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1 Teoria de falhas

Tensao de cisalhamento maxima

t 2 0'
Glnin Gm! Gin.“

\ -lT|'_\')rn.’|1

F
"2 "")|Il>i>l £-
(7-':’)n|A\ : T.1l\\
m.i\

A tensao cisalhante maxima é dada por

Tmax : -

Deformagao cisalhante maxima

4 I

full" F‘

~/II\{l\
. £5
L 2
2

A distorgao maxima é
lama : _nu2sim.\nE
_5 ‘
2 2 '

1.1 critérios de falha


Quando precisa-se elaborar um projeto com um material especifico, 0 engenheiro
deve estabelecer um limite superior para 0 estado de tensao que defina a falha
do material. Se 0 material for dfictil, geralmente a falha ocorrera por inicio
de escoamento; se 0 material for fragil, ela ocorrera pela fratura por clivagem.

1
Como 0 mecanismo de falha para materiais dficteis é distinto do mecanismo de
falha para materiais frageis, sao utilizadas diferentes teorias para descrever a
falha nestes materiais.
No caso de materiais dncteis, nao porosos, as principais teorias de falhas
utilizadas sao:

0 O critério de Tresca ou da maxima tensao cisalhante;


0 O critério de von Mises ou da maxima energia de distorgao.

No caso de materiais porosos dficteis sao utilizados outros critérios, muitos


baseados no critério de von Mises modificado, em que é incorporado 0 trago do
tensor tensao ao modélo, visando a incorporagao do efeito da parte hidrostatica
do tensor tensao no criterio de falha do material. Tanto o modélo classico de
Tresca quanto o de VOI1 Mises sao insensiveis a parte hidrostatica da tensao.
Porém, no caso de materiais porosos este efeito é relevante.
Materiais frageis por sua vez costumam falhar por clivagem. No caso de
vidro, por exemplo, pode-se utilizar o critério da maxima tensao normal. No
caso de materiais geomecanico, em que o efeito da parte hidrostatica do tensor
tensao é relevante, pode-se utilizar o criterio de Drucker-Prager ou o critério de
Coulomb-l\/lohr.
Nesta segao vamos considerar os seguintes critérios:

0 Criterio da maxima tensao normal;

0 Critério de Drucker-Prager.

1.1.1 Critérios de falha para materiais dficteis nao porosos

No caso de materiais dficteis, sujeitos a carregarnentos uniaxiais, temos

.;§‘ r .
T
1 . >_ ., \

Linhas ale Limcr


cmum:=.1na dc
aco docs

Nos ensaios uniaxiais envolvendo materiais dficteis nao porosos observa-se


a ocorrencia de deformagao plastica caracterizada pelo cisalhamento, na forma
de linhas de Luder por exemplo, que ocorre entre planos cristalinos que, aleato-
riamente orientados, formam o proprio material. Esse cisalhamento ocorre em

2
planos orientados a 45° com relagao ao eixo axial do corpo de prova, como
ilustrado na Figura acima.
Definindo-se a diregao as como sendo a direqao axial da tira metalica e
considerando-se que o estado de deformagao é homogéneo, i.e, que o tensor
tensao é constante e independente da posigao :3, temos

om O O
[0 I 0 O 0 . (3)
0 O 0

Veja que, neste caso, as tensoes principais, i.e., os valores proprios de 0' Q), sao
obtidos pela determinagao das raizes do polinomio caracteristico

p (A) I det [0 ~ /\I] I O (4)

1.6.

om — A O O
p()\) I det O —)\ O (5)
O O —)\
= (Um - A) (—/\)2 = 0.
Neste caso as raizes sao
A1 I >\2 I O
e (6)
A3 I Um; >

Definindo
0'1 I max
zI1,3
e (7)
U3 I 52% W}
obtemos, na forma ordenada, as tensoes principais, dadas por

0'1 I om > O
0'2 I 0'3 :9
em que
01 Z 02 Z 0:»
As diregoes principais, neste teste de tragao uniaxial, associadas as tensoes prin-
cipais 0), iI 1, 3, sao
171 I 596
172 I Ey
6 <9)
-» -»
’U3 I GZ.

Considerando a tira metalica sendo definida no plano {£10, y} podemos verificar


que a tensao cisalhante maxima ocorre no plano, ortogonal ao plano {$2, y}, que

3
forma o angulo 6 I 45° com relagao ao eixo é}, A tensao cisalhante maxima
que atua neste plano é dada por

Tm,“ I % (10)
_ Umac
_ 2 _

O angulo formado entre a diregao axial do teste e o plano em que atua a tensao
cisalhante maxima é obtido no circulo de Mohr

JLX-II‘-.|..,_. \
_. ,:'

__. I
‘--—
‘W

|-" l

1-'1
\ .

_"2

COIIIO
20 = g
1.8.

