Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
Profª. Rosangela Cavallazzi
Introdução
Como normatizar uma cidade? A primeira coisa é o zoneamento, divisões territoriais, sendo a
primeira entre o espaço rural e o espaço urbano. Para tanto, vai influenciar o ambiente que já existe.
O que vai definir o espaço rural e o espaço urbano é a atividade exercida. No campo, exerce-se
atividade agropecuária. O Brasil, atualmente, é um país urbano, devido à população. 85% vivem no
espaço urbano, que ocupa 1% do território. Os outros 99% são plantações, áreas de preservação,
comunidades indígenas, floresta etc. No espaço rural, desenvolve-se a atividade primária; as demais –
inclusive um pouco da primária – são exercidas no espaço urbano. Mas essa divisão tem sido
questionada.
Juridicamente, quem faz o zoneamento é o Município. A divisão rural x urbano faz diferença
para fins de imposto, já que o ITR compete à União, enquanto o IPTU compete ao Município. Segundo
a jurisprudência, o que define se incidirá ITR ou IPTU é a destinação do imóvel.
Dentro do espaço urbano, também haverá zoneamento, definindo-se o que é de uso permitido
(que é o desejável), tolerado ou proibido.
A cidade é algo dinâmico, que se constrói sempre. O direito, portanto, também deve se
renovar. Diz-se que o direito à cidade é o direito a uma cidade que está em constante renovação. Na
CF, prevê-se a função social da cidade, que está definida no Plano Diretor – que, por sua vez, deve ser
renovado a cada 10 anos. O Plano Diretor deve ser feito democraticamente; por isso, fala-se em gestão
democrática. O direito à cidade é um direito coletivo, composto por um feixe de direitos, que
possibilita uma vida urbana digna, proporcionada por serviços públicos e privados.
MILTON SANTOS (“Por uma nova globalização”): a proposta de Milton Santos é sair do mercado como
eixo para passar par ao homem como eixo da globalização.
TEXTO CLAUDIO RIBEIRO (“A relação entre o patrimônio histórico e a disputa urbana da memória no
espaço cordial”):
“Habitar o patrimônio requer certa estratégia de conduta social que envolve diversos fatores,
os quais vão desde o reconhecimento do lugar em que se vive como sendo representante de uma
memória coletiva – ou seletiva – até reações às regras e normas que são fruto dessa condição.”
“Essa condição complexa, pautada pela não neutralidade, é percebida por diversos moradores
de diversos sítios históricos em todo o mundo, onde a necessidade de memória e de história atuam
de forma a criar a necessidade desses espaços simbólicos.”
“Os espaços simbólicos nacionais brasileiros, representados aqui pela cidade de Ouro Preto,
não permitem, pela forma como foram forjados, essas percepção e ação transformadoras de seus
habitantes como alimento constante das relações sociais que se pautam no âmbito da memória. É
preciso que se conheça e se reconheça a dinâmica autoritária da produção e reprodução desses
símbolos para que se adquira força teórica e prática suficientes para transformar um espaço que
pode ser considerado como sendo um espaço cordial.”
“O espaço cordial será produzido onde e quando houver a convivência de discursos
inconciliáveis que não se evidenciem como tal em forma de conflito. Essa relação sempre se dará
de forma opressiva e extremamente individualizada, por exemplo, quando espaços públicos se
transformam, disfarçadamente, em privados, em nome de um progresso técnico. A técnica, aliás,
nesse espaço, será sempre naturalizada, posto que a naturalização de uma atividade humana é,
por si só, conciliação de discursos opostos. Foi esta característica que garantiu a progressão dócil
e o convívio amistoso, embora ao mesmo tempo opressor, de um passado c om um futuro
garantidor de uma finalidade social e espacial ‘desenvolvimentista’, que negou a heterogeneidade
da história em nome de uma formação que se forjou como nação.”
TEXTO DA MADALENA (“A operação urbana consorciada da Zona Portuária do Rio de Janeiro e o direito
à moradia: questionamentos e reflexões”):
“(...) o direito à cidade é composto por um feixe de direitos que se complementam e reafirmam
mutuamente, que inclui o direito à moradia (implícita a regularização fundiária), à educação, ao
trabalho, à saúde, aos serviços públicos, ao lazer, à segurança, ao transporte público, à preservação
do meio ambiente natural e construído e do patrimônio cultural, histórico e paisagístico, os quais
requerem, para sua garantia, a sustentabilidade urbano-ambiental.”
