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Qual a diferença entre resumo e resenha

A diferença entre resumo e resenha é muito pouca.

Uma resenha deve ser feita com base em algo que você leu, podendo colocar
suas opiniões próprias no meio da resenha de forma crítica.
Resumo nada mais é do que uma diminuição de um texto ou de algum assunto
abordado, nunca perdendo o foco do assunto principal.

Quais os tipos de resenhas existentes

Existem 4 tipos de resenha,


1 - resenha acadêmica,
2- resenha crítica,
3 - resenha temática, e
4 - resenha descritiva.

Passos para se fazer uma resenha temática:

Passo 1:
Apresente o tema: Diga a quem vai ler sua resenha, quais os motivos para
você ter escolhido tal assunto.

Passo 2:
Resuma os textos: Use sempre um paragrafo para cada texto, comente logo no
inicio, quem é o autor do assunto.

Passo 3:
Conclua: Agora que você falou sobre cada texto, opine, e tire suas próprias
conclusões sobre o assunto.

Passo 4:
Mostre as fontes: Insira as referências bibliográficas do assunto que você fez a
resenha

Passo 5:
Assine e identifique-se: Escreva seu nome, e uma pequena descrição sobre o
assunto tratado na resenha, por exemplo “Possíveis soluções para amenizar o
aquicimento global.”

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Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma
de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural,
que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.

O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural


que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com
todo esse conteúdo.

Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de


pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir
equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.

No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos


ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as
principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem
esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões
como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.

Tipos de Resenha
Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados
são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.

Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais


conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante
rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua
vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha
temática.

Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal


para uma produção completa:

1.Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou


artigo que você vai resenhar;
2.Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o
conteúdo do texto a ser resenhado;
3.Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o
foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4.Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir
claramente o texto resenhado;
5.Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua
opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo
comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em
aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para
isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6.Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é
hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém).
Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade,
na renda etc.
7.Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi
resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida
e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8.Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu
nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de
Caxias do Sul (UCS)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos,
excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha
descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.

Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um


assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:

1.Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que
serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
2.Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início
quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
3.Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de
opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
4.Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos
textos que você usou;
5.Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo
“Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.
Conclusão
Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar
muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro
mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.

As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte


em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar
quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.

Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas


próprias resenhas!
Fonte(s):
http://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/

Para fazer um bom texto, independente de qual gênero textual, três coisas são
fundamentais: gramática, opinião e clareza.
Ao escrever uma resenha você expõe sua opinião como um crítico, fazendo
(obviamente) críticas positivas e/ou negativas.
Como pediu passo-a-passo, vão as dicas na forma de lista.

1) Organizar os dados que considere mais importantes (melhor fazê-lo numa


folha à parte).

2) Fazer uma introdução que deixe bem claro o tema central da resenha, ou
seja, o assunto e sua posição sobre ele.

3) Dê sua opinião sem utilizar de recursos como "eu acho que..." "eu penso
que...". Esse tipo de expressão é comum na linguagem oral e deve ser evitada
quando se escreve.

4) Faça parágrafos especiais para elevar os pontos positivos e outros para os


negativos. Ninguém espera que você ache o objeto/tema em questão
totalmente bom ou ruim.

5) Justifique as suas opiniões para não deixar vago o que tem a dizer. Por
exemplo, se acha que qualquer fábrica poluente deve ser multada ou fechada,
diga o motivo. Ainda que esteja claro para você, prefira ter a certeza de que
seus leitores vão entendê-lo.

6) Termine com uma síntese do que foi tratado. Resuma bem se não souber o
que escrever para terminar.

- Releia com atenção. É o fundamental para qualquer texto.

Boa sorte com o trabalho!


Isadora Urbano.

Resenha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
A resenha é um gênero textual em que se propõe a construção de relações
entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando
aspectos considerados relevantes sobre ele. No jornalismo, é utilizado como
forma de prestação de serviço. É texto de origem opinativa e, portanto, reúne
comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o valor do
que é analisado.

O objeto resenhado pode ser de qualquer natureza: um romance, um filme, um


álbum, uma peça de teatro ou mesmo um jogo de futebol. Uma resenha pode
ser "descritiva" e/ou "crítica".

Resenha é um texto que serve para apresentar outro (texto-base),


desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma
ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de
informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e
de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se
oriente quanto ao grau de interesse do texto-base.

Quando se trata de resenha científica, ou trabalho acadêmico de divulgação,


apresenta síntese e crítica sobre trabalho científico mais longo. Pode ser
elaborado com base em leitura motivada por interesse próprio ou sob demanda
editorial. Visa geralmente à publicação em periódico técnico ou mesmo visando
divulgação de conhecimento ao grande público pela veiculação em mídia
ampla. Nesses casos a resenha é, geralmente, feita por um cientista da mesma
área de conhecimento do texto-base.

Mas que informações dar sobre o texto? Ora, se o leitor não o conhece, é
preciso informar-se, pelo menos, o nome do autor, o nome do texto, onde e
quando foi publicado. Lembre-se de que o leitor pode querer ter acesso ao
texto resenhado e, para tanto, precisa dessas informações básicas. Elas
podem aparecer no corpo do texto ou no final , como uma citação bibliográfica.
Se forem apresentadas no corpo do texto, devem ser bem integradas à
exposição dos assuntos tratados.

E em que consiste uma abordagem crítica? Abordar criticamente um texto


consiste em opinar sobre ele, apresentando problemas e qualidades que o
resenhador julga importante destacar para o seu leitor. Portanto, a abordagem
critica não significa, necessariamente, um levantamento dos problemas
detectados no texto. Pode constituir-se também no destaque de certas
qualidades.

Além das informações básicas e da abordagem crítica, uma boa resenha


procura estabelecer relações do texto-base com outros textos (relações
intertextuais), recurso que dá ao leitor outras possibilidades de entrada para o
texto-base.

Do ponto de vista da construção do texto da resenha, a apreciação crítica


obedece a um fio condutor que o resenhador julga como o ponto de entrada
mais interessante para o leitor. O fio condutor é , portanto, o tópico que o
resenhador escolhe do texto-base para despertar o interesse do leitor e serve
para conduzir toda a sua exposição sobre o texto-base.

Sintetizando, resenha é a apresentação de um texto resultante de sua


apreciação crítica por parte do resenhador. Assim entendida, ela tem sido
chamada também de resenha crítica.

Resenha Descritiva é um resumo do livro de que você descreve as


características. A resenha tem a seguinte base: opinião + facto.
Fonte(s):
wikipédia

Acabo de ver que há boas respostas que foram oferecidas a sua pergunta.
Então só queria fazer um pequeno acréscimo, que a ajudará na comprensão e
domínio da elaboração de uma resenha.

Veja que exemplo simples: a resenha de um jogo de futebol.

Assim que acaba a partida de futebol, algumas rádios e canais de televisão


fazem uma resenha. Jornais escritos também o fazem.

O comentarista faz duas coisas a um só tempo, com harmonia: ele descreve os


lances e emite seus comentários a respeito. Ele destaca o que houve de
importante nos 90 minutos de jogo.

Tendo o espírito do que deve constar -- dos ingredientes -- é necessário uma


"fôrma" (como se fosse um bolo) para dar forma, formato de resenha escrita. A
tal "forma" são as normas da ABNT, apresentadas aqui pelos colegas que já
responderam.

Bom trabalho!

