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Tribologia

Lubrificantes & Lubrificação Industrial – Ronald P. Carreteiro/ Pedro Nelson A. Belmiro

Institute of Mechanical Engineers – Tribolgy Group - 1994
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Tribologia - História

História

Na década de 1960 (Grã-Bretanha) ocorreu um aumento acentuado do número de

falhas mecânicas atribuídas a problemas de desgastes. O incremento tecnológico na indústria,
com o uso de processos de fabricação cada vez mais contínuos, fizeram com que as paradas por
defeito se tornem ainda mais inconvenientes, por serem caras e prejudiciais do ponto de vista
competitivo.

Esta tendencia foi detectada por especialistas em problemas de atrito, desgaste e

lubrificação.

Em outubro de 1964, organizada conjuntamente com a Iron Steel Institute e

Institution of Mechanical Engineers, foi realizada uma conferencia sobre lubrificação em usinas
siderurgicas e metalúrgicas. Como resultado o Lord Bowden – Ministro da Educação e Ciencia,
constituiu um grupo de trabalho para investigar o presente estado da educação e pesquisa em
lubrificação neste país e dar uma opniao sobre as necessidades das industrias.
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Tribologia - História

História

Em 1966 foi publicado um relatório (Dr. H. P. Jost) que a industria britanica poderia
economizar 515 milhões de libras esterlinas (R$ 1.374.272.214,044 bilhões) por ano utilizando os
conhecimentos existentes para cortar o desperdício e os danos causados pela prática de
lubrificação inadequada, desgaste desnecessário e atrito muito elevado.

Consequentemente, após consulta aos editores do Suplemment of the Oxford English

Dictionary”, a palavra tribology foi recomendada para o uso como descrição da matéria.

A palavra grega TRIBEIN, que significa atritar, deu origem a alguns termos técnicos.
Triboeletricidade, ou seja, a eletricidade estática produzida por atrito; Tribometria, isto é, a
medição das forças de atrito.

Tribologia vem a ser a ciência do atrito, ou a ciência e tecnologia de

superfícies atuantes em movimento relativo e todos os fenômenos daí decorrentes.
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Aplicações da Tribologia

Primeiro Centro de Estudo - “National Center of Tribology” (NCT) – Risley (1964)

Trabalhos realizados para os mais diversos tipos de industrias: vidros, aço, plástico,
têxtil, química, automóveis, computadores, aviões, produtos alimentícios, etc.

Segundo Centro de Estudo - “Industrial Unit of Tribology” – Universidade de Leeds

(1968)

Centro de estudos de mancais, desenvolveu diversos trabalhos de consultoria no

aperfeiçoamento de mancais planos e de rolamentos. Principal estudo foi o desenvolvimento de
um fluido para atuar, ao mesmo tempo, como selante para pneu em caso de furo.

Terceiro Centro de Estudo – Swansea (University College of Swansea) – País de

Gales

Desenvolvimento de trabalhos voltados para aspectos metalúrgicos.

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Outros Centros de Estudos Importantes

Imperial College of Science and Technology (london); Universidade de Aston

(Birmingham); British Hydromechanics Research Association (Melton Nowbray); Paisley College
of Technology (Paisley), University of Reading (Reading), University of Salford (Salford)
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Caso de Estudo

• A engenharia médica é outro campo na qual o estudo da tribologia se mostra útil. O

National Center of tribology colaborou com um cirurgião cardíaco e um fabricante de válvulas
artificiais para coração no sentido de aprimorar um novo projeto. A seleção de material plástico
mais adequado para o perfeito funcionamento da válvula continuamente, por muitos anos, a 40
milhões de ciclos por ano, é um dos problemas a resolver. A válvula deverá, naturalmente, ser
compatível com sangue humano e extremamente eficiente e confiável.

• A Britsh Manufacturing Company, que produz mais de 12 mil máquinas de costura

por semana, para uso doméstico e industrial, em sua fábrica escocesa de Clydebank,
necessitava aumentar a velocidade de operação de um de seus modelos de máquinas industriais.
Um aumento de velocidade poderia implicar em um aumento de desgaste, motivo pelo qual foi
consultado o NCT, que após estudos dos projetos de mancais, recomendaram o emprego de
novos materiais, possibilitando a fabricação de máquinas com a velocidade desejada.
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Tribologia – Aplicação
O estudo do atrito, desgaste, lubrificação e mecânica de contato são todas as peças
importantes da tribologia. Aspectos relacionados são engenharia de superfícies (da modificação
da superfície de um componente para melhorar a sua função, por exemplo, a aplicação de um revestimento
de superfície), rugosidade superficial e fadiga de contato de rolamento (onde o contato repetido

provoca a ocorrencia da fadiga).

