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Universidade Anhanguera – Uniderp

Centro de Educação à Distância.


Unidade de Osasco – SP
Curso de Educação Física – 4º semestre

Dilermando Ferreira Reis Junior – R.A. 4202736201

DESAFIO PROFISSIONAL

DISCIPLINAS DE: Educação Física Adaptada e Primeiros Socorros, Educação Física


Escolar e Saúde, Metodologia do Ensino da Atividade Rítmica e Dança, Metodologia do
Ensino da Ginastica Escolar, Seminário da Prática – Metodologias do Ensino da Educação
Física: Atividade Rítmica, Dança e Ginastica Escolar

TUTOR: ROGÉRIO CLEMILSON GOIS

Osasco - SP, 20 de novembro de 2017


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 03

2. DEFICIÊNCIAS, SUAS CARACTERÍSTICAS E IMPACTO NA AULA DE

EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................ 04

2.1 Deficiência motora ................................................................................................ 04

2.2 Deficiência Sensorial ............................................................................................. 05

2.2.1 Deficiência Sensorial visual .............................................................................. 05

2.2.2 Deficiência sensorial auditiva ............................................................................ 06

2.3 Deficiência Intelectual e múltiplas deficiências ................................................... 07

2.3.1 Deficiência Intelectual e múltiplas deficiências – síndrome de Dow ................ 07

3. INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR -ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE

INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO REGULAR....... 09

4. PESQUISA DE CAMPO – AULA E ENTREVISTA NA ESCOLA .................... 10

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 12

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 13

ANEXO 1- Plano de Aula – Deficiente visual ....................................................... 14

ANEXO 2 - Plano de Aula – Síndrome de Dow ...................................................... 15

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar breve análise sobre os tipos de
Deficiências, suas características e impacto na aula de educação física, verificar qual é a
realidade dos alunos de inclusão nas escola regulares, refletir como os professores de educação
física traçam estratégias para criar atividades pra os alunos com deficiência visando o
desenvolvimento de atividades práticas inclusivas.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica sobre o processo histórico da
inclusão, sobretudo na área de educação física, enriquecida com uma pesquisa de campo, por
meio de uma entrevista com dois professores de educação física que lecionam em uma Escola
Estadual de Ensino Fundamental I e a elaboração de um plano de aula em que atenda às
necessidades de alunos com deficiência visual e síndrome de Dow.

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2. DEFICIÊNCIAS, SUAS CARACTERÍSTICAS E IMPACTO NA AULA
DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Conforme estabelece o art. 2º da nova Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com


Deficiência, “considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

2.1 Deficiência motora


Deficiência motora é qualquer défice ou anomalia que tenha como consequências uma
dificuldade, alteração/e ou não existência de um determinado movimento considerado normal
do ser humano, a qual poderá ser de carácter congénito ou adquirido.
Desta forma, esta disfunção irá afetar o indivíduo, no que diz respeito à mobilidade. À
coordenação motora ou à fala. Este tipo de deficiência pode decorrer de lesões neurológicas,
neuromusculares, ortopédicas e ainda de mal formação.

Deficiência motora – Impacto nas aulas de educação física

Nas aulas de educação física para um aluno com deficiência motora o professor precisa
ter conhecimentos básicos sobre seu aluno (tipo de deficiência, idade, funções e estruturas que
estão sendo prejudicadas, etc.), uma vez que, ao conhecer o educando, ele adequará a
metodologia a ser adotada.
Assim irá proporcionar vivências e oportunidades motoras adaptando-se às mais
diferentes realidades e construir exercícios e atividades que promovam a estimulação das áreas
motoras mais debilitadas, as quais, devido ao impedimento de um desenvolvimento adequado,
estão comprometidas.
Para cada tipo de deficiência motora existe uma maneira de enfatizar as necessidades
a serem contempladas, onde deve respeitar suas limitações e promover autonomia, sabendo que
oportunidades de movimento, adequadas às características e necessidades das crianças, são
fundamentais para seu desenvolvimento global.
Faz-se então necessário que o professor de Educação Física tenha conhecimento do
perfil de seus alunos com deficiências, que se pergunte ao aluno a sua opinião acerca do que
gosta, do que quer fazer antes de afastá-lo ou excluí-lo de alguma atividade proposto com a
intenção de proteção de imaginar que o mesmo não seja capaz de realizar tal tarefa.

