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Propriedades

APRENDER A FAZER NÃO É SABER FAZER


Estudos detectaram a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, a vitamina
C e a vitamina D, e sais minerais, como cálcio, manganês e potássio. Combate os
radicais livres.

Auxilia na digestão e produz efeitos anti-reumático, diurético, estimulante e laxante.

Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante
natural.

Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a
libido.

Pode ser usada verde ou tostada, no preparo de chás e chimarrão.

Misturada com extrato de maracujá, pode ser usada como bebida quente ou gelada.

Misturada com suco de limão natural e bem gelado, torna-se uma bebida muito
refrescante para os dias quentes e também nos dias frios.

Nos dias frios ou quentes, pode ser apreciada em um chimarrão. Existe vários nomes
para a mesma erva: o nome científico da erva-mate é llex paraguariensis, mas existem
nomes populares como mate, chá-mate, chá-do-paraguai, chá das missões, congonha,
congonheira, erva, mate-legítimo, erva-de-são bartolomeu, orelha-de-burro e erva-
senhorita. Em Guarani, é chamada de caá. Tipos de ervas: Erva-mate tradicional:
apropriada para tereré e chimarrão. Erva-mate criola: erva grossa com sabor suave.
Erva-mate sabor menta e abacaxi: muito usadas no verão por serem refrescantes.

02.
Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica
diversas propriedades nutritivas, fisiológicas e medicinais no produto, o que lhe confere
um grande potencial de aproveitamento. O mestre em botânica Renato Kaspary em
publicação de 1991 sobre erva-mate e Eunice Valduga, em dissertação para obtenção do
grau de mestre (95), trazem várias informações a respeito.

Na constituição química da erva-mate, aparecem:

Alcalóides (cafeína, metilxantina, teofilina e teobromina), taninos (ácidos fólico e


cafeico), vitaminas (A, Bi, B2, C e E), sais minerais (alumínio, cálcio, fósforo, ferro,
magnésio, manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutose,
glucose, rafinose e sacarose), lipídeos (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de
celulose, dextrina, sacarina e gomas.

Assim, considera Kaspary, "a erva- mate é considerada um alimento quase completo,
pois contém quase todos os nutrientes necessários ao nosso organismo".

Também é extenso o rol de propriedades terapêuticas da erva-mate, de modo especial


em razão da presença de alcalóides, como a cafeína, na sua composição.

Destaca-se principalmente que o mate é estimulante da atividade física e mental,


atuando beneficamente sobre os nervos e músculos eliminando a fadiga. Observa-se
também que estimulante do mate é mais prolongada que a do café, sem deixar efeitos
colaterais ou residuais como a insônia e irritabilidade. Por outro lado, a erva-mate atua
sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmoniza o funcionamento bulbo-
medular. Age também sobre o tubo digestivo, facilita a digestão e favorece a evacuação
e mictação. É considerada ainda um ótimo remédio para pele e reguladora das funções
do coração e da respiração, além de exercer importante papel na regeneração celular.

A erva-mate, segundo institutos de pesquisas internacionais, é um tônico estimulante do


coração e do sistema nervoso: elimina os estados depressivos, conferindo ao músculo
maior capacidade de resistência a fadiga, sem causar efeitos colaterais. Após estudos
realizados sobre os efeitos fisiológicos exercidos pela erva-mate concluíram: O emprego
da infusão aumenta as forças musculares, desenvolve as faculdades mentais, tonifica o
sistema nervoso, regulariza e regenera as funções do coração e respiração, facilita a
digestão e determina uma sensação de bem estar e vigor no organismo, sem acarretar
depressões ou qualquer efeito colateral no organismo, como a insônia, palpitações ou
agitações nervosas provocadas por outras bebidas similares, permite como bom
alimento (natural) que sejam suportadas as fadigas e a fome.

A erva-mate contém altas proporções de vitamina E, efetiva na regulação das funções


sexuais, além de ser um elemento indispensável para a pele.

