CAPÍTULO 3 - ESTEQUIOMETRIA INDUSTRIAL Nesta equação os dois primeiros termos referem-se à somatória das massas que cruzam a superfície de

controle, tanto das massas que entram como das que saem. O primeiro membro da equação significa,
NOTAS DE AULA portanto, a taxa líquida de entrada de massa.
3.1 Balanço de Material: massa e moles. O terceiro termo, acúmulo de massa, expressa a variação de massa no interior do VC, em
3.2 Análise de Problemas / Considerações. função do tempo. Na verdade, o acúmulo pode ser positivo ou negativo.
3.3 Técnicas de Resolução. O quarto termo, geração de massa, reflete os efeitos de qualquer reação química no interior
3.4 Componentes de Amarração. do VC, a qual pode produzir ou consumir massa (visto do ponto de vista de componentes). Nos
3.5 Reciclo. processos onde não há reação envolvida, a equação [3.1] se reduz a:
3.6 Bypass
3.7 Purga
3.8 Aplicações. massa que massa que massa que
- = [3.2]
Leitura Indicada: entra no VC sai do VC acumula no VC
a) Himmelblau, Cap. 2
b) Harper, J.C. - Elements of Food Engineering - AVI - 1976 Para fins deste estudo, podemos expressar a equação [3.2] em termos de valores médios globais, ou
seja:
Os processos utilizados no manuseio de alimentos envolvem transporte, separação e adição
de constituintes. Algumas vezes reações químicas estão envolvidas. Portanto, nestas operações existe    d m 
fluxo de material e uma análise da lei de conservação de massa deve ser feita.  m e   m s  
 dt 
[3.3]

3.1 - BALANÇO DE MATERIAL: MASSA E MOLES

O conceito de Volume de Controle -
Já estamos acostumados com o conceito de sistema muito útil na termodinâmica.
Relembrando, vemos que um sistema fechado é uma região no espaço sob consideração, por cujas
fronteiras podem atravessar calor e trabalho (energias em transito) mas não atravessa massa (a massa é
fixa dentro do sistema). Os sistemas abertos são aqueles em que existem fluxos de matéria.
No caso dos processos, é necessário definir o que chamamos de volume de controle: uma
região do espaço que nos interessa para um estudo particular e cuja superfície envolvente é chamada
de superfície de controle. Esta é uma superfície sempre fechada, pela qual atravessam calor, trabalho e
massa. Além disto, dentro do VC a massa pode variar com o tempo.
O tamanho e a forma de um volume de controle são arbitrários e devem ser definidos do
modo mais conveniente para a análise. Geralmente as fronteiras do VC coincidem com as fronteiras
do(s) equipamento(s). Em processos complexos, muitas vezes é conveniente definirmos vários VC.
A Lei de conservação de massa (total e de componentes)
Desconsiderando a interconversão massa-energia, que não ocorrem nos processos de
interesse à engenharia de alimentos, a lei de conservação de massa pode ser expressa como:
Em outras utilizações, como na mecânica dos fluidos, na transferência de calor e na
transferência de massa, será necessária a integração da expressão diferencial desta lei. Por ora nos
limitaremos apenas a equação [3.3].
Regime Permanente e Regime Transiente -
A massa, como outras propriedades das substâncias envolvidas, podem variar dentro do
VC, tanto em relação ao tempo quanto em relação à posição.
Quando as propriedades não variam com o tempo, diz-se que o processo ocorre em regime
permanente. No entanto, para que um processo seja definido assim, não é necessário que as
propriedades sejam invariantes quanto a posição. Assim, uma propriedade pode assumir distintos
valores em diferentes locais do VC, mas se estes valores são invariantes com o tempo, o processo
ocorre em regime permanente. Neste caso, a equação [3.3] fica:
 
 m e   m s [3.4]

