação nessas atividades;
contribuir para o desenvolvimento de compe- VII - considerar o resultado das ações de
tências institucionais por meio do desenvolvi- capacitação e a mensuração do desempenho
mento de competências individuais; do servidor complementares entre si;
II - gestão por competência: gestão da VIII - oferecer oportunidades de requali-
capacitação orientada para o desenvolvi- ficação aos servidores redistribuídos;
mento do conjunto de conhecimentos, habi- IX - oferecer e garantir cursos introdutó-
lidades e atitudes necessárias ao desempe- rios ou de formação, respeitadas as normas
nho das funções dos servidores, visando ao específicas aplicáveis a cada carreira ou
alcance dos objetivos da instituição; e cargo, aos servidores que ingressarem no
III - eventos de capacitação: cursos pre- setor público, inclusive àqueles sem vínculo
senciais e à distância, aprendizagem em efetivo com a administração pública;
serviço, grupos formais de estudos, inter- X - avaliar permanentemente os resulta-
câmbios, estágios, seminários e congressos, dos das ações de capacitação;
que contribuam para o desenvolvimento do XI - elaborar o plano anual de capacita-
servidor e que atendam aos interesses da ção da instituição, compreendendo as defi-
administração pública federal direta, autár- nições dos temas e as metodologias de
quica e fundacional. capacitação a serem implementadas;
− 113/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.707, de 2006

XII - promover entre os servidores ampla Parágrafo único. Caberá à ENAP pro-
divulgação das oportunidades de capacitação; e mover, elaborar e executar ações de capaci-
XIII - priorizar, no caso de eventos ex- tação para os fins do disposto no caput, bem
ternos de aprendizagem, os cursos ofertados assim a coordenação e supervisão dos pro-
pelas escolas de governo, favorecendo a gramas de capacitação gerencial de pessoal
articulação entre elas e visando à construção civil executados pelas demais escolas de
de sistema de escolas de governo da União, governo da administração pública federal
a ser coordenado pela Escola Nacional de direta, autárquica e fundacional.
Administração Pública - ENAP. Comitê Gestor
Parágrafo único. As instituições federais Art. 7o Fica criado o Comitê Gestor da
de ensino poderão ofertar cursos de capacita- Política Nacional de Desenvolvimento de
ção, previstos neste Decreto, mediante convê- Pessoal, com as seguintes competências:
nio com escolas de governo ou desde que I - avaliar os relatórios anuais dos ór-
reconhecidas, para tanto, em ato conjunto dos gãos e entidades, verificando se foram ob-
Ministros de Estado do Planejamento, Orça- servadas as diretrizes da Política Nacional
mento e Gestão e da Educação. de Desenvolvimento de Pessoal;
Escolas de Governo II - orientar os órgãos e entidades da
Art. 4o Para os fins deste Decreto, são administração pública federal direta, autár-
consideradas escolas de governo as instituições quica e fundacional na definição sobre a
destinadas, precipuamente, à formação e ao alocação de recursos para fins de capacita-
desenvolvimento de servidores públicos, ção de seus servidores;
incluídas na estrutura da administração pública III - promover a disseminação da Políti-
federal direta, autárquica e fundacional. ca Nacional de Desenvolvimento de Pessoal
Parágrafo único. As escolas de governo entre os dirigentes dos órgãos e das entida-
contribuirão para a identificação das neces- des, os titulares das unidades de recursos
sidades de capacitação dos órgãos e das humanos, os responsáveis pela capacitação,
entidades, que deverão ser consideradas na os servidores públicos federais e suas enti-
programação de suas atividades. dades representativas; e
Instrumentos IV - zelar pela observância do disposto
Art. 5o São instrumentos da Política neste Decreto.
Nacional de Desenvolvimento de Pessoal: Parágrafo único. No exercício de suas
I - plano anual de capacitação; competências, o Comitê Gestor deverá
II - relatório de execução do plano anual observar as orientações e diretrizes para
de capacitação; e implementação da Política Nacional de
III - sistema de gestão por competência. Desenvolvimento de Pessoal, fixadas pela
§ 1o Caberá à Secretaria de Gestão do Câmara de Políticas de Gestão Pública, de
Ministério do Planejamento, Orçamento e que trata o Decreto no 5.383, de 3 de
Gestão desenvolver e implementar o sistema março de 2005.
de gestão por competência. Art. 8o O Comitê Gestor da Política Na-
§ 2o Compete ao Ministro de Estado do cional de Desenvolvimento de Pessoal será
Planejamento, Orçamento e Gestão discipli- composto por representantes dos seguintes
nar os instrumentos da Política Nacional de órgãos e entidade do Ministério do Planeja-
Desenvolvimento de Pessoal. mento, Orçamento e Gestão, designados
Art. 6o Os órgãos e entidades da admi- pelo Ministro de Estado:
nistração pública federal direta, autárquica e I - Secretaria de Recursos Humanos, que
fundacional deverão incluir em seus planos o coordenará;
de capacitação ações voltadas à habilitação II - Secretaria de Gestão; e
de seus servidores para o exercício de car- III - ENAP.
gos de direção e assessoramento superiores, Parágrafo único. Compete à Secretaria
as quais terão, na forma do art. 9o da Lei no de Recursos Humanos do Ministério do
7.834, de 6 de outubro de 1989, prioridade Planejamento, Orçamento e Gestão:
nos programas de desenvolvimento de re- I - desenvolver mecanismos de incentivo
cursos humanos. à atuação de servidores dos órgãos e das
− 114/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.707, de 2006
o
entidades como facilitadores, instrutores e § 3 O órgão ou a entidade poderá cus-
multiplicadores em ações de capacitação; e tear a inscrição do servidor em ações de
II - prestar apoio técnico e administrati- capacitação durante a licença a que se refere
vo e os meios necessários à execução dos o caput deste artigo.
trabalhos do Comitê Gestor. § 4o A licença para capacitação poderá
Treinamento Regularmente Instituído ser utilizada integralmente para a elaboração
Art. 9o Considera-se treinamento regular- de dissertação de mestrado ou tese de douto-
mente instituído qualquer ação de capacitação rado, cujo objeto seja compatível com o
contemplada no art. 2o, inciso III, deste Decreto. plano anual de capacitação da instituição.
Parágrafo único. Somente serão autori- Reserva de Recursos
zados os afastamentos para treinamento Art. 11. Do total de recursos orçamentá-
regularmente instituído quando o horário do rios aprovados e destinados à capacitação, os
evento de capacitação inviabilizar o cum- órgãos e as entidades devem reservar o percen-
primento da jornada semanal de trabalho do tual fixado a cada biênio pelo Comitê Gestor
servidor, observados os seguintes prazos: para atendimento aos públicos-alvo e a conte-
I - até vinte e quatro meses, para mestrado; údos prioritários, ficando o restante para aten-
II - até quarenta e oito meses, para doutorado; dimento das necessidades específicas.
III - até doze meses, para pós-doutorado Disposição Transitória
ou especialização; e Art. 12. Os órgãos e entidades deverão
IV - até seis meses, para estágio. priorizar, nos dois primeiros anos de vigên-
Licença para Capacitação cia deste Decreto, a qualificação das unida-
Art. 10. Após cada qüinqüênio de efeti- des de recursos humanos, no intuito de
vo exercício, o servidor poderá solicitar ao instrumentalizá-las para a execução das
dirigente máximo do órgão ou da entidade ações de capacitação.
onde se encontrar em exercício licença Vigência
remunerada, por até três meses, para partici- Art. 13. Este Decreto entra em vigor na
par de ação de capacitação. data de sua publicação.
§ 1o A concessão da licença de que trata o ca- Revogação
put fica condicionada ao planejamento interno da Art. 14. Fica revogado o Decreto no
unidade organizacional, à oportunidade do afasta- 2.794, de 1o de outubro de 1998.
mento e à relevância do curso para a instituição. Brasília, 23 de fevereiro de 2006; 185o
§ 2o A licença para capacitação poderá da Independência e 118o da República.
ser parcelada, não podendo a menor parcela LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
ser inferior a trinta dias. Paulo Bernardo Silva

− 115/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.961, de 2006

DECRETO Nº 5.961, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006.


