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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

ABDIEL VILANOVA
MASSOXI MANDELA
JERONIMO KULANDISSA
WILLIAM VIEIRA
SILVANO SOUZA

PROJETO SISTEMA DE DISSOLUÇÃO E DOSAGEM DE SAIS EM ÁGUA


DESTILADA
Máquinas de Fluidos

São Leopoldo
2017
ABDIEL VILANOVA
MASSOXI MANDELA
JERONIMO KULANDISSA
WILLIAM VIEIRA
SILVANO SOUZA

PROJETO SISTEMA DE DOSAGEM DE SAIS EM ÁGUA DESTILADA

Trabalho acadêmico apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel
em Engenharia Mecânica na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Professor da Disciplina Máquinas de Fluidos: Eng. Mec. Sérgio

São Leopoldo
Outubro de 2017
RESUMO

2
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de um projeto para determinação e
dimensionamento de bombas em um sistema de dissolução e dosagem de sais para uma linha
de água destilada que será utilizada para produção de bebidas em geral.

3
Índice
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7

1.1 Objetivos ...................................................................................................................... 7

2 SISTEMA DE DISSOLUÇÃO E DOSAGEM DE SAIS EM ÁGUA DESTILADA ....... 8

2.1 Proposta do Projeto ...................................................................................................... 8

2.2 Justificativa do Projeto............................................................................................... 10

2.3 Viabilidade do Projeto ............................................................................................... 11

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 12

3.1 Propriedades dos fluidos ............................................................................................ 12

3.1.1 Escoamento laminar e turbulento ....................................................................... 12

3.2 Vazão e velocidade de escoamento ........................................................................... 14

3.3 Teorema de Bernouilli e perda de carga na tubulação ............................................... 14

3.4 Sistema hidráulico para bombeamento de líquidos ................................................... 15

3.4.1 Altura manométrica de sucção ........................................................................... 15

3.4.2 Altura manométrica de descarga ........................................................................ 16

3.4.3 Altura manométrica do sistema .......................................................................... 16

3.4.4 Curva característica do sistema .......................................................................... 16

3.5 Características gerais das bombas.............................................................................. 17

3.5.1 Curva característica da bomba (Q x H) .............................................................. 18

3.5.2 Potência absorvida .............................................................................................. 19

3.5.3 Curva de rendimento da bomba .......................................................................... 20

3.5.4 Fenômeno da cavitação ...................................................................................... 20

3.5.5 NPSH disponível e NPSH requerido .................................................................. 20

3.5.6 Ponto de trabalho do conjunto ............................................................................ 21

4 CRITÉRIOS USADOS PARA OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO


DO PROJETO .......................................................................................................................... 22

5 PREMISSAS PARA OS CÁLCULOS DO PROJETO .................................................... 24

4
6 CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE
BOMBEAMENTO ................................................................................................................... 25

6.1 Sistema de bombeamento 1 - Bomba B1 ................................................................... 25

6.1.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção ..................................................... 25

6.1.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga .................................................. 25

6.1.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção ............................................. 26

6.1.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga.......................................... 27

6.1.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B1 ......... 27

6.1.6 NPSH disponível para o sistema B1 ................................................................... 28

6.2 Sistema de bombeamento 2 – Bomba B2 .................................................................. 29

6.2.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção ..................................................... 29

6.2.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga .................................................. 29

6.2.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção ............................................. 30

6.2.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga.......................................... 31

6.2.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B2 ......... 31

6.2.6 NPSH disponível para o sistema B2 ................................................................... 32

6.3 Sistema de Bombeamento 3 - Bomba B3 Dosadora .................................................. 32

6.3.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção ..................................................... 32

6.3.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga .................................................. 33

6.3.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção ............................................. 34

6.3.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga.......................................... 34

6.3.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B3 ......... 35

6.3.6 NPSH disponível para o sistema B3 ................................................................... 35

6.4 Sistema de bombeamento 4 - Bomba B4 ................................................................... 36

6.4.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção ..................................................... 36

6.4.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga .................................................. 36

6.4.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção ............................................. 37


5
6.4.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga.......................................... 38

6.4.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B4 ......... 38

6.4.6 NPSH disponível para o sistema B4 ................................................................... 39

7 SELEÇÃO DAS BOMBAS ............................................................................................. 40

7.1 Sistema de bombeamento – Bomba B1 ..................................................................... 40

7.2 Sistema de bombeamento – Bomba B2 ..................................................................... 40

7.3 Sistema de bombeamento – Bomba B3 (Dosadora) .................................................. 41

7.4 Sistema de bombeamento – Bomba B4 ..................................................................... 42

8 Conclusões ........................................................................................................................ 43

9 Referências bibliográficas ................................................................................................ 44

6
1 INTRODUÇÃO

Este projeto visa o dimensionamento de sistema de dissolução e dosagem de sais


aplicados em linhas de água destilada. Nele é mostrada a viabilidade do uso de sistemas do
gênero em processos industriai, e conta também com todos desde cálculos relacionados ao
dimensionamento das tubulações e bombas que operação no sistema. No final é apresentado
um fluxograma com as principais informações a serem destacadas e defendidas para a
construção do projeto.

