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© Prof.

Alexandre Balbinot
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO GRANDE DO SUL

Departamento de Engenharia Elétrica

Instrumentação A – ENG04457

AULA 4a
Principais Transdutores e
Condicionadores Depto. de Engenharia Elétrica (DELET)
Geradores: Termopares Laboratório de Instrumentação Eletro-Eletrônica (IEE)
SENSORES GERADORES
(SENSOR SELF-GENERATING)

Estímulo Transdutor Gerador Corrente ou


Tensão Elétrica
Termopares:
Princípios
Fundamentais
EFEITO DE SEEBECK
Circuito fechado, formado por metais diferentes, é percorrido por
uma corrente elétrica quando as junções estão expostas a uma
diferença de temperatura – Efeito de Seebeck.
Leis Termoelétricas: tensão de Seebeck (Vs)

“A f.e.m. (E) de um termopar depende


somente da natureza dos condutores e das
temperaturas T1 e T2 dos dois contatos”.

Obs.:
a) A tensão ou f.e.m. não é afetada pelas temperaturas intermediárias: T3 e T4, desde que
as temperaturas das junções sejam constantes;
b) por exemplo, se a junção q é mantida a uma temperatura fixa (de referência) T2, a
f.e.m. é unicamente função da T1 da outra junção. Portanto, medindo-se E pode-se
determinar a T1, desde que, se tenha levantado experimentalmente a função E(T1)
relativa à temperatura de referência T2;
c) Se as 2 junções estiverem a mesma temperatura T, a f.e.m. = 0.
Lei dos Metais Intermediários

A tensão de Seebeck (Vs) não se altera


em função da inserção do metal
intermediário, desde que as junções
novas (“m” e “n”) sejam mantidas à
mesma temperatura (Tz).

A f.e.m. não é afetada  Lei dos Metais Intermediários!


A d.d.p. que aparece nos terminais de um termopar independe do
ponto escolhido para se abrir o circuito do par.

É muito comum se utilizar este fato fazendo-se este ponto de abertura


coincidir com uma das junções p ou q:
É importante observar que esta junção pode ser implementada por
meio de um instrumento de medida (I) que constitui um “metal
intermediário” e não altera a Vs desde que suas junções estejam à
mesma temperatura:
Exemplo:

Para os metais A, B e C, EA, EB e EC são as tensões para as temperaturas TM e


TR nas junções de medição e de referência.

Considerando o ponto C como Junção de Referência (está a mesma


temperatura) a contribuição desta junção é ZERO!
Além disso, a saída de tensão dos pares de metais (A e B) está relacionada à
diferença entre os efeitos termoelétricos para os metais A e B.
É comum considerar somente a tensão relativa de Seebeck, , e o coeficiente
relativo de Seebeck, , e desta forma a equação anterior fica:

Uma simplificação pode ser feita escolhendo uma simples temperatura de


referência para todos os termopares, sendo assim,

Por convenção a temperatura de referência é o ponto de gelo, nominalmente e a


temperatura medida é expressa em °C, portanto:

A relação anterior é a expressão presente nas tabelas dos termopares e funções de transferência. Porém
estas equações são válidas considerando:
 a junção de referência está a 0°C;
 os metais que constituem o termopar expostos a gradientes de temperatura são homogêneos;
 a tensão relativa de Seebeck para o par de metais é dada pela equação anterior;
 qualquer instrumento e cabos de extensão são isotérmicos ou homogêneos;
 as junções de medida e de referência são isotérmicas.
Lei das Temperaturas Sucessivas: descreve a relação entre a
f.e.m. obtida para diferentes temperaturas de referência ou de junção
fria.

A relação Vs = Vs(T) pode ser obtida graficamente


(chamada de Curva de Calibração) para um termopar com a junta de
referência em T1=0°C:
A inclinação da curva em
um ponto qualquer é
denominada de Potência
Termoelétrica que
geralmente é pequena e
varia com a natureza do
termopar

Exemplo: para ferro-


constantã: cinco
dezenas de
V
grau
Instrumentação: Junções de Referência
A relação anterior fornece a equação de medição de qualquer medição de
temperatura baseada em termopar:

Junções de Referência a 0°C:

O uso de um ponto de gelo (banho de gelo) na junção de referência tem a


vantagem de ser simples no cálculo da temperatura, pois por definição, . Com
isto basta medir a tensão do termopar e converter esta leitura para temperatura,
por exemplo, com o uso das tabelas padrões para termopar.
Junções de Referência em temperatura diferente de 0°C:

Quando a junção de referência não é 0°C, precisamos realizar a


correção da tensão medida em função da tensão que seria produzida
pelo termopar exposto ao gradiente de temperatura entre e 0°C. Muitos
chamam este processo de compensação da junta fria.