Sempre nos deparamos comresenhas por aí. Resenhas de livros, resenhas de


filmes, resenhas de textos científicos, resenhas de peças de teatro, etc. Mas
afinal, como se escreve uma resenha? Para respondermos essa questão
passo a passo, precisamos antes responder o que é uma resenha. Uma
resenha é um gênero textual que visa a informação sintética de algum objeto.
Mas não é um simples resumo ou sinopse. A resenha passa tanto por
momentos descritivos e objetivos quanto pelo momento crítico, que desenha
impressões sobre o objeto, e portanto, é também de cunho subjetivo. Uma
resenha é, portanto, ainformação sintética sobre algo e que consegue
aliar descrição e crítica.
Escrever uma resenha é algo difícil pois é um texto breve, e por isso corre-se o
risco da superficialidade e do privilégio de certas informações em detrimento de
outras igualmente importantes. O texto precisa apresentar ao leitor as
características principais do objeto, sejam elas boas ou ruins. Nunca use
expressões como “eu gostei”, “eu não gostei”, “eu acho que”, por mais que uma
resenha apresente uma perspectiva crítica, isso deve ser passado de maneira
objetiva e argumentativa, e não baseada em “achismos”.
O formato clássico de resenha, chamada de resenha acadêmica, envolve
os seguintes passos:
1. Identificação do objeto a ser analisado, seja uma obra, um filme, um texto,
uma peça…
2. Apresentação: descreva brevemente do que se trata o seu objeto.
3. Descrição da estrutura: é a forma do objeto. Quantos capítulos, ou quantos
atos…
4. Descrição do conteúdo, de forma mais esmiuçada que o item 2.
5. Momento crítico : neste momento você expressa suas impressões, mas de
forma consistente e argumentativa. Você pode citar outros autores e comparar
obras, por exemplo.
6. Recomendação da obra: após ter descrito e criticado, direcione o objeto para
o público que melhor se encaixa a ela.
7. Identificação do autor do objeto “resenhado”. Breve biografia e outras obras
de referência.

PASSO A PASSO DA RESENHA CRÍTICA


Na resenha crítica, há oito passos básicos a serem seguidos. São eles:
1. Identifique a obra: coloque dados bibliográficos essenciais do livro (artigo,
notícia, reportagem, filme) que se vai resenhar;
2. Apresente o autor: escreva em pouquíssimas palavras um resumo sobre o
autor: quantos livros já publicou, se vendeu muito, se é sua estréia como autor
e o que mais você considerar interessante;
3. Apresente a obra: forneça ao leitor, em poucas linhas, todo o conteúdo do
texto a ser resenhado, como em uma sinopse (qual o tema tratado? Qual o
problema discutido pelo autor? Qual a posição defendida pelo autor para a
solução desse problema? Quais os argumentos centrais ou complementares
utilizados pelo autor para defender sua posição?). Tente enquadrar a obra – se
for livro ou filme – em uma das escolas literárias (barroca, romântica,
naturalista, realista, modernista ou contemporânea);
4. Descreva a estrutura: escreva sobre a divisão em capítulos, sobre o foco
narrativo – personagens, ambiente, tempo, narrador.
5. Descreva o conteúdo dos capítulos: use até cinco parágrafos para resumir
o conteúdo do livro.
6. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar
sua opinião. Argumente sua defesa ou sua ofensiva, contra ou a favor da obra,
dando explicações convincentes sobre cada opinião. Tente usar a opinião de
outros críticos sobre o assunto (para isso, você terá de pesquisar na internet.
Para não ficar muito extenso, escreva mais ou menos assim: há quem afirme
que o livro é maravilhoso, por isso, isso e isso. Há também aqueles que
afirmam que ele possui problemas de coerência e verossimilhança. Prefiro vê-
lo como...). A crítica (favorável ou contrária) não tem limites. Dê asas à sua
imaginação, seja coerente e explique os motivos dos seus argumentos. Afinal,
serão eles que farão com que o leitor se decida ou não por ler a obra
resenhada.

7. Recomende ou não a obra: Escreva a que público se destina a obra: a qual


faixa etária, se vale a pena ler ou deixar na prateleira da livraria.
8. Assine e identifique-se: Assine o seu próprio nome e, embaixo dele,
escreva: Aluno do 2º ano do Ensino Médio.
Bem, eu disse que eram oito passos básicos. Mas há mais.
Como todo texto, imagine uma situação (um contexto de escrita).
Imagine (e leve a sério) que iremos expor suas resenhas no pátio da escola,
para promover o interesse dos colegas do colégio para a leitura. Portanto, tudo
o que você escrever e da forma como você escrever será visto por todos os
seus colegas. Sua responsabilidade, assim, é bastante grande. Se ficar mal
escrito, cheio de erros ortográficos, sintáticos e de pontuação, todos saberão
quem escreveu. Então, capriche!
Vamos colocar em prática a teoria acima. Como eu prometi, vou
resenhar o livro Crepúsculo.

PASSO 01: Identifique a obra: coloque dados bibliográficos essenciais do


livro (artigo, notícia, reportagem, filme) que se vai resenhar;

Crepúsculo – título original Twilight – (Meyer, Stephenie.Crepúsculo.


Editora Intrínseca:São Paulo, 2008. 1ª Ed. 416 pg, R$ 31,90) – é o primeiro
livro de uma série sobre o mesmo tema: o amor entre uma humana e um ser
fantástico. É o romance de estréia de Stephanie Meyer, sucesso absoluto de
vendas. Ocupou o primeiro lugar na lista do New York Times, posição na qual
permaneceu por mais de um ano. Em todo o mundo, vendeu 45 milhões de
cópias, sendo 20 milhões em apenas três meses.
PASSO 02: Apresente o autor:
Stephenie Meyer formou-se em literatura inglesa na Brigham Young
University. Sobre este romance, ela afirma: "Sempre admirei a capacidade de
alguns escritores de criar situações de fantasia impossíveis e depois
acrescentar personagens que são tão profundamente humanos que suas
perspectivas tornam a situação real. Espero que Crepúsculo proporcione a
mesma experiência a seus leitores".
A escritora mora com o marido e três filhos em Glendale, no Arizona.
Enquanto acumula elogios diversos da crítica internacional, a escritora tem seu
mérito por envolver (em massa) principalmente o público adolescente.
PASSO 03: Apresente a obra
Crepúsculo reúne os ingredientes dos grandes sucessos da literatura
de massa: um enredo intrigante, personagens cativantes, cenários do cotidiano
com um toque de mistério e uma narração simples e linear que, em alguns
momentos é de tirar o fôlego. Resultado: o livro virou mania entre os
adolescentes.
O sucesso, porém, é rodeado de preconceito, rotulado até de
"modinha". É, no entanto, um representante da segunda geração do
Romantismo, em que seres fantásticos, beirando a morte, seduzem humanos e
tentam levá-los aos subterrâneos do além-vida.
Escrito principalmente para adolescentes, o livro e a série podem muito
bem agradar às demais faixas etárias, por seu enredo simples, linear e
sobrenatural, com seres com sede de sangue. Nesse romance fantástico,
misto de realismo contemporâneo e histórias vampirescas, tudo começa
quando a jovem Bella está de mudança para a cidade de Forks, pois decide
morar com seu pai, Charlie, o chefe de polícia da cidadezinha cheia de verde,
muita chuva e neve. Tudo o que Bella mais detesta.
É no refeitório da escola que passa a frequentar, ao conversar com sete
estranhos, que Bella vê pela primeira vez os Cullen. Ao notar os rostos
diferentes, "inumanamente" lindos e nomes incomuns (Edward, Emmet,
Rosalie, Jasper e Alice), ela descobre que os filhos de Carlisle e Esme são
distantes dos outros alunos.
Edward, principalmente, parece nutrir uma raiva instantânea pela
garota. Porém, na verdade, ele luta contra o desejo pelo (cheiro bom do)
sangue de Bella. Já naquele instante, ele percebe que sente amor pela novata
da escola. Edward a salva de um atropelamento e ambos começam um
relacionamento estranho, envolto em ocultações, segredos e o desejo
desenfreado de Bella pela presença daquele jovem misterioso.
Ao descobrir os segredos de Edward, Bella apaixona-se ainda mais por
quem deveria manter distância, mesmo sabendo que ele lhe pode tirar a vida.
Em meio a muitas declarações de amor, os dois percebem a importância de
suas famílias e descobrem a beleza de amar alguém pela primeira vez e o
perigo que ronda o relacionamento entre seres tão díspares.
PASSO 04 – Apresente a estrutura da obra
O livro está dividido em 24 capítulos e um epílogo com título um tanto
infantil: “Um Acontecimento Especial”. Até o décimo quinto capítulo, a trama
corre morna e só incendeia a partir daí.
PASSO 05 – Descreva o conteúdo dos capítulos
Edward leva Bella em um passeio pela floresta, onde mostra todos os
seus “poderes” de vampiro, e alguns outros segredos de Edward são
revelados, como o desejo dele por beber o sangue dela. Um desejo tão
irresistível quanto o amor que eles passam a sentir um pelo outro. Edward não
era um vampiro comum, ele podia ler pensamentos, mas por algum motivo não
conseguia fazer isso com Bella, enquanto sua irmã Alicie podia prever o futuro
próximo, e seu outro irmão Jasper, podia controlar as emoções das pessoas ou
do ambiente.
Quando Edward declara-se namorado de Bella, a leva para conhecer
sua casa e o restante de sua família: Esme e Carlisle, os pais adotivos de
Edward, e Rosalie e Emmet (que não gostavam muito de Bella), Jasper, e
Alicie, que virou uma grande aliada de Bella. Eles moravam numa grande
casa branca, no meio da floresta.
Como havia agradado a quase todos os membros da família, eles a
para um jogo de beisebol na clareira da floresta (cap. 17), surpreendente e fora
do normal. No entanto, no meio do jogo, três vampiros intrusos aparecem e
identificam Bella como humana. Ai começa a caçada de um desses vampiros à
Bella (cap.18), enquanto os Cullen tentam protegê-la e a seu pai, Charlie.
Alicie e Jasper levam Bella para sua cidade natal e ficam em um quarto
de hotel (Cap. 19), enquanto o resto da família tentava encontrar James, o
vampiro sádico que desejava matar Bella. Ele contata a garota e finge estar
com a mãe dela. Bella foge dos Cullen e, ao chegar ao local indicado, uma
escola de balé, Bella descobre que tudo era um truque. O vampiro a tortura um
pouco e morde sua mão. Edward chega (Cap. 23) e retira o veneno da mão de
Bella, sugando seu sangue, que tanto desejou; mas ele consegue parar a
tempo de poupá-la da transformação e da morte, em nome do amor que
sentia.
No último capitulo (epílogo), depois de uma temporada no hospital,
Edward leva Bella ao baile da escola, contra a vontade da jovem. Ao ficar a sós
com o belo e irresistível vampiro, ela expressa o intenso desejo de que ele a
transforme, mas Edward recusa veementemente. Bella senta-se no colo de
Edward, e como diz a ultima linha do livro “enquanto ele se inclina para
encostar os lábios frios mais uma vez em meu pescoço”, a saga não para por
aí.

