Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
3
LISTA DE ABREVIATURAS
4
SAJ Sectores de Administração Judicial
SISTAFE Sistema de Administração Financeira do Estado
TIP Tratamento Intermitente Presuntivo
Ton Toneladas
USD Dólar norte-americano
WEO World Economic Outlook
5
RESOLUÇÃO
CONSELHO DE MINISTROS
RESOLUÇÃO NO_________/2018
DE_________ DE_________
Publique-se
O Primeiro-Ministro
6
SUMÁRIO EXECUTIVO
2. O CFMP visa (i) delinear o contexto económico em que o Orçamento do Estado (OE)
para 2019 estará inserido, (ii) explicar a Política Fiscal no contexto das perspectivas
macro económicas e (iii) propor a estrutura de afectação de recursos para os próximos 3
anos, objectivando o cumprimento das metas revistas do Programa Quinquenal do
Governo (PQG) 2015-2019 por forma a alavancar a economia nacional.
10. Neste contexto, o Governo irá, a médio prazo, envidar esforços no sentido de assegurar
maior racionalização das despesas de funcionamento e maior focalização dos
investimentos públicos em projectos de maior impacto económico e social.
8
I. INTRODUÇÃO
11. A gestão prudente da política macroeconómica e das finanças públicas com vista a
assegurar a estabilidade macroeconómica, exige uma programação eficiente de médio
prazo com base na conjugação da evolução dos principais indicadores
macroeconómicos1 nacionais e internacionais.
13. Este instrumento apresenta como objectivos: (i) Destacar as grandes linhas da política e
da estratégia do Governo, que são detalhadas e operacionalizadas pelo OE e PES; (ii)
Definir recursos e despesa pública no médio prazo; (iii) Fixar limites indicativos de
programação para a elaboração do Orçamento anual; (iv) Escolher e ajustar as opções
estratégicas mais adequadas tendo em conta a conjuntura e aspectos estruturais;
15. Os Resultados (BMPQG) 2015-2019 dos primeiros dois (2) anos de implementação
mostram que, tanto os indicadores macroeconómicos como os 89 indicadores de
desempenho situaram-se fora dos parâmetros previstos no PQG:
1
PIB, Inflação, Taxa de câmbio e Taxa de Juro
9
relação a meta de 1 dígito definido no PQG, e para o próximo ano (2019) espera-
se uma de redução para 6.5%.
Dos 89 indicadores de desempenho do BMPGQ 2015-2019, (i) 38.2% apresentam
um bom progresso, indicando que as suas metas poderão ser atingidas, (ii) 21.3%
registaram um desempenho razoável, havendo potencialidades para o seu
cumprimento, e (iii) 40.4 % apresentam uma realização baixa (inferior a 20%),
podendo representar um risco de incumprimento.
16. No entanto, foram identificadas acções sectoriais prioritárias para o cumprimento das
metas do PQG e o esforço financeiro necessário para a sua implementação. Foi este o
âmbito de programação do presente CFMP, visando assegurar maior racionalização das
despesas de funcionamento, e dar maior primazia a despesas de investimento
priorizando os projectos com maior impacto económico e social.
17. O presente documento está estruturado em sete (7) capítulos nomeadamente: (i)
Introdução; (ii) Perspectivas Macroeconómicas no Médio Prazo Internacional e Nacional;
(iii) Objectivo Macro Fiscal e a Política Fiscal no Médio Prazo; (iv) Perspectivas das
Receitas e Despesas; (v) Afectação de Recursos; (vi) Dívida Pública e (vii) Riscos Macro
Fiscais.
10
II. PERSPECTIVAS DA ECONOMIA INTERNACIONAL
18. As previsões do World Economic Outlook (WEO) do FMI para as principais economias
mundiais, actualizada em Outubro de 2018, indicam que a actividade económica global
continuará firme para o presente ano de 2018, e espera-se que se mantenha o forte
impulso experimentado em 2017. As projecções para 2018 e 2019 foram mantidas em
3.9% (após a revisão de Julho), e continuarão sendo impulsionadas pelo fortalecimento
do comércio e pelo estímulo fiscal norte-americano.
19. Para os anos de 2020 e 2021, prevê-se um declínio gradual do crescimento global de 3.7
para 3.8%, justificado pela manutenção do crescimento das economias avançadas em
linha com o seu crescimento potencial modesto, como resultado do fenómeno do
envelhecimento da população e a baixa produtividade, enquanto, nas economias
emergentes prevê-se uma estabilização nos níveis actuais de crescimento dado que
enfrentarão perspectivas difíceis nos próximos 5 anos para aumentar a sua renda per
capita, sobre tudo para países exportadores de commodities no Médio Oriente, África
Subsaariana, América Latina e Caribe.
20. A nova actualização, segundo o FMI, reflecte a expectativa de condições financeiras mais
favoráveis ao nível internacional, o que motivará a manutenção da recente aceleração da
procura, com o destaque para o investimento, com impacto notável nas economias com
grandes exportações.
21. Analisando a tendência (gráfico 1), a elevação da actividade global será influenciada pelo
crescimento das economias emergentes e da África Subsahariana.
22. Para as economias avançadas, prevê-se o crescimento de 2.4%, comparados com 2.3%
de 2017 e 2.1% previstos para 2019, e desacelere de forma generalizada nos próximos
anos para 1.7% até 2021. Esta desaceleração, segundo o FMI, reflecte os efeitos da
normalização da política monetária, enfraquecimento da reforma fiscal dos E.U.A e o
abrandamento da China.
11
Gráfico 1: Crescimento Económico Mundial
4,9 4,9
4,7 4,7 4,7
3,8 3,9 3,9
2,7 3,1
2,3 2,4 2,1
1,7 1,7
3,7 3,7 3,7 3,6
3,7
24. Na África Subsahariana, espera-se uma elevação do crescimento de 3.1% em 2018 para
3.8% em 2019. O ritmo moderado da expansão da economia, segundo o Banco Mundial,
reflecte a retoma gradual das três principais economias da região (Nigéria, Angola e
África do Sul). Para o FMI, a recuperação nos preços das commodities deve contribuir
para a expansão económica da região. Nos restantes, a actividade económica irá
aumentar em alguns países exportadores de metais, à medida que a produção mineira e
o investimento continuarem a crescer.
