Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alice Bailey Psicologia Esoterica I Portugues PDF
Alice Bailey Psicologia Esoterica I Portugues PDF
VOLUME I
Por
Alice A. Bailey
(Mestre Tibetano Djwhal Khul)
1
SINOPSE DE UM TRATADO SOBRE OS SETE RAIOS
VOLUME I
SEÇÃO UM
I. Observações Introdutórias
II. Certas Perguntas e Respostas
III. Dez Proposições Básicas
SEÇÃO DOIS
VOLUME II
I. O Raio Egóico
II. O Raio da Personalidade
III. A Humanidade Hoje
VOLUME III
I. Astrologia Esotérica
II. A Natureza da Astrologia Esotérica
III. A Ciência dos Triângulos
IV. Os Planetas Sagrados e Não-Sagrados
V. As Três Principais Constelações
VI. As Três Cruzes
VII. Os Raios, Constelações e Planetas
VOLUME IV
VOLUME V
2
"A matéria é o veículo para a manifestação
Da Alma neste plano de existência, e Alma é o
Veículo em um plano superior para a manifestação do
Espírito, e estes três são a Trindade sintetizada
pela Vida, que permeia todos."
3
PREFÁCIO
Cada vez que se publica um livro para os aspirantes sinceros, surge a interrogação:
Que linha de instrução levará adiante seu treinamento com maior rapidez? A velocidade é um
fator essencial se quisermos aproveitar corretamente o desenvolvimento atual e aliviar a
tensão e tirania existentes no mundo. O ensinamento a ser dado deve também aumentar sua
capacidade mental e conduzir a essa estabilização do corpo emocional, que permitirá libertá-
los mais rapidamente para o serviço. Deve recordar-se que o estudo constante sobre a
Sabedoria Eterna, e a apreensão de seus enunciados por meio do ouvido e do olho, serve
apenas para aumentar a responsabilidade, ou produzir fadiga mental e dor, com a
conseqüente rebeldia às instruções. Só o que é colocado em uso na vida é de valor prático e
mantém sua permanecia. A sinceridade é a primeira coisa para a qual aqueles de nós que
ensinam inevitavelmente olham.
Àqueles que lêem meus livros desejo esclarecer que um dos principais
resultados que procuro é a colaboração e a compreensão grupais, e não o benefício
individual. Estudando e lendo cuidadosamente se estabelece uma interação grupal e uma
maior integração do grupo é alcançada, com os seres que o compõem, e se funde mais
estreitamente o grupo, com o Plano que os Grandes Seres estão desenvolvendo. Construímos
e fazemos planos para o futuro da humanidade, e não para o desenvolvimento pessoal de
qualquer aspirante em particular. O progresso individual não é de grande importância. A
formação e o desenvolvimento de um grupo de aspirantes dedicados, treinados para trabalhar
em conjunto e responder em uníssono ao ensinamento, é de real importância para aqueles de
nós que são responsáveis pela formação e pela preparação do grupo de discípulos mundiais
que atuarão de forma livre e com poder num ciclo posterior. Vocês vêem uma parte ínfima do
Plano. Nós vemos o Plano à medida que se desenvolve durante uma série de vidas futuras, e
hoje buscamos aqueles que podem ser ensinados a trabalhar em forma grupal e assim
constituir uma das unidades ativas nos grandes acontecimentos vindouros, vinculados com
dois terços da humanidade que entrarão na senda ao finalizar esta era, e com outro terço que
irão aguardar um desenvolvimento posterior. Treinamos homens e mulheres em toda parte
para que possam ser sensíveis ao Plano, à vibração de seu grupo e, portanto, capazes de
colaborar inteligentemente com o propósito em desenvolvimento. É um erro acreditar que o
plano é treinar aspirantes para que sejam sensíveis à vibração de um Mestre ou à Hierarquia.
Isto é apenas incidental e de menor importância.
4
escolha e esforço auto-iniciado do estudante. Em meus livros têm sido tratadas três linhas
fundamentais de ensinamento:
Primeiro, tem sido dadas técnicas relativamente novas sobre o controle do corpo.
Reflitam sobre estas três abordagens principais da verdade, e busquem com clareza
de pensamento. A apreciação mental de seu significado trará compreensão e aumentará
igualmente a captação grupal do ensinamento que tenho procurado transmitir. Qualquer
estudante que pensa com clareza e aplica o ensinamento em sua vida diária dá uma valiosa
contribuição à consciência do grupo.
O aspirante muitas vezes se pergunta: ―Sirvo para alguma coisa? Como posso servir
ao mundo em minha pequena esfera?‖. Permita-me responder a estas perguntas dizendo que
se levam mentalmente o conteúdo deste livro à mente do público, se explicam ao próximo o
ensinamento que absorvem e se vivem uma vida de acordo com os ensinamentos, seu serviço
é bem real.
Antes e acima de tudo deve-se eliminar o medo. Este tema já foi exposto
extensamente no Tratado sobre Magia Branca, e já foram dadas certas regras e fórmulas para
dominar o medo. Quantos dentre vocês que lêem esses ensinamentos puderam assimilar a
5
informação transmitida? Tendo em vista que o mundo necessita de ajuda, não deseja o leitor
eliminar o temor e ir adiante com determinação, alegria e coragem diante do futuro?
Todos os livros que escrevi contem um propósito definido e uma seqüência planejada
de ensinamento. Será de utilidade detalhar:
O primeiro livro publicado foi Iniciação Humana e Solar. Este livro foi concebido para o
aspirante médio, para tirá-lo de onde estava e levá-lo a visualizar um grupo organizado de
instrutores que estão procurando ajudar a humanidade (e incidentalmente, a ele mesmo) e
proporcionar-lhe algumas idéias sobre a técnica do trabalho e modos de procedimento.
O último livro, Tratado sobre Magia Branca, é um volume paralelo a Um Tratado sobre
o Fogo Cósmico. Assim como o primeiro livro trata da psicologia da Deidade, da atuação do
Macrocosmos e das leis mediante as quais governa o Logos Solar, o presente livro constitui
um tratado sobre a psicologia de um Filho de Deus e sua atuação no microcosmos. Refere-se
intimamente ao lugar que Ele ocupa no todo maior.
Agora darei cumprimento a minha intenção de escrever um livro sobre o tema dos Sete
Raios, tópico que sempre foi de interesse para os estudantes, pois pouco se sabe sobre os
raios. Pela Doutrina Secreta sabemos que são Forças construtoras e a soma total de tudo que
existe no universo manifestado, porém seu efeito sobre o reino humano e sua qualidade e
natureza essenciais permanecem sendo um mistério. Será necessário que eu evite a nota
6
cósmica, se posso chamá-la assim, porque quero que a informação seja de valor prático para
o estudante e para o leitor inteligente. Portanto, encarei o tema desde o ponto de vista da
família humana e o tratarei em termos de valores psicológicos, assentando as bases para a
tão necessária nova psicologia, e assim ocupo-me principalmente da equação humana. Em
seguida farei um comentário a fim de ampliar as palavras que estão no prólogo da Doutrina
Secreta: ―Todas as Almas são unas com a Super-Alma‖.
Tentem evitar, tanto quanto possível, essas vagas generalizações, tão penosas para a
mente analítica e acadêmica, e nas quais o místico encontra tanto alívio e alegria. No entanto,
gostaria de pedir aos que estudam este tratado que reservem sua opinião e não formem um
julgamento cristalizado até que tenha sido apresentado o tema em sua totalidade, percebido
claramente seu delineamento e elaborado em certa medida os detalhes.
Será necessário apresentar o tema sobre uma base ampla e conectar o individual com
o geral; isto pode parecer, à primeira vista, um tópico muito extenso, uma apresentação
demasiado especulativa e um delineamento vago e nebuloso, porém não pode ser evitado,
porque o argumento — como em todo trabalho verdadeiramente oculto — deve ser
considerado a partir do universal para o particular, do cósmico ao individual. Devido ao fato de
que os homens ainda se interessam em demasia pelo particular e individual, acham fácil
aplicar seu próprio interesse ao grande Todo maior no qual ―vivem, se movem e tem sua
existência‖. Eles não possuem, como regra geral, esse mecanismo interno de pensamento e
essa percepção intuitiva da verdade que lhes permita compreender facilmente o significado
que está subjacente no simbolismo das palavras, ou ver com claridade o esboço subjetivo que
está sob a forma objetiva. Mas o esforço para compreender trará sua própria recompensa; a
tentativa de apreender e compreender a Alma individual, conduz inevitavelmente a um
desenvolvimento do aparelho mental (com o desenvolvimento posterior da Alma cósmica,
universal, planetária e o conseqüente desenvolvimento das células cerebrais que ainda estão
inativas), que oportunamente produzirá a coordenação da faculdade do pensamento e
iluminação resultante.
7
Além disso, a natureza de nosso universo setenário deve ser considerada, e a relação
do tríplice ser humano com a Trindade divina deve ser observada. A idéia geral de todo o
quadro simbólico é de valor. Cada estudante, à medida que empreende o estudo dos raios
deve ter sempre em mente que ele próprio, como ser humano — unidade encontra seu lugar
em um destes raios, e isto representa um problema bem real. O corpo físico poderá responder
a um tipo de força de raio, ao passo que a personalidade como um todo pode vibrar em
uníssono com outro. O ego ou alma podem pertencer ainda a um terceiro tipo de raio,
respondendo assim a outro tipo de energia de raio. A questão do raio monádico em muitos
casos introduz um novo fator, porém isto só se pode ser insinuado e não elucidado. Como
tenho dito repetidas vezes, só um iniciado da terceira iniciação pode chegar a fazer contato
com seu raio monádico, com o aspecto mais elevado da vida, porém o humilde aspirante não
pode, todavia, determinar se é uma mônada de Poder, Amor ou de Atividade Inteligente.
Para concluir, gostaria de pedir sua leal colaboração no trabalho que estamos
realizando. Este livro será de maior valor geral e público que qualquer dos meus outros livros.
Procurarei que este tratado sobre a alma seja relativamente breve. Vou tentar expressar ditas
verdades abstratas de tal modo que o público em geral, com seu profundo interesse na alma,
possa ser atraído e adquira uma consideração mais profunda do que uma velada suposição.
Na Era Aquariana se demonstrará a realidade da alma. Isto é só uma tentativa levada adiante
em meio das dificuldades de um período de transição que ainda carece da terminologia
necessária para apoiar tal demonstração.
Permita-me acrescentar também que a atitude que vocês deveriam adotar diante das
instruções transmitidas deve ser a do estudante que busca a verdade que possa ser verificada
e informações que podem ser aplicadas na vida cotidiana e testadas no cadinho da
experiência da vida. Se, por exemplo, existem de fato sete raios que personificam sete tipos
de energia divina, então um homem deve ser capaz de reconhecer estes tipos e energias no
campo específico dos fenômenos no qual desempenha sua pequena parte. Se a verdade que
está sendo apresentada é velada por simbolismos e oferecida como uma hipótese, deve ao
mesmo tempo ser desvelada suficientemente para ser reconhecível e deve ter nela recurso
inteligente suficiente para justificar sua investigação. Creio que as palavras ―todas as almas
são unas com a Super-Alma‖ podem personificar, e personificam, essa informação
fundamental e essencial, porém, se isso não evidencia no mundo que está surgindo uma
relação viva entre os seres sencientes, tal afirmação carece de sentido. A realidade é que em
toda parte se reconhece que existe e está se desenvolvendo a sensibilidade universal e a
percepção geral. O mundo está cheio de conhecimento que é, em última análise, a resposta
sensível às condições existentes nas mentes que estão em processo de desenvolvimento,
porém que ainda não o conseguiram plenamente. Evidencia-se em forma gradual que debaixo
da diversidade reside uma unidade básica, e que nossa percepção é certa e verdadeira, e
correta, na medida em que possamos nos identificar com essa unidade.
Para finalizar eu peço a todos para seguirem adiante. Que nada do passado — inércia
física, depressão mental, falta de controle emocional — os impeça de começar de novo com
alegria e dedicação, e fazer o necessário progresso que lhes permitirá servir de forma mais útil
e ativa. Que nenhum de vocês se veja inibido pelo passado ou pelo presente, mas sim que
possam viver como espectadores, é a súplica constante e fervorosa do vosso instrutor.
O TIBETANO.
8
SEÇÃO I
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Observações introdutórias
4. A função do cristianismo.
9
Dou-me conta que ao divulgar este ensinamento relativamente novo sobre os raios, e
no meu esforço para lançar nova luz sobre o tema, talvez momentaneamente eu aumente sua
complexidade. Porém, à medida que se façam experimentos e se estudem as pessoas nos
consultórios dos psicólogos e psicanalistas, em conexão com as indicações de raios, e à
medida que as novas ciências possam ser usadas inteligentemente dentro de sua esfera
própria, obteremos muitos benefícios e o ensinamento encontra corroboração. Veremos
emergir uma nova abordagem às antigas verdades e uma nova forma de investigar a
humanidade. Enquanto vamos nos concentrar sobre a clara enunciação da verdade a respeito
dos raios, procurar tabular, esboçar e indicar sua natureza, finalidade e efeitos.
A dádiva de gratidão que tem o mundo para com os psicólogos treinados é inestimável,
porém a menos que exista uma idéia-chave no campo do pensamento, cairá por seu próprio
peso e produzirá (como está acontecendo) problemas, complexos e enfermidades mentais,
resultado direto de seus próprios métodos. O conhecimento que agora temos do modo como
agem os homens no plano físico como personalidades integradas, e como se pode esperar
que ajam dadas certas condições, é extenso e sólido, e a amplitude de sua compreensão
pode, até certo ponto, ser medida, se compararmos o que atualmente sabemos com o que se
sabia há cinqüenta anos atrás. O conhecimento foi fundado em grande parte pelo estudo do
anormal e do aspecto forma (sendo este último o verdadeiro método científico) e, portanto,
limitado e circunscrito quando é posta à prova das análises definitivas, trazido à luz que o
supranormal sem dúvida existe. O que procuro fazer e a contribuição que desejo dar ao tema
concerne à ênfase que damos sobre a natureza do principio integrador que reside em todas
as formas coerentes, e naquelas que (por falta de uma palavra melhor) denominados almas
ou eu. Este princípio, que anima o corpo e expressa suas reações por meio de seus estados
emocionais e mentais, é logicamente reconhecido por muitas escolas de psicologia, mas
permanece, no entanto a quantidade desconhecida e indefinível. Não podem descobrir sua
origem; não sabem o que é, se é uma entidade animadora, distinta e separada do corpo; se
perguntam se é a soma total da energia integrada, trazida à existência mediante a fusão das
células corporais, e portanto, através do processo de evolução, que constitui um ente
10
pensante e sensível; ou se é apenas o conjunto de vida e consciência daquelas mesmas
células.
2. Essa correntes de energia se dividem em três correntes principais, não obstante ser
uma única corrente. Este é um fato oculto digno da mais profunda meditação. Por sua vez se
diferenciam em sete correntes que ―conduzem até a luz‖ os sete tipos de almas. É com estes
sete que consideraremos aqui.
b. Sete grupos de energias, por meio dos quais os três grupos expressam as qualidades
divinas.
C. O terceiro efeito que se produzirá estudando os raios será duplo. Não só chegaremos a
compreender algo da parte interna da história, ou a adquirir uma idéia das qualidades divinas
11
que emergem dos três aspectos determinantes e as formas de expressão no plano físico,
como também alcançaremos um método prático de análise para chegar a uma correta
compreensão de nós mesmos como entidades animadoras, e a uma compreensão mais sábia
de nossos semelhantes. Por exemplo, quando comprovamos pelo estudo que a tendência de
nosso raio de alma é poder e vontade, mas que o raio que rege a personalidade é o raio da
devoção, então podemos avaliar mais precisamente nossas oportunidades, capacidades e
limitações; podemos determinar com mais precisão nossa vocação e serviço, nosso dever e
saber e nosso verdadeiro valor e força. Quando pudermos somar a esse conhecimento uma
análise que nos permita compreender que o corpo físico reage predominantemente ao raio da
alma, enquanto o corpo emocional está debaixo da influencia do raio da personalidade, que
está historicamente em manifestação naquele tempo, então estaremos em posição de avaliar
com acerto nosso problema, e podemos lidar mais inteligentemente conosco mesmos, com
nossos filhos, amigos e associados. Descobriremos que somos capazes de colaborar de
forma mais sensata com o Plano, à medida que ele se manifesta em determinada época.
Alguns dos pontos que tratarei de esclarecer não são passíveis de comprovação por
vocês, portanto, seria sábio aceitá-los como hipóteses ativas, a fim de compreender o que
procuro dizer. Outros pontos que mencionarei poderão ser verificados em suas próprias
experiências de vida, e demandarão o reconhecimento da mente concreta, e poderão produzir
uma reação que trará como conseqüência uma intensa convicção que emanará de seu Eu
intuitivamente consciente. De qualquer forma, leiam lentamente; apliquem as leis da analogia
e da correspondência; façam uma análise de si mesmos e de seus irmãos; procurem vincular
o que digo com o conhecimento que possam possuir das teorias modernas, e lembrem que
quanto mais vivam realmente como almas, tanto mais captarão o que se tenta de ensinar.
Ao estudar não devem esquecer que o conceito fundamental de todo trabalho oculto se
ocupa com a energia — unidades de energia, energia contida nas formas e correntes de
energia que fluem; estas energias chegam a ser poderosas e encarnam nosso propósito
mediante o emprego do pensamento, pois seguem as linhas bem definidas das correntes
mentais do grupo.
1
Nota da tradutora
13
propósito e não serve aos deuses e nem aos homens. A raça como um todo está entrando
numa era em que a mente está se tornando um fator potente; a maioria está aprendendo a
manter a mente firme na luz e, em conseqüência, são receptivos a idéias até agora
desconhecidas. Se um grupo de mentes pode atrair-se mutuamente e fundir-se numa síntese
adequada, e se (em suas meditações individuais e diárias) se mantiverem focalizados e
orientados no que pode ser apreendido, captarão grandes conceitos e intuirão grandes idéias.
Os homens podem aprender a pensar — como grupo — e chegar à manifestação das idéias
intuídas sobre a verdade e beleza do Plano; dessa maneira se poderá construir uma bela
criação que incorpore um princípio divino. Reflitam sobre isto, procurem capacitar-se para
registrar tais idéias, treinem para formulá-las em pensamentos e transmiti-las, a fim de que
outros possam também captá-las. Tal é a natureza do verdadeiro trabalho que deve realizar
os novos grupos, e os estudantes que possam captar hoje esta idéia, terão a oportunidade de
realizar algo deste trabalho pioneiro.
No reino da intuição existem coisas maravilhosas; hoje é possível fazer contato com
este reino. A raça tem agora o privilegio de contatar essa ―nuvem de coisas cognoscíveis‖, a
qual se referiu o antigo vidente Patanjali em seu quarto livro de Aforismos; a raça por meio de
seus numerosos aspirantes pode hoje precipitar essa ―nuvem de chuva‖, para que os cérebros
humanos de todas as partes possam registrar esse contato. Até agora esse foi o privilégio do
raro e iluminado vidente. Assim se introduzirá a Nova Era e penetrará o novo conhecimento na
mente da humanidade.
Isto pode ser demonstrado na prática, se aqueles que se interessam por este Tratado
sobre os Sete Raios conseguem sintonizar-se e pensar com clareza, e com a mente
equilibrada e iluminada tentem compreender o que é um relativamente novo aspecto da
verdade.
Ademais quero recordar-lhes que o percurso que segue a Mônada (um aspecto da
energia que se acha em um ou outro dos três raios principais) pode dividir-se em três partes,
às quais conduzem a uma quarta:
14
1. À concretização de uma unidade inferior, ou seja, a unidade com a natureza da forma.
A alma nesta unidade se identifica tão estreitamente com o aspecto da matéria que não
estabelece diferença alguma, crê que é a forma, e não se conhece como alma. Isto com
freqüência atinge seu auge numa determinada vida de expressão onde se manifesta
plenamente a personalidade, onde a alma está totalmente centrada nas reações da
personalidade; a vida inferior é tão forte e vital que se expressa em forma potente e material.
O grande vidente judeu tentou explicar estas três etapas com as palavras Eu Sou O
Que Eu Sou. O expressou de forma concisa e adequada. Se tivéssemos o desenvolvimento
adequado para compreendê-lo! A terceira etapa (de qualquer forma que se entenda) desafia
toda explicação e insinua um quarto tipo de compreensão, da Deidade mesma, sobre a qual
não podemos fazer conjecturas.
No estudo dos raios, portanto, deve recordar-se que estamos lidando com a
expressão-vida por intermédio da matéria-forma. A unidade superior só será reconhecida
quando for aperfeiçoada essa relação dual. A teoria da Vida Una poderá manifestar-se, porém
não me ocupo fundamentalmente da teoria, mas sim daquilo que pode ser conhecido, sempre
que haja progresso e se aplique a verdade de forma inteligente. Ocupo-me das possibilidades
e do que se pode realizar. Muitas pessoas falam e pensam hoje em termos dessa Vida Una,
porém não são mais do que palavras e idéias, pois a verdadeira percepção dessa Unidade
essencial continua sendo um sonho e uma fantasia. Sempre que se plasme esta realidade em
palavras, se acentua a dualidade e a controvérsia espiritual (empregando a palavra em seu
significado fundamental e não no seu significado comum antagônico) é reforçada. Tomemos,
por exemplo, as palavras: ―Creio na Vida Una‖ ou ―para mim só existe uma Realidade‖, e
observem como expressam dualidade em sua terminologia. A vida não pode ser expressa em
15
palavras e nem tampouco sua perfeição. O processo de ―tornar-se‖ que conduz a ―ser‖ é um
fato cósmico, que inclui todas as formas, e nenhum filho de Deus está isento desse processo
mutável. Enquanto habita na forma não pode conhecer o que é a Vida, somente após hajam
sido dados certos passos e pode funcionar com plena consciência dos planos superiores do
sistema poderá, com plena consciência, começa a vislumbrar a essa grandiosa Realidade. No
transcurso das épocas, certos grandes iniciados tem cumprido sua função como reveladores e
tem mantido diante dos olhos dos discípulos pioneiros da vida o ideal da Unicidade e da
Unidade. Isto tem sido simplesmente a mudança progressiva do foco de atenção de uma
forma a outra, para obter, desde um ponto de vista mais elevado, um novo vislumbre de uma
possível verdade. Cada era (e a atual não é uma exceção) crê que sua compreensão da
Realidade e sua sensibilidade à Beleza interior são melhores e estão mais próximas que
nunca da Verdade. A mais elevada compreensão daquilo que se denomina a Vida Una é a
percepção (do iniciado de grau superior) que haja alcançado o Logos encarnado, a Divindade,
e Sua idenficação com a consciência desse estupendo Criador Que se expressa por meio do
sistema solar. Nenhum iniciado do planeta pode identificar-se a si mesmo com a consciência
desse Identificado Ser (no sentido esotérico do termo) que no Bhagavad Gita diz: ―Havendo
permeado todo o universo com um fragmento de Mim Mesmo, Eu permaneço‖.
Utilizarei a palavra Aparência para expressar aquilo que chamamos matéria, forma ou
expressão objetiva; é esta aparência ilusória, tangível e externa animada pela vida. Este é o
terceiro aspecto, a Mãe, ofuscada e fertilizada pelo Espírito Santo ou Vida, unida à substância
inteligente. Este é o fogo por fricção — uma fricção originada pela vida e matéria em sua
interação, que produz uma constante troca e mutação.
Os sete raios são, portanto, a personificação de sete tipos de força que nos
demonstram as sete qualidades da Divindade. Estas sete qualidades têm, por conseguinte,
17
um sétuplo efeito sobre a matéria e as formas que existem em todo o universo, e também uma
sétupla inter-relação entre si.
Estes sete raios são as sete correntes de força que emergem de uma energia central
depois que (desde um ponto do tempo) foi estabelecido esse vórtice de energia. Então entre o
espírito e a matéria se produziu a interação, e a forma, ou a aparência do sistema solar iniciou
seu processo de vir a ser — processo que conduz oportunamente a ser. Esta idéia é antiga e
verídica. Os escritos de Platão e os iniciados da antiguidade assentaram as proposições
fundamentais que nortearam a mentalidade humana durante épocas, se faziam referencia aos
sete eons e às sete emanações, a vida e a natureza dos ―Sete Espíritos diante do Trono de
Deus‖. Estas grandes Vidas, funcionando dentro dos limites do sistema solar, reuniram em Si
mesmos a substância que necessitavam para a manifestação, e construíram as formas e
aparências mediante as quais podiam melhor expressar Suas qualidades inatas. Dentro de
Seu raio de influência reuniram tudo que agora existe. Este material agregado, qualificado
constitui Seu corpo de manifestação, assim como o sistema solar é o corpo de manifestação
dos aspectos da Trindade.
Esta idéia poderá ser captada melhor quando se recorda que todo ser humano
constitui, por sua vez, um agregado de átomos e células que compõem a forma, na qual estão
distribuídos órgãos e centros de vida diferenciados que agem com ritmo e relacionamento,
mas possuem distintas influências e diferentes propósitos. Este conjunto de formas animadas
tem a aparência de uma entidade ou vida central, caracterizada por sua própria qualidade e
que funciona de acordo com o grau de evolução, impressionando assim com sua radiação e
vida a cada átomo, célula e organismo dentro do raio de sua influência imediata e também
qualquer outro ser humano com quem entra em contato. O homem constitui uma entidade
psíquica, uma Vida que, mediante a influência irradiadora, construiu uma forma, e a matizou
com sua qualidade psíquica, apresentando assim ao mundo circundante uma aparência que
persistirá durante todo o tempo em que vive essa forma.
Portanto, aceitemos — como analogia simbólica — o fato de uma Vida Central (externa
e fora do sistema solar e, no entanto, dentro dele durante a manifestação) Que decidiu dentro
de Si mesmo tomar forma material e encarnar. Assim se estabelece um vórtice de força como
um passo preliminar, então temos ao mesmo tempo o Deus Imanente e o Deus
Transcendente. Este vórtice, resultado de sua atividade inicial, se manifesta por intermédio
daquilo que chamamos substância ou (utilizando um termo técnico da ciência moderna, o
melhor que podemos fazer por hora), através do éter do espaço. A conseqüência desta
interação ativa da vida e substância é que uma unidade básica é constituída. Pai e Mãe se
uniram. Esta unidade está caracterizada pela qualidade. Por meio desta triplicidade de vida,
qualidade e forma, a Vida central evoca e manifesta consciência, isto é, responde
conscientemente a tudo que acontece, porém em um grau que resulta impossível conceber-
se, devido a que estamos limitados por nosso atual e pouco desenvolvido ponto de evolução.
Aqueles que estudam este tratado devem ter em mente que é necessário familiarizar-
se, desde o começo, com estes quatro fatores condicionantes — vida-qualidade-aparência e
seu resultado sintético, que denominamos Consciência.
Portanto, sempre falamos sobre o que está fora da aparência e o que é consciente
desta aparência. Isso envolve a percepção de seu desenvolvimento material e a conseqüente
expressão adequada e também percepção do seu desenvolvimento psíquico. Nenhum estudo
sobre os raios é possível sem esse reconhecimento quádruplo. Compreenderemos o tema
com mais facilidade se aprendemos a nos considerar como uma expressão exata (embora
pouco desenvolvida) e reflexo deste quaternário inicial e criador. Somos vidas que aparecem,
expressam qualidade e lentamente tornam-se conscientes do processo e objetivo à medida
que nossas consciências se assemelham cada vez mais a da própria Divindade.
Como parte do plano original, a Vida Una tratou de expandir-se, e sete eons ou
emanações surgiram do vórtice central e repetiram ativamente o processo anterior em todos
os detalhes. Aqueles também vieram à manifestação e, na tarefa de expressar a vida ativa
qualificada por amor e limitada pela aparência externa fenomênica, passaram a uma atividade
secundária e se tornaram os sete Construtores, sete Fontes da Vida e os sete Rishis de todas
19
as escrituras antigas. Estas entidades psíquicas originais, imbuídos da capacidade de
expressar amor (o que significa aceitar o conceito de dualidade, o amor e o amado, o desejo e
o desejado, deve ser colocado aqui) e emergir do ser subjetivo para se tornar
objetivo. Chamamos estes sete por vários nomes, como segue:
1. O Senhor de Poder ou Vontade. Esta Vida quer amar, e usa o poder como expressão
da divina benevolência. Para o seu corpo de manifestação usa esse planeta do qual o sol é o
substituto esotérico.
3. O Senhor da Inteligência Ativa. Seu trabalho está intimamente ligado com a matéria e
trabalha em cooperação com o Senhor do Segundo Raio. É o impulso motivador para o
trabalho inicial da criação. O planeta Saturno é seu corpo de expressão no sistema solar, e
através da matéria (que de forma benéfica obstrui e obstaculiza) fornece a humanidade um
vasto campo de experimento e experiência.
20
5. O Senhor do Conhecimento Concreto e Ciência. Esta grande Vida está em contato
íntimo com a mente da Divindade criadora, assim como o Senhor do Segundo Raio está com
o coração dessa mesma Divindade. Sua influência é grande atualmente, embora não tão
poderosa como será mais adiante. A ciência é o desenvolvimento psicológico no homem,
devido à influência que exerce este raio, e só agora começa a realizar seu verdadeiro
trabalho. Sua influência aumenta em poder, da mesma maneira que diminui a influência do
sexto Senhor.
Será de valor o seguinte enunciado sobre a atividade ou inatividade dos raios, e quero
que tenham em conta que apenas se refere à nossa Terra e suas evoluções.
21
Naturalmente, estes constituem ciclos menores dentro da influência do signo de
Peixes. Veremos que há quatro raios em manifestação atualmente: segundo, terceiro, quinto e
sétimo.
Aqui surge a pergunta: Como é possível que existam pessoas que pertencem a todos
os raios ao mesmo tempo? A razão é que, como pode ser vista facilmente, no que o quarto
raio começa a aproximar-se e o sexto se retira, permite que seis desses raios levem à
manifestação os seus egos. No entanto, agora existem muito poucos egos do quarto raio
sobre a Terra, e um número muito grande de egos do sexto raio, e passarão cerca de
duzentos anos antes de todos os egos do sexto raio desencarnem. Quanto aos egos do
primeiro raio, não existem tipos puros no planeta. Aqueles que são denominados de primeiro
raio pertencem ao primeiro sub-raio do segundo raio que se acha em encarnação. Um ego
puro do primeiro raio em encarnação atualmente seria um desastre. Não há suficiente
inteligência e amor no mundo para equilibrar a vontade dinâmica de um ego que pertence ao
raio do destruidor.
Assim como a família humana está relacionada com o Logos planetário da Terra, o que
se explica melhor dizendo que constitui Seu coração e cérebro, da mesma maneira a soma
total de evoluções semelhantes dentro de todo o sistema solar, constitui o coração e o cérebro
do Logos Solar. Atividade inteligente e amor são as principais características de um filho de
Deus evoluído, enquanto seus reflexos inferiores - sexo e desejo - caracterizam o homem
médio e os filhos de Deus que ainda não evoluíram.
4. O Papel do Cristianismo
Tenho afirmado a premissa básica de que tudo o que conhecemos constitui uma
entidade divina em manifestação que se expressa através de três aspectos (para os
propósitos deste tratado, porque estão mais de acordo com a terminologia do emergente
pensamento moderno), que decidi denominá-los de Vida, Qualidade e Aparência. Aqui estão
alguns dos nomes dados à Trindade, pelas grandes religiões, e sinônimos na frase cristã Pai,
Filho e Espírito Santo (velhos termos antropomórficos!), Espírito, Alma e Corpo, na fraseologia
comum, e Vida, Consciência e Forma na filosofia hindu.
22
Sugiro aqui que a importância do cristianismo reside na compreensão de que é uma
religião de ligação e isto os modernos pensadores fariam bem em lembrar. Isto está
simbolizado pelo fato de que o Mestre dos Mestres encarnou na Palestina, pedaço de terra
que se encontra entre a Ásia e Europa, e que participa do caráter de ambos. O cristianismo é
a religião do período de transição que liga a era da existência autoconsciente com a era de
um mundo grupo-consciente. Também subsistirá na era onde prevalecer esse tipo de
pensamento que (quando corretamente aplicado) servirá como um elo de ligação entre os
mundos da mente concreta e da mente abstrata. O Antigo Comentário assim se expressa:
"Quando chega o momento em que a luz da alma revela o antakarana (ponte entre
a consciência da personalidade e a consciência da alma, A.A.B.), então se conhecerão
os homens pelo o conhecimento que possuem, estarão coloridos pelo desespero do
desejo insatisfeito, se dividirão naqueles que reconhecem seu dharma (o que significa
cumprir todas as obrigações implícitas e deveres) e aqueles que só vêem a atuação do
karma e, pela própria natureza mesma de sua necessidade; encontraram finalmente “Luz
e Paz".
Foi indicado neste tratado que dedicaríamos nossa atenção para o segundo dos três
aspectos e nos concentraríamos sobre a qualidade. O que quero dizer com isto? Quero dizer
que trataremos daquilo que emerge através da forma, que vela ou se oculta por trás da
aparência, expressa a vida ou espírito, e se produz mediante a interação da vida com a
matéria. Quando se refere ao homem, que é o reflexo da divindade, e se aplica ao tema da
sua qualidade, implica três reconhecimentos:
1. O ser humano é, como dito anteriormente, uma vida encarnada que expressa a
qualidade e registra essa qualidade na consciência, ou responde sensivelmente à interação
que se produz durante o processo evolutivo entre espírito e matéria.
3. Que a infinita diversidade de formas oculta uma síntese subjetiva. Portanto, o homem
pode ver eventualmente, observar um setenário universal quando expressa a si mesmo
através das formas de todos os reinos, e quando isso acontece, penetra no mundo da unidade
subjetiva e pode seguir o seu caminho consciente em direção ao Uno. Não pode ainda entrar
na consciência dessa fundamental Unidade essencial, mas pode penetrar na sua própria vida
de raio, fonte de onde emana a sua própria vida temporariamente especializada.
Da Vida Una não nos ocuparemos. Devemos aceitá-la como uma verdade fundamental
e entender que estamos no caminho de retorno desde a unidade da existência identificada
24
com a forma, através dos diferentes modos de responder conscientemente à interação e
atividade divinas, até chegar a uma identificação final com a Vida Una. A consciência da forma
deve dar lugar à radiação qualificada da identidade espiritual autoconsciente, que é um filho
de Deus que aparece por meio da forma. Isto finalmente será substituído por duas formas de
expressão contendo em si:
1. O sentido de síntese divina do qual nosso "bem-estar" corporal é a forma mais inferior
do reflexo material, ainda que simbólico. É uma sensação de coordenada satisfação de
regozijo, baseado na realização do Ser.
2. A retirada desta percepção da vida para um aspecto ainda mais intenso e individual,
que envolve a consciência da vida de Deus mesma, liberta da forma mas ainda assim, em um
sentido misterioso, consciente de qualidade.
"Tomo um corpo. Este corpo tem vida. Conheço sua vida. Portanto, conheço a minha
mãe.
"Utilizo um corpo. Este corpo não sou eu. Sirvo ao grupo e ao servir vivo dentro do
corpo, desapegado, como um filho de Deus. Conheço o meu Eu.
"Animo um corpo. Sou a sua vida e essa vida será a vida. Essa Vida é conhecida
como o amor. Sou o amor de Deus. Conheço o Pai e sei que a Sua vida é amor.
"Sou o corpo e sua vida amorosa. Sou o Eu, cuja qualidade é o amor. Sou a vida de
Deus mesmo. A Mãe, o Pai e o Filho eu Sou.
"Atrás destes três permanece o Deus desconhecido. Esse Deus sou Eu."
Falaremos claramente à custa de repetição. Neste tratado, ainda que me refira à forma
e considere sua natureza, Darei ênfase a autoconsciência à medida que se expressa na
capacidade de resposta e percepção de um peculiar tipo que denominados de "qualidade de
consciência" ou característica inata. Temos sempre triplicidades subsidiárias que são apenas
vocábulos adjetivados empregados para expressar a qualidade de vida que aparece.
As verdades abstratas acima são de difícil apreensão, mas é necessário expô-las para
que nosso tema seja compreendido e não dê origem a que se diga que consideramos a
diversidade como a única verdade e não nos ocupamos da realidade.
Vou expor aqui apenas quatro definições que servirão como base para todo o resto.
a. Descobre a sua própria alma, o produto da união de seu Pai no céu com a Mãe, ou a
natureza material, personalidade. Tendo descoberto a personalidade, descobre a qualidade
de vida egóica, e o propósito para a qual tenha "aparecido".
O processo pode ser expresso por uma simples simbologia: - o.o.o, ou o.o...o ou
o...o.o, representando assim a separação dos três aspectos. A união dos três aspectos da
aparência-qualidade-propósito ou vida, resulta em uma abstração da aparência e, portanto, o
fim da existência fenomênica. Ponderem sobre o simples arranjo desses símbolos, porque les
representam sua vida e progresso:
27
Isto é verdade a respeito do ser humano, do Cristo em encarnação e também a
respeito ao Cristo cósmico, Deus encarnado no sistema solar, sistema no qual está se levando
a cabo uma fusão e mescla semelhante, e os aspectos separados estão entrando em relação
evolutiva, resultando em uma eventual síntese de aparência e qualidade, e depois de
qualidade e propósito. Pode-se notar aqui que a Hierarquia como um todo se caracteriza pelo
símbolo o. .oo; o Novo Grupo de Servidores do Mundo, pelo símbolo oo..o, e as massas não
evoluídas pelo símbolo o o o. Não se esqueçam que nos três grupos, assim como na
natureza, há etapas intermediárias constituídas por aqueles realizando a transição.
A tarefa de todos os que estudam este Tratado sobre os Sete Raios consiste em fundir
a qualidade com a aparência e, portanto, devem estudar a natureza dessa qualidade a fim de
produzir uma verdadeira aparência. Nas antigas regras dadas aos místicos na época Atlante,
encontramos estas palavras:
Naqueles remotos dias nada do propósito penetrava na mente dos homens porque a
raça não era mental, nem era intenção de que fosse. A ênfase foi colocada sobre a qualidade
da aparência em todos os preparativos para a iniciação, e o iniciado mais elevado naquele
momento se esforçava para expressar unicamente a qualidade do amor de Deus. O plano era
um grande mistério. O Cristo cósmico e individual foi percebido e conhecido, mas o propósito
estava velado e não havia sido revelado. Não se conhecia o "nobre caminho óctuplo‖ e
apenas se percebiam sete passos dentro do Templo. Com o advento da raça ariana o
propósito e plano começaram a revelar-se. Somente quando a aparência começa a ser
dominada pela qualidade e a consciência expressa a si mesma pela percepção dirigida
através da forma, então o propósito é sentido tenuamente.
C. A alma é (e aqui as palavras limitam e deformam) uma entidade de luz colorida por
uma de vibração especial de raio, um centro de energia vibratória que se acha dentro da
aparência ou forma, durante toda sua vida de raio. É uma vida entre os sete grupos de
milhões de vidas que em sua totalidade constituem a Vida Una. Devido a sua natureza, a alma
percebe ou é consciente em três direções: consciente de Deus, do grupo e de si mesma. Este
aspecto de ser consciente de si mesma é trazido à fruição na aparência fenomênica de um ser
humano; o aspecto consciência grupal retém o estado humano de consciência, mas agrega a
este a percepção de sua vida de raio, que vai se desenvolvendo progressivamente; em
seguida, sua percepção se torna consciente do amor, da qualidade e do espírito que existe
em seus relacionamentos; só é potencialmente consciente de Deus, e neste desenvolvimento
reside, para a alma, seu próprio progresso em forma ascendente e externa, depois de ter
28
aperfeiçoado seu aspecto de ser consciente de si mesma e ter reconhecido sua percepção
grupal. Portanto, a alma tem os seguintes aspectos ou aparências:
/.
