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ABDIEL VILANOVA
MASSOXI MANDELA
JERONIMO KULANDISSA
WILLIAM VIEIRA
SILVANO SOUZA
São Leopoldo
2017
ABDIEL VILANOVA
MASSOXI MANDELA
JERONIMO KULANDISSA
WILLIAM VIEIRA
SILVANO SOUZA
Trabalho acadêmico apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel
em Engenharia Mecânica na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
São Leopoldo
Outubro de 2017
RESUMO
2
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de um projeto para determinação e
dimensionamento de bombas em um sistema de dissolução e dosagem de sais para uma linha
de água destilada que será utilizada para produção de bebidas em geral.
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Índice
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7
4
6 CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE
BOMBEAMENTO ................................................................................................................... 25
8 Conclusões ........................................................................................................................ 43
6
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
7
2 SISTEMA DE DISSOLUÇÃO E DOSAGEM DE SAIS EM ÁGUA
DESTILADA
8
Um fator importante nesse projeto é a aplicação de uma bomba dosadora a montante do para o
tanque de dosagem, com precisão no doseamento e com vazões baixas. A proposta seria
utilizar uma bomba dosadora com diafragma que tem curvas bem lineares e que evitam uma
contrapressão na linha que é algo que pode ocorrer se for aplicada uma bomba centrífuga.
Dessa forma o projeto seria definido pelos seguintes itens:
1 bomba centrífuga na saída tanque pulmão água destilada.
1 bomba centrífuga na saída do tanque de dissolução
1 bomba peristáltica ou diafragma na saída do tanque de dosagem
1 bomba centrífuga na saída do tanque pulmão com a solução
Acessórios
o Válvula globo (roscada)
o Válvula borboleta (roscada)
o Válvula controladora de vazão com retenção integrada (roscada)
o Joelhos raio normal 90° (roscado)
o Ts para derivação
Tubos aço inox
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Para o dimensionamento do projeto serão utilizadas todas as informações presente no
fluxograma, tais como, cotas, vazões pré-estabelecidas e pressão em cada tanque.
Figura 2 - Tanque de dissolução com agitadores e tampa de visita para alimentação de sais
Figura 3 - Tanque de dosagem de 200 litros servindo como pulmão para dosagem
Muitos dos sistemas atuais utilizam apenas um tanque de dissolução com agitador e o
mesmo envia para uma linha de água destilada dosando. Esses tipos de sistemas normalmente
apresentam deficiências, tal como;
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● Necessitam da presença exclusiva do operador alimentando o tanque de
dissolução com sais e controlando o volume.
● Grande variação na dose a ser injetada na linha principal por falta de um
regulador de vazão preciso.
No projeto proposto, o sistema teria um tanque de dosagem de 200 litros adicional
fazendo o papel de pulmão e garantindo sempre a solução já dissolvida e dosando a linha com
maior precisão tendo uma válvula peristáltica fazendo esse papel na saída.
O projeto é viável dentro do objetivo principal que é dosar a linha com precisão e
garantindo que o tanque pulmão final de 10000 litros tenha a solução mais homogênea e
dentro dos valores que se espera de quantidade de sal injetado na água destilada. Apesar da
necessidade de uma bomba de maior precisão e mais cara para o tanque de dosagem, o
sistema tem retorno maior na produtividade, pois a solução tem uma dosagem de sais que
atende o produto final com menor percentual de erro na mistura e evitando que o tanque de
pulmão com a solução tenha que passar por um novo processo de dosagem durante o envio
para as enchedoras.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo foram abordadas as noções fundamentais que estão relacionadas com o
comportamento dos fluidos e das máquinas de fluxo, que permitem dimensionar e selecionar
adequadamente uma bomba para o sistema analisado.
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Figura 4 - Comparação entre o escoamento laminar em (a) e o escoamento turbulento em (b) :
Número de Reynolds
Para Re < 2000 o escoamento é considerado laminar, já para Re > 4000 o escoamento é
turbulento.
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3.2 Vazão e velocidade de escoamento
Como visto na seção anterior, para calcular o número de Reynolds é preciso conhecer
a velocidade de escoamento do fluido. Porém, no dimensionamento de bombas, é fornecido
como dado de entrada a vazão volumétrica, quantidade de fluido em volume que passa por
uma tubulação em uma unidade de tempo.
Perda de carga
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A perda de carga distribuída ou normal é originada no trecho reto da tubulação como
resultado do atrito do escoamento com as paredes do duto.
Coeficiente de atrito
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3.4.2 Altura manométrica de descarga
Quantidade de energia que o fluido deve ter, ao sair do flange de descarga da bomba, para que
ele chegue ao seu destino. Pode ser obtida também pela equação de Bernoulli.