PASSO 06 – Analise de forma crítica


Ao folhear as primeiras páginas do livro, descobre-se que não haverá
outra opção a não ser lê-lo sem parar. Contudo, na necessidade de uma
parada, o leitor continua sendo provocado a continuar a leitura. Também
pudera, enquanto o livro está fechado, na cabeceira de sua cama, a "tentação"
das mãos segurando uma maçã de um vermelho inebriante (que remetem a
história de Adão e Eva e ao conto de "A Branca de Neve") convidam a um
mergulho livre na incansável história de amor de Isabella Swan e de Edward
Cullen.
A autora afirma que se baseou em Orgulho e Preconceito, da inglesa
Jane Austen., para escrever esse primeiro episódio da série. Comparações à
parte, de longe quem sabe haja algo austeniano em Crepúsculo, talvez o
preconceito inicial de Bella em relação à condição de Edward. Fora isso, mais
nada. Aliás, nem dá para comparar best sellerscom a genuína literatura do
início do século XVIII. Não se deve, principalmente. Crepúsculo pode e deve
ser adorado pelo o que ele realmente é: literatura de massa para pura fruição.
Se nos ativermos a isso, a análise pode ser bem mais justa do que se
quisermos elevá-lo ao patamar de literatura clássica. Isso, ele realmente não é.
Crepúsculo poderia ser como qualquer outra história romântica, não
fosse um elemento irresistível: o objeto da paixão da protagonista é um
vampiro. Assim, soma-se à paixão um perigo sobrenatural temperado com
muito suspense. E o resultado é uma leitura de tirar o fôlego – um romance
repleto das angústias e incertezas da juventude – o arrebatamento, a atração,
a ansiedade que antecede cada palavra, cada gesto e todos os medos. Isabella
Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks – último lugar onde
gostaria de viver. O primeiro de muitos conflitos que enfrentará a nossa heroína
adolescente. Nada muito diferente do que acontece na vida real com nossas
jovens, capazes ainda de acreditarem que podem morrer de e por amor. A
diferença é que nossos heróis não são vampiros, mas podem muito bem
chegar perto de serem considerados inadequados e perigosos.
Há quem idolatre a história e quem a repudie, principalmente por
considerá-la uma prosa doentia ou pela falta de escrita de qualidade, mas
principalmente pelas obras serem insultantes em todos os níveis — para uma
mulher e para um adolescente. A crítica volta-se contra a um relacionamento
possível entre uma jovem de 17 anos e cinco rapazes diferentes. Afirmam que
isso poderia levar os corações ingênuos de nossas meninas a considerar um
fato assim comum e banal. Bella, aliás, não é muito eficiente em afastá-los e se
guardar apenas para Edward.
Outra crítica comum, é que Bella representa uma heroína que
dificilmente consegue dar um passo sem precisar de algum garoto para ajudá-
la. Na verdade, a série apresenta visões sexistas, segundo seus
detratores, em sua quase totalidade — o fato de que Bella desiste de suas
ambições e planos para a faculdade com objetivo de casar-se com Edward; o
fato de que ela é representada como uma Eva moderna, implorando por sexo
ao nobre e moral cavalheiro, enquanto ele deseja preservar sua virgindade; o
fato de seu relacionamento ser perigosamente doentio; e finalmente o fato de
que quase todas as personagens femininas apresentadas no livro são
caricaturas (será?) desesperançosamente negativas.
Porém, como afirmei, se nos ativermos ao fato de o livro ser literatura
de massa, apenas para fruição e não para julgamento literário, ele preenche
bem a lacuna existente há muitos anos. Nossos adolescentes estão carentes
de heróis e heroínas, ainda que sejam defeituosos. É divertido perceber nossos
pré-adultos lendo um romance romântico sem perceber. Na escola, se você os
obrigar a ler José de Alencar, Álvares de Azevedo e Machado de Assis, vão
excomungá-lo até a sua última geração. Mas é possível que com Crepúsculo
eles percebam a intertextualidade com o gênero do passado e queiram
descobrir outros autores semelhantes (e, é claro, de muito maior qualidade!).
Em um país como o nosso, em que livros são apenas para enfeitar
estantes ou prateleiras de lojas especializadas, não é totalmente ruim que
nossos adolescentes se sintam atraídos por leitura. Apenas precisam perceber
que não é uma leitura de qualidade, mas um passa-tempo ou uma ponte para
vôos maiores e melhores. Afinal, quem se submete a um calhamaço de 416
páginas, pode muito bem ler quatro livros nacionais, pois está qualificado como
leitor.
E por que parar apenas nos nacionais. Com essas mesmas
características há Edgar Allan Poe – mistério, Jane Austen – crítica social e
de costumes, Willian Shakespeare, Goethe, Victor Hugo, Almeida Garret,
Camilo Castelo Branco entre tantos outros.
Não importa muito por quem nossos jovens irão começar. O importante
é que continuem se aprofundando, buscando conhecer melhor os verdadeiros
criadores desse gênero literário.
PASSO 06 – Recomende ou não a obra
Por fim, recomendo a obra para nossos jovens e adolescentes e para
aqueles que nunca se aproximaram de um livro. Comecem por este, por Harry
Potter, pelo Senhor dos Anéis. Não importa. Comecem!

