Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Competências pessoais
Mas, afinal qual dessas três competências é a mais importante? Qual delas
sobressai sobre as outras? Sem dúvida, a competência pessoal mais
importante para o administrador é a atitude. Defendemos o ponto de vista de
que o administrador precisa ser um agente de mudança dentro das
organizações. É ele que faz acontecer a mudança de mentalidade, de cultura,
de processos, de atividades, de produtos/serviços etc. Seu principal produto é
a inovação. É o administrador que torna as organizações mais eficazes e
competitivas e as orienta rumo ao sucesso em um complicado mundo de
negócios cheio de mudanças e competição. Mas, para que seja o paladino da
mudança e da inovação capazes de garantir e manter a competitividade
organizacional, o administrador precisa desenvolver certas características
pessoais que o tornem um verdadeiro líder na organização, como
combatividade, assertividade, convicção profunda, não-aceitação do status
quo, inconformismo com a mediocridade e alta dose de espírito empreendedor.
Desenvolvimento e subdesenvolvimento
Peter Drucker, o mais famoso autor neoclássico, afirma que não existem
países desenvolvidos e países subdesenvolvidos, e sim países que sabem
administrar a tecnologia e os recursos disponíveis e potenciais, e países que
ainda não o sabem. Em outros termos, existem países administrados e países
subadministrados. O mesmo ocorre com as organizações. Existem
organizações excelentes e existem organizações precariamente administradas.
Tudo é uma questão de talento administrativo.
Economistas Liberais
A partir do século XVII desenvolveu-se uma variedade de teorias econômicas
centradas na explicação dos fenômenos empresariais (microeconômicos) e
baseadas em dados empíricos, ou seja, na experiência cotidiana e nas
tradições do comércio da época.
Ao término do século XVIII, os economistas clássicos liberais conseguem
aceitação de suas teorias.
Essa reação para o liberalismo culmina com a ocorrência da Revolução
Francesa. As ideias liberais decorrem do direito natural: a ordem natural é a
ordem mais perfeita. Os bens naturais, sociais e econômicos são os bens que
possuem caráter eterno. Os direitos econômicos humanos são inalienáveis e
existe uma harmonia preestabelecida em toda a coletividade de indivíduos.
Segundo o liberalismo, a vida econômica deve afastar-se da influência estatal,
pois o trabalho segue os princípios econômicos e a mão-de-obra está sujeita às
mesmas leis da economia que regem o mercado de matérias-primas ou o
comércio internacional. Os operários, contudo, estão à mercê dos patrões, que
são os donos dos meios de produção. A livre concorrência é o postulado
principal do liberalismo econômico. As ideias básicas dos economistas
clássicos liberais constituem os germes iniciais do pensamento administrativo
de nossos dias. Adam Smith (1723-1790) é o fundador da economia clássica,
cuja ideia central é a competição. Embora os indivíduos ajam apenas em
proveito próprio, os mercados em que vigora a competição funcionam
espontaneamente, de modo a garantir (por algum mecanismo abstrato que
Smith chamava de a mão invisível que governa o mercado) a alocação mais
eficiente dos recursos e da produção, sem que haja excesso de lucros. Por
essa razão, o papel econômico do governo (além do básico, que é garantir a lei
e a ordem) é a intervenção na economia quando o mercado não existe ou
quando deixa de funcionar em condições satisfatórias, ou seja, quando não
ocorre competição livre.
A Obra de Taylor
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica,
nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. Veio de uma família quaker de
princípios rígidos e foi educado com forte mentalidade de disciplina, devoção
ao trabalho e poupança. Iniciou sua carreira como operário na
Midvale Steel Co., passando a capataz, contramestre até chegar a engenheiro,
quando se formou pelo Stevens Institute. Na época, vigorava o sistema de
pagamento por peça ou por tarefa. Os patrões procuravam ganhar o máximo
na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto os operários reduziam o ritmo de
produção para contrabalançar o pagamento por peça determinado pelos
patrões.
Isso levou Taylor a estudar o problema de produção para tentar uma solução
que atendesse tanto aos patrões como aos empregados.
Conceito de eficiência
O conceito de eficiência é fundamental para a Administração Científica. A
análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos buscava a melhor
maneira de executar uma tarefa e elevar a eficiência do operário. A eficiência
significa a correta utilização dos recursos (meios de produção) disponíveis.