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2.2 Deficiência Sensorial

Deficiência sensorial se caracteriza pelo não-funcionamento (total ou parcial) de algum dos


cinco sentidos. Classicamente, a surdez e a cegueira são consideradas deficiências sensoriais,
mas déficits relacionados ao tato, olfato ou paladar também podem ser enquadrados em tal
categoria.

2.2.1 Deficiência sensorial – visual

Deficiência visual é definida como a perda total ou parcial da visão de um ou de ambos


os olhos, congênita ou adquirida, que não pode ser melhorada com a ajuda de lentes, tratamento
clínico ou cirúrgico. O nível de acuidade visual pode variar, o que determina dois grupos de
deficiência:
Cegueira – há perda total da visão, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille
como meio de leitura e escrita.
Baixa visão ou visão subnormal – caracteriza-se pelo comprometimento do
funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa
visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais.

Deficiência sensorial – visual. Impacto nas aulas de educação física

Nas aulas de educação física o professor deverá assegurar-se de que o aluno com
deficiência visual esteja familiarizado com o espaço físico, percursos, inclinações do terreno e
diferenças de pisos, pois previnem acidentes, lesões e quedas.
O professor deve estar ciente de que o comando verbal é o primeiro contato para boa
relação com o aluno e aluno-aluno; explicar de forma clara e objetiva; não mudar o local da
atividade, para que o aluno não perca a direção da origem da informação; quando o comando
verbal não for suficiente, passar as informações através do tato; incentivar autonomia,
orientando sobre o espaço físico onde estão os materiais da quadra, para que organize seu mapa
mental; quando necessário usar um aluno para ser o guia.
Desta forma através de um trabalho psicomotor desenvolver autonomia, elevar sua
autoestima fazendo com que ele tenha maior conhecimento do seu corpo e de suas
possibilidades.

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2.2.2 Deficiência sensorial – auditiva

Deficiência auditiva (também conhecida com hipoacusia ou surdez) é a perda parcial ou


total da audição, causada por má-formação (causa genética), lesão na orelha ou nas estruturas
que compõem o aparelho auditivo, ou seja, pode ser de nascença ou causada posteriormente
por doenças.
Desta forma o deficiente auditivo é classificado como surdo, quando a sua audição não é
funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional
com ou sem prótese auditiva

Deficiência sensorial – auditiva. Impacto nas aulas de educação física

Para alunos surdos e com perda auditiva é importante que o Professor de Educação Física
conheça a classificação, condutiva ou sensório-neurais, da deficiência do educando e em qual
grau é a surdez do aluno (leve severa ou profunda).
Desta forma ao conhecer o seu aluno, é importante que o professor busque diversas formas
de comunicação para que o diálogo entre aluno e professor ocorra de forma satisfatória, tais
como: leitura labial, gestos e sinais, língua de sinais, para que a compreensão por parte de todos
seja o fator de destaque em suas aulas.
Sinais visuais à Cartelas coloridas ou bandeiras podem substituir comandos de voz; figuras
podem indicar o movimento a ser feito; números podem evidenciar sequências de atividades,
ou a repetição de uma atividade já realizada, ou o número da tarefa a ser executada, ou a
quantidades de crianças que devem se agrupar.
As atividades aeróbicas são muito importantes, pois as crianças que não se utilizam da
fala costumam ter uma respiração “curta”, isto é, não enchem completamente os pulmões
deixando, com isto, de expandir a caixa torácica e de exercitar os músculos envolvidos na
respiração. Assim sendo, além de todos os benefícios cardiovasculares já conhecidos, no caso
dos surdos, as atividades aeróbicas também podem contribuir, indiretamente, para o
aprendizado da emissão de sons da fala.
Os surdos podem praticar qualquer tipo de esporte e de atividade rítmica, entretanto as
atividades rítmicas, se envolverem coreografia, costumam demandar um pouco mais de tempo
de treinamento, devido à necessidade de internalizar o tempo e o andamento da execução dos
movimentos sem o auxílio de uma trilha sonora (mesmo com boa amplificação os surdos não
conseguem perceber a maior parte das nuances de uma música).