1.1 Objetivos

O objetivo principal deste projeto é apresentar o funcionamento e dimensionamento do


sistema de dissolução e dosagem para linha de água destilada. Serão demonstrados os
principais equipamentos de máquinas de fluidos para atender o funcionamento do projeto.
Também tem como objetivo capacitar os alunos para a execução de um projeto e
dimensionamento de bombas centrífugas sendo aplicadas em um projeto de engenharia real e
viável.

7
2 SISTEMA DE DISSOLUÇÃO E DOSAGEM DE SAIS EM ÁGUA

DESTILADA

2.1 Proposta do Projeto

O projeto consiste de um tanque pulmão ( ), com capacidade de armazenamento de


10.000 litros de água destilada que é fornecida ao sistema, através de uma linha principal
continua. Outro tanque pulmão, denominado, com a mesma capacidade, está localizado na
outra extremidade da linha, este tem o objetivo de armazenar a solução resultante da mistura
da água destilada e sais. Um terceiro tanque ( ), com capacidade de 200 litros é ligado ao
tanque ( ) e abastecido por gravidade devido ao desnível que há entre os dois tanques, uma
forma de redução de custos, e este por sua vez vai fornecer essa solução (água + sais) para o
tanque de armazenamento ( ) de onde é feito a dosagem para a linha principal. Então, é
notório que temos um tanque abastecendo dois tanques ao mesmo tempo.

Durante o processo de transferência de água destilada do tanque ( ), para o tanque


( ), a linha principal de água destilada recebe uma dosagem de sais já dissolvido em água.
A dosagem é de 0,5% do volume da água que passa na linha principal, ou seja, dos 10.000
litros presentes no tanque pulmão 1, 500 litros será fornecido ao tanque de dissolução e 9.500
litros será bombeado na linha principal até ao tanque pulmão 2, mas ao longo desse
escoamento os 500 litros que foram fornecidos ao tanque de dissolução serão injetados
novamente na linha principal, mas na forma de uma solução salina, perfazendo assim os
10.000 litros de água destilada. O tanque de dissolução está equipado com agitadores e uma
tampa de visita principal onde são colocados manualmente os sais. A quantidade de sais é
feita para uma quantidade de volume de água destilada. A proposta seria para cada 65 litros de
água destilada ter 600g de sais. Esse volume de 65 litros atenderia o volume do tanque de
dosagem que é de 200 litros a cada 3 ciclos atingindo 195 litros e tendo uma folga de 5 litros
no tanque. Ou seja, o tanque de dosagem estaria sempre com o volume mínimo de 65 litros já
dissolvidos e sendo transferidos para a linha principal realizando a dosagem final, atendendo
o 0,5% para o volume de 10.000 litros. Isso garante o tempo de enchimento do tanque de
dissolução com sais e o tempo de agitação a ser definido durante o projeto. Basicamente, o
tanque de dosagem faz um papel de tanque pulmão já com a solução homogeneizada.

8
Um fator importante nesse projeto é a aplicação de uma bomba dosadora a montante do para o
tanque de dosagem, com precisão no doseamento e com vazões baixas. A proposta seria
utilizar uma bomba dosadora com diafragma que tem curvas bem lineares e que evitam uma
contrapressão na linha que é algo que pode ocorrer se for aplicada uma bomba centrífuga.
Dessa forma o projeto seria definido pelos seguintes itens:
 1 bomba centrífuga na saída tanque pulmão água destilada.
 1 bomba centrífuga na saída do tanque de dissolução
 1 bomba peristáltica ou diafragma na saída do tanque de dosagem
 1 bomba centrífuga na saída do tanque pulmão com a solução
 Acessórios
o Válvula globo (roscada)
o Válvula borboleta (roscada)
o Válvula controladora de vazão com retenção integrada (roscada)
o Joelhos raio normal 90° (roscado)
o Ts para derivação
 Tubos aço inox

Em baixo temos uma miniatura do fluxograma do sistema a projeta.

Figura 1 - Fluxograma com as informações do sistema

9
Para o dimensionamento do projeto serão utilizadas todas as informações presente no
fluxograma, tais como, cotas, vazões pré-estabelecidas e pressão em cada tanque.

Os tanques possuem diferença na forma construtiva. O tanque de dissolução é adaptado com


agitadores e tampa de vista para a introdução dos sais conforme a figura 3. Já o tanque de
dosagem não possui esses acessórios conforme a figura 3.

Figura 2 - Tanque de dissolução com agitadores e tampa de visita para alimentação de sais

Figura 3 - Tanque de dosagem de 200 litros servindo como pulmão para dosagem

2.2 Justificativa do Projeto

É de grande importância programar um sistema preciso para dosagem para diversos


fins, como na industrial, laboratórios, etc.