massa que massa que massa que acu- massa Caso a massa ou outras propriedades variem com o tempo, diz-se que o processo ocorre em
gera-
entra no VC - sai do VC = mula no VC - [3.1] regime transiente. Neste caso, é necessário o uso da equação [3.3].
da no VC Balanço de massa aplicado a componentes (em regime permanente e sem reação química)
A lei da conservação de massa é válida tanto para a corrente total (isto é, a massa da mistura
de componentes) como para as correntes dos diversos componentes.
OBS.: Quando se considera massa total, independente da natureza do componente, a massa gerada Assim, para uma mistura binária de componentes (1) e (2) e sendo (A) uma corrente de
total no entrada, (B) e (C) correntes de saída, teremos para os componentes 1 e 2:
VC será sempre nula.

9
 3.4 - Componentes de Amarração:
B Um componente (ou elemento) de amarração é um material que passa de uma corrente para
A outra sem sofrer qualquer tipo de alteração, ou sem que tenha sido adicionado ou retirado deste
VC C componente qualquer material assemelhado (servem como dados para o balanço de material).
Exemplos: a) Os constituintes sólidos de um alimento, quando passam por um processo de evaporação
ou de secagem se mantém inalterados, ficando definidas as correntes que os contém. b) Alguns
processos de separação (extração, destilação, etc.), nos quais se especifica a priori o rendimento
desejado de um componente, ficando desta forma definida a quantidade do componente em questão
O sistema contém (09) variáveis e gera um nas correntes de saída. c) O ar (parte seca) utilizado em secagem. d) Na combustão, o N 2 atmosférico
sistema com (05) equações independentes. do ar de entrada é igual ao N2 dos gases resultantes da combustão.
Para resolver tal sistema necessita-se de
(04) variáveis conhecidas para se 3.5 - R E C I C L O
determinar as outras (05) desconhecidas.
É uma derivação da corrente de saída de um processo, a qual retorna em mistura com a
corrente de alimentação.

Convém também utilizar equações derivadas de combinações, como a resultante da soma

das duas primeiras (A=B+C).
Reciclo R
3.2 - Análise do problema / Considerações:
Na aplicação do balanço de material num processo, deve-se inicialmente obter todas as Alimentaçã Produt
informações possíveis, resultando em: o M PROCESSO S o
- massa ou fluxos de material que entram e saem do sistema.
- composição de todas as correntes. misturador separado
- escolha de uma base de cálculo (quando necessária), identificando a(s) respectivas(s)
corrente(s)
r
-ponto importante: o balanço de material básico é feito em massa e NÃO em volume ou exemplos: Reciclo parcial de ar em processos de secagem, com intuito de aproveitamento de energia
moles. do ar já aquecido. b) Reciclo de células (microorganismos) em fermentadores contínuos, com intuito
de melhorar o desempenho do reator e evitar o efeito de lavagem. c) Reciclo total de soluções
CONSIDERAÇÕES: Conhecendo-se tecnologicamente um processo, pode-se admitir algumas saturadas em cristalizadores (ex. açúcar, sal, etc.) d) Reciclo em destilação, etc.
simplificações. Por exemplo, em evaporadores consideramos que o evaporado é água pura, exceto nos
casos em que a análise seja feita em termos de outros voláteis arrastados pelo evaporado (recuperação 3.6 - B Y P A S S:
de aromas).
Processos em “batelada”, podem ser associados com correntes entrando e saindo, como se É uma derivação da corrente de alimentação, desviada do processo e misturada com a
fossem processos contínuos, sobre os quais se aplica a mesma metodologia. corrente de saída, fornecendo uma composição desejada.
3.3 - Técnicas de Resolução:
· Fazer um diagrama em blocos, representando todo o processo e correntes, colocando-se
símbolos apropriados para as correntes e para as frações mássicas ou molares. Bypass
· Colocar todos os dados disponíveis.
· Verificar se existem componentes de amarração (vistos a seguir)
Alimentaçã Produt
· A partir de todas as informações, obter o sistema de equações decorrente. S PROCESSO M
· Verificar se o número de equações independentes é igual ao número de variáveis o o
desconhecidas, para que se possa ter solução única.
· Se o número de equações for menor que o número de variáveis desconhecidas, verificar
se há falta de dados ou se pode ser feita alguma consideração, obtendo-se um ou mais dados ao
problema.
· Resolver o sistema de equações.