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2.3 Deficiência Intelectual e múltiplas deficiências

Deficiência intelectual é caracterizada pelo funcionamento cognitivo que não corresponde à média
esperada, ou seja, que esteja abaixo do que é considerado normal, apresentando certas limitações no seu
funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal,
relacionamento social, habilidades acadêmicas, etc.
A deficiência intelectual pode ter várias causas, entre as principais estão os fatores que
podem ser classificados como: genéticos, perinatais (ocorridos durante a gestação e o parto) e
pós-natais.
As pessoas portadoras de deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais
áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante
amplas de combinações. Um exemplo seriam as pessoas que têm deficiência mental e física.

2.3.1 Deficiência Intelectual e múltiplas deficiências – Síndrome de Dow


Síndrome de Down é um distúrbio genético causado quando uma divisão celular
anormal resulta em material genético extra do cromossomo 21, provocando uma aparência
facial distinta, deficiência mental, atrasos no desenvolvimento e pode ser associada a doença
cardíaca ou da tireoide.
Programas de intervenção precoce com uma equipe de terapeutas e educadores
especiais, que podem tratar a situação específica de cada criança, são úteis no tratamento da
síndrome de Down.

Deficiência Intelectual e múltiplas deficiências – Síndrome de Dow. Impacto nas aulas de


educação física

É muito importante que o profissional de educação física responsável pela criança ou


adolescente com Síndrome de Dow, esteja atento a possíveis alterações ortopédicas e saiba
motivar o aluno dentro de suas potencialidades, desta forma deve estimular a superação sem
exageros que possam comprometer a saúde das suas articulações ou sua saúde mental.
Neste caso o docente deverá estar atento aos possíveis sintomas como: torcicolos
frequentes, postura anormal da cabeça, dor localizada, em casos mais graves deterioração
motora progressiva, que pode levar o aluno a ter dificuldades para andar e posteriormente se
tornar dependente para todas as atividades. Atividades contraindicadas seriam: alguns estilos

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de natação, como borboleta e peito; ginástica artística, por causa dos rolamentos, saltos de
aparelhos e quaisquer outros exercícios que coloquem sobre pressão a cabeça e/ou pescoço.
O processo de ensino-aprendizagem da Educação Física deverá estabelecer uma prática
que contextualize a realidade do aluno, cabe ao professor oferecer meios e estratégias
proporcionando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome,
propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais complexas, isso dependerá das
vivências e experiências proporcionadas aos alunos na aula.

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3. INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR - ASPECTOS IMPORTANTES
SOBRE INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO
REGULAR

O processo de inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular passou por uma
trajetória de lutas e conquistas durante séculos, e ainda precisa continuar, pois, a inclusão deve
se consolidar no coletivo.
Desta forma a criança com deficiência na escola regular vem conquistando um espaço
maior, o acesso à educação com menos preconceito a respeito de sua deficiência, na qual o
professor tem um papel fundamental no sucesso ou fracasso do aluno com deficiência.
Sabemos que para construir uma escola inclusiva, é preciso que haja o envolvimento de
todos na escola, direção, professores, funcionários, alunos e família, agindo em um papel
conjunto em que todos participem do processo educacional.
Deste modo, a inclusão é um processo onde todos devem estar cientes de sua
participação, principalmente a equipe de educação escolar. A escola deve ser capaz de refletir
seus planejamentos, práticas e espaços, a fim de aprimorar o seu ensino oferecido, e assim,
possibilitar o pleno desenvolvimento e participação de seus alunos. A inclusão se faz com que
os envolvidos tenham outro olhar sobre sua prática pedagógica podendo transformá-la, para
que assim, compreendam e respeitem as diferenças de seus alunos. (STRIEDER, 2013, p.143)
Assim uma escola inclusiva, os alunos portadores de necessidades especiais ganham,
porquê: adquirem experiências diretas com a variedade das capacidades humanas, aprendem a
gostar da diversidade, demonstram responsabilidade e melhor aprendizagem através da
convivência no trabalho em grupo, são melhor preparados para a vida adulta em uma sociedade
diversificada e entendem que são diferentes, mas não inferiores.
Por outro lado, os estudantes não portadores de necessidades especiais também ganham
porquê: perdem o medo e o preconceito em relação ao diferente, desenvolvem a cooperação e
a tolerância, têm acesso a uma visão bem mais ampla dos papéis sociais, adquirem grande senso
de responsabilidade, melhoram o rendimento escolar, percebem desde cedo que as famílias e
os espaços não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano.
Portanto se forem considerados apenas os ganhos relatados, já se pode sentir que a
inclusão é possível, pois toda criança é capaz e tem um potencial a ser desenvolvido, só é preciso
respeitar a especificidade de cada um, dar as condições necessárias e estabelecer um vínculo
afetivo entre os indivíduos.