Institui o Sistema Integrado de Saúde Ocupacio-
nal do Servidor Público Federal - SISOSP.
O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS serviço, sobre os resultados de fiscalizações,
DEPUTADOS, no exercício do cargo de avaliações ambientais e exames de saúde e
Presidente da República, usando das sobre a saúde do servidor em geral.
atribuições que lhe conferem o art. 84, Art. 3o Integram o SISOSP os órgãos da
incisos II e VI, alínea “a”, da Constituição, administração pública federal direta,
DECRETA: autárquica e fundacional com atribuições
Art. 1o Fica instituído, no âmbito do administrativo-sanitárias na área de gestão
Sistema de Pessoal Civil da Administração de recursos humanos.
Federal - SIPEC, o Sistema Integrado de Saúde Art. 4o À Secretaria de Recursos
Ocupacional do Servidor Público Federal - Humanos do Ministério do Planejamento,
SISOSP, com a finalidade de uniformizar Orçamento e Gestão, como órgão central do
procedimentos administrativo-sanitários na SISOSP, compete:
área de gestão de recursos humanos e I - promover a implantação e
promover a saúde ocupacional do servidor. administração do sistema;
Art. 2o São atribuições do SISOSP: II - editar normas operacionais para a
I - realização de exames médico-periciais; uniformização e padronização de
II - realização de procedimentos procedimentos;
ambulatoriais relativos a doenças III - orientar e supervisionar os demais
ocupacionais; órgãos integrantes do sistema; e
III - gerenciamento dos prontuários IV - fiscalizar e controlar as atividades
médicos de saúde ocupacional dos desenvolvidas no âmbito do sistema.
servidores; Art. 5o Poderão ser realizadas parcerias,
IV - assistência ao servidor acidentado mediante contrato ou convênio, com órgãos
em serviço, portador ou com suspeita de e entidades da União, Estados e Municípios
doença relacionada ao serviço, bem como ou organizações particulares para
àquele que necessite de reabilitação ou desenvolver as atividades atribuídas ao
readaptação funcional; SISOSP.
V - controle dos riscos e agravos à saúde Parágrafo único. Para fins da instituição
nos processos e ambientes de trabalho; das parcerias de que trata o caput, deverá ser
VI - avaliação da salubridade e da observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 230
periculosidade dos ambientes e postos de da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
trabalho; Art. 6o Os órgãos e entidades da
VII - emissão de laudos de avaliação administração pública ou organizações
ambiental e de concessão de adicionais; particulares, contratados ou conveniados,
VIII - realização de estudos, pesquisas e desenvolverão suas atividades em área
avaliações dos riscos e agravos à saúde nos geográfica específica, atuando como
processos e ambientes de trabalho; coordenadores regionais do sistema.
IX - elaboração do Programa de Parágrafo único. O coordenador regional
Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; responsável pela atividade de perícia médica
X - elaboração do Programa de Controle atuará na condição de perícia médica oficial,
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO; que passará a ser a única válida para a
XI - avaliação do impacto dos modos de administração pública federal direta, autárquica
organização do serviço e das tecnologias na saúde e fundacional, na área de abrangência
do servidor, inclusive análise de projetos de geográfica definida no convênio ou contrato.
edificações, equipamentos, máquinas e produtos; e Art. 7o Ao coordenador regional do
XII - produção, sistematização, SISOSP compete:
consolidação, acompanhamento, análise e I - administrar e organizar o sistema em
divulgação de informações sobre os riscos sua área geográfica específica;
de acidentes e doenças relacionadas ao II - proporcionar ao servidor de sua área
− 116/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 5.961, de 2006

geográfica, o acesso à assistência à saúde SISOSP por meio de convênio.


ocupacional integral com eficiência e eficácia; Art. 10. Compete à Secretaria de
III - administrar os recursos destinados à Recursos Humanos do Ministério do
manutenção do serviço; Planejamento, Orçamento e Gestão
IV - aplicar as normas do sistema; e supervisionar os convênios celebrados na
V - manter o órgão central do SISOSP forma do art. 5o e expedir as normas
atualizado em relação às informações complementares à execução deste Decreto.
administrativo-sanitárias decorrentes da aplicação Art. 11. Até que as atribuições do
do sistema. SISOSP sejam efetivamente
Art. 8o Os servidores públicos que implementadas, permanecem válidos os
desempenham as atividades previstas no art. procedimentos administrativo-sanitários
2o deverão, a critério do órgão central do atualmente aplicados no âmbito do Poder
sistema e ouvida a respectiva coordenação Executivo Federal, bem como aqueles que
regional, exercer suas atividades em área porventura sejam implantados como
física determinada para tal fim, mantido o forma de transição de modelos.
vínculo com a unidade de origem. Art. 12. Este Decreto entra em vigor na
Parágrafo único. As atividades do data de sua publicação.
SISOSP somente poderão ser exercidas por Brasília, 14 de novembro de 2006; 185o
servidores cadastrados no sistema. da Independência e 118o da República.
Art. 9o Fica facultada aos outros ALDO REBELO
poderes e entes da federação a adesão ao João Bernardo de Azevedo Bringel

− 117/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.029, de 2007

DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007.


Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Exe-
cutivo Federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 4o À CEP compete:
no uso da atribuição que lhe confere o art. I - atuar como instância consultiva do
84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, Presidente da República e Ministros de
DECRETA: Estado em matéria de ética pública;
Art. 1o Fica instituído o Sistema de II - administrar a aplicação do Código
Gestão da Ética do Poder Executivo Federal de Conduta da Alta Administração Federal,
com a finalidade de promover atividades devendo:
que dispõem sobre a conduta ética no âmbi- a) submeter ao Presidente da República
to do Executivo Federal, competindo-lhe: medidas para seu aprimoramento;
I - integrar os órgãos, programas e ações b) dirimir dúvidas a respeito de interpre-
relacionadas com a ética pública; tação de suas normas, deliberando sobre
II - contribuir para a implementação de po- casos omissos;
líticas públicas tendo a transparência e o acesso c) apurar, mediante denúncia, ou de ofí-
à informação como instrumentos fundamentais cio, condutas em desacordo com as normas
para o exercício de gestão da ética pública; nele previstas, quando praticadas pelas
III - promover, com apoio dos segmentos autoridades a ele submetidas;
pertinentes, a compatibilização e interação de III - dirimir dúvidas de interpretação so-
normas, procedimentos técnicos e de gestão bre as normas do Código de Ética Profissio-
relativos à ética pública; nal do Servidor Público Civil do Poder
IV - articular ações com vistas a estabe- Executivo Federal de que trata o Decreto no
lecer e efetivar procedimentos de incentivo e 1.171, de 1994;º
incremento ao desempenho institucional na IV - coordenar, avaliar e supervisionar o
gestão da ética pública do Estado brasileiro. Sistema de Gestão da Ética Pública do
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Poder Executivo Federal;
Ética do Poder Executivo Federal: V - aprovar o seu regimento interno; e
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, ins- VI - escolher o seu Presidente.
tituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999; Parágrafo único. A CEP contará com uma
II - as Comissões de Ética de que trata o Secretaria-Executiva, vinculada à Casa Civil da
Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; e Presidência da República, à qual competirá
III - as demais Comissões de Ética e e- prestar o apoio técnico e administrativo aos
quivalentes nas entidades e órgãos do Poder trabalhos da Comissão.
Executivo Federal. Art. 5o Cada Comissão de Ética de que tra-
Art. 3o A CEP será integrada por sete ta o Decreto nº 1171, de 1994, será integrada por
brasileiros que preencham os requisitos de três membros titulares e três suplentes, escolhi-
idoneidade moral, reputação ilibada e notó- dos entre servidores e empregados do seu qua-
ria experiência em administração pública, dro permanente, e designados pelo dirigente
designados pelo Presidente da República, máximo da respectiva entidade ou órgão, para
para mandatos de três anos, não coinciden- mandatos não coincidentes de três anos.
tes, permitida uma única recondução. Art. 6o É dever do titular de entidade ou
§ 1o A atuação no âmbito da CEP não órgão da Administração Pública Federal,
enseja qualquer remuneração para seus direta e indireta:
membros e os trabalhos nela desenvolvidos I - assegurar as condições de trabalho para
são considerados prestação de relevante que as Comissões de Ética cumpram suas
serviço público. funções, inclusive para que do exercício das
§ 2o O Presidente terá o voto de quali- atribuições de seus integrantes não lhes resulte
dade nas deliberações da Comissão. qualquer prejuízo ou dano;
§ 3o Os mandatos dos primeiros mem- II - conduzir em seu âmbito a avaliação
bros serão de um, dois e três anos, estabele- da gestão da ética conforme processo coor-
cidos no decreto de designação. denado pela Comissão de Ética Pública.