0_4.
-1
Por outro lado, em um teste de tragao uniaxial envolvendo um corpo de prova
dL'1ctil

IFBVC-SSH
4 u 4-
sup-cnor 1-B
move]

l
\. "u - mostrador
I
I "'~.-"‘\ 'u_\’.-_,-_-0'- dc carga
corpo-da pmva
cle lragraiu | motor
I
‘ |
:0"
on C l c comrolcs
I da carga

%
4
obtemos uma resposta tipica aproximada com as seguintes caracteristicas

, (T II.:n.'sz'iu dc ruplurfl real I _


Gm; i

, lirnilgch;
q 7, _ >' |"u.\|\lc|1cml wmim
limilc dc p:'upu|'uin|\:\lidaulc W‘ dc mplnrzn
Gm; .1; . . . I I 0
1 limite dc cI:1.\||c|d:ulc
0-I llimilc (|I.‘||'l_L[§£.‘l)illII\.'l'lI(‘|
D. Y
“'1, "I ‘

i ._ __ .1 . .5
Fm c<5n;|- c|1durc|l‘i|ncnln cntricqiin
Z113: |c:| "\k‘lll<1 pm 1.i::lnr|m|:;:1o
‘5%? |_ com|so|1:|n1cmu pl:is‘licn
.
lk'lil$ll&‘l\ l
Diagranms tensfio-dcfo1'muQ&o convcncionnl e real
para niatcniai ddclil (ago) tsem CiCi1lZ\)

Note, na figura abaixo, que a resposta de materiais dncteis tais como ago, de-
pende do teor de carbono do metal. Quanto menor o teor de carbono, mais
diictil é o ago. Agos de alto carbono, com 0.6% de carbono possuem um com-
portamento pouco dfictil apresentando baixa tenacidade.

(T
l '_ aqu durn
(ll.()‘7r. dc czlrbunui
‘ mzlinr rcsialfilicin
ag'r>e:\'11'|1t11ral
.’ {_(J.I?.';>E: dc ca|'hrmo)
' mais l::n;1z

_ .. AQO mole
ff (U. I ‘it dc carbono)
' mais dficlil

Para materiais dncteis pode-se observar que a falha por inicio de escoamento
ocorre, no caso de um ensaio de tragao uniaxial, quando
(T1 I Um I UE > 0
U2 I 0'3 I 0
em que
11
J1 2 02 2 03- ( )
sendo
0E - a tensao limite de escoamento.

5
Critério de Tresca Tresca, tendo em conta os resultados observados no en-
saio de tragao uniaxial de materiais dficteis propos o seguinte critério de falha
por in1'cio de escoamento:

Trnax g 7-adm
sendo (12)
Tad,” - uma tensao adrnissivel do material
(propriedade material).

Note que em urn carregamento multiaxial temos, em um ponto 0? generico, um


estado estado de tensao do tipo

01:1: Uccy Umz

la : U121 Uyy U2/Z (13)


U902 Uyz Uzz

Neste ponto podemos determinar as tensoes principais através da determinagao


das raizes do polinomio caracteristico

Jam — A Uacy Uacz


p (A) I det crxy aw I /\ Uyz (14)
Uarz Uyz Uzz 7 /\

I O

Uma vez determinadas as raizes, denominadas aqui por )\,», i I 1,3, podemos
determinar as tensoes principais ordenadas crescentemente como

<T1( R1):H1§1>§{/\¢(
zI ,
R1)}

Z3 <3?) = gig 0. on <15)


6111 que
0'12 0'2 Z 0'3

Neste caso generico a tensao cisalhante maxima é

Tmax : ~

Substituindo-se (16) em (cap2.12) podemos expressar o criterio de Tresca, para


carregamentos multiaxiais, como

Qimil g Tadm
Para (17)
V5 G Q, Q - representando o dominio do corpo.

A identificagao da tensao admissivel Tadm para o caso de falha por inicio de


escoamento é obtida aplicando-se o critério de Tresca em (17) ao caso particular,
descrito em (11).

6
Veja que, no caso particular do ensaio de tragao uniaxial, a condicao critica
de falha por inicio de escoamento o estado de tensao no corpo de prova é

(TE 0 0
[a( R1 I 0 0 O (18)
O 0 0

cujas tensoes principais ordenadas sao

01 IUE > O
O'2I0'3I0
em que
J1 Z 02 Z 03-

Substituindo estes valores no critério de Tresca, na condigao limite (de igual-


dade), obtemos
Tmax : Tadm
em que (20)
Trnax : £5‘

o que nos permite identificar a tensao admissfvel do material como

Tadm I 553. (21)

Substituindo (21) em (17) nos permite obter a expressao final, do critério de


Tresca para falha por in1'cio de escoamento.
01 if -03 E
2
A.~12
m

para (22)
Vi 6 Q, Q - representando o dominio do corpo.

o qual pode ser expresso de forma alternativa como

U611 § UE
para
Vs?’ 6 Q, Q - representando o dominio do corpo
sendo (23)

com
(ya == U1 <f> I U3 <9?)
01 Z 02 ( H1) Z 03 ( H1) - tensoes principais.

1.1.2 Caso particular - estado plano de tensao

Considere agora um componente mecanico sujeito a um estado plano de tensao


no plano {:c, Neste caso, o tensor tensao, em um dado ponto 0?, é dado por

Um ow O
l°'(5)l: ‘Try Uyy 0 - (24)
0 0 0

7
As tensoes principais de 0' sao determinadas através da determinagao das
raizes do polinomio caracteristico de 0' (E), i.e.,

am, I /\ 019 0
p ()\) I det aw 0% — A O I0 (25)
O O —)\
on 2
P(/\) = (Um — >\) (Jyy — >\) (—>~) — (—/\) (Hwy) = 0~ (26)
As raizes sao
A1 I 0
A2 I 0'a
>\3 I (Tb
em que
ca I 0'm + R
0;, I am — R (27)
sendo
Um : (Hm+<rH)

RI
_ I
2 2 +<U1;y) 2 .
Para determinar a regiao admissivel para as tensoes principais {am ab} de um
estado de plano de tensao, satisfazendo o criterio de Tresca para falha por inicio
de escoamento, procedemos como:
1. Considere um estado plano de tensao no primeiro quadrante, abaixo da
bissetriz. Neste caso temos
<71 I KT<1 Z 01> Z 0
0'2 I 0'1, Z 0 (28)
0'3 I 0.