Situações de desrespeito aos direitos dos ocupantes da área (Morro da Providência): “A
começar pela falta de informação básica a respeito dos procedimentos que estão sendo adotados,
no âmbito da Secretaria Municipal de Habitação, para a remoção dos moradores, considerando
que já está em andamento o projeto Morar Carioca da Favela da Providência/Pedra Lisa; e a
ausência de informações em linguagem clara e objetiva sobre o projeto que será implantado no
local. Por fim, pelos instrumentos de pressão e violência simbólica que são realizados, na medida
em que há casas marcadas com a sigla SMH (Secretaria Municipal de Habitação) e com uma
numeração que varia de 1500 a 1800, sem que os moradores saibam, efetivamente, qual o
significado disso, além da previsão de que 800 pessoas terão de deixar o local, sem que se saiba
quando terão de sair, para onde vão e em que condições isso se dará.”
“Portanto, sob o prisma da gestão democrática da cidade (art. 2º, II da Lei 10257/2001),
questiona-se a legitimidade de tais normais, posto que o processo legislativo deveria assegurar a
participação pública efetiva, o que não ocorreu. Nesse sentido, é importante ressaltar que, para
que esta seja garantida, necessário o maior número de informação previamente obtido, sobre os
fatos e dados existentes tanto nos setores públicos como privados. E, também, que tal informação
seja de qualidade, mas não técnica, já que os destinatários dela, em regra, são leigos. Daí, quanto
maior a qualidade e a quantidade de informação, maior será a intensidade da participação pública
e, por conseguinte, mais concretizados a democracia e o Estado de Direito.”
“Sobre o instituto da Operação Urbana Consorciada, é importante esclarecer que possui como
marco normativo o Estatuto da Cidade, através dos arts. 32 a 34, os quais estabelecem ser a
operação urbana consorciada um conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder
Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas
estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. E para a implantação da OUC há
necessidade prévia de se ter uma lei específica, que deve estar articulada com o Plano Diretor da
Cidade.”
“A aludida OUC [da Zona Portuária do Rio], com um prazo máximo de realização de trinta anos
e com previsão de custo de oito bilhões reais, pretende seguir o modelo internacional adotado por
outras cidades globais na trilha das políticas de empreendedorismo urbano, que teve como foco a
reestruturação de antigas zonas portuárias vocacionando-as para a cadeia produtiva do turismo e
do lazer, com o processo de enobrecimento de regiões degradadas e mudanças significativas na
dinâmica população-moradia-território.”
“Trata-se do fenômeno conhecido como empreendedorismo urbano ou empresariamento
urbano ou, ainda, planejamento urbano estratégico, que, surgido a partir das dificuldades
enfrentadas pelas economias capitalistas no pós-recessão de 1973, buscava ocupar o lugar do
ultrapassado modelo modernista e retirar as cidades de um período de estagnação econômica
causado pela desindustrialização e pelas conseqüências da crise do capitalismo e da reforma do
Estado. Esse modelo de gestão urbana, guardando semelhança com a gestão empresarial, pregava
a produtividade, a competitividade e a subordinação dos fins à lógica do mercado.” (cidades
standard)
“Ocorre que, no caso brasileiro, da zona portuária do Rio de Janeiro, questiona-se a importação
irrestrita de tal modelo, já que a realidade econômico-social brasileira é bem diversa da maior
parte dos países em que o modelo acima foi adotado.”
“(...) planejamento e gestão urbanos devem garantir o direito à cidade, que se preocupa com a
integração socioespacial, considerando a cidade como um bem coletivo e, portanto, um direito
difuso de todos os cidadãos que nela estão inseridos. No referido modelo, para minimizar as
disfunções decorrentes da desigualdade econômico-social reforçada pelo capitalismo e pela
política de desenvolvimento neoliberal, o Estado tem o papel de “equilibrador social” (2011),
editando normas que garantam a tutela dos vulneráveis e, também, buscando a eficácia social de
tais normas. Nesse sentido, uma das questões que deveriam ser privilegiadas na OUC da zona
portuária seria o combate ao déficit habitacional, com a construção de novas moradias e a
regularização fundiária dos moradores das favelas da região, como forma de se enfrentar o grave
problema habitacional existente para a população de baixa renda.”
“(...) o direito à moradia, apesar de direito autônomo, com proteção e objeto próprios, possui
estreita vinculação com outros direitos fundamentais, tais como o direito à vida, à saúde, ao meio
ambiente, à alimentação, à privacidade, à propriedade, reforçando sempre a ideia de que o Estado
Democrático de Direito contemporâneo deve ser compreendido como Estado Socioambiental.”
“Assim, na condição de direito de defesa representa um direito subjetivo que impõe ao poder
público a obrigação de não-afetação e, por outro lado, na qualidade de direito prestacional, o
direito à moradia exige a criação e estruturação de órgãos, a edição de normas que estabelecem
procedimentos de tutela e promoção dos direitos, o fornecimento de bens e serviços ou outras
ações comissivas. Na sua dimensão negativa, o direito à moradia tem por objeto imediato a
resistência a uma intervenção, sendo possível que, na falta ou insuficiência de lei especifica, o
poder judiciário e demais operadores jurídicos apliquem os dispositivos constitucionais,
autorizando-se, assim, a concretização do direito à moradia pela via interpretativa.”