25. Embora as projecções económicas mundiais estejam em alta, existem, elementos que,
tanto o FMI como o Banco Mundial, consideram que tendem a frear este crescimento
global, destacando no geral:
(i) Estagnação do comércio mundial, sobretudo pelo proteccionismo dos E.U.A e da
China;
(ii) Ajustamento dos exportadores de commodities decorrente do declínio dos termos
de troca;
(iii) Riscos de crises nos mercados financeiros,
12
(iv) O aumento de incertezas quanto às políticas globais;
(v) Tensões geopolíticas com destaque no Médio Oriente e no leste de Ásia; e
(vi) Problemas demográficos nos países em desenvolvimento;
Em Percentagem
27. Com os cortes de impostos previstos para os próximos anos nos E.U. A, espera-se que
estimule o consumo, segundo FMI, e com impacto não apenas na produção dos EUA e de
outros países exportadores (China, Alemanha).
28. De acordo com as projecções da FAO para 2017-2026, espera-se que o preço do arroz
reduza em 1.0% por ano enquanto o trigo apresente um crescimento limitado do preço
13
real em menos de 1.0%. Para o preço internacional do trigo prevê-se uma tendência
moderadamente crescente, alcançando USD 212.5/t em 2021. Enquanto que, para o
preço do arroz projecta-se que permaneça sob pressão no curto prazo, reflectindo a
lenta demanda de importação. A médio prazo espera-se que os preços em termos
nominais recuperem lentamente, sustentados pela demanda crescente de países da
África, Ásia e Oriente próximo, chegando a USD 483.1/t em 2021.
Fonte: OECD-FAO, Agricultural Outlook 2017-2026,2017 Fonte: FMI, WEO, Outubro 2018
30. Os preços do carvão poderão entrar em retracção em 2018, após o aumento de quase 30%
em 2017, segundo o Banco Mundial. Segundo os dados do FMI os preços do carvão
sofreram uma queda em 2018 (USD 78.8) e apontam para uma redução em 2019 para
74.0 atingindo USD 71.1 em 2021. As previsões indicam que as políticas ambientais da
China serão um factor determinante nas futuras tendências dos mercados de carvão.
Enquanto o aumento dos preços dos metais poderá ficar estabilizado no próximo ano.
14
2.2.3. Inflação Mundial
31. Com a recuperação dos preços das principais commodities com destaque para o petróleo,
espera-se um ritmo maior do aumento das taxas de inflação nas economias avançadas e
nas economias emergentes e em desenvolvimento.
12,0 11,0
10,0 8,6 8,5
7,8 7,9
8,0
6,0 5,0 5,2
4,3 4,6 4,3
3,8 3,8 3,6 3,4
4,0 3,2
1,7 2,0 1,9 2,0 2,0
2,0
0,0
2017 2018 2019 2020 2021
Mundo Economias Avançadas
Economias Emergentes e em Desenvolvimento Africa-Subsahariana
32. Para o grupo de economias avançadas, espera-se se uma inflação de 2.0% em 2018
(E.U.A, Zona Euro, Japão) reflectindo a contínua recuperação cíclica da procura e o
aumento do preço das commodities desde a segunda metade de 2016. E perspectiva-se
que a médio prazo venha a estabilizar-se em torno de 1.9%.
15
2.3. PERSPECTIVA DA ECONOMIA NACIONAL
35. Os resultados finais do PIB de 2017 (3.7%), apresentam uma ligeira desaceleração
quando comparado com o ano anterior de 2016 (3.8%). Esta desaceleração é explicada
pelo baixo desempenho de alguns sectores, como é o caso da construção (1.1% para -
4.6%), Electricidade e Gás (0.3% para -11.0%), e Comércio (3.4% para 2.2%) conforme
apresenta a tabela 3.
36. As perspectivas do Plano Económico e Social (PES) para 2018, indicam um crescimento
da economia em 5.3% do PIB, no entanto, os resultados do crescimento de 2017 (3.7%)
e os planos de produção dos sectores conduziram a uma revisão em baixa do
crescimento inicialmente previsto para 2018 de 5.3% para 4.1%.
1 000 000
4,1 4,0
3,8
1 248 434,0
1 120 234
1 031 886
3,0
991 655
950 666
600 000
875 261
808 815
808 815
689 616
689 616
689 213
689 213
2,0
400 000
200 000 1,0
- -
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
PIB Nominal ( Milhões de Mt) com 4,1% PIB Nominal ( Milhões de Mt) - 5,3%
16
37. No médio prazo, espera-se que a economia apresente um crescimento médio de 5.3%
para o período do CFMP 2019-2021, como resultado de uma consolidação fiscal gradual,
associada com a consolidação dos preços do carvão, alumínio e gás, a recuperação após o
el Niño na agricultura e os progressos das conversações de paz no País.
38. Considerando o cenário com o crescimento moderado, espera-se que em 2018 o PIB
alcance 4.1%, e que durante o período 2019–2021 atinja uma média de 5.3%. O aumento
na produção de carvão e a recuperação da agricultura contribuirão para a dinamização
da actividade económica. Enquanto os investimentos e o consumo privado, em um
ambiente de consolidação fiscal, permanecerão contidos.
17
Tabela 3: Taxa de Crescimento dos Sectores
40. Agricultura: As projecções indicam que o sector agrário irá crescer em 5,5%, em 2019,
representando um crescimento em 1,1% em relação a previsão de 4,4% para 2018. Vai
contribuir para este crescimento a previsão do crescimento na produção de cereais e
raízes e tubérculos com 12% e 13% respectivamente, como resultado dos investimentos
a serem feitos na continuidade da provisão de sementes melhoradas e assistência
técnica aos produtores e actores do sector agrário.