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4. PESQUISA DE CAMPO – AULA E ENTREVISTA NA ESCOLA

Entrevista realizada na Escola Estadual Profª Didita Cardoso Alves, situada em


Carapicuíba-SP. Foi realizada com dois professores (Adilson e Marilia) de educação física que
lecionam para alunos do 1º ao 5º ano nesta unidade escolar.

Roteiro de entrevista

Você tem em suas turmas ou já teve alunos com algum tipo de deficiência? Se você já teve,
qual era o tipo de deficiência do seu aluno?

Adilson –Sim, tenho alunos deficiência intelectual como Síndrome de Dow e deficiência
auditiva

Marília – Dou aulas para alunos com deficiência física, intelectual e motora

Em sua formação acadêmica você teve alguma disciplina relacionada ao trabalho para
alunos com deficiência?

Adilson – Na época em que cursei tive em algumas disciplinas porem apenas parte teórica dos
tipos de deficiência

Marília – Estudei na faculdade a história da inclusão e suas deficiências

Quais tipos de deficiência você conhece?

Adilson – intelectual, auditiva, visual, física

Marília – deficiência intelectual, física, visual, física e auditiva

Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência em suas aulas?

Adilson – Não

Marília – Não

Em sua escola você tem o apoio e a colaboração dos diretores para a proposta de
atividades inclusivas?

Adilson – Não

Marília – Não, mas no estado tem um currículo a ser trabalhado.

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Você tem materiais específicos para alunos com deficiência em sua escola? Ex: bola com
guizo.

Adilson – Não

Marília – Não

Você recebeu alguma recomendação dos pais acerca da deficiência do seu aluno? Você
sente uma superproteção por parte dos pais para seus filhos com deficiência?

Adilson – Não

Marília – Não, quando quero saber especificamente de algum aluno recorro a professora da sala
de aula, pois na verdade muitos pais não aceitam a deficiência do filho.

Quando há um aluno com deficiência em sua turma, você prepara suas aulas visando
também atender as necessidades deste aluno?

Adilson – Sim, elaboro as atividades e adapto as especificidades dos alunos com deficiência

Marília – Eu adapto as atividades a necessidade do aluno ou quando não dá para fazer


adaptações eu troco a atividade buscando suprir a necessidade tanto do aluno com ou sem
deficiência.

Como você propõe atividades inclusivas para a participação dos alunos com deficiência?
Se você não tem um aluno com deficiência como faria estas atividades?

Adilson – Eu faço atividades que busca incluir todos, tais como de coordenação motora,
atividades de cooperação e em grupo.

Marília – Sigo o meu planejamento normalmente e busco sempre adequar as aulas para que
meus alunos com deficiência possa participar

Você pode me citar algum exemplo de uma atividade proposta para um aluno com
deficiência visual e uma atividade proposta para um aluno com Síndrome de Down?

