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vem sempre a escola e que não pode perder tal benefício, e que não foi
comunicada em momento algum da ausência do discente. Para resolver o
imbróglio devemos ter instituições públicas (ex. conselho tutelar) fortes e
pessoas compromissadas com a sociedade menos favorecida econômica e
socialmente.
Nos moldes que é feito pela Secretaria de Educação de Contagem, esse
processo de cadastramento e da matrícula escolar não gera nenhum efeito
discriminatório e desigual, pois é bem divulgado por toda a cidade possibilitando
que todo cidadão contagense que tenha filhos na idade escolar,
independentemente de sua etnia tenha acesso à educação/escola, bastando ao
interessado ir a uma unidade escolar mais próxima de sua residência com a
documentação necessária e na data prevista. A família contagense não precisa
ter vínculo trabalhista ou fazer parte de algum programa social, possuir internet,
telefone ou algo parecido para fazer a matrícula, isso talvez poderia gerar alguma
desigualdade ou efeito discriminatório, o que não é observado.
Atrelado ao que foi exposto anteriormente, e levando em conta o país em
que vivemos, não é possível falar sobre educação sem falar da exclusão
econômica e social na qual estamos inseridos. Nas escolas das periferias das
grandes cidades esse fato é bem distinto, onde percebemos que todos os índices
relativos ao desempenho escolar, IDH, falta de saneamento básico, mobilidade
pública precária, fácil acesso às drogas ilícitas e, entre tantas outras mazelas
interferem diretamente no baixo rendimento escolar. Essa exclusão econômica
é percebida também nos relatos dos alunos, onde os mesmos não acreditam na
instituição escola, pois os seus históricos de vida não mostram nenhum sucesso
pessoal na família ou próximo através do esforço escolar. E muitos discentes
que fazem parte do PBF só vão à escola pela manutenção do programa, e muitos
que não pertencem ao programa são inertes e não conseguem ser atraídos pelo
mundo da educação, o que nos causa uma grande frustação profissional como
educador, e muitos dessas crianças são frutos da corrupção reinante no Brasil
desde sua colonização. Em Contagem, como na grande maioria das cidades
brasileiras, acreditamos que quanto mais pobre o local onde a escola está
inserida, menor é interesse pelo aprendizado proposto pela instituição escolar.
É um ciclo vicioso que passa de pai para filho, de gerações para gerações, e o
governo como estado finge que está tudo bem, pois o que vale e o que conta
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