Aplicando o critério de Tresca determinamos

7g?
0'a (TE
<w
1.e.
0,, § 0'E. (30)

2. Considere um estado plano de tensao no primeiro quadrante, acima da


bissetriz. Neste caso temos
01 I 0'a Z 0
0gIcI1,Z0aZ0 (31)
0'3 I

Aplicando o critério de Tresca determinamos


(Tb 0'5‘
—<— 32

1.e.
0;, § 0'E. (33)

8
3. Considere um estado plano de tensao no segundo quadrante. Neste caso
temos
01 I 01, § 0
02 I 0 (34)
03 I 0,1 Z 0.
Aplicando o critério de Tresca determinamos
0b—0a 0E
I<I 35
2 _ 2 ( )
1.e.
(0;, — 0,1) § 05. (36)

A regiao factivel para as tens6es principais {0a,01,} de um estado de plano


de tensao, satisfazendo o criterio de Tresca para falha por in1'cio de escoa-
mento, esta ilustrada abaixo

+ U1.

-"J I "71

-'6].

na qual os eixos sao definidos por 0,1 e 01,.

Note que o critério de Tresca é insensivel com relagao a tensao hidrostatica.


Isto pode ser visto no exemplo abaixo em que temos uma esfera sujeita a um
carregamento compressivo hidrostatico, com uma pressao p I —pO uniforme-
mente distribuida na superficie do corpo.

\,,.lx,/
/'“f\
Neste caso temos uma deformagao homogénea cujo estado de tensao associado
é constante e igual a

Ipo 0 0
[v( H1)1: 0 "P0 0 -
0 0 —p,,

9
As tensoes principais sao

01 =02 =03 = -190-

Note que por (23) a tensao equivalente


0_Z:1resca( ) : 0_1( ) _ 0.3
Hi Hi /I $52
: jpo I (7170)
I 0, Vpo € R.

Consequentemente,
Ugglresca : 0 < UE

o que implica que a esfera nao ira falhar por inicio de escoamento para qualquer
valor real de pg, rnesmo para valores tendendo para o infinito. E evidente que
esta conseqencia do critério de Tresca nao corresponde aos fatos observados na
natureza.
No caso de materiais porosos, sua resposta é dependente da pressao hidrostatica
Logo, fica evidente que o uso do um critério de Tresca para tais materiais é in-
adequado, ja que 0 critério é insensfvel ao efeito da tensao hidrostatica.

Exemplo

-I
\‘
_.-A =m-~ >

1'1. : éflfll

_ \
1
17), I KIT!
_1:

.-'\|'n';| Lri rcu Iar

Considere o tubo abaixo

600 N-m (100 N-111

15kh'I6 I l5kN

Supondo o raio rnaxirno como Rmax I 0.2m e espessura t I 0.002m, temos, na


superficie cilindrica do tubo um estado plano de tensao, expresso em uma base

10
cartesiana, com a diregao 0: sendo a direcao axial do tubo, dado por

0m 0% 0
la (5)1 = 011 0 9
0 0 0
em que
_ 15000
U“ _ I
e
U : Q‘ : 6OORm.;;
1111 J »~IRma,. J
com
J I g (Rma,.)4.
Note que
_ _ 15000 _ _ 6
U" I 2><[).2><3.1415><0.002 I 59685 X 10
E

J I I >< (0.2)4 I 2.5132 >< 10"?’


Uwy I LI
2.5132><1O"3 I 4 ' 7748 X 104 '
O tensor tensao no ponto é

—5.9685 >< 106 4.7748 >< 104 0


[0 I 4.7748 >< 104 0 0 (39)
0 0 0

—5.9685 >< 106 4.7748 >< 104 0


4.7748 >< 104 0 0
0 0 0

Os pares de {valor proprio, vetor proprio} sao

7.9992 >< 10*


0.999 97 <—> 381.96 I U1
0
0
0 <—> 0.0 I 0'2
1.0
0.99997
4.9992 >< 10% <_> -5.9689 >< 106 I 0'3.
0

11
2 Critério de von Mises
Considere o sistema discreto ilustrado na Fig.

em que
F(5) I K 6 . (41)
A energia de deformagao elastica pode ser determinada como
l>
U I / F(6)d6 (42)
O
A
I Z K6d6
0

I —K A2
I —FA
[\.'Jl—‘l\'>l—\

1.6.

U I §F A. (43)
Considere agora o sistema continuo caracterizado por uma barra de material
elastico linear, de comprimento L0, de segao transversal A0, ilustrada na Fig.
(2)-

A energia de deformagao elastica armazenada na barra ao longo do processo de


deformagao, pode ser calculada por

U I fvu dV (44)

12
em que Ll é a densidade por unidade de volume da energia de deforrnagao elastica
armazenada na barra, definida como

I/I I %05 . (45)


Porém,
F

A L I L0
8 I I

LO
I I

L0 (47)
consequentemente
1
I/I I EOE

1 15$
I 2AL,,
1 1
1 V{5FA}
logo

U I udv (49)

HQ

A densidade de deformagao elastica armazenada em um modelo unidirnensional


pode ser extendido para o caso 3D em que temos um corpo cujo dominio é Q o
qual esta sujeito a um estado multiaxial de tensao. Note que para um corpo Q
sujeito a um estado multiaxial temos
U131: Uccy Uarz

la : 012/ U99 aw
U002 Uyz 0-zz
e
51:1: 6:03; gccz

l5 : 512/ 599 51/Z


aarz Eyz gzz
em que
0' I lD)s (Lei de Hooke generalizada)

A generalizagao da densidade por unidade de volume da energia de deformagao


elastica Z/I em (45) é dada por

I/I I 10.5

em que 0 e o tensor tensao e 5 o tensor deforrnagao infinitesimal e (0, E)


ou 0.5 representam o produto interno de 0 com 5.

13
2.0.3 Fungiio trago - tr[o]
O produto interno de duas transformagoes lineares A e B é definido como

(A, B) I 11 [ABT] (51)


em que tr [C] I 21.2173 Ci) - é a fungao trago representando a soma da diagonal
de C.
Note que o produto interno é uma funqao bi-linear, i.e., Sejam A, B, C e D
transformagées lineares de R3 em R3 e 01 e 6 escalares. Entao

(A+aB, C+flD) I (A, C+flD) + a(B, C+flD) (52)


= (A13) +5(A7D) +0<(B>C) +<15(B>D)-
A fungao trago possui as seguintes propriedades:

(i) Sejam A e B transforrnagées lineares de R3 em R3 e seja 01 um escalar.


Entao a fungao trago é linear, i.e.,

tv" [aA + B] I 0 tr [A] + tr [B] (53)

(ii) Seja A uma transformagao linear de R3 em R3. Entao

tr [AT] I tr [A] (54)

(iii) Sejam A, B e C transformagées lineares de R3 em R3. Entao

11 [ABC] I 11 [01413] I 11» [BOA] , (55)


i.e., a fungao trago é invariante a permutagao ciclica do produto das trans-
formagées lineares A, B e C.
(iv) Seja A uma transformagao linear de R3 em R3. Entao

tr [A] I (A, I) I A.I


em que (56)
I - é a transformacao identidade.

2.0.4 Decomposigélo do tensor tensao e do tensor deformagiio infin-


itesimal
O tensor tensao pode ser decomposto como

0(5) I 0D(i') +p(rZ’)I


em que (57)
19(5) = 5” la (5)l
na qual p representa a parte hidrostatica ou esférica do tensor tensao e 0D
a parte deviatorica do tensor tensao.

14
Por analogia, podemos efetuar a mesma decomposigao para o tensor defor-
macao infinitesimal, i.e.

5(5) IED +e(f)I


em que (58)
e I §tv" [e

Note que, no caso de deslocamentos e deformagées infinitesimais, e(:i") esta


relacionado a mudanca de volume e ED esta relacionada com a parte isocorica
da deformagao, i.e., com a parte da deformagao que preserva volume.
De fato, como visto na Fig. (3),

._ ____

" - _.,-=_"_._--

o volume inicial do elemento diferencial é

dl/0 I dX dY dZ. (59)

O volume final do elemento diferencial, apos sofrer deforrnagao, pode ser aprox-
imado por
dV I dz dy dz (60)
em que

das 2 (1 +6m,)dX (61)


dy 2 (1 +syy)dY
dz 2 (1 + azz) dZ

logo

dV 2 (1 + em) (1 + syy) (1 + gzz) dl/0 (62)


1» (1 +151" [1=;])dV0

o que os permite concluir que

3e I tr [5]
: 5001
!‘\/
_ I dvo .

15
Note porém que

tr [ED] I tv" [e I eI] (64)


I I e tr [I]
I EE I 3e
53%“?

o que nos permite inferir que ED esta relacionada com deformagées isocoricas,
ja que seu trago é nulo.

2.0.5 Determinagiio da densidade de energia de deformagélo elastica


Da definigao da densidade da energia de deformacao elastica temos

M I (0, 5) (65)

I — (0D +pI,eD + eI)


1 1
: —(0'D,ED)-l-—<0'D,€I)-l-5<pI,ED)-l-5(pI,€I)

I — 0' U ,ED)-l-—t7“[0'D]-l-€t7“[€D]-l-%t7"[I]
I

I —(0'D,eD)+ pet7"[I]
[\§)—‘l\§('b[\§)—*

3
I —0D.sD+§pe
l\D>—I_\D>—I_\>—I_\D>—I_\D>—l' I

Como resultado obtemos a seguinte decomposigao da densidade de deformagao


elastica
M : MD + I/{vol

em que a densidade de energia de deformacao


(1) associada a deformacao isocorica é (66)
01> I 5.111.612
(2) associada a deformacao volumétrica é
Z/{vol : gp 6

Logo, no caso de um material elastico linear e isotropico temos, da lei de Hooke


generalizada, que
0 I ]D)e (67)
em que _
I 2,011+/\(I®I);
: % (6i1'6js + 6is6j1')i
(X35 :1_ E5‘4.-6."S ; B VJ
(68)
t’»:':':='@ QC} — 2(1+1/)1
and
_ _ 1/E
A *_(1+1/I)(1-20)-

