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Direito do Trabalho
Art. 11º CT
Noção de contrato de trabalho Contrato de trabalho é
aquele pelo qual uma pessoa singular se obriga, mediante
retribuição, a prestar a sua atividade a outra ou outras
pessoas, no âmbito de organização e sob a autoridade
destas.
Art. 12º CT:
No art. 12º nº 1 CT, é mencionada a presunção de laboralidade, isto é, presume-se a
existência de contrato de trabalho sempre que se verifique a existência do conjunto de
elementos indiciários do contrato de trabalho.
al. a), visto que a prestação de trabalho é realizada em local pertencente à entidade
empregadora, mais concretamente em laboratório localizado nas instalações da mesma
al. b), os equipamentos e instrumentos de trabalho utilizados, inerentes á função de
análises laboratoriais, bem como os equipamentos de segurança, pertencem ao
beneficiário da atividade.
al. c ), Como se pode observar Anita Silva, cumpre horário de trabalho,
al. d), a trabalhadora aufere mensalmente um salario de €1500
Art. 110º CT “O contrato de trabalho não depende da observância de forma especial,
salvo quando a lei determina o contrário”.
O art. 148º remete para a duração do contrato de trabalho a termo, e de acordo com o
regime consagrado neste artigo, os contratos a termo têm uma duração limitada até três
anos,nº 1 al. c) do CT.
Art. 149º do CT: renovação do contrato a termo é realizada de forma automática, na falta
de declaração das partes em contrário. Esta renovação implicará uma prorrogação do
contrato pelo período igual ao inicial.
O nº 4 : considera único contrato aquele que seja objeto de renovação.
Face ao descrito acerca da durabilidade e renovação do contrato a termo, consideramos
que o vinculo contratual entre Anita Silva e a empresa Produtos Chemical Plant, S.A. é
um contrato de trabalho sem termo, por ter uma vigência superior a três anos.
Horário fixado : das 9h00 às 17h00, com uma hora de intervalo para o almoço, e uma
pausa semanal.
Tece de esclarecimento se a “pausa” semanal se refere ao fim de semana
completo, ou se refere literalmente a uma pausa, ou seja, equivalente a um dia de
folga
art. 203º : limites máximos do período normal de trabalho - não pode exceder 8 horas
por dia e 40 horas por semana
Período normal de trabalho: “O tempo de trabalho que o trabalhador se obriga a
prestar, medido em número de horas por dia e por semana, denomina-se período
normal de trabalho” ,art 198º
A trabalhadora em questão trabalha 7h por dia, considerando período de trabalho das
9h00 as 17h00, com uma hora de almoço, correspondendo ao período de descanso (art.
199º).
Considera ilícita a prova do furto executado por trabalhadores do estabelecimento, por ter sido obtida por
câmaras de videovigilância, contrariando o disposto do nº 1 do art. 20º “finalidade de controlar o
desempenho do trabalhador”, violando tal prova o direito de personalidade.
Refere-se a um trabalhador que declarou mais 7851 km percorridos a titulo profissional do que os transmitidos via
GPS, interferindo no seu funcionamento, tendo retirado o cartão inserido da posição correta com a intenção de
impedir a transmissão fidedigna de dados;
A decisão deste tribunal considera licito o meio de prova utilizado, justificando a sanção de despedimento como
justificada e proporcional.
O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, do dia 13 de novembro de 2013 ( relator Mário Belo Morgado)
Neste sentido o STJ, decide que o comportamento do trabalhador viola efetivamente, de forma grave, os
deveres a que está obrigado enquanto trabalhador, pelo que considera haver justa causa que legitima a cessação
do contrato de trabalho por preenchimento do disposto no art. 351º nº 1 do CT, tendo aceite os registos de GPS,
como meios de prova.
Segundo, MARIA DO ROSÁRIO PALMA
RAMALHO
O Tribunal entendeu que o direito interno de cada país deve prever normas que
protejam a utilização de meios tecnológicos que possam ser considerados demasiado
intrusivos, devendo existir um um controle judicial efetivo e que possa garantir que a
sua utilização é feita de acordo com essas normas e da maneira menos intrusiva
possível.
O TEDH concluiu que não houve uma violação do Artigo 8.º da Convenção Europeia
dos Direitos do Homem e deste modo as provas obtidas através de GPS foram no
caso em concreto, consideradas admissíveis.
No art. 279º, nº 2 al. e) permite ao empregador descontar da retribuição do trabalhador o custo com a utilização de
telefones, entendendo-se assim que, ao prever esta disposição, o legislador, não pretende desta forma proibir de
forma absoluta a utilização do telefone para fins privados.
O controlo dos dados deve apenas identificar o utilizador, o número de telefone, o tipo de chamada (internacional ou
nacional), a duração e o respetivo custo.
Art. 17º, confere a proteção de dados pessoais do trabalhador, nomeadamente no que concerne ao tratamento dos
mesmos e obrigatoriedade de sigilo.
De acordo com o art. 20º nº1, o emprego das tecnologias não deve ter como objetivo o controlo do trabalhador, mas
a proteção e segurança de pessoas e bens;
Pelo que surge a obrigação do dever de informação dessa circunstancia ao trabalhador (art. 20º nº3), bem como a
autorização da CNPD para o efeito (art. 21º).
O art. 22º CT, alude para o facto, de o trabalhador gozar do direito de reserva de confidencialidade relativamente ao
conteúdo das mensagens de natureza pessoal.
A intromissão nas chamadas dos trabalhadores é sempre proibida ainda que com o conhecimento dos
trabalhadores, para fins disciplinares, prevenção de chamadas abusivas ou perdas excessivas de tempo de trabalho,
bem como para o controlo de chamadas privadas.
Quando a interceção de chamadas ocorra sem que os trabalhadores
sejam informados podemos estar perante: