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Tensão No País Vizinho

O que acontecerá na “fase


nal” da Operação contra
Maduro?
16

Helen Mendes e Isabella Mayer de Moura, com agências [30/04/2019] [22:24] 16 COMENTÁRIOS

RT S I FM ... 41
ENTRAR
WISE UP interino da Venezuela, Juan Guaidó se posicionam em frente à base militar La
Soldados
POPULARES que apoiam
ÚLTIMASo presidente
NEWS
Carlota, em Caracas, 30 de abril. Foto: Yuri Cortez / AFP| Foto: AFP

A tensão em Caracas, capital da Venezuela, começou nas primeiras horas desta


terça-feira (30), com a intensi cação do confronto entre a oposição liderada
   não era  
por Juan Guaidó e forças do regime chavista. Ao nal do dia, ainda
possível saber se a "Operação Liberdade", para retirar o ditador Nicolás
Maduro do poder, teria sucesso, seria fracassada, ou terminaria em um guerra
civil.

Por volta das 6 horas da manhã, o presidente interino Juan Guaidó anunciou na
frente da base aérea de La Carlota que contava com o apoio de dissidentes das
Forças Armadas para derrubar o regime de Maduro.

Guaidó incitou outros soldados a se juntarem ao que ele chamou de fase nal
da Operação Liberdade.

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O anúncio foi feito ao lado de Leopoldo López, uma gura importante da
oposição, que até então estava em prisão domiciliar e, segundo ele, foi liberado
por funcionários da Guarda Nacional Bolivariana na madrugada desta terça-
feira.

As forças de Maduro não demoraram para responder. A região da base militar


foi o cenário do início do confronto, com a Guarda Bolivariana lançando
bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação.

Em um momento dramático que foi gravado por câmeras de vídeo e


transmitido pelos meios de comunicação, um veículo blindado da Guarda
Nacional, do regime de Maduro, atropelou manifestantes da oposição em
Caracas.

VEJA TAMBÉM:

» Instabilidade política leva a dia de tensão e con itos na Venezuela


» Brasil vê adesão militar maior e risco de guerra civil em Caracas
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» Bolsonaro: possibilidade de Brasil participar de ação armada na Venezuela é
"próxima de zero"
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O Hospital de Chacao, o mais próximo aos arredores da Base Aérea de La


Carlota, disse ter atendido ao menos 50 feridos nos protestos desta terça-feira.

  
 
Ao menos 30 deles foram feridos com balas de borracha e outros 16 tiveram
traumas por pancadas. Outros três apresentaram problemas respiratórios por
inalar gás lacrimogêneo e um teve ferimento a bala.

Operação Liberdade

Guaidó, López e centenas de manifestantes caminharam em seguida para


outro local, onde o líder da oposição fez um discurso em um palco
improvisado:

"Vamos resistir e exigir o m da usurpação. Vamos encher as ruas amanhã


com
16 todo o entusiasmo, porque vamos bem", disse Guaidó à multidão, que

gritava "sim, se pode" e "Operação Liberdade".

Os o ciais que deixaram o Exército ou a Guarda Nacional Bolivariana usavam


uma faixa azul no braço direito. Ainda não se sabe o número de militares que
desertaram, ou quantos seriam de alta patente.

Ainda nesta tarde, 25 militares pediram asilo na embaixada brasileira em


Caracas. Segundo o porta-voz da Presidência do Brasil, Otávio Rego Barros,
não há militares de alta patente entre eles; todos possuem patente abaixo de
tenente. Rego Barros ainda disse que não chegou à Presidência a informação de
que Guaidó tenha recebido apoio de algum general da Força Armada Nacional
Bolivariana.

Ao nal do dia, a situação se mantinha incerta na Venezuela. Especialistas


dizem que ainda é cedo para saber qual será o resultado das ações promovidas
pela oposição nesta terça-feira, mas que talvez a aposta da oposição tenha sido
alta demais.
“Não está claro que [a aposta da oposição] tenha tido sucesso, mas também
não está claro que WISE
tenhaUP sido fracassada”, disse à Gazeta do Povo Laura ENTRAR
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Gamboa, professora de Ciência Política na Utah State University, Estados
Unidos.

Para o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade


   de
 
Brasília (UnB) Antonio Jorge Ramalho da Rocha, a oposição aposta que a crise
do governo é tão intensa, que o regime, a qualquer momento, não terá
condições de sustentar a ordem. Ele avalia que ainda não é possível dizer se
houve ou não um racha nas Forças Armadas leais a Maduro, ressaltando que
algumas informações sobre deserções de militares de alta patente não
puderam ser con rmadas e podem ser rumores.

"Até onde temos informações, os militares continuam ao lado de Maduro,


continuam sustentando o regime, porque eles têm muitos interesses
envolvidos", disse Ramalho da Rocha à Gazeta do Povo.