− 118/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.029, de 2007
o
Art. 7 Compete às Comissões de Ética Art. 9o Fica constituída a Rede de Ética
de que tratam os incisos II e III do art. 2o: do Poder Executivo Federal, integrada pelos
I - atuar como instância consultiva de di- representantes das Comissões de Ética de
rigentes e servidores no âmbito de seu res- que tratam os incisos I, II e III do art. 2o,
pectivo órgão ou entidade; com o objetivo de promover a cooperação
II - aplicar o Código de Ética Profissio- técnica e a avaliação em gestão da ética.
nal do Servidor Público Civil do Poder Parágrafo único. Os integrantes da Rede
Executivo Federal, aprovado pelo Decreto de Ética se reunirão sob a coordenação da
1.171, de 1994, devendo: Comissão de Ética Pública, pelo menos uma
a) submeter à Comissão de Ética Pública vez por ano, em fórum específico, para
propostas para seu aperfeiçoamento; avaliar o programa e as ações para a promo-
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação ção da ética na administração pública.
de suas normas e deliberar sobre casos omissos; Art. 10. Os trabalhos da CEP e das de-
c) apurar, mediante denúncia ou de ofí- mais Comissões de Ética devem ser desen-
cio, conduta em desacordo com as normas volvidos com celeridade e observância dos
éticas pertinentes; e seguintes princípios:
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no I - proteção à honra e à imagem da pes-
âmbito do órgão ou entidade a que estiver soa investigada;
vinculada, o desenvolvimento de ações objeti- II - proteção à identidade do denuncian-
vando a disseminação, capacitação e treina- te, que deverá ser mantida sob reserva, se
mento sobre as normas de ética e disciplina; este assim o desejar; e
III - representar a respectiva entidade ou III - independência e imparcialidade dos
órgão na Rede de Ética do Poder Executivo seus membros na apuração dos fatos, com as
Federal a que se refere o art. 9o; e garantias asseguradas neste Decreto.
IV - supervisionar a observância do Códi- Art. 11. Qualquer cidadão, agente pú-
go de Conduta da Alta Administração Federal blico, pessoa jurídica de direito privado,
e comunicar à CEP situações que possam associação ou entidade de classe poderá
configurar descumprimento de suas normas. provocar a atuação da CEP ou de Comissão
§ 1o Cada Comissão de Ética contará de Ética, visando à apuração de infração
com uma Secretaria-Executiva, vinculada ética imputada a agente público, órgão ou
administrativamente à instância máxima da setor específico de ente estatal.
entidade ou órgão, para cumprir plano de Parágrafo único. Entende-se por agente
trabalho por ela aprovado e prover o apoio público, para os fins deste Decreto, todo
técnico e material necessário ao cumprimen- aquele que, por força de lei, contrato ou
to das suas atribuições. qualquer ato jurídico, preste serviços de
§ 2o As Secretarias-Executivas das Co- natureza permanente, temporária, excepcio-
missões de Ética serão chefiadas por servi- nal ou eventual, ainda que sem retribuição
dor ou empregado do quadro permanente da financeira, a órgão ou entidade da adminis-
entidade ou órgão, ocupante de cargo de tração pública federal, direta e indireta.
direção compatível com sua estrutura, alo- Art. 12. O processo de apuração de
cado sem aumento de despesas. prática de ato em desrespeito ao preceitua-
Art. 8o Compete às instâncias superio- do no Código de Conduta da Alta Adminis-
res dos órgãos e entidades do Poder Execu- tração Federal e no Código de Ética Profis-
tivo Federal, abrangendo a administração sional do Servidor Público Civil do Poder
direta e indireta: Executivo Federal será instaurado, de
I - observar e fazer observar as normas ofício ou em razão de denúncia fundamen-
de ética e disciplina; tada, respeitando-se, sempre, as garantias
II - constituir Comissão de Ética; do contraditório e da ampla defesa, pela
III - garantir os recursos humanos, mate- Comissão de Ética Pública ou Comissões
riais e financeiros para que a Comissão de Ética de que tratam o incisos II e III do
cumpra com suas atribuições; e art. 2º, conforme o caso, que notificará o
IV - atender com prioridade às solicita- investigado para manifestar-se, por escrito,
ções da CEP. no prazo de dez dias.
− 119/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.029, de 2007
o
§ 1 O investigado poderá produzir pro- para que tais documentos sejam desentra-
va documental necessária à sua defesa. nhados dos autos, lacrados e acautelados.
§ 2o As Comissões de Ética poderão re- Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sen-
quisitar os documentos que entenderem do investigada é assegurado o direito de saber
necessários à instrução probatória e, tam- o que lhe está sendo imputado, de conhecer o
bém, promover diligências e solicitar pare- teor da acusação e de ter vista dos autos, no
cer de especialista. recinto das Comissões de Ética, mesmo que
§ 3o Na hipótese de serem juntados aos ainda não tenha sido notificada da existência
autos da investigação, após a manifestação do procedimento investigatório.
referida no caput deste artigo, novos elemen- Parágrafo único. O direito assegurado
tos de prova, o investigado será notificado para neste artigo inclui o de obter cópia dos autos
nova manifestação, no prazo de dez dias. e de certidão do seu teor.
§ 4o Concluída a instrução processual, Art. 15. Todo ato de posse, investidura em
as Comissões de Ética proferirão decisão função pública ou celebração de contrato de
conclusiva e fundamentada. trabalho, dos agentes públicos referidos no
§ 5o Se a conclusão for pela existência de parágrafo único do art. 11, deverá ser acompa-
falta ética, além das providências previstas no nhado da prestação de compromisso solene de
Código de Conduta da Alta Administração acatamento e observância das regras estabele-
Federal e no Código de Ética Profissional do cidas pelo Código de Conduta da Alta Admi-
Servidor Público Civil do Poder Executivo nistração Federal, pelo Código de Ética Profis-
Federal, as Comissões de Ética tomarão as sional do Servidor Público Civil do Poder
seguintes providências, no que couber: Executivo Federal e pelo Código de Ética do
I - encaminhamento de sugestão de exone- órgão ou entidade, conforme o caso.
ração de cargo ou função de confiança à auto- Parágrafo único . A posse em cargo ou
ridade hierarquicamente superior ou devolução função pública que submeta a autoridade às
ao órgão de origem, conforme o caso; normas do Código de Conduta da Alta
II -- encaminhamento, conforme o caso, Administração Federal deve ser precedida
para a Controladoria-Geral da União ou unida- de consulta da autoridade à Comissão de
de específica do Sistema de Correição do Ética Pública acerca de situação que possa
Poder Executivo Federal de que trata o Decreto suscitar conflito de interesses.
nº 5.480, de 30 de junho de 2005, para exame Art. 16. As Comissões de Ética não po-
de eventuais transgressões disciplinares; e derão escusar-se de proferir decisão sobre
III - recomendação de abertura de pro- matéria de sua competência alegando omis-
cedimento administrativo, se a gravidade da são do Código de Conduta da Alta Adminis-
conduta assim o exigir. tração Federal, do Código de Ética Profis-
Art. 13. Será mantido com a chancela de sional do Servidor Público Civil do Poder
“reservado”, até que esteja concluído, qualquer Executivo Federal ou do Código de Ética do
procedimento instaurado para apuração de órgão ou entidade, que, se existente, será
prática em desrespeito às normas éticas. suprida pela analogia e invocação aos prin-
§ 1o Concluída a investigação e após a cípios da legalidade, impessoalidade, mora-
deliberação da CEP ou da Comissão de lidade, publicidade e eficiência.
Ética do órgão ou entidade, os autos do § 1o Havendo dúvida quanto à legalida-
procedimento deixarão de ser reservados. de, a Comissão de Ética competente deverá
§ 2o Na hipótese de os autos estarem ouvir previamente a área jurídica do órgão
instruídos com documento acobertado por ou entidade.
sigilo legal, o acesso a esse tipo de docu- § 2o Cumpre à CEP responder a consultas
mento somente será permitido a quem deti- sobre aspectos éticos que lhe forem dirigidas
ver igual direito perante o órgão ou entidade pelas demais Comissões de Ética e pelos
originariamente encarregado da sua guarda. órgãos e entidades que integram o Executivo
§ 3o Para resguardar o sigilo de docu- Federal, bem como pelos cidadãos e servidores
mentos que assim devam ser mantidos, as que venham a ser indicados para ocupar cargo
Comissões de Ética, depois de concluído o ou função abrangida pelo Código de Conduta
processo de investigação, providenciarão da Alta Administração Federal.
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LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.029, de 2007

