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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Escola de Ciências Humanas e Sociais


Departamento de Educação e Psicologia
Mestrado em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais
no 2º Ciclo do Ensino Básico
Didática das Ciências do 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico
1º Ano / 2º Ciclo

Portefólio

Docente:
Professora Doutora Maria Helena Santos Silva

Discente:
Joana Raquel Pinto Ribeiro nº31130

Vila Real, julho de 2017


Tarefa 1

10-06-2017

Como descreve / carateriza uma boa aula de Ciências Naturais (papel do


professor e doas alunos) de forma a que se assegure uma boa aprendizagem?

A concretização de uma boa aula de Ciências Naturais, na minha opinião, está


dependente de vários fatores. Acredito que as aulas devam ser asseguradas por um
professor com uma boa cultura geral e com pleno domínio dos conteúdos que deve
ensinar e dos meios para fazê-lo com eficácia. Ainda, penso que deva ser um professor
que se sinta realizado profissionalmente e que realmente possua uma grande paixão pelo
ensino. Acredito que estes sejam os ingredientes essenciais para obtermos profissionais
com disponibilidade para uma formação e aprendizagem constante.

O professor deve ser um profissional com capacidade de adaptação e que se encontre


disponivel e motivado para encontrar e trabalhar com as metodologias mais adequadas a
cada turma.

Para que isto aconteça, portanto, que os professores consigam ser capazes de dominar
todos os conteúdos a lecionar, que dominem uma boa cultura geral e sejam capazes de
selecionar os modelos de ensino e/ou aprendizagem mais adequados a cada uma das
várias situações englobadas numa sala de aula e numa escola, julgo que se deva dar
alguma importância (ou prioridade) à formação de excelentes professores para o nosso
sistema de ensino. Na minha opinião, o sistema educativo precisa de uma reforma e de
uma nova reorganização curricular. Algo que transforme o nosso programa em algo
mais adequado e atualizado em relação aos alunos de hoje e às suas necessidades.

Acredito que a metodologia de ensino tradicional para o ensino da Ciências, hoje em


dia, está bastante ultrapassada e cada vez mais, surge a necessidade de transformar as
aulas de Ciências em momentos de aprendizagem apelativos, desafiadores e bastante
participativos por parte dos alunos. Para que isto aconteça precisamos de adoptar e
implementar nas aulas de Ciências novos modelos de ensino.

Todos sabemos que a disciplina de Ciências tem um forte carácter experimental e


muitos professores não tiram proveito disso. Ora, em grande parte dos casos,
infelizmente, verifica-se que as atividades experimentais são realizadas com pouca
frequência ou, em alguns casos, estão mesmo ausentes das aulas desta disciplina. Uns

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professores desculpam-se com a indisciplina constante dos alunos, outros devido à
extensão dos programas e carga horária reduzida desta disciplina… Enfim, são
variadíssimas as desculpas! E, não quero com isto, retirar a razão aquilo que os
professores têm argumentado. Penso apenas que, cabe aos professores procuraram os
métodos e estratégias de trabalho que melhor se adequem a cada um dos casos e depois
de várias tentativas (umas falhadas e as outras não) guiarem os alunos ao sucesso.

Está comprovado cientificamente que as atividades experimentais produzem um efeito


bastante positivo na aprendizagem dos alunos. Posto isto, julgo que, sem dúvida o
professor deve incluir a realização de atividades práticas no seu plano de aula.

Para além destes pontos que já fui evidenciado e que acho importantes penso que o
professor para além de dever ser capaz de incluir novas metodologias em contexto de
sala de aula, deve ainda, utilizar novas estratégias e materiais de apoio adequados aos
conteúdos programáticos; deve desenvolver hábitos de colaboração e de trabalho em
equipa; deve ser capaz de transformar os alunos em seres mais autónomos e
participativos.

É, ainda importante, que exista um respeito mútuo. Tanto entre os alunos como no que
respeita a relação aluno/professor. Acredito que deva existir uma certa liberdade de
expressão mas, que em nada prejudique o decorrer normal da aula. Os alunos devem
sentir-se à vontade para expôr as mais diversas questões e para discutir os mais variados
temas mas, sem nunca faltar ao respeito a nenhum colega nem a professor.

No fundo, acredito que para que uma aula possa ser considerada uma boa aula, o
ambiente deve ser de estimulação e motivação. Os alunos devem sentir vontade de estar
naquela aula, de aprender e de participar e compreender todos os conteúdos através da
interajuda. Para que isto aconteça, os alunos devem, no final de cada ano letivo,
sentirem-se mais capazes, mais autónomos e com espírito de interajuda.

O professor deve ser uma pessoa com um perfil ideal traçado, de forma a podermos
obter estes resultados. Com o objetivo de melhorar o processo de ensino e/ou
aprendizagem através das novas metodologias, estratégias e posteriormente, dar
feedback de forma positiva e correta.

Tarefa 2

3
26-06-2017

Síntese do artigo “Três estratégias básicas para a melhoria da aprendizagem:


objetivos de aprendizagem, avaliação formativa e feedback”.

De acordo com este artigo, o professor possui o poder de fazer a diferença de uma
forma positiva na vida dos seus alunos, através da valorização de estratégias de ensino e
aprendizagem que promovem um ambiente de sala de aula mais propício à
aprendizagem.

