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DESAFIO PROFISSIONAL
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 03
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 13
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar breve análise sobre os tipos de
Deficiências, suas características e impacto na aula de educação física, verificar qual é a
realidade dos alunos de inclusão nas escola regulares, refletir como os professores de educação
física traçam estratégias para criar atividades pra os alunos com deficiência visando o
desenvolvimento de atividades práticas inclusivas.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica sobre o processo histórico da
inclusão, sobretudo na área de educação física, enriquecida com uma pesquisa de campo, por
meio de uma entrevista com dois professores de educação física que lecionam em uma Escola
Estadual de Ensino Fundamental I e a elaboração de um plano de aula em que atenda às
necessidades de alunos com deficiência visual e síndrome de Dow.
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2. DEFICIÊNCIAS, SUAS CARACTERÍSTICAS E IMPACTO NA AULA
DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Nas aulas de educação física para um aluno com deficiência motora o professor precisa
ter conhecimentos básicos sobre seu aluno (tipo de deficiência, idade, funções e estruturas que
estão sendo prejudicadas, etc.), uma vez que, ao conhecer o educando, ele adequará a
metodologia a ser adotada.
Assim irá proporcionar vivências e oportunidades motoras adaptando-se às mais
diferentes realidades e construir exercícios e atividades que promovam a estimulação das áreas
motoras mais debilitadas, as quais, devido ao impedimento de um desenvolvimento adequado,
estão comprometidas.
Para cada tipo de deficiência motora existe uma maneira de enfatizar as necessidades
a serem contempladas, onde deve respeitar suas limitações e promover autonomia, sabendo que
oportunidades de movimento, adequadas às características e necessidades das crianças, são
fundamentais para seu desenvolvimento global.
Faz-se então necessário que o professor de Educação Física tenha conhecimento do
perfil de seus alunos com deficiências, que se pergunte ao aluno a sua opinião acerca do que
gosta, do que quer fazer antes de afastá-lo ou excluí-lo de alguma atividade proposto com a
intenção de proteção de imaginar que o mesmo não seja capaz de realizar tal tarefa.
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2.2 Deficiência Sensorial
Nas aulas de educação física o professor deverá assegurar-se de que o aluno com
deficiência visual esteja familiarizado com o espaço físico, percursos, inclinações do terreno e
diferenças de pisos, pois previnem acidentes, lesões e quedas.
O professor deve estar ciente de que o comando verbal é o primeiro contato para boa
relação com o aluno e aluno-aluno; explicar de forma clara e objetiva; não mudar o local da
atividade, para que o aluno não perca a direção da origem da informação; quando o comando
verbal não for suficiente, passar as informações através do tato; incentivar autonomia,
orientando sobre o espaço físico onde estão os materiais da quadra, para que organize seu mapa
mental; quando necessário usar um aluno para ser o guia.
Desta forma através de um trabalho psicomotor desenvolver autonomia, elevar sua
autoestima fazendo com que ele tenha maior conhecimento do seu corpo e de suas
possibilidades.
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2.2.2 Deficiência sensorial – auditiva
Para alunos surdos e com perda auditiva é importante que o Professor de Educação Física
conheça a classificação, condutiva ou sensório-neurais, da deficiência do educando e em qual
grau é a surdez do aluno (leve severa ou profunda).
Desta forma ao conhecer o seu aluno, é importante que o professor busque diversas formas
de comunicação para que o diálogo entre aluno e professor ocorra de forma satisfatória, tais
como: leitura labial, gestos e sinais, língua de sinais, para que a compreensão por parte de todos
seja o fator de destaque em suas aulas.
Sinais visuais à Cartelas coloridas ou bandeiras podem substituir comandos de voz; figuras
podem indicar o movimento a ser feito; números podem evidenciar sequências de atividades,
ou a repetição de uma atividade já realizada, ou o número da tarefa a ser executada, ou a
quantidades de crianças que devem se agrupar.
As atividades aeróbicas são muito importantes, pois as crianças que não se utilizam da
fala costumam ter uma respiração “curta”, isto é, não enchem completamente os pulmões
deixando, com isto, de expandir a caixa torácica e de exercitar os músculos envolvidos na
respiração. Assim sendo, além de todos os benefícios cardiovasculares já conhecidos, no caso
dos surdos, as atividades aeróbicas também podem contribuir, indiretamente, para o
aprendizado da emissão de sons da fala.
Os surdos podem praticar qualquer tipo de esporte e de atividade rítmica, entretanto as
atividades rítmicas, se envolverem coreografia, costumam demandar um pouco mais de tempo
de treinamento, devido à necessidade de internalizar o tempo e o andamento da execução dos
movimentos sem o auxílio de uma trilha sonora (mesmo com boa amplificação os surdos não
conseguem perceber a maior parte das nuances de uma música).