PASSO 07 – Identifique-se
Marilza Verni Reis
Graduada em Língua Portuguesa e Literaturas de língua portuguesa,
professora do Ensino Médio em escola particular na cidade de Campo
Verde, Mato Grosso.

PASSO 08 – Tem esse passo?


Tem. Colocar tudo em ordem, corrigir os erros, checar a pontuação e
transformá-lo num único texto. Ah, não se esqueçam de colocar um título em
sua resenha. Um bem legal! Meu texto final ficou assim:

Abaixo à tirania dos clássicos: que venha Crepúsculo!


Crepúsculo – título original Twilight – (Meyer, Stephenie. Crepúsculo. Editora
Intrínseca:São Paulo, 2008. 1ª Ed. 416 pg, R$ 31,90) – é o primeiro livro de
uma série sobre o mesmo tema: o amor entre uma humana e um ser fantástico.
É o romance de estréia de Stephanie Meyer, sucesso absoluto de vendas.
Ocupou o primeiro lugar na lista do New York Times, posição na qual
permaneceu por mais de um ano. Em todo o mundo, vendeu 45 milhões de
cópias, sendo 20 milhões em apenas três meses.
Stephenie Meyer formou-se em literatura inglesa na Brigham Young
University. Sobre este romance, ela afirma: "Sempre admirei a capacidade de
alguns escritores de criar situações de fantasia impossíveis e depois
acrescentar personagens que são tão profundamente humanos que suas
perspectivas tornam a situação real. Espero que Crepúsculo proporcione a
mesma experiência a seus leitores".
A escritora mora com o marido e três filhos em Glendale, no Arizona.
Enquanto acumula elogios diversos da crítica internacional, a escritora tem seu
mérito por envolver (em massa) principalmente o público adolescente.
Crepúsculo reúne os ingredientes dos grandes sucessos da literatura
de massa: um enredo intrigante, personagens cativantes, cenários do cotidiano
com um toque de mistério e uma narração simples e linear que, em alguns
momentos é de tirar o fôlego. Resultado: o livro virou mania entre os
adolescentes.
O sucesso, porém, é rodeado de preconceito, rotulado até de
"modinha". É, no entanto, um representante da segunda geração do
Romantismo, em que seres fantásticos, beirando a morte, seduzem humanos e
tentam levá-los aos subterrâneos do além-vida.
Escrito principalmente para adolescentes, o livro e a série podem muito
bem agradar às demais faixas etárias, por seu enredo simples, linear e
sobrenatural, com seres com sede de sangue. Nesse romance fantástico,
misto de realismo contemporâneo e histórias vampirescas, tudo começa
quando a jovem Bella está de mudança para a cidade de Forks, pois decide
morar com seu pai, Charlie, o chefe de polícia da cidadezinha cheia de verde,
muita chuva e neve. Tudo o que Bella mais detesta.
É no refeitório da escola que passa a frequentar, ao conversar com sete
estranhos, que Bella vê pela primeira vez os Cullen. Ao notar os rostos
diferentes, "inumanamente" lindos e nomes incomuns (Edward, Emmet,
Rosalie, Jasper e Alice), ela descobre que os filhos de Carlisle e Esme são
distantes dos outros alunos.
Edward, principalmente, parece nutrir uma raiva instantânea pela
garota. Porém, na verdade, ele luta contra o desejo pelo (cheiro bom do)
sangue de Bella. Já naquele instante, ele percebe que sente amor pela novata
da escola. Edward a salva de um atropelamento e ambos começam um
relacionamento estranho, envolto em ocultações, segredos e o desejo
desenfreado de Bella pela presença daquele jovem misterioso.
Ao descobrir os segredos de Edward, Bella apaixona-se ainda mais por
quem deveria manter distância, mesmo sabendo que ele lhe pode tirar a vida.
Em meio a muitas declarações de amor, os dois percebem a importância de
suas famílias e descobrem a beleza de amar alguém pela primeira vez e o
perigo que ronda o relacionamento entre seres tão díspares.
O livro está dividido em 24 capítulos e um epílogo com título um tanto
infantil: “Um Acontecimento Especial”. Até o décimo quinto capítulo, a trama
corre morna e só incendeia a partir daí.
Edward leva Bella em um passeio pela floresta, onde mostra todos os
seus “poderes” de vampiro, e alguns outros segredos de Edward são
revelados, como o desejo dele por beber o sangue dela. Um desejo tão
irresistível quanto o amor que eles passam a sentir um pelo outro. Edward não
era um vampiro comum, ele podia ler pensamentos, mas por algum motivo não
conseguia fazer isso com Bella, enquanto sua irmã Alicie podia prever o futuro
próximo, e seu outro irmão Jasper, podia controlar as emoções das pessoas ou
do ambiente.
Quando Edward declara-se namorado de Bella, a leva para conhecer
sua casa e o restante de sua família: Esme e Carlisle, os pais adotivos de
Edward, e Rosalie e Emmet (que não gostavam muito de Bella), Jasper, e
Alicie, que virou uma grande aliada de Bella. Eles moravam numa grande
casa branca, no meio da floresta.
Como havia agradado a quase todos os membros da família, eles a
para um jogo de beisebol na clareira da floresta (cap. 17), surpreendente e fora
do normal. No entanto, no meio do jogo, três vampiros intrusos aparecem e
identificam Bella como humana. Ai começa a caçada de um desses vampiros à
Bella (cap.18), enquanto os Cullen tentam protegê-la e a seu pai, Charlie.
Alicie e Jasper levam Bella para sua cidade natal e ficam em um quarto
de hotel (Cap. 19), enquanto o resto da família tentava encontrar James, o
vampiro sádico que desejava matar Bella. Ele contata a garota e finge estar
com a mãe dela. Bella foge dos Cullen e, ao chegar ao local indicado, uma
escola de balé, Bella descobre que tudo era um truque. O vampiro a tortura um
pouco e morde sua mão. Edward chega (Cap. 23) e retira o veneno da mão de
Bella, sugando seu sangue, que tanto desejou; mas ele consegue parar a
tempo de poupá-la da transformação e da morte, em nome do amor que
sentia.
No último capitulo (epílogo), depois de uma temporada no hospital,
Edward leva Bella ao baile da escola, contra a vontade da jovem. Ao ficar a sós
com o belo e irresistível vampiro, ela expressa o intenso desejo de que ele a
transforme, mas Edward recusa veementemente. Bella senta-se no colo de
Edward, e como diz a ultima linha do livro “enquanto ele se inclina para
encostar os lábios frios mais uma vez em meu pescoço”, a saga não para por
aí.
Ao folhear as primeiras páginas do livro, descobre-se que não haverá
outra opção a não ser lê-lo sem parar. Contudo, na necessidade de uma
parada, o leitor continua sendo provocado a continuar a leitura. Também
pudera, enquanto o livro está fechado, na cabeceira de sua cama, a "tentação"
das mãos segurando uma maçã de um vermelho inebriante (que remetem a
história de Adão e Eva e ao conto de "A Branca de Neve") convidam a um
mergulho livre na incansável história de amor de Isabella Swan e de Edward
Cullen.
A autora afirma que se baseou em Orgulho e Preconceito, da inglesa
Jane Austen., para escrever esse primeiro episódio da série. Comparações à
parte, de longe quem sabe haja algo austeniano em Crepúsculo, talvez o
preconceito inicial de Bella em relação à condição de Edward. Fora isso, mais
nada. Aliás, nem dá para comparar best sellerscom a genuína literatura do
início do século XVIII. Não se deve, principalmente. Crepúsculo pode e deve
ser adorado pelo o que ele realmente é: literatura de massa para pura fruição.
Se nos ativermos a isso, a análise pode ser bem mais justa do que se
quisermos elevá-lo ao patamar de literatura clássica. Isso, ele realmente não é.
Crepúsculo poderia ser como qualquer outra história romântica, não
fosse um elemento irresistível: o objeto da paixão da protagonista é um
vampiro. Assim, soma-se à paixão um perigo sobrenatural temperado com
muito suspense. E o resultado é uma leitura de tirar o fôlego – um romance
repleto das angústias e incertezas da juventude – o arrebatamento, a atração,
a ansiedade que antecede cada palavra, cada gesto e todos os medos. Isabella
Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks – último lugar onde
gostaria de viver. O primeiro de muitos conflitos que enfrentará a nossa heroína
adolescente. Nada muito diferente do que acontece na vida real com nossas
jovens, capazes ainda de acreditarem que podem morrer de e por amor. A
diferença é que nossos heróis não são vampiros, mas podem muito bem
chegar perto de serem considerados inadequados e perigosos.
Há quem idolatre a história e quem a repudie, principalmente por
considerá-la uma prosa doentia ou pela falta de escrita de qualidade, mas
principalmente pelas obras serem insultantes em todos os níveis — para uma
mulher e para um adolescente. A crítica volta-se contra a um relacionamento
possível entre uma jovem de 17 anos e cinco rapazes diferentes. Afirmam que
isso poderia levar os corações ingênuos de nossas meninas a considerar um
fato assim comum e banal. Bella, aliás, não é muito eficiente em afastá-los e se
guardar apenas para Edward.
Outra crítica comum, é que Bella representa uma heroína que
dificilmente consegue dar um passo sem precisar de algum garoto para ajudá-
la. Na verdade, a série apresenta visões sexistas, segundo seus
detratores, em sua quase totalidade — o fato de que Bella desiste de suas
ambições e planos para a faculdade com objetivo de casar-se com Edward; o
fato de que ela é representada como uma Eva moderna, implorando por sexo
ao nobre e moral cavalheiro, enquanto ele deseja preservar sua virgindade; o
fato de seu relacionamento ser perigosamente doentio; e finalmente o fato de
que quase todas as personagens femininas apresentadas no livro são
caricaturas (será?) desesperançosamente negativas.
Porém, como afirmei, se nos ativermos ao fato de o livro ser literatura
de massa, apenas para fruição e não para julgamento literário, ele preenche
bem a lacuna existente há muitos anos. Nossos adolescentes estão carentes
de heróis e heroínas, ainda que sejam defeituosos. É divertido perceber nossos
pré-adultos lendo um romance romântico sem perceber. Na escola, se você os
obrigar a ler José de Alencar, Álvares de Azevedo e Machado de Assis, vão
excomungá-lo até a sua última geração. Mas é possível que com Crepúsculo
eles percebam a intertextualidade com o gênero do passado e queiram
descobrir outros autores semelhantes (e, é claro, de muito maior qualidade!).
Em um país como o nosso, em que livros são apenas para enfeitar
estantes ou prateleiras de lojas especializadas, não é totalmente ruim que
nossos adolescentes se sintam atraídos por leitura. Apenas precisam perceber
que não é uma leitura de qualidade, mas um passa-tempo ou uma ponte para
vôos maiores e melhores. Afinal, quem se submete a um calhamaço de 416
páginas, pode muito bem ler quatro livros nacionais, pois está qualificado como
leitor.
E por que parar apenas nos nacionais. Com essas mesmas
características há Edgar Allan Poe – mistério, Jane Austen – crítica social e
de costumes, Willian Shakespeare, Goethe, Victor Hugo, Almeida Garret,
Camilo Castelo Branco entre tantos outros.
Não importa muito por quem nossos jovens irão começar. O importante
é que continuem se aprofundando, buscando conhecer melhor os verdadeiros
criadores desse gênero literário.
Por fim, recomendo a obra para nossos jovens e adolescentes e para
aqueles que nunca se aproximaram de um livro. Comecem por este, por Harry
Potter, pelo Senhor dos Anéis. Não importa. Comecem!