As análises feitas com as folhas de erva-mate mostram que esta planta possui vitaminas,
aparecendo em maior escala as do complexo B; possui também cálcio, magnésio, sódio,
ferro e flúor, minerais indispensáveis a vida.

A erva-mate é rica em ácido pantotênico, encontrado em menor escala na tão propalada


geléia real das abelhas, muito procurada pelas características medicinais que possui.

bjs

03.

uente, gelado, com canela ou limão. O chá mate, conhecido por todos como uma bebida
refrescante, foi a fonte de inspiração de uma pesquisa realizada pela Universidade
Federal de Santa Catarina, que constatou que consumir três doses diárias
(aproximadamente 300 ml cada ou quase 1 litro por dia) é capaz de diminuir em 13% as
taxas de colesterol ruim, o LDL, e aumentar a de colesterol bom, o HDL.

Essa ação foi observada em amostras de sangue de 100 voluntários que incluíram a
bebida no cardápio durante 60 dias. Os pesquisadores explicam que isso se dá porque
algumas substâncias presentes na erva mate, como alcaloides e os glicídeos, funcionam
como uma espécie de detergente que reage com os ácidos biliares, impedindo a
absorção da gordura pelo intestino.
Saiba mais

 Laranja combate colesterol


 Dieta contra o colesterol
 Mitos e verdades

Os pesquisadores acreditam que os princípios ativos da erva mate não ajam apenas nos
sais biliares, mas inibam também a atividade da lipase, uma enzima secretada pelo
pâncreas que está envolvida na digestão de gordura.

Ainda serão necessárias outras pesquisas sobre o assunto, mas os pesquisadores vêem
com bastante entusiasmo os primeiros resultados.

4.0

Erva Mate: Conceitos e Benefícios Deste Alimento na Saúde


Saúde & Qualidade de Vida - Saúde & Nutrição

A palavra mate deriva do quíchua mati através o espanhol mate que designa a Cuia, ou
seja, o recipiente onde o chá era bebido ou sorvido por um canudo (bomba). A primeira
observação sobre o uso da erva-mate foi feita em 1554 pelo general paraguaio Irala e
seus soldados, os quais constataram que os índios do Guairá faziam uso generalizado de
uma bebida feita com folhas de erva-mate fragmentadas, tomadas num pequeno
recipiente, por meio de um canudo de taquara, em cuja base existia um trançado de
fibras impedindo a passagem de fragmentos de folhas.

A erva-mate é o produto constituído exclusivamente pelas folhas e ramos das variedades


de Ilex paraguariensis, na forma inteira ou moída, obtida através de tecnologia
apropriada.

É hoje tradicionalmente empregada na medicina popular para diferentes funções na


saúde, e por ser uma planta de composição química complexa, além das atribuições que
apresenta, têm sido um alvo atual de novas descobertas, indicadas pelas pesquisas
científicas da área de nutrição.

Atualmente, pesquisadores têm trabalhado no sentido de esclarecer a composição


química da erva mate e alguns desses estudos têm procurado relacionar compostos
específicos a determinadas propriedades. Diversas evidências têm demonstrado que a
erva mate contém substâncias bioativas, as quais têm recebido especial atenção da
comunidade científica. Cafeína, ácidos fenólicos e flavonóides são as principais
substâncias encontradas nesse produto. Segundo evidências atuais, os compostos
fenólicos contribuem para os benefícios de saúde quando associados com consumo de
dietas rica em frutas e verduras ou bebidas derivadas e plantas, como o chá e vinho.

