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A poluição pode ser pontual (descarga de efluentes bem localizada, fácil de identificar e
monitorar) ou difusa (espalham-se por toda cidade, sendo difícil de identificar e monitorar).
Classificação da poluição
Química - Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de
remover. Em geral, os efeitos são acumulativos e removidos a longo prazo.
Área urbana - Uma das maiores causas para a poluição dos rios é a deposição de lixo pela
população de forma direta, de deposição de esgoto doméstico em áreas que não existe
saneamento.
Consequências :
● Morte de espécies
● Desequilíbrio ecológico
● Inutilização econômica da água
● Formação de espumas
Indicadores de poluição
Eutrofização
Autodepuração
A outorga é o instrumento pelo qual a ANA (agência nacional de águas) faz o controle
quantitativo e qualitativo dos usos da água. Esse controle é necessário para evitar conflitos
entre usuários de recursos hídricos e para assegurar a disponibilidade dos recursos hídricos
aos seus usuários atuais e às gerações futuras, em padrões adequados de qualidade e
quantidade, inclusive a manutenção da vida.
Aqui no Brasil, assim como em outros países do mundo, a lei ambiental regula o descarte
de resíduos líquidos sobre os chamados corpos d’água com o intuito de limitar a carga
poluidora encaminhados na natureza. Outro critério levado em consideração é a classe da
água onde esse efluente é descartado.
Conclui-se que o órgão ambiental apenas deve permitir o lançamento de efluentes que não
exceda as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos para as respectivas
classes, sendo uma exceção a situação em que existem metas obrigatórias estabelecidas,
em corpos de água em recuperação. Ainda assim, nessa situação, o lançamento de
efluentes não poderá causar violação dos padrões de qualidade determinados pelas metas
estabelecidas no plano de recursos hídricos.
Além da legislação federal existem as legislações estaduais e municipais que devem estar
alinhadas com a federal quanto a padrões e a capacidade de suporte do corpo hídrico
receptor.
Em termos globais, o Brasil possui uma boa quantidade de água. Estima-se que o país
possua cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta. Mas a distribuição
natural desse recurso não é equilibrada: a região Norte, por exemplo, concentra
aproximadamente 80% da quantidade de água disponível, mas representa apenas 5% da
população brasileira. Já as regiões próximas aos Oceano Atlântico possuem mais de 45%
da população, porém, menos de 3% dos recursos hídricos do país. Sendo assim, o Brasil é
um dos países com maior disponibilidade de água, porém, grande parte desse recurso está
concentrada em regiões onde há menor quantidade de pessoas.
O Aquífero Guarani é a maior reserva de água doce do mundo, no qual 70% é no Brasil
(outros países que o compõe: Argentina, Paraguai e Uruguai). Por ter alta permeabilidade, a
vazão dos poços perfurados ultrapassa 500 m3/h. Ele possui um volume total de 55 mil
km3, com capacidade de recarga de 166 km3 ao ano, devido à precipitação (chuva). Tendo
este volume, o aquífero possui mais água que todos os rios e lagos do país juntos.
A Agência Nacional de Águas (ANA) possui mapas interativos que mostram a distribuição
de diversos corpos de águas, tais como água das chuvas, água superficial, água
subterrânea e reservatórios. O site disponível para a visualização dos diversos mapas é:
http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/panorama-das-aguas/quantidade-da-agua
Figura 1: Reserva de água em Rio Grande – RS
Fonte: http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/panorama-das-aguas/quantidade-da-agua
A quantidade de água doce no mundo está estimada em 34,6 milhões de km3 (ref. 1km3
corresponde a 1 trilhão de litros), porém somente cerca de 30,2% (10,5 milhões de km3)
podem ser utilizados para a vida vegetal e animal nas terras emersas (água doce
subterrânea, rios, lagos, pântanos, umidade do solo e vapor na atmosfera). O restante,
cerca de 69,8% (24,1 milhões de km3) encontra-se nas calotas polares, geleiras e solos
gelados.
Dos 10,5 milhões de km3 de água doce, aproximadamente 98,7% (10,34 milhões de km3)
correspondem à parcela de água subterrânea, e apenas 0,9% (92,2 mil km3) corresponde
ao volume de água doce superficial (rios e lagos) diretamente disponível para o consumo
humano.