Adilson – chute a gol, com um aluno sendo guia auxiliando

Marilia – Não tenho atividade especifica incluo nas atividade e faço as devidas adaptações.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do processo de inclusão, o ambiente escolar se mobiliza cada vez mais, a fim de
atender as necessidades e exigências que a inclusão gera em seu meio.
Assim embora o professor tenha uma formação insuficiente sobre inclusão nos cursos
de educação física sentindo-se inseguros e despreparados, os alunos tendo ou não necessidades
participam da mesma atividade.
No entanto é necessário buscar, além da formação inicial também a continuada sobre a
educação inclusiva, pois, quando este conhece as diversas maneiras de trabalhar com os alunos
com necessidades especiais, todos saem ganhando, tanto o professor, que ganha ênfase na sua
metodologia, quanto ao aluno que se sente parte deste grupo escolar podendo ser ele mesmo.
Desta forma a inclusão depende muito mais de um entendimento por parte do professor
e dos alunos ditos “normais” de que os alunos com necessidades especiais devem ter a
oportunidade de evoluir e mostrar que são capazes de aprender e se relacionar.
Qualquer atividade física é recomendada para portadores de necessidades especiais
assim como para pessoas ditas “normais”, desde que se adapte o jogo ou a brincadeira para que
elas possam ser incluídas e possam praticar junto ao grupo regular, sem necessidade de montar
uma turma extra.
Através dessas atividades recreativas, jogos lúdicos e passatempos todos os alunos
podem se beneficiar no senso de realização, consciência corporal, desafios físicos e mentais,
melhoria da autoestima, expressão criativa, chance de fazer amizades, oportunidade de competir
e sistema de cooperação e tudo mais que explore a socialização.
Assim não existe nenhum método, ideal ou perfeito da educação física que se aplique
ao processo de inclusão, porque o professor sabe e pode combinar numerosos procedimentos
para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos.
Portanto é preciso que o professor esteja preparado para enfrentar possíveis obstáculos
e preconceitos, viabilizando uma educação para todos, respeitando individualidades. Necessita-
se, então, ressignificar a prática, pois da diversidade é que podemos chegar uma educação rica
na sua essência. Para isso, o conteúdo metodológico deverá ser adaptável e flexível, criando
alternativas de inovar e atender a todos para que ocupem o seu espaço na sociedade atual

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REFERÊNCIA

A INCLUSÃO DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA VISUAL NAS AULAS DE


EDUCAÇÃO FISICA . Disponivel em: http://www.efdeportes.com/efd138/portador-de-
deficiencia-visual-nas-aulas-de-educacao-fisica.htm>Acessado em 17/11/2017.

EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO: CONSIDERAÇÕEA PARA A PRÁTICA


PEDAGOGICA NA ESCOLA. Disponivel em http://atividadeparaeducacaoespecial
em:.com/wpcontent/uploads/2014/09/INCLUS%C3%83O- pdf. Acessado em 18/11/2017.

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E INCLUSÃO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO


DESENVOLVIMENTO MOTOR E SOCIAL DE ADOLESCENTES COM
DEFICIÊNCIA VISUAL E DAS ATITUDES DOS PROFESSORES, disponível em:
http://www.deficienciavisual.pt/x-txtEducacaoFisicaEscolarInclusao-Gorgatti.pdf. Acessado
em 18/11/2017.

EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA


AUDITIVA. ORIENTAÇÕES, RECOMENDAÇÕES E PECULIARIDADES
DURANTE AS AULAS. Disponivel em: http://www.efdeportes.com/efd190/educacao-fisica-
com-deficiencia-auditiva.htm. Acessado em 18/11/2017

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM ESTUDO NA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA,


disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbee/v11n2/v11n2a5.pdf . Acessado em
16/11/2017

JOGOS E BRINCADEIRAS DO ALUNO COM DEFICIENCIA VISUAL. Disponível em


http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/20
13_unicentro_edfis_pdp_maria_fatima_falcade_de_oliveira.pdf. Acessado em 18/11/2017

MUNSTER, M. A.V.; ALMEIDA, J. J. G. Atividade Física e Deficiência Visual. In:


GREGUOL, M.; COSTA, R. F. In: Atividade Física Adaptada. 3ª edição. Barueri: Ed. Manole,
2013. Cap. 3, p. 78-129. Acessado em 16/11/2017.

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ANEXO 1
PLANO DE AULA

Observação Coparticipação Intervenção

Série: 4º e 5º anos
Nº de alunos: 32 alunos

Tema da aula: 50 minutos


Conteúdo: Atividade com algumas adaptações para alunos com deficiência visual.
Objetivo: Integrar o aluno DV nas aulas de educação física através de jogos e brincadeiras,
estabelecendo um canal de comunicação não-verbal e uma ponte para a comunicação verbal.
Recursos materiais: sala de aula, quadra ou pátio vendas, bola especial, rádio, caixa com
objetos.

Procedimentos didáticos:

Atividade de Aquecimento: pega-pega paralítico – 10 min


Iremos pedir um voluntário para ser o pegador e outro para ser o “anjo” e colocaremos vendas
nestes dois alunos que representarão os deficientes visuais. Quando um/a aluno/a for pego, terá que
ficar paralisado de pernas abertas esperando que o “anjo” venha salvá-lo para que possa continuar
na brincadeira, esse anjo terá que passar debaixo de suas pernas. Depois iremos trocar o pegador e
o anjo, para que quase todos possam participar da experiência de ser vendado.