Pode ser definida pela equação E = P/R, onde P são os produtos resultantes e
R os recursos utilizados. A organização racional do trabalho busca a melhor
maneira, isto é, os métodos de trabalho para estabelecer os padrões de
desempenho das tarefas. Uma vez estabelecidos os padrões de desempenho,
a eficiência do operário passou a ser a relação entre o desempenho real e o
desempenho previamente estabelecido como eficiência igual a 100% (tempo
padrão). Daí, a expressão percentagem de eficiência para representar o
resultado daquela equação. Assim, a eficiência está voltada para a melhor
maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou executadas (métodos de
trabalho), a fim de que os recursos (pessoas, máquinas, matérias-primas etc.)
sejam aplicados da forma mais racional possível. A eficiência preocupa-se com
os meios e métodos, que precisam ser planejados a fim de assegurar a
otimização dos recursos disponíveis. Emerson utiliza a expressão engenharia
de eficiência como uma especialidade na obtenção e maximização da
eficiência. Para ele, “eficiência é a relação entre o que é conseguido e o que
pode ser conseguido”. A consequência direta da eficiência é a produtividade. A
produtividade pode ser definida como a produção de uma unidade produtora
por unidade de tempo, isto é, o resultado da produção de alguém por um
determinado período de tempo. Quanto maior a eficiência tanto maior a
produtividade.
Princípios básicos de Ford
Provavelmente, o mais conhecido de todos os precursores da Administração
Científica, Henry Ford (1863-1947) iniciou sua vida como mecânico. Projetou
um modelo de carro e em 1899 fundou sua primeira fábrica de automóveis, que
logo depois foi fechada. Sem desanimar, fundou, em 1903, a
Ford Motor Co. Sua ideia: popularizar um produto antes artesanal e destinado a
milionários, ou seja, vender carros a preços populares, com assistência técnica
garantida, revolucionando a estratégia comercial da época. Entre 1905 e 1910,
Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa.
Embora não tenha inventado o automóvel nem mesmo a linha de montagem,
Ford inovou na organização do trabalho: a produção de
maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo
menor custo possível. E essa inovação teve maior impacto sobre a maneira de
viver do homem do que muitas das maiores invenções do passado da
humanidade. Em 1913 já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu
com seus empregados uma parte do controle acionário da empresa.
Estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e jornada diária de oito
horas, quando, na época, a jornada variava entre dez e doze horas. Em 1926,
já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas, fabricando 2.000.000 carros
por ano. Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desde a
matéria-prima inicial ao produto final acabado, além da concentração horizontal
através de uma cadeia de distribuição comercial por meio de agências próprias.
Ford fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante
aperfeiçoamento de seus métodos e processos de trabalho.
O gênio do marketing
Ford teve uma incrível intuição de marketing: concluiu que o mundo estava
preparado para um carro financeiramente acessível. Em seguida, buscou as
técnicas de produção em massa como a única forma de viabilizá-lo. Então
definiu o preço de venda e desafiou a organização a fazer com que os custos
fossem suficientemente baixos para garantir aquele preço. Assim, deu ao
mercado o que ele queria: modelos simples e acessíveis. O problema pipocou
três décadas depois, quando os outros fabricantes - GM no meio - começaram
a acrescentar opcionais aos carros enquanto Ford continuava fabricando os
mesmos modelos simples, básicos e de uma só cor: preta. O gênio de
marketing perdeu a percepção e a noção daquilo que os clientes passaram a
aspirar.
Conceito de Administração
Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar,
coordenar e controlar. As funções administrativas envolvem os elementos da
Administração, isto é, as funções do administrador, a saber:
1. Prever. Visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2. Organizar. Constituir o duplo organismo material e social da empresa.
3. Comandar. Dirigir e orientar o pessoal.
4. Coordenar. Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.
5. Controlar. Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e
as ordens dadas.
Esses são os elementos da Administração que constituem o chamado
processo administrativo: são localizáveis no trabalho do administrador em
qualquer nível ou área de atividade da empresa. Em outros termos, tanto o
diretor, o gerente, o chefe, como o supervisor - cada qual em seu respectivo ní-
vel - desempenham atividades de previsão, organização, comando,
coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais.