Porém mesmo com essa grande quantidade mais de 40% da população mundial, cerca de
2,5 bilhões de pessoas, vivem em regiões que sofrem escassez de água médio ou aguda, e
a previsão é que esse número aumente. Outras regiões, entretanto, têm recursos
abundantes. Alguns países com importantes reservas de água no mundo são citados
abaixo:
● Venezuela:
· Possui 1.320 quilômetros cúbicos de água doce, ou 60.300 metros cúbicos por pessoa.
· Quase metade dos rios venezuelanos mil terminam no Orinoco, o terceiro maior rio da
América Latina.
· Sua lagoa de captação ocupa cerca de quatro quintos do território.
● China:
· O continente chinês têm 2.800 quilômetros cúbicos de água doce, o que vale 2.300 metros
cúbicos por pessoa.
· O país tem aproximadamente 6% das reservas globais de água. No entanto, tem a mais
alta densidade populacional em todo o mundo, ao passo que a distribuição de água no seu
território é extremamente desigual.
· O sul do país sempre lutou com inundações, enquanto o norte e o centro sofrem com a
falta de água.
● Canadá:
· 2.900 quilômetros cúbicos de água doce, ou 98.500 metros cúbicos por pessoa.
· O país americano responde por 7% da água doce renovável global e menos de 1% da
população mundial.
· Ele é um dos países que mais têm lagos, incluindo os Grandes Lagos, cuja bacia
ultrapassa 240 mil km2.
● Rússia:
· 4.500 quilômetros cúbicos de água doce, ou 30.500 metros cúbicos por pessoa.
· A Rússia tem mais de 20% dos recursos mundiais de água doce (sem geleiras e águas
subterrâneas).
· O país é banhado por 12 mares de três oceanos, além de ter um mar interior, o Cáspio.
· Ele tem mais de 2,5 milhões de rios e mais de 2 milhões lagos.
Fonte: http://www.jornalistawrb.com.br/
Demanda
O último Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos
Hídricos (WWDR4), lançado este ano, prevê, como consequência das dificuldades
crescentes de acesso à água, a intensificação das disparidades econômicas entre países,
bem como entre setores econômicos ou mesmo entre regiões dentro dos países. Além
disso, o documento adverte que os mais pobres serão os mais prejudicados por esse
processo.
O Brasil é o país que mais possui água doce no mundo. A disponibilidade hídrica brasileira
é de 91,2 milhões de litros por segundo. No que diz respeito a água para consumo humano,
de acordo com o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos
Recursos Hídricos (WWDR4), o Brasil possui cerca de 48 milhões de litros disponíveis por
habitante por ano. Os países com maior disponibilidade hídrica anual per capita são Canadá
(América do Norte), Noruega (Europa), Guiana Francesa e Suriname (América do Sul),
Papua-Nova Guiné e Nova Zelândia (Oceania), Gabão e República Democrática do Congo
(África). Eles estão na faixa de 70 milhões a 684 milhões de litros per capita/ano. Já as
nações do norte da África, no deserto do Saara, apresentam taxas baixas, menos de 1
milhão de litros per capita/ano, o que os coloca em situação de escassez hídrica.
Dados apontam que a questão da água, ao menos no caso brasileiro, está mais ligada a
problemas relacionados à gestão que à escassez propriamente dita. Isso ocorre pois
mesmo possuindo 12% da água doce superficial do planeta essa quantidade é distribuída
irregularmente pelo país, principalmente quando comparada à concentração da população.
Especialistas acreditam que uma das primeiras providências a serem tomadas para
melhorar a gestão dos recursos hídricos é “realizar a avaliação econômica dos serviços
prestados pelos recursos dos ecossistemas aquáticos”. Sendo assim, instituir um valor para
esses serviços é a base de uma governança adequada, essencial para o controle do clima,
do abastecimento e da produção de energia e de alimentos, entre outras atividades
humanas.
Sabe-se que as fontes disponíveis nas imediações das maiores metrópoles brasileiras não
são suficientes para o abastecimento da forma como é feito atualmente.Um levantamento
da Agência Nacional de Água (ANA) aponta que o problema do abastecimento é
generalizado pelo País. Dos 5.565 municípios brasileiros, mais da metade terá problemas
de abastecimento nesta década. E, para tentar adiar a crise ao menos até 2030, será
preciso desembolsar R$ 22 bilhões em obras de infraestrutura, construção de sistemas de
distribuição, novas estações de tratamento e manutenção de redes superadas, com
vazamentos generalizados. E nesse total não estão incluídos os recursos necessários para
resolver o problema do saneamento básico, como a construção de sistemas de coleta de
esgoto e estações de tratamento, de forma a proteger os mananciais onde se faz a
captação para consumo humano. Para isso, segundo a ANA, serão necessários outros R$
47,8 bilhões.