42. Construção: Neste sector, espera-se um crescimento de 3,5%, que resultará dos
investimentos a serem realizados na construção e reabilitação das infra-estruturas
públicas e privadas.
18
43. Electricidade Gás e Água: em 2019 a produção de energia eléctrica irá registar um
ligeiro crescimento de 2,0% quando comparada com as previsões para 2018. O nível
limitado de crescimento justifica-se pelo facto de a HCB estar a produzir a níveis baixos
resultantes da crise hidrológica que se tem registado ao longo dos últimos dois anos.
44. Transporte e Armazenagem: Projecta-se na área de Transportes um crescimento de
2,8%, como resultado de investimentos nos ramos Ferroviário (15,6%), Rodoviário
(7,5%), Comunicações (6.8%) e Aéreo (5,6%).
45. Educação: Em 2019, prevê-se que este sector cresça em 5,0%, impulsionado pelo
aumento dos efectivos escolares em todos os níveis de ensino, pelos investimentos na
construção de escolas e salas de aulas em todos os níveis de ensino público e pela
distribuição massiva de carteiras escolares com vista a melhorar as condições de ensino
e apredizagem.
46. Saúde e Acção Social: Em 2019, as estimativas deste sector apontam para um
crescimento do PIB de 4,7%, a ser influenciado pelo aumento do atendimento nas
consultas externas, nos partos institucionais e nos internamentos, assim como pelo
incremento do número de beneficiários dos programas de protecção social (crianças,
pessoas idosas, pessoas com deficiência e mulheres chefes de agregado familiar) dos
diversos programas de protecção social para cerca de 608 mil agregados familiares, dos
quais:
Cerca de 445 mil, integrados no Programa de Subsídio Social Básico;
33 mil no Programa de Apoio Social Directo;
7 mil em Programa de Serviços Sociais de Acção Social;
121 mil no Programa de Acção Social Produtiva; e
2 mil no Programa de Serviço de Acção Social
2.3.1.2 Inflação
47. Em 2017, a inflação média anual registou em alta em cerca de 15.1% (uma redução de
4.8pp comparativamente a 2016). Espera-se que esta tendência de queda venha a
verificar-se no período de 2018 a 2021 (11.9%) e (5.6%) respectivamente, como
19
resultado do reforço de coordenação de políticas monetária e fiscal, conjugado com o
aumento das exportações com destaque para o carvão e alumínio.
48. Estima-se uma inflação média anual moderada, ao longo do período, e dentro da meta de
6.5–6.0%. Uma política monetária restritiva, aliada aos esforços de consolidação fiscal
irão conter os preços internos.
25
19,9
20
Inflação (%)
15 15,1
11,9
10
6,5 6,5
6,7
5 5,6
3,6 5,7 5,6
0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Inflação Média Anual (4.1%) Inflacao Média Anual (4.7%)
49. Os dados mais recentes sugerem que a inflação permanecerá na ordem de um dígito,
embora com algumas pressões de preço dos combustíveis.
50. As mudanças no IPC têm um padrão cíclico, com aumentos em Outubro e reduções em
Fevereiro/Março, sugerindo que o período de safra (Junho a Agosto) e a época festiva
impactam a inflação.
51. A aplicação de reajustes mensais históricos médios aos demais meses de 2018 sugere
que a inflação média registre 6,8% em 2018. A inflação de alimentos, que contribui para
um terço da inflação global, diminuiu acentuadamente no segundo semestre de 2017 (16,
2% em Julho contra 5,6% em Dezembro); e foi negativo nos 2 meses de 2018. Com os
itens comercializáveis representando cerca de 40% da cesta de IPCs, a estabilidade do
metical em relação às principais moedas de negociação cria expectativa de aliviar os
preços.
20
52. As perspectivas de médio prazo assentam no restabelecimento da estabilidade
macroeconómica, na recuperação gradual do crescimento da economia através da
criação de condições para o aumento e diversificação da base produtiva (investimento
público e privado), maior abertura do crédito para a economia, e contenção da taxa de
inflação abaixo de dois dígitos.
53. A Política Fiscal continuará com o princípio da consolidação fiscal e estará direccionada
para: (i) melhoria da arrecadação da receita interna (apostando na implementação de
reformas de Política Tributária (PT) e de modernização da administração e de
procedimentos na cobrança de receitas); (ii) a racionalização da despesa pública e, (iii)
priorização de alocação de recursos, por forma a corrigir gradualmente os desequilíbrios
fiscais.
54. No próximo triénio, a Política Fiscal será conduzida com vista a reestabelecer a
estabilidade macroeconómica e a recuperação gradual do crescimento económico
através da contenção do défice fiscal em 8.9 % do PIB em 2019.
21
57. O princípio de consolidação fiscal está sendo orientada para a sustentabilidade da
despesa pública e melhoria da arrecadação da receita interna, dentre outros, estando
estabelecidas como medidas de racionalização e aumento. Com base na tabela 5, pode-se
verificar que acções estão a ser implementadas e que terão impacto no período do CFMP
2019-2021.