Muitos dos sistemas atuais utilizam apenas um tanque de dissolução com agitador e o
mesmo envia para uma linha de água destilada dosando. Esses tipos de sistemas normalmente
apresentam deficiências, tal como;

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● Necessitam da presença exclusiva do operador alimentando o tanque de
dissolução com sais e controlando o volume.
● Grande variação na dose a ser injetada na linha principal por falta de um
regulador de vazão preciso.
No projeto proposto, o sistema teria um tanque de dosagem de 200 litros adicional
fazendo o papel de pulmão e garantindo sempre a solução já dissolvida e dosando a linha com
maior precisão tendo uma válvula peristáltica fazendo esse papel na saída.

2.3 Viabilidade do Projeto

O projeto é viável dentro do objetivo principal que é dosar a linha com precisão e
garantindo que o tanque pulmão final de 10000 litros tenha a solução mais homogênea e
dentro dos valores que se espera de quantidade de sal injetado na água destilada. Apesar da
necessidade de uma bomba de maior precisão e mais cara para o tanque de dosagem, o
sistema tem retorno maior na produtividade, pois a solução tem uma dosagem de sais que
atende o produto final com menor percentual de erro na mistura e evitando que o tanque de
pulmão com a solução tenha que passar por um novo processo de dosagem durante o envio
para as enchedoras.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo foram abordadas as noções fundamentais que estão relacionadas com o
comportamento dos fluidos e das máquinas de fluxo, que permitem dimensionar e selecionar
adequadamente uma bomba para o sistema analisado.

3.1 Propriedades dos fluidos

Apresenta-se abaixo uma breve descrição das propriedades utilizadas no estudo,


juntamente com suas simbologias e unidades empregadas no desenvolvimento do trabalho.

▪ Temperatura de escoamento do fluido T = [°C]


▪ Massa específica ρ = [kg/m³]
▪ Peso específico ɣ = [N/m³])
▪ Viscosidade absoluta μ = [N.s/m]
▪ Pressão de vapor PV = [Pa] - Pressão na qual a uma determinada temperatura as fases
líquido e vapor coexistem.
A determinação do tipo de escoamento é o ponto de partida para a análise de
problemas de escoamento de fluidos, pois, está diretamente ligado ao tipo de tubulação a
utilizar. Este fato é relevante para o tipo de abordagem teórica a ser utilizada no estudo.

O escoamento pode ser classificado como:


▪ Incompressível e compressível;
▪ Uniforme ou não uniforme;
▪ Permanente ou transitório;
▪ Laminar ou turbulento.
Neste trabalho, foram consideradas premissas de que o escoamento é incompressível,
uniforme e permanente, podendo ser laminar ou turbulento, depende do local de análise. Na
próxima seção define-se o tipo de escoamento utilizado, laminar ou turbulento.

3.1.1 Escoamento laminar e turbulento


O regime de escoamento é analisado através do número de Reynolds. Na figura x,
pode-se observar a diferença de comportamento entre o escoamento laminar e o turbulento.

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Figura 4 - Comparação entre o escoamento laminar em (a) e o escoamento turbulento em (b) :

O escoamento laminar é caracterizado pelo movimento suave em lâminas ou


camadas. Neste tipo de escoamento não há mistura macroscópica de camadas adjacentes ao
fluido, a velocidade num ponto permanece constante com o tempo.

A estrutura do escoamento no regime turbulento é caracterizada por movimentos


tridimensionais aleatórios de partículas fluidas. As partículas de fluido se movimenta em
todas as direções, com velocidades que variam em módulo de acordo com a posição e com o
tempo. Como este regime de escoamento é definido pela falta de organização, ele ocorre
quando as perturbações sobre o fluido são maiores.

Número de Reynolds

O número de Reynolds é um parâmetro adimensional que representa a relação entre


força de inércia e força devido à viscosidade do fluido. Através do seu cálculo, pode-se
determinar se o escoamento é laminar ou turbulento, como citado anteriormente.
Basicamente, o número de Reynolds, para escoamento no interior de dutos, pode ser avaliado
da seguinte forma:

- Massa específica do fluido;


V - Velocidade de escoamento;
D - Diâmetro interno da tubulação;
- Viscosidade absoluta do fluido.

Para Re < 2000 o escoamento é considerado laminar, já para Re > 4000 o escoamento é
turbulento.

Para a aplicação em tubulações e bombas, as velocidades de escoamento de líquido


tendem a ser elevadas, resultando em números de Reynolds que ultrapassam o valor de 4000,
predominando o regime turbulento nestes sistemas.

13
3.2 Vazão e velocidade de escoamento

Como visto na seção anterior, para calcular o número de Reynolds é preciso conhecer
a velocidade de escoamento do fluido. Porém, no dimensionamento de bombas, é fornecido
como dado de entrada a vazão volumétrica, quantidade de fluido em volume que passa por
uma tubulação em uma unidade de tempo.

Tendo a equação da continuidade e aplicando para escoamento interno em dutos de


seção circular, é possível obter a velocidade de escoamento do fluido através da vazão,
conforme a relação abaixo:

3.3 Teorema de Bernouilli e perda de carga na tubulação

O teorema de Bernouilli pode ser considerado um caso particular do princípio de


conservação de energia, assumindo que a energia total de um fluido se conserva durante todo
seu percurso quando não há aporte externo de energia, relacionando as variações de energia
de pressão, energia cinética e energia potencial gravitacional ao longo de uma linha de
corrente:

Por não considerar as perdas de energia devido ao atrito, viscosidade ou


turbilhonamento, ele não é aplicável em uma situação real. Para incluir o efeito das perdas de
energia no cálculo, um termo referente à perda de carga deve ser adicionado.