O planejamento do uso da água tem passado por transformações profundas nas últimas
décadas e sofrido impacto de políticas públicas que ficaram ao largo de sua importância na
produção/tratamento e distribuição de água pelo país. A gestão dos recursos hídricos
passou por uma grande transformação no Brasil no fim do século passado, quando as
empresas estaduais de água e saneamento perderam o monopólio do mercado. Muitas
foram municipalizadas e outras privatizadas. A gestão da água pelas empresas de
abastecimento e pelas propriedades rurais, cria distorções capazes de comprometer
seriamente não apenas o abastecimento das necessidades humanas diretas, mas, também,
o desempenho da economia, com prejuízos para as empresas. Isso acontece devido ao fato
de que não se investe dinheiro suficiente nos sistemas de distribuição e tratamento de água,
além disso novas tecnologias e suas implementações também não são amplamente
motivadas por parte das distribuidoras e do governo público.
Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada dólar investido em
água e saneamento, são economizados 4,3 dólares em custos de saúde (devido a
problemas de doenças causadas pela ausência de tratamento de água e esgoto) no mundo
e que o PIB global cresça em 1,5% . A assistência internacional a favor das melhorias na
qualidade dos serviços de água e saneamento aumentou seu comprometimento financeiro
em 30% entre 2010 e 2012 – de 8,3 bilhões para 10,9 bilhões –, especialmente para as
regiões mais vulneráveis, como a África Subsaariana e o sudeste e o sul da Ásia.
Inadimplência
Muitas pessoas no Brasil deixam de pagar as contas de água pois se encontram em
situação de carência financeira, fato agravado pela crise financeira em que o país se
encontra. Devido a isso o governo criou a tarifa subsidiada, nela famílias que têm renda per
capta de até meio salário mínimo, tem direito a pagar uma tarifa menor que a normal pois a
outra parte dela é subsidiada pelo governo. Porém, mesmo assim , destas famílias que têm
direito somente 19,9% realmente pagam.
Consumo indevido
Desafios e soluções
Tentar negociar as contas de água com os inadimplentes para que as mesmas sejam
pagas, com isso teria mais dinheiro paras as abastecedoras. Sendo assim as empresas
poderiam fazer mais investimentos em equipamento de monitoramento do consumo, como
os hidrômetros, e assim haveria uma maior fiscalização, gerando um menor desperdício
financeiro e “material” . Outro desafio a ser levado em consideração é o alcance das áreas
mais afastadas (zonas que não estão dentro da distribuição) que pode ser favorecido com o
sistema citado acima.
A perda de água é um dos pontos mais frágeis do sistema de saneamento e das empresas
operadoras. Em qualquer processo de abastecimento de água por meio de redes de
distribuição no mundo ocorrem perdas de água. As chamadas perdas reais, perdas
aparentes, perdas no faturamento, às ligações clandestinas e o roubo de água.
As perdas de água na distribuição podem ser classificadas em dois tipos: as perdas reais e
as perdas aparentes.
● Perdas reais: equivalem ao volume de água perdido durante as diferentes etapas de
produção, e podem acontecer por vazamento nas tubulações, vazamentos
estruturais (lavagem de filtro, descarga de lodo, vazamento na rede e ramais de
descarga.
● Perdas aparentes: correspondem aos volumes de água consumidos, mas não
autorizados nem faturados, também chamados de perdas comerciais, podem
acontecer por ligações clandestinas / irregulares, ligações sem hidrômetros e
hidrômetros que subestimam o volume de consumo (consumo indevido).
As perdas aparentes têm impacto direto sobre a receita das empresas, reduzindo a
capacidade financeira dos prestadores, e os recursos disponíveis para ampliar a oferta e
melhorar a qualidade, despesas requeridas na manutenção infraestrutura.
● Limite econômico: Volume a partir do qual os custos para reduzir as perdas são
maiores do que o valor intrínseco dos volumes recuperados (varia de cidade para
cidade, em função das disponibilidades hídricas, dos custos de produção, etc.)
● Limite técnico ("perdas inevitáveis"): Volume mínimo definido pelo alcance das
tecnologias atuais dos materiais, das ferramentas, dos equipamentos e da logística.