Art. 17. As Comissões de Ética, sempre incisos II e III do art. 2o e de suas próprias
que constatarem a possível ocorrência de sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou
ilícitos penais, civis, de improbidade adminis- entidades da administração pública federal, em
trativa ou de infração disciplinar, encaminha- casos de nomeação para cargo em comissão ou
rão cópia dos autos às autoridades competentes de alta relevância pública.
para apuração de tais fatos, sem prejuízo das Parágrafo único. O banco de dados referi-
medidas de sua competência. do neste artigo engloba as sanções aplicadas a
Art. 18. As decisões das Comissões de É- qualquer dos agentes públicos mencionados no
tica, na análise de qualquer fato ou ato subme- parágrafo único do art. 11 deste Decreto.
tido à sua apreciação ou por ela levantado, Art. 23. Os representantes das Comissões
serão resumidas em ementa e, com a omissão de Ética de que tratam os incisos II e III do art.
dos nomes dos investigados, divulgadas no 2o atuarão como elementos de ligação com a
sítio do próprio órgão, bem como remetidas à CEP, que disporá em Resolução própria sobre
Comissão de Ética Pública. as atividades que deverão desenvolver para o
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de cumprimento desse mister.
Ética de que tratam os incisos II e III do art. Art. 24. As normas do Código de Con-
2o são considerados relevantes e têm priori- duta da Alta Administração Federal, do
dade sobre as atribuições próprias dos car- Código de Ética Profissional do Servidor
gos dos seus membros, quando estes não Público Civil do Poder Executivo Federal e
atuarem com exclusividade na Comissão. do Código de Ética do órgão ou entidade
Art. 20. Os órgãos e entidades da Adminis- aplicam-se, no que couber, às autoridades e
tração Pública Federal darão tratamento priori- agentes públicos neles referidos, mesmo
tário às solicitações de documentos necessários quando em gozo de licença.
à instrução dos procedimentos de investigação Art. 25. Ficam revogados os incisos
instaurados pelas Comissões de Ética . XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV do
§ 1o Na hipótese de haver inobservância Código de Ética Profissional do Servidor
do dever funcional previsto no caput, a Público Civil do Poder Executivo Federal,
Comissão de Ética adotará as providências aprovado pelo Decreto no 1.171, de 22 de
previstas no inciso III do § 5o do art. 12. junho de 1994, os arts. 2o e 3o do Decreto de
§ 2o As autoridades competentes não po- 26 de maio de 1999, que cria a Comissão de
derão alegar sigilo para deixar de prestar in- Ética Pública, e os Decretos de 30 de agosto
formação solicitada pelas Comissões de Ética. de 2000 e de 18 de maio de 2001, que dis-
Art. 21. A infração de natureza ética co- põem sobre a Comissão de Ética Pública.
metida por membro de Comissão de Ética de Art. 26. Este Decreto entra em vigor na
que tratam os incisos II e III do art. 2o será data da sua publicação.
apurada pela Comissão de Ética Pública. Brasília, 1º de fevereiro de 2007; 186o
Art. 22. A Comissão de Ética Pública da Independência e 119o da República.
manterá banco de dados de sanções aplicadas LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
pelas Comissões de Ética de que tratam os Dilma Rousseff

− 121/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.114, de 2007

DECRETO Nº 6.114, DE 15 DE MAIO DE 2007.


Regulamenta o pagamento da Gratificação por En-
cargo de Curso ou Concurso de que trata o art. 76-
A da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, § 1o O Ministério do Planejamento, Or-
no uso da atribuição que lhe confere o art. çamento e Gestão divulgará o valor do
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em maior vencimento básico da administração
vista o disposto no art. 76-A da Lei no 8.112, pública federal para fins de cálculo do valor
de 11 de dezembro de 1990, a ser pago a título de Gratificação por En-
DECRETA: cargo de Curso ou Concurso.
Art. 1o A Gratificação por Encargo de § 2o O valor a ser pago será definido le-
Curso ou Concurso, de que trata o art. 76-A vando-se em consideração a natureza e a
da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, complexidade da atividade, a formação aca-
fica regulamentada por este Decreto. dêmica, a experiência comprovada ou outros
Art. 2o A Gratificação é devida ao ser- critérios estabelecidos pelo órgão ou entidade.
vidor pelo desempenho eventual de ativida- Art. 4o Para fins de desempenho das a-
des de: tividades de que tratam os incisos I e II do
I - instrutoria em curso de formação, ou art. 2o, deverá o servidor possuir formação
instrutoria em curso de desenvolvimento ou acadêmica compatível ou comprovada
de treinamento para servidores, regularmen- experiência profissional na área de atuação a
te instituído no âmbito da administração que se propuser.
pública federal; Art. 5o O valor da Gratificação será a-
II - banca examinadora ou de comissão purado pela instituição executora no mês de
para exames orais, análise curricular, corre- realização da atividade e informado, até o
ção de provas discursivas, elaboração de quinto dia útil do mês seguinte, ao sistema
questões de provas ou para julgamento de utilizado para processamento da folha de
recursos intentados por candidatos; pagamento.
III - logística de preparação e de realiza- Art. 6o A retribuição do servidor que
ção de curso, concurso público ou exame executar atividades inerentes a cursos, con-
vestibular, envolvendo atividades de plane- cursos públicos ou exames vestibulares não
jamento, coordenação, supervisão, execução poderá ser superior ao equivalente a cento e
e avaliação de resultado, quando tais ativi- vinte horas de trabalho anuais, ressalvada
dades não estiverem incluídas entre as suas situação de excepcionalidade, devidamente
atribuições permanentes; e justificada e previamente aprovada pela
IV - aplicação, fiscalização ou avaliação autoridade máxima do órgão ou entidade
de provas de exame vestibular ou de concur- executora, que poderá autorizar o acréscimo
so público ou supervisão dessas atividades. de até cento e vinte horas de trabalho anuais.
§ 1o Considera-se como atividade de § 1o O órgão central do Sistema de Pes-
instrutoria, para fins do disposto no inciso I soal Civil da Administração Federal -
do caput, ministrar aulas, realizar atividades SIPEC implantará sistema de controle de
de coordenação pedagógica e técnica não horas de trabalho por servidor, com vistas ao
enquadráveis nos incisos II, III e IV, elaborar controle do pagamento da Gratificação.
material didático e atuar em atividades simi- § 2o Até que seja implementado sistema
lares ou equivalentes em outros eventos de de controle das horas trabalhadas, previamente
capacitação, presenciais ou a distância. à aceitação para exercer a atividade definida no
§ 2o A Gratificação não será devida pela art. 2o, o servidor deverá assinar declaração,
realização de treinamentos em serviço ou por conforme Anexo II deste Decreto.
eventos de disseminação de conteúdos relativos Art. 7o Cabe aos órgãos ou entidades
às competências das unidades organizacionais. executoras:
Art. 3o A Gratificação será paga ao ser- I - elaborar tabela de valores da Gratifi-
vidor por hora trabalhada, conforme limites cação, observadas as disposições e critérios
estabelecidos no Anexo I deste Decreto. estabelecidos nos arts. 3o e 4o;
− 122/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.029, de 2007

II - selecionar os servidores observando durante a jornada de trabalho, deverão ser


os critérios estabelecidos; compensadas no prazo de até um ano.
III - solicitar a liberação do servidor ao diri- Art. 9o O pagamento da Gratificação
gente máximo do órgão ou entidade de exercí- deverá ser efetuado por meio do sistema
cio, ou a quem o dirigente delegar, quando a utilizado para processamento da folha de
realização das atividades de que trata este Decre- pagamento de pessoal.
to ocorrerem durante o horário de trabalho; e Parágrafo único. Na impossibilidade de
IV - efetuar o pagamento da Gratifica- processamento do pagamento da Gratificação
ção relativa às horas trabalhadas. na forma estabelecida no caput, será admitido
Parágrafo único. O órgão ou entidade o pagamento por meio de ordem bancária pelo
de exercício do servidor providenciará a Sistema Integrado de Administração Financei-
guarda da documentação nos seus assenta- ra do Governo Federal - SIAFI.
mentos funcionais e, quando se tratar de Art. 10. Este Decreto entra em vigor na
servidor cedido ou requisitado, encaminhará data de sua publicação.
cópia ao órgão ou entidade de origem. Brasília, 15 de maio de 2007; 186o da
Art. 8o As horas trabalhadas em atividades Independência e 119o da República.
inerentes a cursos, concursos públicos ou LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
exames vestibulares, quando desempenhadas Paulo Bernardo Silva