/.
Os aspirantes que estudam e treinam para viver uma vida de serviço podem
considerar-se como tendo alcançado o ponto onde se encontra a linha. Para visualizar isto
corretamente deve ser considerado o símbolo girando rapidamente, produzindo assim uma
roda que dá voltas, a roda da vida. Deixe-me repetir:
3. A alma é uma unidade de energia vibrando em uníssono com uma das sete vidas
de raio, colorida pela luz particular de um raio.
Cada filho de Deus pode dizer: eu nasci do amor que o Pai sente pela Mãe, do desejo
que a vida sente pela forma. Portanto, expresso o amor e a atração magnética da natureza de
Deus e a capacidade de resposta da natureza da forma, e sou a consciência mesma,
consciente da Divindade ou Vida.
Cada ente inteligente da vida pode dizer: Sou o produto da vontade inteligente que
atua através da atividade inteligente e produz um mundo de formas criadas que personificam
ou ocultam o propósito amoroso da Divindade.
29
Cada vibrante unidade de energia pode dizer: Sou parte do divino todo que em sua
natureza setenária expressa o amor e a vida da Realidade Única, colorida por uma das sete
qualidades do amor da Divindade que responde às demais qualidades.
Para os propósitos deste tratado, devemos entender o fato de que o mundo das
aparências vibra e é energizado pelo mundo de qualidades ou dos valores, que por sua vez
vibra e é energizado pelo mundo de propósito ou vontade. Na Doutrina Secreta e em Um
Tratado sobre Fogo Cósmico, diz-se que o fogo elétrico da vontade e o fogo solar do amor,
em colaboração com o fogo por fricção, produzem o mundo das formas criadas e
criadoras. Estas seguem agindo sob a lei do amor atrativo magnético, para a realização de um
propósito evolutivo até agora inescrutável. Este propósito permanece desconhecido
unicamente devido às limitações da "aparência", que ainda não respondem à
qualidade. Quando a aparência ilusória e a qualidade velada da vida forem conhecidas e
compreendidas, emergirá claramente o propósito subjacente. Hoje se vislumbra vagamente
tais indícios e podem ser observados os atributos desta crescente percepção na tendência do
pensamento moderno que falam sobre desenhos, projetos ou modelos, nas formulações
sintéticas de idéias, e na antologia dos desenvolvimentos históricos - nacional, racial, humano
e psicológico. À medida que lemos, refletimos e estudamos, aparece em forma indefinida os
contornos do Plano, porém enquanto a consciência não transcenda todas as limitações
humanas e abarque o subumano ou mesmo o sobre-humano, o verdadeiro Plano não pode
ser adequadamente captado. A vontade que encontra-se por trás do propósito não pode ser
compreendida até que seja transcendida a consciência, incluindo o homem sobre-humano, e
chegue a ser uno com a Divindade.
Vontade ou energia da vida são termos sinônimos e são uma abstração que está
separada de qualquer expressão da forma. A vontade de ser é proveniente de fora do sistema
solar. É a energia oni-abarcante de Deus que dá, com uma fração de si mesmo, forma ao
sistema solar e, no entanto, permanece fora do sistema. O plano e propósito concernem às
energias que emanam dessa Vida central e envolvem a dualidade - a vontade ou impulso da
vida mais o amor magnético atrativo, que por sua vez é a resposta da substância vibratória
universal ao impacto da energia da vontade. Esta atividade inicial precede o processo criador
da construção de formas; a ação da vontade divina sobre o oceano do espaço, matéria ou
substância etérea produziu a primeira diferenciação nos três raios maiores, e sua interação
mútua originou os quatro raios menores. Assim vieram a manifestação as sete emanações, as
sete potências e os sete raios. São os sete alentos da Vida Una e as sete energias
básicas; emanaram do centro formado pelo impacto da vontade de Deus na substância divina
e se dividiram em sete correntes de força. O raio de influência destas sete correntes
determinou a extensão ou âmbito da atividade do sistema solar, e "demarcou‖ os limites da
forma do Cristo cósmico encarnado. Cada uma destas sete correntes ou emanações de
energia foi colorida por uma qualidade divina, um aspecto do amor, sendo todas necessárias
para o aperfeiçoamento final do propósito latente e não revelado.
O segundo raio se encontra peculiarmente ativo no reino vegetal; produz entre outras
coisas a atração magnética das flores. O mistério do segundo raio está oculto no significado
do perfume das flores. Perfume e radiação se relacionam, e são expressões que emanam dos
efeitos produzidos pelos raios ao agir sobre os diversos grupos de substâncias materiais. O
terceiro raio se relaciona especialmente por sua vez com o reino animal, e produz a tendência
da atividade inteligente que se observa nos animais domésticos mais avançados. À analogia
que existe ente a radioatividade e o perfume que emana dos reinos mineral e vegetal, nós
denominamos de devoção, característica da interação atrativa entre os animais domésticos e
o homem. Quem sente devoção pelas personalidades pode transmutar mais rapidamente
essa devoção em sua analogia mais elevada - amor aos princípios — se perceberam que só
exalam emanações animais.
Assim como o Pai transmite ao Filho as qualidades divinas de vontade e amor, também
a Mãe muito contribui para isso, para aumentar a dualidade inicial e realçar as qualidades
acrescentando outra qualidade, inerente à matéria mesma - a qualidade ou raio de Atividade
Inteligente. Este é o terceiro dos atributos divinos que completa, se assim posso me
expressar, o equipamento das formas que aparecem, e predispõe toda a criação a uma
apreciação inteligente do verdadeiro objetivo do desejo e a que se empregue inteligentemente
a técnica de construir a forma, a fim de revelar o propósito divino. O Conhecedor (homem) é o
guardião dessa sabedoria que lhe permitirá desenvolver o Plano divino e frutificar a vontade
de Deus. O campo de conhecimento está constituído de tal maneira que vibra com inteligente
resposta à vontade que emerge lentamente. Conhecimento é aquilo que conhece os seus
próprios fins e trabalha para alcançá-los mediante o experimento, a expectativa, a experiência,
o exame e a exaltação, que produz o desaparecimento final. Palavras como estas são
símbolos sintéticos que transmitem um relato cósmico em forma breve e construtiva.
O resultado da interação destes três raios maiores pode ser observado na atividade
dos quatro raios menores. A Doutrina Secreta fala dos Senhores de Amor e Conhecimento e
também dos Senhores da Incessante Devoção. Para entender mais claramente o significado
místico desses nomes, poderíamos indicar que a persistente vontade dinâmica do Logos
expressa a si mesma mediante os Senhores da Incessante Devoção. A devoção não é aqui a
qualidade a que me referi anteriormente neste tratado, mas sim a persistente vontade de Deus
unidirecionada, personificada em uma vida que é o Senhor do primeiro raio. Os Senhores do
Amor e Conhecimento são duas grandes Vidas que personificam ou animam o Amor-
Sabedoria e os aspectos da inteligência criadora dos dois raios maiores. Os três são a soma
32
total de todas as formas ou aparências, os doadores de todas as qualidades e o aspecto Vida
que emerge por trás da manifestação tangível. Correspondem, na família humana, aos três
aspectos: Personalidade, Alma e Mônada. A Mônada é vontade dinâmica ou propósito, mas
permanece não revelada até a terceira iniciação. A Mônada é Vida, força sustentadora,
Senhor da Devoção perseverante e incessante por alcançar um objetivo visto e
determinado. A alma é o Senhor do Amor e da Sabedoria, enquanto personalidade é o Senhor
do Conhecimento e da Atividade Inteligente. Estes termos implicam na compreensão da meta
a ser alcançada, a qual não pode ser aplicada na etapa atual, em relação à sua expressão,
uma vez que é uma etapa intermediária. Ainda não há uma pessoa que aja com plena
atividade inteligente, mas um dia todo mundo o fará. Ninguém ainda se manifesta como
Senhor de amor, mas pressentem o ideal e se esforçam para expressá-lo. Ninguém é ainda
um Senhor de incessante vontade e ninguém perceber ainda o plano da Mônada ou a
verdadeira meta para a qual todos se esforçam. Algum dia todos o farão. Mas todo ser
humano constitui potencialmente a triplicidade e também algum dia as aparências que foram
chamadas personalidades, que ocultam ou velam a realidade, revelarão plenamente as
qualidades da Divindade. Quando chegar esse momento, o propósito que toda a criação
aguarda irromperá diante da desperta visão e todos conheceremos o verdadeiro significado da
bem-aventurança e por que cantarão as estrelas matutinas. A alegria é a forte nota básica de
nosso sistema solar.
Cada um dos grandes raios tem uma maneira particular de ensinar a verdade para a
humanidade, o qual é a sua contribuição excepcional e o modo desenvolver o homem através
de um sistema ou técnica, qualificado pela qualidade do raio que é, portanto, específico e
único. Deixe-me fornecer métodos para este ensinamento grupal:
33
Expressão A utilização e distribuição de dinheiro e ouro.
Inferior:
4º. Raio Expressão O trabalho maçônico, baseado na formação da hierarquia, e
Superior: relacionado com o segundo raio.
Expressão Construção arquitetônica. Planejamento moderno das cidades.
Inferior:
5º. Raio Expressão A ciência da alma. A psicologia esotérica.
Superior:
Expressão Sistemas educativos modernos e ciência mental.
Inferior:
6º. Raio Expressão Cristianismo e as religiões diversificadas (Observe-se aqui a
Superior: relação com o segundo Raio).
Expressão Igrejas e as religiões organizadas.
Inferior:
7º. Raio Expressão Todos os tipos de magia branca.
Superior:
Expressão Espiritismo "fenomênico".
Inferior:
O sexto raio da devoção encarna o princípio do reconhecimento. Com isto quero dizer
a capacidade de ver a realidade ideal que está por trás da forma; implica uma aplicação
unidirecionada do desejo e da inteligência, a fim de expressar a idéia pressentida. É
responsável pela maioria das formulações de idéias que tem feito avançar o homem e grande
parte da ênfase posta na aparência que tem velado e ocultado esses ideais. É neste raio
principalmente — à medida que entra e sai ciclicamente da manifestação — que se leva a
cabo a tarefa de distinguir entre aparência e a qualidade, que tem seu campo de atividade no
plano astral. Por isso, é evidente a complexidade do tema e agudo o sentimento implicado.
Não esqueçamos ao fazer essas diferenciações que existe, sem contestação, uma só
alma, que trabalha e atua através de veículos de diferentes capacidades e diferentes
refinamentos, com maiores e menores limitações, assim como um homem constitui uma só
identidade que, por vezes atua por meio de um corpo físico e noutras através de um corpo
sensório, ou de um corpo mental, e em outras chega a conhecer-se como o Eu -
acontecimento raro e pouco comum para a maioria. Cada forma manifestada realiza duas
coisas:
2. Através da interação entre a alma que habita internamente e a forma, duas coisas
acontecem:
36
constituem o corpo físico. Esta é a verdadeira forma, o princípio da coerência em todas as
formas.
Estes dois aspectos da alma, suas duas qualidades básicas, trazem o reino humano à
existência e permitem o homem a estabelecer contato com os reinos inferiores da natureza e
com as realidades superiores espirituais. Em primeiro lugar, a qualidade da mente, em sua
manifestação inferior, está potencialmente contida em cada átomo em cada forma e em cada
reino da natureza. Faz parte da natureza corpórea inerente e potencial e é a base da
fraternidade, da unidade absoluta, da síntese universal e coerência divina da
manifestação. Em segundo lugar, o aspecto superior é o princípio da auto-percepção, e
quando combinado com o aspecto inferior produz a auto-consciência do ser humano. Quando
o aspecto inferior tiver dado forma e permeado as formas nos reinos subumanos, e quando
tiver trabalhado sobre essas formas e sua sensibilidade latente para conseguir um adequado
refinamento e sensibilidade, a vibração torna-se tão poderosa que atrai o superior e produz
fusão ou unificação. Isso é análogo a uma recapitulação superior da união inicial de espírito e
matéria, que trouxe o mundo à existência. Assim, vem uma alma humana a existência, assim
começa sua longa carreira e é agora uma entidade diferenciada.
2. A alma pessoal ou soma total sutil e coerente que nós chamamos de Personalidade,
composta dos corpos sutis - etérico ou vital, astral ou emocional e do aparelho mental
inferior. A humanidade compartilha estes três veículos com o reino animal no que
concerne à vitalidade, sensibilidade e a mente potencial; com o reino vegetal no que
concerne à vitalidade e sensibilidade, e com o reino mineral no que concerne a vitalidade e
sensibilidade potencial.
3. A alma é também o ser espiritual, ou a união de vida e qualidade. Quando a união das três
almas é estabelecida, como são chamadas, temos um ser humano.
37
O processo de diferenciação desses diversos aspectos tem atraído a atenção, mas a
síntese subjacente tem sido negligenciada ou ignorada. No entanto, todas as formas são
diferenciações da alma, mas dita alma é uma só Alma quando se observa e se considera
espiritualmente. Quando estudada a partir de lado a forma, não se percebe nada mais que
diferenciação e separação. Quando se estuda sob o aspecto consciência ou sensibilidade,
emerge a unidade. Quando se alcança a etapa humana e a auto-percepção e se funde com a
sensibilidade das formas e com a minúscula consciência do átomo, começa tenuamente a
surgir na mente do pensador a idéia de uma possível unidade subjetiva. Quando se alcança a
etapa do discipulado, o homem começa a considerar-se como parte sensível de um todo
sensível, e lentamente reage ao propósito e intenção deste todo. Em forma paulatina capta o
propósito, à medida que entra conscientemente no ritmo da totalidade, da qual ele é uma
parte. A parte se perde no todo quando se alcançam as etapas mais avançadas e formas mais
sutis e refinadas; o ritmo do todo submete o indivíduo a uma participação uniforme no
propósito sintético, mas a compreensão da auto-percepção individual persiste e enriquece a
contribuição individual que agora se oferece inteligente e voluntariamente, de modo que a
forma não só constitui um aspecto da totalidade (que sempre inevitavelmente foi, embora
ainda não fosse compreendido), mas também a consciente entidade pensante conhece a
utilidade da unidade da consciência e síntese da vida. Três fatores que devemos considerar à
medida que lemos e estudamos são:
Estes três sempre estiveram unidos, mas a consciência humana disso não sabia. Sua
compreensão e sua integração na técnica de viver são para o homem o objetivo de toda sua
experiência evolutiva.
38
reações mentais ao mundo das idéias; existe uma consciência mais elevada do plano e do
propósito, e existe uma consciência da vida.
Este espírito, em algum tempo distante, se colocará em harmonia com esse aspecto de
Deus que é transcendente, e assim, cada filho de Deus encontrará oportunamente seu
caminho até esse centro — absorvido e abstraído - onde habita Deus, além dos limites do
sistema Solar.
Estas palavras são formuladas num esforço para transmitir uma idéia da ordem, do
plano, da síntese universal, da integração, da incorporação do fragmento no todo e da parte
para com o todo.
Vou tentar responder à segunda pergunta, lembrando que, à medida que avançarmos,
tudo o que posso fazer é penetrar simbolicamente nos propósitos práticos da
Divindade. Como escrevo para simples aspirantes, não posso transmitir a verdade até que
chegue o momento em que se estabeleça uma harmonia completa com sua própria alma, ou
uma harmonia mais completa do que existe agora. No entanto, o esforço para entender o que
não pode ser expresso em palavras produz uma precipitação da mente abstrata ou intuição, o
qual por sua vez estimula e desenvolve as células cerebrais e produz uma constante
estabilidade do poder de permanecer no "ser espiritual"; então torna-se possível captar o
inexpressável e viver de acordo com o poder dele.
CAPÍTULO III
1. Há uma Vida.
2. Há sete Raios.
39
3. Vida-Qualidade-Aparência constituem a Existência.
4. Os sete raios são as sete Forças criadoras.
5. Os Raios se manifestam através dos sete Planetas.
6. Todo Ser Humano está em um dos Raios.
7. Há uma Mônada, sete Raios e miríades de formas.
8. As Leis da Evolução encarnam o Propósito de Vida dos sete Raios.
9. O Homem se desenvolve por meio de Auto-expressão e Auto-realização.
10. Individualização eventualmente leva a Iniciação.
Ao concluir esta secção do nosso tratado, e antes de iniciar o nosso verdadeiro estudo dos
raios, procuro formular para você as proposições fundamentais sobre os quais todos estes
ensinamentos se fundamenta. Eles são, para mim, um trabalhador humilde na hierarquia,
como eles são para a Grande Loja Branca como um todo, uma declaração de fato e de
verdade. Para os estudantes e aspirantes elas devem ser aceitas como uma hipótese:
Um: Há apenas uma vida, que se manifesta principalmente através de sete qualidades
básicas ou aspectos, e, secundariamente, através da diversidade de miríades de formas.
Dois: Estas sete qualidades radiantes são os sete Raios, as sete vidas, que dão vida às
formas, e dar ao mundo a forma, também dão seu significado, suas leis, e seu desejo de
evolução.
Três: A vida, a qualidade e aparência, ou o espírito, alma e corpo constituem tudo o que
existe. Eles são a própria existência, com a sua capacidade de crescimento, para a atividade,
para a manifestação da beleza, e para a plena conformidade com o Plano. Este Plano está
enraizado na consciência das sete Vidas de raio.
Quatro: Estas sete vidas, cuja natureza é consciência e cuja expressão é senciência e
qualidade específica, produzem ciclicamente o mundo manifestado; Elas trabalham juntas na
união e harmonia, e cooperam de forma inteligente com o Plano de que são os guardiões.
Elas são os sete construtores, que produzem o templo radiante do Senhor, sob a orientação
da Mente do Grande Arquiteto do Universo.
Seis: A Humanidade, da qual trata este tratado, é uma expressão da vida de Deus, e todo
ser humano surgiu ao longo de uma ou outra linha das sete forças de raio. A natureza de sua
alma é qualificada ou determinada pela Vida de raio da qual emana, e sua forma de natureza
é colorida pela Vida de raio que, em seu aspecto cíclico no plano físico, a qualquer tempo
particular, define a qualidade da vida da raça e das formas dos reinos da natureza. A natureza
da alma ou a qualidade permanece a mesmo ao longo de um período mundial; sua forma de
vida e natural mudança de vida em vida, ocorrem de acordo com a necessidade cíclica e a
circunstancial condição grupal. Esta última é determinada pelo raio ou raios em encarnação na
época.
40
Sete: A Mônada é a Vida, vivida em uníssono com as sete Vidas de raio. Uma Mônada,
sete raios e miríades de formas, — esta é a estrutura por trás dos mundos manifestados.
Oito: as leis que regem o surgimento da qualidade ou alma, por meio da forma, são
simplesmente o propósito mental e a vital direção dos Senhores de Raio, Cujo propósito é
imutável, Cuja visão é perfeita, e Cuja justiça é suprema.
Dez: O método empregado para produzir esta realização é experiência, começando com a
individualização e terminando com a iniciação, produzindo, assim, a perfeita combinação e
expressão de vida-qualidade-aparência.
Esta é uma breve declaração do Plano. A Hierarquia de Mestres em suas sete divisões (as
correspondências dos sete raios) é seu guardião, e neles encontra-se a responsabilidade em
qualquer século de realizar a próxima fase do plano.
Os sete raios são a soma total da divina Consciência, a Mente Universal; poderiam ser
considerados como as sete Entidades inteligentes por meio das quais o plano é
desenvolvido. Personificam o divino propósito; expressam as qualidades requeridas para a
materialização deste propósito; criam formas, e são as formas pelas quais a idéia divina pode
ser levada a sua consumação. Simbolicamente podem ser considerados como aquilo que
constitui o cérebro do divino Homem Celestial. Correspondem aos ventrículos do cérebro, aos
sete centros do cérebro, aos sete centros de força e às sete glândulas principais que
determinam a qualidade do corpo físico. São os conscientes executores do propósito divino e
os sete Alentos que animam todas as formas que foram criadas por Eles para levar a termo o
plano.
Talvez seja mais fácil compreender a relação dos sete raios com a Divindade, se nos
lembrarmos que o próprio homem (feito à imagem de Deus) é um ser sétuplo capaz de
expressar sete estados de consciência e os sete princípios ou qualidades fundamentais os
quais lhe permitem perceber os sete planos nos quais atua em forma consciente ou
inconsciente. É um setenário em todos os momentos, mas o seu objetivo é perceber
conscientemente todos os estados do ser, expressar conscientemente todas as qualidades e
agir livremente em todos os planos.
Para os propósitos deste tratado os estudantes terão que aceitar a hipótese de que
todo ser humano é arrastado à manifestação pelo impulso de algum raio, é colorido por essa
particular qualidade de raio que determina o aspecto forma, e indica o caminho que deve
seguir e o permite (quando chegue à terceira iniciação) pressentir e em seguida colaborar com
o propósito de seu raio. Após a terceira iniciação ele começa a sentir o propósito sintético para
o qual trabalham os sete raios. Como este tratado é escrito para aspirantes e discípulos, e não
para os iniciados do terceiro grau, é desnecessário especular sobre o destino final.
Assim emerge o ser humano, um filho de Deus encarnado na forma, com uma das
mãos, como diz o Velho Comentário, agarrando-se firmemente à rocha da matéria e a outra
submersa em um mar de amor. Uma antiga escritura coloca desta forma:
Chegamos agora a uma declaração técnica que deve ser aceita para fins da
argumentação, sendo incapaz de ser provada. Todos os Senhores dos raios criam um corpo
42
de expressão, e, para tanto, vem à existência os sete planetas. Damos em continuação suas
expressões principais:
As energias desses sete Vidas, contudo, não estão confinadas à sua expressão
planetária, mas se estendem ao redor dos limites do sistema solar, assim como os impulsos
da vida de um ser humano — suas forças vitais, o impulso de seus desejos e as suas energias
mentais — rodeiam seu corpo, ativando os vários órgãos, o que lhe permite realizar sua
intenção, viver a sua vida e cumprir o objetivo para a qual ele criou seu corpo de
manifestação.
Cada um dos sete reinos da natureza reage à energia de alguma particular Vida de
raio. Cada um dos sete planos reage de forma semelhante. Cada setenário da natureza vibra
com um dos setenários iniciais, porque os sete raios estabelecem o processo que atribuem os
limites de influência de todas as formas. São eles que determinam todas as coisas, e ao
empregar essas palavras quero indicar a necessidade de que prevaleça a Lei. A Lei é a
vontade dos sete Deidades, que marcam sua impressão na substância para produzir uma
intenção específica, mediante o método do processo evolutivo.
Atrás do sagrado sol central, oculto dentro de seus raios, se acha uma
forma. Dentro dessa forma fulgura um ponto de poder que ainda não vibra, mas que brilha
qual luz elétrica.
Ardentes são seus raios. Consome todas as formas, porém não afeta a vida de
Deus encarnado.
Desde o Uno que contem os sete, surge uma palavra. Essa palavra reverbera ao
largo da linha da essência ígnea, e ao ressoar dentro do círculo das vidas humanas, se
converte numa afirmação, um decreto expresso ou uma palavra de poder. Assim se queda
impresso no molde vivente o pensamento de... (o nome oculto e inexprimível do raio.)
43
Que o dinâmico poder e a elétrica luz revelem o passado, destruam a forma e
abram a porta dourada. Esta porta revela o caminho que conduz ao centro onde habita
Aquele cujo nome não pode ser ouvido dentro dos limites de nossa esfera solar.
Seu manto azul oculta o seu propósito eterno, mas quando o sol nasce e se põe, a
vermelha esfera é vista.
Sua palavra é poder. Sua luz é elétrica. O relâmpago é seu o símbolo. Sua vontade
se acha oculta na câmara de seu pensamento. Nada é revelado.
Se poder é sentido. Os filhos dos homens, que reagem ao seu poder, elevam aos
limites mais remotos da luz, uma pergunta:
Por que este poder cego? Por que a morte? Por que essa desintegração das
formas?Por que negar o poder de possuir? Por que a morte, oh Poderoso Filho de Deus?
Este Senhor de raio ainda não está em plena expressão, exceto à medida que causa
destruição e põe fim aos ciclos. As Mônadas de poder são numericamente inferiores às
outras. Os egos que pertencem ao raio do poder são relativamente poucos, e caracterizam-se
pela vontade dinâmica e seu poder dentro da família humana funciona como uma força
destrutiva, mas, em última análise, é a destruição que traz a libertação. À medida que
estudamos os egos e personalidades do primeiro raio, observa-se que a morte e destruição
estão sempre presentes em seu trabalho, daí, a aparente crueldade e impessoalidade de suas
reações. Aqueles que pertencem ao primeiro raio não levam em conta a forma; sua energia
provoca a morte de forma, mas introduz grandes períodos cíclicos de pralaya; o primeiro raio
controla o drama da morte em todos os reinos — destrói as formas, o que provoca a liberação
de energia e permite "a entrada na Luz através do portal da Morte". A intenção do Senhor do
primeiro raio é permanecer por trás de Seus seis Irmãos, a fim de destruir as formas que eles
hajam construído depois de completar Seu propósito. Isso ele faz fazendo passar Seu Poder
através de Seus corpos, e Seu esforço unido conduz à abstração e ao retorno ao centro a
partir do qual proveio o impulso inicial. O propósito do primeiro raio consiste, portanto, em
produzir a morte; podemos ter um vislumbre desta idéia ao analisar alguns dos nomes pelos
quais o Senhor de raio é chamado:
O Senhor da Morte
O Que Abre a Porta
O Que Libera da Forma
O Grande Abstractor
O Elemento Ígneo que traz destruição
O Cristalizador da Forma
O Poder que toca e se retrai
O Senhor da Terra Ardente
A Vontade que irrompe no Jardim
O Violador de Almas
O Dedo de Deus
44
O Alento que Queima
O Relâmpago que Aniquila
O Altíssimo
As qualidades e características deste Senhor, que traz consigo libertação, podem ser
inferidas a partir dos seis aforismos que, de acordo com a antiga lenda, foram dadas por Seus
seis Irmãos quando Lhe rogaram que detivesse Sua mão e Lhes desse tempo para
desenvolver Seus propósitos:
1. Mata o desejo quando o desejo tiver cumprido seu trabalho. Tu és o que indica a
satisfação.
Qualidade: clara visão.
2. Procure o caminho gentil, oh Senhor do Poder. Espera a teu irmão no caminho do Amor.
Ele constrói as formas que podem suportar o seu poder.
Qualidade: poder dinâmico.
3. Detém sua mão até que haja chegado o momento. Em seguida, outorga o dom da morte, ó
tu que abres a Porta.
Qualidade: noção do tempo.
4. Não permaneças só, junte-se aos muitos. Você é o Uno, o Isolado. Venha até os teus.
Qualidade: solidão.
5. Conduz os teus, mas aprende a conhecê-los. Não odeie o apego, mas veja seu plano e
propósito.
Qualidade: desapego.
6. A vida pulsa através de ti, o ritmo se impõe. A vida é tudo. Ame a vida em todas as suas
formas.
Qualidade: unidade de propósito.
As seis qualidades enumeradas expressam a força deste raio ao fazer sentir sua
presença no quarto reino da natureza. Os efeitos sobre os demais reinos diferem, mas
limitaremos nossa atenção ao ponto de vista da humanidade. O propósito do primeiro raio e
sua principal tarefa consiste em fazer que terminem e morram todas as formas de todos os
reinos da natureza e em todos os planos. A energia deste Senhor de raio provoca a morte de
uma formiga ou um sistema solar, uma organização, uma religião ou um governo, de uma raça
ou de um planeta. Sua vontade ou propósito age através da lei de periodicidade.
2º Raio. Amor-Sabedoria.
45
No princípio era a Palavra. A Palavra tem habitado e habita em Deus. E ele era a
luz. Nele estava a vida. Dentro de Sua luz caminhamos.
Alguns dos nomes aplicados a este Senhor de raio, que transmitem os seus propósitos
são:
Diz a lenda que os seis Irmãos resumem suas qualidades nos seguintes aforismos:
1. Emite a Palavra e expressa o radiante amor de Deus. Faz que todos os homens ouçam.
Qualidade: amor divino.
2. Que brilhe a glória do Senhor. Que haja radiante luz, bem como radiante amor.
Qualidade: radiação.
3. Atrai até ti o objeto de tua busca. Arrebata-o da noite do tempo e traz a luz do dia aquele
que tu ama.
Qualidade: atração.
4. Quando a luz e o amor se demonstrarem deixe que o poder interno produza a perfeita flor.
Que se emita a palavra que cura a forma. A palavra secreta deverá ser então revelada.
Qualidade: o poder de salvar.
6. Dentro do raio do amor de Deus, dentro do círculo do sistema solar giram todas as formas,
todas as almas, todas as vidas. Deixe que cada filho de Deus entre em sua
sabedoria. Revela a cada uno a unicidade das muitas vidas.
Qualidade: expansão ou inclusão.
O terceiro raio, que tem um ciclo muito longo e está em manifestação desde 1425 AD, tem
um efeito direto sobre a quinta raça raiz, a Ariana, e em conexão com isto há uma série de
frases curiosas que expressam seu propósito.
46
O PROPÓSITO DA TERCEIRA DIVINDADE
Que o Guardião do Sul continue com a construção. Que aplique a força que
criará a brilhante pedra vivente que se encaixa com toda exatidão nos planos do
templo. Que prepare a pedra angular e sabiamente a coloque no norte, sob o olhar
do próprio Deus, e a submeta ao equilíbrio do triângulo.
Que o Guardião das chispas exale o alento divino sobre os pontos de fogo e
avive a chama que está oculta, que não é vista, e ilumine assim todas as esferas em
que Deus trabalha.
Gostaria de chamar a atenção para o fato de que a única coisa que eu posso fazer
aqui é colocar em palavras certos símbolos antigos e assim enfatizar o processo (adotado
pelos antigos instrutores iniciados) de emitir uma palavra ou som, que produz uma forma
simbólica, que por sua vez possa ser traduzida em palavras, as quais também devem ser, por
sua vez, captadas intuitivamente e adaptadas para a necessidade individual, para ser
assimiladas na vida prática. De outra maneira essas antigas e interessantes idéias e esses
nomes interpretativos e aforismos que transmitem o "poder das qualidades" seriam mais do
que inúteis e serviriam apenas para aumentar a responsabilidade. A capacidade de ver os
significados objetivos e depois aplicá-los na vida é uma expressão do verdadeiro sentido
esotérico. Se estudam cuidadosamente estas frases e classificações verão que indicam o raio
individual de cada um e suas tendências e propósitos na vida; se a atração que exercem as
distintas afirmações feitas sobre um raio particular, evocam uma compreensão intuitiva de
parte do estudante, de modo que ele reconheça a si mesmo, a energia do seu raio e aspectos
de sua latente e profundamente ansiada natureza espiritual, o que aqui transmito sobre o
Propósito, o Nome e a Qualidade, será benéfico e útil.
Alguns dos nomes de Senhor do terceiro raio indicam como ele emprega Sua força e
qual é Sua verdadeira natureza, que são:
2
Filho de Brahma – significa “puro” ou inocente. Nota da tradutora
3
Elementais do fogo, filhos da Mente, Kumaras – Ver Glossário Teosófico, de H.P.B.
47
O Construtor da Fundação
O Precursor de Luz
O Que vela e ainda revela
O Dispensador do Tempo
O Senhor do Espaço
A Mente Universal
O Tríplice Pavio
O Grande Arquiteto do Universo
e muitos outros termos que indicam a relação com a luz, o tempo, o espaço, o Logos
manifestado, a matéria e "o poder que evoca a forma".
As qualidades que caracterizam este Senhor de raio estão enumeradas nas seguintes
frases. Deve-se ter em conta que a sétima característica ou sintética, de cada um dos raios
está contida no nome do Raio e não se menciona especificamente nas outras seis
qualidades. Seus seis Irmãos, Filhos do Pai Uno, entoaram estes comandos no dia da Sua
renovada atividade (chamado o dia da criação).
1. Que se produza a forma dual e oculte a vida. Que apareça a forma e prove que é
divina. Tudo é de Deus.
Qualidade: o poder de se manifestar.
2. Conforme a envoltura de acordo com o que a habita. Que apareça o ovo do mundo. Que
passem as idades, então que apareça a alma. Que surja a Vida dentro do tempo
designado.
Qualidade: o poder de evoluir.
3. Que a mente controle. Que o claro fulgor do sol da vida revele a mente de Deus, e que
ponha em seu caminho Aquele que brilha. Em seguida que o conduza ao ponto central
onde tudo se perde dentro da luz celestial.
Qualidade: iluminação mental.
4. Deus e Sua forma são um. Oh soberano Senhor da forma revele esse fato. Deus e Sua
forma são um. Negue o conceito dual. Empreste cor à forma. A vida é una; a harmonia é
completa. Prove que os dois são um.
Qualidade: o poder de produzir a síntese no plano físico.
Ao ler estas palavras o estudante deve ter em mente que a antecâmara ficou pra trás e
que o homem se encontra (quando é permitido que o quarto raio faça seu trabalho e ele possa
atuar, portanto, no quarto plano ou búdico) dentro do templo Senhor. Ele encontrou certa
medida de luz, mas nessa luz ele vê a luz, e visualiza uma revelação e brilho maiores. Isto se
converte agora no objeto de sua busca. Ele dominou a maneira de usar a dualidade e
aprendeu a unificar a alma e o corpo em um só instrumento para o espírito. Agora continua
seu caminho para alcançar a grande síntese.
O Senhor do quarto raio tem muitos nomes que merecem uma cuidadosa
consideração e estudo. Em menos de cem anos este Senhor de poder harmonizador terá mais
influência e irá compensar em parte o rompimento de Saturno, produzidas no primeiro
decanato de Aquário. Entretanto, um estudo de Seus nomes produzirá uma simplificação de
Seus esforços e se erguerá um conjunto de pensamentos construtivos que facilitarão seu
trabalho quando esteja novamente em manifestação ativa. No entanto, no que diz respeito à
49
família humana, sempre exerce certo poder, porque há uma aliança numérica entre o quarto
raio e a quarta Hierarquia Criadora ou as mônadas humanas, e o quarto reino da
natureza. Por isso, seu poder está sempre ativo:
O Observador no Caminho
O Vínculo entre os Três e o Três
O Divino Intermediário
A Mão de Deus
O Uno Oculto
A Semente, que é a Flor
A Montanha onde morre a Forma
A Luz dentro da Luz
O Corretor da Forma
O Que indica a bifurcação do Caminho
O Mestre
O Morador do Lugar Sagrado
O Inferior dos Três, o Superior dos Quatro
A Trombeta do Senhor
Os aforismos relacionados com este quarto raio não são de fácil compreensão. Exigem
um exercício da intuição e são transmitidos por seis curtos e extremamente breves comandos,
pronunciados de forma curiosa, ao finalizar o período criador, e na época em que a quarta
Hierarquia Criadora veio à encarnação:
4. Todas as flores lhe pertencem. Firme as raízes no lodo, as flores no sol. Comprove que
o sol, o lodo, as raízes e as flores são um.
Qualidade: o poder de expressar a divindade. Crescimento.
6. Encobre o som. Emite a cor. Produz as notas e observe que passam aos semi-tons,
que por sua vez produzem os sons. Assim todos são vistos como um.
Qualidade: a síntese de verdadeira beleza.
Esta instrução sobre os raios tem um significado mais profundo do que se pode
captar. Um cuidadoso e sistemático estudo e a abstenção sensata de chegar a rápidas
conclusões será a forma mais inteligente de lidar com esta instrução. É impossível tratar na
50
primeira etapa das suas aplicações psicológicas e definitivamente humanas. Tento dar um
esboço geral, transmitir idéias, introduzir certos conceitos básicos na consciência do leitor, e
tentar levar este assunto tão abstruso e difícil, de tal forma que possa iniciar um novo ritmo de
pensamentos e captar e assimilar uma nova compreensão. Tudo isso representa na
atualidade um processo cósmico prototípico que oportunamente conduzirá a compreensão do
papel que pode desempenhar um indivíduo no maravilhoso todo cósmico. Começaremos com
o universal e com o particular, que é sempre verdadeiro método ocultista.
No entanto, tudo o que afirmo sobre uma Vida de raio pode igualmente ser afirmado a
respeito de uma vida humana, mas deve-se ter em conta que o tipo de raio puro ainda não
existe, porque ainda não há nenhuma forma perfeita, mecanismo ou expressão da qualidade
de raio, nem essa aparência absolutamente purificada na família humana, purificada na família
humana, exceto em casos raros tais como o Buda, ou o Cristo, e (em outro campo de
expressão) um Alexandre ou um Julio César. Leonardo Da Vinci foi uma expressão
análoga. Os raios concernem energia e consciência e determinam a expressão, mas quando a
matéria utilizada e o veículo a que foi dada forma tem ainda a evolução imperfeita, existe
então a limitação e fica excluída automaticamente grande parte da energia. O efeito da força
do raio, agindo por intermédio de formas imperfeitas, logicamente, será deformado, restrito e
mal aplicado. Deixe-me ilustrar. Eu disse que a energia do primeiro raio atua como um
destruidor de formas; devem lembrar que o destruidor puro é totalmente desconhecido,
felizmente para a raça. É uma condição benéfica que o ego do primeiro raio esteja todavia tão
deficiente e limitado pela forma e a qualidade desta, que não é capaz de fazer uso adequado
ou inteligente de sua força destrutiva. Como bem sabem, as personalidades do primeiro raio
são geralmente destruidoras, mas a energia gerada não é suficiente para causar muito
dano. Mais uma vez, o amor puro não pode ser expresso hoje, porque a forma natural impede
que ele flua. A consideração de ambos os exemplos ajudará o leitor a avaliar a situação. Mas
se aproxima o momento em que se expressará mais plenamente o propósito, o tipo e a
qualidade do raio surgirá, e em conseqüência, uma aparência mais verdadeira
51
Gostaria de fazer uma sugestão, pois é necessário que comecem a compreender
certos métodos de Hierarquia. O trabalho do que no Ocidente é chamado de "o Princípio
Crístico" consiste em construir formas para a expressão de qualidade e vida. Esse é o
trabalho característico do segundo aspecto da divindade. A obra do Anticristo consiste em
destruir as formas e esta é essencialmente a tarefa da primeira expressão da divindade. Mas
a tarefa do destruidor não é trabalho de magia negra, e quando a humanidade ignorante
acredita que o Anticristo trabalha para o lado negro está muito equivocada. Seu trabalho é tão
benéfico quanto o aspecto do construtor; só a aversão do homem pela morte da forma faz
com que se considere que o trabalho do destruidor como "negro" e como sendo contra a
vontade divina e como subversivo do projeto divino. O trabalho dos representantes desse
misterioso poder que chamamos de mal cósmico e os representantes que respondem a ele,
merecem o qualificativo de ―negro‖, mas isso não é aplicável ao trabalho do Anticristo. Pode-
se acrescentar que o trabalho das forças negras irrompe de baixo, enquanto que o trabalho
dos destruidores é impulsionado de cima. Os símbolos destes dois caminhos são a espada e
a cruz.
Após estas observações preliminares, que tem por objetivo indicar a magnitude do
tema, analisarei agora os três raios que faltam ser considerados.
O que está a caminho vem como uma nuvem que encobre o sol. Mas oculto
atrás dessa imanente nuvem está o amor e na terra há amor e no céu há amor, e
este — o amor que torna todas as coisas novas — deve ser revelado. Este é o
propósito que se acha por trás de todos os atos deste grande Senhor do
Conhecimento.
Antes de enumerar os nomes desta grande Vida, gostaria de salientar que o quinto raio
é de potência excepcional e peculiar no que respeita ao reino humano. A razão reside no fato
do
52
E que o quinto plano da mente é a esfera de Sua maior atividade e nesse quinto plano
se acham os três aspectos da mente:
3. O Ego ou Anjo Solar, o Filho puro da Mente, Que expressa inteligência abstrata e
concreta, e é o ponto de unificação.