“(...) a legislação brasileira já é dotada de instrumentos jurídicos suficientes à garantia do direito
à moradia, inclusive para a regularização fundiária dos imóveis (públicos ou privados)
irregularmente ocupados. Além da usucapião25 para fins de moradia (art. 183 da CF/88) e a
concessão para fins de moradia, já mencionada (art. 183, parágrafo único), regulamentada pela
MP 2220 (art. 1º e 2º da MP n. 2220/2001), como instrumentos de regularização fundiária, que se
distinguem pela natureza da área ocupada, se privada ou pública, atualmente, é possível se valer
da legitimação da posse e da usucapião extrajudicial, previstos no art. 59 da Lei n. 11977/09.”
“Pelos dados acima expostos, a OUC da Zona Portuária não tem como preocupação e finalidade
precípuas empreender metas e ações que visem à garantia do direito à moradia da população
carente que ali já reside há diversos anos, especialmente, no Morro da Providência. A própria
dinâmica do instrumento, aliás, com a criação da CDURP (Companhia de Desenvolvimento Urbano
da Região do Porto do Rio) – pessoa jurídica sob a forma de sociedade por ações - sociedade de
economia mista –, controlada pelo Município, tem como interesse preferencial o desenvolvimento
econômico da região, com a requalificação de reurbanização do tecido urbano, dando novos
destinos a áreas que estariam ociosas, além de buscar o incremento do turismo na região e do
desenvolvimento de outras atividades econômicas na região.”
“Em verdade, os projetos de ampliação de habitações existentes para a área não se destinam
à classe mais vulnerável, pois o público alvo dos novos empreendimentos será a classe média e
classe alta. O que se busca com o projeto Porto Maravilha é uma nova dinâmica na região, com a
renovação da infraestrutura urbana e do novo padrão de ocupação, sem a preocupação com a
melhoria da condição de moradia dos moradores da região.”
“Apesar de já haver condição de aplicação dos direitos que garantem a moradia dos
vulneráveis, tal como já amplamente previstos pela legislação brasileira e internacional, tais
normas carecem de eficácia social, já que não conseguem produzir efeitos no mundo dos fatos.
Neste momento em que, implantada a OUC, há aporte financeiro tanto público como privado,
através das contrapartidas dos entes públicos e privados, bem como de organismos estrangeiros,
perde, assim, a cidade e todos os cidadãos que nela habitam, vulneráveis ou não, a oportunidade
de produzir soluções para a questão da moradia, conferindo segurança à posse de imóveis dos que
preenchem os atributos legais, bem como regularizando a titularidade do domínio para aqueles
que também já reúnam condições de usucapião. O desenvolvimento urbano efetivo não significa,
apenas e tão somente, o aumento da área urbanizada e a modernização do espaço urbano, mas,
sobretudo, deve promover a melhor qualidade de vida para um número crescente de pessoas e,
ao fim e ao cabo, a justiça social tão almejada.”
Porto de Gênova
“Cidade standard”: cidades formatadas a partir de uma lógica mercantil; formatos impostos
que engessam a cidade no modelo mercantil, assim como um contrato de adesão, dificultando
mudanças e implicando fortes desigualdades sociais. O objetivo é legitimar a apropriação dos recursos
também por empreendimentos privados. É um projeto que se instaura para que a cidade se lance no
mercado para ganhar investimentos. A cidade, assim, adquire um novo status, assim como o próprio
poder público, qual seja, de investidor.
Gênova se desenvolve pelas relações mercantis do porto; tem uma forma própria de
anfiteatro. É uma cidade medieval, com pequenos lotes. A malha urbana é completamente densa
(jamais aconteceria a venda de terras que houve no caso do Porto do Rio). Há duas identidades
principais, porque, do lado oposto à parte medieval, há uma área industrial com lotes maiores. É uma
cidade entre a montanha e o mar, o que dificultou a sua expansão. Em 1926, foi criada a região
metropolitana, cuja maioria das cidades tem relação com o mar, sendo Gênova o principal centro. Há
vários níveis atuando: Comuna, Província, Região, Governo Central e União Europeia. Há também
disputa entre as cidades por financiamento.
Um projeto quase simultâneo ao Porto Antico foi o Il cono di Portman (arquiteto americano
que criou um projeto para o porto). Esse projeto previa a criação de uma ilha na baía – o que hoje seria
um crime ambiental – com um cone, maior do que as montanhas e competindo com o farol, que
sempre foi o grande símbolo de Gênova; o cone seria um complexo multiuso, com hotel, centro
comercial, aquário, para resgatar a cidade economicamente. À época, havia várias associações que
pressionaram para vetar o projeto. Houve, pois, comprometimento por um projeto que respeitasse os
valores históricos e paisagísticos, para preservar a identidade mercantil. Houve alinhamento entre
todas as esferas de poder e, em pouco tempo, conseguiu-se organizar uma feira internacional (grande
interferência que girou em torno de um grande evento: os 500 anos do descobrimento da América, já
que Colombo era genovês, o que levou à abreviação dos processos de aprovação).