Marzano, Pickering e Pollock, no ano de 2001, demonstraram que as estratégias de


ensino que realmente são mais eficazes na sala de aula são aquelas que implicam que os
alunos conheçam os objetivos de aprendizagem. Isto porque, segundo os mesmos, os
alunos sentir-se-ão mais incentivados à participação na definição dos objetivos,
proporcionando-lhes mais tarde feedback por parte do professor para ajudar o seus
alunos a monitorizarem a sua aprendizagem.

Os estudos de meta-análise realizados por Hattie (2009 e 2012), demonstraram que as


três estratégias de ensino que realmente são eficazes são, os objetivos de aprendizagem,
a avaliação formativa e feedback.

1. Objetivos de aprendizagem

Os objetivos de aprendizagem são tópicos que, o professor define de forma clara e


explícita que pretendem que os seus alunos aprendam e dominem até ao final da
aprendizagem. As principais funções destes objetivos são a de orientação do ensino, da
aprendizagem e da avaliação. Estes podem ser classificados como gerais ou como mais
específicos. São específicos aqueles que exprimem claramente o(s) conceito(s) que se
pretende(m) que os alunos dominem até ao final da unidade de ensino. Para que estes
objetivos sejam funcionais e para que cumpram bem o seu papel de orientação para os
professores e alunos durante o ensino e aprendizagem, estes devem ser desafiadores,
mas realistas e atingíveis, que possuam metas temporais (serem atingíveis num curto
espaço de tempo sem esquecer o facto de que o espaço de tempo deve permitir que os
alunos os compreendam). Devem, também, ser orientadores, isto é, devem permitir que,
tanto o professor como os alunos saibam quando é que o objetivo foi alcançado. Devem
ser mesuráveis, isto é, devem apontar para resultados de aprendizagem que possam ser

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medidos e indicam aos alunos o que fazer para atingir os seus objetivos (por exemplo:
enumerar quatro gases que constituem a atmosfera).

Todos os objetivos devem ser bem explícitos e concisos para que surtam uma clara
orientação aos alunos e, assim, aumentem a motivação e envolvimento dos alunos nas
suas aprendizagens.

A formulação dos objetivos específicos deve recair sob o uso de verbos de ação (por
exemplo: indica, refere, explica…). Devem apontar para comportamento dos alunos
com possibilidade de serem observados pelo professor e também para que os alunos
sejam capazes de perceber se dominam os conteúdos ou competências presentes no
objetivo. Os alunos poderão ser capazes de evidenciar se realmente dominam ou não o
conteúdo/competência presente nos objetivos através de uma atividade oral ou escrita.

É, ainda importante, referir que a definição dos objetivos educacionais deve abranger os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor. As metas curriculares, determinadas pelo
Ministério de Educação para todas as disciplinas, refletem objetivos de aprendizagem. É
através das metas curriculares (objetivos gerais) e dos descritores de desempenho
(objetivos específicos) que se estabelecem os conhecimentos e competências a adquirir
pelos alunos nas diferentes áreas disciplinares. Os professores devem assim, constituir
uma base de trabalho através das metas curriculares e dos descritores de desempenho
quando tentam estabelecer os objetivos de aprendizagem destinados aos seus alunos.
Estes têm por objetivo a orientação do professor, definindo muito bem ou levantando a
questão onde quero que os meus alunos estejam no final da aula? ou o que devem os
meus alunos saber no final desta aula?.

Para além dos objetivos de aprendizagem, existem ainda, os critérios de sucesso, que
são ainda mais específicos que os primeiros. Estes estão ligados à realização das
diferentes atividades.

Os critérios de sucesso são direcionados apenas a uma atividade e são discutidos e


elaborados com os alunos antes da realização dessa mesma. Estes critérios de sucesso
fornecem ajuda aos alunos durante o seu desempenho e são utilizados como base para o
feedback, autoavaliação e heteroavaliação. Estabelecem bases para que os alunos se
tornem capazes de determinar e identificar a sua progressão na aprendizagem e ainda
decidir o próximo passo. Os alunos passam a ter a capacidade de identificar se
realmente aprenderam o que o professor queria que estes aprendessem e, com tudo isto,

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pretende-se que os alunos se tornem mais autónomos, que desenvolvam uma maior
capacidade de avaliação e que monitorizem a sua própria aprendizagem.

De acordo com alguns estudos os objetivos desafiadores e específicos guiam a maiores


níveis de realização escolar. Estes objetivos têm mais sucesso do que outros mais fáceis
de atingir. Dizem que as formulações utilizadas “O aluno deve ser capaz de…”
conduzem os alunos a uma noção mais claro de sucesso.

Os objetivos devem ser realistas e, para isso, não devem ter um nível de exigência que
os impossibilite de os conseguir atingir nem um nível que os alunos já são capazes de
atingir no momento. Para isso, os alunos devem seguir três condições: o aluno tem de
ter a capacidade para atingir o objetivo; precisa de estar comprometido em atingi-lo; e o
objetivo tem de ser específico e claro. Sempre que os alunos sentem e acreditam que
podem alcançar os objetivos, o compromisso de realização é maior, o que faz com que
os alunos tenham um melhor desempenho e uma maior aprendizagem.

De forma geral, resta salientar que todos os professores devem definir objetivos de
aprendizagem (descritores de desempenho e critérios de sucesso) que orientem melhor a
seleção das atividades de aprendizagem e avaliação.

O professor deve ainda proporcionar o envolvimento dos alunos no processo de


definição dos seus próprios objetivos. Por forma a facilitar que estes se concentrem nas
suas necessidades particulares de aprendizagem e se tornem autónomos para
monitorizarem o seu próprio progresso.