O custo da água é proporcional à faixa de tempo compreendida entre o início e o reparo dos
vazamentos. Quando uma empresa realiza detecção de perdas com baixa frequência de
revisão em campo, há maior probabilidade de que vazamentos não sejam identificados. Por
conta disso, os custos decorrentes dessas perdas são maiores.
A estação de tratamento de água ETA é responsável por realizar operações para melhorar
a qualidade do líquido em empreendimentos industriais, comerciais e construções, com o
objetivo de tratar os aspectos da água e, dessa maneira, minimizar os impactos ambientais.
Revoluções industriais
Indústria 4.0
Benefícios previstos:
● Redução de Custos
● Economia de Energia
● Aumento da Segurança
● Conservação Ambiental
● Redução de Erros
● Fim do Desperdício
● Transparência nos Negócios
● Aumento da Qualidade de Vida
Na indústria, o uso de água se dá, pelo menos, em três processos: troca de calor
(aquecimento, resfriamento); higienização, e como matéria-prima. A partir dos distintos usos
tem-se águas: de processo; de refrigeração; sanitárias, constituindo efluentes a serem
tratados e dispensados. Na dimensão ambiental é possível afirmar que o uso racional da
água contribui para a mitigação da possibilidade de contaminação dos recursos hídricos,
sendo importante a introdução do conceito de reutilização, o que também traz impactos sob
o aspecto econômico.
Exemplo:
Aplicação da indústria 4.0 na indústria frigorífica:
● Instalação de hidrômetros para verificação dos pontos de maior consumo de
água para promover as ações necessárias;
● I nstalação de sensores de presença em cada um dos aspersores presentes no
processo produtivo - essa adaptação tem como objetivo a liberação do fluxo de
água individual por aspersão com base na presença/tamanho da carcaça, uma
vez que atualmente, ambos são acionados simultaneamente, desperdiçando
muitas vezes grandes quantidades de água que não atingem a carcaça devido a
sua variação de tamanho;
● Torneiras com sensores (sensorizadas/sensores de presença) - as torneiras
liberam fluxo de vazão de água através da aproximação da mão, os de produtos
cárneos, o sensor identifica a presença de algum objeto, permitindo assim, a sua
lavagem. O modelo poderia ser semelhante aos instalados tipicamente em
centros comerciais e shopping centers;
● Sensor para transporte de resíduos e pelos, por exemplo - através da
instalação de um sensor de presença/peso, o resíduo se acumula em
determinada parte do processo, após o acúmulo de determinada quantidade ou
simplesmente pela presença do resíduo, o sensor emite um sinal liberando um
fluxo de água pressurizado (ou não) que direciona os resíduos para o seu devido
lugar. Este processo substituiria o procedimento convencional adotado
atualmente na empresa, que faz uso de água corrente potável para o seu
despacho;
● Instalação de sensores (sensores ultrassônicos) para detectar materiais com
baixa resistência mecânica/espessura - este implemento tem como principal
função o controle de espessura/resistência de tubulações, podendo ser
identificado assim, uma diminuição da espessura ou da resistência do material,
por exemplo, evitando rompimento e desperdício de água, a partir da realização
da manutenção do problema. Funcionamento com base em dispositivo já
existente chamado de medidor de espessura por ultrassom, com a diferença de
ser posicionado ao longo de toda a tubulação;
● Com a instalação de sensores ultrassônicos pode-se também controlar o
volume de água consumido, por meio da análise e comparação dos dados para
identificar vazamentos. Atualmente, existem dispositivos que possuem essa base
de funcionamento. Os medidores de vazão ultrassônicos, por exemplo, medem o
fluxo em um determinado instante de tempo. O princípio de funcionamento deste
sistema baseia-se na verificação do tempo necessário para que uma frequência
emitida, em função do movimento de um fluido, passe por uma determinada
secção da tubulação;
● Instalação de sensores que realizam a medição e forneçam a quantidade de
pressão (sensores de pressão) interna nas tubulações - podendo assim verificar
se o valor reduzindo ou aumentando a pressão de modo a mantê la em seu
ponto ótimo, que será definido pela indústria, evitando assim danificação,
rompimento e encurtamento da vida útil das mesmas, e como consequência,
evitando desperdício de água;
● Controle do tempo de banho dos suínos e lavagem dos caminhões com base
em sensores que controlam o fluxo da água, sendo o tempo de utilização
ajustado de acordo com a quantidade de água consumida, onde ao fim, um
sensor aciona uma válvula que fecha o fluxo de água.