16
Rocha acredita que a oposição deu ao regime um motivo concreto para prender
Juan Guaidó, a incitação à revolução, ou tentativa de golpe. "Ou Guaidó deixa o
país, ou vai preso", disse. "Ele foi para o tudo ou nada; blefou apostando que
teria apoio popular".

Temia-se que Guaidó fosse preso quando saiu da Venezuela no início do ano,
desobedecendo uma ordem da Justiça. Mas ele retornou ao seu país pelo
aeroporto de Caracas e não foi detido. "[As razões para a prisão de Guaidó
naquela ocasião] poderiam ser interpretadas pela comunidade internacional
como perseguição política. Por isso o governo não ultrapassou essa linha".

Dia decisivo

Durante a tarde, representantes da oposição informaram que Leopoldo López


havia pedido asilo na embaixada do Chile em Caracas. Mais tarde, o chanceler
chileno Roberto Ampuero a rmou que López deixou a embaixada chilena e foi
para a da Espanha. López e a esposa têm cidadania espanhola, segundo
Ampuero. Não há con rmação de que López tenha pedido asilo à Espanha.
“Se isto for verdade [López ter pedido asilo político], não são notícias boas
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para a oposição.
POPULARES ÚLTIMAS Por outro lado, não há notícias novas sobre Guaidó, e, até o
NEWS

momento, Maduro não havia aparecido. São notícias não tão ruins para a
oposição”, aponta Gamboa.

   importantes
Para a cientista política, a ação de hoje deixa claro que há fraturas 
no regime de Maduro. “Essas fraturas, se gerenciadas apropriadamente,
podem jogar a favor de uma transição democrática. Porém, a situação é
instável. Qualquer coisa pode acontecer”.

O dia de hoje pode ser decisivo sobre o resultado da campanha de Guaidó para a
transição democrática na Venezuela. As reações do regime de Maduro e a
maneira como a oposição conduzirá a situação serão determinantes para o
sucesso ou o fracasso de Guaidó. “Se Guaidó continuar na Venezuela e
permanecer livre, creio que tem opções razoáveis de voltar a situação a seu
favor. Se Guaidó puder aproveitar essa fratura [na coalizão do governo], ainda
tem possibilidades de impulsionar uma transição. Agora, se o regime decidir
16
prender Guaidó, ou se Guaidó decidir se exilar, não está claro o que pode
acontecer”, pondera Gamboa.

Guaidó é uma gura importante para a coalizão opositora, mas a oposição vai
além da gura do seu líder. “Guaidó preso ou no exílio é um golpe duro, mas é
possível que a oposição tenha planos traçados para compensar esse cenário”.

"Sem apoio e sem respeito"

Juan Guaidó disse que o ditador Nicolás Maduro não tem o apoio e o respeito
das Forças Armadas de seu país, mas que todos sabiam que não seria fácil
derrubá-lo. "Hoje é um dia histórico para a Venezuela, o início da última fase
da Operação Liberdade", a rmou ele em um vídeo divulgado na noite desta
terça-feira pelas redes sociais.

Foi a primeira manifestação do opositor venezuelano desde o início da tarde.


As imagens não identi cam onde Guaidó está. Ele defendeu a tática adotada
pela oposição nesta terça e disse que "pressão e protestos geram resultados".
Chamando o regime de "farsa", ele também disse que as manifestações devem
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seguir. No texto queNEWS
acompanha o vídeo, há uma referência a um novo protesto
nesta quarta (1º).

Resposta de Maduro
  
 

O ditador Nicolás Maduro, a rmou, em pronunciamento à TV estatal na noite


desta terça-feira (30), que Juan Guaidó foi derrotado. "Nunca nos renderemos
às forças imperialistas", disse, em referência aos Estados Unidos, que apoiam
o opositor.

Maduro disse ainda que os perpetradores do movimento para depô-lo do


poder, que ele chama de golpe, estão sendo interrogados. "Isto não pode car
impune", disse ele, "todos os envolvidos devem se render".

O ditador também a rmou que seu regime continuará a ser vitorioso. Segundo
ele,
16
os atos da oposição foram detectados às 4h15 da madrugada desta terça e
liderados por Leopoldo López, a quem chamou de fascista.

Enquanto fez seu pronunciamento, Maduro esteve sentado a uma mesa


rodeado das principais lideranças militares do país, que foram aplaudidas por
sua atuação rme durante os eventos do dia.

O ditador reforçou a lealdade dos militares ao seu regime, em claro contraste


com as declarações da oposição de que um grande movimento de deserção
estaria em curso.

Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse em entrevista à
CNN que Maduro estava pronto para deixar a Venezuela e fugir para Havana,
em Cuba, mas que foi convencido pela Rússia a desistir. No entanto, Pompeo
não apresentou evidências para essa alegação, e se negou a dizer qual foi a
fonte dessa informação.

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