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Odú Okaran

Okaran foi aquele que, nas divisões no orum, teria que dar caminho a todos seres criados por Obá Orixá, pois
ele foi o primeiro Odú a nascer e passou a ser Igbá que seria a sustentação do Ayê.
Temos uma revelação, uma coincidência com o formato da terra. Sendo assim, Okaran passa a ser o primeiro
no destino de todos os seres viventes na terra. Ele é o primeiro na vida e na morte, pois ele está sempre no
novo recomeço, representado em cada nascer do sol, na primeira chuva que cai, na primeira estrela
existente no Orun, na primeira hora do dia e é padroeiro do primeiro filho de um casal. É o protetor e
defensor do "rombono". Todos os ebós e oferendas serão sempre na contagem de 01: 01 obí, 01 orobô, 01
vela, 01 moeda, etc.
Contam os nossos antigos que Oduduwá, almejando conhecimento e popularidade, fez oferenda a Okaran:
uma pombo, um camaleão e uma galinha. Esta oferenda deu para ela o poder e a incumbência de criar a
terra.
Podemos ver que Okaran, sendo reverenciado com respeito e sendo o primeiro na vida de cada ser, poderá
trazer muita prosperidade e fartura no caminho daqueles que o cultuam.
A força desse Odú está vinculada a terra e ao fogo, reconhecida como Obá Oná.Somente Exú responde neste
Odú, pois Exú é o mensageiro e pode estar em diversos lugares ao mesmo tempo: ele é princípio dinâmico, é
aquele que pode fazer uma pessoa se sentir culpada mesmo que ela não tenha culpa, é aquele que pode
entrar em uma festa, criar confusões e sair sem ser visto, pois Exú é o maior representante de Okaran no
Ayê.

Perfil:

Seus filhos são criativos, persistentes e de excelente memória. Possuem forte intuição, são maus gostam de
ficar sós, possuem aparência descuidada, são egoístas e medrosos. Tendem ao egoísmo e ao individualismo.

PARA VIBRAÇÕES POSITIVAS

MATERIAL

-6 VELAS VERMELHAS.

-1 GARRAFA DE ESPUMANTE.

-1 ALGUIDAR MÉDIO.

-1 PACOTE DE FARINHA DE MILHO DA GROSSA.

-1 AZEITE-DE-DENDÊ.

-1 MEL.

-3 ROSAS VERMELHAS.

-3 CIGARRILHAS (COM PITEIRA)

-1 GARGANTILHA FEITA COM 1 FITA VERMELHA DE CETIM COM MEDALHA PRATEADA.

- 1 GARGANTILHA FEITA COM FITA PRETA DE CETIM COM UMA MEDALHA DOURADA .
-PULSEIRA EM ARGOLA.

-1 PAR DE BRINCOS DOURADOS.

-ESMALTE COR RUBI.

-PURPURINA VERMELHA.

PROCEDIMENTO :

No seu peji ou em local reservado acenda as 1 quando começar a preparar e uma vela por dia. Coloque no
alguidar a farinha de milho, adicionar dendê, o suficiente para fazer uma farofa, soltinha.

Sobre a farofa pronta e enfeite com as 3 rosas vermelhas que devem estar sem talo, sem folhas e sem
espinhos, regar com mel.

Lentamente enfeite o alguidar com os demais elementos.

Quando for despachar acenda as cigarrilhas e as 3 velas, abra o espumante e derrame em volta do alguidar,
deixando o restante na garrafa aberta.

Assopre purpurina sobre todo seu ebó.

Ofereça à Pomba Gira do Cabaré, fazendo seus pedidos, especialmente, para proteção.

ARRIAR :Segunda-feira.

HORÁRIO:21 horas.

LOCAL:Peji ou local reservado.

LUA:Menos minguante.

DESPACHAR: Quinta-feira.

HORÁRIO:Entre 21 e 05 horas.

LOCAL:Encruzilhada perto de bordel.Boate,etc.

LUA :A mesma do arreio.

PARA A SEDUÇÃO

MATERIAL :

-2 LITROS DE ÁGUA.

-FOLHAS FRESCAS DE LARANJEIRA.

-FOLHAS FRESCAS DE MANJERICÃO.


-FLHAS FRESCAS DE HORTELÃ.

-3 GALHOS DE ALECRIM.

-PÉTALAS DE ROSA AMARELA (SE FOR MULHER).

-PÉTALAS DE CRAVO BRANCO (SE FOR HOMEM ).

-1 COLHER DE SOPA DE MEL.

-1 VELA AMARELA.

-1 VELA VERDE.(SE FOR MULHER)

-1 VELA VERMELHA.

-1 VELA AZUL (SE FOR HOMEM )

PROCEDIMENTO :

Ferva dois litros de água, após a água fervida, coloque as folhas de laranjeira, manjericão, hortelã, alecrim e
pétalas de um cravo branco,ou rosa amarela.

Acenda as três velas correspondentes.

Acrescente uma colher de chá de mel, abafe o recipiente com a água por 15 minutos.

Após verifique se esta na temperatura adequada.

Coe, jogue o preparado no seu corpo, após seu banho normal, do pescoço para baixo.

O material coado deve ficar separado e despachado em um local onde exista grama e flores no dia seguinte.

BANHO PARA ATRAIR CLIENTES E BONS NEGÓCIOS

MATERIAL :

-700 GRS DE ALPISTE.

-7 COLHERES DE CHÁ DE MEL.

-4 LITROS DE ÁGUA.

-1 VELA VERMELHA.

-1 VELA AMARELA.

-1 VELA DE SEBO.

PROCEDIMENTO :
Separar em duas porções iguais o alpiste.

Oito horas antes de ir trabalhar, coloque 4 litros de água a ferver, e coloque uma das porções de alpiste com
mel.

Acenda a vela amarela, mentalizando seu desejo.

Deixe ferver a água por aproximadamente 15 minutos.

Uma hora antes de ir para o local de seu trabalho coe e apare a água num recipiente. Acenda a vela
vermelha fazendo sua mentalização. Depois de seu banho de higiene, jogue o banho do pescoço para baixo.

Quando estiver saindo de casa para o trabalho, acenda a vela de sebo e vá jogando desde a encruzilhada
mais próxima do seu trabalho até a entrada do mesmo o alpiste que haviam sido previamente separado.

Este banho traz muita clientela e bons negócios.

PARA AMARRAR UM HOMEM A QUEM SE QUER.

MATERIAL :

-UMA GAMELA ARREDONDADA.

-06 BANANAS D’ÁGUA.

-PALHA DA COSTA.

-COMINHO.

-AZOUGUE.

-12 VELAS BRANCAS.

-12 VELAS VERMELHAS.

-12 VELAS AMARELAS.

PROCEDIMENTO :

Em seu peji ou em local reservado acenda 3 velas de cada cor de maneira alternada.

Abra cada banana ao comprido com casca e tudo, coloque o nome da pessoa que você quer aio seu lado
dentro desta banana ao comprido, Feche as bananas e amarre-as com a palha da costa.

Coloque na gamela, cubra com o azougue e salpique cominho por cima.


Deixe esse axé arriado no primeiro dia, no segundo e terceiro dia acenda novamente as velas no mesmo
procedimento.

Entregar no quarto dia perto de um local onde tenha árvores e seja perto de local onde façam festas, acenda
as demais velas.

Esta é uma das entidades mais conhecidas e queridas dentro da Umbanda e Povo do Oriente, é a cigana
Sete Saias. Muitos médiuns e chefes de terreiros por falta de informação não costumam apresentar esta
maravilhosa entidade com a sua verdadeira origem cigana, fazendo desta linda gira uma pomba-gira de
encruzilhada. A Pomba -Gira Cigana Sete Saias é considerada a Deusa do Amor pelo povo do oriente, e a
ela que as moças recorrem quando desesperadas por falta de amor.

" A lenda conta que a Cigana Sete Saias foi apaixonada por um moço "não cigano" o que seus pais não
aceitavam... e proibida de viver este amor parou de comer até vir a falecer. Quando seu corpo estava
sendo preparado para velar, sua mãe trouxe suas sete saias favoritas e colocou a seus pés para poder
rodar e jogar cartas nos caminhos do astral superior. A moça chegando as astral, foi recebida por Santa
Sara a qual a designou a proteger e ajudar todas as moças que choravam por seus amores proibidos e
impossíveis... É a esta entidade poderosa que as mais serias mandingas de amor são realizadas... e há
quem diga que o que a Cigana Sete Saias Une... Ninguém separa!

Esta pomba-gira gosta de receber suas oferendas e presentes nas encruzilhadas de campo e
preferencialmente as 18:00 nas sexta-feiras de lua cheia. Nas suas oferendas não pode faltar perfume de
flores ou gardênia... sua velas são coloridas quase sempre vermelhas, brancas e Rosas... que são as cores
que simbolizam o sexo, o amor e a tranqüilidade nas relações.

Características

Arma 1 punhal, 1 pandeiro, 1 par de castanholas, 1 violino e uma espada.

Bebida Champanhe

Cores azulão, vermelho, lilás,roxo e verde

Fuma cigarros, cigarrilhas

Lugar Estradas

Vela Pretas, Vermelhas, Brancas, Verdes


Pontos Cantados

Ó gira formosa tem alegria e rosa.

Na gira da pomba-gira você vem

balançar.

No balanço das pomba-giras

sete saias vem girar

A Simbologia da Serpente

Desde os tempos mais remotos, a serpente desempenha um papel fundamental em todas as culturas.
Associada, antes de tudo, à fonte original da vida, guarda em si grandes paradoxos, podendo significar a
luz ou as trevas, o bem ou o mal, a sabedoria ou a paixão cega, a vida ou a morte.

Entre os símbolos primordiais, a serpente é aquele que mais fortemente encerra toda uma complexidade
de arquétipos. Presente em todas as culturas, sua imagem mitológica assume sempre um papel
fundamental, associada que está, antes de tudo, à essência primordial da natureza, à fonte original de
vida, ao princípio organizador do caos, anterior à própria Criação.

A serpente guarda em si intrigantes paradoxos: se por um lado exprime uma ameaça (já que de seu
veneno pode sobrevir a morte), por outro, resume no processo de renovação de sua pele todo o
intrincado mistério da vida, que se atualiza em movimento rejuvenescente.

Diferentes cultos e cerimônias ritualísticas reverenciam esse réptil sorrateiro, atribuindo-lhe as mais
díspares qualidades. As serpentes podem estar associadas a cultos solares ou lunares; a sociedades
matriarcais ou patriarcais (quando assumem valores masculinos ou femininos); podem significar a luz ou
as trevas; a vida ou a morte; o bem e o mal; a sabedoria ou seu oposto, a paixão cega; representar o falo
(por seu corpo assemelhar-se ao bastão) ou mesmo a vulva (conforme se lhe parecem as escamas que a
recobrem, bem como o formato de sua goela quando esta se abre para devorar sua presa). Tanto quanto
as energias yin e yang expressam no taoísmo as polaridades negativa e positiva que estão por detrás de
toda manifestação da natureza, os ofídios, miticamente, ocultam em si a síntese dessa dicotomia
universal.
Oroboro: alusão ao processo dinâmico e transformador da vida.

Uma das figuras mais intrigantes do simbolismo alquímico, presente milenarmente em diversas culturas, é
a da cobra (ou dragão) que morde o próprio rabo e opera, num movimento circular e contínuo, todo o
processo dinâmico e transformador da vida. "Meu fim é meu começo", diz a cobra nesse ato mágico de
devorar-se e cuspir-se, a representar a unidade indiferenciada da vida e seu caráter divino implícito na
perfeição do círculo. À serpente devorando a própria cauda, os alquimistas chamaram oroboro. Tal
palavra não consta da maioria dos dicionários e, em alguns livros da Grande Obra, aparece grafada como
ouroboros, principalmente na língua inglesa.

Outras fontes, menos comumente, escrevem-na uróboro. Particularmente, prefiro o termo oroboro, visto
não ter sido nunca tão oportuno em nossa língua nomearmos um símbolo cuja singularidade é a de não
ter começo nem fim, por meio de palavra tão especial, que pode ser lida de trás para a frente sem prejuízo
sequer de sua pronúncia, transmitindo a idéia de algo que se expressa ciclicamente.

Etimologicamente, o termo tem curiosa explicação: óros, em grego, significa "termo, limite", podendo ser
também "meta, regra ou definição"; borós se traduz por boca, ou voracidade. Oroboro, então, representa
aquilo que se delimita ou se atinge pela boca, e também aquilo que se define por sua própria função.
Órobos, em grego, ainda significa "planta", mais especificamente a alfarroba (fruto da alfarrobeira), uma
vagem de polpa doce e nutritiva indicada no tratamento das doenças inflamatórias digestivas. O
dicionário Aurélio traz para órobo o significado de "cola", palavra que, além de se referir a outro tipo de
árvore (a Cola acuminata), também pode significar "cauda", conforme certos regionalismos do Brasil.

O mesmo termo é igualmente encontrado na língua espanhola a designar o rabo dos animais. Para orobó
(só muda o acento), o Aurélio reserva o sinônimo coleira, em nova referência à aromática árvore acima
citada, cujas sementes guardam extrato lenhoso de propriedades estimulantes, semelhantes à cafeína.
Coincidentemente, coleira é o nome dado ao colar que cinge o pescoço dos animais, e o oroboro lembra
sua forma. Além disso, nossas vísceras intestinais assemelham-se à serpente enrolada, e o aparelho
digestivo como um todo (se tomado da boca ao ânus) bem desenha a serpente aprumada, prestes a dar
seu bote, a devorar sua presa.

Multicolorida, venenosíssima e devoradora de outros ofídios, a cobra coral pertenceu aos magos, que
receberam há muitos milênios a missão de revitalizar no plano material a tradição do arco íris sagrado.
É um símbolo mágico, que na Umbanda está representado pela hierarquia espiritual que atende pelo
nome simbólico de: Caboclos e Exú Cobra Coral. Dizem os magos que quando a lei solta uma de suas
serpentes mágicas, nem a própria lei consegue recolhê-la sem antes matá-la. Como a lei não mata nada,
muito menos um de seus mistérios mágicos por excelência, a coral da lei, continua ativa.

É uma serpente (simbólica) que consegue anular a grande cobra negra sem ter que matá-la; apenas a
devora e incorpora seu veneno nas suas listas negras, tornando-se assim, ainda mais poderosa. Todo
aquele que tem uma coral à sua direita, esta sendo amparado pela lei.

E quem a tiver pela esquerda, pela lei está sendo vigiado. Este é um comentário simbólico.

A Serpente Dourada simboliza o saber puro, e tal como a coral, jamais foi recolhida à faixa celestial, pois a
serpente dourada (o saber) é a única que consegue eliminar a serpente negra (a ignorância) sem sofrer
qualquer contaminação.

A serpente está presente em toda a história conhecida pelo ser humano. Na bíblia, ela é a responsável por
fazer Adão e Eva sucumbirem ao pecado. Analogicamente, é a responsável por impor a responsabilidade
aos homens e ensinar-lhes que Deus lhes deu o livre arbítrio para escolher o caminho a prosseguir.

Falar sobre o Sr. Serpente é tarefa difícil. É muito raro encontrar médiuns que trabalhem com este Exú.
Portanto, a descrição abaixo mostra somente sua atuação apenas comigo, pois não tenho nenhum
material descritivo ou qualquer outro que reflita este Exú de outras maneiras.

Trabalhar com o Sr. Serpente é sempre um grande evento e sempre traz grandes lições.

Encruzilhadas, calunga, etc... não há campo em que este Exú não faça sua presença.

Conversar com ele é sempre um grande desafio, pois não tolera muita brincadeira. É como andar no fio da
navalha, ao menor sinal de fraqueza do consulente é o suficiente para que a conversa fique muito séria e
faça este Exú dar verdadeiras lições de vida. Ele muda o tom de uma conversa em apenas uma frase.

É médico por excelência, muito embora não diga se em alguma encarnação tenha sido médico formado ou
não. Durante sessões de cura trabalha com água limpa e faz aplicações energéticas nos diversos pontos de
energia distribuidos pelo corpo.
É mestre em apontar os erros e mostrar o caminho certo. Assim como um Preto-Velho, dificilmente fala
abertamente qual é a resolução de um problema. Ele gosta de criar o ambiente favorável para a resolução
destes e mesmo que o problema seja sério, nunca deixa transparecer. É normal os consulentes não
entenderem o que este Exú está fazendo quando desempenha seu trabalho e pede que, para que haja a
solução, sejam pacientes e procurem sempre o caminho certo.

É normal vê-lo explicando sobre a vida, a morte e a Umbanda neste meio. Quando perguntam a ele algo
sobre espiritualismo tem sempre o maior prazer de explicar. Cobra como ninguém o estudo de seu
médium e de outros médiuns que venham a trabalhar ao seu lado.

Apresenta-se (perispírito) como caucasiano, magro, alto, cabelos curtos e negros, olhos negros, vestido
com roupas brancas simples, sem calçados, com uma capa preta por fora e branca por dentro com seu
ponto riscado nela. Traz na cintura uma faixa preta e nesta um punhal de bronze muito bem entalhado e
adornado com um rubi no cabo. Em sua mão direita sempre traz um tridente enorme. Manca do pé direito
(diz que quando vivo alguém lhe deu um tiro no pé e traz consigo este particular). Mostra um leve sotaque
nordestino.

Para os médiuns videntes é comum observar muitas serpentes passando pelo terreiro quando ele está
chegando. Também vêem-se as serpentes durantes trabalhos de cura, mesmo que este Exú não esteja
diretamente envolvido no trabalho.

É habilíssimo com quiumbas e tem uma paciência e amorosidade ímpar quando trata problemas
relacionados a espíritos obsessores. Normalmente, durante uma sessão de desobsessão, o espírito
obsessor será trazido para sua falange e trabalhará para ele durante sua evolução.

Acho até que o Sr. Serpente é muito criterioso com relação à outras entidades. Já tive a oportunidade de
observá-lo dando broncas em algumas entidades por não cuidarem de correta maneira de seus médiuns.

Sr. Serpente, quando arria no terreiro para trabalhar sempre traz consigo sua Pomba-Gira de beleza
inigualável. Ela veste vestido de baile verde-musgo e, segundo os videntes, é de uma beleza estonteante.

Quando lhe perguntaram sobre suas encarnações, mais precisamente a sua origem, a única coisa que
respondeu foi:
- Fui eu quem deu a maçã!" - e deu uma gargalhada muito gostosa.

Uma coisa que muito me impressionou foi vê-lo em um procedimento cirúrgico espiritual de um
consulente que tinha problema na coluna. Sua atuação foi rápida e indolor. Aplicou o método DO-IN
através das mãos do consulente e, de quebra, retirou algumas pedras do rim deste. O consulente nunca
mais teve problemas de coluna ou pedras nos rins. A operação não deve ter durado mais que 5 minutos.

Noutro trabalho, Sr. Serpente perguntou a um consulente:

"- Você confia em mim?"

"- Confio totalmente", respondeu o consulente.

"- Este é seu maior erro. Você confia em quem não conhece. Por que confia em mim?"

"- Confio pelo simples fato do Sr. comparecer e trabalhar nesta casa".

E eu, médium, imediatamente exclamei ao Exú:

"- Essa foi muito boa, meu pai. E agora??? Ele te pegou!!!".