2. Avaliação formativa

Em relação à avaliação no processo de ensino e de aprendizagem, existem duas


perspetivas diferentes, mas complementares. Uma concentra-se nos resultados
educacionais (função de classificação, confirmação de saberes adquiridos, Atribui aos
alunos uma posição uma determinada escala), esta denomina-se de avaliação sumativa.
A outra perspetiva possui uma função diferente, a de regulação do ensino e da
aprendizagem (permite averiguar se os alunos estão a percorrer o caminho necessário
para atingirem os seus objetivos de aprendizagem), esta denomina-se de avaliação
formativa.

Hoje em dia dá-se mais ênfase à classificação do que à avaliação, no entanto, as notas
têm pouco valor para a verdadeira aprendizagem e ensino. Posto isto, deve considerar-se

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quais os fatores que realmente influenciam a melhoria da aprendizagem e ensino. A
avaliação sumativa deveria ser utlizada com o objetivo de orientar os alunos e, tornar-
se-ia assim, mais produtiva na aprendizagem dos alunos. Já a avaliação formativa tem
mais sucesso, pois avalia a aprendizagem considerando o progresso individual dos
alunos e tem como objetivo elevar o rendimento escolar dos alunos. Este tipo de
avaliação é utilizado como suporte da aprendizagem e ensino. Esta avaliação ocorre
quando so professores utilizam dados sobre a avaliação para informar o ensino,
avaliação para aprendizagem (implica que os professores averiguem o conhecimento
dos alunos, tendo como referência os objetivos de aprendizagem e usem esses dados
para planificar aulas e selecionar estratégias e atividades a desenvolver pelos alunos) e,
quando os alunos utilizam a avaliação para melhorar a própria aprendizagem, avaliação
como aprendizagem (ocorre quando os alunos refletem sobre com o monitorizar os seus
progressos para consciencializarem quais os seus próximos objetivos de aprendizagem).

A avaliação formativa atribui um papel de maior responsabilidade nos alunos em


relação à aprendizagem e à avaliação, a partir do seu envolvimento nos processos de
auto e heteroavaliação.

Tendo em conta que a avaliação formativa está interligada aos objetivos de


aprendizagem, pois fornece dados acerca da aprendizagem dos alunos. Isto é, quando os
alunos compreendem claramente os objetivos de aprendizagem tornam-se mais capazes
de avaliar o seu desempenho. O professor deve utilizar sistematicamente a avaliação
formativa e encara-la como um processo para obter um maior rendimento por parte dos
seus alunos.

3. Feedback

O feedback é classificado como um constituinte da avaliação formativa que desempenha


um papel de maior importância no processo de aprendizagem e ensino. Para comprovar
estas afirmações temos o estudo de Wiliam (2006) que verificou que o “feedback
fornecido pelos professores aos alunos se encontra entre as cinco estratégias de
avaliação formativa mais eficazes na melhoria do desempenho escolar…”. As outras
quatro estratégias são o questionamento orientado para os descritores de desempenho e
critérios de sucesso, a autoavaliação e a heteroavaliação, tal como já falamos
anteriormente.

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Hattie e Timperley (2007) vem também acrescentar evidências quantitativas de que o
feedback é uma das influências mais poderosas no desempenho escolar do aluno. Ainda
Hattie (2009) afirma que “o feedback é conhecido por ser um motivador positivo para
os alunos, com efeitos poderosos sobre os resultados da aprendizagem”.

De acordo com Lopes & Silva (2010) e Silva & Lopes (2014,2015) o feedback consiste
nas informações sobre a aprendizagem que são fornecidas aos alunos pelos professores,
aos professores pelos alunos e de aluno para aluno, com o principal objetivo de
melhorar a aprendizagem. Este termo subdivide-se em duas expressões: “feedback”
(consiste nas informações que o aluno já sabe) e “feedforward” (consiste nas
informações que o aluno precisa de aprender para avançar na aprendizagem). No
entanto, o termo “feedback” é muitas vezes utilizado para descrever ambos os processos
(Rubie-Davies, 2015).

Por fim, Ramaprasad (1983) entende feedback como sendo um elo de ligação ente o
ensino e aprendizagem. Isto é, o feedback constitui as informações que diferenciam o
nível de aprendizagem real do nível de aprendizagem desejado, que, por sua vez, levam
à ação corretiva que permite eliminar essa diferença.

3.1 Feedback eficaz

O feedback é considerado eficaz quando os alunos o recebem, entendem e utilizam por


forma a ajustar as suas estratégias de aprendizagem e por fim, melhorar os seus
conhecimentos.

3.1. 1 Questões do feedback

O feedback eficaz permite responder a três perguntas: “Para onde vou?” (o aluno tem
como referência os descritores de desempenho e os critérios de sucesso); “Onde estou
agora?” (o aluno é implicado na sua própria avaliação); e “Qual estratégia(s) que me
permite(m) chegar onde preciso?” (o aluno deve planificar os próximos passos na
aprendizagem).

Posto isto, para que se consiga dar resposta a estas questões deve-se: estabelecer
objetivos de aprendizagem eficazes; avaliar os níveis de compreensão dos alunos
relativamente aos mesmos e utilizar estratégias e atividades de aprendizagem que lhes
possibilitem percorrer a distância a que se encontram dos objetivos de aprendizagem
definidos. Por último, em relação aos próximos passos na aprendizagem do aluno para

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alcançar os seus objetivos, as informações podem vir do feedback do professor, podem
ser resultantes da autoavaliação do aluno ou mesmo desenvolvido em colaboração com
o seu professor ou com os seus colegas (heteroavaliação).