Esta Vida tem também muito poder na atualidade em conexão com a quinta raça raiz e
com a transferência da consciência da humanidade para o quinto reino ou espiritual. Os
estudantes aprenderiam muito comparando o poder construtor da mente superior com o poder
destrutivo da mente inferior. Assim como a personalidade não tem outra função no plano
divino do que ser um canal para ele e o meio de expressão da alma, assim também a mente
inferior está destinada a ser um canal para o livre fluxo de entrada de energia da mente
superior.
O quinto raio é um Ser que possui uma luz espiritual de grande intensidade e em Sua
manifestação no quinto plano, que peculiarmente lhe corresponde, simboliza os três aspectos
de uma maneira ainda não alcançada por nenhum outro raio. Devido à qualidade de sua
mente superior, este raio é um canal puro para a vontade divina. Através dos grupos
setenários de vidas solares que aparecem nos níveis mentais, põe em atividade os sete
reflexos que correspondem aos sete centros da Divindade; com relação ao nosso planeta,
uma coisa que nenhum de seus seis raios irmão fez ainda. Esta declaração tem pouco
significado para vocês, mas o enorme sacrifício e esforço envolvidos só foram igualados pelo
Buda em sua vida; razão pela qual, nesta quinta raça, o amor e a mente devem recíproca e
oportunamente relevar-se mutuamente.
O Revelador da Verdade
O Grande Vinculador
O Intermediário Divino
O Cristalizador das Formas
O Tríplice Pensador
A Nuvem no Topo da Montanha
O Precipitador da Cruz
A Espada Divisora
O Peneirador da Palha
O Quinto Grande Juiz
A Rosa de Deus
O Uno Celestial
O Portal da Mente de Deus
A Energia Iniciadora
O Regente do Terceiro Céu
O Guardião do Portal
O Dispensador do Conhecimento
53
O Anjo com a Espada Flamejante
O Guardião do Segredo
O Bem-Amado do Logos
O Irmão vindo de Sirius
O Mestre dos Hierofantes
Este quinto raio tem muitos nomes por causa de Sua estreita conexão com o homem
(desde que o homem foi criado originalmente), e não foi fácil escolher aqueles que seriam de
maior utilidade para permitir ao estudante formar uma idéia das características e missão do
quinto raio; mas o estudo dos seis aforismos e qualidades que eles indicam, demonstrarão o
quão poderoso e importante é este Senhor de raio. Estes seis aforismos foram entoados por
Seus seis Irmãos nessa crise transcendente quando da vinda à existência da família humana
e dos Anjos solares que sacrificaram a si mesmos. Esotericamente falando, "desceram ao
inferno e encontraram seu lugar na prisão". Naquele dia nasceram as almas. Um novo reino
de expressão veio à existência, e os três planos superiores e os três inferiores foram levados
a um brilhante intercambio.
1. Deus e seus Anjos agora se levantam e vem. Que os cimos das montanhas emirjam
da densa e úmida neblina. Que o sol toque seus cumes e permaneçam na luz. Que
resplandeçam.
Qualidade: de entrada e saída de forma.
2. Deus e seus Anjos agora se levantam e ouvem um profundo murmúrio que se eleva, e
o clamor do homem que busca penetra em seus ouvidos. Que o homem escute. Que o
homem chame. Que fale em voz alta.
Qualidade: o poder de ouvir a Voz do Silêncio.
3. Deus e seus Anjos agora se levantam e tocam. Tragam o Cetro de Poder. Estenda-o
externamente até os filhos dos homens; toquem-nos com fogo e, acerquem-se
deles. Façam-no.
Qualidade: atividade de iniciação.
5. Deus e seus Anjos agora se levantam e sentem o odor que sobe da terra ardente do
homem. Que o fogo faça seu trabalho. Atraiam ao homem para dentro da fogueira, e
dentro do centro vermelho-rosado se despoje da natureza que atrasa. Que o fogo
queime.
Qualidade: purificação por fogo.
6. Deus e seus Anjos agora se levantam e fundem os muitos no Uno. Que continue o
trabalho de mistura. O que trouxe as coisas à existência, que produza a causa de sua
cessação. Que surja agora um só templo. Que apareça a coroação da glória Que
assim seja.
Qualidade: manifestação da grande luz branca. (O Shekinah. AAB)
54
O leitor que em si se dedique ao estudo destas qualidades achará ensinamentos de
utilidade prática. Quando ele sente que pertence a um raio particular isso irá lhe indicar
algumas das características que deve buscar e o que deve fazer, expressar e superar. Ditas
qualidades devem ser estudadas a partir de dois ângulos: seu aspecto divino e seu oposto, a
forma. Este quinto raio, por exemplo, demonstra ser o revelador do caminho, e devemos
lembrar que revela a estrada que desce até a morte ou encarnação (a prisão da alma, similar
à morte) ou o caminho que sobe da escuridão à luz pura do dia de Deus. Digo isto porque
desejo muito que todos os que lerem este tratado apliquem seus ensinamentos na vida
diária. Não tenho nenhum interesse em tratar de temas sobrenaturais e incomuns que sirvam
para o deleite de um apetite mental insano. O fato de embotar a mente com detalhes sobre o
oculto não tem nenhum propósito útil e só serve para forçar as células do cérebro e nutrir
orgulho.
Este raio está saindo de manifestação, o que é de vital importância para nós, porque
ele estabeleceu sua marca em nossa civilização ocidental de forma mais acentuada do que os
outros raios, sendo para nós o mais familiar e melhor conhecido. O mantra que define seu
propósito é diferente dos outros e poderia se expressar mais ou menos assim:
A cruz se ergue no alto; a forma é colocada lá, e naquela cruz tem que
entregar sua vida. Cada um constrói uma cruz que forma a cruz, e sobe à cruz.
Notar-se-á em que forma este propósito produz sua libertação quando o homem o
aplica a si mesmo. Quando o homem aplica ao homem produz a corrupta e terrível história da
crueldade do homem contra o homem. No mantra acima se acha a chave do propósito do
sexto raio, tal como aparece no reino humano, e um amplo e ajustado estudo (observem essa
frase paradoxal) das idéias subjacentes, revelará uma pequena parte de um propósito
maior. A alma é, e deve ser implacável para com sua forma e seus problemas. No entanto, a
alma pode compreender a necessidade de dor e dificuldades do mundo, porque o homem
pode ampliar o conhecimento de sua própria técnica que aplica a si mesmo e aplicar a técnica
que Deus aplica a Seu mundo, mas nada faz sabendo que pode, possivelmente, aumentar a
dor e a tristeza no mundo.
55
Alguns dos nomes dado a este benéfico, mas algo violento e enérgico Senhor de Raio,
são:
De uma maneira curiosa, o Senhor do sexto raio sempre foi um amado enigma para
Seus seis irmãos. Isto está em relevo nas perguntas que lhe formularam certa ocasião quando
Se reuniram "debaixo do olhar do Senhor", a fim de compartilhar seus planos para uma ação
conjunta, divina e harmoniosa. Eles formularam estas perguntas com um espírito de alegria e
de amor celestial, mas com a intenção de lançar alguma luz sobre a qualidade quase
desconhecida de Seu amado Irmão.
1. Por que és vermelho de desejo? Por que és vermelho como o sangue? Diz Oh Filho de
Deus! Por que o seu caminho é avermelhado pelo sangue?
Qualidade: poder para matar o desejo.
2. Por que você vira as costas para a esfera da terra? É muito pequena? Demasiado
pobre? Por que você a chuta como uma bola em um campo de jogo?
Qualidade: depreciar o que não é desejado.
3. Por que pregar a cruz desde a terra ao céu? A terra pode ser um paraíso. Por que
subir na cruz e morrer?
Qualidade: auto-imolação.
4. Por que lutar contra tudo o que está ao redor? Não buscas acaso a paz? Por que te
interpõem entre as forças da noite e do dia? Por que você permanece impassível e
sereno, incansável e sem temores?
Qualidade: força e coragem.
5. Não vês Deus em tudo, a vida em tudo e o amor em tudo? Por que abandonar a
aqueles que você ama e conhece bem?
Qualidade: poder de separar.
56
6. Podes parar as águas da sexta grande esfera? Podes parar o dilúvio? Podes recuperar
o corvo e a pomba? Podes tu, o Peixe, nadar livre?
Qualidade: subjugar as águas da natureza emocional.
Desde o leste, veio a Palavra: Abra a porta para todos os filhos dos homens
que vêm de todos os vales escuros da terra em busca do templo do Senhor. Dê-lhes
a luz. Descerrado véu o do santuário interno e, mediante o trabalho dos artesãos do
Senhor, ampliaram as paredes do templo, e assim iluminaram o mundo. Emitiram a
Palavra criadora e ressuscitaram os mortos.
Assim, o templo de luz será trazido do céu a terra. Assim, suas paredes
serão erguidas nas grandes planícies do mundo dos homens. Assim, a luz vai
revelar e nutrir todos os sonhos dos homens.
58
"Por que a abertura do templo?", clamam os Sete maiores. "Porque o
trabalho está pronto; os artesãos também estão preparados. Deus criou à luz. Seus
filhos podem agora criar. “O que mais pode ser feito?".
"Nada!" foi a resposta dos Sete maiores. "Que continue o trabalho. Que os
filhos de Deus criem”.
A maioria observará que estas palavras têm um profundo significado e indicam a ampla
intenção (durante o ciclo vindouro) de abrir de par em par a grande porta do templo dos
mistérios ocultos para o homem. Um por um seremos submetidos a prova da contraparte
esotérica e espiritual do fator psicológico chamado "prova mental". Essa prova vai demonstrar
a utilidade do homem para o poder e o trabalho mental e se provará sua capacidade para
construir formas mentais e vitalizá-las. Disso me ocupei em Tratado de Magia Branca, e a
relação deste tratado com o trabalho mágico do sétimo raio e seu ciclo de atividade será cada
vez mais evidente. No dito tratado tentei formular as regras para o treinamento e o trabalho
que permitirá, ao aspirante aos mistérios, entrar no templo e ocupar seu lugar como
trabalhador criador, a fim de ajudar no trabalho mágico do Senhor do Templo.
Os nomes pelos quais este Senhor de raio é conhecido são muitos, e seu significado é
de importância primordial hoje. O trabalho futuro se depreende do estudo dos seguintes
nomes:
O Mago Desvelado
O Trabalhador das Artes Mágicas
O Criador da Forma
O Que Confere a Luz proveniente do Segundo Senhor
O Manipulador da Varinha
O Que Observa do Oriente
O Depositário do Sétimo Plano
O Invocador da Ira
O Guardião da Palavra Mágica
O Guardião do Templo
O Representante de Deus
O Que eleva até a Vida
O Senhor da Morte
O Que alimenta o Fogo Sagrado
A Esfera Giratória
A Espada do Iniciador
O Divino Trabalhador Alquimista
O Construtor do Quadrado
A Força Orientadora
O Ígneo Unificador
A Chave do Mistério
A Expressão da Vontade
O Revelador da Beleza
Este Senhor de raio tem um poder especial na terra e no plano físico da manifestação
divina, e é obvia sua utilidade para Seus seis irmãos. Faz surgir o trabalho que devem
59
realizar. Ele é o mais ativo dos raios neste período mundial e, está em manifestação desde mil
e quinhentos anos atrás. É como se girasse dentro e fora do trabalho ativo em um ciclo muito
rápido, e Seu parentesco mais próximo, simbolicamente, refere-se a Seus Irmãos do segundo
e quinto raios neste período mundial.
2. Escolha bem seus trabalhadores. Ama a todos. Seleciona seis, para que cumpram
tua vontade. Que o sétimo permaneça no leste. Chame o mundo para que penetre
naquilo que construirá. Misture todos juntos na vontade de Deus.
Qualidade: poder de colaborar.
3. Sente-se no centro, como no leste. Não te movas dali. Envie tuas forças para que
cumpram tua vontade e, em seguida, recupera essas forças. Emprega bem o poder
do pensamento. Sente-se imóvel.
Qualidade: poder de pensar.
4. Observe como todas as partes entram no propósito. Constrói para a beleza, irmão
Senhor. Certifique-se de que todas as cores sejam brilhantes e claras. Observa a
glória interna. Constrói bem o santuário. Faça-o com cuidado.
Qualidade: revelação da beleza de Deus.
5. Cuida bem de teus pensamentos. Entra a vontade na mente de Deus. Arrebata dali
o poder, o plano e o papel a desempenhar. Revela a mente de Deus.
Qualidade: poder mental.
Até agora, temos estudado uma pequena parte do trabalho dos sete raios. O
ensinamento teve de ser transmitido através de símbolos e para poder compreendê-lo é
60
necessário ter um sentido esotérico desperto, e ainda assim é impossível compreendê-lo
plenamente.
Devem lembrar-se do fato de que apenas cinco raios dominam ao mesmo tempo. Se
manifestam os sete raios, mas apenas cinco predominam. Deve estabelecer-se uma distinção
entre os raios que predominam em um sistema solar e os que o fazem em um esquema ou
cadeia. No Tratado sobre Fogo Cósmico há algo sobre isso. Três dos sete raios se
sintetizam. Um desses três raios se sintetizará quando atingir sua culminação. Para o primeiro
sistema solar o terceiro raio foi o raio sintético, mas para o atual sistema solar, o segundo é o
raio sintético, e para o próximo sistema solar o primeiro raio desempenhará uma função
semelhante.
4
Período de tempo de manifestação, no qual há atividade, se opõe ao pralaya, onde há descanso
61
Estes três raios juntos abarcam e incorporam tudo. São o Poder, a Atividade e a Lei
em manifestação.
2º Raio. Amor-Sabedoria, raio sintético, meta deste sistema, que mantém tudo
em estreita harmonia e relacionamento.
Estes dois grupos de raios podem relacionar-se entre si da maneira que se segue:
O que resta hoje dos incontáveis milhões de seres humanos que viveram e amaram,
sofreram e usufruíram em nosso planeta, para garantir que eles tenham existido no passado,
para não mencionar sua existência continuada no presente? Uns ossos, alguns edifícios e
leves vestígios de sua influência histórica e, mais tarde, com o tempo, observamos a beleza
que nos deixaram no campo da literatura, arquitetura, pintura e nessas formas que tem
personificado seu pensamento e aspiração, sua visões e ideais. Na atualidade existe no
planeta uma humanidade que atingiu todos os estágios de desenvolvimento, com mecanismos
de diversas classes tipos, adequados e inadequados. Falamos que todos eles, sem exceção,
estão desmoronando sob a experiência e estão limitados pela enfermidade ou ocultam seu
gênio; um equipamento perfeito é totalmente desconhecido, e cada um abriga os germes da
doença. Nenhum homem possui um mecanismo perfeito, pois inevitavelmente falha em
alguma coisa, pois está condicionado pelo seu sistema glandular, pouco ou excessivamente
desenvolvido, que oculta em algum ponto doenças hereditárias e debilidades raciais, e em
qualquer momento pode falhar parte do mecanismo e não atender às necessidades físicas,
emocionais e mentais do dia e hora. O que isso nos diz? Falamos da vida da célula unida; do
grupo ambiental em que se encontra uma forma particular; da vida impessoal e abstrata da
natureza que a permeia; um ambíguo espírito de grupo que se expressa através do quarto
reino da natureza; de um eu provisório e impermanente eu, ou de uma entidade imortal que
habita no corpo?
Aqui estão apenas algumas das perguntas que surgem na atualidade. Em última
análise, pode-se dizer que a crença na existência da alma é em grande parte uma questão de
temperamento, anelo e desejo dessas épocas em que os homens lutaram, sofreram e
aliviaram a tensão de vida, criando uma forma-pensamento em torno de um ser feliz e imortal,
que oportuna e finalmente os livraria de todas as vicissitudes da existência física. A alma pode
ser considerada como uma bela visão ou alucinação, porque a única coisa que comprova a
sua existência é um testemunho sem qualquer base sólida, dado por muitos místicos que no
transcurso das épocas tem feito contato com ela e obtiveram experiências que poderiam ser
marcadas como ilusórias, ou ser o resultado de lesões cerebrais ou reações escapistas. Isso é
o que dizem os materialistas e os partidários dos fatos científicos comprovados. Crença,
63
testemunho verbal, esperança, eventos psíquicos raros e inexplicáveis, conjunto de opiniões
inexperientes e conclusões de visionários (provavelmente casos psicóticos) não são
suficientes para provar a existência da alma. Apenas demonstram o poder do homem para
visualizar, construir imagens e quadros e perder-se no seu espantoso presente em um mundo
de sonhos e de um possível e ardentemente desejado futuro, no qual acabariam as
frustrações, alcançariam plena expressão e entrariam na posse de uma herança imaginária,
construída por ele mesmo com as esperanças insatisfeitas e inexpressados anseios de sua
profundamente oculta vida mental. A crença em Deus e no Céu e num futuro imortal é
derivada de um antigo temor e ignorante terror da humanidade infantil. Viam em todos os
fenômenos da natureza (incompreensíveis e assustadores) a atividade de um homem
gigantesco construído como se fosse a projeção de sua própria consciência, o qual poderia
ser apaziguado ou exasperado pelo comportamento do ser humano. O resultado do efeito
obtido a respeito dessa divindade, definia o destino do homem, bom ou mal, dependendo de
como reagia este Deus a suas ações. Aqui nós temos a origem dos complexos do céu ou do
inferno nas atuais crenças religiosas. Disto derivou automaticamente a idéia de uma entidade
chamada alma, que poderia gozar o céu ou sofrer no inferno, de acordo com a vontade de
Deus e, como resultado de suas ações, enquanto na forma humana. À medida que as formas
do homem aumentaram sua sensibilidade e se refinaram sob a influência da Lei de Seleção e
Adaptação; à medida que a vida grupal era mais intima e melhorava a integração grupal, e
que a herança histórica, tradicional e artística se enriquecia e deixava sua marca, assim
cresciam as idéias de Deus e similarmente as idéias sobre a alma aumentavam e enriqueciam
e aprofundavam-se os conceitos do homem e do mundo sobre a realidade, de modo que hoje
enfrentamos um problema de pensamentos herdados que testemunham um mundo de
conceitos, idéias e intuições que tratam do imaterial e intangível, dando testemunho milenar a
uma crença sobre a alma e sua imortalidade, para os quais não há qualquer justificação
verdadeira. Ao mesmo tempo, a ciência nos tem demonstrado que o único que podemos
realmente conhecer com certeza é o mundo tangível de diversos e diferentes fenômenos, com
suas formas, mecanismos, tubos de ensaio, laboratórios e corpos de homens "constituídos em
forma maravilhosa e dignos de admiração‖. Isto, misteriosamente, produz pensamentos,
sonhos e imaginações, e por sua vez, encontram expressão nos projetos formulados no
passado, presente e futuro, ou no campo da literatura, arte e ciência, ou na simples vida
cotidiana do ser humano comum que vive, ama, trabalha, se diverte, gera filhos, se alimenta,
ganha dinheiro e dorme.
E depois? Desaparece o homem no nada, ou segue vivendo em algum lugar uma parte
dele (até agora invisível)? Será este aspecto sobrevive durante algum tempo e por sua vez
desaparece, ou há um princípio imortal, uma entidade sutil intangível que tem uma existência,
no corpo ou fora dele, e que é o Ser imutável e eterno, que a crença Nele tem sustentado
incontáveis milhões de pessoas ao longo dos séculos? É a alma uma ficção da imaginação e
tem sua existência satisfatoriamente refutada pela ciência? É a consciência uma função do
cérebro e do seu aliado sistema nervoso, ou devemos aceitar a idéia de um morador
consciente na forma? O poder de perceber e reagir ao meio ambiente tem sua origem na
natureza do corpo, ou existe um ente que observa e age? É esta entidade distinta e separada
do corpo, ou o resultado do tipo ou da vida do corpo, o qual persiste depois que desaparece o
corpo, ou desaparece com ele e se perde? Existe apenas matéria ou energia em constante
movimento provocando a aparição de homens que reagem e por sua vez expressam a energia
que flui cega e inconscientemente através deles, sem ter existência individual? Ou são todas
as teorias parcialmente verídicas, e só chegaremos a compreender realmente a natureza e o
64
ser do homem na síntese de todos eles e na aceitação das premissas gerais? É possível que
os investigadores orientados de forma mecânica e cientifica tenham chegado à correta
conclusão sobre o mecanismo e a natureza da forma, e que os pensadores espiritualmente
orientados que afirmam a existência de uma entidade imortal também tenham razão? Ou
talvez ainda falte algo que seja a ponte entre as duas posições? É provável que descubramos
algo que vincule o mundo intangível do verdadeiro ser com o mundo tangível (assim chamado)
da vida da forma?
Vou explicar isso de forma mais simples. É nos dito no Novo Testamento que devemos
procurar que a mente que esteve no Cristo se manifeste também em nós. Trabalhamos para
aperfeiçoar o reino do Cristo na terra e aspiramos desenvolver a consciência crística e
estabelecer o reino ou a Lei crística, ou amor. Na Era de Aquário isto virá a ser concretizado e
veremos o estabelecimento da fraternidade na Terra. A regra crística é dominar as
fundamentais leis espirituais. A mente de Cristo é uma frase que transmite o conceito do
reinado do divino amor inteligente que estimula o reinado da alma dentro de todas as formas e
traz o reinado do espírito. Não é fácil expressar a natureza da revelação que está a
caminho. Envolve o reconhecimento por parte dos homens, de que "substancia mental", como
o denominam os hindus, está relacionada com suas próprias mentes e que é parte integrante
de seus corpos mentais, é também parte da mente do Cristo, o Cristo Cósmico, de Quem o
Cristo histórico é — em nosso planeta — o representante ordenado. Quando os homens
tiverem desenvolvido através da meditação e do serviço grupal a percepção de suas próprias
mentes controladas e iluminadas, acharão que entraram na consciência do verdadeiro ser e
num estado de conhecimento pelo qual eles comprovarão, fora de toda dúvida e controvérsia,
a realidade da existência da alma.
O Mistério das Idades está à beira de ser revelado, e através da revelação da alma, o
mistério que está oculto será revelado. As escrituras do mundo, como se sabe, sempre
profetizaram que ao final desta era se revelará o que é secreto, e emergirá a luz do dia o que
até então estava oculto e velado. Este, o nosso ciclo de presente, é o fim dos tempos, e os
próximos duzentos anos verão a abolição da morte, como agora compreendemos a grande
transição, e o estabelecimento da realidade da existência da alma. A alma será conhecida
como uma entidade e como impulso motivador e centro espiritual por trás das formas
manifestadas. As próximas décadas verão corroboradas certas grandes crenças. O trabalho
de Cristo e Sua principal missão há dois mil anos, foi demonstrar as possibilidades divinas e
os poderes latentes em cada ser humano. A proclamação que fez, de que somos todos filhos
de Deus e temos um Pai Universal, será considerada no futuro, não como um bonito
enunciado, místico e simbólico, mas sim será julgada como um pronunciamento
65
científico. Nossa fraternidade universal e nossa essencial imortalidade serão demonstradas e
compreendidas como fatos da natureza. O Cristo disse que não veio para trazer paz, mas sim
uma espada e, esotericamente, Ele tem sido o "Divisor Cósmico". Por quê? Porque ao
estabelecer a unidade também estabeleceu uma distinção entre corpo e alma. Corpo e alma,
no entanto, são apenas duas partes de um todo, e isso não deve ser esquecido. Ao
estabelecer a realidade da existência da alma e sua expressão, o corpo, emerge a totalidade
em sua plenitude.
Como se fará essa revelação? Entramos aqui no reino da predição e da previsão, que
hoje muitos rejeitam, baseando-se em que o mais importante é aquilo que ajuda a vida
espiritual da alma; acreditam que prometer uma revelação e ajuda futura e incentivar os
aspirantes a vãs e felizes conjecturas e expectativas, contém as sementes do perigo, da
inércia estática e de inúteis imaginações. Mas, "onde não há visão, o povo perece". Tantas
coisas aconteceram nos últimos duzentos anos e tantas coisas já foram reveladas, que nos
proporcionam uma base sólida para uma visão do futuro. Se o progresso dos século XIX e XX,
ocorrido unicamente nos setores da ciência e da psicologia, tivessem sido previsto aos
pensadores do mundo do século XVI, como teria parecido estranho ou impossível! Talvez
mais extraordinário e raro que qualquer profecia que eu possa fazer, porque já vimos muitas
coisas acontecerem e rapidamente se acumulam evidências sobre a existência do mundo do
verdadeiro ser. Portanto, já não nos assombra qualquer coisa que possa suceder.
66
daqueles que não usam instrumento vocal físico e de formas existência que não são
corpóreas.
O alcance da investigação é tão amplo que só posso indicar alguns de seus possíveis
campos:
1. A luz do sol.
68
2. A luz do próprio planeta, não a luz refletida do sol, mas sim seu próprio brilho
inerente.
3. A luz que se infiltra (se é que posso usar essa palavra) do plano astral; a constante
e gradual penetração da "luz astral" e sua fusão com os outros dois tipos de
radiação.
4. A luz que começa a fundir-se com os outros três tipos e provem desse estado da
matéria que chamamos plano mental — luz que por sua vez se reflete a partir do
reino da alma.
Esta intensificação da luz continuará até o ano 2025 AD, quando teremos um ciclo de
relativa estabilidade e constante iluminação, mas sem maior intensificação. No segundo
decanato de Aquário estes três aspectos se intensificarão novamente pelo aumento da luz do
quarto aspecto, a luz proveniente do reino da alma, que nos chegará por intermédio da
substancia mental universal ou "chitta"5, a qual inundará o mundo. Nessa época a alma será
reconhecida como uma realidade e, devido a esse reconhecimento, toda a nossa civilização
mudará tão radicalmente que não podemos sequer imaginar hoje a forma que adotará. Nos
próximos dez anos veremos uma fusão bem ampliada das três primeiras formas da luz, e
àqueles que estão conscientes dessas premissas e acontecimentos será interessante
observar o que está acontecendo. O consenso de opinião do campo religioso e espiritualista,
e o da no campo profecia bíblica e, da mesma forma, o estudo dos símbolos da pirâmide,
levam os estudantes a acreditar que no futuro imediato haverá um grande acontecimento e um
fato espiritual imprevisto. A isto devem antecipar-se devidamente e também realizar uma
cuidadosa preparação. Não me refiro ao aparecimento de algum um ser, mas a um processo
natural que terá efeitos de longo alcance.
5
Matéria mental. Nota da tradutora
69
Temos outros campos de atividade que desempenharão sua parte para demonstrar a
realidade da alma.
O processo seria lento se não fosse pelo trabalho que efetua agora um grupo de
discípulos e iniciados em colaboração com o Mestre P. — que tem sede nos Estados Unidos e
trabalha intensamente com os seus discípulos para estimular as diferentes escolas
psicológicas que existem hoje no mundo. É inútil que os estudantes tentem averiguar a sua
identidade. Ele atua através de movimentos e escolas de pensamento; não trabalha com
pessoas físicas. Ele trabalha pratica e inteiramente no plano mental, com o poder do
pensamento; é quase desconhecido, exceto por seus colaboradores que estão em diversos
países do mundo e pelos discípulos de seu raio, o quarto. Grande parte do que vem à luz
70
atualmente no mundo da psicologia é devido ao trabalho que ele realiza para estimular as
mentes daqueles que dirigem todos os movimentos, efetuando-o a partir do plano mental, sem
ter qualquer contato com eles como indivíduos no plano físico.
Uma das coisas mais interessantes que estão acontecendo e um dos fatores que
oportunamente servirão para demonstrar a realidade da existência da alma reside no acúmulo
de comunicações, escritos inspirados e ditados telepáticos que inundam o mundo na
atualidade. Como bem sabem, o movimento espírita está produzindo grande quantidade de
literatura inspirada ou pseudo-inspirada, uma de ordem muito elevada, que é, sem dúvida, o
trabalho de discípulos altamente evoluídos, e outra de qualidade muito medíocre. As várias
sociedades teosóficas e outros grupos têm sido receptores de comunicações
similares. Quando as comunicações são verdadeiras, muitas vezes têm um profundo valor
espiritual e contêm muitos ensinamentos e ajuda para o aspirante. Os estudantes atuais
6
Este livro foi publicado em 1936, na época da 1ª e 2ª Guerras Mundiais
71
fariam bem em lembrar que o mais importante é o ensinamento e não a sua suposta fonte de
origem; tais escritos e comunicações devem ser julgados unicamente pelo seu valor
intrínseco. Estas comunicações emanam, na maioria dos casos, do plano da alma; o receptor
ou comunicador (o intermediário ou escritor) foi inspirado por sua própria alma ou extraiu do
nível mental o conhecimento transmitido pelo raio ao qual pertence seu grupo e sua alma; ao
sintonizar-se com o reservatório de pensamentos, sua mente e cérebro os traduzem em
palavras e frases.
Muito tem sido o ensinamento dado em outros livros, o qual espera ser adaptado, a fim
de prestar um serviço útil. Neste volume também se transmitirá muitos ensinamentos, mas os
estudantes devem se lembrar que são eles que desejam e evocam os ensinamentos que
recebem. A posição entre os leitores e eu não é a de um instrutor que impõe seus sistemas de
conhecimento para um grupo de expectantes discípulos. O grupo é simplesmente um canal
através do qual um aspecto particular da Sabedoria Antiga pode alcançar o mundo que
espera. Não os considero como um grupo de bons homens e mulheres que, por seu grau de
evolução, são dignos de receber algo esotérico e inusitado, que não tenha sido transmitido ao
resto da raça. Considero que estejam sinceramente interessados na vida espiritual, se
esforçam por ser inteligentes e estão dispostos (mais ou menos) para tentar viver como almas
e aplicar, tanto quanto possível, o que tenham compreendido do ensinamento transmitido. O
emprego que o estudante faça dele é assunto exclusivamente pessoal. Mas o valor de um
grupo de aspirantes e discípulos consiste em poder — se assim o decidir e se sua aspiração
unida for suficientemente forte — extrair o ensinamento e formar um centro através do qual se
divulgue dito ensinamento, começando com a tarefa de moldar o pensamento humano, lançar
luz sobre os problemas da psicologia e assim difundir a verdade (a respeito dos sete raios, um
antigo setenato escassamente compreendido) para que possa surgir uma nova compreensão
e também lançar uma nova ciência da psicologia.
73
Se perguntarão então: O que podemos fazer como um grupo para servir e constituir um
bom canal a fim de ajudar a humanidade?
Em segundo lugar, não permitam que a mente se distraia com em conjecturas inúteis
quanto à identidade do instrutor. Que importância tem em saber quem é? Pode comprovar-se
sua identidade de alguma forma? Que valor tem aceitar as afirmações de qualquer
condiscípulo que pretenda estar ser bem informado sobre o assunto, seja ele quem for? Não
se pode provar se tem razão ou não; portanto, perde-se tempo que poderia ser dedicado a
prestar um serviço mais frutífero, a um estudo mais profundo das qualidades de vida e da
meditação.
Lhes parece que esta é uma expressão demasiado severa? Se realmente o é, significa
que ainda estão algo auto-centrados e enamorados de suas próprias almas individuais, que
não tenham feito o devido contato com ela ou talvez apenas não sentiram nada mais do que
sua vibração. Não possuem ainda essa verdadeira visão da necessidade mundial que os
libertará da própria ambição e lhes dará liberdade para trabalhar como nós fazemos, nos
planos subjetivos, sem pensar no eu ou na felicidade espiritual, sem querer realizar uma tarefa
auto-designada nem ansiar deslumbrantes promessas de triunfos futuros; sem anelar
ansiosamente obter afetos e fazer contatos com aqueles que possuem uma consciência mais
avançada do que a nossa. Se isso permanece além de sua compreensão, reconheçam e
compreendam que não se culpa-os por isso. Isto apenas indica que o terreno em que estão e
que a ilusão do plano astral ainda os escraviza e os conduz a interpor as reações da
personalidade antes da realização grupal. Enquanto se descobrem e agem nesse plano e
nesse nível de consciência não é possível atraí-los conscientemente para dentro do grupo dos
Mestres nos níveis mentais. Ainda são demasiado destrutivos e pessoais, podem danificar o
grupo e causar dificuldades, e através do estimulo grupal, veriam com muita claridade coisas
para as quais não estão ainda preparados e, em conseqüência, seriam destruídos. Devem
aprender a aceitar a orientação de sua própria alma e trabalhar em harmonia e
76
impessoalidade no plano físico, com o grupo ou grupos a que o destino os tenha
impulsionado. Quando tiverem aprendido a esquecer de si mesmos, quando não busquem
nada para o eu separado, quando permaneçam firmemente sobre seus próprios pés, busquem
ajuda internamente, e quando a tendência de sua vida seja a colaboração, então passarão da
etapa do Observador para a do Comunicador. Isso acontecerá quando se puder confiar que
comunicarão apenas o que é impessoal e verdadeiramente construtivo, e que não nutrirão a
natureza emocional nem satisfarão os desejos do eu.
2. Se alguma coisa surgiu na mente dos pesquisadores à medida que têm estudado o
homem, tem sido a realidade de que ele é essencialmente dual. A psicologia tem
demonstrado que na consciência de cada ser humano existe um senso de dualidade, que
o homem é, de um modo misterioso, dois seres, e que a luta entre os ambos levou a todo
o tipo de neuroses e complexos que sobrecarregam a engenhosidade dos psicólogos
especialistas que buscam encontrar uma solução. O iniciado Paulo se referiu a isso
quando falou da eterna luta travada entre a mente carnal e a natureza celestial, e todos os
aspirantes que lutam de forma inteligente para obter a libertação são testemunhas
disso. Paulo indica que a vitória se adquire por meio do Cristo, e dou o tom da importância
deste estudo dos raios quando declaro que esotericamente os sete raios são a sétupla
expressão do Cristo Cósmico, a segunda pessoa da Trindade. Milhares de pessoas
desorientadas acorrem às clínicas dos psicólogos, levando consigo o peso de suas
naturezas duais, e milhares de psicólogos reconhecem esta dualidade e tentam unificar
esses dois aspectos dissociados. Quando se compreenda a verdadeira natureza dos sete
raios e seus efeitos sobre a humanidade ao expressar os sete tipos de homens, então
encararemos o tema da dualidade do homem com mais inteligência e compreenderemos
melhor a natureza das forças que constituem uma ou outra dessas dualidades. Esta é a
verdadeira ciência esotérica. A ciência das sete qualidades ou raios, e seu efeito sobre as
miríades de formas que eles modelam e energizam, constitui um novo modo de encarar o
correto método de treinar e desenvolver a família humana. A moderna ciência esotérica
tem um grande conhecimento da forma externa ou aspecto matéria, e sua natureza
elétrica. A ciência esotérica sabe muito sobre a natureza das energias subjetivas e das
qualidades que dão cor e condicionam a forma. Quando ambos o conhecimentos estejam
inteligentemente unidos elaboraremos uma psicologia mais exata e verdadeira e uma nova
ciência da cultura humana; então o trabalho de unificar o homem – o homem como ente
psíquico e como alma condicionadora - progredirá rapidamente.
78
animal, responde às vibrações do sexto raio. O Ser que dá expressão e força ativa ao
reino vegetal pertence ao quarto raio. Portanto, temos:
Estes enunciados têm agora pouco significado para vocês, mas os ampliaremos mais
tarde, quando considerarmos esses raios com mais detalhes. Por enquanto dou só um
conhecimento geral. No entanto, é evidente que quando os cientistas reconhecem e aceitam,
(ainda como hipótese), a natureza da energia que permeia e anima qualquer reino da
natureza, se lançará muita luz sobre as formas externas, qualificadas por uma força e vida
determinadas.
Existe, por exemplo, uma razão definitiva pela qual a maioria de flores silvestres e
cultivadas no Ocidente e também as da estação do outono tem tons de amarelo e
alaranjado; a qualidade mental de sub-raças posteriores a raça ariana, bem como o tom geral
ao longo da era de Áries, se deve à mesma razão. A influência do quarto raio da harmonia e
beleza e o poder que está desenvolvendo o quinto raio do Conhecimento (sinônimo de fusão
de intuição e inteligência no homem altamente evoluído) tem um definido efeito sobre o reino
vegetal e a aura humana. O amarelo alaranjado resplandece em ambos. Menciono isto para
ilustrar uma exteriorização da força do raio, e como uma demonstração do valor da ciência
esotérica quando se aplica ao exotérico.
Atualmente, o sexto raio está saindo de manifestação e levando consigo todas essas
formas cuja nota clave é o azul — por exemplo, aquelas pessoas que com devoção,
(equivocada ou não), tem seguido determinado objetivo, pessoa ou idéia. Com ele
desaparecerão, portanto, todos os chamados fanáticos, e aqueles que se dedicam com a
intenção fixa a alcançar algum objetivo. Muitas flores que nos encantam estão
desaparecendo, por exemplo, a campânula azul, o jacinto e oliva; a safira está escassa e a
79
turquesa perderá sua matiz. Chegarão à moda flores de cores violeta, lavanda e púrpura, por
trás do qual há um profundo propósito.
O plano físico, em seu aspecto mais denso, encerra poucos mistérios para o homem
atual, pois que o conhece plenamente, mas os níveis mais sutis do plano físico ainda estão
ocultos, são para o homem o seu próximo campo de descobrimento. O raio do cerimonial traz
os meios pelos quais esse conhecimento pode ser adquirido e revelado a todos, e assim, não
será propriedade exclusiva dos sábios e dos ocultistas. Os três níveis etéricos superiores e
aqueles que os habitam, esperam tornar-se propriedade de todos, e conjuntamente com os
seus habitantes virá a aproximação futura.
Primeiro, em dez anos, mais ou menos, o primeiro éter, com tudo o que compõe essa
matéria, será um fato científico reconhecido, e os homens da ciência que trabalham
intuitivamente reconhecerão os devas daquele plano. As pessoas que entram em encarnação
neste sétimo raio, possuirão olhos que lhes permitem ver os devas de cor púrpura e os devas
menores do corpo etérico.
Os devas violeta dos quatro éteres formam, como se imagina, quatro grandes grupos
com sete divisões subsidiárias. Estes quatro grupos trabalham com os quatro tipos de homens
que estão agora encarnados, porque na verdade, em nenhum momento desta ronda, haverá
mais de quatro tipos de homens em encarnação. Quatro raios predominam em um
determinado período, mas um predominará mais que os outros. Com isto quero dizer que há
apenas quatro raios em encarnação física, porque é no plano da alma onde logicamente se
encontram os sete tipos. Esta idéia se reflete nos quatro castas da Índia, e observarão que
elas prevalecem universalmente. Os quatro grupos de devas são servos do Senhor, e seu
trabalho especial é fazer contato com os homens e transmitir-lhes ensinamento experimental e
definido.
Instruirão sobre os efeitos da cor para a cura das enfermidades, especialmente o efeito
da luz violeta, para diminuir as doenças humanas e curar as do plano físico, que tem origem
no duplo ou corpo etérico.
80
Eles ensinarão aos homens a ver etericamente, elevando a vibração humana por sua
própria ação.
Ensinarão também como emitir o som dos tons que correspondem às graduações do
violeta, e através da entonação do som capacitarão ao homem a utilizar os éteres, assim
como agora utilizam a matéria do plano físico para diversas necessidades.
Isso permitirá aos seres humanos controlar de tal maneira esses éteres, que o peso da
matéria será transmutado e os movimentos serão mais ágeis, rápidos, deslizantes e
silenciosos, e por isso menos cansativos. Os seres humanos conseguirão diminuir a fadiga e
aumentar a velocidade da mobilidade ao controlar os níveis etéricos, e obterão a habilidade de
transcender o tempo. Enquanto essa profecia não se torne uma realidade na consciência, o
seu significado permanece velado.