10
 Um exemplo típico do uso de bypass em processos envolvendo alimentos é o caso em que o
processo em si pode ser muito drástico, ocasionando características indesejáveis ao produto (ex. perda
de aromas). A derivação em bypass pode minimizar o problema.
3.7 - P U R G A:
EXERCÍCIOS
1 - Tendo-se uma alimentação de 1000 kg/h de suco integral de fruta com 12% de sólidos solúveis em
um evaporador, quanto se produz de suco concentrado com 40% de sólidos solúveis? Quanto de água
será evaporada?

Uma derivação em corrente de purga é normalmente utilizada quando uma corrente por um 2 - Alimenta-se uma coluna de destilação (como esquematizada na Figura), com 1000 kg/h de uma
lado contém componentes desejáveis que é de interesse reciclar no processo, mas por outro lado solução contendo 10% de etanol em peso, obtendo-se 100 kg/h de destilado com 80% em peso de
contém componentes indesejáveis que devem ser mantidos dentro de limites de concentração álcool. Pede-se determinar a vazão de vinhaça (produto de cauda), sua composição e a quantidade
aceitáveis. percentual de álcool perdido no processo.

condensado
Alimentaçã Produt r
o M PROCESSO S o
D = 100 kg/h
Colun
A a x1D = 0,80
de

PURGA 1 000 kg/h Desti- onde: x1 = fração

x1A = 0,10 lação
mássica de etanol
(alimentação secundária)
p.ex. ar C=?
x1C = ?
Exemplos para alimentos é o reaproveitamento de ar de secagem, que pode ser reciclado em mistura
com ar ambiente, no entanto deve manter o teor de umidade dentro de limites aceitáveis (a água no ar é
um componente indesejável). 3 - Grãos de soja (12% de umidade em base úmida) contém 18% de óleo. Em um processo de
prensagem, consegue-se extrair 80% do óleo original.
a) Qual a concentração de óleo na torta? b) e a umidade?. Suponha que o óleo extraído não contém
umidade e nem arrasta sólidos da torta.

4 - Para se produzir leite condensado açucarado (composição abaixo), faz-se a concentração do leite
(composição típica abaixo), adicionando-se em seguida um xarope com 65% de sacarose. Para a
produção de 1000 kg de leite condensado, calcule: a) Quantidade de leite utilizado. b) Quantidade de
xarope e de açúcar. c) Quantidade de água evaporada. d) Composição química do leite condensado
quanto a água, sacarose, proteína, gordura, ...

composição do leite composição do leite condensado

água .............................87,0% água ....................................35%
proteína ...................... 3,3% sacarose .............................. 41%
gordura ....................... 3,8% sólidos de leite .................... 24%
lactose ......................... 4,8%
sais minerais ................ 0,8%
outros ........................... 0,3%

5 - Na produção de etanol a partir de soluções de sacarose, tem-se um rendimento de 90% sobre o

máximo teórico. Quanto de etanol será produzido com 1000 litros de uma solução 10% em peso de
sacarose a 30oC. Quanto se produz de CO2 e qual a concentração de etanol resultante?

11
 C H O + H O  4 C H OH + 4 CO uma alternativa interessante é dividir o extrato em duas correntes: uma passa pelo evaporador e outra
12 22 11 2 2 5 2 vai direto ao secador. Assim, se 1/5 do extrato for direto ao secador, qual a concentração do café na
sacarose etanol saída do evaporador de forma que a alimentação do secador tenha 42% de sólidos?