Para você confiar nas medições com um termopar sugiro seguir os


procedimentos abaixo:
 estabelecer uma junção de referência isotérmica;
 conhecer a temperatura da junção de referência;
 usar tabelas padrões ou funções de transferência de referência para
determinar a tensão de Seebeck na temperatura da junção de referência;
 realizar uma medida com boa precisão da tensão de Seebeck do termopar;
 somar as duas tensões;
 usar tabelas padrões ou funções de transferência de referência para
determinar a temperatura medida.
Normalmente sistemas totalmente automáticos para compensação da junta de
referência são preferíveis evitando erros de ordem humana e tornando mais
confiável as medidas realizadas!
Exemplo 1: um termopar tipo N é usado para medir uma determinada
temperatura. A tensão obtida é de 2050µV. A junção de referência isotérmica
está a 18°C no tempo de realização da leitura. Qual é a temperatura medida?

O 1° passo é aplicar um fator de correção para a temperatura da junta de


referência: usando a tabela padrão para este termopar  encontramos que:

Assim temos:

Com essa mesma tabela temos que para 2522µV  T=91,5°C.

Obs.: um erro comum é usar a tabela padrão de um dado termopar apenas


uma vez, ou seja, determinando a temperatura para uma temperatura aparente.
Neste exemplo, por falta de conhecimento da área de instrumentação poderia
determinar que a temperatura é de 75,2°C para 2050µV! CUIDADO!
Tipos
de
Termopares
Tipo Range Saída Incerteza
(ANSI) (°C) (fundo de escala – mV) (°C)
B 38 a 1800 13,6 -
C 0 a 2300 37,0 -
E 0 a 982 75,0 ±1,0
J 184 a 760 43,0 ±2,2
K -184 a 1260 56,0 ±2,2
N -270 a 1300 51,8 -
R 0 a 1593 18,7 ±1,5
S 0 a 1538 16,0 ±1,5
T -184 a 400 26,0 ±1,0

Tipo J (ferro-constantã): versátil, baixo custo e indicados para atmosferas inertes (até
760°C) – utilizados com tubos protetores (contém ferro – problema em ambientes
oxidantes);
Tipo K (cromel-alumel): melhor em ambientes oxidantes (quando comparado ao E, J
e T). Boa resistência mecânica a altas temperaturas. Indicados em tratamentos
térmicos, fornos, processos de fundição e e banhos.
Composição Range de
(terminal positivo - medida Sensibilidade
Tipo negativo) recomendado (a 25ºC)
J Fe – Constantãn 0 a 760ºC 51,5 V/ºC
K Cromel – Alumel -200 a 1250ºC 40,5 V/ºC
N Nicrosil – Nisil 0 a 1260ºC 26,5 V/ºC
T Cu – Constantán -200 a 350ºC 41,0 V/ºC
R 13%Pt 87%Rh – Pt 0 a 1450ºC 6 V/ºC
S 10%Pt 90%Rh – Pt 0 a 1450ºC 6 V/ºC
B 30%Pt 70%Rh - 6%Pt 94%Rh 800 a 1800ºC 9 V/ºC (a 1000 ºC)
Tabelas Padrões
fornecem a tensão de saída correspondente às temperaturas quando à
junção fria ou de referência está a 0°C
EXEMPLO:
Considerando-se um termopar que apresenta a curva de calibração determinada
pela Tabela do Termopar Tipo K com uma das uniões mantidas a 0°C.

(a) Se a temperatura de uma das uniões é de 145°C e a união com o equipamento


de medida é de 20°C, qual é tensão medida?
(b) Se a tensão medida foi de 3,422mV. Que temperatura está a união supondo
que o equipamento de medida segue a 20°C?

Solução: aplicando a Lei das Temperaturas Intermediárias:


V145,0+V0,20 = V145,20
V145,0 – V20,0 = V145,20
Da Tabela do termopar: V145,0 = 5,937mV e V20,0 = 0,798mV. Logo a tensão medida
será de 5,139mV!

Porém, se a tensão medida Vx,20, quando a união está a uma temperatura x, e a


outra a 20°C é de 3,422mV, logo:

Vx,0 - V20,0 = Vx,20


Vx,0 = Vx,20 + V20,0

Vx,0 = 3,422 + 0,798 = 4,200mV – da tabela esta tensão correspondente a T de 103°C


20°C
Metal 1
145°C

Tq Metal 2
Voltímetro

(a) Lei das Temperaturas Intermediárias: (b)


Vx,20 quando a junção está a
V145,0 + V0,20 = V145,20 Tx
e a outra a 20°C é de 3,422mV
V145,0 – V20,0 = V145,20
Vx,0 – V20,0 = Vx,20

Da Tabela do Termopar tipo K se obtém: Vx,0 = Vx,20 +V20,0


V145,0 = 5,937mV
V20,0 = 0,798mV Vx,0 = 3,422+0,798 = 4,220 mV

Logo a tensão medida = 5,937mV-


0,798mV = 5,139mV
Calibração
Sistemas computacionais podem usar polinômios para aproximar os
valores com precisão relacionada ao grau do polinômio.
Curvas de Calibração (Tipo J)

Faixa de Aplicação -210 °C a 760 °C 760 °C a 1200 °C


n n
Tensão do Termopar V  a i  T i
V V  a i  Ti V
i 1 i 0

(T: temperatura da a1 = 5,0381187815x101 a0 = 2,9645625681x105


união quente em °C; a2 = 3,0475836930x10-2 a1 = -1,4976127786x103
união fria a 0°C) a3 = -8,5681065720x10-5 a2 = 3,1787103924
a4 = 1,3228195295x10-7 a3 = -3,1847686701x10-3
a5 = -1,7052958337x10-10 a4 = 1,5720819004x10-6
a6 = 2,0948090697x10-13 a5 = -3,0691369056x10–10
a7 = -1,2538395336x10-16
a8 = 1,5631725697x10-20
Faixa de -8095 µV a 0 µV 0 µV a 42919 µV 42919 µV a 69553 µV
Aplicação (-210 °C a 0 °C) (0 °C a 760 °C) (760 °C a 1200 °C)

Erro (°C) Máximo = 0, 028 Máximo = 0, 037 Máximo = 0, 024


Mínimo = -0, 048 Mínimo = -0, 035 Mínimo = -0, 037
n n
Temperatura
T  di  V T  di  V
n
T  di  Vi
i i
da união ºC ºC ºC
i 1 i 1 i 0
quente
d1 = 1,9528268x10-2 d1 = 1,978425x10-2 d0 = -3,11358187x103
(V: tensão do d2 = -1,2286185x10-6 d2 = -2,001204x10-7 d1 = 3,00543684x10-1
termopar em d3 = -1,0752178x10-9 d3 = 1,036969x10-11 d2 = -9,94773230x10-6
µV; d4 = -5,9086933x10-13 d4 = -2,549687x10-16 d3 = 1,70276630x10-10
união fria a d5 = -1,7256713x10-16 d5 = 3,585153x10-21 d4 = -1,43033468x10-
0°C) d6 = -2,8131513x10-20 d6 = -5,344285x10-26 15

d7 = -2,3963370x10-24 d7 = 5,099890x10-31 d5 = 4,73886084x10-21


d8 = -8,3823321x10-29
Para boas medições utilizar tabelas padrões ou polinômios:

T  a0  a1.V  a2 .V 2  a3.V 3  ...  an .V n


Sendo V a f.e.m. (mV), T a temperatura da junção (°C):

Tipo E Tipo J Tipo K Tipo T


-100 a 1000°C 0 a 760°C 0 a 1370°C -160 a 400°C
a0 0,104967248 -0,048868252 0,226584602 0,100860910
a1 17189,45282 19873,14503 24152,10900 25727,94369
a2 -282639,0850 -218614,5353 67233,4248 -767345,8295
a3 12695339,5 11569199,78 2210340,682 78025595,81
a4 -448703084,6 -264917531,4 -860963914,9 -9247486589
a5 1,10866x10+10 2018441314 4,83506x10+10 6,97688x10+11
a6 -1,76807x10+11 -1,18452x10+12 -2,66192x10+13
a7 1,71842x10+12 1,38690x10+13 3,94078x10+14
a8 -9,19278x10+12 -6,33708x10+13
a9 2,06132x10+13