A atividade antioxidante destes compostos é devida principalmente às suas propriedades


de óxido-redução, podendo assim absorver e neutralizar radicais livres. Outras
evidências atuais têm apontando que a bebida preparada com erva mate contém
flavonóides encontrados nas folhas secas do Ilex paraguariensis. Em geral, os
flavonóides constituem 20 à 40% da composição da erva mate, são solúveis em água,
incolores, e são responsáveis pelo gosto adstringente do mate. A quantidade presente é
variável dependendo de condições climáticas como solo, idade das folhas, tempo de
temperatura de infusão, relação massa de erva/ volume de água e ainda a presença de
outras llex que são adulterantes.

A dieta do ser humano, de uma maneira geral, possui vários alimentos contendo
considerável quantidade de taninos, tais como feijões secos, ervilhas, cereais, folhas,
vegetais verdes, café, chá, cidra e alguns tipos de vinhos. Em poucos exemplos, efeitos
nocivos em seres humanos parece ser o resultado do consumo muito excessivo de fenóis
de plantas. Apesar da ação negativa do tanino no valor nutritivo de certos vegetais, em
particular a redução de digestibilidade de proteínas, a inibição da ação de enzimas
digestivas e interferência na absorção de ferro, os efeitos do tanino na saúde humana
ainda são questionáveis devido à limitação de estudos nesta área. É interessante
considerar que o tanino também apresenta uma forte ação antioxidante que
provavelmente poderá ser mais explorada em relação aos estudos na área de
conservação de alimentos e ação no organismo humano.

Alguns dos aminoácidos que podem aparecer na erva mate são ácido aspártico, ácido
glutâmico, glicina, alanina, triptofano, cistina, arginina, histidia, lisina, tirosina, valina,
leucina, isoleucina, treonina, metionina e asparagina. A presença de ácidos graxos
insaturados derivados dos fosfolipídios é significativa na geração do aroma da erva
mate. Os principais ácidos graxos são os ácidos palmítico, oléico, linoléico, esteárico,
araquídico e palmitoléico. E importante lembrar que os ácidos graxos têm função
energética e participam fundamentalmente da síntese de lipoproteínas e de alguns
hormônios, além de alguns estarem associados à ação antioxidante. É importante
ressaltar que a bebida pronta preparada com erva mate contém traços de ácidos graxos,
não podendo ser considerada uma fonte deste nutriente. Entre as vitaminas presentes na
erva mate temos a vitamina C (ácido ascórbico), a vitamina B1 (tiamina), a vitamina B2
(riboflavina), o ácido nicotínico, a vitamina A, o ácido fólico e também derivados do
ácido pantotênico. Os teores vitamínicos dosados na infusão ficam reduzidos, na melhor
da hipóteses, a cerca de 1/30, quando comparado com a erva mate, que não é a porção
comestível do produto.

Assim, o consumo da erva mate pode agregar importantes substâncias antioxidantes à


alimentação humana, as quais podem representar uma nova abordagem na inibição dos
danos provocados pelo excesso de radicais livres. Tendo em vista que os indícios
científicos se mostram favoráveis ao consumo deste alimento, e ainda por facilidade de
consumo em função da palatabilidade, versatilidade e valor calórico, o consumo regular
da erva mate pode ser estimulado como parte de uma dieta saudável, e sua inclusão na
alimentação deve ser incentivado por profissionais da saúde.

05

Ilex paraguariensis: a planta da Pholia Negra

Por: Rose Aielo Blanco*


Primeiro foi a Pholia Magra, - nome comercial de um fitoterápico que causou alvoroço
como emagrecedor e chegou a ser batizado de “erva anti-barriga”. Apesar de febre nos
Estados Unidos e em muitos países da Europa, a Pholia Magra é fabricada a partir do
extrato de uma planta brasileiríssima: a Cordia ecalyculata Vell. ou Cordia salicifolia.
No Brasil, esta espécie vegetal ocorre desde o estado de Minas Gerais até o Rio Grande
do Sul, sendo encontrada também em Brasília e no Acre. Popularmente ela é conhecida
como porangaba, cafezinho, café-do-mato, chá-de-frade e louro-salgueiro.