6 - O óleo diesel pode ser representado pela cetana C 16H34. Supondo que uma caldeira queima 20 kg de
óleo com 400 kg de ar.
a) Calcule a porcentagem molar de excesso de ar. EV
b) Supondo que 20% do diesel queime produzindo CO e 80% queime produzindo CO 2, determine a
composição dos gases de chaminé.
evaporador
1
E
Considere o ar composto de 21 mol% de O2 (M=32,0) e 79 mol% de N2 atmosférico (M=28,2).
F EV P
7 - Morangos contém cerca de 15% de sólidos e 85% de água. Para a fabricação de geleia, estes são
desintegrados com açúcar na proporção de 45:55, respectivamente. Sendo a mistura, evaporada até que extrator Secador
2

o produto contenha 1/3 de água. Para produzir 1 kg de geleia: 0,2 F S

a) Quantos kg de morangos são necessários ?
b) Quantos kg de açúcar são necessários?
c) Quanto de água deve ser evaporada?
13 - Em uma indústria de processamento de pescado salgado seco, o produto deve sair com as
8 - Deseja-se secar 100 kg/h de um vegetal que contém 85% de umidade. Para isto utiliza-se um especificações recomendadas pela FAO, ou seja, 30% de umidade, 25% de sal e 45% de sólidos
secador no qual entra ar quente com umidade de 0,010 kg água/ kg de ar seco saindo do secador com originais. Na etapa de salga, o sal adicionado deve ser suficiente para salgar o pescado e ainda
umidade 0,040 kg água/kg ar seco. Sabendo-se que a vazão de ar é de 2500 kg/h de ar seco. Pede-se propiciar a formação de salmoura saturada a 30 oC (solubilidade de NaCl em água = 33,6 g / 100 g
qual será a produção horária do produto seco e qual sua umidade. solução). Antes da salga o produto deve ter 70% de umidade e, após a mesma, 56,5%. Assim para uma
produção de 1000 kg de produto.
9 - Uma usina de leite produz aproximadamente 1933 litros por hora de leite padronizado (2,5% de a) Qual a quantidade de pescado fresco?
gordura) a 4oC a partir de leite com 3,8% de gordura. A padronização é realizada em uma centrífuga b) Qual a quantidade de sal adicionado?
que separa creme de leite, composto de 35% de gordura e 65% de leite desnatado. c) Qual a quantidade de água eliminada no secador?
a) Quanto de leite integral é alimentado no processo e quanto de creme é obtido ? d) Determinar todas as correntes do sistema.
b) Qual deverá ser a nova produção de leite padronizado em L/h e de creme em kg/h, partindo-se da
mesma alimentação, mas ajustando a centrífuga para obter um creme com 70% de gordura e 30% de
leite desnatado. (I
pescad A 10% DESCARTE
)
LIMPEZA FARINHA
10 - Em um extrator de açúcar, entra cana de açúcar triturada e água, saindo bagaço lavado e uma o
solução rica em açúcares (15% de sólidos solúveis). O extrator tem capacidade para processar 1000 fresco
kg/h de cana e dispõe de alguns dados sobre a composição das correntes de entrada e saída. B
Considerando que consegue-se extrair 90% dos sólidos solúveis da cana e que toda a fibra sai no (II)
bagaço, calcule a vazão de água necessária para a extração. 40% DESCARTE
DESCABEÇA
cana triturada bagaço úmido R
FILETAR
70% água 93% água C
15% sólidos solúveis 10% dos sólidos solúveis originais (III
F ) SALGA G
15% fibras 100% das fibras originais SA SALMOURA
11 - U tanque (cristalizador ou cozedor) contém 10 000 kg de uma solução saturada de sacarose a
L (IV D
60oC. Até que temperatura deve ser resfriada essa solução para cristalizar 2000 kg de sacarose? )SECAGEM H
ÁGUA
12 - Na fabricação de café solúvel, o extrato que sai dos extratores contém cerca de 25% de sólidos,
sendo concentrado por evaporação até 42% de sólidos. Após a concentração, o extrato segue para o P
secador “Spray”, do qual sai com 5% de água. Como na evaporação perde-se muito mais aroma que na
secagem,