22
Tabela nº3 Algumas Medidas de Política Orçamental
Receita Despesa
Limitação das admissões de novos funcionários para
Implementação do Código do Imposto sobre o
administração pública, privilegiando a mobilidade de
Consumo Específico (ICE), visando promover a
quadros, com excepção educação (Professores
saúde pública, protecção ambiental e promoção da
primários), Saúde (enfermeiros) e Agricultura
industrialização local;
(extensionistas);
Implementação da Pauta Aduaneira, visando
Contenção da rubrica "Outras Despesas com Pessoal "
promover a indústria nacional com destaque para
através da racionalização das deslocações em missão de
a Pesqueira, a Gráfica, de Cimento, Energética e
serviço;
Têxtil;
Introdução da Taxa de Serviços de marcação de Contenção da rúbrica " Bens e Serviços ", com
combustíveis para melhor controlo da utilização particular enfoque para os gastos com arrendamento do
interna de combustível e das Reexportações; imóvel, combustíveis e comunicações;
Arrendamento de imóveis por conta do Estado:
(i) Para habitação o pagamento da renda não deve
Implementação dos Novos Regimes específicos de exceder periodo de 12 meses e o valor maximo
Tributação e Beneficíos fiscais das operações 120.000,00Mt;
petrolíferas e da actividade mineira; (ii) Para Instalação e funcionamento de serviços de
administração pública não deve exceder o valor de
1.800,00Mt/m^2
Prosseguimento do processo de introdução da
Subsídio de renda de casa fixado em 30% sobre o
venda à dinheiro eletrónica (Máquinas Fiscais) em
vencimento base do beneficiário com direito a habitação
substituição gradual do tradicional talão de vendas,
por conta do Estado
emitido por máquinas registradoras;
Combustivel para viaturas de afectação individual, fixado
em:
Consolidação da da medida de selagem de bebidas
(i) 5.000,00Mt mensais para dirigentes superiores do
e tobaco manufacturado com impacto na redução
Estado;
dos níveis de desvios e contrabando.
(ii) 2.000,00Mt mensais para os demais beneficiários
deste direito.
Adiamento de projectos de : (i) apoio institucional
administrativo; (ii) reabilitação e de construção de
edificios público;(iii) investimento novos e não
iniciados e (iv)acções deapetrechamento ;
Racionalização de seminários, reuniões sectoriais
incluindo o acolhimento de eventos sectoriais.
Reestruturação de fundos e institutos publicos, visando a
racionalização de custos e maximização de sua utilidade
Assegurar a sustentabilidade da divida pública através da
Gestão rigorosa e resstruturação
Focalização da afectação de recursos de investimento
público para as acções estratégicas que assegurem a
dinamização da economia
58. Os indicadores de Política Fiscal (PF) são de capital importância, pois, aumenta a
credibilidade dos agentes económicos e de mercado, bem como abre espaço para
definição de uma política fiscal articulada aos objectivos de Governo.
59. As projecções dos indicadores de PF, são apresentadas com base em 2 cenários distintos
(Cenário 1: Recuperação do Crescimento e Cenário 2: Crescimento Moderado), conforme
a tabela 6.
23
60. Através da tabela 6, olhando para o cenário 2, verifica-se que as Receitas do Estado
crescem em termos reais de 2018 para 2019 e continuam a crescer mas a ritmos
decrescentes nos anos subsequentes. Enquanto as despesas correntes apresentam uma
tendência decrescente, a médio prazo. No entanto estes dados mostram que o Estado
poderá arrecadar receita suficiente para realizar as suas despesas correntes.
61. O Saldo Primário é definido como a diferença entre a receita e despesa excluindo os
juros, ou é o saldo global subtraindo os juros. Este indicador mostra quanto o governo
conseguiu ou não economizar ao longo de um período, com vista ao pagamento de juros
sobre a sua divida.
62. De acordo com o primeiro cenário pode-se depreender que o saldo primário mostra-se
positivo a partir de 2019, em relação ao PIB, com uma tendência a aumentar. No entanto,
embora o Saldo Primário se mostre positivo, a poupança efectuada não será suficiente
para fazer face ao pagamento dos juros e implicará numa despesa maior em cada ano,
pois os juros não pagos serão somados ao valor seguinte a ser pago.
24
Tabela 6: Principais Indicadores de Politica Fiscal
63. O cenário moderado (4.7% para 2019) pressupõe que as medidas de consolidação fiscal
poderão melhorar o saldo primário gradualmente de -2.7% em 2018 para 0.4% em 2019.
65. Os gastos com os juros e encargos da dívida são superiores, em cada ano, aos valores
obtidos no saldo primário. E isto indica que a dívida pública tenderá a crescer, na
medida em que os juros não pagos serão somados aos valores da dívida anterior. Sendo
25
superior o valor dos juros ao resultado primário significando que estão a ser pagos por
refinanciamento, o que provoca o aumento da dívida.
68. O CFMP faz a projecção das despesas em função dos recursos disponíveis para cada ano
do período. Deste modo, surge a necessidade da sua actualização anual, dado que a
disponibilidade de recursos é dinâmica e sensível a mudanças que ocorram no ambiente
político, económico e social, quer seja a nível nacional ou internacional (sobretudo nos
países parceiros).
69. A tabela 7 abaixo, mostra o montante de Recursos Internos e Externos e a sua projecção
no período 2019–2021. E pode-se verificar que o total de recursos programados entre
2019 e 2021, passou de 340.414,7 milhões de meticais para 417.862,7 milhões de
meticais, que representam em média 33% do PIB. Os Recursos Internos para 2019
representam 26.3% do PIB, um aumento de 1.9pp, comparativamente a 2018. E os
Recursos Externos representam 7% do PIB, um aumento de 0.9pp, comparativamente a
2018.
70. Nos recursos internos, as Receitas do Estado na componente (receitas fiscais) continuam
a ser a maior fonte de receita entre 2019 e 2021, com o peso médio de 80.1% do total
conjunto das receitas. E neste período será impulsionada pela continuidade de reformas
26
fiscais e melhoria dos procedimentos de cobrança de receitas, como a fiscalização da
selagem de bebidas e tabaco manufacturado, bem como de mercadorias nos
estabelecimentos comerciais, que influenciará numa maior arrecadação dos grandes
impostos (IVA, IRPC, IRPS, ICE, Imposto sobre a produção de minas e petróleo).