O Porto Antico não foi a única intervenção urbanística; há vários programas complementares
mais pontuais das esferas, separadamente ou não.
Em 1999, Gênova se lança no planejamento estratégico, mas sempre com um viés econômico
(não há muito um viés social). Mas há também uma pegada ambiental. Lança-se, assim, o Ponte Parodi,
que, a despeito da pegada ambiental, visa basicamente a atender os turistas, fazendo uso do espaço
público. Mas, do lado, por exemplo, há um bairro de imigrantes (espaço insurgente: resistência contra
esse sistema, contra a lógica capitalista), com muitas moradias irregulares, bem como um centro
histórico abandonado. Trata-se de negação dos conflitos sociais, já que há um conflito muito grande
nesse centro social e o projeto era completamente desconexo disso.
Os megaeventos acabam sendo grandes motores dessas intervenções – assim como aconteceu
no Rio. Há também o caso dos Archstars, que ocorreu tanto em Gênova quanto no Rio (Museu do
Amanhã: Santiago Calatrava – desejo por deixar uma marca forte na paisagem). Outra coisa que se
repete é o Programa de Necessidades: prioriza-se principalmente a questão turística (uso do espaço
público para fins privados). Também há um esvaziamento desses espaços de sentido para trazer um
novo sentido. Em Gênova, por exemplo, remodelou-se um Armazém que tinha sido destruído na
Segunda Guerra Mundial, para que ele virasse um centro comercial. Há, desse modo, a inserção de
uma nova ordem, ignorando o que havia antes (imposição de formas de comportamento, como
demonstra o próprio Regulamento do Porto Antico). Será que houve superação da questão
modernista? No caso do Rio, também há tentativa de impor novos comportamentos, de impor uma
nova ordem nesses espaços, uma nova lógica (exemplo: não há mais barraquinhas de churros, pipoca,
que eram dos próprios moradores da região; o que há são food trucks).
Em Gênova, manteve-se a volumetria arquitetônica. Já no Rio se ampliou o gabarito para atrair
mais investimento, mas hoje 90% desses espaços que foram construídos estão vazios. Outra diferença
é quanto às concessionárias: a concessionária de Gênova era mista, com duração de um ano; no Rio,
a duração é de quinze anos e a concessionária é formada por três empresas privadas.
Nessas cidades standard, a lógica mercantil se repete, dificultando o diálogo. A solução dos
problemas trazidos pela cidade industrial não pode desconsiderar as questões sociais; não basta ser
algo técnico (Henri Lefebvre).
Juliana Mansur: Arte x Direito. Análise da paisagem urbana à luz dos princípios constitucionais.
Visa identificar os obstáculos e possibilidades na tutela do direito à cidade na perspectiva da eficácia
jurídica e social da norma urbanística. Arte e direito são complementares. “Paisagem” como princípio
de interpretação da norma urbanística e como patrimônio público estabelece novos parâmetros para
o estudo do direito urbanístico. A tutela da paisagem consagra a dignidade da pessoa humana.
a) “Princípio da função social da propriedade (arts. 5º., XXII, XXIII, XXVI; 170, III; 182, caput e §2.º; 184, caput; 185,
parágrafo único e 186), segundo o qual a propriedade pode ser utilizada de forma condizente com os fins sociais
a que ela se preordena;
b) Princípio da subsidiariedade (art. 173), pelo qual se confere preferência aos particulares na implementação do
planejamento urbanístico, desde que estes possam faze-lo de maneira adequada e suficiente;
c) Princípio de que o urbanismo é função pública (implícito no Texto Constitucional – arts. 21, IX, XX, XXI; 23, IV;
25, §3.º; 30, VIII; 43; 216, caput e §§ 1.º e 5.º), segundo o qual o Urbanismo é um poder-dever do Estado, na
medida em que se constitui como o poder enquanto dirigido a uma finalidade de interesse coletivo e cujo
exercício se revela num dever jurídico;
d) Princípio da afetação das mais-valias ao curso da urbanificação (arts. 5.º, XXIV, e 145, inc. III da Constituição da
República e art. 4.º do Decreto-lei 3.365/41), pelo qual os proprietários devem satisfazer os gastos dela
decorrentes dentro dos limites do benefício por eles auferido, e cuja aplicação prática é demonstrada pelos
instrumentos da desapropriação por zona, quando é expropriada área contígua à necessária para obra em face
da previsão de um aumento extraordinário em seu valor e, da contribuição de melhoria.”