12
14 - Sucos podem ser concentrados por crio-concentração, a qual consiste em congelar parcialmente o
suco e, ao separar os cristais de água formados, resultar em uma solução mais concentrada. O grande
problema existente é o arraste de suco concentrado pelos cristais de gelo, e uma forma de recuperar
esse suco é efetuar a lavagem dos cristais com água, a qual retorna ao crio-concentrador. No esquema T
abaixo, suco (S) com 15% de sólidos alimenta o sistema, obtendo-se um produto (P) com 25% de
sólidos. U/2
dados:
1) A água de lavagem (W) adicionada é 5 (cinco) vezes a quantidade de solução aderida (C).
2) Cada 0,1 kg de solução (C) ou (D) adere-se a 1 kg de gelo. A M U A
3) O gelo que entra em (III) é igual ao gelo que sai em (III).
Para cada kg de Produto obtido, pede-se determinar todas as correntes e as respectivas I II
concentrações de sólidos, bem como a % de sólidos perdidos no sistema (descartado em D). C B

P
S M II P
I CRISTALIZADOR
A = 10 000 kg/h ar seco com 9 g água por kg ar seco
T = ar com 50 g água por kg ar seco
A C = 1000 kg/h de cenoura fresca com 90% de umidade
W P = cenoura seca com 15% de umidade
G+C ÁGUA
III 17) Determine as vazões e as concentrações de todas as correntes da unidade dupla de destilação,
sabendo-se que há perda total de 5% do componente A nos produtos de cauda C 1 e C2 (3% em C1 e 2%
R B em C2).

(G+D)

G = GELO C e D = SOLUÇÃO ADERIDA

D2

15 - Repetir o problema (14) sem fazer o reciclo, introduzindo diretamente o suco (S) com D1 xA=0,9
concentração de 15% no cristalizador e descartando a corrente A. Qual será a perda de sólidos do fruto F=100 kg/h 5
para manter o produto com os mesmos 25% de concentração de sólidos?
I xA=0,8 I
xA = 0,50 kg/kg
16 - O fluxograma abaixo representa uma instalação para secagem de cenoura em fatias. O primeiro 0 I
estágio é em paralelo, onde ar e cenoura entram no mesmo sentido. O segundo é em contra corrente xB = 0,50 kg/kg
(sentidos opostos). Metade do ar que sai do estágio 2 é misturado com ar novo, entrando a mistura no
estágio 1.
a) Qual a umidade do ar (U) descartado em kg H2O/kg ar seco?
C2
b) Qual a umidade da cenoura que sai do primeiro estágio? C1
c) Qual a umidade do ar em M?

18) Devido a sazonalidade da matéria-prima uma indústria produz, durante a safra, polpa integral de
goiaba com 12% de sólidos solúveis. Na entresafra é produzido doce cremoso e/ou doce em massa,
ambos processados em uma mesma linha com capacidade de até 180 kg/h de polpa. A polpa é
misturada com açúcar e evaporada até concentração conveniente. De acordo com os padrões legais,
determine para cada tipo de doce, as vazões (kg/h) de água evaporada, de açúcar adicionado e de
produto obtido.