2017 2018 2018 2019 2020 2021 2017 2018 2019 2020 2021
Em Milhões de Meticias
REO Lei Projecçao Em % do PIB
1. Receitas fiscais 172,872.3 186,796.8 167,135.4 206,355.9 226,683.8 249,112.6 18.8% 18.8% 20.2% 20.0% 19.6%
Impostos sobre Rendimentos 97,578.8 81,309.0 82,022.1 102,100.9 110,025.4 120,547.0 10.6% 8.2% 10.0% 9.7% 9.5%
IRPS 29,664.6 35,376.9 36,219.4 35,881.1 45,188.4 49,828.4 3.2% 3.6% 3.5% 4.0% 3.9%
IRPC 66,944.9 44,312.4 45,393.0 65,525.8 63,973.0 69,673.0 7.3% 4.5% 6.4% 5.6% 5.5%
Imposto especial sobre o Jogo 969.2 1,619.7 409.7 694.0 864.0 1,045.7 0.1% 0.2% 0.1% 0.1% 0.1%
Impostos sobre Bens e Serviços 68,466.4 96,389.2 76,869.6 95,942.2 107,945.7 116,764.9 7.4% 9.7% 9.4% 9.5% 9.2%
Outros Impostos 6,827.0 9,098.5 8,243.7 8,312.7 8,712.7 11,800.7 0.7% 0.9% 0.8% 0.8% 0.9%
2. Receitas não fiscais 4,446.8 9,578.8 10,585.0 5,703.6 7,735.0 8,715.0 0.5% 1.0% 0.6% 0.7% 0.7%
3. Receitas consignadas 15,478.3 14,274.2 13,131.2 17,462.3 18,431.2 21,331.2 1.7% 1.4% 1.7% 1.6% 1.7%
4. Receitas Próprias 4,326.8 7,772.1 5,610.1 6,800.9 9,450.1 11,450.1 0.5% 0.8% 0.7% 0.8% 0.9%
5. Receitas de Capital 16,098.8 4,437.7 4,926.6 13,179.3 7,423.8 8,993.8 1.7% 0.4% 1.3% 0.7% 0.7%
6. Total Receitas Correntes (1+2+3+4) 197,124.1 218,421.9 196,461.8 236,322.7 262,300.2 290,609.0 21.4% 22.0% 23.1% 23.1% 22.9%
7. Total Receita do Estado (5+6) 213,222.9 222,859.7 201,388.4 249,502.0 269,724.0 299,602.8 23.1% 22.5% 24.4% 23.8% 23.6%
8. Credito Interno 21,199.7 19,203.3 18,634.3 19,447.3 24,528.2 19,354.6 2.3% 1.9% 1.9% 2.2% 1.5%
9. Donativo Interno 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
10. Total Recursos Internos (7+8+9) 234,422.6 242,063.0 220,022.6 268,949.3 294,252.1 318,957.4 25.4% 24.4% 26.3% 25.9% 25.1%
11. Donativos Externos 16,302.1 17,372.7 11,586.1 27,740.5 17,782.9 17,202.9 1.8% 1.8% 2.7% 1.6% 1.4%
Projectos de Investimento 8,874.0 12,511.2 10,401.4 23,227.1 16,627.2 16,127.2 1.0% 1.3% 2.3% 1.5% 1.3%
Programas Especiais 7,428.1 4,861.5 1,184.8 4,513.5 1,155.8 1,075.8 0.8% 0.5% 0.4% 0.1% 0.1%
Contravalores (Apoio ao Orçamento) 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
12. Crédito Externo 43,359.7 43,492.5 39,135.1 43,724.9 69,366.1 81,702.3 4.7% 4.4% 4.3% 6.1% 6.4%
Projectos de Investimento 17,760.8 30,337.9 10,635.1 34,561.6 32,115.1 38,550.1 1.9% 3.1% 3.4% 2.8% 3.0%
Contravalores 25,598.9 13,154.6 28,500.0 9,163.3 37,251.0 43,152.3 2.8% 1.3% 0.9% 3.3% 3.4%
Apoio Directo ao Orçamento 482.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
Acordos de Retrocessão 25,116.2 13,154.6 28,500.0 9,163.3 37,251.0 43,152.3 2.7% 1.3% 0.9% 3.3% 3.4%
13. Total Recursos Externos (11+12) 59,661.8 60,865.2 50,721.2 71,465.5 87,149.0 98,905.3 6.5% 6.1% 7.0% 7.7% 7.8%
14. Total de Recursos (10+13) 294,084.4 302,928.1 270,743.8 340,414.7 381,401.2 417,862.7 31.9% 30.5% 33.3% 33.6% 32.9%
Fonte:Mapa Fiscal, 2017/ 2018
27
Tabela 8: Projecção das Despesas
Em Milhões de Meticias 2017 2018 2018 2019 2020 2021 2017 2018 2019 2020 2021
73. As despesas de bens e serviços irão registar uma redução de 0.1pp do PIB entre 2019 e
2021. Esta tendência poderá mostrar o efeito das medidas de contenção sobretudo para
as despesas com combustíveis, comunicações e passagens aéreas para dentro e fora do
país.
28
74. Com a actual conjuntura económica, caracterizada por níveis insustentáveis da dívida
pública, espera-se um ritmo crescente dos juros da dívida de 3,6% e 4,0% do PIB entre
2019 e 2020, registando um abrandamento para 3.5% em 2021.
75. Em termos de investimento prevê-se que haja uma tendência crescente, variando de 5.5%
do PIB em 2019 para 7.9%do PIB em 2021.
2017 2018 2019 2020 2021 2017 2018 2019 2020 2021
Em Milhões de Meticias
REO Lei Projecção Em % do PIB
Total de Recursos 294,084.4 302,928.1 340,414.7 359,401.2 392,862.7 36.4% 30.5% 33.3% 31.7% 31.0%
Recursos Internos 234,422.6 242,063.0 268,949.3 294,252.1 318,957.4 29.0% 24.4% 26.3% 25.9% 25.1%
Receita do Estado 213,222.9 222,859.7 249,502.0 269,724.0 299,602.8 26.4% 22.5% 24.4% 23.8% 23.6%
Credito Interno 21,199.7 19,203.3 19,447.3 24,528.2 19,354.6 2.6% 1.9% 1.9% 2.2% 1.5%
Donativo Interno - - - - - 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
Recursos Externos 59,661.8 60,865.2 71,465.5 87,149.0 98,905.3 7.4% 6.1% 7.0% 7.7% 7.8%
Donativos 16,302.1 17,372.7 27,740.5 17,782.9 17,202.9 2.0% 1.8% 2.7% 1.6% 1.4%
Credito Externo 43,359.7 43,492.5 43,724.9 69,366.1 81,702.3 5.4% 4.4% 4.3% 6.1% 6.4%
Total de Despesas incl. Ope. Financ. 250,513.6 302,928.1 340,414.7 351,087.6 384,799.1 31.0% 30.5% 33.3% 30.9% 30.3%
Despesas de Funcionamento 148,724.4 184,037.1 196,592.6 220,115.1 236,466.6 18.4% 18.6% 19.3% 19.4% 18.6%
Despesas de Investimento 57,136.5 81,405.3 102,320.1 70,674.4 80,439.5 7.1% 8.2% 10.0% 6.2% 6.3%
Investimento Interno 23,073.6 33,694.7 40,017.9 29,090.0 32,750.1 2.9% 3.4% 3.9% 2.6% 2.6%
Investimento externo 34,062.9 47,710.6 62,302.1 41,584.4 47,689.4 4.2% 4.8% 6.1% 3.7% 3.8%
Operações Financeiras 44,652.8 37,485.8 41,502.0 82,298.1 92,893.0 5.5% 3.8% 4.1% 7.2% 7.3%
Fonte: Mapa Fiscal, 2017/2018
77. Na tabela acima, consta que o volume total dos recursos no período de 2019-2021, passa
de 340,414.7 para 395,862.7 milhões de meticais. Estes montantes serão garantidos em
média em 83.2% do PIB pelos recursos internos e 20.9% pelos recursos externos. O
valor total de recursos abrange todas as despesas do Estado incluindo as operações
financeiras. Portanto, apenas parte desta será alocada para as despesas sectoriais e
territoriais.
29
78. Conforme se pode observar do Quadro de Equilíbrio Orçamental, a previsão da Despesa
em 2019, iguala o total de recursos, no montante de 340.414,7 milhões de MT, sendo que,
as Despesas de Funcionamento alcançarão 196.592,6 milhões de MT, as de Investimento
102.320,1 milhões de MT e as Operações Financeiras, o montante de 41.502,0 milhões
de MT, equivalentes a 19,3%, 10,0% e 4,1% do PIB, respectivamente, assegurando-se
deste modo o princípio do Equilíbrio Orçamental.
V. AFECTAÇÃO DE RECURSOS
79. A conjuntura económica do País provocada por factores internos e externos coloca
grandes desafios a nível do Orçamento do Estado (maior arrecadação de receitas e
racionalização das despesas) e da programação das despesas a médio prazo. Deste
modo, surge a necessidade de fortalecer a ligação entre afectação de recursos e os
resultados que se pretendem alcançar.
80. Neste contexto, a afectação de recursos para a realização das despesas no triénio 2019-
2021, será orientada com vista ao alcance e manutenção de um equilíbrio orçamental
sustentável a médio e longo prazo. E continuará a priorizar os sectores económicos e
sociais, que providenciam serviços básicos a população (Saúde, Educação, Acção social,
Água e saneamento e Justiça) e as áreas com potencial para gerar novas dinâmicas
económicas e produtivas, bem como rendimentos adicionais a curto e médio prazo
(Agricultura, Infra-estruturas, Energia, Transporte e Comunicações).
81. E tomará como bases as acções estratégicas sectoriais, definidas no âmbito do Balanço
do Meio-Termo do PQG, por forma a assegurar o cumprimento das metas do PQG, uma
maior racionalização da despesa pública e um maior impacto económico e social.
80.1 Para o nível Central, os A afectação de recursos para a realização das despesas
no triénio 2019-2021, observou a orientação com vista ao alcance e manutenção de
um equilíbrio orçamental sustentável a médio e longo prazo, e priorizou:
30
As acções estratégicas sectoriais, definidas no âmbito do Balanço do Meio-
Termo do PQG, por forma a assegurar o cumprimento das metas do PQG;
80.2 Para o nível Provincial, a fixação de limites tomou como base a análise
situacional, tendo em conta a População por Província e no Índice da Pobreza
Multidimensional por Província, cujos ponderadores são listados:
(i) População: 70%;
(ii) Índice da Pobreza Multidimensional: 30% (Consumo – 30%; Água e
Saneamento – 30%; Saúde – 20%; Educação – 20%).