Isso permitirá aos seres humanos, como uma raça e não como indivíduos, expandir
sua consciência, de modo que abarquem o supra-físico. Não se esqueçam do importante fato
de que a trama que separa o plano físico do plano astral será descoberta por cientistas e seu
propósito oportunamente será reconhecido. Com esta descoberta virá o poder de atravessar a
trama, a fim de conectar-se conscientemente com o corpo astral. Então será levada a cabo
outra unificação material.
O que vai acontecer a seguir, e qual será o método de aproximação destes devas?
a. A telepatia intuitiva.
c. Definido sons musicais, que por sua vez produzem vibrações nos éteres, que
por sua vez produzirão formas.
81
Devido à ampliação da visão que obterá a humanidade, o éter parecerá ser mais
substancial do que é agora, e à medida que se desenvolve a visão etérica se reconhecerá que
os éteres são estritamente matéria do plano físico. Portanto, quando um homem doente
convocar um deva, e este destruir o tecido enfermo, emitindo uma nota que produza a
eliminação do tecido infectado, e quando por meio de uma presença produzida pela vibração
construa visivelmente o novo tecido, então a presença destes devas será geralmente
reconhecida e se utilizará seu poder.
Em primeiro lugar, pelo desenvolvimento específico do olho humano que verá o que
agora é invisível. Haverá uma mudança dentro do olho, que não será do tipo da clarividência.
Cada indivíduo vibra em certa medida particular. Aqueles que conhecem e possuem
clarividência e clariaudiência descobrem que toda a matéria emite sons e palpita e tem sua
própria cor. Por isso, todo ser humano pode emitir um som específico. Ao emiti-lo faz que
resplandeça como cor, e a combinação de ambos indicam em certa medida qual é sua
vibração específica.
Cada unidade da raça humana pertence a algum dos sete raios, em conseqüência
predomina nele alguma cor e emite algum som; as graduações são infinitas e os nuances de
cor e som são inumeráveis. Cada raio tem seus raios subsidiários aos quais domina e atua
como raio sintético. Estes sete raios estão ligados com as cores do espectro. Temos raios
vermelho, azul, amarelo, laranja, verde e violeta. Existe um raio que sintetiza a todos, o
índigo. Temos os três raios principais, vermelho, azul e amarelo e os quatro de cores
secundárias que, na Mônada em evolução, tem sua contrapartida na Tríade Espiritual e no
quaternário inferior. O Logos do nosso sistema se concentra no amor ou aspecto azul que, na
síntese, se manifesta como índigo. Este tema sobre os raios e suas cores confunde o neófito.
Só posso indicar algumas idéias e no acumulo de sugestões, poderá chegar oportunamente a
luz. A chave reside na similitude da cor, o que significa uma semelhança de nota e
ritmo. Portanto, quando um homem pertence aos raios vermelho e amarelo, com o vermelho
como raio primário, e encontra outro ser humano que pertence aos raios azul e amarelo, por
essa secundária similaridade do amarelo pode produzir-se um reconhecimento. Mas se um
homem que pertence aos raios amarelo e azul, tem como cor primária o amarelo, encontra um
irmão que pertence aos raios amarelo e vermelho, o reconhecimento mútuo é imediato porque
a cor primária é a mesma. Quando esta causa fundamental de associação ou dissociação, for
82
melhor compreendida, as cores secundárias atuarão como lugar de encontro que redundará
em benefício mútuo das partes envolvidas.
b. Amor-Sabedoria Azul
d. Laranja
e. Verde
f. Violeta
4. É claro, a principal atração do estudo dos raios é seu interesse no ser humano, estudo que
vivificará e despertará em psicólogos a verdadeira compreensão do homem. Todo ser
humano pertence a um dos sete raios. Em cada vida sua personalidade pertence a um
deles, em rotação de acordo com o raio do ego ou alma. Depois da terceira iniciação,
localiza (se corresponde esta palavra tão inadequada) sua alma em um dos três raios
principais, ainda que até esse momento possa pertencer a um dos grupos dos sete
raios. A partir desta excelsa atitude trata de conseguir a unidade essencial da Mônada. O
fato de que existam sete tipos de raios encerra em si grandes implicações, e o intrincado
tema desconcerta o neófito.
O primeiro ponto que eu estou tentando esclarecer é difícil de captar para aqueles que
são de categoria inferior que iniciados ou discípulos aceitos das etapas superiores. A alma é
esse fator da matéria (ou melhor, aquilo o que emerge de contato entre espírito e matéria) que
produz resposta sensível, e o que chamamos consciência em suas diferentes formas; é
também essa subjetiva ou latente qualidade que se faz sentir como a luz ou irradiação
luminosa. Constitui o "eu que brilha desde dentro", característica de todas as formas. A
matéria em si, e em seu estado indiferenciado, antes de ser levada a atividade pelo processo
criativo não possui alma, portanto, não possui as qualidades de resposta e de irradiação.
Somente quando — nos processos criador e evolutivo — ambos entram em conjunção e
fusão, a alma aparece e outorga a estes dois aspectos da divindade a oportunidade de se
manifestar como trindade, e a chance de demonstrar sensibilidade e de irradiar luz magnética.
Como o único que vamos expor no presente tratado será abordado a partir do ângulo da
evolução humana, poderia dizer-se que só quando predomina o aspecto alma, o mecanismo
de resposta (a natureza da forma do homem) cumpre totalmente seu destino, então é possível
que brilhe a luz em toda a sua pureza e se difunda a verdadeira irradiação magnética. Falando
simbolicamente, nas primeiras etapas da evolução humana, o homem não responde e é
84
inconsciente, assim como a matéria nas primeiras etapas do processo formativo. Alcançar a
plena percepção é logicamente a meta do processo evolutivo. Falando novamente em forma
simbólica, o homem sem evolução não emite nem manifesta luz. A luz da cabeça é invisível,
embora os investigadores clarividentes veriam um tênue fulgor de luz dentro dos elementos
que constituem o corpo, e a luz oculta nos átomos que constituem a forma.
À medida que a evolução prossegue esses tênues pontos de "luz escura" intensificam
seu brilho; a luz dentro da cabeça flutua em intervalos durante a vida do homem médio, e se
converte em luz brilhante ao penetrar na senda do discipulado. Quando se torna um iniciado,
a luz dos átomos é tão brilhante e luz da cabeça tão intensa (estimulando paralelamente os
centros de força do corpo), que aparece o corpo de luz. Oportunamente este corpo de luz
chega a exteriorizar-se e a ser de maior importância do que o corpo físico denso
tangível. Neste corpo de luz o verdadeiro filho de Deus habita conscientemente. Após a
terceira iniciação a luz dual se acentua e adquire maior brilho ao fundir-se com a energia do
espírito. Isso realmente não significa admissão de uma terceira luz nem sua combinação, mas
sim o avivar da luz da matéria e da luz da alma para que adquiram maior glória mediante o
Alento do espírito. Algo sobre esta luz foi indicado anteriormente no Tratado sobre o Fogo
Cósmico. Estudem-no e tentem compreender o significado deste processo. Na compreensão
destes aspectos da luz se chega a uma perspectiva mais realista sobre a natureza dos fogos
na expressão humana da divindade.
1. Audição. 4. Paladar
2. Tato. 5. Olfato
3. Visão. 6. Mente, o senso comum.
7. A intuição, o sentido sintético.
85
Através dos sete sentidos é possível fazer contato com o mundo da matéria e do
espírito. Os sete sentidos são, de uma forma peculiar, a analogia dos sete raios no plano físico
e estão intimamente relacionados e governados por eles. Tudo o que se intenta na seguinte
classificação é fazer sugestões:
Pela aplicação do Dedo de Deus em seu trabalho diretriz e potente, temos a destruição
cíclica das formas, de modo que a manifestação da Divindade possa aumentar seu poder e
beleza. Assim o Senhor do Poder ou Vontade efetua a tarefa de destruição e traz a existência
a beleza e a revelação da vontade de Deus e Seu propósito benéfico.
Através dos olhos de Deus brilha luz sobre o caminho do Sol, na senda dos planetas e
na senda do homem. O Senhor da Adaptabilidade e do Intelecto traz à expressão e a
objetividade o desenvolvimento inteligente da divina idéia e do Plano.
Além disso, o Senhor do quarto raio da Harmonia, Beleza e Arte dará sua contribuição
em algum grande trabalho criativo, e ao buscar a fonte que contorna esta misteriosa revelação
chamada beleza, se achará que expressa essa sutil qualidade da qual o "olfato", no que diz
respeita ao animal, é o símbolo. Então chegará a seu fim a grande busca e não será seguido
esotericamente o rastro deixado pelo cheiro. Este quarto raio é predominantemente o caminho
do investigador, do buscador e daquele que reflete sensivelmente a beleza. A nação judaica
tem uma estreita relação com este quarto raio e com a quarta raça-raiz, e daí que se destaca
atualmente no mundo da arte, e também da magnitude de suas simbólicas e intermináveis
buscas e andanças.
86
A intuição é, literalmente, a captação sintética e imediata da verdade tal como ela
existe essencialmente, e o Senhor do segundo raio levará a seu fim todo o processo evolutivo,
desenvolvendo na humanidade a perfeita visão interna que fará que todo ser humano seja um
inteligente colaborador do Plano.
1. Ao mundo das formas viventes, vibracionais e magnéticas em que estão submersas cada
forma. Todas as formas, mediante sua radiação, afetam as demais e, de acordo com a sua
qualidade e seu nível evolutivo, tal a sua resposta ao meio ambiente.
2. Ao mundo subjetivo de forças que chamamos mundo etérico. Todas as formas nos quatro
reinos, respondem em certa medida e modo.
Ao considerar a afluência da energia mental e das forças que emanam do quinto plano
da mente (mente superior, mente inferior e a entidade egóica inteligente) entramos
inteiramente no domínio da evolução humana mesma, e a indefinida palavra consciência
poderia muito bem ser substituída pela palavra senciência. O homem tem a percepção de
distintos graus, mas o homem é único que se dá conta que percebe. Seu mecanismo de
resposta responde a, e é influenciado por, todos os contatos aos quais respondem as formas
sub-humanas, sendo ainda consciente de si mesmo e seu mecanismo de resposta é capaz de
reagir não só aos estímulos externos, mas também aos contatos que emanam dentro em si, o
chamado Eu, e também desde o mundo da introspecção e da visão mística, que,
aparentemente, estão fechados a todas as formas de vida sub-humana.
Desde um ponto de vista mais amplo, do qual não me ocuparei neste tratado, o planeta
constitui o mecanismo de resposta de uma Vida super-humana, e essa Vida responde
conscientemente aos impactos que emanam do sistema solar e de certas constelações
(encarnando Vidas), com as quais está vinculado nosso sistema solar. Da mesma forma o
Logos solar funciona por intermédio desse gigantesco mecanismo de resposta limitado pelo
círculo-não-se-passa de um sistema solar. Cada forma, desde o menor átomo até uma imensa
constelação, personifica uma vida que se expressa como consciência, percepção e
sensibilidade responsiva, por meio de algum tipo de mecanismo de resposta. De modo que
temos o estabelecimento de um universo de vidas, interativas e inter-relacionadas, todas elas
87
conscientes, algumas conscientes de si mesmas, outras conscientes do grupo, mas todas
contidas na mente universal, possuindo almas e apresentando aspectos da Vida divina.
CAPÍTULO III
Para começar a primeira parte deste tratado, e antes de iniciar o verdadeiro estudo dos
raios, tratarei de formular as dez proposições fundamentais sobre as quais se baseia todo o
ensinamento. Constituem para mim, humilde trabalhador da hierarquia, e da Grande Loja
Branca, a afirmação da realidade e da verdade. Os estudantes e investigadores devem aceita-
las como hipótese:
Um. Existe uma Vida que se expressa a Si Mesma, primeiro, mediante sete qualidades ou
aspectos básicos e, segundo, através de uma infinita diversidade de formas.
Dois. Estas sete qualidades radiantes são os sete Raios, as sete Vidas, que dão sua Vida as
formas, e ao mundo das formas lhe dão seu significado, suas leis e seu desejo de
evoluir.
Três. Vida, qualidade e aparência, ou espírito, alma e corpo, constituem tudo que existe. São
a existência mesma, com a sua capacidade de crescer, agir e expressar a beleza e
estar em pleno acordo com o Plano, o qual está arraigado na consciência das sete
Vidas de raio.
Quatro. Estes sete Vidas, cuja natureza é consciência e cuja expressão é sensibilidade e
qualidade específica, produzem ciclicamente o mundo manifestado; trabalham juntos
na mais estreita união e harmonia; são os guardiões do Plano e colaboram
inteligentemente com ele. São os sete construtores, Que erigem o radiante Templo do
Senhor, guiados pela mente do Grande Arquiteto do Universo.
Cinco. Cada vida de raio se expressa predominantemente a Si mesma através dos sete
planetas sagrados, mas a vida dos sete raios flui através de cada planeta, incluindo a
88
Terra, e qualifica todas as formas. Em cada planeta existe uma pequena réplica do
esquema geral, e cada um está de acordo com a intenção e propósito do todo.
Seis. A humanidade, da qual se ocupa este tratado, é uma expressão da vida de Deus, e
todo o ser humano provém de uma das sete forças raio. A natureza da alma é
qualificada ou está determinada pela Vida de raio que a exalou, e a natureza da forma
está colorida pela Vida de raio que — segundo sua aparência cíclica no plano físico,
em um momento determinado — estabelece a qualidade racial da vida e da forma nos
reinos da natureza. A natureza da alma ou sua qualidade é a mesma durante um
período mundial; a natureza e a vida de sua forma mudam de uma vida a outra, de
acordo com a sua necessidade cíclica e das condições grupais do meio
ambiente. Este último determinada o raio ou raios, que prevalecem naquele momento.
Sete. A Mônada é a Vida vivida em uníssono com as sete Vidas de raio. Uma Mônada, sete
raios e uma infinidade de formas, estruturam os mundos manifestados.
Oito. As Leis que regem o surgimento da qualidade ou da alma, por intermédio das formas,
são sensivelmente o propósito mental e a orientação de vida dos Senhores do
raio; Seu propósito é imutável, a sua visão é perfeita e Sua justiça é suprema.
Dez. O método empregado para obter esta compreensão é a experiência, começando com a
individualização e terminando com a iniciação, produzindo, assim, a perfeita fusão e
expressão de vida, qualidade e aparência.
Esta é uma breve definição do Plano. A Hierarquia de Mestres e Suas sete divisões
(que equivalem aos sete raios) são Seu guardião e tem a responsabilidade, em determinado
século, de levar a cabo a próxima fase deste Plano.
SEÇÃO II
89
CAPÍTULO I
É quase impossível definir o significado da palavra vida, porque nenhum ser humano
pode compreende nem poderá compreender a natureza da vida até ter alcançado a terceira
iniciação. Repito isso enfaticamente a fim de inculcar-lhes a inutilidade de fazer conjecturas
sobre o tema. Os discípulos que passaram a terceira iniciação e escalaram o Monte da
Transfiguração podem – desde esse ponto elevado – vislumbrar a irradiação do centro
subjetivo de energia (o sol central ou espiritual de A Doutrina Secreta), e assim obter um
vislumbre do significado da palavra vida. Mas eles não podem sequer se atrever a dar aos
outros o conhecimento adquirido. Seus esforços para transmitir tal informação seriam inúteis e
a linguajem se resultaria inadequada para a tarefa. A vida não é o que até agora se
supõe. Energia (em contradição com força, empregando essa palavra para expressar o centro
de onde ela emana, e que se diferencia em forças), não é o que superficialmente se
acredita. A vida é a síntese de toda a atividade — uma atividade que é a mescla de muitas
energias, porque a vida é a soma total das energias dos sete sistemas solares, do qual nosso
sistema solar é um. Estes, em sua totalidade, são a expressão da atividade desse Ser
denominado em nossos arquivos hierárquicos "Aquele sobre o qual nada pode ser dito". Esta
sétupla energia cósmica, as energias fundidas e combinadas dos sete sistemas solares,
incluindo o nosso, afluem automaticamente através de cada um deles transmitindo as
seguintes qualidades:
90
2. Impulso ativo para organizar.
I. Cada Vida de raio é a expressão de uma vida solar, e cada planeta está em
conseqüência...
3. Ativado por uma tríplice corrente forças vitais que provêm de:
Resulta impossível para o pensador comum captar o significado desta afirmação, mas
pode entender parcialmente o enunciado de que todo planeta é um ponto focal através do
qual circulam e fluem incessantemente forças e energias, e que as energias emanam do
91
cosmos exterior ou do próprio universo, desde o sistema solar do qual seu próprio planeta é
uma parte e nosso sol é o centro, e Daquele Ser que constitui nosso particular Senhor, ou
Vida planetária.
Um sistema solar consiste de um sol como ponto focal central, acompanhado de uma
série de planetas assistentes, sujeitos a suas órbitas em harmonia magnética ao redor desse
sol.
Esta condição é regida pela lei cósmica do ritmo, tão confusa que resulta
incompreensível na atualidade.
A relação das constelações com o sistema solar, base das investigações astrológicas,
será considerada mais adiante. Aqui só quero indicar a dupla realidade que constituem os sete
raios:
1. São expressões de energias que emanam dos sete sistemas solares, que por sua
vez estão animados pela Vida de ―Aquele sobre o qual nada pode ser dito".
II. Cada um dos raios é receptor e depositário das energias provenientes de:
2. As doze constelações.
Cada raio faz passar essas energias através de seu corpo de manifestação (um
planeta), e as transmite à forma planetária e todas as formas que estão sobre e dentro
dela. Estas formas diferenciadas estão animadas pela energia que provém da Vida cósmica,
da Divindade Solar e da Vida planetária e, em conseqüência, estão coloridas pelas
qualidades dos sete sistemas solares e das doze constelações. Esta fusão de energias que
atua sobre a substância produz as formas, e cada forma subjetiva por sua vez produz a
aparência externa.
Não é possível estudar essas forças e qualidades em detalhe, no que diz respeito a um
ser humano individual, porque a escala é relativamente muito pequena e os detalhes a
considerar muito intricados. Porém a natureza das qualidades e das energias podem ser
captadas até certo ponto, à medida que estudamos as sete Vidas de raio com seus sete tipos
psicológicos e os doze Hierarquias Criadoras descritas por nós em A Doutrina Secreta.
A 7 + 12 = 19 e se adicionar-se a estas 19 expressões de Vida os 3 aspectos maiores da
Divindade, que denominados a vida de Deus, o Pai; o amor de Deus, o Filho, e Atividade
Inteligente de Deus, o Espírito Santo, chega-se ao místico número 22, que (em esoterismo) é
chamado o número do adepto. Isto significa simplesmente que adepto é aquele que
compreende a natureza das 19 forças a medida que se expressam por meio da tríplice
manifestação divina, e estas por sua vez se relacionam com a consciência humana. Mas isso
não significa que o adepto haja dominado e possa manejar os 19 tipos de energia. Estes são
conscientemente manipulados pelos três Construtores sintéticos ou Criadores, que são:
93
O Logos Planetário... O Ancião dos Dias.
O que o adepto atingiu é que seus sete centros de força, localizados no corpo etérico,
respondam as forças espirituais mais elevadas e à medida que progride também responderão,
gradual e seqüencialmente, aos três tipos de força sintética já mencionados.
Depois de ter passado a iniciação mais elevada que se pode alcançar neste planeta,
responderá pela primeira vez à energia que emana do Centro cósmico exterior. Esta última
etapa de expansão é muito rara e apenas cento e onze seres humanos, na história planetária
alcançaram este estado de percepção.
Que utilidade tem para o leitor ou estudante, esta informação? Praticamente nenhuma,
exceto indicar a vastidão do Plano e o maravilhoso alcance da consciência humana. O que
pode significar esse contato com o tipo mais elevado de força sintética, eu não posso
dizer. Os Logos planetários mesmos atuam na luz dessa sublime Consciência e a esse
privilegio se encaminham o próprio Cristo, e seu irmão mais velho, o Buda, com os três Budas
de Atividade, que aspiram a isso na atualidade. Isso é tudo que eu sei, não posso explanar
mais sobre o tema. Mas a maravilha e a imensidão do drama que se desenrola no universo é
uma prova de sua realidade, e a compreensão por parte do homem, por pequena que seja, é
a garantia de sua divindade. Etapa por etapa nos acercamos lentamente da meta de
percepção consciente e inteligente. Passo a passo dominamos a matéria e fazemos com que
o mecanismo de percepção e contato seja mais adequado. Pouco a poucos nós (e com isso
quero dizer toda a família humana) nos acercamos "do lugar de reconhecimento" e nos
preparamos para escalar a montanha da visão. Se os aspirantes pudessem compreender o
quão maravilhoso é esta revelação e se capturassem a magnificência da recompensa de seus
esforços, haveria menos fracassos, mais coragem, uma realização maior e mais firme e, em
conseqüência, um mundo que se iluminará mais rapidamente.
94
1. Os Raios e a Vida-Qualidade-Aparência.
Chegamos agora à consideração dos raios, o que nos introduz imediatamente no reino
da psicologia e das distintas influências psicológicas. Ao considerar a segunda manifestação
de raio, o aspecto Qualidade, trataremos desses fatores predeterminantes que produzem uma
infinidade de diferenciações no mundo fenomênico. A qualidade, a cor e a natureza da energia
vivente (definição inadequada da palavra "vida") fixam ou determinam o aspecto que adquirem
e a característica que expressam todas as formas nos quatro reinos da natureza; as
emanações da forma individual, devido à influência modificadora que estabelece o contacto da
vivente qualidade com a substância afetada e com o reino que é o foco de atenção onde se
produz é, em conseqüência, a aparência característica, a atividade especializada e a
emanação intrínseca de cada forma, em qualquer reino. Nos meus livros anteriores, dividi os
raios em dois grupos:
Os três raios principais, que constituem a soma total da divina manifestação, são os
raios de aspecto, por duas razões:
95
Ao 2º Raio corresponde estabelecer as primeiras formulações do Plano, sobre o qual
deve construir-se a forma, materializar-se a idéia (por intermédio dos agentes desta segunda
grande emanação) e reproduzir-se os anteprojetos com precisão matemática, unidade
estrutural e perfeição geométrica. O Grande Geômetra se coloca assim na vanguarda e
possibilita o trabalho os Construtores. O Templo se construirá sobre a figura e forma, número
e seqüências, e correlação de dados e abarcará e expressará a Glória do Senhor. O 2º Raio
é o do Mestre Construtor.
Aqueles que lêem este tratado e desejam realmente aproveitar este ensinamento
devem treinar-se a pensar sempre em termos de todo. As classificações arbitrárias, as
divisões por triplicidades e setenários e a diversificada enumeração das forças que emanam
das sete constelações, dos dez planetas e das doze mansões do zodíaco têm por objeto
apenas dar ao estudante uma idéia de um mundo de energias no qual deve desempenhar sua
parte. Do ponto de vista da psicologia esotérica deve observar-se que todas as escolas de
psicologia se equivocam no manejo do ente humano, precisamente por esta razão; não julgam
um homem como um todo sintético e – devido à falta de conhecimento e também a carência
da faculdade intuitiva – o psicólogo comum raras vezes entra no reino da verdadeira qualidade
e dos aspectos da vida, e o homem submetido a uma análise é considerado mais ou menos
objetivamente, porque raras vezes são abordadas as verdadeiras fontes de sua natureza
fenomênica. Os aspectos determinantes do raio da personalidade, que constituem a soma
total de suas qualidades físicas, emocionais e mentais, estão em processo de ser
classificados e investigados, e já foi realizado algo de valor. As reações físicas, os hábitos
emocionais e os processos mentais – normais e anormais – do homem, se compreendem hoje
muito melhor do que a vinte e cinco anos. No entanto, enquanto não exista um conhecimento
mais adequado das qualidades dos raios, e enquanto não se determine o raio da alma de um
homem e se conheça e se diagrame o efeito desse raio sobre o raio da personalidade, a
verdadeira natureza de seu temperamento e a verdadeira causa subjetiva de suas diversas
reações, de seus complexos e inibições, continuará a ser um problema muito difícil de
manejar. Quando, por exemplo, os psicólogos compreendam que a atividade que desprendem
a qualidade e a energia da alma determinam se um homem atuará em dita vida como
introvertido ou extrovertido, então tratarão de obter esse equilíbrio das forças de raio que
permitirá ao homem expressar-se de tal forma, que deixe aberto o caminho para o mundo
externo e elimine os obstáculos do caminho para o mundo interior.
Os quatro raios de atributo que tem sua síntese no terceiro raio de aspecto, ressaltam
mais de suas variadas qualidades que os três raios de aspecto. Generalizando, poderia dizer-
se que a medida que nos esforçamos para elucidar o problema, os três raios de aspectos
encontram sua principal expressão, em relação ao gênero humano, por intermédio dos três
veículos periódicos:
Encontram sua expressão secundária nos três corpos que formam a personalidade do
homem.
Estes são seus principais campos de influência nos três mundos, e mais adiante
ampliaremos o tema.
97
No que se referem à humanidade, estes quatro raios de atributo se expressam
amplamente em conexão com os quatro aspectos da personalidade ou quaternário, e:
Lembrem que a inter-relação e interação são sintéticas em todos os planos: nos níveis
sem forma e também nos planos da forma e, neste contexto, com todos os estados de
consciência e em todo o universo criado.
OS SETE RAIOS
Afirma-se que existem sete grandes raios no cosmos. No nosso sistema solar apenas
um desses grandes raios está em atividade. As sete subdivisões constituem os "sete raios"
que manipulados por nosso Logos solar, formam a base de infinitas variações em seu sistema
de mundos. Estes sete raios podem ser descritos como os sete canais através dos quais flui
tudo o que existe em Seu sistema solar, as sete características predominantes, ou
modificações de vida, que não se aplicam só a humanidade, mas também os sete reinos. Na
verdade, não existe nada no sistema solar, qualquer que seja seu grau de evolução, que não
pertença ou nem haja pertencido a um dos sete raios.
A seguinte classificação dará uma explicação das distintas características dos sete
raios:
(segundo A. Besant)
1º Vontade ou Poder Raja Yoga Urano Vermelho
Representa o Sol
2º Sabedoria. Equilíbrio Raja Yoga Mercúrio Amarelo
Intuição Rosado
3º Mente Superior Exatidão de pensamento Vênus Índigo
Matemática Superior Azul
Filosofia Bronze
4º Conflito Intensa luta Saturno Verde
Hatha Yoga, o mais perigoso
método para o desenvolvimento
psíquico
5º Mente Inferior Exatidão na ação A Lua Violeta
Ciência prática
6º Devoção Bhakti Yoga Marte Rosa
Necessidade de um objetivo Azul
7º Ordem Cerimonial Cumprir o cerimonial Júpiter Azul Claro
Controle das forças da Natureza Brilhante
98
Será evidente que cada um dos reinos – elemental, mineral, vegetal e animal, e
também o humano – se dividem em sete tipos primários ou raios, devido a que a
individualização (por exemplo, a transição do reino animal para o reino humano) apenas pode
ter lugar na atualidade por meio da associação com o homem, do qual se deduz que a frente
do reino animal deve haver em cada um dos raios alguma das espécies de animais
suscetíveis a influenciação humana, através da qual dita individualização pode ter lugar. Diz-
se que o elefante encabeça o tipo de animal do segundo raio, enquanto o gato e o cão
ocupam uma posição similar nos quarto e sexto raios, respectivamente. Não temos
informações sobre os demais, exceto que já não existem na Terra animais do primeiro raio.
Além de considerar os raios como canais através dos quais flui tudo o que existe,
devemos reconhecê-los como influências que atuam por sua vez, no mundo. Cada raio tem
um período de máxima influência ao qual tudo está sujeito em grande medida, não apenas o
que pertence por natureza a esse raio em particular, mas também o que pertence a outros
raios. O longo período de influência de cada raio se divide em sete etapas, cada uma das
quais está qualificada pela influência do período mais extenso de raio, o qual se intensifica
quando alcança o máximo período do seu próprio sub-raio (por exemplo, a influência do sexto
raio é maior durante o período do sexto sub-raio). Devemos observar que o termo "sub-raio"
se emprega simplesmente por conveniência, a fim de designar um período mais breve de
influência e não para indicar qualquer diferença na natureza do raio.
Também foi dito que o renascimento religioso sob o regime de Wesley e Whitfield na
Inglaterra estava regido pelo sexto sub-raio, e creio que se justifica a suposição de que o
surgimento de Molinos e os Quietistas8 na Espanha e Europa Central e o San Martin e seu
grupo de filósofos espirituais na França e em outras partes, indicam o progresso do mesmo
período, durante o qual o Raio da Devoção se acentuou devido seu próprio sexto sub-raio.
Com estes poucos incidentes isolados talvez possamos chegar concluir que o tempo
em que cada sub-raio exerce sua influência modificadora tem uma duração de cento e
cinqüenta a duzentos anos.
7
Um movimento dentro da Igreja da Inglaterra, originário da Universidade de Oxford, que procurou ligar a Igreja Anglicana mais
estreitamente com a Igreja Católica Romana.
8
O Quietismo é uma doutrina e uma prática espiritual cujas origens remontam ao século XVII e à figura mais representativa
desta controvertida corrente da mística cristã, o sacerdote espanhol Miguel de Molinos. O Quietismo se difundiu na Europa,
especialmente na França, Itália e Espanha.
99
Não sabemos com que freqüência (talvez sete vezes) se repetem sucessivamente os
sub-raios no ciclo do raio maior. Logicamente deve ser mais do que uma vez, considerando
que o grande sexto raio estava ativo antes da ascensão do cristianismo. Também é evidente
que o budismo não pode ter sido, como se crê, o resultado final do grande ciclo do segundo
raio, porque o intervalo entre a aparição do budismo e do cristianismo durou apenas
quinhentos anos. Provavelmente o budismo apareceu sob a influência do segundo sub-raio
do grande período do sexto raio. Na tentativa de investigar retrospectivamente qual era a
influência do último resultado final dos sub-raios 5, 4, 3, 2 e 1, sugere-se que o período de
Alquimistas e os Rosa-cruzes pode ter sido regido pelo quinto sub-raio; a época dos
flagelantes e outros fanáticos obstinados que praticavam a auto-tortura e as mutilações foi
influenciada pelo quarto sub-raio, bem como a época em que a astrologia se praticava
amplamente representando o terceiro sub-raio, enquanto que na época anterior dos gnósticos
pode ter sido o resultado do segundo sub-raio. Estas são apenas conjecturas e ainda que na
última época mencionada pode ser possível, mas não há qualquer correspondência
cronológica nos casos anteriores, porque os Alquimistas, Flagelantes e Astrólogos, eram mais
ou menos contemporâneos na Idade Média.
Toda grande religião que surge está sob a influência de um ou outro dos raios, mas
não significa necessariamente que cada sucessivo raio trará como resultado uma religião de
grande alcance. Diz-se que o Bramanismo é a última grande religião que surgiu sob a
influência do primeiro raio; se ignora qual pode ter sido a religião resultante do último período
do segundo raio, mas das religiões da Caldéia, Egito e de Zoroastro pode-se dizer que
representam o terceiro, quarto e quinto raios respectivamente. O cristianismo e provavelmente
o budismo foram o resultado da influência do sexto raio. O maometismo, que conta com um
grande número de adeptos, está influenciado pelo sexto raio, mas não é uma grande religião
de raiz, mas um ramo híbrido do cristianismo com uma coloração judaica.
Alguns dizem que os raios se dividem em três tipos; o primeiro raio, por si só, o
segundo raio, por si só, e os cinco restantes como um grupo. Desse ângulo são considerados
como três raios, e tipificam as várias Trindades. Outro sugestivo fragmento simbólico descreve
os três raios como utilizam, respectivamente, três tipos de fogo para ascender ao sacrifício do
altar – o elétrico, o solar e o artificial ou fogo por fricção.
Vimos que os sete raios são sete diferenciações de um grande raio cósmico, efetuadas
dentro do próprio Ser de nosso Logos solar, antes que Ele começasse Sua criação. Sabemos
agora que a centelha divina, o divino centro da consciência em cada um de nós, procede do
100
princípio mais elevado de nossos Logos e contém, portanto, a potencialidade de todos os
raios, mas no momento em que nosso Logos conformou incontáveis centros de consciência
divina em Si Mesmo, cada um desses centros foi colorido pelo atributo especial de um ou
outro dos raios. Tendo em vista que estes se limitaram (por exemplo, ao separar-se da
consciência absoluta do Logos, através de um véu sutil de diferenciação), necessariamente
deviam pertencer a um ou outro dos raios, por isso a essência mesma do nosso ser, a
centelha central do divino em cada um de nós, sem dúvida, pertence a um dos sete raios e
também que é o raio primário do homem.
Há uma outra influência sobre o qual devemos tratar. É o raio planetário a que
pertence cada ser humano ao nascer. Deve ter-se em conta que a chamada influência de um
planeta é na realidade a influencia que exerce a hierarquia que governa esse planeta. Este
raio pessoal é o fator importante que influi no caráter de um homem durante o curso de uma
vida. Digo o curso de uma vida, mas logicamente podem ser uma ou mais vidas se as
condições cármicas o exigem, pois o momento do nascimento de cada indivíduo se fixa de
acordo com as necessidades cármicas e, provavelmente todos nós – seja qual for o nosso raio
primário ou individual – temos passado vidas inteiras, de novo e de novo, sob a influência
pessoal de todos os sete raios.
Em Um Tratado sobre Magia Branca descrevi um dos primeiros passos dados pela
Hierarquia ao inaugurar o novo Plano. Este Plano foi provisoriamente formulado em 1900, em
forma de ensaio, em uma das grandes reuniões realizadas pela Hierarquia a cada 25 anos. Na
grande reunião seguinte efetuada em 1925, a fim de conseguir a colaboração, se discutiu
mais detalhadamente o novo Plano, se introduziram certas alterações necessárias (crescentes
como resultado da Guerra Mundial), e os membros deste importante Conselho resolveram
duas coisas foram:
Primeiro: Política.
O principal objetivo foi estabelecer um estado de espírito e não uma Utopia mítica
impossível, ou essas condições materiais pelas quais um grupo se queda totalmente
subordinado pela vontade-ao-poder de outro grupo, que impõe um condição padronizada e
uniforme, mediante o emprego da força, de uma ou outra forma. O trabalho indicado e
apresentado ao Novo Grupo de Servidores do Mundo consiste em enunciar os princípios das
relações nacionais que fundamentam um estado ou federação mundial, e suas instruções
eram para se fazer ouvir pelos líderes em diversos países e, portanto, lenta e gradualmente
despertar as massas (por seu intermédio) para o verdadeiro significado dessa palavra tão
superficialmente pronunciada, mas pouco compreendida, Irmandade.
103
Este trabalho é, talvez, a tarefa mais difícil que tenha sido imposta a Sociedade de
Mentes Organizada. Os ódios raciais e aspirações nacionais são tão fortes, e a ignorância das
massas tão grande, que foram necessários todos os recursos daqueles que trabalham na
linha de governo e poder (o primeiro raio) a fim de fazer o requerido impacto na consciência
pública. Existiram e ainda existem muitas coisas que destruir antes que as nações cheguem
ao um ponto no qual sejam sensíveis à nova visão e capazes de reconhecer a necessidade de
cada nação.
Tal é o problema que tem hoje ante si os Grandes Seres. O que podem fazer eles para
levar as nações, por intermédio do setor interno do governo e do regime político que
consideramos, a uma compreensão da unidade essencial e ao estabelecimento do que nós
todos sonhamos "paz na Terra e boa vontade entre os homens "?
Segundo: Religião.
Durante os próximos dez anos o trabalho da Fraternidade das Religiões (da qual as
organizações externas são sua exteriorização) aumentará em grande medida. Teremos em
breve a estrutura interna de uma fé mundial tão claramente definida nas mentes de milhares
de pessoas, que sua estrutura externa, inevitavelmente, aparecerá antes do fim do século.
Terceiro: Cientifico.
106
Anteriormente neste tratado me referi às áreas de dúvida que agora existem na mente
humana, e agora gostaria de referir-me brevemente as três principais que – uma vez
esclarecidas – facilitarão a entrada da nova era com suas novas civilização, ciências e
religião. Existem três problemas que durante os próximos anos terão uma inteligente solução,
na mente dos mais conservadores, e os intuitivos e iluminados o consideraram como
definitivamente resolvidos. Estes três problemas constituem os objetivos principais nos
campos da ciência, da política e da religião. Uma vez resolvidos, trarão a rápida solução de
problemas mundiais de governo, da matéria e da fé. Observe a diferença e significado destas
três últimas palavras.
O PROBLEMA DE DEUS
Se perguntarão como pode ser isso? Minha resposta será simples e ao mesmo tempo
tão científica e profunda em seu significado, que só quando se compreenda que é a realidade
de um processo natural, então será avaliada com exatidão. Quando desencarnamos Deus
pode ser visto e conhecido, mas por meio da visão interna Deus pode ser visto ainda que o
homem ocupe um corpo. A Divindade não pode ser vista com o olho físico, mas em todas as
partes existem sinais da divindade. Há um olho que pode ser desenvolvido e utilizado, e que
permitirá a seu possuidor ver Deus agindo no lado interno da Vida, dentro de si mesmo e
dentro de todas as formas, porque "quando teu olho é uno, todo o teu corpo está pleno de
luz." Nessa luz veremos a Luz e assim veremos a Deus. As três palavras: eletricidade, luz e
vida, expressam a divindade, e sua síntese é Deus. Quando sabemos pela própria experiência
que os três são um, então conheceremos a Deus. Hoje usamos o aspecto inferior e estamos
cada vez mais conscientes disso. O segundo aspecto, a luz, está prestes a ser revelada pela
correta compreensão dos fenômenos elétricos. É aí que reside a chave para uma nova era, a
era da luz, da iluminação e da revelação. Os esotéricos do mundo compreenderão algo do
que me refiro, e em suas mãos está a tarefa de treinar a humanidade para que os homens
utilizem a verdadeira visão e aprendam a usar o "único olho". Gostaria de observar, no
entanto, que a maior parte dos verdadeiros esotéricos estão fora, não dentro do conjunto de
escolas denominadas esotéricas.
O PROBLEMA DA IMORTALIDADE
Os homens estão tão ocupados com sua demanda por luz, clamam tão ansiosamente
por liberdade da atual cegueira e pedem tão angustiosamente alívio para o caos circundante,
que esquecem com freqüência o grande esforço e "empuxo" Interno que realizam os
Guardiões do Plano e Seus colaboradores. Seu desejo de ajudar é agora mais intenso do que
nunca, a medida que os seres humanos exigem veementemente o privilégio de obter luz. O
clamor da raça, além de uma resposta da Hierarquia de espera, deve produzir inevitavelmente
grandes resultados O desejo de saber e ensinar estão em verdade relacionados e são parte
do processo natural do desenvolvimento consciente. Nas próximas décadas, terá lugar um
acontecimento de implicações tão profundas e amplas, que a era atual será considerada
como uma idade das trevas. A ciência vai penetrar mais profundamente no reino do intangível
e trabalhará com médiuns e aparatos desconhecidos até agora. A liberação do poder do
átomo sinalizará uma era revolucionária e a ciência terá que eliminar e aportar muitas coisas a
medida que trabalha com energias e formas de vida até então desconhecidas. Os
espiritualistas descobrirão os meios que facilitarão grandemente o contato com aqueles que
atuam fora do corpo físico, e um grupo de médiuns começará a agir como intermediário para
um certo número de cientistas que estão no lado interior da vida e aqueles que ainda estão
em corpos físicos. Devido a atividade que divulgarão as verdadeiras escolas esotéricas, se
instituirá uma técnica de treinamento que desenvolverá os novos poderes, os quais
corroborarão com a antiga verdade, transformando as crenças dos homens em firmes
109
convicções. Pelo trabalho estimulador e ocultamente cientifico do setor religioso, os homens
adquirirão um novo conhecimento e consciência e alcançarão essa elevação que conduzirá a
humanidade ao Monte da Transfiguração. Através do trabalho feito no setor governamental, os
homens chegarão a compreender as idéias que impulsionarão as nações para dar o próximo
passo, a fim de ajudar-se mutuamente.