Marilza Verni Reis


Graduada em Língua Portuguesa e Literaturas de língua portuguesa,
professora do Ensino Médio em escola particular na cidade de
Campo Verde, Mato Grosso.

Bom, é isso! Espero que ajude vocês nos seus próprios trabalhos. Qualquer
dúvida, me mandem e-mail que eu respondo.

Resenha Acadêmica Conceito: gênero textual que busca sintetizar a opinião


do autor lido, apontando os destaques, os pontos fortes e falhos, dando ao
leitor da resenha um panorama o mais fiel possível da obra, através de
comentários parafrásicos e de julgamentos de valor. Há diferentes formas de
resenha: a análise de fatos culturais, análise de obras literárias, de filmes, etc.
No nosso caso, destacamos a resenha acadêmica, que apresenta moldes
bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos e se
subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Produção de resenha crítico-informativa: Deve-se analisar os aspectos
quantitativos e qualitativos, acrescentando-se comentários sobre a extensão do
texto, sua constituição (ilustrações, exemplos, bibliografia, citações, etc.),
conceitos abordados, etc. Em aspectos qualitativos, recomenda que se atenha
à análise e detecção da hipótese do autor, objetivo, motivo pelo qual escreveu
o texto, as idéias que o fundamentam. Deve o resenhista verificar se a
exemplificação é genérica ou específica, se a organização do texto é clara,
lógica, consistente, e se o tom utilizado na exposição é formal ou informal, se
há pontos fortes e fracos na argumentação do autor, se a terminologia é
precisa, bem como avaliar se a conclusão é convincente e quem será
beneficiado pela leitura do texto. Finalmente, deve-se fazer uma avaliação
geral do texto. Passos para a produção de uma resenha crítico-
informativa 1- Anotações bibliográficas. (autor, título, local de publicação,
editora, ano, página, etc.). 2- Leitura do texto : separar suas partes e examinar
como se inter-relacionam e como o texto se relaciona com
outros. Níveis: a) denotativo: vocabulário, informações sobre o autor, contexto
e objetivo do texto, teoria desenvolvida, conceitos, idéias centrais, teses e
provas - encadeamento das idéias apresentadas ; b) polissêmico : O que o
autor quis demonstrar?. Há relação com a realidade ? Há originalidade nas
idéias? 3)crítico : O autor atingiu os objetivos estabelecidos? É claro, coerente?
Apresenta contribuição para a comunidade científica? Há possibilidade de
aplicação do texto a outras situações ? Na resenha acadêmica crítica, os oito
passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
 Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo
que você vai resenhar;
 Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo
do texto a ser resenhado;
 Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o
foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
 Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir
claramente o texto resenhado;
 Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua
opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo
comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em
aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para
isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
 Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora
de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize
elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na
renda etc.
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos,
excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha
descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista. Baseado nas
informações contidas em: http://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/
Resenha e Paper - Como fazer
Muitos alunos e professores têm dúvidas em como fazer uma Resenha e
um Paper

Resenha crítica – como elaborar


Prof. Sergio Enrique Faria
1- Resenha crítica
Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto (um livro,
um artigo, um filme, uma peça de teatro, um jogo etc.), enumerando
cuidadosamente seus aspectos relevantes e descrevendo as circunstâncias
que o envolvem.
A resenha crítica, como o próprio nome indica, vem acompanhada de uma
avaliação crítica apontando os aspectos positivos e negativos, apoiados em
argumentos sólidos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de
opinião.
A resenha não é, pois, um resumo. Este é apenas um elemento da estrutura da
resenha. Além disso, acrescente-se: se, por um lado, o resumo não admite o
juízo valorativo, o comentário, a crítica; a resenha, por outro, exige tais
elementos.
2. Objetivo da resenha
O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural – livros, artigos,
filmes, peças de teatro etc. Por isso, a resenha é um texto de caráter efêmero,
pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza
opinativa.
Uma resenha crítica bem feita pode converter-se num pequeno artigo científico,
podendo ser publicada por jornais e revistas.

3. Extensão da resenha
A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para
esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo,
"um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores. Para melhor
compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas (ver
exemplo no final deste documento).