● I nstalação de sensores que realizam a captação de sons presentes nos
componentes da indústria, identificando perdas, como vazamentos, através da
modificação do tempo de recepção do sinal ou do som emitido, teria
funcionamento semelhante ao correlacionador de ruídos, além de outros, que
são inseridos na tubulação medindo sinais e detectando alteração. O
correlacionador de ruídos de vazamentos correlaciona o tempo em que um som
de vazamento atinge dois sensores colocados em pontos de contato com
componentes da rede, desde que esses pontos de contatos apresentem ambos,
um ruído de vazamento previamente detectado. Uma característica importante
dos correlacionadores de ruídos é a possibilidade de executar sua operação em
trechos onde existem vários tipos de materiais e/ou diâmetros entre os sensores;
● Utilização de sensores que identificam o contato das mãos com a mangueira
liberando ou extinguindo o fluxo de água, evitando assim desperdícios de água,
mesmo na presença de esguichos em mangueira o seu fechamento e abertura
seriam mais eficientes uma vez que se pode determinar o ponto onde se deseja
iniciar e manter o contato com a mão, ou quando se deseja fechar o fluxo,
apenas retirar a mão do sensor.
Em resumo a indústria 4.0 integra os sistemas reais e virtuais da indústria de águas, desde
a água captada, efluentes a serem despejados e tratamento da água. A aplicação desse
novo método tem como objetivo melhorar a produtividade, a segurança e a otimização
dessa indústria como um todo.
● Apenas 50,3% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto. (Mais de 100 milhões
de pessoas usam medidas alternativas - fossas e despejo em rios - para lidar com os
dejetos.
● Na região Norte, a situação é pior: 49% da população é atendida por abastecimento
de água, e apenas 7,4%, por esgoto. O pior estado é o Amapá, com 34% e 3,8%
respectivamente, e o melhor é São Paulo, com 95,6% de cobertura em água e
88,4% em esgoto.
Em 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei do Saneamento (lei
11.445) que criou regras para o setor, definindo as competências dos governos federal,
estaduais e municipais e regulamentou a participação de empresas privadas. Com isso,
havia a expectativa que aconteceriam grandes transformações positivas no setor, mas um
estudo da Confederação Nacional da Indústria mostrou que, com os atuais investimentos, o
Brasil só conseguirá universalizar o atendimento de água em 2043, e de esgoto, em 2054.
Há o debate com relação à água no que diz respeito à atuação de entes privados no setor,
tanto na distribuição quanto no saneamento. De um lado, quem defende a entrada de mais
empresas particulares aponta que o estado não tem condições de, sozinho, atender à
demanda por acesso e expansão da rede. Na outra ponta, críticos expressam preocupação
com relação a privatizações descuidadas e que não contemplam o interesse público.
Os cinco maiores grupos econômicos atuantes nesta área no país, considerando serviços
de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, controlam 85,3% do total de
contratos. Cresce a financeirização e internacionalização do mercado privado do
saneamento e que isso não tem trazido melhorias significativas em termos de aumento da
distribuição de água e redes de esgoto. Apesar disso, houve investimento de 20% a mais
por empresas privadas no setor de água e saneamento comparativamente com o
investimento público.
Definição
São resíduos resistentes aos tratamentos de água convencionais. São geralmente resíduos
de fármacos, produtos de higiene pessoal, aditivos industriais, drogas ilícitas, agrotóxicos,
cafeína e outros.
Um dos grandes problemas dos poluentes emergentes é que sabe-se pouco a respeito de
seus efeitos no meio ambiente e na saúde humana.
Efeitos no meio ambiente
Como os poluentes emergentes são vários , seus efeitos no meio ambiente também serão
variados. Resíduos de corantes, por exemplo, podem causar uma série de alterações no
meio ambiente, como mudanças na solubilidade de gases na água, danos no sistema
respiratório dos peixes, podem bloquear a fotossíntese nas plantas e nos seres humanos
podem causar dermatites e rinite. Já resíduos de estrogênio nos rios causam alterações nos
peixes , e em humanos causa alterações hormonais.
Vale ressaltar que os poluentes não estão inclusos nos programas de monitoramento dos
órgãos de fiscalização e não existe legislação no Brasil que obrigue as ETARs a tratar esse
tipo de efluente.