Gostaria também que se afastem dos grupos que procuram destruir e atacar, não
importa quão sincero seja seu motivo. Devem aderir a trabalhadores que têm fins construtivos,
que não lutam contra outro grupo ou organização, e que tenham eliminado do seu vocabulário
a palavra "anti". Sejam parte dos que constroem silenciosa e constantemente para a nova
ordem – ordem que é baseada no amor, construída sob o impulso da fraternidade e possui
uma compreensão da fraternidade que se baseia no conhecimento de que somos cada um e
todos, não importa qual seja nossa raça, filhos do mesmo Pai Único e que chegamos a
compreender que os antigos modos de trabalhar devem desaparecer e proporcionar uma
oportunidade para novos métodos.
Se não sabem ensinar, pregar ou escrever, contribuam com idéias e dinheiro para que
os outros possam fazê-lo. Ofereçam suas horas de lazer e minutos de ócio para que os outros
estejam livres e possam dedicar-se a servir o Plano; contribuam com o seu dinheiro para que
possa progredir com mais rapidez o trabalho daqueles que pertencem ao Novo Grupo de
Servidores do Mundo. Perde-se muito tempo em coisas não essenciais. A maioria de vocês
dá pouco ou nada de seu tempo. O mesmo ocorre com o dinheiro. Devem dar como nunca o
fizeram antes, a fim de possibilitar a parte física do trabalho. Alguns oferecem tudo que
possuem, e o poder que tal atitude libera é muito grande. Aqueles que atuam no lado interno
agradecem tudo que dão com grande sacrifício pessoal. Outros dão o que lhes sobra e
somente quando não implica em sacrifício. Esta condição deve terminar; se deve dar ao
máximo com compreensão e justiça para que a era de amor e luz se introduza mais
rapidamente. Não importa onde ou que dêem, basta dar – pouco se tem pouco tempo ou
dinheiro; muito, se possuem muito. Trabalhem e dêem, amem e pensem, ajudem a esses
grupos que constroem e não destroem, amam e não atacam, elevam e não derrubam. Não se
deixem enganar com argumentos plausíveis de que a destruição é necessária. Não há dúvida
de que é, mas o ciclo de destruição praticamente terminou, se pudessem compreender! E os
construtores devem agora começar a trabalhar.
Por tudo isso os exorto a levar uma vida mais profunda, e lhes imploro que, para o bem
de seus semelhantes, reforcem o contato com a própria alma; com o que terão
111
desempenhado seu papel para possibilitar a revelação, de modo que terão ajudado a trazer a
luz e estarão, portanto, em condições de tirar proveito dessa nova luz e informação e poderão
mostrar melhor o caminho e limpar a senda para o desnorteado buscador. Aqueles que não
estão preparados para os acontecimentos serão cegados pela luz emergente, confundidos e
maravilhados com o que se revelará e impelidos pelo sopro vital de Deus; corresponde a
vocês capacitá-los para esse acontecimento.
Antes de prosseguir vou abordar as aparentes contradições que ocorrem (ou podem
ocorrer) neste tratado. As vezes se diz que em um raio está em manifestação e em outras
ocasiões fora de manifestação. Podemos falar da influência que exerce sobre um reino
particular da natureza e, em seguida, dizer que outro raio é aquele que pode ser considerado
de primordial importância. Estas discrepâncias são só aparentes e a causa reside na correta
compreensão da Lei dos Ciclos. Enquanto não seja compreendida esta fundamental Lei de
Periodicidade (o que não será possível até que o homem haja desenvolvido a visão da quarta
dimensão), será difícil evitar as aparentes contradições. Um raio pode estar em encarnação
em certo momento e exercer assim uma grande influência, e ainda um outro raio pode reger
ao mesmo tempo o ciclo maior – ciclo do qual o raio que se esteja considerando pode ser só
um aspecto temporário. Por exemplo, o Sétimo Raio da Organização Cerimonial está agora
entrando e o sexto Raio da Devoção está saindo; no entanto, o sexto raio tem um ciclo maior
e sua influência não desaparecerá completamente até dentro de 21.000 anos. Ao mesmo
tempo bem pode ser considerado como o sexto sub-raio do quarto Raio da Harmonia através
do Conflito, que tem estado em manifestação por milhares de anos e continuará a agir por
outros 40.000 anos. Mas, ao mesmo tempo, este quarto raio está fora de manifestação no
tocante à sua influência menor e cíclica.
a. Cada Vida de raio é uma expressão de uma Vida solar, portanto, cada planeta está
conectado com os demais, animados pela energia de um dos sete sistemas solares
e ativado por uma tripla corrente de força.
112
b. Cada um dos raios é receptor e guardião de diversas energias, provenientes de
distintas fontes.
A segunda proposição afirma, por outro lado, que cada um dos sete raios é receptor e
guardião das energias provenientes do universo, introduzem o conceito básico de inter-
relação, de intercomunicação, de interdependência, de responsabilidade colaboradora e de
serviço. Estas relações, como bem sabemos, subsistem no princípio da Fraternidade que a
raça agora começa a captar e discutir. Por isso uma das proposições principais que regem as
forças construtoras do universo é de verdadeira aplicação prática na vida mental e na atitude
do homem de hoje.
O homem é inata e verdadeiramente divino, mas a qualidade do anjo solar faz sentir
sua presença apenas de forma lenta e durante o ciclo evolutivo; se manifestada tenuamente,
e surge ocasionalmente, embora a soma total das características de determinada vida está
colorida pela qualidade divina de acordo com a capacidade egóica de controlá-la ou expressá-
la, distorcida nas primeiras etapas pela substância, até torná-la quase irreconhecível. Estas
113
três proposições merecem uma cuidadosa reflexão e até deveriam ser meditadas, porque
assim como expressam as leis sob as quais trabalham sete Construtores criadores, também
expressam as leis sob as quais o aspirante pode agora começar a trabalhar.
Agora tentarei definir a palavra "qualidade" que personifica o segundo aspecto de raio,
o qual é o raio determinante ou segundo aspecto manifestante da divindade. É o aspecto do
Cristo ou Vishnu; é o aspecto consciente e sensível da divindade na forma. Também disse
que se consideraria sua expressão no mundo dos fenômenos, significando assim o mundo
das aparências externas e das formas tangíveis.
Qualidade, em última análise, é nem mais nem menos a natureza dessa consciência e
a resposta ao contato sensório em termos de qualidade. Mediante o desenvolvimento gradual
do mecanismo de contacto (resultante da qualidade ativa que determina a vida das células
que compõem a forma), a gama de contato se estende indefinidamente; o ente vivente
responde ao contato em forma mais vital, mais compreensiva, no que diz respeito à sua
capacidade, captando-o em forma mais sintética. Esta resposta leva a:
A ciência esotérica nos introduz dentro da forma ou formas, e nos permite penetrar até
o aspecto qualidade. Os estudantes fariam bem em recordar que o ocultismo pode ser o
estudo das forças, e que o ocultista se move nos mundos de força que também são mundos
de qualidade e de energias qualificadoras que tratam de se manifestar através do mundo das
aparências. Quando chegarem a compreender isto dominarão a atividade das formas que
constituem o mundo fenomênico. Existem energias, por trás dos fenômenos produzidos pela
atividade das estruturas atômicas, que estão latentes e invisíveis e são freqüentemente
imperceptíveis e subjetivas. As ciências esotéricas têm um propósito ante si, que consiste em
produzir o gradual surgimento dessas energias para que o ocultista experiente possa
oportunamente trabalhar em um mundo dual, ainda que de forças unificadas, e ser a vontade
criadora que guia, combina e utiliza o mundo das aparências e o reino das qualidades. Estes
dois tipos de energias ativas e criadoras devem ser controladas pela Vontade criadora ou
aspecto Vida, a fim de que atuem como uma só.
Esta beleza interna ainda não revelada reside atrás da ênfase que a igreja coloca no
cultivo das virtudes e nos ocultistas no emprego do pensamento semente na meditação. Estas
virtudes e pensamentos semente respondem a um propósito valioso e construtivo. A bem
conhecida verdade bíblica "como um homem pensa em seu coração, assim ele é", se baseia
115
na mesma compreensão fundamental, e a diferença que existe entre o homem espiritual e o
homem mundano, de propósitos materialistas, consiste em que um enfoca sua atenção no
aspecto qualidade da vida e o outro no aspecto aparência. O homem pode empregar e
emprega certas qualidades a medida que trabalha desse modo, mas são qualidades
desenvolvidas durante o processo evolutivo da Vida divina, a medida que ela passa
ciclicamente através dos reinos subumanos e humanos.
O reino animal tem a qualidade de um crescente propósito instintivo que em sua forma
mais elevada se converte, nos animais mais evoluídos, na domesticidade e devoção ao
homem. Por trás da aparência dos animais há uma constante orientação em direção à
compreensão e a conseqüente gravitação em direção às formas de vida que circundam seus
desejos. Daí a influência do quinto Raio do Conhecimento Concreto, que flui através da família
humana para o terceiro reino da natureza. O homem é aqui o fator iniciador, e a ele compete a
tarefa de conduzir o reino animal até a libertação – libertação para o quarto reino, por ser a
esfera da sua próxima atividade. O reino vegetal se libera e passa a outro processo evolutivo
e suas vidas entram na evolução chamada dévica ou anjelica. Por isso o vento e o mundo dos
insetos são seus agentes, assim como o homem e o elemento água são os iniciadores do
mundo animal. O segredo da liberação para a natureza animal está oculto na "natureza
aquosa", o aspecto sangue; no derramamento do sangue, esotericamente compreendido,
reside a chave para a libertação do reino animal. Daí que estão sendo levados a cabo, em
grande escala, certos processos iniciáticos, tais como o derramamento de sangue realizado
pela matança da forma animal do ser humano durante a Grande Guerra, por exemplo. Na
guerra foi derramado sobre o solo o sangue de milhares de seres, e do ponto de vista do
propósito vida, foram obtidos certos resultados esotéricos. Este fato é difícil que o compreenda
o homem, porque percebe primordialmente a forma e não a qualidade da vida. É difícil para o
116
homem compreender o propósito divino que atua por trás do mal que se reproduz na matança
de animais e no derramamento de sangue durante as épocas pré-humana e humana. Pelo
"derramamento dessa água de cor vermelha", está sendo levado a cabo essa liberação que
iniciará a vida desse reino em novos estados de consciência e percepção. O problema da
matança, seja no reino animal ou humano, se originou durante a primeira "guerra nos céus",
quando Miguel e seus anjos foram expulsos do céu e nosso sistema planetário veio à
existência. Até que a consciência do homem não haja evoluído a tal ponto que possa
responder a consciência planetária por meio de um mecanismo interno – ainda não
desenvolvido na maioria – e "entrar nos segredos do Ancião dos Dias", o problema da dor, do
derramamento de sangue, da guerra e do sofrimento, permanecerão sendo um mistério
inescrutável. Será desvelado – e esta é a nota clave mais importante – somente quando o
homem não empregue o processo da iniciação animal mediante o derramamento de sangue e
o substitua pela domesticação e pelo mútuo amor. Quando a mentalidade da raça estiver mais
desenvolvida, o homem poderá, pela arbitragem e correto emprego da palavra, sanar todas as
diferenças e mudar a iniciação animal, e isso se refere ao reino animal, ou a seu próprio corpo
animal.
117
detalhes; o resumo do que foi dito, que irá em seguida, é necessariamente imperfeito e admite
amplificação infinitas.
Virtudes especiais:
Força, coragem, firmeza, honestidade decorrentes da absoluta falta de temor; poder de
governar, capacidade para captar as grandes controvérsias com amplitude de critério, e para
manejar os homens e tomar decisões.
Vícios do Raio:
Orgulho, ambição, a obstinação, a dureza, a arrogância, desejo de dominar os outros,
obstinação, raiva.
Este raio se denomina corretamente de poder, mas se for só poder sem sabedoria nem
amor, seria uma força destrutiva e desintegradora. No entanto, quando as três características
estão unidas se converte num raio criador e governante. Aqueles que pertencem a este Raio
possuem muita força de vontade, seja para o bem ou para o mal, para o bem, quando a
vontade é dirigida pela sabedoria e o amor tenha se convertido em altruísmo. O homem que
pertence ao primeiro Raio sempre "estará à frente" em seu campo de atividade. Pode ser o
ladrão ou o juiz que condena, mas em qualquer caso se achará no topo de sua profissão. É o
líder nato em qualquer carreira pública, alguém em quem se pode confiar e contar, defende os
fracos e reprime a opressão, não tem medo das conseqüências e é totalmente indiferente aos
comentários. Além disso, um primeiro raio que não tenha sido modificado pode produzir um
homem de natureza cruel, implacável e inflexível.
A obra literária do homem de primeiro raio será enérgica e mordaz, não o preocupará
seu estilo nem a prolixidade. Exemplos deste tipo poderiam ser Lutero, Carlyle e Walt
Whitman. Diz-se que o melhor método que pode empregar o homem do primeiro Raio para
curar doenças, será extrair saúde e força da grande fonte de vida universal pela força de sua
vontade, e derramar sobre os doentes. É claro que isso pressupõe conhecimento prévio de
métodos ocultos.
O método característico desse raio para empreender a grande Busca será mediante a
força de vontade. Um homem dessa natureza poderia, por assim dizer, arrebatar o reino dos
118
céus "pela violência". Temos observado que o líder nato pertence a este tipo de raio, total ou
parcialmente. Produz o chefe supremo, como Napoleão ou Kitchener9. Napoleão pertencia
aos primeiro e quarto raios e Kitchener ao primeiro e sétimo raios, dando o sétimo seu notável
poder de organização.
Virtudes especiais:
Calma, força, paciência e perseverança, amor à verdade, lealdade, intuição,
inteligência clara e temperamento sereno.
Vícios de Raio:
Excessiva concentração no estudo, frieza, indiferença para com os demais, desprezo
pelas limitações mentais alheias.
O método para a cura de doenças do homem do segundo raio, será conhecer a fundo
o temperamento do paciente e também a natureza da doença, a fim de aplicar sua força de
vontade de forma eficaz.
9
O marechal de campo Horatio Herbert Kitchener, 1º Conde Kitchener, foi um militar e pro
cônsul britânico, celebre por suas campanhas imperiais, que desempenhou um papel central no período
inicial da Primeira Guerra Mundial.
119
O método característico de se aproximar do Caminho consistirá de um aprofundado
estudo dos ensinamentos, até que eles sejam parte da consciência do homem, e não um mero
conhecimento intelectual, mas sim uma regra espiritual de vida, atraindo assim a intuição e a
verdadeira sabedoria.
Virtudes especiais:
Amplo critério a respeito de todas as questões abstratas, sinceridade de propósito,
intelecto claro, capacidade de concentração em estudos filosóficos, paciência, cautela, não lhe
preocupam as trivialidades, nem quer preocupar os outros.
Vícios de Raio:
Orgulho intelectual, frieza, isolamento, inexatidão nos detalhes, distração, teimosia,
egoísmo, crítica excessiva a respeito dos outros.
120
O método para a cura de doenças do homem do terceiro raio consiste em empregar
drogas extraídas de minerais ou de ervas pertencentes ao mesmo raio do paciente a quem se
deseja aliviar.
O método para fazer face à grande Busca que corresponde a este tipo de raio é
refletindo profundamente sobre linhas filosóficas ou metafísicas até chegar a compreender o
grandioso Além e a grande importância que tem trilhar o Caminho que leva até lá.
Virtudes especiais:
Fortes afeições, simpatia, coragem física, generosidade, devoção, rapidez de intelecto
e de percepção.
Vícios do Raio:
Egocentrismo, preocupação, imprecisão, falta de coragem moral, fortes paixões,
indolência; extravagância.
A este raio se denomina de "o raio de luta", porque nele as qualidades rajas (atividade)
e tamas (inércia) são estranhamente tão equilibradas, que a luta entre ambas alquebra a
natureza do homem do quarto raio; quando o resultado é satisfatório se denomina de "O
Nascimento de Horus" ou do Cristo, causado pela agonia de dor e constante sofrimento.
Tamas ou inércia, produz apego aos confortos e prazeres, detesta causar dor e chega
até a covardia moral, a indolência, e a deixar as coisas como estão, a descansar e não pensar
no amanhã. Rajas ou atividade, é ardente, impaciente e impulsiona sempre a ação. Essas
forças opostas da natureza convertem a vida do homem do quarto raio numa perpétua luta e
desassossego; as fricções e as experiências assim adquiridas trazem uma rápida evolução, e
o homem pode facilmente se converter em um herói ou uma nulidade.
É o raio do valente capitão de cavalaria, indiferente aos seus próprios riscos e aos dos
seus seguidores. O homem que pertence a este raio fará que renasça a esperança perdida,
porque em momentos de grande excitação é dominado inteiramente por rajas ou atividade; é o
raio de arriscado especulador e jogador, cheio de entusiasmo e projetos, facilmente dominado
pelo fracasso ou pela dor, mas se recuperando rapidamente de contratempos e infortúnios.
10
Creio que se refere a George Frederic Watts, também grafado George Frederick Watts, (23 de
fevereiro de 1817, Marylebone, Londres — 1 de julho de 1904) foi um pintor e escultor inglês da era
vitoriana, vinculado ao movimento simbolista.
121
como artista, com toda segurança o sentido de cor se expressará de outra forma, como na
seleção de roupas e na decoração.
O melhor método para curar, do homem que pertence ao quarto raio é a massagem e
o magnetismo, usado com o conhecimento.
Virtudes especiais:
Declarações estritamente exatas, justiça (sem piedade), perseverança, senso comum,
retidão, honestidade, independência, intelecto aguçado.
Vícios de Raio:
Crítica mordaz, estreiteza mental, arrogância, caráter rancoroso, temperamento
implacável, irreverente, cheio de preconceitos.
122
Na cura, como um cirurgião vai ser perfeito e suas melhores curas serão feitas através
de cirurgia e eletricidade.
Virtudes especiais:
Devoção, concentração mental, amor, ternura, intuição, lealdade, reverencia.
Vícios de Raio:
Amor egoísta e ciumento, muito dependente dos demais, parcialidade, auto-engano,
sectarismo, superstição, preconceito, conclusões demasiado rápidas, explosões de raiva.
Este raio é chamado de raio da devoção. O homem que pertence a este raio tem
instintos e impulsos religiosos e um intenso sentimento pessoal, não considera nada de forma
equitativa. Tudo aos seus olhos é perfeito ou intolerável; seus amigos são anjos, seus inimigos
o inverso. Seus pontos de vista, em ambos os casos, não se baseiam nos méritos intrínsecos
de cada um, mas sim na forma em que a pessoa a atrai, ou por simpatia ou antipatia que
demonstra aos seus ídolos favoritos, sejam estes concretos ou abstratos, porque é muito
devoto a uma pessoa ou uma causa.
Sempre tem um "Deus pessoal", uma encarnação da Divindade para adorar. O melhor
individuo deste tipo de raio é o santo, o pior é intolerante e fanático, o mártir e o inquisidor
típico. Todas as guerras religiosas ou cruzadas foram causadas devido ao fanatismo do sexto
raio. O homem neste raio é muitas vezes de natureza benevolente, mas pode enfurecer-se e
ser irascível. Oferecerá sua vida para o objeto de sua devoção ou veneração, mas não
levantará um dedo para ajudar aqueles pelos quais não sente simpatia. Como um soldado
odeia a guerra, mas muitas vezes, no calor da batalha lutará como um homem
possuído. Nunca será um grande estadista nem homem de negócios, mas pode ser um
grande pregador ou orador.
O homem do sexto raio será o poeta das emoções (tal como Tennyson) e autor de
livros religiosos, de poesia ou prosa. Sente devoção pela beleza, cor e todas as coisas
agradáveis, mas não terá grande capacidade produtiva, a não ser que se ache influenciado
por um dos raios das artes práticas, o quarto ou sétimo. Sua música será melodiosa e
freqüentemente será compositor de oratórios e da música sacra.
O método de cura para o homem desse raio será pela fé e pela oração.
123
A abordagem a Senda será através da oração e da meditação para alcançar a união
com Deus.
Virtudes especiais:
Força, perseverança, coragem, cortesia, excessivamente detalhista, a autoconfiança.
Vícios de Raio:
Formalismo, intolerância, orgulho, estreiteza mental, critério superficial, vaidade
excessiva.
Este é o raio cerimonial pelo qual o homem se deleita de "todas as coisas feitas em
forma decente e ordenada‖ e de acordo com regras e precedentes. Do sumo sacerdote e do
camareiro da corte, do militar que é o gênio nato para a organização; do administrador geral,
que vestirá e alimentará suas tropas da melhor maneira possível; da perfeita enfermeira que
cuida dos menores detalhes, ainda que as vezes se inclina demasiado a não considerar as
idiossincrasias dos pacientes, e tenta obrigá-los a obedecer uma rotina.
Os métodos de cura para o homem do sétimo raio será aplicar com extrema precisão o
tratamento ortodoxo para curar a doença. Nele as práticas de yoga não teriam resultados
físicos ruins.
Do exposto pode concluir-se que as características de qualquer raio têm uma analogia
mais estreita com um dos raios do com os demais. Isto é verdade. O único que está sozinho e
não tem nenhuma ligação com os demais é o quarto raio, o qual nos recorda a posição
124
singular que o número quatro ocupa no processo evolutivo. Temos a quarta raça raiz, a quarta
cadeia planetária, o quarto planeta da cadeia, o quarto manvantara planetário, etc.
CAPÍTULO II
OBSERVAÇÕES INTRODUTÓRIAS
Ao iniciar o estudo dos raios e sua relação com os sete reinos da natureza os
considerarei e enumerarei no seu arco ascendente ou evolutivo, e não aos sete reinos que
podem ser enumerados em seu arco descendente ou involutivo. Esta última definição (de
acordo com a literatura Teosófica) inclui três reinos – o nebuloso, o relativamente amorfo, e o
inexpressado – e os quatro que enumera a ciência moderna. Com o arco involutivo não temos
nada a fazer, pois é quase impossível para a mente finita do leitor comum compreendê-
lo. Embora existam estes três reinos involutivos, e são pouco conhecidos no Ocidente, já se
escreveu algo sobre eles, mas não foram compreendidas as verdades insinuadas. Isso é
inevitável. Sua compreensão reside na capacidade de "recuperar" o passado, vendo-o como
uma totalidade.
Os reinos a serem discutidos em relação com os raios podem ser enumerados como:
Esses reinos poderiam ser considerados como diferenciações da Vida Una, a partir do
ângulo de:
Ademais observarão que o reino mineral e o das vidas solares (primeiro e sétimo
reinos) são o resultado das atividades do primeiro e sétimo raios. Existe aqui uma estreita
interposição numérica. Estes dois reinos se encontram, respectivamente, no ponto de máxima
diafaneidade e densidade máxima e são produzidos pela vontade e habilidade que tem a
Divindade Solar para a organização. Personificam o plano nebuloso e plano concreto. No caso
do sétimo reino ou superior (contando de baixo para cima) predomina o aspecto vontade, e é
o mais potente, enquanto que no caso do reino mineral, o aspecto organização é o mais
importante. Isso pode ser esperado porque a energia da Vontade é o primeiro efeito da
iniciadora atividade divina, enquanto que o aspecto mais denso de organização cerimonial
constitui a contraparte do impulso inicial e sua concretização, se posso expressá-lo
assim. Nos outros reinos da natureza, como poderá ver-se na nossa classificação, não existe
tal relação.
Dois raios são de primordial importância na vida de Deus, à medida que flui através da
substância básica do nosso planeta. No trabalho do sétimo raio temos a substância terrena e
o material sólido da nossa vida planetária, organizado nas várias formas minerais. Estes, por
sua vez, contêm latentes esses elementos sustentadores e vitalizadores dos quais outras
formas extraem seu sustento. Deve ser lembrado que cada reino da natureza depende e extrai
sua vida do reino que o precede em ordem cronológica, durante o ciclo evolutivo. Cada reino é
um reservatório de energia e de vitalidade para o reino seguinte que surge de acordo com o
Plano Divino.
O reino vegetal, por exemplo, extrai a sua força de vida de três fontes: – do sol, da
água e da terra. No processo de construção o importante é o conteúdo mineral das duas
últimas fontes. A verdadeira estrutura de todas as formas é produzida pela contextura de
produtos minerais que se vão erigindo gradualmente no corpo etérico e adquirem
conformação e forma, de acordo com o anelo, impulso ou desejo vital etérico. A qualidade
magnética do corpo etérico atrai para si os minerais necessários para a armação do
esqueleto.
127
O reino animal extrai o sustento principalmente do sol, da água e do reino vegetal. O
conteúdo mineral necessário para a sua estrutura de esqueleto, se oferece em uma forma
mais avançada e sublimada, sendo extraído do reino vegetal em vez do reino mineral. Cada
reino se sacrifica para o reino seguinte na seqüência evolutiva. A Lei de sacrifício determina a
natureza de cada reino, portanto, cada um deles pode ser considerado como um laboratório
onde se preparam os alimentos necessários para a formação de estruturas mais refinadas. O
reino humano segue o mesmo procedimento e extrai a sua vida (a partir do ângulo da forma)
do reino animal e também do sol, da água e dos vegetais. Nos estágios iniciais da evolução
humana o alimento animal era, cármica e essencialmente, o correto para o homem; do ponto
de vista da forma animal, para o homem não evoluído, tal alimento é ainda correto e
adequado. Isto traz toda a questão do vegetarianismo que tratarei quando consideramos o
quarto reino, o qual não é o que freqüentemente se crê, ou como o apresentam os
pensadores atuais, e comer carne – em certas fases do desenvolvimento humano – não é
mal.
O reino das almas extrai seu sustento e vitalidade da grande escola experimental da
existência humana, e na interposição e inter-relação destes quatro organismos divinos no
mundo da forma vive, se move e tem seu ser. Existem certas analogias e correspondências no
organismo humano que são muito interessantes e podem ser apresentadas como:
Órgãos Vocais
Fígado
Observar-se-á a relação que tem os sete centros com os diferentes reinos da natureza,
e também o simbolismo da forma humana. Os sete reinos, em sua totalidade, evidenciam
também as seguintes relações:
128
O estudo destas analogias será de valor para o estudante se recorda as
correspondências estudadas na primeira iniciação. Elas diferem das posteriores expansões de
consciência.
2. O impulso para criar, ou o ritmo inicial que conduz o Logos solar a tomar forma.
Como este tratado tem como finalidade ocupar-se praticamente de elucidar a nova
psicologia e, como seu objetivo é melhorar a compreensão do homem sobre si mesmo, não é
minha intenção de fazer mais do que transmitir algumas idéias sobre os raios e sua relação
com os três reinos subumanos da natureza. Em todos os escritos esotéricos é necessário
demonstrar a síntese e a continuidade de todos os processos evolutivos, pois somente à
medida que o homem percebe a sua posição intermediária entre os três reinos superiores e os
três inferiores, aparecerá o verdadeiro significado da contribuição feita pelo quarto reino ao
inteiro esquema da evolução. Dei várias tabulações sobre as analogias e influências de raio,
que merecem um cuidadoso estudo. Por exemplo, é evidente que o sétimo raio está agora
129
entrando no poder e começa a fazer sentir seu efeito sobre os reinos inferiores, por isso a
humanidade deve estar preparada para as mudanças inevitáveis.
1. O Reino Mineral
Processo Condensação.
Os estudantes devem lembrar que ao estudar este reino, não lidamos com os
elementos nem com os átomos, que constituem a substância com a qual estão construídas as
formas minerais, mas sim com as formas minerais à medida que se manifestam no mundo
concreto, e também no mundo tangível e objetivo. A constituição interna e a formação
geométrica dos minerais não fazem parte de nosso tema. Este não é um tratado científico,
como geralmente se entende, mas um estudo da qualidade e da consciência no que afetam o
aspecto forma. Grande parte, se não tudo o que a ciência exotérica expôs sobre o reino
mineral, pode aceitar-se como fatos relativos para aplicação geral. No entanto, eles podem
assentar-se em duas premissas básicas:
130
2. A transmutação da forma por meio do fogo, nesse reino, que conduz a uma radiação
final.
No processo evolutivo do reino mineral se deve ter em mente três fases, estes (e ainda
que aparentemente não tenham relação entre si, a partir do ponto de vista da ciência
moderna) são, no entanto, subjetiva e essencialmente, parte de um grandioso processo
interno. Estas etapas são as analogias no reino mineral da etapa da consciência animal, da
auto-consciência e da radiante consciência grupal da alma. Existe uma quarta etapa de
potencia ou expressão de poder organizado, que está ainda mais além, e é a analogia da vida
da Mônada, neste reino, tal como se expressa na consciência solar dos iniciados de alto grau.
Assim como a ciência descobriu os noventa e dois elementos, a lista dos possíveis
elementos está relativamente completa, por isso a ciência com o tempo terá recolhido as
classificações progressistas que demonstram as três etapas do ciclo de vida de todos os
minerais, desde a etapa do mineral estático, como o carvão, através da etapa do cristal, das
pedras semipreciosas e preciosas, até a substância radioativa. Ao determinar esse
desenvolvimento o homem não pode, todavia, dar-se conta da relação existente, porque os
ciclos abarcados são tão vastos, a ação do fogo nesses grandiosos períodos é tão variável e o
reconhecimento das etapas intermediárias tão difíceis, que tudo o que eu poderia dizer só
daria lugar ao sarcasmo e a incredulidade. Mas podem assentar-se duas premissas
fundamentais:
Falando novamente m forma simbólica (e que mais pode ser feito com um mecanismo
tão inadequado como a mente e o cérebro do aspirante médio?), o reino mineral marca o
ponto de excepcional condensação, a qual é produzida pela ação do fogo e a pressão que
exerce a "idéia divina‖ esotericamente falando, temos no mundo do mineral o Plano Divino
oculto na geometria de um cristal, e a radiante beleza de Deus armazenada na cor de uma
pedra preciosa. Descobrimos que os conceitos divinos se desenvolvem no minúsculo e mais
baixo da manifestação. Também a meta do conceito universal se observa quando a jóia irradia
sua beleza e o rádio emite seus raios tanto destrutivos como construtivos. Se pudessem
compreender realmente a história de um cristal entrariam na glória de Deus. Se pudessem
penetrar na atrativa e repulsiva consciência de um pedaço de ferro ou chumbo, se revelaria a
história completa da evolução. Se pudessem estudar os processos ocultos que se levam a
cabo sob a influência de fogo, penetrariam no segredo da iniciação. Quando chegar o dia em
que a história do mineral possa ser captada pelo vidente iluminado, se verá então o longo
caminho percorrido pelo diamante e – por analogia – o longo caminho percorrido por todos os
filhos de Deus, regidos pelas mesmas leis e desenvolvendo a mesma consciência.
132
2. O reino mineral é, portanto, a expressão mais concreta da unidade dual de poder e
de ordem. Constitui a base da estrutura física ordenada, ou do universo de nosso
planeta.
Esta é a razão por que, no atual período de transição, o Senhor do Sétimo Raio está
assumindo a seu cargo o controle dos assuntos e a execução ordenada do Plano, a fim de
restaurar com o tempo, a estabilidade do planeta e facilitar as entrantes influencias aquarianas
um estável e extenso campo de trabalho. Isto detalharemos quando começarmos o estudo
dos signos zodiacais e sua relação com os raios.
No girar da grande roda, ciclo após ciclo, estes dois raios entram em função ativa, e
durante os ciclos de atividade objetiva os outros raios predominam e participam da grande
obra. O resultado dessa interação de potencias psíquicas se manifestará na eventual
transmutação da substância da terra, e se dissolverá novamente no que constitui a finalidade
da condensação objetiva. Aqui fracassa novamente a linguagem para aplicar os termos
adequados, os quais ainda não existem. Faço este esclarecimento a fim de indicar a
dificuldade do tema. A substância etérea intangível foi condensada no mundo denso tangível e
objetivo. Este – no plano evolutivo – tem que ser novamente transmutado à sua condição
original, acrescido do que adquiriu do ritmo ordenado e das tendências e qualidades forjadas
na consciência de seus átomos e elementos, mediante a experiência de exteriorização,
dissolução que pode ser observada como radiação e substância radioativa. Nelas observamos
o processo de transmutação. Os agentes dissolventes do fogo, do calor intenso e da pressão,
já conseguiram dividir o reino mineral em três partes: os chamados metais brutos, os metais
comuns, tais como prata, ouro e platina, as pedras semipreciosas e os cristais. As pedras
preciosas são uma síntese de todos os três – síntese básica da evolução. A este respeito
podem observar-se algumas correspondências entre o reino mineral e os ciclos evolutivos
humanos.
133
1. Metais brutos plano físico consciência densa.
Primeira iniciação
2. Os metais padrão plano astral consciência do eu.
Segunda iniciação
3. Pedras semipreciosas plano mental consciência radiante.
Terceira Iniciação
4. Pedras preciosas consciência e realização egóica.
Quarta Iniciação
Uma das primeiras coisas que qualquer instrutor da raça tem que fazer é aumentar
o equipamento mental do pseudo servidor. Muitas vezes o trabalho é obstaculizado pela
devoção do aspirante emocional. A frutificação do Plano freqüentemente se demora pelos
esforços inoportunos e falta de critério do sincero seguidor do Grande Senhor. O trabalho
é principalmente obstruído pelas reações da personalidade daqueles que dirigem os
grupos que se dedicam ao esoterismo. As reações da personalidade se devem, na maioria
dos casos, a algum tipo de emoção. A ambição pessoal, o desejo às vezes irreconhecível
de se chegar a ser a autoridade máxima em determinado grupo, o medo de intrusos e as
terminologias (que expressam verdades idênticas) e o ciúme de outros líderes, apesar de
uma interpretação sincera, mas confusa e ilusória da verdade, constituem um grande
obstáculo para a causa da Hierarquia. E em toda parte essas coisas são podem ser
vistas! A origem destas dificuldades reside no corpo de desejo – emocional sensório – e
134
ao indevido apego as formas e coisas externas. Esses fatores impedem a clara visão que
conduz a uma atividade inteligente e cooperativa. Se o equipamento mental e a
compreensão mental podem ser aumentados e captar a verdade, então poderá realizar-se
o verdadeiro trabalho e os grupos (que formam o Grupo Uno) poderá ir em frente e chegar
a ser verdadeiramente útil. Para tal qualidade será benéfico proporcionar o material
mediante o qual o corpo mental do estudante se desenvolva e possa encontrar o apoio e
os meios para desenvolver-se. Poucas pessoas podem desenvolver dentro de si mesmas
os pensamentos e idéias que levam a compreender a verdade; aqueles de nós, portanto,
que são responsáveis por ensinar a raça devem proporcionar-lhes necessariamente o que
é necessário. Ao fazê-lo, trabalhamos também para a próxima geração de investigadores,
sabendo muito bem que os ensinamentos avançados de hoje e as novas idéias que
influenciam os precursores da humanidade serão a inspiração do público pensador nas
gerações seguintes e, em seu devido tempo, os seguidores da teologia. As crenças e
conhecimento esotérico de hoje (os verdadeiros esotéricos espirituais e não os grupos
pseudo esotéricos) terão assimilados as fórmulas de fé das crenças de seus sucessores, e
com o tempo vão se identificar com os credos e com as organizações religiosas.
2. O Reino Vegetal
135
doador dessa vida, ou então," o desejo de dirigir o olho do coração
ao coração do sol ".
b. O perfume da perfeição.
Não pretendo expor neste tratado o que o leitor pode encontrar nos livros didáticos
acadêmicos escolares, nem é o meu trabalho dar informação paralela que se encontra no
ensinamento esotérico, e na teologia de nossa ciência moderna. Tento demonstrar a
síntese que reside em tudo e indicar a continuidade da consciência que pode ser
observada pelo esoterista. Assim se verá a parte integrada na totalidade, distintamente da
136
observada quando se considera a forma. O interesse primordial reside no mundo das
causas, ainda que se considerarem e estudem o que nós incluímos sob o título de
"resultados", a medida que se demonstrem como causas iniciais se chegará a
compreender melhor seu significado. Quando se capte o potência irradiante do reino
mineral se começará a investigar o fundamento da escala evolutiva e a compreender os
primeiros passos dados pela vida de Deus, por intermédio das formas manifestadas. Se ao
terminar este tema o estudante puder captar algo do significado das palavras simbólicas –
Radiação, Magnetismo, Experiência, Transmutação e Realização, – e se der conta que
personificam o propósito e a meta de cada um dos cinco reinos da natureza, nos quais
estamos fundamentalmente interessados, observará então a emergente realidade da
consciência e captará a prevalecente síntese.
No Yoga Sutras de Patanjali se diz que "dominando a vida que nos atrai, se obtém
a radiação", e nestas palavras reside a chave da relação que existe entre o reino mineral e
o reino humano. Em outras palavras, mediante o controle consciente da natureza mineral
estática, à medida que se expressa no homem, se produz a eventual atividade irradiante.
Assim a ―faísca se converte em chama" (Patanjali: III, 40, A Luz da Alma). Através dos
sutras se podem fazer comparações efetivas, especialmente ao considerar os diversos
quíntuplos que com tanta freqüência se encontram na manifestação. Este livro é um
tratado básico para o treinamento iniciático. Tomemos como exemplo as palavras do Livro
III, 44, e observemos a luz lançada sobre o ciclo evolutivo e o desenvolvimento simbólico
dos cinco reinos da natureza:
Neste tratado me ocupo das relações e influências internas de raio que produzem
os resultados externos desejados. Também quero esclarecer a meta da consciência
evolutiva. A ciência pode lidar com habilidade e discernimento da evolução das
formas. Tentarei preparar o terreno para a vindoura ciência (o qual a psicologia moderna é
o início experimental) que se ocupará da evolução da consciência com a mesma facilidade
que a ciência moderna trata de com as expressões de formas da vida. Somente quando
esta nova ciência haja alcançado o grau de desenvolvimento que tem agora a ciência
materialista, se poderá considerar a evolução da vida através da consciência na forma.
Fiz aqui uma declaração básica e sintética que requer compreensão. Meu raciocínio pode
ser seguido com certa facilidade por aqueles cuja consciência se expande a partir do
humano para o egóico.
Uma pergunta muito oportuna poderia formular-se aqui: O que determina o raio que
deve reger ou influenciar predominantemente a qualquer um ou todos os reinos da
natureza? Deve lembrar-se que qualquer reino, vendo-o como um todo, é uma entidade, e
(em seu aspecto forma) a totalidade de todas as formas constituem o corpo de
manifestação dessa entidade. Em última análise, também o conjunto de influencias auto-
iniciadas, ou a radiação magnética desse reino particular expressam a qualidade ou
qualidades fundamentais dessa entidade – a aura de sua personalidade. Dois raios regem
cada reino da natureza, exceto o reino vegetal, onde três raios indicam o tipo de vida que
existe nesse reino. Será de utilidade para os estudantes considerar este problema do
ponto de vista da analogia e compreender que eles (assim como qualquer outro ser
humano) são regidos ou atuam mediante dois raios, ou seja, o raio da personalidade e o
egóico. Depois da terceira iniciação, o discípulo tem três raios ativos, porque o raio da
Mônada começa a fazer sentir sua presença. Uma situação análoga existe em todos os
reinos da natureza. Dois raios predominam em cada reino, mas o reino vegetal é
controlado por três raios, porque está mais evoluído (em suas próprias e peculiares linhas)
que qualquer outro, devido a que nele atua o que poderia considerar-se o raio monádico
da Vida desse reino. Tudo isso não deve contemplar-se do ponto de vista da consciência
humana, nem considerar-se as normas humanas de desenvolvimento e a percepção,
como que ocupam um lugar proeminente nessa evolução da vida divina. Esta entidade
vivente tem um objetivo distinto na vida que anima o quarto reino da natureza. No entanto,
três influências logoicas fundamentais, três alentos superiores ou três vibrações de raio,
formam a vida, qualidade e aparência deste reino. Este tema é demasiado complexo para
que seja realmente compreendido e o leitor faria bem em aceitar simplesmente e com
reservas minhas declarações, e compreender que, quando ele chegue a ser um membro
do grande conjunto de iniciados da sabedoria, então o que agora é inexplicável poderá ser
compreensível e quando se localize em seu devido lugar no esquema das coisas, não
parecerá tão extraordinário nem peculiar.