Perda de carga

A perda de carga é usualmente definida como a perda de energia do fluido ocasionado


pelo escoamento. Esta perda de energia pode ser devido a dois fatores: perda de carga
distribuída e/ou perda de carga localizada.

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A perda de carga distribuída ou normal é originada no trecho reto da tubulação como
resultado do atrito do escoamento com as paredes do duto.

Enquanto a perda localizada é gerada por descontinuidades (acessórios e outros) na


linha que alteram o escoamento do fluido.

Coeficiente de atrito

O coeficiente de atrito é um número adimensional, representa o atrito existente nas


paredes da tubulação sobre o fluido escoando. Ele deve ser analisado de acordo com tipo de
escoamento, obtendo as relações que são demonstradas adiante.

Para escoamento turbulento pode usar demais correlações existentes ou o diagrama de


Moody caso seja conhecido o valor da rugosidade relativa da tubulação.

3.4 Sistema hidráulico para bombeamento de líquidos

Para poder selecionar um modelo de bomba é preciso obter as informações sobre o


sistema hidráulico no qual o equipamento é instalado.

3.4.1 Altura manométrica de sucção

Corresponde à altura manométrica por unidade de peso no flange de sucção da bomba.


Esta grandeza pode ser encontrada aplicando-se a equação de Bernoulli para o trecho entre o
reservatório de sucção e o flange de sucção

15
3.4.2 Altura manométrica de descarga

Quantidade de energia que o fluido deve ter, ao sair do flange de descarga da bomba, para que
ele chegue ao seu destino. Pode ser obtida também pela equação de Bernoulli.

3.4.3 Altura manométrica do sistema

A altura manométrica do sistema representa o quanto de energia por unidade de peso é


demandado do sistema, sendo a diferença entre a altura manométrica de descarga e sucção

A primeira parcela da equação é conhecida como H estático (não varia com a vazão) e
o segundo termo como de fricção (varia com a vazão).

3.4.4 Curva característica do sistema

A curva característica do sistema mostra a variação da altura manométrica do sistema


com a vazão. Para a construção de tal curva é necessário avaliar o comportamento do sistema
para diferentes vazões.

Figura 5 - Curva característica do sistema

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3.5 Características gerais das bombas

Bombas podem ser definidas como máquinas operatrizes hidráulicas que conferem
energia ao líquido com a finalidade de transportá-lo de um ponto para outro obedecendo às
condições de processo. Elas recebem energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte
desta energia ao fluido na forma de energia de pressão, cinéticas ou ambas. As bombas podem
ser classificadas pela forma como essa energia é cedida ao fluido ou pela sua aplicação.

Para o projeto, será instalada na linha principal bombas centrífugas e para a dosagem,
instalada em dos pontos da linha secundária, será do tipo bomba dosadora com diafragma.

Bombas centrífugas

As bombas centrífugas pertencem à classe das bombas dinâmicas ou turbo bombas.


Essas bombas fornecem ao fluido, primordialmente, energia do tipo cinética provida da
movimentação de uma roda (impelidor) com certo número de pás especiais. Posteriormente,
grande parte desta energia é convertida em energia de pressão através do progressivo aumento
da área na carcaça provocando uma queda da velocidade e um consequente aumento de
pressão.

Figura 6: Bomba centrífuga

Devido a diferenças nas pás do impelidor, as bombas centrífugas são divididas em dois
subgrupos: bomba centrífuga radial e bomba centrífuga tipo Francis.

Bomba de deslocamento positivo ou volumetrico

Toda bomba que após uma rotação de seu eixo, desloca um volume fixo de produto,
independentemente das condições de pressão na saída, é uma bomba de deslocamento
positivo, o que não é conseguido nas bombas centrífugas.
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Tais bombas não admitem recirculação interna, ou seja, sempre deslocam fluido da entrada
para a saída. Essas bombas caracterizam-se por trabalhar com baixas vazões e altas pressões e
podem ser utilizadas com fluidos mais espessos (maior viscosidade).

Geralmente elas são classificadas em dois grupos: bombas alternativas e bombas rotativas.

Bomba dosadora com diafragma

As bombas dosadoras são bombas de deslocamento positivo, acionadas por um


sistema de Motor e Redutor, que movimenta um excêntrico, que por sua vez impulsiona um
diafragma de bombeamento. Quando o excêntrico recua, completando seu giro, o diafragma
também recua através da ação de uma mola. Esse efeito gera um movimento alternado do
diafragma que, aliado à ação de válvulas de sucção e recalque presentes no cabeçote, aspira e
recalca o líquido de forma pulsante. O controle de vazão se dá através de um sistema
mecânico de ajuste milimétrico, que limita o retorno do diafragma de 0 a 100% de seu curso.