3.1.2 Níveis do feedback

O feedback pode referir-se a quatro níveis: nível da tarefa, nível do processo, nível da
autorregulação e nível do eu.

Em relação ao nível da tarefa, as sugestões devem ser claras e precisas para que o aluno
adquira mais informações ou corrija as que considerou na elaboração do seu trabalho.

No nível do processo, devem ser fornecidas informações que possibilitem ao aluno a


capacidade de melhorar a estratégia utilizada ou recorrer a outra estratégia de resolução
alternativas e mais válidas.

No nível da autorregulação, o principal objetivo é apoiar o aluno no desenvolvimento de


competências de autoavaliação da aprendizagem para que o aluno se torne mais
autónomo para enfrentar as tarefas de aprendizagem.

Por fim, o nível do eu, está relacionado com o professor, sobre o que este pensa dos
alunos e nos seus atributos pessoais. Este nível feedback deve ser evitado uma vez que,
não fornece qualquer informação sobre o progresso do aluno e pode ser visto por este
como um aspeto negativo.

3.1.3 Estrutura do feedback

O feedback, quanto à sua estrutura, pode ser considerado formativo ou avaliativo. No


caso do feedback formativo este tem como principal objetivo informar o aluno sobre o
seu atual desempenho ou entendimento e centra-se nos resultados e nos processos de
aprendizagem, salientando os pontos mais fortes do trabalho, facultando ideias para
melhorar os pontos fracos, oferecendo pistas de melhoria para incentivar os alunos a
continuarem o seu esforço para aprender.

O feedback avaliativo, baseia-se me juízos de valor apresentados pelo professor, que


podem ser assumidos como forma de aprovação e reprovação. Este tipo de feedback
pode fazer com que o aluno adote uma posição defensiva e não aceite as informações
que lhe são disponibilizadas sobre o trabalho realizado.

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Posto isto, resta referir que o feedback só é eficaz se for disponibilizado em tempo
oportuno e se incluir informações para guiar o desempenho futuro dos alunos.

4. Conclusão

Em suma, a definição e a partilha dos objetivos de aprendizagem, a avaliação formativa


e o feedback são as estratégias mais indicadas e consideradas mais eficazes na
promoção da aprendizagem dos alunos. Estas estratégias ajudam a que os alunos
diminuam a sua ansiedade, a incrementar a motivação intrínseca e a capacidade para ter
sucesso.

O feedback eficaz é o principal responsável por uma orientação clara que ajuda os
alunos no ajustamento da sua aprendizagem. Este facto tem um maior impacto no
desempenho escolar dos alunos e possibilita que os alunos se envolvam nas suas tarefas
com maior persistência até à aquisição dos objetivos de aprendizagem.

Tarefa 3

12-07-2017

Síntese do capítulo “O que fazer para tornar o questionamento eficaz na sala de


aula?”.

Hattie (2012) refere que caso os professores pratiquem um questionamento competente


podem orientar os alunos para respostas ponderadas e refletidas e, desta forma, facilitar
a obtenção de níveis mais elevados de desempenho escolar.

Ao longo dos anos, os investigadores têm vindo a afirmar que o questionamento é: “um
dos componentes do processamento que está na base da compreensão (Collins, Brown
& Larkin, 1980) da resolução de problemas (Reisbeck, 1988), do raciocínio (Sternberg,
1987) e da aprendizagem”.

O questionamento pode subdividir-se em duas categorias fazer e produzir questões. E,


para que seja considerado eficaz é essencial que se desenvolvam sequências lógicas no
questionamento. Deve iniciar-se este processo com questões fechadas, de um baixo
nível cognitivo, e em seguida partir para a realização de questões de um nível cognitivo

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mais elevado, conhecidas como questões abertas. Estas últimas são características para
desenvolver o domínio cognitivo e promover raciocínios mais complexos nos alunos.

O professor deve ter em conta, durante a planificação das atividades, os tipos de


perguntas que faz e à forma como as faz. Devem ser colocadas questões claras e com
diferentes níveis de complexidade.

Para assegurar um bom questionamento, o professor deve implementar na sua sala


de aula vários procedimentos:

 Criar um clima na sala de aula em que os alunos se sintam seguros para cometer
erros. Este clima, em contexto de sal de aula, é fundamental para a construção da
confiança necessária para especular e assumir riscos. Os alunos devem sentir-se
confortáveis para tomarem a iniciativa em responder.
 Dar tempo para que os alunos partilhem pontos de vista antes de responder. Isto
é, devem dar-se tempos de espera aos alunos que permitam efetuar a pergunta e
aguardar pela resposta e/ou o aluno dá a resposta e o professor dá algum tempo
para pensar no feedback que lhe vai dar. Sempre que os alunos dão uma resposta
o professor deve-se certificar de que tantos os alunos como o professor atribuem
importância e ouvem com atenção os contributos dados por algum colega. É
ainda importante que nenhuma resposta seja ridicularizada por parte dos colegas.
O professor deve ser o principal encorajador e grande apoio no sentido de
reduzir a ansiedade e fazer com que a aula seja uma excelente experiência de
aprendizagem. Deve ainda, dirigir aos alunos mais tímidos, perguntas abertas,
por forma a assegurar que estes ganhem confiança, para responder às questões e
intervir voluntariamente na aula. As questões devem ser colocadas
aleatoriamente com o objetivo de criar igual oportunidade a todos os alunos.
Todos os alunos devem ser encorajados na resposta. O professor deve mostrar
que estar errado é aceitável e deve ser capaz de reformular as suas questões e
fornecer pistas, para que os alunos consigam alcançar a resposta. Dar feedback
após a resposta, e se não estiver correta na totalidade, iniciar sempre pelo
feedback positivo.
 Usar a regra de não levantar o braço. Esta regra garante que todos os alunos têm
a mesma probabilidade de serem convidados a dar uma resposta, tornando o
processo de questionamento mais inclusivo. Caso um aluno não consiga dar a