13
 2) Evaporador a vácuo, concentrando o produto a 60% de sólidos e operando a 80 oC.
Pede-se: a) Determinar a corrente B (vazão e composição), b) Correntes P e EV (vazão e composição)
cremoso em massa e verifique se o xarope está dentro das especificações, c) Consulte o caderno de dados (para xarope
mínimo de sólidos (do fruto + açucar) no produto final 55% 65% invertido) e estime a pressão no evaporador, descrevendo as considerações admitidas.
relação mínima fruta / açúcar 50 : 50 50 : 50
21) Extrai-se óleo de torta de sementes com hexana em uma série de extratores em contra corrente,
19) Chá instantâneo (ou solúvel) pode ser produzido pelo processo descrito a seguir.: como esquematizada na Figura.
As folhas (25% de umidade, 25% de sólidos solúveis e 50% de sólidos insolúveis) são
trituradas e misturadas com água a 45 oC. A seguir, esta suspensão é filtrada, obtendo-se uma solução
com 5% de sólidos solúveis e o resíduo sólido com 80% de umidade. Consegue-se retirar 90% dos V V2 V VN+
sólidos solúveis da folha após extração e filtração.
A solução é concentrada à vácuo (em um evaporador) até um conteúdo de 40% de sólidos 1
1 2 3
3 ooo N
1
solúveis, passando em seguida por um secador tipo “Spray”, do qual sai com 4% de umidade (base L L L L
úmida) já na forma de pó.
L
a) Faça um fluxograma do processo, identificando as correntes. O 1 2 3 N
b) Para cada 1 kg de produto produzido, determine a quantidade necessária de folhas e de água de
extração.
c) Quanto de água deve ser evaporada no evaporador e no secador? O número de extratores é tal que extrai-se 95% do óleo presente na corrente de alimentação
(Lo) passando-o para a corrente V1.
20) Uma empresa deseja produzir xarope de açúcar invertido (glicose+frutose) a partir da inversão A corrente pesada (L) constitui-se de fibras e solução aderida (hexana + óleo) e que cada kg
enzimática da sacarose. As especificações do produto exigem concentração de 60% de sólidos totais, de fibras absorve 1,5 kg de solução.
permitindo-se no máximo 2% de sacarose. A corrente leve (V) é constituída apenas de hexana e óleo.
o seguinte processo foi proposto pelo setor de engenharia: sendo: Lo = 1000 kg/h (10% óleo e 90% fibras) VN+1 = 3 000 kg/h de hexana pura.
Pede-se determinar:
a) Correntes V1 e LN em kg/h bem como suas respectivas concentrações em óleo.
b) Determinar as correntes V2 , V3 , ... VN e L1 , L2 , ... LN+1

22) A Figura a seguir, esquematiza um processo hipotético de produção de células (ex. fermento de
panificação) a partir das seguintes etapas:
B
(I) Um reator envolvendo os seguintes componentes:
Reator EV
4 (nutrientes) + (O2) (células) +(CO2) + (H2O) + (nutrientes) + (O2)
de 0
leito o
e operando com uma razão de reciclo de 50% (D=E), com intuito de melhorar o desempenho do reator.
Fixo C o
80 C (II) A corrente (E) passa por centrifugação e filtração, separando toda a massa celular, desviando-a
A= 10 000 para a corrente (F), a qual também arrasta parte dos nutrientes.
60% sólidos A corrente (R), “água + nutrientes”, é reciclada ao processo, corrigindo-se a quantidade de
kg/h P água e nutrientes, transformando-a na corrente de alimentação (A).
50% sacarose (sac.+glic+frut)
50% água (III) Com intuito de manter as células vivas e secas, a corrente (F) é direcionada a um
LIOFILIZADOR, obtendo-se um produto (P) com 5% de umidade.
1) Reator isotérmico (40oC) de leito fixo, empacotado com sílica porosa contendo invertase
imobilizada por ligação covalente. Para a vazão especificada (Figura), consegue-se inverter 98% da Pede-se determinar as vazões mássicas em (kg/h) de todas as correntes e as respectivas frações
sacarose a glicose e frutose, segundo a reação: mássicas em nutrientes, células e água.
OBS: xx = fração mássica de células x N = fração mássica de nutrientes x w = fração mássica de
C12H22O11 + H2O C6H12O6 + C6H12O6 água.
Sacarose água INVERTASE Glicose Frutose
PM= 342,3 PM = 180,16