Figura 7 - Bomba dosadora com diafragma

3.5.1 Curva característica da bomba (Q x H)

A carga da bomba, também chamada de head, indica o quanto de energia a bomba


pode fornecer ao sistema. Esta curva depende muito do diâmetro do impelidor e da velocidade
de rotação do eixo, sendo comum a representação da curva em função da vazão do fluido,
para um determinado diâmetro do impelidor e determinada velocidade de rotação.

Esta curva é usualmente feita pelo fabricante da bomba e usando água como o líquido
de bombeamento.

18
Figura 8 - curva característica da bomba Modelo +20/20 série W+ para diferentes diâmetros de impelidor

3.5.2 Potência absorvida

É a potência que a bomba exige do motor, para que ela consiga fornecer a carga
necessária ao sistema. Pode-se calcular está potência através da equação abaixo:

– Potência que a bomba fornece ao sistema


– Potência que o motor fornece para a bomba
– Potência exigida pelo sistema, deve ser menor que
O comportamento da curva de potência em função da vazão varia de acordo com as
características da bomba.

Figura 9 - curva de potência absorvida, bomba Modelo +20/20 série W+ para diferentes diâmetros de
impelidor

19
3.5.3 Curva de rendimento da bomba

Como visto anteriormente, o rendimento da bomba é a razão entre a potência útil que a
bomba cede ao fluido e a potência absorvida do motor. Este rendimento é na realidade o
produto dos três rendimentos da bomba, referentes às três fontes de perdas de energia:
volumétrico, mecânico e hidráulico.

A curva de rendimento em função da vazão depende também das características de


cada bomba, geralmente é fornecida pelo fabricante. Observar figura 8.

3.5.4 Fenômeno da cavitação

A cavitação ocorre quando a pressão absoluta em qualquer ponto do sistema de


bombeamento atinge um valor igual ou inferior à pressão de vapor do fluido na temperatura
de operação. Caso isso ocorra, parte do líquido se vaporiza, formando bolhas que podem
seguir com fluido bombeado. Quando essas bolhas atingem uma região de pressão maior do
que a sua pressão de vapor, elas entram em colapso voltando à fase líquida. Este fenômeno
gera uma onda de choques que percorrem o fluido e geram vibrações, ruído, danos ao material
e alteração das curvas características.

3.5.5 NPSH disponível e NPSH requerido

O NPSH disponível representa a energia absoluta por unidade de peso que o fluido
possui, ao chegar ao flange de sucção da bomba, além da energia de pressão correspondente à
pressão de vapor. Pode ser calculado através da equação abaixo:

Por outro lado, o NPSH requerido é a energia por unidade de peso que o líquido deve
ter no flange de sucção para suportar a operação da bomba sem atingir sua pressão de vapor.
Este parâmetro indica a energia necessária no reservatório de sucção para que o fluido não
entre na zona de cavitação. Dependendo apenas das características da bomba, este parâmetro
deve ser fornecido pelo fabricante.

20
Figura 10 - Curva genérica de NPSH requerido da bomba e disponível do sistema em função da vazão

Para evitar a cavitação, o seguinte critério deve ser seguido:

3.5.6 Ponto de trabalho do conjunto

Quando a bomba é instalada em um sistema e ambos trabalham juntos, é natural


pensar que uma vazão de equilíbrio será atingida, assim como uma carga correspondente a
esta vazão. Este ponto, chamado de ponto de operação, é o ponto onde as curvas para a bomba
e para o sistema se encontram quando são sobrepostas em um único gráfico de carga versus
vazão.

Figura 11 - Curva características da bomba e sistema em função da vazão de operação

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4 CRITÉRIOS USADOS PARA OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS DE

OPERAÇÃO DO PROJETO

Os parâmetros de operação do projeto foram obtidos com base nos critérios abordados
abaixo:

Critérios de cálculos

O diâmetro das tubulações é obtido com auxílio das tabelas 1 e 2 (tabela de


recomendações de velocidades para determinados valores de diâmetros para tubulação de
sucção e descarga). Primeiramente deve-se fazer a verificação da área requerida [Areq] através
da relação V/Q e obtém-se então um diâmetro requerido, ou seja, o diâmetro mínimo para que
se tenha a vazão pretendida com base na velocidade recomendada. Com o diâmetro requerido
deve se determinar o diâmetro padronizado usando tabela de fabricantes de tubos (Anexo 1).
Com o diâmetro padronizado deve-se fazer uma correção e recalcular a velocidade real de
escoamento para a vazão definida.

Com os dados obtidos é possível determinar todos os parâmetros de operação da


bomba, tais como: H e NPSHdisp .

Figura 12 - velocidade recomendada para sução de acordo ao diâmetro da tubulação

22
Figura 13 - velocidade recomendada para sucção de acordo ao diâmetro da tubulação

O coeficiente de perda de carga para cada acessório foi retirado de tabelas


normalizadas (em anexo 4) de acordo com o diâmetro da referida tubulação.
Todos os dados relacionado a propriedades físicas do fluido (água) foram obtidos de
tabelas termodinâmicas considerando temperatura de operação a 20°C
Para analisarmos a possibilidade de ocorrer cavitação no sistema a projetar fez-se a
analisar dois parâmetros, o NPSH disponível (dado fornecido pelo fabricante) e o NPSH
requerido9Dado obtido no sistema).

