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FACULDADE UNIRB - ARAPIRACA

CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA

ANA CAROLINA DE SOUZA

ARAPIRACA – AL
2019.1
Ana Carolina de Souza

GAMETOGÊNESE ANORMAL

Trabalho acadêmico solicitado pelo docente José


Emerson Xavier, como requisito parcial para
obtenção de aprovação na disciplina de Embriologia
do curso de bacharel Biomedicina, no período letivo
2019.1

Arapiraca – Alagoas
2019.1
EMBRIOLOGIA: Gametogênese anormal

Gametogênese

É o processo de formação das células germinativas (sexuais) que ocorre por meio da
meiose nas gônadas.
A meiose tem como resultado células haploides que são células com metade do número
necessário de cromossomos (23 em vez de 46), pois na fecundação quando as células se
unem e reconstituem o numero diploide novamente (46 cromossomos).
A gametogênese no sexo masculino e chamada de espermatogênese e forma os
espermatozoides. No sexo feminino, e chamada ovogênese e forma os ovócitos.

Viabilidade dos Gametas

O tempo de vida dos gametas e um fator importante para que ocorra a fecundação.
Os ovócitos costumam ser fundados até doze horas depois da ovulação, sendo
degenerados rapidamente após vinte e quatro horas.
Já os espermatoizoides tem tempo de vida de cerca de 48 horas no trato genital
feminino, não estando mais aptos para a fecundação após esse período. Contudo, sêmen e
ovócitos podem ser armazenados congelados por muitos anos para serem usados em
reproduções assistidas.

Espermatogênese

A espermatogênese ocorre entre os 13 e 16 anos, as espermatogônias que haviam


permanecido dormentes no túbulo seminífero desde o período fetal, começam a aumentar de
número, depois de divisões mitóticas as espermatogônias crescem e passam por mudanças
graduais que as transformam em espermatócitos primários.
Os espermatócitos primários passam por uma divisão de redução – a primeira divisão
meiótica – para formar dois espermatócitos secundários (haplóides).
Os espermatócitos secundários passam por uma segunda divisão meiótica, formando
quatro espermátides.
As espermátides transformam-se gradualmente em quatro espermatozóides maduros
através de um processo de diferenciação conhecido por espermiogênese.
Gameta Masculino

Membrana: é o revestimento da célula.


Núcleo: onde ficam os genes masculinos;
Acrossomo: é uma das partes fundamentais, é ela que se funde com a parede do óvulo,
para o material genético do núcleo ser injetado na célula feminina;
Flagelo: desenvolve-se a partir do centríolo e tem a função de impulsionar o
espermatozoide pelo aparelho reprodutor feminino;
Mitocôndria: responsável pela energia de impulsão.
A formação dos espermatozoides nos túbulos seminíferos dos testículos demora 72
horas, mas cada dia amadurecem milhões deles. Os espermatozoides amadurecem e ficam
amazenados no epidídimo, uma estrutura situada acima de cada testículo. Células especiais
situadas na parede do túbulo seminífero (espermatogônias) vão sofrendo divisões mitóticas e
uma divisão meiótica até se converterem em espermatozoides. O processo de formação de
espermatozoides é chamado de espermatogênese.

Espermatozoide

Os espermatozoides são produzidos a partir de uma célula chamada espermatogônia,


em um processo conhecido como gametogênese ou espermatogênese. Ocorrem algumas
divisões mitóticas e meióticas até as células chegarem ao estágio de espermatócito
secundário. A partir daí, acontece a espermiogênese, processo de maturação e diferenciação
dessa célula até ela formar um espermatozoide. Este, por sua vez, é uma célula diferenciada e
apresenta uma estrutura chamada acrossomo na parte da cabeça – que contém enzimas para
quebrar a parede do útero e um longo flagelo com mitocôndrias em sua base para fornecer
energia para a sua movimentação.
Quando fecunda o óvulo, o espermatozoide apenas penetra a sua cabeça, deixando a
cauda do lado de fora. Por isso, todos nós apenas apresentamos DNA mitocondrial de origem
materna, pois as mitocôndrias paternas ficam na vase do flagelo do espermatozoide, que não
entra no óvulo.