E o Exú respondeu aos dois:

"- Você também comparece nesta casa e não confio em você".

Hilário mas com grande ensinamento.

Em um trabalho em que eu nem estava preparado, visitando a casa de alguns amigos, estes me relataram
que ouviam constantemente na sala de casa um grande número de "pessoas" fazendo festa, o que me foi
uma grande surpresa pois nunca me disseram nada a respeito. E por mais que pedissem para que
deixassem o local eles nunca iam embora.

Senti a presença do Sr. Serpente e, mesmo sem incorporar, uma das pessoas relatou que estava vendo
uma serpente enorme "espalhando" espíritos por toda a sala da casa. Não pude mais segurar somente a
sua presença. Ele incorporou, limpou a casa e encaminhou cada um que ali estava aos seus devidos
lugares. Depois deste evento a casa não apresentou mais problemas até hoje.
Certa vez, pensando no Sr. Serpente e tentando explicar Exú de uma maneira bem simples e que qualquer
pessoa compreenda, pedi a ele que me desse uma simples e boa explicação. Mais que rápido ele escreveu:

"Exú é um anjo guerreiro que faz do território inimigo sua morada e seu campo de trabalho."

Grande sábio, grande amigo. Descobri a pouco tempo que ele esteve comigo desde muito tempo e guia
meus passos em todas as ocasiões.

Ódio e mais ódio...

Muitas coisas aconteceram nestes últimos tempos. Ciúmes, inveja e não sei mais o que exatamente. Só
porque finalmente resolvi montar um terreiro próprio, por simplesmente não concordar com algumas
questões aplicadas em outros terreiros. Ao invés de brigar ou maldizer, resolvi montar um...

Dentre os ataques, demandas, maldizeres, etc, o Sr. Serpente foi questionado a respeito da situação.
Como fazer para proteger seu médium e seu filhos do terreiro...

Ele disse simplesmente:

"- Fale para o meu cavalo: quando ele sentir que está havendo demandas basta pensar assim:

- Falar de mim é fácil, difícil é ser como eu!"

Um dos filhos do terreiro pergunta ao Sr. Serpente:

"- Considerando que eu faço o meu trabalho caritativo, sempre tento fazer algo de bom para o meu
próximo, levo minha vida de maneira a não prejudicar ninguém, assim mesmo muitos males me
acontecem. Não há como estar livre desses males?"

"- Meu filho, ninguém neste plano está livre de certos acontecimentos que, infelizmente, muitos de vocês
vêem como 'males'.
- Ninguém pode ser colocado numa bolha de proteção e ficar imune aos acontecimentos da vida e os
percalços que a própria vida lhes impõe.

- Problemas são simples obstáculos que a Lei Divina coloca em vosso caminho para que vocês tenham a
possibilidade de transpô-los e assim galgar mais um degrau na escala evolutiva de cada um.

- Qualquer problema que não esteja diretamente relacionado ao seu aprendizado e consequente
merecimento, o próprio Alto tomará as providências para que seja imediatamente retirado do vosso
caminho.

- Querer estar totalmente livre dos 'problemas' infligidos a vocês é estacionar no tempo, visando
unicamente o egoísmo e a preguiça.

- Fazer a caridade não quer dizer somente 'marcar pontos na contabilidade divina'. Fazer a caridade é
difícil e muitas vezes incompreendido. Mas com perseverança e parcimônia haverá de dar frutos dos quais
você mesmo poderá provar seu sabor, mas sempre na hora certa.

- Considere, meu filho, que se você tem algum tipo de problema com alguma pessoa do meio
espiritualista, não adianta ter a idéia de deixar este meio pensando que 'se não fosse espiritualista essas
coisas não me aconteceriam'. Mesmo estando longe do meio, a logística divina colocaria no seu caminho
esta mesma pessoa com o mesmo problema, cedo ou tarde no seu conceito, no tempo certo no conceito
divino.

A diferença é que estando em alguma outra religião você sequer saberia o porque que certas coisas lhe
acontecem e seria muito mais difícil solucionar ou pelo menos saber que você precisa passar por isso.

- Não é dando dinheiro a uma igreja que você compra a sua paz e muito menos a sua evolução.

- Não adianta mudar de religião para tentar se ver livre de problemas. A Lei Divina é aplicada ao indivíduo,
e nunca a uma religião, credo, raça, classe social, etc.

- Caminhamos para o UNO e esse caminho chama-se evolução."


Exu Treme Terra, que raramente se manifesta, e que é regido pelo orixá Omulu e Obá , que forma seu
triângulo de forças com nossa amada Mãe Nanã Buruquê.

Esse Exu é firme, aguerrido, resoluto nas ações, racionalista e circunspecto. É preciso nos seus conselhos e
não são de muita conversa, quando sentem que os conhecimentos que trazem não estão sendo
assimilados por seus médiuns e pelos consulentes, ele fica observando e esperando a transmutação.

Existe grande confusão com relação a magnitude deste Exu onde alguns chegam a confundi-lo com
Caboclo Treme Terra, que é um Caboclo da linha de Xangô. Isto ocorre pela similaridade da nomenclatura,
mas Exu Treme Terra não é um Caboclo Treme Terra virado na esquerda, o fundamento de manipulação
magística e transformadora Exu Treme Terra, é o de ser um executor, pelos domínios de força do Senhor
Omulu e Mãe Oba.

Sendo a própria terra, onde caminhamos e nos sustentamos, e sendo a terra geradora permanente de
vida, encontramos nela a primeira grande magia de Omulu, que é a famosa força da gravidade, que atrai
tudo para si, assim como também, as diversas forças dos demais Orixás formando novas conjugações.

Os desdobramentos do Senhor Exu Treme Terra se dão dentro dele mesmo.

Enquanto Pai Omulu absorve e atrai tudo a si mesmo por representar a Terra e Mãe Oba, concentrar essa
mesma Terra em torno de si, Exu Treme Terra, como já diz o nome simbólico, é um Exu de descarga
repelente, é onde fazendo a Terra Tremer, descarrega todas as energias contrárias, é ele quem reina num
Terremoto, quando a Terra Sacudida em abalos avassaladores, tira tudo de seu caminho

Por seu tipo de energia sacudir e derrubar tudo, e sugar as energias negativas transformando-as em
positivas, transmutando e transformando tudo que nela (terra) toca e entra é por isso que Ele não “vai” a
outros Exus, mas os outros é que “vem” a Ele.

Sendo o Exu a comando do Senhor Omulu, Orixá este que permanece no limite entre vida e morte,
também foi permitido a Exu Treme Terra domínios na saúde e doença.

Ele é um Exu da Terra, Mestre da Magia. Energia emanada por Zambi, O Criador para destruir os malefícios
gerados pelas doenças ou por qualquer tipo de magia e/ou enfeitiçamento.

De Mãe Obá ele transmuta na transformação energética mágica, de toda energia produzida de forma
natural, ou seja, transformador da energia natural (toda energia que seja emanada da natureza ou do
nosso próprio pensamento). Ele transforma tudo e descarrega para a terra, que transforma e transmuta
em energia positiva devolvendo para o astral de forma limpa.
É o único Exu que trabalha em todas as sessões mesmo que não tenha sido evocado. O Senhor da Terra
Omulu envia Exu Treme Terra em ação, mesmo que não tenha sido invocado. O que reforça a importância
da necessidade de nos harmonizarmos com todos os Orixás, pois eles trabalham, atuam e interagem em
absoluta e total harmonia o tempo todo.

Em função de sua característica básica ser de nos trazer a consciência cármica, e ser um Exú do tempo e da
lentidão, já que absorve de Mãe Oba a paralisação dos seres viciados e que precisam de transformação,
ele sacode a Terra, para derrubar todas as energias que contradizem com a evolução desse ser.

A palavra chave para Exu Treme Terra é concretização. Ele nos trás o silêncio e a concentração.

Por ter como elemento a terra e ponto de fixação o Cemitério (Calunga pequena), é lá que esse Exu é o
grande manipulador das forças de magia, sendo Senhor Omulu o Mestre.

As suas cores são o preto e o branco em proporções iguais.

Sua oferendas são em todos os tipos de terra, mas é no cemitério onde se concentra seu poder magístico.

Mensagem de Um Exu Treme Terra

"Os dias aqui passam rápido. Parece ontem que eu sofria demasiadamente por coisas que eu vejo que não
tinham importância. O amor, não aproveitei. Da saúde, não desfrutei. A fé, não a tive. Mas agora eu sei.
Não aprendi, e posso dizer isso porque sei que se voltasse às mesmas situações teria grande chance de
cometer os mesmos erros. Mas agora eu tenho conhecimento, que é o primeiro passo a ser dado na
evolução de um espírito. Espero um dia poder dizer: eu aprendi. Mas para que isso aconteça, tenho
consciência de que enfrentarei desafios que nunca nem sequer imaginei enfrentar. Desafios que nada têm
a ver com provas e metas a serem cumpridas, mas que envolvem algo muito mais complicado para os
seres em Terra: sentimentos. Esses que abrangem os desejos, os vícios, as tentações e principalmente o
desequilíbrio.

Não desperdiçem a chance que ainda têm de fazer diferente, ou de pelo menos não fazer tudo igual a vida
inteira. Aproveitem o amor, dêem valor à saúde (antes que a percam) e tenham fé. Eu suplico-lhes que
tenham fé, porque esta é a única que carentes, doentes, pobres, ricos, infelizes e felizes podem ter, sem
distinção.
Acreditem, nada acontece por acaso e levar a vida sem vivê-la, é o maior erro que se pode cometer."

O Exu Pantera é uma surpresa. Seu nome dá a entender ser um espírito violento, bravo, mas ao contrário,
apresenta-se com muita elegância, com charme e um bom palavreado. Ele contou sua história: afirmou ser
europeu, e grande admirador da pantera, para ele, um animal esperto, ágil, e o mais elegante de todos. Veio
ao Brasil para resgatar seu carma, agrupando-se à umbanda, especificamente à quimbanda e como tem uma
relação direta com o Caboclo da Pantera, não teve nenhuma dúvida em usar o nome do lindo felino. Daí seu
nome: Exu Pantera

Chefe - Exu Pantera Negra, conhecido por este nome devido à sua enorme coragem e força para vencer
demandas e realizar os mais terríveis trabalhos de magia, além de ter o poder de curar até doenças tidas
como incuráveis, também possui o poder de enriquecer quem a ele recorrer, esta linha possui este
denominativo não é atoa, pois os espíritos que compõe esta linha se apresentam como se fossem caboclos,
índios americanos enfim, tendo especialidade em trabalhos de cura e desobstrução, além de favorecerem as
riquezas materiais e tesouros, são exímios guerreiros, a maioria delas pertencem a antiga tribo Sherokee dos
E.U.A. Assim como ocorre em todas as linhas, é esta composta por sete falanges, cada uma com seu
respectivo chefe, que por sua vez comanda outras sete legiões, onde se divide novamente em sete falanges,
novamente, cada falange com sete chefes e assim sucessivamente até certo limite

Exu pinga fogo

Pertence à família das almas, seria o segundo na hierarquia do cemitério.

Esse Exu é chefe de legião.

Exú Guardião!

Sua apresentação astral é de um homem com uma grande capa roxa por dentro e preto por fora com
bordados dourado.

Em sua última encarnação foi um príncipe, enganava muito as pessoas, roubava, etc.

Pertence a Lina negativa de Yorima (almas, pretos velhos), serventia de Pai Guiné.

Seu mineral é ônix, preto bruto ou hematita.

Seu metal é chumbo.

Sua erva é bananeira.

Trabalha muito com ervas, punhais, fitas, crânios (imagem de barro).

Fuma charuto, cigarrilhas.

Bebe conhaque, uísque, marafo.

Sua guia é preta e branca com imagem de caveiras.

É pouco conhecido na umbanda.


As entidades que atendem pelo nome Pomba Gira Dama da Noite, pertencem a todas as falanges, tal qual
as Pomba Giras do Cabaré.

Fazem a comunicação e a troca de informações entre essas falanges.

São uma espécie de informantes, estão em toda a parte, "correm a gira"no astral para avaliar todas as
questões que envolvem um caso que esteja sendo tratado por outras Guardiãs. São muito versáteis e
conhecem de tudo um pouco.

Uma outra atribuição muito importante, dessas Pomba Giras, é o desenvolvimento mediúnico de médiuns
iniciantes. Portanto podem se manifestar em qualquer ponto cantado, ou, mesmo não sendo, a Pomba
Gira que irá trabalhar com o médium, pode dar ao mesmo "intuição" de quem será sua Pomba Gira de
trabalho, incorporando ou passando vibração ao médium apenas no ponto cantado de sua Pomba Gira.

Dificilmente riscam ponto e dão consulta, ficam de pé no meio do terreiro dançando e preparando o
médium, por isso, é muito comum incorporações de curta duração, para evitar desgaste e fadiga do
médium. Outra forte atuação dessas Senhoras é a comunicação intuitiva, já que o médium em
desenvolvimento não está "pronto" para identificar mensagens claras, pois ainda não sabe se quer o
nome de sua Pomba Gira.

Isso não ocorre com todos os médiuns, em alguns casos, dependendo da história, do grau de mediunidade
e da relação "entidade-médium", a Pomba Gira de trabalho, já informa ao médium, quem é e o que quer.

As Pombas Giras Damas da Noite, após um período, que varia, de caso para caso, acabam por optar por
uma atividade mais especializada, aí sim, ingressando numa falange específica.

São muito bem humoradas e passam ao médium, uma sensação de alegria e descontração. Estão sempre
presentes nos Terreiros, e mesmo que um determinado médium da corrente, não seja médium de
incorporação, recebe sua vibração, o que o protege das energias densas que são desagregadas nas giras de
Exú.

Seu nome "Dama da Noite" pode fazer com que seja associada à "Pomba Gira do Cabaré". Mas essas
guardiãs têm funções distintas, as Damas da Noite, por serem entidades responsáveis pelo
desenvolvimento mediúnico de muitos médiuns, não costumam enfrentar o astral inferior, de modo
frontal, pois precisam manter uma vibração perispiritual menos densa, para a proteção dos médiuns que
estão sendo por elas desenvolvidos.

Em sua denominação simbólica, normalmente são conhecidas apenas por Pomba Gira Dama da Noite, não
havendo a complementação, como por exemplo, Pomba Gira Dama da Noite das Almas, ou Pomba Gira
Dama da Noite da Encruzilhada, etc.
Mas em alguns casos, a entidade, por motivos que julgue necessários, pode oferecer alguma
complementação, mas isso é menos comum com as Damas da Noite, que são essencialmente discretas e
reservadas em relação ao seu trabalho.

Como existem milhares de Pomba Giras Damas da Noite, também existem

milhares de histórias sobre cada uma.

Uma das Lenda da Pomba-Gira Dama da Noite

Carmem vagava pelas ruas sem saber para onde ir. Perdera os pais, quando tinha cinco anos, e fora morar
com seus tios. Tratada como escrava por anos, nunca soube o sentido da palavra felicidade. Analfabeta,
somente conhecia os segredos da cozinha e da limpeza que era obrigada a fazer diariamente. O assédio de
seu primo tornara-se insuportável conforme crescia em formas e beleza. Tanto o rapaz insistiu que acabou
levando-a para a cama, onde foram flagrados pela velha tia, que em nenhum momento duvidou da
palavra do filho que acusava a moça de seduzi-lo dia após dia.

De nada valeram os apelos e juras de inocência. Imediatamente foi posta na rua sem um tostão e apenas
com a roupa do corpo. Agora estava ali perambulando por ruas que não conhecia em uma noite escura e
com lágrimas correndo pelo belo rosto. Um homem aproximou-se dela: - O que faz uma moça tão bonita
perdida por aqui? E porque chora? Desalentada, começou a falar tudo que havia se passado. Não tinha
nada a perder. Quem sabe aquele rapaz não a ajudaria? Fora o único que mostrara interesse no seu
drama. Após ouvir tudo ele disse: - Venha comigo, tenho um lugar para você ficar! Sem outra opção a
jovem o seguiu. Entraram em um casarão escuro em que somente uma pequena luz bruxuleava. Uma
senhora vestida e maquiada com extravagância para àquela hora da noite, atendeu-os prontamente:

- Mais uma menina, Jorginho? De maneira brusca, o rapaz agarrou a mulher pelo braço e sussurrou-lhe:

- Esta é minha, vou querer somente para mim!

- Calma lá garotão! Se você pagar não vejo motivo para que não seja sua.

A partir desse momento Carmem transformou-se em mais uma menina da famosa Madame Eglantine. A
principio deitava-se com Jorge pela gratidão, aos poucos, porém foi tomando-se de amores pelo rapaz,
que em pouco tempo enjoou do que tinha com facilidade. Depois de dois meses de amor incondicional, o
rapaz procurou pela Madame e falou:

- Já está na hora da garota fazer a vida, não tenho mais como pagar pela sua estadia aqui.
Eglantine sorriu com desdém, pois já sabia que o final seria esse, não era a primeira que passava por isso
em sua casa. Ao ser informada de suas novas atribuições, a moça desesperou-se, chorou uma tarde
inteira. Sem ter como fugir da situação, preparou-se para cumprir o combinado. Sentada no grande salão
mal iluminado Carmem aguardava. Cada vez que uma das meninas subia acompanhada de alguém, ela
suspirava de alivio por não ter sido escolhida. No entanto, quando já achava que estaria livre por aquela
noite, Madame aparece com um senhor:

- Querida, trate muito bem o Comendador Belizário, ele é prata da casa! Ao olhar o homem, sentiu o
estômago revirar, ele podia ser seu avô! Eglantine percebeu e fixou um olhar gélido sobre ela:

- Leve-o para seu quarto e faça tudo para agradá-lo. Com os pés pesados ela subiu as escadas que a
levariam para o sacrifício, puxando o comendador pela mão. O velho fungava em sua nuca e ela tentava
desviar do contato, ao sentir o hálito mal cheiroso, não resistiu, pediu que ele a soltasse e o empurrou
com violência. Isso somente excitou mais o homem que agora literalmente babava em seu pescoço.
Instintivamente agarrou a haste de bronze do abajur e desferiu com ódio na cabeça de Belizário.

O sangue correu imediatamente manchando seu seio. Mas o velho não caiu, tomado de ira, apertou o
pescoço da jovem até que, com os olhos vidrados, ela deu o último suspiro. Assustado pelo que fizera e
com o sangue escorrendo pelo rosto, o comendador correu para as escadas onde tropeçou e rolou caindo
morto no meio do salão de Madame Eglantine. Durante muitos anos o espírito de Carmem vagou por
regiões escuras onde reviu e reviveu carmas e pecados de vidas anteriores.

Amparada por linhas auxiliares começou seu trabalho de evolução espiritual utilizando a roupagem da
Pomba-Gira Dama da Noite. Quem já se consultou com essa grande mulher sabe dos ótimos conselhos que
ela sempre distribui entre sorrisos gentis e calorosos. Laroiê a Dama da Noite! Laroiê as Pomba-Giras!.

Maria padilha

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

História da Pomba Gira Maria Padilha


A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato! Porque devido a várias histórias
contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controvérsias. Já faz um bom tempinho que
venho lendo e pesquisando histórias de Maria Padilha ou ( Maria de Padilha) que vem a ser o verdadeiro
nome da amante rainha do Rei de Castela.