31
Tabela 10: Afectação de Recursos por Prioridades
Em Milhões de MT
Prioridades e Pilares 2017 LEI 2018 LEI 2019 2020 2021
Prioridade I - Consolidar a Unidade Nacional, Paz e Soberania 25.449,0 21.065,9 28.001,9 37.221,4 49.476,6
Prioridade II - Desenvolver o Capital Humano e Social 87.649,4 40.053,3 41.050,4 42.072,3 43.119,7
Prioridade III - Promover o emprego e melhorar a produtividade e competividade 12.270,4 5.099,0 6.671,5 8.729,0 11.421,0
Prioridade IV - Desenvolver infraestruturas economicas e sociais 20.503,3 38.379,7 84.560,1 105.700,2 132.125,2
Prioridade V - Assegurar a gestao sustentavel e transparente dos recursos naturais e do ambiente 4.807,5 4.041,9 9.554,6 22.586,3 53.392,1
Pilar I - Consolidar o Estado de Direito, Boa Governacao e Descentalizacao 37.083,7 20.890,3 22.456,3 24.139,8 25.949,5
Pilar II - Promover um ambiente Macro-Economico e Sustentavel 82.228,3 89.225,4 52.501,1 57.751,2 63.526,4
Pilar III - Reforcar a Cooperacao Internacional 2.297,2 2.135,5 2.286,6 2.448,3 2.621,6
TOTAL 272.288,80 220.890,86 247.082,52 300.648,62 381.632,03
Prioridades e Pilares Em % do PIB
Prioridade I - Consolidar a Unidade Nacional, Paz e Soberania 3,2% 2,1% 2,7% 3,3% 4,0%
Prioridade II - Desenvolver o Capital Humano e Social 10,9% 4,0% 4,0% 3,8% 3,5%
Prioridade III - Promover o emprego e melhorar a produtividade e competividade 1,5% 0,5% 0,7% 0,8% 0,9%
Prioridade IV - Desenvolver infraestruturas economicas e sociais 2,6% 3,9% 8,3% 9,5% 10,7%
Prioridade V - Assegurar a gestao sustentavel e transparente dos recursos naturais e do ambiente 0,6% 0,4% 0,9% 2,0% 4,3%
Pilar I - Consolidar o Estado de Direito, Boa Governacao e Descentalizacao 4,6% 2,1% 2,2% 2,2% 2,1%
Pilar II - Promover um ambiente Macro-Economico e Sustentavel 10,2% 9,0% 5,1% 5,2% 5,2%
Pilar III - Reforcar a Cooperacao Internacional 0,3% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2%
TOTAL 33,9% 22,3% 24,2% 26,9% 31,0%
Fonte: OE 2017/2018, Projecção do CFMP 2019-2021
84. O CFMP 2019-2021 buscou a consistência e o alinhamento das acções propostas pelos
sectores em função das prioridades e pilares preconizadas no âmbito do balanço do
meio-termo do PQG para o cumprimento das metas do programa.
32
programações continuam a ser feitas nas províncias. Os recursos alocados para cada
nível representam apenas Recursos Internos.
Em Milh ões de MT
2017 2018 2019 2020 2021 2017 2018 2019 2020 2021
Nível
REO Ajustado OE «Projecção» REO Ajustado«Projecção em % PIB»
Total (Fun. + Inv.) 134,345.0 151,417.1 184,500.4 218,962.9 259,498.6 16.7% 16.4% 18.1% 19.3% 20.4%
Central (Fun.+ Inv.) 64,386.0 77,083.0 98,337.9 118,918.6 143,001.8 8.0% 8.4% 9.6% 10.5% 11.3%
Funcionamento 48,166.5 58,201.5 65,477.6 77,207.9 90,056.8 6.0% 6.3% 6.4% 6.8% 7.1%
Despesas com Pessoal 27,860.7 35,017.3 42,018.3 51,402.6 61,671.0 3.5% 3.8% 4.1% 4.5% 4.9%
Salarios & 26,050.6 32,641.7 36,157.8 48,241.8 57,874.3 3.2% 3.5% 3.5% 4.2% 4.6%
Bens e Servicos 20,305.9 23,184.2 23,459.4 25,805.3 28,385.8 2.5% 2.5% 2.3% 2.3% 2.2%
Investimento Interno 16,219.5 18,881.5 32,860.3 41,710.7 52,944.9 2.0% 2.0% 3.2% 3.7% 4.2%
Provincial (Fun.+ Inv.) 27,709.6 25,221.2 30,576.0 33,268.4 36,228.0 3.4% 2.7% 3.0% 2.9% 2.9%
Funcionamento 23,487.5 21,323.9 26,723.1 29,395.4 32,334.9 2.9% 2.3% 2.6% 2.6% 2.5%
Despesas com Pessoal 18,099.9 14,735.9 18,832.6 21,351.11 24,206.4 2.2% 1.6% 1.8% 1.9% 1.9%
Salarios & 16,900.6 13,640.5 15,109.8 16,804.2 18,778.7 2.1% 1.5% 1.5% 1.5% 1.5%
Bens e Servicos 3,598.1 3,981.2 5,002.8 5,625.5 6,325.7 0.4% 0.4% 0.5% 0.5% 0.5%
Investimento Interno 4,222.1 3,897.4 3,852.9 3,873.0 3,893.1 0.5% 0.4% 0.4% 0.3% 0.3%
Distrital (Fun.+ Inv.) 38,303.2 44,768.9 50,754.9 61,446.4 74,390.0 4.8% 4.9% 5.0% 5.4% 5.9%
Funcionamento 33,900.9 42,521.7 49,137.9 60,770.6 75,157.3 4.2% 4.6% 4.8% 5.4% 5.9%
Despesas
Salarios &com Pessoal 31,180.3 37,556.9 43,773.9 51,891.5 61,514.4 3.9% 4.1% 4.3% 4.6% 4.8%
Remuneracoes 30,836.1 37,039.7 41,029.5 46,224.5 52,077.3 3.8% 4.0% 4.0% 4.1% 4.1%
Bens e Servicos 2,495.0 2,615.8 2,762.0 2,966.7 3,186.5 0.3% 0.3% 0.3% 0.3% 0.3%
Investimento Interno 4,402.3 2,247.2 1,617.0 1,192.9 880.1 0.5% 0.2% 0.2% 0.1% 0.1%
Autarquico 3,946.2 4,344.1 4,831.6 5,329.5 5,878.8 0.5% 0.5% 0.5% 0.5% 0.5%
Funcionamento 1,922.1 2,777.2 3,143.9 3,481.4 3,855.1 0.2% 0.3% 0.3% 0.3% 0.3%
Investimento Interno 2,024.1 1,566.9 1,687.7 1,848.3 2,024.2 0.3% 0.2% 0.2% 0.2% 0.2%
Fonte: Mapa Fiscal, Novembro 2018 / Projecção CFMP 2019-2021
87. Projecta-se para o triénio uma alocação de recursos para funcionamento e investimento.
Para Funcionamento (considerando apenas as rubricas apresentadas na tabela 11
representam o montante de 144.482,6 milhões de meticais em 2019 e para o
Investimento total, representam um montante total de 40.017,9 milhões de meticais em
2019. Este montante totaliza 184.500,4 milhões de meticais, o correspondente a 18.1%
do PIB.