Considere que um tipo J apresente uma saída de 10,0mV relativa à


junção de referência a 0°C. Pelo polinômio: T aproximadamente
186°C!
Exemplo: proponha uma linearização para a curva de calibração de um termopar
do tipo K na faixa de 0 a 100°C e determine o erro de linearidade cometido.

Solução:
A linearização é obtida por uma reta na faixa de medida desejada (0 e 100°C). A
sensibilidade, S, segundo os pontos extremos desta curva são:

S = (4,096mV – 0mV) / 100°C = 40,96µV/°C

Considerando-se que a 0°C a tensão deste termopar será 0mV, a linha reta
proposta é:
V = S x Tq
sendo V a tensão do termopar a temperatura quente (Tq). O máximo
desvio da curva linearizada com relação a curva real será a 34°C. Pela
tabela de calibração indica a tensão a esta temperatura de 1,366mV,
com a resposta linearizada um valor de 1,392mV, logo:

Erro = [(1,392mV – 1,366mV)/4,096mV].100 = 0,65%

O que corresponde a um erro máximo de 0,65°C na


faixa de medida especificada.
Medição
Medição de Tensão Elétrica
A d.d.p. que surge nos terminais de um termopar não depende do
ponto escolhido para se abrir o circuito. Normalmente o ponto de
medição corresponde a uma das junções que recebem os nomes:
Seleção de um Instrumento de Medida – com junção de referência externa:
A melhor indicação para medidas com termopar é obter uma junção de referência
com ponto de gelo e tipicamente usar um instrumento de no mínimo 5 ½
dígitos com uma resolução de 1µV.

Uma medição de baixa precisão pode ser feita com compensação eletrônica da
junção de referência. Esses dispositivos tipicamente amplificam e linearizam o
sinal do termopar e compensam para a temperatura da junção de referência.
Tipicamente fornece uma saída em tensão proporcional a temperatura: 10mV/°C.
Neste caso o multímetro está sendo utilizado como um voltímetro e como,
normalmente, estes medidores têm uma impedância de entrada ao redor de 1MΩ
comparado com a impedância máxima de um termopar de 1kΩ - é possível
negligenciar nestes casos. Estamos considerando aqui o voltímetro como um
bloco isotérmico em uma temperatura especificada e não sujeito a alterações
rápidas de temperatura. Porém um bom medidor baseado em termopar deve ter
a habilidade de monitorar a impedância do termopar!
Uso de um voltímetro para medir a tensão de Seebeck (Vs):
a) Basta conectar o voltímetro ao termopar;
b) Observar que as junções de conexão do voltímetro ao termopar
devem estar a mesma temperatura (voltímetro é considerado um
metal intermediário – não interferirá na tensão de Seebeck);
c) O voltímetro de apresentar uma escala adequada de mV e com
resistência interna maior que a resistência do termopar.
Compensação da junta fria (junta de referência)

Em geral o instrumento de medida e o termopar estão afastados.


Portanto é necessário conectar os terminais do termopar a cabeçotes e
são conectados fios de compensação (com características semelhantes
ao termopar, mas mais baratos).

Para reduzir o efeito da junção J2 é preciso que uma junção


permaneça a uma temperatura fixa (temperatura de referência).

Existem diversos métodos, como por exemplo:


Efeito das Junções Parasita
Junção Quente
T3
Metal 1 Tf Cu Lei das T intermediárias
VTq , 0  VTq ,T f  VT f , 0
Tq

Metal 2 Tf Cu Se as novas junções


Voltímetro estiverem a mesma
temperatura,
Junção Fria essa junção, no exemplo,
corresponde a T da junção
fria

Devem ser utilizados conectores isotérmicos que garantem uma distribuição


uniforme da T de forma que seja idêntica nas junções entre a junta fria e o
instrumento de medida
Conector Isotérmico
Bainha Protetora
Condicionamento. Compensação Mediante Banho
de Gelo
Metal 1 Cu
Tq
A
Cu
Amplificador
Metal 2

Gelo Idéia: fixar um valor conhecido de


T em uma das junções.
Tradicionalmente se utiliza um
banho de gelo para garantir 0°C.