A história conta que Maria de Padilha era uma jovem muito sedutora que foi viver no reinado de Castela
como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela ( O cruel ) . Sendo que esta moça
tinha um tutor e este responsável e tio da bela donzela, que também era herdeira de sangue nobre,
devido a influencia de seu pai na corte espanhola.
A lenda conta que D.Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbom, uma jovem pertencente a
corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com D. Pedro porque este estava já para
assumir o Reinado do pai, no ano 1350.

D. Maria de Padilha e o Rei de Castela depois de apresentados, fulminaram-se de paixão um pelo outro e
mesmo as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito D.Pedro I
de Castela, não queria casar-se com D. Blanca de Bourbom, mais este casamento traria excelentes
benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.

Dizem que Maria de Padilha, trabalhava na magia com um judeu cabalista e que este a ensinou muitas
magias e através destas... conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Conta a história que ela foi
uma das grandes responsáveis pelo o abandono ou morte de D. Blanca de Bourbom pelo rei, digo
abandono ou morte porque ainda é uma história muito confusa... alguns livros indicam que D. Blanca foi
decapitada ao mando do Rei... outros apenas citam que ela foi abandonada por ele e devolvida a sua
família na França por ele ter assumido seu amor por Maria de Padilha.

Maria de Padilha de Castela, depois do sumiço de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em
Sevilha, palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.

Maria Padilha deu quatro filhos ao rei de Castela sendo que o primogênito morreu em idade tenra.

Ao contrario do que conta muitas histórias publicadas desta grande personagem, Maria Padilha morreu
antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, fez com que seu
súditos beijassem as mãos do corpo falecido por peste negra e a enterrou nos jardins de seu castelo.

O Rei anunciou ao sei reinado que havia casado com D. Maria Padilha as escondidas e que queria que seu
filhos com ela fossem reconhecidos como herdeiros do trono e que a imagem de Maria Padilha diante do
povo fosse de uma Grande Rainha.

Um ano mais tarde o rei veio a casar-se de novo, mais nunca escondeu que o grande amor de sua vida
tinha sido D. Maria Padilha, os contadores contavam que o feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha
seria eterno! pela família e tampouco pela corte. Alguns anos depois o Rei de Castela veio a falecer pelas
mão de seu meio irmão bastardo que acabou assumindo o seu posto de Rei de Castela... o corpo do rei
deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas
estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um
pelo outro.
Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte
de D.Pedro II no Brasil, onde esta mulata em um sessão da Catimbó... recebeu uma entidade muito
feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que
depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.

Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não
mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando
do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de
mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos... Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou
assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras.

Há muitos pais de santo e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de
Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras, mais esta desconfiança, ainda não foi
esclarecida, nem pelas próprias identidades que trabalham com D. Rainha das Sete Encruzilhadas. Esta
desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete
encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava

Caveira

Sou exu, assentado nas forças do Sagrado Omulu e sob sua irradiação divina trabalho. Fui aceito pelo Divino
Trono Mehor-yê e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última passagem pela
terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando vazão
ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar.

Fui senhor de um povoado que habitava a beira do grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e
inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e fetos humanos. Até que minha própria mulher
engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que crescia no ventre de minha amada, devia ser
sacrificada, para acalmar o deus da tempestade. Obviamente eu não permiti que tal infortúnio se abatesse
sobre minha futura família, até porque se tratava do meu primeiro filho. Mas todo o meu esforço foi em vão.
Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, invadiram minha tenda silenciosamente,
roubaram minha mulher e a violentaram, provocando imediato aborto e com o feto fizeram a inútil oferenda
no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de ódio e eu nada fiz para contê-lo. Simplesmente e enquanto
houve vida em mim, eu matei um por um dos algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote.
Passei a não crer mais em deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da terra,
soterrado pela areia, tamanha foi à fúria da tempestade. De repente o que era rio virou areia e o que areia
virou rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era sangue. Sem
perceber estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei que se organizaram em uma
trevosa falange a fim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei então a ser vítima do ódio
que semeei.

Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias
aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim
invadimos terras e mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos
entregávamos às depravações com todas as mulheres que capturávamos. Foi uma aventura horrível. Quanto
mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não podia ter minha mulher, então que nenhum homem em
parte alguma poderia ter. Entreguei-me a outros homens, mas ao mesmo tempo violentava bruscamente as
mulheres. As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro era de ódio e destruição
completa. Até que chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também despertava muito ódio em
alguns dos mais interessados em destruí-lo, pois os mesmos não concordavam com sua doutrina ou religião.
Eis que então fomos pagos para fazer o que tínhamos prazer em fazer, matar o faraó.

Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram muito numerosos, nos
aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro ferem, com ferro
será ferido. Isto coube na medida exata para conosco.

Parti para o inferno. Mas não falo do inferno ao quais os leitores estão acostumados a ouvir nas lendas das
religiões efêmeras que pregam por aí. O inferno a que me refiro é o inferno da própria consciência. Este sim
é implacável. Vendo meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e sangrando, não consegui
compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue jorrava-me fez recordar-me de todas as minhas
atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor e tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se transformou
de repente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e mais caveiras se
aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, cai derrotado. Não sei quanto tempo fiquei ali, inerte e
chorando, vendo todo aquele horror.
Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda mais cruel. Minha consciência se fechou em
si mesma. O medo se apossou de mim, já não era mais eu, mas sim o peso de meus erros que me
condenava. Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam meus sentidos bem lá no fundo.
O medo aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim mesmo,
pelo meu ódio cada vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu povoado? Onde
estavam meus companheiros? Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada mais havia a não ser
choro e ranger de dentes. Reduzi-me a um verme, jogado nas trevas de minha própria consciência e
somente quem tem a outorga para entrar nesta escuridão é que pode avaliar o que estou dizendo, porque é
indescritível. Recordar de tudo isto hoje já não me traz mais dor alguma, pois muito eu aprendi deste
episódio triste de minha vida espiritual.

Por longos anos eu vaguei nesta imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas
forças.

Já não havia mais suspiro, nem lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim nada que se pudesse sentir. Fui
esgotado até a última gota de sangue, tornei-me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui
num último arroubo de minha vil consciência pedir socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que então,
depois de muito clamar, surgiu um alguém que veio a tirar-me dali, mesmo assim arrastado. Recordo-me
que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavaleiro que o montava assemelhava-se a um guerreiro,
não menos cruel do que fui. Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me alimentaram e
cuidaram de mim com desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos? Perguntava-me
intimamente. Sim claro, senão ainda estaria lá naquele inferno, respondia-me a mim mesmo. “–Cale-se e
aproveite o alvitre que vosso pai vos concedeu.”- Disse uma voz vinda não sei de onde. O que eu não
compreendi foi como ele havia me ouvido, já que eu não disse palavra alguma, apenas pensei, mas ele ouviu.
Calei-me por completo.

Por longos e longos anos fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu corpo se refez e eu pude
levantar-me novamente. Apresentou-se então o meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os dentes.
Carregava um enorme tridente cravado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Longa capa negra lhe
cobria o dorso, mas eu não consegui ver seu rosto.

– Não tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verá a mim, porque aqui todos são iguais.

Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saía e eu
olhava baixo, resignando-me perante suas ordens.
- Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se não quiser retornar àquele
antro de loucos que estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei trabalho e comida.
Desobedeça e sofrerás o castigo merecido.

- Posso saber seu nome, nobre senhor?

- Por enquanto não, no tempo certo eu revelarei, agora se cale, vamos ao nosso primeiro trabalho.

- Esta bem.

Segui o homem. Ele de cavalo e eu corríamos a atrás dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares
sujos e realizamos várias tarefas juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de muito
tempo. Aos poucos meu amor pela criação foi renascendo. As várias lições que me foram passadas me
faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. Gradativamente fui galgando os degraus
daquele mistério com fidelidade e carinho. Ganhei a confiança de meu chefe e de seus superiores. Fui posto
a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram anos e anos de
aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas asseguro que menos de cem anos não foram.

Foi então que numa assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu.
Nela eu me apresentei ao Senhor Omulu e ao divino trono de Mehor-yê, assumindo as responsabilidades
que todo Exu deve assumir se quiser ser Exu.

- Amor a Deus e às suas leis;

- Amor à criação do Pai e a todas as suas criaturas;

- Fidelidade acima de tudo;


- Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria;

- Obedecer às regras do embaixo, assim como as do encima;

E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas têm para todos os Exus.

A princípio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia.

Mas logo me surgiu a necessidade de ter minha própria falange, visto que os escravos que capturei já eram
em grande número. Por esta mesma época, aquele antigo sacerdote do meu povoado, lembram-se? Pois é,
ele reencarnou em terras africanas e minha esposa deveria ser a esposa dele, para que a lei se cumprisse.
Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei imediatamente uma audiência com o Divino Omulu e
com O Senhor Ogum Megê e pedi que intercedessem para que eu pudesse ser o guardião de meu antigo
algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido poderia ter a minha falange. Assim assumi a
esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para ser o Babalorixá,
em substituição ao seu pai de sangue. A filha do babalawo era minha ex-esposa e estava prometida ao seu
antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim às nossas diferenças. Minha ex-mulher deu a luz a
vinte e quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho eu tive naquela aldeia.
Até que as invasões e as capturas e o comércio de negros para o ocidente se fizeram. Os trabalhos
redobraram, pois tínhamos que conter toda a revolta e ódio que emanava dos escravos africanos, presos aos
porões dos navios negreiros.

Mas meu protegido já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas era
a lei e ela deveria ser cumprida.

Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: “Todos os guardiões devem se preparar, novos
assentamentos será necessário, uma nova religião iria nascer o que para nós era em breve, pois não sei se
perceberam, mas o tempo espiritual é diferente do tempo material. Preparamo-nos, conforme nos foi
ordenado. Até que a Sagrada Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à esquerda do
Sagrado Omulu-yê e então pude assumir meu trono, meu grau e meus degraus. Novamente assumi a
obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje já está no em cima, feito meritoriamente alcançado,
devido a todos os trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem".
Hoje, aqui de meu trono no embaixo, comando a falange dos Exus Caveira e somente após muitos e muitos
anos eu pude ver minha face em um espelho e notei que ela é igual à de meu tutor querido o Grande Senhor
Exu Tatá Caveira, ao qual devo muito respeito e carinho. Não confundam Exu Caveira, com Exu Tatá Caveira,
os trabalhos são semelhantes, mas os mistérios são diferentes.

Tatá Caveira trabalha nos sete campos da fé; Exu caveira trabalha nos mistérios da geração na calunga,
porque é lá que a vida se transforma, dando lugar à geração de outras vidas, mas não se esqueçam que há
sete mistérios dentro da geração, principalmente a Lei Maior, que comanda todos os mistérios de qualquer
Exu. Onde há infidelidade ou desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes, Exu Caveira
atua, desvitalizando e conduzindo no caminho correto, para que não caiam nas presas doloridas e
impiedosas do Grande Lúcifer-Yê, pois não desejo a ninguém um décimo do que passei. Se vossos atos forem
bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a todos os desejos de
qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios.

De qualquer maneira, o amor impera sim, o amor, e por que Exu não pode falar de amor? Ora se foi pelo
amor que todo Exu foi salvo, então o amor é bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o meu
mistério. Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua religião e ofereça velas pretas,
vermelhas e roxas, farofa de pinga com miúdos de boi. Acenda de um a sete charutos, sempre em números
ímpares e aguardente. De acordo com o número de velas, acendem-se sete velas, assente sete copos e sete
charutos, assim por diante. Agrupe sempre as velas da mesma cor juntas e forme um triângulo com o vórtice
voltado para si, as velas roxas no vórtice, as pretas à esquerda e as vermelhas à direita, simbolizando a sua
fidelidade e companheirismo para conosco, pois Exu Caveira abomina traição e infidelidade, como, por
exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim e todos os que praticam tal ato é então condenado a viver
sob as hostes severas de meu mistério. Peça o que quiser com fé, e com fé lhes trarei, pois todos os Exus
Caveira são fiéis aos seus médiuns e àqueles que nos procuram.

A falange de Exus Caveira pertence à falange do Grande Tatá Caveira, que é o pai de todos os Exus
assentados à esquerda do Divino Omulu, os demais, não posso citar falo apenas do meu mistério, pois dele
eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso aprendizado,
quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e certamente
saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Um último detalhe a ser revelado é que todos os que
têm Exu Caveira como Exu de trabalho ou protetor, é porque em algum momento do passado, pecaram
contra a criação ou à geração e ambos, protetores e protegido tem alguma correlação com estes atos
errôneos de vidas anteriores.
Tenham certeza, se seguirem corretamente as orientações, com trabalho e disciplina, o mesmo que sucedeu
com meu antigo e grande Sumo Sacerdote, sucederá com vocês também, porque este é o nosso desejo.
Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue vencer através de seu médium ou protegido, ele
automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os degraus da evolução em outras esferas.

“Que o Divino Pai maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior e a Justiça Divina lhes dêem as bênçãos de
dias melhores”.

Tata Caveira, Pemba, Brasa, Carangola, Pagão, Arranca Toco, Exu do Lodo e Pomba Gira Rainha do
Cemitério. Devido ao respeito mostrado por outros Exus ao Seu Caveira, durante a Gira, chamando-o de
'chefe' tenho opinião de que a falange é bem maior somando o total de 49 Exus, isso não deve ter muita
importância no entendimento sobre o tema pois uma decodificação, creio, é sempre prematura tendo em
vista que o desenvolvimento espiritual e a Lei do Karma, são eternos, e isso também vale na esfera dos
Exus... no campo da fé só é preciso acreditar.Exu Caveira, dizem alguns, é um desdobramento do próprio
Sr. Omolu que assume a forma de Exu Caveira para trabalhar mais ativamente nas Giras de Quimbanda. É,
digamos assim, o braço direito deste Orixá. Também existe quem fale que os Senhores João Caveira, Tata
Caveira, Exu Caveira e Exu Caveirinha são a mesma entidade desdobrando-se ou mesmo apresentando-se
cada vez com um destes quatro nomes, coisa que acho difícil pois o trabalho nas Giras de Quimbanda tem
mostrado por diversas vezes os quatro incorporados em um mesmo trabalho, com personalidades
parecidas porém características próprias, individuais de cada um, tenho certeza que os 4 existem de fato
como entidades distintas; porém talvez tenham mesmo se originado num desdobramento ocorrido num
passado distante, anterior a própria criação, não tenho dúvidas de que Seu Caveirinha e Seu João Caveira
pertencem a mesma falange, teoria esta que desmente as decodificações anteriores baseadas nas falanges
de divindades pagãs e descrições do Grimorium Verum isso apesar de em muitas vezes o sincretismo
indicar e descrever também, de fato, características próprias destes espíritos.
Pelo que foi dito pelo Seu Caveira ele encarnou na Terra, em forma humana, pela 1ª vez há pouco mais de
30.000 anos: "Quando encarnei pela primeira vez na Terra, há mais de 30.000 anos, estava tudo desolado
e tive que me alimentar de um óleo que brotava do chão para sobreviver" disse ele explicando porque
tem costume de beber azeite de dendê. Em todas as suas encarnações sofreu o como sofrem os seres
humanos comuns para poder alcançar um grau maior de evolução sei que por escolha própria, apesar de
gostar de riqueza nunca foi um nobre muito endinheirado ou teve alguma posição de grande destaque na
sociedade, optando sempre por levar a vida simplesmente, sem apegar-se a luxos terrenos, sem fixar
residência num mesmo lugar durante toda a vida e praticando até um relativo isolamento. Um fato
curioso que vem sendo amplamente divulgado pelos próprios Caveiras é que uma vez encarnaram todos
juntos, me parece que num total de 49 pessoas, no antigo Egito e fizeram parte de uma mesma seita
aonde Seu Tata era o sacerdote, por praticarem o moteísmo foram todos condenados a serem queimados
vivos, fato este que acredito ter realmente acontecido; creio que a encarnação e reencarnação destas
entidades na Terra, partindo desta e passando pelo Brasil colonial aonde encarnaram como senhores de
engenho, fazendeiros, barões e feitores de escravos (o que explica o fato de terem por Lei de obedecer aos
Pretos e Pretas Velhas para trabalhar no Terreiro) teve relação direta com o fato de hoje eles trabalharem
na Lei de Umbanda através da Quimbanda.

Exu Caveira, juntamente com Seu Tata Caveira, são responsáveis diretos pela administração do vício na
Terra, na maior parte vicio em drogas pesadas que alteram a percepção e causam dependência física e ou
psíquica, incluindo álcool e cigarros, eles podem também facilmente influir na sanidade corporal e
psíquica das pessoas tirando ou dando lucidez e ou saúde física, claro que sempre de acordo com o
merecimento, Karma, da pessoa que sofre sua influência ou de sua falange. Exu não pode simplesmente
fazer mal a um inocente por isso a importância de se levar uma vida correta. O vício é usado como
ferramenta de trabalho por Exu no dever de fazer cumprir o Karma, ou mesmo como provação. O livre
arbítrio nos da o poder da decisão, podemos escolher formas mais brandas de cumprir nosso Karma e de
cuidar de nossa evolução e para isso podemos contar com a proteção de Exu contra estes perigos e
armadilhas aonde ele é o mestre.

A falange dos Caveira mexe profundamente com o nosso conjunto dos processos psíquicos conscientes e
inconscientes devido ao grande medo da morte que trazemos, dentro da maioria de nós,
enquantoencarnados. Por termos também impressos em nossa psique serem estas entidades responsáveis
diretos pelo desencarne, nada mais justo que lhes prestarmos o devido respeito evitando assim qualquer
espécie de distúrbio no campo que lhes pertence.

Os Terreiros tradicionais, do início do século passado, têm grande receio em invocar esta entidade e só o
fazem quando a coisa fica pesada mesmo, quando acontece algo que eles não compreendem ou mesmo
não sabem como lidar ai chamam Exu, já vi e ouvi até dizerem este poderoso Exu é louco, intrigueiro e
irresponsável, coisa que a mim, com todo respeito, parece ridícula pois isso se deve ao único fato destas
tendas ignorarem uma boa Gira de Quimbanda por crenças de falsas morais que já não nos servem mais
nos dias de hoje.

Exu Caveira e sua falange tem em especial grande poder para favorecer a qualquer espécie de especulação
ensinando todas as táticas e artimanhas da guerra, tendo em vista a vitória sobre os inimigos, é
encarregado de vigiar a entrada para cemitérios ou qualquer lugar aonde hajam pessoas enterradas, seu
poder é tal que muitas vezes incutem medo nos que o invocam. Não existe trabalho ou despacho a ser
realizado em um cemitério sem a presença de Exu Caveira. Com todo este poder devemos mesmo ter
muito cuidado ao tentar manipular estas energias pois em caso de erro, e errar é humano, os prejudicados
seremos nós mesmos.

Seu Caveira apresenta-se na maioria das vezes como uma caveira, de altura respeitável, vestida de preto e
trazendo na mão alguma arma, sendo mais comuns: a foice, o tridente, a espada, o gládio, elmo e escudo,
depende a ocasião ele pode aparecer com a cabeça coberta, mostrando a caveira, ou não, pode-se
identificá-lo pelas mãos que parecem grandes garras devido ao tamanho das unhas e dedos que assumem
forma de garra pela aparente ausência de tecido. Sua cor é o preto mas não raro usa também velas,
ponteiros e pemba vermelha e ou branca. Quando usa só pemba preta ou risca um caixão em seu ponto
ele está trabalhando com magia negra, quando usa 9 velas pretas geralmente é Vodu.

É sincretizado com a divindade pagã conhecida, em sânscrito, por Sergulath, e sua falange, pela ordem:
Próculo, Haristum, Brulefer, Pentagnony, Aglassis, Sidragosam, Minoson e Bucon, perfazendo um total de
nove, número este o preferido de Exu Caveira e por ele utilizado na magia. Também podemos encontrar
outros sincretismos de Exu Caveira através dos cultos e épocas. Do sincretismo com a divindade pagã é
que vem a estatueta 'demoníaca' de Exu Caveira encontrada em casas de artigos religiosos, acredito que
pode ele realmente assumir esta forma digamos assim 'horrenda' ou até mesmo mais assustadora para
trabalhar nas esferas abissais ou no limbo (inferno).
Desde que se propôs, juntamente com outros Exus, a trabalhar em conjunto com a Umbanda, exatamente
na época de sua divulgação em 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, no início do século passado, é
cada vez mais raro ver este Exu, incorporado fora de Terreiros que saraivem às 7 Linhas da Umbanda e 7
Linhas da Quimbanda equilibradamente e na pratica da caridade porém, mesmo que mais raramente, ele
continua presente em atividade também em diversos cultos com maior destaque para a Santeira, o Vodu,
as Macumbas, o Candomblé e Batuques, cultos aonde tem sempre aparelhos disponíveis para
incorporação caso seja invocado.

Deve-se alertar para o fato de existirem espíritos mal

intencionados que tentam passar-se por Exu Caveira; por este ter onipresença e grande poder nas Trevas,
estes zombeteiros usam seu nome na presença dos incautos prometendo cometer barbaridades em troca
de alguns patacos e oferendas; no plano espiritual também existem vigaristas que procuram semelhantes
na Terra, Exu Caveira está presente para colocar estes charlatões em seus devidos lugares.Tenha certeza,
Seu Caveira é um Exu bastante antigo, amigo e companheiro. Quando é de nosso merecimento é mais do
que irmão; mas deve-se cuidar para digamos assim 'não sair da linha' porque ele pode se tornar um
verdadeiro tormento aos que com ele não souberem tratar, devemos lembrar de que ele é o carrasco que
nos visitará no segundo fatal

Pombas-Giras - Ciganas e Exús: Sete Saias- Caveira- Padilha e outros.

Para os filhos, que ela trata com absoluto respeito, amor e carinho, Sete Saias é, Mãe! Acreditem! É a mais
doce das mães carnais, que qualquer filho poderia ter, se comparado a uma.
Conselheira, terapeuta, psicóloga, amiga e mãe. Estas descrições talvez consigam permear o todo, chamado
Sete Saias. Os hábitos comuns de uma pomba-gira em terra, são ultrapassados por ela. O que se sente
quando ela está no plano terreno é paz! Uma segurança incomensurável, uma doçura debochada como a de
uma menina mulher.
Ela é absolutamente fiel ao que cumpre, ao que acredita, e a tudo aquilo que busca na Terra. Fala o que
precisa ser dito! É objetiva nos conselhos que dá e goza de uma paixão pela vida que nos ensina o quanto
vale a pena viver como humanos, a cada encontro.
Sete Saias não se faz maior ou menor, não rebaixa ninguém, nem valoriza além do que nos cabe. Ela é
verdadeira no que faz, no que sente e na forma como se relaciona com seus filhos e clientes. Para todos é
sempre a mesma. Não há distinção, partidarismo ou preconceito. É mestra por natureza e humilde,
sobretudo quando questionada e não tem resposta certa, vai buscar. Aluna incessante da faculdade da vida,
um espelho para refletimos sobre nosso crescimento espiritual, sobre quem somos e o que estamos fazendo
de nossas vidas. É impossivel não se apaixonar por ela, porque no fundo, todos nós seres humanos buscamos
a serenidade e a verdade nas nossas relações interpessoais e isto ela esbanja. Perpicaz, audaciosa, e
espontânia, ela é ela, mesmo que isto desagrade às convenções. Seu olhar firme, energia que transborda
alegria e amor, um contato que todos deveria fazer, pelo menos uma vez na vida.
"Conhecer Sete Saias é descobrir-se um pouco mais, afinal, seu trabalho é este"

Sete Saias

Esta é uma das entidades mais conhecidas e queridas dentro da Umbanda e Povo do Oriente, é a cigana Sete
Saias. Muitos médiuns e chefes de terreiros por falta de informação não costumam apresentar esta
maravilhosa entidade com a sua verdadeira origem cigana, fazendo desta linda gira uma pomba-gira de
encruzilhada. A Cigana Sete Saias é considerada a Deusa do Amor pelo povo do oriente, e a ela que as moças
recorrem quando desesperadas por falta de amor. “A lenda conta que a Cigana Sete Saias foi apaixonada por
um moço “não cigano” o que seus pais não aceitavam... e proibida de viver este amor parou de comer até vir
a falecer. Quando seu corpo estava sendo preparado para velar, sua mãe trouxe suas sete saias favoritas e
colocou a seus pés para poder rodar e jogar cartas nos caminhos do astral superior. A moça chegando as
astral, foi recebida por Santa Sara a qual a designou a proteger e ajudar todas as moças que choravam por
seus amores proibidos e impossíveis... É a esta entidade poderosa que as mais serias mandingas de amor são
realizadas... e há quem diga que o que a Cigana Sete Saias Une... Ninguém separa.
"Visão de Neide Santos a qual trabalha ha 35 anos com a Sete Saias"

Doce poesia, num "reconhecimento" total de mim. Meu porto seguro, colo e força, um paradoxo!

Energia que me faz transmutar, vencer meus próprios limites, percorrer os espaços que eu mesma
desconhecia em mim. O encontro com a "velha amiga", é a sensação mais gostosa, íntima e plena que
posso sentir, no que tange o Plano Espiritual.

Ela é a certeza de que a vida transpõe espaços físicos e do quanto sou apenas uma partícula da grande
obra divina; mas é, também, o espelho que reflete a mim mesma, o quanto sou única, capaz e infinita.
Doce limiar entre este e o mundo que não vejo; a resposta coerente para as tantas dúvidas que soavam
descontentes em mim. Minha metade que brinca de ser menina, que pisa nas poças d´águas fazendo festa
e o olhar certeiro de mulher guerreira que não hesita ao perceber o alvo. Tradução da espiritualidade que
sou e busco, brilho de luz em noite sem luar; sopro do vento de Iansã e a deliciosa meiguice do colo farto
de Oxum, mãe de nós.

Ela é o gosto promissor da nova era, a chama da evolução que acredito para os homens; um elo entre
aquilo que fui, o que sou e todas as minhas aspirações.

Sagrada legenda da minha ideologia; coragem e bravura a luz dos meus dias. Sete Saias, é a possibilidade!
Um conjunto infinito de razões para se compreender a "nova espiritualidade". Ela é a ponte entre todos os
povos, raças e cores; a verdadeira face de todos os amores; o desafio certo para quem, como eu, exerce o
ofício de viver, além dos rótulos, além dos credos, além dos mitos.

"Sete Saias é a percepção, a revelação, a sensibilidade e o entendimento. Um terno balanço de barco a


ninar um rebento; acalanto de sol, dourando a pele, reflexo do meu próprio rosto nas águas infinitas dos
rios de minha Mãe Oxum" .
Punhal das Ciganas

Cigana Sete Saias


Punhal Cigano
"Águia voa alto, mas com as asas cortadas não passa de uma galinha grande".

(provérbio Cigano)
EXÚ

Caveira

Sou exu, assentado nas forças do Sagrado Omulu e sob sua irradiação divina trabalho. Fui aceito pelo
Divino Trono Mehor-yê e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última passagem
pela terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando
vazão ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar.
Fui senhor de um povoado que habitava a beira do
grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e
fetos humanos. Até que minha própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que
crescia no ventre de minha amada, devia ser sacrificada, para acalmar o deus da tempestade. Obviamente
eu não permiti que tal infortúnio se abatesse sobre minha futura família, até porque se tratava do meu
primeiro filho. Mas todo o meu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia
reunidos, invadiram minha tenda silenciosamente, roubaram minha mulher e a violentaram, provocando
imediato aborto e com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de
ódio e eu nada fiz para contê-lo. Simplesmente e enquanto houve vida em mim, eu matei um por um dos
algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote.

Passei a não crer mais em deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da
terra, soterrado pela areia, tamanha foi à fúria da tempestade. De repente o que era rio virou areia e o
que areia virou rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era
sangue. Sem perceber estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei que se
organizaram em uma trevosa falange a fim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei
então a ser vítima do ódio que semeei.

Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias
aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo.
Assim invadimos terras e mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos
entregávamos às depravações com todas as mulheres que capturávamos. Foi uma aventura horrível.
Quanto mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não podia ter minha mulher, então que nenhum
homem em parte alguma poderia ter. Entreguei-me a outros homens, mas ao mesmo tempo violentava
bruscamente as mulheres. As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro era
de ódio e destruição completa. Até que chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também
despertava muito ódio em alguns dos mais interessados em destruí-lo, pois os mesmos não concordavam
com sua doutrina ou religião. Eis que então fomos pagos para fazer o que tínhamos prazer em fazer, matar
o faraó.
Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram muito numerosos, nos
aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro ferem, com
ferro será ferido. Isto coube na medida exata para conosco.

Parti para o inferno. Mas não falo do inferno ao quais os leitores estão acostumados a ouvir nas lendas
das religiões efêmeras que pregam por aí. O inferno a que me refiro é o inferno da própria consciência.
Este sim é implacável. Vendo meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e sangrando, não
consegui compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue jorrava-me fez recordar-me de todas as
minhas atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor e tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se
transformou de repente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e
mais caveiras se aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, cai derrotado. Não sei quanto tempo
fiquei ali, inerte e chorando, vendo todo aquele horror.

Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda mais cruel. Minha consciência se fechou
em si mesma. O medo se apossou de mim, já não era mais eu, mas sim o peso de meus erros que me
condenava. Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam meus sentidos bem lá no
fundo. O medo aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim
mesmo, pelo meu ódio cada vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu
povoado? Onde estavam meus companheiros? Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada
mais havia a não ser choro e ranger de dentes. Reduzi-me a um verme, jogado nas trevas de minha própria
consciência e somente quem tem a outorga para entrar nesta escuridão é que pode avaliar o que estou
dizendo, porque é indescritível. Recordar de tudo isto hoje já não me traz mais dor alguma, pois muito eu
aprendi deste episódio triste de minha vida espiritual.

Por longos anos eu vaguei nesta imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas
forças.

Já não havia mais suspiro, nem lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim nada que se pudesse sentir. Fui
esgotado até a última gota de sangue, tornei-me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui
num último arroubo de minha vil consciência pedir socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que
então, depois de muito clamar, surgiu um alguém que veio a tirar-me dali, mesmo assim arrastado.
Recordo-me que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavaleiro que o montava assemelhava-se a
um guerreiro, não menos cruel do que fui. Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me
alimentaram e cuidaram de mim com desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos?
Perguntava-me intimamente. Sim claro, senão ainda estaria lá naquele inferno, respondia-me a mim
mesmo. “–Cale-se e aproveite o alvitre que vosso pai vos concedeu.”- Disse uma voz vinda não sei de
onde. O que eu não compreendi foi como ele havia me ouvido, já que eu não disse palavra alguma, apenas
pensei, mas ele ouviu. Calei-me por completo.
Por longos e longos anos fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu corpo se refez e eu
pude levantar-me novamente. Apresentou-se então o meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os
dentes. Carregava um enorme tridente cravado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Longa capa
negra lhe cobria o dorso, mas eu não consegui ver seu rosto.

– Não tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verá a mim, porque aqui todos são iguais.

Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saía e eu
olhava baixo, resignando-me perante suas ordens.

- Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se não quiser retornar àquele
antro de loucos que estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei trabalho e comida.
Desobedeça e sofrerás o castigo merecido.

- Posso saber seu nome, nobre senhor?

- Por enquanto não, no tempo certo eu revelarei, agora se cale, vamos ao nosso primeiro trabalho.

- Esta bem.

Segui o homem. Ele de cavalo e eu corríamos a atrás dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares
sujos e realizamos várias tarefas juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de
muito tempo. Aos poucos meu amor pela criação foi renascendo. As várias lições que me foram passadas
me faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. Gradativamente fui galgando os
degraus daquele mistério com fidelidade e carinho. Ganhei a confiança de meu chefe e de seus superiores.
Fui posto a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram anos e anos
de aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas asseguro que menos de cem anos não foram.

Foi então que numa assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu.
Nela eu me apresentei ao Senhor Omulu e ao divino trono de Mehor-yê, assumindo as responsabilidades
que todo Exu deve assumir se quiser ser Exu.

- Amor a Deus e às suas leis;

- Amor à criação do Pai e a todas as suas criaturas;

- Fidelidade acima de tudo;

- Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria;

- Obedecer às regras do embaixo, assim como as do encima;


E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas têm para todos os
Exus.

A princípio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia.

Mas logo me surgiu a necessidade de ter minha própria falange, visto que os escravos que capturei já
eram em grande número. Por esta mesma época, aquele antigo sacerdote do meu povoado, lembram-se?
Pois é, ele reencarnou em terras africanas e minha esposa deveria ser a esposa dele, para que a lei se
cumprisse. Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei imediatamente uma audiência com o
Divino Omulu e com O Senhor Ogum Megê e pedi que intercedessem para que eu pudesse ser o guardião
de meu antigo algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido poderia ter a minha falange.
Assim assumi a esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para
ser o Babalorixá, em substituição ao seu pai de sangue. A filha do babalawo era minha ex-esposa e estava
prometida ao seu antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim às nossas diferenças. Minha ex-
mulher deu a luz a vinte e quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho
eu tive naquela aldeia. Até que as invasões e as capturas e o comércio de negros para o ocidente se
fizeram. Os trabalhos redobraram, pois tínhamos que conter toda a revolta e ódio que emanava dos
escravos africanos, presos aos porões dos navios negreiros.

Mas meu protegido já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas
era a lei e ela deveria ser cumprida.

Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: “Todos os guardiões devem se preparar, novos
assentamentos será necessário, uma nova religião iria nascer o que para nós era em breve, pois não sei se
perceberam, mas o tempo espiritual é diferente do tempo material. Preparamo-nos, conforme nos foi
ordenado. Até que a Sagrada Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à esquerda do
Sagrado Omulu-yê e então pude assumir meu trono, meu grau e meus degraus. Novamente assumi a
obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje já está no em cima, feito meritoriamente alcançado,
devido a todos os trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem".

Hoje, aqui de meu trono no embaixo, comando a falange dos Exus Caveira e somente após muitos e
muitos anos eu pude ver minha face em um espelho e notei que ela é igual à de meu tutor querido o
Grande Senhor Exu Tatá Caveira, ao qual devo muito respeito e carinho. Não confundam Exu Caveira, com
Exu Tatá Caveira, os trabalhos são semelhantes, mas os mistérios são diferentes.

Tatá Caveira trabalha nos sete campos da fé; Exu caveira trabalha nos mistérios da geração na calunga,
porque é lá que a vida se transforma, dando lugar à geração de outras vidas, mas não se esqueçam que há
sete mistérios dentro da geração, principalmente a Lei Maior, que comanda todos os mistérios de
qualquer Exu. Onde há infidelidade ou desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes,
Exu Caveira atua, desvitalizando e conduzindo no caminho correto, para que não caiam nas presas
doloridas e impiedosas do Grande Lúcifer-Yê, pois não desejo a ninguém um décimo do que passei. Se
vossos atos forem bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a
todos os desejos de qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios.

De qualquer maneira, o amor impera sim, o amor, e por que Exu não pode falar de amor? Ora se foi pelo
amor que todo Exu foi salvo, então o amor é bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o
meu mistério. Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua religião e ofereça velas
pretas, vermelhas e roxas, farofa de pinga com miúdos de boi. Acenda de um a sete charutos, sempre em
números ímpares e aguardente. De acordo com o número de velas, acendem-se sete velas, assente sete
copos e sete charutos, assim por diante. Agrupe sempre as velas da mesma cor juntas e forme um
triângulo com o vórtice voltado para si, as velas roxas no vórtice, as pretas à esquerda e as vermelhas à
direita, simbolizando a sua fidelidade e companheirismo para conosco, pois Exu Caveira abomina traição e
infidelidade, como, por exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim e todos os que praticam tal ato é
então condenado a viver sob as hostes severas de meu mistério. Peça o que quiser com fé, e com fé lhes
trarei, pois todos os Exus Caveira são fiéis aos seus médiuns e àqueles que nos procuram.

A falange de Exus Caveira pertence à falange do Grande Tatá Caveira, que é o pai de todos os Exus
assentados à esquerda do Divino Omulu, os demais, não posso citar falo apenas do meu mistério, pois
dele eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso aprendizado,
quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e certamente
saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Um último detalhe a ser revelado é que todos os que
têm Exu Caveira como Exu de trabalho ou protetor, é porque em algum momento do passado, pecaram
contra a criação ou à geração e ambos, protetores e protegido tem alguma correlação com estes atos
errôneos de vidas anteriores.

Tenham certeza, se seguirem corretamente as orientações, com trabalho e disciplina, o mesmo que
sucedeu com meu antigo e grande Sumo Sacerdote, sucederá com vocês também, porque este é o nosso
desejo. Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue vencer através de seu médium ou protegido,
ele automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os degraus da evolução em outras
esferas.
“Que o Divino Pai maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior e a Justiça Divina lhes dêem as bênçãos de
dias melhores”.

