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ANEXO I

RESUMO:
O dicionário define autonomia como a faculdade de governar-se a um próprio quando se
aprende. Isto é possível graças a uma capacidade humana que permite saber qual é a
informação que já esta na nossa memória e qual é completamente nova. Esta capacidade
recebe o nome de metacognição e trata-se da competência que nos permite às pessoas
ser conscientes da nossa cognição, ou seja, dos processos que elaboramos na nossa
mente.
Por tanto, conseguir que o professorado logre que os seus alunos sejam mais autónomos
aprendendo implica que sejam mais capazes de auto-regular a suas acções para aprender
e mais conscientes nas decisões que tomam, dos conhecimentos que ponham em jogo,
das dificuldades para aprender e do modo de superar essas dificuldades (Monereo,
2001).
No transcurso do projecto de investigação vai ser preciso indagar sobre os métodos de
trabalho e o desenvolvimento de estratégias para melhorar o rendimento no estúdio da
percussão no ensino profissional. A acção de estudar precisa ser realizada com
intencionalidade e consciência, e no transcurso dessa actividade o estudante precisa
conhecer as técnicas do seu trabalho intelectual até converter-lhas num hábito que
permita a melhor perfeição e seguridade até o êxito desejado.
Seguindo Castillo e Polanco (2005), as condições nas quais realizamos o estúdio e a sua
relação com o entorno onde praticamos são condicionantes que determinam a eficácia
do estúdio, e referem-se tanto a elementos físicos como intelectuais, psicológicos e
afectivos.
Por outro lado, a interpretação dos instrumentos de percussão precisa dum domínio
quase perfeito da técnica instrumental, onde a melhora dos movimentos é uma das
principais tarefas do percussionista, durante a sua formação e durante a sua vida
profissional (Rosset e Fábregas, 2005).
A prática musical com instrumentos de percussão implica a contracção e relaxação de
muitos músculos, a uma elevada velocidade e durante um certo espaço de tempo. Para
atingir estas competências motoras e mentais, o aluno precisa de perceber aspetos
essências do processo interpretativo como são; a observação do nosso próprio corpo, a
relação corpo-mente e o controlo da respiração (Derbez, 2012).
Com a finalidade de que o aluno encontre soluções próprias às dificuldades do texto
musical devemos fazer uma análise dos processos que levamos a cabo para
ANEXO I

enfrentarmos a uma peça musical. Cisneros (2013) divide este processo em diferentes
etapas:
- Percepção da partitura: o sistema ocular observa e extrai a informação necessária para
o intérprete (Tsangari, 2010).
- Processamento da informação: realizada pelo cérebro.
- Execução: o corpo responde ao impulso enviado pele cérebro e realiza a interpretação.

Para concluir o resumo, ressaltar que a aprendizagem autónoma se refere ao nível de


implicação do aluno na aprendizagem, um nível de implicação onde o aluno deve
aportar os seus conhecimentos e experiencias prévias. Quando o estudante tem maior
participação nas decisões que afeitam à soa aprendizagem, aumenta a motivação e
facilita o processo educativo. Devido à contínua evolução da sociedade, à aprendizagem
autónoma é uma das melhores ferramentas da aprendizagem permanente e permite ao
aluno estar actualizado na futura vida académica e profissional.

BIBLIOGRAFIA:
- Castillo y Polanco. Enseña a estudiar…aprende a aprender. Madrid:Pearson
eduación,2005.
- Fábregas, Silvia y Jaume Rosset. A tono. Barcelona, 2005.
- Cisneros, Maria Dolores. La lectura a visa de partituras. Revista digital para
profesionales de la enseñanza, 2013.
- Derbez, Paulina. El músico consciente. 2012.
- Kuo, Ming-Hui. Strategies and methods for improving sight-reading. Tesis Doctoral,
Unversity of Kentucky, 1012.
- Monereo, Carles. Ser estratégico y autónomo aprendiendo. Barcelona, 2001.
- Tsangari, Victoria. An interactive software programe to develop pianist’s sight-
readng. Tesis Doctoral. University of Iowa. 2010

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