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2.3 Deficiência Intelectual e múltiplas deficiências
Deficiência intelectual é caracterizada pelo funcionamento cognitivo que não corresponde à média
esperada, ou seja, que esteja abaixo do que é considerado normal, apresentando certas limitações no seu
funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal,
relacionamento social, habilidades acadêmicas, etc.
A deficiência intelectual pode ter várias causas, entre as principais estão os fatores que
podem ser classificados como: genéticos, perinatais (ocorridos durante a gestação e o parto) e
pós-natais.
As pessoas portadoras de deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais
áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante
amplas de combinações. Um exemplo seriam as pessoas que têm deficiência mental e física.
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de natação, como borboleta e peito; ginástica artística, por causa dos rolamentos, saltos de
aparelhos e quaisquer outros exercícios que coloquem sobre pressão a cabeça e/ou pescoço.
O processo de ensino-aprendizagem da Educação Física deverá estabelecer uma prática
que contextualize a realidade do aluno, cabe ao professor oferecer meios e estratégias
proporcionando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome,
propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais complexas, isso dependerá das
vivências e experiências proporcionadas aos alunos na aula.
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3. INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR - ASPECTOS IMPORTANTES
SOBRE INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO
REGULAR
O processo de inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular passou por uma
trajetória de lutas e conquistas durante séculos, e ainda precisa continuar, pois, a inclusão deve
se consolidar no coletivo.
Desta forma a criança com deficiência na escola regular vem conquistando um espaço
maior, o acesso à educação com menos preconceito a respeito de sua deficiência, na qual o
professor tem um papel fundamental no sucesso ou fracasso do aluno com deficiência.
Sabemos que para construir uma escola inclusiva, é preciso que haja o envolvimento de
todos na escola, direção, professores, funcionários, alunos e família, agindo em um papel
conjunto em que todos participem do processo educacional.
Deste modo, a inclusão é um processo onde todos devem estar cientes de sua
participação, principalmente a equipe de educação escolar. A escola deve ser capaz de refletir
seus planejamentos, práticas e espaços, a fim de aprimorar o seu ensino oferecido, e assim,
possibilitar o pleno desenvolvimento e participação de seus alunos. A inclusão se faz com que
os envolvidos tenham outro olhar sobre sua prática pedagógica podendo transformá-la, para
que assim, compreendam e respeitem as diferenças de seus alunos. (STRIEDER, 2013, p.143)
Assim uma escola inclusiva, os alunos portadores de necessidades especiais ganham,
porquê: adquirem experiências diretas com a variedade das capacidades humanas, aprendem a
gostar da diversidade, demonstram responsabilidade e melhor aprendizagem através da
convivência no trabalho em grupo, são melhor preparados para a vida adulta em uma sociedade
diversificada e entendem que são diferentes, mas não inferiores.
Por outro lado, os estudantes não portadores de necessidades especiais também ganham
porquê: perdem o medo e o preconceito em relação ao diferente, desenvolvem a cooperação e
a tolerância, têm acesso a uma visão bem mais ampla dos papéis sociais, adquirem grande senso
de responsabilidade, melhoram o rendimento escolar, percebem desde cedo que as famílias e
os espaços não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano.
Portanto se forem considerados apenas os ganhos relatados, já se pode sentir que a
inclusão é possível, pois toda criança é capaz e tem um potencial a ser desenvolvido, só é preciso
respeitar a especificidade de cada um, dar as condições necessárias e estabelecer um vínculo
afetivo entre os indivíduos.
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4. PESQUISA DE CAMPO – AULA E ENTREVISTA NA ESCOLA
Roteiro de entrevista
Você tem em suas turmas ou já teve alunos com algum tipo de deficiência? Se você já teve,
qual era o tipo de deficiência do seu aluno?
Adilson –Sim, tenho alunos deficiência intelectual como Síndrome de Dow e deficiência
auditiva
Marília – Dou aulas para alunos com deficiência física, intelectual e motora
Em sua formação acadêmica você teve alguma disciplina relacionada ao trabalho para
alunos com deficiência?
Adilson – Na época em que cursei tive em algumas disciplinas porem apenas parte teórica dos
tipos de deficiência
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência em suas aulas?
Adilson – Não
Marília – Não
Em sua escola você tem o apoio e a colaboração dos diretores para a proposta de
atividades inclusivas?
Adilson – Não
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Você tem materiais específicos para alunos com deficiência em sua escola? Ex: bola com
guizo.
Adilson – Não
Marília – Não
Você recebeu alguma recomendação dos pais acerca da deficiência do seu aluno? Você
sente uma superproteção por parte dos pais para seus filhos com deficiência?
Adilson – Não
Marília – Não, quando quero saber especificamente de algum aluno recorro a professora da sala
de aula, pois na verdade muitos pais não aceitam a deficiência do filho.