Com carinho

Exu Caveira.
Rosa Caveira

Esta entidade que acompanha o Exu Caveira, trabalha na linha dos cemitérios e por lá tem muito prestigio!
quando alguém quiser ofertar esta pomba-gira, não esqueça do marafo do Seu Caveira, pois caso contrário
ele não irá deixar ela te receber. Recebe suas oferendas nos portões ou no segundo cruzeiro do cemitério.
Suas velas são pretas e brancas e sua oferenda leva bolinhos de carne moída crua, com pimenta , sal e
dendê. Adora rosas e perfumes e trabalha para o que você quiser! Cuidado para não fazer o mal a
ninguém, pois ele sempre voltará a você! Entregue seus problemas a Rosa Caveira, pois saberá como
resolvê-los sem atrapalhar ninguém!
Exú Caveira

O que sei sobre o Seu Caveira é fruto do que ele mesmo ensinou e falou, coisa simples pois ele também
não acredita ser necessária uma decodificação da Quimbanda, é preciso sim crer, ter fé. Exu Caveira é uma
entidade nomeada por Oxalá, quando da criação da vida humana na Terra, para cuidar do desencarne. É
uma entidade incriada como todos os espíritos, porém sua consciência é anterior a criação da Terra
derivada das Águas Ancestrais, do Verbo Divino; é Ele uma espécie de 'carrasco chefe' no plano terreno e
policial no plano astral do campo da escuridão, da esquerda; responsável por ceifar a vida terrena, do
indivíduo, no momento certo, entre outras tarefas, para as quais é imprescindível ajuda de toda sua
falange que dizem eles ser formada pelos Exus:
Tata Caveira, Pemba, Brasa, Carangola, Pagão, Arranca Toco, Exu do Lodo e Pomba Gira Rainha do
Cemitério. Devido ao respeito mostrado por outros Exus ao Seu Caveira, durante a Gira, chamando-o de
'chefe' tenho opinião de que a falange é bem maior somando o total de 49 Exus, isso não deve ter muita
importância no entendimento sobre o tema pois uma decodificação, creio, é sempre prematura tendo em
vista que o desenvolvimento espiritual e a Lei do Karma, são eternos, e isso também vale na esfera dos
Exus... no campo da fé só é preciso acreditar.Exu Caveira, dizem alguns, é um desdobramento do próprio
Sr. Omolu que assume a forma de Exu Caveira para trabalhar mais ativamente nas Giras de Quimbanda. É,
digamos assim, o braço direito deste Orixá. Também existe quem fale que os Senhores João Caveira, Tata
Caveira, Exu Caveira e Exu Caveirinha são a mesma entidade desdobrando-se ou mesmo apresentando-se
cada vez com um destes quatro nomes, coisa que acho difícil pois o trabalho nas Giras de Quimbanda tem
mostrado por diversas vezes os quatro incorporados em um mesmo trabalho, com personalidades
parecidas porém características próprias, individuais de cada um, tenho certeza que os 4 existem de fato
como entidades distintas; porém talvez tenham mesmo se originado num desdobramento ocorrido num
passado distante, anterior a própria criação, não tenho dúvidas de que Seu Caveirinha e Seu João Caveira
pertencem a mesma falange, teoria esta que desmente as decodificações anteriores baseadas nas falanges
de divindades pagãs e descrições do Grimorium Verum isso apesar de em muitas vezes o sincretismo
indicar e descrever também, de fato, características próprias destes espíritos.
Pelo que foi dito pelo Seu Caveira ele encarnou na Terra, em forma humana, pela 1ª vez há pouco mais de
30.000 anos: "Quando encarnei pela primeira vez na Terra, há mais de 30.000 anos, estava tudo desolado
e tive que me alimentar de um óleo que brotava do chão para sobreviver" disse ele explicando porque
tem costume de beber azeite de dendê. Em todas as suas encarnações sofreu o como sofrem os seres
humanos comuns para poder alcançar um grau maior de evolução sei que por escolha própria, apesar de
gostar de riqueza nunca foi um nobre muito endinheirado ou teve alguma posição de grande destaque na
sociedade, optando sempre por levar a vida simplesmente, sem apegar-se a luxos terrenos, sem fixar
residência num mesmo lugar durante toda a vida e praticando até um relativo isolamento. Um fato
curioso que vem sendo amplamente divulgado pelos próprios Caveiras é que uma vez encarnaram todos
juntos, me parece que num total de 49 pessoas, no antigo Egito e fizeram parte de uma mesma seita
aonde Seu Tata era o sacerdote, por praticarem o moteísmo foram todos condenados a serem queimados
vivos, fato este que acredito ter realmente acontecido; creio que a encarnação e reencarnação destas
entidades na Terra, partindo desta e passando pelo Brasil colonial aonde encarnaram como senhores de
engenho, fazendeiros, barões e feitores de escravos (o que explica o fato de terem por Lei de obedecer aos
Pretos e Pretas Velhas para trabalhar no Terreiro) teve relação direta com o fato de hoje eles trabalharem
na Lei de Umbanda através da Quimbanda.

Exu Caveira, juntamente com Seu Tata Caveira, são responsáveis diretos pela administração do vício na
Terra, na maior parte vicio em drogas pesadas que alteram a percepção e causam dependência física e ou
psíquica, incluindo álcool e cigarros, eles podem também facilmente influir na sanidade corporal e
psíquica das pessoas tirando ou dando lucidez e ou saúde física, claro que sempre de acordo com o
merecimento, Karma, da pessoa que sofre sua influência ou de sua falange. Exu não pode simplesmente
fazer mal a um inocente por isso a importância de se levar uma vida correta. O vício é usado como
ferramenta de trabalho por Exu no dever de fazer cumprir o Karma, ou mesmo como provação. O livre
arbítrio nos da o poder da decisão, podemos escolher formas mais brandas de cumprir nosso Karma e de
cuidar de nossa evolução e para isso podemos contar com a proteção de Exu contra estes perigos e
armadilhas aonde ele é o mestre.
A falange dos Caveira mexe profundamente com o nosso conjunto dos processos psíquicos conscientes e
inconscientes devido ao grande medo da morte que trazemos, dentro da maioria de nós,
enquantoencarnados. Por termos também impressos em nossa psique serem estas entidades responsáveis
diretos pelo desencarne, nada mais justo que lhes prestarmos o devido respeito evitando assim qualquer
espécie de distúrbio no campo que lhes pertence.

Os Terreiros tradicionais, do início do século passado, têm grande receio em invocar esta entidade e só o
fazem quando a coisa fica pesada mesmo, quando acontece algo que eles não compreendem ou mesmo
não sabem como lidar ai chamam Exu, já vi e ouvi até dizerem este poderoso Exu é louco, intrigueiro e
irresponsável, coisa que a mim, com todo respeito, parece ridícula pois isso se deve ao único fato destas
tendas ignorarem uma boa Gira de Quimbanda por crenças de falsas morais que já não nos servem mais
nos dias de hoje.

Exu Caveira e sua falange tem em especial grande poder para favorecer a qualquer espécie de especulação
ensinando todas as táticas e artimanhas da guerra, tendo em vista a vitória sobre os inimigos, é
encarregado de vigiar a entrada para cemitérios ou qualquer lugar aonde hajam pessoas enterradas, seu
poder é tal que muitas vezes incutem medo nos que o invocam. Não existe trabalho ou despacho a ser
realizado em um cemitério sem a presença de Exu Caveira. Com todo este poder devemos mesmo ter
muito cuidado ao tentar manipular estas energias pois em caso de erro, e errar é humano, os prejudicados
seremos nós mesmos.

Seu Caveira apresenta-se na maioria das vezes como uma caveira, de altura respeitável, vestida de preto e
trazendo na mão alguma arma, sendo mais comuns: a foice, o tridente, a espada, o gládio, elmo e escudo,
depende a ocasião ele pode aparecer com a cabeça coberta, mostrando a caveira, ou não, pode-se
identificá-lo pelas mãos que parecem grandes garras devido ao tamanho das unhas e dedos que assumem
forma de garra pela aparente ausência de tecido. Sua cor é o preto mas não raro usa também velas,
ponteiros e pemba vermelha e ou branca. Quando usa só pemba preta ou risca um caixão em seu ponto
ele está trabalhando com magia negra, quando usa 9 velas pretas geralmente é Vodu.

É sincretizado com a divindade pagã conhecida, em sânscrito, por Sergulath, e sua falange, pela ordem:
Próculo, Haristum, Brulefer, Pentagnony, Aglassis, Sidragosam, Minoson e Bucon, perfazendo um total de
nove, número este o preferido de Exu Caveira e por ele utilizado na magia. Também podemos encontrar
outros sincretismos de Exu Caveira através dos cultos e épocas. Do sincretismo com a divindade pagã é
que vem a estatueta 'demoníaca' de Exu Caveira encontrada em casas de artigos religiosos, acredito que
pode ele realmente assumir esta forma digamos assim 'horrenda' ou até mesmo mais assustadora para
trabalhar nas esferas abissais ou no limbo (inferno).

Desde que se propôs, juntamente com outros Exus, a trabalhar em conjunto com a Umbanda, exatamente
na época de sua divulgação em 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, no início do século passado, é
cada vez mais raro ver este Exu, incorporado fora de Terreiros que saraivem às 7 Linhas da Umbanda e 7
Linhas da Quimbanda equilibradamente e na pratica da caridade porém, mesmo que mais raramente, ele
continua presente em atividade também em diversos cultos com maior destaque para a Santeira, o Vodu,
as Macumbas, o Candomblé e Batuques, cultos aonde tem sempre aparelhos disponíveis para
incorporação caso seja invocado.
Deve-se alertar para o fato de existirem espíritos mal

intencionados que tentam passar-se por Exu Caveira; por este ter onipresença e grande poder nas Trevas,
estes zombeteiros usam seu nome na presença dos incautos prometendo cometer barbaridades em troca
de alguns patacos e oferendas; no plano espiritual também existem vigaristas que procuram semelhantes
na Terra, Exu Caveira está presente para colocar estes charlatões em seus devidos lugares.Tenha certeza,
Seu Caveira é um Exu bastante antigo, amigo e companheiro. Quando é de nosso merecimento é mais do
que irmão; mas deve-se cuidar para digamos assim 'não sair da linha' porque ele pode se tornar um
verdadeiro tormento aos que com ele não souberem tratar, devemos lembrar de que ele é o carrasco que
nos visitará no segundo fatal.

O poderoso Exu Caveira, O Rei das Catacumbas do Inferno, é sempre merecedor de grande respeito por
parte
daqueles que o invocam.

Exu Caveira

Exu Caveira, foi nomeado por Deus (Jesus), quando da criação humana na Terra, para cuidar do
desencarne. Da mesma forma que todo espírito, inclusive o meu, o seu, é uma criação, é uma recriação,
sempre existiu; entretanto sua consciência é mais antiga que a da maioria dos habitantes desta
esfera,anterior a criação da Terra. Seu Caveira habitava as Águas Ancestrais, das quais Deus criou tudo o
que vemos e parte do que não vemos.

Para melhor entendimento faço analogia:

Exu Caveira é como um carrasco na Terra é um policial de alta patente no plano Astral. Um Exu lavrador
do campo da escuridão, da esquerda; responsável por ceifar a vida terrena, do individuo, no momento
certo. Mas não tenha medo, isso porque ele também cuida da vida; ninguém faz hora extra na terra mas o
desencarne prematuro existe. Exu entra aí, cuidando dos seus protegidos para que não façam uso indevido
de seu livre arbítrio de forma a abreviar sua existência.

Caveira, teve encarnações como: Caçador, Pajé, Bruxo, Adivinho, Mago, Profeta, Sacerdote, Padre
Inquisidor, Xamã, Monge, Senhor de Engenho, Navegador e Jesuíta e outros.

"Exu Caveira, juntamente com seu Tata Caveira é responsável pela administração dos vícios, como objeto
de pena Kármica.
O vício é usado como ferramenta de trabalho por Exu, no dever de fazer cumprir o Karma, ou como
Provação

ORIXÁS, EXÚS GUARDIÕES

ORIXÁS - EXUS GUARDIÕES

ORIXALÁ EXU - Sr. DAS 7 ENCRUZILHADAS.

OGUM EXU - Sr. TRANCA-RUAS

OXÓSSI EXU - Sr. MARABÔ

XANGÔ EXU - Sr. GIRA MUNDO


Yorimá EXU - Sr. PINGA-FOGO

YORI EXU - Sr. TIRIRI

Srs Exus e suas falanges

Sr. Sete Encruzilhadas:

Exu de serventia de Oxalá, trabalha nos entrecruzamentos vibracionais rompendo barreiras de toda e
qualquer ordem, abrindo caminhos fechados no âmbito material ou astral, corta demandas, ações
contundentes sobre o corpo astral ou de atuação espirítica "mandada", na atuação de vários negativos e
descargas em especial aos Filhos de Oxalá.

Quadro da Vibração espiritual de linha de Oxalá

Caboclo Urubatão da Guia - representa a Vibração Espiritual - Exu Sete Encruzilhadas

Caboclo Guaracy - intermediário para Ogum - Exu Sete Poeira

Caboclo Guarany - intermediário para Oxóssi - Exu Sete Capas


Caboclo Aymoré - intermediário para Xangô - Exu Sete Chaves

Caboclo Tupy - intermediário para Yorimá - Exu Sete Cruzes

Caboclo Ubiratan - intermediário para Yori - Exu Sete Pembas

Caboclo Ubirajara - intermediário para Yemanjá - Exu Sete Ventanias

Sr. Tranca Ruas:

Exu de serventia de Ogum - no corte de negativos e desmancho ou neutralização de trabalhos de baixa


magia trabalha também fechando o caminho das almas insubmissas que não querem ou não conseguem
enxergar a luz. Sua falange também atua em abrir caminhos fechados, cortam correntes de intrigas, ódios,
vinganças, liberam cargas negativas de casos afetivos conturbados, e realizam descargas gerais ou
desimpregnação com os filhos de Ogum

Caboclo Ogum de Lei - representa a Vibração Espiritual - Exu Tranca Ruas

Caboclo Ogum Rompe Mato - intermediário para Oxossi - Exu Veludo

Caboclo Ogum Beira Mar - intermediário para Xangô - Exu Tira-Toco

Caboclo Ogum de Male - intermediário para Yorimá - Exu Porteira


Caboclo Ogum Megê - intermediário para Yori - Exu Limpa-Tudo

Caboclo Ogum Yara - intermediário para Yemanjá - Exu Tranca-Gira

Caboclo Ogum Matinata - intermediário para Orixalá - Exu Tira Teima

Sr. Marabô:

Exu de serventia de Oxossi - tem sua legião trabalhando no corte de trabalhos de magia negra. Sua poderosa
legião também atua no corte de trabalhos ou correntes negativas em pessoas que sintam-se atingidas por
espíritos perturbadores - Kiumbas, promovem descargas em pessoas atingidas por despeitos com
repercussão no emocional (queda de posição financeira, desemprego etc.), cortam demandas de saúde física
e mental e descarga nos filhos de Oxossi.

Caboclo Arranca Toco - representa a Vibração Espiritual - Exu Marabô

Caboclo Cobra Coral - intermediário para Xangô - Exu Capa Preta

Caboclo Tupynambá - intermediário para Yorimá - Exu Lonan

Caboclo Jurema - intermediário para Yori - Exu Bauru

Caboclo Pena Branca - intermediário para Yemanjá - Exu das Matas


Caboclo Arruda - intermediário para Orixalá - Exu Campina

Caboclo Araribóia - intermediário para Ogum - Exu Pemba

Sr. Gira-mundo:

Exu de serventia de Xangô, trabalha no corte de negativos e desmancho de trabalhos de baixa magia
cortando correntes numa situação tormentosa, de correntes de atrito de ordem astral percebendo-se males
cardíacos; desenrola (dentro da linha justa) casos arrastados na justiça tendo trabalhos de magia
interferindo no andamento e descarga e desimpregnação nos filhos de Xangô.

Caboclo Xangô Kaô - representa a Vibração Espiritual - Exu Gira-Mundo

Caboclo Pedra Preta - intermediário para Yorimá - Exu Meia-Noite

Caboclo 7 Cachoeiras - intermediário para Yori - Exu Quebra Pedra

Caboclo 7 Pedreiras - intermediário para Yemanjá - Exu Ventania

Caboclo Pedra Branca - intermediário para Orixalá - Exu Mangueira

Caboclo 7 Montanhas - intermediário para Ogum - Exu Corcunda


Caboclo Agodô - intermediário para Oxossi - Exu das Pedreiras

Sr. PINGA FOGO:

Exu de serventia de Yorimá (Pretos-Velhos "o primado da Magia"). Este chefe de Legião tem sua
característica no trabalho que realiza no corte de bozós - trabalhos de magia negra na calunga(cemitério,
casa grande, reino do pó etc.). Também atua no corte de correntes vindas de almas penadas, aflitas,
desesperadas. Corta tudo que for relacionado que se usa menga, ejé (sangue) de sacrifícios de animais,
bonecos, agulhas, dedal, alfinete, enfim, tudo que se relaciona com o Reino do Bruxedo. São conhecidos
como Exus das Almas, tão decantados, mal interpretados e mistificados. Um exemplo de atuação dos exus
das almas é exatamente no cemitério pois lá entra quem já não pode sair e muitas vezes não queria estar lá
(também acontece de não saber do que acontece mas aí é um outro caso) então se renegam e tentam
"tumultuar"; outro sim, seres e larvas astrais que desejam mais do que nunca reformarem seus corpos
astrais necessitam de carbono e onde há muito carbono? Isso, lá na calunga, com sangue, vísceras e tudo o
que pode ser usado por eles para se "alimentarem". Também estão, os exus das almas, onde há cruzeiros,
profusão de sangue (abatedouros) e em portais de comunicação com outros mundos.

Pai Guiné - representa a Vibração Espiritual - Exu Pinga-Fogo

Pai Congo D'Aruanda - intermediário para Yori - Exu do Lodo

Pai Arruda - intermediário para Yemanjá - Exu Brasa

Pai Tomé - intermediário para Orixalá - Exu Come-Fogo

Pai Benedito - intermediário para Ogum - Exu Alebá


Pai Joaquim - intermediário para Oxossi - Exu Bará

Vovó Maria Conga - intermediário para Xangôi - Exu Caveira

Sr. Tiriri:

Estes exus de serventia das Crianças trabalham cortando correntes passionais, de falsidade, traições e
vencem demandas que alteram a paz interior; desmancham trabalhos onde se usa animais sacrificados e
combatem os kiumbas que queiram se passar por Exu Mirim, fato muito NORMAL em algumas casas de
"santo". Seu corpo astral os permite se infiltrar por onde muitos não conseguem, muito respeitados em face
de sua aparência pois realizam verdadeiros "milagres" quando invocados, eu escrevi invocados - COITADOS
DAQUELES QUE EVOCAM EXU!

Tupanzinho - representa a Vibração Espiritual - Exu Tiriri

Yariri - intermediário para Yemanjá - Exu Mirim

Ori - intermediário para Orixalá - Exu Toquinho

Yari - intermediário para Ogum - Exu Ganga

Damião - intermediário para Oxossi - Exu Manguinho

Doum - intermediário para Xangô - Exu Lalu


Cosme - intermediário para Yorimá - Exu Veludinho

Sra. Pomba Gira:

Se você, estimado irmão, que está lendo estas despretensiosas linhas, fruto de pesquisa e esforço, convive
ou já viu ou até mesmo ouviu falar em mulheres promíscuas que se esbaldam quando seus companheiros (se
casadas) saem pra trabalhar ou aquelas moçoilas que não podem ver um "calçudo" que voam pra cima e
colocam a culpa na "Pomba-Gira que está querendo sua frente", podem acreditar...não é nada disso!
Pasmem! Isso é fruto duma mente doente que não tem onde se calçar ou sem-vergonhice mesmo! Em
primeiro lugar, as entidades espiríticas que tomam esse nome (não sendo os pobres kiumbas) não são a
Mulher de seis homens e sim a ÚNICA mulher dentre os seis. Seus serviços abrangem muitas áreas e dentre
as quais se destacam o frenamento de íncubos e súcubus (vampiros machos e fêmeas que se alimentam de
baixas paixões) e cuidado você irmão, que depois de uma exaustiva jornada de trabalho, dá uma passadinha
naquela "Casa de Massagem" pra tomar sua cervejinha e relaxar, deixando a pobre de sua mulher em casa
cuidando de seus filhos ou de sua roupa; atente para o cuidado daquela "passadinha" no prostíbulo...Esta
Senhora tem um "cuidado especial" pra você no outro lado. Cortam magias de amarrações, trabalhos para
desmanchar casamentos e descarga nos filhos de Yemanjá.