Superfícies pressionadas igualmente

Podemos ver superfícies suaves, mas em uma escala microscópica são ásperas.
Quando duas superfícies são pressionadas juntas, o contato é feito nos picos da rugosidade ou
asperezas. A área real de contato pode ser muito menor do que a área aparente ou nominal.
Podem ter contato nos pontos de contato mínimo, a adesão, ou até mesmo solda local. Se
quisermos que uma superfície se deslize sobre a outra, então temos de aplicar uma força para
quebrar os cruzamentos (atrito).
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Tribologia

Atrito

Força de atrito é a resistência encontrada quando um corpo se move em relação a

qualquer outro organismo com o qual está em contato. Força estática de atrito é algo quão
difícil que deve ser empurrado para fazer o movimento, a força de atrito dinâmico é ao
mesmo tempo o quão difícil deve ser empurrado para manter o movimento. A relação da
força de atrito F a força normal P é chamado de coeficiente de atrito.

Normalmente queremos baixa fricção (em um motor de carro, por exemplo), para
que não se desperdice energia excessiva e colocá-lo em movimento. Mas, no mesmo caso,
precisamos de atrito elevado, em freios, por exemplo. O atrito é importante também para
pneus de carro para aderir a estrada e entre o calçado e o chão para andar.
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Tribologia

Lubrificação

Se colocarmos uma camada de óleo entre duas superfícies, em seguida, podemos

separá-los e deslizar facilmente umas sobre as outras com atrito reduzido e desgaste. Os óleos
minerais são os lubrificantes mais comuns, mas outros materiais de baixa resistência ao
cisalhamento também são utilizados, tais como grafite, PTFE (Politetrafluoretileno), e metais
macios como chumbo e ouro.

A seleção do melhor lubrificante é compreender o mecanismo pelo qual ele

age em superfícies separadas em componentes de uma máquina rolamento ou
outros, é uma grande área para estudo em tribologia.
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Tribologia
Desgaste Superficial

Se uma superfície deslizou sobre a outra, em seguida, as asperezas entram em contato

e há a possibilidade de que o desgaste possa ocorrer. A quebra de todos esses cruzamentos
pode provocar pouca remoção de material (desgaste adesivo), ou as asperezas de uma
superfície dura pode lavrar sulcos em uma superfície macia (desgaste).

O desgaste é geralmente indesejável, que conduz ao aumento da folga entre os

componentes móveis, o aumento da carga mecânica causa o desgaste da peça. Mas, em
processos de lixamento e polimento da geração de taxas de desgaste elevada é desejável.

Bem como adesivo e desgaste abrasivo, existem outros mecanismos pelo qual o
material pode ser removido de uma superfície. Desgaste por erosão ocorre quando partículas
(gotas ou mesmo água) quebram as moléculas de superfície e o material é removido.

Partículas duras podem ficar presas nos contatos e causar a remoção do material de
uma ou ambas as superfícies. Uma das principais razões para a mudança freqüente de óleo do
motor do carro é que ele torna-se contaminado com partículas de detritos rígido que pode
desgastar os componentes do motor.
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Tribologia
Estresse e tensão no contato

O projeto de rolamentos e engrenagens é tal que a carga é suportada em uma área

pequena. Isto leva a altas tensões (sobre o maior estresse que encontramos em qualquer ramo
de engenharia) em pequenas áreas dos componentes. Isto pode provocar alta fricção, desgaste
e fadiga de contato. Contato mecânico é, portanto, uma parte importante da tribologia.

A análise de estresse de contato é freqüentemente difícil. Geometrias simples

componente pode ser analisado através de cálculos manuais, mas o componente mais complexo
freqüentemente necessita de análise por métodos numéricos.
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Tribologia – Estudo Movimento Relativo (Fricção, Lubrificação e Desgaste)

Lubrificação
Hidrostática

Rugosidade Lubrificação
Superficial Hidrodinâmica

Lubrificação
Elastohidrodinâmica
Fricção (EHL)

Tribologia Lubrificação
de Contorno
Lubrificação

Desgaste por
deslizamento
Desgaste
Desgaste por
Partículas duras

Estudos/Análise
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Tribologia – Definições

1)Rugosidade superficial
A forma mais comum de referência à rugosidade de uma superfície é
através da rugosidade média ou Ra. Esta grandeza é definida como sendo a
média aritmética do desvio de altura da superfície a partir de uma linha média
através do perfil. A linha média é definida de forma que áreas iguais do perfil
ficam acima e abaixo desta (ver Figura 1).