16
sendo G o modulo de cisalhamento, ,0 e ;\ as constantes de Lame, V o coeficiente
de Poisson e E o modulo de Young.
Da equagao constitutiva em (68) obtemos

0 (1?) I2[1e (2?) + 5051" [e (:E)] I. (69)

De (cap2.58 e 68) podemos derivar as seguintes relagées constitutivas:


E513 I 551 an I %
e
eI ) (70)
em que
_ E
G — 2(1+9)~
Estas relac6es podem ser verificadas pelo seguinte procedirnento

0 I2/15 it ;\t1" [6 I
em qje2Ge + 3)\eI (71)

,1 I G.
Logo, determinando o trago de (71) e dividindo o resultado por 3 derivamos a
parte hidrostatica da tensao, i.e.,

P = -151" lvl (72)


)—‘C».') —‘
I g {2Gtr [E] + 3/\etr
1 _

I (2G + 32) e
_ 2E 31/E
_ (2(1+0) ‘L (1+0)(1-20)) 6
E 3v
Z m(1*@)@
_ E 1—2u+3u
('5
_ (1+1/)( (1I21/) L)

<10>( (I9)
E 1+0
I6

E
I I

17
consequentemente
_ E
P — (1I20) e
or
p I (2G + 3/\) e
ou
p I k ew; (73)
em que
eve) I (em + aw + azz) I t1"(s)
e
k; Ii.
Adicionalmente,

0 I 2G5 + 3)\eI (74)


I 2G{eD +61} + 3191
I 2GeD + 2GeI + 3;\eI
I 205” + (2G+ 3X) 61
I 2GsD +pI ,

i.e.,
(TD + pl I205” + pl (75)
o que nos permite concluir que
0D I 2GeD. (76)

Substituindo (73) e (76) em (66) derivamos


M : MD + Z/{vol

em que a densidade de energia de deformagao


(1) associada a deformagao isocorica é (77)
I?/I D _ 1 D .s~-4G0
-20 D _ L D D
(2) associada a deformagao volumétrica e
U0; _ 3 _ 3(1-20) 2
M — 2p 6 — 2E P
As expressées em (77) podem ser postas em termos das tens6es principais.
Note que a representagao de 0 em termos da base ortonormal formada pelos
vetores proprios de 0 é diagonal e expressa como
0'1 O 0
0 I 0 02 0
0 0 0'3 (78)
em que
P: %t,.[,,] '

Logo
0D I 0IpI (79)

18
o que implica em

0'1—%(0'1—l-02-]-0'3) 0 0
0DI 0 0'2—%(0'1-l-0'2-]-0'3) 0
0 0 0'3—%(0'1—l-02-]-0'3)

(30)
Desta forma, a parte da densidade de energia de deformagao associada a defor-
magao de distorgao (isocorica), Z/{D pode ser determinada por

MD I %0D.0D (81)

1 1 2 1 2
I E <T1I§(<T1+<T2+<T3) + <T2I§(U1+KT2+lT3)

1 2
+[<-3§(<1.+<-2+<13)]]
1 2 1
: E{0§§01(01+02+03)+5(01+0g+03)2

1—\
+03 I -02 (01 +(72+03) +§(01 +02+03)2

I
+03 I -03 (01 +0'2+CT3)2+§ ((71 +(T2+0'3)2}
Q,;,[\3¢Ol\Z>

_
- 1 2 2 2
4G{(01+02+03) 23(01+02+03)+9(01+02+03)
2 3 2

1 1
I E[(<’i+U§+<’§)—§(U1+<T2+U3)2]
1 1
: E {(0% + 0; + 0%) I g (0% + 0% + 0% + 20102 + 20103 + 20302)}

1
: E {2 (0% + 0% + 0%) — (20102 + 20103 + 20302)}.

Porém,

(01 — 02)2 + (01 — 03)2 + (02 — 03)2 I 0% I 20102 + 0%


+ 0% I 20103 + 0% + 0% — 20203 + 0%
I 2 (0% + 0% + 0%) — 20102 — 20103 — 20203
(82)
o que implica em
2
I/(D:fi[(<T1I<T2)2+(<T1I<T3)2+(UQIKT3) (83)
Energia de distorcao

2.0.6 Definigzio do critério de von Mises


Como a falha por inicio de escoamento esta relacionada com o cisalhamento
que ocorre em planos cristalinos orientados de forma mais favoravel ao plano de

19
cisalhamento maxirno, von Mises propos 0 critério da maxima energia distorgao,
0 qual estabelece que, em um corpo de dominio Q deve-se ter:

Z/{D § ufim, Va? 6 Q,


em que
Z/{film - representa a energia de distorgao admissivel
(propriedade material)
sendo (84)
2
Z/{D : % {(01 i cTg)2 + (01 i 03)2 + (C72 i 03) }
corn
01 Z 02 Z 0'3 - tensées principais.