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resposta, o professor deve recorrer a outras estratégias, dar-lhe pistas, reformular
a questão ou pedir ajuda a outro colega.
 O comportamento do professor depois de um aluno responder a uma pergunta. O
comportamento por parte do professor após a resposta do aluno é muito
importante pois, pode levar o aluno a retirar conclusões precipitadas.
 Manter as perguntas neutras. O professor deve ter em atenção os adjetivos, sinais
verbais e não verbais que utiliza em contexto de sala de aula. Pequenas
expressões faciais podem interromper o pensamento dos alunos.
 Dar um tempo de espera. Deve dar-se entre 3 a 5 segundos de espera antes e
depois da implementação da questão. Isto permite que os alunos tenham tempo
para pensar e o professor também, especialmente no feedback que quer dar ao
aluno.
 Variar o tipo e grau de dificuldade das perguntas. Deve iniciar-se o
questionamento com perguntas fechadas, ao nível do conhecimento e da
compreensão. Seguindo para perguntas abertas, ao nível da aplicação, análise e
síntese. Fazendo perguntas difíceis e desafiadoras, todavia atingíveis, tendo
sempre em conta, as características dos alunos e o objetivo da aula.
 Solicitar a apresentação de justificações ou provas. Isto pode ser utilizado para
procurar mais informações, esclarecer respostas ou para que os alunos
desenvolvam mais as suas respostas.
 Estabelecer requisitos mínimos para as respostas, por exemplo, impor um
número de palavras nas respostas para obter respostas mais longas. No início de
cada aula, dar a conhecer aos alunos o objetivo da aula, para que possam
reforçar as ideias, dando tempo para se prepararem para as respostas.
 Evitar fazer várias perguntas ao mesmo tempo, para não confundir.
 Permitir que os alunos falem mais, pois devem falar mais que o professor.
 Incentivar os alunos a fazerem perguntas, para desenvolverem competências
cognitivas mais elevadas.
 Dar igual oportunidade aos alunos para responder, por exemplo, as expostas em
coro.
 Não fazer perguntas sobre o “porquê” do mau comportamento do aluno, pois o
aluno sentirá necessidade de se defender. Questões como por exemplo “O que

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estás a fazer?” são mais eficazes na captação da atenção do aluno em relação ao
seu mau comportamento.

Tarefa 4

15-07-2017

Síntese do capítulo “Instrução direta, ensino explícito ou activo” do livro “O


Professor faz a diferença” e comparação com o método transmissivo.

Este método designado como instrução direta ou ainda ensino explícito ou ativo é
essencialmente centrado no professor, seguindo o princípio de base de Rosenshine
(1997:258) “Se desejas que os alunos aprendam qualquer coisa, ensina-os
directamente”. Este método pretende acelerar o desempenho dos alunos. Pretende
ensinar mais em menos tempo e conseguir que os alunos façam esta aprendizagem de
uma forma compreensiva (não mecânica).

Este método é muito estruturado e possui diferentes etapas que devem ser aplicadas na
sala de aula, sendo: Associação da aula aos conhecimentos anteriores dos alunos;
apresentação e explicação dos objetivos da aula; apresentação dos conteúdos da aula;
prática guiada de exercícios de aprendizagem; p´ratica independente com utilização de
exercícios suplementares com feedback respeitante às aprendizagens; e as revisões
semanais ou mensais;

Em relação à primeira etapa, esta pode ser aplicada através da correção de exercícios
resolvidos anteriormente ou trabalhos de casa, pode ser feito um questionamento oral ou
escrito por forma a verificar os conhecimentos dos alunos.

Na segunda etapa, o professor apresenta os objetivos da aula e explica a sua


importância.

Na terceira etapa, o professor apresenta os conteúdos pretendidos em pequenas unidades


e sob forma de esquema para não sobrecarregar a memória de trabalho dos alunos.
Apresenta um plano que seja de fácil acompanhamento e apresentação. Assegura-se de

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que todas as explicações vêm acompanhadas com exemplos precisos e pertinentes. Por
último, verifica com regularidade a compreensão dos alunos utilizando perguntas.

Na quarta etapa, iniciam-se a resolução de exercícios, que devem ser aplicados do mais
simples para os mais complexos. Aqui, o professor guia a aprendizagem dos alunos
fornecendo feedback e auxiliando os alunos nas suas necessidades de aprendizagem.

A quinta etapa tem dois objetivos prioritários: “para o aluno, a assimilação dos
conhecimentos e competências; para o professor, a obtenção da informação que lhe
permitirá adaptar o seu ensino e prever exercícios de remediação numa perspetiva de
avaliação formativa”. Nesta etapa pretende-se que os alunos apliquem os conhecimentos
até então adquiridos.