Sistemas bem cuidados geram


erros na faixa de 0,001°C.

Dificuldade na manutenção da
qualidade do banho – utilizado
principalmente em laboratórios
para calibrações
Condicionamento. Compensação Mediante
Software

Metal 1 Cu
Tq
Tf A
A/D Microcontrolador
Amplificador
Metal 2 Cu

Bloco Condicionamento
Isotérmico de Sinal

Sensor de
temperatura

Consiste em medir a T da junção fria mediante outro sensor de T (p. ex.,


Pt100 ou NTC). As correções são realizadas por software
Condicionamento. Compensação Analógica

Metal 1 Cu
Tq
Tf VT T Somador V T ,0
q, f q

Metal 2 Cu

Bloco Condicionamento V T ,0
f
Isotérmico de Sinal

Sensor de
temperatura

VTq,Tf = VTq,0 + V0,Tf


Tipicamente nas tabelas padrões a
junção fria está a 0°C. O objetivo da
compensação analógica é somar a
VTq,0 = VTq,Tf + VTf,0 tensão que proporciona o termopar
VTq,Tf, a tensão VTq,0 que
corresponderá ao mesmo termopar
nas temperaturas das junções Tq e
0°C
 Outra possibilidade é deixar a junção de referência à temperatura ambiente (sujeita
evidentemente as flutuações), mas ao mesmo tempo medir com outro sensor de
temperatura posicionado próximo a junção de referência. Então uma tensão igual à
gerada na junção fria é subtraída de uma tensão produzida pelo circuito.

 As flutuações da temperatura ambiental são medidas com outro sensor e a tensão


igualmente gerada pela junção fria é subtraída. Existem circuitos que medem a
temperatura ambiente e fornecem a compensação de tensão para alguns termopares
específicos. Por exemplo, o LT1025 (National Semiconductors) trabalha com os tipos
E, J, K, R, S e T. O AD594/AD595 da Analog Devices é um amplificador de
instrumentação e compensador de junta fria. O AD596/AD597 são controladores que
incluem o amplificador e compensação de junta fria para os termopares J e K.
 Cabe observar que os termopares estão sujeitos a gradientes
de temperatura e tais erros podem ser minimizados pela
especificação de sensores longos e de pequeno diâmetro e pelo
uso de bainhas ou coberturas com baixa condutividade
térmica e que possibilitam alta transferência de calor por
convecção entre o fluído e o termopar.

 A Tabela a seguir fornece algumas características de algumas


coberturas normalmente utilizadas em termopares de alta
temperatura. Os metais que formam o termopar precisam ser
isolados (tradicionalmente a cerâmica é utilizada como
isolante dos metais diferentes).
Material Máxima Ambiente de Características
temperatura e Trabalho gerais
operação
Molibdênio 2205°C Inerte, Sensível a oxidação acima de
500°C, resiste a muitos
vácuo, redutor metais líquidos.

Tântalo 2582°C Inerte, vácuo Resiste a muitos ácidos e


meios alcalinos; muito
sensível à oxidação
acima de 300°C.

Inconel 600 1149°C Oxidante, inerte, Excelente resistência à


oxidação a altas
vácuo temperaturas.
 Isolantes dos fios do
termopar: (a) faixa de
tamanhos (da esquerda para
a direita): 3,2; 2,4; 2,0; 1,6;
1,2; 0,8 e 0,4mm de
diâmetro; (b) Aplicação dos
isolantes em várias
configurações de
termopares.

 Os termopares denominados
de cimentados , nos últimos
anos, têm aumentado o uso.
Normalmente são laminados
com plásticos para cimentar
diretamente no
equipamento
Utilização de um sensor
de temperatura (TMP35)
para compensação da
junta fria.

Amplificador para termopar


AD594/AD595 com
compensação da junção fria do
fabricante Analog Devices.
Este circuito integrado combina
uma referência ao ponto gelo
com um amplificador pré-
calibrado para fornecer uma
saída de 10 mV/C diretamente
do sinal derivado do termopar.

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