14
 RESPOSTAS:

(1) 300 kg/h e 700 kg/h (2) 900 kg/h com 2,22% de álcool em peso e 20% de perda (3) 4,2% e 14%
de umidade (4) a) 1846,2 kg/h b) 630,8 kg/h e 410 kg/h c) 1477 kg/h d) 35%, 41%, 6,09%,
7,02%, 8,86% , 1,48% e 0,55% para água, sacarose, proteína, gordura, lactose, sais minerais e outros,
A= 1 000 kg/h respectivamente. (5) 50,15 kg etanol, 47,91 kg de CO2 e 5,08% de etanol em peso.
xN,A = 0,30 GASES (6) a) 34% b) 74,2%, 5,95%, 7,70%, 1,93% e 10,22% molar em N 2, O2, CO2, CO e H2O
G2 = 620 kg/h respectivamente. (7) a) 0,5938 kg b) 0,4858 kg c) 0,0796 kg (8) 25 kg/h com 40% de umidade (9) a)
xw,A = 0,70 2083,33 kg/h e 83,33 kg/h respectivamente. b) 1974 L/h e 40,12 kg/h (10) 2257 kg/h (11) 27 oC (12)
50,6% sólidos (13) a) 2778 kg b) 321,3 kg c) 609,2 kg d) A=2778 kg B=2500 kg C=1500 kg
G1 = 600 kg/h D=1609,20 kg F=321,3 kg G=212,1 kg H= 609,20 kg.
A B REATOR
(14) S= 1,699 kg M=2,2816 kg A=B=1,2816 kg R=0,5825 kg e concentração de sólidos em R de
M I AR
4,17% (15) 6,67% de perdas (16) a) 0,06247 kg água/kg ar seco b) 84,67% em base úmida c)
0,02682 kg água /kg ar seco. (17) D 1 = 60,625 kg/h D2 = 50 kg/h C1 = 39,375 kg/h com x A1 = 0,0381
C2 = 10,625 kg/h com x A2 = 0,09412 (18) para o doce cremoso, necessitamos diminuir a quantidade
C de açúcar e não evaporar, para obter a concentração desejada, mistura de 180 kg/h de polpa com 172
D kg de açúcar, obtendo-se 55% SS. Para o doce em massa obtém-se 310,15 kg/h de produto e 49,85
S kg/h de água evaporada. (19) b) 4,267 kg folha e 26,133 kg de água c) 16,8 kg no evaporador e 1,4
kg no secador.
obs: 20) a) 10 000 kg/h com frações mássicas de 0,01; 0,2579; 0,2579 e 0,4742 para sacarose, glicose,
E frutose e água b) P=8763,3 e EV=1236,7 kg/h com composição de P de 1,14%; 29,43% e 40% de
D=E sacarose , glicose, frutose e água respectivamente c) @ 0,393 kg/cm2 ou 289 mmHg
21) a) V1 = 1750 kg/h com 5,43% e LN = 2250 kg/h com 0,22%
CENTRÍFUGA / b) L1 =L2 = ... = LN = 2250 kg/h V2=V3 = . . . = VN+1 = 3000 kg/h
FORMULAÇÃO FILTRO 22) B= 1980 com (0,1589; 0,1213 e 0,7198)
M
R II C=1960 D=980 E= 980 com composição da corrente E
R = 490 kg/h com 25 de nutrientes e 98% de água
(0% células) F = 490 Kg/h P = 257,89 kg/h (0,019; 0,931 e 0,05)
W N 50% Umidade EV = 232,11 W = 219,8 N= 290,2 kg/h
49% células
F 1% nutrientes
(água)
(nutrientes)
LIOFILIZADOR EV
III

P
5% UMIDADE

15