ANEXO I
TABELAS DE PERCENTUAIS MÁXIMOS DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO POR
HORA TRABALHADA, INCIDENTES SOBRE O MAIOR VENCIMENTO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
a) Instrutoria em curso de formação, ou instrutoria em cursos de desenvolvimento ou de treinamento para servido-
res, regularmente instituído no âmbito da administração pública federal.
PERCENTUAIS MÁXIMOS
ATIVIDADE
POR HORA TRABALHADA
Instrutoria em curso de formação de carreiras Até 2,20
Instrutoria em curso de desenvolvimento e aperfeiçoamento Até 2,20
Instrutoria em curso de treinamento Até 1,45
Tutoria em curso a distância Até 1,45
Instrutoria em curso gerencial Até 2,20
Instrutoria em curso de pós-graduação Até 2,20
Orientação de monografia Até 2,20
Instrutoria em curso de educação de jovens e adultos Até 0,75
Coordenação técnica e pedagógica Até 1,45
Elaboração de material didático Até 1,45
Elaboração de material multimídia para curso a distância Até 2,20
Atividade de conferencista e de palestrante em evento de capacitação Até 2,20
b) Banca examinadora ou de comissão para exames orais, análise curricular, correção de provas discursivas,
elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos.
PERCENTUAIS MÁXIMOS
ATIVIDADE
POR HORA TRABALHADA
Exame oral Até 2,05
Análise curricular Até 1,20
Correção de prova discursiva Até 2,20
Elaboração de questão de prova Até 2,20
Julgamento de recurso Até 2,20
Prova prática Até 1,75

− 123/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.029, de 2007

Análise crítica de questão de prova Até 2,20


Julgamento de concurso de monografia Até 2,20
c) Logística de preparação e de realização de curso, concurso público ou exame vestibular - planejamento,
coordenação, supervisão e execução.
PERCENTUAIS MÁXIMOS
ATIVIDADE
POR HORA TRABALHADA
Planejamento Até 1,20
Coordenação Até 1,20
Supervisão Até 0,90
Execução Até 0,75
d) Aplicação, fiscalização ou supervisão de provas de exame vestibular ou de concurso público.
PERCENTUAIS MÁXIMOS
ATIVIDADE
POR HORA TRABALHADA
Aplicação Até 0,45
Fiscalização Até 0,90
Supervisão Até 1,20
ANEXO II
DECLARAÇÃO DE EXECUÇÃO DE ATIVIDADES
Pela presente DECLARAÇÃO DE EXECUÇÃO DE ATIVIDADES, eu _________________________________
________________________________________________________________________________________,
(nome completo)
matrícula SIAPE no _______________, ocupante do cargo de _______________________________________
_________________________________________________________________________________________
(denominação, código, etc.)
do Quadro de Pessoal do ____________________________________________, em exercício na (o) _______
___________________________________________________________, declaro ter participado, no ano em
curso, das seguintes atividades relacionadas a curso, concurso público ou exame vestibular, previstas no art.
76-A da Lei no 8.112, de 1990, e no Decreto no , de 2007:

Atividades Instituição Horas trabalhadas

TOTAL DE HORAS TRABALHADAS NO ANO EM CURSO


Declaro, sob minha inteira responsabilidade, serem exatas e verdadeiras as informações aqui prestadas, sob
pena de responsabilidades administrativa, civil e penal.
Brasília, _____ de ________________ de _______.
______________________________________
Assinatura do servidor

− 124/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.129, de 2007

DECRETO Nº 6.129, DE 20 DE JUNHO DE 2007.


Dispõe sobre a vinculação das entidades integran-
tes da administração pública federal indireta.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Art. 2o Este Decreto entra em vigor na
no uso da atribuição que lhe confere o data de sua publicação.
art. 84, inciso VI, alínea “a” da Consti- Art. 3o Ficam revogados:
tuição, I - o Decreto no 4.566, de 1o de janeiro
DECRETA: de 2003; e
Art. 1o A vinculação das autarquias, II - o art. 11 do Decreto no 4.858, de 13
fundações, empresas públicas e sociedades de outubro de 2003.
de economia mista aos Ministérios e a ou- Brasília, 20 de junho de 2007; 186o da
tros órgãos da administração pública federal Independência e 119o da República.
fica estabelecida na forma do Anexo a este LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Decreto. João Bernardo de Azevedo Bringel

ANEXO
I - Casa Civil da Presidência da República:
Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI;
II - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República:
RADIOBRÁS - Empresa Brasileira de Comunicação S.A;
III - Secretaria Especial de Portos da Presidência da República:
a) Companhia Docas do Ceará - CDC;
b) Companhia Docas do Espírito Santo - CODESA;
c) Companhia das Docas do Estado da Bahia - CODEBA;
d) Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP;
e) Companhia Docas do Pará - CDP;
f) Companhia Docas do Rio Grande do Norte - CODERN; e
g) Companhia Docas do Rio de Janeiro - CDRJ;
IV - Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República:
Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA; (NR) (Redação dada pelo Decreto
nº 6.217, de 4.10.2007)
V - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
a) Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A. - CEASA/MG;
b) Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais - CASEMG;
c) Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - CEAGESP;
d) Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB; e
e) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA;
VI - Ministério das Cidades:
a) Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU; e
b) Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. - TRENSURB;
VII - Ministério da Ciência e Tecnologia:
a) Agência Espacial Brasileira - AEB;
b) Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;
c) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq; e
d) Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP;
VIII - Ministério das Comunicações:
a) Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL;
b) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT; e
c) Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRÁS;
− 125/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.129, de 2007

IX - Ministério da Cultura:
a) Agência Nacional do Cinema - ANCINE;
b) Fundação Biblioteca Nacional;
c) Fundação Casa de Rui Barbosa;
d) Fundação Cultural Palmares;
e) Fundação Nacional de Artes - FUNARTE; e
f) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN;
X - Ministério da Defesa:
a) vinculadas diretamente ao Ministério:
1. Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC; e
2. Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária - INFRAERO;
b) vinculada ao Ministério por meio do Comando da Aeronáutica:
Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica;
c) vinculadas ao Ministério por meio do Comando da Marinha:
1. Caixa de Construção de Casas para o Pessoal do Ministério da Marinha; e
2. Empresa Gerencial de Projetos Navais - EMGEPRON; e
d) vinculadas ao Ministério por meio do Comando do Exército:
1. Fundação Habitacional do Exército - FHE;
2. Fundação Osório; e
3. Indústria de Material Bélico do Brasil - IMBEL;
XI - Ministério do Desenvolvimento Agrário:
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA;
XII - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:
a) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES;
b) Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND;
c) Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO;
d) Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI; e
e) Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA;
XIII - Ministério da Educação:
a) Centros Federais de Educação Tecnológica:
1. de Alagoas;
2. do Amazonas;
3. da Bahia;
4. de Bambuí;
5. de Bento Gonçalves;
6. de Campos;
7. do Ceará;
8. Celso Suckow da Fonseca;
9. de Cuiabá;
10. do Espírito Santo;
11. de Goiás;
12. de Januária;
13. do Maranhão;
14. de Mato Grosso;
15. de Minas Gerais;
16. de Ouro Preto;
17. do Pará;
18. da Paraíba;
19. de Pelotas;
20. de Pernambuco;
21. de Petrolina;
22. do Piauí;

− 126/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.129, de 2007

23. de Química de Nilópolis;


24. do Rio Grande do Norte;
25. de Rio Pomba;
26. de Rio Verde;
27. de Roraima;
28. de Santa Catarina;
29. de São Paulo;
30. de São Vicente do Sul;
31. de Sergipe;
32. de Uberaba; e
33. de Urutaí;
b) Colégio Pedro II;
c) Escolas Agrotécnicas Federais: 280
1. Antônio José Teixeira;
2. de Alegre;
3. de Alegrete;
4. de Araguatins;
5. de Barbacena;
6. de Barreiros;
7. de Belo Jardim;
8. de Cáceres;
9. de Castanhal;
10. de Catu;
11. de Ceres;
12. de Codó;
13. de Colatina;
14. de Colorado do Oeste;
15. de Concórdia;
16. de Crato;
17. de Iguatu;
18. de Inconfidentes;
19. de Machado;
20. de Manaus;
21. de Muzambinho;
22. de Rio do Sul;
23. de Salinas;
24. de Santa Inês;
25. de Santa Teresa;
26. de São Cristóvão;
27. de São Gabriel da Cachoeira;
28. de São João Evangelista;
29. de São Luís;
30. de Satuba;
31. de Senhor do Bonfim;
32. de Sertão;
33. de Sousa;
34. de Sombrio;
35. de Uberlândia; e
36. de Vitória de Santo Antão;