Figura 1 – Um perfil superficial é um gráfico da altura da superfície, y, relativa à linha média, contra a
distância L.
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Tribologia – Definições

2) Fricção
Quando duas superfícies nominalmente planas e paralelas entram em
contato, este se estabelece inicialmente entre as “áreas altas” da superfície,
também conhecidas como asperezas. Este contato promove a formação de
“junções” de asperezas, que determinam a intensidade da força de fricção
produzida. Esta força pode ser definida como a resistência encontrada por um
corpo que experimenta movimento em relação a outro corpo. O coeficiente de
fricção (m) mede a magnitude da força de fricção (F) desenvolvida entre duas
superfícies em contato, sob um determinado carregamento (W) e em
movimento relativo. O coeficiente de fricção pode ser estimado pela Equação 1
(primeira lei da fricção).

Fat = µ . Fnormal
µ = F /W
Mi = coeficiente de fricção
Fnormal = Fp = m.g
Equação 1 F = força de fricção ou atrito
W = carregamento (mov relativo) ou Força Normal
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Tribologia – Definições

3) Lubrificação
A força de fricção total depende, principalmente, da resistência ao
cisalhamento das junções de asperezas formadas.
1. A lubrificação tem como objetivo introduzir um filme de baixa resistência
ao cisalhamento, que acaba enfraquecendo a resistência destas junções,
reduzindo a fricção. Em alguns casos, o lubrificante não pode prevenir
completamente o contato entre as asperezas, embora possa reduzir a
severidade deste.
2. Em outras situações, o lubrificante separa completamente as superfícies
e não são formadas junções de asperezas.
Assim, a uma maior ou menor extensão, o uso de lubrificantes sempre
reduzirá a taxa de desgaste, sendo que esta será uma função direta do tipo de
lubrificação presente.
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Falha Natureza da Falha Correção

Aumento de espessura (por exemplo, mais óleo viscoso, menor

Superfície de contato ocorre localmente e asperezas da solda. Junções são
Desgaste Adesivo carga, alta velocidade). Aditivos de superfície. Aumento da
separadas. Material retirado de um ou ambas as superfícies
dureza

Desgaste abrasivo (dois Asperezas de uma superfície dura de pequeno relevo por meio da oposição Aumento da espessura da película. Design para sacrifício da
corpos) superfície macia. O material é retirado da mais suave superfície. superfície macia. Aumento do material de dureza.

Desgaste abrasivo (três Partículas sólidas no lubrificante ficam presos no contatos e remove-se o Aumento da espessura da película. Remover partículas por
corpos) material quando ocorre deslizamento. filtração. Aumentar material de dureza.

Material de afastamento por ataque de oxigênio ou água nas superfícies. Certifique-se da película lubrificante protetora sobre
desgaste corrosivo Alguns contaminantes lubrificantes ou aditivos podem quimicamente atacar componentes. Remover os contaminantes. Aditivo anti-
as superfícies. corrosão.

Geração de calor provoca a queda da viscosidade e do filme para reduzir a

Aumento da espessura da película lubrificante. Aumento de
Deformação espessura. Este, por sua vez, resulta em mais de aquecimento;
resfriamento. Extrema pressão aditivos.
eventualmente, apreensão. Levando ao colapso filme, soldagem e local

Contatos repetitivos induz estres cíclico. Fadiga rachaduras podem iniciar,

Reduzir as cargas de contato / ciclos. Aumentar espessura do
Contato por fadiga particularmente se houver um defeito presentes (por exemplo, a
filme lubrificante. Remova o estresse de concentrações.
rugosidade, dente de superfície, ou defeito do material)

A Tabela mostra algumas falhas mecânicas tribológicas para com um resultado insatisfatório em lubrificação.