88. Projecta-se para o triénio uma alocação de recursos crescente, para funcionamento e
investimento, de 139,831.4 milhões de meticais em 2019 para 183,641.4 milhões de
meticais em 2021. Estes montantes correspondem a 13,7% e 14.5% do PIB,
respectivamente.
33
89. No âmbito da descentralização de recursos, as despesas de funcionamento para o nível
distrital representam um aumento quando comparadas ao de nível provincial, devido a
efectivação do pagamento de salários, sobre tudo, para os sectores de educação e saúde.
91. O Programa Quinquenal do Governo continuará a afectar recursos para priorizar os: (i)
Sectores Sociais (Saúde, Educação, Acção Social, Água, Saneamento e Justiça) que
providenciam serviços básicos à população; (ii) Áreas com Potencial Económico
(Agricultura, Infra-estruturas, Obras Públicas, Transporte e Comunicações, Energia) para
criar novas dinâmicas produtivas e de geração de rendimentos adicionais a curto e
médio prazo.
REO LEI 2018 2019 2020 2021 REO LEI 2018 2019 2020 2021
Milhões de MT Em % PIB
Total Sectores Economicos e Sociais80,639.9 100,799.9 115,192.0 130,142.8 147,501.3 10.0% 10.2% 11.3% 11.5% 11.6%
Agricultura e Desenvolvimento Rural 7,570.5 9,463.1 13,665.0 16,398.0 19,677.6 0.9% 1.0% 1.3% 1.4% 1.6%
Infraestrutura 9,273.7 11,592.1 14,189.2 17,368.2 21,259.3 1.2% 1.2% 1.4% 1.5% 1.7%
Estradas 5,427.5 6,784.4 6,315.4 7,578.5 9,094.2 0.7% 0.7% 0.6% 0.7% 0.7%
Aguas e Obras Publicas 1,556.5 1,945.6 4,787.5 7,181.3 10,771.9 0.2% 0.2% 0.5% 0.6% 0.8%
Recursos Minerais e Energia 2,289.7 2,862.1 3,086.2 3,327.8 3,588.4 0.3% 0.3% 0.3% 0.3% 0.3%
Transportes e Comunicações 2,143.5 2,679.4 2,690.6 3,228.7 3,874.5 0.3% 0.3% 0.3% 0.3% 0.3%
Educação 36,359.5 45,449.4 51,190.9 57,657.7 64,941.5 4.5% 4.6% 5.0% 5.1% 5.1%
Saúde 18,423.7 23,029.6 23,794.1 24,584.0 25,400.1 2.3% 2.3% 2.3% 2.2% 2.0%
Sistema Judicial 2,881.0 3,601.2 4,316.3 5,173.4 6,200.7 0.4% 0.4% 0.4% 0.5% 0.5%
Acção Social e Trabalho 3,988.1 4,985.1 5,345.9 5,732.8 6,147.7 0.5% 0.5% 0.5% 0.5% 0.5%
34
92. A tabela 12 mostra a afectação de recursos internos para investimento nas áreas sociais
e económicas. Verifica-se um aumento de recursos em termos reais em todas as áreas. Para
a Agricultura e Desenvolvimento Rural foi alocado um montante de 13.665,0 milhões de
meticais em 2019, o correspondente a 1.3% do PIB. Este montante (13.665,0 MT)
corresponde a um aumento de 44.4% em relação a 2018. Mais recursos foram alocados nas
áreas de saúde, educação e infra-estruturas económicas por forma a proporcionar um
maior bem-estar para a população.
35
Tabela 14: Principais Projectos das Áreas Sociais
93. O crescimento do stock da dívida pública até 2015, foi acompanhado pela
implementação de políticas económicas e fiscais, que permitiam ao Governo assegurar o
pagamento do serviço da dívida e a manutenção da dívida pública externa sustentável.
Porém, a partir de 2015, a divida cresceu atingindo níveis considerados insustentáveis.
94. O total da dívida pública nominal incluindo as garantias de EMATUM, Proindicus e MAM
aumentou para 111,9 % do PIB em 2017. A composição da divida pública incluindo
EMATUM, Proindicus e MAM para 2017 é de cerca de 85,2% do PIB para a dívida
externa, 26,7% do PIB para a divida interna.
36
Tabela 15: Divida Pública
95. A perspectiva da trajectória da dívida de médio prazo sugere uma tendência crescente
até ao ponto em que a política fiscal alcance um saldo primário de 0% do PIB. A mudança
acelerada na composição da carteira da divida, representa um alto risco para a
sustentabilidade fiscal, na medida em que recorrendo ao financiamento doméstico
acumulam-se passivos de menor maturidade e maiores taxas de juros.
37
99. A tabela abaixo apresenta o resumo dos principais riscos macro fiscais perspectivados
para este CFMP.
Medidas de
Tipos de Risco Consequências
Metigação
A.Riscos Económicos
Não conclusão atempada da Exigir Maior Flexibilizar o
reestruturação do sector esforço financeiro processo de
empresarial do Estado do Estado reestruturação
Incumprimento dos rácios Aprimorar os
prudenciais fixados pelo Colapso do sistema mecanismos de
Banco Central financeiro controlo;
diversificar a
Queda na economia e
Volatilidade dos preços das produção do estimular a
commodities no mercado carvao, aluminio industria de semi-
internacional processamento
Aumento da divida Maior esforço Restruturação
publicaAumento da divida finaceiro do versus atrasados da
publica Governo divida
A.Ambiental
tornar o sector da
agricultura
Quebra na resiliente atraves de
Eventos climáticos
produção agrária sementes mais
resistentes aos
eventos climaticos
VIII. ANEXOS
Anexo A: Resumo-Limites Despesas de Investimento e Funcionamento (Central,
Provincial e Distrital) – Taxa de Crescimento 4.7% - Cenário de Crescimento
Moderado
38