Por último, a sexta etapa, tem como principal objetivo a consolidação das
aprendizagens efetuadas e a verificação dos conhecimentos necessários adquiridos pelos
alunos para que se possa avançar para o próximo conteúdo programático. As revisões
devem ser realizadas em intervalos de tempo repetidos para que os alunos não esqueçam
a aprendizagem. Esta etapa é extremamente importante pois, permite, que os alunos
estabeleçam todas as ligações entre as diferentes partes da meteria, que obtenham
explicações adicionais e que consolidem as aprendizagens.

Em suma, a instrução direta é um método altamente estruturado, no qual o professor


apresenta material em pequenas partes, utiliza organizadores avançados, verifica a
compreensão, possibilita que todos os alunos participem e proporciona informação
retroativa sobre as suas respostas. Tudo isto, num ritmo rápido e ativo.

Comparação entre o método “instrução direta” e “método expositivo”.

O método expositivo caracteriza-se, essencialmente, pela transmissão dos conteúdos (de


forma mecânica) no qual, os alunos têm que descodificar essa transmissão e memoriza-
la. Neste método o professor não utiliza avaliação formativa e caso os alunos não
estejam a dominar os conteúdos como seria desejado, o professor “ignora” e parte para a
exposição de novos conteúdos. A avaliação sumativa é realizada com base em testes e
são sempre grandes e abordam muitos conteúdos programáticos. Para além disto, este
tipo de avaliação ocorre com pouca frequência.

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O método de instrução direta representa precisamente o contrário do método expositivo.
No método de instrução direta o professor revela uma enorme preocupação com o
decorrer da aula e a forma como esta se estrutura. O professor apresenta os objetivos da
aula, conteúdos e competências em pequenas unidades e utilizando esquemas,
exemplificando como se fazem cada uma das atividades/exercícios, por etapas, e
partindo do mais simples para o mais complexo. No decorrer da sua aula o professor
adepto deste método deve realizar uma prática guiada sobre tudo o que foi ensinado,
verifica as aprendizagens dos alunos e fornece-lhes feedback. Por último, realiza
questões e fornece aos alunos múltiplas oportunidades para aprenderem a partir da
prática independente sobre os conteúdos aprendidos e caso verifique que os alunos não
dominam os conteúdos, volta a ensiná-los.

Posto isto, pode afirmar-se que o método de instrução direta possibilita que os alunos
realizem uma aprendizagem mais significativa.

Tarefa 5

18-07-2017

Síntese do capítulo “Tutoria entre pares” do livro “O Professor faz a diferença” e


comparação com o método transmissivo.

A tutoria entre pares é um método de ensino que consiste na escolha de alunos tutores e
alunos tutorados. Neste método de ensino pretende-se que os alunos tutores ajudem os
seus colegas (tutorados) que estão a ter dificuldades em compreender ou em realizar
uma determinada tarefa. Este método orienta a aprendizagem para as necessidades dos
alunos. Por exemplo, nos casos em que alunos, com algumas dificuldades, são
colocados em turmas em que a grande maioria dos alunos aprende rapidamente, podem
nunca superar certas dificuldades a ponto de acompanhar eficazmente os restantes
colegas. Para que se controle uma situação destas é muito importante que se seja
efetuada uma avaliação individualizada e uma ajuda pedagógica diferenciada. Isto
consegue-se pelo recurso à tutoria proporcionada pelos colegas mais capazes, utilizada
como complemento ao ensino regular.

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O professor pode ainda colocar em prática este método sempre que pretender que os
alunos adquiram as competências de autocontrolo e autorregulação da sua
aprendizagem.

Muitos investigadores defendem que este método de ensino tem muitos benefícios a
nível académico e social. Normalmente, a tutoria que ocorre em que os alunos mais
velhos servem como tutores dos mais novos, revela-se mais eficaz do que quando os
tutore e tutorados têm a mesma idade ou quando os tutores são adultos. E, sempre que
envolve alunos em fase de aquisição, quando se definem claramente os critérios de
sucesso, usando como alvos ou metas a atingir.

Em suma, os alunos são gestores da sua própria aprendizagem ou da aprendizagem dos


colegas e essa autonomia faz com que maiores efeitos no rendimento escolar sejam
alcançados.

As principais vantagens da tutoria entre pares são:

Para os tutores:

- Desenvolve o sentido de cooperação, autonomia e entreajuda;

- Consolida as noções ensinadas;

Para os tutelados:

- Permite receber uma ajuda individual e particular;

- Faz viver experiências de situações de sucesso escolar;

- Dá uma possibilidade maior de atingir os objetivos visados;

Para o professor:

- Pode ajudar a aliviar a sobrecarga de trabalho que advém da necessidade de prestar


ajuda diferenciada em simultâneo a vários alunos;

- Dá a possibilidade de intervir em relação a problemas mais específicos.

Comparação entre o método “Tutoria entre pares” e “método expositivo”.

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Tal como já foi referido na tarefa anterior, o método expositivo é aquele em que o
professor apresenta conceitos, princípios, deduções ou afirmações a partir dos quais se
tiram conclusões ou consequências. É, quase sempre, o professor a tirar as conclusões.
Cabe aos alunos descodificar a transmissão da informação e memorizá-la.

A centralidade deste método de ensino está no professor e nos conteúdos. Os alunos


ficam bastante restritos em relação à exploração de alternativas de resolução dos
exercícios, não lhes permite qualquer iniciativa e o feedback não é realizado de forma
parcial e contínua.