Depois da popularidade da Pholia Magra, eis que outra Pholia tem chamado a atenção e
roubado a cena. Desta vez é a Pholia Negra – também nome comercial (TM) de um
fitoterápico derivado do extrato concentrado de uma planta que, segundo várias fontes,
tem origem indígena e é usada há séculos.

Sim, provavelmente você conhece a planta da Pholia Negra. Ela atende pelo nome
científico de Ilex paraguariensis e é ninguém menos que a conhecida erva-mate!

Originária do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, a erva mate recebe muitos nomes
populares, entre eles, erveira, erva, erva-verdadeira, erva-congonha, erva-chimarrão, ,
chá-dos-jesuítas, chá-das-missões, congonha-das-missões, congonheira, mate-legítimo,
mate-verdadeiro, chimarrão, tereré, tererê, chá verde nacional ou simplesmente mate.
Quanto ao nome científico, são aceitas sinonímias: Ilex curitibensis Miers., Ilex
domestica Reiss., Ilex mate St. Hill., Ilex sorbilis Reiss., Ilex vestita Reiss. e Ilex
theaezans Bonpl. Já para os índios, a erva mate tinha nomes como caá, caá-caati, caá-
emi, caá-ete, caá-meriduvi, caá-ti, caá-yara e caá-yarií.

Presente de Tupã

Existem algumas lendas que cercam a erva mate. A maioria das referências conta que
existia um guerreiro guarani já velho e sem vitalidade para os combates, caça ou pesca
que vivia isolado com sua bela filha Yari, que dedicava todo seu tempo para cuidar dele
com muito carinho.Um dia, Yari e seu pai receberam a visita de um viajante
desconhecido a quem deram acolhida, alimento e descanso. Para acalentar o repouso do
viajante, a jovem entoou um belo canto suave, mas triste.

Ao amanhecer, o viajante declarou que era um enviado de Tupã e que para retribuir-lhes
toda aquela hospitalidade atenderia a qualquer desejo. O velho índio, sabendo que sua
jovem filha se isolara para poder cuidar dele, pediu que lhe fossem devolvidas a força e
a vitalidade, para que Yari se tornasse livre.

Assim, o mensageiro de Tupã entregou ao índio um galho de árvore de Caá, ensinando-


lhe a preparar uma bebida que lhe devolveria todo o vigor. Para completar, transformou
Yari em Caá-Yari - a deusa da erva-mate e protetora da raça guarani. E foi assim, que a
erva-mate passou a ser usada por todos os guerreiros da tribo, tornando-os mais fortes e
valentes.

Um pouco da história....

Apesar de hoje a Ilex paraguariensis ser muito


famosa por suas qualidades, em outros tempos a
história foi bem outra. Os colonos espanhóis,
instalados na região do Paraguai, logo observaram que os índios apreciavam demais
aquela bebida preparada a partir das folhas de mate, por seus efeitos revigorantes,
estimulantes e – diziam – afrodisíacos. Pronto! Foi o suficiente para que os jesuítas
espanhóis proibissem seu consumo, batizando a planta de "erva do diabo".

Durante a proibição do uso da erva-mate, os jesuítas castigavam duramente os índios


desobedientes. Chegaram a instituir, como último recurso, a "excomunhão" daqueles
que insistiam em tomar o mate. Usavam como estratégia incutir a idéia de que Anhangá
– o deus do mal na mitologia índia - havia enfeitiçado os ervais, transformando a erva
em um poderoso e mortal veneno.
Já os índios, por seu lado, sempre davam um jeito de derrubar a versão dos jesuitas. Os
sábios pagés, que conheciam o valor da erva-mate, logo criaram um antídoto para o
“veneno" de Anhangá: bastava não tomar a primeira ceiva da infusão. Ela deveria ser
cuspida fora por cima do ombro esquerdo e, a partir daí, podia-se, tranquilamente, tomar
o restante do mate, sem temer o envenenamento.