Critérios de seleção de bombas

Optou-se pela utilização de três fabricantes de bombas distintos. Tal escolha deveu-se
pelo facto de que alguns apresentarem modelos de bombas com maior eficiência e menor
custo.

Para bombas centrífugas foram selecionadas com bases nos critérios aprendidos em
aula, isto é

 Vazão de bombeamento
 Altura manométrica (H), N
 NPSHdisp ,
 Potência requerida pelo sistema

O critério de seleção da bomba dosadora é diferente das demais pelo fato que ela não
opera da mesma forma que uma bomba centrífuga. Para sua seleção teve-se em conta:

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● A pressão e vazão no flange de sucção;
● A pressão e vazão no flange de descarga;
● A potência da bomba em W.

5 PREMISSAS PARA OS CÁLCULOS DO PROJETO

● Tubulação principal
Uma bomba centrífuga
Vazão: 10m³/h.
Comprimento total: 6 mm
● Tubulação secundária
Duas bombas (centrífuga e peristáltica)
Bomba centrífuga
Vazão: 3m3/h
Comprimento total:
Bomba peristáltica
Vazão: 0,05m3/h
Comprimento total:
● Tubulação após tanque pulmão
Uma bomba centrífuga
Vazão: 10m3/h
Comprimento total:
● Temperatura da água destilada: 20°C
● Quantidade e tipo de acessórios conforme disposto no fluxograma

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6 CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO DOS SISTEMAS

DE BOMBEAMENTO

6.1 Sistema de bombeamento 1 - Bomba B1


O sistema de bombeamento 1 localiza-se a montante do tanque pulmão 1.

Bomba B2 [m3/h] Pressão [Pa] L [m] Z [m]


[m3/s]
Sucção 101325 1 2
10 0,0033
Descarga 300000 6 3

6.1.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção


Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, anteriormente ilustrada, para
, recomenda-se:
= 0,5 m/s

= = 92,155 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:


Ds (padronizado) = 4 in = 102,3 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na sucção para o diâmetro especificado, ficará:

6.1.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga


Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, anteriormente ilustrada, para
recomenda-se:
= 1,1 m/s

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= 0,0030
= 62,131 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:


Dd (padronizado) = 3 in = 77,9 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na descarga para o diâmetro especificado

6.1.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção


Na tabela abaixo é mostrado a quantidade de acessórios instalados na sucção e os seus
respectivos valores de coeficiente de correlação (valores obtidos em tabelas).

Acessório Quant. k Ff K real


Joelho - raio longo 1 0,31 1 0,31
Válvula borboleta 1 45 0,019 0,855
Saída do reservatório arredondada 1 0,5 1 0,5
Ktotal 1,665

Tabela 1 - Tabela 5: Acessórios instalados na sucção e respectivos coeficientes de perda de carga

(Completamente turbulento)

Para Ds = 102,3 mm f = 0,160

26
6.1.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga

Na tabela abaixo é mostrado à quantidade de acessórios instalados na descarga e os


respectivos valores de coeficiente de correção (valores obtidos em tabelas).

Quant. K Ff K_ real
Joelhos - raio normal 3 0,36 1 1,08
Válvula Borboleta 1 45 0,021 0,945
T 1 1 1 1
Misturador 1 1 1 1
Válvula de retenção – VRT 1 2 1 2
Entrada do reservatório normal 1 1 1 1
K total 7,025

Tabela 2 - Acessórios instalados na descarga e respectivos coeficientes de perda de carga

(Completamente turbulento)

Para Dd = 77,9 mm f = 0,0177

6.1.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B1

A energia por unidades de peso que o sistema irá solicitar para a Bomba B1 em função
da vazão é dada por:

27
A potência requerida pelo sistema é dada por:

6.1.6 NPSH disponível para o sistema B1


O seu cálculo é feito com base na equação abaixo:

28
6.2 Sistema de bombeamento 2 – Bomba B2
O sistema de bombeamento 2 localiza-se a montante do tanque de dissolução de sais

Bomba B2 Q [m3/h] Qfs [m3/s] Pressão [Pa] L [m] Z [m]

Sucção 101325 0,60 0,31


3 0,001
Descarga 101325 1,50 1,20

6.2.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção

Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, anteriormente ilustrada, para


recomenda-se:

= 0,5 m/s

= 0,002
= 50,475 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:


Ds (padronizado) = 2 in = 52,5 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na sucção para o diâmetro especificado, ficará:

6.2.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga

Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, anteriormente ilustrada, para


recomenda-se:

= 1 m/s
= 0,001

29
= 35,691 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:

Dd (padronizado) = 1 ½ in = 40,8 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na descarga para o diâmetro especificado

6.2.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção

Acessório Quant. k Ff K real


Joelho - raio longo 1 0,31 1 0,31
Válvula borboleta 1 45 0,019 0,855
Saída do reservatório arredondada 1 0,5 1 0,5
Ktotal 1,665

Tabela 3 - Acessórios instalados na sucção e respectivos coeficientes de perda de carga

(Completamente turbulento)

Para Ds = 52,5 mm f = 0,019

30
6.2.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga

Na tabela abaixo é mostrado à quantidade de acessórios instalados na descarga e os seus


respectivos valores de coeficiente de correcção (valores obtidos em tabelas).