“Teoria da máquina”
A Teoria Clássica recebe a denominação de teoria da máquina pelo fato de
considerar a organização sob o prisma do comportamento mecânico de uma
máquina: a determinadas ações ou causas decorrem determinados efeitos ou
consequências dentro de uma correlação determinística. A organização deve
ser arranjada tal como uma máquina. Os modelos administrativos
correspondem à divisão mecanicista do trabalho, em que a divisão do trabalho
é a mola do sistema. A abordagem mecânica, lógica e determinística da
organização foi o fator que conduziu erradamente os clássicos à busca de uma
ciência da Administração.
Glossário:
CADEIA DE COMANDO é a linha de autoridade que interliga as posições da
organização e especifica quem se subordina a quem.
CADEIA ESCALAR é o mesmo que cadeia de comando.
TEORIA CLÁSSICA é a corrente administrativa predominante na primeira
metade do século XX e que enfatiza a estrutura organizacional e os princípios
universais de administração. Foi iniciada por Henri Fayol.
ABORDAGEM HUMANÍSTICA
ABORDAGEM HUMANÍSTICA, A TEORIA Administrativa passa por uma
revolução conceituai: a transferência da ênfase antes colocada na tarefa
(pela Administração Científica) e na estrutura organizacional (pela Teoria
Clássica) para a ênfase nas pessoas que trabalham ou que participam nas
organizações. A Abordagem Humanística faz com que a preocupação com a
máquina e com o método de trabalho e a preocupação com a organização
formal e os princípios de Administração cedam prioridade para a preocupação
com as pessoas e os grupos sociais - dos aspectos técnicos e formais para os
aspectos psicológicos e sociológicos.
A Abordagem Humanística ocorre com o aparecimento da Teoria das Relações
Humanas, nos Estados Unidos, a partir da década de 1930. Ela surgiu
graças ao desenvolvimento das ciências sociais, notadamente a Psicologia e,
em particular, a Psicologia do Trabalho. Esta passou por duas etapas em seu
desenvolvimento:
a. A análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho. Nesta
primeira etapa, domina o aspecto meramente produtivo. O objetivo da
Psicologia do Trabalho - ou Psicologia Industrial - era a análise das
características humanas que cada tarefa exige do seu executante e a seleção
científica dos empregados baseada nessas características por meio de testes
psicológicos. Os temas predominantes são a seleção de pessoal, orientação
profissional, treinamento e métodos de aprendizagem, fisiologia do trabalho e
estudo dos acidentes e da fadiga.
b. A adaptação do trabalho ao trabalhador. Nesta etapa, a Psicologia
Industrial está voltada para os aspectos individuais e sociais do trabalho, que
predominam sobre os aspectos produtivos. Pelo menos em teoria. Os temas
predominantes são o estudo da personalidade do trabalhador e do gerente, a
motivação e os incentivos do trabalho, a liderança, as comunicações e as
relações interpessoais e sociais dentro da organização.
Teorias Transitivas
Já em meio à Teoria Clássica e antecipando-se à Teoria das Relações
Humanas, surgiram autores que - apesar de defenderem os princípios
clássicos - iniciaram um trabalho pioneiro de revisão, de crítica e de
reformulação das bases da teoria administrativa. Embora, a rigor não
houvessem consolidado uma corrente e não dispusessem de uma conexão
teórica, alguns autores podem ser colocados nessa zona de transição entre o
classicismo e o humanismo na Administração, tais como:
1. Hugo Munsterberg (1863-1916). Foi o introdutor da psicologia aplicada nas
organizações e do uso de testes de seleção de pessoal.
2. Ordway Tead (1860-1933). Foi o pioneiro a
tratar da liderança democrática na administração.
3. Mary Parker Follett (1868-1933). Introduziu a corrente psicológica na
Administração. Rejeita qualquer fórmula universal ou única e introduz a lei da
situação: é a situação concreta que deve determinar o que é certo e o que é
errado. Toda decisão é um momento de um processo e se torna importante
conhecer o contexto desse processo.
4. Chester Barnard (1886-1961). Introduziu a teoria da cooperação na
organização. Como as pessoas têm limitações pessoais - biológicas, físicas e
psicológicas - elas precisam superá-las por meio do trabalho conjunto. A
cooperação entre as pessoas surge da necessidade de sobrepujar as
limitações que restringem a ação isolada de cada uma. A necessidade de
cooperar entre si, leva as pessoas a constituírem grupos sociais e
organizações. Um grupo social existe quando:
a. Existe interação entre duas ou mais pessoas - interação.
b. Há o desejo e a disposição para cooperar - cooperação.
c. Existem objetivos comuns entre elas - objetivos comuns.