Cabocla Yara - representa a Vibração Espiritual - Exu Pomba-Gira

Cabocla Estrela do Mar - intermediário para Orixalá - Exu Carangola

Cabocla do Mar - intermediário para Ogum - Exu Má-Cangira

Cabocla Indayá - intermediário para Oxossi - Exu Nanguê

Cabocla Iansan - intermediário para Xangô - Exu Maré


Cabocla Nanã Burukum - intermediário para Yorimá - Exu Gererê

Cabocla Oxum - intermediário para Yori - Exu do Mar

material retirado da internet & Material retirado do livro: CULTURA UMBANDÍSTICA - Brasão de Freitas /
Roger T. Soares / William C. Oliveira.-Ed. Ícone - 1994.

Os Exus

Os Exus estão também, divididos em hierarquias.

Onde temos Exus muito ligados aos Orixás Menores até aqueles Exus ligados aos trabalhos mais próximos às
trevas.

Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em sete graus. A divisão está formada
"de cima para baixo":

- TERCEIRO CICLO Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus.

Neste Ciclo, encontramos os:

Exus Coroados: são aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções de mando. São os chefes das
falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda. Poucos são aqueles que se
manifestam em algum médium. Apenas alguns médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na
Terra, tem um Exu Coroado como o seu guardião pessoal.
São os guardiães chefes de terreiro.

Não mais reencarnam, já esgotaram há tempos os seus karmas.


Sétimo Grau - Estão os Exus Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda, temos Um Exu no Sétimo Grau,
portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião Sexto Grau - Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus
Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exus Chefes de Falange.

Quinto Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Falange. São Sete Exus Chefes de Sub-Falange subordinados a
cada Exu Chefe de Falange, portanto, são 343 Exus Chefes de Sub-Falange.

SEGUNDO CICLO Contém o Quarto Grau.


Exus Cruzados ou Batizados: são subordinados dos Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os
exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da
segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas). Estão
ainda nos ciclos de reencarnações.
Quarto Grau - Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus Chefes de Agrupamento e estão
subordinado a cada Exu Chefe de Sub-Falange, portanto, são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.

PRIMEIRO CICLO Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus.

Temos dois tipos de Exus neste ciclo :


Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de atuação encontra-se entre as
sombras e as trevas.

Exus Pagãos - São subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o
bem e o mal. São conhecidos, também como "rabos-de-encruza". Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde
que se pague bem. Não são confiáveis, por isso.
São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são
castigados pelos seus chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada. São ex-
kiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus. O campo de atuação dos Exus Pagãos, são
as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos
níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.
Terceiro Grau - Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes de Coluna e estão subordinados a cada
Exus Chefes de Agrupamento, portanto, são 16807 Exus Chefes de Coluna. Segundo Grau - Estão os Exus
Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exus Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de
Coluna, portanto, são 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna. Primeiro Grau - Estão os Exus Integrantes de Sub-
Colunas e são milhares de espíritos nesta função.
Autor: http://umbanda.cbj.net

PALAVRAS DA NOSSA SACERDOTISA MARIA CRISTINA


Está na hora de pensar na nossa querida Umbanda não como uma forma de adivinhação!

Muitos vêm para a nossa religião a fim de perguntar as nossas Entidades o que irá acontecer com eles, se
vão vender a casa, se vão ganhar mais dinheiro, se fulano está traindo ciclano, enfim, se esquecem da Lei do
Livre arbítrio.

Esquecem-se de observar as suas atitudes no nosso Planeta Terra.

Esquecem-se de se livrar do egoísmo, da luxúria, das palavras mal ditas, de fazer a caridade com o próximo,
de dosar a língua falando mal dos outros e de auto observar-se para atingir o crescimento cármico dessa
jornada.

Às vezes, me pergunto se quando vão à missa de domingo, ao batizado de uma criança ou a um culto
evangélico, se lá, querem que o padre, o pastor adivinhem a sua vida assim como as Entidades de Umbanda.

Por que exigem tanto de nossa religião?

E ainda falam: “eu não gostei daquele Guia porque ele não adivinhou um nadinha de minha vida!”

Seria muito fácil se tivéssemos alguém para nos dizer dos nossos futuros acontecimentos, não teríamos que
nos observar e tentar o crescimento espiritual estaria tudo mastigadinho!

Caros leitores, está na hora de pensar na nossa religião de outra forma!

Está na hora de assistirmos a um Culto nos concentrando durante o ritual para que possamos receber aquilo
que estamos querendo, é claro, de acordo com o nosso merecimento.
Está na hora de assistirmos a um Culto, pedindo perdão ao nosso Pai Maior pelos nossos atos cruéis e pedi-
lhe que nos aperfeiçoe e nos ajude nessa caminhada.

Povo de Umbanda, vamos ver a nossa Centenária religião de outro jeito!

A Umbanda é linda porque é versátil, dinâmica, atual.

Ela é linda pela sua variedade de Culto.

Ela é linda porque ela é Umbanda!

Foi uma Rainha no seu tempo na terra.

Diz a história ter sido ela uma linda cortesã que amarrou o coração de um Rei Francês que a tornou Rainha.
Passou-se alguns anos e o Rei veio a falecer.

A rainha passou a tomar conta sozinha do seu reino o que deixou alguns membros da corte indignados
porque ela não teve filhos para deixar o trono como herança e tampouco parentes sangue azul para
substituí-la após a sua morte.

Devido a tenacidade da rainha o seu trono começou a ser cobiçado por outros reinos o que trouxe muita
preocupação para a política da corte, então o conselheiro real convenceu a Rainha a casar-se novamente
com um homem cujo o reino fosse ainda maior que o seu para juntos vencerem as batalhas e trazer ao
reinado a paz e a tranqüilidade que já não tinham mais.

Um dia surgiu no castelo um homem que se dizia seduzido pela beleza da rainha e dono de um reinado
incalculável no oriente e a pediu em casamento, a rainha preocupada com destino da sua corte e pela
proteção de seu trono, aceitou a oferta de imediato e logo em seguida casaram-se.

Não demorou muito a querida rainha foi envenenada pelo seu atual marido que logo após se titulou o Rei e
começou a governar a corte da pior maneira possível.

A saudosa rainha após o seu desencarne chegou ao mundo astral muito perdida e logo começou a habitar o
limbo devido a faltas graves que na terra havia cometido.

Depois de algum tempo na trincheira das trevas do astral a Rainha foi encontrada pelo seu antigo Rei que no
astral era conhecido como Senhor das encruzilhadas, este senhor passou a cuida-la e incentiva-la a trabalhar
do seu lado para as pessoas que ainda viviam no plano material aliviando suas dores e guerreando com
inimigos astrais...
O feito deste casal no astral tornou-se tão conhecido e respeitado que o Exu Belo nomeou o Senhor das
encruzilhadas como Rei das Sete encruzilhadas e prontamente o Rei nomeou a sua Rainha.

Juntos eles passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e sob o seus comandos milhares de entidades
subordinadas que fizeram do Reino das sete encruzilhadas o maior reino do astral médio superior.

Passou-se muitos anos e o Rei que havia envenado a rainha veio a morrer durante uma batalha, e este foi
resgatado pelos soldados da Rainha das sete encruzilhadas e o mesmo foi levado até ela.

O homem ainda atônico sem entender ainda o que estava acontecendo com ele, se viu diante daquela
poderosa mulher a qual foi obrigado a curvar-se e a servi-la para o resto da sua eternidade como castigo por
ter-la envenenado.

E hoje através das suas histórias que compreendemos que o povo de Exu não são entidades perdidas do
baixo astral e sim entidades respeitadas e de muita importância no mundo astral superior e inferior.

A Pomba-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas adora a cor Maravilha, Vermelho, Preto e Dourado trazendo na
mão um cedro de ouro.

Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente.

A Pomba-Gira Rainha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do país como “Dona 7” se
apresenta como uma mulher de meia idade, muito reservada, educada, iteligente e culta.

Ao contrários que muitas pessoas pensam...

é uma entidade calma e tranqüila, mais quando chega ao mundo para deixar seu recado, traz na garganta
um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitórias.

as horas do dia em que há luz solar e encontrando justamente sua metade.


Gosta de beber whisky e fuma charutos.

Sua vestimenta é totalmente de cor negra, com alguns tons vermelhos.

Traje negro, chapéu e às vezes traz uma capa.


Alguns de seus caminhos são:

§ Exu Meia Noite da Kalunga


§ Exu Meia Noite das Almas
§ Exu Meia Noite da Praia
§ Exu Meia Noite do Mar
§ Exu Meia Noite do Oriente
§ Exu Meia Noite das 7 Encruzilhadas
§ Exu Meia Noite da Capela
§ Exu Meia Noite do Cruzeiro
§ Exu Meia Noite da Mata
Cigano
Este, como seu nome indica, se manifesta sob a aparência de um cigano.

Quando vivia foi um cigano árabe, que veio como escravo ao Brasil junto com um contingente que provinha
da África Oriental.

Seu nome em vida era Hassam.

Por ser o primeiro cigano que se iniciou no culto afro-brasileiro que ele conheceu no cativeiro junto com os
demais escravos, obteve o privilégio de ser o comandante dos demais ciganos que se iniciaram, de onde
passou a ser chefe do povo cigano.

Logo, quando começa a manifestar-se, primeiro na macumba primitiva, logo depois na Umbanda e por
último como "Exu de Alto" se dá a conhecer como "Cigano L'erú" que significa: "O cigano que foi escravo",
dando a entender que foi um dos que chegaram primeiro.
Sua vestimenta é composta de panos coloridos, turbante e bombacha no estilo árabe.

Sendo um dos poucos ciganos (homens) que se apresentam desta maneira, já que a maioria vem com
chapéu de feltro ou lenço de cabeça, calça, camisa e jaleco, pois são ciganos muito mais novos no tempo.
Os outros Exus que se manifestam como ciganos, quase nunca se chamam "ciganos", por que de uma
maneira geral são Almas de Ciganos que se iniciaram no culto, e chegam com a representação de algum
outro Exu do Alto Comando, por exemplo: Exu Corcunda Cigano.
Alguns de seus caminhos são ramos de onde podem chegar os distintos ciganos:

§ Exu Cigano do Oriente - O que vem da África Oriental, Arábia e outros países asiáticos.
§ Exu Cigano do Circo - O que trabalha - como indica seu nome - nos circos e também em todos os lugares
onde fazem espetáculos públicos.
§ Exu Cigano do Pandeiro – É ele que vem com um pandeiro na mão, bom dançarino, tem um estilo turco.
§ Exu Cigano Caló – É ele que representa a os ciganos que vieram ao Brasil desde Portugal, Espanha e
França.
§ Exu Cigano da Praça - Aquele que se dedica a buscar oportunidades nas praças, feiras e parques, fazendo
negócios.
§ Exu Cigano Romanó - Quando se apresenta como um cigano que vem de algum dos países de Europa
oriental.
§ Exu Cigano do Violino - Que é a passagem na qual ele sabe tocar violino, sendo um cigano rumano.
§ Exu Cigano da Lira – Que faz alusão aos conceitos:

a) que provém de uma cidade africana chamada Lira e que fora a princípio um ponto de encontro entre
várias raças para comerciar;

b) que é hábil compondo canções, cantado e tocando instrumentos variados.


§ Exu Cigano Giramundo - Que não deve se confundir com "Exu Giramundo-cigano", pois Cigano giramundo
é uma passagem de Exu Cigano o que mostra sob a faceta de trota-mundos, andarilho, em sua carruagem
viajando de povo em povo.
Sem dúvida, Giramundo-cigano é a representação de Exu Giramundo através de uma passagem como
cigano.
§ Exu Cigano do Garito - O que trabalha nas casas de jogo clandestino. Devemos ressaltar, que "garito" é
uma palavra cigana.
Há, todavia, muitos sub-ramos derivados das primeiras passagens e também outras passagens.

Devemos deixar claro que, na Kimbanda, não há algum lugar para ciganos (homens) com nomes próprios,
pois temos ouvido por aí que chegam:

cigano-andrés, cigano-ramiro, cigano-sandro, cigano-marco, etc.

Na Kimbanda só chega Exu Cigano- "de tal parte", os espíritos de ciganos homens que venham com nomes
próprios, NÃO SÃO EXUS DE LEI, não devem ser admitidos nas giras, porque não pertencem à nossa religião.

Os ciganos que entraram na nossa religião quando viviam, têm até o momento, somente um dos caminhos:

a) Chegar representando a Exu Cigano ou Pombagira Cigana e um grupo;

b) Chegar representando qualquer Exu dos altos comandos e ter ao final a denominação: "cigano".

Exu Angola – Que pertence ao povo das Almas do Cativeiro.


Exu Cobra Preta – Pertence ao povo das Cobras que trabalha dentro do Reino das Matas.
Exu Come-Fogo – Ronda nas cercanias dos crematórios e pertence ao povo do forno.
Exu Coquinho dos Infernos – Que integra o grupo do Povo dos Infernos (dentro do Reino da Lira)
Exu da Estrada – Que trabalha nas rotas e estradas (povo do Cruzeiro da Rua)
Exu da Lama – Tem a incumbência onde há incêndios e faz parte do Povo do Forno.
Exu Dalva – Pertence ao Povo do Cruzeiro do Espaço. Gosta de trabalhar quando está amanhecendo e
recebe as oferendas em terrenos abertos.
Exu do Ar - Trabalha sob o comando de Exu dos Ventos.
Exu Formiga – Pertence ao Povo das Campinas, mora perto dos formigueiros onde procura um de seus
alimentos prediletos: as formigas.
Exu Gato – Prefere trabalhar nas encruzilhadas dos montes.
Exu Gererê – Trabalha dentro do mar, pertence ao povo dos pescadores, de fato, seu nome significa “red”
em linguagem banto.
Exu Hora-Grande – Outro tipo de nome que se usa para referir-se a Exu Meia-Noite.
Exu Kolobô - Que trabalha nos cemitérios e ataca condolências, pertence ao povo das mirongas.
Exu Lalu – Trabalha nas encruzilhadas da praia sob as ordens de Exu Mirim.
Exu Limpa-Trilhos – Trabalha nas vias de trem abrindo os caminhos, pertence ao povo da Encruzilhada de
Trilhos e seu chefe direto é o Exu Marabô.
Exu Mangue – Vive nos mangues.
Exu do Pantanal - pertence ao povo do Lodo.
Exu Pinga-Fogo – Que pertence ao povo dos Fornos ou do Fogo (povo do fogo material)
Exu Relâmpago – Trabalha no povo da Encruzilhada do Espaço (pontos cardinais), sob as ordens de Seu Sete
Gargalhadas.
Exu Sete Horas – Que pertence ao povo do Cruzeiro do Espaço.
Exu Tira-Tôco – Trabalha nos montes de Eucaliptos a beiradas do mar. Pertence ao povo da mata da praia.
Exu Tranca-Gira – Trabalha nos cruzeiros sob as ordens de Exu Tranca Tudo.
Pombagira da Terra – Trabalha nos cemitérios.
Pombagira Rosária – Trabalha nos mercados e feiras.
Pombagira Sete Folhas - Pertence ao povo das árvores e trabalha na entrada dos montes

EXUS E POMBOGIRAS

No tempo da escravidão, os escravos faziam muitas oferendas ao Orixá Exu, para que este abrisse os
caminhos dos escravos que tanto sofriam. Mas a igreja católica, junta com os senhores de engenho, que
obrigava os escravos a seguirem o catolicismo, descobriram este Orixá, e, o associaram ao Demônio da igreja
católica. Sendo que depois disso, a imagem de Exu ficou bastante deturpada, onde hoje, aqui no Brasil, Ele, o
Orixá Exu, ainda é associado a um Demônio que não existe.
Quanto aos espíritos que são comparados com Exu, hoje em dia, não são Orixás, e sim, espíritos em
desenvolvimento, que se bem doutrinados, podem ajudar muito, como se fosse o próprio Exu Orixá; pois
estes, passaram a agir sob o comando do Exu Orixá que, é o “verdadeiro” Exu.
Este Exu Orixá, é o Orixá mais próximo dos homens, pois este, devido ao seu grande senso de humor,
segundo a lenda, foi expulso do reino dos Orixás, e, mesmo continuando a ser o Orixá do movimento (mais
uma coisa para aproximar-lhe dos homens), das encruzilhadas e dos caminhos tortuosos, passou a viver em
um mundo que fica entre os homens e os Orixás, ficando assim, como o mensageiro de todos os Orixás,
servo de todos os outros Orixás, sendo que mesmo assim, é respeitado por todos, pois todos conhecem o
seu poder e a sua capacidade de enganar.
Exu Orixá, como os demais Orixás, fez parte da criação do Ayié (mundo), pois Ele é o princípio ativo de tudo,
é a própria ação, junto com o seu irmão Ogum, que é o seu companheiro, que é quem expande o poder de
Exu.
Pois o mundo, sem Exu, seria como uma pintura: bonita e estática.
Os espíritos hoje associados a Exu no Brasil, em muitos casos, são espíritos de assassinos, punguístas,
malandros etc., pois devido a ser comparado com o Demônio dos católicos, passou a carregar o tridente,
sendo que o seu símbolo é o Ogò (porrete).
Estes outros espíritos, podem ser acentados como guardiões secundários, pois já estão começando a ter
mais esclarecimento, e, por causa da fé das pessoas neles, passaram a ser monitorados pelo Exu Orixá,
sendo que, o Exu Orixá deve ser acentado em primeiro lugar.
Mas existe um grande problema, que são as pessoas que são feitas nestes Exus Compadres, que não são
Orixás, e, como conseqüência, não podem assumir o ori (cabeça) de ninguém, pois não possuem axé para
isso.
E é por isso que muitos terreiros sem nenhum fundamento, acabam tendo vários tipos de problemas com
seus médiuns, por fazerem estes mesmos em Compadres e até em Comadres.
Ninguém pode ter um Exu Compadre de frente, como por exemplo: o seu Zé Pelintra, que é o Exu da
malandragem, da boemia...
podendo levar a pessoa para um buraco sem fim, se esse Exu não for coroado.
Estes Compadres e Comadres, por serem espíritos em desenvolvimento, recebem pedidos para o mal e para
o bem, mas, quem executa os pedidos negativos, não são eles e sim, os Kiúmbas, espíritos no mais baixo
escalão do mundo espiritual, que não querem nada, a não ser, diversão com o sofrimento dos outros.