138
b. OS CINCO SEGREDOS DOS REINOS DA NATUREZA
Existe um segredo relativo a cada um dos cinco reinos da natureza, que dizem
respeito à relação que existe entre a evolução humana e a totalidade, e são revelados ao
iniciado em cada uma das cinco iniciações, nas quais se explica um dos cinco segredos, e
da minha parte tentarei interpretar simbolicamente seus cinco antigos nomes ou signos:
Formas simbólicas que ocultam estes cinco segredos que se transmitem para a
inteligência do iniciado, são:
De qualquer forma, predominam atualmente nos cinco reinos algumas das sete
influências logoicas; em quatro casos dois raios controlam e no reino vegetal três. Não se
deve esquecer que esses raios se relacionam entre si, e nesta grande trama e urdidura de
forças planetárias e solares, cada um dos reinos está influenciado por cada raio; no
entanto, alguns raios controlam sempre e outros dominam ciclicamente. Os raios
determinam a qualidade de vida manifestada e indicam o tipo da aparência.
Continuando com a consideração das três divisões do reino vegetal poderia dizer-
se que ele:
2º Raio É a influência benéfica que se expressa através dos cereais e das flores.
4º Raio É a qualidade da vida que se expressa por meio das ervas e plantas
silvestres da vida vegetal, as quais formam o "tapete verde sobre o qual
dançam os anjos".
A influência dos três raios fundidos no reino vegetal, que também são os três raios
correspondentes aos números pares 2-4-6, produziram a quádrupla perfeição deste reino
que não tem paralelo em qualquer outro. Os raios são responsáveis por este resultado, e
seu efeito pode ser observado na análise que se segue:
2º Raio O resultado da influência deste Raio, que aflui ciclicamente através deste
reino, produziu seu magnetismo e atração.
4º Raio Este raio de luta e conflito tem como objetivo produzir harmonia entre a
forma e a vida, e conseguiu sintetizar e harmonizar a cor da natureza. Por
"cor da natureza", automaticamente pensamos no reino vegetal e na
harmonização da vegetação.
O efeito unido desses três raios que atuam em uníssono, produziu o quarto
resultado, a fragrância das flores nos exemplares superiores do reino vegetal. A fragrância
pode ser mortal ou vitalizante, deliciosa ou repulsiva. Atrai e constitui parte do aroma deste
reino que se pressente na aura planetária, ainda que a humanidade não o reconheça
totalmente. Um perfume pode ser isolado. No entanto, o perfume de um reino é um
fenômeno bem conhecido pelo o iniciado.
Na próxima raça raiz, o quinto raio começará a exercer o seu poder no reino
animal, estimulando gradualmente a mente instintiva do animal, para atingir o mesmo grau
de vibração do raio de intelecto ou de conhecimento. Isto organizará o cérebro do animal,
e transferirá o poder do centro do plexo solar para o centro coronário; em conseqüência
produzirá uma mudança na polarização animal e aumentará a atividade do cérebro.
Estas etapas estão latentes em todos nós, se relacionam com os sete princípios do
homem, e se expressarão na humanidade avançada como "aspectos da psique" e,
psicologicamente, durante as últimas etapas do desenvolvimento humano, etapas que
deveriam despertar maior interesse nos pesquisadores e educadores e desenvolver-se na
criança e no adolescente. Atualmente se expressam como etapas atribuídas para o
desenvolvimento dos discípulos e iniciados, e indicam o local que ocupam no Caminho,
dai sua utilidade prática.
No reino das almas, o quarto raio completará o trabalho das próximas duas rondas,
mas este período é tão remoto que não é necessário ocuparmo-nos dele.
142
Será interessante observar que todos os planetas estão estreitamente relacionados
com todos os reinos, mas tal relação não deve ser confundida com os raios planetários, ou
com o fato de que alguns planetas são considerados "planetas sagrados" e outros
não; emprego a expressão "influência planetária" no mesmo sentido que a aplica o
astrólogo, pois este não se ocupa dos raios planetários básicos. Portanto, poderia dizer-se
que as relações planetárias deste ciclo são:
Também se sentem outras influências planetárias assim como forças ocultas que
atuam sobre nossa vida planetária, mas as classificadas acima são as principais
influências que produzem os resultados desejados nos reinos da natureza, de acordo com
o Plano. Deve lembrar-se que essas influências cíclicas predominam atualmente e mudam
ciclo após ciclo. Um discípulo na senda, por exemplo, está fortemente influenciado por
Mercúrio e Saturno, mas quando começa a treinar para a primeira iniciação deve encarar
as influências de Plutão e Vulcano; o treinamento para a segunda iniciação o põe sob a
influência de Netuno, Vênus e Júpiter, que lutam para controlá-lo. A ligação com o reino
vegetal é então muito forte, daí os freqüentes "perfume astrais" que o discípulo
percebe. Antes de alcançar à primeira iniciação, seu mundo interno mineral estático se
terá desintegrado.
Mais uma vez, será útil ao leitor observar mentalmente a relação que existe entre o
crescimento e o idealismo do sexto raio. Disso poderá conhecer o papel que desempenha
o Raio da Devoção quando fomenta o impulso de evoluir. É o crescimento até um ideal,
protótipo ou arquétipo divino. Aqui subjaz o segredo deste reino, oculto na palavra
"transformação" porque os raios de 2, 4, 6, são grandes transformadores. A chave do
segredo está em processo de assimilação e as forças construtoras que transmutam os
minerais assimilados, a umidade absorvida, o alimento do ar e a oferta dos reinos dos
insetos aos corpos manifestados, as cores brilhantes, as auras magnéticas e os perfumes
143
que se destilam neste reino. Grande parte desta linha tem sido objeto de investigação dos
cientistas modernos, mas até que reconheçamos a realidade das influências dos raios e o
papel que desempenham na produção de tais fatores, não descobrirão o verdadeiro
segredo que se observa nas transformações.
Portanto, o leitor atento verá que na relação que existe entre os raios e os reinos
da natureza e na semelhança dos raios que atuam sobre os reinos que diferem
amplamente, se achará o ponto de contacto ou a porta de entrada pela qual podem fazer
contato entre si.
3. O Reino Animal
Resultados Por um lado vemos que o terceiro raio produz o surgimento do instinto,
e por sua vez cria e utiliza esse maravilhoso mecanismo de resposta
denominado sistema nervoso, o cérebro, e os cinco sentidos que estão
detrás e são responsáveis por ele como um todo. Deveria observar-se
que por maior que se considere a diferença entre os seres humanos e
os animais, existe na verdade, uma relação mais íntima do que a
existente entre o animal e vegetal. No caso do sexto raio temos
desenvolvimento do poder de ser domesticado e adestrado, que é, em
última análise, o poder de amar, servir e sair do rebanho e passar ao
grupo. Reflitam sobre as palavras desta última e paradoxal afirmação.
Processo Se denomina concretização. Neste reino temos pela primeira vez a real
organização do corpo etérico nos "verdadeiros nervos e centros
sensoriais", segundo os denominam os esotéricos. As plantas também
possuem nervos, porém eles não têm a mesma complexidade de
relação e plexo, como encontramos no ser humano e no
animal. Ambos os reinos compartilham o mesmo agrupamento geral de
nervos, de centros de força e canais, e têm uma coluna vertebral e um
cérebro. Esta organização do mecanismo de resposta sensível
constitui, na verdade, a densificação do corpo etérico sutil.
Agente Objetivo Fogo e Água – ardente desejo e mente incipiente. Simboliza o poder
que tem o animal de comer e beber.
Agente subjetivo O olfato ou aroma – descobrimento instintivo do que necessita, que vai
desde a busca de alimentos e o uso do poder para farejar esse
alimento, até a identificação do odor de seu querido mestre e amigo.
147
A. AS RELAÇÕES HUMANAS COM OS ANIMAIS
Nos dias atlantes a relação puramente física foi temperada pela relação astral ou
emocional, e chegou o momento em que alguns dos animais foram arrastados para dentro
da órbita da vida humana, amansados e cuidados, e apareceram os primeiros animais
domésticos. Começou assim uma nova era em que certos animais evocavam o afeto de
certos seres humanos, e uma nova influência começava a atuar no terceiro reino da
natureza. Isto se iniciou durante um ciclo em que o segundo e o sexto raios atuaram
simultaneamente e coincidiram seus ciclos maiores e menores. Este é um raro
acontecimento e quando ocorre, os guardiões da raça se valem da oportunidade de obter
maiores resultados, ou iniciar novas atividades mediante as quais pode desenvolver-se
mais rapidamente o Plano Divino. Para neutralizar o medo da humanidade (em relação ao
mundo animal) foram oferecidos aos guardiões da raça a oportunidade de fazer uma
constante aproximação entre os homens e os animais, porque era um ciclo onde o amor e
devoção fluíam em e através de todas as formas, neutralizando assim grande parte do
medo. Desde então tem aumentado o número de animais domésticos. E a relação entre os
dois reinos é hoje dual – física e emocional.
A estas foi adicionada, nos últimos duzentos anos, uma terceira relação, a da
mente. O poder mental da humanidade será, em última análise, o fator controlador e, por
seu intermédio, os três reinos subumanos cairão sob o controle do homem. Isso tem
acontecido muito rapidamente nos reinos mineral e vegetal, e ainda que não se tenha
atingido no reino animal, o processo segue avançando com toda velocidade. Não se
progredirá muito durante o ciclo em que prevalecerá o entrante sétimo raio, embora, à
medida que se imponha a lei, a ordem e o ritmo sobre o planeta, e o caos seja substituído
pela organização, diminuirão cada vez mais essas zonas do planeta onde predominam os
animais e desaparecerão certas espécies se não forem protegidas.
149
B. INDIVIDUALIZAÇÃO
"... tríplice caminho que conduz à dupla senda; e o percorrem até que
chegam finalmente ante porta dourada. Esta última porta os introduz na única
e só senda que desaparece dentro da Luz"
Velho Comentário
1. A resposta instintiva do animal para a atmosfera mental do ser ou seres humanos que
o rodeiam.
150
2. O amor extrovertido e interesse das pessoas com as quais o animal tem laços de afeto
ou de serviço.
3. Os impulsos de raios que estão ativos a qualquer momento. Estes são, entre outros:
A relação que existe entre os raios e os centros no aspirante comum podem ser
classificados assim:
11
Ver pág. 154 para a enumeração distinta dos raios. A aparente contradição talvez se deva ao emprego da palavra
"raio" porque não foi indicado se é um raio maior, uno dos sete subraios do raio maior o se está implicado um raio
complementar. Os Editores.
151
3. O centro laríngeo Raio da Intel. Ativa Terceiro Raio.
4. O centro cardíaco Raio do Amor-Sabedoria Segundo Raio.
5. O plexo solar Raio da Devoção Sexto Raio.
6. O centro sacro Raio da Magia Cerimonial Sétimo Raio.
7. A base da coluna verteb. Raio da Harmonia Quarto Raio.
A relação do homem com os animais é, como vimos, física, emocional e cada vez
mais mental. Cada raça humana funciona, por sua vez, sob a influência dos raios que
produzem definitivos efeitos sobre os três reinos subumanos. Através da humanidade,
quando se iniciou o grande experimento da individualização, foram enfocadas as energias
ou influências dos raios provenientes dos reinos super-humanos, começando assim a
grande atuação da humanidade, que consistia em transmitir ciclicamente as forças dos
raios. Ainda que a estrela de seis pontas seja agora o símbolo do trabalho criador
(considerando-o como um todo), o triângulo com a ponta para baixo, repousando sobre um
triângulo com a ponta para cima, algum dia representará um quadro mais veraz da função
criadora e preservadora do quarto reino.
Existem cinco pontos de contacto mediante os quais o mundo material pode ser
ocultamente elevado até chegar à vida e ao poder, assim como existem cinco centros em
nosso planeta através dos quais fluem a vida e a energia para o mundo natural. Refiro-me
a certos centros ativos que concernem à vida física e material do planeta. Existem
também, como o expressei no artigo sobre o desenvolvimento que se obterá durante os
próximos três anos, cinco centros através dos quais flui uma nova e energizante força
espiritual, as analogias planetárias dos cinco sentidos subjetivos e objetivos do
homem. Além disso, descobriu-se que os raios fluem através de toda a humanidade em
cinco raças humanas (nossa raça atual, a ariana, é a terceira de duas que ainda estão por
vir). Este aspecto particular da energia de raio estimulará o aspecto consciência e elevará
e despertará a consciência oculta em todas as formas materiais, tanto no homem como
nos três reinos subumanos. Os cinco pontos e suas cinco influências, que elevam,
excluindo as duas raças primitivas e intangíveis que não são estritamente humanas,
começando com a primeira das cinco raças totalmente humanos são:
152
1. A Raça Lemuriana quinto raio A vinda dos Filhos do Fogo.
2. A Raça Atlante sexto raio A devoção dos Senhores do Amor.
3. A Raça Ariana terceiro raio A atividade dos Homens Mentais.
4. A Raça Futura quarto raio A visão das Unidades de Luz.
5. A Última Raça primeiro raio A vontade dos Senhores do Sacrifício.
Segundo, essas energias de raios, que atuam hoje através do reino humano,
também elevam os reinos subumanos da natureza (depois de muito esforço) à vida e à
compreensão consciente. Através destes cinco pontos de contato espiritual em cada um
dos três reinos, a vida é levada a natureza mesma. Para isto "toda a criação geme e sofre
ainda a dor do parto". Aqui reside o segredo da ressurreição em sentido planetário –
ressurreição realizada individualmente por cada filho de Deus que atinge a meta. Este é o
grande segredo maçônico, e o mistério central do terceiro ou sublime grau da
Maçonaria. Às vezes se refere ocultamente a "relação da morte com as cinco energias
doadoras de vida que atuam no terceiro dia da revelação" ou falando ainda de forma
simbólica:
12
No original “understanding” - under standing, portanto.
153
"Os Senhores do quinto grande raio da mente nos indicaram e nos
puseram no caminho. Os Senhores do sexto grande raio nos obrigaram a
sofrer pela causa e, no entanto, a amá-la e a aprender mediante nossa
profunda devoção. Os Senhores do terceiro grande raio nos conduzem por
meio da mente à pira funerária, na etapa em que morremos, mas
ressuscitamos novamente. Na terceira câmara e no terceiro dia obscuro o
Mestre desaparece. Morre; se perde de vista. Porém Os cinco grandes
Senhores unem suas forças. Em sublime companheirismo trabalham para
ressuscitar os mortos. Só assim pode ser pronunciada essa Palavra que dá
vida aos mortos. Tal é o trabalho que realiza o homem para Deus e Deus
para o homem.‖
D. MANIFESTAÇÃO CÍCLICA
1. Um ciclo solar, tal como o atual, onde o segundo raio de Amor-Sabedoria é o raio
principal e os outros são apenas subsidiários.
4. Os ciclos a que certos raios preponderam durante um período de evolução racial, como
os cinco períodos maiores raciais aos quais nos referimos.
5. Os ciclos menores que se acham dentro e fora de manifestação, aos quais nos
referimos no início deste tratado.
O primeiro raio, por exemplo, governa todos os ciclos que compreendem um milhão
de anos, cem mil anos, mil anos, cem anos e um ano. O sétimo raio controla similarmente
ciclos de sete mil anos, e sete milhões anos. O intercambio e a interação destes ciclos de
raio é tão intrincada e tão grande, que se me explanasse mais, só iria confundi-los. No
entanto, lembrem que os sete raios estão sempre ativos e atuam simultaneamente, mas
ciclicamente, sob o plano dirigido pelas mentes (caracterizadas pelos raios), algumas
dessas influências e forças predominam mais em um determinado momento do que em
outro, e certas linhas de atividades e seus resultados se expressam mais pela influência
de um raio do que de outro. Ditas influências afluem através de todas as formas em todos
os reinos, produzindo efeitos específicos, definidos e diferentes formas de vida,
determinando o tipo de compreensão e expressões de consciência das correspondentes
154
formas que, para esse período, são o produto do plano acordado e executado pelas forças
construtoras que trabalham em completa harmonia, ainda que momentaneamente estejam
sob o predomínio de uma ou outra delas. Entram em atividade construtiva; passam por
esse determinado ciclo especial; em seguida saem ou morrem para essa atividade, e são
"elevadas ao céu" até o momento em que retornem novamente seu ciclo. Este processo se
efetua e volta a efetuar-se constantemente, repetindo o drama do nascimento, morte e da
ressurreição.
155
E. O PROBLEMA DO SEXO
Já indiquei que o sétimo raio entrante atua através do centro sacro planetário e em
seguida através do centro sacro de cada um dos seres humanos. Por esta razão podemos
antecipar o desenvolvimento dessa função humana que denominamos a função
sexual. Oportunamente na atitude do homem veremos as mudanças resultantes a respeito
deste problema tão difícil. Ao referi-me a este tema e ao delinear o que é possível dizer na
atualidade, tentarei expô-lo na forma mais simples e expressar meus pensamentos de
modo que surja algo construtivo e emita uma nota que seja ouvida com claridade no meio
do confronto atual de sons discordantes, pontos de vista antagônicos e diversidade de
idéias.
Evidentemente, resulta difícil encarar o tema, mas por que é tão difícil? Em última
análise, vemos que a dificuldade reside nos preconceitos que existem na mente dos
homens e na certeza interior de que seu ponto de vista particular é logicamente o correto,
porque vivem e atuam de acordo com o mesmo, o que lhes basta; isso se baseia no fato
de que o sexo é um dos impulsos primitivos fundamentais, um dos instintos substanciais e
é, portanto, o fator dominante da parte animal da natureza do homem, e também a
excessiva intimidade do tema, – uma intimidade transmutada em um segredo indecente
durante os períodos em que a raça sucumbiu a um excessivo puritanismo e prostituiu uma
função natural e a converteu num mistério lascivo. Este intimidade relacionada com o tema
do sexo foi a causa de o considerá-lo como algo que não deve mencionar-se e um tópico
que as pessoas decentes não devem tratar, ao invés de ser considerada como um
processo tão instintivo e natural – tão instintivo e natural como beber e comer. No
entanto, essa função não foi levada ao ritmo da vida diária nem considerada como algo
que deve seguir-se e satisfazer quando surge a necessidade e a demanda razoável. Aqui
reside a grande diferença e fornece uma chave ao problema.
Mais uma vez, a dificuldade pode estar talvez nos muito diferentes conceitos que
os homens têm sobre o assunto, que vão desde a promiscuidade irregular à monogamia,
dando por resultado a cruel imposição e restrição às mulheres e libertinagem desenfreada
dos homens. A margem dessa dificuldade e como resultado de tais atitudes errôneas a
respeito do legal e do ilegal, da libertinagem e das restrições, houve surtos de infecção (se
assim posso chamá-los) em nossa civilização. Daí a frouxidão moral fundada na incerteza,
nos distritos de ―casas de tolerância", lamentável contemporização das tendências viciosas
e desejos insatisfeitos; divórcios nos tribunais que devastam a vida da família e com o
tempo prejudicam a vida nacional (da qual cada família deveria ser uma parte saudável), e
o constante aumento das enfermidades como resultado da promiscuidade prevalente e
das numerosas relações ilícitas. Também existe um fator psicológico de real
importância. Este fato é a atitude militante expressa por muitos grupos que pretendem
impor a seus semelhantes suas próprias idéias e peculiar solução do problema.
Por trás dos resultados dos conceitos equivocados, largo tempo passado durante
épocas sobre as mentiras a respeito da função sexual, residem dois males principais, ou
melhor, dois efeitos da ação do homem, mental e física, que são de importância
extrema. Antes de tudo temos que desenvolver em sua consciência, dos complexos,
psicoses, desregramentos e inibições psicológicas que tem prejudicado seriamente a
saúde e a tranqüilidade de centenas e milhares de pessoas. Também está ameaçada a
156
própria vida da humanidade, personificada na família e na vida familiar. Por um lado,
temos a promiscuidade e excessiva indulgência nas relações sexuais, que dá como
resultado (como sempre) uma excessiva população e superprodução de seres
humanos; por outro lado uma forçada esterilidade que – ainda que seja o menor dos males
– com o tempo é perigosa. A esterilidade aumenta rapidamente e leva finalmente a
condições físicas indesejáveis. No entanto, nesta época, é o menor dos dois males. Dois
pontos podem incidentalmente observar-se aqui. O primeiro desses males e como
resultado da superprodução, tem provocado uma situação econômica drástica e grave que
ameaça a paz e a estabilidade do próprio mundo; devido ao segundo, teremos o
desaparecimento gradual da humanidade, se a obrigatoriedade da esterilidade tornar-se
uma prática universal. Isso conduziria ao conseqüente domínio do reino animal, a um
enorme aumento na vida animal e a um período de retrocesso, não de progresso.
Ao tratar este tema tenho que generalizar e logicamente haverão muitas exceções
às regras formuladas e as classificações sugeridas. Estou tratando o tema em sua
totalidade, e meu tópico, portanto, refere-se à ameaça da atual atitude, da necessidade de
uma maior compreensão e da importância de reordenar as idéias dos homens a respeito
desse assunto vital. A atitude que adota o selvagem ignorante para a vida sexual, e a do
iniciado, mentalmente polarizado e espiritualmente orientado neste tema, serão tão
distintas, que superficialmente não haverá ponto algum de semelhança; no entanto, ambas
as atitudes fundamentalmente são muito semelhantes e estão mais próximas da realidade
que a do homem comum de hoje. Um está controlado pelo ritmo de sua natureza animal e
desconhece, como o animal selvagem, o mal e a vil promiscuidade do homem civilizado; o
outro vive uma vida controlada, governada pelo poder da mente e animado pelo desejo de
fazer o bem a humanidade. Entre os dois extremos existem os diversos pontos de vista,
um sem fim de idéias distintas, os inumeráveis costumes, a diversidade das relações
(legítimas e ilegítimas), os incontáveis reações animais e psicológicas, as diversas
cerimônias nupciais e a grande variedade de perversões do processo natural que
caracteriza o homem moderno em todo as partes do mundo. Estas, por sua vez, variam
nas diferentes civilizações e sob a influência das distintas condições climáticas.
Portanto se evidencia – não é assim? – que não faz parte do meu serviço dar aos
leitores deste livro uma detalhada análise dos costumes matrimoniais das épocas
passadas e presentes. Meu trabalho não consiste em detalhar os erros, as más
conseqüências, os vários tipos de perversão e as sádicas crueldades que surgiram pelo
abuso que o homem fez do processo natural e da sua companheira, nem elucidar sua
estúpida e errônea interpretação da Lei da Atração e Repulsão. Não teria valor algum
expor uma breve elucidação desse assunto tão vasto, qualquer que seja a teoria que os
homens têm formulado na busca de soluções, cujo nome é legião. Todas contêm uma
medida de verdade. A maioria expressa a profunda ignorância do homem e podem ser
estudados em qualquer momento pelo estudante que dispõe de tempo para ler,
inteligência para ver claramente e sem preconceito, e dinheiro para comprar a literatura
necessária.
Não posso nem desejo tratar do aspecto médico e fisiológico do vício, seja o vício
da promiscuidade ou do casamento infeliz. Na atualidade o melhor serviço que posso
prestar-lhes é indicar as leis que devem reger a vida dos homens, especialmente no que
concerne ao sexo e indicar – até onde eu posso e me atrevo – por que e como se
157
produziram as peculiares e singulares condições de hoje. Talvez possa dar certas
sugestões que, devidamente consideradas, ajudarão a limpar da mente estes pontos de
vista falsos e ilusórios que impedem que o homem veja realmente, o que pode ajudá-lo a
descobrir o fio de luz dourada que no seu devido tempo o conduzirá a sua solução.
Uma coisa direi, por penosa que pareça, e é que não há solução imediata para o
problema sexual que nos confronta hoje. Durante épocas os homens abusaram e
empregaram incorretamente uma função outorgada por Deus; prostituíram sua
primogenitura, e por seu relaxamento, libertinagem e falta de controle, introduziram uma
era de enfermidades, tanto mentais quanto físicas, atitudes incorretas e relações ilusórias,
que requerem vários séculos para erradicar; também têm trazido à existência com
demasiada rapidez milhares de seres humanos que ainda não estavam preparados para a
experiência desta encarnação, e necessitavam intervalos mais longos entre os
nascimentos para assimilar certas experiências. As almas que não evoluíram todavia
encarnam rapidamente; as mais evoluídas exigem períodos mais longos para colher os
frutos da experiência. Estas almas são as que podem ser atraídas prematuramente a
encarnação, porque estão mais acessíveis ao poder de atração magnético dos que vivem
no plano físico. O processo está de acordo com a lei; as almas não evoluídas progridem
sob a lei grupal, como o fazem os animais, enquanto as que estão um pouco mais
evoluídas são suscetíveis à atração das unidades humanos, e os já evoluídos vêem a
encarnação de acordo com a Lei do Serviço, ou por deliberada eleição de suas almas
conscientes.
Dividirei o que tenho a dizer em quatro partes, por uma questão de clareza e rápida
referência:
Não me ocuparei da história ou dos detalhes da evolução racial, porque eles estão
necessariamente relacionados com o problema sexual, porém as suas implicações são
muito vastas para meu atual propósito. Como eu disse antes, não trato dos aspectos
fisiológicos do sexo, nem das enfermidades incidentais mediante o abuso da função, nem
o tema da esterilidade, exceto no que cabe ao considerar o homem moderno. Tampouco
posso referir-me as dissidências entre as distintas escolas de pensamento, porque não
escrevo a partir de um ponto de vista específico, como a religião, a moral ou o
partidarismo. O tópico é mais amplo e maior do que qualquer ponto de vista religioso e as
afirmações morais das pequenas mentes. O que se considera moralidade em um país ou
em uma relação específica, em outro pode ser totalmente oposto. O que se considera
legal em uma parte do mundo é ilegal em outra. O que constitui um problema difícil sob
alguma condição climática, apresenta um problema diferente em outras circunstâncias. A
poligamia, a promiscuidade e a monogamia têm predominado e predominam ciclicamente
em diferentes partes do mundo, através dos tempos, e estão hoje estabelecidas
158
simultaneamente na terra. Cada uma por sua vez foi ou é correta, legal e apropriada, ou
ilegal, incorreta e inadequada. Cada uma destas formas de interpretar a relação sexual
tem sido objeto de ataque ou defesa, de horror virtuoso ou argumentos capciosos; cada
uma tem sido o costume e o correto método de acordo com a localidade, tradição,
treinamento e atitude dos homens que a praticaram. Em alguns países uma mulher pode
ter muitos maridos e em outros um marido está autorizado legalmente a ter quatro
esposas, se o desejar, e no harém e da cabana de um chefe hotentote prevalecem tais
condições. No Ocidente, um homem tem legalmente uma esposa, porém através da
promiscuidade e das chamadas aventuras "românticas", tem realmente tantas como um
chefe africano; e hoje em dia as mulheres são pouco melhor do que isto.
Eu enumerei estas condições sem espírito de crítica, mas simplesmente como uma
declaração de fato, a fim de despertar a compreensão do leitor comum sobre uma
condição mundial que provavelmente é muito diferente do que geralmente se supõe. Não
escrevo para os especialistas, mas para o estudante médio inteligente que necessita de
uma visão mundial das condições existentes.
Podem crer, se lhes digo que hoje a situação mundial, em relação ao sexo, é tão
crítica e grave que não há um pensador que possa ainda ver a solução, ou que ache – não
importa o quão claro o erudito seja em seu modo de pensar – a saída da atual
encruzilhada? As tradições, os costumes e as práticas, com suas inevitáveis
conseqüências e sua longa permanência, servem para atordoar as mentes mais
iluminadas. O resultado físico do ato sexual realizado dentro ou fora do casamento
legalizado não só tem sido produzir a vida humana, mas também grande parte das
enfermidades, demências, tendências malignas e impulsos pervertidos que hoje enchem
nossos hospitais, clínicas neuropsiquiátricas, sanatórios, prisões e manicômios.
À medida que o mundo das formas responde ciclicamente ao influxo das energias
superiores e seus efeitos, estimula todas as partes e aspectos da vida da forma, estímulo
que produzirá resultados bons e maus. Momentaneamente emergirá o mal, bem como a
justiça duradoura. Se o efeito do impacto dessas energias produz reações materiais e se o
homem coloca a ênfase de seu interesse sobre o que é material, então domina natureza
da forma e não a divina. Se a energia é prostituída para fins materiais, por exemplo, as
relações sexuais no plano físico para fins estritamente comerciais, traz como resultado o
mal. Porém deve recordar-se que a mesma energia divina ao trabalhar no reino do amor
fraterno, não produziria o que é material, mas apenas bem. Deixe-me ilustrar meu ponto
de duas maneiras, e ambos explicarão o atual desregramento da sexualidade e o amplo
interesse neste assunto.
161
Hoje vivemos em um período da história do mundo onde tem lugar três grandes
acontecimentos importantes, que geralmente não são observados nem compreendidos
pela maioria das pessoas.
Devido a essas três causas existe atualmente um interesse mundial nos assuntos
sexuais, o qual como conseqüência natural, conduz a duas coisas:
163
polarização da raça, o que leva a esterilidade e também a uma redução no tamanho da
família.
No entanto, nenhum período histórico do mundo tem sido tão crítico como o atual,
porque – aparte o grande ciclo de oportunidade ao qual me refiro – a humanidade
alcançou uma excepcional realização. Pela primeira vez na história da raça temos a
expressão do verdadeiro ser humano, do homem tal como essencialmente é e também
uma personalidade integrada, funcionando como uma unidade, e a mente e a natureza
emocional fundidas e mescladas, em um sentido, com o corpo físico e noutro com a
alma. Ademais já se produziu a mudança da ênfase da vida física para a vida mental e em
um número crescente de casos para a vida espiritual. Se o que expus é certo, não há
razão para sentir-se desencorajado. Existe uma ampla e verdadeira ―elevação do coração
164
até o Senhor" e um voltar-se insistentemente o olhar para o mundo dos valores espirituais,
daí as dificuldades atuais.
À margem da entrada da nova era, do afluxo de espírito Crístico, com seu poder
transformador e sua força regeneradora, e do retorno cíclico das energias do sétimo raio,
temos a humanidade em tal condição em que a resposta às mais puras e espirituais
energias e às novas oportunidades é, pela primeira vez, adequada e sintética. Esta é a
razão por que o problema aumenta. Há aqui o grande dia da oportunidade. Daí o milagre
da aurora que está despontando no Leste.
Por esta razão tem errado no caminho muitas escolas esotéricas que sustentam a
errônea idéia de que uma união desta natureza é essencial para a libertação espiritual, e
que sem ela a alma está aprisionada. Ensinam que mediante a união matrimonial se
consegue a unificação com a alma e que não pode haver libertação espiritual sem efetuar
dita união. Porém em realidade, a unificação com a alma é uma experiência individual
interna que resulta na expansão da consciência, a fim de que o individual e o específico se
unifiquem com o geral e o universal. No entanto, por trás da interpretação errônea está a
verdade.
165
Onde está o verdadeiro matrimonio e existam estas relações sexuais ideais em
todos os três planos, então teremos as condições adequadas e se proporcionarão as
almas as formas necessárias para encarnar. Então os filhos de Deus encontrarão
maneiras para manifestar-se sobre a terra. Segundo o alcance do contato matrimonial se
uma forma tão incomum de palavras pode ser usada neste contexto), assim será o tipo de
ser humano que está sendo trazido à encarnação. Se os pais são puramente físicos e
emocionais, assim será também a natureza a criança. E assim se determina o termo
médio geral. O atual mundo dos homens que está conquistando rapidamente uma elevada
etapa evolutiva. Daí a insatisfação que existe sobre os atuais pontos de vista a respeito do
casamento, passo preliminar para a enunciação de certos princípios ocultos que
eventualmente regerão as relações entre os sexos e proporcionarão, como conseqüência,
a oportunidade oferecida aos homens e mulheres de fornecer, mediante o ato criador, os
corpos necessários para os discípulos e iniciados.
Também no homem tem lugar o drama do sexo, pois duas vezes em seu corpo,
dentro de sua personalidade, tem lugar o processo de união e fusão. Deixe-me me referir
brevemente a ambos acontecimentos simbólicos, a fim de que a admirável história do sexo
possa ser compreendida pelos estudantes esotéricos em todo o seu sentido espiritual.
I. Abaixo do diafragma:
1. A base da coluna vertebral.
2. O centro sacro.
3. O plexo solar.
Sabemos que duas fusões têm lugar e em ambas temos duas atuações do
processo sexual simbólico, e dois acontecimentos simbólicos que exteriorizam um
acontecimento espiritual e apresentam ao homem sua meta espiritual e o grande objetivo
de Deus no processo evolutivo.
Na vindoura era aquariana isto avançará rapidamente. A maioria das pessoas hoje
vive abaixo do diafragma e dirigem suas energias externamente ao mundo material,
pervertendo-as para fins materialistas. Nos próximos séculos isso será corrigido;
as energias serão transmutadas e purificadas e os homens começaram a viver acima do
diafragma. Então expressarão os poderes do coração amoroso, da garganta criativa e da
vontade divinamente ordenada pela cabeça. Este é o símbolo do sexo no plano físico, a
relação que existe no inferior e no superior.
1. No plano físico, o sexo ou a relação do homem com seu oposto polar, a mulher,
resultando na reprodução da espécie.
Não posso antecipar as leis que se promulgarão para controlar as pessoas sobre
este difícil tema do sexo, nem predizer quais serão as leis matrimoniais. Ainda não se
sabe que forma enfrentarão o problema as legislaturas das nações. Não me interessa
fazer conjecturas.
À medida que o impulso criativo ascende desde o centro sacro para o laríngeo, os
homens não se centrarão tão poderosamente nos seus impulsos físicos sexuais e
manifestarão mais consistentemente sua expressão criadora. Sua vida no plano físico
continuará em forma normal, mas é necessário que compreendam que o modo pelo qual o
homem satisfaz sua natureza sexual é anormal e desordenado e estamos no caminho de
chegar a uma normalidade sensata. O desejo de prazer egoísta e a satisfação do impulso
animal, que é instintivamente correto quando é ordenado, e incorreto quando se o prostitui
puramente exclusivamente para a diversão, será substituído pela decisão que adotem
ambas as partes. A decisão satisfará a necessidade natural de forma correta, conveniente
e ordenada. Na atualidade se sacrifica geralmente uma das partes, seja por indevida
abstinência ou excessiva indulgência.
Tenho tentado indicar uma situação que existe atualmente e indicar uma situação
ideal futura que ainda não é possível realizar. Isso tem valor, mas deixa uma lacuna em
nossas pensamento, que precisa ser preenchida. Surge agora uma interrogação que
poderia formular-se nos seguintes termos: Dada a exatidão do exposto sobre as atuais e
terríveis condições e a possibilidade de uma aproximação ao ideal apresentado para um
futuro distante, será possível atualmente dar os passos que conduzirão com o tempo a
aplicar os ajustes necessários nos aspectos de sexo? Sem dúvida o será e formularei
minha resposta da seguinte forma:
171
Quando certos postulados básicos, quatro no total, hajam sido apresentados e
mantidos diante da mente do público, isso conduzirá finalmente a educar a opinião pública
de tal modo que se empreenderão as necessárias atividades. Mas o primeiro passo
consiste em educar o público e sua compreensão das quatro leis essenciais. Qualquer
correção das atuais condições virá como um progresso interno da própria humanidade e
não à imposição de leis externas. O treinamento da consciência pública deve, portanto,
avançar constantemente, e assim assentaremos as bases para as mudanças posteriores.
Gostaria aqui de recordar-lhes que as próximas três gerações (em nas quais incluo
a juventude atual) trarão à encarnação um grupo de pessoas bem preparadas para
conduzir a humanidade para fora do impasse atual. Isto deve ter-se muito presente, pois
com freqüência é esquecido. Em qualquer época da história humana sempre houve
aqueles que foram enviados com o propósito de resolver os problemas que surgem. Em
última análise, o problema do sexo é temporário e, acreditem ou não, deriva de um erro
fundamental – o erro do homem de haver pervertido as faculdades outorgadas por Deus,
para fins egoístas físicos, ao invés de consagrá-las a propósitos divinos. O homem foi
levado e arrastado por sua natureza animal instintiva, e somente uma clara e pura
compreensão mental da verdadeira natureza de seu problema terá suficiente força para
levá-lo adiante para a Nova Era e para o mundo de ações e motivos corretos. O homem
deve aprender e deve captar profundamente o fato de que o principal propósito do sexo
não é a satisfação dos apetites, mas o fornecimento de corpos físicos mediante os quais a
vida pode expressar-se. Tem que compreender a natureza do simbolismo subjacente à
relação sexual, e por seu intermédio compreender o alcance das realidades espirituais. A
Lei do Sexo é a lei que cuida dessas relações através das quais a vida e a forma se unem
para que o propósito divino possa manifestar-se. É lei fundamental da criação, e rege
quando se trata da Vida que anima um sistema solar, o nascimento de um animal ou a
germinação de uma planta a partir de uma semente. ―Sexo‖ é a palavra que utilizamos
para descrever a relação existente entre essa energia que chamamos ―vida‖ e o total de
unidades de força, mediante as quais essa energia se expressa e constrói uma forma. Ela
abrange atividade que tem lugar quando os pares de opostos se unem, e por esse meio
unificam e produzem uma terceira realidade, realidade ou resultado que testemunha sua
relação, então outra vida aparece na forma. Temos sempre, portanto, relação, unificação e
nascimento. Três palavras que contêm a verdadeira significação do sexo.
Portanto, o primeiro postulado que deve formular-se, a respeito do qual se tem que
educar o público, é que todas as almas encarnam e reencarnam sob a Lei do
Renascimento. Assim, cada vida não é só uma recapitulação das experiências anteriores,
mas sim que se reassumem antigas obrigações, se restabelecem antigas relações, se tem
a oportunidade de saldar antigas dívidas, a possibilidade de retribuir e progredir, um
despertar de qualidades profundas, reconhecer velhas amizades e inimizades, solucionar
detestáveis injustiças e explicar o que condiciona o homem e faz com que seja o que
é. Tal é a lei que agora reclama um reconhecimento universal e que, quando seja
compreendida pelas pessoas inteligentes, ajudará a resolver os problemas do sexo e do
casamento.
Por que é assim? Porque quando essa lei seja admitida como princípio intelectual
governante, todos os homens recorrerão mais cuidadosamente o caminho da vida e
procederão com maior cautela para cumprir com as obrigações da família e do
grupo. Saberão muito bem que o que "tudo que o homem semear ele também colherá" e o
colherá aqui e agora, não em algum místico e mítico céu ou inferno; terá que fazer
reajustes da vida diária na terra, o que proporciona um céu adequado e um mais do que
suficiente inferno. A divulgação dessa doutrina do Renascimento e seu reconhecimento e
comprovação científica avança com toda velocidade, e durante os próximos dez anos se
deve prestar muita atenção a este tema.