Neste método o professor não utiliza avaliação formativa e caso os alunos não estejam a
dominar os conteúdos como seria desejado, o professor “ignora” e parte para a
exposição de novos conteúdos.

O método de “Tutoria entre pares” vem precisamente contrariar esta última


característica descrita sobre o método expositivo. Pois, é um método de ensino que
consiste na entreajuda e no combate às dificuldades dos alunos possibilitando assim, a
todos os alunos, a oportunidade de alcançar os seus objetivos definidos e a realização de
uma aprendizagem eficaz. Trata-se de um método de ensino cooperativo que pode ser
utilizado como complemento ao ensino regular.

Posto isto, pode afirmar-se que o método cooperativo de ensino “Tutoria entre pares”
possibilita que os alunos realizem uma aprendizagem mais significativa.

Tarefa 6

21-07-2017

Planificação de uma atividade de ensino aprendizagem com os métodos/técnicas


que se estudou

Plano de Aula Ciências da Natureza


Ano curricular: 5º Ano
Domínio: Diversidade de seres vivos e suas interações com o meio
Subdomínio: Diversidade nos animais

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Conteúdo programático: Compreender de que se alimentam os animais – Variedade
de regimes alimentares

Sumário:
- Visualização de um vídeo sobre a “Função da dentição”, respetiva análise e
discussão;
- Visualização de um vídeo sobre a “Dentição dos animais carnívoros”, respetiva
análise e discussão;
- Realização de uma ficha de trabalho;
-Registo dos conhecimentos adquiridos.

Objetivos (Metas Curriculares) Descritores de desempenho

Domínio cognitivo No final desta aula, os alunos devem


Meta Curricular 8 ser capazes de:
 8.1. Apresentar exemplos de animais
 Compreender a diversidade de regimes
que possuam distintos regimes
alimentares dos animais tendo em conta o
alimentares.
respetivo habitat
 8.2. Descrever adaptações
morfológicas das aves e dos
mamíferos à procura e à captação de
alimento, com base em documentos
diversificados.
 8.3. Comparar os comportamentos
dos animais na obtenção de alimento
com as caraterísticas morfológicas
que possuem.

 Interpretação de vídeos  Selecionar as ideias principais


 Resumir o vídeo

Domínio afetivo  Desempenhar com responsabilidade

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Cooperar nas atividades da aula os papéis atribuídos no trabalho de
(Objetivo de desenvolvimento/processo) grupo;
 Revelar capacidade de observar e
ordenar as observações;
 Partilhar ideias e materiais;
 Criticar as ideias e não as pessoas;
 Respeitar a sua vez de intervir
 Dar a sua opinião;
 Encorajar os colegas;
 Ajudar mutuamente;
 Se exprimir de forma clara,
oralmente e por escrito;
 Respeitar a opinião dos colegas.

Principais conceitos: Regime alimentar dos animais, carnívoro (insectívoro,


piscívoro, necrófago), herbívoro (granívoro, frugívoro, herbívoro), omnívoro, tipos de
dentição, dentição completa (incisivos, caninos, molares), dentição incompleta,
comportamento alimentar dos animais, caça, procura de aimento

Abertura/Motivação/Questão
Tempo Notas do professor
-problema/ Avaliação inicial

5 minutos Abertura/Motivação/ Grupos cooperativos


Avaliação inicial: de quatro alunos:
Questão – problema: Pensar individualmente,
- Que tipos de dentes possuem partilhar em pares e
os animais carnívoros, posteriormente em
herbívoros e omnívoros? quatro.
Diagnóstico das ideias prévias. Papéis: Porta-voz,
Método: Variações KWL. registador e controlador
Preenchimento da folha KWL do tempo.

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(coluna “o que sabemos” e “o
que desejamos saber”).
Apresentação e discussão dos
descritores de desempenho.

Corpo principal da aula:


20 minutos
Atividades/estratégias de
aprendizagem/reestruturação
dos conceitos prévios:
 Visualização e exploração
do vídeo sobre a função da
dentição;
 Análise e discussão sobre o
Método:
vídeo visualizado.
Senhas para falar
 Visualização de um vídeo
sobre a “Dentição dos animais
carnívoros”
 Análise e discussão do vídeo
visualizado;
 Visualização de um vídeo
sobre a “Dentição dos animais
herbívoros”
 Análise e discussão do vídeo
visualizado;
 Visualização de um vídeo
sobre a “Dentição dos animais
omnívoros” (Anexo VI);
 Análise e discussão do vídeo
visualizado;
Utilização do método Instrução
direta.

Estratégia de consolidação
15 minutos
das aprendizagens:
Grupos cooperativos
Realização de uma ficha de

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trabalho “A dentição dos de três alunos:
animais”, utilizando a técnica Capitão do silêncio,
de avaliação formativa – copos porta-voz, registador,
coloridos e utilizando a tutoria tutor e tutorando.
entre pares.

Encerramento/Avaliação
5 minutos
Estratégia de avaliação/reflexão
sobre a aprendizagem:
Partilha, em grande grupo, das
respostas às questões “o que
aprendi” na folha KWL.

Recursos/Materiais:
-Manual da Ciências da Natureza 5º Ano;
-Caderno diário dos alunos;
-Computador;
-Quadro;
-Caneta para o quadro;
-Projetor multimédia;
-PowerPoint com os objetivos da aula;
-Folhas KWL;
-Vídeo sobre a “Função da dentição”;
-Vídeo sobre a “Dentição dos animais carnívoros”;
-Vídeo sobre a “Dentição dos animais herbívoros”;
-Vídeo sobre a “Dentição dos animais omnívoros”;
-Ficha de trabalho “A dentição dos animais”.