A primeira parcela da equação é conhecida como H estático (não varia com a vazão) e
o segundo termo como de fricção (varia com a vazão).
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3.5 Características gerais das bombas
Bombas podem ser definidas como máquinas operatrizes hidráulicas que conferem
energia ao líquido com a finalidade de transportá-lo de um ponto para outro obedecendo às
condições de processo. Elas recebem energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte
desta energia ao fluido na forma de energia de pressão, cinéticas ou ambas. As bombas podem
ser classificadas pela forma como essa energia é cedida ao fluido ou pela sua aplicação.
Para o projeto, será instalada na linha principal bombas centrífugas e para a dosagem,
instalada em dos pontos da linha secundária, será do tipo bomba dosadora com diafragma.
Bombas centrífugas
Devido a diferenças nas pás do impelidor, as bombas centrífugas são divididas em dois
subgrupos: bomba centrífuga radial e bomba centrífuga tipo Francis.
Toda bomba que após uma rotação de seu eixo, desloca um volume fixo de produto,
independentemente das condições de pressão na saída, é uma bomba de deslocamento
positivo, o que não é conseguido nas bombas centrífugas.
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Tais bombas não admitem recirculação interna, ou seja, sempre deslocam fluido da entrada
para a saída. Essas bombas caracterizam-se por trabalhar com baixas vazões e altas pressões e
podem ser utilizadas com fluidos mais espessos (maior viscosidade).
Geralmente elas são classificadas em dois grupos: bombas alternativas e bombas rotativas.
Esta curva é usualmente feita pelo fabricante da bomba e usando água como o líquido
de bombeamento.
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Figura 8 - curva característica da bomba Modelo +20/20 série W+ para diferentes diâmetros de impelidor
É a potência que a bomba exige do motor, para que ela consiga fornecer a carga
necessária ao sistema. Pode-se calcular está potência através da equação abaixo:
Figura 9 - curva de potência absorvida, bomba Modelo +20/20 série W+ para diferentes diâmetros de
impelidor
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3.5.3 Curva de rendimento da bomba
Como visto anteriormente, o rendimento da bomba é a razão entre a potência útil que a
bomba cede ao fluido e a potência absorvida do motor. Este rendimento é na realidade o
produto dos três rendimentos da bomba, referentes às três fontes de perdas de energia:
volumétrico, mecânico e hidráulico.
O NPSH disponível representa a energia absoluta por unidade de peso que o fluido
possui, ao chegar ao flange de sucção da bomba, além da energia de pressão correspondente à
pressão de vapor. Pode ser calculado através da equação abaixo:
Por outro lado, o NPSH requerido é a energia por unidade de peso que o líquido deve
ter no flange de sucção para suportar a operação da bomba sem atingir sua pressão de vapor.
Este parâmetro indica a energia necessária no reservatório de sucção para que o fluido não
entre na zona de cavitação. Dependendo apenas das características da bomba, este parâmetro
deve ser fornecido pelo fabricante.
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Figura 10 - Curva genérica de NPSH requerido da bomba e disponível do sistema em função da vazão
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4 CRITÉRIOS USADOS PARA OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS DE
OPERAÇÃO DO PROJETO
Os parâmetros de operação do projeto foram obtidos com base nos critérios abordados
abaixo:
Critérios de cálculos
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Figura 13 - velocidade recomendada para sucção de acordo ao diâmetro da tubulação
Optou-se pela utilização de três fabricantes de bombas distintos. Tal escolha deveu-se
pelo facto de que alguns apresentarem modelos de bombas com maior eficiência e menor
custo.
Para bombas centrífugas foram selecionadas com bases nos critérios aprendidos em
aula, isto é
Vazão de bombeamento
Altura manométrica (H), N
NPSHdisp ,
Potência requerida pelo sistema
O critério de seleção da bomba dosadora é diferente das demais pelo fato que ela não
opera da mesma forma que uma bomba centrífuga. Para sua seleção teve-se em conta:
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● A pressão e vazão no flange de sucção;
● A pressão e vazão no flange de descarga;
● A potência da bomba em W.
● Tubulação principal
Uma bomba centrífuga
Vazão: 10m³/h.