Fonte - 1st Edition Oct. 1995 / Prepared by R S Dwyer-Joyce©, University of Sheffield on behalf of; / The Tribology Group / Institution of Mechanical
Engineers 1995
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Tribologia – Definições

3.1) Lubrificação Hidrostática

Superfícies imóveis, o fluido é pressurizado no espaço entre elas,
separando-as pela ação da pressão.
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Tribologia – Definições

3.2) Lubrificação Hidrodinâmica

Sob condições de lubrificação hidrodinâmica, as superfícies em
movimento relativo são separadas por um filme relativamente espesso de
lubrificante fluido, o qual é produzido hidrodinamicamente. Para que ocorra
lubrificação hidrodinâmica, as superfícies opostas devem ser “conformais”, isto é,
estas devem ser tão geometricamente semelhantes, de forma que serão
separadas por somente um pequeno espaço, preenchido pelo lubrificante, sobre
uma área relativamente grande.
Teoricamente, não há desgaste, uma vez que as superfícies lubrificadas
não entram em contato.
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Tribologia – Definições
3.3) Lubrificação Elastohidrodinâmica (EHL)
O processo de revestimento por Extrusão é amplamente usado nos processo
de manufatura de diferentes produtos. Em geral a mínima espessura de filme que
pode ser obtida é proporcional à distância entre a barra de revestimento e o substrato
(usualmente apoiado por um cilindro rígido) e inversamente proporcional à
viscosidade do líquido. Conseqüentemente, existe um limite da menor espessura de
filme que pode ser depositada, principalmente no caso de líquidos de alta viscosidade.
Uma solução comum é usar um cilindro rígido de apoio coberto com uma camada de
borracha, que se deforma durante a operação.
O líquido na região de aplicação produz uma pressão suficiente para
deformar a camada elástica, mudando a geometria do escoamento, caracterizando
uma interação elastohidrodinâmica.
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Tribologia – Diferença entre Lubrificação Hidrodinâmica x Lubrificação

Elastohidrodinâmica (EHL)

A diferença entre EHL e a lubrificação hidrodinâmica é que, nesta

última, não ocorre deformação elástica das superfícies, sendo que estas
podem ser consideradas superfícies rígidas, ao passo que em EHL, a deformação
elástica das superfícies em contato não pode ser desconsiderada. Além disso, com o
aumento da tensão de contato, aumenta a viscosidade do filme.
De qualquer forma, é importante salientar que, mesmo em condições de
EHL, pode ocorrer a formação de um filme fluido pleno de lubrificante que evita,
efetivamente, o contato entre as asperezas das superfícies opostas.
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Tribologia – Definições - Informações Importantes

Cálculo da Espessura do filme lubrificante

A espessura mínima do filme de lubrificante (hmin.) e a rugosidade da
superfície determinam as condições de lubrificação, isto é, se irá ou não existir
um filme fluido pleno de lubrificante que separe as duas superfícies em contato.
Portanto, é importante que se defina a razão:

λ = hmin . / σ * Lâmpida = espessura do filme lubrificante

Equação 2 Hmin = espessura mínima filme lubrificante
Rô = rugosidade

onde s* é definida por:

Equação 3
σ = Rq1 + Rq 2
* 2 2

Rq1 e Rq2 são os valores de rugosidade quadrática média de cada superfície.

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Tribologia – Definições

3.4) Lubrificação de Contorno

Os lubrificantes de contorno agem através da formação de filmes de
moléculas adsorvidas nas superfícies. Forças repulsivas entre estes filmes, então,
suportam boa parte do carregamento e o íntimo contato entre as asperezas
desprotegidas é prevenido ou limitado.
A Figura abaixo ilustra o mecanismo de operação de um típico lubrificante de
contorno (uma longa cadeia de ácido carboxílico) em uma superfície metálica.

Adsorção é a adesão de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida (o adsorvente); o grau
de adsorção depende da temperatura, da pressão e da área da superfície - os sólidos porosos como o carvão ativado são
ótimos adsorventes.
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Tribologia – Definições (Desgaste)

4) Desgaste
Quando uma superfície experimentar movimento relativo contra outra
superfície, o desgaste irá ocorrer, sendo que este pode ser definido como o
prejuízo a uma ou ambas superfícies, geralmente envolvendo perda progressiva
de material.
Quando existe um movimento relativo entre superfícies, o desgaste não
pode ser completamente eliminado, ainda que, em alguns casos, possa ser
reduzido a níveis insignificantes.
Os processos de desgaste também poderão ser classificados quanto ao
elemento interfacial podendo ser de desgaste de 2-corpos (desgaste por
deslizamento) ou estar sob ação de partículas sólidas pressionadas entre duas
superfícies, por exemplo, poeira em lubrificantes ou minerais em rochas sob
pressão, caracterizando um desgaste de 3-corpos (desgaste causado por
partículas duras)
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Tribologia – Desgaste

Modelos dos Tipos de Desgastes

O desgaste adesivo No desgaste abrasivo

ocorre quando a ocorre remoção de
ligação adesiva entre material da superfície.
as superfícies é Esse desgaste ocorre
suficientemente forte em função do formato
para resistir ao e da dureza dos dois
deslizamento. materiais em contato.