Quando há um aluno com deficiência em sua turma, você prepara suas aulas visando
também atender as necessidades deste aluno?
Adilson – Sim, elaboro as atividades e adapto as especificidades dos alunos com deficiência
Como você propõe atividades inclusivas para a participação dos alunos com deficiência?
Se você não tem um aluno com deficiência como faria estas atividades?
Adilson – Eu faço atividades que busca incluir todos, tais como de coordenação motora,
atividades de cooperação e em grupo.
Marília – Sigo o meu planejamento normalmente e busco sempre adequar as aulas para que
meus alunos com deficiência possa participar
Você pode me citar algum exemplo de uma atividade proposta para um aluno com
deficiência visual e uma atividade proposta para um aluno com Síndrome de Down?
Marilia – Não tenho atividade especifica incluo nas atividade e faço as devidas adaptações.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do processo de inclusão, o ambiente escolar se mobiliza cada vez mais, a fim de
atender as necessidades e exigências que a inclusão gera em seu meio.
Assim embora o professor tenha uma formação insuficiente sobre inclusão nos cursos
de educação física sentindo-se inseguros e despreparados, os alunos tendo ou não necessidades
participam da mesma atividade.
No entanto é necessário buscar, além da formação inicial também a continuada sobre a
educação inclusiva, pois, quando este conhece as diversas maneiras de trabalhar com os alunos
com necessidades especiais, todos saem ganhando, tanto o professor, que ganha ênfase na sua
metodologia, quanto ao aluno que se sente parte deste grupo escolar podendo ser ele mesmo.
Desta forma a inclusão depende muito mais de um entendimento por parte do professor
e dos alunos ditos “normais” de que os alunos com necessidades especiais devem ter a
oportunidade de evoluir e mostrar que são capazes de aprender e se relacionar.
Qualquer atividade física é recomendada para portadores de necessidades especiais
assim como para pessoas ditas “normais”, desde que se adapte o jogo ou a brincadeira para que
elas possam ser incluídas e possam praticar junto ao grupo regular, sem necessidade de montar
uma turma extra.
Através dessas atividades recreativas, jogos lúdicos e passatempos todos os alunos
podem se beneficiar no senso de realização, consciência corporal, desafios físicos e mentais,
melhoria da autoestima, expressão criativa, chance de fazer amizades, oportunidade de competir
e sistema de cooperação e tudo mais que explore a socialização.
Assim não existe nenhum método, ideal ou perfeito da educação física que se aplique
ao processo de inclusão, porque o professor sabe e pode combinar numerosos procedimentos
para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos.
Portanto é preciso que o professor esteja preparado para enfrentar possíveis obstáculos
e preconceitos, viabilizando uma educação para todos, respeitando individualidades. Necessita-
se, então, ressignificar a prática, pois da diversidade é que podemos chegar uma educação rica
na sua essência. Para isso, o conteúdo metodológico deverá ser adaptável e flexível, criando
alternativas de inovar e atender a todos para que ocupem o seu espaço na sociedade atual
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REFERÊNCIA
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ANEXO 1
PLANO DE AULA
Série: 4º e 5º anos
Nº de alunos: 32 alunos
Procedimentos didáticos:
Parte principal: Girando os círculos com música e Brincando com bolas especiais - 25 minutos
Os alunos formam dois círculos, um dentro do outro. No círculo do meio alguns alunos/as estarão
com os olhos vendados juntamente com o DV. Ao início da música os círculos começam a girar
em sentidos opostos um do outro, sendo que um vai para direita e o outro para esquerda. Ao parar
a música, os alunos param em frente a um colega e usando o tato deverão tentar adivinhar quem é,
e falar o nome em voz alta.
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ANEXO 2
PLANO DE AULA
Série: 1º e 2º anos
Nº de alunos: 30 alunos
Procedimentos didáticos:
Atividade de Aquecimento: Brincadeira a cobra subindo no pé de limão – 10 min
Alunos dispostos de frente para o professor - Cantando e fazendo mímica A cobra não tem pé...
(bater 3 palmas) A cobra não tem mão... (bater 3 palmas) Como é que a cobra sobe no pezinho de
limão... (fazendo gestos) - ela desce, ela sobe ... (fazendo mímica) Ela tem o corpo mole... Vai de
mansinho... (repetir a música 2 a 3x)
Avaliação: Os brinquedos cantados, fazem pontes entre gerações, fazendo-os mergulhar no passado
com a afetividade do seu presente, neles as crianças e adolescentes experimentam seu corpo,
descobrindo-se a si próprios, as cantigas tem o poder de ajudarem no desenvolvimento, aliviando
tensões, levando-os a um grande prazer, soltando seus sonhos e fantasias, podem permitir a
reeducação do comportamento, aumentando a autoconfiança e dando equilíbrio ao convívio social
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