Mas essa história durou pouco. Logo, os espanhóis experimentaram e aprovaram a


bebida, adotando-a como integrante básico em sua alimentação. Daí para a grande
virada, foi um passo. Os jesuítas, que realizavam as chamadas missões ou reduções,
começaram a organizar o cultivo e a produção da erva-mate e passaram a abastecer os
colonos espanhóis em toda a área da bacia platina (compreendendo as regiões da
Argentina, Paraguai, Uruguai e Rio Grande do Sul). A erva então deixou de ser “do
diabo” e passou a render aos jesuítas grandes lucros com o seu comércio.

Mais tarde, por volta do século XIX, o Paraguai se isolou dos outros países e proibiu a
exportação de erva-mate. A medida fez com que a Argentina e o Uruguai substituíssem
a erva-mate paraguaia pela brasileira, impulsionando seu cultivo no Paraná e em Santa
Catarina. Foi o chamado Ciclo da Erva-Mate no Brasil.

Bem antes disso, a fama da erva-mate corria solta e atraiu também a atenção do rei de
Portugal, como ficou registrado numa de suas comunicações com a colônia:

“… D. João, por graça de Deos, Rey de Portugual e dos Algarves, d’aquem e d’alem
Mar, em Africa, senhor da Guinée… – Faço saber a vós, Rodrigo Cezar de Menezes,
Governador e Capitão General da Capitania de São Paulo, que ca se tem notícia que
nas terras dessa Capitania ha herva a que chamão Congonha, e os Castellanos ‘La
Provechosa’ [ a proveitosa]…, porque della se diz poder tirar grande utilidade: Me
pareceo de alvitre ordenarvos envieis a este Reino a ordem do meu Conselho
Ultramarino, um caixão da dita herva com a receita da forma como se uza della…”.

E por falar em forma de usar, uma outra curiosidade é que a maioria das referências que
pesquisei afirmam que a bebida originalmente era preparada apenas com água fria pelos
nativos e pelos primeiros conquistadores espanhóis. Somente mais tarde, quando
organizaram seu cultivo e exportação, é que os jesuítas inventaram o hábito de beber o
mate com água quente, ao invés de fria. Uns dizem que foi para imitar o preparo do chá
(Camellia sinensis) na Europa, mas tudo indica que a verdadeira razão era o receio de
contrair doenças bebendo água sem ferver.

A planta como ela é....


Erva-mate
Nome científico: Ilex paraguariensis (sinonímia: Ilex
curitibensis, I. domética, I. mate, I. sorbilis, I. vestita, I.
theazans)
Família: Aquifoliáceas
Origem: Sul do Brasil, nordeste da Argentina e leste do
Paraguai.

A erva-mate é uma planta perene, de porte arbóreo a grande,


possui tronco de cor cinza-claro a castanho. Suas folhas
apresentam cor verde-clara a verde-escura, com nervuras
salientes na face inferior. Tanto as folhas como os ramos novos são usados no preparo
de uma bebida que recebe nomes de acordo com a forma de preparo: chimarrão (feito
com água quente); tererê ou tereré (preparado com água fria) ou infusão (quando se usa
água fervente).
As flores são pequenas, brancas e surgem agrupadas nas axilas das folhas com os ramos,
mais tarde elas se transformam em bagas de cor vermelho brilhante.
A planta se desenvolve bem em condições de clima frio a ameno, em solos bem
drenados e ricos em matéria orgânica. Não se dá bem em solos compactados.
A propagação é feita por meio de mudas obtidas de estacas enraizadas e retiradas de
ramos ou de mudas originadas de brotações das raízes. O cultivo por meio de sementes
não é indicado, porque demoram muito para germinar, em razão da sua dormência.

