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Comportamento do consumidor

O comportamento do consumidor é um conceito que determina as


diferentes técnicas e formas de estudar o processo de decisão de compra. Em
linhas gerais, este processo se inicia com uma necessidade ou desejo. A partir
daí, o consumidor passa por diferentes etapas até chegar ao momento de
finalizar a compra. Ele busca entender quais fatores, hábitos, influências e
estímulos interferem nesse processo. Desde o surgimento da internet, o
processo de decisão de compra deixou de ser linear. São inúmeros canais,
fatores e variáveis que influenciam a jornada de compra do cliente. Além disso,
o consumidor consegue obter muitas informações relevantes, que vão
influenciar diretamente na sua decisão, muito antes de entrar em contato com a
loja.

Curva de indiferença

Uma curva de indiferença é o gráfico de uma função que mostra as


combinações de bens em que o consumidor é indiferente entre qualquer uma
delas. Ou seja, ele não tem preferência entre uma combinação ou outra, já que
cada uma providência o mesmo nível de utilidade, vulgo satisfação.

O consumidor sempre vai preferir a curva U3 em relação a curva U2 e U1.

Taxa Marginal de Substituição

Em microeconomia, a taxa marginal de substituição do bem A pelo bem


B, representado por TMgS (B,A), mede a taxa à qual o consumidor está
propenso a substituir o bem A pelo bem B [1]. Em outras palavras, esta taxa
mede uma troca: o número de unidades do bem B (adquiridas) por unidade do
bem A (sacrificada), desde que a troca busca mantenha o mesmo nível de
satisfação (utilidade) do consumidor.
Esse nível de satisfação é representado matematicamente por
uma utilidade, cuja imagem gráfica é chamada de mapa de curvas de
indiferença. Cada ponto pertencentes a uma mesma curva de
indiferença representa uma cesta composta por diferentes quantidades dos
bens A e B, porém todas as cestas de uma mesma curva de
indiferença apresentam a mesma utilidade para o consumidor. Entretanto, a
cada ponto da curva (cada cesta) corresponde uma distinta taxa marginal de
substituição.
A TMgS referente a uma cesta é dada pelo valor da derivada no ponto
da curva de indiferença que representa a aludida cesta de bens (inclinação da
reta tangente à curva naquele ponto). Dessa forma, a TMgS possui valor
diferente para cada cesta representada pela curva, exceto em curvas de
indiferença de bens substitutos ou complementares perfeitos, onde a TMgS é
(localmente) constante.
A taxa marginal de substituição depende da quantidade de cada bem
que o consumidor possui no momento. Por princípio intuitivo, afirma-se que
cada nova unidade de um determinado bem possui menos utilidade do que a
unidade imediatamente anterior. Para compreender esse conceito, basta
imaginar alguém "matando a sede": o primeiro copo d'água possui
maior utilidade (satisfação) do que o segundo, este maior do que o terceiro, e
assim por diante. Isso mostra que a utilidade de um bem é decrescente.

Substitutos Perfeitos e Complementos Perfeitos

As curvas de indiferença mudam de acordo com o bem em questão.

Quando a TMS de um bem pelo outro é constante dizemos que os bens


são substitutos perfeitos. A inclinação da curva não precisa ser de -1 (um bem
X por um bem Y); a curva pode ter inclinação de -2 (dois bens X por um bem
Y), ou -3, etc. O importante é que a TMS seja constante ao longo da curva.

Dois bens são complementares quando suas curvas de indiferença


formam um ângulo reto.

Funções Utilidade

Em economia, utilidade se refere ''ao valor numérico que representa a


satisfação que consumidor obtém de uma cesta de mercado''.

A função utilidade é uma função que atribui um nível de utilidade a cada


cesta de bens.

A função utilidade u(A,V) = AV mostra que o total da utilidade é o


produto de A por V. A curva abaixo de utilidade demonstra as diferentes
combinações que fornecem a mesma utilidade ao consumidor.

O fato de U3 ter uma utilidade de 100 e de U2 ter 50, não significa que
esta gera o dobro de satisfação em relação a U2. Isso ocorre porque não
temos nenhum meio de medir objetivamente o nível de satisfação ou o nível de
bem-estar de uma pessoa que adquiri determinada cesta. Sabemos apenas
que U3 é melhor do que U2 mas não sabemos o quanto ela é melhor.

A função utilidade que determina que as cestas na curva U3 são


preferíveis as cestas na curva U2 é chamada utilidade ordinal pelo motivo
explicado acima. Uma função utilidade que pudesse informar quanto uma
cesta, em termos numéricos, é preferível a outra é chamada de função utilidade
cardinal.
RESTRIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Vamos supor que o consumidor tem a opção e gastar o salário mensal


dele em duas mercadorias. A restrição orçamentária (linha de orçamento) é a
combinação total de mercadorias que ele pode adquirir com o salário que
possui.

Supondo um salário de $80, a linha de orçamento do consumidor seria:

Uma modificação na renda do consumidor desloca a linha de restrição


orçamentaria para a direita.

A ESCOLHA DO CONSUMIDOR

A cesta de mercado escolhida pelo consumidor deve atender os


seguintes requisitos:

1 - Deverá estar sobre a linha de orçamento.


2 - Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços.
O consumidor maximiza sua utilidade no ponto A sobre a curva de
indiferença U2. O ponto D fornece uma utilidade maior do que o ponto A porém
devido a restrição orçamentaria do consumidor o mesmo não consegue
alcançar este ponto.

No ponto A, a inclinação da curva de indiferença é igual a inclinação da


curva de restrição orçamentária. Podemos dizer que a satisfação é maximizada
no ponto em que:

TMS = Pa/Pv

Perceba que no ponto B a TMS é maior do que a razão no preço.

Quando o consumidor resolve gastar toda sua renda em uma


mercadoria ao invés de dividi-la, temos uma solução de canto. Neste caso, a
maximização da utilidade não se da no ponto em que a TMS é igual a razão de
preços dos produtos. Neste caso, a maximização ocorre quando:

TMS≥Ps/Pic
Bibliografia

PASSOS, C.R.M.; NOGAMI, O. Princípios de Economia. São Paulo: Pioneira


Thomson Learning, 2005.
VASCONCELOS, M.A.S.de; OLIVEIRA, R.G.de. Manual de Microeconomia.
São Paulo: Atlas, 2000.
VARIAN, H.R. Microeconomia: Princípios Básicos. Rio de Janeiro: Campus,
2000.

Site:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_marginal_de_substituição, visitado em 10 de
dezembro às 12:20 horas.

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