Desgaste por O desgaste

fadiga é corrosivo ocorre em
ocasionado pelo meios corrosivos,
alto número de líquidos ou gasosos.
repetições do
movimento.
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Tribologia – Desgaste

4.1) Desgaste por deslizamento

Talvez uma das formas mais importantes de desgaste por deslizamento é
aquele que envolve a adesão, denominado desgaste adesivo.
O desgaste adesivo ocorre quando a ligação adesiva entre as
superfícies é suficientemente forte para resistir ao deslizamento. Como resultado
dessa adesão, uma deformação plástica é causada na região de contato gerando
uma trinca que pode se propagar levando à geração de um terceiro corpo e a
uma transferência completa de material.
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Tribologia – Desgaste

4.1) Desgaste por partículas duras

O desgaste por partículas duras pode envolver os tipos de desgaste
abrasivo e erosivo.
No desgaste abrasivo, faz-se uma distinção entre o desgaste abrasivo
por dois corpos e por três corpos. A abrasão por dois corpos é causada por duras
protuberâncias na superfície oposta de contato ou simplesmente pela diferença
de dureza e ou rugosidade das duas superfícies em contato.
Já para a abrasão por três corpos, partículas duras se posicionam e
rolam entre as superfícies. Estas partículas duras podem estar presentes na forma
de contaminantes (partículas exógenas) ou podem ser geradas localmente por
algum dos mecanismos envolvidos no desgaste por deslizamento puro (partículas
endógenas).
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Tribologia – Uso e Aplicação – Modelo de Desgaste

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Tribologia – Equipamentos de Testes
O tribômetro é um equipamento versátil para medição de propriedades
de atrito e desgaste de combinações de materiais e lubrificantes sob condições
específicas de carga, velocidade, temperatura e atmosfera.

Figura - Os pinos no disco tribômetro é um instrumento de laboratório versátil usado para medir as propriedades de atrito e
desgaste feito de metal / lubrificante nas condições particulares da carga, velocidade e temperatura. Os resultados fornecem
informações sobre o anti-fricção, anti-desgaste e anti-apreensão de um óleo ou aditivo do petróleo. Simulações são feitas
para reproduzir, tanto quanto possível as condições reais de trabalho.
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Tribologia – Equipamentos de Testes
Pendulum Rig
A sonda pêndulo ou "O Pêndulo de Resistência ao escorregamento Meter" (foto
abaixo) mede o atrito superficial utilizando um princípio de perda de energia utilizada no
teste de impacto Charpy. À medida que o pêndulo atinge uma superfície de energia é perdida,
o que pode ser traduzido em um coeficiente de atrito. O equipamento foi projetado pêndulo
na década de 1940 e é amplamente utilizada hoje como um atrito da superfície da estrada
ferramenta na avaliação dos casos de acidentes ou do asfalto experimental. Hoje, o
equipamento também é utilizado como um método padrão para avaliar a resistência do
deslizamento de piso.
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Tribologia – Equipamentos de Testes
Plint TE77 Reciprocating Rig Test

O TE77 máquina de velocidade variável alternativo é usado para avaliar o desgaste

de atrito dinâmico e desempenho dos lubrificantes, combustíveis, materiais e revestimentos
de superfície. O contato é constituído por uma placa fixa e pino pistão. A saída de dados é
automaticamente conectado através de um TE77SLIM Aquisição de Dados do Sistema.
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Tribologia – Equipamentos de Testes
High Frequency Reciprocating Wear Tester

Usar os testes podem ser um processo longo, especialmente se amostra são

lubrificados e levemente carregado, no entanto, prazos podem ser reduzidos através do uso
de alta frequência de deslizamento. Este tipo de teste pode ser útil para a triagem de
materiais, lubrificantes e revestimentos de superfície. Um oscilador elétrico é alimentado por
um gerador de onda senoidal do sinal. O oscilador aciona o controle deslizante em um rosto
parado contador. O slider é um peso morto carregado.
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Tribologia – Equipamentos de Testes
Lubricant Film Thickness Measurement

A maioria das peças móveis são lubrificadas; uma película de óleo separa as
superfícies deslizantes. Estes filmes de óleo pode ser muito fina (variando de 0,01-100
microns) e são difíceis de medir. Nós, no Centro de Leonardo, que desenvolveu uma forma
única de medi-los através do ultrassom. Um pulso ultra-sônico é saltado do filme de óleo ea
magnitude do sinal refletido pode ser utilizado para deduzir a espessura da película de óleo.
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Tribologia