Visando identificar 0 parametro material I/igim, aplicarnos 0 critério de von


Mises ao caso particular de um corpo de prova sujeito a urn carregarnento de
tragao uniaxial. Neste caso particular, no caso limite para falha por inicio de
escoamento, 0 estado de tensao é dado por

(TE 0 0
[0 (a3’)] = 0 0 0 (85)
0 0 O

cujas tensoes principais ordenadas sao

01:0E>O
O'2:0'3:0
emque (86)
0120220?»
Desta forrna, na condigao limite

MD = & {(01 — 02)2 + (J1 — 03)2 + (02 — 03)2} (87)

2 (0E)2
12G
(0E)2
6G
I Him
16

Him I £%,~E- <88)


Substituindo-se (88) em (84) derivamos

MD <9?) s
em que (89)
Z/ID : fi {(01 i 02)2 + (01 i 03)2 + (02 i O'3)2}

20
i.e.
51 {(01 - 0-2)2 + (U1 - 0-3)2 + (02 - U3)2} g (@E)2 (90)
OL1
03;“ (57) S 0E
em que

031;” (5) Z {(01 — 02)2 + (01 — 0s)2 +012 — 0s)2l


ou, de forrna equivalente, (91)
1
02;” : % {(01 i 0g)2 + (01 i 03)2 + (02 i 03)2} 2
sendo
03;” - denorninada tensao equivalente de von Mises.

2.0.7 Estado plano de tens6es


N0 caso de urn estado plano de tensao, definido no plano {a:, y}, 0 tensor tensao
ern urn dado ponto 1?, é expresso por

0“ omy O
laifll: aw Uyy O - (92)
0 O O

As tensoes principais de 0 sao deterrninadas através da determinagao das


raizes do polinérnio caracteristico de 0 (E), i.e.,

0m — /\ 0% O
p (A) I det 01.1; oyy — A O :0 (93)
O 0 —)\

on P (A) = (Um — A) (0% - A) (—>\) — (—)) (0102 = 0- (94)


, ..
As ralzes sao
A1 = O
>\2 : (Ta
>\3 I 011
em que
01, = 0m + R
0;, = 0m — R (95)
sendo
Um : (aII+UHfl)

R—
i 01
2 2 + (014,) 2 .

Visando determinar a regiao admissivel para as tensoes principais {0a, 01,}, de


urn estado de plano de tensao, satisfazendo 0 critério de von Mises para falha

21
por inicio de escoamento, procedemos como:

035” (17) S 0E
em que

02;" 0) = )5 {wa — ab? + (02% + <@%>2} <96)


sendo
02;” - denorninada tensao equivalente de von Mises.

Ou 2 2 2 22
§1 (97)
a qual representa um regiao de seguranga eliptica, como ilustrado abaixo.

ah _

f a_.._-

-0’:-

Na figura abaixo podemos cornparar, para 0 caso de um estado plano de tensoes,


as regiées de seguranga obtidas pelo critério de Tresca e pelo critério de von
Mises. Note que a deterrninagao de qual critério deve ser utilizado no projeto
rnecanico esta estabelecida nas normas ASME, DIN, etc...
Cisalhamento pure
_ 0,1 (05. 05!
‘O’: “'\
I
5:.

" ‘Z5 _E’:'")


/ _;’_ (NI; {-3.
E

1 ' 1

2.1 Critério de falha para materiais frzigeis


N0 caso de materiais frageis vamos considerar 0 critério da maxima tensao nor-
mal. Posteriormente, serao apresentados 0s critérios de Mohr-Coulomb e de

22
Drucker-Prager, que sao os mais utilizados na analise de materiais geomecani-
cos, i.e., rochas, e concreto entre outros materiais.
A resposta tipica de um material fragil, do tipo geomecanico, esta ilustrada
na figura a seguir

\/

em que 0% e 0% sao respectivamente as tensoes limite de resistencia a tracao e


compressao. Em geral, em magnitude, 0% é 2 a trés vezes maior que 0%.

2.1.1 Critério da mzixima tensao normal - falha por ruptura


N0 critério da maxima tensao normal, o estado de tensao,
arm Gary (7:02
0 Q I 0,61, 0% 0yZ (98)
0-zcv Uzy Uzz

expresso em termos da base ortonormal formada pelos autovetores de 0( Hi\/ @\

dado por
0'1 0 0

l()l
0 H1 I O 02 O
0 0 0'3
em que
01, i I 1, 3 - sao as tensoes principais ordenadas, i.e.
01 2 02 2 03-
devem satisfazer as seguintes condicoesz
01 § 0%
e (100)
03 Z 0%.

Note que se 01 I 0% ou 03 I 0% podemos ter uma falha por ruptura fragil.


Desta forma deve-se utilizar valores admissiveis para a resisténcia a tracao e
COII1pI"€SS&O, (Tgldm 6 Ugdm t&lS (1116
T
U1 g 0-adm
6

Us Z Ugdm (101)
6H1 C1116

Ugdm g 0% e Ugdm Z Ug'

23
No caso particular de um estado plano de tensao, corn relagao ao plano
{:c, y}, temos
0,, 0,,y 0
la : 01111 Uyy O - (102)
O 0 0

Neste caso, as tensoes principais, raizes do polinémio caracteristico de 0' (E),

17(0) I (Uncut I >\) (0% I /\) (I/\) I (IA) (Uacy)2 I 0, (103)


sao
A1 I 0
A2 I 0],
>\3 I (T1,
em que
0,, I 0m + R
0b I 0m — R (104)
sendo
Um : (Hm+0,,)

~ Rf/(
: 2 )+(,,)2.
is 2 U ~
Para a determinagao da regiao factivel, ou de seguranca, para as tensoes prin-
cipais {0,, 01,}, procedemos como:

1. Considere o primeiro quadrante do plano forrnado pelos eixos {0,,,01,}


abaixo da bissetriz deste quadrante. Neste caso temos

0,, Z 01, Z 0. (105)

Como resultado
U1 I 0,,
02 I 01, (106)
0'3 I 0

0 que implica
01 § 0%
ou (107)
0,, § 0%.