4. O que deve constar numa resenha


a) Título da resenha;
b) Referências sobre o resenhista;
c) A referência bibliográfica da obra resenhada;
d) Algumas referências do autor da obra resenhada (quando disponível);
e) O resumo, ou síntese do conteúdo;
f) A avaliação crítica.

a) O título da resenha
O texto-resenha, como todo texto, tem um título criado pelo autor da resenha.
Este título pode ou não ser o mesmo da obra resenhada.
Título da resenha: Negociação
Livro: Negociação baseada em estratégia (José Carlos Martins de Mello)
São Paulo, Atlas, 2003.

Título da resenha: Com os olhos abertos


Artigo: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago)
Veja, 25 de outubro, 1995.

b) Referências sobre o resenhista


Após o título da resenha, o resenhista deve colocar suas referências, conforme
os dois exemplo abaixo:

Helena M. da Silva Sanches


Mestranda em Administração de Empresas pela USP – Universidade de São
Paulo e professora da Faculdade Brasiliense de São Paulo

Mauro Sergio Cruz e Ângelo Moreno


Graduandos em administração de marketing da FAENAC – Faculdade Editora
Nacional.

c) A referência bibliográfica do objeto resenhado


Constam da referência bibliográfica:
 Título da obra
 Nome do autor
 Local, editora, data e número de páginas (quando houver).
 Preço (quando for livro, peça etc. e for possível saber)
Veja os exemplos a seguir:
Negociação baseada em estratégia
De José Carlos Martins de Mello
São Paulo, Atlas, 2003. 137 p.
R$ 85,00

Ensaio sobre a Cegueira


De José Saramago
Veja, 25 de outubro, 1995. p.25 a 31.

d) Algumas referências do autor da obra resenhada


Caso conste no livro ou artigo, pode-se colocar uma pequena referência sobre
o autor resenhado, conforme exemplo abaixo:
José Saramago é sociólogo, escritor e jornalista.

e) O resumo ou síntese do objeto resenhado


O resumo que consta numa resenha apresenta, normalmente, no primeiro
parágrafo, os pontos essenciais do texto e seu plano geral, conforme exemplo
abaixo:
Nos quatro grandes capítulos que integram a obra, a autora procura centrar-se
numa análise orientadora para a implementação de estratégias em um
processo de negociação, abordando temas como “as diferentes formas de
negociar”,“negociação de forma competitiva”, e quando não se depende de
estratégias.

f) Avaliação crítica
A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um resumo a que
se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estar
presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a
voz crítica do resenhista se interpenetram.
O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo etc. Não se deve
escrever em 1ª pessoa, “eu acho...” sendo a 3ª pessoa do singular o modo
mais adequado.

5. Exemplo de resenha

(reparem que os trechos grifados representam os comentários críticos de quem


escreveu a resenha)
COMO CONSTRUIR UMA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO ?

Por:
Cecília Olivieri
Denise Cunha
Fabiana Oliveira
Marcos Simões
Graduandos em Administração Geral da USJT – Universidade São Judas
Tadeu.

CHUTANDO A ESCADA: A ESTRATÉGIA DO DESENVOLVIMENTO EM


PERSPECTIVA HISTÓRICA
De: Há-Joon Chang
Mestre em administração. Professor de Estudos de casos empresariais da
UNIST – Universidade de São Tomé.

Resumo do conteúdo Como promover o desenvolvimento econômico e a


democracia em países pobres ou pouco desenvolvidos? Essa questão
interessa não apenas a governos comprometidos com o desenvolvimento de
suas nações, mas também às elites econômicas e empresariais, coadjuvantes
e beneficiárias dos processos de desenvolvimento econômico e de
democratização. Em seu livro, Há-Joo Chang pretende responder a essa
questão e mostrar que as instituições internacionais, como o Banco Mundial e o
FMI, não têm a resposta correta. A partir de uma ampla revisão histórica do
processo de desenvolvimento econômico e institucional dos países hoje
considerados ricos ou desenvolvidos, o autor mostra que as políticas
atualmente prescritas por essas instituições aos países em desenvolvimento
contrariam as lições do passado, impedindo esses países de “subirem a
escada” em direção ao mundo desenvolvido.
Início da avaliação crítica As “boas políticas” –estabilidade monetária, equilíbrio
fiscal, livre comércio – e as “boas instituições” – banco central autônomo,
judiciário independente, eleições livres, burocracia weberiana, proteção legal
da propriedade – estão equivocadas, em parte, por falta de informação, e, em
parte, por má-fé dos países desenvolvidos. Para resolver a primeira falha,
Chang empreende uma revisão da história econômica dos países
desenvolvidos, mostrando que esses países adotaram, quando ainda eram
economias em desenvolvimento, políticas que hoje condenam e que seus mais
influentes intelectuais e think tanks desaconselham. O autor também mostra
que muitas das instituições políticas e econômicas hoje consideradas
indispensáveis para o desenvolvimento são, na verdade, conseqüência desse
desenvolvimento. Essas instituições foram construídas em um processo
histórico longo e politicamente conflituoso, e esse caminho árduo de
construção institucional não pode ser completamente evitado pelos países em
desenvolvimento através do aprendizado ou da cópia, ignorando a cultura e a
tradição desses países. Sobre a segunda falha, a crítica é pouco explícita no
texto, mas está clara desde o título do livro, que acusa os países ricos de
“chutarem e escada”, ou seja, de tirarem do alcance dos países em
desenvolvimento a fórmula de seu sucesso, por meio das pressões políticas e
das prescrições econômicas impostas a estes pelas instituições internacionais.
Em uma análise não muito profunda, mas bastante ampla, que perpassa
diversos países europeus, norte-americanos, asiáticos, e diversas políticas
industriais, comerciais e tecnológicas, o autor mostra como os países hoje
desenvolvidos adotaram, no passado, políticas econômicas que se mostraram
muito eficientes. Entre elas, o financiamento público às indústrias nascentes,
garantia de monopólios e políticas tarifárias protecionistas, ou seja, o oposto
em relação aomainstream liberal prescrito atualmente aos países em
desenvolvimento. O autor derruba mitos arraigados, como, por exemplo, a
fama de liberais puros e inatos da Inglaterra e dos Estados Unidos. Naqueles
países, o livre comércio só foi praticado quando suas economias apresentaram
condições de concorrer em posição vantajosa no mercado internacional.
Chang mostra como os países atualmente desenvolvidos se encontravam,
quando em desenvolvimento, em um nível institucional mais baixo que os
países hoje em desenvolvimento. Por exemplo, em relação a uma das
principais instituições democráticas, o voto, nenhum dos países hoje
desenvolvidos concedeu sufrágio universal antes de alcançar uma renda per
capta de US$2.000, enquanto a maioria dos países atualmente em
desenvolvimento concedeu-o em nível de renda mais baixo. Chang mostra,
ainda, que os países hoje desenvolvidos demoraram muitas décadas para
estabelecer uma Administração Pública com um sistema de mérito, bem como
para conseguir implantar e fazer cumprir institutos jurídicos hoje considerados
triviais, como a responsabilidade limitada dos sócios. Na Inglaterra, hoje um
exemplo do sistema de mérito na Administração Pública, podia-se encontrar,
até a primeira metade do século XIX, sinecuras e ministérios que não
respondiam ao Parlamento, atuando como se fossem entidades privadas.
Tratando do tema hoje conhecido como governança empresarial,
responsabilidade limitada foi vista, durante séculos, como um desserviço à
economia, que levaria, nas palavras de Adam Smith citadas por Chang, “os
administradores à vadiagem”. De acordo com essa visão, a limitação da
responsabilidade dos sócios poderia estimular os administradores e sócios a
assumirem riscos excessivos, uma vez que seu patrimônio pessoal estaria a
salvo das conseqüências de uma eventual falência. A experiência histórica
mostrou que essa interpretação estava errada, e prevaleceu a visão dos
benefícios desse instituto para a expansão dos investimentos.
O autor também mostra que os países hoje desenvolvidos prescindiram de
muitas dessas instituições para se tornarem ricos e que só as adotaram
quando já tinham condições de suportar seus custos econômicos. Chang critica
o caso da Mongólia, onde o governo norte-americano, após a derrocada do
socialismo, gastou fortunas para treinar jovens mongóis como corretores da
Bolsa, ao invés de gastá-las com coisas bem mais úteis ao desenvolvimento
desse país. Mas o autor não nega, entretanto, que o aprendizado institucional
seja desejável, como uma forma de reduzir o tempo de construção das
instituições nos países em desenvolvimento, nem que, em parte, o
aprimoramento das instituições possa ajudar a promover o desenvolvimento
econômico.
Analiticamente, o ponto forte da obra de Chang é deixar claras a importância e
a precisão do enfoque histórico e institucional. Recolocando a ênfase na
historicidade, no papel da conjuntura social e dos conflitos políticos, o autor
empreende uma análise estimulante sobre o desenvolvimento econômico e
suas imbricadas relações com o desenvolvimento social, político e institucional.
Para leitores brasileiros, o livro se torna ainda mais instigante pela atualidade
do tema. Boa parte dos debates políticos e intelectuais das últimas décadas
têm girado em torno da questão do desenvolvimento econômico do país, o
último deles sendo a disputa sobre a avaliação do legado varguista. A par
disso, a grande influência das instituições internacionais na condução de
nossas políticas internas, também tema de disputas ácidas, nos torna mais
aptos a fazer a pergunta que Chang deixa implícita: a quem interessam as
políticas que chutam a nossa escada?
Outra pergunta, talvez mais importante, também não é feita por Chang: como
construir uma escada, ou seja, como definir quais passos ou caminhos adotar
para alcançar o desenvolvimento? Como o próprio autor admite, não basta
conhecer a experiência dos países que chegaram lá para ter a resposta, pois
muitos dos passos adotados no passado pelos países atualmente
desenvolvidos não estão mais disponíveis para os países em desenvolvimento.
E a indisponibilidade não é causada apenas pelos obstáculos impostos pelas
instituições internacionais, mas pelas condições históricas diversas e pela
conjuntura política e institucional. A pergunta mais difícil e mais necessária é,
então: conhecendo as lições do passado e conhecendo as diferenças entre
aquela realidade e a atual, como construir a nossa escada?
Referência bibliográfica do livro resenhado
CHANG, Há-Jonn. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento
em perspectiva histórica. Revista UNIST de Administração/ Universidade de
São Tomé. V.3, N.1. Jan. 2004. p. 27-35. São Paulo: Editora São Tomé, 2004.
ISSN: 1678-9490.
Referências bibliográficas sobe este artigo
Guia de produção textual. Como elaborar uma resenha. Disponível
em: http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php. Acesso: 13 fev. de 2006.
OLIVIERI, Cecília. Como construir uma estratégia de
desenvolvimento? ERA –eletrônica. V.4, n.2, Resenha 1, jul./dez. 2005.
Disponível
em: http://www.era.com.br/eletronica/index.cfm?FuseAction=Artigo&ID=3537&S
ecao=RESENHAS&Volume=4&Numero=2&Ano=2005
PANTALEONI, Nílvia. Introdução ao gênero resenha. Disponível
emhttp://www.paratexto.com.br/files/0003/1Introdução_ao_Gênero_Resenha.d
oc. Acesso: 13 fev. 2006.
SAVIOLI, F.P. ; FIORIN, J.L. Para entender o texto. 7ªed. São Paulo. Ática.
1993.

