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Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) nëtta = pato; e do (grego) eruthros =
vermelho; e ophthalmos = olhos. Pato de olhos vermelhos. Característica
bastante interessante da espécie, a qual lhe denomina, são seus olhos vermelhos.
Características
Mede entre 48 e 51 centímetros de comprimento e pesa entre 484 e 1018 gramas.
Ambos os sexos têm bico cinza-azulado. Quando em voo apresenta faixa branca
nas penas secundárias. O macho é principalmente preto acastanhado escuro, com
uma rudimentar crista na parte de trás da coroa. Sua cabeça, pescoço e peito
apresentam um leve brilho roxo.
A fêmea é menos escura, com olho marrom e com uma chamativa faixa
esbranquiçada atrás do olho. Garganta, base do bico e atrás das faces da mesma
cor.
Os juvenis são semelhantes às fêmeas, mas com a coloração marrom mais
atenuada, a parte superior da cabeça é marrom e apresenta a sobrancelha menos
pronunciada que nas fêmeas adultas.
A vocalização do macho e da fêmea é distinta devido ao aparelho fonador diferente
para os sexos.
paturi-preta macho
paturi-preta fêmea
paturi-preta jovem
Subespécies
Possui duas subespécies reconhecidas:
● Netta erythrophthalma erythrophthalma (Wied-Neuwied, 1833) - ocorre no
porção norte da América do Sul e no leste do Brasil;
Reprodução
Faz o ninho de junco e gramíneas, colocando de 5 a 9 ovos de cor creme. Os
filhotes são cor de fuligem e logo que saem dos ovos, nadam atrás da mãe.
Casal de paturi-preta
Filhote de paturi-preta
Hábitos
Vive em áreas úmidas, comumente em lagos e lagoas. É uma ave sociável que
pode ocorrer em grandes concentrações. Observa-se enormes bandos voando ou
aquecendo-se ao sol à beira de uma represa, que defendem-se mergulhando,
sobretudo, quando a água está crispada pelo vento.
Bando de paturi-preta
Distribuição Geográfica
Ocorre na faixa litorânea e em águas interiores do nordeste e leste do Brasil: Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Distrito Federal e Goiás. Atinge também, localmente, da Colômbia e
Venezuela ao Chile e Argentina. Bastante rara no sudeste do Brasil, é fácil de ser
observada no Ceará e Rio Grande do Norte, onde é muito comum.
Ocorrências registradas no WikiAves