A dificuldade com o plantio por meio de sementes acabou por gerar outro fato
interessante: na época em que os jesuítas dominavam o cultivo da erva-mate, os
senhores coloniais queriam a todo custo entrar naquele mercado, mas encontraram
muita dificuldade, pois não conseguiam fazer com que as sementes germinassem. O
método usado pelos jesuítas para produzir as mudas de erva-mate sempre permaneceu
envolto em mistério, o que deu margem a várias teorias. Uns diziam que as sementes
eram escaldadas em água quente, outros afirmavam que antes do plantio os jesuítas
davam as sementes para aves domésticas ou não (falou-se até em tucanos) e só as
plantavam após serem expelidas. Algumas referências afirmam, ainda, que eles
obrigavam os índios das missões a ingerir as sementes inteiras, para que os sucos
gástricos dissolvessem o invólucro de proteção que as impedia de germinar.

Propriedades

Um dos primeiros estudos científicos mais detalhados sobre as propriedades da erva-


mate em terras brasileiras foi realizado por Joaquim Monteiro Caminhoá, professor de
Botânica Médica, que o publicou em fascículos, entre 1877 e 1884.

Por ser uma planta de composição química complexa, a Ilex paraguariensis tem sido
alvo constante de estudos e novas descobertas. Além do que já se conhece, as pesquisas
têm indicado grandes surpresas com relação a esta planta.

Atualmente, sabe-se que a erva mate contém várias substâncias bioativas. A planta
contém alcalóides (cafeína, metilxantina, teofilina e teobromina), taninos (ácidos fólico
e caféico), vitaminas (A, B1, B2, C e E), sais minerais (alumínio, cálcio, fósforo, ferro,
magnésio, manganês e potássio), aminoácidos essenciais, glicídios, lipídios, além de
celulose, dextrina, sacarina e gomas. Muitos especialistas são unânimes em afirmar que
a erva-mate pode ser considerada um alimento quase completo, pois contém a maioria
dos nutrientes necessários ao organismo.

Os polifenóis e flavonóides constituem cerca de 30% da erva-mate e são responsáveis


pelo gosto adstringente. Já os alcalóides cafeína,
teofilina e teobromina são considerados os de maior
interesse terapêutico.

De acordo com a literatura especializada, a erva-mate


é considerada um estimulante que combate a fadiga,
a sede e a fome, estimula a atividade física e mental,
atuando de forma benéfica sobre os nervos e
músculos. A planta tem demonstrado, ainda,
propriedades diuréticas e laxativas,
Vale lembrar que as pesquisas estão apontando
também que a combinação dos alcalóides presentes
na planta - cafeína e teofilina - e a ação termogênica
pode aumentar o gasto energético e,
simultaneamente, promover a lipólise, isto é, a
degradação das gorduras no organismo. Isso ajuda a
explicar porque a Ilex paraguariensis tem feito tanto
sucesso nos programas de emagrecimento.

Mas fica aqui o alerta dos especialistas: apesar de todos esses benefícios, a erva-mate
deve ser usada com muita cautela pelos hipertensos, cardíacos e por quem sofre de
insônia, agitação e tensão emocional.

E de onde vem o poder afrodisíaco que os índios atribuíam à erva-mate? Os estudos na


área de nutrição também estão achando uma resposta para esta questão: o fato é que a
Ilex paraguariensis contém altas concentrações de vitamina E, considerada eficaz na
regulação das funções sexuais.

Curiosidades sobre a Ilex paraguariensis:

* Os índios da Bolívia, após retirarem o mel, utilizavam a sobra do favo para misturar
com as folhas da erva mate e preparar um afrodisíaco usado contra a impotência e a
infertilidade.

* O nome científico da erva mate – Ilex paraguariensis – foi dado pelo naturalista
francês Auguste Saint-Hilaire, em 1822. Durante seis anos, ele percorreu as províncias
do centro e do centro-sul do Brasil, recolhendo pelo caminho um grande acervo
botânico, registrando suas andanças num diário de viagem que foi publicado na França,
anos depois, em diversos volumes.