2. Considere 0 primeiro quadrante do plano formado pelos eixos {0,,,01,}


acima da bissetriz deste quadrante. Neste caso temos

01, Z 0,, Z 0. (108)

Como resultado
0'1 I 01,
02 I 0,, (109)
(T3 I 0

24
0 que implica
01 § 0%
ou (110)
01, § 0%.

3. Considere o segundo quadrante do plano formado pelos eixos {0,,01,}.


Neste caso temos
01, 2020,. (111)

Como resultado
0'1 I 01,
02 I 0 (112)
0'3I0'a

o que implica
01, § 0%
e (113)
0,, Z 0%.
Procedendo de forma analoga, podemos determinar as regioes de segu-
ranca correspondentes no terceiro e quarto quadrantes e obter a regiao
de seguranca para as tens6es principais {0,,,0;,} associadas a um estado
plano de tens6es, no plano {£13, y}, ilustrada por

~. ' ~

2.1.2 Critério de Mohr-Coulomb e Drucker-Prager - materiais ge0mecani-


cos

No caso de falha por deforrnacao inelastica, podemos aplicar por exemplo os


critérios de Mohr-Coulomb e Drucker-Prager. No caso das tensées principais
estarem no interior do dominio formado pelos cones abaixo, o material geomecanico
estara no regime elastico. Caso as tens6es principais estejam na superficie dos
cones, teremos uma deformacao plastica (inelastica) caracterizada pela nucle-
acao de micro-fissuras. Devido a estas caracteristicas, estes critérios sao denom-
inados de critérios de escoamento do material.
O critério de escoamento de Mohr-Coulomb pode ser visualizado pelo circulo
de Mohr abaixo. A regiao admissivel para o estado de tensao do material consiste
no conjunto de todos os estados de tensao cujo maior circulo de Mohr (do caso

25
3D), i.e., o circulo de Mohr formado pela maior e menor tensao principal, esta
contido no cone forrnado pela linha critica. Estados de tensao cujo maior circulo
de Mohr é tangente a linha cr1'tica estao na superficie do cone. Estados de tensao
cujo maior circulo de Mohr nao tangencia a linha critica esta no interior do cone.
A linha critica é definida por

T IcI0,, tan(¢>). (114)


Logo, estados de tensao no interior do cone estao sujeitos a deformagoes elas-
ticas. Estados de tensao na superficie do cone estao sujeitos a deformacfies
plasticas. No caso de modelos elasto-plasticos, os estado de tensao fisicos do
material estao sempre no interior ou na superficie do cone.
A determinagao da regiao admissivel do cone, descrita pela Fig. 3, pode ser
expressa através de urn conjunto de inequagoes as quais

.. . I
1:=c—o',, lzm¢(<:nuca11m¢)

¢
C
Y . ¢ _

‘<1... 6;. '6... *0 * 2,


c col it I

_ 6-nu’ cwnn

Fig. 5.3 - Mohr-Coulomb yield criterion


podem ser expressas, em termos das tensées principais, através de um conjunto
de inequacées do tipo f, (A,-, c) § 0.
Seja
Uacac Uacy Uacz
1'7 : U111; U2/y aw (115)
Uztv 0-zy Uzz

um estado de tensoes multiaxial, cuj as tensoes principais sao ra1'zes do polinomio


caracterfstico de 0 (:5),
p (A) I det [0'—AI] I 0
re1'Zes - valores proprios (116)
/\,-, 1: 1,3.
Sejarn 0,-, i - 1, 3 - sao as tensoes principais ordenadas, i.e.
0'1 0 0

l()l
0 H1 I 0 02 O
0 0 0'3
em que
0,-, 2' I 1, 3 - sao as tens6es principais ordenadas, i.e.
01 Z 02 Z 03-

26
Para determinar as fungées fj (0, c), que descrevem a superficie do cone, ree-
screvemos (114), em termos das tens6es principais, 0,, i I 1, 3, i.e.,

I COS (<1) = C - + I sin ((1)) tan ((1) (118)


a qual pode ser reescrita como

(01 I 03) + (01 + 03) sin (<15) I 2c cos (Q5). (119)

Em face de (119), podemos definir as superficies do cone (no caso de um cone de


superficie facetada, com multiplas superficies) em termos das tens6es principais
como:
f (0»@) I (01 — 03) + (H1 + 03)$111(¢) I 26 COS (<15) (120)
No caso do critério de Mohr-Coulomb, as faces do cone sao definidas pela
funcao f (0, c) I 0 e o cone consiste em uma piramide hexagonal alinhada com
o eixo hidrostatico cujo apex esta localizado em

p I c cot (41)). (121)

No eixo das tensées normais 0 do diagrama de Mohr. O cone definido pelo


criterio de l\/lohr-Coulomb esta ilustrado, em termos das tensées principais
{A,-,1 I 1, 3}, na Figure 5.4. (**errata ** ao ver o grafico considere A,, 2' I 1,3
como sendo as tens6es principais definindo os eixos)
A sua forma piramidal, em oposicao ao critério de Tresca, é consequencia da
introdugao do efeito da tensao hidrostatica no critério.