O Exu Orixá, assim como os Compadres, deve ser despachado da mesma forma, pois dizem que Ele é muito
brincalhão e pode atrapalhar o xirê (culto, festa dos Orixás...), se não for bem tratado; pois este, adora
brincar e é muito vaidoso e vingativo.
Sendo esta, a explicação mais constante, mas é falsa!
Sendo esta, uma explicação, sobre os Compadres e as Comadres (não coroados), e, não sobre o verdadeiro
Exu cultuado na África.
Na verdade, Exu é servido primeiro, devido a uma lenda que diz que:
Exu, certa vez, devorou tudo que havia no mundo, depois devolveu tudo multiplicado, e isso quer dizer que,
Exu devolve tudo que recebe em oferendas para a humanidade e dobrado.
Por isso é tratado primeiro, para que haja maior proteção e pedidos de graças alcançadas com mais rapidez.
Deve-se lembrar que na maioria dos Ilês, Exu é cultuado em primeiro e em último lugar, para que este,
movimente as energias dos Orixás por todo o tempo, dando proteção a todos os assistentes.
Por isso Ele deve permanecer no ambiente por todo tempo.
Como se pode ver, deve-se tomar o máximo de cuidado quando se fala de Exu, pois não se deve confundir o
Exu Orixá com os Exus Compadres e Comadres do Brasil.
Lembrando que as Comadres, são de igual forma, Exus na forma feminina, aqui no Brasil, e que na África,
mais precisamente em Angola, que é uma grande influência na Umbanda, são cultuadas como espíritos da
própria sedução, são as mensageiras das Orixás femininas, e no Brasil, assim como o Exu Orixá, foram
totalmente deturpadas.
Pois na África, as Bombogiras/Pombogiras são entidades que ajudam, são positivas.
E é por isso que, não se fazem filhos (as) de Bombogira, pois não são Orixás, são de uma forma ou de outra,
Eguns (ver mais à frente).
Elas são mensageiras das Orixás da sedução na África, e por isso, ficaram aqui no Brasil como se fossem
espíritos de prostitutas, mais uma vez, graças a igreja católica, que julga tudo sem compreender nada, e que,
todas as pessoas sem opinião própria acabam aceitando e acreditando.
Lembrando que, os terreiros de Umbanda que não conhecem esta diferença, não devem fazer os seus filhos
em Exu, pois, estariam fazendo em Compadres ou Comadres, e isso é totalmente errado.
No caso de não se entender esta diferença, deve-se virar a linha do médium para Ogum.
Lembrando que o Exu Orixá, não recebe trabalhos para o mal, pois este é um Orixá, Ele apenas pune a quem
merece a pedido dos Orixás; podendo pedir a Ele, somente que ele cumpra com mais rapidez o que já é
realmente certo de se acontecer (não confundir com pedidos negativos).
Deve-se lembrar também que, o Exu Orixá, possui varias qualidades (Vodus).
Uma observação que julgo importante, é sobre o tridente que Exu passou a carregar no Brasil, que foi
colocado com os Compadres, e que passou a ser carregado, também, pelo Exu Orixá, pois tem muito a ver.
O tridente representa o inconsciente, o subconsciente e o consciente do homem, demonstrando que tanto o
Exu Compadre como o Exu Orixá, são conhecedores dos sentimentos e desejos mais profundos dos seres
humanos.
É muitíssimo importante salientar que despachar Exu quer dizer:
pedir para que Ele abra os caminhos no decorrer dos trabalhos, ou seja, que não deixe os maus espíritos se
aproximarem; e quando se diz que Exu é brincalhão e vingativo, deve-se entender que, se Exu não for
tratado, deixa que os maus espíritos perturbem o bom andamento do xirê, por não ter sido lembrado, ou
seja, por ninguém ter pedido a Ele que afastasse os maus espíritos, pois tudo que Exu recebe em oferendas,
Ele devolve em dobro.

Nota: Este é um assunto muito complexo para ser explicado em poucas linhas, recomendo a quem estiver
com dúvidas, que procure um Babalorixá ou Ialorixá com competência comprovada para sanar-lhe as
dúvidas.
Exus pagão, batizado e coroado.
É muito importante saber a diferença entre estes três tipos de Exu, pois muitas pessoas vivem discutindo se
Exu é negativo ou positivo.
Na verdade Exu é o equilíbrio entre os dois polos, mas, deve ser entendido que, cada um desses tipos de Exu
é mais voltado para um dos lados (+ -).

Exu pagão:
é o Exu que está acabando de sair da linha de Kiúmba, por isso, tem preferência em receber pedidos
negativos, pois estes, aparentemente, são mais lucrativos.
Fazem o mal e algumas vezes o bem, mas, não sabem diferenciar um do outro, como já dito, apenas estão
interessados no pagamento.

Exu batizado: são os Exus que já conseguem diferenciar o bem do mal, mas fazem os dois, pois também,
ainda se interessam no pagamento.
Sendo que, por já serem batizados, trabalham para os Exus coroados carregando o mal tirado das pessoas.

Exu coroado: são os Exus que além de saberem distinguir o mal do bem, dão preferência e, só trabalham
para ajudar as pessoas.
Estes Exus por já possuírem esclarecimento suficiente, já começam a trabalhar em outras linhas (Caboclos,
Pretos-velhos etc.),
geralmente na linha virada (Quimbanda) para poderem melhorar ainda mais o seu esclarecimento para que
em um certo tempo, possam trabalhar na linha branca (Umbanda).

Nota: Quando cito Exu aqui, também cito as Pombogiras, pois são Exus da mesma forma, só que na forma
feminina

EXÚ belzebuth

Historia: Um ser não humano de uma outra ordem de evolução exú belo,exú mor ou belzebuth é poder de
uma das personalidades do maioral da alta magia negra,não entendendo como má,mas magia voltada as
coisas terrenas;

Ele é juntamente com Lúcifer e astaroth(exú rei das 7 encruzas) a triade da quimbanda e maioral entre os
exus.
Seus trabalhos são voltados a alta magia amorosa ,financeira,trazendo dons de sabedoria na manipulação
elementar e elemental,dos elementos do cotidiano, altos escalões sociais e é ele que distirbui os dons e
poderes dos outros exús e pombas giras,através de exú duas cabeças ou também conhecido como
bombogiro.

Exu Capa Preta da Encruzilhada

Exu Capa Preta da Encruzilhada,foi um Lorde muito rico e sábio na Pensilvânia há alguns seculos atrás.

Este Exu que é conhecido como faca de dois gumes, toma essa forma elegante e galantiador, por conta de se
status de Lorde, tem muitos conhecimentos sobre a magia negra e sobre a força de ervas e misturas
químicas.
Ele era temido por todos no seu vilarejo por ser chamado de mago, justamente por deter os conhecimentos
de ervas e magias que foram lhe concedida o conhecimento pelo Orixá Oxossi que é quem este Fabuloso Exu
serve e responde.

Exu Capa preta da encruzilhada tem a facilidade de trabalhar com problemas de difícil solução, trabalha para
o amor, para saúde, para assuntos profissionais, mas não gosta de ser envocação para assuntos futeis ou
banalidades.

Eu agradeço a escolha deste exu para trabalhar comigo;Sou grato a Ti Sr. Capa Preta da encruzilhada,por
tudo que fez e faz em minha vida. Como ele mesmo diz: "Prendi o Diabo,solta o capeta,Salve o Exu da Capa
Preta". Laroiê Guardião!

EXU CARRANCA

dizem que a história dessa carranca era que no tempo dos indios bem lá no tempo de 1500;

Era escupida nas aldeias como ancestrais para afastar mau olhado da aldeia, mas eles senpre esculpiam
imagems na árvores da aldeia e cada árvore tinha uma imagem.
Nos dia de hoje tanto casa de candonble com umbanda senpre usam esta imagem para tirar o mal olhado,
mas existem várias imagens que são boas para tirar o mal olhado LAROIE EXU CARRANCA

EXÚ DUAS CABECAS

É o exu das indiferenças é um exu poderoso que aceita tudo que é diferente. Ele come por 2 pois tem duas
polaridades de sexo.

É um exu que pode trabalhar para pessoas aleijadas. Ele trabalha e com pessoas homossexuais e aceita o
casamento gay por que trabalha com 2 forças LAROIE EXU DUAS CABECAS

EXU COBRA

Antigo sacerdote do culto ao Deus serpente Set, esse exú é mais um dos que se fundiram em evolução com
as hostes elementais, no caso dele com as das cobras,sendo que no antigo egito os ritos de metamorfose
eram praticados de forma intensa na alta magia.
Praticada por anos a fio, fez com que este exú formasse no astral uma falange de seres hibridos com a
serpente, tendo o poder de conceder aos seus eleitos de regência, a capacidade de auto regenerações dos
corpos astrais e também dependendo da evolução do médium a capacidade de repercussão (uma lei da alta
magia) de agir regenerando o corpo fisico, tal qual as cobras e serpentes fazem ao trocar de pele

Todos os exús possuem três polaridades,positiva agindo para ajudar,neutra onde ele e o ser elemental ligado
a ele evoluem a parte e outra negativa onde o exú executa a missão de punidor em nome do Maioral que
por muitos seria o lado escuro e punitivo de Jeová, não existindo assim bem e mal se combatendo,mas sim o
mau uso do livre arbítrio humano sendo corrigido pelas potencias escuras e o equilibrio entre claro e escuro
se faz presente na picada simbólica desse exú...

magia não tem cor,logo abrange magia branca,vermelha ,negra e outras...


O Exu Cobra, é uma Entidade pouco conhecida. Ela trabalha sob as ordens do Exu das Matas.

O Exu Cobra, portanto, é um Exu Trabalhador, e Chefe de Bando.


O Exu Cobra tem sua atuação nas matas, cemitérios, desertos, vales, montanhas, locais abandonados, rios,
mares, lagos, campos, pedreiras, ... Sua apresentação astral é a cabeça em forma de cobra.

Trabalha muito com velas pretas e vermelhas,verdes e pretas, pretas. LAROIE EXU COBRA

EXU CHAMA DINHEIRO

Chama Dinheiro tinha o nome de Magnus.

Foi principe na antiga Yugoslávia e como era o filho mais novo sempre foi mimado por todos.
Cresceu sem limites e quando atingiu a maioridade exigiu dos pais o que era seu e foi ao mundo.

Gastou tudo tudo, com prostitutas, jogo e bebida. Seu pai o acolheu novamente, mas Magnus tinha as suas
recaidas e foi gastando a fortuna do rei em detrimento dos irmãos.

Como era o preferido, o Rei morreu tentando ajuda-lo.


Após a morte do pai e com a vida dissoluta tambeé morreu jovem.

Aprofundou-se nas trevas...e apos longas reflexões e muinto sofrimento se coscientizou de tudo o que fez e
desperdiçou.

Agora trabalha por aqueles que usam o dinheiro de forma produtiva e encontram dificuldades.
Aprecia vodca ou cachaça sem açucar. LAROIE EXU CHAMA DINHEIRO

EXU ARRANCA TOCO

Exú Arranca Toco pertence à Linha das Almas chefiada por Omulú.

Pelo fato de que o Exú Arranca Toco normalmente se apresenta com a forma mistificada de um caboclo,
muita gente pensa que é o caboclo que tem o mesmo nome.

Sua visão astral é de um índio com um símbolo de Ogum no peito e um manto vermelho e verde.

A verdade é que Exú Arranca Toco é uma entidade da esquerda da Umbanda e Caboclo Arranca Toco é uma
entidade da direita da Umbanda. Ele seria um caboclo quimbandeiro. LAROIE EXU ARRANCA TOCO

O campo de atuação desse Exú é geralmente nas matas, onde ele é o responsável em cuidar de todos os
cemitérios clandestinos ou qualquer lugar na mata onde enterrarem um corpo.

Trabalha com velas pretas, vermelhas, brancas, verdes, pontos e fundanga.

Costuma receitar ervas e faz "chumaços" de folhas de matos, como ponto de força para quem lhe pede
ajuda.
Fuma e bebe de tudo.

Costuma trabalhar descalço, com calça arregaçada.

Recebe oferenda nas matas.

Bebe marafo com folhas de absinto ou erva doce, conhaque, fuma charutos.

Obs: em alguns livros ele é descrito como Exú Tira-Toco, em outros como Exú Arranca-Toco.

Pertence a linha negativa de Ogum, sendo serventia de Sr. Ogum Beira Mar LAROIE EXU ARRANCA TOCO

EXU BRASINHA

Exú brasinha bem como os exús que vem sob a forma de crianças,são espiritos que trabalham na proteção
contra quiumbas e obssesores que se volte contra crianças protegendo as mesmas contra demandas e
ataques contra a sua inocência

Contam alguns que exú brasinha foi um moleque muito arteiro, viveu no brasil colônia e sofreu abusos
sexuais, bem como outros abusos de tortura, coisa considerada natural praticar contra os escravos, sendo
que os feitores e senhores de engenho julgavam que os negros não

tinham alma;Algo errado em julgamento.

Exú brasinha recebe esse nome pois ao tentar se rebelar contra o feitor foi preso por este, torturado e
queimado, sendo que passou por dores imensas dentro da sensala e desencarnou por conta da infecção
causada pelas feridas e queimaduras;
Exú brincalhão não admite abusos de qualquer espécie e rege as crianças peraltas, dando a elas
discernimento

os exús em geral são seres mágicos associados a espiritos humanos que sofreram muito. Esses seres
elementais que associados ao espirito humano formam essa linha chamada exús, bombogiros/
bombogiras(exús de duas cabeça) e pomba-giras e dentro delas temos os mirins, exús mirins, sendo que
alguns exús como calunga podem vir sob a roupagem dos mirins ai ele seria chamado calunguinha LAROIE
EXU BRASINHA

EXU CASAMENTEIRO

Padre, como era conhecido pelo seu povo, Casamenteiro era tipo um malandro andava de terno pela noite,
Casamenteiro não tinha filhos mais tinha mulher Julieta, que hoje na Umbanda é uma Cigana. Julieta morreu
cedo, com 20 anos, morreu de uma doença que nem Casamenteiro Sabe oque pode ter ocorrido sua morte.
Casamenteiro ficou em depressão pela morte de sua mulher, com sete semanas de depressão casamenteiro
resolveu procurar o padre (dai que começa seu nome de casamenteiro)ai o padre disse:
- Filho, reze para Santo Antonio te proteger contra essa depressão.
Mais casamenteiro era malandro e não fez oque o padre pediu, até que um dia sua mulher apareceu para
ele e disse:
- Marido, cuide do seu lado reigioso

Casamenteiro foi a igreja rezou para santo Antonio, se curou 7 dias depois, e ficou devoto de Santo Antonio,
nisso casamenteiro largou a igreja, e foi correndo para o cemitério ver o copo de sua mulher, Ele disse:
- Obrigado mulher
Sua mulher apareceu para ele e disse:
- Marido cumpra sua missão, faça uma igreja de Santo Antonio. Casamenteiro a partir da quele dia montou
sua igreja e realizou o sonho de vários que era casar com a proteção de Santo Antonio, com isso
casamenteiro realizou casamentos e mais casamentos, mas o mistério que ninguém sabia é que
casamenteiro cultuava seu companheiro, Ogum!

Casamenteiro morreu com setenta e sete anos de idade, morreu de uma doença que não foi indentificada,
igual aconteceu com sua mulher Julieta Exu Casamenteiro protege, quem casa e quem quer casar,
casamenteiro ama cachaça com cigarro, pois cachaça para seu lado exu, e cigarro para seu lado malandro.
Que Exu casamenteiro ilumine a vida de todos que casam na Candomble , Umbanda e nas igrejas catolicas ,,
LAROIE EXU CASAMENTEIRO

EXU CORCUNDA
Exu Corcunda nasceu na Espanha, e foi criado por uma família muito devota e católica, estudou em grandes
colégios, sempre regado a uma vida de luxo e sofisticação. Quando completou 18 anos, Corcunda foi fazer
faculdade, este se formou em direito, mas por pressão da familia, por este levar uma vida que eles mesmo
denominavam de errante. Foi obrigado por seus pais a se formar padre, após anos de estudo, Ele foi
ordenado padre, mas naquela época dava-se ínico a Santa Inquisição Espanhola, na qual um dos atributos
era exterminar a povo cigano que tomava conta da Espanha.
Por conhecer leis, e ter se formado em direito Exu Corcunda foi nomeado juíz de inquisição, o qual praticou
diversos crimes, detendo grande ódio por aqueles que não seguia seus príncipios católicos, condenando
ciganos, feiticeiros e pessoas que não praticassem a fé católica sem ao menos dar chance de defesa aos
acusados.

Passado vários anos, seu pai já estava com idade avançada, e este em leito de morte revelou que Corcunda
não era seu filho, que este foi deixado na porta por uma familia pobre, disse ainda seu pai que esta familia
era retirante do Egito que estes seguiam a fé cigana.

A coléra e a ira tomaram conta de Corcunda e este se rebelou contra seu pai e principalmente contra a
igreja. Mas isto não bastou pois o que mais lhe perseguia foram seus atos errôneos. E a partir daquele dia
Exu Corcunda jurou nunca mais praticar uma injustiça e sempre lembrar de seu passado, o povo que ele
tanto odiou agora era o povo que ele fazia parte. Por deixar os dogmas católicos de lado, foi morto por mais
um dos inúmeros julgamentos injustos da Santa Inquisição
No espiritual este faz parte de uma falange comandada pelo Exu Gira-Mundo, trabalhando ao lado dos Exus
Meia-Noite e Mangueira. Trabalha com causa de justiça pois vibra no pólo negativo do Orixá Xangô. LAROIE
EXU CORCUNDA

EXU EXUMARE
Sr MARÉ ele pertence à linha de Iemanjá e trabalha junto a Iansã e a Oxum com o intermédio de Xangô.

Bem eclético, ele é o Exu guardião da sabedoria do povo das águas, odeia a mentira e faz um trabalho
sempre muito esclarecedor, procura por seus médiuns exatamente por que necessita de uma inteligência
nativa dentro deles (inteligência emocional).

Gosta da cor amarela e por ser um amante do mar também gosta de um bom RUM. Cuida muito de seus
filhos dando-lhes sabedoria e compreensão. Vaidoso como OXUM, certeiro em suas palavras como IANSAN e
justiceiro como XANGÔ, cuida da evolução e cura espiritual dentro da linha kármica da justiça, fazendo seus
filhos evoluir em cada pensamento e atitude.

Carrega em suas mãos uma pedra branca (Pérola gigante) que lhe dá o poder de desaparecer e se
transportar para o lugar desejado. Muitos o vêem em forma de esqueleto com a cabeça de tubarão, a seus
ossos são amarrados crânios e alguns deles são substituídos por facões ou espadas. IANSAN lhe dá o poder
de cuidar dos QUIUMBAS (obsessores), levando-os para dentro do mar (abaixo do fundo do mar), ao qual
dificilmente voltam. Logicamente que sempre dentro da linha da justiça de XANGÔ. LAROIE EXUMARE

EXU PIRATA DO MAR

Foi um Pirata e como bom Pirata, traído. Ele foi o único que sobreviveu ao ataque articulado por seus
inimigos, amarrado e mutilado quando jogado ao mar com uma adaga enferrujada para que enfrentasse os
tubarões.
Ele gerou dentro de si uma terrível força de revolta e vingança, pois sua tripulação havia sido dizimada. Força
essa que o fez sobreviver magicamente, foi salvo por pescadores da região que com as ervas o curaram.

Disfarçado, foi atrás de seu traidor e quando o encontrou, para sua surpresa, descobriu que era sua amada
que o entregou por status e poder. Seguiu e matou a todos, dando-lhes uma morte digna, vingando a sua
tripulação. Exceto a sua amada, que já arrependida de sua traição, suicidou-se ao saber que ele estava vivo e
vingando a sua tripulação.

Apesar de um Pirata, ele era um comandante de fibra e lei, fazendo amigos por onde passava, ajudava a
todos e dizem que era de família muito nobre, da corte e que suas atitudes e seu porte eram mais de Rei do
que de Pirata.

Hoje trabalha nos terreiros de Umbanda por escolha divina , ajudando as pessoas a resgatarem seu karma,
gosta de beber Rum e de fumar e principalmente de suas Pomba Giras onde tem em seu arem a sua principal
que é a Maria Padilha das Almas.