Tipos de avaliação
Formativa
Objetivos cognitivos
Autoavaliação com feedback para o professor
TAF: Copos coloridos no decorrer da aula, KWL, senhas para falar

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Tarefa 7

23-07-2017

Como descreve / carateriza uma boa aula de Ciências Naturais (papel do


professor e doas alunos) de forma a que se assegure uma boa aprendizagem?

A concretização de uma boa aula de Ciências Naturais, na minha opinião, está


dependente de vários fatores. Acredito que as aulas devam ser asseguradas por um
professor com uma boa cultura geral e com pleno domínio dos conteúdos que deve
ensinar e dos meios para fazê-lo com eficácia. Ainda, penso que deva ser um professor
que se sinta realizado profissionalmente e que realmente possua uma grande paixão pelo
ensino. Acredito que estes sejam os ingredientes essenciais para obtermos profissionais
com disponibilidade para uma formação e aprendizagem constante.

O professor deve ser um profissional com capacidade de adaptação e que se encontre


disponível e motivado para encontrar e trabalhar com as metodologias mais adequadas a
cada turma.

Uma aula de Ciências deve considerar-se boa sempre que os objetivos de aprendizagem
pré-estabelecidos são atingidos por todos os alunos. Portanto, sempre que ocorre uma
aprendizagem eficaz.

Para que isto aconteça, portanto, que os professores consigam ser capazes de dominar
todos os conteúdos a lecionar, que dominem uma boa cultura geral e sejam capazes de
selecionar os modelos de ensino e/ou aprendizagem mais adequados a cada uma das
várias situações englobadas numa sala de aula e numa escola, julgo que o professor
deva colocar em práticas as seguintes estratégias:

- Dar a conhecer aos seus alunos os objetivos de aprendizagem e critérios de sucesso,


devendo estes ser mensuráveis, desafiadores, atingíveis e realistas;

- Usufruir da avaliação sumativa, bem como, da formativa, envolvendo a avaliação


como aprendizagem e a avaliação para a aprendizagem. Estes tipos de avaliação

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permitem que os alunos realizem a auto e heteroavaliação, desempenhando um papel
qualitativo;

- Partilhar e receber, constantemente, feedback, que pode ser avaliativo e formativo. Em


relação ao Feedback, este pode funcionar em diferentes níveis: nível da tarefa; nível do
processo; e nível da autorregulação e nível do eu.

Acredito que a metodologia de ensino expositivo para o ensino da Ciências, hoje em


dia, está bastante ultrapassada e cada vez mais, surge a necessidade de transformar as
aulas de Ciências em momentos de aprendizagem apelativos, desafiadores e bastante
participativos por parte dos alunos. Para que isto aconteça precisamos de adotar e
implementar nas aulas de Ciências novos modelos de ensino tais como: Instrução direta,
ensino explícito ou ativo e Tutoria entre pares.

Todos sabemos que a disciplina de Ciências tem um forte carácter experimental e


muitos professores não tiram proveito disso. Ora, em grande parte dos casos,
infelizmente, verifica-se que as atividades experimentais são realizadas com pouca
frequência ou, em alguns casos, estão mesmo ausentes das aulas desta disciplina. Uns
professores desculpam-se com a indisciplina constante dos alunos, outros devido à
extensão dos programas e carga horária reduzida desta disciplina.

Para além destes pontos que já fui evidenciado e que acho importantes penso que o
professor deve ter um papel de orientador e deve ser capaz de incluir novas
metodologias em contexto de sala de aula, deve ainda, utilizar novas estratégias,
nomeadamente, a aprendizagem cooperativa, na qual os alunos são estimulados e
motivados a participar na aula e a compreender os conteúdos através da interajuda.
Deve, ainda, desenvolver hábitos de colaboração e de trabalho em equipa; deve ser
capaz de transformar os alunos em seres mais autónomos e participativos.

É, ainda importante, que exista um respeito mútuo. Tanto entre os alunos como no que
respeita a relação aluno/professor. Acredito que deva existir uma certa liberdade de
expressão mas, que em nada prejudique o decorrer normal da aula. Os alunos devem
sentir-se à vontade para expôr as mais diversas questões e para discutir os mais variados
temas mas, sem nunca faltar ao respeito a nenhum colega nem a professor.

No fundo, acredito que para que uma aula possa ser considerada uma boa aula, o
ambiente deve ser de estimulação e motivação, podendo obter-se através de um

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questionamento eficaz e da aplicação de um feedback eficaz. Os alunos devem sentir
vontade de estar naquela aula, de aprender e de participar e compreender todos os
conteúdos através da interajuda. Para que isto aconteça, os alunos devem, no final de
cada ano letivo, sentirem-se mais capazes, mais autónomos e com espírito de interajuda.
Estes objetivos definidos pelo professor podem ser alcançados com a aplicação dos
métodos cooperativos em contexto de sala de aula, como por exemplo, a Tutoria entre
pares. É, também, muito importante a implementação da apresentação clara dos
objetivos de aprendizagem, relacionar os conhecimentos prévios dos alunos com o que
pretende aprender, isto consegue-se através do preenchimento das folhas KWL, e, por
fim, dar um feedback positivo e adequado.

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