Comprimento total: 6 mm
● Tubulação secundária
Duas bombas (centrífuga e peristáltica)
Bomba centrífuga
Vazão: 3m3/h
Comprimento total:
Bomba peristáltica
Vazão: 0,05m3/h
Comprimento total:
● Tubulação após tanque pulmão
Uma bomba centrífuga
Vazão: 10m3/h
Comprimento total:
● Temperatura da água destilada: 20°C
● Quantidade e tipo de acessórios conforme disposto no fluxograma
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6 CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO DOS SISTEMAS
DE BOMBEAMENTO
= = 92,155 mm
25
= 0,0030
= 62,131 mm
(Completamente turbulento)
26
6.1.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga
Quant. K Ff K_ real
Joelhos - raio normal 3 0,36 1 1,08
Válvula Borboleta 1 45 0,021 0,945
T 1 1 1 1
Misturador 1 1 1 1
Válvula de retenção – VRT 1 2 1 2
Entrada do reservatório normal 1 1 1 1
K total 7,025
(Completamente turbulento)
A energia por unidades de peso que o sistema irá solicitar para a Bomba B1 em função
da vazão é dada por:
27
A potência requerida pelo sistema é dada por:
28
6.2 Sistema de bombeamento 2 – Bomba B2
O sistema de bombeamento 2 localiza-se a montante do tanque de dissolução de sais
= 0,5 m/s
= 0,002
= 50,475 mm
= 1 m/s
= 0,001
29
= 35,691 mm
Dd (padronizado) = 1 ½ in = 40,8 mm
(Completamente turbulento)
30
6.2.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga
(Completamente turbulento)
A energia por unidades de peso que o sistema irá solicitar para a Bomba 2 em função
da vazão é dada por:
31
A potência requerida pelo sistema é dada por:
= 0,5 m/s
32
= = 6,516 mm
Ds (padronizado) = ½ in = 10,4 mm
= 1 m/s
= 0,000017 = 10,4 mm
Dd (padronizado) = ½ in = 10,4 mm
33
6.3.3 Cálculo da perda de carga na tubulação de sucção
Acessório Quant. k Ff K real
Joelho - raio longo 1 0,31 1 0,31
Válvula borboleta 1 45 0,019 0,855
Saída do reservatório arredondada 1 0,5 1 0,5
Ktotal 1,665
(Completamente laminar)
Quant. K Ff K_ real
Joelhos - raio normal 1 2 1 2
Válvula Globo 1 13 1 13
Ts 1 1 1 1
Válvula de retenção - VRT 1 2 1 2
Entrada do reservatório normal 1 1 1 1
K total 19
34
= 2016,21 (Completamente laminar)
35
6.4 Sistema de bombeamento 4 - Bomba B4
O sistema de bombeamento 4 localiza-se a montante do tanque pulmão 2.
Sucção 300.000 1 3
10 0,0033
Descarga 300;000 6 6
= = 92,155 mm
36
= 1,1 m/s
= 0,0030 = 62,131 mm
(Completamente turbulento)
37
6.4.4 Cálculo da perda de carga na tubulação na descarga
Quant. K Ff K_ real
Joelhos - raio normal 3 0,36 1 1,08
Válvula Borboleta 1 45 0,021 0,945
Válvula de retenção - VRT 1 2 1 2
K total 4,025
(Completamente turbulento)
A energia por unidades de peso que o sistema irá solicitar para a Bomba B4 em função
da vazão é dada por:
38
A potência requerida pelo sistema é dada por:
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7 SELEÇÃO DAS BOMBAS
Com base nos catálogos dos fabricantes, fez-se a seleção para todos os sistemas de
bombeamento presente no projeto.
Dados do sistema B1
Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes
o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US)
o 1 HP = 745,7 W
OBS: Como pode ser observado, o sistema B2 tem uma altura manométrica muita
baixa, essa bomba funciona apenas para manter a vazão constante do sistema, logo, a
bomba a utilizar foi escolhida com base na potência requerida pelo sistema, optando-se
pela bomba de menor consumo mas com bom rendimento e capaz de manter a vazão
desejada
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Dados do sistema B2
Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes
o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US)
o 1 HP = 745,7 W
Dados do sistema B3
Pabsorvida Pútil
Vazão máx Impelidor
Modelo DS [in] Dd [in]
[l/h] [in]
[HP] [W]
Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes
o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US) 1 HP = 745,7
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7.4 Sistema de bombeamento – Bomba B4
A bomba B4 foi selecionada com base nas curvas características fornecida pela
fabricante de bomba SPXFLOW SERIE W+ CENTRIFUGAL PUMP (ANEXO 2).
OBS: Como pode ser observado, o sistema B4 tem uma altura manométrica muita
baixa, essa bomba existe opara alimentar a area de processo adjancente ao sistema de
dosagem. Logo, a bomba a utilizar foi escolhida com base na potência requerida pelo
sistema, optando-se por uma bomba de menor consumo mas com bom rendimento e
capaz de manter a vazão desejada.
Dados do sistema B4
Fator de conversão para obtenção de dados apartir das curvas dos fabricantes
o 1 m = 3,28 ft
o 1 bar = 100.000 Pa
o 1 m3/h = 4,40 m gmp(US)
o 1 HP = 745,7 W
42
8 CONCLUSÕES
43
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
44
ANEXO 1
45
46
ANEXO 2
47
ANEXO 3
48
ANEXO 4
49