Seu corpo astral leva consigo um osso ou uma ferramenta de cada um de sua tripulação, adora o vento e a
brisa do mar. LAROIE EXU PIRATA DO MAR

EXU GATO PRETO

Exú gato preto era um feiticeiro da europa antiga,o gato em muitos mistérios mágicos estava ligado a
questões de sorte e má sorte,alta magia negra,homossexualidade;
Este exú possui duas versões onde numa ele foi morto por praticar sodomia com outros homens e ao ser
torturado e morto pelos inquisidores,o calabouço onde ele foi torturado e morto se encheu de gatos pretos
que apareceram misteriosamente;

outra versão diz que ele era praticante de alta magia na Irlanda antiga que vivia no interior de uma caverna e
usava o gato preto para trazer imortalidade,pois a lenda diz que os gatos possuiam 9 vidas, sendo que este
se encantou como o exú gato preto,trabalhando para trabalhos de boa sorte,sendo que muitos confundem o
exú gato preto com quiumbas que se passando por ele trabalham em feitiços para trazer má sorte(azar) para
a vida das pessoas,não sendo estes realmente o exú gato preto.

Ele trabalha para sorte, longevidade e proteção contra inimigos e emboscadas,para casos amorosos entre
homens, trazendo sigilo e segredo, tem forte ligação com exú duas cabeças(bombogiro). LAROIE EXU GATO
PRETO

EXU LUCIFER

Exu Lúcifer foi um mago de muita luz, que participou com Marabô quando encarnados de seu batismo
realizado pessoalmente por Oxóssi, senhor das matas e hoje se oferenda para essas 2 entidades nas matas,
de preferência as mais escuras e fechadas.

Exu Lúcifer é um exu como qualquer outro não tem nada a ver com Lúcifer(diabo)é apenas mais um escravo
dele. Exu Lúcifer usa sua força para fazer o bem ou o mal conforme for solicitado seus pedidos

ao contrário que dizem outras escritas, Exu Lúcifer sempre recebe suas oferendas nas matas, pois o mesmo é
um dos soldados de Marabô, o mesmo disse que recebe também em cemitérios, porém em respeito a seu
superior prefere nas matas.

Sempre que oferendo a Exu Lúcifer ,ou Marabô ,acendo uma vela verde para o povo das matas. Sendo a cor
da velas para essas 2 entidades podem ser verde ou vermelho.

Dependendo do serviço pode ser a preta (mas cuidado com as vibrações que a cor preta trás). Aceita as
mesmas bebidas de Marabô (cachaça, dependendo se entregar para Marabô vinho ele aceita também),
charutos.

O povo da lira também e chefiado por Exu Lúcifer também é conhecido como Exu Rei das Sete Liras e sua
mulher dona Maria Padilha ou Rainha das Marias eles gostam muito da bohemia de musicas e danças.

Pomba Giria Maria Padilha é apaixonada por ele, e ele por ela. LAROIE EXU LUCIFER

EXU MARABO

O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava
sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde.
O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara imensas somas pagando longas
viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual
era a enfermidade que roubava a vida da jovem.
Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele
sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o
caso pediu que o trouxessem à sua presença.
Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada
apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de
ossos de animais ao pescoço.

- Meu nome é Perostino majestade. E sei qual mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei.

A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência
de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não
conseguiram?
Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real.

Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de
materiais naturais.
Todos no palácio julgavam isso uma loucura.

Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele?
No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse
acontecido.

O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de
doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o
negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis.

Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e
origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita
gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se
retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali.
O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano.
Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real.

Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela
mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria
servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz.

Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando
caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava.

Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe
cobriu de feridas. Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se
dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu
Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino
LAROIE EXU MARABO

EXU MORCEGO

Em um castelo, inteiramente de pedra, mal cuidado e isolado no meio de uma floresta, típico daqueles
pertencentes ao feudo europeu, vivia um homem branco e corpulento, trajando uma surrada roupa,
provavelmente antes pertencente a um guarda-roupa fino. Percebia-se o desgaste causado pelo passar do
tempo, pois ainda carregava uma grossa e rica corrente de ouro de bom quilate, com um enorme crucifixo
do mesmo cobiçado material. Parecia viver na solidão, muito embora no castelo vivessem vários serviçais.
Na torre do castelo, as janelas foram fechadas com pedra, e só pequenas frestas foram feitas no alto das
paredes. A luz não podia entrar. A torre não tinha paredes internas, formando uma enorme sala, com pesada
mesa de madeira tosca, tendo como iluminação dois castiçais de uma só vela cada. Ao lado da tênue luz das
velas, livros se espalhavam sobre a mesa, mostrando ser aquele homem um estudioso e que algo buscava na
literatura. De braços abertos, com um capuz preto cobrindo sua cabeça, emitia estranhos e finos sons,
tentando descobrir o segredo da levitação. Pelas frestas da torre, entravam e saiam voando vários morcegos
com os quais ele procurava inspiração e força para atingir sua conquista. Por quê? Não sabemos. A idéia e as
razões eram só da estranha figura. Parecia um homem de fino trato, transfigurado na fixação de atingir um
poder que não lhe pertencia. Seu nome? Também não sabemos. Só o conhecemos incorporado nos terreiros
como o querido, mas temido, Exu Morcego LAROIE EXU MORCEGO

EXU PINGA FOGO

Pertence à família das almas, seria o segundo na hierarquia do cemitério, abaixo só do Sr. Omulú.

Esse Exu é chefe de legião. Exú Guardião!

Sua apresentação astral é de um homem com uma grande capa roxa por dentro e preto por fora com
bordados dourados.

Em sua última encarnação foi um príncipe, enganava muito as pessoas, roubava, etc.

Pertence a Linha negativa de Yorima (almas, pretos velhos), é da serventia de Pai Guiné.

Seu mineral é o ônix, preto bruto ou hematita.


Seu metal é o chumbo.
Sua erva é a bananeira.

Trabalha muito com ervas, punhais, fitas, crânios (imagem de barro).


Fuma charuto, cigarrilhas.
Bebe conhaque, uísque, marafo.
Sua guia é preta e branca com imagem de caveiras.
É pouco conhecido na umbanda. Ll laroie exu pinga fogo

EXU SETE CATACUMBAS


Sério, bravo, nervoso, bondoso, não tem misericórdia de espíritos que atrapalham o sossego alheio, no
entanto é um fiel protetor e grande conselheiro de todos que queiram fazer do seu mundo um lugar melhor
pra se viver.

Esse poderoso Exú da Umbanda e Kimbanda, conhecido no Catimbó como Mestre 7 Catacumbas.

Onde ele fica pode ter certeza não fica um egum por perto.

Uma característica muito impressionante é que quando ele vai embora, arrasta consigo tudo de ruim que
houver no terreiro. LAROIE EXU

EXU SETE ESTRADAS

Lorde Juan Montés era um homem de muitas posses que vivia próximo a Toledo na Espanha havia herdado
toda a riqueza de seus pais que morreram quando ele ainda era uma criança deixando-o sob os cuidados dos
criados que eram de confiança da família, muito ambicioso acreditava que todas as formas de se ganhar
dinheiro eram válidas desde que o mesmo fosse bem investido, então mesmo sendo muito rico se utilizava
de furtos, chantagens e extorquia muitas pessoas e investia tudo em seus negócios, trabalhava com
comércio e exportações que estava em alta na época.
Juan ficou sabendo de uma família de mercadores importantes do outro lado da Espanha e se interessou em
se aliar e eles então marcou um jantar, só que Juan já havia agregado muitos inimigos no decorrer de sua
vida, encarnados e desencarnados e mal sabia que o jantar era a deixa perfeita para uma emboscada armada
por seus inimigos,como a viagem ia ser longa resolveu contar por quantas estradas passaria até chegar ao
seu destino final, porém ao chegar na sétima estrada sua luxuosa carruagem foi atacada e ele foi cruelmente
degolado aos 29 anos! Passou muito tempo no baixo astral pagando suas dívidas e hoje é um ser de muita
luz que ampara e ajuda muita gente, tenho um orgulho enorme e um amor incondicional pelo Guardião que
carrego...Laroiê Senhor Sete Estradas! LAROIE EXU

EXU SETE LIRAS

sete da lira é um exu divino.

Quando viveu na terra foi um lorde, um mago como era conhecido na região onde vivia. Esse exu é assim,
quando é para responder ele responde onde for preciso; no cemitério, na rua, não importa. Grande exu é
assim! LAROIE EXU

EXU TATA CAVEIRA

Antes de ser uma entidade, Tatá Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que
nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, \"Na
minha terra sagrada, na beira do Grande Rio\". Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em
homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época. Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma
família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente
na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai
ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro.
Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como
uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu
desejo de união recusado pelo pai da moça. O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão
de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito
grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim
seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio
irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo
intencionava concretizar seu pedido. Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu
irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito
invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado. A aldeia de Próculo era rica e
próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em
habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada
para a aldeia de Próculo. Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou
todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente
49 pessoas. Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia
inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e
ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados. Próculo, assim
como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu \"não foi a do
fogo, mas a do coração\", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado. LAROIE
EXU TATA CAVEIRA

EXU TIRIRI

Portugal, final do século dezenove.

Passam das 23 horas quando Bartolomeu Custódio bate à porta de seu primo e é atendido pelo rapaz que,
visivelmente, foi acordado pelas insistentes batidas.

- Primo, preciso urgente de ti! - Fernando manda-o entrar deixando claro estar contrariado com a visita
repentina em tão tardio horário.

- Nem me fale Bartolomeu! São réis o que deseja. Não é? - O homem baixa a cabeça e responde num fio de
voz:
- Perdi mais de mil no carteado do Barão senão pagar ele ameaçou acabar com minha família.

- Mil? Estás louco? Não faz um mês que paguei sua divida de quinhentos e já vens aqui pedir-me mais de
mil? Onde vais parar, ou melhor, aonde vou eu parar com tantos réis que se vão ladeira abaixo? Achas que
por ter tido sorte na vida tenho que carregá-lo nas costas? A ti, tua família, teu maldito vicio?

Bartolomeu ouve tudo sem levantar os olhos:


- Primo, só tenho a ti para recorrer. O que será de minha mulher e meus filhos? Juro-te que nunca mais
jogarei um só conto em nada!

O rapaz está descontrolado e replica aos gritos:


- Já ouvi essa ladainha muitas vezes e não vou mais cair nessa conversa. Vá ao Barão e diga que não tem, não
conseguiu, e ele que espere. Ainda ontem a pobre de tua mulher veio até aqui pedir-me comida. Crês nisso?
Tive que dar comida a tua família. Enquanto tu espezinha-me com dívidas de jogatina. Olhe para ti! Estás em
estado lamentável, além de cheirar a vinho à distância. Saia já de minha casa.
Ele dirige-se para a porta e a abre com violência. Bartolomeu levanta-se lentamente, de seus olhos caem
lágrimas, é duro ter que ouvir tudo que está ouvindo, apesar de ser a mais pura verdade. Faz ainda uma
última tentativa.

- Primo, pelos teus filhos, ajuda-me! Fernando continua parado à porta apontando a rua.

- Fora daqui, vagabundo! Nunca mais me apareça, porco imundo! Sem mais nada dizer o homem retira-se
lentamente ouvindo o baque violento da porta atrás de si.
Caminha tropegamente enquanto as lágrimas embaçam sua visão. Sabe que fez tudo errado. Sempre! Foi
mulherengo, bêbado, viciado em jogos. Tem a exata noção do péssimo pai e marido que é. Seu primo tem
toda a razão em humilhá-lo.
Sem perceber, depois de muito caminhar, está sobre uma ponte. Talvez seja essa a única saída. Faz uma
pequena prece e atira-se nas águas profundas do rio.

O espírito de Bartolomeu Custódio durante anos perambulou por sendas escuras e tortuosas. Passado um
longo tempo e depois de rever erros e acertos de vidas anteriores, foi amparado por mentores que o
encaminharam para a labuta do resgate cármico.
Hoje, trabalhador de nossos terreiros, é conhecido como o grande Exu Tiriri, elegante, educado e sempre
com um profundo respeito para com seus consultentes.

Laroiê Seu Tiriri

EXU TRANCA RUA DAS ALMAS

Seu nome foi Geraldo, mas há alguns dias descobri seu sobrenome: Branco Compostella. Bem, Tranca Ruas
não foi de fato um médico como se diz nas letras de seus pontos, ele foi na verdade uma especie de
curandeiro, sua especialidade era a extração de dentes. Trabalhava com ervas virgens e em especial com
cascas de uma árvore que tinha próximo ao seu castelo, era um homem muito rico nascido em berço de
ouro.

Geraldo quando jovem tinha vontade de se tornar um padre em um mosteiro em sua cidade(Galícia ,na
Espanha), todo esse sonho foi interrompido durante uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um
distinta senhora que havia ído se confessar.

ele passou então a frenquentar a todas as missas ,tentando desesperadamente encontrar essa
mulher,depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo
padre ,e para sua surpresa era a tal mulher.sem pensar em nada fingiu ser o padre ,a mulher então beijou
lhe a mão e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados,ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua
vida e nada poderia fazer para afasta la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia
que a inquisição a julgasse,nesse mesmo momento geraldo se calou e disse a mulher ,desde que te vi pelas
missas não consigo pensar em outra coisa a não ser voce,não sei se estou enfeitiçado ,mais o que sinto é
mais que o suficiente,e se voce vai sair desta cidade que seja comigo.

Geraldo voltou a seu castelo,vendeu todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de galicia,ele foi morar
com Maria e começou a se envolver demais com os segredos do oculto,logo Geraldo passou a se tornar um
mestre na arte de enfeitiçar,e passou para o lado da magia negra,com medo de perder Maria, geraldo celou
um pacto com o diabo para que a mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.

sua alma passou a ser do diabo,que cobrava cada vez mais pelo seu feito,alguns anos se passaram e Maria
adoeceu,nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a saúde,Geraldo desesperado pensando perder sua
amada mais uma vez recorreu ao diabo,porem disse a ele ,que se fizesse o que ele queria seu preço seria
cobrado apos a morte de Maria ,Geraldo sem pensar aceitou,na manhã seguinte Maria se levantou e nada
mais tinha ,ela viveu intensamente somente mais três dias ,falecendo queimada por uma vela que incendiou
todo o casebre.

por culpa de Geraldo ,Maria não conseguia descansar em paz,seu espirito ficou perdido junto com as almas
sem luz,e Geraldo dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua amada,ele morreu logo
depois de desgosto,e o diabo levou sua alma ,após sua passagem tornou se o guardião das almas sem luz
que tentam se livrar dos caminhos escuros ,por isso seu nome tranca rua das almas.hoje sua missão é levar
ajuda a quem esta perdido,e ele tambem guarda os espirítos zombeteiros afim de que paguem seus
pecados,para voltarem ,reencarnarem.essa é a historia de tranca rua das almas.

"na sombra e na luz ,tranca rua me conduz"

EXU TRANCA RUA

Seu nome foi Geraldo Branco Compostella. Tranca ruas não foi de fato um médico como se diz nas letras de
seus pontos, ele foi na verdade uma especie de curandeiro, sua especialidade era a extração de dentes,
trabalhava com ervas virgens e em especial com cascas de uma árvore que havia próximo ao seu castelo. Era
um homem muito rico nascido em berço de ouro, Geraldo quando jovem tinha vontade de se tornar um
padre em um mosteiro em sua cidade natal, Galícia, na Espanha,todo esse sonho foi interrompido durante
uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um distinta senhora que havia ído se confessar.

Ele passou então a frenquentar a todas as missas, tentando desesperadamente encontrar essa mulher,
depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo padre e,
para sua surpresa, era a tal mulher. Sem pensar em nada fingiu ser o padre,a mulher então beijou lhe a mão
e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados, ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua vida e nada
poderia fazer para afastá-la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia que a
inquisição a julgasse, nesse mesmo momento Geraldo se calou e disse à mulher "desde que te vi pelas
missas não consigo pensar em outra coisa a não ser você, não sei se estou enfeitiçado, mas o que sinto é
mais que o suficiente e se você vai sair desta cidade que seja comigo." Geraldo voltou a seu castelo,vendeu
todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de Galícia,ele foi morar com Maria e começou a se envolver
demais com os segredos do oculto,logo Geraldo passou a se tornar um mestre na arte de enfeitiçar e passou
para o lado da magia negra. Com medo de perder Maria, Geraldo celou um pacto com o diabo para que a
mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.

Sua alma passou a ser do diabo,que cobrava cada vez mais pelo seu feito,alguns anos se passaram e Maria
adoeceu,nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a saúde, Geraldo desesperado pensando perder sua
amada mais uma vez recorreu ao diabo, porém disse a ele, que se fizesse o que ele queria seu preço seria
cobrado após a; morte de Maria, Geraldo sem pensar aceitou,na manhã seguinte Maria se levantou e nada
mais tinha, ela viveu intensamente somente mais três dias, falecendo queimada por uma vela que incendiou
todo o casebre. Por culpa de Geraldo, Maria não conseguia descansar em paz,seu espírito ficou perdido
junto com as almas sem luz,e Geraldo dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua
amada, ele morreu logo depois de desgosto e o diabo levou sua alma, após sua passagem tornou se o
guardião das almas sem luz que tentam se livrar dos caminhos escuros por isso seu nome tranca rua das
almas. Hoje sua missão é levar ajuda a quem esta perdido,e ele tambem guarda os espirítos zombeteiros
afim de que paguem seus pecados e para voltarem a reencarnar.

"na sombra e na luz ,tranca rua me conduz" LAROIE SEU TRANCA RUA

EXU VELUDO

Ele foi um grande homem que viveu na roma antiga,


comandava um exercito, foi bom bom general , matou muitas pessoas teve muita sede de sangue na boca
era muito violento;
mas com isto teve muito conhecimento da vida e esperiência conheceu muitas mulheres, teve cabarés e
dinheiro, ouro e etc;

Gostava muito de charutos ,jóias ,bebidas das mais fortes e assim foi a vida de seu veludo até que um dia ele
conheceu uma mulher chamada Maria Padilha.
Por ela ele amou, matou e morreu mas como ele era um bom homem de presença só usava as melhore
roupas do tempo dele. Sempre de terno e chapéu. Até que um dia saiu com uma outra mulher chamada
Maria Mulambo, só que ela era prima de Maria Padilha e ele não sabia, até que Maria Padilha descobriu. Foi
ai que o seu fim estava para chegar. Maria Padilha pegou um punhal e deu sete punhaladas no coração dele
mas não ficou por isso.
Como ele era um homem muito bom e também matou muita gente ele foi tomou o punhal dela e arrancou
seu pescoço.

Com isto ele e ela morreram por amor e ciúmes.

Ele sempre foi um homem muito respeitado por todos os exus e pomba giras. Nos terreiros, quando ele
chega, todos notam sua presença por ser um exu fino, que fala bem, sabe se por no terreiro e não gosta de
brincadeira ;

e senpre cantão para ele assim :


nimguem pode com ele
ele pode com tudo lá
na encruzilhada ele
é exu veludo

é o que seu sobre este grade exu veludo e axé para vcs e obrigado pela oportunidade LAROIE EXU VELUDO

todas as informações deste grupo, são coleções de estudos, convênios e contribuições de pessoas que
professam o respeito e adoração de Exu, e lembrar a todos os irmãos Exu não é propriedade pessoal de
ninguém, seu amigo e irmão

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