Paper - O que é e como fazer


Prof. Sergio Enrique Faria
Resumo
Muitas pessoas ainda apresentam dúvidas sobre como fazer um paper ou
artigo científico. O presente artigo se propõe a esclarecer o que é um paper e
qual o seu propósito. Explica também como este deve ser elaborado,
apresentado e como é avaliado.
Palavras-chave: Paper; Paper-position; como fazer; elaboração

1. O que é paper
O paper, position paper ou posicionamento pessoal é um pequeno artigo
científico a respeito de um tema pré-determinado. Sua elaboração consiste na
discussão e divulgação de idéias, fatos, situações, métodos, técnicas,
processos ou resultados de pesquisas científicas (bibliográfica, documental,
experimental ou de campo), relacionadas a assuntos pertinentes a uma área de
estudo.
Na elaboração de um paper, o autor irá desenvolver análises e
argumentações, com objetividade e clareza, podendo considerar, também,
opiniões de especialistas. Por sua reduzida dimensão e conteúdo, o paper
difere de trabalhos científicos, como monografias, dissertações ou teses.
O paper deve ser redigido com estrita observância das regras da norma
culta, objetividade, precisão e coerência. Devem ser evitadas as gírias,
expressões coloquiais e que contenham juízos de valor ou adjetivos
desnecessários. Também é preciso evitar explicações repetitivas ou supérfluas,
ao mesmo tempo em que se deve cuidar para que o texto não seja compacto
em demasia, o que pode prejudicar a sua compreensão. A definição do título
do artigo deve corresponder, de forma adequada, ao conteúdo desenvolvido.
2- Propósitos do paper
De um modo geral, o paper é produzido para divulgar resultados de
pesquisas científicas. Entretanto, esse tipo de trabalho também pode ser
elaborado com os seguintes propósitos:
- Discutir aspectos de assuntos ainda pouco estudados ou não estudados
(inovadores);
- Aprofundar discussões sobre assuntos já estudados e que pressupõem o
alcance de novos resultados;
- Estudar temáticas clássicas sob enfoques contemporâneos;
- Aprofundar ou dar continuidade à análise dos resultados de pesquisas, a
partir de novos enfoques ou perspectivas;
- Resgatar ou refutar resultados controversos ou que caracterizaram erros em
processos de pesquisa, buscando a resolução satisfatória ou a explicação à
controvérsia gerada.
Além desses objetivos, o paper pode abordar conceitos, idéias, teorias
ou mesmo hipóteses de forma a discutí-los ou pormenorizar aspectos.
Ao produzir o artigo, o aluno inicia uma aproximação aos conceitos e à
linguagem científica que necessitará desenvolver no momento da elaboração
do trabalho de conclusão de curso.
A elaboração de artigos estimula, ainda, a análise e a crítica de
conteúdos teóricos e de idéias de diferentes autores, contribuindo para que o
aluno aprenda a sintetizar conceitos, fazer comparações, formular críticas
sobre um determinado tema à luz de pressupostos teóricos ou de evidências
empíricas já sistematizadas.