280
A Lei nº 11.534, de 25 de outubro de 2007, criou as Escolas Agrotécnicas Federais de Marabá – PA, de Nova
Andradina – MS e de São Raimundo das Mangabeiras – MA.
− 127/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.129, de 2007
281
d) Escola Técnica Federal de Palmas;
e) Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES;
f) Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre;282
g) Fundação Joaquim Nabuco;
h) Fundações Universidades:
1. do Amazonas; e
2. de Brasília;
i) Fundações Universidades Federais: 283
1. do ABC;
2. do Acre;
3. do Amapá;
4. da Grande Dourados;
5. do Maranhão;
6. de Mato Grosso;
7. de Mato Grosso do Sul;
8. de Ouro Preto;
9. de Pelotas;
10. do Piauí;
11. do Rio Grande;
12. de Rondônia;
13. de Roraima;
14. de São Carlos;
15. de São João del Rei;
16. de Sergipe;
17. do Tocantins;
18. do Vale do São Francisco; e
19. de Viçosa;
j) Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação;
l) Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
m) Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira;
n) Universidades Federais:
1. de Alagoas;
2. de Alfenas;
3. da Bahia;
4. de Campina Grande;
5. do Ceará;
6. do Espírito Santo;
7. do Estado do Rio de Janeiro;
8. Fluminense;
9. de Goiás;
10. de Itajubá;
11. de Juiz de Fora;
12. de Lavras;
13. de Minas Gerais;

281
A Lei nº 11.534, de 25 de outubro de 2007, criou as seguintes Escolas Técnicas Federais: (I) do Acre, com sede na Cidade de
Rio Branco; (II) do Amapá, com sede na Cidade de Macapá; (III) de Mato Grosso do Sul, com sede na Cidade de Campo
Grande; (IV) de Brasília, no Distrito Federal; e (V) de Canoas, no Rio Grande do Sul (art. 1º). O art. 3º da mesma Lei nº 11.534,
de 2007, alterou a denominação da Escola Técnica Federal de Porto Velho – RO, para Escola Técnica Federal de Rondônia.
282
Transformada na “Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA”, pela Lei nº
11.641, de 11.1.2008.
283
Foi criada pela Lei nº 11.640, de 11.1.2008, a “Fundação Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA”, com
sede em Bagé-RS.
− 128/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.129, de 2007

14. de Pernambuco;
15. de Santa Catarina;
16. de Santa Maria;
17. de São Paulo;
18. do Pará;
19. da Paraíba;
20. do Paraná;
21. do Recôncavo da Bahia;
22. do Rio Grande do Norte;
23. do Rio Grande do Sul;
24. do Rio de Janeiro;
25. Rural da Amazônia;
26. Rural de Pernambuco;
27. Rural do Rio de Janeiro;
28. Rural do Semi-Árido;
29. do Triângulo Mineiro;
30. de Uberlândia; e
31. dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri;
o) Universidade Tecnológica Federal do Paraná;
XIV - Ministério da Fazenda:
a) Banco Central do Brasil - BACEN;
b) Banco da Amazônia S.A. - BASA;
c) Banco do Brasil S.A.;
d) Banco do Estado de Santa Catarina S.A. - BESC;
e) Banco do Estado do Piauí S.A. - BEP;
f) Banco do Nordeste do Brasil S.A.- BNB;
g) BESC S.A. Crédito Imobiliário - BESCRI;
h) Caixa Econômica Federal - CEF;
i) Casa da Moeda do Brasil - CMB;
j) Comissão de Valores Mobiliários - CVM;
l) Empresa Gestora de Ativos - EMGEA;
m) IRB-Brasil Resseguros S.A. - IRB;
n) Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO; e
o) Superintendência de Seguros Privados - SUSEP;
XV - Ministério da Integração Nacional:
a) Agência de Desenvolvimento da Amazônia - ADA;284
b) Agência de Desenvolvimento do Nordeste - ADENE;285
c) Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF; e
d) Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS;
XVI - Ministério da Justiça:
a) Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE; e
b) Fundação Nacional do Índio - FUNAI;

284
Segundo o art. 18 da Lei Complementar nº 124, de 3.1.2007, que criou a SUDAM, a ADA seria extinta na data de
publicação do decreto que estabelecesse a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão da
SUDAM. O Decreto nº 6.218, de 4.10.2007 (PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DE 4.10.2007 – EDIÇÃO EXTRA), aprovou
“a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Superin-
tendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM.”
285
Segundo o art. 21 da Lei Complementar nº 125, de 3.1.2007, que criou a SUDENE, a ADENE seria extinta na data
de publicação do decreto que estabelecesse a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão da
SUDENE. O Decreto nº 6.219, de 4.10.2007 (PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DE 4.10.2007 – EDIÇÃO EXTRA), aprovou
“a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Superin-
tendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE.”
− 129/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.129, de 2007

XVII - Ministério do Meio Ambiente:


a) Agência Nacional de Águas - ANA;
b) Companhia de Desenvolvimento de Barcarena - CODEBAR;
c) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
d) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes; e
e) Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ;
XVIII - Ministério de Minas e Energia:
a) Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL;
b) Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP;
c) Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS;
d) Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM;
e) Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM;
f) Empresa de Pesquisa Energética - EPE; e
g) Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS;
XIX - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:
a) Fundação Escola Nacional de Administração Pública - ENAP; e
b) Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
XX - Ministério da Previdência Social:
a) Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social - DATAPREV; e
b) Instituto Nacional do Seguro Social - INSS;
XXI - Ministério das Relações Exteriores:
Fundação Alexandre de Gusmão;
XXII - Ministério da Saúde:
a) Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS;
b) Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA;
c) Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - HEMOBRÁS;
d) Fundação Nacional de Saúde - FNS;
e) Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ;
f) Hospital Cristo Redentor S.A.;
g) Hospital Fêmina S.A.; e
h) Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A.;
XXIII - Ministério do Trabalho e Emprego:
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO;
XXIV - Ministério dos Transportes:
a) Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ;
b) Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT;
c) Companhia Docas do Maranhão - CODOMAR;
d) Companhia de Navegação do São Francisco S.A. - FRANAVE - em liquidação;
e) Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes -DNIT;
f) Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes - GEIPOT, em liquidação; e
g) VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A; e
XXV - Ministério do Turismo:
EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo.

− 130/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.386, de 2008

DECRETO Nº 6.386, DE 29 DE FEVEREIRO DE 2008.


Regulamenta o art. 45 da Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, e dispõe sobre o processamen-
to das consignações em folha de pagamento no
âmbito do Sistema Integrado de Administração de
Recursos Humanos - SIAPE.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no VI - suspensão da consignação: sobres-
uso da atribuição que lhe confere o art. 84, tamento pelo período de até doze meses de
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o uma consignação individual efetuada na
disposto no art. 45 da Lei no 8.112, de 11 de ficha financeira de um consignado;
dezembro de 1990, VII - exclusão da consignação: cance-
DECRETA: lamento definitivo de uma consignação
Art. 1o O processamento dos descontos individual efetuada na ficha financeira de
obrigatórios e facultativos de que trata o art. um consignado;
45 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de VIII - desativação temporária do con-
1990, em relação aos servidores do Poder signatário: inabilitação do consignatário
Executivo e às consignações em folha de pelo período de até doze meses, vedada
pagamento no âmbito do Sistema Integrado inclusão de novas consignações no SIAPE e
de Administração de Recursos Humanos - alterações das já efetuadas;
SIAPE, ficam regulamentados segundo as IX - descredenciamento do consignatário:
disposições deste Decreto. inabilitação do consignatário, com rescisão do
Art. 2o Considera-se, para fins deste Decreto: convênio firmado com o Ministério do Plane-
I - consignatário: pessoa física ou jurídi- jamento, Orçamento e Gestão, bem como a
ca de direito público ou privado destinatária desativação de sua rubrica e perda da condição
dos créditos resultantes das consignações de cadastrada no SIAPE, ficando vedada
compulsória ou facultativa, em decorrência qualquer operação de consignação no SIAPE
de relação jurídica estabelecida por contrato pelo período de sessenta meses; e
com o consignado; X - inabilitação permanente do consig-
II - consignante: órgão ou entidade da ad- natário: impedimento permanente de cadas-
ministração pública federal direta ou indireta, tramento do consignatário e da celebração
que procede, por intermédio do SIAPE, des- de novo convênio com o Ministério do
contos relativos às consignações compulsória e Planejamento, Orçamento e Gestão para
facultativa na ficha financeira do servidor operações de consignação.
público ativo, do aposentado ou do beneficiá- Art. 3o São consignações compulsórias:
rio de pensão, em favor do consignatário; I - contribuição para o Plano de Seguri-
III - consignado: servidor público inte- dade Social do Servidor Público;
grante da administração pública federal II - contribuição para a Previdência Social;
direta ou indireta, ativo, aposentado, ou III - obrigações decorrentes de decisão
beneficiário de pensão, cuja folha de paga- judicial ou administrativa;
mento seja processada pelo SIAPE, e que IV - imposto sobre renda e proventos de
por contrato tenha estabelecido com o con- qualquer natureza;
signatário relação jurídica que autorize o V - reposição e indenização ao erário;
desconto da consignação; VI - custeio parcial de benefício e auxí-
IV - consignação compulsória: desconto lios concedidos pela administração pública
incidente sobre a remuneração, subsídio ou federal direta e indireta, cuja folha de paga-
provento efetuado por força de lei ou man- mento seja processada pelo SIAPE;
dado judicial; VII - contribuição em favor de sindicato
V - consignação facultativa: desconto inci- ou associação de caráter sindical ao qual o
dente sobre a remuneração, subsídio ou pro- servidor seja filiado ou associado, na forma do
vento, mediante autorização prévia e formal do art. 8o, inciso IV, da Constituição, e do art. 240,
interessado, na forma deste Decreto; alínea “c”, da Lei no 8.112, de 1990;