Acessórios Quant. K Ff K_ real


Joelhos - raio longo 3 0,36 1 1,08

Válvula Borboleta 1 45 0,021 0,945


Entrada do reservatório arredondada 1 1 1 1
Ktotal 3,025

Tabela 4 - Acessórios instalados na descarga e respectivos coeficientes de perda de carga

(Completamente turbulento)

Para Dd = 40,8 mm f = 0,0195

6.2.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B2

A energia por unidades de peso que o sistema irá solicitar para a Bomba 2 em função
da vazão é dada por:

31
A potência requerida pelo sistema é dada por:

6.2.6 NPSH disponível para o sistema B2

O seu cálculo é feito com base na equação abaixo:

6.3 Sistema de Bombeamento 3 - Bomba B3 Dosadora


O sistema de bombeamento 3, bomba dosadora localiza-se a montante do tanque de
armazenamento da solução salina.

Bomba B2 [m3/h] Pressão [Pa] L [m] Z [m]


[m3/s]

Sucção 101325 1,25 1,15


0,050 0,0575
Descarga 300000 1 0,8

6.3.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção

Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, anteriormente ilustrada, para


recomenda-se:

= 0,5 m/s

32
= = 6,516 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:

Ds (padronizado) = ½ in = 10,4 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na sucção para o diâmetro especificado, ficará:

6.3.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga

Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, para


recomenda-se:

= 1 m/s

= 0,000017 = 10,4 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:

Dd (padronizado) = ½ in = 10,4 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na descarga para o diâmetro especificado

33
6.3.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção
Acessório Quant. k Ff K real
Joelho - raio longo 1 0,31 1 0,31
Válvula borboleta 1 45 0,019 0,855
Saída do reservatório arredondada 1 0,5 1 0,5
Ktotal 1,665

Tabela 5 - Acessórios instalados na sucção e respectivos coeficientes de perda de carga

(Completamente laminar)

6.3.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga

Quant. K Ff K_ real
Joelhos - raio normal 1 2 1 2
Válvula Globo 1 13 1 13
Ts 1 1 1 1
Válvula de retenção - VRT 1 2 1 2
Entrada do reservatório normal 1 1 1 1
K total 19

Tabela 6 - Acessórios instalados na descarga e respectivos coeficientes de perda de carga

34
= 2016,21 (Completamente laminar)

6.3.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B3


A energia por unidades de peso que o sistema irá solicitar para a Bomba 2 em função
da vazão é dada por:

A potência requerida pelo sistema é dada por:

6.3.6 NPSH disponível para o sistema B3

O seu cálculo é feito com base na equação abaixo:

35
6.4 Sistema de bombeamento 4 - Bomba B4
O sistema de bombeamento 4 localiza-se a montante do tanque pulmão 2.

Bomba B2 [m3/h] Pressão [Pa] L [m] Z [m]


[m3/s]

Sucção 300.000 1 3
10 0,0033
Descarga 300;000 6 6

6.4.1 Cálculo do diâmetro da tubulação de Sucção


Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, anteriormente ilustrada, para
recomenda-se:
= 0,5 m/s

= = 92,155 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:


Ds (padronizado) = 4 in = 102,3 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na sucção para o diâmetro especificado, ficará:

6.4.2 Cálculo do diâmetro da tubulação na descarga


Baseando-se na tabela de recomendação de velocidade, anteriormente ilustrada, para
recomenda-se:

36
= 1,1 m/s

= 0,0030 = 62,131 mm

Então, o diâmetro para a tubulação na sucção será:


Dd (padronizado) = 3 in = 77,9 mm

Corrigindo a velocidade de escoamento na descarga para o diâmetro especificado

6.4.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção


Na tabela abaixo é mostrado a quantidade de acessórios instalados na sucção e os seus
respectivos valores de coeficiente de correlação (valores obtidos em tabelas).

Acessório Quant. k Ff K real


Joelho - raio longo 1 0,31 1 0,31
Válvula borboleta 1 45 0,019 0,855
Saída do reservatório arredondada 1 0,5 1 0,5
Ktotal 1,665

Tabela 9 - Acessórios instalados na sucção e respectivos coeficientes de perda de carga

(Completamente turbulento)

Para Ds = 102,3 mm f = 0,160

37
6.4.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga

Na tabela abaixo é mostrado à quantidade de acessórios instalados na descarga e os


respectivos valores de coeficiente de correcção (valores obtidos em tabelas).