Parte principal: Girando os círculos com música e Brincando com bolas especiais - 25 minutos
Os alunos formam dois círculos, um dentro do outro. No círculo do meio alguns alunos/as estarão
com os olhos vendados juntamente com o DV. Ao início da música os círculos começam a girar
em sentidos opostos um do outro, sendo que um vai para direita e o outro para esquerda. Ao parar
a música, os alunos param em frente a um colega e usando o tato deverão tentar adivinhar quem é,
e falar o nome em voz alta.

Parte final: Brincadeira: Caixa com objetos10 minutos


Alunos sentados em círculo, ao centro uma caixa com diversos objetos. O/a professor/a escolherá
um aluno que será vendado e dirá para ir até a caixa e pegar um objeto, começa a manuseá-lo e
deverá adivinhar do que se trata.

Avaliação: O que se busca no processo avaliativo com os alunos é, primeiramente, a participação


e a integração de todos durante a aula, seja essa participação parcial ou integral, dada às limitações
individuais de alguns alunos. A partir daí, conduzi-los a uma aprendizagem dos conteúdos, sendo
esta verificada através da participação e do envolvimento dos alunos, da identificação, por meio de
gestos e verbalizações, das principais características da atividade proposta e também do
reconhecimento das semelhanças e diferenças entre os conteúdos tratados.

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ANEXO 2
PLANO DE AULA

Observação Coparticipação Intervenção

Série: 1º e 2º anos
Nº de alunos: 30 alunos

Tema da aula: 50 minutos


Conteúdo: Brincadeiras cantadas
Objetivo: Perceber possibilidades de incluir o seu colega igualmente nas atividades
propostas, desenvolvendo a criatividade, a liberdade de expressão, a espontaneidade e a
capacidade lúdica
Recursos materiais: Quadra ou pátio

Procedimentos didáticos:
Atividade de Aquecimento: Brincadeira a cobra subindo no pé de limão – 10 min
Alunos dispostos de frente para o professor - Cantando e fazendo mímica A cobra não tem pé...
(bater 3 palmas) A cobra não tem mão... (bater 3 palmas) Como é que a cobra sobe no pezinho de
limão... (fazendo gestos) - ela desce, ela sobe ... (fazendo mímica) Ela tem o corpo mole... Vai de
mansinho... (repetir a música 2 a 3x)

Parte principal: História da serpente - 25 minutos


Formação - Alunos sentados na arquibancada da quadra, o professor no centro. Aplicação – O
professor canta com os alunos : Esta é a historia da serpente... Que desceu do morro, Para procurar
um pedacinho do seu rabo... Ei... você aí... ( e apontando com o dedo para um aluno) É um pedaço
do meu rabããããoo...(o aluno apontado, passa por entre as pernas do professor segue-o dançando,
se deslocando, segurando-lhe pela cintura em forma de trenzinho) Repete-se o canto e chamando
os outros alunos até que todos estejam na formação da cobra

Parte final: Brincadeira: Passarinho caiu do gallho - 10 minutos


Formação – Alunos e professor dispostos em círculo Aplicação – Alunos cantando e fazendo
gestos, imitando um passarinho. Passarinho caiu do galho, Ficou com a asa assim, (eleva o braço
flexionado) Bateu o bico no chão ( mostra o bico) E só cantava assim. Os alunos giram em torno
de si mesmos. Pipiriri...piriri...pipi. Eu com esse bico, com essa asa, O que será de mim. Repetir o
canto citando e mostrando as outras partes do passarinho: (outra asa, perna, cabeça, corpo)

Avaliação: Os brinquedos cantados, fazem pontes entre gerações, fazendo-os mergulhar no passado
com a afetividade do seu presente, neles as crianças e adolescentes experimentam seu corpo,
descobrindo-se a si próprios, as cantigas tem o poder de ajudarem no desenvolvimento, aliviando
tensões, levando-os a um grande prazer, soltando seus sonhos e fantasias, podem permitir a
reeducação do comportamento, aumentando a autoconfiança e dando equilíbrio ao convívio social
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