O segundo postulado fundamental foi enunciado por Cristo, quando disse: "Ama a
teu próximo como a ti mesmo". Temos prestado pouca atenção até agora a este
enunciado. Nós amamos a nós mesmos e tentamos amar aqueles que nós gostamos. Mas
o amor universal é amar ao próximo, porque é uma alma como nós, de natureza
essencialmente perfeita e com um infinito destino, tem sido sempre considerado como um
lindo sonho a realizar-se em um futuro tão remoto e em um céu tão distante que é melhor
esquecer. Dois mil anos transcorreram desde que a maior expressão do amor de Deus
caminhou sobre a terra, e mandou-nos amar uns aos outros. No entanto, ainda lutamos e
odiamos e utilizamos nossos poderes para fins egoístas, nossos corpos e apetites para os
prazeres materiais e nossos esforços para viver, são dirigidos conjuntamente para fins
egoístas pessoais. Já consideraram o que seria o mundo hoje se os homens tivessem
escutado as palavras de Cristo e houvessem tratado de obedecer Seu comando? Muitas
doenças se haveriam eliminado (as doenças causadas por abuso sexual constituem uma
grande porcentagem de nossos males físicos e devastam nossa moderna civilização), não
haveriam guerras, se haveria reduzido ao mínimo o crime e nossa vida moderna seria um
exemplo de uma divindade em manifestação. Mas isso não aconteceu, daí as nossas
condições atuais do mundo moderno.
A nova lei tem de ser enunciada e o será, e pode resumir-se nas seguintes
palavras: Que o homem viva de tal modo que sua vida seja inofensiva. Então, seus
pensamentos, ações e palavras não produzirão dano algum. Esta não é inofensividade
negativa, mas sim uma difícil e positiva atividade. Se a anterior fraseologia prática das
palavras do Cristo fossem divulgadas, aplicadas e praticadas universalmente surgiria
173
ordem do caos, o amor grupal substituiria o egoísmo pessoal, a unidade religiosa ocuparia
o lugar da intolerância fanática e teríamos, em vez de libertinagem, o controle dos apetites.
A terceira lei fundamental que traria uma solução a nossos problemas atuais
modernos, incluindo o do sexo, surge logicamente das outras duas. É a Lei da Vida em
Grupo. Nossas relações grupais devem ser observadas e reconhecidas. O homem não só
deve cumprir amorosamente suas obrigações familiares e nacionais, mas também pensar
em termos mais amplos abarcando a humanidade mesma, e assim expressar a Lei da
Fraternidade. A fraternidade é uma qualidade grupal. As crianças que nascem agora vêm
equipadas com um sentido muito mais profundo de grupo e uma consciência grupal mais
desenvolvida do que a de hoje. Resolverão seus próprios problemas incluindo o do sexo e
se interrogarão a si mesmos se lhes são apresentados uma situação difícil: Tenderão
minhas ações para o bem grupal? Se danificará ou sofrerá o grupo se eu fizer isso ou
aquilo? Serão beneficiados e obterão progresso e integração e unidade o grupo? Qualquer
ação que não esteja à altura dos requisitos grupais serão automaticamente rejeitadas. Na
elucidação dos problemas o individuo e a unidade aprenderá lentamente a subordinar o
bem e os prazeres pessoais às condições e requisitos grupais. Por conseguinte, poderá
observar-se que o problema sexual também terá solução. A compreensão da Lei do
Renascimento, a boa vontade para com todos os homens, expressando-se como
inofensividade, e o desejo de alcançar a boa vontade grupal, vão se tornar gradualmente
fatores determinantes na consciência racial e nossa civilização se adaptará com o tempo a
estas novas condições.
O último postulado que quero enfatizar é que a conservação desses três leis
conduzirá necessariamente a um desejo urgente de obedecer à lei do país onde a alma,
em especial, houver encarnado. É desnecessário dizer que sei muito bem quão
inadequadas são as leis impostas pelos homens. Talvez sejam temporariamente
insuficientes para satisfazer a necessidade. Podem falhar em seu alcance e ser
inadequadas, mas em certa medida resguardam os pequenos e fracos e serão
consideradas aplicáveis por aqueles que tentam ajudar a raça. Essas leis estão sujeitas a
alterações, à medida que se faz sentir o efeito das três grandes leis, mas enquanto não
sejam reformadas inteligentemente (e isso levará tempo), frearão a libertinagem e o
egoísmo. Também poderão causar sofrimento. Isso ninguém pode negar. Mas o
sofrimento não será tão ruim nem os efeitos tão duradouros como o seriam se essas leis
fossem revogadas e começasse o conseqüente ciclo de anarquia. Portanto, o servidor da
raça colabora em sua vida diária com as leis da terra, trabalhando ao mesmo tempo para
corrigir as injustiças que elas podem produzir, e para melhorar as imposições legais que
incidem sobre o gênero humano em seu país.
174
Quando se reconheçam as quatro leis – a do Renascimento, do Amor, do Grupo e
do País – teremos a salvação da raça.
4. O Sexo e Discipulado
Crer que o discípulo deva levar uma vida de celibato e abster-se de praticar toda
função natural é incorreto e indesejável. Isto pode comprovar-se pelo reconhecimento de
duas coisas:
Segundo, a vida que não esteja bem integrada nem exerça todas as funções de
sua natureza – animal, humana e divina – (e o homem é essas três coisas em um só
corpo) é frustrada, inibida e anormal. É verdade que nem todos podem contrair matrimonio
nestes tempos, mas isso não nega a realidade maior que Deus criou o homem para unir-
se em matrimonio. Nem todos estão em uma posição que lhes permita viver vidas normais
e plenas, conseqüência também da atual e anormal situação econômica, mas isso não
nega de maneira alguma que as condições são anormais. É igualmente falso, anormal e
indesejável dizer que o celibato forçado indica uma profunda espiritualidade e é parte
necessária de todo treinamento esotérico e espiritual. Não há melhor escola de
treinamento para um discípulo ou um iniciado, que a vida familiar, com suas relações
175
obrigatórias, a facilidade que proporciona o ajustar-se e adaptar-se, o serviço e os
sacrifícios que demandam e as oportunidades que oferece para expressar plenamente
todos facetas da natureza do homem. O maior serviço que pode prestar-se a raça é
proporcionar corpos para as almas que encarnam, atendê-las e educá-las dentro dos
limites do lar. Mas a questão e o problema da vida familiar e o gerar filhos foi desfigurado e
mal interpretado; passará muito tempo antes que o casamento e os filhos assumam seu
correto lugar sagrado, e mais tempo ainda passará antes que desapareçam a dor e o
sofrimento devido a nossos erros e abusos nas relações sexuais; a beleza e a
consagração do matrimonio e a manifestação das almas na forma substituirão o atual
conjunto de idéias errôneas.
CAPÍTULO III
OS RAIOS E O HOMEM
INTRODUÇÃO
176
Já foi tratado um dos problemas fundamentais que enfrenta hoje a raça. Intercalei
meus comentários sobre o tema do sexo como final do nosso estudo dos raios em
conexão com o reino animal.
O homem é uma entidade vivente, um filho consciente de Deus (uma alma) que
ocupa um corpo animal. Aqui reside o ponto. Ele, portanto, constitui um elo, que está longe
de ser o elo perdido. Unifica em si mesmo os resultados do processo evolutivo tal como
tem sido levado a cabo durante épocas passadas, e devido a isso pode por em contato um
novo fator, o aspecto individual do conhecimento auto-sustentável. A presença deste fator
e deste aspecto é o que diferencia o homem do animal. Esse aspecto produz na
humanidade a consciência da imortalidade, uma auto-consciência e um egocentrismo, o
qual faz que o homem seja a imagem de Deus. É este poder inato e oculto que dá ao
homem a capacidade de sofrer, que nenhum animal possui, e também o capacita a colher
os frutos de sua experiência no reino do intelecto. Esta mesma capacidade, em embrião,
está latente no reino animal e, no domínio dos instintos. Tal propriedade peculiar da
humanidade lhe confere o poder de perceber os ideais, registrar a beleza, reagir
voluptuosamente à música e apreciar a cor e harmonia. É esse algo divino que faz da
humanidade no filho pródigo, seduzido pela vida mundana, por posses e experiência e o
poder desse atraente centro ou lar, do qual se originou.
O homem se encontra no meio do caminho entre o céu e a terra, com seus pés
afundados no lodo da vida material e cabeça no céu. Na maioria dos casos fecha os olhos
e não vê a beleza da visão celestial, ou os abre e os fixa no lodo e o limo que cobre seus
pés. Mas quando abre seus olhos e os eleva por um breve instante, vê o mundo da
realidade e dos valores espirituais, então começa a vida turbulenta e azarada do aspirante.
177
conhecido e revelado dentro do coração e do cérebro humanos, para poder ser captado
intelectualmente.
Os Raios e as Raças
Nos antigos ensinamentos da Sabedoria Eterna foi dito que o ser humano é um
tríplice aspecto da energia e essencialmente uma trindade, como o é a
Divindade. Tecnicamente o denominamos Mônada-ego-personalidade, e o definimos como
Espírito-alma-corpo. Gostaria de indicar que ao estudar a família humana como uma
unidade e uma totalidade também se descobrirão que é essencialmente uma Mônada,
com sete grupos egoicos, dentro dos quais todas as almas (encarnadas ou não)
encontram seu lugar, e com as correspondentes quarenta nove formas raciais, através das
quais os sete grupos de almas se expressam ciclicamente. Todas as almas cumprem seu
destino em todas as raças, mas certos tipos de almas predominam em certas formas
raciais. Portanto, por que razão existem predileções e antipatias raciais? Quando se
compreenda a Verdade de que todos nós alguma vez passamos a experiência de
encarnar em cada raça, saberemos que só existe a unidade. O tema se esclarecerá se
classificarmos o ensinamento e a relação que tem os raios com as raças:
179
3º. Raio de Inteligência. Na 5ª raça raiz 3ª e 5ª sub-raças.
Almas do 3º raio Raça Ariana.
Intelecto aperfeiçoado.
O primeiro Raio de Vontade conduz desde o propósito latente na primeira raça até
o Plano evolutivo já realizado na sétima raça.
180
Nos quatro raças mencionadas tem tido lugar um grande período de equilíbrio de
forças para nossa humanidade. O efeito dos outros três raios sobre a raça lemuriana e as
duas raças anteriores amorfas não precisa aqui ser considerado por nós. A natureza da
consciência das formas que se acham em ditas raças e a pressão exercida sobre eles pela
Entidade Que anima a família humana como um todo, são demasiado abstrusas para o
leitor comum, que lhe interessam principalmente as raças aqui enumeradas, porque lhe
resumem realizações passadas e futuras.
Influências:
O quarto é por excelência o raio que rege a humanidade. Existe uma relação
numérica que deve observar-se porque a quarta Hierarquia criadora de mônadas humanas
e o quarto Raio, nesta quarta ronda, no quarto globo, a terra, estão extremamente
ativos. Sua estreita inter-relação e interação é responsável pelo surgimento proeminente
da humanidade. Em outras rondas a humanidade não foi a evolução predominante nem a
mais importantes, mas agora o é. Na próxima ronda, a evolução predominante será as das
almas no nível astral e o reino dévico. Falando simbolicamente, nossa humanidade
caminha hoje na Terra a luz do dia e estes dois raios foram os responsáveis por que se
iniciasse a evolução humana neste ciclo maior. Nosso objetivo consiste em harmonizar os
aspectos e princípios superiores e os inferiores, no individuo e na totalidade, o que envolve
conflito e luta, mas oportunamente produz beleza, poder criativo na arte, e síntese. Este
resultado não teria sido possível sem a mediação do poderoso trabalho do quinto Raio do
Conhecimento Concreto que, em conjunto com o quarto raio, produziu esse reflexo da
divindade que denominamos homem.
182
2. A natureza da mente e o corpo mental estão regidos pelos raios do Propósito, de
Harmonia ou Síntese, e de Conhecimento.
4. A vida vital e corpo físico estão regidos na matéria pelos raios da Inteligência e de
Poder Organizador.
Resultados:
Daí surge seu problema e sua glória. Poderíamos também dizer que devido à união
entre a intuição positiva e instinto negativo nasce o intelecto, porque o homem repete em
si mesmo o grande processo criador tal como ocorre no de universo. Este é o aspecto
interno criador da consciência assim como possuímos o aspecto criador externo na
criação das formas.
Processo:
Devido a que na família humana existe na forma física humana uma entidade
pensante denominada Alma, o procedimento que se aplica para obter o controle
consciente, é o de adaptação. Todas as formas nos três reinos inferiores subumanos
estão também sujeitas a este processo de adaptação, mas é uma adaptação grupal ao
meio ambiente, enquanto que na humanidade é a adaptação do indivíduo ao seu meio
ambiente. A pessoa que trabalha de forma consciente e inteligentemente para adaptar-se
a essa situação e às condições em que se encontra, é relativamente rara. O poder de
adaptar-se conscientemente às circunstâncias é o resultado do desenvolvimento
evolutivo. As etapas mediante as quais o homem adquire essa capacidade podem
enumerar-se da maneira seguinte:
2. A adaptação inconsciente ao meio ambiente, pelo homem que começa a ter débeis
vislumbres de percepção mental. Isso é em parte instinto e se baseia no crescente
amor próprio. Existe nele maior consciência do "Eu" e menor percepção instintiva
grupal. Essa crescente auto-realização está entre os que habitam à margem da
sociedade, por exemplo, o delinqüente que possui bastante instinto e vivacidade
que lhe permite viver por sua astúcia, reage rapidamente e possui destreza
manual, etapa da astúcia animal.
5. O homem comum realmente bom, que luta para adaptar-se ao meio ambiente, às
relações e responsabilidades de seu grupo, a fim de poder expressar certa medida
de amor. Não me refiro a esse amor instintivo pela família, pelas crianças e o
espírito de rebanho, que os homens compartilham em comum com os animais, e
que freqüentemente desaparece quando os entes queridos se tornam
independentes. O vínculo não é suficientemente forte para retê-los e o motivo é
demasiado egoísta para resistir ao apelo. Refiro-me a esse amor inspirado que
reconhece os direitos do semelhante e conscientemente se esforça para adaptar-
se a esses direitos reconhecidos; enquanto se aferra tenazmente aos da
personalidade.
184
ser integrada dentro do grupo. Mediante isso se enriquece a vida do grupo,
aumenta sua potência grupal e se expande sua consciência grupal.
O Segredo:
3. O aumento do poder de atração magnética dos átomos mais elevados que atraem
para si os átomos de alta vibração para substituir os de baixa vibração. Gostaria de
fazer aqui uma declaração a fim de corrigir uma errônea atitude mental e quase
universal. Os átomos adequados de alta vibração são atraídos ao corpo ou corpos
do homem, pelo poder de atração conjunta dos átomos já presentes, e não
principalmente pela vontade da alma, exceto na medida em que essa vontade age
sobre os átomos existentes de grau superior que respondem a ela.
Propósito:
Divisões:
2. Divisão da humanidade em sete principais tipos de raios, que poderiam ser enumerar-
se assim:
a. O tipo de poder cheio de vontade e capacidade de governar.
b. O tipo de amor pleno de amor e poder de fundir.
c. O tipo de ativo de grande atividade e manipulador de energia.
d. O tipo artístico de grande sentido de beleza e aspiração criativa.
e. O tipo científico que domina a idéia de causa e efeito. O tipo matemático
f. O tipo devocional pleno de idealismo.
g. O tipo comercial de grande poder de organização. Inclinado a cerimônia
ritualística.
3. Os doze grupos astrológicos. Isto considerarei ao tratar Os Raios e o Zodíaco, por isso
não me ocuparei aqui.
187
4. Divisão de seres humanos em três grupos esotéricos:
a. Aqueles que ainda não despertaram a consciência do "Eu". Chamados
esotericamente "chispas escuras".
b. Aqueles que têm despertado a individualidade. Chamado de "luzes vacilantes".
c. Aqueles que têm despertado o conhecimento da alma. Chamados de "radiantes
filhos da luz".
Agente Objetivo:
No caso do ser humano, cujos sentidos estão ativos (desenvolvidos lentamente nos
reinos inferiores) o agente externo, mediante o qual progride, é o mundo da experiência, o
mundo tangível no plano físico. Habita na carne e constitui para o indivíduo o campo
adequado de desenvolvimento; durante o processo de desenvolvimento da consciência
grupal descobre a multiplicidade de contactos necessários para despertar sua resposta ao
meio ambiente. Este ambiente em si é parte da vida e expressão da Divindade por cujo
intermédio chega a conhecer alguns aspectos da manifestação de Deus. Utilizando os
cinco sentidos e trabalhando com os elementos terra, ar, fogo e água, recolhe tudo o que
está disponível para seu uso e trabalhar em, com, e através do mundo externo da vida
diária.
Agente subjetivo:
Qualidade:
Caberia aqui perguntar-se: qual é a diferença que existe entre as influências de raio
e as astrológicas, tais como as do signo ascendente e dos planetas regentes?
Portanto, deve ter-se em conta que os seguintes raios e suas influências devem
aplicar-se individualmente, porque fazem do homem o que é e determinam seu problema:
189
1. O raio do sistema solar.
2. O raio do Logos planetário - de nosso planeta.
3. O raio do reino humano.
4. Nosso determinado raio racial, que determina a raça ariana.
5. Os raios que regem qualquer ciclo particular.
6. O raio nacional, ou essa influência de raio que exerce uma peculiar influência
sobre determinada nação.
7. O raio da alma ou ego.
8. O raio da personalidade.
9. Os raios que regem:
a. O corpo mental.
b. O corpo emocional ou astral.
c. O corpo físico.
Cada unidade de vida e cada forma em manifestação estão regidas pelo segundo
raio. Basicamente falando, a energia do amor expressa com sabedoria é a linha de menor
resistência para as vidas manifestadas em nosso sistema solar. Este raio qualifica a vida
de todos os planetas e o atrativo amor magnético de Deus que derrama através do Seu
universo criado; emerge na consciência e determina o objetivo de todas as formas em
evolução. Cada ser humano vive, portanto, em um universo e em um planeta, e é
constantemente o objetivo de amor e de desejo de Deus, e (como resultado desse amor) é
continuamente atraído e por sua vez é atraente, algo que nunca temos em
conta. Professores, pais e educadores fariam bem em reconhecer o poder desta força de
raio e confiar que a Lei fará bem todas as coisas.
Cada um dos sete planetas sagrados (nossa Terra não é um deles) expressa uma
das sete influências de raio. Estes sete planetas são enumerados abaixo e classificados
com exatidão os raios que atuam através deles. No entanto, o estudante deve recordar
três coisas:
OS PLANETAS E OS RAIOS
Refiro-me aos ciclos maiores e não aos menores. Observarão que os raios quinto e
sétimo não se manifestam através de planetas não-sagrados. Cinco planetas não são
sagrados. O que faz ou não sagrado um planeta, constitui um dos segredos de certa
iniciação maior e não posso elucidá-lo aqui. Basta dizer que planetas sagrados são em
número de sete, totalizando doze manifestações planetárias. Também será evidente para
o leitor observador que certos planetas sagrados e outros não-sagrados, têm uma íntima
relação um com o outro através dos raios que os influenciam, e são:
Este raio introduz o fator discriminador mediante a atividade mental, que por sua
vez equilibra o que se denomina a natureza do amor, causa verdadeira do nosso
progresso evolutivo. A vida nas formas passa através de uma atividade discriminadora e
seletiva, de uma experiência para outra em uma escala de contatos cada vez mais
amplos. Este raio de Atividade Inteligente domina o homem nessa época. Os seres
humanos estão em grande parte centrados em suas personalidades; são "egocêntricos" na
terminologia de psicólogos que reconhecem o princípio integrador do ego (em muitos
casos), mas ainda não reconhecem o ego ou alma influente, exceto sob termos tão vagos
como "super-consciência". Portanto, temos uma humanidade absorvida por uma
formidável atividade, demonstrando em toda parte um vital discernimento e um interesse
intelectual em todos os tipos de fenômenos. Esta tendência a atividade aumentará e se
intensificará até que a raça ariana se fusione com a vindoura e principal raça raiz maior,
para a qual ainda não temos nome, embora reconheçamos que em dita raça o intelecto
servirá a intuição. Se considera hoje que a atividade humana adquiriu uma incrível
192
velocidade e intensidade de vibração, no entanto, do ponto de vista de Conhecedores
mundiais, apenas começa a se expressar e ainda é relativamente fraca. Pode observar-se,
se a história é estudada, que a crescente tendência ao dinamismo, e o ritmo em que o
homem vive atualmente e a complexidade e os inumeráveis interesses dinâmicos de sua
vida, não podem comparar-se com os do homem comum de duzentos anos atrás. Os
últimos vinte e cinco anos demonstram uma tremenda aceleração que não tem
comparação com as condições de cinqüenta anos atrás.
Uma das coisas mais difíceis que enfrentam hoje os Mestres é provar aos homens
que os antigos e reconhecidos valores e o mundo tangível dos fenômenos (físicos e
emocionais), devem ser relegados para o seu devido lugar no fundo da consciência do
homem e que as realidades intangíveis e o mundo das idéias e das causas devem ser
para ele, no futuro imediato, o principal centro de sua atenção. Quando o homem
compreender isso e viva de acordo com esse conhecimento, então desaparecerá a
miragem que prevalece no mundo. Se refletirem sobre isso reconhecerão que a grande
crise de 1914-1918 realizou um valioso trabalho que fez desaparecer a miragem da
segurança material em que viviam homens e também destruiu grande parte do seu
egoísmo instintivo e sensual. Além disso se começa já a reconhecer que o que importa é o
grupo e que o bem-estar individual só é importante na medida em que a unidade é uma
parte integrante do grupo. Isto não destruirá a iniciativa nem a individualidade. Os erros
tão penosos que cometemos em nossas experiências iniciais se devem à nossa imperícia
ao empregar a faculdade discriminativa. Este processo de destruir a ilusão mundial
continua desde então em grande escala; em todos os países, mediante os diversos
experimentos que se realizam, está desaparecendo a miragem e surgem os verdadeiros
valores de bem-estar, da integração e do progresso grupais. O sentido de insegurança,
aspecto tão angustiante do caos atual, se deve simplesmente à destruição do antigo
sentido de valores, a dispersão da miragem, o que revela na atualidade um panorama
desconhecido, e o medo e instabilidade que sente o homem quando se confronta com o
mundial "Morador do Umbral", que deve ser desintegrado e destruído porque obstrui o
caminho para o novo mundo de valores. A grande forma mental que foi construída pela
ganância e materialismo do homem no transcurso das épocas se está derrubando
constantemente, e o gênero humano está à beira da liberação que o conduzirá à Senda
do Discipulado. Não me refiro à liberação final, mas sim à que vem da livre decisão
sabiamente utilizada e aplicada para o bem do todo e condicionada pelo amor. Observem
que digo "sabiamente utilizada." A sabedoria ativa e motivada pelo amor, e
inteligentemente aplicada aos problemas mundiais, é hoje muito necessária, o que não foi
ainda descoberto, exceto pela poucas almas iluminadas de todas as nações – repito: de
todas as nações, sem exceção. Deve haver mais pessoas que saibam amar com
sabedoria e apreciem aspiração grupal, antes de podermos ver a próxima realidade que
devemos conhecer, a qual surgirá das trevas que estamos agora no processo de dissipar.
194
3. O Raio do Quarto Reino
O raio que rege a soma total do reino humano é o quarto raio da Harmonia através
do Conflito. Poderia dizer-se simbolicamente que o raio egóico da Vida que dá forma a
família humana é o quarto raio, e o da personalidade é o quinto raio do conhecimento
através da discriminação – denominado raio do Conhecimento Concreto ou Ciência. A
harmonia através do conflito e o poder de adquirir conhecimento pela decisão
discriminadora – estes são os dois raios ou influências maiores que passam através de
toda a humanidade e a impulsionam em direção a seu destino divino. Constituem os
fatores predisponentes com que o homem pode contar e dos que dependem
infalivelmente. São a garantia de realização e também das dificuldades e a dualidade
temporária. A harmonia, expressando-se em beleza e poder criador, se adquire mediante
a luta, a tensão e o esforço. O conhecimento, expressado oportunamente pela sabedoria,
só se alcança pela angústia que causam as decisões, apresentadas sucessivamente, as
quais ao ser submetidas à inteligência discriminadora durante o processo da experiência
de vida, produzem finalmente o sentido dos verdadeiros valores, a visão do ideal e a
capacidade de diferenciar a realidade que está por trás da ilusão que se interpõe.
Aqueles que estudam esoterismo devem ter em conta que o quarto raio tem uma
relação natural com o quarto reino da natureza, que por sua vez é a manifestação inferior
da quarta Hierarquia criadora. Esta unificação dos três resultados principais da atividade
dessa grande Vida pode enumerar-se como:
1. O poder ou vida, que tende sempre a harmonia e a eventual beleza, o quarto raio.
3. O quarto reino da natureza, resultado da atividade evolutiva dos anteriores, que por
sua vez são impulsionados a esta atividade pelo quarto Raio.
Falando esotericamente (não em forma simbólica, pois existe uma diferença entre
esses dois modos expressar-se, que os estudantes devem ter em conta), quando as linhas
de força são ajustadas e existe um livre intercambio de energias e um canal alinhado e
direto entre os distintos aspectos da divindade, então teremos realização e beleza. Tal é o
tema da ante dita formulação da verdade, a qual encerra uma profecia simbólica. A
196
mesma idéia foi exposta em uma afirmação ainda mais antiga e concisa, que deve
compreender-se e reduzir-se a uma fórmula mântrica, ao receber-se a quarta iniciação:
F O R C E (Força)
6 6 9 3 5 ..........29............... 11. Número do adepto que utiliza energia.
F O U R (Quatro)
6 6 3 9.............24 ............... 6. O criador que unifica o subjetivo e o objetivo.
Um estudo minucioso dos raios que afetam a humanidade esclarecerá que são
tantos e tão diversos, que a complexidade do tema é muito grande. Numerosas influências
fazem do homem o que ele é, e nada se sabe ainda sobre muitas delas. Nas etapas
iniciais de seu desenvolvimento é quase impossível (exceto para um iniciado) ocupar-se
das diversas fases, ou até mesmo reconhecer os indícios das reações da humanidade a
estes raios. Mas à medida que o gênero humano evolui e o aspecto forma chega a ser um
mecanismo de resposta mais apto e refinado e mais plástico e sensível do homem interior,
resulta mais fácil fazer definições e análises. Assim surgem com maior claridade os
delineamentos dos diferentes tipos e as qualidades de raio começam a controlar. Então
197
pode observar-se com maior claridade a impressão dos raios que controlam, e
compreender-se com maior exatidão a etapa de evolução alcançada.
Agora trataremos dos raios que predominam nas raças do gênero humano. Seria
conveniente que o leitor comum adote a posição de que, pelo menos para ele, a
informação transmitida até agora e no que concerne aos raios raciais, nacionais e cíclicos,
constituem uma interessante hipótese que pode ser aceita inteligentemente ou
refutada. Este conhecimento logicamente deve ser hipotético durante o transcurso de
várias vidas, no que concerne ao estudante comum. No entanto, quando chegarmos a
tratar os três pontos finais desta seção de nosso tratado, será possível verificar as
informações, correlacionar os tipos de raios e descobrir (pelo estudo das potencias
envolvidas) suas características emergentes e as forças de raios.
4. Os Raios Raciais
O leitor precisa lembrar que três raios estão ocultamente inativos e quatro estão em
diferentes graus de atividade. Recapitulemos brevemente a fim de que essa idéia se fixe
com claridade em nossas mentes.
Os raios segundo, terceiro, quinto e sétimo são ainda muito potentes. A seguinte
afirmação pode dar uma idéia dos "valores" relativos da influência destes raios.
O terceiro Raio tem estado por mais tempo em encarnação, mas em 1875
ocultamente "terminou de sair e começou a dar volta sobre si mesmo para retornar". Por
isso já começa a minguar. Quando isto ocorre com qualquer tipo de energia, o efeito
produzido é sempre de natureza cristalizadora e tende a produzir "formas fixas que exigem
sua rápida destruição", o que causa condições mentais de natureza estática ou fixa. Disto
se infere claramente que em etapas posteriores da atividade deste raio teremos a
demonstração das atitudes dogmáticas, sectárias e teológicas que marcam, por exemplo,
a decadência e a conseqüente inutilidade das diversas escolas de pensamento que em
seu tempo personificaram as idéias dos homens e bastaram para ajudá-lo durante o
período de crescimento.
O quinto raio, o último dos raios a entrar em atividade, somente está no processo
de entrar no poder. Aumenta constantemente sua potência, e o resultado de sua influência
levará a humanidade a um aumento do conhecimento. Sua energia golpeia a mente dos
homens e causa esse estímulo que reside detrás de toda abordagem científica da
verdade, em todos os setores do pensamento humano. Por ser o raio que rege o aspecto
da personalidade do quarto reino da natureza e um dos raios que determina ou condiciona
nossa raça ariana, sua atual potência é excessiva. Este ponto deve ser bem lembrado
porque explica grande parte do que ocorre no mundo do pensamento.
Será interessante observar aqui que o sexto raio governa o Caminho da provação e
nutre no aspirante os fogos do idealismo.
199
O segundo raio governa o Caminho do discipulado, transmuta o conhecimento em
sabedoria e alimentando também a vida Crística em cada discípulo.
A diferença entre ambos os grupos está muito bem resumida em algumas frases do
Velho Comentário:
"Os sete irmãos são todos filhos do mesmo Pai, mas os três maiores
participam da natureza do Pai. Os quatro mais jovens se assemelham à Mãe.
Os três filhos mais velhos saem para o universo de estrelas e ali representam
o Pai. Os quatro mais jovens se dirigem ao universo de estrelas e demonstram
a natureza de um Pai amado."
Os ciclos dos raios de aspecto são mais prolongados do que os raios de atributos,
e seu curso é ocultamente lento e de efeito cumulativo e – à medida que transcorrem as
épocas – aumenta constantemente seu impulso. Os ciclos dos raios de atributo são breves
e produzem uma constante pulsação cardíaca e um ritmo regular no sistema solar. Os três
raios de aspecto poderiam considerar-se como a personificação da vontade e do propósito
do Logos encarnado. Os raios de atributo podem analogamente considerar-se como
personificando a qualidade e o caráter do Logos encarnado. Simbolicamente falando, os
três raios maiores são expressões (durante a manifestação) do aspecto egóico do Logos
solar, enquanto os quatro raios de atributo personificam o aspecto de Sua
personalidade. No entanto, deve lembrar-se que os sete expressam na forma o que é
Deus e a medida da divina intenção. Os estudantes devem ter isso presente à medida que
estudam os raios e suas influências cíclicas sobre a humanidade. Se recordam que a
intenção divina, o propósito universal e o Plano emergem com mais claridade quando está
em manifestação um raio maior, então estarão na expectativa e esperarão grandes
acontecimentos no desenvolvimento racial. Se um raio menor está em manifestação,
teremos um acréscimo de sensibilidade psíquica e o surgimento de uma forma de vida, a
qual expressará a natureza divina mais poderosamente que o Plano Divino.
A declaração que acabo de fazer é uma das mais significativas e importantes que
tenho feito até agora neste tratado, e bem merece uma cuidadosa consideração. A
importância que tem logicamente é muito difícil de captar, mas seu significado geral pode
200
ser reconhecido e apreciado pelo estudante investigador. Os raios de aspecto
desenvolvem primordialmente o Plano. Os raios de atributo desenvolvem as qualidades da
Deidade. Isso se aplica ao Logos solar e a um ser humano, à Divindade planetária e à
humanidade como um todo.
A atuação desta verdade pode ser claramente vista na conexão que têm a raça
ariana e os dois raios que regem e controlam seu destino. O terceiro Raio de Atividade
Inteligente ou Adaptabilidade, rege todo o curso evolutivo da raça, e mediante este
procedimento podemos ver como se desenvolve o plano de Deus e a definitiva fusão entre
espírito e matéria por meio da evolução da alma do homem. O resultado desta fusão pode
ser brevemente resumido nos três enunciados seguintes:
Poderia dizer-se que na época lemuriana o efeito desse raio era estimular a
natureza instintiva, permitindo perceber a natureza forma da Deidade. Durante os dias
atlantes, pela influência do segundo raio, o instinto começou a fundir-se com o intelecto e
desenvolveu este aspecto da natureza do homem denominado nos livros teosóficos kama-
manas, palavra que significa simplesmente uma mescla de desejo, sentimento e mente
inferior – curiosa síntese que caracteriza hoje o homem comum e dá origem ao seu
complicado problema. Este desenvolvimento conferiu ao homem um outro tipo de
percepção. Chegou a ser sensoriamente consciente do universo e também sensível ao
amor de Deus, e registrou uma inata reação ao coração de Deus. Hoje, sob a influência do
quinto raio, o intelecto está despertando rapidamente; o instinto está caindo abaixo do
limiar da consciência; kama-manas já não é a característica marcante dos discípulos do
mundo. O intelecto (concreto e abstrato, inferior e superior) se desenvolve
constantemente, e a medida que o faz, a vontade, o propósito e o plano da Deidade
começam a tomar forma na mente dos homens. Os efeitos secundários deste
202
desenvolvimento são o poder de organizar e de trabalhar individualmente com um
propósito definido, demonstrado hoje pelos indivíduos em todos os campos da atividade
humana. Evidenciam a capacidade de pressentir o Plano de Deus e colaborar com
ele; vêem o amplo delineamento geral do divino propósito e compreendem mais do que
nunca o grande plano evolutivo. Os homens constroem agora para o futuro, porque
vislumbraram o passado e tem feito contato com a visão.
Creio haver dado tudo o que poderão captar deste abstruso tema. A classificação
dos raios que regem as raças, poderia dizer-se que é:
A influência do sexto raio serviu para levar às mentes dos homens até um ideal, por
exemplo, o sacrifício ou serviço individual. Nesse período a missão mística foi o mais
elevado que podia lograr-se, e os numerosos guias místicos apareceram no Ocidente e
Oriente. A influência do sétimo raio produzirá com o tempo o mago, mas nesta era
praticará predominantemente a magia branca (não como sucedia nos dias atlantes, que
predominava o egoísmo ou a magia negra). O mago branco trabalha com as forças da
natureza e as devolve a humanidade avançada para que as controle. Isso bem pode ver-
se já atuando por meio dos cientistas que surgiram em finais do século passado e no
século XX. Também é verdade que grande parte de seu trabalho mágico tem sido dirigido
para canais egoístas devido à tendência desta era materialista, e muitos de suas
descobertas sábias e verdadeiras, realizadas no reino da energia, foram adaptadas aos
fins que hoje servem ao ódio e ao amor próprio do homem. Mas isso de nenhuma maneira
milita contra suas maravilhosas realizações. Quando se transmute o motivo do interesse
puramente científico em amor a revelação divina, e quando o serviço a raça seja a força
determinante, então teremos a verdadeira magia branca. Portanto, temos aqui a
necessidade de transformar o místico em ocultista e treinar o moderno aspirante sobre o
correto motivo, o controle mental e o amor fraternal, todos os quais devem e vão se
expressar através da inofensividade, que é a força mais poderosa que existe na
atualidade. Não me refiro a não-resistência, mas a essa atitude mental positiva que não
pensa mal. Aquele que não tem pensamentos ruins nem faz mal a ninguém, é um cidadão
do mundo de Deus.
Devem ter-se presentes as seguintes relações que existem entre o sexto e sétimo
raios; os estudantes deveriam compreender a relação que há entre o passado e o futuro
imediato, e ver nele o desenvolvimento do Plano de Deus e a futura salvação da raça:
O sétimo raio conduzirá a fusão e síntese, porque o tipo de sua energia funde o
espírito e a matéria.
204
d. A atividade do sexto raio conduziu à formação de grupos de discípulos que
trabalham em grupo, mas não em estreita relação e sujeitos a desavenças
internas, baseadas nas reações da personalidade.
g. O sexto raio produziu, devido à sua influência, o surgimento nas mentes dos
homens dos seguintes conhecimentos:
1. O conhecimento da luz e da eletricidade no plano físico.
2. O conhecimento, entre esotéricos e espíritas, da existência da luz astral.
3. O interesse pela iluminação tanto física como mental.
4. A astrofísica e as novas descobertas astronômicas.
205
i. O sexto raio promoveu o crescimento do espírito individualista. Os grupos
existem, mas são grupos de indivíduos reunidos em torno de um indivíduo.
k. O sexto raio produziu as grandes religiões idealistas com sua visão e estreiteza
necessárias – estreiteza imprescindível para proteger as almas infantis.
Poderia seguir enfatizando estas relações, mas esta enumeração é suficiente para
demonstrar a beleza da preparação realizada pelo sexto grande Senhor do Idealismo, e
levar a cabo o trabalho do Sétimo Senhor do Cerimonial.
206
A Grande Fraternidade Branca tem seus rituais, cujo objetivo é introduzir e ajudar a
realizar os distintos aspectos do Plano e as diversas atividades cíclicas desse Plano. Onde
se pratiquem esses rituais, quando seu significado (inerentemente presente) permanece
oculto e incompreendido, deve haver como conseqüência a expressão de um espírito de
inércia, inutilidade e desinteresse pelas fórmulas e cerimônias. Quando se explica que o
ritual e a cerimônia organizados são apenas guardiões de forças e energias, então a idéia
é verdadeiramente construtiva em seus efeitos, a cooperação com o Plano se torna
possível, então começará a demonstrar o objetivo de todo o serviço divino. Todo serviço é
regido pelo ritual.
d. Curar mediante um método científico que consiste em unir a alma com o corpo.
É interessante observar como o sexto raio, que produziu nos seres humanos o
sentido de separatividade e o pronunciado individualismo, preparou o caminho para o
poder organizador do sétimo raio. É quase como se (para falar simbolicamente) os
executivos, que devem assumir a cargo a reorganização do mundo, preparando-o para a
Nova Era, tivessem sido treinados e preparados pela influência que está saindo para
desempenhar sua tarefa. Em todas as grandes nações se efetua hoje, praticamente, um
prévio processo de limpeza para a vindoura revelação, e os executivos e ditadores que
fomentam este realinhamento e reajuste são os especialistas que os gênios de cada
nação têm apresentado para resolver os peculiares problemas que as afetam. Estes são
predominantemente executivos do sétimo raio, cuja tarefa é reorganizar o mundo sobre
novas modalidades; são técnicos em eficiência material, enviados para ocupar-se dos
assuntos internos e iniciar essa atividade que eliminará os fatores que impedem a nação
envolvida de atuar como uma totalidade, ou unidade integrada e coerente. Estas
dificuldades e desordens internas se devem à falta de síntese e harmonia internas que (se
prolongadas) impedem uma nação de contribuir com algo ao mundo das nações e as
conduz a uma desordem tão intensa que só sobem ao poder personagens impróprias e se
fazem ressaltar os aspectos errôneos da verdade. Um ente nacional desarmônico e
desordenado é uma ameaça para a comunidade das nações, daí que se deve eliminar a
separatividade e efetuar os reajustes necessários para que se torne uma realidade a
Federação das Nações.
208
No entanto, a nova era está a caminho e nada pode impedir o desígnio das estrelas
e o que prevê a Hierarquia das Mentes orientadoras. Os novos executivos que sucederão
os atuais ditadores e potências assumirão o cargo do controle lá para o ano de 1955, e
serão em sua maioria aspirantes e discípulos do sétimo raio, e sua capacidade para lograr
a interação e a fusão em linhas corretas produzirá rapidamente a necessária compreensão
internacional.