Quant. K Ff K_ real
Joelhos - raio normal 3 0,36 1 1,08
Válvula Borboleta 1 45 0,021 0,945
Válvula de retenção - VRT 1 2 1 2
K total 4,025

Tabela 10 - Acessórios instalados na descarga e respectivos coeficientes de perda de carga

(Completamente turbulento)

Para Dd = 77,9 mm f = 0,0177

6.4.5 Altura manométrica e potência req pelo do sistema de bombeamento B4

A energia por unidades de peso que o sistema irá solicitar para a Bomba B4 em função
da vazão é dada por:

38
A potência requerida pelo sistema é dada por:

6.4.6 NPSH disponível para o sistema B4

O seu cálculo é feito com base na equação abaixo:

39
7 SELEÇÃO DAS BOMBAS

Com base nos catálogos dos fabricantes, fez-se a seleção para todos os sistemas de
bombeamento presente no projeto.

7.1 Sistema de bombeamento – Bomba B1


A bomba B1 foi selecionada com base nas curvas características fornecida pela
fabricante de bomba SPXFLOW SERIE W+ CENTRIFUGAL PUMP (ANEXO 2)

Dados do sistema B1

H [m] Vazão [m3/h] NPSHdisp [m] Potência [W] DS [in] Dd [in]

21,57 10 12,1 586,60 4 3

Bomba selecionada para B1– fabricante: SPX FLOW

NPSHreq Pabsorvida Pútil


Rotação Impelidor Rendim.
Modelo
[rpm] [in] [%]
[ft - m] [HP] [W]

W+30/80 1750 4,7 10 – 3,04 60 4 1789,68

Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes

o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US)
o 1 HP = 745,7 W

7.2 Sistema de bombeamento – Bomba B2


A bomba B1 foi selecionada com base nas curvas características fornecida pela
fabricante de bomba SPXFLOW SERIE W+ CENTRIFUGAL PUMP (ANEXO 3)

OBS: Como pode ser observado, o sistema B2 tem uma altura manométrica muita
baixa, essa bomba funciona apenas para manter a vazão constante do sistema, logo, a
bomba a utilizar foi escolhida com base na potência requerida pelo sistema, optando-se
pela bomba de menor consumo mas com bom rendimento e capaz de manter a vazão
desejada

40
Dados do sistema B2

H [m] Vazão [m3/h] NPSHdisp [m] Potência [W] DS [in] Dd [in]

1,05 3 10,39 8,46 2 1½

Bomba selecionada para B2– fabricante: SPX FLOW

NPSHreq Pabsorvida Pútil


Rotação Impelidor Rendim.
Modelo
[rpm] [in] [%]
[ft - m] [HP] [W]

W+22/20 1750 3,7 1,32 – 0,41 40 0,5 168,84

Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes

o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US)
o 1 HP = 745,7 W

7.3 Sistema de bombeamento – Bomba B3 (Dosadora)


A bomba B3 é uma dosadora, foi selecionada com base nas curvas características
fornecida pela fabricante DOSAMAX (ANEXO 4)

Dados do sistema B3

H [m] Vazão [m3/h] NPSHdisp [m] Potência [W] PS [bar] Pd [Bar]

18,89 0,05 11,24 2,58 1,0132 3

Bomba selecionada para B3– fabricante: DOSAMAX

Pabsorvida Pútil
Vazão máx Impelidor
Modelo DS [in] Dd [in]
[l/h] [in]
[HP] [W]

DOSAMAX-P 100 3,7 ½ ½ 0,3 220,5

Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes

o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US) 1 HP = 745,7

41
7.4 Sistema de bombeamento – Bomba B4
A bomba B4 foi selecionada com base nas curvas características fornecida pela
fabricante de bomba SPXFLOW SERIE W+ CENTRIFUGAL PUMP (ANEXO 2).

OBS: Como pode ser observado, o sistema B4 tem uma altura manométrica muita
baixa, essa bomba existe opara alimentar a area de processo adjancente ao sistema de
dosagem. Logo, a bomba a utilizar foi escolhida com base na potência requerida pelo
sistema, optando-se por uma bomba de menor consumo mas com bom rendimento e
capaz de manter a vazão desejada.

Dados do sistema B4

H [m] Vazão [m3/h] NPSHdisp [m] Potência [W] DS [in] Dd [in]

3,20 10 33,34 76,32 4 3

Bomba selecionada para B4– fabricante: SPX FLOW

NPSHreq Pabsorvida Pútil


Rotação Impelidor Rendim.
Modelo
[rpm] [in] [%]
[ft - m] [HP] [W]

W+30/80 1750 4,7 10 – 3,04 60 4 1789,68

Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes

o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US)
o 1 HP = 745,7 W

42
8 CONCLUSÕES

O projeto demonstrado será todo dimensionado e calculado para a aplicação de


bombas e podemos concluir que o sistema atenderá a expectativa de fornecer dados
suficientes para o aprendizado na disciplina de máquinas de fluidos como também para o
desenvolvimento de um projeto em alguma unidade fabril de bebidas que utilizam solução de
sais.

43
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATTOS, E. E; FALCO, R. Bombas industriais. 2.ed. Rio de Janeiro: Interciência,


1998.

44
ANEXO 1

45
46
ANEXO 2

47
ANEXO 3

48
ANEXO 4

49

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