3- Elaboração do paper
Para que o conteúdo do paper seja bem trabalhado e fundamentado
sugere-se que o mesmo tenha entre 10 e 15 páginas. Como o paper deve ser
sempre fundamentado cientificamente, deve-se utilizar no mínimo 3 autores na
pesquisa.
Antes de começar a escrever o artigo, é preciso que o autor primeiro
reúna as informações e conhecimentos necessários por meio de livros,
revistas, artigos e outros documentos de valor científico. Em seguida, deve-se
organizar um esqueleto ou roteiro básico das idéias, iniciando com a
apresentação geral do assunto e dos propósitos do artigo, seguidos da
indicação das partes principais do tema e suas subdivisões e, por fim,
destacando os aspectos a serem enfatizados no trabalho.
A elaboração deste plano é útil, em primeiro lugar, para sistematizar a
comunicação a ser feita, evitando que o autor se perca durante a elaboração.
Por outro lado, também auxilia como recurso pedagógico para reflexão e
organização lógica das idéias a serem abordadas;
Em termos de procedimentos para a escrita de um artigo científico, é
necessário observar os propósitos do trabalho a ser elaborado. Todavia,
independente de ter propósitos distintos, o artigo científico deve apresentar a
estrutura básica que caracteriza todos os tipos de trabalhos científicos ou
acadêmicos: Introdução, Desenvolvimento e Considerações finais.
Introdução
É o primeiro contato do leitor com a obra. Deve-se, nela, fazer o leitor
entender com clareza o contexto da pesquisa, de forma didática. A introdução
do paper tem, geralmente, uma ou duas páginas e deve abordar os seguintes
elementos:
- Assunto/tema do artigo e seus objetivos;
- Justificativa do trabalho e sua importância teórica ou prática;
- Síntese da metodologia utilizada na pesquisa;
- Limitações quanto à extensão e profundidade do trabalho;
- Como o artigo está organizado.
Desenvolvimento (corpo do artigo)
O desenvolvimento é o elemento essencial da pesquisa, isto é, o seu
coração, e no geral concentra de 80 a90 por cento do total de páginas do
relatório.
Nesta etapa o aluno deverá dividir o tema em discussão para uma maior
clareza e compreensão por parte do leitor. É preciso evitar, porém, o excesso
de subdivisões, cujos títulos devem ser curtos e adequados aos aspectos mais
relevantes do conteúdo, motivando para a leitura. Vale ressaltar que as
divisões, subdivisões e títulos do artigo não garantem a sua consistência ou
importância. É preciso que as referidas partes e respectivas idéias estejam
articuladas de forma lógica, conferindo ao conjunto a indispensável unidade e
homogeneidade.
No desenvolvimento são apresentados os dados do estudo, incluindo a
exposição e explicação das idéias e do material pesquisado, referencial teórico
(apresentação de conceitos sistematizados com base na literatura), discussão
e análise das informações colhidas e avaliação dos resultados, confrontando-
se os dados obtidos na pesquisa e o conteúdo abordado nos referenciais
teóricos.
Considerações finais
As considerações finais apresentam as informações que vão finalizar o trabalho
buscando-se integrar todas as partes discutidas. É a dedução lógica do estudo,
na qual destacam-se os seus resultados, relacionando-os aos objetivos
propostos na introdução. Podem ser incluídas as limitações do trabalho,
sugestões ou recomendações para outras pesquisas, porém de forma breve e
sintética.
Em termos formais, a conclusão é uma exposição factual sobre o que foi
investigado, analisado, interpretado; é uma síntese comentada das idéias
essenciais e dos principais resultados obtidos, explicitados com precisão e
clareza. Assim, a leitura da conclusão deve permitir ao leitor o entendimento de
todo o trabalho desenvolvido, das particularidades da empresa aos resultados
esperados na implantação do projeto proposto.
4-- Quanto à forma de apresentação
O paper é apresentado, usualmente, seguindo-se as normas prescritas
para apresentação de trabalhos acadêmicos, ressalvando-se os trabalhos
preparados para eventos ou com fins de publicação em periódicos científicos,
que devem atender aos critérios e modelos estabelecidos por seus
organizadores e/ou editores. Como trabalho acadêmico, especificamente, o
paper deve estar orientado pelas normas constantes no manual da própria
faculdade, as quais são certamente baseadas nas normas da ABNT. Na
apresentação do paper, é preciso realmente observar as orientações prescritas
nos manuais, pois, caso isso não aconteça, corre-se o risco de comprometer a
aprovação do artigo.
5- Avaliação
O paper pode ser avaliado segundo inúmeros critérios, decorrentes dos
objetivos propostos pelo professor. Normalmente, os artigos científicos são
elaborados por alunos que se encontram em fase final do curso de graduação,
muito embora nada impeça que o professor os solicite em etapas anteriores,
adequando-o às possibilidades e recursos já desenvolvidos por seus alunos.
Para a avaliação de artigos científicos, então, podem ser descritos vários
critérios, tais como:
a) Quanto ao conteúdo:
- Clareza na apresentação dos objetivos, justificativa e importância do artigo;
- Identificação dos limites do artigo (definição do foco do artigo e dos aspectos
que não serão abordados);
- Clareza na especificação das unidades de análise (como por exemplo:
indivíduo, organização, sociedade);
- Demonstração de conhecimento suficiente sobre o assunto;
- Referencial teórico claramente identificado, coerente e adequado aos
propósitos do artigo;
- Ausência de dispersão ou de redundância das informações/conteúdos;
- Apresentação de suposições (hipóteses) sustentadas em teorias e crenças
consideradas verdadeiras a partir do paradigma do qual se originam; as
suposições devem ser claras e justificadas;
- Coerência entre as informações e no encadeamento do raciocínio lógico;
- Ausência de saltos de raciocínio na passagem de um parágrafo para outro, ou
de um conceito para outro;
- Elaboração de análise e síntese diante de conceitos teóricos semelhantes
e/ou divergentes;
- Uso adequado de exemplos complementares para clarificar o significado do
texto;
- Demonstração de argumentos ou provas suficientes para apoiar as
conclusões;
- Articulação entre sugestões ou recomendações e as discussões
apresentadas no texto;
- Originalidade e inovação do assunto abordado;
- Postura ética no trato do tema e desenvolvimento da análise (imparcialidade e
equilíbrio).
b) Quanto à forma:
- Atendimento aos objetivos propostos;
- Objetividade, precisão e coerência na escrita do texto;
- Uso fiel das fontes mencionadas no artigo, com a correta relação com os
fatos
analisados;
- Uso/seleção de literatura pertinente à análise;
- Linguagem acessível;
- Unidade e articulação do texto (encadeamento lógico);
- Elementos de transição entre parágrafos adequados ao sentido e à lógica
dos
conteúdos;
- Afirmativas unívocas, sem duplo sentido;
- Coerência e padronização dos termos técnicos;
- Observância das regras da norma culta;
- Uso correto de citações devidamente referenciadas;
- Adequação do título ao conteúdo; resumo claro e informativo;
- As normas técnicas de apresentação de trabalhos acadêmico-científicos
determinadas são respeitadas?
O artigo pode ser rejeitado tanto pelo acúmulo de pequenas falhas em
diversos critérios quanto pelo número excessivo de falhas em um mesmo
critério.

COMO FAZER UMA RESENHA CRÍTICA ?


Letícia Calderaro 55 comments

Resenha Crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de


uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo
da obra para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo.
A resenha crítica consiste na leitura, resumo e comentário crítico de um livro ou
texto. Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos
autores da comunidade científica em relação as defendidas pelo autor e se
estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de
investigação e formas de exposição de outros autores.
Resenha crítica é uma descrição minuciosa que compreende certo número de
fatos: é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, resumo,
na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo
resenhista.
A resenha crítica, em geral é elaborada por um cientista que, além do
conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Também pode
ser realizada por estudantes; nesse caso, como um exercício de compreensão
e crítica.
A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês,
sobre o assunto tratado no livro ou artigo, evidenciando a contribuição do autor:
novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. A resenha visa,
portanto, a apresentar uma síntese das idéias fundamentais da obra.
O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de
informação encontrados, sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo
tempo, tecer elogios aos méritos da obra, desde que sinceros e ponderados.
Entretanto, mesmo que o resenhista tenha competência na matéria, isso não
lhe dá o direito de fazer juízo de valor ou deturpar o pensamento do autor.

Estrutura da Resenha –
1. Referência Bibliográfica

Autor(es)
Título (subtítulo)
Imprensa (local da edição, editora, data)

2. Credenciais do Autor

Informações gerais sobre o autor


Quando? Por quê? Onde?

3. Conhecimento

Resumo detalhado das idéias principais


De que trata a obra? O que diz?
Possui alguma característica especial?
Exige conhecimentos prévios para entende-lo?

4. a) Julgamento da obra:

Como se situa o autor em relação:


- às escolas ou correntes doutrinárias?

b) Mérito da obra:

Qual a contribuição dada?

c) Estilo:

Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente?


Linguagem correta? Ou o contrário?

d) Forma:

Lógica, sistematizada?

CONCEITO:

Lakatos e Marconi (1996, p. 90) afirmam que:

Resenha é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos.


Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na
leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do texto
feito pelo resenhista.

Disponível
em http://www.cesur.br/downloads/laudes/Adm._Comex/RESENHA_CRITICA.d
oc

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