Gameta Feminino

Zona pelúcida (ou membrana vitelínica): é uma grossa camada glicoprotéica que
envolve o ovócito. Ela funciona como barreira, permitindo que apenas espermatozoides da
mesma espécie tenham acesso ao ovócito, e é responsável por impedir a poliespermia, para
que espermatozoides adicionais não penetrem no óvulo.
Corona radiata: cerca o óvulo e consiste em duas o três camadas de células foliculares
cerca o óvulo. A sua principal função em muitos animais é a de fornecer proteínas vitais à
célula.
Núcleo: onde ficam os genes femininos.
Membrana plasmática: bicamada fosfolipoproteica que isola o conteúdo do óvulo do
meio exterior.
Citoplasma: nesse caso, divide se em 2: citoplasma formativo presente ao redor do
núcleo; citoplasma nutritivo, que armazena substâncias nutritivas.
Óvulo ou ovócito é a célula sexual feminina, haplóide (n), formada após a meiose de
uma ovogônia, durante o processo denominado de ovogênese. Morfologicamente são células
arredondadas, as maiores do organismo, incapazes de se moverem, sendo que seu transporte
até as trompas de Falópio (local que ocorre a fecundação nos humanos) se dá através dos
movimentos dos cílios presentes nas células que revestem estes canais. Apresentam uma
membrana primária, ou vitelínica, que é a membrana plasmática, formada por secreções das
células foliculares, e membranas terciárias depositadas ao redor do óvulo após este sair do
ovário. Seu citoplasma divide-se em duas partes: citoplasma formativo presente ao redor do
núcleo; citoplasma nutritivo, que armazena substâncias nutritivas (vitelo). Já o núcleo é
grande, de formato oval, sendo que às vezes é central e às vezes polarizado.

Gametogênese Anormal

Em geral considera-se que a idade ideal para reprodução está compreendida entre 18 e
35 anos. As probabilidades de ocorrência de anormalidades cromossômicas no embrião
aumentam significativamente depois que a mãe completa 35 anos. A partir dessa idade, existe
um risco apreciável da ocorrência da síndrome de Down ou de alguma outra forma de trissomia
na criança. A probabilidade de uma nova mutação genética (alteração no DNA) também
aumenta com a idade. Quanto mais velhos os pais no momento da concepção, maior a
probabilidade de que tenham acumulado mutações que o embrião poderá herdar.

 Doenças cromossômicas

Deficiências cromossômicas são em geral letais, mesmo em heterozigose, levando a


perda zigótica, natimortalidade e mortes infantis. Contudo, algumas crianças com pequenas
deficiências cromossômicas sobrevivem o tempo suficiente para permitir a observação de
alguns fenótipos anormais que elas expressam. As anormalidades dos cromossomos podem
ser numéricas ou estruturais e envolver um ou mais autossomos, cromossomos sexuais, ou
ambos.

 Anormalidades cromossômicas numéricas nos gametas

Às vezes, durante a meiose, os cromossomos homólogos não conseguem se separar e


partir para polos opostos da célula. Como resultado desse erro da divisão celular, conhecido
como não disjunção, alguns gametas apresentam 24 cromossomos, enquanto outros exibem
apenas 22.

 Anormalidade morfológica dos gametas

Até 10% dos espermatozoides de uma ejaculação podem ser anormais (por exemplo,
duas cabeças ou duas caudas), mas em geral, se acredita que eles não chegam a fertilizar o
ovócito por falta de mobilidade normal. A maioria (talvetodos) dos espermatozoides
morfologicamente anormais é incapaz de atravessaro mucodo canal cervical. Embora alguns
ovócitos possam apresentar dois ou três núcleos, eles provavelmente jamais amadurecem. Do
mesmo modo, alguns folículos normais contendo dois ou mais ovócitos podem desenvolver-se,
mas tal fenômeno não é frequente no ser humano. Embora esses folículos compostos
pudessem resultar em gravidez múltipla, acredita-se que a maioria nunca chega a amadurecer
totalmente para expelir os ovócitos durante a ovulação.

 Alterações na estrutura cromossômica

Quatro tipos de anormalidade da estrutura cromossômica são as deleções, as duplicações,


as inversões e as translocações. As deleções representam seções faltantes nos cromossomos.
As duplicações podem causar um desequilíbrio no material genético, produzindo com isso um
efeito fenotípico no organismo. Uma inversão é causada por um giro de 180º de uma porção de
um cromossomo e no estado heterozigoto de inversão frequentemente há dificuldades de
pareamento na meiose, podendo resultar uma alça de inversão. O crossing–over dentro da
alça resulta em produtos inviáveis. Uma translocação implica a relocação de um segmento
cromossômico em outra posição no genoma. No estado heterozigoto, as translocações geram
produtos meióticos com duplicação e deleção, que podem levar a zigotos não balanceados.
Novas ligações gênicas podem ser produzidas por translocações.

 Fontes de Consulta

Livros:
MOORE, Keith L. Embriologia Clínica. 6ª edição

MOORE, Keith L. Embriologia Básica. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012

Sites:

http://www.famema.br/ensino/embriologia/gametogenese.php

http://www.slideshare.net/NERYPATTY/doencascromossomicas

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