− 131/ON −
LEGISLAÇÃO DA AGU OUTRAS NORMAS − Decreto nº 6.386, de 2008

VIII - contribuição para entidade fecha- IX - prestação referente a empréstimo


da de previdência complementar a que se ou financiamento concedidos por entidades
refere o art. 40, § 15, da Constituição, du- bancárias ou caixas econômicas; e
rante o período pelo qual perdurar a adesão X - prestação referente a empréstimo ou
do servidor ao respectivo regime; financiamento concedido por entidade aber-
IX - contribuição efetuada por emprega- ta ou fechada de previdência privada.
dos da administração pública federal indire- Art. 5o Compete à Secretaria de Recursos
ta, cuja folha de pagamento seja processada Humanos do Ministério do Planejamento,
pelo SIAPE, para entidade fechada de pre- Orçamento e Gestão efetuar o cadastramento
vidência complementar; dos consignatários de que trata este Decreto.
X - taxa de ocupação de imóvel funcional Art. 6o O processamento das consigna-
em favor de órgãos da administração pública ções facultativas de que trata o art. 4o de-
federal direta, autárquica e fundacional; penderá do ressarcimento dos custos admi-
XI - taxa relativa a aluguel de imóvel re- nistrativos de cadastramento, manutenção e
sidencial de que seja a União proprietária ou utilização do sistema de pactuação contratu-
possuidora, nos termos do Decreto-Lei no al entre consignatários e consignados.
9.760, de 5 de setembro de 1946; e Parágrafo único. Caberá à Secretaria de
XII - outras obrigações decorrentes de Recursos Humanos do Ministério do Plane-
imposição legal. jamento, Orçamento e Gestão disciplinar a
Art. 4o São consignações facultativas, forma de cobrança e recolhimento, os prazos
na seguinte ordem de prioridade: e os valores dos custos de que trata o caput e
I - contribuição para serviço de saúde pres- definir os casos de eventuais isenções em
tado diretamente por órgão público federal, ou razão da natureza das consignações.
para plano de saúde prestado mediante cele- Art. 7o A habilitação para processamen-
bração de convênio ou contrato com a União, to das consignações facultativas de que trata
por operadora ou entidade aberta ou fechada; o art. 4o dependerá de prévio cadastramento
II - co-participação para plano de saúde e recadastramento dos consignatários, a ser
de entidade aberta ou fechada ou de auto- realizado a cada doze meses contados da
gestão patrocinada; data do cadastramento.
III - mensalidade relativa a seguro de § 1o O cadastramento de que trata o ca-
vida originária de empresa de seguro; put será requerido pelo consignatário ou
IV - pensão alimentícia voluntária, con- pelo consignado, no caso de pensão alimen-
signada em favor de dependente indicado no tícia voluntária, conforme exigências disci-
assentamento funcional do servidor; plinadas em ato da Secretaria de Recursos
V - contribuição em favor de associação Humanos do Ministério do Planejamento,
constituída exclusivamente por servidores Orçamento e Gestão.
públicos cuja folha de pagamento seja pro- § 2o Caso aprovado o requerimento de que
cessada pelo SIAPE, que tenha por objeto trata o § 1o, a Secretaria de Recursos Humanos
social a representação ou prestação de servi- do Ministério do Planejamento, Orçamento e
ços aos seus associados; Gestão firmará convênio com o consignatário,
VI - mensalidade em favor de cooperativa, que disporá sobre os direitos e obrigações das
instituída pela Lei no 5.764, de 16 de dezembro partes e providenciará a criação de rubrica para
de 1971, constituída exclusivamente por servi- aquelas modalidades de consignação ainda não
dores públicos federais com a finalidade de cadastradas no SIAPE.
prestar serviços a seus cooperados; Art. 8o A soma mensal das consigna-
VII - contribuição ou mensalidade para pla- ções facultativas de cada consignado não
no de previdência complementar, excetuados os excederá ao valor equivalente a trinta por
casos previstos nos incisos VIII e IX do art. 3o; cento da respectiva remuneração.
VIII - prestação referente a empréstimo § 1o Para os efeitos do disposto neste De-
concedido por cooperativas instituídas pela Lei creto, considera-se a remuneração a que se
nº 5.764, de 1971, constituída exclusivamente refere o caput a soma dos vencimentos com os
por servidores públicos federais com a finali- adicionais de caráter individual e demais vanta-
dade de prestar serviços a seus cooperados; gens, nestas compreendidas as relativas à natu-
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reza ou ao local de trabalho e a prevista no art. Art. 10. São requisitos exigidos para
62-A da Lei no 8.112, de 1990, ou outra paga fins de cadastramento e recadastramento:
sob o mesmo fundamento, sendo excluídas: I - de todas as entidades:
I - diárias; a) estar regularmente constituída;
II - ajuda-de-custo; b) possuir escrituração e registros contá-
III - indenização da despesa do transpor- beis conforme legislação específica; e
te quando o servidor, em caráter permanen- c) possuir regularidade fiscal comprovada;
te, for mandado servir em nova sede; II - das entidades referidas no inciso V
IV - salário-família; do art. 4o:
V - gratificação natalina; a) possuir autorização para funciona-
VI - auxílio-natalidade; mento há pelo menos dois anos; e
VII - auxílio-funeral; b) possuir e manter número mínimo de
VIII - adicional de férias; setecentos associados, ou número de associ-
IX - adicional pela prestação de serviço ados equivalente a noventa por cento do
extraordinário; total de servidores da categoria, carreira ou
X - adicional noturno; do quadro de pessoal que representam;
XI - adicional de insalubridade, de peri- III - das entidades referidas nos incisos
culosidade ou de atividades penosas; e VIII e IX do art. 4o:
XII - qualquer outro auxílio ou adicional a) possuir autorização de funcionamento
estabelecido por lei e que tenha caráter expedida pelo Banco Central do Brasil; e
indenizatório. b) atender a outras exigências previstas
§ 2o As disposições deste artigo aplicam- na legislação federal aplicável à espécie;
se, no que couber, aos empregados públicos IV - das entidades a que se refere o inci-
federais e demais servidores, cujas folhas de so X do art. 4o:
pagamento sejam processadas pelo SIAPE, a) possuir autorização de funcionamento
observado o disciplinamento a cargo do Minis- expedida pela Superintendência de Seguros
tério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Privados - SUSEP; e
Art. 9o As consignações compulsórias b) atender a outras exigências previstas
prevalecem sobre as facultativas. na legislação federal aplicável à espécie.
§ 1o Não será permitido o desconto de Art. 11. As entidades beneficiárias das
consignações facultativas até o limite de consignações de que trata o art. 4o, exceto o
trinta por cento, quando a sua soma com as consignatário daquela constante no inciso
compulsórias exceder a setenta por cento da IV, deverão comprovar, periodicamente, na
remuneração do consignado. forma e prazos estabelecidos em portaria a
§ 2o Na hipótese em que a soma das ser expedida pela Secretaria de Recursos
consignações compulsórias e facultativas Humanos do Ministério do Planejamento,
venha a exceder o limite definido no § 1o, Orçamento e Gestão, a manutenção do
serão suspensas as facultativas até a adequa- atendimento das condições exigidas neste
ção ao limite, observando-se para tanto, a Decreto, por intermédio do recadastramento
ordem de prioridade definida no art. 4o. anual, bem como apresentar quadro demons-
§ 3o Somente será admitida a operação trativo de bens e serviços oferecidos aos
de consignações facultativas até o limite da consignados para divulgação.
margem consignável estabelecida no § 1o. Art. 12. Os consignatários de que tra-
§ 4o Não será incluída ou processada no tam os incisos VIII, IX e X do art. 4o deve-
SIAPE a consignação que implique excesso rão, até o último dia de cada mês, lançar
do limite da margem consignável estabele- para divulgação em sítio próprio nos termos
cida no § 1o, independentemente da ordem definidos em portaria da Secretaria de Re-
de prioridade estabelecida no art. 4o. cursos Humanos do Ministério do Planeja-
§ 5o Somente poderão ser descontados em mento, Orçamento e Gestão, informação
folha de pagamento os empréstimos ou financi- quanto às taxas máximas de juros e todos os
amentos realizados pelas entidades a que se demais encargos inerentes à operação que
referem os incisos VIII, IX e X do art. 4o, amor- serão praticados na concessão de emprésti-
tizáveis até o limite máximo de sessenta meses. mo pessoal no mês subseqüente.
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o
§ 1 As taxas de juros praticadas deve- to seja processada pelo SIAPE, por dívidas ou
rão obedecer ao limite máximo estabelecido compromissos de natureza pecuniária, assumi-
em ato do Ministro de Estado do Planeja- dos pelo consignado junto ao consignatário.
mento, Orçamento e Gestão. Art. 16. As consignações em folha pre-
§ 2o O não-cumprimento da obrigação vistas no art. 4o poderão, por decisão moti-
prevista no caput implicará desativação vada, a qualquer tempo ser:
temporária do consignatário até a regulari- I - suspensas, no todo ou em parte, por
zação da situação infracional. interesse da administração, observados os
§ 3o A reincidência no descumprimento do critérios de conveniência e oportunidade,
disposto no caput em período de doze meses após prévia comunicação à entidade consig-
implicará o descredenciamento do consignatário. natária, resguardados os efeitos jurídicos
§ 4o A Secretaria de Recursos Humanos do produzidos por atos pretéritos, ou por inte-
Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges- resse do consignatário ou consignante,
tão não será responsável pelos dados informados mediante solicitação expressa; e
pelo consignatário, competindo-lhe, sempre que II - excluídas por interesse da adminis-
provocada na forma do art. 13, a adoção de tração, observados os critérios de conveni-
providências nos casos em que as taxas e encar- ência e oportunidade, após prévia comuni-
gos praticados divergirem daquelas informadas. cação ao consignatário, resguardados os
Art. 13. No caso de desconto indevido, o efeitos jurídicos produzidos em atos pretéri-
servidor deverá formalizar termo de ocorrência tos, ou por interesse do consignatário ou
junto à unidade de recursos humanos a que consignante, mediante solicitação expressa.
esteja vinculado, no qual constará a sua identi- Parágrafo único. As consignações referi-
ficação funcional e exposição sucinta dos fatos. das nos incisos VIII, IX e X do art. 4o somente
§ 1o No caso de formalização do termo de poderão ser excluídas a pedido do consignado
ocorrência de que trata o caput, a respectiva mediante prévia aquiescência do consignatário
unidade de recursos humanos deverá notificar o e decisão motivada do consignante.
consignatário em até cinco dias para comprovar a Art. 17. Ocorrerá, ainda, a exclusão da
regularidade do desconto, no prazo de três dias. consignação nas seguintes hipóteses:
§ 2o Não ocorrendo a comprovação da re- I - quando restar comprovada a irregularida-
gularidade do desconto, serão suspensas as de da operação, que implique vício insanável; e
consignações irregulares e instaurado processo II - pela não utilização da rubrica pela
administrativo para apuração dos fatos. entidade durante o período de seis meses
§ 3o Instaurado o processo administrati- ininterruptos.
vo, de que trata o § 2o, o consignatário terá Art. 18. Além da hipótese prevista no
cinco dias para apresentação de defesa. § 2o do art. 12, ocorrerá a desativação tem-
§ 4o No curso do processo administrati- porária do consignatário:
vo, a autoridade responsável pelo julgamen- I - quando constatada irregularidade no
to poderá suspender a consignação por meio cadastramento, recadastramento, ou em
de decisão devidamente motivada. processamento de consignação;
Art. 14. Os valores referentes a descontos II - que deixar de prestar informações ou
considerados indevidos deverão ser integral- esclarecimentos nos prazos solicitados pela
mente ressarcidos ao prejudicado no prazo administração;
máximo de trinta dias contados da constatação III - que deixar de apresentar o compro-
da irregularidade, na forma pactuada entre o vante do recolhimento dos custos de que
consignatário e o consignado. trata o art. 6o; e
Parágrafo único. O descumprimento do IV - que deixar de efetuar o ressarcimento
disposto no caput implica desativação tem- ao consignado nos termos previstos no art. 14.
porária do consignatário, nos termos do Parágrafo único. A desativação temporária
inciso IV do art. 18. permanecerá até a regularização da situação
Art. 15. A consignação em folha de paga- infracional do consignatário, observada a hipóte-
mento não implica co-responsabilidade dos se prevista no inciso V do art. 19.
órgãos e das entidades da administração pública Art. 19. Ocorrerá o descredenciamento
federal direta e indireta, cuja folha de pagamen- do consignatário quando:
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I - ceder a terceiros, a qualquer título, Art. 24. O disposto neste Decreto se a-


rubricas de consignação; plica, também, aos servidores ativos, inati-
II - permitir que terceiros procedam a vos e pensionistas de que trata o § 3o do art.
consignações no SIAPE; 1o da Lei no 10.633, de 27 de dezembro de
III - utilizar rubricas para descontos não 2002, e aos empregados públicos da admi-
previstas no art. 4o; nistração pública federal indireta, cujas
IV - reincidir em práticas que impli- folhas de pagamento sejam processadas pelo
quem sua desativação temporária; e SIAPE, excetuados os casos regidos pela
V - não regularizar em seis meses a situa- Lei no 10.820, de 17 de dezembro de 2003.
ção que ensejou sua desativação temporária. Art. 25. Os consignatários que atualmente
Art. 20. Ocorrerá a inabilitação perma- operam no SIAPE terão prazo de cento e
nente do consignatário nas hipóteses de: oitenta dias contados da vigência deste Decreto
I - reincidência em práticas que impli- para adequação às suas normas.
quem seu descredenciamento; § 1o Os consignatários que não firmarem
II - comprovada prática de ato lesivo ao convênio com o Ministério do Planejamento,
servidor ou à administração, mediante frau- Orçamento e Gestão no prazo a que se refere o
de, simulação, ou dolo; e caput serão excluídos do SIAPE e ficarão impedi-
III - prática de taxas de juros e encargos di- dos de realizar novas operações de consignação.
versos dos informados à Secretaria de Recursos § 2o As consignações relativas à amortiza-
Humanos do Ministério do Planejamento, Or- ção de empréstimos e financiamentos firmados
çamento e Gestão em atendimento à exigência na vigência do Decreto no 4.961, de 20 de
do art. 12, na concessão de empréstimo pessoal. janeiro de 2004, poderão permanecer no sistema
Art. 21. O consignado ficará impedido, até o termo final de sua vigência, vedada nesta
pelo período de até sessenta meses, de incluir hipótese a promoção de alterações de qualquer
novas consignações em seu contracheque natureza quanto às operações mantidas.
quando constatado, em processo administrati- § 3o As entidades interessadas somente po-
vo, prática de irregularidade, fraude, simulação derão operar novas consignações no SIAPE
ou dolo relativo ao sistema de consignações. quando cadastradas e habilitadas na forma do art.
Art. 22. A competência para instaura- 7o e mediante celebração de convênio com o
ção de processo administrativo para cum- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
primento do disposto nos arts. 16 a 21 será Art. 26. A partir da data de publicação
definida em ato do Secretário de Recursos deste Decreto, não serão firmados contratos ou
Humanos do Ministério do Planejamento, convênios, ou admitidas novas consignações,
Orçamento e Gestão, assegurando-se a que não atendam às exigências nele previstas.
ampla defesa e o devido processo legal. Art. 27. Este Decreto entra em vigor na
Art. 23. O Ministério do Planejamento, data de sua publicação.
Orçamento e Gestão editará ato com normas Art. 28. Fica revogado o Decreto no 4.961,
complementares necessárias à execução de 20 de janeiro de 2004.
deste Decreto, inclusive em relação aos Brasília, 29 de fevereiro de 2008; 187o
membros da Polícia Militar e do Corpo de da Independência e 120o da República.
Bombeiros Militar do Distrito Federal e, no LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
que couber, dos ex-Territórios. Paulo Bernardo Silva

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