_,,,
<1) /’/'

1, A $1
"L 4
. 2/Z
/.
_ 6‘

Fig. 5.4 - The Mohr-Coulomb yield surface in principal stress space

2.1.3 Representagéio do cone piramidal - critério de Mohr-Coulomb

As faces piramidais do cone de l\/lohr-Coulomb sao descritas pelas seis funcéesz

27
1. Caso em que 01 I A1 e 03 I A3

f1 (A, 0) I A1 I A3 + (A1 + A3) sin (<11) I 2c cos (<15) (122)

2. Caso em que 01 I A2 e 03 I A3

f2 (A, 0) I A2 I A3 + (A2 + A3) sin (<11) I 2c cos (<15) (123)

3. Caso em que 01 I A2 e 03 I A1

fa (A10) I A2 — A1 + (A2 + A1) 8111(0) I 26 COS (<15) (124)


4. Caso em que 01 I A3 e 03 I A1

f4 (A10) Z /\3 I /\1 + (A3 + /\1) 5111(0) I 20 00$ (05) (125)

5. Caso em que 01 I A3 e 03 I A2

f5 (A, 0) I A3 I A2 + (A3 + A2) sin (<11) I 2c cos (<15) (126)

6. Caso em que 01 I A1 e 03 I Ag

f6 (A, 0) I A1 I A2 + (A1 + A2) sin (<11) I 2c cos (<15) (127)

2.1.4 Critério de Drucker-Prager

O critério de Drucker e Prager foi proposto em 1952 como sendo uma aproXi-
magao suave (diferenciavel) do critério de Mohr-Coulomb. Ele consiste em uma
modificacao do criterio de von Mises em que um termo adicional e incluido de
modo a incorporar a sensibilidade a pressao hidrostatica no critério.
A superficie do cone é dada por

\/J2(°')+77P=0
em que
J2 (0) I %0D.0'D (128)
e
0 I 0D +pI

sendo 77 e c parametros materiais, 0D a parte deviatorica da tensao e p


1
p I gt?" [0'1 (129)

a parte hidrostatica da tensao. O cone representando a regiao admissivel para


o material, em termos das tensées principais {A,,i I 1,3}, esta ilustrado na
Figure 5.5. (**errata ** ao ver o grafico considere A,, 2' I 1,3 como sendo as
tens6es principais definindo os eixos)

28
Io
' ¢>=o ‘E5
_/
_/

/
-/
14‘ T

_<,l
Fig. 5.5 - Drucker-Prager yield surface in the principal stress space

2.2 The Drucker-Prager yield criterion


This criterion has been proposed by Drucker and Prager in 1952 as a smooth
approximation to
the Mohr-Coulomb law. It consists of a modification of the von Mises crite-
rion in which an extra
term is included to introduce pressure-sensitivity. The onset of plastic yield-
ing occurs when the
equation
1/J; + '1] p I E

is satisfied, Where 17 and E are material parameters. Represented in the principal


stress space,
the yield locus of this yield criterion is a circular cone Whose axis is the
hydrostatic line. The

29
Drucker-Prager cone is illustrated in Figure 5.5.

-0'
3 ¢=0 _6€
_/
_/

/
'/
/4‘ -. -

_<,t
Fig. LI"! .5 - Drucker-Prager yield surface in the principal stress
space

In order to approximate the Morh-Coulomb yield surface it is convenient to


define the The Drucker-Prager yield function as:

[(0.6) I \/J2(-9(0)) +11 11(0) -56


Where c is the cohesion and the parameters 17 and 5 are chosen according to
the required approximation to the Mohr-Coulomb criterion. Two of the most
common approximations used are obtained by making the yield surfaces of both
criteria coincident either at the outer or inner edges of the Mohr-Coulomb sur-
face. Coincidence at the outer edges is obtained when

T’ : 6 sin
fl (3 — sin ((19))
g : 6 cos
fl I sin

Whereas, coincidence at the inner edges is given by the choice:

6 sin
11 I
\/5 (3 + 5111(1))
: 6cos
5 ,/§(;s+2111(<1))

30
The outer and inner cones are known, respectively, as the compression cone
and the extension cone. The inner cone matches the Mohr-Coulomb criterion
in uniaxial tension and biaxial compression. The outer edge approximation
matches the Mohr-Coulomb surface in uniaxial compression and biaxial tension.
The ’/T—pl&I1€ section of both surfaces is shown in Figure 5.6.
For all these set of parameters, the apex of the approximating Drucker-
Prager cone coincides with the apex of the corresponding Mohr-Coulomb yield
surface.
_G}‘

Drucker-Prager
(ouur cdges)
MOJ:r—Com'anu:
AR‘
Dfl-\CJ'c:r—P!ager fl
firuler edges) ' \

*0"
g
I U1 \-\ I G.
‘K1:-.
\fi:.
Fig. 5.6 - The Tl‘-['JlE|.I'1€‘ section of the l\-Iol11'-Coulonib surface-
and the Drucker-Prager approximatioiis

It should be emphasised here that any of the above approximations to the Mohr-
Ooulomb criterion can be poor for certain states of stress. Thus, according to
the dominant stress state in a particular problem to be analysed, other approx-
imations may be more appropriate.

31

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