A questão que surge em mente quanto ao fato de que tal profecia realmente será
cumprida, e se não se cumpra não seria em detrimento do que expus e se me consideraria
indigno de confiança? Permita-me responder a esta pergunta dizendo que o que
prognosticamos o que pode e deve ser, sabemos que o cumprimento da profecia é
inevitável, no entanto, o fator tempo talvez não possa ser estipulado, e isso será assim
porque o angustiado mecanismo humano daqueles a quem é confiada a tarefa, poderá
não reagi corretamente ou a seu devido tempo. Estes aspirantes e discípulos do sétimo
raio poderão cometer erros e desempenhar seu trabalho de tal maneira que se atrasem os
acontecimentos, mas lhe foi dado um delineamento geral da tarefa transmitida por suas
próprias almas e trabalham inspirados por essas grandes e liberadas almas que
chamamos Mestres da Sabedoria, mas de acordo com o Plano não exercem coerção nem
obrigam ou ordenam o serviço a ser prestado. Grande parte do êxito nos próximos
importantes anos depende do trabalho realizado por aqueles que estão afiliados (ainda
que seja superficialmente) ao Novo Grupo de Servidores do Mundo. Se educa-se o público
sobre os novos ideais, o impulso desta maré crescente facilitará grandemente o trabalho
destes executivos do sétimo raio e em alguns casos constituirá a linha de menor
resistência. Portanto, o fracasso se deverá aos aspirantes e discípulos mundiais e não à
imprecisão da profecia, nem as condições astrológicas mal interpretadas. Em qualquer
caso, o fim profetizado é inevitável, mas quando se cumprirá, está nas mãos da
humanidade que houver despertado; a diferença de tempo será entre cem ou trezentos
anos. O impulso que conduz à síntese é agora demasiado forte para demorar.
Outros raios cósmicos farão impacto sobre nossa terra à medida que o sétimo raio
incremente sua atividade; o resultado de sua influência facilitará a aparição de novos tipos
raciais e, sobre tudo, para destruir o véu ou trama que separa o mundo visível e tangível
do mundo invisível e intangível, o mundo astral. Assim como existe um véu chamado
"trama etérica" que separa os distintos centros de força do corpo humano e protege os
centros da cabeça da atuação do mundo astral, da mesma maneira há uma trama que
separa o mundo da vida física do mundo astral. Esta será destruída segura e lentamente,
pela ação dos raios cósmicos sobre nosso planeta. A teia etérica que se situa entre os
centros da coluna vertebral e no topo da cabeça (protegendo o centro coronorário) é
destruída no mecanismo do homem pela atividade de certas forças que existem neste
misterioso fogo que denominamos kundalini. Os raios cósmicos que o cientista moderno
conhece, constituem aspectos do kundalini planetário, e seu efeito será o mesmo no corpo
do Logos planetário, a Terra, assim como sucede no corpo humano; a trama etérica entre
os planos físico e astral está em processo de destruir-se e este acontecimento o
profetizam como iminente os sensitivos e os espiritistas mundo.
13
Robert Andrews Millikan (1868—1953) foi um físico americano. Recebeu o Nobel de Física de 1923,
por trabalhos sobre cargas elétricas elementares e o efeito fotoelétrico.
210
individualização ou de entrada ao reino humano tem estado fechada desde a época
atlante, mas será aberta parcialmente pela nova influência; se deixará aberta de par em
par a fim de que alguns animais respondam ao estímulo da alma e descubram que o lugar
que lhes corresponde é do lado humano da porta divisória. Parte da reorganização que
será efetuada como resultado da atividade do sétimo raio dirá respeito à relação que
existe entre a humanidade e o reino animal, e ao estabelecimento de melhores e mais
estreitas relações. Isso conduzirá os homens a aproveitar outro efeito do sétimo raio, o
poder de refinar a matéria com a qual estão construídas as formas. O corpo animal do
homem tem recebido grande atenção científica durante os últimos cem anos, e a medicina
e a cirurgia atingiram um alto nível de realização. A estrutura do homem, seu corpo e seus
sistemas internos (com seus vários rituais) são compreendidos agora como nunca
antes; este resultado se deve à força do raio entrante com seu poder de aplicar o
conhecimento ao trabalho mágico. Quando esse conhecimento se aplique em forma
intensa ao mundo animal se descobrirão novos e interessantes dados; quando as
diferenças entre o corpo físico dos animais e dos humanos hajam sido investigadas mais
detidamente, aparecerá um novo e muito frutífero campo de estudo. Estas diferenças
pertencem em grande parte ao sistema nervoso; por exemplo, não se há posto suficiente
atenção ao fato de que o cérebro do animal está realmente na região do plexo solar,
enquanto que a do cérebro humano, o agente controlador, se acha na cabeça, e atua por
intermédio da coluna vertebral. Quando os cientistas saibam exatamente por que o animal
não utiliza o cérebro da cabeça como o faz o homem, obterão um conhecimento mais
pleno da lei que rege os ciclos.
Poderia dizer-se muito sobre isso, mas muito pouco seria ainda compreendido. Até
que a força do raio entrante e de tudo o que implica sua entrada haja produzido as
alterações adequadas no sistema nervoso, resultará impossível fazer mais
esclarecimentos. As células cerebrais até agora inativas mesmo nos pensadores mais
avançados, devem ser postas em atividade; quando isso se logre, breve será possível dar
mais ensinamentos e esclarecimentos – mas não até então. No obstante, deve transcorrer
algum tempo antes que o atual mecanismo humano se adapte para registrar o que é novo
e até agora desconhecido.
Já me referi ao fato de que dentro de pouco tempo o homem deve atuar tão
livremente no plano astral e através desta consciência, como agora o faz no plano
físico. Hoje se põe ênfase sobre o aspecto vital do homem, se discute a natureza do
princípio vida e se acentua em todas as partes a necessidade de uma ação
"vital". Falamos sobre a necessidade de aumentar a vitalidade humana, dos animais e das
plantas; a qualidade dos fatores que produzem a vitalidade – o alimento, o sol e os raios
coloridos que se utilizam tão amplamente hoje – se infiltram lentamente nos pensamentos
dos médicos, enquanto até mesmo os anunciantes dos produtos enlatados de nossa
civilização moderna põem em destaque seu conteúdo vitamínico. Falando esotericamente,
isto se deve a que a consciência humana se transladou aos níveis etéricos. Vemos que
paralelamente ao progresso do conhecimento moderno sobre a ―alma como intelecto‖,
aumenta a compreensão de "a alma como vida", embora permaneça sendo o aparente e
insolúvel grande mistério.
212
Há dois acontecimentos de ocorrência próximo e iminente. A maior parte dos seres
humanos está hoje polarizada nos níveis inferiores do plano astral, mas são conscientes
no corpo físico. Esta diferenciação deve ser estudada. Dentro de um curto espaço de
tempo muitos serão conscientes do corpo vital e começarão a ser conscientes nos níveis
superiores do plano astral, e uns poucos o serão no plano mental. Mas um sem número de
pessoas estão preparadas para chegar a ser plenamente conscientes no corpo astral e
polarizar-se totalmente no plano mental ou centrar-se na alma. Isso demonstra a maravilha
e também a dificuldade dos tempos atuais.
Temos certas grandes leis conectadas com os sete raios, que são eficazes para
determinar as linhas de demarcação, as clivagens que produzem dissidências e as
diferenciações da vida de Deus, manifestadas em:
Essas Leis de Clivagem são muito difíceis para a compreensão geral. Regem a
vida das formas, e são o resultado do trabalho unificado, ou melhor, a manifestação
simultânea das três leis que são objeto do Tratado sobre Fogo Cósmico, e são:
213
Quando essas três leis funcionam unidas, em nosso particular ciclo e raça,
produzem uma fusão de forças que impõem certo ritmo, uma definida materialização de
energias e um tipo específico de civilização que atua por meio do que denominamos
esotericamente as Leis de Clivagem. É a mente que separa e divide; é a atividade mental
(divina, sobre-humana, bem como a humana) que produz as muitas diferenciações. Este
processo de categorização atinge sua culminação neste período mundial na quinta raça, a
ariana. Estamos hoje regidos pela Lei de Clivagem – uma lei divina que tem um frutífero
objetivo. Isso não deve ser esquecido.
Na raça seguinte, da qual o homem também conhece pouco, a fusão das três
energias divinas produziu a segunda lei. Deve recordar-se que a lei é apenas o efeito da
contínua atividade inteligente do aspecto Vida, à medida que atua em conjunção com a
matéria. A esta segunda lei a denominamos (que nos ocupamos da lei e da energia) Lei de
Capitulação, porque o impulso estabelecido pelo desejo de encarnar dos filhos de Deus
provou ser demasiado forte para as forças opositoras da matéria. Nada podia evitar que a
vinda à existência tangível os espíritos encarnantes. A matéria capitulou ao espírito, e o
divino desejo e a divina vontade puseram sua assinatura sobre as formas que rapidamente
se congregavam. Deve ter-se em conta que essas leis são chamadas por nomes que
indicam sua relação com a humanidade. Quando estão ativas em outros reinos da
natureza sua influência é diferente e se lhe aplicam outras nomenclaturas.
A quarta lei que controla o destino humano é conhecida pelo curioso nome da Lei
das Marés. Concerne a vida de desejo, da percepção sensória e do sentimento, e está
também intimamente relacionada com o desenvolvimento da consciência. É um aspecto
da Lei dos Ciclos que controla a evolução solar, lei humana básica, protetora e
desenvolvedora. Controla a vida cíclica e as ―marés de todas as almas que são
conduzidas à encarnação pelo grande rio da vida – sobre a onda do desejo – e é uma das
leis com as quais o aspirante deve trabalhar no início do seu treinamento. Enquanto não
possa atuar como alma, independente das turbulências cíclicas da vida terrestre e livre do
controle das marés de sua existência emocional, não poderá obter a iniciação. A
incapacidade de alcançar isto produziu na Terra os grandes dilúvios atlantes que puseram
fim a esta antiga civilização.
214
Chegamos agora à consideração da Lei de Clivagem, porque nossa raça é
controlada pelo grande heresia da separatividade. Mediante as separações (falando
simbolicamente), os fogos da destruição podem irromper e terminar com nossa civilização,
assim como terminou a civilização Atlante, a não ser que os conscientes filhos de Deus
possam construir essas pontes e desenvolver essa compreensão que neutralize essa lei,
pondo em atividade a lei que irá reger a futura raça. O trabalho que devem tratar de
realizar os discípulos do mundo é análogo ao que eles como indivíduos devem fazer para
alcançar seu próprio desenvolvimento particular: a construção do antakarana, que servirá
de ponte entre a consciência humana e a espiritual e fará que a raça seja tão intuitiva
como atualmente é intelectual.
A lei para a raça futura é muito difícil de expressar em forma compreensível. Não
encontro melhores termos para expressar adequadamente seu efeito funcional, que as
palavras a Lei da Compreensão Amorosa. É uma frase muito inadequada e sentimental
para expressar cientificamente um futuro de grande desenvolvimento evolutivo na
consciência humana, mas enquanto não se realize esse desenvolvimento não teremos
termos para expressar o verdadeiro significado da idéia subjacente. O dito acima deve ser
suficiente.
Vamos agora enumerar essas leis correlativamente a fim de obter uma melhor idéia
de sua relação e inter-relação:
6. As Nações e os Raios
Em conexão com o estudo dos raios que regem e influenciam as principais nações
do mundo, o estudante deve ter em mente que na atualidade todas se regem
principalmente pela Lei de Clivagem, mas há grupos avançados em cada nação que
começam a responder a Lei de Compreensão – lei que acabará por enfatizar a eterna
irmandade do homem e a identificação de todas as almas com a Super Alma, na
consciência racial, assim como também a unicidade da vida que flui através, penetra,
anima e integra o inteiro sistema solar. Portanto, esta Vida funciona em e através de todos
os esquemas planetários, com seus reinos de formas e com tudo o que pode incluir-se
(em nosso sistema solar) na frase "vida na forma", frase que contém três grandes e
fundamentais conceitos e idéias da vida, da matéria e da evolução.
215
Durante a era aquariana se facilitará e acelerará o funcionamento da Lei da
Compreensão Amorosa, lei que mais tarde trará o desenvolvimento do espírito
internacional, no reconhecimento de uma fé mundial em um só Deus e na convicção de
que a humanidade é a máxima expressão da divindade neste período mundial,
transferindo a consciência humana do mundo das coisas materiais a esse mundo
puramente psíquico, que conduzirá, com o tempo, ao mundo espiritual. Deve recordar-se
que (para a humanidade avançada) o reconhecimento da seqüência dessas expansões de
consciência é o seguinte:
216
a. AS PRINCIPAIS NAÇÕES E SEUS RAIOS
Todas as grandes nações estão controladas por dois raios, assim como o está
um ser humano. Das pequenas nações não nos ocuparemos. Todas as nações estão
controladas pelo raio da personalidade (se assim podemos chamá-lo), que na
atualidade é o fator dominante, potente e principal fator controlador, e pelo raio da
alma, pressentido apenas pelos discípulos e aspirantes de qualquer nação. Este raio
da alma deve ser evocado pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo para que entre
em um aumento da atividade funcionante, porque constitui um de seus principais
objetivos e tarefas. Isso nunca deve ser perdido de vista. Muito poderia escrever-se
sobre a influência histórica exercida pelos raios durante os últimos dois mil anos e a
forma que os grandes acontecimentos foram influenciados ou provocados, pela
periódica influência de raio. Mas não tenho tempo nem desejo falar deles. Por
interessante que seja este tema e ainda que indique os atuais problemas e as
tendências nacionais, tudo o que posso fazer agora é apontar os raios que regem cada
nação, e deixar que se estude e se observe seu efeito com tranqüilidade e se
compreenda sua relação com a atual condição mundial. Gostaria de fazê-los notar que
os raios que regem uma nação em particular, e estão hoje em manifestação, são muito
poderosos, seja em forma material ou egóica, embora alguns dos problemas se devem
a que certos raios, que regem determinadas nações, estão atualmente fora de
manifestação.
217
Uma conscienciosa análise do anterior indicará certas linhas de entendimento
racial. Existe uma correlação natural entre raios atuais e modernos da personalidade da
Alemanha e Grã-Bretanha, e também uma relação entre França e Grã-Bretanha, através
de seus lemas nacionais esotéricos e os dois símbolos que lhes correspondem
esotericamente. O símbolo da França é a flor de lis, adotado há séculos sob orientação
divina, e representa os três aspectos divinos da manifestação. A ênfase no terceiro
aspecto produz a manifestação inteligente. O símbolo da Grã-Bretanha, também por
desígnio divino, são as três penas que levam como escudo as armas do Príncipe de
Gales. O bem humorado e brilhante intelecto francês, com sua inclinação científica, se
deve à interação que existe entre o terceiro raio de Inteligência Ativa e o quinto raio de
Compreensão Científica. Daí a sua assombrosa contribuição ao conhecimento e ao
pensamento no mundo, e sua brilhante e colorida história. Recordemos também que a
glória do império que foi a França garante a glória da divina revelação que reside no
futuro, porém lhe corresponderá só quando deixe de viver no seu maravilhoso passado e
vá em frente, ao futuro, para demonstrar a realidade da iluminação, meta de todo esforço
mental. Quando o intelecto dos franceses se dirija para a descoberta e elucidação das
coisas do espírito, então trarão ao mundo a revelação. Quando seu raio egóico domine o
terceiro raio e a ação separatista do quinto raio seja transmutada na função reveladora
deste raio, então a França entrará num novo período de glória. Seu império será o da
mente e sua glória da alma.
218
A Índia oculta a luz, e quando essa luz seja lançada sobre o mundo e revelada à
humanidade, trará harmonia no aspecto forma, pois as coisas se verão tal como são e
estarão livres de toda miragem e ilusão; esta luz harmonizadora é muito necessária na
própria Índia, e quando se haja manifestado se obterá a atuação correta do primeiro raio
de Poder ou Governo. A vontade do povo será vista na luz. A este respeito, a Grã-
Bretanha entra em atividade renovada, porque seu raio da personalidade e o raio egóico
da Índia são os mesmos. Muitos britânicos estão subjetivamente vinculados com a Índia,
durante encarnações e associações passadas. A luta entre a Grã-Bretanha e a Índia é em
grande parte um assunto de família, no sentido mais amplo do termo; isso se deve ao
rancor – predominantemente rancor do irmão mais velho que vê o mais jovem usurpar
suas prerrogativas. Muitos administradores britânicos regressam à sua terra natal (a Índia),
e ainda que não compreendam, continuam o que iniciaram em outras vidas e em outros
corpos. Existe, como devem saber, um estreito vínculo entre o segundo e o quarto raio, e
isso surge também da relação entre Inglaterra e a Índia, porque há um destino que devem
cumprir conjuntamente.
Uma cuidadosa análise do idealismo da Rússia e dos Estados Unidos não revelará
semelhança alguma na meta de seus idealismos, porque o russo é impulsionado por sua
alma de sétimo raio a impor um cerimonial forçado de ritmos ordenados que conduz a uma
ordem idealizada e a uma comunidade de interesses. Devido a isto e ao trabalho mágico
aplicado, estão presentes e ativas na Rússia algumas forças que devem ser manejadas
muito cuidadosamente pela Irmandade da Luz; não são exatamente brancas como se as
denomina, mas concernem a magia da forma, enquanto que a magia branca pura
concerne unicamente à alma ou aspecto subjetivo. As assim chamadas forças negras não
prevalecem na Rússia, nem tampouco em outras partes do mundo, mas a reação e atitude
russa ante a autoridade e ordem imposta, contem em si maior influência mágica de sétimo
raio que em outros países, tal como Alemanha, a qual também impõe ordem e normas de
vida padronizadas.
a. Da etapa de evolução.
b. Da medida de controle exercida pelo raio da personalidade.
c. Do controle emergente que exerce o raio egóico.
d. Da polarização da nação.
220
A China, Alemanha, Grã-Bretanha e Itália são masculinas e positivas; mentais,
políticas, governadoras, normatizadas, grupo-consciente, ocultas, agressivas, cheias de
grandeza, interessadas na lei e em dar importância à raça e ao império. Porém são mais
inclusivas e pensam em termos mais amplos do que o aspecto feminino da manifestação
divina. Será útil ao leitor consultar a classificação dada antes (ver página 217) ao
considerar as expressões superiores e inferiores dos raios e observar como atuam em
relação aos raios da personalidade e da alma das diferentes nações. Tomemos como
exemplo a manifestação do raio egóico da nação alemã. Sua expressão inferior é a
construção arquitetônica, e pode ver-se como faz sentir hoje sua presença no estilo novo e
moderno dos seus edifícios. Sua expressão superior não é ainda observada, mas a
Alemanha dará algum dia ao mundo uma forma sólida de governo hierárquico. É
interessante observar que já se evidencia a expressão superior do raio egóico da França,
o quinto. O interesse científico demonstrado no psiquismo e na psicologia é uma reação a
esse raio de influência, e ainda que apenas se percebe, contém a garantia para o futuro. A
influência do sexto raio que rege a personalidade ou o aspecto forma dos Estados Unidos
da América, se evidencia amplamente em suas diversificadas religiões e na aptidão
nacional para a organização idealista; também faz sentir sua presença o segundo raio da
alma, daí o conseqüente interesse nos fenômenos e na veracidade da realidade da
iniciação.
1. A detecção um ideal.
221
2. A formulação de uma teoria.
Deve lembrar-se que cada raio personifica uma idéia que pode ser sentida como
um ideal. Os raios criam com o tempo os padrões que moldam as formas planetárias
mundiais, produzindo assim a potência interna do processo evolutivo. A moderna
psicologia começa a reconhecer já a tendência a formar padrões em conexão com o ser
humano individual, e delineia e classifica seus padrões emocionais e mentais. Tal como
acontece com o microcosmo, assim com o macrocosmo. Cada raio produz três padrões
principais que se impõem ao aspecto matéria seja de um homem, de uma nação ou de um
planeta. Estes três padrões são:
Já expus aqui frutíferas linhas de estudo através das quais o leitor pode obter uma
compreensão inteligente do que acontece atualmente na vida das nações do mundo.
Se, por exemplo, o raio dos anjos solares é o quinto, o raio da mente, que é o raio
egóico da França, pode fazer se sentir sua potência através da tensão e esforço da atual
condição mundial, então poderia conceder-se a França a glória culminante de provar ao
mundo a realidade da existência da alma e demonstrar a técnica de controle egóico. O
padrão de alma poderá ser traduzido pelo gênio do intelecto francês em termos que a
humanidade possa compreender e conhecer a verdadeira psicologia da alma. Ademais, o
gênio alemão se manifestou com freqüência no passado através do quarto raio da sua
alma, e por meio desse padrão tem dado ao mundo grande parte de sua excelente música
e filosofia. Quando novamente isto se manifeste e o padrão da alma se plasme mais
solidamente na consciência alemã, começaremos a compreender a significação do super-
homem, visão deste ideal que Alemanha captou, ainda que, todavia, o interprete
erroneamente, mas poderá proporcionar o padrão do super-homem, que é seu destino
final.
222
Se o ideal que possui Inglaterra sobre a justiça (o padrão do raio de sua
personalidade) puder ser transformado e transmutado por seu raio egóico, de amor, no
serviço mundial inteligente e justiceiro, poderá dar ao mundo o padrão do verdadeiro
governo, que é o gênio ou a latente qualidade da alma britânica. Se o idealismo dos
Estados Unidos da América, que expressa hoje sua personalidade e o evidencia em sua
ruidosa e proclamada idéia de o maior e o melhor, puder ser iluminado pela lei do amor,
então o padrão que subjaz a estrutura dos Estados Unidos poderia ver-se como linhas de
luz, e teremos o padrão da futura luz racial em contraposição às muitas tendências
nacionais separatistas. Desta maneira o leitor inteligente poderia observar e desvendar os
padrões fundamentais que correspondem a cada nação e também o padrão emocional
dos Estados Unidos, que na atualidade se expressa como sentimento e desejo pessoal, e
poderia traduzir-se em termos de verdadeira benevolência. O padrão mental dos Estados
Unidos se evidencia na informação massiva fornecida pelas escolas, pelo rádio e
imprensa. Mais adiante isso poderia transmutar-se em percepção intuitiva. O padrão da
alma dos Estados Unidos se expressa hoje pelas aquisições da nação e seu amor às
possessões, que se obtém pelo mau uso da lei do amor, lei que eventualmente mudará o
amor material pelo amor ao real, e a aquisição de coisas da forma pelas coisas do espírito.
b. O PROBLEMA JUDAICO
223
Em todo grupo – no céu como na terra – alguns entes do grupo tendem a rebelar-
se e a demonstrar uma iniciativa distinta das outras unidades do grupo. Quando nosso
universo solar veio à existência, na linguagem alegórica das antigas escrituras, se diz que
"houve guerra nos Céus", "o sol e seus sete irmãos" não atuaram com verdadeira
unanimidade, por isso (e aqui há uma insinuação) nossa Terra não é um dos sete planetas
sagrados. Como sabemos existe a antiga lenda de uma das Plêiades que se perdeu e
muitas histórias semelhantes. Tampouco na Câmara do Conselho do Altíssimo tudo foi
paz e compreensão, e sim às vezes houve guerra e discrepância; Isso está muito bem
esclarecido nas diversas histórias narradas no Antigo Testamento. Simbolicamente
falando, alguns dos filhos de Deus caíram de seu elevado estado, conduzidos em uma
época por "Lúcifer, filho da manhã". Esta "queda dos anjos" foi um extraordinário
acontecimento na história do nosso planeta, ainda que apenas um fenômeno passageiro e
interessante na história do sistema solar, e um incidente sem importância nos assuntos
das sete constelações, das quais nosso sistema solar é apenas um. Detenham-se por um
momento, reflitam sobre esta afirmação e reajustem seu senso de valores. O valor dos
acontecimentos varia em importância de acordo com o ângulo de visão, e o que (desde o
ângulo do desenvolvimento da consciência em nossa Terra) pode ser um fator de muita
importância e de valor determinante, desde o ângulo universal ser de somenos
importância. Se para um indivíduo seus assuntos são de capital importância, para a
humanidade não o são. Tudo depende de quem fica no Centro do palco no drama da vida,
e ao redor de que fator central giram os acontecimentos triviais ou importantes
ciclicamente.
Nesta escritura antiga, a mais antiga que qualquer das escrituras do mundo, reside
o segredo da história maçônica e da morte do Mestre pelos três que estavam mais
intimamente associados a Ele em sua morte e sepultamento. Os maçons reconhecerão
aos três a que me refiro aqui, porque foram os fundadores da moderna raça judaica, três
discípulos avançados que se ressentiam da ordem de entrar livres e sem entraves no lugar
onde se acha a luz. Tentaram reter o que haviam reunido e pô-lo a serviço de Deus. Eles
não podiam reconhecer que sua motivação era o amor às riquezas e o desejo de reter o
que haviam ganho. A antiga tradição, como ensinado pelos instrutores do passado, diz
que...
A antiga lenda diz que os três partiram com tristeza e revolta, carregados com seus
tesouros; assim começou a história do judeu errante. É significativo recordar que um dos
maiores filhos de Deus que já trabalhou na terra e personificou em Si Mesmo o caminho
da realização, Jesus de Nazaré, era judeu. Inverteu as primitivas
condições; absolutamente nada possuía. Foi o primeiro de nossa humanidade que
alcançou a meta; descendia diretamente do mais velho dos três discípulos originais que se
rebelaram contra o drama do desapego. O judeu encarna em si mesmo o filho pródigo
mundial. É o símbolo do discípulo que, todavia, não aprendeu a lição do justo sentido dos
valores. Ele tem sido vítima da Lei da Luz e é incapaz de cumprir essa lei. Pecou
deliberadamente sabendo quais seriam os resultados. Dai que conhece a lei como
nenhuma outra raça, porque é eternamente sua vítima. Enunciou a lei desde seu ângulo
negativo; a Lei Mosaica rege hoje em grande parte do mundo e, no entanto, não logra
trazer à vida a justiça e a verdadeira legalidade.
Curiosamente esta antiga raça, fundada por três que amavam mais o que tinham
para oferecer, do o que ansiavam obter, foram os criadores da tradição maçônica. Sua
história (e incidentalmente a história da humanidade) está personificada neste dramático
ritual. Em recompensa pela sua sinceridade – porque se sublevaram sinceramente, crendo
que estavam corretos – se lhes concedeu permissão de representar cada ano, no dia
correspondente ao que poderiam ter entrado na luz, a história da busca da luz. Devido a
que tinham estado ao ponto de ressuscitar da morte terrena para a vida da luz, eles
iniciaram a grande tradição dos mistérios. Elegeram a morte e mataram o que "havia
vivido e podia reclamar a recompensa" e que poderia ter pronunciado a palavra de poder
que abriria de par em par as portas da ressurreição.
No transcurso das idades o judeu vaga errante, produzindo muita beleza no mundo
e dando a humanidade seus grandes homens; mas ao mesmo tempo tem sido odiado e
perseguido, traído e caçado. Personifica em si, simbolicamente, a história da
humanidade. A antiga tendência dos judeus para agarrar e segurar, e também de manter
sua integridade racial e nacional, são suas características marcantes. Não podem ser
226
assimilados; no entanto, a raça é tão antiga que não existe nação no mundo que não
tenha raízes nesse grupo, o qual na antiga Lemúria havia atingido tal grau de evolução
que suas personagens mais destacas estavam sobre o caminho do discipulado. Não há
nenhuma linhagem racial no mundo ocidental que não tenha vestígios desse antiga e
seleto povo, exceto os finlandeses e lapões e essas nações que têm uma definida
descendência mongólica. Mas o que hoje se denomina sangue judeu não é puro, e o judeu
moderno é apenas um subproduto, como o é a raça anglo-saxônica; unicamente a
tendência seletiva imposta e a segregação racial tem mantido intactas a maior parte das
características originais.
1. A raça semita ou raças dos tempos bíblicos e modernos; árabes, afegãos, mouros
e as ramificações e afiliações desses povos, incluindo os modernos egípcios, são
descendentes todos do mais velho dos três discípulos.
2. Os povos latinos, os seus vários ramos em todo o mundo e as raças celtas, onde
quer que se encontrem, são descendentes do segundo dos três discípulos.
227
Se você refletir sobre isso e se estuda detidamente a tradição maçônica, muitas
coisas se esclareceram na mente. Os etnólogos podem discordar, mas não poderão
provar o contrário do que eu disse, porque as origens da atual situação racial mundial
remontam tão distantes na história da humanidade que nem sequer podem provar suas
próprias convicções. Tudo o que eles são capazes de se considerar é a história dos
últimos cem mil anos, trabalhando com os efeitos do passado e não com as causa
originárias.
7. O Raio do Ego
3. O raio monádico de cada ego é um dos três raios de aspecto, e os filhos dos
homens são mônadas de poder, de amor ou de inteligência.
a. O corpo físico, dominado pelo raio que rege a totalidade de átomos desse
corpo.
8. Cada um dos sete grupos de almas responde a um dos sete tipos de força, e
todos respondem ao raio do Logos planetário do nosso planeta, o terceiro raio
de Inteligência Ativa. Portanto, todos pertencem a um sub-raio deste raio, mas
nunca se deve esquecer que o Logos planetário também pertence a um raio,
sub-raio do segundo raio de Amor-Sabedoria. Portanto, temos:
I
O Raio Solar de Amor-Sabedoria
"Deus é Amor"
II
Os Sete Raios
1 2 3 4 5 6 7
Vontade Amor Intelecto Harmonia Ciência Devoção Cerimônia
III
Raio Planetário Egóico
com sete sub-raios
1 2 3 4 5 6 7
Vontade Amor Intelecto Harmonia Ciência Devoção Cerimônia
IV
O Raio da Personalidade
do
Logos planetário
229
Deve recordar-se que o nosso Logos planetário, que atua através do planeta
Terra, não se considera ter produzido um dos sete planetas sagrados.
10. Todo ser humano também está regido por certos grupos de raio:
230
a. Os raios do quarto reino da natureza. Isto terá diferentes efeitos de acordo
com o raio de personalidade ou alma. O quarto reino tem:
c. O raio cíclico.
d. O raio nacional.
231
O Raio Egóico tem ação direta e específica sobre o corpo astral. Por isso o
campo de batalha da vida sempre se encontra no plano da ilusão; à medida que
a alma trata de dispersar a ilusão astral o aspirante está habilitado para
caminhar na luz.
O Raio Monádico exerce sua influência sobre o corpo mental depois de lograr-
se a integração da personalidade. Isso faz com que a mente obtenha a clara
visão que culmina na quarta iniciação e que libera o homem das limitações da
forma. Existe uma analogia desta triplicidade e uma interessante relação
simbiótica nos três Iniciadores.
Agora dividirei em quatro partes o que tenho a dizer no segundo volume deste
tratado, que versa sobre o raio egóico:
232
Algumas Classificações dos Raios
233
OS DISCÍPULOS E RAIOS
234
EXPRESSÕES DE INFLUÊNCIA DOS RAIOS
235
SÉRIE DE ANALOGIAS
236
ALGUMAS NOTAS SOBRE OS QUATRO REINOS
2. O reino vegetal é:
a. O transmissor do fluido prânico vital.
b. A ponte entre o que se chama consciência e inconsciência.
c. A relação esotérica que existe no reino dos devas ou anjos.
Tratado sobre Fogo Cósmico, p. 464
4. O quarto raio e o quarto reino formam um ponto de harmonia para os três reinos
inferiores.
Tratado sobre Fogo Cósmico, p. 480
5. O quinto raio tem uma relação peculiar com o reino animal, porque é o raio que rege a
fusão desse reino com o reino humano.
Tratado sobre Fogo Cósmico, p. 480
14
O número das páginas referem-se à Edição em Espanhol.
237
O reino humano responde à energia de fogo em sua manifestação mais elevada nos
três mundos.
Tratado sobre Fogo Cósmico, p. 841-42
9. O reino mineral proporciona esse algo negativo porém vital, que é a essência do átomo
permanente humano.
O reino animal proporciona essa força negativa que quando está energizada pela força
positiva se converte em uma entidade mental.
1. O reino animal é para o corpo humano o que o corpo físico denso é para os sete
princípios.
2. O reino animal é o aspecto mãe antes de ser influenciado pelo Espírito Santo.
7. O reino humano reage, mas o sétimo raio terá três efeitos em relação com ambos os
reinos e sua interação:
Estão são vinte e um, que sintetizados formam os vinte e dois métodos que
expressam a grande Lei da Atração.
PRIMEIRO RAIO
"Que as forças se unam. Que ascendam até o lugar elevado e
dessa sublime eminência que a Alma observe ao mundo destruído. Então
que se emita a palavra:. .. ―Eu persistirei."‖
SEGUNDO RAIO
"Que toda a vida seja atraída até o centro, e penetre assim no
Coração do Amor Divino. Então, desse ponto de Vida sensível, que a
Alma compreenda a Consciência de Deus. Que se pronuncie a palavra e
reverbere através do silêncio.. ―Não existe nada mais que Eu.‖"
TERCEIRO RAIO
"Que o Exército do Senhor responda à palavra, e cesse sua
atividade. Que o conhecimento finalize em sabedoria. Que o ponto
vibrante se torne o ponto de repouso, e todas as linhas convirjam ao Uno.
Que a Alma perceba o Uno em Muitos, e que a palavra se pronuncie com
perfeita compreensão: ―Eu sou o Trabalhador e o trabalho. O Uno que
É."‖
QUARTO RAIO
"Que finalize a glória externa e que a beleza da luz interior revele
ao Uno. Que a dissonância seja substituída pela harmonia, e desde o
centro da Luz oculta que fale a Alma e surja palavra ondulante: ―Beleza e
Gloria não Me velam. Eu permaneço revelado. Eu sou.‖"
QUINTO RAIO
"Que as três formas de energia elétrica ascendam até o lugar de
poder. Que as força da cabeça e do coração e todos os aspectos
inferiores se fusionem. Então que a Alma observe o mundo interno da Luz
Divina. Que se difunda a palavra triunfante: ―Dominei energia porque Eu
sou a energia em si. O Mestre e os alunos são Um.‖"
SEXTO RAIO
"Cesse todo desejo. Que finalize a aspiração A busca está
terminada. Que a Alma compreenda que atingiu a meta, e desde esse
portal que conduz à Vida eterna e a Paz cósmica, que se pronuncie a
palavra: "Eu sou o buscador e a busca. Eu descanso.‖"
SÉTIMO RAIO
"Que os construtores cessem seu trabalho. O templo foi
terminado. Que a Alma receba sua herança e desde o Lugar Sagrado
ordene que todo o trabalho chegue ao fim. Então, no subseqüente
silêncio que se segue, que entoe a palavra: ―O trabalho criador está
terminado. Eu sou o Criador. Só permaneço Eu.‖"
240
REFERÊNCIA DA DOUTRINA SECRETA
Esotericamente este poder está considerado como o princípio vida assentado no coração.
Planeta Júpiter.
Dia Quinta-feira.
Cor exotérica índigo, com um matiz púrpura.
Cor Esotérica Azul claro.
Princípio humano Envoltura aurica.
Princípio Divino Amor.
Elemento Éter. "Foi dito". A Palavra.
Instrumento de sensação O ouvido. A fala. A Palavra.
Localização corporal O coração.
Plano O monádico.
Sentido Audição.
241
Terceiro Raio . . . . . . . . Inteligência Ativa ou Adaptabilidade
Planeta Saturno.
Dia Sábado.
Cor Exotérica Preto.
Cor esotérica Verde.
Princípio humano Mente inferior.
Princípio divino Mente Universal.
Elemento Fogo. "Fogo por Fricção".
Sensação Sistema nervoso. "É conhecido".
Localização corporal Os centros da coluna vertebral.
Plano O átmico ou plano da vontade espiritual.
Sentido Tato.
Planeta Mercury.
Dia Quarta-feira.
Cor Exotérica Creme.
Cor esotérica Amarelo.
Princípio humano Compreensão. Visão. Percepção espiritual.
Princípio divino Budhi. Intuição. Razão pura.
Elemento Ar. "Assim se produz a unidade".
Instrumento de sensação Os olhos, especialmente o olho direito.
Plano búdico ou intuitivo.
Sentido Visão.
Esotericamente, esta constitui a razão pura localizada no centro ajna entre os olhos.
Funciona quando a personalidade atinge um grau elevado de coordenação.
242
Cor esotérica Índigo.
Princípio humano Mente superior.
Princípio divino Conhecimento superior. "Deus viu que isso era bom."
Elemento Chama.
Instrumento de sensação Corpo astral.
Plano A mental inferior.
Sentido Consciência como resposta ao conhecimento.
Localização corporal Cérebro.
Planeta Marte.
Dia Terça-feira.
Cor Exotérica Vermelho.
Cor esotérica Rosa prateado.
Princípio humano Kama-Manas. Desejo.
Princípio divino Desejos pela forma.
Elemento Água. "O desejo de habitar uma forma."
Instrumento de sensação Língua. Órgão da fala.
Plano O astral ou emocional. Plano do desejo.
Sentido Paladar.
Esotericamente, o princípio do desejo está localizado no centro sacro, e tem seu reflexo
superior na garganta.
243
Sentido Olfato.
Nota: Esotericamente falando, os planetas que expressam os três raios maiores são:
1º Raio Urano.
2º Raio Netuno.
3º Raio Saturno.
OS RAIOS E OS PLANOS
OS RAIOS E OS SENTIDOS
244
OUTROS RELACIONAMENTOS
REINOS
245
A MEDITAÇÃO E OS REINOS
"A meditação centralizada sobre as cinco formas que adota cada elemento
concede domínio sobre todos eles. Estas cinco formas constituem a natureza densa, a
forma elemental, a qualidade, a compenetração e o propósito básico."
246
REINO ANIMAL
Resultados Por um lado, vemos que o terceiro raio origina instinto e por sua vez cria
e usa esse maravilhoso mecanismo de resposta que denominamos
sistema nervoso, o cérebro e os cinco sentidos, os quais os respaldam e
são responsáveis dos demais. Deve advertir-se que por muito ampla
seja a diferença entre o homem e os animais, não há realmente uma
relação muito mais estreita do que a existente entre o animal e vegetal.
No caso do sexto raio temos a aparição da faculdade de ser
domesticado e adestrado, que em última análise é o poder de amar,
servir e sair do rebanho e passar ao grupo. Reflitam sobre as palavras
desta última e paradoxal afirmação.
Agente objetivo O fogo e a água – ardente desejo e mente incipiente. Estes estão
simbolizados no poder que tem o animal para comer e beber.
REINO MINERAL
Processo Condensação.
248
Propósito Demonstração da radioatividade da vida.
OS RAIOS E OS PLANETAS
Cada um dos planetas sagrados (aos quais não pertence nossa Terra) é a
expressão de uma das influências dos sete raios. O estudante deve lembrar-se de três
coisas:
2. Que todo planeta, assim como todo ser humano, é a expressão de duas forças de
raio – o da personalidade e o da alma.
OS RAIOS E NAÇÕES
249
Brasil 2º Raio de Amor 4º Raio da Arte "Oculto a Semente "
Nota: 15
Estes são os principais campos de influência nos três mundos, e sobre eles nos
estenderemos mais adiante.
No que diz respeito ao gênero humano estes quatro raios de atributo se expressam
amplamente em conexão com os quatro aspectos da personalidade ou o quaternário. A
relação é:
15
Consulte a página 217 para uma enumeração diferente dos raios. A aparente contradição pode ser
devido ao uso da palavra "raio" sem indicar se é um raio maior, um dos sete subraios de um raio maior e um
raio complementar está implícito. Os Editores.
250
4º Raio Harmonia através do conflito Corpo físico.
5º Raio Conhecimento concreto Corpo etérico.
6º Raio Devoção Corpo astral.
7º Raio Organização Corpo Mental.
6. O raio nacional, ou a influência que esse raio exerce especialmente sobre uma nação
em particular.
8. O raio da personalidade.
a. O corpo mental.
c. O corpo físico.
251
REINO VEGETAL
Processo A conformidade ou o poder de estar "de acordo" com padrão definido nos
céus, e produzir abaixo o que existe acima. Neste reino isso é feito com
maior flexibilidade que no reino mineral, onde o processo de condensação
se efetua cegamente.
As plantas de floração.
As ervas e outras espécies que não entram nas duas anteriores. O grupo
de plantas que se classificam em forma geral como flora marinha.
252
Este documento foi traduzido, com ajuda do Google Tradutor
(https://translate.google.com.br/), a partir do site da Lucis Trust
(http://www.lucistrust.org/en), do livro Esoteric Psychology - Volume I, que se encontra
disponível para leitura gratuita:
http://www.lucistrust.org:8081/obooks/?q=node/375
253