* A palavra “mate” vem do vocábulo quíchua “mati” ou


“matty”, que significa “porongo” – a cuia normalmente
usada para tomar o chá mate.

* Um estudo realizado pela USP apontou a ação da erva-


mate na prevenção e tratamento da aterosclerose, doença causada pelo acúmulo de
gordura nas artérias.

* O tradicional mate gaúcho ou chimarrão é a bebida preferida de Solano, personagem


interpretado pelo ator Murilo Rosa na novela Araguaia, da Rede Globo (2010).

* Um estudo feito por cientistas da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina


indicou que a erva mate pode ser útil contra o Mal de Parkinson. Depois de testar o
extrato da planta em ratos induzidos à doença, eles observaram que algumas de suas
substâncias mostraram-se capazes de protegê-los. Em outra investigação os animais
receberam o fitoterápico com a medicação tradicional e os resultados foram ainda mais
significativos. Parte das cobaias chegou a recuperar completamente os movimentos.
Apesar de preliminar, o estudo comprovou que “a erva-mate pode ser utilizada na
prevenção desse mal degenerativo e também como coadjuvante no tratamento”, afirmou
a farmacêutica Luciane Costa Campos, chefe da pesquisa.

* Inicialmente os jesuítas tentaram uma campanha de difamação contra a erva-mate -


que chamavam a “erva-do-diabo”. Mais tarde, quando passaram a dominar seu cultivo,
passaram a chamá-la “erva-de-São Bartolomeu” e começaram a incentivar o seu uso
com o objetivo de tratar o alcoolismo.

* Tamanha era a veneração que os índios tinham pela erva-mate – a qual chamavam
"Erva de Tupá" - que, assim como os antigos egípcios faziam com seu Livro dos
Mortos, os incas colocavam alguns ramos de erva-mate junto aos seus mortos, como
forma de "abrir-lhes" os caminhos para o mundo do além-túmulo.

*Rose Aielo Blanco é jornalista especializada em jardinagem e ecologia, além de


editora do Jardim de Flores.

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IMPORTANTISSIMO
O Chá-Mate (Ilex paraguariensis) é
também conhecido como Erva-Mate, Azevinho, Mate, Yerba-Mate, Chá-do-Paraguai, Chá-
Paraguaio, Hervea, Chá-de-Jesuíta, Chá-dos-Jesuítas, Companheiro e Compañero. Pertence a
família Aquifoliaceae.

Usos Tradicionais: depressão, diabetes, dor de cabeça, enxaqueca, fadiga, gripe, neuralgia,
obesidade, resfriados, reumatismo, tensão pré-menstrual (TPM).

Propriedades Medicinais: diaforético, diurético, tônico digestivo, estimulante de nervo.

As folhas assadas, colhidas quando os frutos estão maduros, são apropriadas para o consumo.
A cafeína presente no Azevinho estimula a queima de gordura pelo organismo. O Chá-Mate é
rico em derivado de xantina (citronato de cafeína, teobromina, teofilina), ácido neoclorogênico,
ácido clorogênico, betacaroteno, vitamina B, vitamina C e enxofre.

Devido ao alto conteúdo de tanino é melhor evitar o consumo durante as refeições, pois pode
prejudicar a assimilação de nutrientes. Mulheres gestantes e em fase de amamentação devem
evitar a cafeína do Azevinho.

O Chá-Mate é nativo da América do Sul, considerado a bebida nacional da Argentina, onde


costuma ser mais consumido que o Chá-Preto e o Café.

Um dos nomes populares do Chá-Mate, qual seja, Companheiro (Compañero), é oriundo da


palavra de origem espanhola “cabaço”, vez que o Chá-Mate é consumido frequentemente em
xícaras feitas das cabaças (porongos), designação comum aos frutos de plantas da família
Cucurbitaceae...

SOW PALMETO = SABAL SERRULATA = PROSTADORON

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